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Karl Marx Karl Marx (1818-1883) (1818-1883) Professor Heraldo Bello da Silva Júnio

Karl Marx (1818-1883) Professor Heraldo Bello da Silva Júnior

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Karl MarxKarl Marx(1818-1883)(1818-1883)

Professor Heraldo Bello da Silva Júnior

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Karl Marx (1818-1883) talvez seja o Karl Marx (1818-1883) talvez seja o mais conhecido cientista social e mais conhecido cientista social e

também o menos conhecido. também o menos conhecido.

É difícil encontrar alguém que É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar de Marx, mas nunca tenha ouvido falar de Marx, mas também é difícil encontrar pessoas também é difícil encontrar pessoas que conheçam bem as idéias deste que conheçam bem as idéias deste autor. Talvez porque o pensamento autor. Talvez porque o pensamento de Marx seja muito aberto, o que de Marx seja muito aberto, o que possibilita leituras diferenciadas.possibilita leituras diferenciadas.

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BIOGRAFIABIOGRAFIA

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Karl Marx estudou direito nas Karl Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, universidades de Bonn e Berlim, mas sempre demonstrou mais mas sempre demonstrou mais interesse pela história e pela interesse pela história e pela

filosofia. Quando tinha 24 anos, filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como começou a trabalhar como

jornalista em Colônia, assinando jornalista em Colônia, assinando artigos racial-democratas que artigos racial-democratas que

provocaram uma grande irritação provocaram uma grande irritação nas autoridades do país. nas autoridades do país.

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Integrante de um grupo de jovens Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel um dos mais pregada por Hegel um dos mais influentes filósofos alemães do influentes filósofos alemães do

século XIX), Marx começou ater mais século XIX), Marx começou ater mais familiaridade dos problemas familiaridade dos problemas

econômicos que afetavam as nações econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista. quando trabalhava como jornalista.

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Após o casamento com uma amiga Após o casamento com uma amiga de infância (Jenny), foi morar em de infância (Jenny), foi morar em

Paris, onde lançou os "Anais Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Foi dos hegelianos de esquerda. Foi

em Paris que Marx conheceu em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual Friedrich Engels, com o qual

manteve amizade por toda a vida. manteve amizade por toda a vida.

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Na capital francesa, a produção de Na capital francesa, a produção de Marx tomou um grande impulso. Marx tomou um grande impulso.

Nesta época, redigiu "Contribuição Nesta época, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de à crítica da filosofia do direito de

Hegel". Depois, contra os adeptos Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com da teoria hegeliana, escreveu, com

Engels, "A Sagrada Família", Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado "Ideologia alemã" (texto publicado

após a sua morte). após a sua morte).

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Depois de Paris, Marx morou em Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, o Bruxelas. Na capital da Bélgica, o

economista intensificou os contatos economista intensificou os contatos com operários e participou de com operários e participou de

organizações clandestinas. Em organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", "Manifesto do Partido Comunista",

o primeiro esboço da teoria o primeiro esboço da teoria revolucionária que, anos mais revolucionária que, anos mais

tarde, seria denominada marxista. tarde, seria denominada marxista.

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Neste trabalho, Marx e Engels Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um apresentam os fundamentos de um

movimento de luta contra o movimento de luta contra o capitalismo e defendem a capitalismo e defendem a

construção de uma sociedade sem construção de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo classe e sem Estado. No mesmo

ano, foi expulso da Bélgica e voltou ano, foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis escreveu muitos artigos favoráveis

aos operários. aos operários.

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Expulso da Alemanha, foi morar Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu refugiado em Londres, onde viveu na miséria. Foi na capital inglesa na miséria. Foi na capital inglesa

que Karl Marx intensificou os seus que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre jornais dos Estados Unidos sobre

política exterior. política exterior.

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Em 1864, foi co-fundador da Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos "Associação Internacional dos

Operários", que mais tarde Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª receberia o nome de 1ª

Internacional. Três anos mais Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume de tarde, publica o primeiro volume de

sua obra-prima, "O Capital". sua obra-prima, "O Capital".

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Depois, enquanto continuava Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl conhecido em todo o mundo, Karl

Marx participou ativamente da Marx participou ativamente da definição dos programas de definição dos programas de

partidos operários alemães. O partidos operários alemães. O segundo e o terceiro volumes do segundo e o terceiro volumes do

livro foram publicados por seu livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894. amigo Engels em 1885 e 1894.

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Desiludido com as mortes de sua Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 (1883), Karl Marx morreu no dia 14

de março. Foi então que Engels de março. Foi então que Engels reuniu toda a documentação reuniu toda a documentação

deixada por Marx para atualizar "O deixada por Marx para atualizar "O Capital". Capital".

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Embora praticamente ignorado pelos Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, estudiosos acadêmicos de sua época,

Karl Marx é um dos pensadores que mais Karl Marx é um dos pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. influenciaram a história da humanidade.

O conjunto de suas idéias sociais, O conjunto de suas idéias sociais, econômicas e políticas transformou as econômicas e políticas transformou as nações e criou blocos hegemônicos. nações e criou blocos hegemônicos.

Muitas de suas previsões ruíram com o Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre a exerceu enorme influência sobre a

história.história.

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CONCEITOSCONCEITOS

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Marx presenciou as mudanças Marx presenciou as mudanças sociais provocadas pela Revolução sociais provocadas pela Revolução

Industrial, principalmente nas Industrial, principalmente nas relações de trabalho.relações de trabalho.

É a partir desse contexto que É a partir desse contexto que podemos entender alguns de seus podemos entender alguns de seus

conceitos mais importantes conceitos mais importantes

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Hegel e MarxHegel e Marx

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A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica

que nega a realidade individual das coisas distintas do “eu” e só lhes admite a idéia), e a dialética do

materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a

única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e

de Deus.

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Ambas sustentam que realidade epensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis

da realidade. A realidadeé contraditória, mas a contradição

supera-se na síntese que é a “verdade” dos momentos

superados.

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Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em

geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição

(antítese) e a superação (síntese); Hegel apresentava uma filosofia que

procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da

estrutura vigente).

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Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava

demonstrar as contradições internasda sociedade de classes e as

exigências de superação.

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Portanto, em ambos, Hegel e Marx, Portanto, em ambos, Hegel e Marx, a transformação ocorre na prática. a transformação ocorre na prática.

A diferença é que motor dessa A diferença é que motor dessa transformação é, em Hegel a Idéia, transformação é, em Hegel a Idéia, a Razão, e em Marx são as forças a Razão, e em Marx são as forças

produtivas e as relações de produtivas e as relações de produção, a forma como o Homem produção, a forma como o Homem

e as forças produtivas se e as forças produtivas se relacionam entre si no processo relacionam entre si no processo

produtivo. produtivo.

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Para Hegel, ao contrário de Marx, é Para Hegel, ao contrário de Marx, é a Razão quem dirige a História. a Razão quem dirige a História. Existe uma "astúcia da Razão", Existe uma "astúcia da Razão",

que utiliza os homens da História que utiliza os homens da História universal, imbuídos que são, regra universal, imbuídos que são, regra geral, da sede do poder, da glória, geral, da sede do poder, da glória, da ambição, para através destes da ambição, para através destes

objetivos “egoístas” trazerem para objetivos “egoístas” trazerem para a humanidade uma liberdade a humanidade uma liberdade maior, um estado superior de maior, um estado superior de

civilização. civilização.

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Em Marx, “Na produção social da Em Marx, “Na produção social da sua existência, os homens entram sua existência, os homens entram

em relações determinadas, em relações determinadas, necessárias, independentes da sua necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que vontade, relações de produção que

correspondem a um grau de correspondem a um grau de desenvolvimento determinado das desenvolvimento determinado das suas forças produtivas materiais. suas forças produtivas materiais.

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O conjunto dessas relações de O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura produção constitui a estrutura

econômica da sociedade, a base econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se alicerça concreta sobre a qual se alicerça

uma superestrutura jurídica e uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem política e à qual correspondem formas de consciência social formas de consciência social

determinadas. determinadas.

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O modo de produção da vida O modo de produção da vida material condiciona o processo da material condiciona o processo da vida social, política e intelectual em vida social, política e intelectual em

geral. geral. Não é a consciência dos Não é a consciência dos homens que determina o seu homens que determina o seu

ser; é, inversamente, o seu ser ser; é, inversamente, o seu ser social que determina a sua social que determina a sua

consciênciaconsciência”.”.

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Em Hegel há idealismo, mas havia Em Hegel há idealismo, mas havia dialética: Toda a idéia tem três dialética: Toda a idéia tem três

momentos: primeiro apresenta-se momentos: primeiro apresenta-se (a tese); opõe-se a si mesma (a (a tese); opõe-se a si mesma (a antítese); e, finalmente, desse antítese); e, finalmente, desse

conflito entre tese e antítese surge conflito entre tese e antítese surge o novo (a síntese). o novo (a síntese).

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É indispensável segundo Marx, compreender a realidade histórica em suas contradições, para tentar

superá-las dialeticamente. A dialética apregoa os seguintes princípios: tudo

relaciona-se; tudo se transforma: a luta dos contrários é o motor do

pensamento e da realidade

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MATERIALISMO HISTÓRICO

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O materialismo histórico pretende a explicação da história das

sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente

econômicos e técnicos.

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A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a

infra-estrutura, seriam representadas pelas forças

econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura,

representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas,

jurídicas, etc).

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A propósito, Marx escreveu, na obra “A Miséria da filosofia” (1847) na qual

estabelece polêmica com Proudhon:As relações sociais são

inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o

seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam todas as

relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o

capitalismo industrial.

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DIVISÃO DO TRABALHODIVISÃO DO TRABALHO

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Evolutivamente, a Evolutivamente, a divisão do trabalhodivisão do trabalho é a é a segunda maneira de construir relações segunda maneira de construir relações

sociais de produção, que são sociais de produção, que são formas como formas como as sociedades se organizamas sociedades se organizam para para suprir suprir

suas necessidadessuas necessidades. A primeira é a . A primeira é a cooperação. Falar em divisão do trabalho cooperação. Falar em divisão do trabalho

em Marx é falar em formas de propriedade. em Marx é falar em formas de propriedade. Isso porque a divisão do trabalho se dá Isso porque a divisão do trabalho se dá entre quem concede e quem executa o entre quem concede e quem executa o trabalho, entre os donos dos meios de trabalho, entre os donos dos meios de

produção e os donos da força de trabalho.produção e os donos da força de trabalho.

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CLASSESCLASSES

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Da divisão do trabalho surgem Da divisão do trabalho surgem as as classesclasses. Para Marx, as classes . Para Marx, as classes

não são constituídas de agregados não são constituídas de agregados de indivíduos, mas são definidas de indivíduos, mas são definidas estruturalmente: estruturalmente: as classes são as classes são

efeito da estruturaefeito da estrutura. .

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No modo de produção No modo de produção antigoantigo as as classes eram a dos classes eram a dos patrícios e dos patrícios e dos

escravosescravos; no modo de produção ; no modo de produção feudal,feudal, havia havia senhores e servossenhores e servos; no ; no

modo de produção capitalistamodo de produção capitalista, , burgueses e operáriosburgueses e operários. Há sempre . Há sempre uma relação de oposição entre duas uma relação de oposição entre duas

classes, de modo que uma não classes, de modo que uma não existe sem a outra. Esta existe sem a outra. Esta oposiçãooposição

ele chamou de ele chamou de luta de classesluta de classes. .

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LUTA DE CLASSESLUTA DE CLASSES

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A A luta de classesluta de classes, assim como as , assim como as classes decorrem da divisão do classes decorrem da divisão do

trabalho. Nas sociedades modernas trabalho. Nas sociedades modernas a luta de classes se dá entre a luta de classes se dá entre

capitalistas ou burgueses (donos dos capitalistas ou burgueses (donos dos meios de produção)meios de produção) e trabalhadores e trabalhadores ou proletariado (donos da força de ou proletariado (donos da força de

trabalho).trabalho). O trabalho nas sociedades O trabalho nas sociedades modernas é denunciado por Marx modernas é denunciado por Marx pelo seu caráter exploratório do pelo seu caráter exploratório do

trabalhador. trabalhador.

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No entanto, Marx vê uma No entanto, Marx vê uma soluçãosolução para esta relação exploratória: para esta relação exploratória: a a

revoluçãorevolução que seria feita pelo que seria feita pelo proletariado. No entanto, a proletariado. No entanto, a

revolução do proletariado contra o revolução do proletariado contra o modo de produção capitalista modo de produção capitalista só só

não acontece,não acontece, segundo Marx, segundo Marx, devido à devido à alienaçãoalienação. .

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FETICHISMOFETICHISMO

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A A separação da mercadoria produzida separação da mercadoria produzida pelo trabalhador dele mesmopelo trabalhador dele mesmo esconde esconde

o caráter social do trabalho. O o caráter social do trabalho. O fetichismo se dá quando a fetichismo se dá quando a relação relação

entre os valores aparece como algo entre os valores aparece como algo naturalnatural, independente dos homens que , independente dos homens que os criaram. os criaram. A criatura se desgarra do A criatura se desgarra do

criador.criador.

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O fetichismo O fetichismo incapacita o homem incapacita o homem de enxergarde enxergar o que há por trás das o que há por trás das

relações sociais. E o maior relações sociais. E o maior exemplo de fetichismo da exemplo de fetichismo da mercadoria é mercadoria é a mais-valiaa mais-valia..

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MAIS-VALIAMAIS-VALIA

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A mais-valia é o excedente de A mais-valia é o excedente de trabalho não pago, não incluído no trabalho não pago, não incluído no salário do trabalhador. É a mais-salário do trabalhador. É a mais-valia que forma o lucro que será valia que forma o lucro que será

investido para aumentar o capital. investido para aumentar o capital.

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ALIENAÇÃOALIENAÇÃO

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A alienação faz com que A alienação faz com que o o trabalhador não se reconheça no trabalhador não se reconheça no

produto de seu trabalhoproduto de seu trabalho, não , não percebendo a sua condição de percebendo a sua condição de explorado. A solução para o explorado. A solução para o

problema da alienação passa por problema da alienação passa por uma luta política do próprio uma luta política do próprio

proletariado e não pela educação.proletariado e não pela educação.

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Ver Manuscritos Econômico-Ver Manuscritos Econômico-filosóficos de 1844: O Trabalho filosóficos de 1844: O Trabalho

EstranhadoEstranhado

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IDEOLOGIAIDEOLOGIA

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Como vimos, as classes Como vimos, as classes dominantes controlam os meios de dominantes controlam os meios de

produção. A produção. A infra-estruturainfra-estrutura (conhecimentos, fábricas, (conhecimentos, fábricas,

sementes, tecnologia etc.), que sementes, tecnologia etc.), que está nas mãos da classe está nas mãos da classe dominante, dominante, determinadetermina a a

superestruturasuperestrutura (Estado, Direito, (Estado, Direito, Religião, Cultura etc.). Religião, Cultura etc.).

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A superestrutura é uma A superestrutura é uma construção construção ideológicaideológica que que serve serve para para garantir garantir

o poder da classe dominanteo poder da classe dominante, , mantendo a classe trabalhadora mantendo a classe trabalhadora

alienada.alienada.

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O CAPITALO CAPITALEm 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua

obra mais importante: O Capital.É um livro principalmente econômico, resultado

dos estudos no British Museum, tratandoda teoria do valor, da mais-valia, da acumulação

do capital etc. Marx reuniu documentaçãoimensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O

Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados

por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).

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CONCEITOS PRESENTES EM: CONCEITOS PRESENTES EM: O O CAPITALCAPITAL

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Mercadorias, Valor, Valor de Uso Mercadorias, Valor, Valor de Uso e Valor de Trocae Valor de Troca

Preocupação de Marx: explicar a Preocupação de Marx: explicar a natureza da relação social entre natureza da relação social entre capitalistas e trabalhadores, entre capitalistas e trabalhadores, entre salários e lucros → distribuição → salários e lucros → distribuição → entender o funcionamento do entender o funcionamento do sistema capitalista.sistema capitalista.

Começou sua análise do ponto de Começou sua análise do ponto de vista das mercadorias e da esfera da vista das mercadorias e da esfera da circulação. circulação.

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A MercadoriaA Mercadoria• • Características essenciais:Características essenciais: – – propriedades que satisfazem as necessidades propriedades que satisfazem as necessidades

humanas → não guarda qualquer relação com a humanas → não guarda qualquer relação com a quantidade necessária de trabalho para a quantidade necessária de trabalho para a apropriação de suas características úteis → apropriação de suas características úteis → valor valor dede usouso → é o que diferencia as mercadorias→ é o que diferencia as mercadorias

– – são objeto de são objeto de trabalhotrabalho humano → humano → elementoelemento que que as mercadorias têm em as mercadorias têm em comumcomum

– – são depositárias materiais do são depositárias materiais do valor de trocavalor de troca, , que é a relação entre a quantidade desta que é a relação entre a quantidade desta mercadoria que se consegue em troca de certa mercadoria que se consegue em troca de certa quantidade de outra (s) mercadoria (s) → é quantidade de outra (s) mercadoria (s) → é o que o que se procura determinarse procura determinar

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Valor de TrocaValor de Troca

• • Expresso em termos monetários:Expresso em termos monetários: – – mercadoria dinheiro (moeda mercadoria dinheiro (moeda

mercadoria)mercadoria) – – numerárionumerário – – equivalente geral das trocasequivalente geral das trocas

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Trabalho Útil e Trabalho AbstratoTrabalho Útil e Trabalho Abstrato

Trabalho Útil:Trabalho Útil:

Trabalho útil → trabalho cuja utilidade é Trabalho útil → trabalho cuja utilidade é representada pelo representada pelo valor de usovalor de uso de seu de seu produto → por exemplo: casaco → produto → por exemplo: casaco → satisfaz uma necessidade particularsatisfaz uma necessidade particular, , cuja existência é o resultado de um tipo cuja existência é o resultado de um tipo especial de atividade produtiva, especial de atividade produtiva, determinada pela sua finalidadedeterminada pela sua finalidade

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Trabalho Útil e Trabalho AbstratoTrabalho Útil e Trabalho Abstrato

Trabalho AbstratoTrabalho Abstrato

• • Diferenças de qualidade dos vários tipos de Diferenças de qualidade dos vários tipos de trabalho eram abstraídastrabalho eram abstraídas

• • Gasto de força de trabalhoGasto de força de trabalho

• • Trabalho abstrato que determinava o valor de Trabalho abstrato que determinava o valor de troca → duas qualificações:troca → duas qualificações:

– – tempo de trabalho socialmente necessáriotempo de trabalho socialmente necessário = = tempo que é preciso para a produção de um bem tempo que é preciso para a produção de um bem em em condições normais de produção e com grau condições normais de produção e com grau médio de habilidade e intensidade existentesmédio de habilidade e intensidade existentes na na épocaépoca

– – trabalho especializado = múltiplo do trabalho trabalho especializado = múltiplo do trabalho não qualificadonão qualificado

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Caráter fetichista da mercadoriaCaráter fetichista da mercadoria • • Produtor só produzia para Produtor só produzia para vender no vender no

mercadomercado → com sua venda comprava as → com sua venda comprava as mercadorias de que necessitavamercadorias de que necessitava

• • O O bem-estarbem-estar de cada produtor parecia de cada produtor parecia depender das depender das quantidades de outras quantidades de outras mercadoriasmercadorias que poderia obter com a que poderia obter com a suasua

• • A ação social assume a forma de ação A ação social assume a forma de ação de de objetos que governam os produtoresobjetos que governam os produtores, , em vez de em vez de serem por estes governados.serem por estes governados.

• • As As relações sociaisrelações sociais que ligam os que ligam os trabalhos dos indivíduos trabalhos dos indivíduos aparecemaparecem como como relação entre as mercadoriasrelação entre as mercadorias

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Circulação Simples de Circulação Simples de Mercadorias e Circulação Mercadorias e Circulação

CapitalistaCapitalista

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Circulação SimplesCirculação Simples

• • Para Marx as condições históricas da Para Marx as condições históricas da existência do Capital existência do Capital não sãonão são determinadas pela determinadas pela mera circulação de mera circulação de mercadoriasmercadorias → Por exemplo, em um → Por exemplo, em um sistema não capitalista, a troca de sistema não capitalista, a troca de mercadorias pode ser representada mercadorias pode ser representada por: por: ME → MO → MEME → MO → ME

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No capitalismo, compra-se para No capitalismo, compra-se para vendervender

• • MO → ME → MOMO → ME → MO • • O capitalista, contudo, não se exporia aos O capitalista, contudo, não se exporia aos

riscos da circulação se não fosse para riscos da circulação se não fosse para comprar para vender mais caro. Tal comprar para vender mais caro. Tal processo poderia ser mais bem descrito porprocesso poderia ser mais bem descrito por

• • MO → ME → MO’, onde MO’ > MOMO → ME → MO’, onde MO’ > MO • • A diferença entre MO’ e MO era a mais A diferença entre MO’ e MO era a mais

valia, cuja busca movia o sistema valia, cuja busca movia o sistema capitalista.capitalista.

• • MO → ME → MO’ descreve o capital MO → ME → MO’ descreve o capital comercial comercial

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A circulação de capital e a A circulação de capital e a importância da produçãoimportância da produção

• • A característica essencial do A característica essencial do capitalismo que dava capitalismo que dava origem à mais-origem à mais-valia não podia ser encontrada na esfera valia não podia ser encontrada na esfera da circulaçãoda circulação → as trocas de mercadoria → as trocas de mercadoria poderiam ocorrer pelo valor da poderiam ocorrer pelo valor da mercadoria, acima ou abaixo de seu mercadoria, acima ou abaixo de seu valor → valor → a mera transação não gera a mera transação não gera aumento líquido de mais-valiaaumento líquido de mais-valia → → a a circulação de mercadorias nãocirculação de mercadorias não gera gera valor algumvalor algum → Voltam-se as atenções → Voltam-se as atenções para a esfera da produçãopara a esfera da produção

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Capital industrial – Forma Capital industrial – Forma representativa do modo de representativa do modo de

produção capitalistaprodução capitalista • • MO → ME ... MO → ME ... Processo de Processo de

Produção Produção ...ME’ → MO’...ME’ → MO’ • • A origem da mais-valia decorria de A origem da mais-valia decorria de

que os capitalistas compravam um que os capitalistas compravam um conjunto de mercadorias e vendiam conjunto de mercadorias e vendiam um conjunto inteiramente diferente um conjunto inteiramente diferente → no processo produtivo, → no processo produtivo, o o capitalista consumia completamente capitalista consumia completamente o valor de usoo valor de uso dos insumos dos insumos produtivosprodutivos

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• • Para extrair valor do consumo de uma Para extrair valor do consumo de uma mercadoria, o capitalista deve encontrar mercadoria, o capitalista deve encontrar uma mercadoria cujo valor de uso tenha uma mercadoria cujo valor de uso tenha a propriedade peculiar de ser fonte de a propriedade peculiar de ser fonte de valor → valor → a força de trabalhoa força de trabalho

• • Força de trabalho → trabalho potencial Força de trabalho → trabalho potencial → seu valor de uso = concretização do → seu valor de uso = concretização do trabalho potencial, que trabalho potencial, que era incorporado era incorporado à mercadoriaà mercadoria, , dando-lhe valordando-lhe valor → → mercadoria única: seu consumo mercadoria única: seu consumo criava criava novo valornovo valor, substituindo o original e , substituindo o original e gerando mais valorgerando mais valor → → capacidade de capacidade de criar mais valor do que seu próprio valorcriar mais valor do que seu próprio valor

Capital industrial – Forma representativa Capital industrial – Forma representativa do modo de produção capitalistado modo de produção capitalista

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O valor da força de trabalhoO valor da força de trabalho

• • Valor da força de trabalhoValor da força de trabalho = trabalho = trabalho necessário para a produção e reprodução necessário para a produção e reprodução deste artigo especialdeste artigo especial

• • Manutenção e reposição da força de Manutenção e reposição da força de trabalhotrabalho = = meios de subsistência do meios de subsistência do trabalhador e seus substitutos (seus filhos)trabalhador e seus substitutos (seus filhos)

• • Subsistência → dependia dos hábitos e do Subsistência → dependia dos hábitos e do grau de confortograu de conforto ao qual a classe ao qual a classe trabalhadora estivesse acostumada trabalhadora estivesse acostumada (aceitasse)(aceitasse)

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• • Fica fácil calcular a quantidade média Fica fácil calcular a quantidade média dos meios de subsistência necessários dos meios de subsistência necessários ao trabalhador, considerando-se as ao trabalhador, considerando-se as quantidades de mercadorias quantidades de mercadorias necessárias a um trabalhador e sua necessárias a um trabalhador e sua família em determinado período, família em determinado período, pode-pode-se calcular a quantidade de trabalho se calcular a quantidade de trabalho incorporado a essas mercadorias e, incorporado a essas mercadorias e, portanto, o tempo necessário para portanto, o tempo necessário para produzi-lasproduzi-las. .

O valor da força de trabalhoO valor da força de trabalho

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Trabalho necessário, trabalho excedente e Trabalho necessário, trabalho excedente e

realização de mais-valia.realização de mais-valia. • • Trabalho necessárioTrabalho necessário → duração da jornada de → duração da jornada de

trabalho que é o equivalente exato do tempo trabalho que é o equivalente exato do tempo necessário para a produção/aquisição dos necessário para a produção/aquisição dos meios de subsistência dos trabalhadoresmeios de subsistência dos trabalhadores

• • Trabalho excedenteTrabalho excedente → ponto a partir do qual a → ponto a partir do qual a jornada de trabalho ultrapassa aquele jornada de trabalho ultrapassa aquele equivalente exato → criação de mais valorequivalente exato → criação de mais valor

• • Assim:Assim:

– – valor → todo o trabalho materializadovalor → todo o trabalho materializado

– – mais-valia → do trabalho materializado é a mais-valia → do trabalho materializado é a parte do trabalho excedenteparte do trabalho excedente

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Mais-Valia: Absoluta e RelativaMais-Valia: Absoluta e Relativa

• • Mais-valia absolutaMais-valia absoluta → prolongamento → prolongamento da da jornada de trabalhojornada de trabalho além do ponto além do ponto em que o trabalhador tenha produzido em que o trabalhador tenha produzido apenas o equivalente ao valor (de apenas o equivalente ao valor (de troca) de sua força de trabalhotroca) de sua força de trabalho

• • Mais-valia relativaMais-valia relativa → → revoluciona os revoluciona os processos técnicosprocessos técnicos do trabalho → do trabalho → relacionada ao relacionada ao aumento da aumento da produtividadeprodutividade

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Capital constante, variável e taxa Capital constante, variável e taxa de mais-valiade mais-valia

• • Capitalista Capitalista → gastava seu dinheiro em → gastava seu dinheiro em mercadorias necessárias ao processo mercadorias necessárias ao processo produtivo:produtivo:

Capital constanteCapital constante = = meios não humanos meios não humanos de produçãode produção = = cc

Capital VariávelCapital Variável = = força de trabalhoforça de trabalho = = vv

• • Capital TotalCapital Total = capital constante + = capital constante + capital variável, ou seja, C = capital variável, ou seja, C = c+vc+v

• • S = mais-valiaS = mais-valia

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Capital constante, variável e taxa Capital constante, variável e taxa de mais-valiade mais-valia

• • Valor = c + v + sValor = c + v + s • • Taxa de mais-valia = s/v (Também pode Taxa de mais-valia = s/v (Também pode

ser interpretado como trabalho excedente ser interpretado como trabalho excedente sobre trabalho necessário) (É a taxa de sobre trabalho necessário) (É a taxa de exploração da força de trabalho e mostra a exploração da força de trabalho e mostra a distribuição entre trabalho não pago e distribuição entre trabalho não pago e trabalho pago)trabalho pago)

• • Composição orgânica do capital = c/v Composição orgânica do capital = c/v (Mostra a distribuição do capital entre (Mostra a distribuição do capital entre capital constante e capital variável)capital constante e capital variável)

• • Taxa de lucro = s/C, Se C = c+v, então: Taxa de lucro = s/C, Se C = c+v, então: Taxa de Lucro = s/c+vTaxa de Lucro = s/c+v

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Conseqüências da concorrência Conseqüências da concorrência e da acumulação de capitale da acumulação de capital

• • Leis de movimento do capitalismo:Leis de movimento do capitalismo: – – concentração econômica;concentração econômica; – – tendência declinante da taxa de tendência declinante da taxa de

lucro;lucro; – – desequilíbrios e crises setoriais;desequilíbrios e crises setoriais; – – alienação e miséria do proletariadoalienação e miséria do proletariado

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Concentração econômicaConcentração econômica • • Firmas cada vez maiores e concentradas em Firmas cada vez maiores e concentradas em

menos mãos → Resultado de 2 forças:menos mãos → Resultado de 2 forças: – – concorrência mais feroz na proporção concorrência mais feroz na proporção

direta do número de concorrentes e inversa direta do número de concorrentes e inversa de sua magnitude;de sua magnitude;

– – tecnologia → crescimento do volume tecnologia → crescimento do volume mínimo de capital necessário para o mínimo de capital necessário para o funcionamento de uma empresa → funcionamento de uma empresa → resultado da busca pelo aumento da resultado da busca pelo aumento da produtividade dos trabalhadoresprodutividade dos trabalhadores

• • Ruína dos capitalistas mais fracos → parte Ruína dos capitalistas mais fracos → parte do capital é absorvido, parte desaparecedo capital é absorvido, parte desaparece

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Influências compensatórias à tendência Influências compensatórias à tendência declinante da taxa de lucrodeclinante da taxa de lucro

• • Intensificação da exploração da força de Intensificação da exploração da força de trabalhotrabalho

• • Depressão dos salários abaixo do valor Depressão dos salários abaixo do valor de sua força de trabalho → aumento da de sua força de trabalho → aumento da superpopulação relativa → aumento do superpopulação relativa → aumento do exército de reserva de mão-de-obra → exército de reserva de mão-de-obra → redução dos níveis de subsistência social e redução dos níveis de subsistência social e historicamente determinados → assim o historicamente determinados → assim o exército de reserva de mão-de-obra regula exército de reserva de mão-de-obra regula o nível de subsistênciao nível de subsistência

• • Barateamento dos elementos do capital Barateamento dos elementos do capital constanteconstante

• • Exportação de capitais Exportação de capitais

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Alienação do ProletariadoAlienação do Proletariado

• • Sociedade capitalista:Sociedade capitalista: – – isola o valor de troca das qualidades que isola o valor de troca das qualidades que

davam forma às relações dos homens com davam forma às relações dos homens com as coisas e com os outros homens;as coisas e com os outros homens;

– – inibe o desenvolvimento pessoal e inibe o desenvolvimento pessoal e transforma a força de trabalho em transforma a força de trabalho em mercadoriamercadoria

• • Alienação → regressão psíquica → poderia Alienação → regressão psíquica → poderia resultar em:resultar em:

– – apatia;apatia; – – destrutividade → potencial revolucionáriodestrutividade → potencial revolucionário

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““Os comunistas rejeitam dissimular as Os comunistas rejeitam dissimular as suas perspectivas e propósitos. suas perspectivas e propósitos.

Declaram abertamente que os seus fins Declaram abertamente que os seus fins só podem ser alcançados pelo derrube só podem ser alcançados pelo derrube

violento de toda a ordem social até violento de toda a ordem social até aqui. Podem as classes dominantes aqui. Podem as classes dominantes

tremer ante uma revolução comunista! tremer ante uma revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder a Nela os proletários nada têm a perder a

não ser os seus grilhões. Têm um não ser os seus grilhões. Têm um mundo a ganhar.” mundo a ganhar.”

(Manifesto do Partido Comunista, cap. 4)(Manifesto do Partido Comunista, cap. 4)

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FIMFIM

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