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Karl Marx e a História da Exploração do Homem INTRODUÇÃO O pensamento sociológico, em seu desenvolvimento, abordou níveis diferentes de realidade. Sabemos que, se iluminarmos uma mesa cheia de objetos com luzes de diferentes cores, partindo de diversos focos, estará produzindo imagens distintas dos mesmos objetos. Nenhuma delas, entretanto, é desnecessária ou incorreta. Cada uma delas “põe à luz” ou privilegia determinados aspectos. Assim também acontece com as teorias científicas e, entre elas, as sociais. O método positivista expôs ao pensamento humano a idéias de que uma sociedade é mais do que a soma de indivíduos, que há normas, instituições e valores estabelecidos que constituam o social. Weber, por sua vez, reorganizou os fatos sociais “a luz” da história e da subjetividade do agente social. O pensamento de Karl Marx, expresso pela teoria do materialismo histórico, originou a corrente de pensamento mais revolucionária tanto do ponto de vista teórico como da prática social. Com o objetivo de entender o sistema capitalista e modificá- lo, Marx escreveu sobre filosofia, economia e sociologia. Sua intenção não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social. Tratava-se de descobrir um sistema novo e perfeito de ordem social, vindo de fora, para implantá-lo na sociedade, por meio da Karl Marx nasceu em Treves, na Alemanha (1818-1883). Doutorou-se em Filosofia. Foi redator de uma gazeta liberal em Colônia. Mudou-se em 1842 para Paris onde conheceu Friedrich Engels. Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas, onde participou da recém- fundada Liga dos Comunistas. Em 1848 escreveu com Engels O manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do “marxismo” como movimento político e social a favor do proletariado. Foi

Karl Marx e a História da Exploração do Homem

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Karl Marx e a História da Exploração do Homem

INTRODUÇÃOO pensamento sociológico, em seu desenvolvimento, abordou níveis diferentes de realidade.

Sabemos que, se iluminarmos uma mesa cheia de objetos com luzes de diferentes cores, partindo de diversos focos, estará produzindo imagens distintas dos mesmos objetos. Nenhuma delas, entretanto, é desnecessária ou incorreta. Cada uma delas “põe à luz” ou privilegia determinados aspectos. Assim também acontece com as teorias científicas e, entre elas, as sociais.

O método positivista expôs ao pensamento humano a idéias de que uma sociedade é mais do que a soma de indivíduos, que há normas, instituições e valores estabelecidos que constituam o social. Weber, por sua vez, reorganizou os fatos sociais “a luz” da história e da subjetividade do agente social.

O pensamento de Karl Marx, expresso pela teoria do materialismo histórico, originou a corrente de pensamento mais revolucionária tanto do ponto de vista teórico como da prática social.

Com o objetivo de entender o sistema capitalista e modificá-lo, Marx escreveu sobre filosofia, economia e sociologia. Sua intenção não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social.

Tratava-se de descobrir um sistema novo e perfeito de ordem social, vindo de fora, para implantá-lo na sociedade, por meio da propaganda e, sendo possível, com o exemplo, mediante experiências que servissem de modelo. Com esta formulação, desconsiderava a necessidade da luta política entre classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na realização desta transição.

AS ORIGENSSofreu influência da filosofia hegeliana de quem Marx absorveu uma diferente percepção da

história e não um movimento linear ascendente como propunham os evolucionistas, nem o resultado da ação voluntariosa e consciente dos heróis envolvidos, como pensavam os historiadores. Hegel entendia a história como um processo que envolvia diversas instâncias da sociedade (da religião à economia) e cuja dinâmica se dava por oposições de forças contrárias.

É o processo de conceber a história. Marx utilizou esse método de explicação histórica para o qual os agentes sociais, apesar de conscientes, não são os únicos responsáveis pela dinâmica dos acontecimentos.

Marx teve contato com o pensamento socialista francês e inglês do século XIX, porém Marx julgava suas propostas utópicas. Nenhum considerou seriamente a necessidade de luta política entre as classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na implantação de uma nova ordem social.

Karl Marx nasceu em Treves, na Alemanha (1818-1883). Doutorou-se em Filosofia. Foi redator de uma gazeta liberal em Colônia. Mudou-se em 1842 para Paris onde conheceu Friedrich Engels. Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas, onde participou da recém-fundada Liga dos Comunistas. Em 1848 escreveu com Engels O manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do “marxismo” como movimento político e social a favor do proletariado. Foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional. Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual. Suas principais obras: A ideologia alemã, Miséria da filosofia, Para a crítica da economia política, A luta de classes em França, O capital.

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Há ainda na obra de Marx toda a leitura crítica do pensamento clássico dos economistas ingleses, em particular Adam Smith e David Ricardo que é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes como alienação, classes sociais, valor, mercadoria, trabalho, mais-valia e modo de produção.

A IDÉIA DE ALIENAÇÃOMarx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade

privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção – ferramentas, matéria-prima, terra e máquina -, que se tornaram propriedade privada do capitalismo. Separava também, ou alienava o trabalhador fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Essa é à base da alienação econômica do homem sob o capital.

Politicamente, também o homem tornou-se alienado, pois o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado com um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder alegado aos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.

Uma vez alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar sua condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social. Essa crítica radical só se efetiva na práxis, que é a ação política consciente e transformadora.

AS CLASSES SOCIAISAs idéias liberais consideravam os homens, por natureza, iguais politicamente e

juridicamente. Liberdade e justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Marx, por sua vez, proclama a inexistência de tal igualdade natural e observa que o liberalismo vê os homens como átomos, como se estivessem livres das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade. Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.

As relações entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementaridade entre classes sociais.

Marx identificou relações de exploração da classe dos proprietários – a burguesia – sobre os trabalhadores – o proletariado. Isso porque a posse dom meios de produção, sob forma legal de propriedade privada, faz com que os trabalhadores, a fim de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários.

As classes sociais são, pois, apesar de sua oposição intrínseca, complementares e interdependentes. A história do homem é segundo Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos, embora esses conflitos nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada.

A ORIGEM HISTORICA DO CAPITALISMOMarx atribui a origem das desigualdades sociais a uma enorme quantidade de riquezas que

se concentra, na Europa, do século XII até meados do século XVIII, nas mãos de poucos indivíduos.A partir do século XVI, o artesão e as corporações de ofício foram substituídas,

respectivamente, pelo trabalhador “livre” assalariado (o operário) e pela indústria. Aos poucos surgiram oficinas organizadas por comerciantes enriquecidos que produziam mais e a baixo custo. A generalização desses galpões originou, em meados do século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial.

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O SALÁRIOO operário é aquele indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver da venda de sua

força de trabalho e, em troca, paga ao operário uma quantia em dinheiro, o salário.O salário é, assim, o valor da força de trabalho, considerada como mercadoria. Como a força

de trabalho não é uma “coisa”, mas uma capacidade, inseparável do corpo do operário, o salário deve corresponder à quantia que permitia ao operário alimentar-se, vestir-se, cuidar dos filhos, recuperarem as energias e, assim, estar de volta ao serviço no dia seguinte.

O cálculo depende do preço dos bens necessários à subsistência do trabalhador. O tipo de bens necessários depende, por sua vez, dos hábitos e dos costumes dos trabalhadores. O salário depende ainda da natureza do trabalho e da habilidade do próprio trabalhador. No cálculo do salário de um operário qualificado deve-se computar o tempo que ele gastou com educação e treinamento para desenvolver suas capacidades.

TRABALHO, VALOR E LUCROO capitalismo vê a força de trabalho, como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma

mercadoria qualquer. Enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se desgastam ou desaparece, o uso da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor. Os economistas clássicos ingleses desde Adam Smith, já haviam percebido isso ao reconhecerem o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza das sociedades.

Marx foi alem. Para ele, o trabalho, ao se exercer sobre determinados objetos, provoca nestes uma espécie de “ressurreição”. Tudo o que é criado pelo homem, contém em si um trabalho passado, “morto”, que só pode ser reanimado por outro trabalho.

Os economistas ingleses já haviam postulado que o valor das mercadorias dependia do tempo de trabalho gasto na sua produção. Marx acrescentou que este tempo de trabalho se estabelecia em relação às habilidades individuais medias e às condições técnicas vigentes na sociedade. Por isso, dizia que no valor de uma mercadoria era incorporado o tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. O valor de todos esses trabalhos está embutido no preço que a capitalista paga ao adquirir essas matérias-primas e instrumentos, os quais, juntamente com a quantia paga ao título de salário, serão incorporados ao preço do produto.

De acordo com a análise de Marx, não é no âmbito da compra e da venda de mercadorias que se encontram bases estáveis nem para o lucro dos capitalistas nem para a manutenção do sistema capitalista. Ao contrário, a valorização da mercadoria se dá no âmbito de sua produção.

A MAIS-VALIASuponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas de trabalho e

confeccione um par de sapatos a cada três horas, ele cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário, que é suficiente para obter o necessário à sua subsistência. Como o capitalista lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, o restante do tempo, seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário. A duração da jornada de trabalho resulta, portanto, de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir para obter lucro sem desvalorizar seu produto.

Visualiza-se, portanto, que uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário, e outra é quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo funcionário é o que Marx chama de mais-valia.

AS RELAÇÕES POLITICASApós uma analise do modo de produção capitalista, Marx passa a estudar as formas

politicas produzidas no seu interior. Ele constata que as diferenças entre as classes sociais não se reduzem a quantidade de riquezas, mas expressam uma diferença de “existência material”.

Com a alienação do operariado, as classes economicamente dominantes têm mais formas de dominação politicas que lhes permitem apropriar-se do poder do estado e assim criar leis, planos econômicos e políticos que defendam seus interesses.

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As condições de trabalho geradas pela industrialização mostra que há interesses comuns para o conjunto da classe trabalhadora e tendem a impulsionar a organização politica para a ação e então a classe trabalhadora passa a se organizar politicamente, isso permite a tomada da consciência da classe operária e sua mobilização para a ação politica.

MATERIALISMO HISTÓRICOMarx desenvolveu uma teoria que procura dar conta de toda e qualquer forma

produtiva criada pelo homem. Os princípios básicos dessas teoria estão no materialismo histórico.Ele parte do principio de que a estrutura de uma sociedade reflete a forma como os

homens se organizam pra a produção social de bens que engloba dois fatores: as forças produtivas e as relações de produção.

As forças produtivas são as condições materiais de toda produção. O homem, principal elemento das forças produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre a natureza e os instrumentos. A cada forma de organização das forças produtivas corresponde uma determinada forma de relação de produção.

As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. As relações de produção podem ser cooperativistas, escravistas, servis ou capitalistas.

Forças produtivas e ralações de produção são condições de toda a atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pelas quais elas existem e são reproduzidas na sociedade é o q ele denominou “modo de produção”.

Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade. As relações de produção são consideradas as mais importantes relações sociais. Marx identificou vários modos de produção, cada qual representa diferentes formas de organização da propriedade privada, comunitária ou estatal e da exploração do homem pelo homem.

MODOS DE PRODUÇÃOModo de produção asiático: sua característica era a organização da agricultura e da

manufatura em unidades comunais auto-suficientes. As aldeias eram centros de comercio exterior e a produção excedente era apropriada em forma de tributo pelo governo. A propriedade era comunal ou tribal.

Modo de produção germânico: cada lar ou unidade domestica isolada constitui um centro independente de produção. A sociedade se organiza em linhagens. São mais individualistas que a comunidade aldeã asiática. Estado com entidade não existe.

Modo de produção antigo: relações de localidade e não de consanguinidade. Trabalho agrícola próprio de cidadãos livres. A vida é urbana, mas baseada na propriedade da terra. A cidade é o centro da comunidade.

A HISTORICIDADE E A TOTALIDADEA teoria marxista repercutiu não só na Europa. Incentivou os operários a organizarem

partidos marxistas, levou intelectuais a critica da realidade e influenciou as atividades cientificas. Marx conseguiu estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência. Por sua formação filosófica, Marx concebia a realidade social como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo e espaço indeterminado. Cada sociedade representava para Marx um conjunto único e integrado das diversas formas de organização humana nas suas mais diversas instancias.

A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARXO sucesso e a penetração do materialismo histórico, se deve ao universalismo de seus

princípios e ao caráter totalizador que Marx imprimiu as ideia propostas, voltadas para a ação da prática e para a práxis revolucionária.

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Para Marx, a questão da objetividade cientifica só se coloca como consciencia critica. A ciência só pode ser verdadeira e não-ideológica se refletir uma situação de classe e uma visão critica da realidade. Para ele, a sociedade é constituída de relações de conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social.

Não é preciso afirmar a contribuição da teoria marxista para o desenvolvimento das ciências sociais. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e a realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social foram conquistas jamais abandonadas pelos sociólogos. Isso sem contar a habilidade com que o método marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrossociais para suas manifestações históricas, do movimento estrutural da sociedade para a ação humana individual e coletiva.

A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMOA teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e

revolucionária. Já em 1864, em Londres, Karl Marx e Friedrich Engels – companheiro em grande parte de suas obras – estruturaram a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira internacional, promovendo a organização e a defesa dos operários em nível internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias e das propostas marxistas ficou por conta dos sindicatos existentes em diversos países e nos partidos, especialmente os social-democratas.

A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889), quando diversos congressos socialistas tiveram lugar nas principais capitais européias, com várias tendências, nem sempre conciliáveis. A Primeira Guerra Mundial pôs fim a Segunda Internacional, em 1914. Em 1917, uma revolução inspiradas nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava no mundo o primeiro Estado operário. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Comintern, que, como a primeira, procurava difundir os ideais comunistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder.

A aceitação dos ideais marxistas não se restringe mais apenas à Europa. Difundia-se pelos quatro continentes, à medida que se desenvolvia o capital internacional. À formação do operariado no restante do mundo seguia-se o surgimento de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequavam também perfeitamente à luta pela independência que surgia nas colônias européias da África e Ásia, após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, assim como à luta por soberania e autonomia, existente nos países latino-americanos.

Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1920, no Uruguai; em 1922, no Brasil e no Chile; e, em 1925, em Cuba. O movimento revolucionário tornava-se mais forte à medida que os Estados Unidos e a URSS emergiam como potencias mundiais e passavam a disputar sua influência no mundo. Várias revoluções como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana instauraram regimes operários que, apesar das suas diferenças, organizavam um sistema político com algumas características comuns – forte centralização e o uso intenso de propaganda ideológica e do culto ao dirigente.

OPINIÃOConcordo com a ideologia de Marx quando diz que o Estado muitas vezes beneficia a classe

dominante, ou seja, quem tem mais poder, e o proletariado além de receber menos, recebe como que por caridade, e não como por direito, o que foge do sentido de Estado como um órgão imparcial capaz de representar toda a sociedade.

Concordo com Marx a respeito do salário. Acredito que o salário para ser justo, deve ser proporcional ao esforço realizado, e que, além disso, é importante que outros aspectos como condições de trabalho, capacitação do profssional, e rendimento sejam levados em conta.