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KRONOS QUARTET e VICTOR GAMA CENTRO CULTURAL DE BELÉM | 21 DE NOVEMBRO, 21H Créditos: Richard Termine CONTACTOS IMPRENSA [email protected] | Tel. 218 170 893

KRONOS QUARTET e VICTOR GAMA - africacont.org · de ressonância é feito com uma chapa de metal de um veículo militar; e a Lata é ... Português para a criação de um centro de

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KRONOS QUARTET e VICTOR GAMACENTRO CULTURAL DE BELÉM | 21 DE NOVEMBRO, 21H

Créditos: Richard Termine

CONTACTOS [email protected] | Tel. 218 170 893

KRONOS QUARTETDAVID HARRINGTON violinoJOHN SHERBA violinoHANK DUTT violaJEFFREY ZEIGLER violonceloInstrumentos de Rio Cunene toha, galcrux [série Pangeia Instrumentos], carregador, batuque, viola, lata [instrumentos construídos pelas crianças do Cunene]

VICTOR GAMAacrux, toha, dino [série Pangeia Instrumentos, da autoria de Victor Gama]

Kronos Quartet, um dos principais quartetos de cordas do mundo, apresenta em Lisboa a estreia europeia de Rio Cunene, uma peça escrita exclusivamente para aquele quarteto pelo músico e compositor Victor Gama. O espectáculo integra também um programa do seu repertório a solo e a participação de Victor Gama com o espectáculo multimédia SOL(t)O.

Rio Cunene foi escrita para quarteto de cordas e seis novos instrumentos: a Toha e o Galcrux da série Pangeia Instrumentos, da autoria de Victor Gama, e ainda quatro instrumentos construídos por crianças do Cunene, em Angola, a partir de destroços militares: o Carregador, o Batuque, a Viola e a Lata.

Victor Gama desenvolveu a peça (com estreia mundial no Carnegie Hall, em Nova Iorque, em Março de 2010) ao longo dos últimos cinco anos, em colaboração com Kronos e trabalhando e gravando com crianças da aldeia de Xangongo, situada numa das margens do rio Cunene.

PROGRAMA

• KRONOS QUARTET solo

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• VICTOR GAMA SOL(t)O• KRONOS QUARTET RIO CUNENE*

[ESTREIA EUROPEIA] Composição de Victor GamaPart I. Rio CunenePart II. Miúdos do XangongoPart III. Kids Play

RIO CUNENEKRONOS QUARTET[ESTREIA EUROPEIA: CCB, LISBOA, NOVEMBRO 2010][ESTREIA MUNDIAL: CARNEGIE HALL, NOVA IORQUE, MARÇO 2010]

O Rio Cunene, em Angola, atravessa a província da Huíla, passa pela vila de Xangongo na província do Cunene e faz fronteira com a Namíbia até desaguar no Oceano Atlântico, dividindo o deserto do Namibe em dois. Em “Rio Cunene” o rio é usado como fio condutor numa peça que se divide em três partes. A primeira parte representa o emaranhado caudal do rio até à aldeia de Xangongo e foi escrita para quarteto de cordas.A Segunda parte “Miúdos do Xangongo”, é centrada nos instrumentos construídos pelas crianças da vila de Xangongo: o Carregador, o Batuque, a Viola e a Lata. Os instrumentos foram construídos especificamente para Kronos Quartet a partir de destroços militares existentes no solo. Durante os 30 anos de conflito armado em Angola, as crianças construíam os seus brinquedos e instrumentos musicais com os materiais de guerra que encontravam nos campos de batalha. O Carregador é de uma arma Kalashnikov AK-47, (a arma do século XX) que dispara 600 tiros por minuto; o Batuque é feito a partir de uma antiga cápsula de artilharia; a Viola é uma guitarra esculpida de um pedaço de madeira cujo tampo de ressonância é feito com uma chapa de metal de um veículo militar; e a Lata é uma caixa de munições vazia.Na terceira parte, “Kids Play”, Kronos tocam dois instrumentos de Victor Gama da série Pangeia Instrumentos: a nova Toha e o Galcrux, especialmente redesenhados para o quarteto.Victor Gama desenvolveu a peça ao longo dos últimos cinco anos em estreita colaboração com Kronos Quartet, tendo também realizado inúmeras viagens de pesquisa ao longo do rio Cunene em Angola, trabalhando e gravando com crianças da aldeia de Xangongo. A peça é uma metáfora sobre o potencial que existe na natureza humana em transformar a violência, o ódio e a agressão em não-violência, ilustrado aqui pela espontânea criatividade de Africano, Frank, Graciano, Vádo e Kiki.

KRONOS QUARTET

Com um percurso recheado de colaborações, KRONOS QUARTET é uma das principais referências na música do nosso tempo. Conta com mais de 30 anos de actividade e preconiza uma visão artística singular que provoca de forma audaz os limites da criatividade. Numa atitude sobretudo aberta e abrangente, o quarteto reúne de forma ecléctica no seu repertório, trabalhos de grandes compositores do século XX (Bartók, Shostakovich, Webern), de compositores contemporâneos (Aleksandra Vrebalov, John Adams, Alfred Schnittke, Terry Riley, Henryk Mikolaj Górecki, Philip Glass, Steve Reich, Osvaldo Golijov), de lendas do Jazz (Ornette Coleman, Charles Mingus, Thelonious Monk), e de artistas de universos mais distantes (Jimi Hendrix, Alim Qasimov, John Zorn, Wu Man, Asha Bhosle, Tanya Tagaq, Taraf de Haïdouks, Down Upshaw).

O trabalho de Kronos centra-se em expandir o alcance e o contexto do quarteto de cordas, cultivar relações criativas com talentos emergentes e com artistas de todo mundo e manter uma abordagem sempre fresca à composição musical, inspirada por uma nova geração de compositores e intérpretes.

Kronos tocou ao vivo com os maiores ícones da música: Allen Ginsberg, Zakir Hussain, Modern Jazz Quartet, Tom Waits, David Barsamian, Howard Zinn, Betty Carter e David Bowie, e colaborou em gravações de talentos tão diversos como Nine Inch Nails, Amon Tobin, Dan Zanes, Dj Spooky, Dave Matthews, Nelly Furtado, Rokia Traore, Joan Armatrading e Don Walser.

Kronos assegura ainda um grande número de edições. A vasta discografia do grupo editada pela Nonesuch Records inclui colectâneas como Pieces of Africa (1992), um showcase de compositores nascidos em África que atraiu os primeiros lugares das tabelas de música clássica e de world music; Kronos Caravan (2000), cuja viagem musical atravessa a América do Norte ao Sul, a Europa e o Médio Oriente; a antologia Kronos Quartet: 25 Years (com 10 discos); Nuevo (2002), uma celebração à cultura mexicana, Grammy e nomeação a Latin Grammy; e Lyric Suite (2003), de Alban Berg, vencedor de um Grammy.

Kronos Quartet tem sido reconhecido através de numerosos prémios, incluindo um Grammy para Best Chamber Music Performance (2004) e o título de “Músicos do Ano” (2003), da Musical América.www.kronosquartet.org

YOUTUBE | Lullabyhttp://www.youtube.com/watch?v=24eP7AAY7XM

YOUTUBE | Ramallah Underground: Tashweeshhttp://www.youtube.com/watch?v=3ht4Kw8mzoE

SOL(t)OVICTOR GAMA

Créditos: Niklas Zimmer

SOL(t)O é um espectáculo multimédia que reúne um conjunto de composições para Pangeia Instrumentos (Acrux, Toha e Dino), desenhados e construídos porVictor Gama. Pangeia Instrumentos é um projecto onde a música e os instrumentos musicais são usados como mediadores ou facilitadores de diálogo e interacção, legítimos intérpretes de um léxico original onde se fundem conceitos de design, tecnologia, música e performance. Esta interacção é estabelecida no processo de construção dos instrumentos através de associações conceptuais com elementos da natureza como plantas, animais, estrelas, planetas ou simplesmente como um jogo de diálogo entre duas pessoas. Gama introduz uma espécie de arqueologia da música como tema exploratório através da sua “Teoria dos Modos Golianos”. Com novo arranjo e composto por três partes elaboradas para cada um dos três instrumentos, SOL(t)O é uma homenagem singular à música universal em que Gama desenvolve uma paleta sonora construída a partir de elementos percussivos e harpejos de cordas, explorando as fronteiras entre elementos folk tradicionais, electrónica e música improvisada.

A componente vídeo do espectáculo usa imagens do projecto Tectonik: TOMBUA que Victor Gama desenvolve no deserto do Namibe, baseando-se nos estudos de investigação que o antropólogo angolano Augusto Zita N’Gonguenho desenvolveu durante os anos 80. Estes estudos, intitulados “Para uma Antropologia da Utopia:Formação de Identidades Utópicas”, procuram explicar a história colonial de Angola através da análise das motivações do expansionismo colonial europeu, centrando-se no estudo comparativo do conceito de utopia através de textos escritos na Europa, desde referências de filósofos gregos a escritos do século XX, e estabelecendo ligações com a estrutura administrativa colonial portuguesa em Angola. Este trabalho perdeu-se após a morte de Augusto Zita que se pensa ter sido provocada pelos serviços secretos Sul-Africanos na época do regime de apartheid, em 1987, tendo fragmentos dos seus arquivos chegado às mãos de Victor Gama depois de terem sido encontrados por acaso numa base militar sul-africana.

VICTOR GAMA

Victor Gama (1960) nasceu em Angola e vive actualmente em Sintra e em Amesterdão. O seu trabalho de composição e construção de instrumentos musicais contemporâneos tem vindo a atrair encomendas por parte de alguns dos ensembles e instituições de prestígio mundial como a Kronos Performing Arts Association, o National Museums of Scotland, o Tenement Museum em Nova Iorque ou a Prince Claus Fonds da Holanda. A sua obra mais recente para quarteto de cordas e Pangeia Instrumentos – Rio Cunene - foi estreada pelo Kronos Quartet no Carnegie Hall em Nova Iorque em Março de 2010, onde também apresentou SOL(t)O.Gama tem estado na origem de projectos como Berimbau-Ungu com Naná Vasconcelos e Kituxi, que acompanhou em 2004 numa itinerância pela África Austral, o Folk Songs Trio com os nova-iorquinos William Parker e Guillermo E. Brown e a Makakata Exchange na África do Sul com Diso Platges e os Kalahary Surfers. Iniciou em 1997 e desenvolve actualmente o primeiro arquivo digital de músicos do interior de Angola, o projecto Tsikaya. Gama tem vindo a trabalhar sobre o fenómeno de metamorfose dos instrumentos musicais investigando a sua evolução desde períodos tão distantes como a pré-história até aos dias de hoje. Este fenómeno sugere-lhe que a forma é um elemento dinâmico no processo de composição e cria a Teoria dos Modos Golianos, uma teorização em que a escrita musical inclui a concepção, design e construção dos instrumento com que a obra é executada, dando assim origem ao projecto Pangeia Instrumentos. Apesar de se inspirar na música e instrumentos tradicionais de Angola como o kissange, o ungu, a m’burumbumba, a tchisumba, a tsikaya e outros, o seu trabalho como compositor revela um potencial de transformação para além das estruturas da tradição. A paleta sonora que cria através dos seus Pangeia Instrumentos é construída a partir de elementos percussivos e harpejos de cordas que fecham um círculo entre a música de gamelão indonésio e os compositores contemporâneos como Francis Bebey, Steve Reich, Michael Nyman ou Erik Satie.www.victorgama.org www.pangeiainstrumentos.org

YOUTUBE | SOL(t)O – part2http://www.youtube.com/watch?v=7hiEmoe5hOQ&feature=related

AFRICA.CONT

O AFRICA.CONT é um projecto da Câmara Municipal de Lisboa e do Estado Português para a criação de um centro de artes contemporâneas africanas em Lisboa. Propõe-se ser uma plataforma de desenvolvimento de diversas manifestações culturais nas diferentes expressões artísticas (cinema, teatro, dança, música ou artes visuais, entre outras) entre a Europa, os Países Africanos e as suas diásporas.

AFRICA.CONTRua do Arsenal, nº 54 – 3º1100-040 LisboaTel. 218 170 828 / 218 170 [email protected]

TEMPS D’IMAGES

Criado pelo canal ARTE France e La Ferme du Buisson, Scène Nationale de Marne-la-vallée, com o objectivo de estimular o diálogo e a prática artística entre as Artes Performativas e a Imagem em movimento, o Festival TEMPS D’IMAGES tem inspirado e sido parceiro de artistas e promotores, que nunca se tinham encontrado anteriormente, a colaborar numa grande variedade de novos projectos.

O Festival TEMPS D’IMAGES tornou-se um meio privilegiado de apoiar individualmente os artistas. Os seus organizadores proporcionam aos participantes um trabalho em rede, potenciando a circulação das suas obras, onde cada artista empresta a sua experiência, ideias, descobertas e perspectivas culturais.

O Festival Temps d’Images é um projecto apoiado pela Comissão Europeia. A Dupla Cena é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/DGArtes.

TEMPS D’IMAGESRua da Horta Seca, nº 44 – 2º Dto1200-221 LisboaTel. 213 230 074www.tempsdimages-portugal.com

M/12 ANOSBILHETES: 15€ À VENDA NO CCB E TICKETLINEDESCONTOS HABITUAIS (para bilhetes adquiridos no CCB)Desconto de 25% para menores de 25 anos e maiores de 65 5€ – estudantes e profissionais de espectáculos (n.º limitado de bilhetes)Desconto de 20% para grupos de 10 a 50 pessoas

ORGANIZAÇÃO | AFRICA.CONT | Festival TEMPS D’IMAGESCO-PRODUÇÃO | CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA | DUPLA CENA | CENTRO CULTURAL DE BELÉMAPOIO | TURISMO DE LISBOAMEDIA | RTP2