24
Edição de Fevereiro N.º 5 . 30 de Janeiro de 2009 . Mensário . Distribuição Gratuita . Depósito legal Nº 282647/08 PASSAGEM DE ANO FELIZIDADE CETA - 50 ANOS “LÁ ESTÁ A ARMA AO CENTRO DAS ARMAS DE AVEIRO: UMA AVE SOBRE CÉU VERDADEIRO! OS XAILES DAS MULHERES TÊM MAIS DE AVE DO QUE PARECENÇAS COM QUALQUER COISA DA TERRA OU DO MARALMADA NEGREIROS, IN REVISTA PANORAMA, 1941, N.º1

“L e s t á a a r m a a o c e n t r o : U ! ofiles.cm-aveiro.pt/XPQ5FaAXX50510aGdb9zMjjeZKU.pdf · licas lhe lançaram um feitiço de amor irre-sistível, graças a uma beleza única,

  • Upload
    dinhnhi

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Edição de Fevereiro

N.º 5 . 30 de Janeiro de 2009 . Mensário . Distribuição Gratuita . Depósito legal Nº 282647/08

PassagEm dE ano FElizidadE CEta - 50 anos

“Lá está a arma ao centro das armas de aveiro: Uma ave sobre céU verdadeiro! os xaiLes das mULheres têm mais de ave do qUe parecenças com qUaLqUer coisa da terra oU do mar”

AlmAdA Negreiros, iN revistA PANorAmA, 1941, N.º1

Boletim Informativo Municipal . 2

uma imagem que fizesse compreender o en-contro de Aveiro com a sua história: revi-sitando as senhoras dos Xailes de Aveiro pintadas pelo Mestre Licínio Pinto, no pai-nel de azulejos junto à face lateral da es-cadaria do Parque Municipal Infante D. Pe-dro, por uma jovem que recria a tradição do uso do Xaile de Aveiro, no Grupo de Xailes da Sociedade Recreio Artístico. A ideia do Xaile relaciona-se com o nome de Aveiro. Almada Negreiros assim o viu, e parece-me que com grande perspicácia.Nas páginas interiores revela-se a adesão popular e o encanto trazido pelo fogo-de-artifício, que elevou os olhares para os céus, quando o verdadeiro espectáculo foi o do apego dos aveirenses à sua terra. Revelam-se, também, outras iniciativas entretan-to realizadas e dá-se, ainda no âmbito das comemorações, o devido ênfase a uma ex-posição a não perder no Museu da Cidade: BI Aveiro.A presente edição do Boletim é a primeira após a aprovação das Grandes Opções do Plano e do Orçamento em sede de Assem-bleia Municipal. Oportunidade, portanto, para apresentar o contexto em que foi feito e as prioridades inscritas no documento.Neste número damos continuidade a dois temas. Por um lado, apresentamos mais um projecto municipal financiado pelo QREN: a 1.ª fase da requalificação da estrada 230-1, que liga Oliveirinha a Eixo. Esta é a mais longa reabilitação de uma via municipal, em contínuo, realizada nos últimos dez anos. Por outro lado, damos notícia de mais uma consequência do Seminário para enobre-cer a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, com a aprovação, em Reunião de Câmara, da clas-sificação desta artéria como “Área Crítica de Recuperação e Renovação Urbanística”.Aproveito os conteúdos desta edição para deixar uma nota de muito carinho para to-dos os participantes do programa Feliz-Idade, uma felicitação para a Mordomia de S. Gonçalinho pela excelente Festividade e os parabéns ao CETA, que completa 50 anos no dia 7 de Fevereiro.Termino com uma informação que traz op-timismo, tão importante nesta conjuntu-ra: o Município de Aveiro pagou as dívidas vencidas e validadas às Juntas de Fregue-sia, honrando, assim, todos os compromis-sos financeiros com este órgão autárquico, o que já não acontecia há mais de dez anos. Merecem os Autarcas das Freguesias, jus-tificam-no o desenvolvimento harmonioso e sustentado de Aveiro e o bem - estar e a qualidade de vida das populações.

Um abraço amigo e até ao mês que vem,

Caro Leitor,

Saúdo-o neste primeiro encontro em 2009, Ano Novo que para mim, como para mi-lhares de aveirenses, nasceu sob o signo da esperança e da alegria, reflexo da participa-ção na festa de Passagem de Ano que a edili-dade promoveu no coração da cidade, com a realização de um espectáculo que conjugou a beleza da pirotecnia com a música e com os efeitos das novas tecnologias.Celebramos com muita emoção a entrada neste ano de 2009, pois ao longo destes 12 meses Aveiro vai encontrar-se com a sua história, abrindo caminhos para o futuro, tarefa árdua, mas que se revelará mais fácil se formos capazes de unir numa as vonta-des dispersas, se tivermos o condão de pro-curar um rumo consensual a partir do de-bate polissémico.É bem sabido que todas as efemérides que nos aprestamos a celebrar evocam uma data marcante, um acontecimento decisi-vo, uma personalidade influente, mas es-tou convicto que o sentido mais profun-do de cada comemoração está presente, para nós, conterrâneos e contemporâ-neos, no sentimento de pertença a uma fi-liação geográfica, cultural, ética, social e económica que nos congrega, que nos faz ser o espírito do povo aveirense neste tem-po em que vivemos.Por isso, o que hoje fazemos para honrar a genealogia aveirense pode servir de inspi-ração para os nossos filhos e para os filhos dos nossos filhos. Possamos nós ter apren-dido bem as lições do passado de Aveiro, para que hoje tenhamos a grandeza de alma para reconhecer e louvar os factos e as figuras que tornaram o nosso destino mais feliz!Não tenho dúvidas que as comunidades são mais afortunadas e mais prósperas na medida em que tenham consciência de si, das suas raízes, dos valores que as mobi-lizam. Só é possível lutar, defender e valo-rizar uma identidade se ela existe de facto, quando se encontra partilhada e sedimenta-da junto das várias gerações que coexistem e convivem no âmbito da colectividade.Tenho, pois, grande confiança no programa das comemorações de Aveiro, em 2009, no seu contributo para o reforço da coesão da sociedade aveirense. Por três razões essen-ciais. A primeira deve-se ao carácter lúdico previsto em muitos eventos com a chance-la dos 250 anos de elevação de Aveiro a Ci-dade, capaz de gerar novas afeições e cri-ar representações sociais da comunidade que respondam à renovação das culturas urbanas. Depois, porque o programa inclui

um grupo de propostas com vocação pe-dagógica e dimensão científica que fomen-tam o conhecimento e despertam o gosto pelas coisas, pelas pessoas e pelas causas de Aveiro. Por fim, na justa medida em que o programa se abriu à comunidade, fazen-do com que ela colabore entre si, estreitan-do relações, estabelecendo novas formas de cooperação entre instituições e entre pes-soas.Como Presidente da Câmara Municipal de Aveiro agrada-me, ainda que muito me res-ponsabilize, a oportunidade de consolidar a noção de Aveiro, de poder dar posteridade a um nome, a uma ideia, a uma terra, a algo que nos toca tão profundamente, como um ente querido, como uma palavra que pro-nunciamos desde sempre.Aveiro foi e é, mais do que uma terra de monumentalidade, uma terra de valores. Os nossos símbolos são menos as riquezas mundanas do que os grandes valores civili-zacionais, como a Liberdade e a Igualdade. É este património que devemos salva-guardar, pois não há conforto ou comodi-dade que se possam trocar pelo livre ar-bítrio de que cada cidadão deve dispor. Os valores que Aveiro criou e perfilhou não se defendem com a mais forte muralha que se possa erigir, eles desvanecem-se se não es-tiverem firmes na consciência individual, se não habitarem em cada um de nós.Fortalecer o reconhecimento da nossa história constitui um alento para o desejo de um futuro em que os cidadãos possam

continuar a exprimir-se e a associar-se livremente. O que hoje parece uma garan-tia eterna pode perder-se rapidamente, pode ficar destruído como um castelo de areia à primeira mudança de maré. Na ver-dade a democracia é ainda um capítulo rela-tivamente curto na história portuguesa, mas o combate por ela foi suficientemente lon-go na realidade aveirense, pelo que o deve-mos lembrar, como ensinamento de gran-diosidade humana, feita de abnegação e de coragem. Os Congressos da Oposição Democrática realizados em Aveiro são dis-so exemplo.Devo dizer, na sequência destes parágra-fos, que nenhum aveirense adulto ficaria de bem com a sua consciência se não amor-tizasse com a força da sua energia e com o rendimento do seu empenho a enorme dívida de gratidão para com aqueles heróis longínquos que diligenciaram, com o sus-tento da razão, para que Aveiro fosse Ci-dade, para que o Caminho – de - Ferro aqui passasse, para que a pena de morte fosse abolida, para que a censura fosse riscada, ela sim, a lápis azul.Mas se nos sentimos muito distinguidos pe-las figuras que prevalecem nas páginas de ouro da nossa caminhada colectiva, muito nos orgulhamos do povo de Aveiro, gente valorosa que soube, ao longo dos séculos, adaptar-se a uma natureza lagunar, ora fértil, ora hostil, mas cujas paisagens edí-licas lhe lançaram um feitiço de amor irre-

sistível, graças a uma beleza única, que pin-tor algum poderia retratar, pois a conjugação da água e do firmamento, do sol e da neblina, estão para além das possibilidades da paleta de cores do artista.A gente de Aveiro fez do trabalho e do es-forço as suas armas, no brasão estampou a cordialidade e a insubmissão perante a in-justiça e ganhou na labuta na Ria, no mar ou nos campos a espessura sanguínea da verdadeira nobreza: a do carácter!O espírito de iniciativa e o empreende-dorismo que o país nos reconhece é filho da destemida capacidade dos aveirenses, é próprio dos que não desfalecem perante as contrariedades, antes as procuram vencer com recurso à criatividade, à imaginação e à inovação.Nós, os de Aveiro, lembrámos primeiro, fre-quentemente, os deveres de cidadania e só depois os nossos direitos. Foi assim com os Mártires da Liberdade. Foi assim no com-bate ao fascismo e ao totalitarismo. Foi as-sim na experiência municipalista portu-guesa. Neste particular destaco os Autarcas Aveirenses, e com especial ênfase os eleitos democraticamente, pois são os pilares do Poder Local, pessoas que prestam um serviço aos outros sem pensar em si.Neste ano em que a Banda Amizade celebra 175 anos, o CETA 50 anos e a ADERAV 30 anos, apraz-me salientar a longevidade des-tas instituições, e é momento para enalte-cer aqueles que se dedicaram à promoção e à defesa da cultura de forma generosa, no

espírito da antiguidade latina que propu-nha “a arte pela arte”, como fim em si mes-ma, sem compensação monetária. Aveiro não teria a mesma sensibilidade, a mesma fineza, a mesma educação, se estas três ins-tituições não tivessem existido. Aveiro vai, ao longo deste ano, honrar os seus Autarcas, as Associações e os colabo-radores que ajudaram o Município a con-cretizar os sonhos dos aveirenses, home-nageando-os. Assim se fará justiça, uma vez que seria injusto celebrar Aveiro es-quecendo quem serviu e os que muito de si dão, hoje, para o bem comum.Quis, neste editorial, traçar, em linhas gerais, o entendimento que tenho do al-cance das comemorações que começámos a viver. Também porque este é, obviamente, um assunto com grande destaque nesta edição de Fevereiro, como se trata de um tema que vai manter actualidade e ser notí-cia ao longo deste ano.Fi-lo, de igual modo, porque considero que a função de um edil é a de ser um guardião dos valores da comunidade, dos valores éticos, pois todas as políticas que deles nasçam beneficiam Aveiro, em especial se não forem egoístas, se não investirem tudo numa geração, se não eivadas de uma glória efémera, se lembrarem que outros aveiren-ses virão para deixar a marca do seu tempo e que, para o fazerem, precisam dos meios que nos compete legar.Na capa do Boletim procurámos colocar

NESTE NúMERO DAMOS CONTINUIDADE A DOIS TEMAS. POR UM LADO, APRESENTAMOS MAIS UM PROJECTO MUNICIPAL FINAN-CIADO PELO QREN: A 1.ª FASE DA REQUALIFICAçãO DA ESTRADA 230-1, QUE LIGA OLIVEIRINhA A EIXO. ESTA É A MAIS LONGA RE-ABILITAçãO DE UMA VIA MUNICIPAL, EM CONTíNUO, REALIzA-DA NOS úLTIMOS DEz ANOS. POR OUTRO LADO, DAMOS NOTíCIA DE MAIS UMA CONSEQUêNCIA DO SEMINÁRIO PARA ENOBRECER A AVENIDA DR. LOURENçO PEIXINhO, COM A APROVAçãO, EM RE-UNIãO DE CâMARA, DA CLASSIFICAçãO DESTA ARTÉRIA COMO “ÁREA CRíTICA DE RECUPERAçãO E RENOVAçãO URBANíSTICA”.

O município de aveiro pretende que o Boletim Informativo Municipal cumpra o dever de informar os munícipes e o direito que têm de conhecer a actividade municipal. Ambiciona a autarquia que este veículo de comunicação institucional chegue a todas as casas do Concelho de Aveiro. Para tal efeito a Câmara Municipal celebrou um contrato de distribuição do Boletim com uma empre-sa do Grupo CTT. Por isso, se tiver conhecimen-to da distribuição deste Boletim e não o tiver re-cebido no seu domicílio (desde que seja no Concelho de Aveiro), queira fazer o favor de nos informar pelo endereço electróni-co [email protected] ou por outra forma que entenda como mais conveniente. Agradecemos que nos ajude a prestar um serviço melhor. obrigado.

Boletim Informativo Municipal . 3

Grandes Opções dO planO e OrçamentO… a cOnquista dO equilíbriO!

A Câmara Municipal de Aveiro aprovou as GOP e o Orçamento para 2009, documento sustentado no rigor e no respeito pelo Plano de Saneamento Financeiro.

As Grandes Opções do Plano (GOP) cons-tituem um documento que contem o conjun-to de opções políticas, actividades e de obras nas áreas sob a responsabilidade munici-pal, algumas das quais são consideradas im-

prescindíveis e relevantes para o progresso e crescimento do Município, considerando o peso e importância de um desenvolvimento estratégico e sustentável para o Concelho de Aveiro.No caso do Orçamento para 2009, este pre-za a verdade e o rigor das contas munici-pais, respeitando os projectos delineados ti-dos como fundamentais para a qualidade de vida dos aveirenses e para o desenvolvimen-to estratégico do Município de Aveiro.Para o Vereador do Pelouro Financeiro, Pe-dro Ferreira, “este é um orçamento de tran-sição que procura responder a três factores fundamentais: a crise financeira internacio-nal; o início da concretização do QREN, es-perado há mais de dois anos; e as comemo-rações dos 250 anos de elevação de Aveiro a Cidade. Para além disso, procura igualmente dar resposta aos constrangimentos técnicos por imperativos legais, com base em critéri-os de rigor”.Dos três factores políticos enunciados - cri-se internacional, QREN e os 250 anos de Aveiro, a Câmara Municipal procura no Or-çamento para 2009 dar respostas eficazes e concretas: no caso da crise internacion-al (que, segundo as projecções do Banco de Portugal e da União Europeia, vai atingir o seu auge em 2009), a resposta do municí-pio faz-se ao nível da redução da cara fiscal, quer para os munícipes, quer para as empre-sas sediadas em Aveiro, esperando com es-tas medidas ajudar os Aveirenses a superar a crise.Em termos de QREN, é expectável que as verbas contidas nos diversos programas ope-racionais sejam finalmente desbloqueadas pela Administração Central. Recorda o Vere-ador Pedro Ferreira que apesar o Quadro de Referência Estratégica já ter dois anos de vigência ainda não foram distribuídas pelos municípios quaisquer verbas do mesmo. Isto permitirá que o Executivo canalize priori-tariamente os seus recursos próprios para a comparticipação em projectos financiados no âmbito do QREN. “Os 250 anos de elevação a Cidade, bem como os 1050 anos da primeira referência a Aveiro, são duas efemérides que marcarão o

ano de 2009, merecendo uma especial aten-ção por parte da Câmara Municipal, já que são marcos que devem ser festejados com a dignidade que os Aveirenses merecem”, con-forme referiu Pedro Ferreira.Mas para o Vereador das Finanças da Autar-quia, para além das opções políticas, “existe também a exigência do cumprimento legal e do rigor financeiro que sustenta a elabora-ção de um documento desta natureza”.Apesar da relevância do rigor e clareza que

sustentou a elaboração deste Orçamento, o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, considera, por imperativos legais e técnicos, que “está em causa o papel de-cisório dos eleitos políticos. Parece que es-tamos mais numa tecnocracia do que numa democracia”. Explicando porquê, Élio Maia analisa este “reduzido papel que cabe ao Exe-cutivo”, dando um exemplo partindo do va-lor Orçamentado de 172 milhões de euros: “Por imposição legal e técnica, estavam já cativos verbas referentes ao valor em dívi-da transitado, compromissos obrigatórios e outras despesas funcionais, no valor de 139 milhões de euros - cerca de 80% do valor do Orçamento. Restam, desta forma, 33,9 mi-lhões de euros - cerca de 19,5%. Mas destes, a Câmara tem que transferir para as Empre-sas Municipais, os Serviços Municipalizados de Aveio e outras situações, 14,2 milhões de euros, que deduzidos aos 33,9 ME deixam apenas 19,7 milhões de euros - 11% do valor total do Orçamento - que é o valor que a Câ-mara Municipal de Aveiro tem, na realidade, para cumprir a sua missão e as suas respon-sabilidades públicas.”Uma referência para dois dos principais investimentos municipais para o ano de 2009: o projecto recentemente aprovado do “Parque da Sustentabilidade”, que permitirá uma intervenção de fundo na reabilitação urbana de uma parte significativa da cidade, e o “Parque Ambiental de Aveiro” que poten-ciará o desenvolvimento energético e ambi-ental de Aveiro.

Apresentamos algumas das centenas de Grandes Opções do Plano para 2009:

saúde

•Concretização dos contratos-programa de investi-mento para as Extensões de Saúde de Cacia, Esguei-ra e S.Bernardo.

•A concretização do Projecto Municipal AveiroSau-dável, projecto estratégico para o Município, pela sua abrangência social, do qual se destaca a elaboração do Perfil de Saúde do Município de Aveiro, em par-ceria com o Centro de Saúde de Aveiro, delegação de Saúde de Aveiro e escola Superior de Saúde da Uni-versidade de Aveiro.

Habitação social

•Implantação do Programa Integrado de Valoriza-ção de Bairros que integra os projectos: “Educar pr’habitar”; “crescer”; “(Re)Viver”; “Viver com… Sa-bedoria”; “Infoemprego”; “Dinamização das Admi-nistrações de Condomínio”.

•Implantação do Projecto “Casa Amiga” que tem como objectivo a melhoria das condições de aloja-mento para os cidadãos portadores de deficiência e de baixos recurso económicos.

acção social

•Rede Social Aveiro (D.L. 115/06, de 14.06): co-ordenação dos processos de intervenção social local no combate à pobreza e à exclusão social.

•Projecto RIA: intervenção na problemática das “Famílias em Risco” com acções a desenvolver junto de 300 famílias do Concelho de Aveiro.

•Valorização da Comisso de Protecção de Crianças e Jovens de Aveiro que tem como principal objectivo a promoção dos direitos da criança e do jovem, nas áreas da saúde, segurança, formação, educação e de-senvolvimento integral.

ambiente

•Área Espaço Natural: criação e promoção de contínu-os ecológicos, promovendo a reabilitação e conservação de margens e leitos de linhas de água (criação de trilhos interpretativos e caminhos pedonais cicláveis).

•CMIA - Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e Centro de Educação Ambiental.

•Projectos de Educação Ambiental: Programa Eco-Escolas; Fórum Infanto-Juvenil da Terra; Agenda 21 Escolar de Aveiro; Projecto “Aveiro, Cidade Verde”.

•Energia: introdução às boas práticas energéticas, no âmbito da Rede “Energie-Cités”.

museus e Património

•Gestão integrada da rede de Museus da Cidade de Aveiro, com a abertura do sector permanente do Mu-seu da Cidade de Aveiro e a abertura do Museu Arte Nova.

Cultura

•Concretização do programa comemorativo dos 250 anos de elevação a cidade e dos 1050 anos de referên-cia histórica a Aveiro.

•Bienal Internacional de Cerâmica Artística.

mobilidade

•Aplicação de medidas de compromisso com a Carta Europeia de Segurança Rodoviária.

•Projecto “Life Cycle”: promoção do uso da bicicleta como meio saudável de mobilidade.

•Plano Municipal de Mobilidade.

desporto

O ano de 2009 será, a exemplo do que a Divisão de Desporto já nos habituou, repleto de grandes eventos desportivos. O Município de Aveiro irá receber nova-mente:

- a Volta a Portugal em Bicicleta;

- o Campeonato Nacional de Triatlo, este ano numa versão melhorada e contando com a presença de grandes nomes do Triatlo;

- a Corrida Cidade de Aveiro em Atletismo;

- o Fitness e a sua Convenção Internacional, que enchem toda a cidade de energia e movimento, que conseguem esgotar os hotéis da região e que dão visi-bilidade internacional a Aveiro.

Podemos falar ainda do Campeonato Distrital de Xa-drez, que conta cada vez mais com um maior número de praticantes, e a Gala dos Campeões, na sua segun-da edição e que pretende homenagear desportistas, clubes e dirigentes aveirenses.

Contamos ainda este ano com um grande evento de Vela: o III Cruzeiro Internacional (Arcachon – Galiza – Aveiro) que irá envolver toda a cidade em momentos únicos deste magnífico desporto náutico.

A continuação de projectos como o FelizIdade, que conta já com cerca de 400 particitantes, bem como o Plano de Desenvolvimento de Xadrez, um projec-to orientado para as crianças e jovens, vão continuar a ser a bandeira da Divisão de Desporto no que con-cerne à dimensão mais social da sua actuação e, tam-bém, pelo notório reconhecimento que estes projectos têm tido junto da população. Na verdade, tratam-se, estes dois programas, de projectos em que muito se aposta, na medida em que merecem a maior adesão da população a que se destinam.

Uma última referência para os contratos-programa, com um orçamento de cerca de meio milhão de euros, que o município continuará a assumir com os Clubes e Associações do Concelho, permitindo, desta forma, a competição e a formação nas diferentes modalidades onde Aveiro tem notoriedade.

Relações internacionais

•Realização do Congresso “Aveiro e as Cidades Irmãs”.

•Apoio à Japanet: rede de cidades portuguesas gemi-nadas com cidades japonesas.

Educação

•Construção, ampliação e remodelação de cinco cen-tros educativos e a realização de grandes obras de conservação em três centros educativos.

•Alargamento do Sistema de Gestão Escolar, inicia-do em 2008.

•Ampliação dos serviços de apoio às famílias, no âm-bito do sistema de ensino, até uma taxa de cobertura de 90% do Universo Escolar.

•Desenvolvimento das actividades de enriquecimen-to escolar (prolongamento escolar).

•Apoio à gestão dos Agrupamentos Escolares dos Es-tabelecimentos de Ensino do Concelho de Aveiro, através da participação da Câmara Municipal de Aveiro nos Conselhos Gerais de Escola.

Juventude

•Alargamento das actividades da Casa Municipal da Juventude às Freguesias do Concelho.

•Fomento de medidas e políticas habitacionais para Jo-vens, através da celebração de contratos-programa e a promoção da construção habitacional a custos contro-lados para jovens com idade até 35 anos ou a casais cuja soma de idades seja inferior a 70 anos e não tenham rendimentos mensais superiores a 1000 euros.

•Conclusão e entrada em funcionamento do Portal para a juventude aveirense

•Semana da Juventude 2009.

obras e Planeamento Urbano

•Aposta significativa na aplicação de recursos na requalificação urbana e infraestruturação do Conce-lho, permitindo um aumento da qualidade de vida dos cidadãos e um desenvolvimento sustentado e in-tegrado do Município.

•Privilegiar a aplicabilidade dos projectos de benefi-ciação de arruamentos, reabilitação e execução de pas-seios potenciando a segurança dos cidadãos e a existência de espaços pedonáveis, limpeza das valetas e a preser-vação, ampliação e criação de espaços verdes que re-novem a imagem ambiental do Concelho.

•Abertura de Concursos Públicos para beneficiação de passeios e recuperação de espaços públicos, revi-gorando o desenvolvimento estratégico de Aveiro.

•Face à “conquista” de um dos principais objectivos do Executivo - liquidar as dívidas com as Freguesias, reforçar as competências das Juntas de Freguesia, permitindo um desenvolvimento mais equilibrado.

Protecção Civil

•Reforço da capacidade de intervenção da Protecção Civil Municipal, como instrumento de consolidação da segurança pública dos munícipes.

•Apoio às corporações de Bombeiros de Aveiro.

serviços municipalizados de aveiro

•O ano de 2009 consagra o compromisso em prosseguir com medidas que determinem a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos munícipes, em três áreas de actividade: abastecimento de água; drenagem de águas residuais e recolha e tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

•Compromisso de obtenção de elevados índices de desempenho, como resposta ao esforço dispensado na obtenção, em 2008, do Sistema de Gestão Ambi-ental (ISO14001), considerado que os SMA são pio-neiros enquanto entidade municipal a apresentar o seu sistema certificado.

•Conclusão e entrada em funcionamento da nova sede dos SMA, permitindo melhores condições de trabalho e de atendimento aos cidadãos.

•Balcão próprio no GAI: dotação de mais competên-cias de atendimento em benefício dos clientes.

•Reforço do princípio da sustentabilidade económi-co-financeira, com a implementação de medidas de racionalização de meios, mantendo a qualidade do serviço prestado ou, em outros casos, melhorando-o, como é exemplo o alargamento do serviço de limpeza às Freguesias do Concelho.

Boletim Informativo Municipal . 4

cOr, mÚsica e sOlidariedade abrem anO históricO em aveirO

passaGem de anO

O Rossio, a Rua João Mendonça, a Ponte de Praça e o Canal Central tornaram-se espaços pequenos para acolher os milhares de pessoas - aveirenses e visitantes - que comemoraram a chegada de 2009, num espectáculo de cor, som e muito fogo de artifício a marcar a pas-sagem de testemunho de 2008 para 2009.Pelas 23.30 horas foram muitas as palmas para a chegada da mascote das comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro - o “Quacky” que surgiu no evento, vinda de Moliceiro pelo Canal Central, e marcou presença junto das pessoas que se encontravam no Rossio.Mas o ponto do alto da noite surgiu no mo-mento coincidente com a despedida de um ano e a chegada do novo. Cerca de 20 minu-tos de fogo de artifício prenderam o olhar dos milhares de pessoas presentes aos céus e ao canal central da Ria, entre os desejos secre-tos, as reacções de contentamento, os votos de um bom ano e os festejos colectivos entre os círculos de amigos ou a espontaneidade de circunstância. Com a certeza de que este ar-ranque dos 250 anos de elevação de Aveiro a Cidade foi vivido de forma diferente, com o entusiasmo e a amizade a povoarem a zona histórica aveirense.Foi bem no centro do evento que recolhemos as opiniões de algumas pessoas, bem como a curiosidade e os desejos para 2009.

Élio simões“Esta iniciativa é de louvar e tenho que dar os parabéns à Câmara Municipal. Soube movi-mentar as pessoas, a Cidade organizou-se e mobilizou-se e proporcionou divertimento às pessoas.Para 2009 desejo saúde, boa disposição, algu-ma capacidade de sofrimento porque as coi-sas não serão fáceis. Mas ao mesmo tempo, muita esperança e algum dinheiro para so-brevivermos.”

nuno Castro“Foi muito bom a Câmara ter tido a iniciativa de promover uma festa como esta. É impor-tante dar oportunidade às pessoas de saírem de casa, de esquecerem os problemas e a crise, nem que seja só por algumas horas.Para 2009 espero que haja menos guerra.”

mafalda monteiro“Estou a gostar muito desta Passagem de Ano diferente. Estava habituada, nos outros anos, a comemorar a passagem de ano, em círculos fechados, com os amigos em turismo de ha-bitação. De forma que, para mim, é novidade passar o ano na rua, juntamente com tanta gente.Eu não sou de Aveiro, sou de Paços de Ferrei-

Foi sob um céu colorido pelo fogo de

artifício e com os aplausos à chegada

do “Quacky”, a mascote, que uma larga

multidão, de cerca de 10 mil pessoas,

festejou a passagem de ano em aveiro,

celebrando com alegria a entrada em

2009, ano em que a Cidade e o Conce-

lho vivem importantes comemorações

históricas, que o município deseja que

fortaleçam o sentido de comunidade

aveirense e reforcem a influência re-

gional e nacional de aveiro.

ra e já percorri vários locais em passagens do ano anteriores e confesso que esta foi a que mais me entusiasmou, me trouxe recordações muito boas e estou a adorar. Não sabia que em Aveiro isto não era tradição, mas acho que de-via passar a ser. Porque as pessoas estão a gos-tar e com toda a certeza farão todos os anos uma grande festa.Para 2009 desejo muita saúde para a minha família e para o meu namorado e muito su-cesso profissional.”

Bruno Freire“É a primeira vez que passo a Passagem de Ano em Aveiro e estou a gostar bastante. É im-portante, mesmo com a confusão e o frio, que as pessoas se juntem e comemorem desta for-ma o ano que começa. E nem é preciso irem para Espanha ou para muito longe, porque também nos podemos divertir assim.Em 2009, espero que não aconteça nada daquilo que as pessoas falam: da crise, do desemprego, etc. Espero que seja melhor que 2008. Saúde e mais paz no mundo.”

isabel Fernandes“Achei esta iniciativa fantástica. Desde 1999-2000 eu não havia fogo de artifício em Aveiro e é de louvar que se comemore a Passagem de

Ano desta forma simples mas muito diverti-da. Está aqui muita gente. Jovens, famílias com crianças, idosos, o que torna o momento especial para a Cidade já que consegue juntar, no mesmo espaço, várias gerações.Para 2009 espero que haja mais emprego, amor, amizade, carinho e respeito. Mas tam-bém trabalho e dinheiro para vivermos.”

João sarrico“Acho que esta iniciativa da Câmara é uma forma de promover a Cidade, juntar as pes-soas e mostrar a quem nos visita que Aveiro é uma festa. Gostei muito do fogo de artifício, foi muito bom, e da envolvência do “pato” com as pessoas e de todo o ambiente que aqui foi criado.Espero que 2009 seja melhor que 2008. Isso já seria muito bom.”

ana silva e sara“Esta iniciativa foi muito gira e gostei muito. Acho que valeu a pena o esforço e o investi-mento feito para proporcionar esta festa às pessoas e poderem comemorar em conjunto a Passagem de Ano.Espero que 2009 seja bem melhor que 2008, com muita saúde e com melhores condições monetárias para os portugueses.”

Boletim Informativo Municipal . 5

O Rotary Club de Aveiro, ao comemorar os seus 55 anos de actividade, quis associar-se às comemorações dos 250 Anos da Cidade de Aveiro, proporcionando, em forma de ex-posição, a divulgação das suas actividades e a mostra de grande parte do seu espólio.A exposição que esteve patente durante o mês de Janeiro, no edifício dos Paços do Concelho, intitulada “A Paz no Mundo em 1000 flâmulas”, reproduziu a globalidade do movimento e a sua expansão, bem como “retribuiu” a atribuição em 2008, por parte da Câmara Municipal de Aveiro, da meda-lha da cidade ao Rotary Club de Aveiro, que desta forma se associou às comemorações “Aveiro 2009: 250 Anos da Cidade”.Na sessão de inauguração da referida ex-posição, que contou com a presença dos Vereadores do Executivo, Miguel Capão Fi-lipe e Gonçalo Caetano Alves, o Boletim Mu-nicipal escutou as palavras do Presidente do Rotary Club de Aveiro, Artur Miguel Cura-do: “Para nós, celebrar os nossos 55 anos também com os 250 anos da Cidade é pro-var a Aveiro que acompanhámos, desde a nossa fundação, toda a dinâmica da Cidade de Aveiro. E sempre desde a fundação, o Ro-tary Club de Aveiro e a Câmara Municipal estiveram sempre em parceria no serviço à comunidade. E isso sim, mais do que a ex-posição, é o que interessa; é o serviço à co-munidade e apoiar na resolução dos proble-mas das pessoas. Isso sempre o fizemos com a Câmara e não podemos deixar de assina-lar estes 250 anos da Cidade de Aveiro, den-tro da nossa possibilidade.Esta exposição tem duas componentes: uma que reflecte a história e o espólio do Club, nos seus 55 anos, desde as suas medalhas, a sua dinâmica com as geminações e com to-das as interacções que teve, e tem também a representação da sua globalidade, enquanto movimento internacional (são 1,2 milhões de Rotários no Mundo, distribuídos por 32 mil Clubs), com a mostra das flâmulas e o tema “A Paz no Mundo em 1000 flâmulas” que re-flectem essa mesma globalidade, já que por cada flâmula que está na exposição signifi-ca que um Rotário do Club de Aveiro, duran-te este 55 anos de existência, entregou uma flâmula de Aveiro e recebeu uma flâmula do Club que visitou.Para o segundo semestre do ano Rotary (que termina em Julho de 2009), o Rotary Club de Aveiro pretende marcar presença na Feira de Março, numa campanha anual de recolha de equipamentos para o Banco de Equipamen-tos Paramédicos do Club, numa iniciativa conjunta com as Florinhas do Vouga; vamos atribuir um prémio, no valor de 250 euros, a vários alunos de diversas Instituições de Ensino de Aveiro e teremos, ainda, duas palestras: uma com o Professor Carlos Fer-nandes, da RAVE, para discutir a “Alta Ve-locidade em Aveiro” e a outra com o Profes-sor José hermano Saraiva para discutir os 55 anos do Rotary Club de Aveiro e os 250 Anos da Cidade”.

Depois do fogo de artifício e da apresentação pública da mascote “Quacky” que animaram o evento da Passagem do Ano realizado no Rossio, o tradicional Concerto de Ano Novo, produzido no Teatro Aveirense pela Orques-tra Filarmonia das Beiras, determinou o ar-ranque oficial das Comemorações “Aveiro 2009: 250 Anos da Cidade”. O Teatro Aveirense encheu por completo para, sob a “batuta” do Maestro António Vas-salo Lourenço, assistir à interpretação pela Orquestra Filarmonia das Beiras de trechos musicais de peças e filmes da Broadway e, na segunda parte do concerto, aplaudir ex-certos de operetas clássicas da obra de Josef e Johann Strauss. Aveiro teve a oportunidade de ver e ouvir a Orquestra Filarmonia das Beiras e assim os Aveirenses fruiram um concerto, chamado de Ano Novo, que celebrizou grandes capi-tais europeias como Viena de Aústria. O ano começou com os ouvidos encanta-dos e a alma alimentada pelo som revelado a partir da interpretação da partitura.

Na noite de Reis, as escadarias do Edifício Fernando Távora - Casa Municipal da Cul-tura foram palco dos Cantares Tradicionais das Janeiras que aqueceram uma noite fria e contaram com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, do Vereador do Pelouro da Cultura, Capão Fi-lipe e de muitos aveirenses.Sob o calor constante da fogueira acesa e dos olhares dos presentes, foram interpretados 12 temas representativos da tradição popu-lar das Janeiras por seis Grupos e Corais do Município: Grupo Folclórico das Alagoas; Academia dos Saberes; Grupo Folclórico da Casa do Povo de Cacia; Coral Polifóni-co de Aveiro; Grupo Folclórico do Rio Novo do Príncipe e o Coro Santa Joana (juvenil e adulto), numa interessante mistura entre os cantares populares e as vozes do erudito.

cOncertO de anO nOvO

cantar as Janeiras

rOtary 55 anOs

Presidente do Club, artur Curado

Boletim Informativo Municipal . 6

no âmbito das Comemorações aveiro

2009 e para assinalar os 1050 anos da

primeira referência documentada a

aveiro desde o passado dia 26 de Janei-

ro que a Câmara municipal de aveiro

apresenta ao público a Exposição do-

cumental “Bi aveiro” que integra vári-

os documentos e referências sobre a

História de aveiro e das suas gentes. a

mostra encontra-se patente até ao dia

12 de maio, no museu da Cidade, po-

dendo ser visitada de terça a domin-

go, das 14.00 às 19.00 horas.

A Exposição “BI Aveiro”, enquadrada e jus-tificada com as Comemorações Aveiro 2009, é um reflexo da identidade de Aveiro, os do-cumentos expostos expressam bem essa perspectiva. Neste sentido, as peças selec-cionadas prendem-se, em boa parte, com um cariz administrativo tendo subjacente

a organização do território, a sua definição e valorização a nível local e por reconheci-mento de instâncias superiores. Segundo o Presidente da Câmara, Élio Maia, o “Mu-nicípio de Aveiro promove esta mostra docu-mental que permite compreender a mutação e evolução da história de Aveiro através de documentos originais, já conhecidos dos in-vestigadores, mas que aqui e agora, se reve-lam, pela primeira vez, ao olhar público”.Este ano é uma ocasião importante para se proceder à genealogia de Aveiro, já que “a caprichosa arbitrariedade do tempo jun-tou, em datas ditas “redondas”, um conjun-to de factos e acontecimentos relevantes: os 1050 anos da primeira referência escrita a Aveiro, os 250 anos de elevação a Cidade, os 200 anos do nascimento de José Estêvão e de Mendes Leite, entre outras efemérides, de instituições e personalidades, que afir-maram o Concelho e contribuíram de forma indelével para o seu desenvolvimento, pelo que devem ser assinaladas e comemoradas” destaca o Autarca.Os documentos disponíveis na mostra “BI Aveiro” são alusivos à administração local e aos vários papéis institucionais da Cidade no quadrante da jurisdição política / civil e

eclesiástica de que são exemplo a atribuição de estatuto de sede de Distrito e de Diocese. Dos vários testemunhos históricos, cedi-dos, temporariamente, por várias Institui-ções destacamos o documento da Doação da Condessa Mumadona Dias ao mosteiro de Guimarães; a Carta de confirmação de D. Afonso V da doação hereditária outorgada por D. João I ao Infante D. Pedro da Vila de Aveiro e da Vila de Mira; Breve do Papa Cle-mente XIV Militantis Ecclesiae Gubernacu-la, Crónica da Fundação do Mosteiro de Je-sus, de Aveiro, e Memorial da Infanta Santa Joana Filha del Rei Dom Afonso V; carta de Frei Pantaleão de Aveiro | PANTALEãO, de Aveiro, fl. 15--. Itinerário da Terra Santa e de todas suas particularidades; Livro de assen-to das marinhas e do seu rendimento anual; Provisão do Cardeal D. henrique dada a pe-dido dos pescadores da Vila de Aveiro; Car-ta de Elevação de Aveiro a Cidade outorgada pelo Rei D. José; Carta de João Carlos Car-doso Verney; Licenças do carregamento de sal em embarcações.A recolha documental, que conta com o Comissariado Científico de Maria helena da Cruz Coelho, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e de Maria José Azevedo Santos, Directora do Arquivo da Universidade de Coimbra, resulta na cola-boração de um conjunto de instituições lo-cais e nacionais: Arquivo Nacional da Torre do Tombo; Instituto Geográfico Português; Museu de Aveiro; Arquivo e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra; Santa Casa da Misericórdia de Aveiro; Diocese de Aveiro; Universidade de Aveiro, para além da Biblio-teca Municipal e do Arquivo histórico Mu-nicipal de Aveiro. Segundo um dos elementos do Comissariado, Maria helena da Cruz Coelho, com a mostra “pretende-se ter uma panorâmica alarga-da sobre a história de Aveiro nos tempos mais recuados” Para tal encontra-se, de for-ma temporária, “aquele que é considerado o

documento mais antigo escrito onde é refe-rido Aveiro” que é o Testamento da Condes-sa Mumadona Dias.“A mostra está científica e estruturalmente dividida em diferentes alas tendo sido deli-neadas cinco áreas / secções: “Aveiro de lu-gar a Cidade”; “Pilares”; “Municipalidades”; “Sustentabilidade” e “Memórias Visíveis”.Numa primeira parte, “Aveiro de lugar a ci-dade” estão expostas “memórias que se con-sideram mais significativas do passado de Aveiro, desde logo o documento mais anti-go da Condessa Mumadona Dias onde está gravado o nome Aveiro e as suas salinas e o Livro da Leitura Nova que marca a doação a Aveiro ao Infante D. Pedro, filho de D João I” refere a Professora Doutora Maria helena da Cruz Coelho. “Ainda nessa sala, com te-souros maiores, está um livro das memórias do Mosteiro de Jesus e da vida de Santa Joa-na”. Para finalizar, também pode ser apre-ciado o documento de elevação de Aveiro a cidade por D. José. “As quatro memórias que se seleccionaram para esta primeira sala são como o estímulo que convida à visita à ex-posição”.“Pilares” é o segundo momento da mostra onde se “dá conta dos actos que marcam a

criação das estruturas civis ou religiosas de Aveiro, como a fundação da Diocese, da Misericórdia, Casas Monárquicas, por exe-mplo, ou a Abertura da Barra, demarca-ção do distrito e a criação da Universidade de Aveiro” enumera Maria helena da Cruz Coelho referindo que são “marcos civis e re-ligiosos do desenvolvimento urbano avei-rense” que se dão a revelar.Continuando a visita, a terceira secção, “Mu-nicipalidades”, segundo a técnica, apresen-ta “certos forais manuelinos” de freguesias actuais do Concelho de Aveiro e “vários ac-tos que nos dão memória da vida municipal

aveirense, do século XVI ao século XX”.De seguida, é intenção “revelar-se os funda-mentos essencialmente económicos, sócio económicos, a estruturação de Aveiro quer focando o seu papel como pesca e extracção salinifreca, e subsequentemente abrindo-se à industria ao comercio e até ao conhecimen-to com a UA. Portanto é um percurso sócio económico do passado aveirense.” Aqui está a “Sustentabilidade”. Finalmente nas “Memórias Visíveis” quise-mos realçar que tudo isto com homens e mulheres e portanto escolheram-se alguns, e a escolha foi difícil porque há muitos avei-

“bi aveirO - uma viaGem de luz”

expOsiçãO dOcumental “bi aveirO”

SEGUNDO O PRESIDENTE DA CâMARA, ÉLIO MAIA, O “MUNICíPIO DE AVEIRO PROMOVE ESTA MOSTRA DOCUMENTAL QUE PERMITE COMPREENDER A MUTAçãO E EVOLUçãO DA hISTóRIA DE AVEIRO ATRAVÉS DE DOCUMEN-TOS ORIGINAIS, JÁ CONhECIDOS DOS INVESTIGADORES, MAS QUE AQUI E AGORA, SE REVELAM, PELA PRIMEIRA VEz, AO OLhAR PúBLICO”.

Rocha madahil [Coord.] milenário de aveiro, Colectânea de documentos Históri-cos, Vol. i [959-1516], aveiro, Cmaveiro, 1959.

Boletim Informativo Municipal . 7

renses com os seus ideias e acções ajudaram a construir Aveiro e projectá-lo para além das suas fronteiras. havia pois de fazer uma selecção e essa foi-nos sugerida pelos monu-mentos existentes em Aveiro, ou seja, os di-rigentes quiseram gravar uma memória vi-sível de alguns dos seus maiores aveirenses. A partir desse itinerário das estátuas, bus-tos que se percorre esta sala lembrando as suas acções e os ideais pelos quais lutaram. É este o ciclo que vai desde os mais antigos documentos sobre Aveiro, ainda antes de ser cidade, e depois o seus desenvolvimen-to económico e social, desenvolvimento ad-ministrativo e religioso, a sua projecção económica e finalmente os homens que ao longo da sua vida foram ajudando a constru-ir Aveiro e ajudando a projectar Aveiro para além dos seus limites / fronteiras”. José Estêvão, Princesa Santa Joana, João Afonso de Aveiro, João Evangelista, Lima Vidal, Lourenço Peixinho, Gustavo Ferreira Pinto Basto, Álvaro Sampaio, José Rabum-ba, Alberto Souto, Jaime Magalhães Lima e Manuel Firmino são os invocados nesta úl-tima sala.O Município de Aveiro propõe que cada Avei-rense faça esta viagem pelo passado, que pode servir de inspiração para o futuro.

O Museu da Cidade cumpre a sua mis-são de salvaguarda e protecção associa-da à aplicação de um discurso museológi-co contemporâneo que tem implícito, de novo, uma perspectiva pedagógica. Por outras palavras, é possível mostrar, por curtos períodos de tempo, os originais em condições bem definidas e que não po-nham em causa a sua integridade, mostra essa que se poderá prolongar durante todo o restante período em que a exposição es-tará patente ao público exibindo-os através réplicas/fac-símiles.Para além de se tratar de uma medida pre-ventiva e pedagógica, esta estratégia mu-seológica visa, ainda, criar uma dinâmica constante na própria exposição, uma vez que a apresentação dos originais será efec-tuada de modo faseado ao longo do tempo, facto que se prevê que venha a contribuir, ainda, para uma renovação e diversificação do público.

26 de Janeiro e 9 de Fevereiro | pro-veniência Arquivo Nacional da Torre do tombo Documento 1959, Janeiro, 26doação da Condessa mumadona dias ao mosteiro de guimarães de vários bens patrimoniais entre os quais se encontra a referência a “Alauario et sali-nas”. Trata-se da primeira referência escri-ta ao sítio de Aveiro e à prática da salicultu-ra. O documento está exarado no cartulário da Colegiada de Guimarães designado por Livro de Mumadona. Livro manuscrito de suporte em pergaminho.IANTT, Costa Bastos n.º 40 – PT-TT-CSM06/1/40

Documento 21448, Julho, 12Carta de confirmação de D. Afonso V da doação hereditária outorgada por d. João i ao infante d. Pedro da Vila de aveiro e da Vila de mira, com todas as suas rendas, direitos, foros e ju-risdições. Livro manuscrito iluminado de suporte em

pergaminho.IANTT, Leitura Nova, Liv 31,PT-TT-LN/31 [Livro de Místicos, Lv. 2, fl. 26v-29] [Original exposto entre 26 de Janeiro e 9 de Fevereiro]

Documento 71774, abril, 12Breve do Papa Clemente XiV Mili-tantis Ecclesiae Gubernacula, “pelo qual, à instância do Senhor Rei D. José, erigiu e criou o novo bispado de Aveiro desmem-brando o de Coimbra e da Guarda e assi-nando-lhe o distrito da sua Diocese”. Dado em Roma a 12 de Abril de 1774. Documento manuscrito de suporte em pergaminho. IANTT, Breves e Bulas, Parte I, Mç. 55, n.º 10

9 a 23 de Fevereiro de 2009 | museu de aveiro Documento 3século XVCrónica da Fundação do mosteiro de Jesus, de aveiro, e memorial da infanta santa Joana Filha del Rei dom afonso V. “Em este livro he scry-to e se contem ho na[s]cime[n]to e pri[n]cipio e fundame[n]to deste mosteyro e casa de J[es]u[s] Nosso S[enh]or desta vil-la de Avey[r]o…e Memorial da muito exe-cellente Princesa E muito virtuosa Senho-ra ha Senhora Iffanbte dona Joanna nossa Senhora ffilha do muy Cathoyico e Chris-tianissymo Rey dom affomso quinto E da Senhora Rainha donna Isabbel sua mo-lher”. Contem ainda Mem[oria] das reli-giosas que professaram e faleceram no mosteiro e Treslado do Testamento do Duque de Aveiro” [1733].Este manuscrito é, sem qualquer dúvida, o mais excelente repositório de informa-ção que existe acerca da fundação do Con-vento do Santo Nome de Jesus de Aveiro. A sua primeira parte descreve com detalhe os personagens que o fizeram nascer e as razões para que tal tenha acontecido. Segue-se o Memorial da Princesa que rela-ta a vida da filha de D. Afonso V. Desde o seu nascimento à recusa das vaidades mun-do, até conseguir atingir o seu propósito: viver em clausura. Assim foi e ao longo do texto é narrada toda a vivência material e espiritual de Dona Joana, até ao momento da sua morte, a 12 de Maio de 1490.Atribuído a Margarida Pinheira, 1467-1529. 183 fl. Livro manuscrito de suporte em per-gaminho encadernado em pastas de ma-deira revestidas de pele com ferros grava-dos a seco.MA, 33/CD

23 de Fevereiro e 23 de março | Bib-lioteca geral da Universidade de Coimbra Documento 441593Frei Pantaleão de aveiro | Panta-LEÃO, de Aveiro, fl. 15--. Itinerário da terra santa e de todas suas par-ticularidades Em Lisboa : em casa de Simão Lopez, 1593. [4], 264 f. ; 4º. Obra dedicada aos peregrinos da Terra San-ta redigida por Frei Pantalião, natural de Aveiro, que participou no Concílio de Tren-to. Livro impresso de suporte em papel.Dim. 125x185mmUCBG J.F.-37-2-20

23 de março e 6 de abril | santa Casa da misericórdia de aveiro

Documento 81776-1824livro de assento das marinhas e do seu rendimento anual que pertencem à Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. Contém dois índices das marinhas nos fl. 1 e fl. 52-52v.Livro manuscrito de suporte em papel, com encadernação em cartão e vestígios de revestimento de couro. Dim. 310x222x30mmPT-SCMAVR/SCMA/C/04/03/34

Documento 341565Provisão do Cardeal d. Henrique dada a pedido dos pescadores da Vila de aveiro. movidos de bom zelo e desejo de salvação da alma, para pesca-rem aos domingos e dias santos. O produ-to da pesca deveria ser aplicado no res-gate e rendição de cativos, devendo ser o dinheiro entregue a Gomes Carreiro, te-soureiro dos cativos. Os pescadores fica-riam isentos de assistir aos ofícios divinos durante os dois meses de duração da au-torização. Documento impresso de suporte em papelPT-SCMAVR/SCMA/A/01/1

11 e 26 de abril | arquivo Histórico municipal Documento 41759, abril, 11Carta de Elevação de aveiro a Ci-dade outorgada pelo Rei d. JoséDocumento de suporte em pergaminho.Dim. 330x410 mm. AhMA, 1

sem data

Documento 111808, setembro,16Carta de João Carlos Cardoso Verney a D. Rodrigo de Sousa Coutinho, residente na corte, no Rio de Janeiro, a co-municar a abertura da Barra de Aveiro, no dia 3 de Abril de 1808. É realçado o im-pacto imediato da intervenção “fazendo já neste anno a felicid.e dos Povos desta Co-marca, como fabrico do sal, e dobrada por-ção de lavoira, q. existia paralizada à m.tos annos pela estagnação das agoas q. cauza-vão igualmente as moléstias epidémicas desta Cidade, q. já no presente Verão tem dezaparecido.” Documento manuscrito de suporte em papel.Dim. 210x340mmAhDAPA – Biblioteca da APA – doc. n. n.

Documento 361824, Julho, 21licenças do carregamento de sal em embarcações que fariam parte do livro de registo da Alfândega de Aveiro. O ma-nuscrito, em papel selado [20 réis], cor-responde ao fl. 24 e tem como título “ter-mo de carga da rasca Senhora do Carmo. Mestre Francisco Pereira, Vezinho da Eri-ceira”.Documento manuscrito de suporte em pa-pel.Dim. 200x300mmAhDAPA – Bib D Pa 11-Sal

“Comemorações Aveiro 2009”

2 de FevereiroLançamento do Concurso de Trabalhos Es-colares Aveiro 250 Anos _ ADERAV 30 anos na modalidade de ensaio e expressão plásti-ca - Organização - ADERAV

5 de FevereiroCiclo de Conferências “Aveirenses Ilustres”homenageado – Silvério da Rocha e CunhaOrador – Capitão-de-Mar-e-Guerra Mário Júlio Simões Teles18.30 horas – Museu da Cidade

7 de FevereiroExposição “Explicação do Vento” de Marcos SílvioGaleria dos Paços do ConcelhoPatente até 1 de Março – de Terça a Domingo, das 14.00 às 19.00 horas

Aniversário do CETA (consultar página 19)

11 a 13 de FevereiroReunião geral da Rede de Excelência ACCENTReitoria da Universidade de AveiroOrganização - Universidade de Aveiro

14 de FevereiroPercursos com história “ Vila de Aveiro (até ao século XVIII)”11.00 horas – Museu da Cidade

19 de FevereiroCiclo de Conferências “Aveirenses Ilustres”homenageado – D. Manuel de Almeida TrindadeOrador – D. António Francisco dos Santos18.30 horas – Museu da Cidade

21 e 22 de Fevereiro“Gala dos 25 anos” da Escola de Bailado de Aveiro21 – 21.30 horas e 22 – 15.30 e 21.30 horasTeatro Aveirense

21 de Fevereiro Desfile de Carnaval Infantil Temática 250 anos 14.30 horas – Av. Dr. Lourenço PeixinhoBaile de Carnaval 250 anos “Gentes da Ria”16.30 horas – Salão dos Bombeiros Novos de AveiroOrganização – Centro Social e Paroquial da Vera Cruz

Baile Vienense - “Gala dos 25 Anos” da Es-cola de Bailado de AveiroSalão Nobre do Teatro Aveirense

23 de FevereiroBaile de Carnaval com Melech Mechaya21.30 horas – Teatro Aveirense

28 de FevereiroCabaret Molotof - Teatro de Marionetas do Porto21.30 horas - Teatro Aveirense

250 anos de história Aveirense – Exposição DocumentalItinerância pelas Bibliotecas Escolares da Rede Concelhia

Nota: programa em constante actualização

prOGrama de FevereirO

Boletim Informativo Municipal . 8

A marcar o arranque oficial do projec-

to Fin-URB-aCt, aprovado no âmbito

do programa URBaCt, realizou-se nos

dias 21 a 23 de Janeiro o seminário de

arranque do Projecto em aachen, ale-

manha.

Neste âmbito, foi realizada a conferência in-ternacional “Join Forces in favour of SMEs – Partnerships for fostering and financing local entreprises”, onde, para além dos ilus-tres representantes da Comissão Europeia, Alexander Ferstl, do Parlamento Europeu, Jean-Marie Beaupuy, e do Director do Se-cretariado de Direcção do Programa Urbact II,Jean-Loup Drubigny, estiveram presentes representantes de ministérios, associações de diferentes escalas territoriais, institu-ições financeiras e agências de desenvolvi-mento local e regional, com o objectivo de discutirem estratégias e medidas que pos-

sibilitem reforçar o potencial existente das empresas inovadoras e melhorar o seu aces-so às fontes de financiamento existente.A continuidade dos trabalhos traduziu-se na definição de grupos de trabalho que ti-nham como objectivo abordar três temas es-pecíficos, nomeadamente “Apoio a projectos de pequena escala”, “Apoio a projecto ino-vadores e do sector das novas tecnologias” e “Parcerias com as Autoridades de Gestão”. Neste último ponto, importa ressalvar a im-portância do envolvimento da CCDR-Centro, a convite da Câmara Municipal de Aveiro, no grupo de discussão.Deste primeiro seminário resulta uma primeira abordagem à estratégia que terá de ser desenvolvida nos próximos dois anos e meio de trabalho entre as 11 cidades europe-ias que integram a rede do presente projec-to (Aachen, Aveiro, Galati, Gijon, Maribor, Roma, Edinburg, Leipzig, Gliwice, Reims, Lazio), sendo que próxima reunião de tra-balho irá já ocorrer em Abril, na cidade de Aveiro.

acrru - Área crítica de recuperaçãO e recOnversãO urbanística

requaliFicaçãOavança

A Câmara Municipal de Aveiro, reconhecen-do a importância da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, como espaço estruturante e em-blemático da cidade, iniciou um processo de debate e definiu um conjunto de iniciativas conducentes à sua revitalização.O Seminário “O Futuro da Avenida Dr. Lou-renço Peixinho”, realizado no passado mês de Novembro, constituiu um primeiro mo-mento do processo de participação pública e permitiu: estabelecer um conjunto de princí-pios, que devem ser ponderados aquando da elaboração do Projecto de Intervenção; e, ao mesmo tempo, tomar conhecimento dos principais sistemas de incentivos existentes à reabilitação urbana.Um processo de reabilitação urbana destas dimensões, pela exigência de recursos, pela multiplicidade de agentes que importa en-volver, pelas diversidade de áreas discipli-nares que se devem contemplar, é, necessa-riamente um processo complexo e moroso.Todavia, entende a Câmara Municipal de Aveiro que há passos que podem já ser da-dos com vista a criar-se um espaço urba-

no de qualidade e que propicie condições de fruição coerentes com as exigências contem-porâneas.Na sequência do expresso por alguns ora-dores do Seminário e da experiência de ou-tras cidades, o Executivo Municipal con-siderou oportuno e aprovou em Reunião de Câmara a classificação da Avenida como “Área Critica de Recuperação e Reconversão Urbanística (ACRRU)”.Neste contexto específico, esta classificação surge com carácter instrumental e assu-mindo-se como um incentivo para a Re-abilitação de imóveis degradados.Os proprietários de imóveis integrados da ACCRU passam, assim, a ter ao dispor um Benefício Fiscal que se traduz na pos-sibilidade das empreitadas realizadas dentro da aCRRU estarem sujeitas à taxa Reduzida do iVa (5 por cento), quando em situações normais a taxa é de 20 por cento.A Lista I anexa ao Código do IVA, aprovado pelo D.L. nº394B/84, de 26 de Dezembro, re-ferente aos Bens e Serviços sujeitos à taxa re-

duzida (5 por cento), no seu ponto 2.23, pas-sou a ter a seguinte redacção, de acordo com o expresso no Orçamento de Estado 2009 (Lei nº 64 – A/2008 de 31 de Dezembro):“2.23. – Empreitadas de reabilitação urba-na, tal como definida em diploma específica, realizadas em imóveis ou em espaços públi-cos localizados em áreas de reabilitação ur-bana (Áreas Críticas de Recuperação e Recon-versão Urbanística, zonas de intervenção das sociedades de reabilitação urbana e outras) delimitadas nos termos legai, ou no âmbito de operações de requalificação e re-abilitação de reconhecido interesse público nacional.”Em contacto com as experiências de ou-tras cidades portuguesas (ex. Porto), que adoptaram alguns instrumentos de apoio à revitalização de imóveis, foi-nos transmiti-do que este incentivo é o que encerra melhores resultados, sendo o mais valo-rizado pelos proprietários.Após a aprovação da ACRRU pela Assem-bleia Municipal, o processo será instruído na íntegra e remetido para a DGOTDU- Di-recção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano. Após esta fase, é a própria DGOTDU que formaliza o proce-sso para publicação em Diário da República, momento em que a ACRRU passa a ter exis-tência legal.Em termos operacionais o uso deste benefí-cio processa-se da seguinte forma:- A Câmara Municipal de Aveiro, medi-ante pedido formalizado pelos interessados, emite uma Declaração que atesta a integra-ção do Imóvel dentro da ACRRU.- O empreiteiro, no momento da entrega da Declaração Periódica do IVA, apresenta os restantes 15 por cento do IVA como dedutíveis, ha-vendo por isso lugar a reembolso. A corrida contra a degradação das condições de habitabilidade, salubridade e estética im-põe uma intervenção profunda e concerta-da, com vista à inversão desta tendência e exige à autarquia o incentivo à requalifica-ção do espaço privado, apoiando e aconse-lhando o desenvolvimento das várias inici-ativas de uma forma prioritária. Esta é uma realidade para a qual a autarquia está des-perta, acreditando que esta iniciativa será fundamental para o desiderato que a Comu-nidade Aveirense quis assumir: revitalizar a avenida.

Fin-urb-act

avenida dr. lourenço Peixinho

Boletim Informativo Municipal . 9

requaliFicaçãO da ex-en 230-1 (1ª Fase)

municípiO de aveirO / prOJectOs qren

O Plano Territorial de Desenvolvimento do Baixo Vouga, em cuja elaboração o Municí-pio de Aveiro participou activamente, cons-tituiu o documento de suporte à Contratu-alização com a Comissão Directiva do PO Regional / QREN de uma Subvenção Global cuja gestão caberá à Comunidade Intermu-nicipal da Região de Aveiro – Baixo Vouga.Para além da participação em Projectos Intermunicipais, a Câmara Municipal de Aveiro, num volume de investimento total para os 11 municípios de cerca de 100 milhões de Euros, conseguiu ver aprovados uma carteira de projectos no valor de 11 milhões de Euros que se realizarão integralmente no nosso concelho.Dada a possibilidade de integrar projectos com vista a melhoramentos na Rede Viária, e apesar das limitações financeiras ao apoio exis-tentes a esta tipologia de acções, a autarquia garantiu neste processo a aprovação do Pro-jecto de Requalificação da EN 230-1 (1ª fase).Trata-se de um projecto que avançará duran-te o presente ano e que permitirá qualificar esta importante artéria de ligação transver-sal da rede viária intra-municipal. O investi-mento ronda os 1, 4 milhões de euros e con-tará com uma comparticipação FEDER de 1 milhão de eurosNa sequência do Plano Rodoviário Nacio-nal, aprovado por Decreto-Lei n.º 22/98, de 17 de Julho, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 98/99, de 26 de Julho e pelo DL n.º 182/2003, de 116 de A-gosto, a EN230 – 1 passou a integrar a rede viária municipal. Nesta fase, proceder-se-á à requalificação do troço que se inicia jun-to à Linha do Norte em Oliveirinha e que se prolonga em direcção a Eixo numa extensão de 4 Km. Esta estrada assume-se como uma linha essencial em termos dos acessos in-tra-municipais do concelho de Aveiro, sendo fundamental não só para ultrapassar a defi-ciência de ligações transversais no municí-pio, mas também para garantir um acesso

alternativo às áreas empresarial e industrial que estão previstas. Esta requalificação per-mitirá definir um novo perfil tipo que con-templa uma faixa de rodagem com largura variável (6,5m a 8,0 m), passeios e estacio-namentos (quando possível e necessário) e a execução de infra-estruturas de drenagem de águas pluviais. O projecto prevê ainda: o levantamento do pavimento existente em paralelo e a sua substituição por pavimen-to com uma estrutura flexível, a beneficiação de ligações com vias públicas e serventias assim como algumas rectificações pontuais à geometria do actual traçado.Esta intervenção será a maior requalificação num troço contínuo da rede viária munici-pal realizada nos últimos 10 anos e consti-tuirá um contributo significativo para a me-lhoria da qualidade de vida das populações e para a actividade das empresas que aqui se localizam.Sobre este assunto fomos ouvir as opiniões dos Presidentes da Junta de Eixo e de Oli-veirinha, Carlos Anileiro e Armando Vieira, respectivamente.Para o Presidente da Junta de Freguesia de Oliveirinha, Armando Vieira, “esta via é muito importante para a freguesia, é a co-luna vertebral de Oliveirinha, é uma via es-truturante porque liga os principais lugares – Oliveirinha, Costa do Valado e Quintãs – ao longo da qual se posicionam as princi-pais infra-estruturas públicas, civis e reli-giosas da freguesia”. O edil realça ainda que “esta via, do ponto de vista da freguesia de Oliveirinha, inicia junto ao Largo da Feira de Oliveirinha, passando pela Igreja Matriz, pelo principal edifício do ensino básico, pela Escola EB 2,3, pela sede da Junta de Fregue-sia, pelo Complexo Desportivo, pelo Com-plexo da Casa do Povo de Oliveirinha, a es-tação de Caminhos de Ferro de Quintãs e as principais unidades industriais estão próxi-mas da EN 230-1”. O Presidente da Junta de Freguesia de Eixo, Carlos Anileiro, afirmou que “em bom rigor não temos muito a esperar desta requalifi-cação visto, que na nossa freguesia, atraves-sa uma área urbana e antiga que não dá para alargar a via, não tem solução. Não espero outra coisa que não seja pequenos melho-ramentos que essa requalificação possa fa-zer”. Neste contexto, Carlos Anileiro espe-ra ter “um rotunda em “trompete” que fará a ligação ao futuro eixo rodoviário Aveiro-Águeda”. Sobre a mobilidade dos habitantes, o Presidente destaca que esta via irá per-mitir “um acesso mais rápido às auto-estra-das mais importantes desta Região e haverá uma melhor coordenação para a zona indus-trial de Eixo.” Presidentes das Juntas de Eixo e oliveirinha, no km 0 da En 230-1

Vista da En 230-1 em oliveirinha

Boletim Informativo Municipal . 10

ecO - municípiO aveirense

instantâneOs

Integrada no Departamento de Desenvol-vimento e Planeamento Territorial, a Di-visão de Ambiente contempla o Serviço de Qualidade de Vida e Ambiente e o Serviço de Educação Ambiental. Composta por seis funcionários, entre técnicos superiores de engenharia e um encarregado, tem como Chefe de Divisão Acílio Vitória.O serviço de Qualidade de Vida e Ambiente viu recentemente ser transferida a gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, adiante RSU, para os Serviços Municipalizados de Aveiro, SUMA e ERSUC. Contudo, com este pro-cesso não se assinalou a perda de qualidade dos serviços prestados aos munícipes tendo as actividades de Educação Ambiental rela-cionadas com RSU e Reciclagem continua-do neste sector.Sob a sua égide estão o desenvolvimento e implementação do Plano Municipal de Am-biente e Desenvolvimento Sustentável de Aveiro que confere intervenções no Espaço Rural com a criação e promoção de corre-dores ecológicos. Segundo o Chefe de Di-visão, Acílio Vitória, “neste momento, em es-treita colaboração com a Junta de Freguesia da Glória, estão a ser consolidadas as mar-gens na Ribeira de Vilar, recorrendo a técni-cas naturais, mas o objectivo é alargar a ou-tras freguesias.”No âmbito do projecto “Corredores Ecológi-cos”, a Divisão de Ambiente participa num grupo de trabalho interno para apresentar um projecto global para ser submetido ao QREN-PO-Centro. Neste momento “está a ser feito o levantamento, com saídas de cam-po, de percursos pedonais e pistas cicláveis, e componentes ambientais e ecológicas que

serão integradas nos projectos de “Corre-dores Ecológicos”. Acílio Vitória refere ain-da que “neste âmbito estamos em conver-sações com os Municípios de Águeda e de Oliveira do Bairro para a criação de pistas cicláveis junto à Pateira de Requeixo numa lógica de interligação municipal” explicando ainda que “estes serão percursos de lazer e interpretativos em termos ambientais”.“Temos em desenvolvimento as hortas es-colares, onde se fazem várias actividades práticas nas hortas de escolas do primeiro ciclo do ensino básico e apoio e incentivo na criação da rede de hortas sociais, dirigidas às populações que habitam urbanizações so-ciais da Autarquia, onde se pretende que os pequenos quintais das casas sejam aprovei-tados para cultivo de pequenas hortas para consumo doméstico” destaca Acílio Vitória.Na área da Energia, a Câmara Municipal é parceira na rede de “Energie-cyté” Euro-peia. Neste âmbito “participámos nos tra-balhos do “Info-Day da Energia”, promovido pela própria Comunidade Europeia, pro-grama ManagEnergy, no dia 17 de Abril de 2008.Uma tarefa importante desta Divisão é o serviço de desratização e desinfestação que é executado todos os anos em espaços públi-cos, edifícios municipais e todas as escolas do primeiro ciclo do ensino básico para con-trolo de pragas de ratos e insectos.As reclamações sobre o ruído provocado por alguns estabelecimentos comerciais e outros tentam são resolvidas por esta Divisão ten-do por base o Regulamento Geral do Ruído. O responsável explica que os elementos da divisão “analisam e informam-se sobre ruí-do ambiental no interior habitação e o in-cómodo por ele causado. Para estas situa-ções é contratado um laboratório que faz as avaliações acústicas, e de acordo com o que é estudado, propõe-se aos proprietários as medidas de minimização e de resolução da situação”. Nesta área “quase que somos psicólogos porque quando as pessoas aqui chegam es-tão já no seu limite” ressalva o Chefe de Di-visão, “tentamos sempre resolver os pro-blemas que nos são apresentados através da emissão de pareceres, acompanhamos e damos sugestões para que as coisas corram bem.”Uma das outras áreas abrangidas por esta divisão tem a ver com o Regulamento Muni-cipal de Resíduos Sólidos Urbanos e higiene Pública. “Aqui são apreciados os projectos de obras de particulares que contemplam siste-mas privativos de armazenamento de con-tentores para RSU, são também analisados e acompanhados os autos de queixa e feitas

as exposições/reclamações relativas à lim-peza/remoção de matos/silvas/copas de ár-vores e arbustos (gestão de combustível) em áreas urbanas do município.”Um marco histórico para o Município que desde 2006, e pela primeira vez, tem hasteadas a Bandeira Azul e a Bandeira da Acessibilidade, galardões importantes e de fomento de desenvolvimento e do turis-mo para o município e, em particular, para a freguesia de S. Jacinto. “Foram criadas as condições e infra-estruturas para que tal facto se concretizasse e temos de manter os esforços para que estes galardões continuem a ser hasteados na Praia de S. Jacinto” apon-ta Acílio Vitória.Diariamente são publicados o Boletim Diário da Qualidade do Ar de Aveiro e o Boletim Policlínico na página de internet da Autar-quia e no jornal “Diário de Aveiro” que inclui informação sobre a previsão diária do índice da qualidade do ar, bem como, a antevisão semanal dos pólenes para a nossa região.Enquadrado no Serviço de Educação Am-biental, tem-se realizado diversas campa-nhas e acções de Educação Ambiental, no-meadamente, o Fórum Infanto-Juvenil da Terra de Aveiro, a intervenção nas escolas através do Programa Eco-Escolas com a re-alização de sessões de sensibilização sobre várias temáticas, como a triagem de resídu-os, a política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), o Ecoponto, a recolha de resídu-os volumosos “Monstros”, os Resíduos e o Consumo, o acondicionamento e deposição de resíduos e destino dos resíduos – Ater-ro Sanitário de Aveiro. De salientar que es-tes temas são abordados num contexto lúdi-co-pedagógico.

Ainda na área da Educação Ambiental há a Lixoteca Itinerante que consiste num au-tocarro transformado, decorado e transfor-mado numa unidade Móvel de Formação e Sensibilização do Grupo SUMA, que visita as escolas do primeiro ciclo do Ensino Bási-co. Alem das temáticas ambientais, tam-bém contemplam o Civismo, a Segurança e a Saúde. São ainda organizadas Campanhas de Sen-sibilização Ambiental sobre as temáticas em que temos reclamações significativas dos munícipes sobre a cidade: dejectos caninos, Campanha “Pombos em Áreas Urbanas”; o Dia Europeu Sem Carros/Semana Europeia da Mobilidade em que o Município colabora desde o primeiro ano (2000), que tem sido acompanhado de corte de trafego em algu-mas zonas da cidade, animação e medidas permanentes, como pedonização de arru-amentos, pistas cicláveis e a Semana Verde que é um evento que decorre em Maio, du-rante as Festas do Município, que tem como objectivos, entre outros, a dinamização e pro-moção dos espaços verdes municipais, incen-tivar o gosto pelos espaços verdes da cidade, tirando partido dos jardins de proximidade, públicos ou privados. Esta acção conta com vários concursos abertos ao publico e insti-tuições dos quais destacamos o “Concurso Espantalhos na Cidade”, “Concurso Aveiro Cidade Jardim – Janela e Varandas Flori-das”, “Concurso fotográfico – Aveiro Cidade Jardim”, “Concurso Florir na Primavera”, “Concurso Viver o Meu Quintal”, entre ou-tras actividades. É com esta actividade que a Divisão de Am-biente apresenta os seus eco-cumprimentos a todos.

a divisão de ambiente do município é

responsável pela qualidade de vida e

ambiente dos munícipes em diversas

vertentes como são exemplo os Resídu-

os sólidos Urbanos e Higiene Pública,

o Ruído, entre outras. a seu cargo en-

contra-se a implementação do Plano

municipal de ambiente e desenvolvi-

mento sustentável em aveiro e está,

também, encarregue pela dinamiza-

ção de diversas campanhas de educa-

ção ambiental. neste número preten-

demos dar a conhecer algumas acções

que a divisão de ambiente da autar-

quia desenvolve.

Elementos da divisão de ambiente em diversas actividades

Boletim Informativo Municipal . 11

as hOras Felizes da idade séniOr

prOJectO “Felizidade”

Quando fomos assistir à aula de hidroginás-tica, estavam na piscina do Beira Mar 15 ido-sos da freguesia de São Bernardo que, com o colorido das suas toucas, deram vida ao es-paço. Num cenário azul em água límpida, os idosos nadaram e andaram de um lado para o outro, com os braços no ar, com as pernas sempre em movimento e, no final, o cansa-ço era evidente, mas os sorrisos de satisfa-ção tinham maior realce. Durante as aulas de hidroginástica, o pro-fessor André Cunha tem a preocupação em proporcionar “o bem-estar dos idosos”. São feitos “exercícios que aliam as capacidades motoras com o ritmo e a memorização, ten-do sempre em conta o bem-estar dos parti-cipantes”, reforça André Cunha que conclui referindo que “o que mais me agrada é ver que eles estão a gostar e observar a satisfa-ção deles”.

a Câmara municipal de aveiro propor-

ciona algumas horas de energia aos

idosos que habitam no Concelho de

aveiro através do Projecto “Feliz-

idade”. no corrente ano lectivo estão

previstas várias actividades, estando

já a decorrer as aulas de ginástica e de

hidroginástica, envolvendo, no total,

374 idosos. motivar e sensibilizar os

idosos para a importância e pertinên-

cia das actividades desportivas é uma

das muitas finalidades desta acção.

No salão dos Bombeiros Novos de Aveiro, durante a aula de ginástica participaram 12 idosos da Freguesia da Vera Cruz que, ori-entados pelo professor Paulo Roberto, cor-reram, fizeram vários exercícios, um jogo tradicional – tracção à corda e riram.“Fazemos mais exercícios de equilíbrio, de mobilidade porque são importantes para os ajudar nas lides domésticas. Também tra-balhamos a noção de ritmo, fazemos jogos tradicionais, hoje foi a tracção da corda. Como esta aula decorre apenas uma vez por semana, tento sempre englobar tudo num só dia e, pelos rostos deles, parece que ficam sa-tisfeitos” afirma o professor Paulo Roberto.

augusto sequeira – 84 anos“Sinto necessidade de vir e gosto também de ir para a piscina. Desde o início que par-ticipo e irei continuar.”

guilhermina Cancela – 55 anos“É bastante útil, sobretudo porque as pes-soas estão habituadas à rotina, pelo que esta acção quebra-a e obriga-as a vir cum-prir um horário e a fazer exercício.”

Neste momento, ginástica e hidroginástica são as aulas que o Projecto faculta aos idosos das freguesias Cacia, Eirol, Esgueira, Glória, Requeixo, São Bernardo, Santa Joana e Ve-ra-Cruz e das instituições Associação Me-lhoramentos de Eixo, Centro Paroquial de S. Bernardo, Centro Paroquial de St.º António André, Centro Social de Azurva, Centro So-cial e Paroquial de Santa Eulália de Eirol e Patronato N. Sr. de Fátima. Com estas iniciativas procura-se contribuir para melhorar a qualidade de vida da po-pulação sénior, prevenindo e minimizan-do alguns efeitos do envelhecimento, fo-mentando a integração social, aumentando a sua auto-estima e estimulando a vida ac-tiva oferecendo actividades de manutenção e de lazer. Idas ao andebol, basquetebol, fu-tebol, hóquei em patins, caminhada e campo de férias serão as actividades a desenvolver para estes munícipes que participam sem-pre em grande número.

Rosa Pessegueiro – 59 anos“Gosto muito de tudo o que se faz. Mesmo com o frio que se faz sentir lá fora venho sempre.”

adelaide neves - 78 anos“Venho porque gosto muito e faz-me bem. Se aqui não estivesse estaria a trabalhar porque tenho sempre muito que fazer em casa, mas venho porque faz bem aos ossos, ao coração. A água é quentinha e boa.”

Mediante a aquisição de Software que as-senta na plataforma i-Gesp XXI – “Gestão da Carta Desportiva e de Programas de Apoio ao Associativismo”, pretende a edi-lidade actualizar a parametrização de to-dos os dados concelhios, freguesia a fregue-

sia, interligados ao processo de controlo dos recintos desportivos, bem como a todos os dados do Movimento Associativo que, devi-damente articulados com os censos ofici-ais e projecções demográficas, darão uma noção real das necessidades concelhias, no-vas tendências, modificações na procura de serviços, índices de prática desportiva, in-tervenções de fundo, entre outros aspectos. Em termos técnicos a articulação da infor-mação será implementada via Intranet ou via Internet. Serão dadas permissões por níveis de utilizadores no que diz respeito à utilização do i-Gesp XXI. A aplicação já está instalada nos servidores da Câmara Munici-pal de Aveiro, estando, no momento, a deco-

rrer a formação técnica dos funcionários. Numa fase posterior é intenção da autarquia sensibilizar e estimular a intervenção direc-ta das associações desportivas já que, a mé-dio prazo, é espectável que sejam essas enti-dades as responsáveis por parte da inserção e manutenção dos seus dados. A Divisão de Desporto prestará auxílio às colectividades com mais dificuldades, mediante formação técnica ajustada às necessidades de cada en-tidade e facilitará a acessibilidade a um com-putador preparado para esse efeito.O Vereador responsável pelo Pelouro do Desporto, Gonçalo Caetano Alves, revelou que “esta é uma aposta no rigor e nas novas tecnologias que dotará a autarquia de uma

ferramenta estratégica”. Segundo o autarca, “a implementação do software vai permitir uma gestão mais racional dos apoios ao as-sociativismo e contribuirá para a medição das reais necessidades desportivas do con-celho O vereador Gonçalo Caetano Alves sa-lientou ainda que “no processo estreitare-mos o relacionamento com as colectividades desportivas”.Em jeito de conclusão o Vereador afirmou “tratar-se de uma responsabilidade assu-mida e o alcançar de um dos pilares estru-turantes traçados a médio prazo. Salientan-do que os resultados, embora venham a ser perceptíveis a médio prazo, serão verdadei-ramente potencializados no futuro”.

câmara apOsta na mOderna GestãO despOrtiva

a autarquia aveirense apostou forte-

mente numa abordagem racional do

desporto municipal. Quatro grandes

linhas vão direccionar esta interven-

ção de fundo: Identificação; Clarifica-

ção; Quantificação e Qualificação.

Boletim Informativo Municipal . 12

questiOnÁriO de rua

neste número do Boletim infor-

mativo é dado um destaque espe-

cial às Comemorações aveiro 2009,

pelo que fizemos uma abordagem so-

bre a Cidade de Aveiro. O desafio foi

o seguinte: perguntámos “o que gos-

ta mais em aveiro?”, cuja resposta foi

escrita num pequeno quadro em ar-

dósia e, posteriormente, tirada uma

fotografia. Para tal, palmilhámos al-

guns locais do Concelho à procura das

respostas. não as conseguimos publi-

car todas, mas tentamos demonstrar a

ideia geral do tipo de respostas dadas.

a todos muito obrigado pela simpatia e

disponibilidade.

“Bairro de Santiago” André Sarabando – 16 anos – Glória

“Vento” Vasco Cardoso – 25 anos – Glória

“Do meu Bairro da Beira Mar” João Gomes – 69 anos – Glória

“Ria” Rolando Marques – 71 anos – Eixo

“Estação de Comboio” Valdemar Bastos – 69 anos – Eixo

“Ovos Moles e Praias” Pedro Figueiredo – 41 anos – Porto

“Centro de Congressos” Carminda Pereira – 63 anos – Eixo

“Museu” Mário de Almeida – 72 anos – Santa Joana

“Canal São Roque” João Maio – 17 anos – Verdemilho

“Cidade Moderna” Sandra Sarrico– 26 anos – ílhavo

Boletim Informativo Municipal . 13

centrais de cada uma, onde se encontram lo-calizadas as principais valências e pólos de actividades, nomeadamente, largos, arrua-mentos e praças principais, zonas escolares e desportivas.Segundo o director dos Serviços Munici-palizados de Aveiro (adiante SMA), Alberto Roque, “os SMA tinham apenas duas áreas: água e saneamento e a partir de 2008 ficou com a gestão da limpeza urbana esperando obter bons resultados: 98 por cento das pes-soas já possuem saneamento e há cobertu-ra total, a cem por cento de água”. Sobre os resíduos sólidos é preocupação da Câmara Municipal de Aveiro ir para o resto do Con-celho dando ainda mais notoriedade aos SMA estando actualmente coberta com este serviço 75 por cento da população”.O Chefe de Serviços da SUMA, Vítor Mota, referiu que este alargamento da limpeza ur-bana “foi um desafio para nós porque nun-ca fizemos este serviço nas freguesias. No início tivemos alguma dificuldade porque havia muito a fazer, mas agora as coisas já estão bem.”

“Parque Infante D. Pedro” Joaquim Oliveira – 59 anos – Santa Joana

“Festa de São Gonçalinho” Armando Martins – 70 anos – Azurva

“Avenida Dr. Lourenço Peixinho” José Marque – 66 anos – Azurva

“Luz” Maria Barbosa – 30 anos – Glória

“Universidade de Aveiro” Patrícia Graça – 22 anos – Porto

“Bairro da Beira-Mar” Paula Neves – 26 anos – Pampilhosa da Serra

A Câmara Municipal de Aveiro, os Serviços Municipalizados e a SUMA com o apoio das Juntas de Freguesia, alargam a limpeza ma-nual e varredura mecânica, de forma inten-sa, aos centros urbanos das freguesias: Ara-das, Cacia, Eirol, Eixo, Nariz, Nossa Senhora de Fátima, Oliveirinha, Requeixo, Santa Joa-na, São Bernardo e São Jacinto. Depois de 10 meses de experiência, chegou o momento do serviço ganhar novo fôlego e melhorar a qua-lidade de vidas dos munícipes.Sobre este serviço, o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, realça que “este projecto está no terreno há já 10 me-ses e agora, com alguns ajustes, será coloca-do em prática, tendo havido para isso, uma dialéctica entre o Município e a SUMA e com as juntas de freguesia”. O Autarca destaca ainda que “este alargamento apresenta em mais 3000 km de limpeza mais do que em 2007 sem qualquer custo adicional para a Câmara tornando-se uma dupla vantagem, para o município e para os munícipes”. De acordo com o Vereador Carlos Santos, “este é um sonho antigo que estamos a con-cretizar, tendo sido um assunto concertado com todas as juntas de freguesia envolvidas”. Carlos Santos foi ainda mais longe visto que declarou que “a ideia geral foi uma verdadei-ra revolução que chegou às freguesias”.Importa ainda lembrar que, durante os pró-ximos cinco anos, as freguesias e respecti-vas populações vão beneficiar de um serviço de excelente qualidade ao nível do que já se pratica na área da cidade, procurando me-lhorar as condições de vida e a qualidade ambiental do espaço urbano de todo o Con-celho.Neste contexto, os novos serviços prestados consistem na limpeza e varredura urbana, quer manual quer mecânica, e apanha do lixo espalhado pelas ruas e passeios, no esva-ziamento das papeleiras existentes, na des-matação de ruas, bermas e passeios, e lim-peza e desobstrução de grelhas e sarjetas.De quinze em quinze dias, das 6.30 às 12.30 horas, as freguesias recebem a brigada ma-nual de intervenção, que por sua vez é com-plementada mensalmente por uma varre-dura mecânica. De referir ainda que este serviço tem sido também efectuado pon-tualmente e a pedido aquando da realização de romarias, festas, feiras e outros eventos.As zonas de limpeza foram definidas em ar-ticulação estreita com as Juntas de Fregue-sia, tendo-se procurado abranger as zonas

FreGuesias cOm mais limpezadepois de um período experimental de 10 meses, o alargamento de limpeza e

varredura urbana às áreas centrais das freguesias entra em pleno funcionamento

pelas mãos da Câmara municipal de aveiro, serviços municipalizados de aveiro e

a sUma. Foram delineadas novas áreas de intervenção quer em alguns pontos da

cidade, quer nas zonas centrais das freguesias.

AradasCaciaEirolEixoNarizNossa Senhora de FátimaOliveirinhaRequeixoSanta JoanaSão Bernardo São Jacinto

GlicíniasRua da PegaOlho d’ÁguaForca / VougaSantiagoSá BarrocasQuinta do Cruzeiro

nOvas Áreas de limpeza

FreGuesias

Cma, sma e sUma fazem Ponto de situação

Boletim Informativo Municipal . 14

prémiO atribuídO pela seGunda vez

Pela segunda vez consecutiva, o funcionário do Departamento de Serviços Urbanos, Jorge Branco, vê uma proposta sua consa-grada no âmbito do SIM – Sugestões Inter-nas de Melhoria da Câmara Municipal de Aveiro – segunda fase ocorrida de Maio a Dezembro de 2008.

A proposta sugere que os funcionários da Au-tarquia estejam devidamente identificados através de um cartão com nome e fotogra-fia, sempre que contactem directamente com os munícipes. Esta medida contribuirá para a tranquilidade das pessoas, nomeada-mente para que não restem dúvidas sobre, por exemplo, quem estão a receber em suas casas, como é o caso dos electricistas, cana-

lizadores, pintores, carpinteiros, quando se deslocam às habitações sociais para efectu-arem reparações. “Quando nos deslocamos às habitações so-ciais, não temos qualquer identificação pelo que é importante e necessário que todos os colaboradores sejam portadores destes cartões para facilmente serem identifica-dos”, explica o vencedor Jorge Branco. Num total de 12 propostas recebidas, a Comissão de Análise de Sugestões deliberou, por una-nimidade, premiar esta sugestão.A Comissão de Sugestões, deliberou, igual-mente, por unanimidade, atribuir o Prémio de Estímulo às funcionárias Dília Corceiro e Delfina Massa, do Gabinete de Atendimento Integrado, que apresentaram uma sugestão conjunta que, embora não possa ter aplica-bilidade imediata, visa melhorar os proce-dimentos no âmbito da Gestão Urbanística e Obras Particulares, concretamente, no que refere aos Registos Prediais.

Os Diplomas e os Prémios respectivos foram entregues no decorrer do Jantar de Natal dos funcionários, que teve lugar no passa-do dia 19 de Dezembro, no Restaurante João Capela, sendo o Prémio de Aceitação, uma estadia para duas pessoas, no hotel Monte-belo, em Viseu, e os Prémios de Estímulo um livro da autoria de Maria João Fernandes so-bre a vida e obra de Francisco da Silva Rocha e um CD sobre Arte Nova.A Comissão de Análise deliberou, ainda, agradecer a todos os proponentes as su-gestões elaboradas e recebidas, deixando expresso que esta iniciativa possa continuar a crescer em quantidade e qualidade.De acordo com o responsável pelo projec-to, António Soares “a Câmara Municipal de Aveiro entende que se deve apostar no fo-mento da participação e na melhoria dos serviços prestados aos munícipes pelo que propôs aos seus colaboradores a apresenta-ção de ideias e sugestões.”

manuel alves – Tanoaria – Sever do Vouga“Praticamente desde que nasci que me de-dico a tempo inteiro a este ofício, ensinado pelo meu pai. Apesar de fazer os trabalhos em tanoaria, virei-me para alguns artigos mais pequenos para poder vender um pou-co melhor.”

as artes e Os OFíciOs em aveirO

Feira de artes e OFíciOs

Numa mistura de cores, de materiais, de feitios e de desenhos, a Feira de Artes e Ofí-cios é um certame importante para a pro-moção e o desenvolvimento do artesanato da Região Aveirense. Realizada mensalmente, calendarizada para o segundo Domingo, a Feira conheceu a sua primeira edição no dia 8 de Maio de 2005 e, desde então, “mais de uma centena de artesãos já passou por aqui” anunciou o Pre-sidente da Associação de Artesãos da Região de Aveiro–A Barrica, Evaristo Silva.Com a realização periódica da mostra de Arte-sanato, o Município pretende “proporcionar à Cidade e à Região o contacto com os artesãos e os seus produtos, criando deste modo um momento cultural e lúdico para a cidade e até para o próprio Concelho”, destaca o Vereador com o Pelouro de Mercados e Feiras, Carlos Santos.Segundo Evaristo Silva, “habitualmente par-ticipam 25 artesãos que possuem a Carta de Artesão. Entre o tipo de artesanato que se faz representar predominam os trabalhos em ma-deira, tecelagem, pintura, cerâmica, doçaria, tanoaria, cestaria e azulejaria”.

De Seia, Sever do Vouga, Vale de Cambra, Ovar, Águeda chegam estes produtos que du-rante todo o dia preenchem a admiração e merecem o respeito dos visitantes perante a originalidade e beleza das peças artesanais. Este é, com certeza, um certame a visitar.

antónio soares – Madeira – Águeda“Sempre trabalhei com a madeira, portanto há cerca de 40 anos. Sou dos primeiros só-cios d’ “A Barrica” e tudo começou com os meus colegas. A tempo inteiro trabalho no ferro e nos tempos livres dedico-me a fazer borboletas, flores e engenhos.”

numa organização conjunta entre a Câmara municipal de aveiro e a associação

de Artesãos da Região de Aveiro – A Barrica decorre, uma vez por mês, a Feira

de artes e ofícios, na Praça Joaquim melo Freitas, bem no coração da Cidade de

aveiro. aqui são expostos os mais diversos tipos de artigos feitos à mão que recri-

am a tradição e os saberes ancestrais.

Vereador Carlos santos e Presidente da direcção da Barrica, Evaristo silva

Pela segunda vez foi atribuído o Pré-

mio sim – sugestões internas de me-

lhoria da Câmara municipal de aveiro,

galardão que visa promover o envolvi-

mento activo dos colaboradores da au-

tarquia nos assuntos da edilidade e na

melhoria dos serviços prestados aos

munícipes. o funcionário Jorge Bran-

co recebeu o prémio durante o jantar

de natal dos funcionários municipais

ocorrido no dia 19 de dezembro.

Delfina Martins – Têxtil – Vale de Cambra“Este trabalho começou por ser um hobby, agora já tenho mais tempo do que antes, e continuo a fazer isto porque me sinto rea-lizada, porque estou a criar as minhas coi-sas e as pessoas gostam. Faço flores, sacos, alfinetes, xailes tudo em tecido”.

Boletim Informativo Municipal . 15

bOmbeirOs nOvOs

memória e FuturO

UM SÉCULO DEPOIS… UM NOVO QUARTEL

A Companhia Voluntária de Salvação Públi-ca Guilherme Gomes Fernandes foi fundada em 30 de Novembro de 1908. É uma Associa-ção de Direito Privado e Instituição de Utili-dade Pública Administrativa, com um Corpo de Bombeiros Voluntários, normalmente de-signado por Bombeiros Novos, tendo como Comandante interino, João Maia.Para ficarmos a conhecer melhor os Bom-beiros Novos, fomos até ao seu Quartel e con-versámos com o Presidente da Direcção, Co-ronel Albuquerque Pinto.“É verdade, 100 anos é uma vida muita longa, nem sempre fácil, já que se trata de uma Ins-tituição voluntária, que vive do apoio social, que muitas vezes tem sobressaltos que é pre-ciso colmatar e resolver. Um século é muito tempo e para quem tem andado à volta da in-vestigação da nossa história percebe que não é muito complicada, se bem que tenha os seus trâmites, os seus meandros…” Era inevitável. Se há Bombeiros Novos e ou-tros que são Velhos algo se terá passado para que se tivesse dado a cisão. “Nasceu de um problema social, não foi nada do que se fala por aí. A leitura que eu faço não passa por ac-tos de indisciplina de alguns bombeiros de então, mas sim fundamentalmente de uma situação social que se reporta a um período um pouco antes da implantação da Repúbli-ca. havia algo de político, se bem que tudo fa-çamos para que a política não passe da nos-sa porta de entrada… mas nem sempre isso é possível. Para mim a dissidência é mera-mente de carácter interno que esteve quase a ser resolvido, mas as Companhias de Seguros e grande parte da população queixavam-se com frequência que os bombeiros eram pou-cos, que não chegavam para resolver os inú-meros problemas que já então existiam, que não parecendo eram em maior número do que os de hoje, pois decorrem da tal situação em que o país já vivia. Não nos esqueçamos que dois anos depois da fundação foi implantada a República. Foi assim que alguns dos bom-beiros da única Corporação então existente saíram e fundaram esta onde agora estamos. Os tempos eram de grande instabilidade so-cial e política, com o regicídio a ter lugar a 1 de Fevereiro de 1908 e a nossa fundação a 30 de Novembro do mesmo ano. Personalidades de vários sectores da vida aveirense reuniram-se dois dias antes e decidiram avançar para a cri-ação de um novo Corpo de Bombeiros.”Falámos do passado era a altura para abor-darmos presente e futuro. “Se estamos a viver desafogadamente? Não, claro que não. As ver-bas que chegam aos bombeiros vêm de várias vias e nunca são suficientes. Mas estou entusi-asmado agora com a promessa de receber al-gumas importâncias que estão aí em atraso, para comprar uma viatura especial que custa

275 mil euros. A Câmara Municipal vai com-participar com 125 mil, que é uma boa aju-da, mas o que é facto é que não temos o res-to. Que viatura é? É uma viatura especial, como disse, com um braço extensível que vai até aos 22 metros, com escada. É para o ataque ao sinistro em altura, que juntamente com a nossa grua que também tem essas ca-pacidades, nos permite ficar bem apetrecha-dos, no que diz respeito a veículos com estas características. A viatura está encomendada, não há o dinheiro todo, temos de nos “virar” de qualquer maneira, recorrendo aos nossos mecenas e aos aveirenses. Não gostamos de peditórios de rua, mas não temos alternativa. A comparticipação dos nossos quase 4oo0 só-cios é insuficiente. Mas havemos de o arran-jar. É sempre com o “havemos de o arranjar” que vivemos, e desta vez não vai ser diferente. Conhecemos bem os aveirenses e sabemos como gostam dos seus bombeiros.”E o novo Quartel…? Já está aí?“Exactamente no mesmo dia e à mesma hora em que há 100 anos o tal grupo de persona-lidades projectava o que viria a ser os Bom-beiros Novos, estava eu a assinar com o Se-nhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Élio Maia, o contrato-promessa, para que fi-nalmente pudéssemos ter um novo espaço, já que este é bastante exíguo e não dá para mais. Temos grande parte da nossa frota na rua, com todos os inconvenientes que daí advêm. O local está escolhido, é óptimo, fica em Es-gueira, com saídas fáceis para todos os lados. Estamos só a aguardar ser chamados à Câ-mara Municipal para ser assinada a escritura para a posse do terreno. Sem isso não há com-participação do Estado. há procedimentos le-gais, aos quais não podemos fugir, por isso penso que em menos de quatro a cinco anos não podemos inaugurar o novo Quartel. Es-tou a fazer comparações com outros colegas que estiveram recentemente envolvidos em obras deste tipo. Quanto vai custar? Vamos falar ainda em contos e ponha lá um pouco mais de meio milhão. Isto para ser um Quar-tel não luxuoso, mas com funcionalidade e de boa construção para resistir ao tempo e seja para 50 anos. São estes os desejos de todos nós e particularmente os meus. Sei que me vai perguntar pelo dinheiro, mas eu não sei res-ponder. A candidatura há-de trazer algum e o resto… bem o resto há-de aparecer.”há muita boa gente, que só se lembra de San-ta Bábara quando troveja. Com os bombeiros é igual. Na hora das aflições o nosso primeiro pensamento vai para os “soldados da paz”.Bombeiros Novos. Um século depois… pre-cisam de todos nós…para que sempre que se-jamos nós a precisar da sua ajuda, o possam fazer com o empenho, a coragem e a dedica-ção, que são seu apanágio.

testemunhOs

“Sou bombeiro há 33 anos. Presentemente sou assalariado. Laços familiares e o facto de viver perto do Quartel, fizeram de mim o bombeiro que hoje sou. Principiei como ca-dete e nunca, ao longo deste tempo, me ar-rependi da minha profissão. Já fiz de tudo, o que um bombeiro pode fazer. O que me mar-cou mais, foi o naufrágio do navio Norceano, em S. Jacinto, por tudo aquilo que envolveu o sinistro e a complexidade enorme de todas as tarefas. Jamais esqueci esse dia”. Para se ser bombeiro é necessário uma grande paixão por tudo aquilo que se faz nesta Casa.

antónio alfredoChefe de Secção de Bombeiros

“Estou nos bombeiros há seis anos, por questões familiares. Vim como voluntária, hoje sou assalariada e cá dentro desempenho várias funções, incluindo, quando é preciso, ir a fogos. Gosto muito do que faço. O que mais me marcou foi um serviço de emergência, onde tive de ir buscar uma senhora de idade já avançada. Sempre que chegava junto dela, en-contrava-a a chorar. Ficámos de tal maneira amigas que ela pediu à filha para ir ao seu fu-neral, o que infelizmente não foi possível, pois não fui avisada a tempo. É por coisas como esta que gosto de ser bombeira.”

sandra Ferreira, Bombeira de 3.ª classe

Presidente da direcção, Coronel albuquerque Pinto

Boletim Informativo Municipal . 16

Francisco gamelasPresidente da Direcção da Banda Amizade

“Penso que esta inici-ativa da Junta da Fre-guesia da Glória é o re-

conhecimento, que se calhar já deveria ter acontecido, de todo o trabalho que a Banda Amizade tem desenvolvido. Curiosamente, num ano em que a colectividade comemora 175 anos de existência, sendo incontornável, do ponto de vista cultural e histórico, falar-se de Aveiro e não se falar da Banda Ami-zade. É o reconhecimento público do tra-balho que desenvolvemos para a Cultura, a Música e para a Cidade de Aveiro.Para o ano de 2009, desejamos alcançar uma estabilidade financeira que penso es-tarmos, finalmente, a conseguir, e o de-senrolar de vários concertos, essencial-mente virados para Aveiro, marcando esta data histórica de 175 anos de actividade.

As três instituições centenárias da Fregue-sia e da Cidade de Aveiro, foram agraciadas com a Medalha de Ouro da Freguesia, na se-gunda Festa dos Reis daquela comunidade, promovida pela Junta de Freguesia de Nos-sa Senhora da Glória.Em 2008, a Junta de Freguesia deliberou homenagear duas personalidades que mar-caram, pela sua dedicação e serviço público, a história da Freguesia: o Sacristão Manu-el Mendonça e o Chefe Armando Coutinho, fundador do escutismo na comunidade, mais concretamente em Vilar.Em 2009, a opção do Executivo da Junta re-caiu sobre as três Instituições mais antigas da Freguesia: Banda Amizade, os Bombeiros Velhos e a Sociedade Recreio Artístico.Para o Presidente da Junta, Fernando Marques, esta iniciativa é “o reconhecimen-to pelo trabalho desenvolvido pelas enti-dades particulares que prestam um serviço público e uma questão de elementar justiça, ambicionando que a gratidão possa ficar como modesto exemplo de uma forma de se

estar na vida pública”, conforme sublinhou no seu discurso.Do discurso de abertura da Festa dos Reis, Fernando Marques acrescen-tou que “a longevidade desta três entidades deve ser louvada, como prova de que o seu objecto, o seu compromisso e a imbricação social perduram, indiferentes às contingên-cias dos gostos e da épocas”.Foi, desta forma, com a atribuição da Meda-lha de Ouro a estas Instituições centenárias que a Junta de Freguesia da Glória prestou a homenagem ao voluntarismo aveirense e à nobreza e generosidade de todos os que, pelo sentido cívico, se dedicam à comunidade, como referiu ao Boletim Municipal, o Presi-dente da Junta de Freguesia da Glória, Fer-nando Marques: “No ano em que se come-moram os 250 anos da elevação de Aveiro a Cidade e os 1050 anos da primeira referên-cia a Aveiro, entendemos ser oportuno o re-conhecimento público pelo trabalho desen-volvido pelas três instituições centenárias da Freguesia, pelas suas raízes históricas de 175, 128 e 113 anos de existência. Achamos que era um dever da Junta da Glória asso-ciar-se, desta forma, às comemorações de Aveiro 2009, atribuindo a Medalha de Ouro à Banda Amizade, aos Bombeiros Velhos e à Sociedade Recreio Artístico.Para este ano de 2009, desejo que tenhamos o maior número possível de disponibili-dade financeira para dar resposta à muitas

das famílias que nos pedem ajuda (e infeliz-mente cada vez são em maior número). Não se pode esquecer a realidade do nosso bairro social, com milhares de cidadãos e centenas de famílias, que todos os dias passam pela Junta de Freguesia a solicitar apoio. Realço que cerca de 40% da população da Fregue-sia da Glória é carenciada. Para além de um conjunta de obras urbanas que estamos a encetar em parceria com a Câmara Munici-pal, o outro nosso grande desejo par este ano de 2009 é a construção da nova sede da Jun-ta, com mais espaço, com melhores estrutu-ras, mais funcional e com mais dignidade”.

Junta de FreGuesia da Glória celebra Festa dOs reis

entidades centenÁrias de FreGuesias distinGuidas

Por exemplo, perspectivamos para Feve-reiro, saber se poderemos estar presentes no Campeonato do Mundo de Bandas, na holanda, o que a acontecer será uma honra para a Banda Amizade e um orgulho para a Cidade de Aveiro.”

antónio tavaresVice-Presidente da Direcção dos Bombeiros Velhos

“Esta Medalha de Ouro significa o reconheci-mento e o respeito que a Junta de Freguesia

da Glória tem para com o Bombeiros Velhos e todo o seu trabalho e serviço público. São estas pequenas e singelas acções que dig-nificam as Instituições. No ano de 2009, os Bombeiros Velhos gostariam de ver liquida-das todas as suas dívidas, consolidados os seus protocolos, nomeadamente com a Câ-mara Municipal, e a aquisição de mais duas novas ambulâncias”.

antónio mortáguaPresidente da Direcção do Recreio Artístico

“Finalmente, após 113 anos de existência, é reconhecido, des-ta forma, todo o tra-

balho que o Recreio Artístico tem desen-volvido em Aveiro. Temos que agradecer à Junta de Freguesia da Glória, principal-mente na pessoa do seu Presidente, Fer-nando Marques, que considero um grande homem, este reconhecimento público pelo contributo que estas três colectividades têm dado a Aveiro e à Freguesia da Glória. Era muito bom que outras entidades seguissem este exemplo.Para 2009 esperamos continuar a honrar os objectivos que os fundadores da colec-tividade determinaram como linhas de ac-tuação: servir Aveiro e os Aveirenses.”

os serviços municipalizados de aveiro,

“fecham” o ano de 2008 de forma po-

sitiva, face aos objectivos que tinham

sido delineados.

Para os Serviços Municipalizados de Aveiro, o ano que terminou ficou marcado por três grandes linhas de orientação: a maximiza-ção da eficiência e eficácia dos serviços e uniformização de procedimentos e acções de gestão; a focalização nas inter-relações entre a entidade e os munícipes, privilegian-do os interesses e expectativas dos clientes; e a promoção da avaliação do desempenho da entidade e dos seus funcionários.Para tal, foram desenvolvidas um conjunto de actividades relevantes que permitiram a concretização dessas metas:• A maturação e certificação do Sistema de Gestão Ambiental; • O início da implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e de Segurança Ali-mentar;• A optimização e integração da prestação de serviços de Recolha e Tratamento de Re-síduos Sólidos Urbanos, integrada nos SMA a 1 de Janeiro de 2008; • O início da construção do edifício da nova Sede dos SMA, junto às instalações dos Serviços Técnico-Operativos dos SMA, em Cacia;• A continuação na aposta em projectos de inovação tecnológica e nas novas tecno-logias da sociedade de informação, como ferramenta básica e transversal a toda a organização, no planeamento, gestão e co-municação interna e externa;• A implementação do Regulamento de Far-damento e Equipamentos de Protecção Indi-vidual, e o consequente início de utilização do novo fardamento e dos equipamentos de pro-tecção individual a dotar para cada actividade desenvolvida, à luz da legislação vigente; • O esforço na consolidação da implemen-tação do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SI-ADAP), permitindo uma ferramenta impor-tante na gestão dos recursos humanos da entidade, premiando a dedicação e empe-nho dos colaboradores;• O esforço constante de rigor orçamen-tal, através da racionalização e selectivi-dade na despesa e da contínua promoção do equilíbrio económico-financeiro;• A consolidação da aplicação de indicado-res de desempenho, com o controlo das ac-tividades com instrumentos de uso comum mas que oferecem potencialidades inques-tionáveis na gestão.O compromisso primordial da entidade na promoção de uma postura permanente de serviço de qualidade à comunidade, asse-gurando e melhorando o nível de qualidade dos serviços prestados, tem por base a res-ponsabilização permanente pela prestação de serviços essenciais à qualidade de vida dos cidadãos, nas áreas do abastecimento público de água, da drenagem de águas re-siduais e da recolha e tratamento dos resídu-os sólidos urbanos.

balançO sma 2008

a Junta de Freguesia da glória, no segui-

mento da iniciativa promovida em 2008,

realizou, no dia 4 de Janeiro, a segunda

Festa dos Reis, homenageando a Banda

amizade, os Bombeiros Velhos e a socie-

dade Recreio artístico.

Boletim Informativo Municipal . 17

Se enquanto freguesia, São Bernardo tem uma história relativamente curta - 40 anos de existência - é importante ressalvar as suas potencialidades, o seu dinamismo e as suas próprias características e identidade que foram, ao longo dos tempos, ganhando di-mensão e relevo.Concentrada em torno da capela dedicada a São Bernardo do Claraval, a população ia au-mentado cada vez mais, ganhando expressão no território onde se situava. São Bernardo foi mudando de paróquia, com as várias divisões administrativas que se iam processando em Aveiro, crescendo a olhos vistos.Assim, na primeira delas, em 1572, ficou no espaço correspondente à freguesia do Espíri-to Santo, que, juntamente com São Miguel, Vera Cruz e Nossa Senhora da Apresentação (ou São Gonçalo), passaram a ser as recém-criadas freguesias de Aveiro. Quando se pro-cedeu a nova reformulação, coincidente com a própria divisão administrativa do pais em províncias, distritos e concelhos, em 1835, surge o distrito de Aveiro e São Bernardo passa a estar sob a alçada da Freguesia da Glória, que reparte a cidade de Aveiro com a freguesia da Vera Cruz.A criação da freguesia de São Bernardo deu os primeiros passos em 23 de Maio de 1968, quando 259 “personalidades” locais assinaram um pedido a solicitar ao Gover-no da Nação a criação da freguesia civil de São Bernardo. Fundamentando a criação da freguesia com a existência de dois mil e quinhentos habitantes, o facto de desde 1958 ser já uma freguesia eclesiástica e ter ainda um edifício escolar, onde se leccionavam, di-ariamente, sete aulas, os subscritores viram o pedido merecer o devido deferimento.A freguesia de São Bernardo vai continuar a procurar afirmar-se cada vez mais e melhor no seio do Concelho de Aveiro, conforme nos revelou o Presidente da Junta de Freguesia, José António Vieira “quando iniciámos este desafio de gerir a freguesia de S.Bernardo já sabíamos, a priori, que iríamos encontrar bastantes dificuldades, fruto da dependên-cia das Freguesias em relação à Câmara Municipal e ao problemas financeiros exis-tentes e conhecidos. No entanto, com uma estreita relação com a Câmara, com alguma harmonia e respeito pelos nossos munícipes

fomos conseguindo cumprir os nossos prin-cipais objectivos e dar a resposta possível às necessidades da Freguesia. É óbvio que não atingimos tudo o que pre-tendíamos, mas em relação às metas que entendemos terem sido mais importantes, como a limpeza, o aumento das estrutu-ras pedonais, a reabilitação urbana no “em-belezamento” de algumas das entradas na freguesia, alguns asfaltamentos (como no caso da Rua dos Forninhos), entendemos ter sido positivo este nosso esforço. Um outro aspecto que merece o nosso realce é o envol-vimento da Junta de Freguesia de S. Bernar-do com os seus munícipes. Sempre existiu,

nesta freguesia, uma política de proximidade, de entendimento, não só com os cidadãos mas também com todas as Instituições (Associa-ções e Colectividades) existentes na Fregue-sia. houve sempre um relacionamento muito elevado, porque entendemos que através das dinâmicas que o Associativismo gera, con-segue-se melhorar e desenvolver a Fregue-sia. Algo que se transmite igualmente para os nossos munícipes que com o seu trabalho cívico e comunitário enriquecem esta comu-nidade. É esta realidade que sempre exis-tiu em S.Bernardo: uma interligação entre to-dos os sectores (social, cultural e desportivo) quase sempre mediada pela Junta de Fregue-sia e que identifica e personaliza a nossa comu-nidade.O ano de 2009, temos que reconhecer, é uma data histórica. Nascendo a Freguesia da sua separação (administrativa, entenda-se) da Cidade, é um marco importante a celebra-ção dos nossos 40 anos de existência com os 250 anos de elevação de Aveiro a cidade e

os 1050 anos da primeira referência históri-ca a esta região. Temos que agradecer a to-dos aqueles que, há 40 anos, trabalharam no sentido de criar esta Freguesia e pelo esfor-ço que dedicaram a esse tão nobre objecti-vo, reconhecendo esse feito histórico com a nossa dedicação e trabalho, dando continui-dade aos objectivos que sustentaram a cria-ção da Freguesia.É sabido, e com grande satisfação nossa, que as questões financeiras entre a Câmara e as Freguesias estão resolvidas, permitindo continuar o nosso trabalho com dignidade e permitindo, também, dar seguimento aos anseios das nossas gentes, nomeadamente:

alguns asfaltamentos de vias que estavam suspensos e a criação de um parque natural, ou seja, um espaço verde público que não e-xiste, condignamente, na Freguesia”.O ponto alto das comemorações dos 40 anos da Freguesia de São Bernardo, decorreram no dia 17 de Janeiro, com a atribuição da medalha de ouro da freguesia e outros re-conhecimentos de mérito a várias perso-nalidades e Instituições que marcaram a sua história e o seu desenvolvimento.“É uma forma de reconhecermos e distin-guirmos o esforço de muitos pelo engran-decimento da Freguesia. Reconhecemos o valor e a dedicação dos nossos melhores alu-nos do primeiro, segundo e terceiro ciclos. Na área do Desporto, a Junta de Freguesia quer destacar o papel desempenhado, no último ano, pelo Centro Desportivo de São Bernardo, na conquista do Campeonato Na-cional de Juniores Masculinos de Andebol, título que nos orgulha e que engrandece a Freguesia e o Concelho de Aveiro. Também

s.bernardO cOmemOra 40 anOs

presidente da câmara éliO maia hOmenaGeadO na sessãO sOlene

destacamos o trabalho social realizado pelo Centro de Animação Comunitário junto das pessoas seniores. Além disso, merece o nosso reconhecimento público a Banda de Gaitas da Associação Musical e Cultural de S.Bernardo pelo êxito ao conquistar a presença na ‘primei-ra liga espanhola do campeonato de gaitas”. A Medalha de Ouro é atribuída ao Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Élio Maia, pelo seu trabalho e dedicação à frente dos destinos desta Freguesia”.Para o actual Presidente da edilidade, Élio Maia, a distinção serviu para recordar o per-curso, as pessoas, os amigos, as obras e as estórias dos anos em que esteve a conduzir

os destinos da Junta de Freguesia de S. Ber-nardo, afirmando no decorrer da cerimónia, na noite de 17 de Janeiro, no auditório do Centro Paroquial de S. Bernardo, que “estou muito feliz porque sei que todos sabem que esta medalha não é minha – é nossa, é de to-dos os que aqui estão e de muitos que aqui não estão. Sou apenas o rosto, a face, a pes-soa, o cidadão, o autarca, que recebe por to-dos e em nome de todos. Se fosse possível, dividia-a em, pelo menos, 6.000 bocadinhos, qual deles o mais valioso e oferecia-vos a cada um de vós e a imensas pessoas”.Os 16 anos de liderança da Junta mereceram as seguintes palavras de Élio Maia: “Fiquei feliz pelo que se fez, mas fiquei muito mais feliz pela forma como se fez. Fizemos tudo em união, em amizade e em solidariedade. Fizemo-lo com serenidade, com seriedade e com tranquilidade. Redescobrimos de que só em união se constrói. E de que só com amizade a vida ganha sentido e o que se faz conquista perenidade”.

o ano de 1969 representou um marco

histórico para as gentes de s.Bernardo,

que viram um dos seus maiores sonhos

tornado realidade: a 18 de Janeiro de

1969, S.Bernardo passou a figurar com

uma das Freguesias de aveiro.

Presidente da Junta de Freguesia são Bernando, José antónio Vieira

Boletim Informativo Municipal . 18

O CETA celebra, neste mês de Fevereiro, 50 anos. Um percurso já longo, ininterrupto, le-vando à cena as peças dos principais drama-turgos portugueses e estrangeiros. É, neste momento, o único Teatro não profissional que consegue, no nosso país, esta performance, esta invejável longevidade. As cortinas do Teatro de Bolso do CETA abrem há cinco décadas revelando o tra-balho generoso e competente de gerações de actores aveirenses, constituindo por isso, uma escola ímpar na formação teatral e na criação do gosto pelo teatro em Aveiro. Colectividades como o CETA enriquecem o património cultural local, fruto de dedica-

ção e de muito amor à causa da cultura. Nin-guém terá estranhado quando, em 2000, a Câmara Municipal lhe atribuiu a Medalha de Mérito Municipal, em Prata.Foi na sua Sede, na Rua das Tomásias, no coração da Beira-Mar, que obtivemos o de-poimento do actual Presidente da Direcção, António Morais.“É verdade, já lá vão 50 anos, sem nunca ter-mos parado. O percurso do CETA não terá sido fácil, ao que me dizem. É bom não es-quecer que vivíamos no regime anterior e o teatro foi sempre, dentro de todas as artes, aquela que terá sido alvo da maior atenção, da parte dos que sempre quiseram calar os opositores. Que o digam todos aqueles que por aqui passaram e que sentiram, na pele, todo o peso de uma censura, que os impe-dia de dar largas ao seu entusiasmo pelo tea-tro. É verdade que o teatro também era uma “arma”, que de uma forma invisível procurava furar a teia de uma peneira que muito dificil-mente deixava filtrar o que quer que fosse que não agradasse a quem nesse tempo go-vernava o país”.Foi assim que o CETA nasceu…“Foram duas as peças que estiveram na nos-sa origem: “O Urso” de Tchekov e “O Dia Seguinte” de Luís Francisco Rebelo. Va-mos agora recriá-las, nas comemorações do nosso aniversário. O teatro, dito amador, é por vezes apelidado, como sendo uma arte menor. Puro engano. Muitas vezes é visto de uma forma pejorativa, esquecendo-se, quem o vê assim, que por aqui passaram grandes nomes que mais tarde chegaram ao profis-

ceta

assOciaçãO

(círculO experimental

de teatrO de aveirO)

50 ANOS DE CULTURA, DE AMOR AO TEATRO E à LIbERDADE

sionalismo e fizeram carreira. Não quero a-gora citar nomes, pois falando de cor pos-so omitir alguém e estar a ser menos justo. Não podemos esquecer que todos têm a sua profissão e que o tempo que aqui passam é roubado à família e ao descanso. Quem pisou e pisa este palco, fá-lo apenas e só por paixão.”

As Pancadas de Molière continuam a escu-tar-se no antigo e mítico espaço alugado…“Sim, quero realçar isso mesmo. O nosso Teatro de Bolso é emblemático. Gostamos deste local. Aqui recebemos quem gosta de teatro ou de outra qualquer manifestação de Arte que por aqui possa passar. Temos 60 lu-gares sentados que normalmente estão sem-pre ocupados, o que nos dá muito prazer. Neste momento está em cena “histórias de Bolso”, peça encenada por João Fino. Já fo-mos para fora de Aveiro e procuramos, den-tro das nossas possibilidades, honrar sem-pre o nome da nossa terra, na certeza de que o CETA é já uma referência nacional, ao ní-vel do teatro. Já ganhámos vários prémios, o que nos enche de orgulho. Todos os que aqui estão – e não esqueço nunca os que já es-tiveram – fazem de tudo um pouco. Não se limitam apenas a representar. A paixão, que falei há pouco, leva-os, passe a expressão, a serem “pau para toda a colher”. É o amor a uma arte que está dentro de cada um de nós e a quem damos tudo o que temos e, às ve-zes, até o que não temos. Foram 50 anos que agora queremos festejar de várias maneiras. Uma delas é uma exposição no Teatro Avei-

ana amaro, actriz“O CETA é a minha outra casa. Somos uma família. Aqui faz-se um bom trabalho e to-dos nos sentimos muito bem. Somos o grupo amador mais profissional que conheço”.

Rui lebre, sócio n.º 1“É com orgulho que vejo o CETA existir há 50 anos, sem nunca ter parado, ainda que e como é natural, com maior ou menor in-tensidade. Vivi aqui grandes momentos, in-clusive concursos a nível nacional, pois ga-nhámos alguns. O CETA sempre teve um repertório de vanguarda”.

José Júlio Fino, sócio n.º 2“O CETA foi para mim uma forma de cres-cer. Tinha 20 anos quando aqui cheguei e a minha formação artística, e não só, passou muito pela minha actividade dentro desta Colectividade, que durou desde 1960 a 1986, sem parar. Fui actor, encenador, dirigente, técnico de som e de luz. Não me posso es-quecer que foi graças ao CETA, que estive em 1966/67, por convite pessoal de D. Amé-lia Rey Colaço, no Teatro Nacional de D. Ma-ria II, como actor profissional”.

rense, que decorre até 15 de Fevereiro em que retratamos um pouco do que foi feito até hoje. Recriar as duas peças já citadas é mar-car também uma época e recordar a forma como nascemos. Ajudas? “Sim, temos algumas. Para além dos perto de 500 associados, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia têm estado connosco. Quero agora, que estamos em tempo de fes-ta, lembrar aqueles que se sentam nestas ca-deiras a verem-nos trabalhar. Sem eles não havia CETA, não havia teatro. O meu muito obrigado.”CETA. Uma referência da cidade, que há muito transpôs as fronteiras da nossa região.

Presidente da direcção, antónio morais

Boletim Informativo Municipal . 19

Através desta exposição, o CETA dá início às comemorações do seu quinquagésimo ani-versário que ocorre no dia 7 de Fevereiro, data oficial do seu aniversário. Para celebrar a efeméride a colectividade organiza diver-sas actividades, entre elas um debate sobre a história do CETA e sua importância como pólo de dinamização cultural, social e políti-ca para a cidade de Aveiro.Um conjunto de histórias que fazem uma história maior, que contam o pulsar de uma associação de teatro amador que eleva o nome de Aveiro mais alto.O Presidente da Direcção, António Morais, mostrou a exposição e relatou alguns dos episódios mais marcantes da vida desta as-sociação, num cenário com as paredes reple-tas de cartazes das peças levadas à cena ao longo dos 50 anos.Com um nascimento provocador, os jovens que iniciaram com este grupo viram algu-mas das suas peças censuradas pela PIDE, pela censura da época, “alguns espectáculos nem sequer foram levados à cena e outros foram apresentados posteriormente, mas com subterfúgios. houve muitos casos desse tipo de censura, aliás, os dois primeiros es-pectáculos foram censurados porque o texto de introdução era de Mário Sacramento e só um mês depois é que foram levadas a cena, mas com um novo texto introdutório, de Da-vid Cristo”, lembra António Morais. Esta forma de tentar travar estes jovens, le-vou a que o grupo ganhasse mais força do facto de “o teatro ser sempre algo subver-sivo, sobretudo quando se está num re-gime de pensamento único, situação em que qualquer desvio desse mesmo pensamento é sempre visto como algo mau pelo governo”, declara o responsável.

Das peças apresentadas até hoje, António Morais realça “À espera do Godot”, de Sam-uel Beckett, de 1962, porque ganhou o primeiro prémio nacional do Concurso de Arte Dramática das Colectividades de Cul-tura e Recreio e dos Grupos Dramáticos Amadores pelo Secretariado Nacional de In-formação. Dos autores portugueses, desta-ca Gil Vicente por ser considerado o pai do teatro português e Bernardo Santareno. No que diz respeito a peças sobre Aveiro, foram levadas à cena algumas: em 1989, “Sal Moi-ra” de Bernardo Santareno, com encenação de Cândido Ferreira, em 2003, “Uma Tri-cana no Espaço” com texto e encenação de Ana Salgueiro. “Não convidamos actores, temos encenadores convidados que, no caso do CETA, que são os únicos profissionais e,

por isso, renumerados, uma vez que os téc-nicos e os actores fazem trabalho voluntário, sem qualquer retribuição monetária”. Sobre a formação António Morais sublinha que “sempre tivemos formação de actores, uma que é feita fazendo as próprias peças e há outra, mais explícita, que é quando se fazem workshops que são mais regulares e constantes.” Na área mais técnica, já se or-ganizaram workshops de luminotecnia e sonoplastia. Neste caso, “para o CETA tem sido um trabalho de continuidade, as pes-soas vão passando os conhecimentos de uns para os outros porque é sempre mais com-plicado arranjar técnicos, normalmente as pessoas tem mais apetência para o palco, no entanto não nos tem faltado os técnicos”.Quanto ao público, o Presidente do CETA diz que “há um público fidelizado que vai sem-pre às nossas peças e, por outro lado, sente-se outra tendência que é a renovação de pú-blico, da adesão de públicos novos, de caras novas porque vêm influenciados e trazidos por outras pessoas novas que participam nas nossas peças de teatro.”A trabalhar no Teatro de Bolso, no Bairro da Beira-Mar, o CETA encontra-se num es-paço arrendado, mas António Morais anun-cia que “gostávamos muito que o Teatro de Bolso fosse nosso porque eu acho que ele é muito familiar, já tem uma história. Duran-te muito tempo andámos a ensaiar noutro espaço e estreávamos no Teatro Aveirense. Posteriormente ao 25 de Abril, o antigo ar-mazém de sal foi acondicionado para ser um pequeno teatro tendo começado por ser um anfiteatro e passando depois a ser um teatro de bolso com capacidade para 60 lugares”. Para o futuro ”o grande projecto é dar con-tinuidade a este grupo, provavelmente não faremos espectáculos grandiosos e caros, mas vamos preservar a marca cultu-ral e histórica do CETA, que constitui um património da cidade de Aveiro”, aponta o dirigente. O núcleo duro do CETA é constituído, entre dirigentes, actores, colaboradores, por umas 40 a 50 pessoas. Tem vários sócios, tendo já passado pelo CETA “várias pessoas que, pe-las circunstancias da vida, estão mais dis-tantes, mas esta casa construída ao longo de 50 anos é de todos, e mesmo daqueles que virão dar continuidade ao projecto”.

“expOsiçãO retrOspectiva da sua história”

prOGrama 7 de FevereirO

15.00 horas – “O Diabo do Teatro” per-formance de rua junto ao CETA

16.00 horas – Ensaio assistido da Peça “O Dia Seguinte” no Teatro Aveirense ou CETA

17.00 horas – Brinde ao CETA com Li-cor de Alguidar (licor típico da Beira Mar)

18.00 horas – Mini concerto no Teatro Aveirense

18.30 horas – Tertúlia sobre a “história e a Importância do CETA” no Teatro Aveirense

20.30 horas – Jantar comemorativo dos 50 anos do CETA

Luz, sombra, velocidade, proximidade, di-afragma foi o vocabulário mais ouvido. Ca-bos, holofotes, cenários e máquinas fo-tográficas foram os objectos mais usados. Experiências, vivências, conhecimentos e retratos uniram formador aos participantes que atentamente ouviram as indicações de Virgílio Ferreira.Todos os momentos do workshop foram aproveitados para compreender as várias fases do processo criativo, as abordagens técnicas e análise de estratégias temáticas no imaginário do retrato fotográfico.A formação e experiência na área da fotogra-fia de Virgílio Ferreira são de realçar. Natu-ral do Porto, frequentou diversos cursos de Fotografia, no Porto, na École des Arts e Me-tiers de L Image em Paris e em Cuba na Es-cola Internacional de Cinema. Tem orientado acções de formação desde 1990 em escolas de fotografia profissionais e de ensino su-perior. Os seus projectos mais recentes en-volvem a utilização hiper-realista da cor sem recorrer a qualquer manipulação digital, no-meadamente na expressão simbólica da re-alidade sócio-cultural, com incidência no re-trato e apontamentos contextualizados. Virgílio Ferreira durante o workshop trans-mitiu, como afirmou “a experiência pessoal e profissional do trabalho que desenvolvi na área do retrato”. Este trabalho “possui uma diversidade muito grande, pois é aberto a vários e possíveis universos do imaginário”, explicou.De acordo com o formador, o facto de existirem “níveis diferentes de conhecimento entre os formandos, é mais interessante visto que há dúvidas que existem entre nós e aproveita-mos para explicar e arranjar soluções e isso foi o que aconteceu neste workshop”.

giuditta Bussetti – fotógrafa - natural de Itália, a viver no Porto“Pessoalmente, estou muito interessada na fotografia do retrato, é algo que me moti-va muito neste último ano e este worskhop coincidiu com essa minha vontade. Aqui aperfeiçoei a técnica e um conjunto de coi-sas relacionadas com o retrato. Fazer estes workshops são sempre muito importantes para partilhar informações, experiências, ideias, problemas e soluções, numa activi-dade como é a de fotógrafo que é muito soli-tária. Este foi um exercício muito impor-tante”.

antónio Ferreira – designer gráfico – natural de Lisboa, a residir em Aveiro“Sou fotógrafo amador há já algum tempo e, por motivos profissionais, passei a dedicar-me à fotografia. Esta foi uma boa experiên-cia e tento sempre participar neste tipo de acções a nível pessoal e profissional, tam-bém. A avaliação que faço deste workshop é muito boa, já conheço o Virgílio há muitos anos e os motivos que me levaram a parti-cipar foi a temática, até já estava a precisar desta formação, e o facto do formador ser a pessoa que foi. Foi um conjunto de circuns-tâncias.”

O retratO de virGíliO Ferreira

Nos primeiros dias do mês de Janeiro,

o teatro aveirense organizou o Work-

shop de Fotografia de Retrato orienta-

do por Virgílio Ferreira, um conceitua-

do fotógrafo contemporâneo. durante

quatro dias, com o total de 24 horas,

os 10 formandos apreenderam a ex-

periência das principais fases da rea-

lização da fotografia de retrato. Fomos

saber se valeu a pena.

Fotógrafo Virgílio Ferreira

integrada no programa das "Comemorações aveiro 2009", como efeméride a

destacar, o C.E.t.a. - Círculo Experimental de teatro de aveiro, apresenta uma

"Exposição Retrospectiva da sua História", no teatro aveirense, que decorre

até ao próximo dia 15 de Fevereiro. À conversa com o Presidente da direcção,

antónio morais, nos momentos prévios da inauguração da mostra, percebemos

que o mundo do CEta se fez, faz e fará com vários rostos, personagens, cenários

mas sempre com a mesma dedicação e amor.

Boletim Informativo Municipal . 20

mendes leite

“Vai ao pé d aquelle cadáver saber como se luta desprendidamente, modestamente, grandemente pelo bem da pátria e pelo bem dos outros. Que vês naquelle peito que em tantas ocasiões afrontou na batalha as ba-las dos soldados da reacção e do despotis-mo? Nenhuma medalha. Que vês enlaçando aquelle corpo mirrado? Nenhuma banda no-biliária. Que vês vestindo aquelle cadáver? Nenhuma farda de fidalgo ou conselheiro. Foi deputado, foi companheiro e amigo de to-dos os ministros, teve largo quinhão nos tri-unphos da liberdade! Poderia ter sido tudo e não quis ser nada. Rejeitou títulos, rejeitou cartas de conselho, rejeitou commendas, re-jeitou medalhas, até as mais modestas que as mais dignas, as medalhas da Campanha da Liberdade, para morrer peão como nas-cera. Sobrava-lhe a consciência e sobrava-lhe o nome.”Palavras de homem Cristo, escritas no “Povo de Aveiro”, em 21 de Agosto de 1887 e que fizeram parte do elogio fúnebre que um grande aveirense dedicou a outro, aquando da sua morte. Manuel José Mendes Leite nas-ceu em 1809, a 18 de Maio, pelo que este ano se comemora o bicentenário do seu nasci-mento e faleceu 78 anos depois. Foi um dos grandes vultos da sua época. Na sua biogra-fia emerge a defesa do princípio da abolição da pena de morte para crimes políticos. A sua iniciativa ficou conhecida por Aditamen-to Mendes Leite e teve lugar em 1852. Não foi pacífica a decisão – na sua essência toda a Câmara concordava – o problema era que uns achavam que devia a lei ser fixada por via legislativa e iniciativa do Governo, e ou-tros eram de opinião que o princípio deve-ria ficar constitucionalmente consagrado. O aveirense ilustre, que hoje homenageamos, defendeu com muito fulgor e entusiasmo que se tratasse de um direito constitucio-nal, porque, assim, a decisão era mais vin-culativa. Foi votado, sendo que o resultado foi de 50 votos a favor e 32 contra. Em 1867 a lei estende-se aos crimes de delito comum e, finalmente, em 1876, incluindo os crimes militares, foi definitivamente abolida a pena de morte no nosso país. Se pensarmos que 133 anos(!!!) depois, muitos países ainda a praticam, percebe-se facilmente o significa-do da acção de Mendes Leite, secundado por muitos dos seus pares.Mendes Leite era filho de um comerciante abastado e de uma Senhora, também ela, pertencente a uma família de comerciantes. Estava a burguesia em plena ascensão, daí que seus pais o mandem para Coimbra estu-dar em 1824. Dois anos depois alista-se nos Batalhões Voluntários Académicos. Estava dado o primeiro passo para integrar os ideais liberais, em contraponto com o que se defen-

ecOs

AVEIRENSE ILUSTRE

a subida ao poder de Costa Cabral. Uma re-volução em Braga, onde se bate pelos ideais anti-cabralistas e que fracassou, obrigou-o a fugir para Tui, depois para Gibraltar, seguindo-se Inglaterra, terminando em Pa-ris, onde permanece até 1846, altura em que se dá a revolução da Maria da Fonte e Costa Cabral sai do Governo. Sempre fiel às suas convicções, volta à oposição com o regres-so ao poder do cabralismo. É preso na Torre de S. Julião, é libertado e novamente preso no Limoeiro, até que em 1851 Cabral é no-vamente deposto, o que leva ao poder os Re-generadores. São marcadas novas eleições e de novo é eleito pelo círculo de Aveiro. É aí que o vamos encontrar, quando propõe “é abolida a pena de morte nos crimes políti-cos”. Ainda passou pelo Governo Civil, antes de morrer na sua casa, na rua do Seixal. Com uma rectidão de carácter, digna dos maiores elogios, a sua vida, longa de 78 anos, foi um exemplo, merecedora do respeito e admira-ção de todos os aveirenses, que perpetuaram a sua memória, dando o seu nome a uma das ruas da cidade.

Manuel José Mendes Leite foi um aveirense ilustrí-ssimo do séc. XIX, dota-do de uma personalidade extraordinária, vincada-mente liberal e român-tico como a época que viveu e um produto cul-tural e político do perío-do pós revolução france-

sa. Mendes Leite foi um aveirense de dimensão universal. Assumiu e desenvolveu toda a sua in-tensa acção cívica e política com base em valores e princípios que definiram a sua época: a liber-dade, a igualdade, a fraternidade, o direito de voto universal, a separação de poderes. Foi um humanista e lutador pelos direitos humanos. A ele se deve a iniciativa legislativa na Câmara dos Deputados, em 1852, que aboliu a pena de morte para crimes políticos, em Portugal. armando França

(...) D. João VI morreu em Março de 1826. D. Pe-dro, que estava no Brasil, foi aclamado Rei. Ali ou-torga a Carta Constitu-cional e abdicou na sua filha D. Maria da Glória. Com a abertura das Cor-tes era restaurado o Re-

gime Constitucional. Aos absolutistas esta situação não agradava; tra-duzia-se no regresso a um período não muito longínquo, que, para além de esgrimirem toda a espécie de razões na tentativa de provarem que a coroa não pertencia a D. Pedro, utilizaram as armas para tentarem impor os seus intentos. Os exilados miguelistas com o auxílio espanhol, in-vadiram o país. A esta agressão, responderam os exércitos liberais, que os derrotaram. Em Coim-bra e por esta altura, formaram-se os Batalhões Voluntários Académicos, nos quais se alistará Mendes Leite. Com esta atitude parece-nos que Mendes Leite abraçou os ideais liberais (…). Até ao fim da sua vida irá desempenhar diversos cargos públicos. Morreu em 1887 aquele que, em vida, foi um dos defensores intransigentes do libera-lismo e do primado dos direitos huma-nos contra qualquer tipo de prepotência. Coer-ente com as suas ideias, abraçando fugazmente os ideais republicanos, nunca se negou a pegar em armas. Despojado de qualquer sentimento egoísta, jamais aceitaria uma recompensa pelos seus actos; e, dada a sua modéstia, deixou pou-cos resquícios que nos permitam um conheci-mento mais profundo e mais realista da sua vida e da sua personalidade. Emanuel CunhaIn homenagem da ADERAV no centenário da sua morte(1987)

dia em casa de seus pais, que eram miguelis-tas. Foi portanto em Coimbra que despertou para a luta política. Assim é forçado a exi-lar-se em Inglaterra, onde se viu obrigado a trabalhar nos barcos atracados no porto de Plymouth. Quando soube que D. Pedro tinha desembarcado no Mindelo, alugou um barco com outros companheiros também exilados e partiu para o Porto. Fez parte da guarnição da Serra do Pilar e só por doença não acom-panhou as operações que conduziram à as-sinatura da Convenção de Évora-Monte, que pôs fim à monarquia absoluta, aclamando como Rainha, D. Maria II. Quando a guerra civil acabou, regressou a Coimbra e concluiu o Curso de Cânones e Leis, em 1838. Durante o período setembrista (1834 – 1840) foi Presidente da Câmara de Aveiro, Comandante da Guarda Nacional de Aveiro e deputado eleito pelo círculo da cidade, nas eleições gerais de 22 de Março de 1840, en-quadrando-se politicamente, numa posição de centro-esquerda. Foi longa a sua carrei-ra política. Desde a fundação da Revolução de Setembro, passando para a oposição com

aveirense de dimensãO universal

deFensOr dOs direitOs humanOs

Presidente da Câmara municipal, deputado e governador Civil, mendes leite

Boletim Informativo Municipal . 21

PRinCiPais dEliBERaÇÕEs tomadas nas REUniÕEs, oR-dinÁRia dE 17 dE noVEmBRo, oRdinÁRia PÚBliCa dE 02 dE

dEzEmBRo E EXtRaoRdinÁRia dE 15 dE dEzEmBRo

REUniÃo oRdinÁRia dE 17-11-2008

PROGRAMA FINICIA: - Deliberado au-torizar a abertura de uma conta bancária específica no BPI – Banco Português de In-vestimento, para afectar ao projecto “FUN-DO DE INVESTIMENTO NA CIDADE DE AVEIRO”, integrado no programa FINICIA. ARRANJOS EXTERIORES DA IGREJA DA SÉ – 2ª FASE: - Deliberado, por unanimi-dade, adjudicar à firma ANTERO SANTOS & SANTOS, LDA. e aprovar a minuta do res-pectivo contrato. PAVIMENTAçãO DE ARRUAMENTOS NA FREGUESIA DA GLóRIA – 2008: - Deli-berado adjudicar à firma URBIPLANTEC, LDA., e aprovar a minuta do contrato.PAVIMENTAçãO DA RUA DO RIBEIRI-NhO DE CIMA E CONSTRUçãO DE MURO NA RUA DO ROQUE - NARIz: - Deliberado anular o procedimento aberto por delibera-ção de 14 de Julho de 2008, em virtude de a única proposta apresentada ultrapassar o valor base em mais de 25%. ACESSOS PROVISóRIOS AO EDIFíCIO DAS FLORINhAS DO VOUGA: - Delibera-do ratificar o despacho que autorizou a re-alização dos trabalhos a mais, e dispensar o estudo previsto na parte final do n.º 2 do ar-tigo 45.º do Decreto-Lei n.º 59/99, de 2 de Março.NOVAS INSTALAçÕES SANITÁRIAS DA EB1 DE EIXO: - Deliberado aprovar a minuta do acordo de resolução convencio-nal do contrato da empreitada adjudicada à empresa FERNANDO & IRMãO – CON-STRUçÕES, LDA., e adjudicar à Sociedade ANTERO SANTOS & SANTOS, LDA., por ajuste directo. EN 230-1/ AUTO DE TRANSFERêN-CIA PARA A CâMARA MUNICIPAL DE AVEIRO: - Deliberado aprovar o auto de transferência para a Câmara Municipal de Aveiro do lanço da EN 230-1, entre o km 0,000 (ex.EN 230) e o km 7,467 (EN 335) numa extensão de 7,467 kmATRIBUIçãO DA EXPLORAçãO DE 25 OUTDOORS, LOCALIzADOS NO CON-CELhO DE AVEIRO: - Deliberado aprovar a minuta do Edital, para atribuir em hasta pública a exploração de 25 Outdoors, loca-lizados no Concelho de Aveiro. FORNECIMENTO CONTINUO DE MA-DEIRAS PARA OS ANOS 2008 E 2009: - Deliberado, adjudicar ao concorrente PóVOA & IRMãOS, LDA., para os anos de 2008 e 2009.OPTIMIzAçãO DOS EQUIPAMENTOS DO BIBRIA – CONTRATO DE MANUTENçãO COM A MICROFIL: - Deliberado celebrar um contrato de manutenção de software AROP com a MICROFIL – TECNOLOGIAS DE INFORMAçãO, S.A.. LOJA CITY POINT: - Deliberado colocar à venda, por consignação, na loja do Museu da Cidade de Aveiro, denominada “Aveiro City Point”, produtos provenientes de “Lodo Con-cepts, Lda.”, “Fernanda Viana, Artesanato” e “Audiodecor”.ALTERAçãO DA ÉPOCA BALNEAR 2009 DA PRAIA DE SãO JACINTO: - Deliberado fixar a época balnear da Praia de S. Jacinto de 15 de Junho a 15 de Setembro, nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artº 4º da Lei n.º 44/2004, de 19 de Agosto. EQUIPAS DE INTERVENçãO PERMA-NENTE: - Deliberado constituir uma equipa

AVISOS - DELIbERAçõES - EDITAIS - REgULAMENTOS

de intervenção permanente em cada Corpo-ração de Bombeiros Voluntários no Concel-ho de Aveiro.

REUniÃo oRdinÁRia PÚBliCa dE 02-12-2008

PROJECTO EUROPEU "LIFE CYCLE": - Deliberado aprovar a adesão ao “PROJEC-TO EUROPEU LIFE CYCLE (BICICLETA PARA A VIDA). CENTRO COMUNITÁRIO DA VERA CRUz: - Deliberado subsidiar o CENTRO COMU-NITÁRIO DA VERA-CRUz, na construção de um lar de idosos, no âmbito do projecto PARES. INFRA-ESTRUTURAS DE ÁGUAS PLUVI-AIS NA RUA NOSSA SENhORA DA GRA-çA - EIXO: - Deliberado aprovar a minuta do Acordo para a Resolução Convencional do contrato celebrado com a sociedade por quotas “EMPO – OBRAS PúBLICAS, LDA.” SUBSTITUIçãO DO COLECTOR NA RUA DA PRATA - GRINÉ - SANTA JOANA: - Na sequência da rescisão do contrato com a Empresa adjudicatária MANUEL VIEIRA BACALhAU, foi deliberado adjudicar à em-presa hENRIQUES FERNANDES & NETO, LDA.. CORRECçãO DA DEPRESSãO EXIS-TENTE NA RUA CARLOS ALELUIA: - Na sequência da execução de trabalhos a mais no decorrer da empreitada em epígrafe, foi deliberado, efectuar um contrato adicional com a firma adjudicatária “VíTOR ALMEI-DA & FILhOS, S.A”.PINTURA DAS MORADIAS DO OLhO D’ÀGUA: - Deliberado aprovar a Resolução Convencional do contrato celebrado com a firma FERNANDO DE JESUS MIRRãO e respectiva minuta.CARITAS DIOCESANA DE AVEIRO: - De-liberado aprovar a concessão à CARITAS DIOCESANA DE AVEIRO, por um período de 50 anos, renováveis, a parcela de terre-no destinada a equipamento, com a área de 1.350,00m2, da Freguesia de Santa Joana.CRUz VERMELhA PORTUGUESA: - De-liberado aprovar a cedência graciosa por direito de superfície à Cruz Vermelha Por-tuguesa – Delegação Distrital, pelo pra-zo de 50 anos, renováveis, de uma área de 3.878,00m2, da Freguesia da Glória.ESTUDO URBANíSTICO PARA A LOCA-LIzAçãO DA NOVA IGREJA DA QUINTA DO PICADO: - Deliberado aprovar o “Estu-do Urbanístico para a localização da Nova Igreja da Quinta do Picado”., o qual tem por objectivo definir a localiza-ção da futura Igreja da Quinta do Picado, e ordenar urbanisticamente a sua área envol-vente junto à E.N. 335 e Rua Direita, de for-ma a colmatar a malha urbana e qualificar a caracterização do referido espaço. LOTEAMENTO MUNICIPAL, SITO NAS AGRAS DO NORTE/VERA-CRUz: - De-liberado aprovar o licenciamento da opera-ção de loteamento, dos prédios urbanos das freguesias da Vera Cruz e de Esgueira, com a área total de 18 288,66 m2, situada na en-volvente ao Loteamento Municipal, sito nas Agras do Norte, da freguesia da Vera Cruz. AQUISIçãO DE BENS: - Deliberado ad-quirir uma parcela de terreno pertencente a A. hENRIQUES & FILhOS, LDA. destinada a arruamento, da freguesia de Esgueira.

REUniÃo EXtRaoRdinÁRia dE 15-12-2008

GRANDES OPçÕES DO PLANO E ORçA-MENTO PARA 2009 DA CâMARA MU-NICIPAL E SERVIçOS MUNICIPALIzA-DOS DE AVEIRO: - Deliberado aprovar e submeter a proposta à aprovação da Assem-bleia Municipal.

o

o

Boletim Informativo Municipal . 22

A realização de uma Festa como esta, em to-dos os anos, exige muito trabalho, esforço e dedicação. Normalmente começa em Mar-ço do ano anterior e requer, da parte dos Mordomos, uma disponibilidade acrescida, bem como um sentido de responsabilidade que permita, ano após ano, este sucesso. No caso concreto deste ano, estou bastante feliz porque tenho uma equipa fabulosa, um con-

junto de pessoas unidas e que se entreaju-dam e que dão ‘tudo por tudo’ para o San-to e pelo Santo.Esta realidade faz com que a Festa tenha corri-do muito bem e tenhamos tido ainda a opor-tunidade de nos associarmos às comemora-ções dos 250 anos de elevação de Aveiro a Cidade”.

Numa tradição que remonta há cerca de 200 anos atrás (embora sem registos pre-cisos quanto à data de origem dos feste-jos), no Domingo mais próximo do dia 10 de Janeiro, anualmente realiza-se a Festa de S.Gonçalinho.As festividades são essencialmente mar-cadas pelo “pagamento” das promessas ao Santo, agradecendo, particularmente, o seu poder de cura em doenças ósseas e a sua ca-pacidade de resolver problemas conjugais e amorosos, atirando-se cavacas doces da cúpula da capela.As gentes do bairro da Beira-Mar, particu-larmente devotas a S. Gonçalinho, como o carinhoso diminutivo indica, velam pelas tradições associadas às festividades e que vão para além do pagamento das promessas, com outros rituais da festa que se realizam dentro da própria capela: a entrega do ramo e a Dança dos Mancos, expressando uma convivência entre o Sagrado e o Profano, en-tre o Religioso e o Popular.É já um dado adquirido que as festas em honra de S. Gonçalinho constituem, senão o maior, pelo menos um dos maiores acon-tecimentos de cultura popular que tem lugar na Cidade de Aveiro, ultrapassando as ori-gens fronteiriças da zona da “Beira Mar”, ex-pandindo-se para além do próprio Concelho de Aveiro. Daí que é intenção do Município

classificar formalmente a Festa em honra de S. Gonçalinho como património de interesse municipal.No decurso das festas deste ano, houve um momento de particular destaque: a apresen-tação pública (com a pretensão de entrada no Guinness World Records) de uma cava-ca com 1,94 metros de comprimento, 45 cen-tímetros de largura e 10,14 quilos de peso, confeccionada por Silvina Raimundo, co-nhecida pelo fabrico de ovos-moles e outros bolos tradicionais de Aveiro.Esta iniciativa enquadrou-se no projecto “ajud’ARTE”, que tem como principal objec-tivo a angariação de fundos (estimados em cerca de 300 mil euros) para a compartici-pação na construção da “Creche da Vera e do Cruz” do Centro Social e Paroquial da Vera-Cruz, co-financiada pelo Programa de Alar-gamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) que envolve igualmente a Câmara Municipal de Aveiro. Esta e outras iniciati-vas já programadas marcam o arranque das actividades, conforme explicou ao BIM a Di-rectora da Creche, Paula hipólito: “O Cen-tro Social e Paroquial da Vera Cruz tem de-senvolvido o seu trabalho, na paróquia e na freguesia, há cerca de 38 anos, com um sen-tido de comunhão muito forte com estas pes-soas, para as quais temos trabalhado. Deste modo, com esta iniciativa, quisemos tam-bém retribuir aquilo que a comunidade nos ofereceu e partilhou connosco, durante es-tes anos. Como queríamos lançar o projecto de angariação de fundos para a construção da nossa Creche, de uma forma mais media-tizada e mais dinâmica, achámos que a con-fecção de uma cavaca gigante e a sua inte-

gração nas Festas de S. Gonçalinho, seria uma boa forma de o fazer. Ao mesmo tem-po que homenageamos o Santo, o Bairro e a Freguesia da Vera Cruz e a própria Cidade, damos mediatismo ao projecto que vai deco-rrer durante todo o ano de 2009.O projecto de angariação de fundos, con-ta com o apoio de várias personalidades artística a nível nacional e local sendo o ‘Padrinho’ oficial o músico zé Pedro, dos Xutos&Pontapés. Contamos igualmente com o apoio de Manuel Alegre e de hélio Lou-reiro, cozinheiro da Selecção Nacional de Fu-tebol. As iniciativas vão ser muitas e diver-sificadas, desde cafés concerto, worshops, a espectáculos, magia, pintura, escultura, numa quantidade considerável de eixos cul-turais.”

Festas em hOnra dO s.GOnçalinhO

nO bairrO da beira-mar

mOrdOmia de sãO GOnçalinhO

O Boletim Municipal, num ano de impor-tantes comemorações para Aveiro, ouviu um breve balanço da festa de S.Gonçalinho, na conversa que manteve com o Juiz da Comis-são de Mordomos, João Pereira.“A Festa, de um modo geral, correu como tínhamos previsto e planeado. Esta é uma das festas mais emblemáticas da Cidade de Aveiro que, para além o Bairro da Bei-ra Mar ou da zona envolvente à Capela, ex-travasa para outras zonas do Concelho, do País e, também, em locais onde estão sedia-dos emigrantes, por exemplo, com a presen-ça, na Festa deste ano, de pessoas naturais de Aveiro e que estão radicadas nos Estados Unidos e no Canadá.

aveiro, cumprindo a tradição, voltou

a prestar a sua devoção a s. gonçali-

nho, incluindo nos festejos deste ano a

apresentação de uma Cavaca gigante.

Boletim Informativo Municipal . 23

AgENDA

Boletim Informativo Municipal .

Edição e Propriedade: Câmara Municipal de Aveiro

Director: Élio Manuel Delgado da Maia

Edição: Gabinete de Comunicação

Coordenação : Virgílio Nogueira

Redacção: Carla Silva, Carlos Campos e Miguel Araújo

Colaboração: Gabinete de Desenvolvimento

Económico e Fundos Estruturais

Design e Fotografia: Mariana Castro

Impressão: FIG

Tiragem: 40.000 Ex.

Depósito Legal N.º: 282647/08

Acção de Formação “Aveiro: os Meandros do Património”7 de Fevereiro a 14 de Março Sábados – Das 9.00 às 17.30 horasMuseu da Cidade

Fabrico Tradicional do Azulejo: demonstraçãoActividade dos Serviços Educativos integrada na exposição patente no Museu da CidadeTerças-feiras | entre as 10h00 e o 12h00 Sala dos Serviços Educativos do Museu da CidadeR. João Mendonça n.9/11 3800 – 200 AveiroTel. 234 406 485 | [email protected]

Museu da Cidade de Aveiro – Cidade Multifacetada Museu Polinucleado Visitas guiadas: Museu da Cidade; Ecomuseu Marinha da Troncalhada; (futuro) Museu Arte Nova; Museu Etnográfi-co de Requeixo; CidadeTerça-feira a Domingo | 10h00 › 12h30 | 14h30 › 17h30Museu da Cidade - Câmara Municipal de AveiroTel. 234 406 485 | [email protected]

Museu da Cidade – Câmara Municipal de AveiroTel. 234 406 485 | [email protected]

Feira de Artes e Ofícios8 de Fevereiro – Das 8.00 às 19.00 horasPraças 14 de Julho e Joaquim Melo Freitas

Feira das Velharias22 de Fevereiro – Das 8.00 às 18.00 horasPraça Melo Freitas, na Praça do Peixe, na Praça 14 de Julho e na Rua Tenente Resende

AnimeJam Projecção do Filme “METROPOLIS”, de Rintaro5 de Fevereiro – 22.00 horasCasa Municipal da Juventude de AveiroEntrada Gratuita

Oficina de Pintura a óleo sobre Tela e Madeira6 Fevereiro - das 20.00 às 23.00 horas Casa Municipal da Juventude de AveiroFormadora: Rosângela Larraz

Oficina de Língua Gestual Portuguesa, Nível III 7, 14, 21 e 28 de Fevereiro Das 10.00 às 13.00 horas, (excepto nos dias 21 e 28 de Fevereiro que será das 9.30 às 13.00 horas)Casa Municipal da Juventude de AveiroFormadora: Ana Susana Silva Cortes

Oficina de Musicoterapia2 e 9 Fevereiro - das 19.30 às 22.30 horasCasa Municipal da Juventude de AveiroPúblico Alvo: Técnicos de Educação, Saúde, Psicologia, Animação…Formadora: Márcia Vasconcelos

Formação “Word 2007”7, 14, 21 e 28 de Fevereiro - das 09.30 às 13.30 horasCasa Municipal da Juventude de AveiroFormadora: Mª João Reis

Workshop de Equilibrismo e Malabarismo - IniciaçãoInscrições: limitadas a 12 participantes, até dia 6 de Feve-reiro, na Casa Municipal da Juventude de Aveiro, de Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 18h0014, 21 e 28 de Fevereiro - das 14.30 às 17.30 horasIdade Mínima: 14 anosLocal: Casa Municipal da Juventude de AveiroEntidade Formadora: TeatrusValor de Inscrição: 25,00€

Formação – “Excel 2007”Inscrições: limitadas a cinco participantes, até 4 de Março7, 14, 21, 28 de Março e 4 e 18 de Abril - das 09.30 às 13.30 horasEspaço Internet da CMJ de AveiroDestinatários: Jovens com idade superior a 12 anos de idadeFormadora: Mª João ReisValor da Inscrição: 15,00€

Oficina de Pintura em Pastel SecoInscrições: limitadas a 12 participantes, até dia 6 de Fevereiro13, 20, 27 de Fevereiro 6 e 13 de Março - das 20.00 às 23.00 horasCasa Municipal da Juventude de AveiroFormador: João Cláudio MirandaValor de Inscrição: 25,00€

Oficina de Língua Gestual Portuguesa, Nível I Inscrições: limitadas a 20 participantes, até dia 27 de Fevereirodias 7, 14, 21 e 28 Março, 4 e 18 de Abril, 9 e 16 Maio - das 10.00 às 13.00 horas (excepto nos dias 9 e 16 de Maio que será das 9.30 às 13.00 horas)Casa Municipal da Juventude de AveiroFormadora: Ana Susana Silva Cortes Valor de Inscrição: 25,00€

Oficina de Teatro CómicoInscrições: limitadas a 12 participantes, até dia 25 de Fevereiro3, 10 e 17 de Março (terça-feira) - das 19.00 às 22.00 horasIdade Mínima: 14 anos Casa Municipal da Juventude de AveiroEntidade Formadora: TeatrusValor de Inscrição: 25,00€

Pinturas faciais, Penteados Loucos, entre muitas outras diversões … 23 de Fevereiro – 14.30 às 17.00 horasCasa Municipal da Juventude de Aveiro Colaboração: hairtz Cabeleireiros

Exposição “Consumismo” de Márcia MarziaO universo do consumismo impôs-se como um elemento determinante na vida do Ser humano. Fazer compras tornou-se um ritual público, uma actividade de lazer e entretenimento. O Consumismo enquanto construção da identidade, através da Arte.Márcia Marzia _ Licenciada em Artes Plásticas – Pintura e IntermédiaAté 6 de Fevereiro - das 09h30 às 18h00Local: Casa Municipal da Juventude de Aveiro

Exposição de PinturaA exposição é composta pelos trabalhos elaborados pelos par-ticipantes na Oficina de Pintura a óleo sobre Madeira e Tela, sob orientação da Formadora Rosângela Larraz que, contou, igualmente, com a colaboração de João Cláudio Miranda.De 16 de Fevereiro a 06 de Março - das 09.30 às 18.00 horasLocal: Casa Municipal da Juventude de Aveiro

Cartão Jovem Municipal EURO<26Destinatários: jovens residentes no Concelho de Aveiro, entre os 12 e 25 anosO que é necessário para adquirir: 1 fotografia (tipo passe),Bilhete de Identidade e 8,00€Local para o adquirir: Casa Municipal da Juventude de AveiroValidade: 1 anoDescontos: Serviços e Comércio “transportes, cultura, educa-ção, saúde, desporto, tecnologia e equipamento”

Casa Municipal da Juventude de Aveiro – Câmara Mu-nicipal de Aveiro | [email protected]

sERViÇo PERmanEntE

NOVA- 234 933 286 - Fev: 10-23

NETO- 234 423 286 - Fev: 11-24

MOURA- 234 422 014 - Fev: 25

CENTRAL- 234 423 870 - Fev: 12

MODERNA- 234 481 050 - Fev: 13-26

hIGIENE- 234 312 680 - Fev: 1-14-27

AVEIRENSE- 234 424 833 - Fev: 2-15-28

AVENIDA- 234 384 724 - Fev: 3-16

SAúDE- 234 422 569 - Fev: 4-17

OUDINOT- 234 423 644 - Fev: 5-18

ALA- 234 423 314 - Fev: 6-19

CAPãO FILIPE- 234 316 531 - Fev: 7-20

LEMOS- 234 341 086 - Fev: 8-21

PEIXINhO- 234 343 224 - Fev: 9-22

sERViÇo disPoniBilidadE

ARADAS- GOMES FERREIRA- 234 941 389

CACIA- LUzITANA- 234 916 010

EIXO- SIMÕES- 234 931 114 - Fev: 8 a 14 - 22 a 28

EIXO- ARISTIDES FIGUEIREDO- 234 934 716 - Fev: 1 a 7 - 15 a 21

OLIVEIRINhA- TOMÁS- 234 941 266

VERDEMILhO- 234 424 343

Agradecemos às Senhoras do Grupo de Xailes de Aveiro, da Sociedade Recreio Artístico, a exibição dos trajes típi-cos aveirenses, que embelezam esta edição do Boletim. Es-tamos-lhes gratos pela sua disponibilidade, simpatia e pela alegria e orgulho aveirense que irradiaram na sessão fo-tográfica. Muito, muito, obrigado!

T E A T R O AV E I R E N S Ef e v e r e i r o

teatro dan ça música ci n emamultidisciplinar

e exposições

serviço educativo

t e a t r o av e i r e n s e . p t bi [email protected]

234 400 922

sáb14

Dia dos Nam oradosjantar20:30 • palco sala principal

sáb, dom

21, 22Gala dos 25 An os

escola de bai lado de aveiro21:30 (sáb) - 15:30 e 21:30 (dom ) • sala principal

qua4

Macacos do Chin êsmúsica fora de horas22:00 • sala est údio • 4€

qui, sex

5, 6Gil e Vicente

uma v iagem de barca ao inferno 10:30 e 14:30 • sala principal • 3€

sáb7

Co uple Coffe e & Bandconcerto21:30 • sala principal • 6€ a 12€ (com descontos TA )

sex13

Márcio Carn eirorecital de v ioloncelo

21:30 • salão nobre • 3€

dom15

Emília e o Chá de Tíliaofic ina de mov imento cr iat ivo

11:00 e 15:30 • sala est ú dio • 4€

seg23

Baile de Carnavalcom melech mechaya

21:30 • salão nobre • 4€

qua25

Visita guiadadança fora de horas22:00 • sala est údio • 4€

sáb28

Cabaret M olotovteatro de marionetas do p orto

21:30 • sala principal • 8€ a 15€ (com descontos TA )

melod

efigueiredo

AGÊNCIA

PUBLIC

IDADE