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Página 2 $exfa-/e/ro, 17 ae março de 1950

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O GlOSO SPORTIVO

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Cláudio preparando-se para defender, acossado por Baltazar Baltazar cc~rcndo para a bola. Perigo para os i*auc*ho.s

S. PAULO, março. (Especial para O GLOBO SPORTIVO) — Rca-bilitaram-se amplamente, pelo menos em números de tentos, os paulis-tas, frente aos gaúchos. Venceram mas não convenceram. Ninguém, dosmilhares de torcedores que acorreram ao Pacaembú, saiu do "majesto-

so" convencido de que o football bandeirante está bem representadano certame brasileiro. Integrado por elementos de real valor, não pos-suem, no entanto, no scratch, a mesma fibra, o mesmo sangue, a mesma

disposição que ostentam quando integram suas equipes. Aliás, esse fe-

nômeno é estranho ao football, não só paulista como também brasilei-ro, pois é indiscutível o afã com que os jogadores sc empenham, bus-cando o posto de titular. O que se observa, no entanto, no selecionado

paulista, ressente-se de maior disposição, de maior ânimo. Seus inte-

grantes, com raras exceções, atuam com displicência, sem chegar em

momento algum a reediüvrseus melhores dias. E isso, partindo da atun-

ção individual, reflete-se sobre o conjunto. No primeiro jogo, em Por-to Alegre, tiveram pela frente uma equipe veloz, desembaraçada, de

quem nada mais que um empate, que valeu por uma vitoria, lograramobter. Na segunda partida, os torcedores paulistas esperavam mais, mui-to mais. Jogando em "casa", com tudo a favor, era justo que assim

pensasse a torcida. Os paulistas venceram, por muitos goals, é verdade,mas sua atuação deixou muito a desejar. Meia dúzia de tentos contrauma equipe que só cedeu um empate, em cima da hora, no jogo ante-rior, é significativo, não sc discute. Todavia, não foi a mesma equipe

que atuou em Porto Alegre e, aletfi do mais, viu-se privada do concursode seu grande zagueiro Ciarei, aos 15 minutos do primeiro tempo. Daí.ressaltaram com muito maior efeito os pontos fracos da seleção. Fal-ta entusiasmo, falta fibra, falta harmonia entre os sistemas defensivoe ofensivo. Football é bola na rede, é verdade, e por isso a seleção ban-deirante está de parabéns, mas se profundas alterações nâo forem intro-duzidas. muitos castelos se desmoronarão, uma vez que o próximo ad-versario, o **clássico" adversário é o selecionado carioca. E se facilita-tem os paulistas, o cetro continuará na Guanabara. Não é por falta devalores que não vem correspondendo à expectativa a equipe paulista.Todos os elementos convocados estão à altura da responsabilidade quelhes pesa sobre os ombros, daí esperar-se que nos próximos compromis-so tudo seja diferente, para gáudio da torcida bandeirante, para maiorbrilho do campeonato brasileiro.

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Aindí» Baltazar, na porta do goal gaúcho^''•*«

A QE NTES - AC E!TA M-S EPara Casimíras, Lmbos, Aviamentos, etc. Mostrüário gratuito,•Otitria^comissão e adiantamentos. Vendas pelo sistema de Reembolso Postal.Cartas? TECIDOS MEHERO - MtíaLfagé^Mr^mdar:- São Pauloj

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O primeiro goal dos paulistas, de autoria de Ptngs

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O GtOBO SPOR77VO Sexta-feira, 17 de março de 1950 Página 3

DA PRIMEIRA FILA

O CRACKE O HOMEMMARIO FILHO

uem, numa manhã de domingo, sem jogo doFluminense, passasse pela lagoa Rodrigo de

Freitas e ficasse uns momentos vendo Batatais pes-cando, havia de compreendê-lo melhor. Batatais sen-tava-se ã beira da praia, as pernas compridas sain-do por dentro do "short". Estava com o caniço, debambu flexível. O anzol dentro dágua, a uns cincometros da praia. Agora ia esperar. Batatais espera-va, o peixe podia demorar ã vontade a morder aIsca, não fazia mal. O domingo de sol estendia-sediante dele. Em dia de jogo as horas corriam maisdepressa e, depois, o Fluminense não queria que êlepescasse, que apanhasse sol. Ah! se o Fluminensesoubesse o bem que isso fazia a um jogador! O jo-gador precisava repousar os nervos, nada de puxaro anzol logo. Enquanto o peixe não mordia a Iscaa gente ficava quieto, com o pensamento longe, âsvazes sem pensar mesmo em nada, só fingindo queestava pensando.

" atatals era assim na beira da prainha, nocampo, debaixo dos três paus. Parecia um

pouco com Domingos. Domingos daria um bom pes-cador. Já Leonidas não serviria, vivo de mais, que-rendo chegar depressa ao fim das coisas. Carreiro,quem sabe? Talvez Carreiro também desse parapescar. Não daria, não. Carreiro era o sabido, o ma-landro. A calma de Carreiro se parecia com a cal-ma de Jaguaré. Jaguaré tinha escolhido a posiçãode arqueiro porque o arqueiro não precisava cor-rer, matar-se em campo. Por malandragem. Carrel-ro fez mais: foi ser malandro na extrema esquerda,num lugar onde era quase obrigatório bater recordsde cem metros. O torcedor só compreendia extremacom motor de popa. E Carreiro vai e escolhe a ex-trema para não correr, para ficar parado. Futebolerj meio de vida, não era meio de morte

O torcedor olhava para Carreiro melo oe».-ori.fiado. Jogador que não molhava a camisa fl-

cava sob observação. Quando Carreiro marcava umgoal o torcedor fazia as pazes com êle. Carreiro, po-rem, foi cada vez limitando mais o que fazia emcampo, terminou como jurisconsulto,—que só da pa--recer em casos complicados. Bastava empurrar umabola para dentro do goal, Carreiro não empurrava.Isso estava bom para os outros. Goal assim Carret-ro preferia dar aos pobres. O trabalho mecânico,rud^, de meter o pé, com toda força, numa bola,não era para êle. Carreiro só fazia goal de gêniopara cima. O torcedor gosta de vêr um Rui Barbo-sa jogando futebol, decidindo partidas. Desde, po-rém, que decida mesmo as partidas. Depois podecruzar os braços, botar as mãos na cintura. A ma-landragem de Carreiro acabou com êle. Quando oFluminense perdia um match quem morava em Al<-varo Chave» nem queria vêr Carreiro.

atatals, ao contrário de Carreiro, era quert-do pela torcida. A torcida não se incomoda-

va de vêr Batatais parado, no meio de goal, en-quanto o outro time estava atacando. Batatais fica-va assim, apático, os braços ao longo do corpo, ateque o chute partia. Aí êle se transformava. Atira-va-se no canto, segurava a bola nas pontas dos de-dos, só cala no chão quando era absolutamente in-dispensável. Os outros arqueiros não podiam vêr abola no pé de um adversário. Ficava feito o passa-rinho do relógio, sacodiam os braços, davam salti-nhos, avisando a todo mundo que estavam prontospara a defesa. E na hora da defesa tratavam de va-lorizá-la, de transformada numa coisa parecida coma salvação da Pátria. Um salto mortal não bastava,muitas vezes. O arqueiro aproveitava a ocasião pa-ra desmaiar. Foi com o risco da própria vida quoêle defendeu. Palmas para êle.

CONSELHO AOS ATLETAS-

t ME 0, il CULTURAdos dedos. Parecia que o chute tinha sido fraco e ochute não tinha sido fraco coisa nenhuma. Ora, umchutador que deu tudo num chute de furar rede fi-ca impressionado, não pode deixar de ficar impres-sionado. Batatais não procurava impressionar o tor-cedor. O torcedor, trepado num degrau de arquiban-canda, não chutava, não fazia goals. Batatais sóqueria impressionar os chutadores do outro tiflie.Era com eles que êle tinha de se entender.

**^ lém disso, guardando-se, reservando-se parao momento preciso, Batatais não se gastava,

podia durar mais, toda a vida. Os outros acabavamdepressa se arrebentando todo numa defesa. E Ba-tatais continuava. Quanto mais velho melhor. Ve-jam bem: Algisto Lorenzato nasceu na cidadezinhade Batatais, em 20 de maio de 1910. O pai dele, oteu Henrique Lorenzato, era padeiro. Garoto, Ba-tatais andou entregando pão. Em 22, com doze anos,Batatais foi para Barreto. Lá começou a jogar fu-tebol. Era meia esquerda, como meia esquerda en-trou para o time do Paulista Futebol Clube. Cor-ria o ano de 27. Um dia faltou o arqueiro, Batataislargou o ataque de uma vez para sempre. Chama-vam-no de Batatais porque êle viera da cidadezinhacom aquele nome e gostava de falar nela. Por qual-quer coisinha Algisto Lorenzato dizia: "Lá em Ba-tatais. . ." Ninguém recordava o lugar onde nasceracom mais carinho. Por isso Algisto Lorenzato nãose incomodou. Èle levaria n nom* ** Batatais pelomundo afora.

— ¦* inda era amador, não lhe passava pela cabe-ça que futebol desse dinheiro. Podia, sim, aju-

Air a gente a arranjar um emprego como aquele doFrigorífico Anglo. O Frigorífico tinha um time, Ba-tatais saiu do Paulista, foi para o Anglo, só saiu doAnglo para o Comercial. Aí, era em 33, já Batataisolhava o futebol como uma carreira. O nome delefora até Ribeirão Preto, o doutor, Batatais não selembra do nome dele, um nome parecido com o delorte, o doutor lorte levou-o para a cidade maior,para o clube maior, o Comercial. Batatais jogou no-ve partidas, em quatro meses, pelo Comercial, nãoperdeu nenhuma, sete vitórias, dois empates. De Ri-

rs kuun

atatala não dava salto mortal, náo desmaia-va. Se êle desmaiasse o outro time podia

acreditar, não há nada que anime mais qualquertime do que vêr o arqueiro do lado de lá capenga,meio grogui. E aí, adeus descanso. Batatais queriaprovar aos chutadores que estavam contra èle, que-rendo vêr a caveira dele, justamente o contrário.Um Lelé, por exemplo, enchia o pé com a bola. Ba-tatais esticava os braços, aparava a bola nas ponta»

U GBNERDEPOIS A l«UIJZM'ÍO

beirão Preto a São Paulo tudo vai e vem. A Portu-guesa, melhor, o doutor Enio Juvenal Alves, agar-rou Batatais. Um arqueiro como o Batatais não c*o-dia ficar em Ribeirão Preto.

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laia . in i Yà> —-ffltm^ it?

E engraçado: doa clubes em que esteve, antesde vir para o Fluminense, Batatais se lembra-

va mais do Comercial. E a Portuguesa deu-lhe no-me, trouxe-o para o Rio, quem foi vêr o jogo per-guntou quem era aquele arqueiro. Batatais, um no-me fácil de guardar, principalmente naquele tempo,quando a expressão batatal andava na moda. Ba-tatais, o torcedor não se conteve, foz logo o troca-dilho, era batatal. Batatais devia recordar-se maisda. Portuguesa. Da Portuguesa ficou-lhe a lembran-ça da estréia. Foi um jogo contra o Santos. A Por-tuguesa ganhou, o doutor Enio veio dar um abra-ço nele, o Palestra ficou oom o olho em cima dele.O que a Portuguesa dissera do Comercial, o Pales-tra disse da Portuguesa. Quanto a Portuguesa deraa Batatais? Só isso? Pois o Palestra daria luvas, au-mentaria o ordenado de Batatais. A Portuguesa tor-nou-se um clube pequeno para êle.

"* ois bem: o Palestra fez tudo isso, foi a pon-te que serviu para Batatais pular para o Flu-

minense, e Batatais na hora de se lembrar se lem-brava era do Comercial de Ribeirão Preto, do dou-tor que talvez se chamava lorte. Batatais guardoua pronúncia do nome do doutor, guardou o jeito dê-le, podia dizer se era magro ou gordo, alto ou baixo,e até hoje usa uma receita que êle lhe deu. O dou-tor lorte — eu tenho certeza de que o nome é ou-tro, bem diferente — achava Batatais esquecido. Pa-ra éle Batatais precisava de fosfato. Quando se per-guntava qualquer coisa a éle. Batatais quase tomavaum susto, fazia um esforço desgraçado para arran-car a resposta da cabeça. "Você, Batatais — disse odoutor lorte — precisa tomar fosfato. Fitina é bompara o cérebro e para os nervos". O primeiro vidrode Fitina foi presente, os outros Batatais comprou.Nunca mais êle deixou de tomar fosfato.

Natação, box c corrida pe-destre, sports completos

Cada sport é umi,especialidade que»precisa de umai.aprendizagem pro-pria. Antes de se de-dicar a um determi-nado sport. será ati*possuir um fundosólido de conheci-mentos gerais. Sa-ber, por exemplo,que o spdttistá bemtreinado aperfeiçoanão somente seusistema mus-cular como tambémtodas as funções deseu organismo. Aperfeição respirató-ria, indispensávelem todo exercício,só se conquista pelotreinamento. O co-ração adquire umaestrutura mais fa-voravel ao trabalho,perde a sobrecargade banha e não seagita sob a influen-cia dos movimentosviolentos. O "treinoaumenta a "reservaalcalina" de nossosangue, que facilitaa neutra lização dap e r i g o sa ácido-sis. Igualmente, osistema nervoso fa-cilita a execução dosmovimentos com-plexos. Do mesmomodo que no traba-lho intelectual se

deve evitar estudos especializados até que se possuauma base de conhecimentos gerais; também, no cursoda adolescência, o jovem sportista não deve especiali-zar-se prematuramente neste ou naquele esporte;''Seráde sua conveniência adquirir uma cultura geral fisicaparalelamente à intelectual. Uma vez forte e vigo-roso, poderá então entregar-se ao desporte para oqual se sente particularmente dotado; seu treinamntoserá então mais rápido e mais fácil. Se se especializ0demasiado cedo, compromete a harmonia do deservolvimento físico.

Alguns sports — os atléticos, tais como a nat*-çção, o box e a corrida pedestre — são elementos pre-ciosos de cultura física geral, e favorecem o desen-volvimento completo do organismo. Mas outros, porexemplo, a esgrima, o ciclismo, a equitação, deformamse são praticados exclusivamente e prematuramente.

Treinar num único sport é fazer trabalhar ai-guns grupos d músculos mas deixar muitos outrosfora de ação, é, a meudo, fadigar os pulmões, o cora-ção, o sistema nervoso, mas não é desenvolver o orga-nismo.

O treinamento físico geral deve, pois, preceder epredominar sobre a especialização. A organização es-portiva virá depois. Primeiro, é preciso adquirir ve-locidade, destreza, resistência e força, quatro fatoresprimordiais que, uma vez conseguidos constituem omelhor acervo físico de base para dedicar-se com es-pecialidade ao sport favorito.

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Página 4 Sexta-feira, 17 de moiço de 1950 GLOBO SPORTIVO

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*¦****»¥ 4-*| jfi^À T-J*—_ ,/ ^-m-i ¦ _ ¦«—C"***^*'^t^Wi—

J. Manfredo ingressou»num clube atlético. No dia^seguinte, ao fazer a suav*-primeira visita, deu cor_|um aviso no quadro ne-*gro: "Torneio de Box,,-Hoje. Inicio. Participarão)todos os sócios do clube'*.

Manfredo olhou sôfrego»a lista dos participantes,, .Quando deu com o seu, fi>giu-lhe a respiração. —Não sei lutar! Eles me ma-

taráo em pleno ring! Ao chegar a casa, para o jantar, sua es-posa nótou-lhe a expressão preocupada.

Que se passa com você, querido?.— Oh, calcule você que tenho que lutar no Torneio de Box

do clube, hoje à noite!A esposa tomou-se de pânico.

Mas como! Você não pode lutar! Eles te liquidarão com•socos!

Você tem razão, querida, correrei grande perigo — masé uma questão de honra. Terei que lutai', como todos os sócios— falou Manfredo com determinação.

Oh, isto é terrível — lamentou a esposa. Mas diga-me,Manfredo, que quer dizer esse negocio de Torneio de Box?

Um torneio de box significa isto, Beatriz: Luto hoje ànoite e os vencedores de hoje lutarão de novo amanhã pelo cam-peonato. Beatriz suspirou: — Imploro, Manfredo, desista dessaloucura!

Não, querida, devo enfrentar a situação — é uma quês-tão de honra.

Manfredo deixou o lar às pressas, sem jantar. As onze. vo!-tava, inchado, avermelhado, arruinado — um espetáculo como-vedor.

Oh, isto é terrível! gritou Beatriz.E* pior ainda — gemeu Manfredo. — Fui declarado ven-

cedor.

¦_^U1J4JÍJU|U tÕMJ U.uL. " J..*LU.. .-Uyn^.t.', IJUIWI'^^ ^Q^bl.ljLüjll IU -'L-J ^ '¦' } -1 t.iniilfl^$yilli«is ,-'''; :yE"_n__ ^j_„^^

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/J Ma&cUa da ^empa"EX-BRQTOS" — iVIais de dez anos decorreram d-i duta em <*uc íoi feit*

esta fotografia de jovens nadadoras do Fluminense Entre outras que naquelaépoca conquistavam glorias para o tricolor, são vistas, aqui. Gipsy. Lcilan. Isí>,Hèrta Hòlzèr, Lia, "Maria Cecília e Cecília lleilborn.

César Brion, o jovem pugilista argentino que se tornou famoso nos -Esta-dos Unidos vencendo treze das quinze lutas que travou com adversários de .tuacategoria, a dos pesados. Perdeu apenj-as para Bárney Reynoídí? e lioland L.

ymmmmmmmmmm niiinn mu iim.ii nirin m iiiiim i n i ———— ¦ —m>

1—i ^FARA ¦ ATRAIR PUBÍrlCO

Starza. Com essa magnífica atuação, Brion, que ainda não conto vinte eanos, valeu-se o sexto lugarno "rankino," mundial.

três

; Quatro rmgs funcibiííüpüsimul tan camen te, facultou-do ao público dar atenção àmelhor luta ou a todas! Foiessa a solução que deu "ElGráfico" para o Campeona-to Relâmpago de Box Ama-dor, em 1933. Mais de 200 lutas foram realizadas.

<?meui

Max Baer contava 37 ano;-de idade quando conquistouo titulo de campeão mundialde todos os pesos derrotan-do Primo Carnera por K. O.no 11.° round. Nesse mesmoano, Carnera esteve no Brasil.

1935 Março: 14; Uva team de basketballgaúcho derrota o scratch da Ameapor 28x27. — "Domingos chega a Buo-nos Aires. Mais de dois mil torce-dores do Boca Júnior aclamam-no

Jtreneticamente. — O Sr. A. J. Peixoto de Castro assegura que$ Jockey Club impugnará a realização de corridas tle cães no Rio,considerando-as como "um golpe de morte na criação do cavalobrasileiro**. — O Sporting, "five" de basket uruguaio, vence o Co-Jlntians por 21x20, em São Paulo. - Novos records sul-americanosde natação: TJrsula Frick fa*z os 200 metros de costas em 3*16" 3/5.— Carnera vence Impelletlere no 9.° round, por K. O. técnico.O vencido acusa o ex-campeão mundial de ter aplicado golpesbaixos. — 17: No Campeonato Brasileiro da C.B.D., os gaúchosdperrotam ob mineiros por 5x0, no campo do Botafogo F. C. —¦Na capital bandeirante, o São Paulo empa.ta com o São Cristóvãode lxl. — Não agradou muito a «stréla de Domingos em BuenosAires. Nervosismo, foi a explicação, — 20; o boxeur Rubens Soa-res regressa da Europa, depois de uma breve excursão. — O Spor-tlng uruguaio perde para o Palestra por 25x21,

M

Paro manter oc ri t ti siasmo dopiíbHco pelos cs-J) C t (í c u I o ,s- ciecatch. os empre-sarios lançamm&o de recursosca<ia vez jt» n í scxíroti opanlcv,cojho o cie upre-sentar um luta-dor que ue fazpassar por e}e%ni-nado row» ««a ca-beleira loura àinglesa (ú es-qui-rda) e colo-eanda, num com-bate, ume. mulhergiro iern o direi-to d# afjrcdir «ambas ws «d»er-sarios, conjormvlh* aprove* fà di-rcitnj.

Heleno de Freitas nasceuem São João Nepomuceno,Minas, conta atualmentevinte o três anos e é formadoem Direito pela Faculdadede Niterói.

^£m_3R^S§®^^^^3__>-::!^<!'' :Í»W*^____"*. ' -*a_ l -*?*V-_l-. '' ¦¦¦'T^.VSi

Ilíl®S§_'Í?'Slí^¥3l!S^^laHR_KES^-:?4*4i^-'-:!^HP^£i"^Kn?*»®-:->»¦¦? ">-." íí-¦ jf/_a-^-^-->*v,s&~í,'=>K»j:,i

John L. Sullivan, reteve otitulo de campeão mundialde box de todos os pesos de1890 R 1892.

Em 1916, o público quei-mou as arquibancadas doGinasia e y Esgrima. de Bue-nos Aires. A violência oi mo-tivada pelo aviso de que uru-guaios e argentinos não jo-gnriam oficialmente.*

Voltando da* Olimpíadas *U»

I Londres, onde «-onquisteu duftsmedalttas, Vich Drnves, jovwrri ér-dotes fkic-M exe«p«*iotiais, «-iu-se!m;.t cobiçada pelo cinema. E ago-r», para pesar de csiMjrie náuüronorte-americano, cia ingressarádefi oi ti vãmente num estádio deílollvhoúU, onde, üent dú-rida. toa-tinuaTã sendo uma "sereia", a»tida%ue fora da água.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 17 de março de 1950 Página 5

_.. J.E SAO JANUÁRIO — Não ha dúvida que Zizinho tem as suas razões. Se há umÇiupe qwe She oíerece duzentos mil cruzeiros por uni contrato de dois anos, X4.000 mil cru-•*eiro,<- de ordenado e uma casa de retaüios em Niterói, Zizinho tem de quebrar lanças parasair do Flamengo. *THÉO DRUMOND — Com. oltoceíitos mil pacotes a questão se resolverá, o Bangú teráo maior meia de todos os tempos, por sua vez terá feito sua independência. E' neear ou.largar... t b

JUbE SCASSA — Noa obser-tia ¦ _ms _¦__ pw^M-

'*mí «i-t_ mim tu vadores do panorama esportivo*

Í%Tf*r rlHÍR%ÊlÈ> 1f *9 ^ÈÊFÉf% ''*e- nosSa *elr* ¦*•*¦*» temos o di-

amanhã negociar u passe de 23-zinho com o Bangú, é porqueassim julgou de sou maior inte-resse. Não cabe críticas, neni aZizinho e muito menos ao Fia.-mengo. o íoo.buil profissional sedesenvolve através dessas transa-ções sensacionais qu« desertania paixão popular.

JOSÉ LINS DO REGO -Oca-so Zizinho se funda numa itno-ralidade. isto é, na intervençãodo Bangú, junto a um jogadorcom contrato .írmado, autênticogolpe de. .aliciamento. E comoZizinho íoi neste golpe, só po-dia o Flamengo agir de duas ma»neíras: qí_ cobrar seu justo va-lor, ou colocá-lo na cerca comoelemento fora da lei.

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A €jae dis____e_- «i«--» «• «'esta de basketball ficard_ solo?

a) 2 metros i; 08*b) ,t metros e 5c) 3 metro* e 15íi» „ metros

(Solução na págin- 11)j IJipuWU-i.l-l L-lLHI.l l minwwin I I ri ,--¦-¦--

SALTO INFELIZ(}> veterano nadador It.loni realizou a sua tentativa de

arrojar-sc às aj;uas, de unia ponte que fcem a altura de 62metros M_ts, em luffar de eair de cabeça, Íê-U> de costas,ficando desmaiado Soeorrwto Imediatamente por vários

uadadores e lancha:,, foiconduzido para o Pronto So-corro, sendo reanimad».1 '^-»__!

fl )

M..1ÍP-*. l& Pniando <i G P ,r»i Bi-uxclü.v. o comia Henri Bati-let Lnfour

'ótctàtà ouf espera upartícipac-o «**• í«ffl<Be-»' /r«"<v-ses e aletnfie. íiu* 6Wmj»_«ta_ -If: Em Buenos Aires, o Bra.itperat v«ra u Argentina por 5x1.na tiiíiiitn f<irtUli em disputa de•Copa Roca* — O C_mp«_n.-.*.oSul-Amerícat»- ~« Remo, realf-cil"tamhsm trm Bueno* Airas. r ven-eifio iiefo."! «TrfjtiMi-íHíJ», ealocanao-rr t>.* bn—it-iro. cm ac_n.i«io l-•ar. l'*na etiíim-içíi- nacional foi„esc-l_->5i/t«(~** -- L-dwtda* rv.ee-be mna jv«»p»í*-- rf- sarrent. « *í«-ro conta* d* lirr-t. o_rt. ficur ~nBttews Air-í — 30: Numa re-«uríp da r^ya C.riocf! de BaiKet-bali u-veltf-sv ti idéia <le adotarc profissionalismo no .esfcef ca-rioca. ¦¦¦¦ 23: A_ r«spcrns de «~ÍOOO co»W <* s*.*!-atríi urMíiwaio. eni«•í>"sptií<! d« Taco "^o Brortci», "técnico J«?wh" I^írcííw- axijt masjogaêQTts brcJãleiroa um iooe"tn'enc* ?'i,'•í•:'*', * JMOf* proautívíi

JA-B-E1 — Quantos rouods precifo*.

Demj>9ffy |>ar*i derrolnrCurpentler?

— Km que i.no <>* ti-i-m»»se saffranxm t*»mpeõe*brasileiros do foolball?

$ — Qual foi o campeãom mundial de box dos p«-

:WMv-pesadoti mais iduHOf*ue te teve a historiapuí'ilí>tl <'••¦•¦'

— Qual é a duração de um»•_***"_» **m luta —-eeo-romana?

— Em que ano Dominjcosingressou no football ar-geri tino?

(Resposta- na p_r ti)

G1J-UI.-RME DA SII.Vir.iii if_Somente procurei Zizinno depoisde ouvir o presidente do Fia-mengo.

— Por favor, meninas — vocês m econfumlem!

1

wi&árài_n_$?,in_ri wh^êè fWidixWaxár^ á^w*® III 1 !% _H.IWI 1 I lil§I s-1JE #ii it kS JCllVA M vtrll V MUNEM LON"DRES, declara-se que a decisão dos jogadores tchecos de não participarem do

Campeonato Mundial de "Hokey" sobre o gelo não deve ser imputada à questão dos "vis-tos" nos passaportes de 2 jornalistas, oficialmente designados na Tehecoslovaquia paraacompanhar a embaixada. Um porto-vos*, do "Foreign Office" iníormou, efetivamente, queos "vistos" haviam sido concedidos nosido informadas a esse res-peito.

último sábado, e as autoridades ichecas haviam

EM NEW HAVEN, o austra-liano John Marshab, estiidah-te da Universidade de Yale,tateu o "record" do mundonos 400 metros, nado livre, en*:4 minutos, 33 segundos e 1 * IO.fazendo também as 440 jarda_>nado livre em 4 minutos. 34segundos e 8"'10.

»

% ti u

NA GUATEMALA, o Méxic.levantou o Campeonato Olím-pico de Polo Aquático, ao em-patar corn a equipe de Cura-çáo por 3x3. Agora, Curaçáodeverá decidir com a Guate-mala a segunda colocação.

NO CAIRO, era partidas finais do Campeonato Interna-cional de Tennis foram verifi-cadas os seguintes resulta-dos: simples para cavalheiros;Drobny vencí*u von Cramm.da Alemanha, por 8x6. 6x2 e6x3. Duplas mistas finais:Miss Maran-Washer (EstadosUnidos e Bélgica) derrotaramMi*s. Tedd-Quist (Estados Uni-dos e Austrália).

^-' T:^ ^*amm%\X '\ Al _fea i_É___f Ife

affiÁfaf. Y

o' áometUe, üfuu^í<ciqda..*Em ve_ de ir à igreja, o paroquiano da pequena cidade

resolve joçar golf...

^.-.^v^i,.:.^.!^;.-.-^-

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Página 6 Sexta-feira, 17 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

B L HEI ES DO LE0CARLOS ÁREAS

nos

x"iriilo, visto pelo leitor FranciscoBetteza, de Curitiba — Paraná

SÉRGIO DIAS — RIO DE JA-NEIRO — 1) — O Flamengo foicampeão da cidade nos anos de 1914

1915 — 1920 — 1921 — 1925 —1927 — 1939 — 1942 — 1943 —1944. Ao todo dez vezes. — 2) —Os desenhos da contra-capa sã© domesmo Otelo, de "Jornal dos Sports"

3) — Na fila para publicaçãooportuna o seu desenho do famosoMr. Dundas.

AMILCAR LEITE MEDEIROS— RIO DE JANEIRO — Na fila pa-ra publicação oportuna o seu dese-nho do centro avante Heleno deFreitas.

DORAGI DE CRISTO COSTA -ITATIAIA — ESTADO DO RIO —Desculpe, mas foram rejeitados to-dos os três desenhos que nos en-viou, de Santo Cristo, de Orlendo edo espiquer-cronista Antônio Cor-deiro»

FRANCISCO JUSI NETO -CURITIBA — PARANÁ — Na filapara publicação oportuna os seusdesenhos de Lima, do Palmeiras edo zagueiro Augusto.

FERNANDO FANUCHI— POU-TA GROSSA — PARANÁ — 1) —O artilheiro-mór do campeonato ca-rioca de 1943 foi o centro avanteJoão Pinto, então do São Cristóvão,e o de 1944 foi o-centro avante Ge-raldino, do Canto do Rio. — 2) —O Flamengo foi campeão da cidade,dez vezes, nos anos de 1914 — 1915

1920 — 1921 — 1925 — 1927 —1939 — 1942 — 1943 — 1944. — 3)

Para a assinatura, que tambémpode ser registada, queira se dirigirà Gerência desta revista.

MAURO GARCIA — POUSOALEGRE — MINAS — O desenhode Noronha, por absolutamente ruimfoi rejeitado, mas o de Teixeirinhaficou na fila para publicação opor-tuna.

UBALDO NOGUEIRA — BELOHORIZONTE — Gratos pelas refe-rências e pelas sugestões. O alma-naque é uma coisa que está em es*tudos.

JOSÉ SEBASTIÃO DA S. LO-BATO — OLIVEIRA — MINAS —1) — Os nomes dos jogadores ru-bro-negros são estes: Siníoriano Gar-cia — Juvenal Amarijo — Job Ro-drigues de Souza — Valdir VilasBoas — Moacir Cordeiro (Biguá) —Modesto Bria — Válter Miralha Al-ves — Milton Coelho da Costa (Bo-dinho) — Luis Marques (Luisinho)

Tomaz Soares da Silva (Zizinho)Orisvaldo dos Santos (Gringo)Durval Corrêa Nunes — Geral-

do dos Santos (Lêro) — Alberto Pe-reiro (Beto) — Arlindo Arruda Fi-lho — William Kepler Santa Rosa(Esquerdinha) — Silzed Santana Fi-lho (Cidinho) — Carlos de Barros

João Ferreira (Bigode) — Jaimede 91meida e Fernando Rui Suman(Gago). — 2) — Nelson Adams,centro médio gaúcho esteve paravir para o Fluminense, não para oFlamengo. Ê brasileiro, sim senhor,tanto que integrou a seleção gaú-»"ha no campeonato nacional.

\\ ^§^, m v a unem

O famoso Jair, visto pelo leitor—AlfrCtlo 011», da nossa capital

GETER COELHO ALVES Dl£SOUZA — CAVALCANTI — RIO— 1) — Os nomes dos profissionaisdo Flamengo estão na resposta da-da acima ao Sr. José Sebastião. —2) — Rejeitado o seu desenho dogoleiro Garcia. Embora esteja umtrabalho limpo, não está parecidocom o jogador paraguaio.

VALDEMAR COSTA — CA-XAMBU — MINAS — 1) — O Va-co tem a sua sede administrativa naavenida Rio Branco 181 — nono an-dar. O estádio e salão de bailes narua Abilio, em São Januário. A se-de náutica na rua Santa Luzia, comum galpão na lagoa Rodrigo de Frei-tas. E está instalando ou já instalouum barracão também na praia deRamos, para atender aos seus só-cios da zona leopoldinense. — 2) —O Vasco foi campeão de basqueteda cidade apenas uma vez, no anode 1946. — 3) — O endereço doBangu é avenida Cõnego Vasconce-los, 542 e o do Palmeiras é avenidaÁgua Branca, 1705, São Paulo. —4) — A tuberculose de Fausto sóse declarou quando êle já estava noFlamengo.

SILENIO FERNANDES CAM-POS -- NOVA IGUAÇU — ESTADODO RIO — Rejeitado o seu desenhodo meia Carlyle, do Fluminense.

ARLINDO OQUINO — CAVAL-CANTI — RIO — Na fila para pu-

blicação oportuna o seu desenho domeia tricolor Arlando Viana-

PEDRO KALABAIDE — MAFRA— SANTA CATARINA — 1) — Oprimeiro número de "O GLOBOSPORTIVO" saiu no dia 10 de se-tembro de 1938. Quanto aos númerosatrasados queira se dirigir direta-mente à Gerência desta revista. Nósda redação não estamos ao par doassunto. — 2) — O endereço doVasco, para correspondência, é ave-nida Rio Branco, 181 — nono an-dar. O endereço do Palmeiras, deSão Paulo, é avenida Água Branca,1705. — 3) — Os arqueiros prova-veis para a Copa do Mundo são —Barbosa, do Vasco e Castilho, doFluminense. — 4) — O nome porextenso do jogador vascaino é Ade-mir Marques Menezes, com 27 anosde idade e casado. Começou a jo-gar no Vasco em 1942. Jogou peloFluminense em 1946 e 1947 e vol-tou ao Vasco em 1948. — 5) — Re-jeitados os seus desenhos de JoeWalcott, Danilo e Pé de Valsa.

AROLDO TISSOT — CURIT1-BA — PARANÁ — O seu desenhode Jair está aproveitável e ficou nafila para publicação. O de Afinho,do Ferroviário, ficou também na fi-Ia mas apenas por causa do de Jair.O fato é que nós não conhecemos oAfinho e não sabemos assim se odesenho está parecido com o pró-prio. Mas como o de Jair está pare-cido, nós resolvemos admitir que ode Afinho também esteja. Entcn-deu?

JOAQUIM DO MONTE — SÃOPAULO — A colocação do São Pau-lo F. C. nos campeonatos banrieiran-te têm sido estas: 1930 — viec-cam-peão. 1931 — Campeão. 1932 — vi-cecampeão. 1933 — Vice-campeão.

Chico, o ponteiro que está vuitar«do à forma, num desenho de S. C.

Silva, de Uberaba — Minas

1934 — Vice-campeão. 1935 — Nãodisputou. 193 6 — Quarto lugar.1937 — Não terminou o campeona-to. 1938 — Vice-Campeão. 1939 —Quinto lugar. 1940 — Sexto lugar.1941 — Vice-campeão. 1942 — Ter-ceiro lugar. 1943 — Campeão. 1944

DANTON BARBOSA — VITO-RIA — ESP. SANTO — Na filapara publicação oportuna o seu de-senho do centro avante rubro-negroGringo.

— Vice-campeão. 1946 — Campeão.1946 — Campeão. 1947 — Quartolugar. 1948 — Campeão • 1949 —Campeão.

NELSUN ALVES CORDEIRO —.DUQUE DE CAXIAS — ESTADODO RIO — Rejeitado o seu dese-nho do zagueiro Pindaro, do Flumi-nense.

VALDEMAR DE ALMEIDA —DISTRITO FEDERAL — 1) — Ojuiz do jogo inacabado de 1943 Vas-co x Fluminense, foi o Sr. MárioViana. O Vasco não voltou a campoem atitude de protesto contra a ex-pulsão de Isaias, que dera uma co-tovelada no rosto de Renganeschi econtra a marcação do primeiro goaldo Fluminense, em que Russo eo-brou uma penalidade fora da área,com Roberto fora do arco, ajeitan-do a barreira dos seus companhei-ros. — 2) — O centro avante Je-rônimo continua no Fluminense. Foicontratado após o sul-americano deamadores no Chile, em 1949, masvoltou logo à categoria de amador.Agora em 1950 vem de ser novamen-te contratado como profissional pe-lo clube das três cores.

—o—

PAULO SEVERO — SANTIA-GO — RIO GRANDE DO SUL —1) — O "scratch" brasileiro quedisputou o campeonato mundial de1938 na França contou com estes va-lores: Válter e Batatais, arqueiros;Domingos — Machado — Jau e Na-riz, zagueiros; Proeopio — Martim —Afonsinho — Brito — Brandão eArgemiro, halves; Lopes — Rober-to — Romeu — Luisinho — Leônl-das — Niginho (o único que nãojogou) — Tim — Peracio — Pates-ko e Hércules. — 2) — No jogocom a Itália o Brasil foi batido por2 a 1. — O técnico do Bangu é oveterano arqueiro Aimoré Moreira.— 4) — Os gaúchos nunca foramcampeões brasileiros de futebol.Apenas em 1936 foram vice-cam-peões, perdendo para os paulistas nafinal, após terem eliminado os ca-riocas na semi-final.

FRANCISCO XAVIER PEREIRAALVES — UBERABA — MINAS —Os resultados do Flamengo o senhorpode verificar da mesma forma queque indicamos acima ao leitor Ser-gio Griffo. Os detalhes maiores so-bre formação de teams e marcado-res de goals, não temos.

SÉRGIO PINHO GRIFFO — RIODE JANEIRO — Para saber os re-sultados do Flamengo que o senhordeseja, veja por obséquio a respor-tagem que publicamos neste nume-ro sobre os amistosos de 1949.

mJuvenal, back da seleção carioca,visto pelo leitor Nelson ML Vieira,de Erechim — Rio Grande do Sul

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 17 de março de í>950 Página 7

FAZ mii© AtMM

PAkA OSFUTEBOL E

'FANS' DOCINEMA DE

Vm modesto negro, Jack Kearns, hábil e devotado, transformou o mineiro— Jack Dempsey num dos maiores pugilistas da história ¦ ..

Mão de estar lembrados os leitores, por certo, que Freddie Mills (79 quilos c 500',cujo afastamento do ring foi anunciado recentemente, era campeão mundial de pesomédio, c que, depois de uma carreira abundante em altos e baixos, conquistou-essetitulo uo derrotar em Londres, em 1948, Gus Lesnevich. Náo se terão esquecido tãni-pouco que MUIs perdeu seu título ao enfrentar na capital britânica, em 23 de ja-neiro do corrente ano, o norte-americano Joey Maxim (78 quilos e 900). Do quefoi esto combate, em que Mills ficou em K. O. por um minuto e 54 segundos, depoisde iniciado o 10.° round, informou em linhas gerais o telégrafo e não acresconlare-mos, pois a seu respeito, nenhum detalhe informativo, que, alem do mais, não ofe-recerá agora senão muito pouco interesse.

O que o telégrafo não disse foi alguma coisa que se poderia considerar ã mar-gem do próprio encontro, embora estivesse estreitamente a ele relacionado: o rea-parecimento de Jack Kearns sob os refletores de um ring em que os dois pugilistasiam decidir a conquista do título de sua classe. E isto, sim, vale a pena comentar:Entre os aficionados que nestes últimos trinta anos vêm acompanhando o mo-vlmento do box, quem não se re*>rda desse nome? E* o do manager que descobriuem sua verdadeira personalidade atlética Jack Dempsey e, depois de poli-lo meto-clica mente, o pôs no caminho que lhe deu fama duradoura e considerável fortunah o do homem que demonstrou como nenhum outro quanto pode fazer por um pu-gilista desconhecido a ação inteligente de quem se encarregue de materializar asaptidões em potencial que só aguardam a ocasião de se concretizar cm toda suapujança. Com seu brilhante pupilo e Tex Rickard, o empresário do Madison Squarel.ardcn, formou o terceto que converteu o espetáculo pugilistico, até então um ne-goela apenas medíocre, em fonte de milhões. Qual foi o segredo de Kearns paraoonst?gulr tao rawdaniente a ascensão triunfal de Dempsey? Sem dúvida, conheciatodas as manhas do box, visto que havia visto transcorrer multas horas de sua vida_£&£?»____" ?*

*!5-° *_*! im->ortante: »-»-» <!--* na era da propaganda abun-e ruídos» - - ja «tao adotada — não se poderia tomar como verdade incon-estável o velho provérbio que dis "cria famae deita-se na cama". Estava, pois, conven-eido de que muito excepcional que fosse amercadoria humana confiada à sua admlnis-tração, o principal e urgente era que a co-nhecessem, e eis aí a dificuldade pelo menosnaquela época. Mas fez tudo que era neoes-sario, sem medir sacrifícios, desprezes e atéhumilhações, para conseguir essa finalidadeprimordial.

A recente visita de Kearns a Londresserviu para recordar tomo se produziu a as-sociação desses dois homens: o que tinha taobrilhante futuro nos punhos e o que haviade fazer cora que a ambição desse pugilistase cumprisse muito alem de toda previsão.Foi em 1917. Dempsey, que havia abandona-do seu duplamente obscuro trabalho de ml-neiro para dedicar-se ao box profissional, se.encontrava praticamente no ponto de par-tida. Sentia-se com aptidões para ser algu-ma coisa, mas não tivera senão raanagers quepor uma oo outra razão — inabilidade, fal-ta de caráter, desidla. ridos, desorganização— estavam longe de lhe prestar a ajuda efi-ca- qne deles pôde esperar. O que agora oacompanhava era John Risley, mais conhe-cido pelo apelido de John, o Barbeiro. Can-sado também dele, comunicou-lhe que pres-cendia de seus serviços e pôs-se à procurade um substituto. Encontrou-se. nouco de-pois, na Califórnia, com o "Doe" Kearns, ouseja, o "doutor Kearns" tal como o chamavamnos meios pugilísticos, e o hábil condutordescreveu-lhe, sem dúvida que com toda sin-ceridade, um futuro pejado de dólares. Fir-mado o contrato, Kearns. também pugilistaprofissional em seu tempo, levou D-rSpsçya um ginásio de Oakland, e se dedicou comafinco a aperfeiçoar-lhe o estilo e a ensina-lo as artimanhas do ring. Do oue fez, nosentido de aumentar as possibilidades com-bativas de seu pupilo fala um fato que o pro-•vi*.

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Dempsey, considers^o o m-^ior pugl-lista úe todos os tempos

realidade é confirmada categoricamente por vários pugilistas, treinadores etc, que frequau-tavam o ginásio. Dempsey possuía jã uma di reita multo poderosa, mas sua esquerda era.

relativamente fraca. Par» melhorá-la, Kearns impôs a seu pupilo longos períodos de trei-namento com o braço direito atado ao tronco. Tal dizem, repetimos, que asseguram tê-lo

visto. Seja como for, o que ninguém ignora é que em seus grandes combates, da esquerd;*do campeão sairão os golpes mais devastadores.

Verdade é que sem o aparecimento de Tex ltickard as perspectivas da brilhante duptapugilística não teriam sido singulares. Rlckai-d — espirito inclinado à aventura desde ajuventude — havia ganho bastante dinheiro como jogador profissional numa região que neestendia desde a Califórnia até o Kolndyke dos dias febris de Jack London. Os lucros assimobtidos o decidiram a transferir as suas atividades a um campo menos perigoso e, posto »*olhos no box, fez-se promotor. Começou com a sua intrepidez característica e chegou a or-ganlzar dois combates de importância: o dft Joe Gans e Battllng Nelson pelo campeonatode peso leve, em 1908, luta empolgante cujo desenrolar tivemos oportunidade de relembrarnesta página, e a que assinalou a infeliz vo1't tardia de Jim Jeffries. para miem era um*,afronta o fato de que o titulo de campeão mundial que lhe pertencera continuasse em po-der de um negro: Jack Johnson. *->ão s» whJ mal Tex Rickard nessa época, mas * qu*-ganhou eram apenas simples migalhas, com->;>nulo 'com o que embolsou m-iis tarde.

Paralelamente, embolsou polpudos lucros no comercio de gados, oue "r^tiem _«-m r-seal*considerável. Continuava, sem embargo. «\traHo principalmente peto box, tal como êle o con-cebla, nm espetáculo que, devidamente •••anlzade. era suscetível de empilhar erand»"- «-•.—-*.*nas bilheterias, porque se ajustava muUo bem com a Idlnslncrasia do homem comum norte-americano, inclinado à luta, e alem disso no-Ma oferecer ao mesmo tempo emoção e colo-rido. Não deixou escapar, pois. a possihilida-»> de arrendar o Madison Square Garden comum longo contrato.

Assim, instalado em Nova York. com o;o«hos fitos em brilhantes temporadas inver-nais, e sendo Jess Willard o campeão mundial, aceitou Tex Rickard Jack Dempsey como"chatlanger", que já havia conseguido alguns iriunfos com pouea repercussão, mas que aea-ba de alcançar súbita notoriedade derrotando Fi-ed Fulton por K. O., destacado aspirante a»titulo, em 18 segundos e 3/5.

Recordemos que no terceiro round de sua luta com Winard. Dempsey derrubou seu ad-versarlo para a contagem, enja superioridade física parecia estabelecer a prtori um desequi-librio decisivo entre os combatentes. Willard media lm98 de estatura, ou s°ja, mais altoque Primo Carnera (erroneamente citado por muitos como o .mais alto na lista dos que g*v-filiaram o titulo mundial da categoria máxima, mas não pesava senão 111 «uilo* contraos 115 do italiano. Por sua oarte, Dempey media lm85 e pesava pouco mais de 85 nullos.Abordemos com relação àquele combate ura fato muito pouco conhecido e oue demonstra asagacidade de Rickard, não Inferior, por certo, à de Keanv-, Ponco antes de Df-mps-ey dirl-gir-»e ao ring, disse-lhe o promotor:Filho, estou preocupado com você. Re*se4o do que Willard lhe possa fazer. Sabe bemvocê que ele uma vex matou mn adversário.

Era verdade. Seis anos antes, em Vernon, Califórnia. BuH Young havia morrido em con-seqüência do castigo recebido num combate que VUlard ganhou por K. O no li.' round.Sem dúvida, Rickard não pensava que Dempsey pudesse correr r—ia sorte s*emelhante, ma*sabendo-o valente e decidido, quis induzi-lo des^-- modo a empenhf!r--se sem reservas desde •começo. Acrescentou:

Se ele lhe golpear oom tal violência que você flqoe con* a hnpressão de que ele lhe vaimatar, attre-se à lona • fique ali até que o jui* termine a eontagem. Não se preocupe «•»tnigo. O que desejo é qa« Toeê n&o morra.

Ao ene o já iminente eampefio respondeu:Fique deaeaxtsado a respeito de minha seguiune». Pareee-me que saberei lidar «em e«B»

Willard. E asaegum-mo «p» vtí* pretendo ativar este -arnmdo hofe. fContinua no prArifra»numerai.

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Chico defende um.a bola alta, acossado por Maneca

Muito mais esperávamos da vinda dos mineiros ao Rio para enfren-lar pela segunda vez os cariocas, como semi-finalistas do campeonato bra-sileiro O resultado inicial, com a vitoria bem ganha dos metropolitanosem terra que não a sua, induzia em patente favoritismo, o que nao che-Kava a ser motivo de desinteresse pelo matche. Dos mineiros, em ultimagítva a ser motivo de desinteresse pelo match. Dos mineiros, em ultimabrilho, tanto mais em se tratando de partida decisiva para a classificação,ocasião propicia para uma surpresa de larga repercussão.

Acontece que a impressão lisonjeira deixada pelo scratch montanhescm sua capital, não foi de modo algum reproduzida; os mineiros joga-ram mesmo mal, c como os cariocas tiveram talhas sensíveis em seu con-junto — com credenciais para grande exibição — resultou na partida serquase uma completa decepção para o público numeroso que se transpor-lou a São Januário, na esperança de um footbail de razoável qualidadeSalvou-se apenas a vitoria dos cariocas, e ainda o desempenho, individualde certos jogadores dos teams em luta, encobrindo um pouco a pobrezatécnica do encontro.

HOUVE LUTA PELA VITORIA CARIOCA

O favoritismo dos cariocas era líquido; e o placard, sob o aspecto nu-mérito, não deixou de consagrar essa expectativa. Deve-se atentar, po-rem, qus a despeito da significação de um marcador de três a zero, hou-ve muita luta pur parte do team carioca para que fosse evitada a even-tualidade de uma surpresa, classificando-se como tal a possibilidade de osmineiros chegarem a ameaçar a supremacia carioca. Mas se houve essanecessidade, foi ela decorrente tão somente do fato do quadro guanabarinoatuar de forma quase irreconhecível, de vez que os mineiros, própria-mente, não foram adversários com capacidade para jogar de igual paraigual com os valores do Rio. Apenas faltou a segurança habitual e a maio-ria dos setores sc ressentiu da carência de entendimento. A quebra daharmonia no conjunto carioca é explicada pela inclusão do novato Lola,grande valor no quadro de aspirantes, mas inteiramente deslocado desdeque foi guindado ao centro da linha media do scratch. A explicaçãopara tal modificação foi a necessidade de Danilo ser operaiio com urgen-tia de uma unha do pé, conseqüência de uma queda de escada em suaresidência.

A fraca produção de Lola não teve efeito direto, pois que o jogadorsob sua marcação foi Lauro, tão ou mais nulo que ele. A falta de umcentro-médio teve reflexo mais forte na produção do quadro. Fraquissimona distribuição, Lola arrastou seus dois companheiros de intermediária,Ely e Bigode. Logo, a defesa seriamente comprometida, deixou de dar onecessário apoio ao ataque. Dai a fraca performance da seleção carioca.

TECNICAMENTE FRACOS OS MINEIROS, MAS LUTADORES

Os mineiros retrogrediram na técnica, restando apenas o entusiasmo.Só assim conseguiram os cracks montanheses dar trabalho aos cariocas,de vez que não foram capazes de forjar situações perigosas para o arcoadversário, e as que surgiram no correr das jogadas, foram postas forainfantilmente. Assim aconteceu no primeiro tempo, quando a vantagemcarioca era apenas de uni tento e duas grandes chances foram perdidaspelos mineiros. No segundo tempo ainda insistiram na resistência, até omomento cm que o quadro carioca conquistou mais dois tentos decidindoo encontro.

Excluindo-se a ação em conjunto, que foi nula do lado mineiro, hou-ve algum saldo, fazendo-se a apreciação individual dos jogadores. O go-leiro Chico, por exemplo, foi a maior figura do team. E' verdade quemuitos de seus tiros de meta proporcionavam oportunidade aos avantes

cariocas, aumentando a atividade do g'pre com alguma chance, o guardiãouma atuação brilhante. Ainda não tvilha, como sempre foi dado Zé do Mprovou cabalmente todas as suas qwalLusitano, embora não chegasse a retteve a prejudicá-lo a violência que caique fez em Ademir foi uma falta ifioldo Monte, Negrinhão deslocado pari amelhorando sensivelmente ao final. Itusiasta, não lhe bastando essa qualid:mo em dia pouco favorável. No atamuito violento, trocando pontapés coimas oportunidades de goal. Lauro nãiaparecendo como o pior elemento ^íisuperar a vigilância de Juvenal. 'j^,\lutando sozinho, praticamente s;m ,apoutro elemento fra«o, incapaz de rug

A FEITURA 1

No primeiro tempo a única vantatanto, aos trinta minutos Ademir deuaté à área com domínio da pelo tal);. Jtundindo-o. O penalty foi marcado ejustamente no canto para onde se ha'minutos depois, o goal veio num laiem direção da ponta direita. Manecompletamente desmarcado, desviam!ficou atônito com o lance fulminanti

No segundo tempo os mineiroscarioca, tanto que somente aos vinteChico deslocou-se para o centro do gpois de dominar Lusitano, fez que iaa bola nas rede*, atirando quase renítrês nasceu em seguida, três minutostesa. Ademir recebeu a bola c passoumente e com tiro fulminante desarm

A PRODUÇA

Individualmente as restrições a ficm menor proporção do que no conríssimo. Nas poucas veases em que í<ceis, saiu-se muito bem. Santos foiNivio e estendendo sua ação a outrovenal agiu apenas regularmente. Erram. EÍy ressentiu-sc do excesso d<do center Lola. Bigode não esteveo jogador a seu cargo incursionassemento fraquissimo. ressentindo-ss eiquadro de aspirantes para o scratcTesourinha, na ponta direita; atuougoal. Zizinho sofreu marcação severaprodução ainda teve a mã sorte debom comandante, re»limando a sua ia defesa contraria. Maneca tentou íconseguindo efeitos razoáveis. Chicoõencia, eom suas arrancadas e deprodução durante toda a partida.

OSTRÊSUOALS DtfVITWMHBBMHffffiWBfflWffff^

O primeiro goal dos cariocas Negrinhão correu, mas a bola já estava no fundo das redes O goal espetacular de Maneca. Atirando qua.ase junto b\il trave e o ti

6. ......>.....•"«. ¦.H.MWTWsi; í

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» goleiro. Mas de qualquer forma, sem-io Chico conseguiu impressionar com». tínhamos visto o ccnter-halí i*»ra-Monte. Desta feita, porem, o jogador

ualidades. Dos zagueiros, o melhor foireeditar as últimas produções. Duquecaracterizou a sua atuação. O penaltyiolenta. Na intermediária, alem de Zéi a direita foi nulo no primeiro tempo,

: Lazarotti nada mais foi que um en-lidadc para policiar Maneca, esse mes-itaque, Murílinho teve altos e baixos,com Bigode c desperdiçando duas óti-não soube aproveitar a brecha de Lola,«Mineiro. Vaguinho poucas vezes pôde...vinho foi o melhor atacante, masapoio de seus companheiros. Nivio foi^ugír à marcação.

k DOS GOALS

atagem conseguida foi um goal. Entre-eu uma escapada sensacional, chegandolj Duque derrubou-o brutalmente, con-

e Zizinho, incumbido de batê-lo. atirouhavia lançado o arqueir« mineiro, Novelance bonito. Eli adiantou a Ademir,

,neca foi surpreendido com uma bola,,t»do-a para as redes, enquanto Chicontc.os ainda dificultaram multo a tarefate minutos foi consolidada a contagem,i gramado, cruzando a Nestor. que de-

ia centrar, mas na realidade colocouents ã linha de fundo. O goal númerotos após. A Zizinho coube ai» rir a de-sou a Chico. O ponteiro entrou rápida-rmou o goleiro Chico.

ÇAO CARIOCA

i fazer-se sobre a produção do team sãoonjunto. Barbosa foi um goleiro segu-

I foi chamado a resolver situações difi-oi um bom zagueiro, anulando o pontatros setores, quando foi necessário. Ju-Entre si os zagueiros não se entende-de trabalho determinado pelas falhas

ve em tarde inspirada, permitindo que«te repetidas vexes ã área. Lola foi ele-evidentemente da brusca passagem do

itch. Nestor foi um bom substituto dctou com desenvoltura e marcou um beloera de Zé elo Monte, e alem de ter baixade esperdiçar o penalty. Ademir foi uma missão principal, qual seja a de abririt encobrir as falhas de Lola. na ligação,iíco foi o atacante carioca mais em evi-deslocamentos, mantendo bom nivel dcIa.

Maneca cabecea e o goleiro dc M»nas prepara-se para debater de soce

HA DOS METROPOLITANOS

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!f|i nha de fundo, conseguiu colocar a boia no arco entrej [oleiro Chico4*>

Um belo tento de Chico que ,após jogada carac terística, fulminou o arqueiro com potente tiro___¦_¦___¦___

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Página W Sexta-feira, 17 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

[Ventos a Cordilheira Inquietam 0 Football BrasileiroOe €JESAH SEÁHA

Aíinai de contas reagimos no -afiai-re" Abeilo, como verdadeiras criançasque ainda acreditam no Papao. e so-bretudo provinciana — ridícula mes-mo — foi a atuação da imprensa me-tropolitana no caso, que foi por elatratado de maneira tal, que um dire-tor de qualquer jornaleco em São Josédas Carapuças se envergonharia anteo descabido e simplório desempenhode alguns dos mais categorizados mi-litantes da nossa crônica esportivaBelatar então o comportamento de ai-guris paredros — não só dirigentes declubes, como principalmente de enti-dade» — seria traçar um quadro játantas vezes ocorrido em alguns mga-xejos do interior do nosso pais, quan-do. sobre um deles, se focaliza o inte-resse de clubes das capitais por algumjogador ai>roveitavel perdido por aque-Ias bandas. Para tanto só faltou aomalfadado Abeilo, a indefectível sovade pau — cuja ameaça, todavia, ene-gou a ser feita por cartas e telefone— com que em tais casos, os pi-ovin-dano refutam os argumentos que lheparecem às vezes, por demais ló-gieos.

Se, todavia,, togrou o emissário co-JWmbiano escapar da "coca", não con-segura, contudo, livrar-se da vexatóriatrama poUclalesca em que o envolve-xam, reeditando-se numa das maisatrativas e modernas cidades da atua-"lidade — que por sinal será nesse AnoSanto % Roma do universo footballís-tico — o mesmo que se passou com onosso colega Isaac Zuckmann numa'Cidadezlnha perdida pelas caatingas

de Sergipe, que teve a ventura de darao Flamengo o Gringo — esse CastroAlves do football — no dizer doSr. Barradas, o qual, como presidentedo Vitoria da Baia, ficou ridicularnentecélebre na imprensa carioca.

Tudo, talvez, se tenha passado de_Òrma tão assust^diga para os plumi-tivos pagés e caciques nativos, devidoaos aparatos usados nas operações dedesembarque pelo inditoso Abeilo; emvez do trabuco, aqui aportou o Cara*murú colombiano com um bem for-nido bloco de "Traveller's check", ca-paz de transformar em dólares tudoo que ele tocasse. E dólar do bom.do melhor, do ultra-super-atômico-hidrosrênico-imperialista dólar, comque os "Big-shorts" de Walt Streetgratificam os que lhes permitem sugardas costas dos dois mares que banhama Colômbia, o petróleo sujo e supremoque faz mover o mundo e seus exér-çítos e pagam o "mild" café e os"finqueiros" das encostas dos Andes.

"Homem do dólar e filho do tro-vão", portanto, é o que a imprensaindígena considera Don Mario Abeilo,indignada, estupurada, horrorizada,barradizada (de Barradas) ante a au-dacia do conquistador audasi dignoêrnulo de Cortez, Pizarro, Balboa,, Pe-dro de Alvarado e outras que tais, masJá agora confiada, eufórica, histéricamesmo, ante a vitoria obtida sobre odólar americano — via colombia E'

M00-um SORRISO

que o nosso Atahualpa — no caso ofootball patricio — livrou-se do res-gate exigido pelo moderno Cortez, semlhe entregar tanto ouro quanto cou-besse mima grande sala. como nosconta a Historia da conquista do NovoMundo pelos espanhóis, por força du-ma entidade que àquele tempo nãoexistia: a Policia. Sim senhores, osIncas, Mayas e Aztecas eram povos pa-cíficos que desconheciam a violência,guindo-se apenas pelas sábias e cons-picuas leis legadas por seus maiores.

Mas nós? Uma ova. Nós temos éuma boa e eficiente Policia que suprea todas as necessidades nacionais.Lei, constituição, respeito aos direitosde terceiros? Para que, se temos a Po-ücia Especial, a Radio-Patrulha. a Po-Ucia do .Cais do Porto, a Policia Man-tinia, a Polícia do Foro, a Policia doBanco do Brasil, a Polida do Minis-terio da Fazenda, a Polcla Municipal,a Policia Militar, a Policia da Polidae até a Policia Football Clube, cujaatuação na proteção aos juizes — re-pararam nos dois -parrudos" que cos-tumam acompanhá-los sempre noscampos? — e agora no "Caso Abeilofoi julgada sublime por grande partedos que orientam a opinião nacional.

É sabem o que está a resultar detudo isto? pois leiam os jornais deBuenos Aires.

Ralados, raladinhos üe inveja os por-tenhos, que, com todo o seu Insupe-ravel peronismo, ,mais uma vez tive-ram que se curvar ante o Brasil. Cur-vados, curvadinhos da silva; boquia-bertos; r>abando-se dc santa unção. •como diria o Eça de Queiroz. Saídopor que o Carlito Rocha teve o -esta-lo" policial com que salvou o footballbrasileiro de ser arrasado, como qhavia "sido o transplantlno. Quinaudos maiores, evidentemente; superioraos 5x2 da Copa Roca, ou à outorgada sede do Campeonato Mundial de

-Football ad Brasil,

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«La » a A mm.SPIRINfl0 REMÉDIO DE CONFIANÇA (sayer)

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obstante, o foram procurar fascinado»pelo chocalhar dos dólares. O paredroandino, todavia, não poderá ser res-ponsabilizado por tal ato, de vez quenão quiseram os da terra tratá-lo co-mo um cavalheiro com o qual pode-riam discutir de igual para igual, pre-ferindo o supremo argumento infeliz-mente hoje tão em voga neste "soi di-sant" regime constitucional em quevivemos; a Toda poderosa. Policia.

* * *

Vimos assim, envolvidos no ridículodesse lamentável episódio, gente amais respeitável, personalidades emi-nentes do nosso football, os quais, le-vados no "jacaré" da onda sensacio-nalista que Abeilo levantou nos nossosmeios footballísticos. esqueceram-secompletamente do respeito devido adireito de terceiros, vindo a bater comos costadas no areai da violência ondetripudiam os mariscos provincianos einsignificante?; de mentalidade dita-torial Nosso profissionalismo é muitodiferente do da argentina. Ali. nosclubes e entidades, pontificavam ver-dadeiros "gangstèrs". que até entãoexploravam da forma a mais torpeos seus dignos profissionais. A grevepor estes levada a efeito se constituíanum dos mais louváveis movimentospela relnvlndicações dos mais comezi-nhos direitos humanos, por que até hapouco ser profissional 'na Argentina,era o mesmo que vestir uma douradafarda de escravo da gleba para em-bair o grande público, que pede sem-pre. desde a antiga Roma, "panem etclrcensis'" — pão e circo — sem que-rer saber como os obtêm. No Brasil,porem, nossa legislação — embora ain-da conservando alguns preceitos poucorecomendáveis ~--é muito mais huma-na. Nosso proi-numal de football,uma vez terminado seu contrato, po-de dispor de sua pessoa, uma vez pago

Num terreno, portanto logramos su-per ar a Argentina do casal Peróu.cujas dirieentes esportivos podem serconsiderados os maiorals numa coisa:na sujeira. Que o digam os profissão-nais do seu football. ora quase todosna Colombia. onde Don Mario Abeilonão é um mero aventureiro, mas per-sonalidade das mais conspicuas e res-peitaveis. Tanto ele como JaramUlo.que aqui também esteve por ocasiãodo último Campeonato Sul-Americanosao dirigentes da Federação de Foot-bali daquele país, da qual a DivisionMayor de Profesionales se havia apar-tado. ficando esta com o maior po-tencial em clubes e jogadores, e aque-Ia com a filiação internacional. E am-bos amigos, muitos amigos - nãoapenas por palavras mas por atos —do Brasil.

E aqui chegou Mario Abeilo nao co-mo clandestino, mas como enviado es-pecial da mentora oficial do footballcolombiano para contratar jogadoresque eventualmente estivessem livres.Em tal caráter apresentou-se à C.B.D.,à qual deu ciência do compromissode honra que assumira em sua pa-tria, de não tocar em qualquer pro-fissional brasileiro selecionado para oCampeonato Mundial de Football. Al-guns, por intermédio de terceiros, não

o competente passe, ainda uma via-lencia. mas por todos tacitamente to-lerada. Só o» exploradores, pois. éque se mostram contentes com o atualestado de *oisas. Os exploradores oualguns de espirito mais aventureirocomuns a todas as coletividades. Nãohá por que temer, portanto, pois quemnão deve nada tome. um profissionalde football bem remunerado — à altu-ra de suas possibilidades — jamaistrocará a sua pátria pela estrangeirae melhor teria sido o estabelecimentodum "modus vivenii" à base de fran-queza e lealdade com o emissário co-lombiano, do que o termos tratadocomo o foi.

O Brasil e seu football devem serrespeitados pelo seu potencial e nãoà força de Policia, que é o argumentodos que não podem lançar mão do Di-reiío e da Razão.

0 GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto MarinJio cMario Rodrigues Filho. DiretorSuperintendente: Henrique Tava-res. Gerente: Rubens de Olivei-ra. Secretário: Ricardo Serran. Re-daçâo, administração e oficinas:Rua Bethencourt da Silve, 21. l.°andar. Rio de Janeiro. Preço úonúmero avulso para todo o Brasil;Cr$ 0,80 Assinaturas: anual. Cr%40,00; semestral, Cr$. 25.00.

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Sexta-feira, 17 de março de 7950 Página 11

A tJETIMA ESPERANÇA VOS DESILEBiiPOS

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O presidente França Campos, do Cruzeiro, de Belo Horizonte, temum programa para fazer o clube retornar ao destaque técnico de

outras épocas

Em palpitantes declarações à nossa reporta-gem, o novo dirigente celeste afirma que tu-do será feito para repor o Cruzeiros no seulegítimo lugar, entre os grandes do desportode Minas — O interior em foco — Correspon-der à confiança unânime, e/s um compromis-so — Um quadro de football poderoso e o er-guimento da sede social, com três andares,pontos básicos.

De JANUÁRIO CARNEIRO

BELO HORIZONTE, março. — Anda cheia de aconte-cimentes negativos a historia do Cruzeiro E. C. nos úl-timos tempos. Após a grande jornada de 43-44-45, quandoo team celeste levantou de forma espetacular seu segundotri-campeonato, parece que os ventos do infortúnio decidi-ram soprar na direção do Barro Preto. Tanto assim que,muito embora todos os enormes esforços despendidos, muitoembora toda a teima em promover campanhas para fazercom que de novo a bandeira do ex-Palestra retornasse aomastro dos triunfos, nunca o objetivo foi conseguido, pelomenos plenamente.

E não se diga que os cruzeirenses só ficariam contentescom o alto feito da reconquista da hegemonia do footballda cidade. Ressalte-se que eles muito satisfeitos ficariamcom o simples bom desempenho da sua esquadra no certameda cidade. Sem os atropelos, os erros, as goleadas e os de-sàstres que tantos cabelos brancos deram à torcida do clubeitalo-brasileiro.

UM CURIOSO CONTRASTESempre se disse que os clubes e as diretorias, no regime

atual de footballização e profissionalização das entidadesdesportivas, dependem diretamente do desempenho da suaesquadra principal. A orientação será boa ou má. proveitosaou ruinosa, de acordo com os campeonatos levantados, comos triunfos conseguidos.

No Cruzeiro, contudo, sucedeu nos últimos anos umcurioso contraste. Dos "três grandes" clubes da cidade, foiprecisamente o único que não chegou ao titulo máximo, foiexatamente o que por maiores fracassos e desastres técnicospassou. Contudo, foi o mais bem administrado. Talvez jus-tamente por isso. porque não se atirou na doida aventurade conquistar cracks famosos, de dar luvas astronômicas,que não pôde marchar no primeiro pelotão lado a lado como Atlético e o América, no posto que sempre lhe pertenceu.

Logo, parece criado para o Cruzeiro o dilema: conservaro clube perdendo sempre ou arruinar o r^tbe ganhando cem-peonatos. Uma fórmula conciliatória não se afigura fácil.A opinião da sua torcida está sub-dlvidida. Não sevá re-comendavel perder mais um eamnr^nato. Nem sevá bomacabar com a situação dp eciuilibrio fmanceJro do clube, emcontraste chocante com o América e o Atlético, ambos àbeira da falência.

A RESPONSABILIDADE DE MANUEL FRANCA CAMPOSDesportista largamente conhecido e estimado em todos

os círculos do desporto belorizontino, o Sr. Manuel FrançaCampos, presidente da Caixa Econômica Federal de MinasGerais, foi elevado à direção suprema do Cruzeiro, faz poucotempo, com o voto unânime do Conselho Deliberativo doclube azul. Sua responsabilidade — não se deve esconder— é das mais serias. Para ele se voltam as esperanças dafamília cruzeirense. desiludida com os dirigentes que o ante-cederam, todos bem intencionados — não se porá dúvida —mas dando mostres de real incapacidade pira repor o clubena sua verdadeira posição.

França Compôs, melhor que nós outros, sabe disso. Ediz ao repórter:

Vamos tratar de preparar um bom quadro profissio-nal. Com a colaboração de velhos cruzeirenses, como MarioGrosso e Cunha Lobo. procuraremos formar uma esquadrapoderosa, dando assistência completa, física, espiritual, mé-dica, alimentar aos nossos atletas. Se^-lhe-á dado um pre-parador físico, e competente, para nô-los em condição deagüentar a dure?i das grandes lutas.

Rebuscou uns papéis e afirmou:Os setores amadoristas do clube, por outro lado, vão

receber amnlo nnoio. Não apenas os esDeciallzados, mastambém' o próprio football. desde que entendemos que oCruzeiro deve voltar a preparar nas suas divisões Inferioresos crackes do futuro.

O CRUZEIRO E O INTERIORAinda com a palavra o presidente França Campos:Um interior enorme e poderoso como o de Minas não

pode ser esquecido pelo esporte da Capital. Estou cogitandode realizar uma enorme campanha para angariar fundosno "hin:'3rland", bem como ali conseguir grande número desócios para o clube

Quisemos saber o que o Cruzeiro daria, em troca, ao desportista do interior. Respondeu França Campos:i^rl" iado

do prazer de ver ressurgir com toda sua potencialidade um clube tão querido, o desportista tra interior futuramente apre-ciara as exioiçoes do seu quadro predileto, uma vez que cogitamos d e renlizar um amplo programa de prelios no interior, por todos os lados.UMA PLATAFOR2VA DE GOVERNO

Na longa conversa com o repórter, o Dr. França Campos quis ressaltar bem alguns pontos que julgou fundamentais do seu programaue acao. oitou as relações com os outros clubes, que deseja intensificar e tornar as mais cordiais possíveis. Asseverou que o corpo socialestá convocado para opinar e sugerir, sempre que com a intenção de ajudar. E, finalmente, declarou:No firme propósito de corresponder à confiança da familia bar ropretana, tudo farei que estiver ao meu alcance. O clube necessitade muita coisa. Nao será o vulto da tarefa, contudo, que nos intimidará. Alem dos melhoramentos do estádio, por exemplo, pretendo le-vantar a sede social, por detrás das arquibancadas, com 3 andares, pro porcionado local para as festas, dormitórios, salas de reunião etc. Oorçamento e a planta já estão sendo confeccionados por engenheiros adeptos do clube. Cedo os cruzeirenses sentirão a palpitante realidade

desses melhoramentos.

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F, diz ao correspondente d'0 GLOBO SPORTrVO que o seu clube estaráentre os candidatos ao título em 1950 ]

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Página 12 Sexfa-fe/ra, 17 de março cfe 1950 O GLOSO SPORT/VO

CURIOSIDADES DO BOX

A SEGUNDA LU104.343

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NNEY E OESlrSEi TE¥E UMA AdSISltNCIA UnRENDEU A SOMA

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Pelo menos três boxeurs ganharamcom seus explosivos punhos cerca de 2milhões de dólares (40 milhões de cruzei-ros, ao câmbio oficial) e um quarto —John L. Sulüvan — embolsou mais deum milhão (20 milhões) devido às suasatividades no ringue.

O "Trio de. Ouro" é formado porJoe Louís, Jacfc Dempsey e Gene Tun-ney, nessa ordem, enquanto Max Schme-ling estabeleceu o "record" para um Ju-tador estrangeiro.

Joe Louis conseguiu a sua fortunaa duras penas, empilhando a aos poucosatravés de longa série de lutas, ao passoque Dempsey reuniu cerca de 2 milhõese 500 mil dólares em seis lutas e Tunneyganhou I milhão e 700 mil em três lutasapenas.

Louis, que se tornou profissional em1931, ganhou 50 dólares na sua primeiraluta nesse ano e tomou parte em outrasdoze, percebendo ao todo 4.750 dólares.Pelas doze lutas que travou em 1035,inclusive com Primo Carnera, Max Báere outros pugilistas de cartaz, recebeu426.170 dólares.

Antes de entrar para as forças ar-marias. a maior soma que êle receberapor uma luta de box fora de 349.228 dó-lares, no combate tom Max Schmeling,em 1938. Terminada a guerra. Louis re-cebeu uma ótima bolsa quando pós líilfyCon o a noi.au te. no oiitavo round, ga-nhando 625.910 dólares, (mais ou me-nos 12 milhões e 500 mil cruzeiros). Apósa luta com Tarai MaurelTo, na qual re-cebeu 103.611 dólares, colocou-se à fren-

_ te nV Dempsey. que até essa data era O..*<*Vm*KWrtr*W*M*M*IMM

Jcrssy Jate Walcotí chegou a :ter ipoií-tadn emite futiwo coçra.j«*âra mwadfat.Miw vão passou *fe .'riwpfM ameaça.,.

homem que mais havia ganhado com obox.

DEMPSET?

FABULOSA R$ 53.000.0

Dempsey já era bqxeur há seis anosquando conquistou o título de campeão mundial, derrotando Jfess Willard. emToledo, em 19*19. Mas as suas atividades durante esses anos lhe haviam ven-dido relativamente pouco.

Em 9 lutas, de 1919 a 1927, ele ganhou 2.712.079 dólares. (Se quiseremsaber quanto é isso em moeda brasileira multipliquem por vinte. ) Apóster sido derrotado por Tunney pela segunda vez, Dempsey anunciou que re-solvera abandonar o ring. Pouco depois resolveu, porem, ao contrario cempreendeu uma excursão que terminou em Chicago.

Ao contrario de Louis e Gene Tunney. Dempsey soube aproveitar a suatremenda popularidade, servindo de jura em outras lutas ou exibindo-se aopúblico em teatros. Estas atividades extras lhe renderam mais 2 milhõesde dólares!

Ora. juntando essa quantia ao que Dempsey ganhara como boxeur (cerca de 3.062.079 dólares! temos a fabulosa soma de 5 062 079 dólares!

GENE TUNNEYEmbora tivesse participado de mais de 60 lutas antes de enfrentar

Dempsey, em 1926, o que ele ganhara náo era muito. Mas nas duas lutasque se seguiram (a segunda com Dempsey e a última com Tom Heeney), ganhou o suficiente para abandonar o box, desistindo assim do título de cam-peão. com a apreciável quantia de 2.390.445 dólares

A propósito de Gene Tunney. cabe dizer que a arrecadação do seu se-gundo combate contra Dempsey ate hoje não foi superada, constituindoum "record" de todos os tempos. Cerca de 104.943 pessoas assistiram a essaluta memorável, que se realizou em Chicago no dia 22 de setembro de 1927.A renda foi de 2 658.660 dólares (ou, em nossa moeda mais de 53 milhõesde cruzeiros! >

A parte que coube a Gene Tunney foi de 990.445 dólares (record tam-bem não superado) reecbendo Dempsey cerca de 425.900 dólares

'«RECORD" DE PREDil/O EM LOTAS DE BOXMas nem sempre as lutas de box proporcionam aos seus organizadores

lucros fabulosos. E* preciso levar em conta que as despesas* são enormes e

que oa impostos absorvem uma boa parte da renda.

iiMnim—i«im»m»iiw>i»m»'B* iinni» MMMiilUlMltT<T**W**Wt**T*fnM1**ri*1*tirffl^ -—Lwi'i"l"í '""imiiT} iftl

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O ex-campeao, Gene Tnnneypxtm homem erudito, é unia provade que- o box uüo embota a intelisetnia. Ttmney gazuiOu muitodinheiro tom o box

A luta que deu mais prejuízo foi a que se travou entre GeneTunney c Tom íiccncy. era Nova íork. em 6 de junho d** 1928 Vrenda bruta atingiu a cifra de «91.011 dólares. Ora. -jó a partede Tunney tora lixada em 525.000 dólares! \ renda, assim, nãodeu para cobrir as despesas e o prejuízo total foi de 200.099 dó-lares, ou 4 milhões de cruzeiros.

LUTAS QUE DURARAM HORAS110 ROLTNDS (7 horas e 10 minutos). Andy Bovven vs Jack

Burke ent 6 de abril rle 1893 em Vòr:> OrV:m 'fí

thí-»* den :> fatapor empatada ante a recusa dos pugilistas de prosse^uirejr».

100 ROUNDS (6 horas e 30 minutos). Dannv Xeedtuun e(Continuada págin.i seguinte)

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O GLOBO SPORT7VO Sexfa-To/rc*, 17 de março de ?°50 Página 13

CURIOSIDADES DO BOX

TAS MAIS BEMOBABAS

(ContinuAçaPatsy Kerrigan, 2,1 de íevereirede 1890, em São Francisco.

77 ROUNDS (5 horas e 8 mi-mitos) Harry Sharpe derrotouFrank Crosby por nocaute em 2de fevereiro de 1892.

76 ROUNDS (5 horas e 3 mi-nutos) YV. Sheriíf e J. Welch. em

-20 de abril de 1884, em Filadélfia.AS LUTAS MAIS CURTAS

10 SEGUNDOS E MEIO — AlConture, ao soar o gongo, avan-çou na direção de Ralph Waltoncom tal rapidez que o pôs a nocau-te com um único soco. Esta lutarealiwra-se em Lewiston, no dia 24de setembro de 1946.

11 SEGUNDOS E MEIO — VForeman, da Inglaterra, impôs *-.nocaute a lUiby Levine, apliean-do-lhe três socos, em 1928.

12 SEGUNDOS — BattlingNelson derrubou Willie Rosler logi>no primeiro soco, aplicado dois se-gundos depois de ter o gongosoado.

HISTORIAS DAS LUTASEM DISPUTA DO TÍTULO DECAMPEÃO DOS PESO-PESADOS

1889 — 8 de judho — .lolmL. Sullivan derrota Jake Kilrain.75 rounds, Richburg. (Foi esta aúltima lutu disputada sem o usode luvas em pelejas em disputa dotítulo).

1X92 — 7 de setembro — Ja-

o da páglnn anterior)mes J. Corbett derrota John L.Sullivan, 21 rounds, Nova Orleans.

1894 — 25 de janeiro — Ja-mes J. Corbett vence CharleyMitchell, 3 rounds, Florida.

1897 —- 17 de março — BobFitzsiminons derrota James J .Corbett, 14. rounds, Carson City.

1899 — 9 de junho — JamesJ. Jeifries vence Bob Fitzsimmons.11 rounds. Coney Island, NovaYork.

1900 — James J. Jeifries der-revi James J. Corbett por nocaute. 23 rounds, Nova York.

1902 -— 25 de julho — Jante*J. Jelfries vence, por nocaute, Bo!Fites!mmons, 8 rounds, São Fran-cisco, Califórnia.

1903 — 14 de agosto — JamesJ. Jelfries derrota Corbett pornocaute, 10 rounds, São Francisco.

1904 — 26 de agosto — Jef-fries denota, por nocaute, JackMunroe, 2 rounds, São Francisco.

1905 — Jeifries abandona o ti-tulo. No dia 3 de julho, Marvinliart põe Jack Root a nocaute eJelfries, que servira de juiz, con-cede o título ao vencedor.

1906 — 23 de fevereiro —Tommy Burns derrota MarvinHart, 20 rounds, Los Angeles.

1907 — 8 de maio — TommyBurns ti* trota Jack 0*Brien, 20rounds, Les Angeles

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D^miwcy, caja cscaiaíàa para a «loria u_o foi fácil, era muito estimado pelagarotada. Vómo-lo aqui cercado por pequenos Jornalielros

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1907 — 4 de julho — TommyBurns denota Bi« Squires, àround.

1907 — 2 de dezembro —Burns derrota Guuner Moir. 10rounds, Londres.

1908 — 10 de fevereiro —Burns derrota Jack Palmer, 4rounds, Londres.

1908 — 17 de março — Burnsderrota Jera Roche, 1 round, OuMin.

rounds, Las Vegas, tendo sick» *luta suspensa pe»a polícia.

1913 — 23 de novembro —Em Paris, Johnson derrota AndréSpaul por nocaute no segund»round.

1913 — 9 de dezembro —Johnson e Jim Johnson empatas»,10 rounds, Paris.

1914 — 27 de junho — Joh»-son vence Frank Moran, 20 roundsParis.

- Também o organismo humano, aparelho deli-cadíssiroo, mo pode funcionar bem, se as suasvária» peças esliv«rem sujas e cheias de resíduos.

Uma das mais importantes dessas peças sãoos rins, á cujas funções se acham ligados outrosórgãos da núquina humana

A ümpeia e desiníecçio periódica dos rins,feitas com os comprimidos de HELM1TOLde Bayer, garante o seu perfeito funcionamento

c resulta na saúde atuai c numavelhice sadia e livre de achaques.

síoswnsvAOBfrtASAÚC-É8QA

<_ -HELMITOLLIMPA E DESINFETA OS RiNS

Íbayer)

1908 — 18 de abril — Burnsderrota Jewey Smith, 5 rounds,Paris.

1908 — 13 de junho — Burnsderrota Bill Squires, 8 rounds. Pa-ris.

1908 — 2 4de agosto — Burnsderrota Bill Squires, 13 rounds,Sidney.

1908 — 2 de setembro —-Burnes derrota Bill Lang, 2rounds, Melburne.

1908 — 26 de dezembro --Jack Johnson enfrenta Tom-ray Burns, 14 rounds, Sidney,Austrália. A polícia interrompeu aluta.

1909 — 19 de maio — John-son e Jack 0'Brien, 6 rounds, empate. Pittsburgh.

1909 — 30 de junho — John-son e Tony Ross, 6 rounds, empa-te, Pittsburgh.

1909 — 16 de outubro —Johnson vence, por nocaute,Stanley Ketcheü, 12 rounds, Cali-fornia.

1909 — 9.de setembro — JackJolinson e AIÍ Kauífman, 10rounds, sem decisão, S. Franeisco.

1910 — 4 de julho — John-son vence, por nocaute, Jim Jef-fries, 15 rounds, Nevada. (Jeifriesvoltara após longa ausência doring) .

1912 — 4 de julho — John-son vence, por pontos, Jim Flynn.

1915 — 5 de abril — JeasWillard põe Jack Johnson, a no-caule, 26 rounds. Havana, Cuba.

1916 — 25 de março — Wü-Iard e Frank Moran, 10 roundSjsem decisão, Nova York.

1919 — 4 de julho — JadeDempsey vence Jess Willard pornocaute, 3 rounds, Toledo.

1920 — 6 de setembro —Dempsey vence, por nocaute, BillyMiske, 3 rounds, Bcnton Harbor,Michigan.

1920 — 14 de dexembro — Et»Nova York, Dempsey vence pornocaute Bill Brennan no 12.° a«vsalto.

1921 — 2 de julho — Demp-sey derrota George Carpentier pornocaute, 4 rounds. Jcrsey City.

1923 •— 4 de julho — Demp-sey vence por pontos Tom GHrbons, 15 rounds.

1923 — 14 de setembro —Dempsey põe Luís Flrpo a no-caute, 2 rounds, Nova York.

1926 — 23 de setembro —Gene Tunncy derrota Jack !>ernp-sey, 10 rounds, por decisão, I_la-delfia.

1927 -— 22 de setembro —Tunncy derrota Dempsey, IIrounds, Chicago.

1928 — 26 de julho — Gew»Tunney vence Tom Heeney pwTCONCLUI NA PAGINA .SKGWNT»

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Página í 4 Sexfa-feiVa, 17 de março de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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¦ _T-L-L _y 1_ mJ_C_JLw__iAS NUMEBO UM DA COPA DO MUNDOA FIFA RESOLVEU DE MODO IMPECÁVEL AS QUESTÕES MAIS DELICADAS

EM COLABORAÇÃO COM O ANTIGO "INTERNATIONAL BOARD"Nenhum torcedor de footbail pode du-

vida» da importância do papel do juiz numcampo de jogo. Conforme a conduta dodiretor do match, este pode tomar os ru-mos mais diversos. O ambiente, o climado jogo tòrna-se às vezes mudo diferen-te do que se esperava por conseqüênciadas "reações" dos espectadores, provoca-d«s pelas falhas (verdadeiras ou imagina-das) do apitador. e muitos jogadores so-frem, por sua vez. a influencia deste am-blente. E o melhor pode ficar derrotadocom poucas decisões arbitrais erradas ouinfelizes.

Quando se trata de jogos contando paraum verdadeiro Campeonato do Mundo, talcomo a Copa Tules Rimet de junho e pi-lho próximo, o problema da aplicação einterpretação certa das leis ou regras dojogo e da escolha dc um quadro dc jui-«es ótimos, reveste-se de uma importânciaverdadeiramente capital.

A "CARTA DO JUIZ" E O "INTER-

NATIONAL BOARD"Quem vai decidir da solução destes pro-

blemas em que diz respeito à Copa doMundo no Brasil? Eis aqui um assuntoque talvez possa interessar aos leitoresd'0 CiLOBO SPORTIVO.

E* preciso, para responder, olhar umpouco atrás, outra vez, para a historia dofootbail. E' que, no seu artigo 2. o Rcgu-lamento da Copa Jules Rimet indica:

"As regras do jogo serão as promul-gadas pelo International F. A. Board.Em caso de diferenças sobre a interpre-taeãn, o texto inglês será o que haja fé".

O que é esto "International Footbail As-sociation Board"? E* um órgão interna-

cional.sem sede fi___ <-"" foi criado cm1882. Foi na cidade dc Manchesfer quese realizou a primeira conferência inter-nacional sobre as regras do footbail en-tre os representantes das entidades diri-gentes da Inglaterra, da Escoria, do Paisde Gales e dá Irlanda, c que foi decididoviue este "International Board" (DiretoriaInt .nacional) passaria a ser o único or-gã« que legisle sobre o footbail. redigindo» "Refere, s Chart" (Carta do. Juiz), asRegras oficiais do jogo, e só qualificadopara modificar estas eventualmente.

O "International Board" reune-se entãotodos os anos desde 1882. sempre no se-gundo sábado de junho.

Devem ser apresentadas ao secretariodo International Board as sugestões sobreas alterações da« regras do jogo até o dia18 de abril de cada ano que antecede areunião deste órgão.

O Board c constituído com dois delega-dos de cada uma das Federações brita-nicas (Inglaterra. Escócia, País de Calese Irlanda do Norte) e dois delegados daFTFA que são presentemente o francêsHenri Delaunay e o norueguês Ele. Reu-ne-se em qualquer cidade, até fora dasIlhas Britânicas, e. por exemplo, a famosadecisão da modificação da regra do "oíf-sirte" (impedimento) — o atacante imp?-dido com um só adversário à frente aoInvés de dois — foi tomada por ocasião dareunião habitual do Internacional Board,cm Paris, em junho de 1925.

Não é um segredo que no Brasil as re-gras do "I. B." são seguidas fielmente.Quando há modificação, a FIFA comu-

• nica à C.B.D. que distribue a traduçãodessas alterações pelas suas filiadas, asFederações estaduais, como foi ainda ocaso há pouco temno. quando o Interna-tional Board modificou a imnortante Re-gra XII (Infrações e Disciplina).

Segui pessoalmente o footbail europeudurante mais ou menos trinta anos e pos-

»!> afirmar que não constatei diferençasserias na interpretação brasileira das re-gras do jogo. Aliás, a* experiência feliz danüllzac-o de juizes britânicos no Rio e emSão Paulo demonstrou a coisa perfeita-mente.

O QUADRO DE JUIZES DA"JULES RIMET"

Não pode portanto haver complicaçõese conflitos em que diz respeito ao textodas regras do jogo. Mas o elemento hu-mano intervém de modo importante coma escolha do quadro de juizes encarregadode aplicar e interpretar praticamente es-tas regras durante os jogos da Copa or-ganizada pela FIFA.

A Comissão dc Organização da Copa doMundo tomou a este respeito duas deci-soes de relevo. Pediu a dois dos seusmembros, Sir Stanley Rous (inglês) e oAdv. Dr. Giovanni Mauro (italiano), am-bos antigos juizes internacionais famosos,dc redigir um verdadeiro "Código dc Con-duta" dos juizes da Copa Jules Rimet parachegar a uma unidade e uma unanimi-dade perfeitas na "interpretação" dos ,pontos mais delicados das regras do jogo.Por outro lado confiou à "Comissão dasRegras do Jogo" da FIFA. órgão perma-nente dest' Federação Internacional, ocuidado de escolher um quadro de 24 jul-zes entre os melhores, é claro, do mundointeiro. Esta comissão compõe-se dos Srs.Mauro e Stanley Rous, jâ citados, maiso francês Dclaumay e o espanhol Es-cartin.

Todas as Federações dos paises concor-rentes e até dc países membros da FIFAnão inscritos na Copa Rimet ou vencidosnos jogos eliminatórios, comunicaram áFIFA as Hstas dos seus melhores apitado-res candidatos à direção de jogos do tor-nelo final.

A Comissão das Regras do Jogo exami-nou cuidadosamente estas propostas c nasua recente reunião em Paris, a 10 demarço último, estabeleceu a lista dos jul-zes que viajarão para o Rio.

Da Europa Continental foram esco-lhidos:

Van Der Meer (Holanda) — Beranck(Áustria) — Dclasalle (França) — Galeati(Itália) — Da Costa (Portugal) — Azon(Espanha) — Eklind (Suécia) — Luiz(Suiça) — cujos substitutos eventuais se-rão: Dattllo (Itália) — Lemestlc (lugos-lavia) e Dahlncr (Suécia).

Das Ilhas Britânicas, a Comissão dasRegras do Jogo escolheu:

Mowat — Griffiths — Readcr — Ellis ePcarcc, com Leaf na qualidade de subs-titulo.

Da América do Sul, sé foram escolhidosaté agora três brasileiros, os Srs. MarioVianna — Gama Malcher c Gardelli c seteoutros juizes serão designados ulterior-mente com a colaboração da Panconfe-deração sul-americana.

Os brasileiros são conhecidos nos nossosleitores e aliás não poderão dirigir jogosdo Selecionado da C.B.D., é claro.

Mas posso afirmar que o quadro dosjuizes europeus é verdadeiramente ótimo.A única surpresa é a ausência na lista daFIFA (e talvez se trate dc uma omissãodas agencias telcgráflcas). dos nomes dosingleses W. LIng. que dirigiu os jogos orin-ripais do Torneio de footbail dos JogosOlímpicos de Londres em 1948. e tam-bem o último Espanha x Itália cm Madri.e W. T¥. E. Evans, juiz perfeito do últimojogo Hungria x Itália em Budapeste, am-bos entre os melhores diretores de jogoda Inglaterra c aliás designados como pos-siveis para o Torneio final para a "Foot-bali Assoclatinn" (a Federação Inglesa) .

O escocês Mowat foi o juiz do recenteInglaterra x Itália em Londres e nossocompanheiro Geraldo Romualdo da Silvao achou ótimo. Já os brasileiros conhecemo impecável Mr. Readcr que velo nestacapital com o Southamoton. Os Griffiths— Ellis (de West Rldin, e Pcarcc (deLuton) são do mesmo quilate.

Entre os continentais, conheço bem oSr. Galeati. que dirigiu perfeitamente nosúltimos meses os jogos Áustria x Suécia(em Viena), Suécia x Inglaterra (vitoriada Suécia por 3x1 em Estocolmo), França

x Iugoslávia (terceiro jogo em Florença)etc, etc, o Espanhol Azon, juiz muitoapreciado do jogo Torino x Reims (TaçaLatina em junho dc 1949) entre tantasoutras "performances" excelentes, o suiçoLutz, diretor do último Itália x Áustria(em Gênova), o francês Delasallc, o ho-landes Van Der Mcer, considerado atual-mente como o maior, talvez, da Europacontinental.

O sueco Ivar liklind apitou cm 1934 afinal da II Copa do Mundo na capital daItália e desde então c chamado na suapátria de "Comte de Roma". O austríacoBeranck e o português Da Costa são damesma categoria dos seus colegas, semfalar em "substitutos" como o italiano

Dattilo (considerado o "número um" nasua terra).

Todos estes juizes serão aliás reunidospara uma sessão de informação no do-mingo 30 de abril em Londres, dia se-guinte ao da realização da final da Taçada Inglaterra, para a qual serão convi-dados. E" provável que receberão nestaocasião exemplares do "Código de Con-duta" redigido por Sir Stanley Rous como concurso do Sr. Mauro, c poderão elu-cidar eventualmente os menores detalhesda sua tarefa delicada.

Parece, portanto, que a FIFA faz real-mente o máximo para assegurar uma di-reção perfeita dos jogos da Copa do Mun-do. O resto ficará por conta dos deusesdo esporte.

(CONCLUSÃO DA PAGINA ANTERIOR)

nocaute, Nova York. Pouco dc-pois, abandona o box.

1930 — 12 de junho — O ale-mão Max Schmeling derrota JackSharkey em Boston, no quartoround, numa luta em que seriaapontado o sucessor de GeneTuuney.

1931 __ Max derrota W. L.Stribling. outro candidato ao ti-talo, 15~rounds. em Cleveland.—

1932 — 21 de junho — JackSharkey derrota Schmeling, 15rounds, Nova York.

1933 — 29 de junho — PrimoCarnera vence Sharkey por no-caute, seis rounds, Nova York.

1933 — 22 de outubro — Car-nera derrota Paulinó Uzcundun,em Roma.

1934 — 1 de março — Carne-ra derrota Tommy Loughran, em15 rounds, em Miami.

1934 — 14 dc junho — MaxBaer derrota Carnera por nocaute,11 rounds, Nova York.

1935 — 13 de junho — JamesJ. Braddock derrota Max Baer, 15rounds, Nova York. (Decisão dojuiz).

1937 — 22 de junho — JoeLouis põe Braddock a nocaute, Srounds, Chicago.

1937 _ 30 de agosto — JoeLouis derrota Tommy Farr, 15rounds, Nova York. (Decisão dojuiz)

1938 — 23 de fevereiro — Vi-toria de Joe Louis sobre NathanMann, por nocaute, 3 rounds,Nova York.

1938 — 1 de abril — Joe Louisvence, por nocaute. Harry Tho-mas. 5 rounds.

1938 — 22 de junho — MaxSchmeling tomba por nocauteante Joe Louis no primeiro round.

1939 — 25 de janeiro — JoeLouis põe a nocaute John H. Le-wis, 1 round.

1939 — 17 de abril — JoeLouis põe a nocaute Jack Roper,

round. Los Angeles.1939 — 28 de junho — Joe

Louis põe a nocaute Tony Galento,4 rounds.

1939 — 20 de setembro — JoeLouis põe -a .nocaute Bob Pastor,II rounds, Detroit.

1940 — 9 de fevereiro — JoeLouis derrota Arturo Godoy, poipontos, 15 rounds, Nova York.

1940 — 29 de março — Jo<Louis põe a nocaute Johnny Pay-check, 2 rounds.

1940 — 20 de junho —- JoeLouis vence Arturo Godoy por no-caute. 8 rounds.

1940 — 16 de dezembro — JoeLouis vence Al McCoy por no-caute.

De 1941 a 1948. Joe Louisvenceu por nocaute os seguintesadversários: Red Burman, 5rounds, Gus Dorazio, 2 rounds,Abe Simon, 13 rounds, TonyMusto, 9 rounds, Billy Conn, 13round^ Lou Nova, 6 rounds, Bud-dy Baer. 1 round. Abe Simon, 6rounds, Billy Conn, 8 rounds,Tami Mauriello, 1 round, Joe Wal-cott, 11 rounds.

Na primeira luta com Wal-cott, Joe Louis o vencera por pon-tos. tendo sido o resultado da lutacontestado. Joe alegou achar-sefora de forma, devido à sua longapermanência no exército, e tantoisso era verdade que no segundoencontro pôs Walcott a nocaute.

Em 22 de junho de 1949; apóster Joe Louis desistido do título,Ezzard Charles derrotou JoeWalcott por decisão unânime emNova York.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 17 «te março de 1950 PéQilW t&

De AMEXANIIUE DJUIISTCM

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______ .Furuhashi e seus companheiros de equipe, em pleno treiname »*» na piscina de Paeaembú

Pretendem certos historiadores denatação que o crawl seja tão velhocomo o mundo. E dão como provaformal a medalha cunhada na anti-guidade, mostrando Leandro através-sando o Hellesponto a nado, numcrawl bem caracterizado.

De qualquer modo, de acordo comos diferentes testemunhos que são co-nhecidos n"s últimos séculos, é certoque os nadadores das populações in-djgenas praticaram sempre e exclu-sivamente um nado multo próximo aocrawl de hoje. Aaaím, em rela-ao amoderna natação esportiva da segun-da metade do 19.° século, constatamosque o nado de braço é o que domi-nava e que o crawl permanecia quaseque £;-seonhecldó na Europa e Amé-rica até o principio do século vinte

Poi por volta de 1900 que assisti-mos a um período da deformação dasdiferentes modalidades do nado a bra-ço, que foram se transformando emestilo até atingirem o moderno crawl.Primeiramente íoi a posição de ladoque facilitou a respiração, depois avolta do braço para a frente (ove-arm), a passagem alternada dos bra-ços (trudgeon) e finalmente a batidadas pernas, em tesoura, no plano me-dio do corpo.

Em sua forma mais ou menos per-feita, o crawl moderno nos foi revê-lado pela primeira vez pelo AustraüenCavili. por volta de 1904, mas confes-sou-se que tinha sido inspirado, quan-to ao que se referia às batidas de per-nas, pelos movimentos que faziam osíndios das ilhas do Pacifico. Foi oamericano Daniels que,. quatro anosmais tarde, alcançou por ocasião dosJogos Olímpicos de Londres, a vitoriaem 100 metros (em 1'05" 6/10) nadan-do num crawl correto. E foi a partirdessa data que o novo estilo ganhoupopularidade universal.

03 AMERICANOS MODIFICAM ATÉCNICA DOS AUSTRALIANOS '

O estilo primitivo dos australianosfoi anteriormente diferentemente in-tempretado em cada país. Igualmente,a coordenação dos movimentas e a res-piração-fieáram-thirante mu i í— temposem uma resolução positiva e afirma-va-se àquela época que nãn se pode-ria nadar mais de 500 metros eracrawl.

Mas, em 1924, os americanos modt-ficaram profundamente a técnica aus-trallana. Ao invés de se contentaremem bater nagua com os pés, como osaustralianos, começaram a bater na-gua toda a perna, permitindo assimque os nadadores produzissem um es-forço de baixo para cima. iBsse mo-vimento propuisivo assegurou ao mé-todo americano um prestigio seguroem todo <> mundo.E OS JAPONESES MODIFICARAM

O DOS AMERICANOS

Mas oe Jogos Olímpicos de 1932 re-velaram uma outra concepção de nadolivre. Os japoneses opuseram ao mo-vimento das pernas alongadas e à

fraca amplitude dos americanos, umabatida seca e ampla, na qual o esfor-Zi> é dado Igualmente íaa :> de baixopara cima como de cima para baixo.

A batida japonesa apresentava so-bre a americana a vantagem de po-der ser empregada com sucesso portodos os nadadores, o qu,? não acon-tecia com a americana, cuja batidasó convém aos nadadores que possuamas pernas finas e compridas

Os Jogos Olímpicos de 1948 nos de-monstraram que a batida dos japo-neses é indiscutivelmente superior àdos americanos e a prova dtsso nosfoi dada pelos próprios nadadores ame-ricanos que adotaram a té~rica japonesa.

CS JAPONESES IMPÕEM TAMBEMO RITMO DAS BATIDAS

A Cadência das batidas evolue deacordo com o modo de se bater aspernas. O crawl australiano primivivoera de dois tempos, isto é, o nadadorefetuava duas_ batidas de pernas paraum ciclo completo de dois braços. Osamericanos empregaram a seguir, asbatidas a quatro, seis, oito e mesmodez tempos, até 1924, quando JolumyWei&smuller mostrou a importânciada independência absoluta entre a ca-dencia da batida e o ciclo do.s mo-vimentos dos braças. Esta regra (parao sprint somente, bem entendido) ésempre recomendada, mas para o fun-do e semi-fundo, a batida a seis tem-pos foi adotada no mundo inteiro.

Foi Furuhashi que revoluciox-.ou esteritmo, adotando batidas a quatro tem-pos. iniciando assim uma "guerra deritmos" que hoje as tá atingindo o seuauge e ntre os técnicos de natação.Bob Kiphuth o treinador da equipeolímpica americana, dá uma multe boi*característica do estilo japonês: Fisí-camente os nossos campeões são ftá-tos para seis tempos e uma mudançade velocidade para adotar o quartotempo só pode prejudicar a sim pro-pulsão. Furuhashi dá a impressão denadar arrastando as pernas mais do

que se servindo delas para acelerar suavelocidade. Sua batida é irregular emesmo hesitante (nunca foi a mesmode decorrer das diferentes provas).Nos treine» o seu estilo è ainda dife-rente. Às vezes a sua batida é mm»enérgica, depois — «em que teto de-monstre diminuir eua velocidade —

suas pernas ficam Inativas «em ne-nhuma transição. IT verdadeiramenteum caso único. Pessoalmente o seuciclo de braços me surpreende bas-tante. Tem-se a impressão de que elese apoia sobre molas. Durante o seusprint ele se arranca para fora dágua,como se fosse a proa de uma lanchade corridas".

Assim, presentemente, parece queKiphuth não tem a intenção de tcv*_arcom que seus nadadores batam Fu-ruhashi. Mas por quanto tempo?

EIS O MEU SE_ÇfliHDO — BISFTJRUHáSHI

Furuiisshi iícoa "surpreso ante tas-*-to barulho provocado pelo seu estiloe declarou:

-Desde a mais tenra .maneia sem-pre tive o mesmo estilo, inúmero^? tiosmeus compatriotas têm querido meimitar. Elos têm fracassado. Empregoa batida a quatro tempos, isto e, qua-tro batidas para um movimento com-pleto dos braços. ¦Uma dessas batidasé propulsiva, as outras são muito imer-sas. E' nesse momento que eu con-centro todo meu esforço nos braçosque me dão a propulsão. Eu perderiacertamente minha velocidade e prm-cipalmefnte minha resistência se ti~vesse que nadar a seis tempos comoos outros campeões."

E seu treinador Masagi Kayotamaacrescentou:.

•"O estilo de Furuhashi é possível-mente único, mas «daptado ao „eufísico. O principal segredo — se é queexiste — está em obter o máximo deeficácia por um mínimo de esforços.Esta é. a meu ver, a regra de ouro domecanismo da natação esportiva.

CABELOS BRANCOS...Envelhecem

JUVEHTUDE[BEIEZA],VTO»0R|-dz desaparecer e

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