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O século XX foi o século do trabalho. Foi o século em que este deixou de ser um fato entre outros da existência humana e se tornou seu aspecto central. O trabalho deixou de estar submetido aos tempos da natureza e às variáveis climáticas e passou, ele próprio, a reger o tempo dos homens. Deixou de ser apenas meio de subsistência e tornou-se, para um número cada vez maior de pessoas, elemento constitutivo de identidade. O século XX cristalizou mudanças radicais que se iniciaram pelo menos duzentos anos antes de 1901: nele é que se consagrou o trabalho como um criador permanente de riquezas e nele “indivíduos foram transformados em trabalhadores” 1 O século XX também foi o século em que o trabalho praticamente mudou de lugar: na esteira de movimento iniciado no XVIII, a dissolução (ora violenta, ora espontânea) das sociedades campesinas e atomizadas tradicionais, na maior parte do Globo, originou as grandes massas nas cidades e fez com que, nas palavras do historiador Eric Hobsbawm, “nada se tornasse mais inevitável” do que o aparecimento dos movimentos urbanos de trabalhadores . 2 É exatamente em meio a esse embate de forças e mudanças estruturais em âmbito global que é instalada, no Brasil, em 1941, a Justiça do Trabalho. Lembremos que, naquele ano, o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial . A novidade dos novecentos foi a frequência, cada vez maior, com que foram sequestrados esses movimentos, ora por ideologias de Direita, ora por ideologias de Esquerda, em um confronto que marcou dramaticamente essa “Era dos Extremos”. 3 que, antes de tudo, foi uma “guerra civil ideológica internacional”, como defende Hobsbawm. Isso porque “suscitou as mesmas questões na maioria dos países ocidentais”, ou seja: as linhas que separavam as forças pró e antifascistas “cortavam cada sociedade”, cada país envolvido - e o Brasil não era exceção 4 Também é nesse século de polarização ideológica e de mudanças radicais no mundo do trabalho que surge a Organização Internacional do Trabalho (1919) e torna- se crescente o estabelecimento de ógãos jurisdicionais e a produção de normas de direito do trabalho pelos Estados, em países díspares como Sri Lanka, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, França ou Austrália. Pode-se dizer que essas iniciativas, transcendendo a fonte ideológica de que derivaram em cada país, acabaram por se tornar, imediatamente ou depois, outra maneira de se resolver conflitos cada vez mais presentes nas grandes cidades: aqueles oriundos da “questão social”. . 1 KRAWULSKI, E. (1998). A orientação profissional e o significado do trabalho. Revista da Associação Brasileira de Orientadores Profissionais, Florianópolis, 2(1), 5-19. 2 HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções – 1789 a 1848, 11ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1998.. 3 O Brasil começaria sua participação militar na guerra em 1942. 4 HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos – o breve século XX – 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

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Trabalho século XX

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  • O sculo XX foi o sculo do trabalho. Foi o sculo em que este deixou de ser um

    fato entre outros da existncia humana e se tornou seu aspecto central. O trabalho deixou de estar submetido aos tempos da natureza e s variveis climticas e passou, ele prprio, a reger o tempo dos homens. Deixou de ser apenas meio de subsistncia e tornou-se, para um nmero cada vez maior de pessoas, elemento constitutivo de identidade. O sculo XX cristalizou mudanas radicais que se iniciaram pelo menos duzentos anos antes de 1901: nele que se consagrou o trabalho como um criador permanente de riquezas e nele indivduos foram transformados em trabalhadores1

    O sculo XX tambm foi o sculo em que o trabalho praticamente mudou de lugar: na esteira de movimento iniciado no XVIII, a dissoluo (ora violenta, ora espontnea) das sociedades campesinas e atomizadas tradicionais, na maior parte do Globo, originou as grandes massas nas cidades e fez com que, nas palavras do historiador Eric Hobsbawm, nada se tornasse mais inevitvel do que o aparecimento dos movimentos urbanos de trabalhadores

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    exatamente em meio a esse embate de foras e mudanas estruturais em mbito global que instalada, no Brasil, em 1941, a Justia do Trabalho. Lembremos que, naquele ano, o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial

    . A novidade dos novecentos foi a frequncia, cada vez maior, com que foram sequestrados esses movimentos, ora por ideologias de Direita, ora por ideologias de Esquerda, em um confronto que marcou dramaticamente essa Era dos Extremos.

    3 que, antes de tudo, foi uma guerra civil ideolgica internacional, como defende Hobsbawm. Isso porque suscitou as mesmas questes na maioria dos pases ocidentais, ou seja: as linhas que separavam as foras pr e antifascistas cortavam cada sociedade, cada pas envolvido - e o Brasil no era exceo4

    Tambm nesse sculo de polarizao ideolgica e de mudanas radicais no mundo do trabalho que surge a Organizao Internacional do Trabalho (1919) e torna-se crescente o estabelecimento de gos jurisdicionais e a produo de normas de direito do trabalho pelos Estados, em pases dspares como Sri Lanka, Inglaterra, Itlia, Estados Unidos, Frana ou Austrlia. Pode-se dizer que essas iniciativas, transcendendo a fonte ideolgica de que derivaram em cada pas, acabaram por se tornar, imediatamente ou depois, outra maneira de se resolver conflitos cada vez mais presentes nas grandes cidades: aqueles oriundos da questo social.

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    1 KRAWULSKI, E. (1998). A orientao profissional e o significado do trabalho. Revista da Associao Brasileira de Orientadores Profissionais, Florianpolis, 2(1), 5-19. 2 HOBSBAWM, Eric J. A era das revolues 1789 a 1848, 11 ed. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1998.. 3 O Brasil comearia sua participao militar na guerra em 1942. 4 HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos o breve sculo XX 1914-1991. So Paulo: Companhia das Letras, 1995.

  • No Brasil, como j se aventou aqui, a produo de uma legislao social e a instalao da Justia do Trabalho em 1941 foram influenciadas tambm por esse confronto de foras de que nos fala Hobsbawm, bem como pelo crescimento da classe mdia e do operariado urbano em cidades como So Paulo ou Rio de Janeiro. Isso a despeito do Estado Novo ter sido bem-sucedido no sentido de convencer a todos que essas iniciativas se deviam apenas generosidade descompromissada de Getlio Vargas e ela no era to descompromissada assim: o trabalhismo de Vargas trazia vantagens reais e substanciais crescente massa de trabalhadores urbanos, mas ele foi habilidoso em outorgar direitos que, na verdade, eram genuinamente reivindicados por essa classe. Conseguiu, assim, fazer dela sua principal aliada e base para sua permanncia no poder.

    Arquivo Iconographia (Arquivo Nacional)

    No que tange especificamente instalao da Justia do Trabalho, podemos entrever traos desse confronto ideolgico de foras quando enviado ao Congresso, em 1935, o anteprojeto da lei que instituiu e organizou essa Especializada (Decreto n. 1.237/1939): sucedem-se as discusses entre Oliveira Viana (socilogo e jurista, consultor do Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio, um dos autores do anteprojeto) e o Prof. Waldemar Ferreira (relator na Comisso de Constituio e Justia)5

    5 FILHO, Ives Gandra da Silva Martins. Breve Histria da Justia do Trabalho. In: FERRARI, Irany et al. Histria do Trabalho, do Direito do Trabalho e da Justia do Trabalho, 2 ed. So Paulo: LTr, 2002.

    . Ferreira, como outros intelectuais na dcada de 1930, era desfavorvel implantao de uma Justia do Trabalho no Brasil. Contrariamente a Viana, era partidrio de um individualismo jurdico assentado na idia de contrato do Cdigo Civil. No acreditava que os conflitos trabalhistas necessitassem de novos rgos,

  • novos processos, novos ritos ou nova jurisprudncia. Chegou a chamar de fascista o projeto de Viana6

    Essa acusao de que a Justia do Trabalho tem razes fascistas repetiu-se com alguma frequncia ao longo do tempo. Podemos fazer algumas observaes quanto a ela: embora houvesse franca simpatia pelo fascismo em setores do governo de Getlio Vargas, as normas de direito do trabalho (e consideramos a existncia da Justia do Trabalho como um direito do trabalhador) tambm surgiram em pases de tradio liberal naquele perodo, como Estados Unidos e Inglaterra. Alm disso, historicamente, leis/rgos jurisdicionais trabalhistas antecederam em muito o fascismo do sculo XX: os primeiros organismos especializados na soluo dos conflitos trabalhistas, os Conseils de Prudhommes, surgiram na Frana em 1806

    .

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    Ademais, como bem explicita o filsofo e professor da London School of Economics, John Gray, o mercado nascer inevitavelmente sufocado por uma mirade de restries e regulamentos. Elas surgiro espontaneamente, em resposta a problemas sociais especficos, no como elementos de qualquer grande projeto. Por isso, j no sculo XIV, havia grande nmero de regulamentos que, embora rudimentares e localizados, tentavam abrandar os custos sociais dos incipientes mercados europeus, como a Lei dos Aprendizes na Inglaterra

    .

    8

    De certa forma, essa concluso est presente na Exposio de Motivos da Comisso Elaboradora do Projeto de Organizao da Justia do Trabalho, de 1938, que era composta por Oliveira Viana, Luiz Augusto de Rego Monteiro, Deodato Maia, Oscar Saraiva, Geraldo Faria Baptista e Helvecio Xavier Lopes:

    . Destarte, embora a ameaa comunista ou as foras fascistas tivessem pressionado a maior parte dos Estados a instituir rgos jurisdicionais e leis trabalhistas, essas iniciativas estatais transcenderam as bases ideolgicas dos respectivos Estados, at porque tm razes histricas anteriores, sobretudo no que concerne ao direito individual do trabalho.

    Este projeto no uma cpia ou traduo desta ou daquela legislao estrangeira: foi concebido e executado, tendo os seus elaboradores a sua ateno voltada inteiramente para as condies da nossa sociedade, da sua estrutura social e econmica, principalmente. Os pontos de contato ou semelhana que a organizao nele proposta para os nossos tribunais do trabalho possam ter, efetivamente, com a organizao dos mesmos tribunais em outros povos, resultam no de uma imitao literal de textos legislativos, mas da identidade fundamental das causas e dos objetivos que, em todos estes povos, determinaram e justificaram o aparecimento destas novas instituies jurdicas.9

    6 CARVALHO, Jos Murilo de. A Utopia de Oliveira Viana. In: Revista estudos histricos, vol. 4, n 07. Rio de Janeiro: 1991.

    7 FILHO, Ives Gandra da Silva Martins. Op. cit.. 8 GRAY, John. Falso amanhecer. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1999. 9 A Exposio de Motivos pode ser encontrada na Terceira Parte do livro Problemas de Direito Corporativo, de Oliveira Viana. Rio de Janeiro: Jos Olympio Editora, 1938 (h edio mais recente, da Cmara dos Deputados, de 1983).

  • Por outro lado, no que diz respeito s relaes coletivas de trabalho, no h como negar que o Estado Novo brasileiro tenha tentado anular ao invs de mediar os conflitos, incorporando e neutralizando totalmente os sindicatos, proibindo violentamente a greve, etc. As caractersticas de inspirao realmente corporativistas/fascistas do Trabalhismo de Vargas encontraram-se no mbito do Direito Coletivo e no papel que a Justia do Trabalho teve de desempenhar com relao a ele no auge da Ditadura.

    Contudo, mesmo aqui cabem algumas observaes: Arnaldo Sssekind j explicitou que as principais fontes do Direitos do Trabalho no Brasil foram o Primeiro Congresso Brasileiro de Direito Social; as primeiras Convenes e Recomendaes da OIT; a Encclica Papal Rerum Novarum e os pareceres de juristas como Evaristo de Moraes, Oscar Saraiva e Oliveira Viana.10

    Pois bem, embora a ao poltica do Estado Novo, no que concerne s relaes coletivas de trabalho, tenha tido caractersticas fascistas/ditatoriais, o corporativismo de homens como Oliveira Viana, que presidiu a citada Comisso Elaboradora do Projeto de Organizao da Justia do Trabalho, no tinha razes fascistas, mas catlicas. No primeiro caso, as corporaes esto subordinadas ao Estado, so rgo do Estado. No segundo, as corporaes se contrapem ao Estado

    11. Seja, como muitos intelectuais de sua poca, Viana era um liberal conservador que no simpatizava, por exemplo, com a ideia de um culto ao lder (evitava comparecer s homenagens a Vargas), nem defendia a dissoluo do indivduo na poltica. Apenas preferia o conceito de pessoa, retirado da tradio catlica, ao de indivduo (a pessoa sendo o indivduo inserido numa rede de relaes, mas que ainda assim mantm sua identidade, que deve ter seus direitos respeitados12

    Ademais, para os primeiros defensores da Justia do Trabalho, esta adquiria um carter civilizatrio no Brasil. No se tratava de cinismo, mas de uma crena real. Viana defendia que essa Especializada era uma maneira de impedir que os desfavorecidos dependessem unicamente da boa vontade dos mais abastados

    ).

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    ... nem a generalizao do sufrgio direto, nem o self-governement valero nada sem o primado do Poder Judicirio sem que este poder tenha pelo Brasil todo a penetrao, a segurana, a

    . Sobre o Poder Judicirio em geral, assim afirmou, quase duas dcadas antes de se tornar consultor jurdico do antigo Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio:

    10 SUSSEKIND, Arnaldo. Entrevista concedida juza Magda Biavaschi para subsidiar sua tese de doutoramento em Economia Aplicada na NICAMP: O Direito do Trabalho no Brasil 1930/1942: A construo do sujeito de direitos trabalhistas. Disponvel em: http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000385083 11 INCISA, Ludovico. Corporativismo. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola e PASQUINO, Gianfranco. Dicionrio de poltica, 5 ed. So Paulo: Imprensa Oficial do Estado. Braslia: Editora Universidade de Braslia, 2000, vol. 1. 12 CARVALHO, Jos Murilo. Op. cit. 13 VIANA, Oliveira. Direito do trabalho e democracia social o problema da incorporao do trabalhador no Estado. Rio de Janeiro: Jos Olmpio 1951, p. 23.

  • acessibilidade que o ponha a toda hora ao alcance do mais humilde e desamparado... o sufrgio direto, sem a generalidade das garantias trazidas pelo Judicirio liberdade civil do cidado, principalmente do homem-massa do interior, de nada valer... estes desamparados e relegados continuaro entregues aos caprichos dos mandes locais, dos senhores das aldeias e dos delegados cheios de arbtrios14

    Outra caracterstica que deu Justia do Trabalho sua pecha de fascista foi seu poder normativo, defendido inicialmente por Oliveira Viana no anteprojeto da lei que a organizaria e, depois, em uma srie de artigos publicados no Jornal do Commercio

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    Sobre essa questo, assim j resumiu Arnaldo Sssekind:

    (em que ele demonstrava grande conhecimento das discusses juslaborais em andamento nos Estados Unidos e na Europa, bem como da Justia e do Direito norte-americanos, que, afirmava, eram suas reais inspiraes nesse quesito).

    Por que criticam, por que chamam de corporativismo esse poder normativo? Porque a Magistratura del Lavoro, isto , a Justia do Trabalho da Itlia, o adotou. Acontece que o poder normativo nasceu muito antes, numa poca em que nem se falava em Mussolini. Nasceu na Nova Zelndia, no incio do sculo, depois passou para a Austrlia e est no Mxico desde 1919. No Mxico o poder normativo muito mais amplo, inclusive, do que no Brasil.16

    Por fim, no h como se concordar com alguns intelectuais que, sobretudo nos primeiros anos da Justia do Trabalho, a acusaram de ser mero instrumento de um governo autoritrio para a domesticao dos operrios. Se verdade que a Justia do Trabalho, em seus primrdios, foi incubida de substituir os atores dos conflitos coletivos, tambm verdade que a relao dos trabalhadores com essa Especializada foi ambgua: alguns a enxergavam como estratgia de dominao do Estado, outros encontraram nela um recurso real para lutar por seus direitos.

    Exemplo disso a histria de um dos milhares de lderes operrios existentes no Brasil, de nome Joo Dirceu Mota. Dele nos d notcia o brasilianista John French17

    Nascido em 1916, Mota costumava dizer, quanto Consolidao das Leis do Trabalho: Esta minha Bblia. Sob seu brao no havia nenhuma bomba anarquista, nenhuma arma revolucionria, apenas um livro

    .

    18

    14 VIANA, Oliveira. Populaes meridionaes do Brasil, 2 ed. So Paulo: Monteiro Lobato e Cia., 1922.

    . Se esse livro possua tamanha

    15 Esto reunidos no livro Problemas de Direito corporativo. Rio de Janeiro: Jos Olympio Editora, 1938. Tambm h edio mais recente, da Cmara dos Deputados, datada de 1983. 16 SUSSEKIND, A. Entrevista com Arnaldo Sussekind. Estudos Histricos, Rio de Janeiro, vol. 6, n. 11, p. 116-117. Entrevista concedida s historiadoras ngela de Castro Gomes e Celina DAraujo. 17 FRENCH, John D. Afogados em leis a CLT e a cultura poltica dos trabalhadores brasileiros, 1 ed. So Paulo: Ed. Fundao Perseu Abramo, 2001. 18 BAK, Joan. O homem do Livro: Esta minha Bblia. In: FRENCH, John D. Op. cit.

  • importncia, porque esse trabalhador sabia que podia contar com uma Justia nova, composta por magistrados idealistas, cuja mdia etria no atingia os 30 anos19

    Esse idealismo tambm se evidencia em muitas decises de processos que compem o acervo histrico do Arquivo do Tribunal Superior do Trabalho.

    .

    Setenta anos depois de sua instituio, percebe-se que Oliveira Viana e outros intelectuais foram os vencedores da discusso acerca da necessidade, ou no, da implantao de uma Justia do Trabalho no Brasil. O Projeto de Organizao que eles escreveram, fruto de muitos estudos que levaram em conta as realidades regionais do pas, teve como corolrio os Decretos 1.237/1939 e 1.346/1939, que organizaram a Especializada e lhe deram boa parte da estrutura que hoje nos familiar. Tambm foram os esforos desses homens que possibilitaram sua instalao por Getlio Vargas em 1941, em meio a vrias festividades no estdio Vasco da Gama.

    Multido celebra a instalao da Justia do Trabalho no Vasco da Gama

    Apesar do incio conturbado, o fato que a Justia do Trabalho, fruto indireto

    dos extremos que compuseram o sculo XX, conseguiu transcend-los. Aproxima-se, cada vez mais, do que seus idealizadores vislumbraram para ela.

    (Raquel Veras Franco Analista Judiciria - CGED/TST)

    19 FILHO, Ives Gandra da Silva Martins. Breve Histria da Justia do Trabalho. In: FERRARI, Irany et al. Histria do Trabalho, do Direito do Trabalho e da Justia do Trabalho, 2 ed. So Paulo: LTr, 2002.