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rua sergipe 401 cj 1310 higienópolis 01243.001 são paulo brasil tel fax [55.11] 3259.0808 [email protected] www.barraventoartes.com.br LANNY GORDIN “Duos” TRIBUTO A UM GÊNIO DA GUITARRA Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Jards Macalé, Chico César, Max de Castro, Vanessa da Mata, Adriana Calcanhotto, Junio Barreto, Fernanda Takai, Edgar Scandurra, Rodrigo Amarante e Péricles Cavalcanti homenageiam Lanny Gordin Ninguém merecia mais do que ele uma homenagem assim. Afinal, depois de participar com sua guitarra inventiva de alguns dos melhores discos de pop brasileiro e MPB produzidos entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos anos 70. Hoje, quase três décadas mais tarde, ao ouvir seus novos encontros musicais com 15 artistas de diversas gerações, no álbum Lanny - Duos(produção da Barraventoartes/Universal, dirigida por Glauber Amaral), a pergunta é inevitável: como é que a música brasileira ficou tanto tempo sem ele? A trajetória desse mestre da guitarra é tão única quanto seu estilo. Filho de um pianista russo com uma polonesa, Alexander Gordin nasceu em Xangai, na China, em 1951. Sua família chegou a morar alguns anos em Israel, até que decidiu se radicar no Brasil, em 1958. Autodidata, aos 16 anos Lanny tocava guitarra e baixo na boate aberta por seu pai no centro de São Paulo, a lendária Stardust, onde circulavam músicos de alta qualidade, como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte.

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LANNY GORDIN“Duos”TRIBUTO A UM GÊNIO DA GUITARRA

Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro, Jards Macalé, Chico César, Max de Castro, Vanessa da Mata, Adriana Calcanhotto,Junio Barreto, Fernanda Takai, Edgar Scandurra, Rodrigo Amarante e PériclesCavalcanti homenageiam Lanny Gordin

Ninguém merecia mais do que ele uma homenagem assim. Afinal, depois de participar comsua guitarra inventiva de alguns dos melhores discos de pop brasileiro e MPB produzidosentre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos anos 70. Hoje, quase três décadasmais tarde, ao ouvir seus novos encontros musicais com 15 artistas de diversas gerações,no álbum “Lanny - Duos” (produção da Barraventoartes/Universal, dirigida por GlauberAmaral), a pergunta é inevitável: como é que a música brasileira ficou tanto tempo sem ele?

A trajetória desse mestre da guitarra é tão única quanto seu estilo. Filho de um pianistarusso com uma polonesa, Alexander Gordin nasceu em Xangai, na China, em 1951. Sua família chegou a morar alguns anos em Israel, até que decidiu se radicar no Brasil, em 1958. Autodidata, aos 16 anos Lanny já tocava guitarra e baixo na boate aberta porseu pai no centro de São Paulo, a lendária Stardust, onde circulavam músicos de altaqualidade, como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte.

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Em 1968, depois de tocar com algumas bandas de pop e rock, ele finalmente foidescoberto. Apresentado aos líderes do recém-lançado movimento tropicalista, em pouco tempo Lanny já estava participando de gravações de Gilberto Gil, CaetanoVeloso e Gal Costa (geralmente com arranjos do irreverente maestro Rogério Duprat), que agitaram o cenário musical da época. Ousados, os improvisos de Lanny tambémchamaram a atenção de artistas de outras correntes musicais, como Tim Maia, Elis Regina, Jair Rodrigues e Erasmo Carlos, com os quais também veio a tocar.

Com um retrospecto assim, é natural que o talento de Lanny seja apreciado por fãs

e músicos de diversas gerações. A primeira faixa de “Lanny - Duos” traz uma saborosaversão de “Lá vem o homem que matou o homem, que matou o homem mal”, de JorgeBenjor, recriada com suíngue pela guitarra-base e os vocais de Max de Castro, além, é claro, dos improvisos de Lanny. A nova geração da MPB também está presente comVanessa da Mata, que canta com delicadeza sua “Era Você”. E ainda Junio Barreto, queinjeta energia na lírica “Onde Eu Nasci Passa Um Rio”, de Caetano Veloso, cuja releitura

do clássico tropicalista “Enquanto Seu Lobo Não Vem” ganha uma original introduçãojazzística de Lanny.

Da geração tropicalista comparece também a musa maior: Gal Costa, que ressalta

junto com Lanny as belezas melódicas da jobianiana “Dindi”. Gilberto Gil relembra

em tons de blues sua canção “Abre o Olho”. Com a irreverência de sempre, Jards Macalé(o qual, vale lembrar, nunca se considerou um tropicalista) revisita “Let's Play That”, sua parceria com o poeta Torquato Neto, membro do estado-maior da Tropicália. Péricles Cavalcanti, produtor musical do álbum, interpreta seu reggae “Farol da Jamaica”,que ganhou um colorido “bluesy” graças à guitarra de Lanny.

Também não poderia faltar a turma do rock, que desempenhou um papel essencial nabagagem musical de Lanny. Rodrigo Amarante (da banda Los Hermanos) contribui com

a suave “Evaporar”, de sua autoria. Fernanda Takai (vocalista da Pato Fu) surpreende

com uma releitura da emotiva “Mucuripe”, parceria de Fagner e Belchior. Em contraste comas frases agudas de Lanny, Arnaldo Antunes interpreta com seu vozeirão soturno “Sol”,parceria com o guitarrista Edgar Scandurra (da banda Ira!), que também divide com

o homenageado os improvisos de “El Blues”.

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O elenco de convidados destaca ainda três figurões da MPB revelados nos anos 90. ZecaBaleiro empresta a “Dê um Role” (de Moraes Moreira e Galvão) uma interpretação maiscool do que energética versão de Gal, gravada nos anos 70. Adriana Calcanhotto e Lannytambém evitam a dramaticidade da versão original de “Me Dê Motivo” (de Sullivan &Massadas), que Tim Maia transformou em sucesso. Chico César fecha a série de duos

com “Lanny, Qual?”, uma canção simpática que já nasceu como homenagem.

É o próprio Lanny que encerra o álbum, dedilhando sozinho, com humor, descontração erefinado senso harmônico, uma versão de “Corcovado”, o clássico de Tom Jobim, que ninguémcertamente ouviu igual antes. O que mais se poderia esperar de um gênio da guitarra?

Os artistas que foram acompanhados pelo guitarrista falam de sua genialidade:

Hermeto Pascoal: "Vi o Lanny nascer como músico, tocando as primeiras notas, lá na boateStardust. Ele aprendeu do dia para a noite, assustadoramente. O Heraldo do Monte deuum impulso grande a ele. O pai do Lanny queria que ele tocasse de um jeito bemcomercial, para dançar, mas eu fazia a cabeça do garoto. A gente esperava que o pai delesaísse da boate e, como eu já não enxergava direito, o Lanny me avisava. Aí a gente largavao pau e tocava alguma coisa bem moderna. Quando o pai dele vinha chegando, a gentevoltava a tocar música comercial (risos). O Lanny é um grande músico. Lembro de ver elesair tocando baixo, sem jamais ter estudado esse instrumento. Ele ainda não tevecondições de botar para fora nem um terço da música que ele tem dentro dele. Eu torçopara que o Lanny fique cada vez melhor para poder fazer isso".

Jards Macalé: "Fiquei profundamente admirado, ao ver aquele menino tocando pelaprimeira vez, quando o Rogério Duprat o chamou, na época da Tropicália. Depois queCaetano e Gil foram em cana e saíram do país, em 1969, eu, Gal Costa, Paulinho da Viola

e Capinan fizemos uma firma chamada Tropicarte e produzimos um espetáculo, no TeatroOficina. Esse show tinha três figuras importantes: eu, Gal e Lanny. No cotidiano com ele,meu violão mudou. Além de ter um talento enorme, o Lanny tinha um violão muitopeculiar, muito rico. Ele é o que mais se aproxima de Jimi Hendrix. Sabia tudo da guitarrada época e é capaz de tocar violão como o Garoto, incrementando as harmonias e asmelodias. Lanny é uma das mais profundas e ricas musicalidades do Brasil. Quem quiseraprender a guitarra tem que ouvir Lanny Gordin."

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Chico César: "Influenciado pelos guitarristas Wes Montgomery, Joe Pass e Jimi Hendrix mastambém atento à grande música do mundo (de Bach a Luiz Gonzaga), Lanny Gordin é umprimeiro-sem-segundo na guitarra brasileira”.

Carlos CaladoMarço/2007

* “DUOS” É UM

LANÇAMENTO DA

BARRAVENTOARTES

COM DISTRIBUIÇÃO

DA UNIVERSAL.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Bebel [email protected] - tel: (21) 3874 0544Marcos [email protected] - tel: (11) 3032 4801

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DISCOGRAFIA LANNY GORDIN

> LANNY GORDIN (solo) - 2001 - Baratos Afins> PROJETO ALFA VOLUMES 1 E 2 - 2004 - Baratos Afins

Participações em álbuns de outros artistas: > BRAZILIAN OCTOPUS - Lp Fermata, 1969

> SUELY E OS KANTICUS, C/ KI BACANA E ESPERANTO - Compacto Simples Philips, 1969> DE KALAFE E A TURMA - Rosemblit Sem Data

> GAL COSTA - Lp Philips, 1969 (inclui Não Identificado) > GAL COSTA - Lp Philips, 1969 (inclui Cinema Olimpia) > CAETANO VELOSO - Lp Philips, 1969

> GILBERTO GIL - Lp Philips, 1969

> ANA MARIA & MAURICIO C/ NO NO NO ESTAMOS NA NOSSA - Lp Continental 1970

> LE GAL, DE GAL COSTA - Lp Philips, 1970

> CARLOS, ERASMO, DE ERASMO CARLOS - Lp Philips - 1971

> GAL A TODO VAPOR, DE GAL COSTA - Lp Philips, 1971> JARDS MACALÉ - Lp Polygram, 1973