58
CAPÍTULOS EXTRAS DIGITAIS

layout miolo final extras - Casa dos Espíritoscasadosespiritos.com.br/file_store/downloads/aalmadamedicina-con… · dades especiais aos fluidos,1 mesmo aqueles ge-rados no plano

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

c a p í t u l o s e x t r a s d i g i t a i s

c a p í t u l o s e x t r a s d i g i t a i s

A Casa dos Espíritos oferece conteúdo digital extra, que consiste

nestes 4 capítulos inéditos e são a continuação da obra impressa.

5

su m á rio

29

A luz sideral e a coagulação da luz

nas ectoplasmias e materializações — 6

30

Personalidades-esponja — 16

31

Circuito fechado

de pensamentos destrutivos — 28

32

Diagnóstico e receituário mediúnico — 38

Referências bibliográficas — 49

Sobre o autor — 51

7

A luz sideral e a coagulação da luz nas ectoplasmias e materializações

du r a nt e o s pro c e ss o s de cura e tratamen-

to de meus irmãos radicados no mundo físico,

os laboratórios do mundo invisível são prepara-

dos de maneira que os técnicos e especialistas

do Além possam neles atuar. Mas esses especia-

listas são apenas humanos, ainda que inseridos

num contexto espaço-tempo diferente daquele

comum a meus irmãos corporificados no mun-

do físico. Assim, compreendemos que todos es-

tamos experimentando.

Embora nossa técnica sideral funcione em

nossa dimensão com relativa eficácia, principal-

mente no que toca às funções dos corpos psi-

cossomático e etérico, além de certas conexões

com o corpo mental, nem sempre no ambiente

físico os resultados se reproduzem ou se verifi-

8

cam na mesma intensidade. Em boa parte, isso

pode ser explicado da seguinte forma: ao esta-

belecermos a conexão entre dimensões utilizan-

do as possibilidades que o ectoplasma nos ofe-

rece, sujeitamo-nos, os espíritos que estudamos

a influência de certas energias e frequências no

âmbito humano, às leis da dimensão na qual

nos propusemos atuar.

Ou seja, quando certos recursos transitam

para a esfera física, tais recursos — os mesmos

manipulados do lado de cá da barreira dimensio-

nal — recebem a influência do meio e da qualida-

de mental e emocional de meus irmãos que nos

auxiliam em suas reuniões ou em seus laborató-

rios de experiências extrafísicas. Eis por que em

muitos casos não conseguimos realizar aquilo

que nos propusemos de maneira plena já na pri-

meira tentativa. Esse ir e vir de energias e a natu-

ral impregnação ditada pela qualidade de pensa-

mentos e emoções de meus irmãos determinam

a realização de todo um conjunto procedimentos

no trato com as dificuldades físicas, emocionais

ou energéticas dos companheiros encarnados.

A luz sideral, quando revestida das pro-

9

priedades que o ectoplasma lhe confere, igual-

mente absorve do ambiente mental à volta de

meus irmãos, do campo quântico que envolve

uma reunião de tratamento ou materialização,

as características que lhe emprestam pensamen-

tos, emoções e atitudes dos presentes. Essa é

uma realidade da qual não há como escapar. De

fato, pensamentos e emoções conferem proprie-

dades especiais aos fluidos,1 mesmo aqueles ge-

rados no plano astral crosta a crosta, isto é, no

plano mais próximo da morada física de meus

irmãos. Portanto, devemos trabalhar levando

esse dado em conta.

Ao emitirmos a luz sideral diretamente de

nossa dimensão, ela reveste-se de certas pro-

priedades inexistentes no mundo físico. Mas

tão somente ao transpor a barreira dimensio-

nal, ante o choque entre a matéria do nosso pla-

no e a matéria densa do plano físico, é que essa

luz pode adquirir as propriedades necessárias

para se materializar dentro do organismo físico

1 Cf. kardec, Allan. A gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo. 1ª

ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005. p. 348-367, cap. 14, itens 1-21.

10

de meus irmãos, durante os processos de cura

e tratamento. Uma vez condensada no interior

do organismo humano, a partir dos recursos do

ectoplasma disponível, transforma-se em instru-

mentos, através dos quais realizamos interven-

ções diretamente no duplo etérico ou no peris-

pírito, dispensando incisões cirúrgicas no corpo

físico. Tal intervenção ainda traz a vantagem de

apresentar maior eficácia, pois que tratamos di-

retamente a fonte do problema, e não apenas as

reações ou os sintomas físicos dele decorrentes.

Quando se realiza uma intervenção no cam-

po imponderável do espírito, quando se faz uma

cirurgia que contemple as células do organismo

espiritual e a contraparte etérica, os resultados

são muito mais profundos, pois conseguimos

extrair e eliminar os fluidos mórbidos acumu-

lados no campo psicossomático e na dimensão

etérica. Com efeito, tais cúmulos de matéria in-

fecta e contagiosa podem ser desmaterializados

e transferidos para o plano astral ou para nossos

laboratórios acoplados ao ambiente onde se rea-

liza, no plano físico, a reunião de tratamento.

Durante o processo de materialização da

11

luz sideral, quando esta sofre o impacto da ma-

téria do plano de meus irmãos ao transpor as

barreiras dimensionais, os reflexos desse entre-

choque são percebidos como luzes. Elas têm a

propriedade terapêutica de queimar miasmas

e higienizar organismos sutis não somente dos

consulentes, mas de todos os participantes da

reunião no laboratório de experiências extrafísi-

cas que meus irmãos denominam sala de trata-

mento. Com a luz sideral temporariamente ma-

terializada, podemos inclusive, e com frequência

o fazemos, implantar células de luz coagulada

no organismo de meus irmãos. Tais células são

preparadas de maneira a trazer uma informação

adicional, que é impressa, nesses momentos, no

dna de meus irmãos, numa frequência mais alta

e mais ampla. As informações programadas nas

células de luz coagulada transferidas do astral

impregnam o corpo físico de imagens e infor-

mações genéticas que são implantadas, inclusive

alterando a composição bioquímica das células

físicas, assim como, mais profundamente, das

células do corpo astral de meus irmãos.

Como se pode deduzir, deve-se ter um cui-

12

dado muito especial ao compor a equipe de tra-

balhadores, que são baterias vivas na doação do

ectoplasma. Afinal, precisam estabelecer uma

sintonia fina com o ambiente no qual estão sen-

do preparados os instrumentos que utilizamos

nas intervenções sobre a saúde de meus irmãos.

Sempre deve ser lembrado que os pensamentos

e sentimentos, as emoções e atitudes de meus ir-

mãos geram energias e dão qualidade e proprie-

dades aos fluidos, que nos servem de matéria-

-prima. Estudar as leis dos fluidos e das energias

seria de grande valia para que despertasse ou res-

surgisse em meus irmãos o conceito de responsa-

bilidade, que é inerente ao trabalho realizado em

parceria com os habitantes da esfera física. Mui-

to mais poderia ser efetuado caso meus irmãos

sintonizassem com a elevada frequência das ati-

vidades realizadas em ambas as dimensões da

vida. Contudo, é bom lembrar que não estamos

lidando com anjos ou seres iluminados, mas com

humanos que estão temporariamente inseridos

numa experiência física e trazem suas limitações,

as quais sabemos compreender perfeitamente.

Ante essa realidade, contamos sempre com

13

o fato de que não podemos tudo, não atingire-

mos os resultados finais em apenas uma reu-

nião, ou ao menos não os atingiremos comple-

tamente, pois temos de contar com fatores que

interferem nas experiências de ajuda e auxílio a

meus irmãos. O que seria desejável é informar

aos irmãos em tratamento, por meio de conver-

sas, palestras e outros recursos, a respeito de sua

responsabilidade, em seu próprio benefício. É

importante explicar que eles igualmente contri-

buem ou impedem a eficácia do tratamento com

suas posturas íntimas, mentais e emocionais.

Ademais, quando meus irmãos realizarem

reuniões que tenham como objetivo auxiliar na

cura de enfermidades, devem ter em mente que

não aprendemos a fazer milagres. E que tudo,

todo o resultado depende de que cada um dos

parceiros, de ambas as dimensões, corresponda

aos esforços realizados em conjunto. Tudo de-

pende de todos e, de maneira especial, dos enfer-

mos, de sua programação cármica, de suas ne-

cessidades reeducativas perante as leis divinas.

A luz sideral ou astral pode realizar uma limpe-

za profunda e intensa, de natureza energética e

14

magnética, dispensando outros mecanismos

mais materiais; contudo, não muda as atitudes

do indivíduo perante a vida e si mesmo.

Eis que surge a necessidade de se falar e ou-

vir a mensagem do Evangelho como rota de ree-

ducação mental e emocional, como roteiro evo-

lutivo; de maneira nenhuma ele é dispensável

nos processos de cura das enfermidades radica-

das tanto no corpo como no espírito. Se nossa

tecnologia pode servir de instrumento para curar

meus irmãos, somente o Evangelho é capaz de

promover a transformação que dispensará, no

futuro, as intervenções espirituais ou físicas.

Compreendido não como práxis religiosa, mas

como tratado de ciência do espírito, de psicolo-

gia profunda, a ele caberá a verdadeira libertação

do cativeiro da alma enferma. O Evangelho, sua

vivência, sedimentará na alma os recursos trazi-

dos e materializados para auxílio a meus irmãos.

17

Personalidades-esponja

h á pe ss oa s qu e t ê m a aptidão para absorver

as energias densas e destrutivas de ambientes,

pessoas e situações. Desse modo, instauram a

desarmonia íntima em si mesmas, emocional,

mental e física, com grande prejuízo para seu

equilíbrio. Caso o quadro seja passageiro e a pes-

soa tenha aprendido a liberar os fluidos absorvi-

dos, os prejuízos tendem a ser menores e admi-

nistráveis. Entretanto, nem sempre é assim.

Ao longo dos séculos, o envenenamento

mental tem causado imenso dano à vida de mi-

lhares de criaturas, que acabam por se acostu-

mar aos detritos mentais acolhidos e abrigados

na vida íntima. O que chamaríamos de permissão

para o processo se dá, primeiramente, por meio

de crenças alimentadas pelo ser. A partir daí, o

18

envenenamento advém de fatores internos, li-

gados ao magnetismo pessoal, que se compor-

ta de maneira a atrair formas mentais, correntes

de pensamento ou emoções descontroladas e de-

sarmônicas com o entorno da aura do indivíduo.

Finalmente, o quadro pode ser agravado por

abusos da parte de quem sabe ou conhece mani-

pulação mental e emocional, numa evidente in-

vasão psíquica ou intrusão mental.

A ignorância é o fator preponderante, que

fundamenta e sustenta esse tipo especial de in-

trusão psíquica ou absorção de energias. Muito

comumente, pessoas sem conhecimento de cer-

tas leis ficam à mercê de forças ocultas e de ma-

nipuladores fortuitos ou não, tais como políti-

cos, sacerdotes e outras figuras proeminentes,

que empregam seu conhecimento a fim de in-

duzir pessoas a determinados comportamentos.

Como resultado, desencadeiam-se processos co-

nhecidos como contaminações mentais e emo-

cionais em indivíduos com essa propensão.

De fato, muitas pessoas sabem como ma-

nipular outras explorando crenças, medos e a ig-

norância de certas leis espirituais e da realidade

19

fluídica. Contudo, há pessoas que não precisam

ser manipuladas para sofrer intrusão mental.

Elas próprias guardam a peculiaridade, em seu

magnetismo ou estrutura magnética, de atrair

formas-pensamento emocionalmente carrega-

das de energias destrutivas, negativas e insalu-

bres, que passam a girar em torno de suas auras,

vindo a afetar o sistema nervoso, logo criando

desarmonias orgânicas e emocionais. Muitas ve-

zes, certo tipo de crença, acompanhado do medo

de influências ocultas, transforma-se no algoz

do indivíduo, dando origem a situações mentais

e emocionais tão intrigantes quanto portadoras

de desequilíbrio. É comum, em casos como es-

ses, verificar-se uma confusão, quando a pessoa

acredita que os problemas decorrem de traba-

lhos feitos, de influências externas ou de uma su-

posta magia, dos quais se considera vítima.

O medo transforma as pessoas em vítimas

de si mesmas, dando consistência e durabilidade

às formas-pensamento forjadas na própria men-

te. Tal realidade — que, como foi dito, agrava-

-se se há um agente inoculando ou acentuando

o medo, de modo consciente — é capaz de de-

20

sencadear um sem-número de situações internas

e externas, baixando a imunidade energética e

mesmo física de quem se entrega à situação.

Quando a pessoa deixa de questionar as su-

gestões que recebe, quando não analisa as ideias

sugeridas, tais conceitos passam a ter força de lei

para ela, numa hipnossugestão tão potente que

chega a influenciar as células do corpo físico,

de maneira a causar desarmonias perceptíveis e

sentidas como sofrimento ou dor. Uma ideia que

se transforma num comando mental fatalmente

atingirá seu propósito e provocará a transforma-

ção fluídica, depois emocional e, por fim, a inter-

ferência desarmônica na periferia física.

Para uma pessoa excessivamente mística, o

estágio inicial de tal situação acaba por estimu-

lar as crenças que já nutria sobre as influências

de forças ocultas a afetar sua vida. Logo se es-

tabelece um círculo vicioso, pois os resultados

observados fortalecem as crenças, o que a dei-

xa ainda mais suscetível, intensificando e tor-

nando o processo duradouro. Processos psico-

lógicos intricados se estabelecem, formando

uma conexão mente-corpo que somente o tem-

21

po, o tratamento magnético adequado e o acom-

panhamento emocional poderão transformar.

Qualquer ideia aceita pela mente humana, sem

as devidas considerações, transforma-se em lei

que age automaticamente.

Além disso, como foi dito, existem as pes-

soas que, por si próprias, atraem energias e for-

mas mentais, causando o autoenvenenamento.

Esse estado de envenenamento psíquico ou fluídi-

co pode, portanto, ser fortalecido pelas crenças de

indivíduos propensos ao misticismo exagerado.

Muita gente atribui a causas ocultas, místi-

cas, mágicas e sobrenaturais as coisas mais cor-

riqueiras do cotidiano, porque adoram o que se

relaciona com o misticismo, o mistério e o ocul-

tismo. Para tais pessoas, é comum — sendo até

seu primeiro impulso — creditar a origem dos

problemas a fatores externos, miraculosos e so-

brenaturais. Afinal, isso é mais fácil do que ad-

mitir que tais situações foram geradas por si pró-

prias. Desse modo, qualquer problema, dos mais

comezinhos, é associado a fatores enigmáticos,

a forças ocultas, arcanas, bem como a influên-

cias espirituais de obsessores, magos ou demô-

22

nios. Esse tipo de pessoa se compraz em encon-

trar agentes misteriosos por detrás da realidade

do cotidiano.

Comumente, a saúde, os negócios e as re-

lações interpessoais são os itens prediletos que a

pessoa vincula às supostas influências, que são,

na verdade, crenças albergadas na mente como

se fossem realidade. Preferem atribuir os eventos

que marcam sua vida profissional, financeira,

emocional e os estados de saúde ou enfermida-

de a fatores misteriosos, a influências demonía-

cas e sombrias, a ter de se encarar e admitir que

o mal foi produto de um erro seu, de uma opção

errada, talvez da resistência em mudar e nego-

ciar opiniões, quem sabe fruto da rigidez men-

tal. Caso a saúde se desequilibre, aparecendo

sintomas físicos indesejáveis, preferem procurar

algum auxílio psíquico ou espiritual a consultar

o médico e realizar exames e tratamentos con-

vencionais, cujos resultados dependam exclusi-

vamente delas. Sentem irresistível atração por

soluções vagas, indefinidas ou espirituais, ain-

da que muitas vezes sejam apenas fruto de suas

crenças e imaginação. Trata-se de um tipo psi-

23

cológico muito comum nos dias atuais.

Ao analisarmos as contaminações fluídi-

cas, energéticas e emocionais, chegamos à con-

clusão de que o pior tipo de contaminação e

envenenamento mental é aquele que a pessoa

alimenta e cria pelas próprias crenças, as quais

se voltam contra a própria pessoa. A mente hu-

mana é mais impressionável do que qualquer

forma de registro, como a película de cinema, o

filme fotográfico ou o um computador qualquer.

Uma vez registrada uma ideia, seja ela gerada

pela própria pessoa ou absorvida de conteúdos

mentais alheios, ela passa a ser lei e cumpre pa-

pel determinante no organismo humano.

Além das crenças, do poder de absorção

como esponjas vivas, é preciso considerar que

o mal pode, de fato, materializar-se como algo

real, daninho e nocivo aos meus irmãos. Ele pas-

sa a ter existência verdadeiramente escravizado-

ra. Sendo a pessoa o agente gerador, indutor ou

mantenedor da situação, a ação de pensamentos

e emoções desequilibrados sobre ela é algo con-

creto e pode ser até destrutiva.

Uma forma de analisar essa situação é vê-la

24

na prática. Observe-se o efeito que causam nas

massas os pronunciamentos eivados de menti-

ras, engodos e desequilíbrios de tantos políticos,

ao se dirigirem à população. A despeito de a ação

dessas figuras provocar transtornos, desgra-

ças, inquietações e desordens, a massa os acei-

ta e ainda os reelege, esquecendo-se do estrago

desencadeado pelos infames representantes das

sombras. Distraem a atenção do povo com misé-

rias e migalhas administradas em doses homeo-

páticas, com efeito hipnótico, e o povo deixa-se

comprar por míseras e raquíticas promessas ja-

mais cumpridas. Quando essa sujeição ou habi-

lidade psíquica de absorver energias, envenenan-

do-se emocional e mentalmente, é sustentada

pelas crenças pessoais, e acentuada, aprimorada

pela sedução exercida por ilusões e promessas

não cumpridas, o desastre é muito maior.

À parte a habilidade de alguns e a persona-

lidade-esponja de outros, não há como deixar de

mencionar que existem indivíduos e associações

de mentes que objetivam dominar, escravizar e

induzir outros a fazerem suas vontades, não ape-

nas, mas em larga medida pelo simples prazer

25

causado pelo poder e porque este lhes seduz.

Em virtude de tudo isso, o esclarecimento, a

libertação das amarras psíquicas e mentais, a for-

mação de livres-pensadores são a maior cura com

a qual a humanidade pode ser beneficiada. Mais

do que sanar corpos, a libertação de tabus, cren-

dices, preconceitos e a formação de pessoas li-

vres da manipulação alheia representam o maior

benefício que se pode oferecer aos meus irmãos.

Sempre existiram e por muito tempo exis-

tirão pessoas propensas à absorção energética,

mental e emocional; manipuladores e persona-

lidades-esponja que se envenenam mutuamen-

te. Todavia, sempre existirá, também, o esforço

dos seres mais esclarecidos e evolvidos para li-

bertar, esclarecer e auxiliar o mundo a ascender

a um padrão mental e emocional mais qualitati-

vo; para destronar as superstições e crenças limi-

tadoras visando à ruptura definitiva do elo com

as sombras, sejam elas internas ou externas, pois

causam a impressão de satisfação passageira,

mas à custa de sofrimento indeterminado.

A libertação e a expansão da consciên-

cia humana através do conhecimento represen-

26

tam a maior cura que se pode oferecer. Eis o que

constitui a maior das enfermidades da huma-

nidade, para a qual devem ser canalizados to-

dos os esforços a fim de que o homem se liber-

te: manter-se prisioneiro de qualquer forma de

sugestão, de crenças limitadoras e castradoras,

de submissão a seres humanos encarnados ou

espíritos. E mais: ser influenciável e conservar-

-se subalterno, dependente emocional e men-

talmente, fazendo-se escravo da política huma-

na ou da influência de religiosos, representantes

do sistema político ou da estrutura de poder. A

fim de alcançar a libertação e a cura destes e de

outros males, a única ferramenta eficaz a que se

pode recorrer é o conhecimento. Que permane-

çam vivos a cultura, o estudo e a iluminação in-

terna, pois sem isso a humanidade permanecerá

presa aos males que a escravizam.

29

Circuito fechado de pensamentos destrutivos

pe nsa m e nto s n egativo s e emoções malre-

solvidas recorrentes formam um circuito fe-

chado que desencadeia dificuldades inúmeras

para a mente, agravando-se ainda mais quando

as emoções são somatizadas. A recorrência de

pensamentos negativos consegue atrair para a

pessoa fluidos tóxicos, que se distribuem pelos

meridianos e se acumulam nos chacras, inter-

ferindo em seu funcionamento, mas principal-

mente afetando os chacras inferiores.

Dessa forma, a enfermidade psicossomáti-

ca aos poucos vai reagindo aos estímulos men-

tais e se materializa de forma desordenada ou

causando algum tipo de impedimento de ordem

física. Os pensamentos dessa categoria, de baixa

qualidade, sempre atraem para seu portador os

30

fluidos compatíveis com a qualidade da forma-

-pensamento gerada ou mantida. A estrutura de

pensamentos desorganizados consegue materia-

lizar certas culturas de bactérias provenientes do

plano astral inferior, manifestando-se com enor-

me prejuízo para o indivíduo.

A mente mergulha numa realidade alternati-

va mediante o reforço e a força da sombra interna.

Atitudes, ações gestadas durante as experiências

no corpo ou fora dele, no período entre vidas nas

regiões ínferas, fazem emergir tais pensamentos.

Algumas vezes são resquícios do passado longín-

quo, situações que não foram resolvidas. Entre-

tanto, grande quantidade de pensamentos des-

se tipo se deve a uma visão errônea da vida, uma

interpretação equivocada dos eventos que a pes-

soa vivencia durante a atual experiência reencar-

natória. A mente adoece, de certo modo, porque

a produção de formas-pensamento foi inundada

de negatividade. Em outras circunstâncias, inde-

pendentemente de seu conteúdo qualitativo, as

formas-pensamento se repetem de maneira in-

definida, deixando a pessoa prisioneira tanto de

emoções intensas, malresolvidas, das quais não

31

consegue se livrar, quanto de reações diante da

vida, que se manifestam como medo, inseguran-

ça, raiva e insatisfação, entre outros. A força da

sombra que se carrega no interior vai ganhando

poder sobre a mente, instaurando um estado la-

mentável de vida íntima, que concorre para a in-

felicidade do indivíduo.

Enquanto isso, o fluido mórbido criado na

intimidade do ser passa a fazer parte da vida ce-

lular, derramando-se por completo sobre as cé-

lulas físicas, o sistema nervoso, e abarcando,

com seus tentáculos invisíveis, todo o cosmo or-

gânico. Instauram-se, assim, variadas enfermi-

dades diagnosticadas por meus irmãos médicos

como de ordem psicossomática.

O tratamento, seja ele qual for, passa pela

reorganização mental e emocional, com a reedu-

cação da forma de pensar e agir diante da vida.

O fortalecimento da sombra interna gera

reações desde simples comportamentos de au-

topunição, como desrespeito ao corpo, boicote

em relação à manutenção e aos cuidados com a

saúde, até o agravamento da irritabilidade e da

agressividade, que se expressa de maneiras va-

32

riadas, desde agressividade emocional até física,

ostensiva. As emoções e os pensamentos repeti-

tivos, recorrentes, em forma de circuito fechado,

normalmente decorrem da negatividade abriga-

da pela pessoa e vista em seu entorno. É como

se o acúmulo dessas atitudes mentais disparasse

um gatilho; então o corpo, respondendo a essa

violência emocional, à repetição de pensamentos

pessimistas e autodestrutivos, manifesta o estí-

mulo recebido na forma de enfermidade.

Eis que surge a necessidade de uma avalia-

ção mais detalhada do conteúdo emocional des-

ses indivíduos, que não raro procuram auxílio

desesperado nos ambientes religiosos ou em ca-

sas espiritualistas. Tais situações precisam tam-

bém ser acompanhadas de uma avaliação mé-

dica, mas não necessariamente realizada pelos

espíritos; pelo contrário.

Conhecendo-se as causas de ordem emo-

cional ou de uma vivência íntima repetitiva, de

pensamentos ou formas-pensamentos padroni-

zadas, mantidas em circuito fechado, também

conhecido como monoideísmo, pode-se estabe-

lecer quase imediatamente tanto o diagnóstico

33

quanto o tratamento mais adequado.

Esse é um caso típico de auto-obsessão, o

qual pode enganar o terapeuta, o médium ou o

orientador espiritual, quando não se estudam

mais profundamente as questões emocionais.

Tais quadros desencadeiam dores musculares e

de cabeça recorrentes, angústia e medo exage-

rado quanto ao futuro e à manutenção da pró-

pria vida. Nada mais indicado do que um acom-

panhamento terapêutico das emoções, além do

tratamento magnético, para despolarizar as for-

mas mentais daninhas e diluir essas criações das

quais a pessoa fica prisioneira. De nada adian-

ta a intervenção espiritual, submeter-se a cirur-

gias ou mesmo ao processo de desobsessão se

a pessoa não reaprender a viver sua vida íntima,

reorganizar sua forma de pensar a vida e o mun-

do e ver-se não como vítima, mas como a gêne-

se do problema. Afinal, ela própria é quem gerou

e mantém o sistema interno de autossabotagem

e de vida mental desorganizada. Seu mundo ín-

timo rui enquanto o corpo definha e as relações

perdem intensamente a qualidade desejada.

Devido ao conteúdo místico reforçado pelas

34

crenças adquiridas e mantidas ao longo do tem-

po, a situação se agrava porque a pessoa atribui

a culpa a fatores externos, a pessoas, relaciona-

mentos e influências espirituais. Há a necessidade

emergencial de se realizar uma cirurgia na alma,

algo muito mais profundo do que uma interven-

ção espiritual convencional. A pessoa precisa ser

induzida a uma reflexão mais profunda sobre seu

comportamento mental e sua premente necessi-

dade de rever a forma como encara sua vida e as

questões à sua volta. A força que a sombra interna

adquire é tão superior à razão que a pessoa passa

a ter comportamentos autodestrutivos, além dos

pensamentos e emoções de igual qualidade. O

magnetismo seria uma das formas mais interes-

santes e eficazes de abordar a problemática, para-

lelamente ao auxílio terapêutico adequado.

Algo que merece ser considerado é que ne-

nhum desses problemas surge repentinamente,

de um momento para outro, assim como o tra-

tamento jamais terá resultado imediato, sem

que a pessoa faça as devidas e necessárias refle-

xões sobre sua vida mental e íntima. Reiteramos

esse ponto para se ter uma ideia de como os en-

35

sinamentos do Evangelho podem ser eficientes

quando utilizados como ferramenta terapêutica,

ou como um tratado de ciência do espírito, sem

a conotação religiosa e o peso punitivo com que

muita gente os interpreta.

No momento em que as pessoas procuram

o tratamento ou a intervenção espiritual, elas ne-

cessariamente devem ser levadas a encetar refle-

xões sobre sua vida íntima. É mais importante

que se tenha condições de oferecer falas, con-

versas ou palestras à multidão de necessitados

de apoio espiritual do que se ater a números, es-

tatísticas e controles sobre a quantidade de pes-

soas atendidas, a forma de tratamento realiza-

do e outros fatores, por vezes úteis apenas para

preencher papéis e arquivos que logo serão des-

cartados. Há uma necessidade real de instruir

aqueles que procuram o auxílio espiritual, pois

muito mais do que cirurgias e conversas com es-

píritos, demandam é ser esclarecidos e levados a

refletir sobre as causas possíveis de seus males e

a necessidade de refazimento das fontes de pen-

samentos e emoções. Sem isso, qualquer tipo

de abordagem, mesmo a profissional, pode não

36

surtir o efeito esperado, além de os consulentes

saírem insatisfeitos.

Se a mente humana pode criar e manter

situações anômalas, estranhas e peculiares, ideias,

pensamentos ou, ainda, a forma-pensamento de-

sorganizada ou desarmônica poderá se converter

em algo tão real, perceptível como qualquer ou-

tra situação concreta no corpo, de caráter estri-

tamente físico. A fim de auxiliar na retomada da

qualidade de vida, tanto mental quanto física e

social, o magnetismo é a forma ideal de elimi-

nar as formas-pensamento e reforçar as defesas

da imunidade energética e espiritual do indiví-

duo. No entanto, a abordagem desses processos

passa inevitavelmente por esclarecimento, refle-

xão e mudança de atitude mental. A situação ne-

cessariamente reclama instrução através de uma

conversa ou um pronunciamento, palestra ou es-

clarecimento ao consulente que busca auxílio.

As crenças precisam ser analisadas, refundidas

e substituídas por outras que tragam à pessoa

maior qualidade de vida, e tal feito não se conse-

gue com uma intervenção espiritual direta ou ci-

rurgias e fenômenos, porém com reflexões.

39

Diagnóstico e receituário mediúnico

no t r a ba l ho de di agn ó s tico e receituário

realizado através dos médiuns, nem sempre há

o acerto esperado, tampouco o resultado aguar-

dado por meus irmãos mais exigentes. Temos de

considerar a especialidade dos médiuns e a sin-

tonia no processo da mediunidade.

Vemos muitos médiuns querendo ser re-

ceitistas ou médiuns de cura, a despeito de haver

uma programação prévia, anterior à sua atual en-

carnação, para esse tipo de trabalho. Ao que pa-

rece, hoje em dia, quase todos querem se dizer

médiuns de cura ou querem psicografar; querem

fazer cirurgias e editar livros. Parece que meus

irmãos se esqueceram de estudar O livro dos mé-

diuns e ver a grande diversidade de médiuns e as

grandes possibilidades existentes no contexto da

40

mediunidade.2 O apóstolo Paulo discorre sobre o

assunto em sua primeira epístola aos Coríntios,

quando diz: “Ora, há diversidade de dons, mas

o Espírito é o mesmo. E há diversidade de minis-

térios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversida-

de de operações, mas é o mesmo Deus que opera

tudo em todos”.3

Considerando a enorme diversidade de ha-

bilidades psíquicas, temos de convir que, quan-

do uma pessoa quer se fazer passar por médium

receitista ou quando insiste em trabalhar naqui-

lo para o que não foi programada, já teremos a

primeira grande limitação. Todos podem traba-

lhar e fazer sua parte, dando sua contribuição.

Mas por que querer imitar o trabalho alheio?

Por que não se dedicar àquilo que se sabe e pro-

curar fazer bem o que faz parte da programação

e capacitação individual? Deixemos as respos-

2 Cf. “Dos médiuns especiais”. In: kardec, Allan. O livro dos médiuns ou

guia dos médiuns e dos evocadores. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005. p.

262-284, itens 185-199.

3 1Co 12:4-6 (bíblia de referência Thompson. Tradução de João Ferrei-

ra de Almeida Corrigida e Fiel. São Paulo: Vida, 1995).

41

tas para a reflexão de cada um.

Outro aspecto que merece ser considera-

do é que, durante o trabalho de receituário me-

diúnico, os espíritos geralmente fazem um breve

exame de quem foi procurar auxílio, constatan-

do que nem sempre a reclamação do consulen-

te corresponde à sua realidade. Muitos procu-

ram determinada benesse, embora possamos

ver que a necessidade maior é de Evangelho, mas

não como fórmula religiosa. Estamos falando do

Evangelho como tratado de renovação — de uma

renovação dos sentimentos e das emoções, num

processo que costumo descrever como reprogra-

mação mental e emocional. É nosso ponto de

vista que a maioria das pessoas especializou-se

em autoboicotes, em prejudicar a própria vida

e querer que os espíritos resolvam o problema

que demoraram anos para criar. De sorte que, no

contexto do receituário ou da orientação espiri-

tual, nem sempre nossa indicação visa ao que a

pessoa reclama como resultado imediato.

Temos uma compreensão mais profun-

da da problemática humana — não porque se-

jamos espíritos iluminados, mas porque, nesta

42

dimensão da vida, nossa visão é um pouco mais

dilatada e podemos ver e perceber além das apa-

rências. É-nos dado enxergar a necessidade real,

em vez das reclamações. Pretendemos atingir o

âmago do problema, a fonte do desajuste, cujas

causas podem ser energéticas, emocionais ou,

simplesmente, decorrer de uma forma equi-

vocada de ver a vida e interpretar a si mesmo,

numa espécie de deficiência da visão interior, a

qual ocasiona os diversos distúrbios relatados

pelo consulente.

Eis que o remédio muitas vezes não é o de-

sejado pela pessoa, que quer se ver livre do pro-

blema, não raro para poder permanecer a mesma

pessoa, agindo do mesmo jeito. Assim, teme ou

refuta a solução mais profunda, que é a renova-

ção de sua visão e maneira de lidar com a vida, sua

própria vida. Evidentemente, transformar-se cau-

sa desconforto, enquanto ter alguém para solucio-

nar o imbróglio causado por si mesmo é cômodo,

muito mais cômodo que ser obrigado a enfrentar-

-se e fazer uma imersão na própria alma. Porém, é

só essa imersão que faz com que a pessoa descu-

bra os fantasmas que criou e se enfrente.

43

A maior parcela dos problemas de meus ir-

mãos que reclamam auxílio dos espíritos é resul-

tado de autoboicote, pois relegaram para depois

o que exigia a devida atenção no momento em

que se apresentou. Por isso, o receituário mediú-

nico geralmente mexe muito com as pessoas que

procuram esse recurso.

Também há outro ponto que merece ser

abordado. É o fato de que nem todos os espíritos

têm conhecimento sólido na área de saúde, e mui-

tos nem sequer detêm conhecimento dos proble-

mas humanos. É preciso desmistificar a realida-

de para constatar que os espíritos que orientam

a maioria dos médiuns são espíritos familiares,4

ou seja, pessoas que conviveram com seus media-

neiros em outras vidas, mas que nem sempre, ou

quase nunca, se especializaram nos conceitos de

espiritualidade e tampouco em questões energé-

ticas; portanto, jamais detiveram conhecimento

de saúde humana, quanto mais da saúde de uma

forma integral. Devemos recordar essa realidade,

4 Cf. kardec, Allan. O livro dos espíritos. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb,

2005. p. 327, item 514.

44

pois muitos de meus irmãos médiuns parecem

ter se esquecido da classificação que Allan Kardec

fez sobre a natureza dos espíritos.5

Quando o espírito é aquele que diz ser, e

efetivamente detém conhecimento e experiência

como médico, ou estudou do lado de cá, ocorre

um trabalho em parceria com diversas entidades

durante o fenômeno do receituário mediúnico.

Conforme sua especialidade, elas contribuem

com a orientação através da psicografia ou da

psicofonia. Em qualquer caso, é preciso ter mui-

to bom senso e ponderação ao analisar as comu-

nicações dessa espécie, pois, além de dizerem

respeito à saúde alheia, é o nome do espiritismo

que está em jogo. Igualmente, a responsabilida-

de do médium jamais pode ser descartada em

qualquer processo mediúnico.

Há que questionar sempre, procurar sub-

meter a orientação espiritual ao exame de uma

equipe que tenha algum nível de conhecimen-

to espiritual — e sem o misticismo exagerado

que comumente se vê proliferando em meio aos

5 Cf. “Escala espírita”. In: kardec. Ibidem. p. 117-127, itens 100-113.

45

agrupamentos que exercitam o intercâmbio me-

diúnico. Analisar o conteúdo das orientações

antes que sejam repassadas ao consulente é de

grande importância, levando-se em conta que,

por mais experiente que seja o médium, há sem-

pre certa oscilação na captação do pensamento

do espírito. Essa é uma realidade que deve ser

levada em conta no exercício da mediunidade,

mas, principalmente, quando a mensagem ou

orientação mediúnica destina-se a um consulen-

te específico, transcendendo o conteúdo mais

genérico, para o público.

Em linhas gerais, enquanto o espírito que

prescreve o tratamento espiritual atua ao lado do

médium, outros espíritos, conhecedores das di-

ficuldades humanas, estudantes da saúde inte-

gral, energética e espiritual fazem o diagnóstico

no local onde se encontra o consulente, seja no

salão de reuniões ou em sua residência. Avaliam

a situação da pessoa que busca auxílio e — na

maior parte das vezes em conjunto com o espíri-

to familiar, aquele espírito amigo do consulente

— chegam a um denominador comum. Em se-

guida, comunicam o parecer ao espírito que atua

46

diretamente sobre o médium. O trabalho é, pois,

realizado em equipe.

Em qualquer comunicação espiritual atra-

vés da mediunidade, nunca é demais lembrar que

o médium tem participação decisiva, indepen-

dentemente da característica de manifestação

de sua faculdade: se consciente, semiconsciente

ou inconsciente, no caso da psicofonia; se me-

cânica, semimecânica ou intuitiva, no que tange

à psicografia. Em todo caso, o médium precisa

estudar sempre, aumentar sua cultura espiritual

e geral, de tal sorte que ofereça aos espíritos co-

municantes o máximo de qualidade como ins-

trumento das forças superiores do bem e da luz.

Caso se negue a estudar e a aprimorar-se, o mé-

dium sem estudo quase sempre pode ser substi-

tuído por outro mais instruído. E espíritos verda-

deiramente comprometidos com o bem não se

ligam especificamente a um médium, mas à cau-

sa do bem, onde, como e através de quem me-

lhor lhes convier, visando à realização do traba-

lho do amor. Portanto, como assevera elevado

amigo espiritual, médium sem estudo é ferra-

menta enferrujada, que deve ser substituída as-

47

sim que aparecer outra mais afiada. Ninguém é

insubstituível, nem mesmo os que são conside-

rados mentores.

Assim sendo, em qualquer tarefa no bem,

mas principalmente na mediunidade curadora e

no receituário de ordem mediúnica, que é o foco

de nossas modestas observações, é bom estudar

sempre: conhecer anatomia, fisiologia espiri-

tual e energética, aprimorar o entendimento das

emoções humanas. Além disso, deve-se evitar

qualquer tipo de misticismo ou crença de que os

espíritos superam todas as deficiências dos mé-

diuns, o que constitui um erro crasso, que pro-

duz sérios comprometimentos ao trabalho me-

diúnico e deve ser evitado a todo custo.

Nosso trabalho é participativo, é uma par-

ceria, e parceria significa que todos contribuem

em semelhante medida. Assim como do lado de

cá da vida nós continuamos estudando, nossos

parceiros no mundo físico precisam também se

atualizar sempre. Dessa forma, pode-se evitar

que, por ignorância ou irresponsabilidade, des-

perdicem energia e comprometam a tarefa aben-

çoada que abraçaram.

r e f e r ê nc i a s bibl io gr á f ic a s

bíblia de referência Thompson. Tradução de João

Ferreira de Almeida Corrigida e Fiel. São

Paulo: Vida, 1995.

kardec, Allan. A gênese, os milagres e as predições se-

gundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ri-

beiro. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005.

_____. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ri-

beiro. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005.

_____. O livro dos médiuns ou guia dos médiuns e dos

evocadores. Tradução de Guillon Ribeiro. 1ª

ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005.

51

s obr e o autor

robs on pin h e iro é mineiro, fi lho de Everilda

Batista. Em 1989, ela escreve por intermédio de

Chico Xavier: “Meu fi lho, quero continuar meu

trabalho através de suas mãos”. É autor de mais

de 35 livros, quase todos de caráter mediúnico,

entre eles Medicina da alma e Consciência, também

do espírito Joseph Gleber. Fundou e dirige a So-

ciedade Espírita Everilda Batista desde 1992, que

integra a Universidade do Espírito de Minas Ge-

rais. Em 2008, tornou-se Cidadão Honorário de

Belo Horizonte.

Foto

/ Le

onar

do M

ölle

r

out ro s l iv ro s de robs on pin h e iro

pe lo e sp í rito â nge lo in á c io

Tambores de Angola

Aruanda

Encontro com a vida

Crepúsculo dos deuses

O fim da escuridão

O próximo minuto

t r i l o g i a o r e i n o d a s s o m b r a s

Legião: um olhar sobre o reino das sombras

Senhores da escuridão

A marca da besta

t r i l o g i a o s f i l h o s d a l u z

Cidade dos espíritos

Os guardiões

Os imortais

orie nta d o pe lo e sp í rito â nge lo in á c io

Faz parte do meu show

Corpo fechado (pelo espírito W. Voltz)

pe lo e sp í rito pa i jo ã o de a rua n da

Sabedoria de preto-velho

Pai João

Negro

Magos negros

pe lo e sp í rito t e r e sa de c a lcut á

A força eterna do amor

Pelas ruas de Calcutá

pe lo e sp í rito jo s e ph gl e be r

Medicina da alma

Além da matéria

Consciência: em mediunidade, você precisa saber

o que está fazendo

pe lo e sp í rito a l e x z a rth ú

Gestação da Terra

Serenidade: uma terapia para a alma

Superando os desafios íntimos

Quietude

pe lo e sp í rito e s t ê v ã o

Apocalipse: uma interpretação espírita das profecias

Mulheres do Evangelho

pe lo e sp í rito e v e ril da batis ta

Sob a luz do luar

Os dois lados do espelho

pe lo e sp í rito f r a n k l im

Canção da esperança:

diário de um jovem que viveu com aids

orie nta d o pe lo s e sp í rito s

jo s e ph gl e be r, a n dr é luiz e jo s é gro ss o

Energia: novas dimensões da bioenergética humana

com l eona r d o m ö l l e r

Os espíritos em minha vida: memórias

57

1a edição | capítulos extras digitaisCopyright © 2014 Casa dos Espíritos c a s a d o s e s p í r i t o s e d i t o r a

Rua Floriano Peixoto, 438 Contagem | mg | 32140-580 | Brasil Tel./Fax: +55 (31) 3304-8300 [email protected] e d i ç ã o , p r e p a r a ç ã o e n o t a s

Leonardo Möller

c a p a , p r o j e t o g r á f i c o e d i a g r a m a ç ã o

Andrei Polessi | Audaz

r e v i s ã o Laura Martins

o s d i r e i t o s a u t o r a i s d e s t a o b r a foram cedidos gratuitamente pelo

médium Robson Pinheiro à Casa dos Espíritos Editora, que é parceira da Sociedade

Espírita Everilda Batista, instituição de ação social e promoção humana, sem fins

lucrativos.

c o m p r e e m v e z d e c o p i a r . Cada real que você dá por um livro espírita

viabiliza as obras sociais e a divulgação da doutrina, às quais são destinados os

direitos autorais; possibilita mais qualidade na publicação de outras obras sobre o

assunto; e paga aos livreiros por estocar e levar até você livros para seu crescimento

cultural e espiritual. Além disso, contribui para a geração de empregos, impostos

e, consequentemente, bem-estar social. Por outro lado, cada real que você dá pela

fotocópia ou cópia eletrônica não autorizada de um livro financia um crime e ajuda

a matar a produção intelectual.

Nesta obra respeitou-se o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), ratificado

em 2008.