Legislação Aplicada- Módulo 3

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apostila de legislação

Citation preview

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Coordenao Geral de Educao a Distncia

    Legislao Aplicada Gesto de Pessoas Verso para impresso

    MDULO 3 PROVIMENTO E VACNCIA DE CARGOS

    Atualizado em: Maro/2011

    Copyright 2006 Enap e Uniserpro Todos os diretor reservados

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Coordenao Geral de Educao a Distncia

    SUMRIO

    MDULO 3 - PROVIMENTO E VACNCIA DE CARGOS ................................................... 24 OBJETIVOS ESPECFICOS ............................................................................................... 24 1. REQUISITOS ................................................................................................................... 25

    2. FORMAS DE PROVIMENTO ............................................................................................... 26

    2.1. NOMEAO ........................................................................................................... 27

    2.1.1. CONCURSO PBLICO .................................................................................... 27

    2.1.2. NOMEAO .................................................................................................. 29

    2.1.3. POSSE ......................................................................................................... 30

    2.2. PROMOO ........................................................................................................... 33

    2.3. READAPTAO ...................................................................................................... 34

    2.4. REVERSO ............................................................................................................ 35

    2.5. DISPONIBILIDADE E APROVEITAMENTO .................................................................... 36

    2.6. REINTEGRAO ..................................................................................................... 37

    2.7. RECONDUO ....................................................................................................... 37

    3. EXERCCIO .................................................................................................................. 38 4. FUNES DE CONFIANA ........................................................................................ 38 5. JORNADA DE TRABALHO .......................................................................................... 39

    6. ESTGIO PROBATRIO ............................................................................................. 41 7. ESTABILIDADE ........................................................................................................... 43

    8. VACNCIA ................................................................................................................... 43 9. FINALIZANDO O MDULO ......................................................................................... 46

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    24

    MDULO 3 - PROVIMENTO E VACNCIA DE CARGOS

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    Ao final deste mdulo, espera-se que voc seja capaz de:

    Apresentar os requisitos para ingresso em cargo pblico descrevendo os cargos privativos de brasileiros natos.

    Explicar as sete formas de provimento em cargo pblico apontando suas etapas, requisitos, prazos e respectivas legislaes.

    Definir o que exerccio e quais as exigncias para que ele se inicie. Explicar o processo de atribuio de funo de confiana apontando a diferena em

    relao ao processo de nomeao. Descrever a durao da jornada de trabalho dos servidores considerando seus

    limites, excees e legislao pertinente. Resumir o processo relacionado ao estgio probatrio apontando suas principais

    caractersticas, exigncias e diferenas em relao estabilidade. Explicar as sete formas de vacncia em cargo pblico descrevendo seus conceitos e

    situaes em que ocorrem.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    25

    1. REQUISITOS

    QUALQUER PESSOA PODE INGRESSAR EM UM CARGO PBLICO?

    Os requisitos bsicos para ingresso em cargo pblico so:

    I - a nacionalidade brasileira (art. 12, Constituio Federal) II - o gozo dos direitos polticos

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo V - a idade mnima de dezoito anos

    VI - aptido fsica e mental

    Nos termos do art. 207 da Constituio Federal e do 3o do art. 5 da Lei Federal n 8.112/90, as universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, desde que observadas as demais regras previstas para o acesso a cargos pblicos.

    A lei no pode estabelecer distino entre brasileiro nato e naturalizado, para acesso a cargo pblico, salvo nos casos previstos no pargrafo 3, artigo 12 da Constituio Federal, na forma abaixo transcrita:

    3 - So privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica II - de Presidente da Cmara dos Deputados

    III - de Presidente do Senado Federal IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal V - da carreira diplomtica

    VI - de oficial das Foras Armadas VII - de Ministro de Estado da Defesa

    A perda ou suspenso de direitos polticos s se dar nos casos de:

    I - Cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado. II - Incapacidade civil absoluta.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    26

    III - Condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. IV - Recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos

    do art. 5, inciso VIII. V - Improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.

    Art. 15, Constituio Federal

    Outros requisitos podem ser estabelecidos em lei para ingresso em cargo pblico, desde que sejam justificados pelas atribuies do cargo, como no caso da carreira de Policial Federal.

    s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras.

    Para tais pessoas so reservadas at 20% das vagas oferecidas no concurso, conforme disposto na Lei n 8.112, de 1990.

    Decreto n 3.298, de 1999

    2. FORMAS DE PROVIMENTO

    COMO PODE SE DAR O PROVIMENTO DE CARGOS PBLICOS?

    Nomeao Promoo Readaptao Reverso Aproveitamento Reintegrao Reconduo

    No mbito do Poder Executivo, a prtica de atos de provimento est regulamentada no Decreto n 4.734, de 11 de junho de 2003. O cargo ser provido se estiver vago, exceto no caso de readaptao e reverso, desde que a reverso seja decorrente de aposentadoria por invalidez. Neste caso, o servidor

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    27

    exercer as suas atividades como excedente lotao, at o surgimento de uma vaga 3 do art. 25 da Lei n 8.112, de 1990.

    O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente.

    Entende-se como autoridade o servidor ou agente pblico dotado de poder de deciso. A competncia advm da lei e um dos requisitos para validade do ato administrativo.

    Um rgo administrativo e seu titular podero, se no houver impedimento legal, delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, ainda que estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social, econmica, jurdica ou territorial. Arts. 11 e 12, Decreto-Lei n 200, de 1967

    Art. 12, Lei n 9.784, de 1999

    2.1. NOMEAO

    2.1.1. CONCURSO PBLICO

    O QUE CONCURSO PBLICO?

    a forma legal para selecionar candidatos para provimento de cargo pblico efetivo e emprego pblico. Ele no utilizado para provimento de cargos em comisso.

    A inscrio do candidato est condicionada ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.

    O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo.

    Ele pode ser realizado em duas etapas, de acordo com as condies previstas em lei e regulamento do respectivo plano de carreira.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    28

    A segunda etapa do concurso pblico constitui-se em curso de formao, de carter eliminatrio, e classificatrio, ressalvada disposio diversa em lei especfica. Em geral realizada pelas escolas de governo, como a Escola Nacional de Administrao Pblica ENAP e a Escola de Administrao Fazendria ESAF.

    Decreto n 6.944, de 21 de agosto de 2009.

    Os candidatos preliminarmente aprovados em concurso pblico para provimento de cargos, durante o programa de formao, faro jus, a ttulo de auxlio financeiro, a 50% da remunerao da classe inicial do cargo a que estiver concorrendo.

    Art. 14, Lei n 9.624, de 1998

    No caso de o candidato ser servidor da Administrao Pblica Federal, ser-lhe- facultado optar pela percepo do vencimento e das vantagens de seu cargo efetivo.

    O concurso pblico ter validade de at dois anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

    O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

    A vedao de abertura de novo concurso ocorre apenas no primeiro perodo. A partir da prorrogao de seu prazo de validade, possvel a abertura de novo concurso, desde que sejam nomeados, inicialmente, os aprovados no primeiro concurso.

    O Decreto n 6.944, de 21 de agosto de 2009, estabelece que os concursos so autorizados pelo Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, exceto para as carreiras de:

    I - Advogado da Unio, de Procurador da Fazenda Nacional e de Procurador Federal, cujos atos sero praticados pelo Advogado-Geral da Unio;

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    29

    II - Defensor Pblico da Unio, cujos atos sero praticados pelo Defensor Pblico-Geral; e III - Diplomata, cujos atos sero praticados pelo Ministro de Estado das Relaes Exteriores.

    Durante o perodo de validade do concurso pblico, o Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto poder autorizar, mediante motivao expressa, a nomeao de candidatos aprovados e no convocados, podendo ultrapassar em at cinquenta por cento o quantitativo original de vagas.

    O rgo ou entidade responsvel pela realizao do concurso pblico homologar e publicar no Dirio Oficial da Unio a relao dos candidatos aprovados no certame, por ordem de classificao.

    Os candidatos no classificados no nmero mximo de aprovados, ainda que tenham atingido nota mnima, estaro automaticamente reprovados no concurso pblico.

    Excepcionalmente, o Ministro de Estado do Planejamento, Oramento e Gesto poder autorizar a realizao de concurso pblico para formao de cadastro reserva para provimento futuro, de acordo com a necessidade, de cargos efetivos destinados a atividades de natureza administrativa, ou de apoio tcnico ou operacional dos planos de cargos e carreiras do Poder Executivo Federal.

    2.1.2. NOMEAO

    A nomeao ocorre para provimento de cargo efetivo ou em comisso.

    As nomeaes para cargos de provimento efetivo decorrem da aprovao em concurso pblico.

    As nomeaes para cargos em comisso, definidos pela Constituio Federal como sendo de livre nomeao e exonerao, sero realizadas pela autoridade competente, de acordo com as exigncias legais para a investidura em cada cargo.

    O servidor ocupante de cargo em comisso pode ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo em comisso vago, sem prejuzo das atribuies do cargo que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. Pargrafo nico do Art. 9 da Lei 8.112, de 1990.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    30

    O rgo central do SIPEC (SRH/MP), por intermdio da Nota Tcnica n 904/ 2010 /CGNOR/DENOP/SRH, de 30 de setembro de 2010, firmou o entendimento de que no h possibilidade jurdica de nomear servidores retroativamente, pela falta de sustentculo legal, visto que o exerccio de um cargo pblico constitui um fato administrativo que s poder ser legitimado mediante um ato administrativo exercido por autoridade competente. Para ter eficcia, o ato de nomeao precisa ser publicado. Somente depois o servidor toma posse e entra em exerccio. Por isso no pode haver retroatividade na nomeao, ainda que o servidor tenha de fato e no de direito, exercido as suas atribuies. Fora dessas regras inexiste ocupao de cargo pblico.

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor foi nomeado, interinamente, para o exerccio de um cargo em comisso de um determinado rgo, considerando a vacncia decorrente da exonerao do titular anterior.

    Quando da nomeao de novo titular, o rgo entendeu no haver necessidade de exonerao daquele que foi nomeado interinamente, dada a precariedade da nomeao.

    O procedimento adotado pelo rgo no est correto, pois, de acordo com o inciso II do art.9 da Lei n 8.112, de 1990, se deu o provimento do cargo por nomeao, mesmo que na condio de interino, e somente a exonerao possibilitaria a vacncia do cargo para que pudesse ser novamente provido.

    2.1.3. POSSE

    Posse a aceitao formal das atribuies, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo pblico, com o compromisso de bem servir.

    Com a posse ocorre a investidura no cargo, ou seja, este fica ocupado. A posse somente ocorre nos casos de provimento de cargo por nomeao e se d

    mediante assinatura do respectivo termo.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    31

    Nesse termo devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente por quaisquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

    PRAZO PARA A POSSE

    A posse ocorrer no prazo de 30 dias contados da publicao do ato de nomeao e pode ocorrer mediante procurao especfica.

    Se a posse no ocorrer no prazo de 30 dias, a Administrao Pblica tornar sem efeito o ato de provimento, nos termos em que dispe o pargrafo 6 do Art. 13 da lei Federal n 8.112/90.

    Confira os requisitos e documentos para a posse:

    Aptido fsica e mental para o exerccio do cargo. Declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao

    exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica, bem como se recebe proventos decorrentes do exerccio de cargo efetivo.

    (Decreto n 2.027, de 1996, Lei n 8.730, de 1993 e Lei n 8.429, de 1992, Portaria Interministerial MP/CGU n 298, de 6 de setembro de 2007, da Controladoria Geral da Unio e do Ministrio do Planejamento).

    De acordo com a Portaria Interministerial, a entrega da declarao de bens e valores por todos os agentes pblicos, como forma de atender aos requisitos constantes no art. 13 da Lei n 8.429, 2 de junho de 1992, e no art. 1 da Lei n 8.730, 10 de novembro de 1993, poder ocorrer mediante a:

    I autorizao do acesso, por meio eletrnico, s cpias de suas Declaraes de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Fsica, com as respectivas retificaes, apresentadas Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministrio da Fazenda; ou

    II - apresentao, em papel, de Declarao de Bens e Valores que compem o seu patrimnio privado, a fim de ser arquivada no Servio de Pessoal competente.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    32

    Uma vez autorizado o acesso Declarao de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Fsica, com as respectivas retificaes, na Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministrio da Fazenda, no haver necessidade de renovao anual da autorizao, podendo ser cancelada a autorizao pelo agente pblico, passando a entregar a Declarao de Bens e Valores anualmente em papel.

    As informaes apresentadas pelo agente pblico ou recebidas da Secretaria da Receita Federal do Brasil sero acessadas somente pelos servidores dos rgos de controle interno e externo para fins de anlise da evoluo patrimonial do agente pblico, devendo mant-las em sigilo, ficando sujeitos os infratores, em caso de violao, s sanes penal, civil e administrativa previstas em lei.

    obrigatria a apresentao de declarao de bens, com indicao das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exerccio de cargo, emprego ou funo, bem como no final de cada exerccio financeiro, no trmino da gesto ou mandato e nas hipteses de exonerao, renncia ou afastamento definitivo.

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor foi habilitado em concurso pblico para um cargo inacumulvel em outro rgo. Foi nomeado, sem que pedisse a vacncia do cargo anterior, tomou posse e entrou em exerccio.

    Como a folha estava fechada na data do exerccio do servidor, a incluso no SIAPE foi deixada para o ms seguinte. Ao tentar incluir o novo servidor, o sistema rejeitou o cadastramento, exibindo a crtica de acmulo indevido de cargo.

    Como fazer para regularizar a situao?

    Para regularizar a situao, o servidor ter que pedir a vacncia a contar da data da posse no novo cargo e restituir os valores percebidos no cargo anterior, proporcional aos dias de efetivo exerccio naquele cargo, caso no tenho sonegado a informao na declarao de acmulo de cargo.

    Em se tratando de servidor que esteja em licena ou afastado - nas hipteses abaixo elencadas - na data de publicao da portaria de nomeao, o prazo ser contado aps o trmino do impedimento:

    Frias Por motivo de doena em pessoa da famlia.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    33

    Por convocao para o servio militar. Para capacitao. Participao em programa de treinamento regularmente institudo, conforme dispuser

    o regulamento; Jri e outros servios obrigatrios por lei. Licena gestante, adotante e paternidade; para tratamento da prpria sade,

    at o limite de 24 meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo; por motivo de acidente em servio ou doena profissional.

    Deslocamento para a nova sede, para o servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio.

    Participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica.

    2.2. PROMOO

    1990

    A Lei n 8.112 (art. 10, nico), de 1990, estabelece que os critrios para o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Federal e seus regulamentos.

    1992

    Posteriormente, foi editada a Lei n 8.460, que em seu art. 24 estabeleceu que o desenvolvimento do servidor civil no servio pblico federal dar-se- nos termos do regulamento para promoes a ser proposto pelo Poder Executivo.

    Assim, a situao continuou inalterada, pois o instituto da promoo permaneceu sem regulamentao.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    34

    1993

    Em seguida foi editada a Lei n 8.267, que em seu art. 7 estabeleceu que at que seja aprovado o regulamento de promoes a que se refere o art. 24 da Lei n 8.460, de 1992, a progresso e a promoo dos servidores pblicos civis continuam a reger-se pelos regulamentos em vigor em 31 de agosto de 1992.

    2.3. READAPTAO

    Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, quando detectado por Junta Mdica Oficial.

    A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitando:

    a habilitao exigida o nvel de escolaridade a equivalncia de vencimentos

    Na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor ocupante do cargo de odontlogo sofreu uma limitao na sua capacidade visual. Com o problema, o servidor no conseguia enxergar ao se aproximar da boca do paciente.

    Considerando que esse servidor tambm possua a habilitao em medicina, a junta mdica oficial recomendou a sua readaptao no cargo de mdico.

    A administrao no pode acatar a deciso da junta mdica, devendo retornar o processo informando que a habilitao apenas um dos requisitos para que se conceda a readaptao do servidor.

    De acordo com o art.24 da Lei n 8.112, de 1990, a readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, o nvel de escolaridade e a equivalncia de vencimentos. As atribuies do cargo de mdico no so semelhantes as do cargo de odontlogo, embora ambos sejam da rea de sade.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    35

    2.4. REVERSO

    Reverso o retorno atividade de servidor aposentado por:

    I - Invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria. Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    II - Interesse da administrao, desde que: o servidor tenha solicitado a reverso a aposentadoria tenha sido voluntria o servidor fosse estvel quando na atividade a aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores solicitao haja cargo vago

    A reverso se dar no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 anos de idade.

    Vamos analisar a seguinte situao: Uma servidora foi para a inatividade em novembro de 2007, com fundamento no art. 186, inciso I, 1 da Lei n 8.112, de 1990, c/c o art. 40, 1, inciso I da Constituio Federal, com a redao da Emenda Constitucional n 41 de 2003, que trata da concesso de aposentadoria por invalidez permanente. Em 18 de maro de 2009, ingressou com requerimento solicitando a reverso da aposentadoria, submetendo-se Junta Mdica Oficial do Ministrio, que a considerou apta para retornar s atividades laborais.

    vista disso, a unidade de RH solicita orientaes de como proceder reverso ao Servio Pblico Federal considerando que a vaga referente ao cargo ento ocupado foi extinta, porque o servidor integrava quadro em extino quando da atividade.

    Estando deferida a reverso pela junta mdica, que competente para tal, cabe Administrao efetiv-la na forma que a lei determina, ou seja, nos moldes do Decreto n 3.644 de 30 de outubro de 2000, que regulamenta o art. 25, da Lei n 8.112/1990. Logo, deve ser feita a reverso da interessada ao mesmo cargo que ela exercia poca de sua aposentadoria, na condio de excedente lotao.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    36

    2.5. DISPONIBILIDADE E APROVEITAMENTO

    Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    Art. 41 da Constituio Federal.

    Assim, aproveitamento o retorno atividade de servidor em disponibilidade para cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

    Art. 30 a 32 da lei n 8.112, de 1990.

    Enquanto estiver em disponibilidade, o servidor receber remunerao proporcional ao tempo de servio.

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor foi aposentado voluntariamente. Posteriormente, o TCU, ao examinar o respectivo ato, considerou irregular a concesso da aposentadoria e determinou o retorno do servidor ao trabalho. Ocorre que, nesse interregno, a vaga do servidor foi extinta e excluda do SIAPE. Nesse caso, o servidor poder ser revertido e colocado como excedente lotao?

    Considerando que a aposentadoria foi considerada ilegal, o ato nulo de pleno direito. Sendo nulo o ato, o cargo permaneceu provido e foi extinto. Assim, o art.25 da Lei n 8.112, de 1990 que trata da reverso, no pode ser aplicado ao caso. Somente no caso de aposentadoria por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, no existindo mais a vaga, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    Entretanto, considerando a irregularidade e o dever de a administrao rever seus atos a qualquer momento quando eivados de ilegalidade (art. 114 da Lei n 8.112/90), o problema ter que ser resolvido por intermdio do instituto da disponibilidade e do aproveitamento. Segundo esse instituto, o cargo provido, quando extinto, o ocupante deve ficar em disponibilidade at o seu adequado aproveitamento, pelo rgo central do SIPEC, em vaga

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    37

    que vier a ocorrer no mesmo ou em outro rgo ou entidade.

    2.6. REINTEGRAO

    A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado (ou no cargo resultante de sua transformao) quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade remunerada, com proventos proporcionais ao tempo de servio.

    Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se estvel, ser: reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao, ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio, ou ainda, aproveitado em outro cargo.

    2.7. RECONDUO

    Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de:

    I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo II - reintegrao do anterior ocupante

    Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor, se estvel, ser aproveitado em outro cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

    Com a expedio da Smula Administrativa AGU n 16, de 19 de junho de 2002, o servidor estvel investido em cargo pblico federal, em virtude de habilitao em concurso pblico, poder ser reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, no caso de desistir do estgio probatrio.

    Assim, verifica-se que o permissivo aplica-se exclusivamente durante o perodo do estgio probatrio a que estiver submetido o servidor estvel investido em cargo pblico federal.

    A Smula Administrativa AGU n 16 foi publicada no Dirio Oficial de 25 de junho de 2002.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    38

    3. EXERCCIO

    Exerccio, como ato personalssimo, o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana.

    Cabe autoridade competente do rgo ou entidade para onde foi nomeado o servidor dar-lhe exerccio.

    Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar, unidade de recursos humanos do rgo para o qual foi nomeado, os elementos necessrios ao seu assentamento individual, tais como: conta bancria, relao de dependentes, certido de casamento, etc.

    de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. Se este prazo no for observado, o servidor ser exonerado do cargo.

    O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, um prazo de:

    no mnimo, 10 dias no mximo, 30 dias

    Esse prazo contado a partir da publicao do ato, e nele est includo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    Exceo: se o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo ser contado a partir do trmino do impedimento.

    4. FUNES DE CONFIANA

    QUAL O PAPEL DAS FUNES DE CONFIANA?

    As funes de confiana destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento.

    As funes de confiana so exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    39

    Inciso V do Art. 37 da Constituio Federal.

    A forma de ingresso em funes de confiana ocorre com a designao. Assim, destaca-se aqui a diferena entre nomeao e designao. A nomeao forma de provimento para cargo pblico, enquanto a designao, para funo de confiana.

    Funo de Confiana - Designao

    Cargo Pblico - Nomeao

    O incio do exerccio de funo de confiana coincide com a data de publicao do ato de designao.

    Se o servidor designado estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, o incio do seu exerccio recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a 30 dias da publicao, hiptese em que a designao perder seu efeito.

    Art. 15 da Lei n 8.112, de 1990.

    5. JORNADA DE TRABALHO

    Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de 40 horas e observados os limites:

    mnimo de seis horas dirias mximo de oito horas dirias

    Excetua-se a durao de trabalho estabelecida em leis especficas para o ocupante de cargo efetivo, como no caso de mdico e professor.

    Decreto n 1.590, de 10 de agosto de 1995

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Uma servidora ocupante de cargo de Telefonista requer a reduo da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas, conforme a orientao constante da Portaria/MARE n 2.561, de 1999, que autorizava essa concesso.

    De acordo com a Lei n 8.112, de 1990, art. 19, os servidores cumpriro jornada de quarenta

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    40

    horas semanais, respeitadas as jornadas estabelecidas em legislaes especiais, como o caso dos Mdicos, Professores, Jornalistas, entre outros, relacionados nas Portarias/MP ns 1.100, de 2006, e 222, de 2008.

    A Portaria/MARE n 2.561, de 16 de agosto de 1995, tratou de modelos de folha de ponto e de flexibilizao de horrios, mediante o sistema de compensao, estabelecendo a jornada de trinta horas semanais para o cargo de Telefonista, levando em conta sua atividade penosa. Mas a Portaria/MP n 1.100/2006, ao relacionar os cargos sujeitos a jornada especial, nada mencionou acerca da carga horria da Telefonista.

    Assim, considerando que o cargo de Telefonista no est regulamentado em legislao especfica, a jornada a ser aplicada de quarenta horas semanais conforme estabelece o art. 19 da Lei n 8.112, de 1990.

    Cabe aos Ministros de Estado e aos dirigentes mximos de Autarquias e Fundaes Pblicas Federais fixar o horrio de funcionamento dos rgos e entidades sob cuja superviso se encontrem.

    Os horrios de incio e de trmino da jornada de trabalho e dos intervalos de refeio e descanso, observado o interesse do servio, devero ser estabelecidos previamente e adequados s convenincias e s peculiaridades de cada rgo ou entidade, unidade administrativa ou atividade, desde que: respeitada a carga horria correspondente aos cargos; o intervalo para refeio no seja inferior a uma hora nem superior a trs horas.

    O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. No h que se confundir com o regime de dedicao exclusiva, no qual o servidor fica proibido de exercer outro cargo, funo ou atividade particular ou pblica.

    Decreto n 1.590, de 10 de agosto de 1995

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    41

    6. ESTGIO PROBATRIO O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito a um perodo de estgio probatrio durante o qual a sua aptido e capacidade no desempenho do cargo so objeto de avaliao.

    Com o objetivo de efetuar a confirmao do servidor no cargo, so observados os seguintes fatores:

    I - Assiduidade II - Disciplina

    III - Capacidade de iniciativa IV - Produtividade V - Responsabilidade

    Quatro (4) meses antes do trmino do perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao desses fatores.

    Art. 20 da Lei n 8.112, de 1990, alterado pela Lei n 11.784, de 2008.

    Por meio da expedio do Parecer n AGU/MC-01/2004, publicado no Dirio Oficial de 16 de julho de 2004, a Advocacia Geral da Unio firmou o entendimento, vlido para toda a Administrao Pblica Federal, de que o estgio probatrio ou confirmatrio do art. 20 da Lei n 8.112, de 1990, por fora da supervenincia da nova redao do art. 41 da Constituio Federal, passou a 3 anos desde 5 de junho de 1998 (data da Emenda Constitucional n 19, de 1998.) Antes desse parecer, prevalecia a orientao que o perodo de 24 meses para o estgio probatrio no se vinculava com o de 3 anos para a aquisio da estabilidade, conforme dispunha o Ofcio-Circular n. 41, de 23 de julho de 2001, emitido pela SRH/MP, tornado insubsistente pelos motivos citados.

    O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    42

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor federal estvel, que foi aprovado em concurso pblico para um cargo estadual, antes de ter concludo o estgio probatrio no segundo cargo pleiteou a desistncia desse cargo e o seu retorno ao cargo anteriormente ocupado.

    Na situao apresentada, por fora do Enunciado n 16, de 19 de junho de 2002, que de observncia obrigatria pelos rgos da Unio, das autarquias e fundaes pblicas (art. 43, caput, da Lei Complementar n 73/93), possvel a desistncia do servidor do estgio probatrio a que estava submetido e ser reconduzido ao cargo federal que ocupava anteriormente, uma vez que nele possua estabilidade.

    A desistncia voluntria caracteriza a inabilitao por falta de capacidade e aptido para o desempenho do cargo como estabelecido no art. 20 da Lei n 8.112, de 1990. Considerando que o art. 29, I, que trata da reconduo, no especifica que a inabilitao que enseja deve ocorrer em estgio probatrio atinente a cargo federal, possvel o servidor federal estvel que venha a ocupar cargo inacumulvel em outro ente federativo ou que se submeta a regime especial ou estatuto prprio, ser reconduzido ao cargo anterior em razo de inabilitao no estgio probatrio correspondente, conforme Parecer n JT 03, de 27 de maio de 2009, DOU de 09/06/2009, que adota a Nota DECOR/CGU/AGU n 108/2008 JGAS, de 19/003/2008, que revoga a Nota n AGU/MC-11/2004, de 24 de abril de 2004.

    O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao.

    Esse servidor somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de:

    Natureza Especial Provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de

    nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes

    Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidos as licenas e os afastamentos abaixo descritos:

    Servio militar Curso de formao * Mandato eletivo Estudo ou misso no exterior

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    43

    Servir em organismo internacional * Doena pessoa da famlia * Afastamento do cnjuge * Atividade poltica *

    *Para estes casos, o estgio probatrio ficar suspenso e ser retomado a partir do trmino do impedimento.

    7. ESTABILIDADE

    Aps 3 anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo so considerados estveis. A estabilidade a garantia de permanncia do servidor nos quadros da Administrao Pblica Federal.

    O servidor pblico estvel s perder o cargo nas seguintes situaes:

    I - Em virtude de sentena judicial transitada em julgado. II - Mediante processo administrativo, em que lhe seja assegurada ampla defesa.

    III - Mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

    IV - Por excesso de despesa (art. 169 da Constituio Federal, Lei Complementar n 101 e Lei n 9.801, de 1999).

    A perda de cargo pblico por insuficincia de desempenho do servidor estvel depende de edio de lei complementar. Encontra-se em tramitao o Projeto de Lei Complementar n 248/98 que objetiva disciplinar a matria.

    8. VACNCIA

    A vacncia do cargo pblico decorrer de:

    Exonerao Demisso Promoo Readaptao Aposentadoria Posse em outro cargo inacumulvel

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    44

    Falecimento

    EXONERAO

    A exonerao de cargo efetivo se dar: a pedido do servidor, ou de ofcio.

    A exonerao de ofcio se dar:

    I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio II - quando, empossado, o servidor no entrar em exerccio no prazo de 15 dias

    A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana se dar:

    I - a juzo da autoridade competente II - a pedido do prprio servidor

    DEMISSO

    Demisso a penalidade aplicada aps apurao mediante processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado ampla defesa.

    A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata.

    APOSENTADORIA

    Esta modalidade de vacncia encontra-se descrita no mdulo Seguridade Social do Servidor, neste curso.

    POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULVEL

    O servidor que for nomeado para provimento de cargo efetivo inacumulvel com o que ocupa dever declarar esta situao junto ao rgo de origem.

    O rgo ou entidade expedir ato declarando vago o cargo, em virtude de posse em outro cargo inacumulvel.

    O servidor tomar posse no outro cargo, submetendo-se ao estgio probatrio. Caso o servidor no seja aprovado(por incapacidade e inaptido ou dele tenha

    desistido), ser exonerado. Se o servidor for estvel poder solicitar o seu retorno, mediante reconduo, ao rgo ou entidade de origem.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    45

    No necessrio que o novo cargo inacumulvel, em cujo estgio probatrio dar-se- a inabilitao ou a desistncia, seja federal e submetido ao mesmo regime do anterior Parecer n JT 03, de 27 de maio de 2009, DOU de 09/06/2009, que adota a Nota n DECOR/CGU/AGU n 108/2008 JGAS, de 19/003/2008, que revoga a Nota n AGU/MC-11/2004, de 24 de abril de 2004.

    vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o teto remuneratrio:

    a) a de dois cargos de professor b) a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses

    regulamentadas

    A proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico.

    Vamos analisar a seguinte situao:

    Um servidor ocupante do cargo de Enfermeiro de 40 h no Hospital das Foras Armadas e de um de 30 horas na Fundao Hospitalar do DF foi notificado a fazer opo, tendo em vista a acumulao ilcita de cargos, dada a incompatibilidade de horrio exigida pelo art. 37 da Constituio Federal.

    Em referncia ao assunto, temos que o Parecer GQ-145, do Advogado-Geral da Unio, aprovado pelo Presidente da Repblica em 30.03.98, considera ilcita a acumulao de dois cargos pblicos sujeitos, cada um, jornada de trabalho de 40 horas semanais, perfazendo o total de 80 horas por semana, por no se vislumbrar a possibilidade ftica de harmonizao dos horrios, de maneira a permitir condies normais de trabalho e de vida do servidor. Este entendimento de observncia obrigatria e vincula toda a Administrao, conforme previsto no art. 40, 1, da Lei Complementar n 73/93. Descarta-se, portanto,

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    46

    qualquer possibilidade de se acumular dois cargos sujeitos a jornadas de 40 horas semanais.

    O fato de a Constituio no trazer qualquer restrio explcita quanto s jornadas passveis de acumulao irrelevante, pois o texto constitucional exige a compatibilidade de horrios. Assim, o Advogado-Geral da Unio, no uso de sua prerrogativa de fixar a interpretao da Constituio Federal a ser seguida por toda a Administrao (LC 73/93, art. 3, X), entendeu que a compatibilidade de horrios no se coaduna com uma jornada total de 80 horas semanais, posicionamento aprovado pelo Presidente da Repblica.

    FALECIMENTO

    Falecimento do servidor.

    A redao original do art. 33 da Lei Federal n 8.112/90 previa, ainda, as hipteses de vacncia por ascenso e transferncia. No entanto, estas hipteses de provimento e vacncia foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e, finalmente, extintas pela Lei Federal n 9.527/97, por afrontarem o Texto Constitucional, que exige a aprovao em concurso pblico para o acesso a cargos e empregos pblicos.

    Cf.: MIRANDA, Henrique Savonitti. Curso de direito administrativo. 5. ed. Braslia: Senado Federal, 2007. p. 161.

    9. FINALIZANDO O MDULO Agora que voc concluiu o mdulo, veja se est apto a:

    Resumir o processo relacionado ao estgio probatrio apontando suas principais caractersticas, exigncias e diferenas em relao estabilidade.

  • Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Legislao aplicada Gesto de Pessoas

    47

    Explicar as sete formas de provimento em cargo pblico (nomeao, promoo, readaptao, reverso, aproveitamento, reintegrao e reconduo) apontando suas etapas, requisitos, prazos e respectivas legislaes.

    Definir o que exerccio e quais as exigncias para que ele se inicie.