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Legislação Social e Direito do Trabalho Roteiros de aula

Legislação social roteiros de aula (parte1)

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Legislação Social e Direito do Trabalho

Roteiros de aula

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O trabalho na história do Capitalismo 1. O trabalho na história do capitalismo 1.1 Conceito de trabalho 1.2 As origens do trabalho na história da humanidade 1.3 Trabalho escravo (Antiguidade), trabalho servil (Feudalismo) e trabalho livre (Capitalismo) 1.4 Crise do Feudalismo (séc. XIV e XV), acumulação primitiva e a proletarização dos

camponeses e aprendizes. O processo de dissociação entre o produtor e seus meios de produção

1.5 Evolução do capitalismo e a formação do sistema de relações de trabalho capitalista 1.5.1 Revolução Industrial e trabalho assalariado: mercantilização da força de trabalho e

generalização das relações capitalistas de produção 1.5.2 Hegemonia inglesa e desenvolvimento da indústria têxtil e metalurgia 1.5.3 Segunda Revolução Industrial e o capitalismo monopolista do final do século XIX.

Acirramento da concorrência intercapitalista, concentração de capitais (trustes e cartéis) e novos métodos de organização da produção e do trabalho (taylorismo/fordismo)

1.5.4 A crise de 1929 e o colapso da economia de mercado 1.5.5 Planejamento público, regulação estatal da economia, consumo em massa: os “anos

dourados” do capitalismo (45-70) 1.5.6 Anos 70 e o esgotamento do padrão de desenvolvimento do pós-guerra. 1.5.7 O período pós-70: capitalismo sem fronteiras. Globalização produtiva e financeira,

liberalização econômica (neoliberalismo) e reestruturação produtiva. 1.5.8 A Terceira Revolução Industrial e as características da reestruturação produtiva

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A questão social

“É o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que o surgimento da classe operária impôs no curso da constituição da sociedade capitalista.”

Cerqueira Filho. A questão social no Brasil, 1982.

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Taylorismo

“É o conjunto das teorias para aumento da produtividade do trabalho fabril, elaboradas pelo engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor, que abrange um sistema de normas voltadas para o controle dos movimentos do homem e da máquina no processo de produção, incluindo propostas de pagamento pelo desempenho.”

Fernando Nogueira da Costa

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Fordismo

“É um conjunto de métodos de racionalização da produção elaborados pelo industrial norte-americano Henry Ford, baseado no princípio de que uma empresa deve dedicar-se apenas a um produto, adotando a verticalização de todo o processo, dominando inclusive a fonte de matérias-primas. Para obter economias de escala, a produção deveria ser em massa e com alta produtividade por trabalhador; para isso, ele deveria ser altamente especializado (realizando determinada tarefa), bem-remunerado e não ter uma jornada de trabalho muito prolongada.”

Fernando Nogueira da Costa, Economia em 10 lições (2000)

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Características do neoliberalismo

• deliberado debilitamento dos Estados nacionais • liberalização da entrada e saída nacional do

capital estrangeiro • ruptura de monopólios públicos e privatização • flexibilização dos contratos de trabalho • assegurar leis de patentes aos países

desenvolvidos • corte ou abandono das políticas públicas sociais

Wilson Cano, Políticas econômicas e de ajuste na América Latina. In: Economia e Trabalho: textos básicos

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Características do processo de reestruturação produtiva:

• incorporação da informática e da robótica ao processo de produção, aumentando a eficiência e o controle dos produtos

• reorganização do processo produtivo visando maior flexibilidade e ajuste da produção às vendas

• reformulação da gestão da mão-de-obra, com redução no quadro funcional e simplificação das hierarquias

• terceirização de atividades de suporte e focalização das empresas em atividades essenciais

Marcelo Proni, História do capitalismo: uma visão panorâmica

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Reestruturação produtiva e as novas formas de gestão da força de trabalho para a adequação da produção da grande empresa à nova lógica do

mercado (instabilidade econômica, concorrência acirrada, globalização produtiva): principais características

• Organização flexível do trabalho e busca do trabalhador polivalente • Redução do quadro de funcionários • Ocupação, funções e tarefas não conhecidas previamente, crescentemente; determinadas no

nível da empresa • Ritmo da produção controlado pelo trabalhador, conforme a demanda • Distâncias e escalas hierárquicas reduzidas e simplificadas, facilitando o fluxo de informações

e a tomada de decisão (vantagens competitivas) • Trabalho em grupo, em equipe (células de produção) • Qualificação e treinamento no trabalho • Maior responsabilidade e participação do trabalhador, chamado a dar sugestões e tomar

decisões rápidas, na busca pela qualidade total • Jornada de trabalho flexível • Remuneração flexível associada ao rendimento individual e coletivo • Redução da assalariamento por tempo indeterminado e aumento dos contratos por tempo

determinado • Direitos estabelecidos no nível da empresa • Flexibilidade nos contratos de trabalho como forma e reduzir o grau de irreversibilidade das

decisões tomadas pelas empresas conforme as expectativas de produção

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Flexibilização do uso do trabalho

Sofisticação do controle do tempo de trabalho

Aumento da desigualdade entre os trabalhadores

Diminuição do risco do negócio

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Formação do mercado de trabalho brasileiro e seu sistema de relações de trabalho

1. A origem do mercado de trabalho livre no Brasil

1.1 Economia agrária, tráfico negreiro e trabalho escravo no Brasil Colônia. A relação econômica do “exclusivo metropolitano” e a acumulação primitiva do capital na Europa.

1.2 Revolução Industrial (1760) e liberdade de comércio. Rompimento com o exclusivo metropolitano (1808) e independência política (1822) com manutenção da dependência econômica.

1.3 Economia cafeeira, trabalho escravo e internalização da acumulação do capital.

1.4 Abolição do trabalho escravo (1888), expansão da economia cafeeira e imigração de mão-de-obra européia.

1.5 Abundancia de mão-de-obra e heterogeneidade do mercado de trabalho livre.

2. Industrialização e estruturação do mercado de trabalho assalariado

2.1 Crise do setor cafeeiro (final da década de 20) e nova dinâmica de desenvolvimento e acumulação do capital.

2.2 Início do processo de industrialização e urbanização do país. Aumento da participação da PEA não-agrícola na PEA geral.

2.3 Organização dos trabalhadores e pressão sobre a forma e uso da força de trabalho.

2.4 Constituição de 1934 e criação do Ministério do trabalho, industria e comércio. Governos Vargas e a regulamentação das relações de trabalho (1943).

2.5 Crescimento econômico, intensificação e consolidação do processo de industrialização brasileiro (50-70). Mobilidade social, ampliação do mercado de trabalho, hegemonia do trabalho assalariado e formalização das relações contratuais de trabalho no meio urbano.

2.6 Êxodo rural e manutenção das características originais do mercado de trabalho: alta disponibilidade de mão-de-obra e heterogeneidade (desigualdade de condições de trabalho, diversificação salarial, etc.).

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3. O mercado de trabalho na década de 80

3.1 Estagnação econômica: crise da dívida externa e colapso do padrão de financiamento da economia brasileira.

3.2 Rompimento da trajetória de estruturação do mercado de trabalho: desemprego, alta rotatividade, aumento do trabalho assalariado sem registro e da desigualdade de renda, perda do poder de compra do salário mínimo, participação da mulher no mercado e trabalho.

3.3 Novo sindicalismo e a Constituição de 88.

4 . O mercado de trabalho na década de 90

4.1 Abertura comercial e financeira, privatização de serviços públicos e estabilização da moeda para entrada de capital externo: exposição da industria nacional ao mercado internacional, desarticulação e regressão da cadeia produtiva nacional.

4.2 Reestruturação produtiva voltada para a redução com o custo do trabalho.

4.3 Processo de desestruturação do mercado de trabalho: tendência de redução do assalariamento com registro, expansão do desemprego e de ocupações não-organizadas.

4.4 Acirramento da desigualdade ocupacional e de relações antidemocráticas no mercado de trabalho brasileiro.

4.5 Tendências de “flexibilização” e “desregulamentação” do mercado de trabalho (alocação, duração e tempo do trabalho).

5. O mercado de trabalho brasileiro no início do século XXI

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Alguns dados sobre o mercado de trabalho brasileiro

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Avanço da contratação flexível ou “contratação atípica”

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“Segundo a RAIS praticamente um terço do total dos assalariados trocam de emprego no ano. Os dados da CAGED são ainda mais

contundentes. Entre 1996 e 2005, o percentual de desligados com menos de 3 meses no emprego pulou de 17% para 20%, e

o total com menos de um ano passou de 53% para 58%, no mesmo período. Os dados mostram que quase 2/3 dos

desligados ficaram menos de um ano no emprego. No ano de 2005, foram admitidos 12,2 milhões e desligados 10,9 milhões

(CAGED/MTE), em um estoque de 26,4 milhões de assalariados, fazendo com que o fluxo chegasse a 44%”.

José Dari Krein (2007)

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Desigualdades no mercado de trabalho brasileiro

• Desigualdade quanto ao acesso ao mercado de trabalho urbano (empregador, conta própria, sem remuneração, assalariado, desempregado)

• Desigualdade quanto ao acesso à estrutura de proteção social (assalariado com registro, assalariado sem registro)

• Desigualdade quanto à forma de contratação dos assalariados formais (contrato por tempo determinado, contrato por tempo indeterminado, contrato temporário, emprego doméstico) - Diversidade das formas de contratação flexível

• Desigualdade quanto à forma de remuneração e de uso do tempo de trabalho