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P r e s i d ê n c i a d a R e p ú b l i c a C a s a C i v i l S u b c h e f i a p a r a A s s u n t o s J u r í d i c o s L E I N o 8 . 6 6 8 , D E 2 5 D E J U N H O D E 1 9 9 3 . D i s p õ e s o b r e a c o n s t i t u i ç ã o e o r e g i m e t r i b u t á r i o d o s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o e d á o u t r a s p r o v i d ê n c i a s . O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A F a ç o s a b e r q u e o C o n g r e s s o N a c i o n a l d e c r e t a e e u s a n c i o n o a s e g u i n t e l e i : A r t . 1 º F i c a m i n s t i t u í d o s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o , s e m p e r s o n a l i d a d e j u r í d i c a , c a r a c t e r i z a d o s p e l a c o m u n h ã o d e r e c u r s o s c a p t a d o s p o r m e i o d o S i s t e m a d e D i s t r i b u i ç ã o d e V a l o r e s M o b i l i á r i o s , n a f o r m a d a L e i n º 6 . 3 8 5 , d e 7 d e d e z e m b r o d e 1 9 7 6 , d e s t i n a d o s a a p l i c a ç ã o e m e m p r e e n d i m e n t o s i m o b i l i á r i o s . A r t . 2 º O F u n d o s e r á c o n s t i t u í d o s o b a f o r m a d e c o n d o m í n i o f e c h a d o , p r o i b i d o o r e s g a t e d e q u o t a s , c o m p r a z o d e d u r a ç ã o d e t e r m i n a d o o u i n d e t e r m i n a d o . A r t . 3 º A s q u o t a s d o s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o c o n s t i t u e m v a l o r e s m o b i l i á r i o s s u j e i t o s a o r e g i m e d a L e i n º 6 . 3 8 5 , d e 7 d e d e z e m b r o d e 1 9 7 6 , a d m i t i d a a e m i s s ã o s o b a f o r m a e s c r i t u r a l . A r t . 4 º C o m p e t e à C o m i s s ã o d e V a l o r e s M o b i l i á r i o s a u t o r i z a r , d i s c i p l i n a r e f i s c a l i z a r a c o n s t i t u i ç ã o , o f u n c i o n a m e n t o e a a d m i n i s t r a ç ã o d o s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o , o b s e r v a d a s a s d i s p o s i ç õ e s d e s t a l e i e a s n o r m a s a p l i c á v e i s a o s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o . A r t . 5 º O s F u n d o s d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o s e r ã o g e r i d o s p o r i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a a u t o r i z a d a p e l a C o m i s s ã o d e V a l o r e s M o b i l i á r i o s , q u e d e v e r á s e r , e x c l u s i v a m e n t e , b a n c o m ú l t i p l o c o m c a r t e i r a d e i n v e s t i m e n t o o u c o m c a r t e i r a d e c r é d i t o i m o b i l i á r i o , b a n c o d e i n v e s t i m e n t o , s o c i e d a d e d e c r é d i t o i m o b i l i á r i o , s o c i e d a d e c o r r e t o r a o u s o c i e d a d e d i s t r i b u i d o r a d e t í t u l o s e v a l o r e s m o b i l i á r i o s , o u o u t r a s e n t i d a d e s l e g a l m e n t e e q u i p a r a d a s . A r t . 6 º O p a t r i m ô n i o d o F u n d o s e r á c o n s t i t u í d o p e l o s b e n s e d i r e i t o s a d q u i r i d o s p e l a i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a , e m c a r á t e r f i d u c i á r i o . A r t . 7 º O s b e n s e d i r e i t o s i n t e g r a n t e s d o p a t r i m ô n i o d o F u n d o d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o , e m e s p e c i a l o s b e n s i m ó v e i s m a n t i d o s s o b a p r o p r i e d a d e f i d u c i á r i a d a i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a , b e m c o m o s e u s f r u t o s e r e n d i m e n t o s , n ã o s e c o m u n i c a m c o m o p a t r i m ô n i o d e s t a , o b s e r v a d a s , q u a n t o a t a i s b e n s e d i r e i t o s , a s s e g u i n t e s r e s t r i ç õ e s : I - n ã o i n t e g r e m o a t i v o d a a d m i n i s t r a d o r a ; I I - n ã o r e s p o n d a m d i r e t a o u i n d i r e t a m e n t e p o r q u a l q u e r o b r i g a ç ã o d a i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a ; I I I - n ã o c o m p o n h a m a l i s t a d e b e n s e d i r e i t o s d a a d m i n i s t r a d o r a , p a r a e f e i t o d e l i q u i d a ç ã o j u d i c i a l o u e x t r a j u d i c i a l ; I V - n ã o p o s s a m s e r d a d o s e m g a r a n t i a d e d é b i t o d e o p e r a ç ã o d a i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a ; V - n ã o s e j a m p a s s í v e i s d e e x e c u ç ã o p o r q u a i s q u e r c r e d o r e s d a a d m i n i s t r a d o r a , p o r m a i s p r i v i l e g i a d o s q u e p o s s a m s e r ; V I - n ã o p o s s a m s e r c o n s t i t u í d o s q u a i s q u e r ô n u s r e a i s s o b r e o s i m ó v e i s . 1 º N o t í t u l o a q u i s i t i v o , a i n s t i t u i ç ã o a d m i n i s t r a d o r a f a r á c o n s t a r a s r e s t r i ç õ e s e n u m e r a d a s n o s i n c i s o s I a V I e d e s t a c a r á q u e o b e m a d q u i r i d o c o n s t i t u i p a t r i m ô n i o d o F u n d o d e I n v e s t i m e n t o I m o b i l i á r i o . 2 º N o r e g i s t r o d e i m ó v e i s s e r ã o a v e r b a d a s a s r e s t r i ç õ e s e o d e s t a q u e r e f e r i d o n o p a r á g r a f o a n t e r i o r .

Lei 8668.93 fundo de investimento imobiliário - 241012 (1)

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Presidência da RepúblicaCasa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 8.668, DE 25 DE JUNHO DE 1993.

Dispõe sobre a constituição e o regime tributário dosFundos de Investimento Imobiliário e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguintelei:

Art. 1º Ficam instituídos Fundos de Investimento Imobiliário, sem personalidade jurídica, caracterizadospela comunhão de recursos captados por meio do Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários, na forma daLei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, destinados a aplicação em empreendimentos imobiliários.

Art. 2º O Fundo será constituído sob a forma de condomínio fechado, proibido o resgate de quotas, comprazo de duração determinado ou indeterminado.

Art. 3º As quotas dos Fundos de Investimento Imobiliário constituem valores mobiliários sujeitos ao regimeda Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, admitida a emissão sob a forma escritural.

Art. 4º Compete à Comissão de Valores Mobiliários autorizar, disciplinar e fiscalizar a constituição, ofuncionamento e a administração dos Fundos de Investimento Imobiliário, observadas as disposições desta lei eas normas aplicáveis aos Fundos de Investimento.

Art. 5º Os Fundos de Investimento Imobiliário serão geridos por instituição administradora autorizada pelaComissão de Valores Mobiliários, que deverá ser, exclusivamente, banco múltiplo com carteira de investimentoou com carteira de crédito imobiliário, banco de investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedadecorretora ou sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários, ou outras entidades legalmente equiparadas.

Art. 6º O patrimônio do Fundo será constituído pelos bens e direitos adquiridos pela instituiçãoadministradora, em caráter fiduciário.

Art. 7º Os bens e direitos integrantes do patrimônio do Fundo de Investimento Imobiliário, em especial osbens imóveis mantidos sob a propriedade fiduciária da instituição administradora, bem como seus frutos erendimentos, não se comunicam com o patrimônio desta, observadas, quanto a tais bens e direitos, as seguintesrestrições:

I - não integrem o ativo da administradora;

II - não respondam direta ou indiretamente por qualquer obrigação da instituição administradora;

III - não componham a lista de bens e direitos da administradora, para efeito de liquidação judicial ouextrajudicial;

IV - não possam ser dados em garantia de débito de operação da instituição administradora;

V - não sejam passíveis de execução por quaisquer credores da administradora, por mais privilegiados quepossam ser;

VI - não possam ser constituídos quaisquer ônus reais sobre os imóveis.

1º No título aquisitivo, a instituição administradora fará constar as restrições enumeradas nos incisos I a VIe destacará que o bem adquirido constitui patrimônio do Fundo de Investimento Imobiliário.

2º No registro de imóveis serão averbadas as restrições e o destaque referido no parágrafo anterior.

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3º A instituição administradora fica dispensada da apresentação de certidão negativa de débitos, expedidapelo Instituto Nacional da Seguridade Social, e da Certidão Negativa de Tributos e Contribuições, administradapela Secretaria da Receita Federal, quando alienar imóveis integrantes do patrimônio do Fundo de InvestimentoImobiliário.

Art. 8º O fiduciário administrará os bens adquiridos em fidúcia e deles disporá na forma e para os finsestabelecidos no regulamento do fundo ou em assembléia de quotistas, respondendo em caso de má gestão,gestão temerária, conflito de interesses, descumprimento do regulamento do fundo ou de determinação daassembléia de quotistas.

Art. 9º A alienação dos imóveis pertencentes ao patrimônio do fundo será efetivada diretamente pelainstituição administradora, constituindo o instrumento de alienação documento hábil para cancelamento, peranteo Cartório de Registro de Imóveis, das averbações pertinentes às restrições e destaque de que tratam os § 1º e2º do art. 7º.

Parágrafo único. Os recursos resultantes da alienação constituirão patrimônio do fundo.

Art. 10. Cada Fundo de Investimento Imobiliário será estruturado através de regulamento elaborado pelainstituição administradora, contendo:

I - qualificação da instituição administradora;

II - política de investimento que estabeleça, com precisão e clareza, as definições quanto aos ativos quecomporão o patrimônio do fundo para atender seus objetivos;

III - taxa de ingresso ou critério para sua fixação;

IV - remuneração da administradora;

V - divulgação de informações aos quotistas, nos prazos fixados pela Comissão de Valores Mobiliários;

VI - despesas e encargos do Fundo;

VII - competência e quorum de deliberação da Assembléia Geral de Quotistas;

VIII - critérios para subscrição de quotas por um mesmo investidor;

IX - prazo de duração do fundo e as condições de resgate para efeito de liquidação do mesmo;

X - outras especificações, visando à fiscalização do mercado e à clareza de informações, na forma deregulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários.

XI - critérios relativos à distribuição de rendimentos e ganhos de capital. (Inciso incluído pela Lei nº 9.779,de 19.1.1999)

Parágrafo único. O fundo deverá distribuir a seus quotistas, no mínimo, noventa e cinco por cento doslucros auferidos, apurados segundo o regime de caixa, com base em balanço ou balancete semestral encerradoem 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

Art. 11. Nas hipóteses de renúncia da instituição administradora, seu descredenciamento pela Comissãode Valores Mobiliários, destituição pela assembléia de quotistas ou sua sujeição ao regime de liquidação judicialou extrajudicial, a ata da assembléia de quotistas que eleger nova instituição administradora para substituí-la,devidamente aprovada e registrada na Comissão de Valores Mobiliários, constitui documento hábil paraaverbação, no Registro de Imóveis, da sucessão da propriedade fiduciária dos bens imóveis integrantes dopatrimônio do fundo.

1º No caso de liquidação extrajudicial da instituição administradora, o liquidante designado pelo BancoCentral do Brasil convocará assembléia de quotistas, no prazo de cinco dias úteis, contado da publicação noDiário Oficial do ato que decretar a liquidação, para deliberar sobre a eleição de nova administradora e aliquidação ou não do fundo.

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2º Caberá ao liquidante praticar todos os atos necessários à gestão regular do fundo até ser procedida aaverbação referida no caput deste artigo.

3º Se a assembléia de quotistas não eleger nova instituição administradora no prazo de trinta dias úteiscontados da publicação no Diário Oficial do ato que decretar a liquidação extrajudicial, o Banco Central do Brasilnomeará uma instituição para processar a liquidação do fundo.

4º A sucessão da propriedade fiduciária de bem imóvel integrante de patrimônio de Fundo de InvestimentoImobiliário não constitui transferência de propriedade.

Art. 12. É vedado à instituição administradora, no exercício específico de suas funções e utilizando-se dosrecursos do Fundo de Investimento Imobiliário:

I - conceder empréstimos, adiantar rendas futuras aos quotistas ou abrir créditos sob qualquer modalidade;

II - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer forma;

III - aplicar no exterior recursos captados no País;

IV - aplicar recursos na aquisição de quotas do próprio fundo;

V - vender a prestação as quotas do fundo, admitida a divisão da emissão em séries;

VI - prometer rendimento predeterminado aos quotistas;

VII - realizar operações do fundo quando caracterizada situação de conflito de interesse entre o fundo e ainstituição administradora, ou entre o fundo e o empreendedor.

Art. 13. O titular das quotas do Fundo de Investimento Imobiliário:

I - não poderá exercer qualquer direito real sobre os imóveis e empreendimentos integrantes do patrimôniodo fundo;

II - não responde pessoalmente por qualquer obrigação legal ou contratual, relativamente aos imóveis eempreendimentos integrantes do fundo ou da administradora, salvo quanto à obrigação de pagamento do valorintegral das quotas subscritas.

Parágrafo único. O quotista que não integralizar as quotas subscritas, nas condições estabelecidas noregulamento do fundo ou no boletim de subscrição, ficará de pleno direito constituído em mora, podendo aadministradora, a sua escolha, promover contra o quotista processo de execução para cobrar as importânciasdevidas, servindo o boletim de subscrição como título extrajudicial, nos termos do Código de Processo Civil, ouvender as quotas a terceiros, mesmo após iniciada a cobrança judicial.

Art. 14. À instituição administradora do Fundo de Investimento Imobiliário compete:

I - representá-lo ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

II - responder pessoalmente pela evicção de direito, no caso de alienação de imóveis pelo fundo.

Art. 15. As demonstrações financeiras dos Fundos de Investimento Imobiliário serão publicadas pelasadministradoras, na forma que vier a ser regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Art. 16. Os rendimentos e ganhos de capital auferidos pelos Fundos de Investimento Imobiliário ficamisentos do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, assim como do Imposto sobre a Renda eProventos de Qualquer Natureza. (Revogada as isenções pela Lei nº 8.894, de 21/06/94)

Art. 16-A. Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos pelos Fundos de Investimento Imobiliário, emaplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte,observadas as mesmas normas aplicáveis às pessoas jurídicas submetidas a esta forma de tributação. (Artigoincluído pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

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Parágrafo único. O imposto de que trata este artigo poderá ser compensado com o retido na fonte, peloFundo de Investimento Imobiliário, quando da distribuição de rendimentos e ganhos de capital. (Parágrafo incluídopela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

§ 1o Não estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte prevista no caput as aplicações

efetuadas pelos Fundos de Investimento Imobiliário nos ativos de que tratam os incisos II e III do art. 3o da Lei no

11.033, de 21 de dezembro de 2004. (Incluído pela Lei nº 12.020, de 2009)

§ 2o O imposto de que trata o caput poderá ser compensado com o retido na fonte pelo Fundo deInvestimento Imobiliário, por ocasião da distribuição de rendimentos e ganhos de capital. (Incluído pela Lei nº12.020, de 2009)

§ 3o A compensação de que trata o § 2o será efetuada proporcionalmente à participação do cotista

pessoa jurídica ou pessoa física não sujeita à isenção prevista no inciso III do art. 3o da Lei no 11.033, de 21 dedezembro de 2004. (Incluído pela Lei nº 12.020, de 2009)

§ 4o A parcela do imposto não compensada relativa à pessoa física sujeita à isenção nos termos do

inciso III do art. 3o da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, será considerada exclusiva de fonte. (Incluídopela Lei nº 12.020, de 2009)

Art. 17. Os rendimentos e ganhos de capital distribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário, sobqualquer forma e qualquer que seja o beneficiário, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, àalíquota de 25%. Parágrafo único. Os rendimentos e ganhos de capital distribuídos a investidores residentes ou domiciliadosno exterior sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda, nos termos da legislação aplicável a essa classede contribuintes.

Art. 17. Os rendimentos e ganhos de capital auferidos, apurados segundo o regime de caixa, quandodistribuídos pelos Fundos de Investimento Imobiliário a qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta,sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte, à alíquota de vinte por cento. (Redação dada pela Lei nº9.779, de 19.1.1999)

Parágrafo único. O imposto de que trata este artigo deverá ser recolhido até o último dia útil do mêssubseqüente ao do encerramento do período de apuração. (Redação dada pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999) (Revogado pela Lei nº 11.196, de 2005)

Art. 18. O rendimento auferido por pessoas físicas ou pessoas jurídicas não tributadas com base no lucroreal, inclusive isentas, decorrente da alienação de quotas ou da liquidação de Fundo de Investimento Imobiliário,sujeita-se à incidência do imposto sobre a renda, à mesma alíquota prevista para a tributação de rendimentosobtidos na alienação ou resgate de quotas de Fundos Mútuos de Ações. 1º A base de cálculo do imposto é constituída pela diferença positiva entre o valor de cessão das quotas oude liquidação de investimento e o custo médio de aquisição da quota, atualizado de acordo com a variação dovalor da Ufir diária da data de aquisição das quotas até a conversão das quotas em cruzeiros. 2º O rendimento auferido por investidores residentes ou domiciliados no exterior sujeita-se à incidência deimposto sobre a renda, nos termos da legislação aplicável a essa classe de contribuintes. 3º É vedada a compensação do prejuízo havido em uma operação de cessão de quotas ou de liquidação doinvestimento com lucro obtido em outra, da mesma ou de diferente espécie.

Art. 18. Os ganhos de capital e rendimentos auferidos na alienação ou no resgate de quotas dos fundos deinvestimento imobiliário, por qualquer beneficiário, inclusive por pessoa jurídica isenta, sujeitam-se à incidênciado imposto de renda à alíquota de vinte por cento: (Redação dada pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

I - na fonte, no caso de resgate;

II - às mesmas normas aplicáveis aos ganhos de capital ou ganhos líquidos auferidos em operações derenda variável, nos demais casos.

Art. 19. O imposto de que tratam os arts. 17 e 18, caput, é devido exclusivamente na fonte.

Art. 19. O imposto de que tratam os arts. 17 e 18 será considerado: (Redação dada pela Lei nº 9.779, de

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19.1.1999)

I - antecipação do devido na declaração, no caso de beneficiário pessoa jurídica tributada com base nolucro real, presumido ou arbitrado; (Inciso incluído pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

II - tributação exclusiva, nos demais casos. (Inciso incluído pela Lei nº 9.779, de 19.1.1999)

Art. 20. Aplica-se à instituição administradora, aos seus administradores e gerentes diretamenteresponsáveis pela administração do fundo, bem como aos demais infratores das normas desta lei, o disposto noart. 11 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, independentemente de outras sanções legais eventualmentecabíveis.

Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 25 de junho de 1993, 172º da Independência e 105º da República.

ITAMAR FRANCO Fernando Henrique Cardoso

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.6.1993