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LEI Nº 8.793, DE 2 DE ABRIL DE 2004 Institui o Plano de Carreira dos Servidores Efetivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Fica instituído o Plano de Carreira dos Servidores Efetivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que se desenvolverá na forma prevista nesta Lei. Parágrafo único - Plano de Carreira é o conjunto de normas que estruturam a carreira, correlacionando classes de cargos, níveis de escolaridade, níveis de vencimentos e gerenciamento de desempenho. Art. 2º - O Plano de Carreira de que trata esta Lei tem por fundamentos, entre outros: I - a preservação do interesse público, tendo em vista a melhoria profissional, com o objetivo de prestar serviços de melhor qualidade à população; II - o desenvolvimento do servidor na respectiva carreira, com base na igualdade de oportunidades, na qualificação profissional, no mérito funcional e no esforço pessoal; III - a remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas; IV - a valorização do servidor. Art. 3º - Constituem fases da carreira o ingresso e as progressões. § 1º - O ingresso na carreira é feito por provimento de cargo efetivo no nível de vencimento inicial da classe respectiva, após prévia aprovação em concurso público, atendidos os requisitos de escolaridade. § 2º - A progressão será feita na classe ocupada pelo servidor. Art. 4° - Os cargos de provimento efetivo organizam-se, conforme a escolaridade exigida, em duas classes: I - Classe E.2, para os cargos cuja escolaridade exigida é a de nível médio; II - Classe E.3, para os cargos cuja escolaridade exigida é a de nível superior. Parágrafo único - São técnicos os cargos de Técnico de Enfermagem e aqueles cuja escolaridade exigida para provimento é a de nível superior. TÍTULO II DA PROGRESSÃO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Lei 8793-Atual Plano de Carreira Dos Servidores Efetivos Da Câmara Municipal

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LEI Nº 8.793, DE 2 DE ABRIL DE 2004

Institui o Plano de Carreira dos Servidores Efetivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituído o Plano de Carreira dos Servidores Efetivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte, que se desenvolverá na forma prevista nesta Lei.

Parágrafo único - Plano de Carreira é o conjunto de normas que estruturam a carreira, correlacionando classes de cargos, níveis de escolaridade, níveis de vencimentos e gerenciamento de desempenho.

Art. 2º - O Plano de Carreira de que trata esta Lei tem por fundamentos, entre outros:I - a preservação do interesse público, tendo em vista a melhoria profissional, com o objetivo de prestar serviços de melhor qualidade à população;II - o desenvolvimento do servidor na respectiva carreira, com base na igualdade de oportunidades, na qualificação profissional, no mérito funcional e no esforço pessoal;III - a remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas;IV - a valorização do servidor.

Art. 3º - Constituem fases da carreira o ingresso e as progressões.

§ 1º - O ingresso na carreira é feito por provimento de cargo efetivo no nível de vencimento inicial da classe respectiva, após prévia aprovação em concurso público, atendidos os requisitos de escolaridade.

§ 2º - A progressão será feita na classe ocupada pelo servidor.

Art. 4° - Os cargos de provimento efetivo organizam-se, conforme a escolaridade exigida, em duas classes:I - Classe E.2, para os cargos cuja escolaridade exigida é a de nível médio;II - Classe E.3, para os cargos cuja escolaridade exigida é a de nível superior.

Parágrafo único - São técnicos os cargos de Técnico de Enfermagem e aqueles cuja escolaridade exigida para provimento é a de nível superior.

TÍTULO IIDA PROGRESSÃO

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5° - A progressão caracterizará o desenvolvimento do servidor na carreira e implicará o aumento da complexidade e da responsabilidade de suas funções, conforme as necessidades do setor em que ele estiver lotado e respeitadas as atribuições do respectivo cargo.

Art. 6° - Haverá progressão vertical e progressão horizontal.

§ 1° - A progressão vertical configura-se pela mudança de nível de vencimento do servidor na sua respectiva Classe.

§ 2° - A cada nível de vencimento corresponde um período de tempo, conforme previsto no § 1º do art. 11 desta Lei.

§ 3° - A progressão horizontal configura-se pela obtenção de letra, conforme previsto no art. 23 desta Lei.

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§ 4° - Os níveis de vencimento são expressos em algarismos arábicos, e as letras são grafadas em caracteres maiúsculos.

Art. 7° - O servidor em estágio probatório fará jus às progressões relativas a esse período após seu término, caso tenha adquirido estabilidade.

Art. 7º revogado pela Lei nº 10.485, de 14/6/2012 (Art. 4º)

Parágrafo único - As progressões de que trata o caput deste artigo serão concedidas sem retroatividade.

CAPÍTULO IIDA PROGRESSÃO VERTICAL

Seção IDisposições gerais

Art. 8º - A progressão vertical efetivar-se-á, observando-se o merecimento, apurado mediante avaliação de desempenho.

Art. 9° - O servidor terá direito à progressão vertical desde que:I- obtenha a média mínima de 60% (sessenta por cento) dos créditos distribuídos pelas avaliações de desempenho aplicadas no interstício correspondente;II - participe dos cursos e dos programas de treinamento, capacitação e desenvolvimento para os quais seja indicado, formalmente, pela chefia de sua área de lotação.

§ 1º - Observado o disposto no inciso II do caput deste artigo, o servidor terá direito a progressão vertical ao final de cada interstício, da seguinte forma:I - 1 (um) nível de vencimento, caso obtenha média igual ou superior a 60% (sessenta por cento) e inferior a 70% (setenta por cento) dos créditos distribuídos pelas avaliações de desempenho;II- 2 (dois) níveis de vencimento, caso obtenha média igual ou superior a 70% (setenta por cento) dos créditos distribuídos pelas avaliações de desempenho.

§ 2º - A concessão da progressão vertical dar-se-á a partir do primeiro dia do mês seguinte àquele em que o servidor completar o interstício definido pelo art. 11 desta Lei, observada a ressalva feita no art. 7º desta Lei.

§ 2º - A concessão da progressão vertical efetivar-se-á a partir do primeiro dia seguinte àquele em que o servidor completar o interstício definido pelo art. 11 desta lei.

§ 2º com redação dada pela Lei nº 10.485, de 14/6/2012 (Art. 1º)

§ 3º - O número de níveis de vencimento a ser obtido pelo servidor, pela observância das normas definidas no caput e no § 1º deste artigo, pode ser reduzido em função dos limites de nível de vencimento estabelecidos no art. 10 desta Lei.

§ 4º - Para fins de progressão vertical, o servidor que estiver em exercício de cargo de provimento em comissão de 1º, 2º e 3° (primeiro, segundo e terceiro) níveis hierárquicos, conforme definido no art. 209 da Lei n° 7.863, de 18 de novembro de 1999, com a redação dada pela Lei nº 8.665, de 17 de outubro de 2003, obterá, enquanto permanecer no cargo, para todos os fins, nota máxima nos quesitos sujeitos a avaliação.

§ 5º - O servidor punido com penalidade prevista na Lei nº 7.863/99, esgotadas as possibilidades de recurso de ordem administrativa nela estabelecidas, terá a nota correspondente ao período de avaliação em curso igual a 0 (zero).

Art. 10 - Os limites para a concessão das progressões verticais são:I - o nível de vencimento 37 (trinta e sete), caso o servidor esteja posicionado na Classe E.2;II - o nível de vencimento 36 (trinta e seis), caso o servidor esteja posicionado na Classe E.3.

Art. 11 - Interstício é o período de tempo em que se avalia o merecimento do servidor para fins de obtenção da progressão vertical.

§ 1º - O período de tempo correspondente a cada nível de vencimento será:

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I - de 9 (nove) meses, para os níveis de vencimento de 1 (um) a 8 (oito);II - de 12 (doze) meses, para os níveis de vencimento de 9 (nove) a 28 (vinte e oito);III - de 15 (quinze) meses, para os níveis de vencimento de 29 (vinte e nove) a 37 (trinta e sete), na Classe E.2, e de 29 (vinte e nove) a 36 (trinta e seis), na Classe E.3.

§ 2º - A duração de cada interstício equivale à soma do tempo correspondente ao nível de vencimento em que está posicionado o servidor e do tempo correspondente ao nível de vencimento subseqüente.

Art. 12 - Para os fins do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 11 desta Lei, será considerado, apenas, o tempo de efetivo exercício do servidor.

Parágrafo único - Para os fins do disposto no caput deste artigo, entendem-se, como de efetivo exercício, os períodos trabalhados na Secretaria da Câmara Municipal e os previstos no art. 136 da Lei nº 7.863/99, à exceção dos incisos II, V, das alíneas "c" e "g" do inciso VII e do inciso IX, observado, ainda, o disposto no art. 116, § 2º, da referida Lei.

Art. 13 - A falta injustificada ocorrida no interstício implicará retardamento da concessão da progressão vertical, sem prejuízo da contagem do interstício seguinte.

Art. 14 - Ao final de cada interstício, será processada a média das avaliações de desempenho nele aferidas.

Seção I-ADa Progressão Vertical Especial

Seção I-A (Art. 14-A) acrescentada pela Lei nº 10.485, de 14/6/2012 (Art. 2º)

Art.14-A - O servidor, ao final de cada 3 (três) interstícios sucessivos, terá direito a 1 (um) nível extra na escala vertical, desde que a média de suas avaliações de desempenho referentes àquele período seja superior a 70% (setenta por cento).

§ 1º - A concessão de que trata este artigo se efetivará juntamente com a referente ao terceiro interstício de cada período considerado.

§ 2º - A Progressão Vertical Especial somente alcançará o servidor que estiver posicionado em nível que comporte sua concessão sem prejudicar o cumprimento ao limite de carreira que se lhe aplicar, de acordo com o previsto nos arts. 10 e 43 desta lei, conforme o caso.

§ 3º - Para fins de aplicação do disposto neste artigo, será considerado como o primeiro dos três interstícios necessários para a concessão respectiva, referentemente aos servidores em exercício quando da publicação desta lei, aquele em curso quando dessa publicação.

§ 4º - O servidor, no ano em que se tornar apto a aderir ao Programa de Incentivo à Aposentadoria - PIA - de que trata o art. 98-B da Lei nº 7.863, de 18 de novembro de 1999, poderá optar por prorrogar o prazo de adesão ao mesmo, desde que o requeira até o final do ano em que preencher os requisitos para a adesão, para os fins exclusivos dos parágrafos 5º e 6º deste artigo.

§ 5º - Na hipótese prevista no parágrafo 4º deste artigo, o servidor terá direito à concessão especial de que trata este artigo uma única vez, após apenas o término do interstício em curso, quando da opção tratada no § 4º, sem prejuízo da regra prevista no § 2º deste artigo.

§ 6º - A prorrogação mencionada no § 4º deste artigo será feita até o final do prazo mencionado no § 5º deste artigo.

Seção IIDo Gerenciamento de Desempenho

Art. 15 - Gerenciamento de desempenho é o desenvolvimento de responsabilidade conjunta entre chefia e servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, para planejamento, coordenação e controle de atividades voltadas à consecução de objetivos institucionais.

Parágrafo único - São objetivos do gerenciamento de desempenho:

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I - intensificar o contato entre chefia e servidor, visando ao aprofundamento das relações interpessoais;II - reduzir as áreas de atrito;III - possibilitar que o servidor seja avaliado, considerando seu desempenho em relação a metas individuais traçadas, à capacitação e a demais recursos organizacionais oferecidos.

Art. 16 - O gerenciamento de desempenho será processado em 4 (quatro) etapas:I - planejamento do trabalho;II - acompanhamento do trabalho;III - avaliação de desempenho;IV - plano de desenvolvimento.

§ 1º - O planejamento do trabalho tem por objetivo:I - definição, entre chefia e servidor, das tarefas a serem executadas e dos respectivos padrões de desempenho;II - verificação da capacitação do servidor e da disponibilidade de recursos necessários ao desempenho das tarefas;III - estímulo à motivação do servidor por meio do estabelecimento de metas.

§ 2º - O acompanhamento do trabalho tem por objetivo:I - aferir os padrões de desempenho;II - permitir a troca de informações com o servidor;III - identificar a necessidade de ações de desenvolvimento do servidor;IV - analisar questões relativas ao ambiente organizacional que estejam interferindo no desempenho do servidor.

§ 3º - A avaliação de desempenho tem por objetivo:I - verificar o alcance das metas da organização;II - evidenciar as contribuições do servidor;III - estabelecer necessidades de treinamento e desenvolvimento dos servidores;IV - estabelecer outras necessidades organizacionais.

§ 4º - O plano de desenvolvimento tem por objetivo:I - corrigir as defasagens verificadas entre os padrões de desempenho definidos no planejamento do trabalho e os resultados da avaliação do desempenho do servidor, por meio de propostas elaboradas pela chefia;II - permitir o desenvolvimento do servidor, viabilizando as metas organizacionais.

Art. 17 - A avaliação de desempenho levará em consideração o comportamento do servidor efetivo no cumprimento de suas atribuições e deveres funcionais e sua iniciativa na busca de opções para melhorar seu desempenho.

Parágrafo único - A avaliação de desempenho pressupõe a responsabilidade conjunta entre avaliado e avaliador e fundamenta-se no comprometimento mútuo, baseado na relação interpessoal.

Art. 18 - A avaliação de desempenho, realizada sob planejamento, coordenação e controle da área de recursos humanos, será feita em formulário próprio, a cada período de 6 (seis) meses de efetivo exercício, pelo chefe imediato ou, em sua impossibilidade, pela chefia imediatamente superior.

Parágrafo único - Quando a aplicação do previsto nos §§ 1º e 2º do art. 11 desta Lei resultar em interstícios de 21 (vinte e um) e de 27 (vinte e sete) meses, o último período de avaliação de desempenho terá duração de 9 (nove) meses.

Art. 19 - Compete à chefia imediata, antes da entrega à área de recursos humanos, dar ciência integral de cada avaliação:I - ao servidor a que se refere a avaliação, objetivando:a) cientificá-lo do nível de sua contribuição para a consecução das metas da organização;b) obter a avaliação deste sobre os métodos utilizados para o gerenciamento de seu desempenho;c) promover discussão sobre a da avaliação de desempenho, visando a elaboração conjunta de um plano de desenvolvimento; II - às chefias imediatamente superiores, na sua Diretoria, objetivando:a) colocá-las a par do processo de desenvolvimento de cada servidor em sua função e em seu cargo;b) possibilitar diagnóstico mais amplo da situação do quadro funcional nas divisões e nas diretorias;

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c) possibilitar a adoção de políticas homogêneas no tratamento de questões similares ocorridas em uma mesma área.

§ 1º - O servidor e as chefias imediatamente superiores, ao terem ciência do teor da avaliação de desempenho, assinarão o formulário, podendo o servidor utilizar o espaço próprio para suas restrições e demais considerações.

§ 2º - Após receber os formulários de avaliação preenchidos, a área de recursos humanos promoverá reunião colegiada entre os titulares das diretorias da Câmara Municipal objetivando:I - avalizar as avaliações de desempenho feitas no período;II - diagnosticar o desenvolvimento do quadro funcional da instituição dentro de cada período de avaliação;III - discutir e estabelecer políticas comuns a serem implementadas na instituição;IV - avaliar e propor melhorias ao Processo de Gerenciamento de Desempenho realizado na Câmara Municipal.

§ 3º - A área de recursos humanos somente procederá ao cálculo da média do servidor no período, após recebimento de relatório, com o aval do colegiado, de que trata o § 2º deste artigo.

§ 4º - A área de recursos humanos informará o servidor sobre a média percentual correspondente a cada avaliação e sobre a média referente ao interstício, até o 7º (sétimo) dia útil subseqüente ao recebimento do relatório de avaliação previsto no § 3º deste artigo.

§ 5º - O servidor poderá interpor recurso ao Diretor-Geral, ao final de cada período de avaliação, caso julgue ter sido prejudicado, desde que tenha registrado, no formulário da avaliação de desempenho, as possíveis restrições ao processo de acompanhamento do seu desempenho, conforme previsto no § 1º deste artigo.

§ 6º - O recurso de que trata o § 5º deste artigo poderá ser dirigido ao Diretor da área de recursos humanos, caso o servidor tenha sido lotado na Diretoria-Geral, durante o período de avaliação relativo ao recurso.

§ 7º - O Diretor-Geral e o Diretor da área de recursos humanos, no julgamento de recurso, serão assessorados por comissão constituída, para esse fim, por 3 (três) servidores estáveis.

Art. 20 - A área de recursos humanos poderá convocar o servidor investido em cargo de provimento em comissão de chefia para treinamento em Gerenciamento de Desempenho.

§ 1º - O servidor efetivo investido em cargo de provimento em comissão de chefia que não tiver freqüência mínima no treinamento de que trata o caput deste artigo perderá o direito à progressão horizontal prevista no art. 29 desta Lei.

§ 2º - Atingirá a freqüência mínima o servidor que participar de, no mínimo, 70% (setenta por cento) da carga horária oferecida no treinamento.

§ 3º - O servidor efetivo investido em cargo de provimento em comissão de chefia poderá ser dispensado do treinamento de que trata o caput deste artigo, mediante justificação avalizada pela chefia imediatamente superior e apresentada à área de recursos humanos.

§ 4º - O servidor em exercício de cargo de provimento em comissão de chefia de 1°, 2° e 3° (primeiro, segundo e terceiro) níveis hierárquicos poderá apresentar justificação para a dispensa do treinamento de que trata o caput deste artigo.

CAPÍTULO IIIDA PROGRESSÃO HORIZONTAL

Seção IDisposições Gerais

Art. 21 - A progressão horizontal efetivar-se-á por:I - conclusão de curso regular;II - participação em atividades de aperfeiçoamento;III - exercício de cargo de provimento em comissão de chefia.

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Art. 22 - A progressão horizontal limitar-se-á a cinco letras ao longo da carreira do servidor.

Parágrafo único - Cada progressão horizontal dará ao servidor direito a uma ou a duas letras, conforme previsto nos arts. 27, 28 e 29 desta Lei.

Art. 23 - O servidor somente fará jus à progressão horizontal se estiver posicionado da seguinte forma:I - do nível de vencimento 1 (um) ao nível de vencimento 6 (seis): letra A;II - do nível de vencimento 7 (sete) ao nível de vencimento 12 (doze): letras A e B;III - do nível de vencimento 13 (treze) ao nível de vencimento 18 (dezoito): letras A, B, e C;IV - do nível de vencimento 19 (dezenove) ao nível de vencimento 24 (vinte e quatro): letras A, B, C e D;V - do nível de vencimento 25 (vinte e cinco) ao nível de vencimento estabelecido no art. 10 desta Lei para a Classe em que se encontra posicionado o servidor: letras A, B, C, D e E;

§ 1º - Para obtenção da progressão horizontal, o servidor deverá estar posicionado, na respectiva Classe, em nível de vencimento que permita a obtenção da letra correspondente.

§ 2º - O servidor que cumprir os requisitos para obtenção de progressão horizontal e estiver posicionado em nível de vencimento que não permita tal progressão fará jus à letra correspondente tão logo esteja posicionado em nível de vencimento que o permita, parcial ou totalmente.

§ 3º - O número de letras a ser obtido pelo servidor em determinada progressão pode ser reduzido em virtude do limite estabelecido no caput deste artigo.

Seção IIDa Progressão Horizontal por Conclusão de Curso

Art. 24 - A progressão horizontal por conclusão de curso dar-se-á em razão de conclusão, após a data de vigência desta Lei, de curso regular iniciado após a posse do servidor.

Art. 25 - A progressão horizontal por conclusão de curso limitar-se-á a cinco letras e será devida a partir da data de protocolização do comprovante de conclusão do curso, emitido por estabelecimento de ensino.

Art. 26 - Serão admitidos, para fins de concessão da progressão horizontal por conclusão de curso, os seguintes cursos regulares em que o servidor tenha sido aprovado:I - curso superior seqüencial;II - curso superior de graduação;III - curso de especialização, com carga horária mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas/aula;IV - mestrado;V - doutorado.

§ 1º - Para os fins do disposto neste artigo, o limite máximo de cursos regulares admissíveis ao longo da carreira do servidor será de:I - 1 (um), para os cursos relacionados nos incisos IV e V;II - 2 (dois), para os cursos relacionados nos incisos I e II;III - 3 (três), para o curso relacionado no inciso III.

§ 2º - Somente será admitido curso que seja do interesse da Câmara Municipal.

§ 3º - A área de recursos humanos analisará o conteúdo do curso para fins de aplicação do disposto no § 2º deste artigo.

§ 4º - Na avaliação de curso para fins de progressão horizontal, observar-se-á o critério de diferenciação de conteúdo entre o curso a ser avaliado e outro em função do qual já tenha sido concedida progressão horizontal para o mesmo servidor, exigindo-se, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de diferenciação entre um e outro.

Art. 27 - A progressão horizontal por conclusão de curso será concedida da seguinte forma:I - para o servidor posicionado na Classe E.2:

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a) 1 (uma) letra em função de conclusão dos cursos previstos nos incisos III, IV e V do caput do art. 26 desta Lei;b) 2 (duas) letras, em função de conclusão dos cursos previstos nos incisos I e II do caput do art. 26 desta Lei;II - para o servidor posicionado na Classe E.3:a) 1 (uma) letra, em função dos cursos previstos nos incisos I, II e III do caput do art. 26 desta Lei;b) 2 (duas) letras, em função de conclusão dos cursos previstos nos incisos IV e V do caput do art. 26 desta Lei.

Seção II-ADa Progressão Horizontal Especial por Curso Regular

Seção II-A (Art. 27-A) com redação dada pela Lei nº 10.485, de 14/6/2012 (Art. 3º)

Art. 27-A - A conclusão de curso regular acima da escolaridade exigida para o ingresso do servidor no quadro funcional da Câmara, ou outro curso superior, ocorrida antes de sua posse ou após esta, mas por curso iniciado antes da posse, ensejará direito a Progressão Horizontal Especial, respeitados os limites desta lei.

§ 1º - A concessão do direito de que trata este artigo se limita a uma única letra na carreira e depende de requerimento do servidor, instruído com o comprovante de conclusão do curso, sem prejuízo dos demais limites previstos nesta lei.

§ 2º - Somente serão considerados para os fins da concessão de que trata este artigo cursos que sejam avaliados como de interesse para a Câmara, dispensada essa avaliação quanto a curso de ensino médio.

§ 3º - Salvo se o servidor requerente não instruir seu requerimento corretamente ou se der causa a atraso no processo avaliativo, a concessão retroagirá à data de protocolização do pedido.

§ 4º - O disposto neste artigo não alcança o servidor que já teve concessão similar em qualquer plano de carreira adotado pela Câmara e nem aquele curso que tiver sido utilizado para fins de prova de títulos no concurso que deu origem ao provimento do servidor requerente.

Seção IIIDa Progressão Horizontal por Atividade de Aperfeiçoamento

Art. 28 - A progressão horizontal por atividade de aperfeiçoamento será concedida em função de cursos ou atividades desenvolvidos pelo servidor, iniciados após a data de vigência desta Lei, desde que:I - o curso ou a atividade sejam realizados fora de sua jornada de trabalho;II - o curso ou a atividade não sejam custeados pela Câmara Municipal;III - a soma das cargas horárias dos cursos ou das atividades totalize, no mínimo, 360 (trezentas e sessenta) horas/aula;

§ 1º - O curso ou a atividade de que trata este artigo serão analisados pela área de recursos humanos, para fins de determinação de sua aplicabilidade às atividades desenvolvidas no setor em que trabalha o servidor e para atendimento do previsto no § 4º do art. 26 desta Lei.

§ 2º - O comprovante de conclusão ou de participação no curso ou na atividade deverá ser protocolizado na área de recursos humanos.

§ 3º - A progressão horizontal por atividade de aperfeiçoamento limitar-se-á a uma letra ao longo da carreira.

§ 4º - A progressão horizontal por atividade de aperfeiçoamento será devida após decorrido o prazo de 4 (quatro) anos, contado a partir da data de início do primeiro curso concluído pelo servidor, observado o disposto no § 1º deste artigo.

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Seção IVDa Progressão Horizontal por Exercício de Cargo de Provimento em Comissão de Chefia

Art. 29 - A progressão horizontal por exercício de cargo de provimento em comissão de chefia - previsto no Anexo I, itens 1.1 e 1.3 da Lei n° 7.863/99, com a redação dada pela Lei nº 8.665/03, - ocorrerá em razão de exercício iniciado após a data de vigência desta Lei, desde que tal exercício tenha ocorrido, pelo menos, durante 22 (vinte e dois) meses de forma ininterrupta ou 30 (trinta) meses de forma alternada.

§ 1º - Aplica-se o disposto no caput também ao caso de exercício de chefia em caráter de substituição.

§ 2º - A progressão horizontal de que trata o caput deste artigo dará direito ao servidor à obtenção de uma letra e limitar-se-á a duas letras ao longo da carreira.

§ 3º - O servidor fará jus à progressão horizontal a partir da data de protocolização de requerimento na área de recursos humanos, observado o disposto no caput deste artigo.

§ 4º - Os cargos de 5° e 6° (quinto e sexto) níveis hierárquicos serão ocupados exclusivamente por servidores lotados há, pelo menos, 1 (um) ano na diretoria a que se vincula a seção ou o serviço relativo ao cargo.

TÍTULO IIIDA GESTÃO DA CARREIRA

Art. 30 - Fica instituída a Comissão Permanente de Acompanhamento do Plano de Carreira dos Servidores Efetivos da Câmara Municipal de Belo Horizonte, com as seguintes atribuições:I - analisar periodicamente o Plano de Carreira;II - propor alterações ao Plano de Carreira;III - funcionar como instância intermediária entre servidores e Mesa Diretora da Câmara Municipal em assuntos pertinentes ao Plano de Carreira;IV - analisar recurso de servidor relativo ao Plano de Carreira encaminhado pela área de recursos humanos, com exceção do recurso a que se refere o § 5º do art. 19 desta Lei.

§ 1º - A Comissão instituída pelo caput deste artigo será composta por:I - diretores da Câmara Municipal;II - 2 (dois) servidores estáveis, eleitos representantes dos servidores posicionados na Classe E.2;III- 2 (dois) servidores estáveis, eleitos representantes dos servidores posicionados na Classe E.3;IV - 1 (um) servidor efetivo, indicado pela entidade representativa dos servidores da Câmara Municipal.

§ 2º - O mandato dos membros da Comissão a que se refere o caput deste artigo será de 2 (dois) anos.

§ 3º - Ao final de cada mandato dos membros da Comissão a que se referem os incisos II e III do § 1o deste artigo, a área de recursos humanos coordenará o processo de eleição de novos membros.

§ 4º - O processo de eleição previsto no § 3º deste artigo realizar-se-á até 60 (sessenta) dias após a eleição dos membros da Mesa Diretora e será precedido de ampla divulgação.

TÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31 - Os níveis de vencimento iniciais relativos à Classe E.2 e à Classe E.3, com exceção do inicial, são, em valores relativos a fevereiro de 2004, R$ 1.322,07 (mil trezentos e vinte e dois reais e sete centavos) e R$2.306,73 (dois mil trezentos e seis reais e setenta e três centavos), respectivamente.

§ 1º - O valor de cada nível de vencimento das classes E.2 e E.3 corresponde ao valor do nível de vencimento imediatamente anterior multiplicado pelo índice 1,0391 (um vírgula zero três nove um).

§ 2º - As vantagens pecuniárias previstas nesta Lei e em legislação anterior, especialmente na Lei n° 7.863/99, calculadas com base em percentual do valor do nível de vencimento 1 da Classe E.1,

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passam a incidir sobre o valor do nível de vencimento 1 da Classe E.2, definido por esta Lei, e a vigorar com redução de 41% (quarenta e um por cento).

Art. 32 - O vencimento será calculado pela multiplicação do valor relativo ao nível de vencimento em que o servidor está posicionado em sua Classe pelo índice correspondente à última letra que obteve.

Parágrafo único - Para aplicação do disposto no caput deste artigo, a cada letra obtida pelo servidor em decorrência de progressão horizontal corresponderá um índice, da seguinte forma:I - letra A: 1,07973 (um vírgula zero sete nove sete três);II - letra B: 1,16582 (um vírgula um seis cinco oito dois);III - letra C: 1,25877 (um vírgula dois cinco oito sete sete);IV - letra D: 1,35912 (um vírgula três cinco nove um dois);V - letra E: 1,46748 (um vírgula quatro seis sete quatro oito).

Art. 33 - O limite da carreira do servidor será:I - o nível de vencimento 37 (trinta e sete), letra E, caso o servidor esteja posicionado na Classe E.2;II - o nível de vencimento 36 (trinta e seis), letra E, caso o servidor esteja posicionado na Classe E.3.

Art. 34 - O art. 225 da Lei nº 7.863/99 passa a ter a seguinte redação:

"Art. 225 - O servidor que, na data de publicação desta Lei, ocupa o cargo de Oficial Legislativo, fica reenquadrado, por ato do diretor da área de recursos humanos, da seguinte forma:I - o servidor admitido em cargo que, originalmente, segundo a Lei nº 5.558, de 10 de maio de 1989, exigia nível elementar ou nível de primeiro grau de escolaridade, passa a ocupar o cargo de Técnico Legislativo I;II - o servidor admitido em cargo que, originalmente, segundo a Lei nº 5.558/89, exigia segundo grau de escolaridade e aquele que prestou concurso para o cargo de Oficial Legislativo passam a ocupar o cargo de Técnico Legislativo II;III - o servidor absorvido nos termos do art. 21 da Lei nº 6.832/95 permanecerá enquadrado de acordo com as funções que efetivamente exercia, observada a correlação de cargos determinada nos incisos I e II.

§ 1º - Após o reenquadramento de que trata este artigo, o servidor permanecerá posicionado, no mesmo nível de vencimento da Classe E.2, que será considerado para todos os fins, vedado o provimento de vagas originadas em razão de reenquadramento e na ocorrência das hipóteses previstas no art. 45.

§ 2º - O servidor, exceto o ocupante de cargo de nível superior de escolaridade, poderá optar por prestar serviços próprios da área de segurança da Câmara Municipal, desde que, previamente, submeta-se a treinamento específico.

§ 3º - A alteração de lotação do servidor que presta serviços próprios da área de segurança da Câmara Municipal dependerá de prévia avaliação do diretor da área.

§ 4º - O servidor que, de acordo com a Lei nº 7.863/99, ocupava o cargo de Eletrotécnico permanece responsável, cumulativamente, pelas seguintes atribuições:I - desenvolver projetos para instalações telefônicas e elétricas em baixa tensão, compatíveis com a formação profissional requerida para o cargo;II - acompanhar a instalação de projetos elétricos de média e alta potência sob a responsabilidade de empresas especializadas;III - prestar assistência técnica na compra e na utilização de equipamentos especializados, mediante orientação sobre as características e o desempenho desses equipamentos.

§ 5º - O servidor que ocupava, de acordo com a Lei nº 7.863/99, o cargo de Oficial de Segurança permanece responsável, cumulativamente, pelas atribuições relacionadas ao serviço de recepção e controle da ordem nas portarias, nos plenários e nos estacionamentos da Câmara Municipal, de acordo com a orientação da diretoria da área.

§ 6º - As atribuições dos ocupantes dos cargos de Técnico Legislativo I passam a ser as seguintes, além de outras que possam ser desenvolvidas após avaliação específica,

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sendo incorporadas ao Anexo V da Lei nº 7.863/99, com a redação dada pela Lei nº 8.665/03:I - coletar dados para preenchimento de controles e documentos;II - datilografar, digitar e encaminhar documentação administrativa;III - registrar dados coletados;IV - receber, protocolar e encaminhar documentos;V- elaborar, analisar e atualizar tabelas, gráficos e quadros demonstrativos em geral;VI - efetuar conferência de dados, realizar controles e serviços de apoio administrativo em geral;VII - realizar pesquisas de dados;VIII- prestar atendimento ao público interno e externo em questões relativas à área;IX -desempenhar atividades correlatas em apoio ao desenvolvimento dos trabalhos. (NR)".

Art. 35 - O Anexo V da Lei nº 7.863/99, com a redação dada pela Lei nº 8.665/03, passa a vigorar com as seguintes alterações:

I - o cargo de Técnico Legislativo passa a denominar-se Técnico Legislativo II;II- o cargo de Técnico Legislativo II passa a ter as seguintes atribuições:a) redigir, datilografar, digitar e encaminhar documentação;b) efetuar controles administrativos;c) elaborar, analisar e atualizar tabelas, gráficos e quadros demonstrativos em geral;d) realizar pesquisas de dados;e) instruir, encaminhar e acompanhar a tramitação de processos, orçamentos e demais assuntos em apoio às atividades da área;f) participar de estudos, trabalhos, projetos e da execução de programas de atividades de natureza administrativa, excetuando-se os referentes a profissões regulamentadas por lei federal ou inerentes a cargos específicos;g) desempenhar atividades correlatas, em apoio ao desenvolvimento dos trabalhos.III - o cargo de Coordenador do Processo Legislativo passa a ter as seguintes atribuições:a) coordenar a coleta de subsídios para a elaboração e a análise de relatórios e proposições, bem como de demais assuntos pertinentes às atividades desenvolvidas;b) organizar a formação de banco de dados para a recuperação de informações de interesse legislativo, objetivando o fornecimento de subsídios ao desenvolvimento dos trabalhos de comissões e plenário;c) supervisionar o controle da tramitação das proposições nas comissões e no plenário;d) coordenar a formação de grupos de trabalho, visando à análise dos projetos de lei e dos demais assuntos de interesse das comissões e do plenário;e) coordenar a organização de reuniões, audiências públicas, seminários e outros eventos relacionados com os trabalhos das comissões e do plenário;f) proceder à análise de proposições, em observância aos aspectos regimentais, objetivando o fornecimento de subsídios para o processo legislativo;g) assessorar as comissões e a Mesa, durante as reuniões, em questões relacionadas ao conhecimento das normas regimentais e da prática legislativa;h) desempenhar atividades correlatas, em apoio ao desenvolvimento dos trabalhos.

Art. 36 - A definição de teto de remuneração para o servidor público municipal em decorrência da aplicação do disposto no art. 37, inciso XI da Constituição da República prevalecerá sobre o valor da remuneração a ser paga ao servidor em função da aplicação do disposto neste Plano de Carreira, caso este valor extrapole o teto estabelecido.

TÍTULO VDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 37 - As ascensões funcionais obtidas pelo servidor até a data da vigência desta Lei, em razão de conclusão de curso ou de exercício de cargo em provimento de comissão de chefia, serão convertidas em letras.

§ 1° - A cada ascensão funcional corresponderá uma letra.§ 2° - Permanece inalterado o direito de o servidor perceber os benefícios pecuniários referentes a todas as letras obtidas pela aplicação da norma definida no caput deste artigo, mesmo que esteja posicionado em nível de vencimento que permita menor número de letras, observado o disposto no § 2º do art. 23 desta Lei.

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§ 3° - As letras obtidas pela aplicação da norma definida no caput deste artigo serão utilizadas para aplicação do disposto no art. 32 desta Lei.

Art. 38 - Para aplicação do posicionamento de que trata o art. 39 desta Lei, fica criada a Classe E.1, formada por 60 (sessenta) níveis de vencimento, que será extinta tão logo seja aplicada a norma definida no parágrafo único do referido art. 39.

§ 1º - O nível de vencimento inicial da Classe E.1 corresponde ao valor de R$ 777,66 (setecentos e setenta e sete reais e sessenta e seis centavos), em valores relativos a fevereiro de 2004.

§ 2º - O valor de cada nível de vencimento da Classe E.1, com exceção do inicial, corresponde ao valor do nível de vencimento imediatamente anterior multiplicado pelo índice 1,0391 (um vírgula zero três nove um).

Art. 39 - O servidor, na data de vigência desta Lei, será posicionado, conforme definido no art. 40, observada a ressalva prevista no art. 42, na:I - Classe E.1, caso seja titular de cargo cujo nível de escolaridade exigido, na data da posse, tenha sido o elementar;II - Classe E.2, caso seja titular de cargo cujo nível de escolaridade exigido, na data da posse, tenha sido o de 1° (primeiro) ou o de 2° (segundo) grau;III - Classe E.3, caso seja titular de cargo cujo nível de escolaridade exigido, na data da posse, tenha sido o superior.

Parágrafo único - Após o posicionamento previsto no caput, o servidor a que se refere o inciso I será reposicionado na Classe E.2, no nível de vencimento cujo valor seja igual ou imediatamente superior ao do nível de vencimento em que tenha sido posicionado na Classe E.1, em decorrência da aplicação das regras referentes a posicionamento previstas nesta Lei.

Art. 40 - O servidor estável, na data de vigência desta Lei, será posicionado em nível de vencimento que tenha valor igual ou imediatamente superior à soma dos seguintes valores:I - vencimento do servidor, até o início de vigência desta Lei, acrescido do valor obtido com a aplicação do disposto no art. 41 desta Lei;II - complemento de vencimento que o servidor possuía até a data de vigência desta Lei.

§ 1º - O valor de cada nível de vencimento será calculado de acordo com o disposto no art. 31 desta Lei.

§ 2º - O servidor que, em razão do disposto no art. 37 desta Lei, obtiver uma ou mais letras será reposicionado em nível de vencimento que corresponda ao resultado da subtração de 2 (dois) níveis de vencimento, para cada letra obtida, do nível de vencimento de posicionamento resultante da aplicação da norma definida no caput.

§ 3º - Para fins de operacionalização do processo de controle funcional do posicionamento, na carreira, dos servidores efetivos e estáveis na data de vigência desta Lei, haverá, em cada Classe, tantos níveis de vencimento quantos forem necessários para o posicionamento previsto neste artigo.

§ 4º - Caso o valor de vencimento do servidor resultante da aplicação do disposto neste artigo e calculado conforme o disposto no art. 32 desta Lei seja inferior à soma prevista no caput deste artigo, o servidor fica, automaticamente, posicionado em nível de vencimento que resulte, aplicado o art. 32, em vencimento igual ou imediatamente superior à referida soma.

Art. 41 - Para aplicação do posicionamento previsto no art. 40, o servidor incorporará ao seu vencimento parte do valor referente à ascensão funcional a que teria direito ao final do interstício em andamento, nos termos da Lei nº 7.863/99, na mesma proporção do tempo já cumprido deste interstício até o início de vigência desta Lei, em relação ao tempo total de 40 (quarenta) meses.

§ 1º - A incorporação de que trata o caput deste artigo condiciona-se ao cumprimento dos critérios estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 9º desta Lei.

§ 2º - Para cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, o servidor terá seu desempenho avaliado no período compreendido entre a sua última avaliação e o início da vigência desta Lei, quando será calculada a média das avaliações feitas no interstício em andamento.

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§ 3º - O disposto neste artigo somente será aplicado ao servidor que, conforme legislação vigente, tiver direito à ascensão funcional por merecimento, ao término do interstício em curso.

Art. 42 - Caso o posicionamento previsto no art. 40 desta Lei se dê em nível de vencimento cujo tempo de serviço correspondente seja inferior ao tempo de serviço do servidor, será o servidor reposicionado no nível de vencimento igual ou imediatamente superior ao seu tempo de serviço.

§ 1º - O tempo de serviço correspondente a cada nível de vencimento equivalerá à soma dos períodos de tempo correspondentes aos níveis de vencimento anteriores, convertida em anos.

§ 2º - A cada nível de vencimento corresponderá um período de tempo, conforme previsto no § 1º do art. 11 desta Lei.

§ 3º - Na Classe E.1, para efeito de aplicação do disposto no § 1º deste artigo, a cada um dos níveis de vencimento corresponderá um período de tempo, que terá a duração de:I - 9 (nove) meses para os níveis de vencimento de 1 (um) a 8 (oito);II - 12 (doze) meses para os níveis de vencimento de 9 (nove) a 28 (vinte e oito);III - 15 (quinze) meses para os níveis de vencimento de 29 (vinte e nove) a 60 (sessenta).

§ 4º - Para cumprimento do disposto neste artigo, o tempo de serviço do servidor corresponde à soma do tempo de efetivo exercício na Câmara Municipal de Belo Horizonte e do tempo averbado até 30 de junho de 1996 desde que para fins de concessão de qüinqüênio, convertida em anos.

§ 5º - O disposto neste artigo condiciona-se à deliberação da Mesa Diretora da Câmara Municipal, observada a disponibilidade orçamentária para custeio das despesas.

Art. 43 - O servidor estável, na data de vigência desta Lei, que, durante sua carreira, atinja os níveis de vencimento estabelecidos no art. 10 desta Lei, fará jus a progressões verticais até os níveis de vencimento 47 (quarenta e sete) e 46 (quarenta e seis) das classes E.2 e E.3, respectivamente.

§ 1º - Para aplicação do disposto no caput deste artigo, o período de tempo correspondente a cada nível de vencimento será de 15 (quinze) meses e a duração de cada interstício será de 30 (trinta) meses.

§ 2º - As progressões verticais de que trata o caput deste artigo fundamentam-se nos critérios e nas regras estabelecidos nos artigos do Capítulo II do Título II desta Lei.

§ 3º - O servidor enquadrado no disposto no caput deste artigo perderá, automaticamente, o direito de obter uma letra como progressão horizontal a cada progressão vertical obtida, de modo que seu vencimento não ultrapasse o limite estabelecido no art. 33 desta Lei para a Classe em que está posicionado.

Art. 44 - O servidor estável na data de vigência desta Lei que perceba ou que venha a perceber, durante sua carreira, vencimento igual ou superior ao limite estabelecido no art. 33 desta Lei, fará jus a 1 (um) nível de vencimento decorrente de progressão vertical a cada interstício, desde que:I - cumpra os requisitos estabelecidos nos incisos I e II do art. 9º desta Lei;II - não preencha os requisitos mínimos estabelecidos pela legislação para requerimento de sua aposentadoria integral;III - o vencimento do servidor decorrente da progressão vertical a que se refere este artigo não ultrapasse o limite estabelecido no art. 33 desta Lei, em mais de 25% (vinte e cinco por cento).

Parágrafo único - Para fins do disposto neste artigo, o interstício do servidor será de 48 (quarenta e oito) meses e será formado por 8 (oito) períodos de avaliação de 6 (seis) meses cada.

Art. 45 - O servidor efetivo que, na data de vigência desta Lei, estiver exercendo cargo de provimento em comissão de chefia, como titular, fará jus a uma progressão horizontal após decorridos 22 (vinte e dois) meses de exercício ininterrupto, desde que já não tenha obtido 2 (duas) ascensões funcionais por tal exercício até a data de vigência desta Lei, independentemente do que dispõe o § 2º do art. 23 desta Lei.

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§ 1º - No caso de servidor que já tenha obtido 1 (uma) ascensão funcional por exercício de chefia, o prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir da data de concessão da última ascensão funcional pelo mesmo motivo.

§ 2º - O servidor de que trata o caput deste artigo que estiver posicionado em nível de vencimento, na sua Classe, que corresponda ao limite estabelecido no art. 33 desta Lei ou o ultrapasse, fará jus a 2 (dois) níveis de vencimento ao final do prazo previsto no caput.

Art. 46 - Terá direito à progressão horizontal por conclusão de curso o servidor efetivo e estável que, na data de vigência desta Lei, tiver concluído curso regular de graduação superior à escolaridade mínima requerida para o provimento do cargo efetivo de que for titular ou, no caso dos cargos para os quais se exige curso superior para provimento, tiver concluído outro curso superior.

§ 1º - A progressão de que trata este artigo será concedida em razão de cursos concluídos entre a data de posse do servidor e a data da vigência desta Lei.

§ 2º - Para aplicação do disposto no caput deste artigo, serão admitidos os seguintes cursos:I - Ensino Médio completo;II - Superior completo;III - Especialização, com carga horária mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas/aula;IV - Mestrado, com defesa de dissertação;V - Doutorado, com defesa de tese.

§ 3º - Os cursos que já tenham sido aproveitados para concessão de ascensão funcional durante a carreira do servidor, em qualquer tempo, não serão considerados para fins de aplicação deste artigo.

§ 4º - A progressão de que trata artigo corresponderá a uma letra, ainda que o servidor tenha concluído mais de um curso, e não terá efeito retroativo, para fins de concessão das vantagens pecuniárias.

§ 5º - Os cursos concluídos após 1° de julho de 1997 serão aceitos para a concessão da progressão de que trata este artigo, caso preencham os requisitos estabelecidos nos §§ 2° e 3° do art. 26 desta Lei.

§ 6º - A forma de pagamento da progressão de que trata este artigo será definida por meio de deliberação da Mesa Diretora da Câmara Municipal, observada a disponibilidade orçamentária para custeio das despesas.

Art. 47 - O servidor que, na data de vigência desta Lei, estiver em cumprimento de estágio probatório, será posicionado no nível de vencimento 1 (um) de sua respectiva Classe.

Art. 48 - Ao término do estágio probatório, o servidor que tiver adquirido estabilidade fará jus às progressões de que trata esta Lei, desde que preenchidos os requisitos para sua obtenção.

Art. 48 revogado pela Lei nº 10.485, de 14/6/2012 (Art. 4º)

Art. 49 - O interstício referente ao nível de vencimento no qual o servidor foi posicionado tem sua contagem iniciada a partir da data de vigência desta Lei.

Parágrafo único - O servidor que, na data de vigência desta Lei, estiver em estágio probatório, terá a contagem de seu primeiro interstício iniciada a partir da data de sua posse.

Art. 50 - Será constituída, 60 (sessenta) dias após a data de vigência desta Lei, a Comissão prevista no art. 30, sob a coordenação da área de recursos humanos e com término de mandato coincidente com o da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Art. 51 - Esta Lei poderá ser regulamentada por deliberação da Mesa Diretora da Câmara Municipal, devendo essa regulamentação ser publicada no Diário Oficial do Município - DOM -, para fins de vigência.

Art. 52 - Ficam revogados os arts. 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75 e 75A da Lei n° 7.863/99 e os arts. 7º e 8º da Lei nº 8.665/03.

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Art. 53 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Belo Horizonte, 02 de abril de 2004

Fernando Damata PimentelPrefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 1.747/04, de autoria da Mesa Diretora da Câmara)