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    Ol!

    Na aula de hoje iremos comentar algumas questes sobre a Lei9.784/99 (Lei do Processo Administrativo Federal) e Lei 8.429/92 (Lei deImprobidade Administrativa).

    Bons estudos!

    Fabiano Pereira.

    [email protected]

    "Nunca tarde para tentar o desconhecido. Nunca tarde para ir mais alm."( Gabriele D Annunzio )

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    Quando a matria do processo administrativo envolver assunto deinteresse geral, o rgo competente poder abrir perodo de consultapblica para a manifestao de terceiros, no existindo obrigao legal

    para a realizao da consulta pblica. Trata-se de uma decisodiscricionria do administrador pblico, que, mediante despachomotivado e anteriormente deciso, poder convoc-la caso entendaconveniente, desde que no cause prejuzo para a parte interessada.Assertiva incorreta.

    III. O direito da administrao de anular os atos administrativosde que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decaiem 2 anos, contados da data em que foram praticados, mesmo

    que comprovada a m-f do beneficirio.Salvo comprovada m-f, o direito de a Administrao anular os

    atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para osdestinatrios decai em cinco anos, contados da data em que forampraticados, e no em dois anos. Assertiva incorreta.

    IV. O rgo competente para decidir o recurso administrativopode confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou

    parcialmente, a deciso recorrida, se a matria for de suacompetncia, mas no pode agravar a situao do recorrente.

    O processo administrativo deve sempre vislumbrar a verdadematerial, ou seja, a verdade real dos fatos que esto sendo apurados.Assim, o rgo competente para decidir um eventual recursoadministrativo poder confirmar, modificar, anular ou revogar, total ouparcialmente, a deciso recorrida, se a matria for de sua competncia.

    O rgo competente poder at mesmo proferir deciso queagrave ainda mais a situao do recorrente (reformatio in pejus), desdeque este seja cientificado, antes da deciso, para que apresente as suasalegaes. imprescindvel que sejam assegurados, nesse caso, osprincpios constitucionais do contraditrio e da ampla defesa. Incorreta aassertiva.

    V. Em deciso, na qual se evidencie no acarretar leso aointeresse pblico nem prejuzo a terceiros, os atos queapresentarem defeitos sanveis podem ser revalidados pela

    prpria administrao.

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    Nesta assertiva a banca examinadora tentou confundir o candidatotrocando a expresso convalidao por revalidao. Entretanto,essa troca no invalida o contedo da afirmativa, j que as expresses

    possuem significados semelhantes.O dicionrio Larousse da lngua portuguesa informa que revalidar

    significa confirmar a validade de, legitimar de novo. Por outro lado, aconvalidao pode ser definida como a correo de um atoadministrativo que possui vcio sanvel, o que significa, na prtica, aconfirmao da validade.

    O artigo 55 da Lei 9.784/99 estabelece que em deciso na qual seevidencie no acarretarem leso ao interesse pblico nem prejuzo aterceiros, os atos que apresentarem defeitos sanveis podero ser

    convalidados pela prpria Administrao, o que torna a assertivacorreta.

    02. (Tcnico Federal de Controle / TCU / CESPE 2009) Acerca daLei n. 9.784/1999 marco legal referente ao processoadministrativo e de aspectos relacionados a esse tema, julgueos itens abaixo:

    I. A lei em apreo regulamenta o processo administrativo no

    mbito da Unio, dos estados e dos municpios, visando, entreoutros aspectos, proteo dos direitos dos administrados e aomelhor cumprimento dos fins da administrao.

    A Lei 9.784/99 estabelece normas bsicas sobre o processoadministrativo no mbito da Administrao Pblica Federal direta eindireta, visando, em especial, proteo dos direitos dosadministrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administrao,aplicando-se tambm aos rgos dos poderes Legislativo e Judicirioquando no exerccio da funo administrativa.

    Os Estados, Distrito Federal e Municpios possuem autonomia paracriarem as suas respectivas legislaes sobre o processo administrativo,conseqncia da capacidade de auto-organizao, auto-governo, auto-administrao e, claro, autolegislao. Portanto, a assertiva estincorreta.

    II. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgosadministrativos a que foi atribuda como prpria. Como exceo,

    pode ser objeto de delegao a deciso a ser proferida emrecursos administrativos.

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    A competncia realmente possui como uma de suas caractersticasa irrenunciabilidade, que est fundamentada na indisponibilidade dointeresse pblico. Isso significa que o agente pblico no pode deixar de

    exercer a competncia que lhe foi atribuda, j que prevista diretamenteem lei.

    Apesar da irrenunciabilidade, o artigo 11 da Lei 9.784/99estabelece a ressalva de que podero ser realizadas delegaes eavocaes de competncia, desde que legalmente admitidas. Entretanto,o artigo 13 do mesmo dispositivo legal prev que no podem ser objetode delegao a edio de atos de carter normativo, as matrias decompetncia exclusiva do rgo ou autoridade e a deciso de recursosadministrativos, o que invalida a assertiva.

    III. Segundo jurisprudncia recente do STF, inconstitucional aexigncia de depsito prvio da multa aplicada pelaadministrao pblica como condio de admissibilidade dorecurso na esfera administrativa.

    No julgamento conjunto dos recursos extraordinrios 388359/PE,389383/SP e 390513/SP, de relatoria do Ministro Marco Aurlio de Mello,o Supremo Tribunal Federal afirmou a inconstitucionalidade da

    exigncia de depsito prvio como condio de admissibilidade derecurso na esfera administrativa, j que inviabilizaria o direito de defesado recorrente.

    IV. Considere a seguinte situao hipottica.

    A administrao pblica concedeu ascenso funcional a servidorpblico federal em janeiro de 2002. Em dezembro de 2008, o TCUdeterminou a anulao do ato administrativo, sem garantir aoreferido servidor o contraditrio e a ampla defesa. Nessasituao, o STF entende que o ato do TCU no passvel denulidade, pois o ato concessivo somente produziria efeitos apartir do exame pelo referido rgo de controle.

    O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do mandado desegurana n 26.117/DF, em 20/05/2009, reafirmou que o direito daAdministrao de anular os atos administrativos de que decorram efeitosfavorveis para os destinatrios decai em cinco anos, contados da dataem que foram praticados, salvo comprovada m-f.

    No citado exemplo, o Tribunal de Contas da Unio somentedeterminou a anulao do ato administrativo mais de 06 (seis) anos

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    aps a sua prtica, violando frontalmente o princpio da seguranajurdica.

    Ademais, sequer foram garantidos ao servidor o contraditrio e aampla defesa, violando-se assim o teor da smula vinculante n 3, que clara ao afirmar que nos processos perante o Tribunal de Contas daUnio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da decisopuder resultar anulao ou revogao de ato administrativo quebeneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato deconcesso inicial de aposentadoria, reforma e penso.

    Desse modo, o ato do Tribunal de Contas da Unio que determinoua anulao da ascenso profissional passvel de nulidade e, portanto, aassertiva est incorreta.

    03. (Analista Judicirio / TRT 17 Regio / CESPE 2009) Acercadas disposies que regulam o processo administrativo nombito da administrao pblica federal, julgue os seguintesitens segundo a Lei n 9.784/99:

    I. Titular de rgo administrativo que delegar parte de suacompetncia a outro rgo no poder revogar o ato dedelegao.

    Ao contrrio do que foi afirmado na assertiva, o ato de delegao revogvel a qualquer tempo pela autoridade delegante, que pode voltara praticar os atos que anteriormente havia delegado.

    II. rgo unidade de atuao integrante da estrutura daadministrao direta e indireta; entidade unidade no dotadade personalidade jurdica.

    O professor Hely Lopes Meirelles define os rgos pblicos como

    centros de competncia institudos para o desempenho de funesestatais, atravs de seus agentes, cuja atuao imputada pessoa

    jurdica a que pertencem. No mesmo sentido, o 2 do artigo 1 da Lei9.784/99 conceitua rgo pblico como a unidade de atuaointegrante da estrutura da Administrao direta e da estrutura daAdministrao indireta, desprovida de personalidade jurdica.

    Por outro lado, diferentemente do que foi exposto na assertiva,entidade expresso que representa uma unidade de atuao dotadade personalidade jurdica, podendo, portanto, contrair direitos e

    obrigaes em nome prprio.

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    III. Os processos administrativos de que resultem sanespodero ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio,quando surgirem fatos novos; entretanto, dessa reviso no

    poder resultar agravamento da sano.O artigo 65 da Lei 9.784/99 prev que os processos

    administrativos de que resultem sanes podero ser revistos, aqualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando surgirem fatos novos oucircunstncias relevantes suscetveis de justificar a inadequao dasano aplicada. Por outro lado, prev ainda o texto legal, nos moldesdo que foi afirmado na assertiva, que da reviso do processo no

    poder resultar agravamento da sano.

    Assim, perceba que nos pedidos de reviso no pode haver areformatio in pejus, ou seja, o agravamento da sano imposta aoadministrado. O agravamento somente ser admitido em decisoproferida em recurso administrativo, respaldado no princpio daautotutela. Desse modo, est correto o texto da assertiva.

    04. (Analista Ambiental / IBAMA / CESPE 2009) Julgue osprximos itens acerca do processo administrativo no mbito daadministrao pblica federal, conforme regras estabelecidas

    pela Lei n. 9.784/1999.I. Os processos administrativos devem ser guiados por critriosque observem as formalidades essenciais garantia dos direitosdos administrados, adotadas de formas simples edesburocratizadas, suficientes para garantir grau de certeza,segurana e respeito a esses direitos.

    O artigo 2 da Lei 9.784/99 apresenta um rol de princpios quedevem ser observados pela Administrao Pblica federal durante atramitao de um processo administrativo. Esses princpios so

    reafirmados no pargrafo nico do mesmo artigo, que prev os critriosque tambm devem ser observados nos processos administrativos.

    Dentre esses critrios est a observncia das formalidadesessenciais garantia dos direitos dos administrados e, ainda, a adoode formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,segurana e respeito aos direitos dos administrados. Desse modo, estcorreto o texto da assertiva.

    II. O direito do administrado de ter cincia da tramitao dosprocessos administrativos em que figure na qualidade deinteressado e de neles atuar peticionando, juntando documentos,

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    fazendo requerimentos e recursos, no ilide o fato de que aadministrao deve, por si mesma, dar impulso, de ofcio, aoprocesso administrativo.

    O princpio da oficialidade est previsto no inciso XII, pargrafonico, do artigo 2 da Lei 9.784/99, que estabelece como um doscritrios a ser observado nos processos administrativos a impulso, deofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dosinteressados.

    Isso significa que a Administrao pode instaurar e dar andamento(impulsionar) ao processo administrativo independentemente da vontadedo interessado, o que assegura aos agentes pblicos encarregados doprocesso a possibilidade de atuao ex officio, como acontece, por

    exemplo, na inspeo de determinados locais, na oitiva de testemunhase na realizao de diligncias. Correta a assertiva.

    III. A elaborao de modelos ou formulrios padronizados queatinjam pretenses equivalentes no tratamento de um mesmoassunto no mbito da administrao pblica medidaburocratizante, que deve ser evitada, porque, com isso,desconsidera-se a peculiaridade de cada situao.

    ALei 9.784/99 impe que nos processos administrativos devem seradotadas formas simples, suficientes para propiciar adequado grau decerteza, segurana e respeito aos direitos dos administrados. Assim, aelaborao de modelos ou formulrios padronizados no pode serconsiderada uma medida burocratizante, pois visa facilitar a execuo daatividade administrativa e aumentar a agilidade e eficincia durante atramitao do processo.

    IV. A delegao de competncia em razo de circunstncias dendole tcnica apenas pode ocorrer dentro do prprio rgoadministrativo, sendo incabvel delegao para este fim mediantetransferncia de competncia a outros rgos ou titulares, queno estejam na mesma linha de hierarquia e subordinao.

    O artigo 12 da Lei 9.784/99 estabelece que um rgoadministrativo e seu titular podero, se no houver impedimento legal,delegar parte da sua competncia a outros rgos ou titulares, aindaque estes no lhe sejam hierarquicamente subordinados, quandofor conveniente, em razo de circunstncias de ndole tcnica, social,econmica, jurdica ou territorial.

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    Perceba que o prprio texto legal prev a possibilidade dedelegao para outros rgos ou titulares que no estejam na mesmalinha de hierarquia e subordinao. No existe a obrigatoriedade de que

    a delegao seja feita apenas para outros rgos ou titulares queestejam subordinados ao delegante, o que torna a assertiva incorreta.

    05. (Analista do Seguro Social / INSS / CESPE 2008) Acerca doprocedimento administrativo previsto na Lei n. 9.784/1999,

    julgue os itens a seguir.

    I. A avocao de procedimentos administrativos decorre do poderhierrquico.

    Como conseqncia do poder hierrquico rgos e agentessuperiores podem controlar e fiscalizar a atuao de rgos eagentes que lhes so subordinados. Dentre os instrumentos utilizadospara esse controle est a avocao, que pode ser entendida como o atopelo qual o superior, em carter excepcional, chama para si o exercciode uma competncia que a lei outorgou (sem exclusividade) a umservidor que lhe subordinado.

    Nesses termos, est correta a assertiva quando afirma que aavocao decorre do poder hierrquico, pois utilizada por uma

    autoridade ou rgo superior em face de rgos ou entidades que lhesso subordinados.

    II. Os rgos administrativos, ao contrrio das entidades, tmpersonalidade jurdica prpria e podem postular em juzo.

    Os rgos administrativos so meros centros de competncia e,portanto, no possuem personalidade jurdica. Por outro lado,diferentemente do que foi afirmado na assertiva, tanto as entidades

    polticas (Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal) quanto asentidades administrativas (autarquias, fundaes pblicas, empresaspblicas, sociedades de economia mista e consrcios pblicos de direitopblicos) possuem personalidade jurdica.

    III. vedado administrao recusar, de forma imotivada, orecebimento de documentos, devendo o servidor orientar ointeressado quanto ao cumprimento de eventuais falhas.

    O texto da assertiva est em conformidade com o 2 do artigo 38da Lei 9.784/99, que expresso ao afirmar que somente podero serrecusadas, mediante deciso fundamentada, as provas propostas

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    pelos interessados quando sejam ilcitas, impertinentes, desnecessriasou protelatrias.

    IV. A deciso de recurso administrativo indelegvel.

    Alm da deciso em recurso administrativo, tambm soindelegveis a edio de atos de carter normativo e as matrias decompetncia exclusiva do rgo ou autoridade. Portanto, est correta aassertiva.

    06. (Agente Tcnico-Jurdico / MPE AM / CESPE 2008) Acerca daLei n. 9.784/1999, que estabelece normas a respeito doprocesso administrativo, julgue os prximos itens.I. Como regra geral, so considerados capazes, para fins deprocesso administrativo, os maiores de dezoito anos.

    Esse o teor do artigo 10 da Lei do Processo Administrativo federalao afirmar que so capazes, para fins de processo administrativo, osmaiores de dezoito anos, ressalvada previso especial em ato normativoprprio. Portanto, est correta a assertiva.

    II. Considere que um servidor que responde a um processoadministrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para aoitiva de testemunhas que se realizaria na segunda-feiraprxima. Nesse caso, a intimao deve ser considerada comovlida, j que atendeu ao prazo de 3 dias estabelecido na lei.

    De incio, importante esclarecer que a intimao observar aantecedncia mnima de trs dias teis quanto data decomparecimento. Ademais, os prazos no processo administrativo federalcomeam a correr a partir da data da cientificao oficial, excluindo-seda contagem o dia do comeo e incluindo-se o do vencimento.

    No exemplo apresentado, como o servidor foi intimado na quinta-feira, o prazo somente comearia a ser contado na sexta e finalizadona tera-feira. Isso porque a lei informa que o prazo de trs diasteis e, portanto, no podero ser computados no prazo o sbado e odomingo (dias no-teis). Portanto, o texto da assertiva est incorreto.

    07. (Analista de Controle Externo / TCE-AC / CESPE 2009 -

    adaptada) Em relao improbidade administrativa, julgue ositens a seguir:

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    I. A rejeio de representao de improbidade realizada por umaautoridade administrativa impede um particular de requer-lapelos mesmos fatos ao MP.

    O artigo 14 da Lei 8.429/92 prev que qualquer pessoa poderrepresentar autoridade administrativa competente para que sejainstaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato deimprobidade. Entretanto, necessrio que sejam obedecidas algumasformalidades legais, a exemplo da qualificao do representante, danecessidade de apresentao das informaes sobre o fato e sua autoriae a indicao das provas de que tenha conhecimento.

    Caso essas formalidades no sejam atendidas, a autoridadeadministrativa rejeitar a representao, em despacho fundamentado,

    o que no impede o particular de requerer a investigao junto aoMinistrio Pblico pelos mesmos fatos. Portanto, est incorreta aassertiva.

    II. Uma vez recebida a ao de improbidade proposta contra umindivduo e determinada sua citao, ele pode apelar ao tribunalpara tentar reformar a deciso.

    O recurso cabvel contra a deciso que receber a petio inicial da

    ao de improbidade o agravo de instrumento (artigos 522 eseguintes do Cdigo de Processo Civil) e no a apelao. Assertivaincorreta.

    III. legal a conduta de um indivduo que, arrependido de terpraticado ato de improbidade, procure o promotor de justia dacidade para dispor-se a transao em que seja proposta autoridade a recomposio do dano como forma de evitar oprosseguimento da ao que j fora proposta e, porconsequncia, a aplicao de pena.

    Em razo do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, proibida a realizao de transao, acordo ou conciliao nas aes deimprobidade administrativa. Incorreta a assertiva.

    IV. Ao de improbidade proposta contra ministro do SupremoTribunal Federal (STF) ser neste processada e julgada.

    No julgamento da Petio 3211 (PET 3211), em 13/03/2008, oSupremo Tribunal Federal, por maioria, decidiu que competente para

    julgar todos os processos judiciais que envolvam seus ministros

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    (inclusive as aes de improbidade administrativa), com exceo doscrimes de responsabilidade, cuja competncia do Senado Federal, nostermos do inciso II do artigo 52 da CF/88. Portanto, correta a assertiva.

    V. Considere a seguinte situao hipottica.

    Francisco ocupava exclusivamente cargo comissionado emtribunal de justia e foi responsvel pela licitao da obra dereforma do frum da capital ocorrida no perodo de 30/6/2003 a12/9/2003. Em 30/6/2004, ele foi exonerado do cargo. Apsregular processo administrativo, foi constatada a prtica de atode improbidade, razo pela qual, em fevereiro de 2009, foi

    ajuizada ao de improbidade contra Francisco. Nessa situao,est prescrita a aplicao da pena por ato de improbidade.

    As aes que tenham por objetivo garantir a aplicao das sanesprevistas na Lei de Improbidade Administrativa podem ser propostas atcinco anos aps o trmino do exerccio de mandato eletivo, de cargoem comisso ou de funo de confiana.

    Nesses termos, como Francisco foi exonerado do cargo em30/06/2004, o prazo prescricional de 05 (cinco) anos somente sefinalizaria em 30/06/2009. Como a ao de improbidade foi ajuizada

    contra Francisco em fevereiro de 2009, ainda no havia ocorrido aprescrio. Assertiva incorreta.

    08. (Procurador do Estado de Alagoas / PGE AL / CESPE 2009)Acerca da improbidade administrativa e do princpio damoralidade, julgue os itens a seguir:

    I. Considere a seguinte situao hipottica. O prefeito dedeterminado municpio resolveu mudar-se de sua casa de campo

    para a cidade com o propsito de ficar mais perto dos problemasurbanos. Para isso, utilizou um caminho da municipalidade paratransportar mveis de seu uso particular. Aps a instaurao deao de improbidade, o prefeito admitiu os fatos, mas alegou queno teria agido com culpa, pois mudou de domiclio para atenderao interesse pblico. Alm disso, comprovou o ressarcimento aoscofres pblicos da importncia de nove reais referente aocombustvel utilizado. Nessa situao, ao julgar a demandaapresentada, o juiz pode-se valer do princpio da insignificnciapara absolver o prefeito, uma vez que a leso ao bem jurdicoprotegido pela lei foi mnima.

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    No julgamento do recurso especial n 892.818/RS, em 11/11/2008,o Superior Tribunal de Justia decidiu que o princpio da insignificnciano pode ser aplicado para afastar as condutas judicialmente

    reconhecidas como mprobas, o que torna a assertiva incorreta.O fato ocorreu em um determinado municpio gacho e, na

    oportunidade, o Ministrio Pblico do Estado do Rio Grande do Sulajuizou uma ao civil pblica contra o chefe de gabinete do municpio,por utilizao indevida do carro oficial e o do trabalho de trs membrosda Guarda Municipal para transportar utenslios e bens pessoais.

    Entretanto, o Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul haviaaplicado o princpio da insignificncia ao caso, tendo em vista que odano foi apurado em R$ 8,47, equivalente ao valor do combustvel

    consumido no percurso.Insatisfeito com a deciso, o Ministrio Pblico recorreu ao STJ que,

    nas palavras do Ministro Herman Benjamin, manifestou-se no sentido deque o princpio da moralidade est umbilicalmente ligado ao conceito deboa administrao, ao elemento tico, honestidade, ao interessepblico e noo de bem comum. Dessa forma, concluiu o ministro,no se pode conceber que uma conduta ofenda s um pouco amoralidade, sendo impossvel a aplicao do princpio da insignificncia.

    II. O STJ fixou entendimento no sentido de que a contratao deagentes pblicos sem a realizao de concurso pblico ensejaviolao ao princpio da moralidade. Isso no quer dizer,contudo, que os responsveis pela contratao devam sercondenados a ressarcir o errio, pois essa condenao dependeda demonstrao do enriquecimento ilcito e do prejuzo para aadministrao.

    Esse realmente foi o entendimento manifestado pelo Superior

    Tribunal de Justia no julgamento do recurso especial n 737.279/PR,relatado pelo Ministro Castro Meira. Portanto, a assertiva est correta.

    III. Em ao de improbidade administrativa, se verificado que oato praticado pelo agente pblico ou beneficirio caracteriza-secomo culposo, no pode o juiz da causa conden-los a ressarcir odano ao errio.

    O texto da assertiva contraria expressamente o artigo 5 da Lei

    8.429/92, que expresso ao afirmar que ocorrendo leso ao patrimniopblico por ao ou omisso, dolosa ou culposa, do agente ou de

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    terceiro, dar-se- o integral ressarcimento do dano. Portanto, deve serconsiderada incorreta.

    IV. Segundo orientao do STF, os agentes polticos respondempor improbidade administrativa com base na Lei n. 8.429/1992independentemente da sujeio dos mesmos aos crimes deresponsabilidade tipificados nas respectivas leis especiais.

    No julgamento da Reclamao 2138, o Plenrio do SupremoTribunal Federal decidiu que os agentes polticos, por serem regidos pornormas especiais de responsabilidade, inscritas no art. 102, I, 'c', daConstituio da Repblica de 1988 e regulado pela Lei 1.079/50, no

    respondem por improbidade administrativa com base no art. 37, 4, daCR/88, regulado pela Lei 8.429/92, mas apenas por crime deresponsabilidade perante o STF ou Senado Federal. Assertivaincorreta.

    V. Nos termos da Lei n. 8.429/1992, as aes de improbidadepodem ser propostas em at 5 anos aps o conhecimento do fatopela administrao pblica.

    Nos termos do artigo 26 da Lei 8.429/92, as aes destinadas alevar a efeitos as sanes previstas em seu texto podem ser propostasem at cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargoem comisso ou de funo de confiana. Portanto, incorreta a assertiva.

    09. (Administrador / HEMOBRS / CESPE 2008) Acerca daimprobidade administrativa, julgue os seguintes itens.

    I. A Lei da improbidade administrativa cuida dos atos deimprobidade praticados por agentes pblicos contra o Poder

    Pblico na esfera federal. necessrio ficar muito atento ao responder esta assertiva, pois,

    em momento algum, foi afirmado que a Lei de improbidadeadministrativa cuida apenas dos atos de improbidade praticados contrao Poder Pblico na esfera federal.

    O texto da assertiva est em conformidade com o teor do artigo 1da Lei 8.429/92, que declara que os atos de improbidade praticados porqualquer agente pblico, servidor ou no, contra a administrao direta,indireta ou fundacional d e q u a lq u e r d o s Po d e r e s da Unio, dosEstados, do Distrito Federal, dos Municpios, de Territrio, de empresaincorporada ao patrimnio pblico ou de entidade para cuja criao ou

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    custeio o errio haja concorrido ou concorra com mais de cinqenta porcento do patrimnio ou da receita anual, sero punidos na formaprevista em seu texto.

    II. Mesmo que no importe em enriquecimento ilcito ou nocause prejuzo ao errio, poder um ato administrativo serconsiderado ato de improbidade administrativa.

    Est correto o texto da assertiva, pois tambm constitui ato deimprobidade administrativa que atenta contra os princpios daadministrao pblica qualquer ao ou omisso que viole os deveresde honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies

    pblicas ou que possuem participao do poder pblico.

    III. restrito ao Ministrio Pblico (MP) a competncia derepresentar autoridade administrativa competente para queseja instaurada a investigao destinada a apurar a prtica deato de improbidade.

    Ao contrrio do que consta no texto da assertiva, qualquerpessoa poder representar autoridade administrativa competente paraque seja instaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato deimprobidade. Ademais, caso a representao seja rejeitada pelaautoridade administrativa, mediante despacho fundamentado, ainda serpossvel renov-la junto ao Ministrio Pblico.

    IV. A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticoss se efetivam com o trnsito em julgado da sentenacondenatria.

    O artigo 20 da Lei 8.429/92 realmente prev que a perda da funo

    pblica e a suspenso dos direitos polticos s se efetivam com o trnsitoem julgado da sentena condenatria. Entretanto, caso seja necessrio instruo processual, a autoridade judicial ou administrativa competentepoder determinar o afastamento do agente pblico do exerccio docargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao. Correta aassertiva.

    V. A aplicao das sanes legais depende da efetiva ocorrnciade dano ao patrimnio pblico em funo da improbidadeadministrativa desenvolvida.

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    Diferentemente do que foi afirmado na assertiva, a aplicao dassanes previstas na Lei de Improbidade Administrativa independe daefetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena

    de ressarcimento.

    VI. As aes civis de ressarcimento ao errio so imprescritveis.

    O 5 do artigo 37 da CF/88 prev que a lei estabelecer osprazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente,servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas asrespectivas aes de ressarcimento. Assim, como possvelconstatar, as aes civis de ressarcimento ao errio so imprescritveis,

    ao contrrios das aes penais e administrativas. Correta a assertiva.

    VII. legitimado o MP para propor transao, acordo ouconciliao nas aes de improbidade administrativa.

    A afirmativa est em desacordo com o teor do 1 do artigo 17 daLei 8.429/92, que, expressamente, probe a transao, acordo ouconciliao nas aes de improbidade administrativa.

    VIII. Os atos de improbidade administrativa que importem emenriquecimento ilcito podem acarretar o pagamento de multacivil at o valor do acrscimo patrimonial ocorrido.

    Independentemente das sanes penais, civis e administrativasprevistas na legislao especfica, aquele que praticar atos deimprobidade administrativa que importem em enriquecimento ilcitoainda estar sujeito ao ressarcimento integral do dano, quando houver,perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de oito a dezanos, pagamento de multa civil de at trs vezes o valor do

    acrscimo patrimonial e proibio de contratar com o Poder Pblico oureceber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ouindiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual sejascio majoritrio, pelo prazo de dez anos, nos termos do inciso I doartigo 12 da Lei 8.429/92.

    Portanto, como possvel constatar, o texto da assertiva estincorreto, pois informou que o valor da multa civil ter como limite ovalor do acrscimo patrimonial ocorrido.

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    10. (Analista Judicirio / TRT 5 Regio / CESPE 2008) Um oficialde justia de determinado tribunal dirigiu-se residncia de umrico empresrio a fim de dar cumprimento a uma ordem judicial.

    A ordem do juiz determinava que fossem apreendidos bensmveis de valor, tais como dinheiro em espcie, ttulos decrdito, jias, obras de arte etc. O empresrio, contudo, pediu aooficial que no desse cumprimento ordem, visto que estavafalido e que os nicos bens que lhe restavam eram suas obras dearte. O oficial, sensibilizado com a situao, no deucumprimento ao mandado, atestando que no havia encontradobens mveis de valor na residncia. Considerando a situaohipottica descrita, julgue os itens a seguir luz da Lei n.8.429/1992.

    I. A situao no configura ato de improbidade administrativa,visto que o oficial no recebeu vantagem econmica indevidapara deixar de dar cumprimento deciso.

    O texto da assertiva no est em conformidade com o artigo 11 daLei 8.429/92, que estabelece constituir ato de improbidadeadministrativa que atenta contra os princpios da administrao pblicaqualquer ao ou omisso que viole os deveres de honestidade,imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies, e notadamente,

    retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofcio.

    II. O oficial poder ser punido com pena de perda da funopblica, suspenso dos direitos polticos de oito a dez anos eproibio de contratar com o poder pblico ou receber benefciosou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente,ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja sciomajoritrio, pelo prazo de dez anos.

    A penalidade exposta no texto da assertiva se aplica queles quepraticarem atos de improbidade administrativa que importarem emenriquecimento ilcito.

    No caso do oficial de justia, que praticou ato de improbidadeadministrativa que atenta contra os princpios da Administrao Pblica,poder ser aplicada a penalidade de ressarcimento integral do dano, sehouver, perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos de trsa cinco anos, pagamento de multa civil de at cem vezes o valor daremunerao percebida pelo agente e proibio de contratar com o

    Poder Pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios,direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da

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    qual seja scio majoritrio, pelo prazo de trs anos. Desse modo, estincorreto o texto da assertiva.

    III. O empresrio beneficiado no pode ser ru em ao deimprobidade visto que no se enquadra no conceito de agentepblico.

    A prpria Lei 8.429/92, em seu artigo 3, afirma que seusdispositivos so aplicveis, no que couber, quele que, mesmo nosendo agente pblico, induza ou concorra para a prtica do ato deimprobidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta,o que invalida o texto da assertiva.

    11. (Oficial de Justia / Tribunal de Justia do Cear / CESPE2008) Em relao improbidade administrativa, julgue os itensque se seguem.

    I. Considere a seguinte situao hipottica.

    Antnio ocupou, de 1./1/2001 a 31/12/2006, exclusivamente,o cargo comissionado de diretor de empresa pblica, responsveldireto por todas as licitaes. Em janeiro de 2007, o MP ajuizou

    ao de improbidade administrativa contra Antnio, porilegalidade cometida em concorrncia realizada no dia20/2/2002. Nessa situao, em face da prescrio, a ao deimprobidade no deve ser conhecida pelo juzo a que couber talmatria.

    Questes envolvendo prazo prescricional para o ajuizamento deao de improbidade administrativa so muito freqentes nas provaselaboradas pelo CESPE, conforme voc j percebeu. Para respond-lascorretamente, lembre-se de que essas aes podem ser propostas at

    cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargo emcomisso ou de funo de confiana.

    Sendo assim, como Antnio somente deixou o cargo comissionadode diretor de empresa pblica em 31/12/2006, o Ministrio Pblicopoderia ajuizar a ao de improbidade administrativa at 31/12/2011,o que torna o texto da assertiva incorreto.

    II. Contra deciso que no receba a petio inicial da ao deimprobidade cabe apelao para o autor.

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    Nesta assertiva o candidato deve ficar bastante atento. Isso porqueo 10 do artigo 17 da Lei 8.429/92 afirma que contra a deciso quereceber a petio inicial, caber agravo de instrumento.

    Todavia, no presente caso a deciso no recebeu a petio inicialda ao de improbidade administrativa, e, portanto, o recurso cabvelser a apelao e no o agravo de instrumento. Por isso est correto otexto da assertiva.

    III. A aprovao das contas do agente pblico por tribunal decontas afasta a possibilidade de incidncia em ato mprobo peloservidor que o praticou.

    No esse o teor do inciso II do artigo 21 da Lei 8.429/92, aoafirmar que a aplicao das sanes previstas na Lei de ImprobidadeAdministrativa independe da aprovao ou rejeio das contas pelorgo de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.Portanto, est incorreta a assertiva.

    IV. O juiz, antes do recebimento da ao de improbidadeadministrativa, dever mandar notificar o requerido para que,dentro de quinze dias, apresente manifestao escrita.

    A assertiva est em conformidade com o teor do 7 da Lei8.429/92, que afirma que se a petio inicial estiver em devida forma, o

    juiz mandar autu-la e ordenar a notificao do requerido, paraoferecer manifestao por escrito, que poder ser instruda comdocumentos e justificaes, dentro do prazo de quinze dias.

    12. (Analista Judicirio / TRE-BA 2010 / CESPE) Julgue oprximo item, relativo ao instituto da improbidade

    administrativa.I. A aplicao das medidas punitivas previstas na Lei deImprobidade Administrativa pressupe a ocorrncia de dolocomo o nico elemento subjetivo, pois o ato de improbidadeadministrativa implica enriquecimento ilcito para o sujeito ativo,prejuzo para o errio ou afronta aos princpios da administraopblica, circunstncias que afastam a configurao de culpa.

    No julgamento do recurso especial n 766.231/PR, sob a relatoriada Ministra Denise Arruda, o Superior Tribunal de Justia decidiu serindispensvel a presena de dolo ou culpa do agente pblico aopraticar o suposto ato de improbidade administrativa.

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    Entretanto, importante esclarecer que a forma culposa somente admitida nos atos de improbidade administrativa que causam prejuzosao errio (artigo 10 da Lei 8.429/92), no sendo aplicvel s hipteses

    previstas no artigo 9 (atos que importam enriquecimento ilcito) e shipteses descritas no artigo 11 (atos de improbidade administrativa queatentam contra os princpios da Administrao Pblica). Nestes casos,para que seja configurada a improbidade administrativa, necessrioque esteja presente o elemento subjetivo doloso.

    Sendo assim, est incorreto o texto da assertiva, pois afirmou quea aplicao das medidas punitivas previstas na Lei 8.429/92 pressupe aocorrncia de dolo como o nico elemento subjetivo, o que no verdade.

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    RELAO DE QUESTES COMENTADAS

    01. (Analista de Recursos Humanos / MCT FINEP / CESPE 2009adaptada) Quanto ao processo administrativo no mbito daadministrao pblica federal, julgue as assertivas abaixo:

    I. Um rgo administrativo e seu titular podem, na ausncia deimpedimento legal, delegar a sua competncia a outros rgos outitulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamentesubordinados, em razo de circunstncias de ndole tcnica,social, econmica, jurdica ou territorial.

    II. Em respeito supremacia do interesse pblico, quando amatria do processo envolver assunto de interesse geral, obrigatrio ao rgo competente, mediante despacho motivado,abrir perodo de consulta pblica para manifestao de terceiros,antes da deciso do pedido, mesmo que haja prejuzo para aparte interessada.

    III. O direito da administrao de anular os atos administrativosde que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai

    em 2 anos, contados da data em que foram praticados, mesmoque comprovada a m-f do beneficirio.

    IV. O rgo competente para decidir o recurso administrativopode confirmar, modificar, anular ou revogar, total ouparcialmente, a deciso recorrida, se a matria for de suacompetncia, mas no pode agravar a situao do recorrente.

    V. Em deciso, na qual se evidencie no acarretar leso aointeresse pblico nem prejuzo a terceiros, os atos queapresentarem defeitos sanveis podem ser revalidados pela

    prpria administrao.

    02. (Tcnico Federal de Controle / TCU / CESPE 2009) Acerca daLei n. 9.784/1999 marco legal referente ao processoadministrativo e de aspectos relacionados a esse tema, julgueos itens abaixo:

    I. A lei em apreo regulamenta o processo administrativo nombito da Unio, dos estados e dos municpios, visando, entre

    outros aspectos, proteo dos direitos dos administrados e aomelhor cumprimento dos fins da administrao.

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    II. A competncia irrenuncivel e se exerce pelos rgosadministrativos a que foi atribuda como prpria. Como exceo,pode ser objeto de delegao a deciso a ser proferida em

    recursos administrativos.III. Segundo jurisprudncia recente do STF, inconstitucional aexigncia de depsito prvio da multa aplicada pelaadministrao pblica como condio de admissibilidade dorecurso na esfera administrativa.

    IV. Considere a seguinte situao hipottica.

    A administrao pblica concedeu ascenso funcional a servidorpblico federal em janeiro de 2002. Em dezembro de 2008, o TCU

    determinou a anulao do ato administrativo, sem garantir aoreferido servidor o contraditrio e a ampla defesa. Nessasituao, o STF entende que o ato do TCU no passvel denulidade, pois o ato concessivo somente produziria efeitos apartir do exame pelo referido rgo de controle.

    03. (Analista Judicirio / TRT 17 Regio / CESPE 2009) Acercadas disposies que regulam o processo administrativo nombito da administrao pblica federal, julgue os seguintes

    itens segundo a Lei n 9.784/99:I. Titular de rgo administrativo que delegar parte de suacompetncia a outro rgo no poder revogar o ato dedelegao.

    II. rgo unidade de atuao integrante da estrutura daadministrao direta e indireta; entidade unidade no dotadade personalidade jurdica.

    III. Os processos administrativos de que resultem sanes

    podero ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio,quando surgirem fatos novos; entretanto, dessa reviso nopoder resultar agravamento da sano.

    04. (Analista Ambiental / IBAMA / CESPE 2009) Julgue osprximos itens acerca do processo administrativo no mbito daadministrao pblica federal, conforme regras estabelecidaspela Lei n. 9.784/1999.

    I. Os processos administrativos devem ser guiados por critriosque observem as formalidades essenciais garantia dos direitosdos administrados, adotadas de formas simples e

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    desburocratizadas, suficientes para garantir grau de certeza,segurana e respeito a esses direitos.

    II. O direito do administrado de ter cincia da tramitao dosprocessos administrativos em que figure na qualidade deinteressado e de neles atuar peticionando, juntando documentos,fazendo requerimentos e recursos, no ilide o fato de que aadministrao deve, por si mesma, dar impulso, de ofcio, aoprocesso administrativo.

    III. A elaborao de modelos ou formulrios padronizados queatinjam pretenses equivalentes no tratamento de um mesmoassunto no mbito da administrao pblica medidaburocratizante, que deve ser evitada, porque, com isso,

    desconsidera-se a peculiaridade de cada situao.IV. A delegao de competncia em razo de circunstncias dendole tcnica apenas pode ocorrer dentro do prprio rgoadministrativo, sendo incabvel delegao para este fim mediantetransferncia de competncia a outros rgos ou titulares, queno estejam na mesma linha de hierarquia e subordinao.

    05. (Analista do Seguro Social / INSS / CESPE 2008) Acerca do

    procedimento administrativo previsto na Lei n. 9.784/1999,julgue os itens a seguir.

    I. A avocao de procedimentos administrativos decorre do poderhierrquico.

    II. Os rgos administrativos, ao contrrio das entidades, tmpersonalidade jurdica prpria e podem postular em juzo.

    III. vedado administrao recusar, de forma imotivada, orecebimento de documentos, devendo o servidor orientar o

    interessado quanto ao cumprimento de eventuais falhas.IV. A deciso de recurso administrativo indelegvel.

    06. (Agente Tcnico-Jurdico / MPE AM / CESPE 2008) Acerca daLei n. 9.784/1999, que estabelece normas a respeito doprocesso administrativo, julgue os prximos itens.

    I. Como regra geral, so considerados capazes, para fins deprocesso administrativo, os maiores de dezoito anos.

    II. Considere que um servidor que responde a um processoadministrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para a

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    oitiva de testemunhas que se realizaria na segunda-feiraprxima. Nesse caso, a intimao deve ser considerada comovlida, j que atendeu ao prazo de 3 dias estabelecido na lei.

    07. (Analista de Controle Externo / TCE-AC / CESPE 2009 -adaptada) Em relao improbidade administrativa, julgue ositens a seguir:

    I. A rejeio de representao de improbidade realizada por umaautoridade administrativa impede um particular de requer-lapelos mesmos fatos ao MP.

    II. Uma vez recebida a ao de improbidade proposta contra um

    indivduo e determinada sua citao, ele pode apelar ao tribunalpara tentar reformar a deciso.

    III. legal a conduta de um indivduo que, arrependido de terpraticado ato de improbidade, procure o promotor de justia dacidade para dispor-se a transao em que seja proposta autoridade a recomposio do dano como forma de evitar oprosseguimento da ao que j fora proposta e, porconsequncia, a aplicao de pena.

    IV. Ao de improbidade proposta contra ministro do SupremoTribunal Federal (STF) ser neste processada e julgada.V. Considere a seguinte situao hipottica.

    Francisco ocupava exclusivamente cargo comissionado emtribunal de justia e foi responsvel pela licitao da obra dereforma do frum da capital ocorrida no perodo de 30/6/2003 a12/9/2003. Em 30/6/2004, ele foi exonerado do cargo. Apsregular processo administrativo, foi constatada a prtica de atode improbidade, razo pela qual, em fevereiro de 2009, foi

    ajuizada ao de improbidade contra Francisco. Nessa situao,est prescrita a aplicao da pena por ato de improbidade.

    08. (Procurador do Estado de Alagoas / PGE AL / CESPE 2009)Acerca da improbidade administrativa e do princpio damoralidade, julgue os itens a seguir:

    I. Considere a seguinte situao hipottica. O prefeito de

    determinado municpio resolveu mudar-se de sua casa de campopara a cidade com o propsito de ficar mais perto dos problemasurbanos. Para isso, utilizou um caminho da municipalidade para

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    transportar mveis de seu uso particular. Aps a instaurao deao de improbidade, o prefeito admitiu os fatos, mas alegou queno teria agido com culpa, pois mudou de domiclio para atender

    ao interesse pblico. Alm disso, comprovou o ressarcimento aoscofres pblicos da importncia de nove reais referente aocombustvel utilizado. Nessa situao, ao julgar a demandaapresentada, o juiz pode-se valer do princpio da insignificnciapara absolver o prefeito, uma vez que a leso ao bem jurdicoprotegido pela lei foi mnima.

    II. O STJ fixou entendimento no sentido de que a contratao deagentes pblicos sem a realizao de concurso pblico ensejaviolao ao princpio da moralidade. Isso no quer dizer,

    contudo, que os responsveis pela contratao devam sercondenados a ressarcir o errio, pois essa condenao dependeda demonstrao do enriquecimento ilcito e do prejuzo para aadministrao.

    III. Em ao de improbidade administrativa, se verificado que oato praticado pelo agente pblico ou beneficirio caracteriza-secomo culposo, no pode o juiz da causa conden-los a ressarcir odano ao errio.

    IV. Segundo orientao do STF, os agentes polticos respondem

    por improbidade administrativa com base na Lei n. 8.429/1992independentemente da sujeio dos mesmos aos crimes deresponsabilidade tipificados nas respectivas leis especiais.

    V. Nos termos da Lei n. 8.429/1992, as aes de improbidadepodem ser propostas em at 5 anos aps o conhecimento do fatopela administrao pblica.

    09. (Administrador / HEMOBRS / CESPE 2008) Acerca da

    improbidade administrativa, julgue os seguintes itens.I. A Lei da improbidade administrativa cuida dos atos deimprobidade praticados por agentes pblicos contra o PoderPblico na esfera federal.

    II. Mesmo que no importe em enriquecimento ilcito ou nocause prejuzo ao errio, poder um ato administrativo serconsiderado ato de improbidade administrativa.

    III. restrito ao Ministrio Pblico (MP) a competncia de

    representar autoridade administrativa competente para queseja instaurada a investigao destinada a apurar a prtica deato de improbidade.

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    IV. A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticoss se efetivam com o trnsito em julgado da sentenacondenatria.

    V. A aplicao das sanes legais depende da efetiva ocorrnciade dano ao patrimnio pblico em funo da improbidadeadministrativa desenvolvida.

    VI. As aes civis de ressarcimento ao errio so imprescritveis.

    VII. legitimado o MP para propor transao, acordo ouconciliao nas aes de improbidade administrativa.

    VIII. Os atos de improbidade administrativa que importem emenriquecimento ilcito podem acarretar o pagamento de multa

    civil at o valor do acrscimo patrimonial ocorrido.

    10. (Analista Judicirio / TRT 5 Regio / CESPE 2008) Um oficialde justia de determinado tribunal dirigiu-se residncia de umrico empresrio a fim de dar cumprimento a uma ordem judicial.A ordem do juiz determinava que fossem apreendidos bensmveis de valor, tais como dinheiro em espcie, ttulos decrdito, jias, obras de arte etc. O empresrio, contudo, pediu aooficial que no desse cumprimento ordem, visto que estavafalido e que os nicos bens que lhe restavam eram suas obras dearte. O oficial, sensibilizado com a situao, no deucumprimento ao mandado, atestando que no havia encontradobens mveis de valor na residncia. Considerando a situaohipottica descrita, julgue os itens a seguir luz da Lei n.8.429/1992.

    I. A situao no configura ato de improbidade administrativa,visto que o oficial no recebeu vantagem econmica indevidapara deixar de dar cumprimento deciso.

    II. O oficial poder ser punido com pena de perda da funopblica, suspenso dos direitos polticos de oito a dez anos eproibio de contratar com o poder pblico ou receber benefciosou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente,ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja sciomajoritrio, pelo prazo de dez anos.

    III. O empresrio beneficiado no pode ser ru em ao deimprobidade visto que no se enquadra no conceito de agente

    pblico.

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    11. (Oficial de Justia / Tribunal de Justia do Cear / CESPE2008) Em relao improbidade administrativa, julgue os itensque se seguem.

    I. Considere a seguinte situao hipottica.Antnio ocupou, de 1./1/2001 a 31/12/2006, exclusivamente,o cargo comissionado de diretor de empresa pblica, responsveldireto por todas as licitaes. Em janeiro de 2007, o MP ajuizouao de improbidade administrativa contra Antnio, porilegalidade cometida em concorrncia realizada no dia20/2/2002. Nessa situao, em face da prescrio, a ao deimprobidade no deve ser conhecida pelo juzo a que couber talmatria.

    II. Contra deciso que no receba a petio inicial da ao deimprobidade cabe apelao para o autor.

    III. A aprovao das contas do agente pblico por tribunal decontas afasta a possibilidade de incidncia em ato mprobo peloservidor que o praticou.

    IV. O juiz, antes do recebimento da ao de improbidadeadministrativa, dever mandar notificar o requerido para que,dentro de quinze dias, apresente manifestao escrita.

    12. (Analista Judicirio / TRE-BA 2010 / CESPE) Julgue oprximo item, relativo ao instituto da improbidadeadministrativa.

    I. A aplicao das medidas punitivas previstas na Lei deImprobidade Administrativa pressupe a ocorrncia de dolocomo o nico elemento subjetivo, pois o ato de improbidadeadministrativa implica enriquecimento ilcito para o sujeito ativo,

    prejuzo para o errio ou afronta aos princpios da administraopblica, circunstncias que afastam a configurao de culpa.

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    Direito Administrativo - Prof. Fabiano Pereira

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    GABARITO

    1) I.F II.FIII.F IV.F V.C 2) I.F II.FIII.C IV.F 3) I.F II.FIII.C 4) I.C II.CIII.F IV.F 5) I.C II.FIII.C IV.C

    6) I.C II.F 7) I.F II.FIII.F IV.C V.F

    8) I.F II.CIII.F IV.F V.F

    9) I.C II.CIII.F IV.C V.F

    VI.C VII.FVIII.F

    10) I.F II.FIII.F

    11) I.F II.CIII.F IV.C

    12) I.F