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1/140 LEI COMPLEMENTAR Nº 963, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2005 Dispõe sobre o Sistema Tributário Municipal de Lindóia-SP e dá outras providências correlatas. ÉLCIO FIORI DE GODOY, Prefeito Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga seguinte lei: CÓDIGO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE LINDÓIA - SP LIVRO I PARTE GERAL DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar, denominada "Código Tributário Municipal", dispõe sobre o Sistema Tributário do Município da Estância Hidromineral de Lindóia-SP, com fundamento na Constituição da República Federativa do Brasil, no Código Tributário Nacional e legislação subseqüente e na Lei Orgânica do Município. Art. 2º Este Código disciplina a atividade tributária do Município e estabelece normas complementares de Direito Tributário a ele relativas. TÍTULO I DAS NORMAS GERAIS CAPÍTULO I Da legislação tributária Art. 3º A legislação tributária do Município de Lindóia compreende as leis, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre os tributos de sua competência e as relações jurídicas a eles pertinentes. Art. 4º Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos ou a sua extinção; II - a majoração de tributos ou a sua redução;

LEI COMPLEMENTAR Nº 963, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2005 … · extinção do crédito fiscal. Art. 27 Salvo os casos expressamente previstos em lei, a solidariedade produz os seguintes

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LEI COMPLEMENTAR Nº 963, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2005

Dispõe sobre o Sistema Tributário Municipal de Lindóia-SP e dá outras providências correlatas. ÉLCIO FIORI DE GODOY , Prefeito Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga seguinte lei:

CÓDIGO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE LINDÓIA - SP

LIVRO I PARTE GERAL

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar, denominada "Código Tributário Municipal", dispõe sobre o Sistema Tributário do Município da Estância Hidromineral de Lindóia-SP, com fundamento na Constituição da República Federativa do Brasil, no Código Tributário Nacional e legislação subseqüente e na Lei Orgânica do Município.

Art. 2º Este Código disciplina a atividade tributária do Município e estabelece normas complementares de Direito Tributário a ele relativas.

TÍTULO I

DAS NORMAS GERAIS

CAPÍTULO I

Da legislação tributária

Art. 3º A legislação tributária do Município de Lindóia compreende as leis, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre os tributos de sua competência e as relações jurídicas a eles pertinentes.

Art. 4º Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos ou a sua redução;

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III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal e de seu sujeito passivo;

IV - a fixação da alíquota do tributo e da sua base de cálculo;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, bem como de dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º A lei que estabelecer as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, bem como de dispensa ou redução de penalidades previstas no inciso VI deste artigo:

I - não poderá instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercidas, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

II - demonstrará o efeito sobre as receitas e despesas, decorrente dos benefícios concedidos.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os efeitos do inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

§ 3º A atualização a que se refere o § 2º será promovida por ato do Poder Executivo e abrangerá tanto a correção monetária quanto a econômica da base de cálculo, em ambos os casos obedecidos os critérios e parâmetros definidos neste Código e em leis subseqüentes.

Art. 5° Para sua aplicação, a lei tributária poderá ser regulamentada por decreto, que tem seu conteúdo e alcance restritos às leis que lhe deram origem, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas neste Código.

Art. 6º São normas complementares das leis e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, tais como Portarias, Circulares, Instruções, Avisos de Ordens de Serviço, expedidas pelo Secretário ou Diretor de Finanças e pelos Órgãos Administrativos, encarregados da aplicação da Lei;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente adotadas pelas autoridades administrativas;

IV - os convênios celebrados pelo Município com a União, Estado, Distrito Federal ou outros Municípios.

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Art. 7º A lei entra em vigor na data de sua publicação, salvo os dispositivos que instituam ou majorem tributos, definam novas hipóteses de incidência e extingam ou reduzam isenções, que só produzirão efeitos a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.

Art. 8º A lei tributária tem aplicação obrigatória pelas autoridades administrativas, não constituindo motivo para deixar de aplicá-la o silêncio, a omissão ou obscuridade de seu texto.

Art. 9º Quando ocorrer dúvida ao contribuinte, quanto à aplicação de dispositivo da lei, este poderá, mediante petição, consultar à hipótese concreta do fato.

Art. 10 A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidades à infração dos dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando:

a) deixe de defini-lo como infração;

b) deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento, nem implicado a falta de pagamento de tributo;

c) comine-lhe penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.

CAPÍTULO II

Da interpretação e integração da legislação tributária

Art. 11 Na aplicação da legislação tributária são admissíveis quaisquer métodos ou processos de interpretação, observado o disposto neste capítulo.

Art. 12 Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na ordem indicada:

I - a analogia;

II - os princípios gerais de direito tributário;

III - os princípios gerais de direito público;

IV - a eqüidade.

§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.

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§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento do tributo devido.

Art. 13 Interpreta-se literalmente esta lei, sempre que dispuser sobre:

I - suspensão ou exclusão de crédito tributário;

II - outorga de isenção;

III - dispensa de cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

Art. 14 Interpreta-se esta lei de maneira mais favorável ao infrator, no que se refere à definição de infrações e à cominação de penalidades, nos casos de dúvida quanto:

I - à capitulação legal do fato;

II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;

III - à autoria, imputabilidade ou punibilidade;

IV - à natureza da penalidade aplicável ou à sua graduação.

TÍTULO II

DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I

Das obrigações tributárias

Art. 15 A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por seu objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária, extinguindo-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto prestações positivas ou negativas nela prevista no interesse do lançamento, da cobrança e da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato de sua não observância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Art. 16 Se não fixado o tempo do pagamento, o vencimento da obrigação tributária ocorre 30 (trinta) dias após a data da apresentação da declaração do lançamento ou da notificação do sujeito passivo.

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CAPÍTULO II

Do fato gerador

Art. 17 Fato gerador da obrigação principal é a situação definida neste Código como necessária e suficiente para justificar o lançamento e a cobrança de cada um dos tributos de competência do Município.

Art. 18 Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação tributária do Município, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

Art. 19 Salvo disposição em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que se produzam os efeitos que normalmente lhe são próprios;

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.

Art. 20 Para os efeitos do inciso II do artigo 19 e salvo disposição em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento do seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.

Art. 21 A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos, efetivamente praticados pelos contribuintes responsáveis ou terceiros, bem como da natureza do objeto ou de seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

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CAPÍTULO III

Do sujeito da obrigação

Seção I

Do sujeito ativo

Art. 22 Na qualidade de sujeito ativo da obrigação tributária, o Município de Lindóia é a pessoa de direito público titular da competência para lançar, cobrar e fiscalizar os tributos especificados neste Código e nas leis a ele subseqüentes.

§ 1º A competência tributária é indelegável, salvo a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida a outra pessoa jurídica e de direito público.

§ 2º Não constitui delegação de competência o cometimento a pessoas de direito privado do encargo ou função de arrecadar tributos.

Seção II

Do sujeito passivo

Art. 23 O sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa física ou jurídica obrigada, nos termos deste Código, ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e será considerado:

I - contribuinte, quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem se revestir da condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de disposições expressas neste Código.

Art. 24 Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada à prática ou à abstenção de atos previstos na legislação tributária do Município, que não configurem obrigação principal.

Art. 25 Salvo os casos expressamente previstos em lei, as convenções e os contratos, relativos à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostos à Fazenda Municipal, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

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Seção III

Da solidariedade

Art. 26 São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas expressamente designadas por lei;

II - as pessoas que, ainda que não designadas por lei, tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.

§ 1° A solidariedade não comporta benefício de ordem.

§ 2° A solidariedade subsiste em relação a cada um dos devedores solidários, até a extinção do crédito fiscal.

Art. 27 Salvo os casos expressamente previstos em lei, a solidariedade produz os seguintes efeitos:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão do crédito tributário exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais, pelo saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais.

Seção IV

Da capacidade tributária passiva

Art. 28 A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

Seção V

Do domicílio tributário

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Art. 29 Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, para os fins desta lei, considera-se domicílio tributário:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual ou sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade, no território do Município;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar de cada estabelecimento situado no território do Município;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território do Município.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras previstas em quaisquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos que derem origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

CAPÍTULO IV

Da responsabilidade

Art. 30 Sem prejuízo do disposto neste Código, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este, em caráter supletivo, o cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

Seção I

Da responsabilidade dos sucessores

Art. 31 Os créditos tributários relativos ao Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, às taxas pela utilização de serviços referentes a tais bens e à contribuição de melhoria subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública a subrogação ocorre sobre o respectivo preço.

Art. 32 São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos sem que tenha havido prova de sua quitação;

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II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou da adjudicação, limitada a responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data do julgamento do inventário.

Art. 33 A pessoa jurídica de direito privado que resultar da fusão, transformação ou incorporação de outra é responsável pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas, até a data do respectivo ato.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

Art. 34 A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, a qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial, produtor, de prestação de serviços ou profissional e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social, denominação ou sob firma individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:

I - integralmente se o alienante cessar a exploração da atividade;

II - subsidiariamente, com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses, contados da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo da atividade.

Seção II

Da responsabilidade de terceiros

Art. 35 Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou nas omissões pelas quais forem responsáveis:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles ou perante eles em razão do seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.

Art. 36 São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes às obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poder ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior;

II - os mandatários, os prepostos e os empregados;

III - os diretores, os gerentes ou os representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

Seção III

Da responsabilidade por infrações

Art. 37 Constitui infração fiscal toda ação ou omissão que importe em não observância, por parte do contribuinte, responsável ou terceiro, das normas estabelecidas na lei tributária.

Parágrafo único. A responsabilidade por infrações desta lei independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Art. 38 A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada ou o pagamento do tributo em atraso, após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

TÍTULO III

DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CAPÍTULO I

Das disposições gerais

Art. 39 O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.

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Art. 40 As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, que excluem sua exigibilidade, não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Art. 41 O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou se extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos expressamente previstos neste Código, fora dos quais não podem ser dispensados, sob pena de responsabilidade funcional, na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

CAPÍTULO II

Da constituição do crédito tributário

Art. 42 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a:

I - verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária correspondente;

II - determinar a matéria tributável;

III - calcular o montante do tributo devido;

IV - identificar o sujeito passivo;

V - propor, sendo o caso, a aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

Art. 43 O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

Parágrafo único. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes de investigação das autoridades administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

Art. 44 O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente pode ser alterado em virtude de:

I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 49.

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Art. 45 Considera-se o contribuinte notificado do lançamento ou de qualquer alteração posterior no lançamento, daí se contando o prazo para reclamação, relativamente às inscrições nele indicadas, através:

I - da notificação direta;

II - da afixação de edital no quadro de editais e/ou avisos da Prefeitura Municipal;

III - da publicação em pelo menos um dos jornais de circulação regular no Município de Lindóia;

IV - da publicação no Órgão de Imprensa Oficial do Município;

V - da remessa do aviso por via postal.

§ 1º Quando o domicílio tributário do contribuinte se localizar fora do território do Município, considerar-se-á feita notificação direta com a remessa do aviso por via postal.

§ 2º Na impossibilidade de se localizar pessoalmente o sujeito passivo, quer através da entrega pessoal da notificação, quer através de sua remessa por via postal, reputar-se-á efetivado o lançamento ou as suas alterações mediante a comunicação na forma dos incisos II e III deste artigo.

§ 3º A recusa do sujeito passivo em receber a comunicação do lançamento, ou a impossibilidade de localizá-lo, pessoalmente ou através de via postal, não implica dilação do prazo concedido para o cumprimento da obrigação tributária, ou para a apresentação de reclamações ou interposição de recursos.

Art. 46 A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

CAPÍTULO III

Das modalidades de lançamento

Art. 47 O lançamento é efetuado:

I - com base na declaração do contribuinte, ou seu representante legal;

II - de ofício, nos casos previstos nesta seção.

Art. 48 Far-se-á o lançamento com base na declaração do contribuinte, quando este prestar à autoridade administrativa informações sobre a matéria de fato, indispensáveis à efetivação do lançamento.

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§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e anteriormente à notificação do lançamento.

§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame, serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

Art. 49 O lançamento é efetuado ou revisto de ofício pelas autoridades administrativas, nos seguintes casos:

I - quando assim a lei o determine;

II - quando a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e forma desta lei;

III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração, nos termos do inciso anterior, deixe de atender, atempadamente, o pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;

IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária, como sendo de declaração obrigatória;

V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada, nos casos de lançamento por homologação a que se refere o artigo 50;

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado, que conceda lugar à aplicação de penalidade pecuniária;

VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;

VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado quando do lançamento anterior;

IX - quando se comprove que no lançamento anterior ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial;

X - quando se comprove, que no lançamento anterior, ocorreu erro na apreciação dos fatos ou na aplicação da lei.

Parágrafo Único A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

Art. 50 O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente o homologue.

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§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos do caput deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento.

§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.

§ 3º Os atos a que se referem o parágrafo anterior serão considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.

§ 4º O prazo para a homologação será de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador.

§ 5º Expirado o prazo previsto no parágrafo anterior sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, considerar-se-á homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Art. 51 A declaração ou comunicação fora do prazo, para efeito de lançamento, não desobriga o contribuinte do pagamento de multas e correção monetária.

CAPÍTULO IV

Da suspensão do crédito tributário

Art. 52 Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - a moratória;

II - o parcelamento;

III - o depósito do seu montante integral;

IV - as reclamações e os recursos, nos termos das disposições deste Código, pertinentes ao processo administrativo;

V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada judiciais.

Art. 53 A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso ou dela conseqüentes.

Seção I

Da moratória

Art. 54 Constitui moratória a concessão de novo prazo ao sujeito passivo, após o vencimento do prazo originalmente assinalado para o pagamento do crédito tributário.

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§ 1º A moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

§ 2º A moratória não aproveita os casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou de terceiros em benefício daquele.

Art. 55 A moratória será concedida em caráter geral, através de lei, ou individual, por despacho da autoridade administrativa competente, desde que autorizada por Lei Municipal.

Parágrafo único. A lei concessiva da moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade a determinada área do Município ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos, levando-se em conta sua capacidade contributiva.

Art. 56 A lei que conceder moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:

I - o prazo de duração do favor;

II - as condições da concessão do favor em caráter individual;

III - sendo o caso:

a) o tributo a que se aplica;

b) o número de prestações e seus vencimentos dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de um e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;

c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiário, no caso de concessão em caráter individual.

Art. 57 Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido efetuado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.

Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou de terceiro em benefício daquele.

Art. 58 A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada, de ofício, sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para obtenção do favor, cobrando-se o crédito remanescente acrescido de juros de mora:

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I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiário ou de terceiro em benefício daquele;

II - sem imposição de penalidades, nos demais casos.

§ 1º Na revogação de ofício da moratória, em conseqüência de dolo ou simulação do beneficiário daquela, não se computará, para efeito de prescrição do direito à cobrança do crédito, o tempo decorrido entre a sua concessão e a sua revogação; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito.

§ 2º A moratória solicitada após o vencimento dos tributos implicará a inclusão do montante do crédito tributário e do valor das penalidades pecuniárias devidas até a data em que a petição for protocolizada.

Seção II

Do parcelamento

Art. 59 Os débitos de qualquer natureza, em atraso para com a Fazenda Municipal, poderão ser parcelados pelo Poder Executivo Municipal.

§ 1º Para aprovação de parcelamento de débitos já inscritos em dívida ativa e, ou, em cobrança judicial, o pedido será submetido à apreciação da Secretaria ou Diretoria de Negócios Jurídicos e Secretaria ou Diretoria de Finanças, que analisarão sua viabilidade.

§ 2º O parcelamento de que cuida o caput deste artigo se efetuará com a observância dos seguintes critérios:

I - o contribuinte deverá requerê-lo, por escrito, via protocolo;

II - por opção do contribuinte, o débito poderá ser parcelado em até 12 (doze) vezes, em parcelas sucessivas;

III - a critério do Chefe do Poder Executivo, após avaliação social, os débitos poderão ser parcelados em número superior a 12 (doze) parcelas, observado o inciso IV, desde que não superior a 36 (trinta e seis) parcelas;

IV - o valor de cada parcela não poderá ser inferior a 1,5 UFM (um vírgula cinco unidades fiscais de referência do Município);

V - a primeira parcela vencerá em trinta dias contados da concessão do parcelamento;

VI - os débitos serão atualizados monetariamente e acrescidos de multa e juros de mora, até a data de assinatura do termo de que cuida o § 3º deste artigo;

VII - o valor de cada uma das parcelas estará sujeito à atualização monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.

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§ 3º No ato do requerimento, o contribuinte assinará termo de confissão irretratável de dívida, contendo demonstrativo circunstanciado do débito.

§ 4º O parcelamento de que trata o caput deste artigo não obsta à Administração Municipal nele incluir eventuais débitos apurados após a sua formalização.

§ 5º As parcelas pagas depois de vencidas serão acrescidas de multa e juros moratórios estabelecidos neste Código.

§ 6º No caso de parcelamento de débito já ajuizado o devedor pagará previamente as custas, emolumentos, honorários advocatícios e demais encargos legais, conforme regulamento expedido pelo Poder Executivo.

§ 7º A falta de pagamento de três parcelas mensais sucessivas implicará em imediata rescisão do parcelamento e, conforme o caso, a remessa do débito remanescente para inscrição como Dívida Ativa do Município ou o prosseguimento da execução fiscal ajuizada.

§ 8° É vedada a concessão de parcelamento do débito relativo a Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN retido na fonte e não recolhido à Fazenda Municipal;

§ 9° Quando, a critério da Administração Municipal, as circunstâncias indicarem sua necessidade, poderão ser exigidas garantias para a concessão do parcelamento, sendo exigidos:

I - para os débitos inscritos em dívida ativa, garantias pessoais ou reais;

II - para os débitos ajuizados, garantias reais.

§ 10 Poderá ser concedido reparcelamento de dívidas de parcelamento anterior descumprido, desde que incluídos os débitos apurados e vencidos até a data do reparcelamento, observadas, no que couber, as disposições dos §§ 1° a 9° deste artigo, bem como o seguinte:

I - em se tratado do primeiro reparcelamento, ao formular o pedido, o devedor deverá comprovar o recolhimento de valor correspondente a 20 % (vinte por cento) do débito consolidado;

II - rescindido o reparcelamento anterior, novas concessões somente serão aceitas no caso de o pedido vir acompanhado de comprovação do recolhimento do valor correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do débito consolidado.

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Seção III

Do depósito

Art. 60 O sujeito passivo poderá efetuar o depósito do montante integral da obrigação tributária:

I - quando preferir o depósito à consignação judicial;

II - para atribuir efeito suspensivo:

a) à consulta formulada na forma deste Código;

b) a qualquer outro ato por ele impetrado, administrativa ou judicialmente, visando à modificação, extinção ou exclusão, total ou parcial da obrigação tributária.

Art. 61 Lei municipal poderá estabelecer hipóteses de obrigatoriedade de depósito prévio:

I - para garantia de instância, na forma prevista nas normas processuais deste Código;

II - como garantia a ser oferecida pelo sujeito passivo, nos casos de compensação;

III - como concessão por parte do sujeito passivo, nos casos de transação;

IV - em quaisquer outras circunstâncias nas quais se fizer necessário resguardar os interesses do Fisco municipal.

Art. 62 A importância a ser depositada corresponderá ao valor integral do crédito tributário apurado:

I - pelo Fisco, nos casos de:

a) lançamento direto;

b) lançamento por declaração;

c) alteração ou substituição do lançamento original, qualquer que tenha sido a sua modalidade;

d) aplicação de penalidades pecuniárias.

II - pelo próprio sujeito passivo, nos casos de:

a) lançamento por homologação;

b) retificação da declaração, nos casos de lançamento por declaração, por iniciativa do próprio declarante;

c) confissão espontânea da obrigação, antes do início de qualquer procedimento fiscal.

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III - na decisão administrativa desfavorável, no todo ou em parte, ao sujeito passivo;

IV - mediante estimativa ou arbitramento procedido pelo Fisco, sempre que não puder ser determinado o montante integral do crédito tributário.

Art. 63 Considerar-se-á suspensa a exigibilidade do crédito tributário, a partir da data da efetivação do depósito.

Art. 64 O depósito poderá ser efetuado nas seguintes modalidades:

I - em moeda corrente do país;

II - por cheque;

III - em títulos da dívida pública municipal.

Parágrafo único. O depósito efetuado por cheque somente suspende a exigibilidade do crédito tributário com o resgate deste pelo sacado.

Art. 65 Cabe ao sujeito passivo, por ocasião da efetivação do depósito, especificar qual o crédito tributário ou a sua parcela, quando este for exigido em prestações, por ele abrangido.

Parágrafo único. A efetivação do depósito não importa em suspensão de exigibilidade do crédito tributário:

I - quando parcial, das prestações vincendas em que tenha sido decomposto;

II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos ou penalidades pecuniárias.

Seção IV

Da cessação do efeito suspensivo

Art. 66 Cessam os efeitos suspensivos relacionados com a exigibilidade do crédito tributário:

I - pela extinção do crédito tributário, por qualquer das formas previstas neste Código;

II - pela exclusão do crédito tributário, por qualquer das formas previstas neste Código;

III - pela decisão administrativa desfavorável, no todo ou em parte;

IV - pela cessação dos efeitos da medida liminar ou da tutela antecipada judiciais.

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CAPÍTULO V

Da extinção do crédito tributário

Art. 67 Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - a remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VI - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento, nos termos do disposto no artigo 50 deste Código;

VII - a consignação em pagamento, quando julgada procedente, nos termos da lei;

VIII - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa;

X - a decisão judicial transitada em julgado;

XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e nas condições estabelecidas em lei específica.

Seção I

Do pagamento e da restituição

Art. 68 O pagamento de tributos e rendas municipais é efetuado em moeda corrente ou cheques, dentro dos prazos estabelecidos em lei ou fixados pela Administração Municipal.

§ 1º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.

§ 2º O pagamento é efetuado ao órgão arrecadador, ressalvada a cobrança em qualquer estabelecimento autorizado por ato do Chefe do Poder Executivo.

Art. 69 O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas neste Código ou em lei tributária, sem prejuízo da correção monetária.

§ 1º A multa pela impontualidade no pagamento será de 2 % (dois por cento).

§ 2º Os juros de mora são calculados à base de 1 % (um por cento) ao mês ou fração.

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§ 3º Havendo ação fiscal para cobrança do crédito tributário não recolhido no prazo determinado, serão acrescidos sobre o valor da multa os seguintes percentuais:

a) 150 % (cento e cinqüenta por cento) quando o pagamento for efetuado no prazo de 10 (dez) dias após o recebimento da notificação preliminar;

b) 160 % (cento e sessenta por cento) quando o pagamento for efetuado após 10 (dez) dias e até a expedição do auto de infração, não podendo exceder a 30 (trinta) dias;

c) 180 % (cento e oitenta por cento) quando o pagamento for efetuado dentro de 30 (trinta) dias após o recebimento do auto de infração;

d) 200 % (duzentos por cento) quando o pagamento for efetuado após decorridos 30 (trinta) dias do recebimento do auto de infração até sua inscrição em dívida ativa.

§ 4º Após a inscrição do crédito em Dívida Ativa, o valor da multa, mesmo que já acrescido dos percentuais relativos a ação fiscal prevista no § 3°, será acrescido do percentual correspondente a 300 % (trezentos por cento).

§ 5º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

Art. 70 O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:

I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;

II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.

Art. 71 Nenhum pagamento intempestivo de tributo poderá ser efetuado sem que o infrator pague, no ato, o que for calculado sob a rubrica de penalidade.

Art. 72 A imposição de penalidades não elide o pagamento integral do crédito tributário.

Art. 73 Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com o Município, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a Autoridade Administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

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IV - na ordem decrescente dos montantes.

Art. 74 O contribuinte terá direito à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade de pagamento, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo, de tributos indevidos ou pagos a maior, em face da legislação tributária municipal ou de natureza e circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;

II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

§ 1º O pedido de restituição será instruído com os documentos originais ou cópias autênticas que comprovem a ilegalidade ou irregularidade do pagamento.

§ 2º Os valores da restituição a que alude o caput deste artigo serão atualizados monetariamente, a partir da data do efetivo recolhimento.

Art. 75 A restituição de tributos que comportem, por natureza, transferência do respectivo encargo financeiro, somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

Art. 76 A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à devolução, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.

Art. 77 O direito de pleitear restituição total ou parcial do tributo se extingue com o decurso do prazo de cinco anos contados do efetivo pagamento.

Seção II

Da compensação, da transação e da remissão

Art. 78 Nas condições e sob as garantias que a lei estipular, a compensação poderá ser efetivada pela autoridade competente, mediante a demonstração, em processo administrativo, da satisfação total dos créditos da Fazenda Municipal, sem antecipação de suas obrigações.

Parágrafo único. É competente para autorizar a transação o Secretário ou Diretor de Finanças, mediante despacho fundamentado em processo regular.

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Art. 79 É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

Art. 80 A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.

Art. 81 Para que a transação seja autorizada é necessária a justificação, em processo administrativo, do interesse da Administração Municipal no término da lide, não podendo a liberdade atingir o principal do crédito tributário.

Art. 82 A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;

II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;

III - à diminuta importância do crédito tributário;

IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;

V - a condições peculiares a determinada região do Município.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 58.

Seção III

Da prescrição e da decadência

Art. 83 A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data de sua constituição definitiva.

Art. 84 A prescrição se interrompe:

I - pela citação pessoal feita ao devedor;

II - pelo protesto feito ao devedor;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

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Art. 85 O direito da Fazenda Municipal constituir o crédito tributário decai após 5 (cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo se extingue definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário, pela notificação ao sujeito passivo de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

Seção IV

Das demais formas de extinção do crédito tributário

Art. 86 Extingue o crédito tributário, a conversão em renda, de depósito em dinheiro previamente efetuado pelo sujeito passivo:

I - para garantia de instância;

II - em decorrência de qualquer outra exigência da legislação tributária.

Parágrafo único. Convertido o depósito em renda, o saldo porventura apurado contra ou a favor do Fisco será exigido ou restituído da seguinte forma:

I - a diferença a favor da Fazenda Municipal será exigida através de notificação direta publicada ou entregue pessoalmente ao sujeito passivo, na forma e nos prazos previstos em regulamento;

II - o saldo a favor do contribuinte será restituído de ofício, independente de prévio protesto, na forma estabelecida para as restituições totais ou parciais do crédito tributário.

Art. 87 A importância do crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;

III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

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Parágrafo único. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.

Art. 88 Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

CAPÍTULO VI

Da exclusão do crédito tributário

Art. 89 Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüentes.

Seção I

Da isenção

Art. 90 A concessão de isenção em caráter geral exclui o crédito tributário.

Parágrafo único. A isenção é sempre decorrente:

I - das disposições deste Código;

II - de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua duração.

Art. 91 Salvo disposições em contrário, a isenção só atingirá os impostos.

Art. 92 A isenção, salvo se concedida por prazo certo ou em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei a qualquer tempo, porém, só terá eficácia a partir do exercício seguinte àquele em que tenha sido modificada ou revogada a isenção.

Art. 93 A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça

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prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.

§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.

§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 58.

Seção II

Da anistia

Art. 94 A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

Art. 95 A anistia pode ser concedida:

I - em caráter geral;

II - limitadamente:

a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;

b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;

c) a determinada região do território do Município, em função de condições a ela peculiares;

d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.

Art. 96 A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.

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Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 58.

CAPÍTULO VII

Das infrações e penalidades

Seção I

Das infrações

Art. 97 Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições das leis tributárias e, em especial, deste Código.

Parágrafo único. Não será passível de penalidade a ação ou omissão que proceder em conformidade com decisão de autoridade competente, nem que se encontrar na pendência de consulta regularmente apresentada, ou enquanto perdurar o prazo nela fixado.

Art. 98 Constituem agravantes da infração:

I - a circunstância da infração depender ou resultar de outra prevista em lei, tributária ou não;

II - a reincidência;

III - a sonegação.

Art. 99 Constituem circunstâncias atenuantes da infração fiscal com a respectiva redução de culpa, aquelas previstas na lei civil, a critério da Administração Municipal.

Art. 100 Considera-se reincidência a repetição de falta idêntica cometida pela mesma pessoa natural ou jurídica dentro de cinco anos da data em que transitar em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior.

Art. 101 A sonegação se configura procedimento do contribuinte em:

I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de se eximir, total ou parcialmente, do pagamento de tributos e quaisquer adicionais devidos por lei;

II - inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza de documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de se exonerar do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública Municipal;

III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública Municipal;

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IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, com o objetivo de obter dedução de tributos à Fazenda Pública Municipal, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis.

Seção II

Das penalidades

Art. 102 São penalidades tributárias as previstas neste Código, aplicáveis separadas ou cumulativamente, sem prejuízo das cominadas pelo mesmo fato por lei criminal:

I - a multa;

II - a perda de desconto, abatimento ou deduções;

III - a cassação do benefício da isenção;

IV - a revogação da moratória;

V - a proibição de transacionar com qualquer órgão da Administração Municipal;

VI - a sujeição a regime especial de fiscalização.

Parágrafo único. A aplicação de penalidade, de qualquer natureza, não dispensa o pagamento do tributo, dos juros de mora e correção monetária, nem isenta o infrator da reparação do dano resultante da infração, na forma da lei civil.

Art. 103 A penalidade, além de impor a obrigação de fazer ou deixar de fazer, será pecuniária, quando consista em multa, e deverá ter em vista:

I - as circunstâncias atenuantes;

II - as circunstâncias agravantes.

§ 1º - Nos casos do inciso I deste artigo, reduzir-se-á a multa em 50 % (cinqüenta por cento).

§ 2º Nos casos do inciso II deste artigo, aplicar-se-á, na reincidência, o dobro da penalidade prevista.

Art. 104 As infrações às disposições do presente Código, serão punidas com as penalidades previstas nos capítulos próprios.

CAPÍTULO VIII

Da inscrição e do cadastro fiscal

Art. 105 Toda pessoa física ou jurídica, sujeita à obrigação tributária, deverá promover a inscrição no cadastro fiscal da Prefeitura, mesmo que isenta de tributos, de acordo com as

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formalidades exigidas nesta lei ou em regulamento, ou ainda pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-los.

Art. 106 O cadastro fiscal da Prefeitura é composto:

I - do cadastro das propriedades imobiliárias, nos termos deste Código;

II - do cadastro de atividades, abrangendo:

a) atividades de produção;

b) atividades de indústria;

c) atividades de comércio;

d) atividades de prestação de serviços.

III - de outros cadastros não compreendidos nos itens anteriores, necessários a atender às exigências da Administração Municipal, com relação ao poder de polícia administrativo ou à organização dos seus serviços.

CAPÍTULO IX

Das garantias e privilégios do crédito tributário

Art. 107 Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

Art. 108 O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho.

Art. 109 Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da Administração Pública Municipal ou de suas autarquias e fundações, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorra.

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LIVRO II DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS E OUTRAS RECEITAS

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 110 Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído por lei, nos limites da competência constitucional e cobrado mediante atividade administrativa, plenamente vinculada.

Art. 111 A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Art. 112 São tributos municipais:

I - impostos;

II - taxas;

III - contribuição de melhoria.

§ 1º Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

§ 2º Taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

§ 3° Contribuição de Melhoria é o tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que derive valorização imobiliária.

CAPÍTULO I

Da competência tributária

Art. 113 O Município de Lindóia, ressalvada as limitações de competência tributária constitucional, da lei complementar e deste Código, tem competência legislativa plena, quanto à incidência, arrecadação e fiscalização dos tributos municipais.

Art. 114 A competência tributária é indelegável.

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§ 1º Poderá ser delegada, através de lei específica, a capacidade tributária ativa, compreendendo esta as atribuições de arrecadar ou fiscalizar, ou executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária.

§ 2° Podem ser revogadas a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa de direito público que as conferir, as atribuições delegadas nos termos do parágrafo 1° deste artigo.

§ 3º Compreendem as atribuições referidas nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que as conferir.

CAPÍTULO II

Das limitações da competência tributária

Art. 115 É vedado ao Município:

I - exigir ou majorar tributos sem que a lei estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independente de denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

IV - utilizar do tributo com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego em seu território, de pessoas ou de mercadorias, por meio de tributos;

VI - cobrar imposto sobre:

a) o patrimônio ou serviços da União, dos Estados e outros Municípios;

b) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados neste artigo;

c) templos de qualquer culto;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão;

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VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

§ 1º A vedação do inciso III, alínea “c”, não se aplica à fixação da base de cálculo do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

§ 2º A vedação do inciso VI, alínea "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculadas às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

§ 3º As disposições do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preço ou tarifa pelo usuário, nem exonera o promitente comprador das obrigações de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 5º O disposto no inciso VI não exclui a atribuição por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsável pelos tributos que lhe caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.

§ 6º Para fins do disposto na alínea "b" do inciso VI deste artigo é subordinado à observância pelas entidades nele referidas, dos requisitos seguintes:

a) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;

b) aplicarem integralmente no país, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

c) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

§ 7º Não se considera instituição sem fins lucrativos aquela que:

a) praticar preços de mercado;

b) realizar propaganda comercial;

c) desenvolver atividades comerciais não vinculadas à finalidade da instituição.

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§ 8º No reconhecimento da imunidade poderá o Município verificar os sinais exteriores de riqueza dos sócios e dos dirigentes das entidades, assim como as relações comerciais, se houverem, mantidas com empresas comerciais pertencentes aos mesmos sócios.

§ 9º No caso do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI, quando alegada a imunidade, o tributo ficará suspenso até dois anos, findo os quais, se não houver aproveitamento do imóvel nas finalidades estritas da instituição, caberá o pagamento total do tributo, acrescido das cominações legais previstas em lei.

§ 10 Na falta do cumprimento do disposto nos parágrafos 2º, 4º, 5º e 6º deste artigo, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.

Art. 116 Cessa o privilégio da imunidade para as pessoas de direito privado ou público, quanto aos imóveis prometidos à venda, desde o momento em que se constituir o ato.

Parágrafo único. Nos casos de transferência de domínio ou de posse de imóvel, pertencentes à entidades referidas neste artigo, a imposição fiscal recairá sobre o promitente comprador enfiteuta, fiduciário, usufrutuário, concessionário, comodatário, permissionário ou possuidor a qualquer título.

Art. 117 A imunidade não abrangerá em caso algum as taxas devidas a qualquer título.

Art. 118 A concessão de título de utilidade pública não importa em reconhecimento de imunidade.

TÍTULO I

DOS IMPOSTOS

Art. 119 São de competência privativa do Município os seguintes impostos:

I - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN;

II - Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU;

III - Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI.

CAPÍTULO I

Do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN

Seção I

Da incidência e do fato gerador

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Art. 120 O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN tem como fato gerador a prestação de serviços, por pessoas jurídicas, físicas ou autônomos, com ou sem estabelecimento fixo, dos serviços previstos na lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 2º O imposto incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

§ 3º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

§ 4º O contribuinte que exercer mais de uma das atividades relacionadas na lista anexa ficará sujeito à incidência do imposto sobre todas elas, inclusive quando se tratar de profissional autônomo.

Art. 121 A incidência do imposto independe:

I - da existência de estabelecimento fixo;

II - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas relativas a atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis;

III - do resultado financeiro ou do pagamento do serviço prestado;

IV - da destinação dos serviços.

Art. 122 O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XX, quando o imposto será devido no local:

I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do artigo 120 deste Código;

II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.04 da lista anexa;

III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa;

IV- da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;

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VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;

VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;

VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;

IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;

X - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.14 da lista anexa;

XI - da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.15 da lista anexa;

XII - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;

XIII - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa;

XIV - dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;

XV - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;

XVI - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa;

XVII - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa;

XVIII - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa;

XIX - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.09 da lista anexa;

XX - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.

§ 1o No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.03 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto no Município desde que haja em seu território extensão de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não.

§ 2o No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto na extensão de rodovia explorada em território do Município.

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Art. 123 Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

Parágrafo único. Cada estabelecimento do mesmo contribuinte é considerado autônomo para o efeito exclusivo de escrituração fiscal e pagamento do imposto relativo aos serviços prestados, respondendo a empresa pelo imposto, bem como por acréscimos e multas referentes a qualquer um deles.

Art. 124 Indica a existência de estabelecimento prestador a conjugação parcial ou total dos seguintes elementos:

I - manutenção de pessoal, material, máquinas, instrumentos e equipamentos necessários à manutenção dos serviços;

II - estrutura organizacional ou administrativa;

III - inscrição nos órgãos previdenciários;

IV - indicação como domicílio fiscal para efeito de outros tributos;

V - permanência ou ânimo de permanecer no local, para a exploração econômica de atividades de prestação de serviços, exteriorizada por elementos tais como:

a) indicação do endereço em imprensa, formulários ou correspondência;

b) locação de imóvel;

c) propaganda ou publicidade;

d) fornecimento de energia elétrica em nome do prestador ou seu representante.

Art. 125 Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto:

I - quando a base de cálculo for o preço do serviço, o momento da prestação;

II - quando o serviço for prestado sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, no primeiro dia seguinte ao de início da atividade, e nos exercícios subseqüentes, no primeiro dia de cada ano.

Art. 126 A prova de quitação do imposto é indispensável para:

I - expedição do visto de conclusão, habite-se, de obras de construção civil;

II - o pagamento de obras e, ou, serviços contratados com o Município;

III - a liberação de novos loteamentos ou regularização dos existentes.

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Seção II

Da não incidência

Art. 127 O imposto não incide sobre:

I - as exportações de serviços para o exterior do País;

II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;

III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras.

Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Município, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

Seção III

Do sujeito passivo

Art. 128 Contribuinte do imposto é o prestador do serviço.

§ 1º Considera-se prestador do serviço o profissional autônomo ou a empresa que exerce, em caráter permanente ou eventual, quaisquer das atividades referidas na lista de serviços.

§ 2° Considera-se profissional autônomo a pessoa física que, sem vínculo empregatício, presta serviços valendo-se de seu próprio esforço ou do auxílio de, no máximo, duas pessoas físicas, empregados ou não, que não possuam habilitação profissional idêntica ou semelhante a sua, ainda que de nível médio.

§ 3° Consideram-se empresas, para fins previstos neste Código, as pessoas jurídicas, a firma individual e a sociedade de fato, bem como as cooperativas, as instituições ou entidades que exercerem atividade de prestação de serviço.

Art. 129 Para efeito de incidência do imposto, equiparam-se a empresa:

I - o profissional autônomo que, no exercício de sua atividade, valer-se do auxílio, quer sejam empregados ou não, de mais de duas pessoas físicas, com qualquer habilitação profissional, ou de um ou mais profissionais com habilitação idêntica ou semelhante a sua, ainda que de nível médio;

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II - os profissionais autônomos, ainda que de formação distinta, que se agruparem para prestação de serviços em um único estabelecimento.

§ 1° Não se equipara à empresa a reunião de profissionais em um único estabelecimento apenas para fins de rateio de despesas, desde que não haja a constituição de receita comum.

§ 2° Consideram-se contribuintes distintos, para efeito de pagamento do imposto, os que, embora no mesmo local, com idêntico ramo de atividade ou não, pertençam a diferentes empresas.

Seção IV

Da responsabilidade de terceira pessoa

Art. 130 São responsáveis pelo pagamento do imposto, qualificados como substitutos tributários:

I - em relação aos serviços que lhe forem prestados sem comprovação de inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuintes, ou emissão de nota fiscal:

a) as pessoas físicas ou jurídicas;

b) o proprietário do imóvel, pela execução material de projeto de engenharia;

c) as entidades esportivas, os clubes sociais e as empresas de diversões públicas, inclusive teatros;

d) os condomínios residenciais ou comerciais;

e) as associações com ou sem fins lucrativos, de qualquer finalidade;

II - em relação a quaisquer serviços que lhe sejam prestados:

a) as pessoas jurídicas beneficiadas por imunidade ou isenção tributária;

b) as entidades ou órgãos da administração direta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista do Poder Público Federal, Estadual e Municipal;

III - as empresas de construção civil, em relação aos serviços subempreitados;

IV - as empresas locadoras de aparelhos ou máquinas fotocopiadoras e semelhantes, em relação aos locatários que utilizem tais aparelhos para serviços remunerados relativos à emissão de cópias para terceiros.

Parágrafo único. Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.

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Seção V

Das obrigações acessórias

Art. 131 Todas as pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou não do imposto, ou dele isentas, que de qualquer modo participem direta ou indiretamente de operações relacionadas com a prestação de serviços estão obrigadas, salvo norma em contrário, ao cumprimento das obrigações deste Código e das previstas em regulamento.

Art. 132 As obrigações acessórias constantes deste Código e regulamento não excetuam outras de caráter geral e comuns a vários tributos previstos na legislação própria.

Art. 133 O contribuinte poderá ser autorizado a se utilizar de regime especial para emissão e escrituração de documentos e livros fiscais, inclusive através de processamento eletrônico de dados, observado o disposto em regulamento.

Seção VI

Da inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuintes

Art. 134 Todas as pessoas físicas ou jurídicas com ou sem estabelecimento fixo, que exerçam, habitual ou temporariamente, individualmente ou em sociedade, qualquer das atividades constantes da lista de serviços prevista neste Código, ficam obrigadas à inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuintes do Município de Lindóia.

Parágrafo único. A inscrição no cadastro a que se refere o caput deste artigo será promovida pelo contribuinte ou responsável, na forma estipulada em regulamento, nos seguintes prazos:

I - até 30 (trinta) dias após o registro do atos constitutivos no órgão competente, no caso de pessoa jurídica;

II - antes do início da atividade, no caso de pessoa física;

Art. 135 As declarações prestadas pelo contribuinte ou responsável no ato da inscrição ou da atualização dos dados cadastrais, não implicam sua aceitação pela Fazenda Municipal, que as poderá rever a qualquer época, independentemente de prévia ressalva ou comunicação.

Parágrafo único. A inscrição, alteração ou retificação de ofício não eximem o infrator das multas cabíveis.

Art. 136 A obrigatoriedade da inscrição se estende às pessoas físicas ou jurídicas imunes ou isentas do pagamento do imposto.

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Art. 137 O contribuinte é obrigado a comunicar o encerramento da atividade no prazo e na forma do regulamento.

§ 1º Em caso de deixar o contribuinte de recolher os tributos devidos ou deixar de cumprir as obrigações acessórias por mais de dois anos consecutivos ou não ser encontrado no domicílio tributário fornecido para tributação, a inscrição e o cadastro poderão ser baixados de ofício na forma que dispuser o regulamento.

§ 2º A anotação de encerramento ou paralisação de atividade não extingue débitos existentes, ainda que venham a ser apurados posteriormente à declaração do contribuinte ou à baixa de ofício.

Art. 138 É facultado à Fazenda Municipal promover, periodicamente, a atualização dos dados cadastrais, mediante notificação, fiscalização e convocação por edital dos contribuintes.

Seção VII

Das declarações fiscais

Art. 139 Além da inscrição e respectivas alterações, o contribuinte fica sujeito à apresentação de quaisquer declarações de dados, na forma e nos prazos que dispuser o regulamento.

Art. 140 Todas as pessoas inscritas no Cadastro Mobiliário de Contribuintes do Município de Lindóia ficam obrigadas a apresentar as declarações de dados, na forma e nos prazos que dispuser o regulamento.

Seção VIII

Da retenção do imposto

Art. 141 O imposto será retido na fonte pelo tomador dos serviços prestados, por profissional autônomo ou empresa, inscritos ou não no Cadastro Mobiliário de Contribuintes , sendo responsáveis pela retenção e pelo recolhimento do imposto os seguintes tomadores:

I - os órgãos da Administração Direta da União, Estado e Município, bem como suas respectivas Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista sob seu controle e as Fundações instituídas pelo Poder Público, estabelecidas ou sediadas no Município de Lindóia;

II - estabelecimentos bancários e demais entidades financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

III - empresas de rádio, televisão e jornal;

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IV - incorporadoras, construtoras, empreiteiras e administradoras de obras de construção civil, quanto a todos e quaisquer serviços relacionados com a obra;

V - todo tomador que realizar o pagamento do serviço sem a correspondente nota fiscal dos serviços prestados;

VI - todo tomador que contratar serviços prestados por autônomos ou empresas que não forem inscritos no Município como contribuintes do imposto;

VII - concessionárias de serviços públicos;

VIII - de serviços de vigilância e limpeza;

IX - de serviços prestados por empresas cujo domicílio tributário seja definido na forma dos artigos 123 e 124 deste Código;

X - a Caixa Econômica Federal, sobre as comissões pagas aos revendedores e agentes lotéricos estabelecidos no Município;

XI - as companhias de seguros, em relação às comissões pagas às empresas corretoras estabelecidas no Município;

XII - as concessionárias de veículos estabelecidas no Município;

XIII - estabelecimentos de ensino e treinamento, privados e públicos;

XIV - as empresas que explorem serviços de planos de saúde ou de assistência médica, odontológica e hospitalares mediante planos de medicina de grupo e convênios;

XV - as empresas de prestação de serviços de publicidade com promoções e montagens de estandes.

§ 1° Ficam excluídos da retenção, a que se refere este artigo:

I - os serviços prestados por profissional autônomo que comprovar a inscrição no cadastro de contribuinte de qualquer Município, cujo regime de recolhimento do imposto é fixo anual;

II - os serviços prestados pelas sociedades civis, cujo regime de recolhimento do imposto é fixo mensal.

Art. 142 Os tomadores de serviços que realizarem a retenção do imposto fornecerão ao prestador de serviço, o recibo de retenção na fonte do valor do imposto e ficam obrigados a enviar à Fazenda Municipal as informações, objeto da retenção, no prazo estipulado em regulamento.

Art. 143 Os contribuintes do imposto registrarão no livro de registro de notas fiscais de serviços prestados ou nos demais controles de pagamento, os valores que lhe foram retidos na fonte pagadora, tendo por documento hábil o recibo a que se refere o artigo anterior.

Seção IX

Da base de cálculo

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Art. 144 A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

Art. 145 Preço do serviço é a receita bruta a ele correspondente sem quaisquer deduções, ainda que a título de subempreitada, frete, despesa ou imposto, exceto os descontos ou abatimentos concedidos independentemente de obrigação condicional.

§ 1º Incluem-se na base de cálculo quaisquer valores percebidos pela prestação do serviço, inclusive os decorrentes de acréscimos contratuais, multas ou outros que onerem o preço do serviço.

§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se preço tudo o que for cobrado em virtude da prestação do serviço, em dinheiro, bens, serviços ou direitos, em conta ou não, inclusive a título de reembolso, reajustamento ou dispêndio de qualquer natureza.

§ 3º Os descontos ou abatimentos concedidos sob condição integram o preço do serviço, quando previamente contratados.

§ 4º Quando os serviços descritos pelo subitem 3.03 da lista anexa forem prestados no território do Município, a base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes no Município.

Art. 146 Está ainda sujeito ao imposto o fornecimento de mercadorias na prestação de serviços constantes da lista de serviços, salvo as exceções previstas nela própria.

Art. 147 Quando a contraprestação se verificar através da troca de serviços ou o seu pagamento for realizado mediante o fornecimento de mercadorias, o preço do serviço para cálculo do imposto será o preço corrente, na praça, desses serviços ou mercadorias.

Art. 148 No caso de estabelecimento sem faturamento que represente empresa do mesmo titular, com sede fora do Município, a base de cálculo compreenderá todas as despesas necessárias à manutenção daquele estabelecimento.

Art. 149 Nas demolições, inclui-se nos preços dos serviços o montante dos recebimentos em dinheiro ou em materiais provenientes do desmonte.

Seção X

Das deduções da base de cálculo

Art. 150 Na prestação dos serviços de construção civil, o imposto será calculado sobre o preço do serviço, deduzidas as parcelas correspondentes:

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I - ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador;

II - ao valor das subempreitadas já tributadas pelo imposto.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, também se considera construção civil a reforma que possuir licença para sua execução ou projeto aprovado e demandar alteração estrutural do projeto original.

Art. 151 Na execução de obras por incorporação imobiliária, quando o construtor cumular sua condição com a de proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário do terreno ou de suas frações ideais, a base de cálculo será o valor do financiamento ou do empreendimento, incidindo o imposto sobre 30 % (trinta por cento) das parcelas efetivamente recebidas sujeitas às deduções de subempreitada, quando couber.

Art. 152 Na prestação de serviços das agências operadoras de turismo, a base de cálculo do imposto será o preço total do pacote de viagem, deduzidos os valores referentes às passagens e diárias de hotel, vinculadas aos programas de viagens e excursões da própria agência, desde que devidamente comprovados.

Art. 153 Na prestação de serviços das agências de publicidade e propaganda serão deduzidas as despesas com a veiculação da publicidade nos órgãos de divulgação, desde que devidamente comprovados.

Art. 154 As empresas de publicidade com promoções e montagem de estantes poderão deduzir do total do preço do serviço cobrado de seus clientes as despesas com a veiculação de publicidade nos órgãos de divulgação, assim como todo o serviço de terceiros relacionados com o evento desde que tenham sido contabilizados e retido o imposto na fonte.

Seção XI

Da base de cálculo fixa

Art. 155 Quando os serviços a que se referem os subitens 1.01, 1.02, 1.06, 4.01, 4.05, 4.06, 4.08, 4.09, 4.10, 4.11, 4.12, 4.13, 4.14, 4.15, 4.16, 5.01, 6.01, 6.02, 6.03, 6.04, 7.01, 17.01, 17.13, 17.18, 17.19 e 17.21 da lista de serviços forem prestados por sociedades profissionais, o imposto será calculado com base no disposto na Tabela I, em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal nos termos da lei aplicável.

Parágrafo único. Não se consideram sociedades profissionais, devendo recolher o imposto sobre o preço dos serviços prestados, as sociedades:

a) que tenham como sócio pessoa jurídica;

b) que tenham natureza comercial;

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c) cujos sócios não possuam, todos, a mesma habilitação profissional;

d) que exerçam atividade diversa da habilitação profissional dos sócios.

Art. 156 Quando se tratar de prestação de serviços de diversão pública, na modalidade de jogos em aparelhos, máquinas ou equipamentos, mediante a venda de fichas, o imposto poderá ser pago a critério da autoridade administrativa, através de valor fixo, em razão do número de aparelhos utilizados no estabelecimento.

Seção XII

Das alíquotas

Art. 157 O imposto é devido em conformidade com as alíquotas e valores constantes da Tabela I.

Parágrafo único. As alíquotas máximas do imposto são de 5 % (cinco por cento).

Art. 158 Na hipótese de serviços prestados enquadráveis em mais de um dos itens da lista de serviços, pelo mesmo contribuinte, o imposto será calculado aplicando-se a alíquota específica sobre o preço do serviço de cada atividade.

Parágrafo único. O contribuinte deverá apresentar escrituração que permita diferenciar as receitas específicas das várias atividades, sob pena de ser aplicada a alíquota mais elevada sobre o preço total do serviço prestado.

Art. 159 Na hipótese de serviços prestados sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte enquadráveis em mais de um dos itens da lista de serviços, o imposto será calculado em relação a cada uma das atividades exercidas.

Seção XIII

Do lançamento

Art. 160 O lançamento será feito a todos os contribuintes sujeitos ao imposto, na forma e nos prazos estabelecidos em regulamento, tendo como base os dados constantes no Cadastro Mobiliário de Contribuintes.

Art. 161 Os contribuintes do imposto sujeitam-se às seguintes modalidades de lançamento:

I - por homologação, aqueles cujo imposto tenha por base de cálculo o preço do serviço e as sociedades de profissionais;

II - de ofício ou direto, os que prestarem serviços sob a forma de trabalho pessoal;

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III - por declaração do próprio contribuinte, devidamente protocolada.

Parágrafo único. Quando constatado qualquer infração tributária previstas neste Código, o lançamento da multa pecuniária se dará por auto de infração.

Art. 162 A apuração do imposto devido pelos contribuintes ou responsáveis sujeitos ao lançamento por homologação será feita sob a responsabilidade destes, através dos registros em sua escrita fiscal e contábil.

Art. 163 Os profissionais autônomos que forem equiparados a empresas, ficarão sujeitos, a partir da data em que ocorrer tal equiparação:

I - ao recolhimento do imposto, calculado sobre a receita bruta auferida na execução dos serviços;

II - ao cumprimento das obrigações acessórias estabelecidas neste Código.

Art. 164 No regime de recolhimento por antecipação, nenhuma nota, fatura ou documento, poderá ser emitido sem que haja previsão do valor total da prestação do serviço dentro de período preestabelecido, sujeito a alterações pela Autoridade Fazendária através de verificação fiscal ou prévio recolhimento do imposto.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à emissão de bilhetes de ingresso para diversões públicas.

Art. 165 O preço de determinados serviços poderá ser fixado pela autoridade competente, da seguinte forma:

I - em pauta que reflita o corrente na praça;

II - mediante estimativa;

III - por arbitramento nos casos especificamente previstos.

Subseção I

Do lançamento por estimativa

Art. 166 O valor do imposto poderá ser fixado pela autoridade administrativa, a partir de uma base de cálculo estimada, nos seguintes casos:

I - quando se tratar de atividade exercida em caráter provisório;

II - quando se tratar de contribuinte de rudimentar organização;

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III - quando o contribuinte não tiver condições de emitir documentos fiscais ou deixar de cumprir com regularidade as obrigações acessórias previstas na legislação;

IV - quando se tratar de contribuinte ou grupo de contribuintes cuja espécie, modalidade ou volume de negócios ou de atividades, aconselhem tratamento fiscal específico, a exclusivo critério da autoridade competente.

Parágrafo único. Consideram-se provisórias as atividades cujo exercício seja de natureza temporária e estejam vinculadas a fatores ou acontecimentos ocasionais ou excepcionais.

Art. 167 Para a fixação da base de cálculo estimada, a autoridade competente levará em consideração, conforme o caso:

I - o tempo de duração e a natureza do acontecimento ou da atividade;

II - o preço corrente dos serviços;

III - o volume de receitas em períodos anteriores e sua projeção para os períodos seguintes, podendo observar outros contribuintes de idêntica atividade;

IV - a localização do estabelecimento;

V - as informações do contribuinte e outros elementos informativos, inclusive estudos de órgãos públicos e entidade de classe diretamente vinculadas à atividade.

§ 1º A base de cálculo estimada poderá, ainda, considerar o somatório dos valores das seguintes parcelas:

a) o valor das matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados no período;

b) folhas de salários pagos durante o período, adicionada de todos os rendimentos pagos, inclusive honorários de diretores e retiradas de proprietários, sócios ou gerentes, bem como das respectivas obrigações trabalhistas e sociais;

c) aluguel mensal do imóvel e dos equipamentos ou, quando próprio, 1 % (um por cento) do valor dos mesmos, computado ao mês ou fração;

d) despesa com o fornecimento de água, telefone e demais encargos obrigatórios ao contribuinte.

§ 2º O enquadramento do contribuinte no regime de estimativa poderá, a critério da autoridade competente, ser feito individualmente, por categorias de contribuintes e grupos ou setores de atividade.

§ 3º Quando a estimativa tiver fundamento na localização do estabelecimento, prevista no inciso IV deste artigo, o sujeito passivo poderá optar pelo pagamento do imposto de acordo com o regime normal.

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§ 4º A aplicação do regime de estimativa independerá do fato de se encontrar o contribuinte sujeito a possuir escrita fiscal.

§ 5º Poderá, a qualquer tempo e à critério da autoridade fiscal, ser suspensa a aplicação do regime de estimativa, de modo geral ou individual, bem como rever os valores estimados para determinado período e, se for o caso, reajustar as prestações subseqüentes à revisão.

Art. 168 O valor da estimativa será sempre fixado para período determinado e servirá como limite mínimo de tributação.

Art. 169 Independente de qualquer procedimento fiscal, sempre que o preço total dos serviços exceder o valor fixado pela estimativa, fica o contribuinte obrigado a recolher o imposto pelo movimento econômico real apurado.

Art. 170 O valor da receita estimada será automaticamente corrigido nas mesmas datas e proporções em que ocorrer reajuste ou aumento do preço unitário dos serviços.

Art. 171 Os contribuintes sujeitos ao regime de estimativa poderão ser dispensados do cumprimento das obrigações acessórias, conforme dispuser o regulamento.

Art. 172 Findo o exercício ou o período a que se refere a estimativa ou, ainda, suspensa a aplicação deste regime, apurar-se-ão as receitas da prestação de serviços e o montante do imposto devido pelo contribuinte.

Parágrafo único. Verificada qualquer diferença entre o imposto estimado e o efetivamente devido, deverá esta diferença ser recolhida ou ressarcida no prazo previsto em regulamento.

Subseção II

Do lançamento por arbitramento

Art. 173 A autoridade administrativa lançará o valor do imposto, a partir de uma base de cálculo arbitrada, sempre que se verificar qualquer das seguintes hipóteses:

I - o sujeito passivo não possuir os documentos necessários à fiscalização das operações realizadas, principalmente nos casos de perda, extravio ou inutilização de livros ou documentos fiscais de utilização obrigatória;

II - o sujeito passivo, depois de intimado, deixar de exibir os documentos necessários à fiscalização das operações realizadas;

III - serem omissos ou, pela inobservância de formalidades intrínsecas ou extrínsecas, não mereçam fé os livros ou documentos exibidos pelo sujeito passivo, ou quando estes não possibilitem a apuração da receita;

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IV - existência de atos qualificados como crimes ou contravenções ou, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação; atos estes evidenciados pelo exame de livros e documentos do sujeito passivo, ou apurados por quaisquer meios diretos ou indiretos, inclusive quando os elementos constantes dos documentos fiscais ou contábeis não refletirem o preço real do serviço;

V - não prestar o sujeito passivo, após regularmente intimado, os esclarecimentos exigidos pela fiscalização, prestar esclarecimentos insuficientes ou que não mereçam fé;

VI - exercício de qualquer atividade que constitua fato gerador do imposto, sem se encontrar o sujeito passivo devidamente inscrito no órgão competente;

VII - prática de subfaturamento ou contratação de serviços por valores abaixo dos preços de mercado;

VIII - flagrante insuficiência do imposto pago em face do volume dos serviços prestados;

IX - serviços prestados sem a determinação do preço ou a título de cortesia.

Parágrafo único. O arbitramento referir-se-á exclusivamente aos fatos ocorridos no período em que se verificarem os pressupostos mencionados nos incisos do caput deste artigo.

Art. 174 Quando o imposto for calculado sobre a receita bruta arbitrada, poderá o Fisco considerar:

I - os pagamentos de impostos efetuados pelo mesmo sujeito passivo em outros exercícios, ou por outros contribuintes de mesma atividade, em condições semelhantes;

II - peculiaridades inerentes à atividade exercida;

III - fatos ou aspectos que exteriorizem a situação econômico-financeira do sujeito passivo;

IV - preço corrente dos serviços oferecidos à época a que se referir a apuração;

V - com base em informações fornecidas pelos órgãos vinculados às atividades exercidas pelo contribuinte;

VI - com base em informações apuradas na própria documentação do contribuinte;

VII - a média das receitas do mesmo contribuinte, no caso de extravio ou não apresentação de notas fiscais, apuradas em períodos anteriores ou posteriores ao fato.

§ 1º A receita bruta arbitrada poderá ter ainda como base de cálculo, o somatório dos valores das seguintes parcelas:

a) o valor das matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados no período;

b) folhas de salários pagos durante o período, adicionada de todos os rendimentos pagos, inclusive honorários de diretores e retiradas de proprietários, sócios ou gerentes, bem como das respectivas obrigações trabalhistas e sociais;

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c) aluguel mensal do imóvel e dos equipamentos ou quando próprio, 1 % (um por cento) do valor dos mesmos computado ao mês ou fração;

d) despesa com o fornecimento de água, telefone e demais encargos obrigatórios ao contribuinte.

§ 2º Do imposto resultante do arbitramento serão deduzidos os pagamentos realizados no período.

Seção IVX

Do recolhimento

Art. 175 O imposto será recolhido:

I - por meio de guia preenchida pelo próprio contribuinte, no caso de auto-lançamento, de acordo com modelo, forma e prazos estabelecidos pelo Fisco;

II - por meio de notificação de lançamento, emitida pela repartição competente, nos prazos e condições constantes da própria notificação;

§ 1º No caso de lançamento por homologação, o pagamento deverá ser efetuado no prazo de 10 (dez) dias corridos, contados da ocorrência dos fatos geradores verificados no mês imediatamente anterior.

§ 2º É facultado ao Fisco, tendo em vista a regularidade de cada atividade, adotar outra forma de recolhimento, determinando que se faça antecipadamente, operação por operação, ou por estimativa em relação aos serviços de determinado período.

Art. 176 No ato da inscrição e encerramento, o recolhimento da prestação será proporcional à data da respectiva efetivação da inscrição ou encerramento da atividade.

Art. 177 A retenção será correspondente ao valor do imposto devido, de acordo com a Tabela I, e deverá ocorrer no ato do pagamento da prestação do serviço, fazendo-se o recolhimento aos cofres da Fazenda Pública Municipal, até o dia 10 (dez) do mês subseqüente.

Parágrafo único. A falta da retenção do imposto implica em responsabilidade do pagador pelo valor do imposto devido, além das penalidades previstas neste Código.

Seção XV

Da escrituração fiscal

Art. 178 Os contribuintes sujeitos ao imposto são obrigados a:

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I - manter em uso escrita fiscal destinada ao registro dos serviços prestados, ainda que isentos ou não tributáveis;

II - emitir notas fiscais dos serviços prestados, ou outro documento exigido pelo Fisco, por ocasião da prestação de serviços.

Art. 179 Cada estabelecimento terá escrituração tributária própria, vedada sua centralização na matriz ou estabelecimento principal.

Parágrafo único. Constituem instrumentos auxiliares da escrita tributária os livros de contabilidade geral do contribuinte, tanto os de uso obrigatório quanto os auxiliares, os documentos fiscais, as guias de pagamento do imposto e demais documentos ainda que pertencentes ao arquivo de terceiros, que se relacionem direta ou indiretamente com os lançamentos efetuados na escrita fiscal ou comercial do contribuinte ou responsável.

Art. 180 A legislação tributária definirá os procedimentos de escrituração e os atributos e modelos de livro, notas fiscais e demais documentos a serem obrigatoriamente utilizados pelo contribuinte, inclusive as hipóteses de utilização de sistemas eletrônicos de processamento de dados.

§ 1º As notas fiscais somente poderão ser impressas mediante prévia autorização do Setor de Tributos.

§ 2º A legislação tributária poderá estabelecer as hipóteses e as condições em que a nota fiscal poderá ser substituída.

§ 3º As empresas tipográficas e congêneres que realizam os trabalhos de impressão de notas fiscais serão obrigadas a manter livro para registro das que houverem emitido.

§ 4º Os livros, as notas fiscais e os documentos fiscais somente poderão ser utilizados depois de autenticados pelo Setor de Tributos.

§ 5º O contribuinte fica obrigado a manter, no seu estabelecimento ou no seu domicílio, na falta daquele, os livros e os documentos fiscais pelo prazo de cinco anos, contados, respectivamente, do encerramento e da emissão, bem como a exibi-los aos agentes tributários, sempre que requisitados.

Art. 181 A legislação tributária poderá estabelecer sistema simplificado de escrituração, inclusive sua dispensa, extensiva à nota fiscal e aos demais documentos, a ser adotado pela pequena empresa, microempresa e contribuinte de rudimentar organização.

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Seção XVI

Do processo tributário administrativo

Art. 182 O Processo Tributário Administrativo - PTA relativo ao imposto, terá início com:

I - a lavratura do termo inicial de fiscalização;

II - a notificação e/ou intimação de apresentação de documentos;

III - a lavratura do auto de infração;

IV - a lavratura de termos de apreensão de mercadorias, livros ou documentos fiscais;

V - a prática, pela Administração, de qualquer ato tendente à apuração do crédito tributário ou do cumprimento de obrigações acessórias, cientificando o contribuinte.

§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo, desde que devidamente intimado, em relação aos atos contidos no caput deste artigo e, independentemente da intimação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.

§ 2° O ato referido no inciso I deste artigo valerá por 90 (noventa) dias, prorrogável por até mais dois períodos sucessivos, com qualquer ato escrito que indique o prosseguimento da fiscalização.

§ 3° A exigência do crédito tributário, inclusive multas, será formalizada em notificação de lançamento ou auto de infração, que conterão os requisitos especificados neste Código.

Seção XVII

Das isenções

Art. 183 Ficam isentos do pagamento do imposto os serviços:

I - prestados por associações culturais, associações comunitárias e clubes de serviço cuja finalidade essencial, nos termos do respectivo estatuto e tendo em vista os atos efetivamente praticados, esteja voltada para o desenvolvimento da comunidade;

II - de diversão pública e de competições desportivas, com fins beneficentes ou considerados de interesse da comunidade pelos órgãos de educação e cultura do Município;

III - prestados por pessoa portadora de defeito físico que lhe determine a redução da capacidade normal para o exercício de atividade, sem empregado e que não possua curso universitário;

IV - prestados por sociedade civil ou a associação sem fins lucrativos, destinadas ao exercício de atividades culturais, filantrópicas, recreativas ou esportivas;

V - prestados por templos de qualquer culto.

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Art. 184 É assegurado ao contribuinte que gozar de isenção, o prazo de 30 (trinta dias), contados da data da intimação, para comprovar perante a Fazenda Municipal que continua preenchendo as condições que lhe assegurem o direito.

Art. 185 Serão excluídos do benefício da isenção:

I - até o exercício, inclusive, em que tenha regularizado sua situação, o contribuinte que, de qualquer forma, infringir dispositivos legais;

II - os contribuintes que não cumprirem todas as obrigações tributárias junto à Fazenda Municipal, exceto àquelas objeto da isenção.

Seção XVIII

Das infrações e penalidades

Art. 186 As infrações sofrerão as seguintes penalidades:

I - infrações relativas aos impressos fiscais:

a) confecção para si ou para terceiro, bem como encomenda para confecção, de falso impresso de documento fiscal, de impresso de documento fiscal em duplicidade, ou de impresso de documento fiscal sem autorização fiscal:

Multa equivalente a 2 (duas) UFM, por documento impresso, aplicável ao contribuinte e ao estabelecimento gráfico;

b) ausência do número de inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuintes em documentos fiscais, por autorização:

Multa equivalente a 5 (cinco) UFM, aplicável também ao estabelecimento gráfico.

c) fornecimento, utilização de falso impresso de documento fiscal ou de impresso de documento fiscal que indicar estabelecimento gráfico diverso do que tiver confeccionado, por documento fiscal:

Multa equivalente a 8 (oito) UFM, aplicável também ao estabelecimento gráfico.

d) confecção, para si ou para terceiro, de impresso de documento fiscal, em desacordo com modelos exigidos em regulamento:

Multa equivalente a 10 (dez) UFM, aplicável também ao estabelecimento gráfico.

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e) não entrega da relação de impressão dos documentos fiscais prevista em regulamento:

Multa equivalente a 10 (dez) UFM.

II - infrações relativas às informações cadastrais:

a) falta de inscrição no Cadastro Mobiliário de Contribuintes:

Multa equivalente a 10 (dez) UFM.

b) falta de solicitação de alteração no Cadastro Mobiliário de Contribuintes, quanto a alteração de endereço, ou atividade:

Multa equivalente a 5 (cinco) UFM.

falta de comunicação de encerramento ou paralisação do ramo de atividade:

Multa equivalente a 10 (dez) UFM.

III - infrações relativas a livros e documentos fiscais:

a) inexistência de livros ou documentos fiscais:

Multa equivalente a 15 (quinze) UFM.

b) atraso ou a falta de escrituração dos documentos fiscais, ainda que isentos, imune ou não tributáveis:

Multa equivalente a 10 (dez) UFM.

c) utilização de documento fiscal em desacordo com o regulamento:

Multa equivalente a 5 (cinco) UFM.

d) emissão de documentos para recebimento do preço do serviço sem a correspondente nota fiscal:

Multa equivalente a 20 % (vinte por cento) do valor do serviço prestado.

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e) deixar de comunicar, no prazo de 60 (sessenta) dias, ao Órgão Fazendário a ocorrência de inutilização, furto ou extravio de livro ou documento fiscal:

Multa equivalente a 15 (quinze) UFM.

f) deixar de apresentar quaisquer declarações ou documentos a que esteja obrigado por lei ou o fizer com dados inexatos:

Multa equivalente a 15 (quinze) UFM.

g) não atendimento à notificação fiscal, sonegação ou recusa na exibição de livros e outros documentos fiscais:

Multa equivalente a 15 (quinze) UFM.

h) falta ou recusa na exibição de informações ou de documentos fiscais de serviços prestados por terceiros:

Multa equivalente a 15 (quinze) UFM.

i) emissão de documentos fiscais que consigne declaração falsa ou evidencie quaisquer outras irregularidades, tais como duplicidade de numeração, preços diferentes nas vias de mesmo número, adulteração, preço abaixo do valor real da operação ou subfaturamento:

Multa equivalente a 25 % (vinte e cinco por cento) do valor dos serviços prestados.

IV - infrações relativas ao imposto:

a) falta de recolhimento ou recolhimento em importância menor que a devida, apurado por meio de ação fiscal:

Multa de 30 % (trinta por cento) do valor do imposto, adicionada de mais 30 % (trinta por cento) do valor do imposto quando constatada sua sonegação.

b) falta de recolhimento do imposto retido na fonte, quando apurado por meio de ação fiscal:

Multa de 100 % (cem por cento) sobre o valor do imposto.

c) falta de retenção do imposto devido, quando exigível:

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Multa de 15 (quinze) UFM.

Parágrafo único. Às demais infrações que embaracem ou impeçam a ação fiscal, bem como as infrações a legislação tributária para a qual não haja penalidade específica nesta lei:

Multa de 15 (quinze) UFM.

Art. 187 A reincidência da infração será punida em dobro e, a cada reincidência subseqüente, aplicar-se-á a multa correspondente à reincidência anterior, acrescida de 20 % (vinte por cento) sobre seu valor.

§ 1º Caracteriza reincidência a prática de nova infração, pela mesma pessoa, de um mesmo dispositivo da legislação tributária, dentro de cinco anos a contar da data do pagamento da exigência ou do término do prazo para interposição da defesa, ou da data da decisão condenatória irrecorrível na esfera administrativa, relativamente à infração anterior.

§ 2º O contribuinte reincidente poderá ser submetido a regime especial de fiscalização.

Art. 188 No concurso de infrações, as penalidades serão aplicadas conjuntamente, uma para cada infração, ainda que capituladas no mesmo dispositivo legal.

Parágrafo único. No caso de enquadramento em mais de um dispositivo legal, de uma mesma infração tributária, será aplicada a de maior penalidade.

CAPÍTULO II

Do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU

Seção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 189 O Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem imóvel, por natureza ou por acessão física como definida na lei civil, construído ou não, localizado na zona urbana do Município.

§ 1° Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal, observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos dois dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;

II - abastecimento de água;

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III - sistema de esgotos sanitários;

IV - rede de iluminação pública com ou sem posteamento para a distribuição domiciliar;

V - escola primária ou posto de saúde, a uma distância máxima de três quilômetros do imóvel considerado.

§ 2º A lei que definir a zona urbana indicará e delimitará os vários setores tributários, contínuos ou intermitentes, que a comporão, conjunta ou isolada, em razão dos seguintes fatores:

I - localização;

II - uso predominante;

III - áreas predominantes dos terrenos;

IV - áreas e tipologias predominantes das edificações;

V - exigências da legislação urbanística, se for o caso.

§ 3° Consideram-se também zona urbana as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pela Prefeitura, destinados à habitação, indústria ou comércio, e os sítios de recreio mesmo que localizados fora da zona definida nos termos do parágrafo anterior.

Art. 190 Para todos os efeitos legais, considera-se ocorrido o fato gerador no dia primeiro de cada ano.

Art. 191 O imposto incide sobre imóveis edificados ou não.

§ 1° Considera-se terreno, o solo sem benfeitorias ou edificações, assim entendido também o imóvel que contenha:

I - edificação em andamento ou cuja obra esteja paralisada, bem como condenada, em ruínas ou em demolição;

II - edificação de natureza temporária ou provisória, ou que possa ser removida sem destruição, alteração ou modificação.

§ 2° Considera-se prédio, para os efeitos desse imposto:

I - as construções permanentes que sirvam de habitação, uso, recreio ou para o exercício de quaisquer atividades, lucrativas ou não, seja qual for sua forma ou destino aparente ou declarado;

II - os imóveis com edificações em loteamentos aprovados ou não;

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III - os imóveis edificados, quando utilizados em quaisquer atividades comerciais, industriais ou outra com objetivo de lucro.

Art. 192 A incidência do imposto independe, sem prejuízo das penalidades cabíveis:

I - da legitimidade dos títulos de aquisição de propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel;

II - do resultado financeiro da exploração econômica do bem imóvel;

III - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas.

Seção II

Do sujeito passivo

Art. 193 Contribuinte do imposto é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título do bem imóvel.

§ 1° Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto o justo possuidor, o titular do direito de usufruto, uso ou habitação, os promitentes compradores imitidos na posse, os cessionários, os posseiros, os comodatários e os ocupantes a qualquer título do imóvel, ainda que pertencente a qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, isenta do imposto ou a ele imune.

§ 2° Para efeito de determinação do sujeito passivo, dar-se-á preferência, na seguinte ordem, ao proprietário, ao titular do domínio útil e ao possuidor.

Art. 194 O imposto é anual e, na forma da lei civil, se transmite aos adquirentes, salvo se constar do título respectivo certidão negativa de débitos relativos ao imóvel.

Seção III

Da inscrição no Cadastro Imobiliário Fiscal

Art. 195 A inscrição no Cadastro Imobiliário Fiscal, ou qualquer alteração referente ao lançamento, características e condições do imóvel, é sempre obrigatória e será promovida pelo contribuinte ou responsável, ou ainda de ofício, na forma e nos prazos regulamentares, devendo necessariamente ser instruída com os elementos necessários para o lançamento do imposto.

§ 1° A cada unidade imobiliária autônoma caberá uma inscrição.

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§ 2° Até o dia 10 (dez) de cada mês os serventuários da justiça enviarão à Administração, extratos ou comunicações de todos os atos relativos a imóveis, incluindo escrituras de enfiteuse, anticrese, hipoteca, arrendamento ou locação, bem como averbações, inscrições, transcrições ou registros realizadas no mês anterior.

Seção IV

Do lançamento

Art. 196 O lançamento do imposto será anual e feito pela autoridade administrativa, à vista dos elementos constantes do Cadastro Imobiliário Fiscal, quer declarados pelo contribuinte, quer apurados pelo Fisco.

Art. 197 O lançamento far-se-á em nome do titular sob o qual o imóvel esteja cadastrado perante a Municipalidade.

§ 1º Na hipótese de condomínio, o imposto poderá ser lançado em nome de um, de alguns ou de todos os condôminos, exceto quando se tratar de condomínio constituído de unidades autônomas, nos termos da lei civil, caso em que o imposto será lançado individualmente em nome de cada um dos seus respectivos titulares.

§ 2º Não sendo conhecido o proprietário, o lançamento far-se-á em nome de quem esteja de posse do imóvel.

§ 3º Os imóveis pertencentes ao espólio serão lançados em seu nome até que, julgado o inventário, sejam efetuadas as alterações no Cadastro Imobiliário Fiscal.

§ 4º No caso de imóvel objeto de compromisso de compra e venda, o lançamento poderá ser feito indistintamente em nome do compromitente vendedor ou do compromissário comprador, ou ainda, em nome de ambos, ficando sempre um e outro solidariamente responsável pelo pagamento do tributo.

§ 5° Os projetos de parcelamento de solo não serão aprovados sem a quitação integral de todos os débitos incidentes sobre os respectivos imóveis.

Art. 198 Cada imóvel ou unidade imobiliária autônoma, ainda que contíguos, será objeto de lançamento isolado, que levará em conta a sua situação à época da ocorrência do fato gerador, e reger-se-á pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

Art. 199 O lançamento do imposto não implica no reconhecimento da legitimidade da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel.

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Seção V

Da base de cálculo

Art. 200 A base de cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

§ 1° Na determinação da base de cálculo:

I - não se consideram os bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade;

II - se considera:

a) no caso de terrenos não edificados, em construção, em demolição ou em ruínas, o valor venal do solo;

b) nos demais casos, o valor venal do solo e da edificação.

Art. 201 O valor venal do imóvel será obtido da seguinte forma:

I - no caso de terreno, pela multiplicação de sua área ou de sua parte ideal pelo valor do metro quadrado do terreno;

II - no caso de edificação, pela multiplicação da área construída pelo valor unitário do metro quadrado de edificação.

III - as edificações serão classificadas pelos seguintes tipos ou padrões, descritos de forma exemplificativa:

a) de uso comercial ou residencial popular, aquelas do padrão pobre, térreas, com alvenaria de blocos, contendo geralmente dois cômodos, cozinha e banheiro e os seguintes detalhes de acabamento: sem revestimento externo, piso de cimento ou tijolo, inexistência de forros, esquadrias de madeira simples, esquadrias de ferro, pintura em caiação ou têmpera e instalação elétrica aparente; b) de uso comercial ou residencial baixo, aquelas de um pavimento, semi-isoladas, com alvenaria de tijolos ou blocos, contendo geralmente dois dormitórios, sala cozinha e banheiro e os seguintes detalhes de acabamento: revestimento de massa grossa, pisos de cimento ou cerâmica, tacos nos dormitórios, forro de madeira ou laje, esquadrias de madeira tipo pinho, esquadrias de ferro tipo basculante, pintura têmpera ou látex de segunda qualidade e instalações elétrica e hidráulica simples; c) de uso comercial ou residencial médio, aquelas de um ou dois pavimentos, isoladas ou semi-isoladas, com alvenaria de tijolos, contendo geralmente dois ou três dormitórios, sala, cozinha copa, banheiros, garagem e os seguintes detalhes de acabamento: revestimento de massa fina ou similar, piso externo, azulejos até 1,5 m (um vírgula cinco metros), pisos de cerâmica, tacos ou similar, forros de laje, esquadrias de madeira de correr ou guilhotina,

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esquadrias de ferro de correr, pintura de látex, instalações elétrica e hidráulica embutidas; d) de uso comercial ou residencial alto, aquelas geralmente de dois pavimentos, isoladas, com alvenaria de tijolos ou com parte em concreto aparente, contendo sala de estar e jantar, cozinha, área de serviço, três ou quatro dormitórios com armários embutidos, banheiros completos, edícula, garagem para dois ou mais carros e os seguintes detalhes de acabamento: revestimento de massa fina, tijolo à vista ou pedras, piso externo de cerâmica de primeira qualidade ou equivalente, revestimento interno com acabamento de primeira qualidade, piso de granito, tacos, assoalho ou similares, azulejos até o teto, esquadrias de madeira de primeira qualidade, esquadrias de alumínio ou vidros temperados, pintura sobre massa corrida, fachada em pedras ou similares, eventualmente piscinas, instalações elétrica e hidráulica de primeira qualidade, garagem para três ou mais carros; e) de uso comercial ou residencial de luxo, aquelas com estilo clássico, com acabamento de luxo, isoladas, paredes em concreto aparente ou pedras, contendo sala de recepção, escritório, sala de estar, jantar, copa, cozinha completa com armários, várias suítes, dependências de empregada e hóspedes, edículas, piscina, garagem para vários carros e os seguintes detalhes de acabamento: revestimento em pedras ou tijolo à vista decorativos, pisos de granito, mármore, tacos de amendoim ou similares, lareira, decorações artísticas no interior, escadas em mármore ou madeira de lei, vãos preenchidos com caixilhos especiais de alumínio, madeira ou vidros espessos, instalações hidráulicas de cobre e demais instalações para o completo conforto; f) de uso industrial baixo, aquelas com estrutura de ferro, cobertura de telhas de fibrocimento, pisos de concreto magro, com ou sem caixilhos, instalações elétrica e hidráulica simples, sanitários simples, pintura em caiação ou têmpera; g) de uso industrial médio, aquelas de estrutura de ferro ou concreto, alvenaria de blocos com vãos médios, pé direito de 4 m (quatro metros) ou mais, cobertura de fibrocimento, revestimento em argamassa, barra lisa de cimento, piso de concreto reforçado, esquadrias fixas ou basculantes, instalações elétrica e hidráulica, divisão interna, banheiros, pintura em látex; h) de uso industrial alto, aquelas com estrutura de concreto armado ou aço para vencer grandes vãos, cobertura de fibrocimento ou telhas, paredes revestidas, azulejos, caixilhos de ferro ou alumínio, instalações elétrica e hidráulica, pisos de concreto reforçado para receber máquinas pesadas, ar condicionado nos escritórios, pintura de látex ou óleo;

i) galpão baixo, aquelas com estrutura de alvenaria de tijolos com cintas de amarração, cobertas de telhas de barro ou fibrocimento, sem lanternim; revestimento com argamassa de cal e areia; barra lisa de cimento; piso de cimento ou concreto simples; instalações elétrica e hidráulica; sanitários simples e pintura de caiação;

j) galpão médio, aquelas de um pavimento, com estrutura de concreto armado, ou alvenaria de tijolos, com vãos médios, tendo pé direito de 4 m (quatro metros); cobertura de fibrocimento ou telha, com lanternim; revestimento com argamassa de cal e areia; barra lisa de cimento; piso de concreto, reforçado; fachada simples com caixilhos de concreto ou ferro, fixos ou basculantes, com vidros simples; instalações elétrica e hidráulica; divisões internas para escritório, laboratórios, etc.; sanitários de boa qualidade e pintura em caiação ou meia têmpera;

l) galpão alto, aquelas de um ou mais pavimentos, com estrutura em concreto armado, ou aço, para vencer grandes vãos; cobertura de fibrocimento, ou amianto-cimento, corrugada; forros de estuque; paredes revestidas com barras impermeabilizadas por azulejo, inclusive nas instalações sanitárias; fachadas com caixilhos de ferro, basculantes, e revestimentos especiais;

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instalações hidráulica e elétrica; ar condicionado; aparelhos de iluminação artificial, fluorescente; pisos com embasamentos e estruturas próprias para apoio e fixação de máquinas; instalações e acessórios independentes; divisões internas para escritório, laboratório, etc. e pintura em meia têmpera, óleo, ou similar. § 1º O valor venal será atualizado anualmente, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que vier a sucedê-lo. § 2º O valor venal, quando houver edificação, será representado pela soma dos valores do terreno e da edificação.

§ 3º Quando houver desapropriação de áreas de terrenos, o valor atribuído por metro quadrado da área remanescente poderá, a critério do Executivo, ser idêntico ao valor estabelecido em Juízo, devidamente corrigido, de acordo com a legislação em vigor. § 4° Para efeito de apuração do valor venal será deduzida a área que for declarada de utilidade pública para fins de desapropriação pelo Município, Distrito Federal, Estado ou União. § 5º Qualquer modificação cadastral que importe na redução do valor do imposto lançado somente terá efeito no exercício seguinte ao da comunicação pelo contribuinte ao Fisco, exceto quando for comprovado erro inequívoco deste ou se tratar de impugnação tempestiva do lançamento.

§ 6º Quando não se enquadrarem por completo aos tipos ou padrões descritos no inciso III do caput deste artigo, as edificações serão enquadradas nos mesmos tipos ou padrões por semelhança, levando-se em conta o tipo ou padrão da edificação e as descrições contidas no mesmo inciso III do caput deste artigo.

Art. 202 Nos casos singulares, de lotes particularmente desvalorizados, em virtude de formas extravagantes, de conformações topográficas muito desfavoráveis, ou pela passagem de córregos, ou ainda pela sua sujeição a inundações periódicas, bem como, nos casos omissos, onde a aplicação dos processos estatuídos neste Código possa conduzir, a critério do Órgão Fazendário, à tributação manifestamente injusta ou inadequada será adotado o processo de avaliação mais recomendável, mediante procedimento específico em cada caso concreto, ad referendum do Prefeito Municipal.

Parágrafo único. O valor venal do imóvel, para fins do imposto, poderá ser reduzido quando for constatado que se encontra acima do valor de mercado, mediante aplicação dos mesmos critérios previstos no artigo 201.

Art. 203 O lançamento do imposto predial urbano, bem como sua arrecadação, sempre que possível, será feito em conjunto com os demais tributos que recaem sobre o imóvel.

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Art. 204 Fixar-se-á o valor venal do imóvel por arbitramento calculando-se as áreas de terreno e de construção por estimativa e determinando-se os tipos de construção por equiparação a prédios semelhantes, quando o Fisco for impedido de colher os dados necessários ou quando o prédio se encontrar fechado e sem possibilidade de acesso.

Seção VI

Das alíquotas

Art. 205 O imposto será devido anualmente e calculado mediante a aplicação das alíquotas sobre o valor venal dos imóveis respectivos, estabelecidas nas Tabelas II e III.

Subseção I

Da progressividade das alíquotas

Art. 206 Nas condições que a lei estipular, o imposto poderá:

I - ser progressivo em razão do valor venal do imóvel;

II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

Subseção II

Das deduções das alíquotas

Art. 207 Os terrenos não edificados gozarão de deduções nas alíquotas do imposto, de acordo com o regulamento, até o limite de 1 % (um por cento), desde que presentes no imóvel pelo menos uma das seguintes melhorias:

I - terreno murado nas divisas com a via pública:

a) muro sem revestimento ou apenas chapiscado;

b) muro devidamente rebocado e pintado.

II - terreno com edificação de passeio ou calçada na divisa com a via pública:

a) passeio inacabado, em contrapiso de concreto;

b) passeio devidamente acabado, com piso, dentro das normas vigentes no Município.

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Seção VII

Da Planta Genérica de Valores Imobiliários

Art. 208 A Planta Genérica de Valores Imobiliários será estabelecida por lei, que conterá os valores do metro quadrado do terreno e da edificação, além dos respectivos critérios de sua apuração.

Parágrafo único. Os valores constantes da Planta Genérica de Valores Imobiliários serão atualizados anualmente, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que vier a sucedê-lo.

Seção VIII

Das isenções

Art. 209 Ficam isentos do pagamento do imposto o bem imóvel:

I - pertencente a particular, quanto a fração cedida gratuitamente para uso da União, dos Estados, do Distrito Federal e do Município, ou de suas autarquias e fundações;

II - pertencente ou cedido gratuitamente a sociedade ou instituição sem fins lucrativos que se destinem a congregar classes patronais ou trabalhadoras, com a finalidade de realizar a sua união, representação, defesa, elevação de seu nível cultural, físico ou recreativo;

III - pertencente a sociedade civil ou a associação sem fins lucrativos e destinados ao exercício de atividades culturais, filantrópicas, recreativas ou esportivas, bem como os templos de qualquer culto;

IV - declarado de necessidade ou utilidade pública ou de interesse social, para fins de desapropriação, a partir da data da efetiva imissão provisória na posse pelo Poder expropriante;

V - as associações profissionais, os sindicatos, quando reconhecidos pelo Ministério do Trabalho, se sediados no Município, quanto aos imóveis de sua propriedade para uso específico de suas atividades.

Seção IX

Do recolhimento

Art. 210 O recolhimento do imposto será anual e se dará nos prazos e condições constantes da respectiva notificação, expedida nos termos do que determinar o regulamento.

Art. 211 O imposto será pago de uma só vez ou parceladamente.

§ 1° O percentual de desconto para pagamento em parcela única, de acordo com o definido em regulamento, não poderá ser superior a 20 % (vinte por cento) do valor do imposto.

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§ 2º Para efeito de pagamento, o valor do imposto será atualizado monetariamente, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que vier a sucedê-lo, observando-se para o reajuste o período compreendido entre a data do fato gerador e a data do efetivo pagamento, integral ou de cada prestação.

§ 3º O parcelamento do imposto constitui uma concessão do Fisco pela qual o contribuinte tem o direito de optar, porém, o inadimplemento de qualquer parcela poderá acarretar, a critério da Administração e desde que devidamente justificado, a perda desse direito, com o vencimento antecipado das demais prestações.

Seção X

Das infrações e penalidades

Art. 212 Para as infrações, serão aplicadas penalidades à razão de percentuais sobre o valor venal do imóvel, da seguinte forma:

I - multa de 1 % (um por cento), quando houver erro, omissão ou falsidade nos dados que possam alterar a base de cálculo do imposto;

II - multa de 1,5 % (um vírgula cinco por cento), quando o contribuinte obstar à fiscalização, à vistoria ou ao recadastramento promovidos pelo Fisco;

III - multa de 2 % (dois por cento), quando não promovida a inscrição ou alteração do Cadastro Imobiliário Fiscal na forma e prazo determinados.

CAPÍTULO III

Do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI

Seção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 213 O Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI, por ato oneroso, a qualquer título, de bens imóveis e de direitos reais a eles relativos, tem como fato gerador:

I - a transmissão da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil;

II - a transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;

III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos anteriores.

Art. 214 O imposto incidirá especificamente sobre:

I - compra e venda pura ou condicional e atos equivalentes;

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II - dação em pagamento;

III - permuta;

IV - arrematação ou adjudicação em leilão, hasta pública ou praça;

V - incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica, ressalvados os casos de imunidade e não incidência;

VI - transferência do patrimônio de pessoa jurídica para o de qualquer um de seus sócios, acionistas ou respectivos sucessores;

VII - tornas ou reposições que ocorram:

a) nas partilhas efetuadas em virtude de dissolução da sociedade conjugal ou morte quando o cônjuge ou herdeiro receber, dos imóveis situados no Município, quota-parte cujo valor seja maior do que o da parcela que lhe caberia na totalidade desses imóveis;

b) nas divisões para extinção de condomínio de imóvel, quando for recebida por qualquer condômino quota-parte material cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte ideal.

VIII - mandato em causa própria e seus substabelecimentos, quando o instrumento contiver os requisitos essenciais à compra e venda;

IX - instituição de fideicomisso;

X - enfiteuse e subenfiteuse;

XI - rendas expressamente constituídas sobre imóvel;

XII - concessão real de uso;

XIII - cessão de direitos de usufrutos;

XIV - cessão de direitos ao usucapião;

XV - cessão de direitos do arrematante ou adjudicante, depois de assinado o auto de arrematação ou adjudicação;

XVI - acessão física quando houver pagamento de indenização;

XVII - cessão de direitos sobre permuta de bens imóveis;

XVIII - qualquer ato judicial ou extrajudicial inter vivos não especificado neste artigo que importe ou se resolva em transmissão, a título oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, ou de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia;

XIX - cessão de direitos relativos aos atos mencionados no inciso anterior;

XX - incorporação de imóvel ou de direitos reais sobre imóveis ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de capital, quando a atividade preponderante da adquirente for a compra e venda, locação ou arrendamento mercantil de imóveis, ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição;

XXI - transmissão desses bens ou direitos, decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, quando a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

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XXII - cessão de direito do arrematante ou adquirente, depois de assinado o auto de arrematação;

XXIII - cessão de promessa de venda ou transferência de promessa de cessão, relativa a imóveis, quando se tenha atribuído ao promitente comprador ou ao promitente cessionário o direito de indicar terceiro para receber a escritura decorrente da promessa.

Parágrafo único. Equiparam-se à compra e à venda, para efeitos tributários:

I - a permuta de bens imóveis por bens e direitos de outra natureza;

II - a permuta de bens imóveis situados no território do Município por outros quaisquer bens situados fora do território do Município.

Seção II

Da não incidência

Art. 215 O imposto não incide sobre a transmissão ou a cessão de bens imóveis ou de direitos reais a eles relativos quando:

I - o adquirente for a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas autarquias e fundações;

II - o adquirente for partido político, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores, entidades religiosas, instituição de educação e assistência social sem fins lucrativos, para atendimento de suas finalidades essenciais;

III - efetuada para a incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital;

IV - decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica;

V - o bem imóvel voltar ao domínio do antigo proprietário por força de retrovenda, retrocessão, pacto de melhor comprador ou de condição resolutiva, não sendo restituído o imposto pago em razão da transmissão originária.

§ 1º O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso III deste artigo, em decorrência de sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram transferidos.

§ 2º O disposto nos incisos III e IV deste artigo não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a compra e a venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

§ 3º Considera-se caracterizada a atividade preponderante quando mais de 50 % (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos dois anos

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anteriores e nos dois anos seguintes à aquisição, decorrerem de transações referidas no parágrafo anterior.

§ 4º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição ou menos de dois anos antes, apurar-se-á a preponderância a que se referem os parágrafos anteriores nos três anos seguintes à aquisição.

§ 5º Verificada a preponderância a que se referem os parágrafos anteriores, tornar-se-á devido o imposto nos termos da lei vigente à data da aquisição e sobre o valor atualizado do imóvel ou dos direitos sobre eles.

Seção III

Do sujeito passivo

Art. 216 Contribuinte do imposto é o adquirente ou cessionário do bem imóvel ou do direito a ele relativo.

Parágrafo único. Na permuta, contribuinte do imposto é cada um dos permutantes.

Art. 217 Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto:

I - o transmitente e o cedente nas transmissões que se efetuarem sem o pagamento do imposto;

II - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, desde que o ato de transmissão tenha sido praticado por eles ou perante eles, sem o pagamento do imposto.

Seção IV

Da base de cálculo

Art. 218 A base de cálculo do imposto é o valor dos bens, no momento da transmissão ou cessão dos direitos a eles relativos.

§ 1° A base de cálculo será o valor estabelecido pela avaliação judicial ou administrativa, ou o preço pago constante da escritura, termo ou instrumento particular, se este for maior.

§ 2° Não concordando com o valor estimado, poderá o contribuinte requerer nova avaliação fiscal, instruindo o pedido com documentação que fundamente sua discordância.

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§ 3º O valor estabelecido na forma deste artigo prevalecerá pelo prazo de 30 (trinta) dias, findo o qual, sem o pagamento do imposto, ficará sem efeito o lançamento ou a avaliação.

§ 4° Na avaliação serão considerados, dentre outros previstos por este Código, os seguintes elementos, quanto ao imóvel:

I - a área, localização e zoneamento urbano do imóvel;

II - características do terreno;

III - tipo de construção e área construída;

IV - valores auferidos no mercado imobiliário;

V - outros acessórios que influam na avaliação.

Art. 219 Nas transações descritas a seguir, considerar-se-á como base de cálculo do imposto:

I - na arrematação ou leilão, o preço pago;

II - na adjudicação, o valor estabelecido pela avaliação judicial ou administrativa;

III - nas dações em pagamento, o valor dos bens dados para solver o débito;

IV - nas permutas, o valor de cada imóvel ou direito permutado;

V - na transmissão do domínio útil, 1/3 (um terço) do valor venal do imóvel;

VI - na transmissão do domínio direto, 2/3 (dois terços) do valor venal do imóvel;

VII - na instituição do direito real de usufruto, bem como na sua alienação ao nu-proprietário, 1/3 (um terço) do valor venal do imóvel;

VIII - na transmissão da nua propriedade, 2/3 (dois terços) do valor venal do imóvel;

IX - nas tornas ou reposições, verificadas em partilhas ou divisões, o valor da parte excedente da meação ou quinhão ou da parte ideal consistente em imóvel;

X - nas cessões de direito, o valor venal do imóvel;

XI - em qualquer outra transmissão ou cessão de imóvel ou de direito real não especificado nos incisos anteriores, o valor venal do bem.

Art. 220 O valor da base de cálculo do imóvel para efeito deste imposto não influirá, em nenhuma hipótese, na base de cálculo para efeito do lançamento e arrecadação do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

Seção V

Das alíquotas

Art. 221 O imposto será calculado aplicando-se sobre o valor estabelecido como base de cálculo as seguintes alíquotas:

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I - nas transmissões compreendidas no Sistema Financeiro da Habitação - SFH:

a) 0,5 % (meio por cento) sobre o valor efetivamente financiado;

b) 2 % (dois por cento) sobre o valor restante;

II - 2 % (dois por cento) nas demais transmissões e cessões;

Seção VI

Das isenções

Art. 222 São isentas do imposto:

I - a transmissão decorrente da execução de planos de habitação para população de baixa renda, patrocinados ou executados por Órgãos Públicos ou seus agentes;

II - a transmissão dos bens ao cônjuge, em virtude da comunicação decorrente do regime de bens do casamento;

III - a transmissão em que o alienante seja o Poder Público;

VI - a indenização de benfeitorias pelo proprietário ao locatário, consideradas aquelas de acordo com a lei civil;

V - a extinção do usufruto, quando o seu instituidor tenha continuado dono da nua propriedade;

VI - as transferências de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

Seção VII

Do recolhimento

Art. 223 Nas transmissões ou cessões, o contribuinte ou procurador habilitado, o escrivão de notas ou o tabelião, antes da lavratura da escritura ou instrumento, conforme o caso, expedirá guia com a descrição completa do imóvel, suas características, localização, área do terreno, tipo de construção, benfeitorias e outros elementos que possibilitem a estimativa de seu valor venal pela Municipalidade.

Art. 224 O pagamento do imposto será efetuado através de guia de recolhimento emitida pela repartição fazendária competente, ou mediante guia de arrecadação visada por essa, e se dará em qualquer estabelecimento autorizado para tanto.

§ 1° Para fins de emissão da guia de recolhimento, o sujeito passivo deverá fornecer declaração contendo os elementos da transação.

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§ 2° A guia de recolhimento terá o prazo de validade de 30 (trinta) dias, a contar de sua emissão, ficando sem efeito após este período.

§ 3° A repartição fazendária anotará na guia de arrecadação a data da ocorrência do fato gerador do imposto.

Art. 225 O imposto será pago antes da realização do ato ou da lavratura do instrumento público ou particular que configurar a obrigação de pagá-lo, exceto:

I - nas tornas ou reposições em que sejam interessados incapazes, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data em que se der a concordância do Ministério Público;

II - na arrematação ou adjudicação, dentro de 30 (trinta) dias contados da data em que tiver sido assinado o ato ou deferida a adjudicação, ainda que haja recurso pendente;

III - na transmissão objeto de instrumento lavrado em outro Município, dentro de 30 (trinta) dias contados da data da sua lavratura.

Parágrafo único. Considerar-se-á ocorrido o fato gerador, na lavratura de contratos ou promessa de compra e venda, exceto se deles constar expressamente que a imissão na posse do imóvel somente ocorrerá após a quitação final.

Seção VIII

Da restituição

Art. 226 O imposto recolhido será devolvido, no todo ou em parte, quando:

I - não se completar o ato ou contrato sobre que se tiver pago, depois de requerido com provas suficientes para comprová-lo;

II - for declarada, por decisão judicial transitada em julgado, a nulidade do ato ou contrato pela qual tiver sido pago.

Art. 227 Toda restituição do imposto recolhido a maior ou indevidamente será efetuada através da apuração por meio de Processo Tributário Administrativo - PTA, a ser regulamentado pelo Executivo, devendo ser necessariamente anexado aos autos o comprovante de recolhimento original.

Seção IX

Das infrações e das penalidades

Art. 228 O descumprimento das obrigações previstas neste Código quanto ao Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI, sujeita o infrator às seguintes penalidades:

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I - a 50 % (cinqüenta por cento) do valor do imposto devido, na prática de qualquer ato de transmissão de bens e ou direitos sem o pagamento do imposto nos prazos legais;

II - a 250 % (duzentos e cinqüenta por cento) do valor do imposto, quando este for superior a 100 (cem) UFM, e acaso ocorra omissão ou inexatidão fraudulenta de declaração relativa a elementos que possam influir no cálculo do imposto ou que resultem na não incidência, isenção ou suspensão de pagamento;

III - a 50 (cinqüenta) UFM no caso do inciso anterior, quando não fique caracterizada a intenção fraudulenta;

IV - a 50 (cinqüenta) UFM, no caso de descumprimento da disposição contida no artigo 223 deste Código.

TÍTULO II

DAS TAXAS

CAPÍTULO I

Das Taxas decorrentes do exercício regular do Poder de Polícia

Art. 229 Considera-se poder de polícia a atividade da administração municipal que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de atos ou abstenção de fato, em razão de interesse público, concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina de produção e do mercado, ao exercício da atividade econômica, dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranqüilidade pública ou respeito à propriedade e ao direito individual ou coletivo, no território do Município.

Art. 230 As taxas decorrentes das atividades do poder de polícia do Município se classificam em:

I - Taxa de Licença para Localização e Funcionamento - TLLF;

II - Taxa de Verificação de Funcionamento Regular - TVFR;

III - Taxa de Licença para o Comércio Ambulante - TLCA;

IV - Taxa de Licença para a execução de Arruamento, loteamentos e obras - TLA;

V - Taxa de Licença para Publicidade - TLP;

VI - Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas vias e logradouros públicos - TLOS;

VII - Taxa de Licença para o Abate de Animais - TLAA.

Art. 231 O contribuinte da taxa é o beneficiário do ato concessivo, de licença ou vistoria.

Parágrafo único. São isentos de pagamento de taxa:

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I - a sociedade civil ou a associação sem fins lucrativos, destinadas ao exercício de atividades culturais, filantrópicas, recreativas ou esportivas;

II - os templos de qualquer culto.

Seção I

Da Taxa de Licença para Localização e Funcionamento - TLLF

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 232 Nenhuma pessoa física ou jurídica que opere no ramo de produção, comercialização, industrialização, prestação de serviços, agropecuária e demais atividades, poderá se localizar e funcionar no Município e iniciar suas atividades, sem prévio exame e fiscalização das condições de localização e funcionamento concernentes:

I - à segurança, à higiene, à saúde, à ordem, aos costumes;

II - à disciplina da produção e do mercado;

III - ao exercício de atividades dependentes de concessão ou autorização do Poder Público;

VI - à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos;

V - ao cumprimento da legislação urbanística.

Art. 233 No exercício da atividade reguladora a que se refere o artigo anterior, as autoridades municipais, visando conciliar a concessão da licença pretendida com o planejamento físico e o desenvolvimento socioeconômico ou cultural do Município, levarão em conta, entre outros fatores:

I - o ramo da atividade a ser licenciada;

II - localização do estabelecimento, se for o caso;

III - as repercussões da prática do ato ou da abstenção do fato para a comunidade, a moral, os bons costumes, a economia, cultura e o meio ambiente.

Parágrafo único. O Poder Público Municipal poderá, a fim de fomentar o desenvolvimento socioeconômico e cultural do Município, reduzir o valor da taxa, consoante critérios pré-definidos em regulamento.

Art. 234 Considera-se estabelecimento o local do exercício de qualquer atividade de produção, comercialização, industrialização, prestação de serviços, agropecuária e similares, ainda que exercida no interior de residência, com localização fixa ou não.

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§ 1° A incidência e o pagamento da taxa independem:

I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas;

II - de estabelecimento fixo ou de exclusividade, no local onde é exercida a atividade;

III - do efetivo funcionamento da atividade ou da efetiva utilização dos locais licenciados;

IV - do caráter permanente, eventual ou transitório do estabelecimento.

§ 2º Para efeito de incidência da taxa, consideram-se estabelecimentos distintos:

I - os que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de negócio, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

II - os que, embora com idêntico ramo de negócios e sob a mesma responsabilidade, estejam situados em prédios distintos ou locais diversos.

Art. 235 A Taxa de Licença para Localização e Funcionamento - TLLF será devida por ocasião do licenciamento, sendo cobrada no ato da concessão da respectiva licença, que conterá os seguintes característicos:

I - número de inscrição no órgão fiscal competente;

II - nome da pessoa física ou jurídica a quem for concedida;

III - local do estabelecimento ou do funcionamento da atividade;

IV - ramo do negócio ou da atividade;

V - restrições;

VI - tipo da licença concedida.

§ 1° Será exigida a licença sempre que ocorrer mudança de ramo de atividade, modificações nas características do estabelecimento ou transferência de local, ainda que ocorram dentro de um mesmo exercício.

§ 2° A licença será concedida em obediência à legislação específica, sob a forma de alvará, o qual conterá o prazo de sua validade, deverá ser exibido à fiscalização, quando solicitado, e ficar, sempre, exposto em local visível.

Art. 236 Independentemente da prévia licença e do respectivo alvará, todas as pessoas licenciadas estão sujeitas à constante fiscalização das autoridades municipais, sem prévia notificação, comunicação ou aviso de qualquer natureza.

Parágrafo único. O licenciado é obrigado a comunicar ao Setor de Tributação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, para fins de atualização cadastral, as seguintes ocorrências relativas ao seu estabelecimento:

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I - alteração de endereço;

II - alteração da razão social ou do ramo de atividade;

III - alteração do quadro societário;

IV - alterações físicas do estabelecimento.

Art. 237 A qualquer tempo a licença poderá ser cancelada, sendo determinado o imediato fechamento do estabelecimento, desde que deixem de existir as condições que legitimaram a concessão da licença.

§ 1° Aplicam-se as disposições contidas no caput deste artigo quando o contribuinte, mesmo após notificação ou aplicação das penalidades cabíveis, não cumprir as determinações da Municipalidade para regularizar a situação do estabelecimento.

§ 2° Nos casos em que deixem de existir as condições que legitimaram a concessão da licença, em não sendo localizado o contribuinte, far-se-á sua notificação através de edital para que, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, regularize sua situação perante a Municipalidade, sob pena de cancelamento da referida inscrição.

Subseção II

Do sujeito passivo

Art. 238 Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica beneficiária da licença.

Parágrafo único. Aplica-se à taxa de licença a regra de solidariedade prevista neste Código.

Subseção III

Da base de cálculo

Art. 239 A taxa será calculada proporcionalmente ao número de meses restantes no ano, mediante aplicação dos valores constantes da Tabela IV.

Subseção IV

Do lançamento

Art. 240 A taxa será lançada após a fiscalização efetuada no estabelecimento.

Parágrafo único. Será exigida a quitação da taxa antes da entrega do respectivo alvará de licença.

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Art. 241 O pedido de licença para localização e funcionamento será promovido mediante o preenchimento de formulários próprios de inscrição no Cadastro Municipal de Contribuintes, com a apresentação de documentos previstos na forma regulamentar.

Seção II

Da Taxa de Verificação de Funcionamento Regular - TVFR

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 242 A Taxa de Verificação de Funcionamento Regular - TVFR tem como fato gerador a fiscalização e o controle permanente, efetivo ou potencial, das atividades já licenciadas e decorrentes do exercício do poder de polícia do Município.

Art. 243 Para efeito de incidência da taxa, consideram-se estabelecimentos distintos:

I - os que, embora no mesmo local, ainda que idêntico ramo de negócios, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas, individualmente;

II - os que, embora com idêntico ramo de negócios e sob a mesma responsabilidade, estejam situados em prédios distintos ou locais diversos.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 244 A taxa será calculada mediante aplicação dos valores constantes na Tabela V.

Subseção III

Do lançamento

Art. 245 A taxa será devida anualmente e lançada de ofício, em nome do contribuinte, com base nos dados do Cadastro Municipal de Contribuintes.

Seção III

Da Taxa de Licença para o Comércio Ambulante - TLCA

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

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Art. 246 Para os efeitos de incidência da Taxa de Licença para o Comércio Ambulante - TLCA, considera-se comércio ambulante o exercido individualmente, sem estabelecimento, instalação ou localização fixa.

Parágrafo único. É considerado, também, como comércio ambulante, o que é exercido em instalação removível, colocada nas vias e logradouros públicos, como balcões, mesas, tabuleiros ou semelhantes, inclusive feiras.

Art. 247 Nenhuma atividade de comércio ambulante, feirante ou eventual é permitida sem prévia inscrição da pessoa que a exercer, junto a Municipalidade, mediante o preenchimento de ficha própria, conforme modelo editado por regulamento e fornecido ao contribuinte.

Parágrafo único. A inscrição será atualizada por iniciativa dos comerciantes, sempre que houver qualquer modificação nas características iniciais da atividade por eles exercida.

Art. 248 O pagamento da taxa não dispensa a cobrança da Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas vias e logradouros públicos - TLOS.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 249 A taxa será calculada de acordo com os valores constantes da Tabela VI.

Subseção III

Da limitação do número de comerciantes

Art. 250 O número máximo de comerciantes não poderá ultrapassar a 5 (cinco) para cada 1.000 (um mil) habitantes do Município.

Parágrafo único. Para cálculo do número de habitantes do Município será levado em conta o último censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Seção IV

Da Taxa de Licença para a execução de Arruamento, loteamentos e obras - TLA

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

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Art. 251 A Taxa de Licença para a execução de Arruamento, loteamentos e obras - TLA tem como fato gerador a atividade municipal de exame dos projetos, vigilância, controle e fiscalização do cumprimento das exigências municipais a que se submete qualquer pessoa que pretenda realizar obras de construção civil, de qualquer espécie, bem como que pretenda fazer arruamentos ou loteamentos.

§ 1° A licença somente será concedida mediante prévio exame e aprovação das plantas ou projetos, na forma da legislação aplicável ao caso.

§ 2° A licença terá período de validade fixado de acordo com a natureza, extensão e complexidade da obra, e será cancelada se a sua execução não for iniciada dentro do prazo estabelecido no alvará.

§ 3° Se o prazo concedido no alvará for insuficiente para a execução do projeto, a licença poderá ser prorrogada, a requerimento do contribuinte.

Art. 252 Nenhuma construção, reconstrução, reforma, demolição ou obra, de qualquer natureza, poderá ser iniciada sem prévio pedido de licença ao Município e pagamento da taxa devida.

Art. 253 Nenhum plano ou projeto de arruamento, loteamento e parcelamento de terreno pode ser executado sem a aprovação e o pagamento prévio da respectiva taxa.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 254 A taxa será calculada de acordo com os valores constantes da Tabela VII.

Seção V

Da Taxa de Licença para Publicidade - TLP

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 255 A Taxa de Licença para Publicidade - TLP tem como fato gerador a vigilância, controle e fiscalização, efetiva ou potencial, a que se submete qualquer pessoa que pretenda utilizar ou explorar, por qualquer meio, publicidade em geral, seja em vias e logradouros públicos ou em locais visíveis ou de acesso ao público, nos termos do regulamento.

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§ 1º A taxa incidirá sobre quaisquer instrumentos ou formas de comunicação visual ou audiovisual de mensagens, inclusive aqueles que contiverem apenas dizeres, desenhos, siglas, dísticos ou logotipos indicativos ou representativos de nomes, produtos, locais ou atividades de pessoas físicas ou jurídicas, mesmo aqueles afixados em veículos de transporte de qualquer natureza.

§ 2° A licença para publicidade será válida pelo período constante do respectivo alvará.

§ 3° Não se considera publicidade expressões de indicação, tais como, tabuletas indicativas de sítios, granjas, fazendas, hospitais, ambulatórios, prontos-socorros, bem como nos locais de construção, as placas indicativas dos nomes dos profissionais, empresas e responsáveis técnicos pelo projeto ou pela execução da obra.

Subseção II

Da não incidência

Art. 256 Não incide a taxa:

I - nos anúncios de propaganda eleitoral regularmente inscritos no Tribunal Regional Eleitoral;

II - nos anúncios e emblemas de entidades públicas, ordens e cultos religiosos, irmandades, asilos, orfanatos, entidades sindicais, ordens ou associações profissionais, hospitais, sociedades cooperativas, beneficentes, culturais, esportivas ou qualquer entidade de utilidade pública, quando colocadas nas respectivas sedes ou dependências;

III - outros anúncios de afixação obrigatória, decorrentes de disposição legal ou regulamentar, sem qualquer legenda, dístico ou desenho de valor publicitário, inclusive os que contiverem simplesmente os dizeres de identificação dos estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços.

Subseção III

Da base de cálculo

Art. 257 A taxa será calculada de acordo com os valores e elementos constantes da Tabela VIII.

Art. 258 Não se enquadrando o anúncio nas tabelas pela falta de elementos que precisem sua natureza, a taxa será calculada pelo item que tiver maior identidade, de acordo com as suas características.

Art. 259 Enquadrando-se o anúncio em mais de um item das referidas tabelas, prevalecerá a taxa unitária de maior valor.

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Subseção IV

Das infrações e penalidades

Art. 260 A taxa terá seus valores majorados em 10 (dez) vezes nos anúncios que veicularem:

I - propaganda de produtos que comprovadamente causem malefícios à saúde;

II - propagandas que estimulem a violência;

III - propaganda de remédios;

IV - armas de fogo.

Art. 261 Incorrerá na penalidade de multa de 100 (cem) UFM as pessoas que se recusarem a exibir o registro da inscrição, da declaração de dados ou quaisquer outros documentos fiscais.

Seção VI

Da Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas vias e logradouros públicos - TLOS

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 262 A Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas vias e logradouros públicos - TLOS tem como fato gerador a atividade de fiscalização a que se submete qualquer pessoa que pretenda ocupar o solo nas vias e logradouros públicos, mediante instalação provisória ou não de engenhos, instalações ou equipamentos de qualquer natureza, de balcões, barracas, mesas, tabuleiros, quiosques, aparelhos e quaisquer outros móveis ou utensílios, depósitos de materiais para fins comerciais ou prestação de serviços, ou estacionamento privativo de veículos, em locais permitidos.

§ 1° A taxa a que alude este artigo também será cobrada em relação ao espaço público ocupado por:

I - empresas de energia elétrica e iluminação pública ou transmissão de energia que utilizem espaço público para posteamento, linhas de energia, torres de transmissão e subestações;

II - empresas de telecomunicações, transmissão de dados ou de televisão a cabo que utilizem espaço público para posteamento, linhas de transmissão, torres e subestações;

III - empresas de saneamento que utilizem o solo e o subsolo públicos como passagem de redes de água e esgoto, adutoras, estações de tratamento de água e esgoto ou similares;

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IV - outras empresas que utilizem espaço público a qualquer título, mesmo que em camadas, conjunta ou separadamente, no mesmo local, para poste de redes, torres e/ou estações.

§ 2° O Poder Executivo, por meio do órgão competente, providenciará as medições e os levantamentos necessários para efeito de apuração da área do solo e do subsolo ocupada pelas respectivas empresas, a fim de que seja determinado o valor da taxa a ser cobrada, podendo, para tanto, utilizar os memoriais descritivos apresentados pelas empresas ao Fisco.

Art. 263 Sem prejuízo do pagamento dos tributos e multas devidos, o Município apreenderá e removerá para seus depósitos qualquer objeto ou mercadoria deixados em local não permitido ou colocados em vias e logradouros públicos, sem o pagamento da taxa de que trata este Código.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 264 A taxa para ocupação do solo nas vias e logradouros públicos será calculada de acordo com os valores constantes da Tabela IX.

Seção VII

Da Taxa de Licença para o Abate de Animais - TLAA

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 265 A Taxa de Licença para o Abate de Animais - TLAA, fundada no exercício do poder de polícia do Município, tem como fato gerador a fiscalização, efetiva ou potencial, com controle permanente, exercida sobre o abate de animais destinado ao consumo público.

Art. 266 Contribuinte da taxa é toda pessoa física ou jurídica que utilize o Matadouro Municipal para o abate de animais destinados ao consumo público, tendo por base o número de animais abatidos e por unidade.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 267 A taxa será calculada de acordo o valor constante da Tabela X.

Subseção III

Do lançamento

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Art. 268 O lançamento da taxa será efetuado no ato da concessão da respectiva licença, ou, relativamente a animais cujo abate tenha ocorrido em outro município, no ato da reinspeção sanitária para distribuição local.

Parágrafo único. Será exigida a quitação da taxa antes da expedição da licença para o abate de animais.

Art. 269 O pedido da licença será promovido mediante o preenchimento de formulários próprios na repartição responsável pela inspeção sanitária.

CAPÍTULO II

Das Taxas decorrentes da utilização efetiva ou potencial de Serviços Públicos Divisíveis, prestados aos contribuintes ou postos à sua disposição

Art. 270 As taxas decorrentes da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, compreendem:

I - Taxa de Serviços Diversos - TSD;

II - Taxa de Expediente - TE;

III - Taxa de Cemitério Municipal - TCM.

Art. 271 As taxas de serviços públicos serão lançadas de ofício.

Art. 272 As taxas poderão ser lançadas juntamente com o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, na forma e prazos fixados na notificação.

Art. 273

É contribuinte:

I - das taxas indicadas nos incisos I e II do artigo 270, o interessado na expedição de quaisquer documentos ou prática de atos por parte do Município;

II - da taxa indicada no inciso III do artigo 270, a pessoa física ou jurídica detentora de terreno nos cemitérios públicos municipais ou os beneficiários dos serviços de inumação de cadáveres, abertura de sepulturas e remoção de ossadas, e, ainda, os concessionários da titularidade perpétua de jazigos, túmulos, sepulturas ou carneiras nos cemitérios municipais.

Seção I

Da Taxa de Serviços Diversos - TSD

Subseção única

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Das disposições gerais

Art. 274 A utilização dos serviços diversos, específicos, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição, compreendem os serviços descritos na Tabela XI e será devida com base nas alíquotas previstas na mesma tabela.

Seção II

Da Taxa de Expediente - TE

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 275 A Taxa de Expediente - TE é devida por quem utilizar serviço prestado pelo Município, de que resulte expedição de documento ou prática de ato de sua competência.

Subseção II

Da base de cálculo

Art. 276 A taxa é diferenciada em função da natureza do documento ou do ato administrativo que lhe der origem e será calculada com base nos valores constantes da Tabela XII.

Seção III

Da Taxa de Cemitério Municipal - TCM

Subseção I

Da incidência e do fato gerador

Art. 277 A Taxa de Cemitério Municipal - TCM é devida em função da prestação efetiva ou disponibilização dos serviços de manutenção, conservação, limpeza e segurança dos cemitérios municipais, bem como pela inumação de cadáveres, abertura de sepulturas, remoção de ossadas, além da concessão da titularidade perpétua de jazigos, túmulos, sepulturas ou carneiras nos cemitérios municipais.

Subseção II

Do lançamento

Art. 278 O lançamento e a cobrança da taxa serão ser efetuados pelo Município, por órgão da Administração indireta ou por concessionários de que detenham a administração dos cemitérios municipais.

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Subseção III

Da base de cálculo e da alíquota

Art. 279 A taxa pela prestação efetiva ou disponibilização dos serviços de manutenção, conservação, limpeza e segurança dos cemitérios municipais será devida anualmente, no valor correspondente entre 5 (cinco) e 50 (cinqüenta) UFM, segundo as condições e formas previstas em decreto do Executivo.

Art. 280 A taxa de inumação de cadáveres, abertura de sepulturas, remoção de ossadas e concessão da titularidade perpétua de jazigos, túmulos, sepulturas ou carneiras nos cemitérios municipais será devida com base nos valores constantes da Tabela XIII, podendo ter o seu pagamento parcelado, conforme dispuser o regulamento.

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LIVRO III DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

TÍTULO I

DA DÍVIDA ATIVA

CAPÍTULO I

Das disposições gerais

Art. 281 Constitui Dívida Ativa Tributária do Município a proveniente de impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuição de custeio da iluminação pública e multas de qualquer natureza, decorrentes de quaisquer infrações à legislação, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela legislação tributária ou por decisão final prolatada em processo regular.

Art. 282 A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

§ 1º A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

§ 2º A fluência de juros de mora e a aplicação de índices de correção monetária não excluem a liquidez do crédito.

CAPÍTULO II

Da inscrição

Art. 283 A inscrição na dívida ativa tributária do Município e a expedição das certidões poderão ser feitas, manualmente, mecanicamente ou através de meios eletrônicos, com a utilização de fichas e relações em folhas soltas, a critério e controle da administração, desde que atendam aos requisitos para inscrição.

§ 1º Os débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Municipal, sem prejuízo da respectiva liquidez e certeza, poderão ser inscritos em dívida ativa, pelos valores expressos em moeda corrente no país.

§ 2º O termo de inscrição na dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará:

I - a inscrição fiscal do contribuinte;

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II - o nome e o endereço do devedor e, sendo o caso, os dos co-responsáveis;

III - o valor do principal devido e os respectivos acréscimos legais;

IV - a origem e a natureza do crédito e a especificação de sua fundamentação legal;

V - a data de inscrição na dívida ativa;

VI - o exercício ou o período de referência do crédito;

VII - o número do processo administrativo do qual se origina o crédito, se for o caso.

§ 3º A Certidão de dívida ativa conterá os mesmos elementos do termo de inscrição e será autenticada pela autoridade competente.

Art. 284 A cobrança da dívida ativa tributária do Município será procedida:

I - por via amigável;

II - por via judicial.

§ 1º Na cobrança da dívida ativa o Poder Executivo poderá, mediante solicitação, autorizar o parcelamento de débito, para tanto, fixando os valores mínimos para pagamento mensal, conforme o tributo, para pessoas físicas e jurídicas.

§ 2º O contribuinte que tenha o débito parcelado deverá manter em dia o recolhimento das respectivas prestações, sob pena de cancelamento do parcelamento.

§ 3º O não recolhimento de quaisquer das parcelas referidas no parágrafo anterior tornará sem efeito o parcelamento concedido, vencendo o débito em uma única parcela, acrescido das cominações legais.

§ 4º As duas vias de cobrança são independentes uma da outra, podendo a Administração, quando o interesse da Fazenda assim exigir, providenciar imediatamente a cobrança judicial da dívida, mesmo que não tenha dado início ao procedimento amigável ou, ainda, proceder simultaneamente aos dois tipos de cobrança.

§ 5º A critério da autoridade administrativa poderá ser concedido mais de um parcelamento para o mesmo contribuinte, desde que observados os requisitos deste Código e do regulamento.

§ 6º Esgotada a fase da cobrança administrativa, o Executivo deverá fazê-la na via judicial, a fim de evitar a prescrição do crédito tributário, ficando, ainda, autorizado a protestar os títulos da Dívida Ativa como medida assecuratória dos direitos creditícios da Fazenda Municipal.

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Art. 285 Os lançamentos de ofício, aditivos e substitutivos serão inscritos em Dívida Ativa 30 (trinta) dias após sua notificação.

Art. 286 No caso de falência, considerar-se-ão vencidos todos os prazos, providenciando-se, imediatamente, a cobrança judicial do débito.

TÍTULO II

DA FISCALIZAÇÃO

CAPÍTULO I

Das disposições gerais

Art. 287 Todas as funções referentes à cobrança e fiscalização dos tributos municipais, aplicação de sanções por infração à legislação tributária do Município, bem como as medidas de prevenção e repressão às fraudes, serão exercidas pelos órgãos fazendários, repartições a elas hierárquicas ou funcionalmente subordinadas e demais entidades, segundo as atribuições constantes da legislação que dispuser sobre a organização administrativa do Município e dos respectivos regimentos internos daquelas entidades.

Art. 288 Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigações destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

Art. 289 A Fazenda Municipal poderá, para obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações apresentadas pelos contribuintes e responsáveis, e determinar, com precisão, a natureza e o montante dos créditos tributários, ou outras obrigações previstas:

I - exigir, a qualquer tempo, a exibição dos livros e comprovantes dos atos e operações que constituam e possam vir a constituir fato gerador de obrigação tributária;

II - fazer inspeções, vistorias, levantamentos e avaliações nos locais e estabelecimentos onde exerçam atividades passíveis de tributação ou nos bens que constituam matéria tributável;

III - exigir informações escritas e verbais;

IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer à repartição fazendária;

V - requisitar o auxílio da força policial federal, estadual ou municipal, ou requerer ordem judicial, para o fiel desempenho de suas funções, ou quando indispensável à realização

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de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção, diligências, inclusive inspeções necessárias ao registro dos locais e estabelecimentos, assim como dos bens e documentos dos contribuintes e responsáveis;

VI - notificar o contribuinte ou o responsável para dar cumprimento a quaisquer das obrigações previstas na legislação tributária.

Art. 290 Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

§ 1º A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

§ 2º A fiscalização poderá requisitar, para exame na repartição fiscal, livros, documentos e quaisquer outros elementos vinculados à obrigação tributária.

Art. 291 Os escrivães, tabeliães, oficiais de notas, de registro de imóveis e de registros de títulos e documentos, e de quaisquer atos que importem transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, bem como suas cessões, exigirão, que os interessados lhes apresentem comprovantes originais do pagamento do imposto, os quais serão transcritos em seu inteiro teor no instrumento respectivo.

Parágrafo único. Os serventuários referidos no caput deste artigo ficam obrigados a facilitar a fiscalização da Fazenda Municipal, para exames em cartório dos livros, registros e outros documentos e lhe fornecer, gratuitamente, quando solicitadas, certidões de atos que forem lavrados, registrados, averbados ou inseridos, e concernentes a imóveis ou direitos a eles relativos.

Art. 292 Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício

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sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no parágrafo § 4º deste artigo, os seguintes:

I - requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;

II - solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.

§ 2º O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.

§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I - representações fiscais para fins penais;

II - inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III - parcelamento ou moratória.

§ 4º A Fazenda Pública Municipal prestará a outras esferas de governo, mutuamente, assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.

CAPÍTULO II

Do regime especial de fiscalização

Art. 293 A autoridade administrativa poderá submeter a regime especial de fiscalização e controle, sempre que forem considerados insatisfatórios os elementos constantes dos documentos e dos livros fiscais e comerciais do sujeito passivo, inclusive com a alteração da forma e prazo de recolhimento do tributo, quando:

I - deixar de pagar tributo nos prazos estabelecidos na legislação tributária;

II - funcionar sem inscrição municipal;

III - intimado para exibir livros e documentos fiscais, não o fizer dentro do prazo estabelecido pela autoridade fiscal;

IV - deixar de entregar, por período superior a 60 (sessenta dias), documentos exigidos pela legislação tributária;

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V - utilizar livros e documentos fiscais em desacordo com as finalidades previstas na legislação tributária, alterando-lhes o valor, declará-los com valores notoriamente inferiores aos preços da praça, e especialmente como participação em fraudes para benefício próprio ou de terceiros;

VI - prestar serviços sem emissão de documentos fiscais.

Art. 294 O regime especial poderá consistir, isolada ou cumulativamente em:

I - obrigatoriedade de prestar informações periódicas referente as operações que realizar;

II - alteração no período de apuração do imposto devido, bem como no prazo e forma de pagamento;

III - emissão de documentos fiscais sob controle da fiscalização, com pagamento antecipado do imposto devido;

IV - restrição do uso de documentos fiscais destinados ao acobertamento de operações de prestação de serviços;

V - plantão permanente junto ao estabelecimento ou veículo a ser utilizado pelo contribuinte.

Parágrafo único. As medidas previstas no caput deste artigo poderão ser aplicadas a um contribuinte ou responsável, ou a vários da mesma atividade econômica, por tempo suficiente à normatização do cumprimento das obrigações tributárias.

Art. 295 O regime especial de controle e fiscalização será aplicado mediante ato da Administração, à vista de exposição de autoridade fiscal que constatar a ocorrência de qualquer das infrações previstas neste Código.

§ 1° O ato a que se refere este artigo fixará o prazo de aplicação e as medidas a serem adotadas.

§ 2° O regime especial poderá ser aplicado ao mesmo sujeito passivo em caso de reincidência.

Art. 296 A imposição de regime especial de fiscalização e controle não prejudica a aplicação de qualquer penalidade prevista na legislação tributária.

TÍTULO III

DA CERTIDÃO NEGATIVA

CAPÍTULO ÚNICO

Das disposições gerais

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Art. 297 A prova da quitação de tributo será feita por certidão negativa expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações exigidas pelo Fisco, na forma do regulamento.

Art. 298 Havendo débito em aberto, a certidão será emitida sob o título de certidão positiva de débitos, ou, havendo parcelamento da dívida, com a quitação imediata da primeira parcela, convertida em certidão positiva de débitos com efeito de negativa.

Art. 299 Para fins de aprovação de projetos de parcelamento de solo urbano, concessão de serviços públicos e apresentação de propostas em licitação, será exigida do interessado certidão negativa ou a certidão positiva de débitos com efeito de negativa.

Parágrafo único. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada de prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora, atualização monetária e, se couber, penalidades cabíveis, exceto a infrações cuja responsabilidade seja pessoal do infrator.

Art. 300 Sem a prova por certidão negativa, por declaração de isenção ou reconhecimento de imunidade com relação aos tributos ou a quaisquer outros ônus relativos ao imóvel, os escrivães, tabeliães e oficiais de registros não poderão lavrar, inscrever, transcrever, registrar ou averbar quaisquer atos ou contratos relativos a imóveis.

Art. 301 A expedição de certidão negativa não exclui o direito de exigir a Fazenda Municipal, a qualquer tempo, os créditos a vencer e os que venham a ser apurados.

Art. 302 Tem os mesmos efeitos previstos no artigo 298 a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

§ 1º O parcelamento com a confissão da dívida, não elide a expedição da certidão de que trata este título, que far-se-á sob a denominação de certidão positiva de débitos com efeito de negativa.

§ 2º O não cumprimento do parcelamento da dívida, por qualquer motivo, acarreta o seu cancelamento e a imediata invalidação da certidão expedida na forma do parágrafo anterior.

Art. 303 A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Municipal, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo pagamento do crédito tributário e os acréscimos legais.

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Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não exclui a responsabilidade criminal e administrativa que no caso couber.

TÍTULO IV

DO PROCESSO TRIBUTÁRIO ADMINISTRATIVO - PTA

CAPÍTULO I

Do início do processo

Art. 304 O Processo Tributário Administrativo - PTA terá início com:

I - a notificação do lançamento nas formas previstas neste Código;

II - a intimação a qualquer título, ou a comunicação de início de procedimento fiscal;

II - a lavratura do auto de infração;

III - a lavratura de termos de apreensão de livros ou documentos fiscais;

IV - a petição do contribuinte ou interessado, reclamando contra lançamento do tributo ou do ato administrativo dele decorrente.

Art. 305 Administração Municipal tem o prazo de 30 (trinta) dias, contados do término do período de que dispõe o sujeito passivo para impugnação, para a prática dos atos processuais na esfera administrativa, relativos à exigência de créditos tributários.

CAPÍTULO II

Do auto de infração

Art. 306 Verificada a infração de dispositivo deste Código, da legislação tributária ou de regulamento, que importe ou não em evasão fiscal, lavrar-se-á o auto de infração correspondente, que deverá conter os seguintes requisitos:

I - o local, a data e a hora da lavratura;

II - o nome e o endereço do infrator, com o número da respectiva inscrição, quando houver;

III - a descrição clara e precisa do fato que constitui infração e se necessário, as circunstâncias pertinentes;

IV - a capitulação do fato, com a citação expressa do dispositivo legal infringido e do que lhe comine a penalidade;

V - a intimação para apresentação de defesa ou pagamento do tributo, com os acréscimos legais ou penalidades, dentro do prazo de 15 (quinze) dias;

VI - a assinatura do agente autuante e a indicação do seu cargo ou função;

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VII - a assinatura do próprio autuado ou infrator ou dos seus representantes, ou mandatários ou prepostos, ou a menção da circunstância de que o mesmo não pode ou se recusou a assinar.

§ 1º A assinatura do autuado não importa em confissão, nem a sua falta ou recusa, em nulidade do auto ou agravamento da infração.

§ 2º As omissões ou incorreções do auto de infração não o invalidam, quando do processo constem elementos para a determinação da infração e a identificação do infrator.

Art. 307 O autuado será notificado da lavratura do auto de infração:

I - pessoalmente, no ato da lavratura, mediante entrega de cópia do auto de infração ao próprio autuado, seu representante, mandatário ou preposto, contra recibo, datada no original, ou a menção da circunstância de que o mesmo não pode ou se recusa a assinar;

II - por via postal registrada, acompanhada de cópia do auto de infração, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido ao destinatário ou pessoa de seu domicílio;

III - por publicação, no órgão do Município, na sua íntegra ou de forma resumida, quando improfícuos os meios previstos nos incisos anteriores.

Art. 308 O valor das multas sofrerá as seguintes reduções:

I - 60 % (sessenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em 10 (dez) dias, contados da ciência da lavratura do auto;

II - 50 % (cinqüenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga até 20 (vinte) dias, contados da ciência da lavratura do auto;

III - 40 % (quarenta por cento) do valor da multa fiscal, se paga em 30 (trinta) dias, contados da ciência da lavratura do auto.

Art. 309 Nenhum auto de infração será arquivado, nem cancelada a multa fiscal, sem prévio despacho da autoridade administrativa.

CAPÍTULO III

Do termo de apreensão de livros fiscais e documentos

Art. 310 Poderão ser apreendidos bens móveis, documentos e inclusive mercadorias existentes em poder do contribuinte ou de terceiros, desde que constituam provas de infração da legislação tributária ou houver suspeitas de fraude, simulação, adulteração ou falsificação.

Art. 311 A apreensão será objeto de lavratura de termo de apreensão, devidamente fundamentado, contendo a descrição dos bens ou documentos apreendidos, a indicação do

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lugar onde ficarão depositados, o nome do destinatário e, se for o caso, a descrição clara e precisa do fato e a menção das disposições legais, além dos demais elementos indispensáveis à identificação do contribuinte.

Parágrafo único. O autuado será notificado da lavratura do termo de apreensão na forma do artigo 307, inciso I.

Art. 312 A restituição dos documentos e bens apreendidos será efetuada mediante recibo e contra depósito das quantias exigidas, se for o caso.

Art. 313 Os documentos apreendidos poderão ser devolvidos a requerimento do autuado, extraindo-se cópia de seu inteiro teor ou da parte que deverá ser feita a prova, caso o original não seja indispensável a este fim.

Art. 314 O servidor que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária municipal e não for competente para formalizar a exigência, comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu superior, que adotará as providências cabíveis.

CAPÍTULO IV

Da reclamação

Seção I

Da primeira instância administrativa

Art. 315 O sujeito passivo da obrigação tributária poderá impugnar a exigência fiscal, independentemente de prévio depósito, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da notificação do lançamento, da lavratura do auto de infração, ou do termo de apreensão, mediante defesa escrita, alegando de uma só vez toda matéria que entender útil, e juntando os documentos comprobatórios das razões apresentadas.

§ 1º A impugnação da exigência fiscal mencionará, sob pena de não ser conhecida:

I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;

II - a qualificação do interessado, o número do contribuinte no cadastro respectivo e o endereço para a notificação;

III - os dados do imóvel, ou descrição das atividades exercidas e o período a que se refere o tributo impugnado;

IV - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;

V - as diligências que o sujeito passivo pretenda sejam efetuadas, desde que justificadas as suas razões;

VI - o objetivo visado.

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§ 2º A impugnação terá efeito suspensivo da cobrança e instaurará a fase contraditória do procedimento.

§ 3º A autoridade administrativa determinará, de ofício ou a requerimento do sujeito passivo, a realização das diligências que entender necessárias, fixando-lhe prazo e indeferirá as consideradas prescindíveis, impraticáveis ou protelatórias.

§ 4° Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção.

§ 5º Se a diligência resultar oneração para o sujeito passivo, relativa ao valor impugnado, será reaberto o prazo para oferecimento de novas impugnações ou aditamento da primeira.

§ 6º Preparado o processo para decisão, a autoridade administrativa prolatará, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, despacho resolvendo todas as questões debatidas e pronunciando a procedência ou improcedência da impugnação.

§ 7° Os recursos protocolados intempestivamente somente serão julgados mediante prévio depósito da importância devida.

Art. 316 O impugnante será notificado do despacho, a critério do Fisco, mediante assinatura no próprio processo, por via postal ou ainda por publicação no órgão oficial de divulgação do Município.

Art. 317 Sendo a impugnação julgada improcedente, os tributos e penalidades impugnadas ficam sujeitos à multa, juros de mora e correção monetária, a partir da data dos respectivos vencimentos.

Parágrafo único. Sendo julgada procedente a impugnação, será concedido novo prazo para o pagamento, se for o caso.

Art. 318 É autoridade administrativa para decisão o Secretário ou Diretor de Finanças ou a autoridade fiscal a quem delegar.

Parágrafo único. É admitido o pedido de reconsideração da decisão, no prazo de 15 (quinze) dias contados da sua ciência, diretamente ao Secretário ou Diretor de Finanças.

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Seção II

Da segunda instância administrativa

Art. 319 Da decisão da autoridade administrativa de primeira instância caberá recurso ao Prefeito, nos termos do regulamento.

Art. 320 A decisão na segunda instância administrativa será proferida no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da data do recebimento do processo, aplicando-se para ciência do despacho, as modalidades previstas para a primeira instância.

Parágrafo único. Decorrido o prazo definido no caput deste artigo sem que se tenha sido proferida a decisão, não serão computados juros e atualização monetária a partir do dia seguinte ao término do prazo.

Seção III

Das disposições finais

Art. 321 São definitivas as decisões de qualquer das instâncias, uma vez esgotado o prazo legal para a interposição de recurso, salvo o previsto no artigo 315, § 7°.

Art. 322 No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cabe à autoridade preparadora exonerá-lo, de ofício, dos encargos decorrentes do litígio.

CAPÍTULO V

Da consulta tributária

Art. 323 Ao contribuinte ou responsável é assegurado o direito de consulta sobre a interpretação e aplicação da legislação tributária, desde que protocolada antes da ação fiscal e em obediência às normas estabelecidas.

Art. 324 A consulta será dirigida ao Secretário ou Diretor de Finanças, com apresentação clara e precisa do caso concreto e de todos os elementos indispensáveis ao atendimento da situação de fato, indicando os dispositivos legais, e instruída com documentos, se necessário.

Art. 325 Nenhum procedimento tributário ou ação fiscal será iniciado contra o sujeito passivo, em relação à espécie consultada, durante a tramitação da consulta.

Art. 326 A consulta não suspende o prazo para recolhimento do tributo.

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Art. 327 Os efeitos previstos no artigo anterior não se produzirão em relação às consultas:

I - meramente protelatórias, assim entendidas as que versem sobre dispositivos claros da legislação tributária, ou sobre tese de direito já resolvida por decisão administrativa ou judicial, definitiva ou passada em julgado;

II - que não descrevam completa e exatamente a situação de fato;

III - formuladas por consultantes que, à data de sua apresentação, estejam sob ação fiscal, notificados de lançamento, de auto de infração ou termo de apreensão, ou citados para ação judicial de natureza tributária, relativamente à matéria consultada.

Art. 328 Na hipótese de mudança de orientação fiscal a nova regra atingirá a todos os casos, ressalvando o direito daqueles que procederem de acordo com a regra vigente, até a data da alteração ocorrida.

Art. 329 A autoridade administrativa dará solução à consulta no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da sua apresentação, encaminhando o processo ao Secretário ou Diretor de Finanças, que a decidirá.

Parágrafo único. Do despacho prolatado em processo de consulta, caberá recurso e pedido de reconsideração.

Art. 330 A autoridade administrativa, ao homologar a solução dada à consulta, fixará ao sujeito passivo prazo não inferior a 30 (trinta) nem superior a 60 (sessenta) dias para o cumprimento de eventual obrigação tributária, principal ou acessória, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.

Parágrafo único. O consultante poderá fazer cessar, no todo ou em parte, a oneração do eventual débito, efetuando o respectivo depósito, cuja importância, se indevida, será restituída dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação do consultante.

Art. 331 A resposta à consulta será vinculante para a Administração, salvo se obtida mediante elementos inexatos fornecidos pelo consultante.

TÍTULO V

DAS DEMAIS NORMAS CONCERNENTES À ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 332 Os atos e termos processuais conterão somente o indispensável para sua finalidade, sem espaço em branco e sem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas.

Art. 333 Os prazos fixados neste Código serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o dia do vencimento.

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Art. 334 Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que tenha curso o processo ou deva ser praticado o ato.

Art. 335 Não atendida à solicitação ou exigência a cumprir, o processo poderá ser arquivado, decorrido o prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 336 É facultado à Fazenda Municipal o arbitramento e a estimativa de bases de cálculo tributárias, quando o montante do tributo não for conhecido exatamente, o que não prejudica a liquidez do crédito tributário.

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LIVRO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 337 Os valores constantes deste Código, expressos em quantidade de UFM - Unidade Fiscal Municipal, serão convertidos em moeda corrente nacional pelo valor da UFM vigente na data do lançamento do tributo.

§ 1º Os valores constantes das respectivas notificações de lançamento serão reconvertidos em quantidade de UFM, para efeito de atualização monetária, retornando à expressão em moeda corrente nacional, na data do efetivo pagamento.

§ 2º O valor da UFM é de R$ 10,00 (dez reais) por unidade, ficando o Poder Executivo autorizado a atualizar monetariamente a UFM através de Decreto, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou outro que vier a sucedê-lo.

Art. 338 As tabelas de que trata este Código fazem parte integrante do mesmo.

Art. 339 Os débitos para com a Fazenda Municipal, de qualquer natureza, inclusive fiscais, vencidos e vincendos, incluídas as multas de qualquer espécie proveniente de impontualidade, total ou parcial, nos respectivos pagamentos, serão inscritos em dívida ativa e serão atualizados monetariamente.

Parágrafo único. A atualização monetária e os juros incidirão sobre o valor integral do crédito, neste compreendida a multa.

Art. 340 As isenções concedidas mediante condição e por prazo determinado ficam mantidas até seu termo final.

Parágrafo único. Lei específica a ser encaminhada pelo Executivo, nos termos do § 2º do artigo 165 da Constituição Federal, definirá as isenções e as reduções em consonância com o disposto no § 6º do artigo 150, também da Constituição Federal.

Art. 341 Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei Municipal nº 217/79 e suas alterações, exceto em relação à taxa de ligação de água e à taxa de consumo de água e suas respectivas tabelas (artigos 568 a 577, tabelas XXIX e XXX e suas modificações), até que outra lei disponha sobre a matéria.

Art. 342 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir do próximo exercício financeiro em que haja sido publicada, decorridos, porém,

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noventa dias da data a contar daí, nos termos do artigo 150, inciso III, alínea “c” da Constituição Federal.

Prefeitura Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, em 14 de dezembro de 2005.

ELCIO FIORI DE GODOY

Prefeito Municipal

Publicada e Registrada no Departamento de Administração da Prefeitura

Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, em 14 de dezembro de 2005.

Luiz Humberto de Oliveira Diretor de Administração

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Lista de serviços anexa

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN

Código Tributário Municipal - Art. 120

1 - Serviços de informática e congêneres.

1.01 - Análise e desenvolvimento de sistemas.

1.02 - Programação.

1.03 - Processamento de dados e congêneres.

1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos.

1.05 - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação.

1.06 - Assessoria e consultoria em informática.

1.07 - Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados.

1.08 - Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

2 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.

2.01 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza.

3 - Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.

3.01 - Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda.

3.02 - Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza.

3.03 - Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza.

3.04 - Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário.

4 - Serviços de saúde, assistência médica e congêneres.

4.01 - Medicina e biomedicina.

4.02 - Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultrasonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres.

4.03 - Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres.

4.04 - Instrumentação cirúrgica.

4.05 - Acupuntura.

4.06 - Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.

4.07 - Serviços farmacêuticos.

4.08 - Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia.

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4.09 - Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental.

4.10 - Nutrição.

4.11 - Obstetrícia.

4.12 - Odontologia.

4.13 - Ortóptica.

4.14 - Próteses sob encomenda.

4.15 - Psicanálise.

4.16 - Psicologia.

4.17 - Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres.

4.18 - Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.

4.19 - Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres.

4.20 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie.

4.21 - Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres.

4.22 - Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres.

4.23 - Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário.

5 - Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres.

5.01 - Medicina veterinária e zootecnia.

5.02 - Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na área veterinária.

5.03 - Laboratórios de análise na área veterinária.

5.04 - Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres.

5.05 - Bancos de sangue e de órgãos e congêneres.

5.06 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie.

5.07 - Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres.

5.08 - Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e congêneres.

5.09 - Planos de atendimento e assistência médico-veterinária.

6 - Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres.

6.01 - Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres.

6.02 - Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.

6.03 - Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres.

6.04 - Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas.

6.05 - Centros de emagrecimento, spa e congêneres.

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7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

7.01 - Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.

7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços).

7.03 - Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia.

7.04 - Demolição.

7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços).

7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço.

7.07 - Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres.

7.08 - Calafetação.

7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer.

7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres.

7.11 - Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.

7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos.

7.13 - Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização e congêneres.

7.14 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres.

7.15 - Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.

7.16 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres.

7.17 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo.

7.18 - Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres.

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7.19 - Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais.

7.20 - Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres.

8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

8.01 - Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior.

8.02 - Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza.

9 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres.

9.01 - Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).

9.02 - Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres.

9.03 - Guias de turismo.

10 - Serviços de intermediação e congêneres.

10.01 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada.

10.02 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer.

10.03 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária.

10.04 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring).

10.05 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios.

10.06 - Agenciamento marítimo.

10.07 - Agenciamento de notícias.

10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios.

10.09 - Representação de qualquer natureza, inclusive comercial.

10.10 - Distribuição de bens de terceiros.

11 - Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres.

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11.01 - Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações.

11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas.

11.03 - Escolta, inclusive de veículos e cargas.

11.04 - Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie.

12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

12.01 - Espetáculos teatrais.

12.02 - Exibições cinematográficas.

12.03 - Espetáculos circenses.

12.04 - Programas de auditório.

12.05 - Parques de diversões, centros de lazer e congêneres.

12.06 - Boates, taxi-dancing e congêneres.

12.07 - Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.

12.08 - Feiras, exposições, congressos e congêneres.

12.09 - Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.

12.10 - Corridas e competições de animais.

12.11 - Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador.

12.12 - Execução de música.

12.13 - Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres.

12.14 - Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo.

12.15 - Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.

12.16 - Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres.

12.17 - Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza.

13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia.

13.01 - Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres.

13.02 - Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres.

13.03 - Reprografia, microfilmagem e digitalização.

13.04 - Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, fotolitografia.

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14 - Serviços relativos a bens de terceiros.

14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas).

14.02 - Assistência técnica.

14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas).

14.04 - Recauchutagem ou regeneração de pneus.

14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer.

14.06 - Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.

14.07 - Colocação de molduras e congêneres.

14.08 - Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres.

14.09 - Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento.

14.10 - Tinturaria e lavanderia.

14.11 - Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral.

14.12 - Funilaria e lanternagem.

14.13 - Carpintaria e serralheria.

14.14 - Malharia, quando o material for fornecido por terceiro.

15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.

15.01 - Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres.

15.02 - Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas.

15.03 - Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral.

15.04 - Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres.

15.05 - Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos - CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais.

15.06 - Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia.

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15.07 - Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo.

15.08 - Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins.

15.09 - Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing).

15.10 - Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral.

15.11 - Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados.

15.12 - Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários.

15.13 - Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio.

15.14 - Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres.

15.15 - Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento.

15.16 - Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral.

15.17 - Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por talão.

15.18 - Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário.

16 - Serviços de transporte de natureza municipal.

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16.01 - Serviços de transporte de natureza municipal.

17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres.

17.01 - Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares.

17.02 - Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres.

17.03 - Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa.

17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra.

17.05 - Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.

17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários.

17.07 - Franquia (franchising).

17.08 - Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas.

17.09 - Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres.

17.10 - Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas).

17.11 - Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros.

17.12 - Leilão e congêneres.

17.13 - Advocacia.

17.14 - Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica.

17.15 - Auditoria.

17.16 - Análise de Organização e Métodos.

17.17 - Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza.

17.18 - Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares.

17.19 - Consultoria e assessoria econômica ou financeira.

17.20 - Estatística.

17.21 - Cobrança em geral.

17.22 - Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (factoring).

17.23 - Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres.

108/140

18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários.

20.01 - Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres.

20.02 - Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres.

20.03 - Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres.

21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais.

22 - Serviços de exploração de rodovia.

22.01 - Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.

23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

23.01 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres.

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24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

25 - Serviços funerários.

25.01 - Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres.

25.02 - Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos.

25.03 - Planos ou convênio funerários.

25.04 - Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios.

26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.

26.01 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.

27 - Serviços de assistência social.

27.01 - Serviços de assistência social.

28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

28.01 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza.

29 - Serviços de biblioteconomia.

29.01 - Serviços de biblioteconomia.

30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química.

30.01 - Serviços de biologia, biotecnologia e química.

31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.

32 - Serviços de desenhos técnicos.

32.01 - Serviços de desenhos técnicos.

33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres.

33.01 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres.

110/140

34 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

34.01 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres.

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

36 - Serviços de meteorologia.

36.01 - Serviços de meteorologia.

37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins.

38 - Serviços de museologia.

38.01 - Serviços de museologia.

39 - Serviços de ourivesaria e lapidação.

39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço).

40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomenda.

40.01 - Obras de arte sob encomenda.

111/140

Tabela I

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN Código Tributário Municipal - Arts. 155, 157 e 177

LISTA DE SERVIÇOS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA

Alíq

uota

Va

lor

fixo

anu

al

Va

lor

fixo

me

nsa

l

ITENS % UFM UFM 1 - Serviços de informática e congêneres.

1.01 - Análise e desenvolvimento de sistemas................................... 1.02 - Programação............................................................................. 1.03 - Processamento de dados e congêneres..................................... 1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de

jogos eletrônicos............................................................................................. 1.05 - Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de

computação..................................................................................................... 1.06 - Assessoria e consultoria em informática.................................. 1.07 - Suporte técnico em informática, inclusive instalação,

configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados...............................................................................................................

1.08 - Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.........................................................................................

3 % 3 % 3 %

3 %

3 % 3 %

3 %

3 %

28 28

28

6 6 6

2 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 2.01 - Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer

natureza..........................................................................................................

2 %

3 - Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 3.01 - Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de

propaganda..................................................................................................... 3.02 - Exploração de salões de festas, centro de convenções,

escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza...

3.03 - Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza. ..............................................

3.04 - Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário................................................................................................

3 %

2 %

5 %

3 %

4 - Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 4.01 - Medicina e biomedicina........................................................... 4.02 - Análises clínicas, patologia, eletricidade médica,

radioterapia, quimioterapia, ultrasonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres..............................................................

4.03 - Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontos-socorros, ambulatórios e congêneres.......................

4.04 - Instrumentação cirúrgica..........................................................

5 %

5 %

3 % 3 %

28

6

112/140

4.05 - Acupuntura............................................................................... 4.06 - Enfermagem, inclusive serviços auxiliares.............................. 4.07 - Serviços farmacêuticos............................................................. 4.08 - Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia................. 4.09 - Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico,

orgânico e mental........................................................................................... 4.10 - Nutrição.................................................................................... 4.11 - Obstetrícia................................................................................ 4.12 - Odontologia.............................................................................. 4.13 - Ortóptica................................................................................... 4.14 - Próteses sob encomenda........................................................... 4.15 - Psicanálise................................................................................ 4.16 - Psicologia................................................................................. 4.17 - Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e

congêneres...................................................................................................... 4.18 - Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres......... 4.19 - Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e

congêneres...................................................................................................... 4.20 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais

biológicos de qualquer espécie....................................................................... 4.21 - Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e

congêneres...................................................................................................... 4.22 - Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para

prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres....... 4.23 - Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços

de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário..................................

3 % 2 % 3 % 3 %

2 % 2 % 3 % 5 % 3 % 2 % 3 % 2 %

2 % 3 %

2 %

2 %

2 %

5 %

5 %

28 24

28

24 24 28 28 28 24 28 24

6 4 6 4 4 6 6 6 4 6 4

5 - Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres. 5.01 - Medicina veterinária e zootecnia.............................................. 5.02 - Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e

congêneres, na área veterinária...................................................................... 5.03 - Laboratórios de análise na área veterinária.............................. 5.04 - Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres......... 5.05 - Bancos de sangue e de órgãos e congêneres............................ 5.06 - Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais

biológicos de qualquer espécie....................................................................... 5.07 - Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e

congêneres...................................................................................................... 5.08 - Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento,

alojamento e congêneres................................................................................ 5.09 - Planos de atendimento e assistência médico-veterinária..........

3 %

3 % 3 % 3 % 2 %

2 %

3 %

3 % 3 %

28

6

6 - Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres. 6.01 - Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres.. 6.02 - Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres......... 6.03 - Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres.....................

2 % 2 % 3 %

12 16 20

113/140

6.04 - Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas.............................................................................................

6.05 - Centros de emagrecimento, spa e congêneres..........................

3% 5%

16

7 - Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres.

7.01 - Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres.............................................................

7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços).....................................................................

7.03 - Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia........................................................

7.04 - Demolição................................................................................ 7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas,

pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços)..........................................................................................................

7.06 - Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço.......................

7.07 - Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres......................................................................................................

7.08 - Calafetação............................................................................... 7.09 - Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,

reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer........................................................................................................

7.10 - Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres...........

7.11 - Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores.... 7.12 - Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de

agentes físicos, químicos e biológicos........................................................... 7.13 - Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização,

higienização, desratização, pulverização e congêneres.................................. 7.14 - Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e

congêneres...................................................................................................... 7.15 - Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres.... 7.16 - Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos,

lagoas, represas, açudes e congêneres............................................................ 7.17 - Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de

engenharia, arquitetura e urbanismo..............................................................

5 %

5 %

5 % 5 %

5 %

5 %

3 % 2 %

5 %

5 % 3 %

2 %

3 %

2 % 2 %

2 %

3 %

28

6

114/140

7.18 - Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres..........................................

5 %

115/140

7.19 - Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais.................................................................................

7.20 - Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres...........

3 % 3 %

8 - Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

8.01 - Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior..... 8.02 - Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional,

avaliação de conhecimentos de qualquer natureza.........................................

2 %

2 %

9 - Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres. 9.01 - Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service

condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).........................................................................................................

9.02 - Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres..............................................................................

9.03 - Guias de turismo.......................................................................

5 %

3 % 2 %

10 - Serviços de intermediação e congêneres. 10.01 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de

seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada........................................................................................

10.02 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer............................................

10.03 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária....................................................

10.04 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring)....................................................................................

10.05 - Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios..............................................................................................

10.06 - Agenciamento marítimo......................................................... 10.07 - Agenciamento de notícias...................................................... 10.08 - Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o

agenciamento de veiculação por quaisquer meios......................................... 10.09 - Representação de qualquer natureza, inclusive comercial..... 10.10 - Distribuição de bens de terceiros............................................

5 %

5 %

5 %

5 %

5 % 5 % 5 %

5 % 5 % 5 %

11 - Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres. 11.01 - Guarda e estacionamento de veículos terrestres

automotores, de aeronaves e de embarcações................................................ 11.02 - Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas..

3 % 3 %

116/140

11.03 - Escolta, inclusive de veículos e cargas................................... 11.04 - Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e

guarda de bens de qualquer espécie...............................................................

3 %

3 %

12 - Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres.

12.01 - Espetáculos teatrais................................................................ 12.02 - Exibições cinematográficas.................................................... 12.03 - Espetáculos circenses............................................................. 12.04 - Programas de auditório.......................................................... 12.05 - Parques de diversões, centros de lazer e congêneres............. 12.06 - Boates, taxi-dancing e congêneres......................................... 12.07 - Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos,

recitais, festivais e congêneres....................................................................... 12.08 - Feiras, exposições, congressos e congêneres......................... 12.09 - Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não.................. 12.10 - Corridas e competições de animais........................................ 12.11 - Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual,

com ou sem a participação do espectador...................................................... 12.12 - Execução de música............................................................... 12.13 - Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos,

espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres..........................................

12.14 - Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo.................................................

12.15 - Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres.....................................................................................

12.16 - Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres...............................................................................

12.17 - Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza...........................................................................................

2 % 2 % 2 % 2 % 3 % 5 %

5 % 3 % 5 % 5 %

3 % 5 %

5 %

5 %

3 %

3 %

3 %

13 - Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia. 13.01 - Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem,

dublagem, mixagem e congêneres................................................................. 13.02 - Fotografia e cinematografia, inclusive revelação,

ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres.................................. 13.03 - Reprografia, microfilmagem e digitalização.......................... 13.04 - Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia,

litografia, fotolitografia..................................................................................

3 %

3 % 3 %

3 %

14 - Serviços relativos a bens de terceiros. 14.01 - Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,

conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas).....................................................

14.02 - Assistência técnica................................................................. 14.03 - Recondicionamento de motores (exceto peças e partes

3 % 3 %

117/140

empregadas).................................................................................................... 14.04 - Recauchutagem ou regeneração de pneus.............................. 14.05 - Restauração, recondicionamento, acondicionamento,

pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer............................................................................................

3 % 3 %

3 % 14.06 - Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e

equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido.............................................

14.07 - Colocação de molduras e congêneres..................................... 14.08 - Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e

congêneres...................................................................................................... 14.09 - Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo

usuário final, exceto aviamento...................................................................... 14.10 - Tinturaria e lavanderia........................................................... 14.11 - Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral...................... 14.12 - Funilaria e lanternagem.......................................................... 14.13 - Carpintaria e serralheria......................................................... 14.14 - Malharia, quando o material for fornecido por terceiro.........

3 % 3 %

3 %

3 % 3 % 3 % 3 % 3 % 3 %

15 - Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito.

15.01 - Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres................................................................................

15.02 - Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas.......

15.03 - Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral. ..............................................................................................................

15.04 - Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres......

15.05 - Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos - CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais.......................

15.06 - Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia. .........................................................................................................

15.07 - Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer

5 %

5 %

5 %

5 %

5 %

118/140

meio ou processo............................................................................................ 15.08 - Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição,

cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins............................................................................

5 %

5%

119/140

15.09 - Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens,

inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing).........................................

15.10 - Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral......................................

15.11 - Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados............................................................................

5%

5%

5%

16 - Serviços de transporte de natureza municipal. 16.01 - Serviços de transporte de natureza municipal........................ 3 %

17 - Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres. 17.01 - Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida

em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares........................................................................................

17.02 - Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres.......................

17.03 - Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa..............................................................

17.04 - Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra....................................................................................................

17.05 - Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço.......................................

17.06 - Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários..........................................

17.07 - Franquia (franchising)............................................................ 17.08 - Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas............ 17.09 - Planejamento, organização e administração de feiras,

exposições, congressos e congêneres............................................................. 17.10 - Organização de festas e recepções; bufê (exceto o

fornecimento de alimentação e bebidas)........................................................ 17.11 - Administração em geral, inclusive de bens e negócios de

terceiros.......................................................................................................... 17.12 - Leilão e congêneres................................................................ 17.13 - Advocacia............................................................................... 17.14 - Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica............... 17.15 - Auditoria.................................................................................

3 %

3 %

3 %

2 %

2 %

3 % 5 % 3 %

3 %

3 %

5 % 5 % 5 % 3 % 3 %

28

28

6 6

120/140

17.16 - Análise de Organização e Métodos........................................ 17.17 - Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza................... 17.18 - Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares......... 17.19 - Consultoria e assessoria econômica ou financeira.................

3 % 3 % 3 % 3 %

28 28

6 6

17.20 - Estatística............................................................................... 17.21 - Cobrança em geral.................................................................. 17.22 - Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta,

cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (factoring).......................................................................................................

17.23 - Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres......................................................................................................

3% 3 %

5 %

2 %

28

6

18 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.

18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres.................

5 %

19 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres.

19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres..

5 %

20 - Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários.

20.01 - Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres...............

20.02 - Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres.

20.03 - Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres...................................................................

5 %

5 %

3 %

21 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais........... 5 %

22 - Serviços de exploração de rodovia. 22.01 - Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de

preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e

121/140

outros serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais.....................................................................................

5 %

23 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 23.01 - Serviços de programação e comunicação visual, desenho

industrial e congêneres................................................................................... 3 %

24 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres.

24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres........................................

2 %

25 - Serviços funerários. 25.01 - Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres........................... 25.02 - Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos............. 25.03 - Planos ou convênio funerários............................................... 25.04 - Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios...............

3 % 3 % 3 % 2 %

26 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres. 26.01 - Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres.................................................

5 %

27 - Serviços de assistência social. 27.01 - Serviços de assistência social................................................. 2 % 28 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 28.01 - Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza..........................................................................................................

5 %

29 - Serviços de biblioteconomia. 29.01 - Serviços de biblioteconomia.................................................. 2 % 30 - Serviços de biologia, biotecnologia e química. 30.01 - Serviços de biologia, biotecnologia e química....................... 3 % 31 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. 31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres.....................................................

3 %

32 - Serviços de desenhos técnicos. 32.01 - Serviços de desenhos técnicos................................................ 3 % 33 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 33.01 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres.............................................................................

3 %

34 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 34.01 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres......................................................................................................

5 %

35 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas.

122/140

35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas..........................................................................................

3 %

36 - Serviços de meteorologia. 36.01 - Serviços de meteorologia....................................................... 2 % 37 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins................ 3 % 38 - Serviços de museologia. 38.01 - Serviços de museologia.......................................................... 2 % 39 - Serviços de ourivesaria e lapidação. 39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço)................................................................

5 %

40 - Serviços relativos a obras de arte sob encomenda. 40.01 - Obras de arte sob encomenda................................................. 3 %

123/140

Tabela II

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Código Tributário Municipal - Art. 205

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL URBANA

Alíq

uota

TERRENOS % 1 - Terrenos não edificados, abandonados ou baldios, bem como aqueles onde houver construções inadequadas nas dimensões e no uso, paralisadas ou clandestinas. 1.01 - Independentemente de sua localização............................................................ 2,0 % 2 - Terrenos que possuam obras em execução regular, com projeto aprovado pelos órgãos competentes, bem como os regularmente construídos. 2.01 - Independentemente de sua localização............................................................ 2,0 %

124/140

Tabela III

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Código Tributário Municipal - Art. 205

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL URBANA

Alíq

uota

EDIFICAÇÕES % 3 - Residenciais. 3.01 - Popular............................................................................................................. 3.02 - Baixo................................................................................................................ 3.03 - Médio............................................................................................................... 3.04 - Alto.................................................................................................................. 3.05 - Luxo.................................................................................................................

0,5 % 0,7 % 1,0 % 1,2 % 1,5 %

4 - Comerciais. 4.01 - Popular............................................................................................................. 4.02 - Baixo................................................................................................................ 4.03 - Médio............................................................................................................... 4.04 - Alto.................................................................................................................. 4.05 - Luxo.................................................................................................................

0,5 % 0,7 % 1,0 % 1,2 % 1,5 %

5 - Industriais. 5.01 - Baixo................................................................................................................ 5.02 - Médio............................................................................................................... 5.03 - Alto..................................................................................................................

0,7 % 1,0 % 1,2 %

6 - Galpões. 6.01 - Baixo................................................................................................................ 6.02 - Médio............................................................................................................... 6.03 - Alto..................................................................................................................

0,7 % 1,0 % 1,2 %

125/140

Tabela IV

Taxa de Licença para Localização e Funcionamento - TLLF Código Tributário Municipal - Art. 239

TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Va

lor

fixo

anu

al

Va

lor

fixo

me

nsa

l/fra

ção

DISCRIMINAÇÃO UFM UFM 1 - Atividades econômicas, localizadas no Município. 1.01 - Até 10 m² (metros quadrados)............................................................. 1.02 - De 10 até 15 m² (metros quadrados).................................................... 1.03 - De 15 até 20 m² (metros quadrados).................................................... 1.04 - De 20 até 25 m² (metros quadrados).................................................... 1.05 - De 25 até 30 m² (metros quadrados).................................................... 1.06 - De 30 até 35 m² (metros quadrados).................................................... 1.07 - De 35 até 40 m² (metros quadrados).................................................... 1.08 - De 40 até 50 m² (metros quadrados).................................................... 1.09 - De 50 até 100 m² (metros quadrados).................................................. 1.10 - De 100 até 200 m² (metros quadrados)................................................ 1.11 - De 200 até 300 m² (metros quadrados)................................................ 1.12 - De 300 até 400 m² (metros quadrados)................................................ 1.13 - Por m² (metro quadrado) que exceder a 400 m² (metros quadrados)..

15 17 20 22 24 26 28 30 35 40 50 60 0,1

2 - Clubes sociais, recreativos, jardins zoológicos, atividades extrativas. 2.01 - Clubes sociais e recreativos................................................................. 2.02 - Jardins zoológicos................................................................................ 2.03 - Atividades extrativas, por porte: 2.03.01 - Pequeno............................................................................... 2.03.02 - Médio.................................................................................. 2.03.03 - Grande.................................................................................

50 50

40 80 150

3 - Entidades de classe, sindicatos, fundações e empresas públicas. 3.01 - Entidades de classe e sindicatos .......................................................... 3.02 - Fundações............................................................................................ 3.03 - Empresas Públicas...............................................................................

20 20 20

4 - Atividades de diversões públicas, feiras, eventos, exposições e outros temporários. 4.01 - Atividades de diversões públicas ........................................................ 4.02 - Feiras.................................................................................................... 4.03 - Eventos e exposições........................................................................... 4.04 - Outros temporários..............................................................................

20 18 18 20

10 5 5 10

126/140

Tabela V

Taxa de Verificação de Funcionamento Regular - TVFR Código Tributário Municipal - Art. 244

TAXA DE VERIFICAÇÃO DE FUNCIONAMENTO REGULAR

Va

lor

fixo

anu

al

Va

lor

fixo

me

nsa

l/fra

ção

DISCRIMINAÇÃO UFM UFM 1 - Atividades econômicas, localizadas no Município. 1.01 - Até 10 m² (metros quadrados)............................................................. 1.02 - De 10 até 15 m² (metros quadrados).................................................... 1.03 - De 15 até 20 m² (metros quadrados).................................................... 1.04 - De 20 até 25 m² (metros quadrados).................................................... 1.05 - De 25 até 30 m² (metros quadrados).................................................... 1.06 - De 30 até 35 m² (metros quadrados).................................................... 1.07 - De 35 até 40 m² (metros quadrados).................................................... 1.08 - De 40 até 50 m² (metros quadrados).................................................... 1.09 - De 50 até 100 m² (metros quadrados).................................................. 1.10 - De 100 até 200 m² (metros quadrados)................................................ 1.11 - De 200 até 300 m² (metros quadrados)................................................ 1.12 - De 300 até 400 m² (metros quadrados)................................................ 1.13 - Por m² (metro quadrado) que exceder a 400 m² (metros quadrados)..

15 17 20 22 24 26 28 30 35 40 50 60 0,1

2 - Clubes sociais, recreativos, jardins zoológicos, atividades extrativas. 2.01 - Clubes sociais e recreativos................................................................. 2.02 - Jardins zoológicos................................................................................ 2.03 - Atividades extrativas, por porte: 2.03.01 - Pequeno............................................................................... 2.03.02 - Médio.................................................................................. 2.03.03 - Grande.................................................................................

50 50

40 80 150

3 - Entidades de classe, sindicatos, fundações e empresas públicas. 3.01 - Entidades de classe e sindicatos .......................................................... 3.02 - Fundações............................................................................................ 3.03 - Empresas Públicas...............................................................................

20 20 20

4 - Atividades de diversões públicas, feiras, eventos, exposições e outros temporários. 4.01 - Atividades de diversões públicas ........................................................ 4.02 - Feiras.................................................................................................... 4.03 - Eventos e exposições........................................................................... 4.04 - Outros temporários..............................................................................

20 18 18 20

10 5 5 10

127/140

Tabela VI

Taxa de Licença para o Comércio Ambulante - TLCA Código Tributário Municipal - Art. 249

TAXA DE LICENÇA PARA O COMÉRCIO AMBULANTE

Va

lor

fixo

anu

al

DISCRIMINAÇÃO UFM 1 - Meio de comércio. 1.01 - Cesta................................................................................................................ 1.02 - Carrinho manual.............................................................................................. 1.03 - Veículo automotor ou trailer............................................................................ 1.04 - Artesanato........................................................................................................ 1.05 - Outro meio de comércio..................................................................................

8 10 15 5 5

128/140

Tabela VII

Taxa de Licença para a execução de Arruamento, loteamentos e obras - TLA Código Tributário Municipal - Art. 254

TAXA DE LICENÇA PARA A EXECUÇÃO DE ARRUAMENTO, LOTEAMENTOS E OBRAS

Va

lor

fixo

DISCRIMINAÇÃO UFM 1 - Obras, aprovação de projetos, substituição ou a modificação de projetos, inclusive alinhamento e nivelamento e legalização de construções não licenciadas. 1.01 - Aprovação de projetos, por m² (metro quadrado)........................................... 1.02 - Substituição ou modificação de projetos, por m² (metro quadrado)............... 1.03 - Aprovação de construção de imóveis residenciais, por m² (metro quadrado): 1.03.01 - Até 60 m² (metros quadrados)........................................................ 1.03.02 - De 61 a 150 m² (metros quadrados)................................................ 1.03.03 - Acima de 151 m² (metros quadrados)............................................. 1.04 - Aprovação de construção de imóveis industriais e comerciais, por m² (metro quadrado): 1.04.01 - Até 60 m² (metros quadrados)........................................................ 1.04.02 - De 61 a 150 m² (metros quadrados)................................................ 1.04.03 - Acima de 151 m² (metros quadrados)............................................. 1.05 - Alvará e 2ª via de alvará.................................................................................. 1.06 - Autenticação, por m² (metro quadrado).......................................................... 1.07 - Retificação ou renovação de alvará, por unidade............................................ 1.08 - Consulta prévia de obra de até 500 m² (metros quadrados)............................ 1.09 - Consulta prévia de obra acima de 500 m² (metros quadrados).......................

0,03 0,02

0,03 0,05 0,1

0,06 0,1 0,2 2

0,01 2 2 4

2 - Loteamentos, diretrizes, aprovação de projetos, aprovação e outros. 2.01 - Diretrizes, por m² (metro quadrado) do lote.................................................... 2.02 - Diretrizes de núcleos residenciais de recreio, por m² (metro quadrado)......... 2.03 - Aprovação de projetos de loteamentos, por m² (metro quadrado).................. 2.04 - Aprovação de loteamentos, por m² (metro quadrado)..................................... 2.05 - Aprovação de loteamentos de núcleos de recreio, por m² (metro quadrado).. 2.06 - Aprovação de perfis de ruas, por m² (metro quadrado)................................... 2.07 - Aprovação de projetos de galerias pluviais, por m² (metro quadrado)............ 2.08 - Substituição ou modificações de projetos, por m² (metro quadrado).............. 2.09 - Autenticação de projeto de loteamento, por m² (metro quadrado)................. 2.10 - Metro linear..................................................................................................... 2.11 - Desmembramento, desdobramento, remembramento, prolongamento, ou anotações, unificação, por m² (metro quadrado)................................................................... 2.12 - Aprovação de projeto de regularização de loteamento, por m² (metro quadrado)............................................................................................................................... 2.13 - Aprovação de regularização de loteamento, por m² (metro quadrado)...........

0,01 0,01 0,005 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,4

0,05

0,005 0,01

129/140

Tabela VIII

Taxa de Licença para Publicidade - TLP Código Tributário Municipal - Art. 257

TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE Referente a anúncios localizados nos estabelecimentos e

relacionados com as atividades neles exercidas

Va

lor

fixo

a

nual

TIPO DE ANÚNCIO UFM 1 - Anúncio não luminoso ou não iluminado, independentemente da quantidade. 1.01 - Próprio, relativo ao estabelecimento ou às atividades nele exercidas, ou a seu proprietário...................................................................................................................... 1.02 - De terceiro....................................................................................................... 1.03 - Próprio e de terceiro........................................................................................

0 5 3

2 - Anúncio luminoso ou iluminado, independentemente da quantidade. 1.01 - Próprio, relativo ao estabelecimento ou às atividades nele exercidas, ou a seu proprietário...................................................................................................................... 1.02 - De terceiro....................................................................................................... 1.03 - Próprio e de terceiro........................................................................................

2 7 5

TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE Referente a anúncios luminosos ou iluminados

não localizados nos estabelecimentos

Va

lor

fixo

a

nual

TIPO DE ANÚNCIO UFM 3 - Com programação que permita apresentação de múltiplas mensagens. 3.01 - Até 5 m² (metros quadrados), por unidade...................................................... 3.02 - De 5 a 20 m² (metros quadrados), e por unidade............................................. 3.03 - Acima de 20 m² (metros quadrados), por unidade..........................................

8 12 16

4 - Animado, com mudança de cor, desenho ou dizeres, mediante jogos de luzes ou luz intermitente, e ou, com movimento. 4.01 - Até 5 m² (metros quadrados), por unidade...................................................... 4.02 - De 5 a 20 m² (metros quadrados), e por unidade............................................. 4.03 - Acima de 20 m² (metros quadrados), por unidade..........................................

24 30 48

5 - Inanimado e sem movimento. 5.01 - Até 5 m² (metros quadrados), por unidade...................................................... 5.02 - De 5 a 20 m² (metros quadrados), e por unidade............................................. 5.03 - Acima de 20 m² (metros quadrados), por unidade..........................................

6 8 12

130/140

TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE Referente a anúncios não luminosos e nem iluminados

não localizados nos estabelecimentos

Va

lor

fixo

a

nual

TIPO DE ANÚNCIO UFM 6 - Com movimento. 6.01 - Até 10 m² (metros quadrados), por unidade.................................................... 6.02 - De 10 a 30 m² (metros quadrados), por unidade............................................. 6.03 - Acima de 30 m² (metros quadrados), e por unidade........................................

10 20 30

7 - Sem movimento. 7.01 - Até 10 m² (metros quadrados), por unidade.................................................... 7.02 - De 10 a 30 m² (metros quadrados), por unidade............................................. 7.03 - Acima de 30 m² (metros quadrados), e por unidade........................................

5 10 15

TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE

Referente a anúncios em quadros próprios para afixação de cartazes murais (outdoors), não localizados nos estabelecimentos

Va

lor

fixo

a

nual

TIPO DE ANÚNCIO UFM 8 - Iluminado. 8.01 - Por m² (metro quadrado) e por unidade........................................................... 2 9 - Não iluminado. 9.01 - Por m² (metro quadrado) e por unidade........................................................... 0,8

TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE Referente a anúncios diversos não localizados nos estabelecimentos

Va

lor

fixo

TIPO DE ANÚNCIO UFM 10 - Anúncios internos ou externos, fixos ou removíveis, em veículos de transporte de pessoas ou passageiros e de carga. 10.01 - Anúncios luminosos ou iluminados, por número de veículos, por ano......... 10.02 - Anúncios não-iluminados, por número de veículos, por ano........................

6 2

11 - Anúncios em veículos destinados exclusivamente à publicidade. 11.01 - Por número de veículos, por ano................................................................... 10 12 - Anúncios por meio de projeções luminosas. 12.01 - Por ano........................................................................................................... 6 13 - Anúncios por meio de filmes. 13.01 - Por ano........................................................................................................... 16 14 - Publicidade por meio de circuito interno de televisão. 14.01 - Por ano........................................................................................................... 16

131/140

15 - Anúncios por sistemas aéreos, por evento. 15.01 - Em aviões, helicópteros e assemelhados, por número de aparelhos............. 15.02 - Em planadores, asas-delta e assemelhados, por número de aparelhos.......... 15.03 - Em balões, por número de balões.................................................................. 15.04 - Mediante a utilização de raios “laser”, por número de equipamento............

8 8 8 8

16 - Anúncios afixados em placas indicadoras de logradouros públicos e assemelhados. 16.01 - Por unidade, por ano...................................................................................... 2 17 - Cartazes. 17.01 - Por edição...................................................................................................... 4 18 - Propaganda impressa para distribuição em logradouros públicos. 18.01 - Por edição...................................................................................................... 4 19 - Faixas publicitárias de qualquer produto, estabelecimento ou evento. 19.01 - Por período de 7 (sete) dias, por faixa........................................................... 0,5 20 - Propaganda falada, fixa ou móvel, efetuada através de sistema de sonorização em logradouros públicos, por alto-falantes ou qualquer outro aparelho sonoro. 20.01 - Por ano ou fração........................................................................................... 8 20 - Qualquer outro tipo de publicidade, por qualquer meio, não enquadrado nos itens anteriores. 20.01 - Por espécie, por dia........................................................................................ 0,5

132/140

Tabela IX

Taxa de Licença para Ocupação do Solo nas vias e logradouros públicos - TLOS Código Tributário Municipal - Art. 264

TAXA DE LICENÇA PARA OCUPAÇÃO DO SOLO NAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Va

lor

fixo

DISCRIMINAÇÃO UFM 1 - Pela ocupação de espaço de solo, subsolo, pelo sistema de posteamento, de transmissão de energia, telecomunicações, cabos de televisão e similares, rede de água e esgoto ou outros tipos de serviços que utilizem espaço físico ou terreno público e pela fiscalização de uso desse espaço. 1.01 - Por poste, por mês........................................................................................... 1.02 - A cada 10 (dez) metros lineares de ocupação do solo, do subsolo e do espaço aéreo, por mês............................................................................................................ 1.03 - Por torre de transmissão, por mês....................................................................

0,1

0,05 1

2 - Veículos de aluguel. 2.01 - De tração animal, por ano................................................................................ 2.02 - Táxi e transporte de carga, por ano.................................................................. 2.02 - Outros tipos de veículos, por ano....................................................................

1 4 4

3 - Bancas. 3.01 - De feira livre, por ano e por m² (metro quadrado).......................................... 3.02 - De feira do produtor, por ano e por m² (metro quadrado)............................... 3.03 - De jornais e revistas, por ano e por m² (metro quadrado)...............................

1 1

1,5 4 - Outras ocupações. 4.01 - Até 30 (trinta) dias, por m² (metro quadrado) ou fração................................. 4.02 - Outras ocupações, por ano e por m² (metro quadrado) ou fração...................

1 2,5

5 - Panfleteiros. 5.01 - Pela distribuição em via pública, por ano ou fração........................................ 1 6 - Por ocupação de diversão pública. 6.01 - Por mês ou fração, por m² (metro quadrado)................................................... 0,05 7 - Por ocupação de comércio ambulante. 7.01 - Por mês ou fração, por m² (metro quadrado), por ano ou fração..................... 1

133/140

Tabela X

Taxa de Licença para o Abate de Animais - TLAA Código Tributário Municipal - Art. 267

TAXA DE LICENÇA PARA O ABATE DE ANIMAIS

Va

lor

fixo

ATIVIDADE UFM 1 - Abate de gado no matadouro municipal. 1.01 - Gado bovino, por cabeça................................................................................. 1.02 - Gado de outras espécies, por cabeça...............................................................

1 1

134/140

Tabela XI Taxa de Serviços Diversos - TSD

Código Tributário Municipal - Art. 274

TAXA DE SERVIÇOS DIVERSOS

Va

lor

fixo

ESPECIFICAÇÃO UFM 1 - De apreensão e depósito de bens, mercadorias e animais. 1.01 - Por apreensão e depósito................................................................................. 1.02 - Apreensão de bens e mercadorias, por período de 5 (cinco) dias ou fração.... 1.02 - De cães, por cabeça e por período de 5 (cinco) dias ou fração........................ 1.03 - De outros animais, por cabeça e por período de 5 (cinco) dias ou fração.......

10 3 2 3

2 - De vistoria dos veículos de táxi, moto táxi, moto entrega, de transporte de carga e de transporte escolar. 2.01 - Por vistoria....................................................................................................... 3 3 - Referente ao comércio ambulante. 3.01 - Por emissão de carteira.................................................................................... 1 4 - De visitas técnicas. 4.01 - Por visita.......................................................................................................... 3 5 - Laudos. 5.01 - Laudo de recebimento parcial ou final da obra............................................... 5

135/140

Tabela XII

Taxa de Expediente - TE Código Tributário Municipal - Art. 276

TAXA DE EXPEDIENTE

Va

lor

fixo

ESPECIFICAÇÃO UFM 1 - Protocolização de requerimento dirigido a qualquer autoridade municipal, para qualquer fim. 1.01 - Por ato.............................................................................................................. 0,8 2 - Alvará de concessão de licença ou 2ª via. 2.01 - Por alvará ou 2ª via.......................................................................................... 2 3 - Fornecimento de visto de conclusão ou habite-se ou 2ª via. 3.01 - Por ato ou 2ª via............................................................................................... 3 4 - Fornecimento de certidões. 4.01 - Negativa de débitos municipais....................................................................... 4.02 - Demais certidões, declarações e atestados......................................................

1,5 1,5

5 - Cópia reprográfica ou autenticação de documentos. 5.01 - Cópia reprográfica, por documento................................................................. 5.02 - Autenticação, por documento..........................................................................

0,05 0,1

6 - Anotação da transmissão no Cadastro Imobiliário. 6.01 - Por ato.............................................................................................................. 0 7 - Outros atos não especificados nesta tabela e que dependem de anotação, vistorias, decretos e portarias. 7.01 - Por ato.............................................................................................................. 1 8 - Alvará de construção quando solicitado em separado, rebaixamento de meio-fio, tapume e assemelhados. 8.01 - Por alvará......................................................................................................... 3 9 - Fornecimento de documento de arrecadação municipal. 9.01 - Por documento............................................................................................... 0,15 10 - Fornecimento de carnê de tributo municipal. 10.01 - Por carnê........................................................................................................ 1 11 - Fornecimento de guia de recolhimento de tributo municipal. 11.01 - Por guia.......................................................................................................... 0,15

136/140

Tabela XIII

Da Taxa de Cemitério Municipal - TCM Código Tributário Municipal - Art. 302

TAXA DE CEMITÉRIO MUNICIPAL

Va

lor

fixo

ESPECIFICAÇÃO UFM 1 - Inumação ou sepultamento, abertura de sepultura e remoção ou transferência de ossadas. 1.01 - Inumação ou sepultamento.............................................................................. 1.02 - Abertura de sepultura....................................................................................... 1.03 - Remoção ou transferência de ossadas 1.03.01 - Dentro do próprio cemitério........................................................... 1.03.02 - Para outros cemitérios..................................................................... 1.04 - Autorização para construção...........................................................................

10 5 3 5 3 5

2 - Concessão da titularidade de jazigos, túmulos, sepulturas ou carneiras. 2.01 - Provisória 2.01.01 - Caixa (por cinco anos).................................................................... 2.02 - Perpétua 2.02.01 - Ossuário.......................................................................................... 2.02.02 - Caixa............................................................................................... 2.02.03 - Simples............................................................................................ 2.02.04 - Dupla...............................................................................................

25

25 50 100 180

1/56

LEI COMPLEMENTAR Nº 998 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2006

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do Município da Estância Hidromineral de Lindóia e dá outras providências correlatas.

ÉLCIO FIORI DE GODOY , Prefeito Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga seguinte Lei Complementar:

ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

ESTÂNCIA HIDROMINERAL DE LINDÓIA - SP

TÍTULO I Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei Complementar, denominada "Estatuto dos Servidores Públicos

Municipais", dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais da Estância Hidromineral de Lindóia-SP, da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Municipais, dos Poderes Legislativo e Executivo do Município da Estância Hidromineral de Lindóia-SP.

§ 1º Os Servidores Públicos da Administração Direta de qualquer dos Poderes do

Município, das Autarquias e das Fundações Públicas reger-se-ão pelas disposições desta Lei e Regime Jurídico de natureza estatutária, ressalvados os empregados públicos admitidos sob o regime trabalhista.

§ 2º Poderá os Poderes Executivo e Legislativo Municipais submeterem parte de seus

servidores ao Regime Estatutário e outra parte à Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. § 3º O disposto nesta Lei Complementar aplica-se, no que couber e de forma subsidiária

à legislação trabalhista, aos empregados contratados regidos pelo Regime da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

Art. 2° Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se: I - Adicional: vantagem pecuniária que a Administração Pública Municipal concede ao

servidor em razão do tempo de exercício ou em face da natureza peculiar da função, agregando-se à remuneração;

II - Administração: cada órgão ou entidade onde estiver lotado o cargo do servidor; III - Administração Pública Municipal: a Administração Pública do Município da

Estância Hidromineral de Lindóia, abrangendo sua Administração Direta, Autárquica e Fundacional;

2/56

IV - Aposentadoria: ato pelo qual a Administração Pública Municipal confere ao servidor público a dispensa do serviço ativo, a que estava sujeito, continuando a pagar-lhe a remuneração, ou parte dela, conforme o direito que tenha adquirido;

V - Áreas de atividade: centros de serviços especializados que compõem as unidades administrativas da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas Municipais;

VI - Atividades e operações insalubres: serviços que, por sua própria natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem direta e permanentemente os servidores a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos à saúde, em razão da natureza e da intensidade dos mesmos agentes e do tempo de exposição aos seus efeitos;

VII - Cargo público: lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições específicas e estipêndio correspondente pago pelo erário Municipal, para ser provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei;

VIII - Carreira: o conjunto de cargos, do menor para o maior nível de classe, de maneira ascendente, pertencentes ao quadro único dos servidores públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Municipais;

IX - Classe: o conjunto de cargos da mesma complexidade e/ou especificações exigidas, de igual padrão de vencimentos;

X - Demissão: ato de penalização pelo qual o servidor público é dispensado de suas funções, sendo desligado do quadro a que pertence;

XI - Diária: vantagem estipendiária paga ao servidor para cobertura das despesas de alimentação e pousada decorrentes do deslocamento do servidor, da sede do órgão ou entidade, a serviço;

XII - Disponibilidade: situação de afastamento do servidor do exercício de suas funções, pelo qual fica posto à margem, por tempo indeterminado, percebendo proventos proporcionais ao tempo de efetivo exercício no cargo, e podendo, a qualquer momento, ser chamado para o serviço ativo;

XIII - Entidade: a autarquia e a fundação pública - pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração Indireta do Município;

XIV - Exercício: efetivo desempenho das atribuições do cargo ou função; XV - Exoneração: desligamento do servidor do cargo que ocupa ou função que

desempenha; XVI - Gratificações: vantagens pecuniárias atribuídas precariamente ao servidor que

esteja prestando serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade, ou concedidas como ajuda ao servidor que apresente os encargos pessoais que a lei especifica;

XVII - Licença: afastamento autorizado do cargo, durante certo período, fixado ou determinado na autorização, com ou sem direito a perceber o pagamento da remuneração;

XVIII - Lotação: número certo de servidores que podem ser classificados num órgão ou numa unidade administrativa;

XIX - Nomeação: ato pelo qual a Administração Pública Municipal faz a designação da pessoa para que seja provida no exercício do cargo ou função pública;

XX - Órgãos: centros de serviços complexos, formados por diversas unidades administrativas, responsáveis pelo exercício de funções típicas da Administração Direta;

XXI - Posse: ato pelo qual o servidor assume o cargo para o qual foi nomeado; XXII - Progressão funcional: movimentação do servidor investido em cargo de

provimento efetivo para nível superior da respectiva Classe na Tabela de Vencimentos;

3/56

XXIII - Promoção: ato pelo qual o servidor investido em cargo de provimento efetivo é elevado ao nível funcional imediatamente superior, dentro da respectiva Classe;

XXIV - Proventos: remuneração paga ao servidor municipal aposentado ou em disponibilidade;

XXV - Quadro: conjunto de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas de um mesmo serviço, órgão ou Poder;

XXVI - Registro de freqüência: procedimento pelo qual fica assinalado o comparecimento do servidor ao serviço, o horário de chegada e de saída ao trabalho, bem como de eventuais afastamentos no horário de expediente para resolver assunto de interesse próprio;

XXVII - Remuneração ou Vencimentos: valor mensal pago ao servidor, correspondente ao vencimento do cargo mais vantagens pecuniárias;

XXVIII - Serviço Extraordinário: serviço cujo tempo de prestação, no dia, exceder à carga horária normal de trabalho definida para o cargo;

XXIX - Serviço Noturno: prestação de serviço entre as 22:00 (vinte e duas) horas de um dia e as 06:00 (seis) horas do dia imediato, computando-se a hora noturna com o tempo de 52:30 minutos (cinqüenta e dois minutos e trinta segundos);

XXX - Servidor Público, ou Servidor: pessoa legalmente investida em cargo público de provimento efetivo ou em comissão, do Município de Lindóia;

XXXI - Unidades administrativas: centros de serviços que reúnem uma ou mais área de atividade; compõem os órgãos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Municipais;

XXXII - Vacância: declaração oficial de que o cargo se encontra vago, a fim de que seja provido um novo titular;

XXXIII - Vantagens pecuniárias: acréscimos aos vencimentos constituídos em caráter definitivo, a título de adicional, ou em caráter transitório, a título de gratificação e indenização;

XXXIV - Vencimento: retribuição pecuniária mensal, fixada em lei, paga ao servidor em efetivo exercício do cargo ou função pública, correspondente ao nível em que o servidor estiver posicionado na tabela de vencimentos respectiva;

Art. 3° O servidor público exercerá as atribuições do cargo público em que for provido,

exceto quando designado para exercer cargo comissionado, função gratificada ou para integrar comissão ou grupo de trabalho, na forma da lei.

Parágrafo único. É vedada ao servidor a prestação de serviços públicos gratuitos à

Administração Pública Municipal. Art. 4º A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em

concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo de provimento em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

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TÍTULO II Do Provimento

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais Art. 5º São requisitos básicos para a investidura em cargo público de provimento efetivo

ou de provimento em comissão: I - a nacionalidade brasileira, ressalvados os casos em que a lei expressamente admitir a

nomeação de estrangeiros; II - o gozo dos direitos políticos; III - estar em dia no cumprimento das obrigações eleitorais e do serviço militar

obrigatório; IV - a idade mínima de 18 (dezoito) anos; V - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; VI - aptidão física e mental. § 1º As atribuições inerentes a determinados cargos poderão justificar a exigência de

outros requisitos, na forma da lei e, conforme o caso, do regulamento que estabelecerem as diretrizes dos sistemas de carreiras.

§ 2º Serão reservados 10% (dez por cento) dos cargos submetidos a concurso público

para classificação à parte das pessoas portadoras de deficiência física relativamente incapacitante inscritas no certame, condicionando-se a nomeação à comprovação também de que dispõe do nível mínimo de capacitação para o exercício do cargo, na forma do regulamento próprio e do edital.

§ 3º O tempo para a realização de provas a que serão submetidos os deficientes deverá

ser diferente daquele previsto para os candidatos considerados normais, bem como a nota de corte, levando-se em conta o grau de dificuldade para a leitura e escrita em Braille, bem como o grau de dificuldade provocado por outras modalidades de deficiência.

Art. 6º As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de

cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Art. 7° São formas de provimento de cargo público: I - a nomeação; II - a promoção; III - a reversão; IV - o aproveitamento; V - a reintegração; VI - a recondução.

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Parágrafo único. O provimento de cargo público decorre da nomeação e completa-se com a posse e o exercício.

CAPÍTULO II Da nomeação

Art. 8° A nomeação far-se-á para cargos vagos: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira ou isolado de provimento

efetivo; II - em caráter precário, para cargos em comissão. Art. 9° A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo

obedecerá a ordem de classificação obtida em concurso público, observado o prazo de validade.

Art. 10 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei

de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social.

Seção I

Do Concurso Público Art. 11 O concurso será de provas ou de provas e títulos, conforme dispuserem a lei e o

regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

§ 1° Na hipótese de concurso de provas e títulos, a nota final de classificação será obtida

mediante média ponderada, não podendo ser atribuído aos títulos peso superior à metade do peso das provas.

§ 2° O prazo de validade do concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável 1

(uma) vez, por igual período. Art. 12 O prazo de validade do concurso público e as condições de sua realização serão

fixados em edital a ser publicado na íntegra, no órgão oficial de divulgação do Município, com o prazo de antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias a contar da data de encerramento das inscrições.

§ 1° O aviso de realização do concurso público será publicado em, pelo menos, um

jornal de circulação no Município e região. § 2º É vedada a realização de novo concurso público enquanto houver candidato

aprovado em concurso anterior, com prazo de validade não expirado, aguardando nomeação.

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§ 3° As provas serão realizadas no prazo de 30 (trinta) a 90 (noventa) dias, a partir da data de encerramento das inscrições.

Seção II Da Posse

Art. 13 A posse ocorrerá no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato

de nomeação no órgão oficial de divulgação do Município, prorrogável a requerimento do interessado por mais 30 (trinta) dias ou, em caso de doença comprovada, enquanto durar o impedimento.

§ 1° A contagem do prazo para posse em cargo de provimento efetivo de servidor em

férias, ou em licença na forma dos incisos I, II, III, IV, V e VIII do artigo 87 desta Lei, ocorrerá a partir do término do impedimento.

§ 2º A posse poderá se dar através de procurador legalmente constituído para esse fim

específico. Art. 14 Será tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo

previsto no artigo anterior. Art. 15 Para que haja posse a pessoa nomeada deverá apresentar: I - declaração dos bens, com indicação das respectivas fontes de renda; II - declaração de que não exerce outro cargo ou emprego público cuja acumulação seja

legalmente vedada, acompanhada, quando for o caso, de prova de que requereu desinvestidura de cargo ou emprego anterior;

III - atestado de prévia aprovação de aptidão física e mental, expedido por Junta Médica Oficial do Trabalho, exceto no caso de nomeação de servidor público do Município de Lindóia para cargo de provimento em comissão.

Seção III

Do Exercício Art. 16 O prazo para o servidor entrar em exercício será de até 15 (quinze) dias,

contados da data da posse. Parágrafo único. Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no

prazo estabelecido neste artigo. Art. 17 O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados

no assentamento individual do servidor. Parágrafo único. A interrupção do exercício fora dos casos legais e além dos limites

admitidos, sujeita o servidor a processo disciplinar e às penas pertinentes. Art. 18 O servidor terá exercício no órgão em que for lotado.

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§ 1º Servidor de quaisquer órgãos da Administração Pública municipal poderá ser convocado, mediante ato do Chefe do Poder Executivo Municipal, para ter exercício no Gabinete do Prefeito, nas Secretarias ou Diretorias Municipais, na Procuradoria Geral do Município, em Autarquias ou Fundações Municipais, mantendo a lotação de origem.

Art. 19 O exercício de cargo em comissão exige dedicação integral, estando o servidor

sujeito à prestação de serviço fora do horário normal de expediente, inclusive mediante convocação, sem direito a remuneração extra.

Seção IV

Da Estabilidade e do Estágio Probatório Art. 20 São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados

para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurado o exercício do

contraditório e ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei

complementar, assegurado o exercício do contraditório e ampla defesa. § 2º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial

de desempenho por comissão instituída para essa finalidade, com a necessária participação de pelo menos um representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e um da Câmara de Vereadores.

§ 3º O servidor em estágio probatório será exonerado do cargo sempre que a avaliação

final do estágio probatório, resulte desfavorável a sua permanência no exercício do cargo. Art. 21 Durante o estágio probatório, o servidor será semestralmente avaliado por

comissão instituída para essa finalidade, conforme § 2º do artigo 20, em especial, quanto a: I - idoneidade; II - disciplina, assiduidade e pontualidade; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade e efetividade; e V - responsabilidade. § 1º O servidor exercerá as atribuições inerentes ao seu cargo efetivo, suspendendo-se o

estágio probatório se investido em cargo de provimento em comissão, e durante o tempo dessa investidura, desde que as atribuições do cargo em comissão não guardem similitude com as do cargo efetivo.

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§ 2° No mês subseqüente ao semestre, será dada ciência ao servidor do resultado da avaliação, formalmente, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da decisão da comissão, assegurado o direito ao contraditório e ampla defesa, no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 3º O Poder Executivo regulamentará, por decreto, o processo de avaliação do servidor

durante o estágio probatório, fixando com clareza os critérios e parâmetros a serem utilizados.

CAPÍTULO III Da Progressão Funcional

Art. 22 A progressão funcional ocorrerá: I - por tempo de serviço; II - por merecimento. Parágrafo único. Sempre que a despesa da Administração Pública Municipal com

pagamento de remuneração de pessoal situar-se acima do limite legal admitido, não haverá promoção.

Art. 23 As promoções por tempo de serviço ocorrerão no mês de novembro de cada ano,

adquirindo direito à progressão o servidor que, à época, contar com 3 (três) anos de efetivo exercício no cargo.

§ 1º Serão promovidos os funcionários com maior tempo de serviço na classe. § 2º A apuração do tempo de serviço será realizada em dias. § 3º Na promoção por tempo de serviço, quando houver empate, terá preferência o

funcionário: I - o que tiver maior tempo de serviço Publico Municipal; II - o que tiver maior grau de instrução; III - o que tiver maior número de horas, em curso de aperfeiçoamento, relacionado com

a área de atuação; IV - o que for casado; V - o que tiver maior número de dependentes. § 4º Persistindo a igualdade, o desempate se fará em favor do funcionário de idade mais

avançada. Art. 24 A avaliação do merecimento para fins de promoção, a ser regulada por Lei

própria, levará em consideração as diferenças entre os grupos ocupacionais e apreciará os requisitos de assiduidade, pontualidade, iniciativa, produtividade, efetividade, responsabilidade, cumprimento de atribuições, comprometimento no ambiente de trabalho, capacitação, eficiência profissional e desenvolvimento profissional diretamente relacionados com as atividades do cargo, além de mensuração da consecução de objetivos e metas estabelecidos.

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§ 1º Compete a cada Chefe de Poder, relativamente aos servidores dos respectivos quadros, decidir quanto à conveniência administrativa da realização de promoções por merecimento.

§ 2° As promoções por merecimento ocorrerão anualmente, no mês de maio, podendo

beneficiar somente servidor que conte com, pelo menos, 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias ininterruptos de efetivo exercício.

§ 3° A avaliação deverá ser feita pelas duas Chefias imediatas, através do

preenchimento do “Boletim de Avaliação de Desempenho”. § 4° No exercício em que adquirir direito à promoção por tempo de serviço, o servidor

ficará impedido de ser promovido por merecimento. § 5° Para os efeitos deste artigo, considerar-se-á interrompido o efetivo exercício na

ocorrência de: I - faltas injustificadas; II - licença não remunerada; III - suspensão disciplinar; IV - prisão administrativa ou decorrente de decisão judicial. § 6º Serão promovidos os funcionários que atingirem um índice mínimo de pontos, a ser

fixado em lei própria. § 7º De acordo com as disponibilidades financeiras à época das promoções, poderá o

Chefe do Poder fixar o número de funcionários a serem promovidos, por classe, de categoria funcional.

Art. 25 Compete ao órgão especializado de pessoal, o estudo, o planejamento, a fixação

de normas e diretrizes para o processamento das promoções. § 1º Não poderá ser promovido:

I - por merecimento, o funcionário que:

a) estiver em estagio probatório; b) não tiver, no mínimo, 2 (dois) anos de efetivo exercício na classe. II - por antiguidade, o funcionário que não tiver no mínimo 3 (três) anos de efetivo exercício na classe.

§ 2º O funcionário que for punido com pena de suspensão, por período igual ou superior

a 07 (sete) dias e/ou esteve licenciado sem vencimento, por período igual ou superior a 92 dias, não terá direito a concorrer à promoção, antes de decorrido 1 (um) ano de aplicação da(s) pena(s) ou de seu retorno ao serviço.

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§ 3º O funcionário que durante o período das avaliações estiver enquadrado dentro de uma das situações abaixo, será avaliado pelo desempenho no cargo em que estiver ocupando, porém concorrerá à promoção na classe do cargo efetivo a que pertence.

I - Cargo em Comissão; II - Afastamento; III - Substituição. § 4º Será declarado sem efeito o ato que promover o funcionário em desacordo com os

critérios da presente Lei. § 5º O funcionário a quem cabia a promoção será indenizado da diferença de

vencimento ou remuneração a que tiver direito. § 6º É vedado ao funcionário pedir, por qualquer hipótese, a sua promoção. § 7º Para todos os efeitos, será considerado promovido o funcionário que vier a falecer

sem que tenha sido decretada, no prazo legal, a promoção que lhe cabia. § 8º Publicada a classificação por antiguidade ou merecimento, poderão os interessados

apresentar recursos ao órgão de pessoal, dentro do prazo de 15 (quinze) dias da publicação. § 9º Os critérios de promoção estabelecidos na presente Lei abrangerão o atual pessoal

dos Quadros da Administração Direta do Município.

CAPÍTULO IV Da Reversão

Art. 26 Reversão é o ato que determina o reingresso no serviço público de servidor

aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria. Parágrafo único. A reversão far-se-á: I - para o mesmo cargo; ou, II - para cargo correlato ao em que o servidor fora aposentado, sem perda de

remuneração, no caso da implantação de novo plano de carreira; ou, III - em outro cargo de mesmo nível, respeitada a habilitação, se extinto o em que se

dera a investidura do servidor. Art. 27 Para efeito de nova aposentadoria, será contado como tempo de serviço o

período em que o servidor permaneceu inativo.

CAPÍTULO V Da Reintegração

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Art. 28 Reintegração é o reingresso no Serviço Público Municipal de servidor cuja demissão tenha sido invalidada por sentença judicial, com todos os direitos do cargo, como se em efetivo exercício estivera.

§ 1° O servidor reintegrado será ressarcido da remuneração do cargo deixada de

perceber durante o período de afastamento. § 2º A reintegração far-se-á no mesmo cargo, no cargo correlato ao de investidura do

servidor em caso de implantação de novo plano de carreiras, ou, se extinto o cargo, em outro de mesmo nível e remuneração, respeitada a habilitação.

§ 3º Estando provido o cargo em que o servidor reintegrado deva ser empossado, o

eventual ocupante da vaga, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

CAPÍTULO VI Da Recondução

Art. 29 Recondução é o ato de reinvestidura do servidor no cargo que provera

anteriormente, decorrente da reintegração de outro servidor no cargo ocupado pelo reconduzido.

Parágrafo único. Para que se processe a recondução, será igualmente reconduzido à

posição anterior na carreira o atual titular do cargo, sem direito a indenização, sujeitando-se a ser aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

C APÍTULO VII

Do Aproveitamento Art. 30 Aproveitamento é o ato de investidura em cargo de provimento efetivo de

servidor colocado em disponibilidade. § 1° O aproveitamento dar-se-á em cargo da mesma classe e na mesma referência da

investidura antecedente ou, se extinta a classe, em cargo de natureza e vencimento semelhantes, de classe compatível com a anterior.

§ 2º Havendo mais de 1 (um) servidor em condições de ser aproveitado para o cargo

vago, terá preferência o que estiver a mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o servidor que, nessa ordem:

I - possuir mais tempo de efetivo exercício, como servidor público da Administração

Pública Municipal; II - contar com mais tempo de serviço público; III - for casado e tiver maior número de filhos; IV - for escolhido, mediante sorteio.

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§ 3º Será tornado sem efeito o ato de aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor que, publicado o ato, não tomar posse ou não entrar em exercício nos prazos previstos para nomeação, salvo em caso de invalidez ou de doença comprovada por Junta Médica Oficial.

§ 4º A posse decorrente do aproveitamento dependerá de comprovação da capacidade

física e mental do servidor por Junta Médica Oficial. § 5º O servidor em disponibilidade, julgado incapaz pela Junta Médica Oficial, será

aposentado com a remuneração correspondente ao cargo em que fora investido, calculada proporcionalmente ao tempo de serviço e de disponibilidade havidos.

TÍTULO III

Das Mutações Funcionais

CAPÍTULO I Da Disponibilidade

Art. 31 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em

disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Parágrafo único. O servidor em disponibilidade poderá ser aposentado, com

remuneração proporcional ao tempo de serviço, na forma da lei.

CAPÍTULO II Da Substituição

Art. 32 O servidor investido em cargo comissionado ou função gratificada poderá ter

substituto indicado em Regimento Interno ou, no caso de omissão, previamente designado pelo Chefe do Poder Executivo ou Legislativo Municipal ou titular das Autarquias ou de Fundações Municipais.

§ 1° O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que

ocupa, o exercício do cargo comissionado ou função gratificada nos afastamentos ou impedimentos legais ou regulamentares do titular.

§ 2° O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo comissionado ou função

gratificada, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a 15 (quinze) dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

Art. 33 Em caso excepcional, o titular de cargo comissionado ou função gratificada

poderá ser designado interinamente para exercer, de forma cumulativa e em substituição, outro cargo comissionado ou função gratificada até que se verifique a nomeação ou designação do titular, percebendo no período a remuneração a que fizer jus, da sua escolha e correspondente a apenas um dos cargos comissionados ou funções gratificadas exercidos.

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CAPÍTULO III Da Remoção

Art. 34 Remoção é o ato pelo qual, dentro do mesmo quadro, se desloca ou se afasta o

servidor de uma área de atividade ou unidade administrativa ou de um órgão para outro. § 1º A remoção poderá ocorrer: I - a pedido, desde que respeitada a conveniência administrativa e a lotação de destino; II - de ofício, por necessidade da administração; III - por permuta, precedida de requerimento dos servidores interessados, de cargos

idênticos e que não estejam em processo de readaptação. § 2º A escolha do servidor a ser removido de ofício recairá de preferência sobre: I - o que manifestar interesse na remoção; II - o de residência mais próxima e de fácil acesso à unidade administrativa para onde

haverá a remoção; III - o de menor tempo de serviço; IV - o menos idoso. § 3° A remoção de ofício dependerá de prévia justificativa da autoridade competente,

que caracterize a desnecessidade do serviço prestado pelo servidor na área de atividade de sua lotação, exceto se recomendada em processo disciplinar.

§ 4° Poderá haver remoção a pedido, para outra área de atividade, por motivo de saúde

do servidor, do cônjuge, companheiro de mais de 5 (cinco) anos ou dependente, condicionada à comprovação da necessidade por Junta Médica Oficial.

CAPÍTULO IV

Da Redistribuição Art. 35 Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para o

quadro de pessoal de outro órgão ou unidade administrativa, observados os seguintes preceitos:

I - necessidade da administração; II - equivalência de vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do

órgão ou entidade. § 1° A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da força de

trabalho às necessidades dos serviços, podendo se dar também nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.

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§ 2° Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou a sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do artigo 30.

CAPÍTULO V

Da Readaptação

Art. 36 Readaptação é o deslocamento do servidor para exercer atribuições afins pertinentes a outro cargo, de grau de complexidade, especialização e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, comprovada em inspeção por Junta Médica Oficial.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o servidor readaptado será aposentado. § 2º A readaptação não acarretará aumento ou redução da remuneração do servidor. § 3º Recuperado da sua limitação, o servidor retornará ao exercício das atribuições

inerentes ao cargo em que está investido.

TÍTULO IV Da Vacância

Art. 37 A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - aposentadoria; IV - falecimento. Art. 38 A exoneração de cargo público será de ofício ou a pedido do servidor. Parágrafo único. Dar-se-á a exoneração de ofício quando: I - a avaliação final do servidor em estágio probatório, a qualquer época, seja

desfavorável a que permaneça no exercício do cargo; II - tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo legal; III - o servidor acumular ilicitamente cargo, emprego ou função, de órgão da

Administração Direta, Autarquia, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista ou Fundação mantida pelo Poder Público, de quaisquer esferas de Governo;

IV - a juízo da autoridade competente, no caso de cargo de provimento em comissão. Art. 39 A demissão constitui penalidade, aplicável nos termos do artigo 160 desta Lei. Art. 40 Será considerado vago o cargo na data: I - imediata àquela em que tiver adquirido eficácia o ato determinante da vacância; II - em que entrar em vigor a lei de criação do cargo;

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III - em que se formalizar o conhecimento do falecimento do servidor.

TÍTULO V Da Atividade Profissional

CAPÍTULO I

Do Horário e Do Comparecimento ao Serviço Art. 41 A duração normal da jornada de trabalho será de 8 (oito) horas diárias e 40

(quarenta) horas semanais, cumpridas em dias e horários próprios, observada a regulamentação específica.

Art. 42 O servidor poderá, no horário de expediente, retardar seu ingresso em até 30

(trinta) minutos ou afastar-se do local de trabalho para tratar de assunto de interesse particular, desde que autorizado por quem de direito, sujeitando-se a ter de compensar ou a ter descontado da remuneração o tempo de afastamento, na forma de regulamento próprio.

Art. 43 O comparecimento ao serviço é obrigatório e será diariamente controlado: I - através de registro de freqüência mecânico ou eletrônico; II - por outro meio hábil, autorizado pelo Chefe Poder Executivo Municipal, titulares de

Autarquias e Fundações Municipais, na forma de regulamento próprio; III - por outro meio hábil, autorizado pelo Chefe do Poder Legislativo Municipal, na sua

área de abrangência. § 1º Não serão abonadas as faltas ao expediente por motivos particulares, computando-

se como ausência: I - o sábado e o domingo seguintes, quando as faltas abrangerem todos os dias úteis da

semana; II - o dia de feriado, quando se der o seu intercalamento com os dias de falta. § 2° O servidor que for membro de conselho municipal poderá ser liberado para

participar de atividades e reuniões do conselho, mediante aviso prévio à chefia imediata e apresentação de convocação do respectivo conselho, ficando o servidor isento de prejuízos remuneratórios e da necessidade de compensação de horário.

Art. 44 O servidor incapacitado de comparecer ao serviço por motivo de saúde

comunicará o fato à chefia imediata, para que seja informado à área de recursos humanos, devendo se submeter desde logo à inspeção médica.

§ 1º Quando o servidor estiver impossibilitado de comparecer à Junta Médica Oficial,

pela natureza da doença ou em virtude do estado físico em que se encontrar, a inspeção médica será realizada na casa do servidor ou no local em que se encontrar acamado, sempre que possível.

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§ 2° A impossibilidade de comparecer ao serviço será comprovada pelo servidor através de atestado médico, se as faltas forem de até 3 (três) dias, ou por laudo da Junta Médica Oficial, se acima desse período e para efeito de concessão de licença.

§ 3° O servidor, ou pessoa que por ele responda, encaminhará atestado médico, no prazo

de até 48 (quarenta e oito) horas da data em que se iniciou o afastamento do serviço por motivo de doença, para obtenção do laudo da Junta Médica Oficial, na forma regulamentar.

Art. 45 Poderá ser alterado o horário de expediente de órgão, unidade administrativa,

área de atividade ou de servidor, a critério do Chefe do Poder Executivo ou Legislativo Municipal, titulares de Autarquias e de Fundações Municipais, para atender à natureza específica de serviço a ser prestado ou em face de circunstâncias especiais, observado o cumprimento da jornada normal de trabalho, nos termos de regulamento próprio.

Parágrafo único. Será permitido ao servidor estudante ausentar-se do serviço, sem

prejuízo da sua remuneração, para se submeter a provas de exame escolar ou de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior, no período do dia em que ocorrerem as provas, mediante apresentação de atestado comprobatório fornecido pelo respectivo estabelecimento de ensino e, conforme o caso, com compensação de horário.

Art. 46 Ao servidor estável, que comprovadamente seja pai, mãe, tutor, curador ou

responsável pela criação, educação e proteção de pessoa portadora de deficiência, considerada dependente sob o aspecto sócio-educacional e em situação que exija o atendimento direto pelo servidor, conforme atestado por Junta Médica Oficial ou por comissão especialmente criada para esse fim, será concedida redução da jornada normal de trabalho para até 20 (vinte) horas semanais, sem perda de remuneração, enquanto perdurar a dependência.

Art. 47 O servidor terá direito a dispensa do serviço por 5 (cinco) dias úteis, sem

prejuízo de seus direitos, por motivo de casamento próprio ou de falecimento do cônjuge, companheiro, parente até segundo grau, madastra, padastro, enteado ou menor sob a sua guarda ou tutela.

Art. 48 Fica instituído aos servidores públicos do Município de Lindóia, 1 (um) dia de

ponto facultativo por ano de trabalho, para que possam efetuar exames preventivos de câncer de mama e de colo uterino para as servidoras e exame preventivo de câncer de próstata e de cólon (intestino grosso) para os servidores.

§ 1º O dia de que trata o caput deste artigo poderá ser definido pelo próprio servidor,

desde que previamente autorizado pela respectiva chefia imediata. § 2° O funcionário que desejar gozar do referido benefício, deverá encaminhar ao setor

de Recursos Humanos de seu órgão de trabalho, comprovante contendo a data e o tipo de exame realizado.

CAPÍTULO II

Do Serviço Extraordinário

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Art. 49 Poderá ocorrer prestação de serviço extraordinário: I - por expressa autorização do Chefe do Poder Executivo Municipal, mediante

solicitação da chefia de unidade administrativa interessada, através do respectivo Secretário ou Diretor Municipal ou Procurador Geral do Município, bem como por expressa autorização de Titular de Autarquias ou de Fundações Municipais;

II - por determinação do Chefe do Poder Executivo Municipal, de Secretário ou Diretor Municipal, do Procurador Geral do Município ou de titular de Autarquias ou de Fundações Municipais;

III - por autorização do Chefe do Poder Legislativo, mediante solicitação da Diretoria interessada.

§ 1º Somente haverá prestação de serviço extraordinário para atender a situações

excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 60 (sessenta) horas mensais. § 2° O serviço extraordinário poderá ser realizado sob a forma de plantões, para

assegurar o funcionamento dos serviços públicos municipais.

CAPÍTULO III Da Capacitação Profissional

Art. 50 A Administração Pública Municipal deverá promover, incentivar e facilitar,

através de Plano Anual de Capacitação Funcional, a qualificação do servidor, mediante: I - elaboração e cumprimento de programas regulares de treinamento e aperfeiçoamento

do servidor; II - liberação para freqüentar cursos externos de aperfeiçoamento, compatíveis com as

atribuições exercidas pelo servidor, a critério do Chefe do Poder Executivo Municipal, de titular de Autarquias ou de Fundações Municipais;

§ 1º Os programas de treinamento e aperfeiçoamento serão cumpridos mediante

execução direta ou execução indireta, conveniada ou contratada. § 2º A Administração Pública Municipal destinará percentual anual sobre o montante

bruto gasto com remuneração de pessoal para custear, total ou parcialmente, as despesas com a capacitação profissional do servidor público municipal.

TÍTULO VI Da Política Remuneratória

CAPÍTULO I

Do Vencimento e Da Remuneração

Art. 51 O vencimento do cargo de provimento efetivo é irredutível. Art. 52 A revisão geral da remuneração dos servidores ativos, inativos e pensionistas

ocorrerá sempre no mês de maio e sem distinção de índices, na forma de lei, observados os parâmetros da tabela salarial vigente.

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Art. 53 A remuneração dos ocupantes de cargos e funções públicas da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, e os proventos de aposentadoria, auferidos cumulativamente ou não, não poderão exceder os valores percebidos como subsídio, em espécie, pelo Prefeito Municipal, excluídas as vantagens pecuniárias previstas no artigo 60, inciso II, letra “b” e inciso III, letras “f” e “g” desta Lei.

Art. 54 O servidor deixará de perceber os vencimentos do cargo efetivo enquanto

estiver investido em cargo em comissão, ressalvado o direito de opção. Parágrafo único. O servidor nomeado para cargo de provimento em comissão que optar

pela remuneração do cargo efetivo fará jus a 50% (cinqüenta por cento) do vencimento do cargo em comissão ou a diferença entre o seu vencimento e do cargo comissionado.

Art. 55 O não comparecimento ao serviço, salvo por motivo legal ou de doença

comprovada, implicará na perda dos vencimentos do dia. Parágrafo único. O servidor perderá 2/3 (dois terços) dos vencimentos enquanto durar o

impedimento por motivo de: a) prisão preventiva, pronúncia por crime comum, condenação por crime inafiançável,

em processo no qual não haja pronúncia, com direito à percepção da diferença equivalente, se absolvido;

b) condenação judicial criminal, por sentença definitiva, a pena que não determine demissão.

Art. 56 As reposições e indenizações ao erário municipal serão previamente

comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais atualizadas monetariamente. § 1° A indenização será feita em parcelas cujo valor não exceda a 10% (dez por cento)

da remuneração ou provento. § 2° A reposição será feita em parcela cujo valor não exceda a 25% (vinte e cinco por

cento) da remuneração ou provento. § 3° A reposição será feita em uma única parcela quando constatado agravamento

indevido no mês anterior ao do processamento da folha de pagamento. Art. 57 O servidor em débito com o erário, que for licenciado sem vencimentos,

demitido, exonerado, ou que tiver cassada sua aposentadoria ou disponibilidade deverá quitar o referido débito no prazo máximo de 5 (cinco dias) da data do seu afastamento ou desligamento.

§ 1° Caso a dívida seja superior a 5 (cinco) vezes o valor de sua remuneração, terá o

prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito.

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§ 2° A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em Dívida Ativa.

Art. 58 Os valores percebidos pelo servidor, em razão de liminar, de qualquer medida

de caráter antecipatório ou de sentença, posteriormente cassada ou revista, deverão ser repostos no prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação para fazê-lo, sob pena de inscrição em Dívida Ativa.

Art. 59 A remuneração do servidor não será objeto de arresto, seqüestro ou penhora,

salvo quando se tratar de prestação de alimentos ou de reposição ou indenização à Fazenda Pública, não sendo permitido gravá-la com descontos ou cedê-la, senão nos casos previstos em lei.

CAPÍTULO II

Das Vantagens Pecuniárias Art. 60 É concedido ao servidor o direito à percepção das seguintes vantagens

pecuniárias, na forma desta Lei Complementar e, conforme o caso, de legislação específica: I - Indenizações: a) diárias; b) pelo uso de veículo próprio em serviço; II - Adicionais: a) por tempo de serviço; b) de férias; III - Gratificações: a) de serviço noturno; b) pelo exercício de função de chefia; c) de insalubridade; d) de periculosidade ou risco de vida; e) pela prestação de serviços extraordinários; f) natalina; g) de produtividade; h) por exercício de atividades e titulações especiais; i) de auxílio transporte e do auxílio alimentação; j) de apoio ao deficiente; k) por ministração de curso de treinamento; l) de incentivo. Parágrafo único. O profissional do magistério terá ainda, como vantagens, as

gratificações de “hora-atividade”, de “regência de classe”, de “difícil acesso” e de “dedicação exclusiva”, na forma de Estatuto próprio.

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Seção I Das Indenizações

Subseção I Das Diárias

Art. 61 O servidor público que, a serviço ou para desenvolver atividades de

aperfeiçoamento profissional do interesse da Administração Pública Municipal, afastar-se da sede do Município, em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território estadual, nacional, ou para o exterior, fará jus ao transporte de viagem e a diárias para custeio de despesas com alimentação, hospedagem e locomoção urbana, conforme dispuser regulamento próprio.

§ 1° O valor das diárias será fixado por legislação específica do Chefe de Poder

Executivo Municipal ou titular de Autarquias ou de Fundações Municipais, não podendo ser inferior a 10% (dez por cento) do menor vencimento pago aos Servidores Públicos Municipais.

§ 2° A diária será calculada por período de 24 (vinte e quatro) horas, contadas do

momento da saída para a viagem, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando o Município custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.

§ 3° Para fins de cálculo de pagamento de diária, a fração de período será contada

como: I - uma diária, quando superior a 12 (doze) horas e o deslocamento exigir pernoite; II - meia diária, quando inferior a 12 (doze) horas e superior a 6 (seis) horas. § 4° Em caso de deslocamento, a serviço, para outra localidade dentro do Município ou

da micro região em período superior a 4 (quatro) horas, o servidor será ressarcido de despesas realizadas com locomoção e alimentação.

Subseção II Do Uso de Veículo Próprio em Serviço

Art. 62 Será concedida indenização de despesas de transporte ao servidor efetivo que,

pela natureza das atribuições executivas do cargo, necessite da utilização de veículo próprio como meio de locomoção para a execução de serviços externos, nos termos de regulamento próprio, observados os limites fixados em lei.

Parágrafo único. O veículo do servidor com direito à percepção da vantagem de que

trata este artigo, será cadastrado na Secretaria ou Diretoria Municipal da Administração e nas áreas de administração das respectivas entidades, não constituindo razão para o não cumprimento das funções do cargo o fato de veículo não se encontrar em condições de trafegar.

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Seção II Dos Adicionais

Subseção I

Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 63 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 2% (dois por cento) a cada ano para os profissionais de educação e à razão de 3% (três por cento) a cada três anos para os demais servidores, sendo em ambos os casos sobre o tempo de efetivo serviço público e incidente exclusivamente sobre o vencimento do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança.

Parágrafo único. O profissional de educação fará jus ao adicional a partir do mês em

que completar o ano de trabalho e os demais profissionais a partir do mês em que completar o triênio. Art. 63 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 2% (dois por cento) a cada ano, para todos os servidores públicos municipais, sendo sobre o tempo de efetivo serviço público e incidente exclusivamente sobre o vencimento do cargo efetivo, ainda que investido o servidor em função ou cargo de confiança.

Parágrafo único. Os servidores públicos municipais farão jus ao adicional a partir do

mês em que completar o ano de trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 1.198 de 17 de março de 2011)

Art. 64 O adicional por tempo de serviço disposto no artigo 63 desta Lei incide sobre a

vantagem pecuniária prevista no artigo 60, inciso III, alínea “g”, da mesma Lei.

Subseção II Do Adicional de Férias

Art. 65 Será pago ao servidor, até a data marcada para o início das férias, o Adicional de

Férias correspondente a, no mínimo, 1/3 (um terço) da remuneração do período. Parágrafo único. O servidor exonerado de cargo efetivo ou em comissão fará jus à

percepção de parcela do Adicional de Férias, de valor proporcional aos meses trabalhados no exercício, calculada sobre a remuneração do mês em que ocorrer a exoneração.

Seção III

Das Gratificações

Subseção I Da Gratificação por Serviço Noturno

Art. 66 Ao servidor designado para prestar serviço noturno, de forma rotineira e

contínua, será concedida gratificação correspondente a 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do vencimento do cargo, relativamente às horas trabalhadas.

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Parágrafo único. No caso de prestação de serviço extraordinário noturno, o acréscimo

de que trata este artigo, incidirá sobre a remuneração prevista no artigo 74 desta Lei.

Subseção II Da Gratificação pelo Exercício de Função de Chefia

Art. 67 O servidor efetivo designado para exercer função de chefia terá direito à

percepção da gratificação correspondente fixada em lei. Subseção III

Da Gratificação de Insalubridade Art. 68 Ao servidor que exercer trabalhos considerados insalubres será paga gratificação

calculada sobre o valor do menor vencimento de cargo de provimento efetivo do quadro, considerados os seguintes graus de insalubridade e percentuais correspondentes:

§ 1° A gratificação terá por base o percentual estabelecido de acordo com os seguintes

graus de insalubridade: I - Grau I - máximo: 40% (quarenta por cento); II - Grau II - médio: 20% (vinte por cento); III - Grau III - mínimo: 10% (dez por cento). § 2° O pagamento da gratificação será devido a contar da data em que o servidor passar

a exercer atividades reconhecidamente insalubres, definidas através de laudo de perícia técnica coordenado por órgão oficial.

§ 3° No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o de

grau mais elevado, vedada a percepção cumulativa. § 4º Se as condições do local e os modos de operar se modificarem por proteção que

faça desaparecer as causas da insalubridade, a gratificação deixará de ser paga. Art. 69 São consideradas atividades e operações insalubres, enquanto não se verificar a

inteira eliminação das causas da insalubridade, aquelas que, por sua própria natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham, direta e permanentemente, o servidor a agentes físicos, químicos ou biológicos nocivos à saúde em razão da natureza e da intensidade dos mesmos agentes e do tempo de exposição aos seus efeitos, conforme determina a NR 15 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE ou outra norma que vier a sucedê-la .

§ 1º A caracterização, qualificativa ou quantitativa, da insalubridade e os meios de

proteção do servidor, considerado o tempo de exposição aos efeitos insalubres, serão estabelecidos por laudo de perícia técnica coordenado por órgão oficial.

§ 2º A eliminação ou redução da insalubridade pode ocorrer pela aplicação de medidas

de proteção coletiva e/ou individual.

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Art. 70 O servidor que exercer atividades e operações insalubres, será obrigado a submeter-se a exame médico ocupacional anual, para prevenção ou detecção precoce dos agravos à saúde do servidor, sendo da responsabilidade do titular da unidade administrativa a que pertencer o servidor, exigir a apresentação dos respectivos laudos técnicos.

Subseção IV

Da Gratificação de Periculosidade ou Risco de Vida Art. 71 Terá direito à percepção de gratificação correspondente a 30% (trinta por cento)

do vencimento do cargo o servidor efetivo que exercer atividades em condições de periculosidade ou risco de vida, assim consideradas as que obriguem o servidor a permanecer em áreas de riscos e em situação de exposição habitual e contínua a explosivos, inflamáveis, eletricidade e radiações ionizantes, bem como em situações contínuas que envolvam triagem, guarda, encaminhamento e, inclusive, orientação e atendimento de pessoas com desvio de conduta, conforme regulamento próprio.

Parágrafo único. O ingresso ou a permanência eventual em área de risco não gera direito

à gratificação de periculosidade . Art. 72 Cessado o exercício da atividade ou eliminado o risco, a gratificação de

periculosidade ou risco de vida deixará de ser paga. Parágrafo único. A caracterização das condições de periculosidade ou risco de vida ou

de sua eliminação far-se-á através de laudo de perícia técnica coordenado por órgão oficial. Art. 73 É vedada a percepção cumulativa das gratificações de periculosidade ou risco de

vida e de insalubridade. Subseção V

Da Gratificação por Prestação de Serviços Extraordinários Art. 74 A contraprestação remuneratória do serviço extraordinário dar-se-á por hora

trabalhada, em valor correspondente ao pago por hora relativa à jornada normal de trabalho do mês da ocorrência, acrescido de 50% (cinqüenta por cento), nos dias úteis, e de 100% (cem por cento), nos sábados, domingos e feriados.

Subseção VI Da Gratificação Natalina

Art. 75 O valor base da gratificação natalina, devida aos servidores ativos e inativos,

será equivalente à remuneração ou proventos a que fizer jus o servidor no mês de dezembro do exercício a que se referir.

§ 1° A gratificação será paga, até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro,

proporcionalmente ao número de meses de efetivo exercício, computando-se como mês a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias.

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§ 2º De acordo com as disponibilidades do erário municipal e por decisão do respectivo Chefe de Poder, poderá ser pago adiantamento da gratificação natalina, de valor correspondente à metade da remuneração ou provento mensal, a ser compensado quando do pagamento restante da gratificação, no mês de dezembro:

I - aos servidores, em geral; II - individualmente, no mês de férias do servidor que requerer o benefício. § 3º A servidora gestante ou o servidor com companheira gestante, ao comprovarem o

sétimo mês de gestação, terão direito à antecipação integral da gratificação natalina. Art. 76 O servidor exonerado fará jus à percepção de parcela da Gratificação Natalina,

de valor proporcional aos meses trabalhados no exercício, calculada sobre a remuneração do mês em que ocorrer a exoneração.

Subseção VII

Da Gratificação de Produtividade Art. 77 Fica instituída a Gratificação de Produtividade mensal, variável em razão do

esforço e da produção do servidor no exercício das suas atividades. § 1º A aferição da produção do servidor será regulada por Lei própria. § 2º A gratificação prevista no caput deste artigo será devida ao servidor durante as

férias e nas demais licenças remuneradas, considerando o valor médio recebido nos últimos 3 (três) meses.

Subseção VIII

Da Gratificação por Atividades e Titulações Especiais Art. 78 Será devida ao servidor gratificação por exercício de atividades especiais,

quando convocado por ato formal: I - individualmente ou em comissão, para elaborar trabalho relevante, técnico ou

científico, que não constitua atribuições rotineiras do cargo; II - para desempenho de atribuições de auxiliar, fiscal ou membro de comissão de

concurso público ou de processo disciplinar; III - por assumir responsabilidade técnica ou legal, junto a órgão representativo de

classe ou à instâncias judiciais, por atividade específica compatível a sua função; IV - por titulação em nível de pós-graduação. § 1º O valor das gratificações de que trata os incisos I, II e III deste artigo, será definido

em legislação específica, de acordo com o grau de complexidade de cada atribuição, sendo incorporado à remuneração do servidor à razão de 1/30 (um trinta avos) por ano, após transcorridos os primeiros 5 (cinco) anos de percepção da gratificação, considerado o valor médio recebido no ano imediatamente anterior.

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§ 2º O valor da gratificação de que trata o inciso IV deste artigo, será definido em legislação específica, de acordo com o grau de complexidade de cada atribuição, sendo incorporado á remuneração do servidor após transcorridos os primeiros 5 (cinco) anos de percepção da gratificação

Subseção IX

Da Gratificação de Transporte e Da Alimentação Art. 79 Ao servidor será concedida gratificação de transporte e gratificação de

alimentação correspondentes à necessidade de seu deslocamento para o local de trabalho ou para manter-se em função das atividades desenvolvidas ou da carga horária de trabalho semanal, na forma, limite e critérios estabelecidos em legislação específica.

Subseção X

Da Gratificação de Apoio ao Deficiente Art. 80 O servidor que possua filho, natural ou adotivo, ou cônjuge portador de

deficiência física ou mental incapacitadora da pessoa para o trabalho, receberá por dependente incapaz uma gratificação mensal definida pelo Chefe do Poder Executivo ou Legislativo Municipal, titular de Autarquias e de Fundações Municipais, conforme regulamento próprio.

§ 1º A deficiência física ou mental incapacitante do dependente deve ser comprovada

por laudo da Junta Médica Oficial, renovado a cada 2 (dois) anos. § 2º A concessão da gratificação cessará quando da reversão da deficiência ou em razão

de morte do dependente.

Subseção XI Da Gratificação por Ministração de Treinamento

Art. 81 O servidor designado para ministrar aula em curso de treinamento de iniciativa

da Administração Pública Municipal, além da consideração de mérito para efeito de promoção por merecimento, fará jus a gratificação de valor equivalente às horas de aula ministradas, nos termos de legislação específica.

Subseção XII

Da Gratificação de Incentivo Art. 82 Ao servidor que concluir grau de escolaridade superior ao exigido para o cargo

que ocupa, após três anos de seu ingresso no serviço público municipal, será concedido gratificação de 20% (vinte por cento) sobre o seu vencimento.

Parágrafo único. Para efeito de aplicação deste artigo, aos servidores municipais do magistério aplicar-se-á o disposto nos artigos 37 ao 39, da Lei nº 1.154, de 22 de dezembro de 2.009. (Acrescido pela Lei Complementar Nº 1.202 de 14 de abril de 2011)

CAPÍTULO III

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Das Férias Art. 83 O servidor terá direito a 30 (trinta) dias consecutivos de férias por ano, a serem

gozadas de acordo com a escala de férias organizadas pelo titular da unidade administrativa a que pertence.

§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias são exigidos 12 (doze) meses de efetivo

exercício. § 2º É vedada a compensação de dias de faltas ao serviço com diminuição dos dias de

férias. § 3º É vedado o pagamento de férias na forma de vantagem pecuniária, a título de

indenização. § 4º Durante as férias, o servidor tem direito ao pagamento integral da remuneração

percebida pelo exercício do cargo ou função, salvo dispositivo legal em contrário, observado o disposto no artigo 65 e seu parágrafo único quanto ao Adicional de Férias.

Art. 84 O servidor poderá acumular, no máximo, até 2 (dois) períodos de aquisitivos

férias, desde que por necessidade de serviço e autorizado por autoridade competente, ou quando ocupante de cargo em comissão ou função gratificada.

Art. 85 O servidor que gozou licença para tratar de interesses particulares ou licença

para acompanhar cônjuge, somente fará jus a férias após completar 1 (um) ano de efetivo exercício.

Art. 86 As férias não serão interrompidas, salvo em razão de calamidade pública,

comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por motivo superior de interesse público.

CAPÍTULO IV Das Licenças

Seção I

Das Disposições Gerais Art. 87 Será concedida licença ao servidor: I - para tratamento de saúde; II - por motivo de doença em pessoa da família; III - à gestante, à adotante, e de paternidade; IV - para concorrer a cargo eletivo; V - para o serviço militar obrigatório; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para acompanhar cônjuge servidor público; VIII - como licença-prêmio;

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IX - para desempenho de mandato classista; X - para participar de curso de pós-graduação. Parágrafo único. O servidor no exercício de cargo de provimento em comissão terá

direito somente às licenças previstas nos incisos I e III deste artigo.

Seção II Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 88 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de

ofício, com base em inspeção médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus, quando seu estado de saúde impossibilitar ou incapacitar para o exercício das atribuições do cargo.

Parágrafo único. O atestado médico ou o laudo emitido para comprovar o estado de saúde do servidor, conterá diagnóstico na forma do Código Internacional de Doenças (CID), não se referindo ao nome ou natureza da doença, exceto quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço ou doença profissional.

Art. 89 A concessão de licença por prazo superior a 3 (três) dias no mês dependerá

obrigatoriamente de inspeção realizada pela Junta Médica Oficial. § 1° Será submetido à apreciação da Junta Médica Oficial, para efeito de homologação,

o resultado de inspeção atestada por médico ou junta médica particular. § 2º Não homologado o atestado de médico ou junta médica particular, os dias de

ausência ao trabalho serão considerados faltas injustificadas. Art. 90 Durante o período da licença, caso se julgue em condições de reassumir o

exercício do cargo ou de ser aposentado, o servidor poderá requerer nova inspeção da Junta Médica Oficial.

Art. 91 Considerado apto em inspeção médica, o servidor reassume o exercício do

cargo, sob pena de serem computados como faltas injustificadas os dias de ausência.

Seção III Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 92 Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença de cônjuge ou

companheiro, dos pais, dos filhos, do padastro ou madastra ou enteado, ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por Junta Médica Oficial.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável

e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário na forma do artigo 42.

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§ 2° As faltas do servidor ao expediente, de até 3 (três) dias, decorrentes de impedimento causado por doença de pessoa referida no caput deste artigo, comprovada através de atestado médico, poderão ser abonadas pelo titular do órgão ou entidade.

§ 3º A licença será concedida: a) com remuneração integral até 6 (seis) meses; b) com 2/3 (dois terços) da remuneração até 1 (um) ano; c) com a metade da remuneração além de 1 (um) ano.

Seção IV Da Licença à Gestante, à Adotante e de Paternidade

Art. 93 Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias

consecutivos, sem prejuízo de remuneração. § 1º Mediante prescrição médica, a licença poderá ser antecipada para o decurso do

nono mês de gestação. § 2º No caso de aborto ou natimorto, a licença será de 30 (trinta) dias a contar do

evento, sendo transformada em licença para tratamento de saúde, a partir de então, caso a servidora não demonstre condições físicas ou psicológicas para o trabalho, a critério da Junta Médica Oficial.

§ 3° Os casos patológicos decorrentes do parto, verificados a qualquer época, serão

objeto de licença para tratamento de saúde, a critério da Junta Médica Oficial. Art. 94 Pelo nascimento do filho, o pai, servidor público municipal, terá direito à

licença paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos, cabendo providenciar o registro civil neste período.

Art. 95 À servidora lactante, mediante comprovação médica de estar amamentando, será

assegurado licença até que o filho complete 6 (seis) meses de idade. Art. 96 Aos servidores que adotarem crianças com idade até 6 (seis) anos incompletos,

são assegurados os direitos previstos nos incisos XVIII e XIX do artigo 7º da Constituição Federal, sendo de 120 (cento e vinte) dias o período concedido à mulher e de 5 (cinco) dias consecutivos concedido ao homem, mediante apresentação de documentos comprobatórios do procedimento de adoção.

Parágrafo único. Para fins deste artigo, admite-se como documento comprobatório o

termo de guarda para fins de adoção. Art. 97 A gestante, por prescrição da Junta Médica Oficial, poderá ser readaptada em

função compatível com seu estado de gravidez, a contar do 5º (quinto) mês de gestação até o parto.

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Seção V Da Licença para Concorrer a Cargo Eletivo

Art. 98 É assegurada licença ao servidor que concorrer a cargo eletivo durante o período

de, no máximo, 3 (três) meses que mediar a data de registro da candidatura na Justiça Eleitoral e o décimo dia seguinte ao pleito eleitoral, sem prejuízo de direitos.

Parágrafo único. O servidor candidato a cargo eletivo que exerça função de confiança

de direção, chefia ou assessoramento, ou cargo de arrecadação ou fiscalização, será afastado do exercício do cargo ou da função, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o término do período de licença de que trata o caput deste artigo, sem prejuízo de direitos.

Seção VI

Da Licença para o Serviço Militar Obrigatório Art. 99 Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença na forma e

condições previstas na legislação federal específica. Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias, sem

remuneração, para reassumir o exercício do cargo.

Seção VII Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 100 A critério da Administração Pública Municipal, poderá ser concedida licença

ao ocupante de cargo de provimento efetivo, que não esteja em estágio probatório, licença sem remuneração para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos prorrogável uma vez por igual período.

§ 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor, exceto

no período de férias escolares ou até 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do ano letivo, para o servidor com efetivo exercício na Rede Municipal de Ensino.

§ 2º O servidor deve aguardar em exercício a concessão da licença, sob pena de ter

descontados dos seus vencimentos os dias de afastamento não autorizados. § 3º Não será concedida nova licença para tratar de interesses particulares antes de

decorridos 2 (dois) anos do término ou interrupção da mesma espécie de licença anterior. § 4º A licença será precedida do gozo de férias proporcionais aos meses já trabalhados

no exercício, quando será pago o adicional de férias na mesma proporção. § 5º Para o profissional da educação, ao término ou interrupção da licença, haverá

designação de lotação para a unidade escolar onde houver vaga, até a realização de concurso de remoção.

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Seção VIII Da Licença para Acompanhar Cônjuge Servidor Público

Art. 101 Poderá ser concedida, ao servidor, licença sem remuneração para acompanhar

o cônjuge servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional, de empresa pública ou sociedade de economia mista ou controlada, de quaisquer esferas de Governo, quando o cônjuge for removido de ofício para outro ponto do Território Nacional ou para o estrangeiro.

§ 1º A licença será concedida mediante requerimento do servidor, instruído com prova

da remoção de ofício do cônjuge e vigorará pelo tempo que durar o afastamento deste, até o máximo de 4 (quatro) anos.

§ 2º A licença será precedida do gozo de férias proporcionais aos meses já trabalhados

no exercício, quando será pago o adicional de férias na mesma proporção.

Seção IX Da Licença-Prêmio

Art. 102 Após cada qüinqüênio de efetiva prestação de serviço à Administração Pública

Municipal, o servidor ocupante de cargo de provimento efetivo fará jus a 3 (três) meses de licença, a título de prêmio, com todos os direitos e vantagens do cargo.

Parágrafo único. Será considerado, para efeito de aquisição do direito à licença-prêmio,

o tempo que o servidor trabalhou para Administração Pública Municipal, em decorrência de contratação temporária de excepcional interesse público, de forma ininterrupta com a sua subseqüente investidura em cargo de provimento efetivo.

Art. 103 O período de gozo da licença-prêmio poderá ser parcelado a requerimento do

servidor, em partes nunca inferiores a 1 (um) mês. Art. 104 Extinguir-se-á a contagem do tempo de serviço anterior para fins de concessão

de licença-prêmio do servidor, quando: I - suspenso do serviço por motivo disciplinar, transitada a decisão em julgado; II - condenado a pena privativa de liberdade, por sentença transitada em julgado; III - houver durante o período aquisitivo do direito à licença; a) faltado ao serviço sem motivo justificável, por mais de 10 (dez) dias consecutivos ou

intercalados; b) apresentado mais de 45 (quarenta e cinco) faltas justificadas ao serviço, não

decorrentes de licença. IV - prestar serviço militar obrigatório. Parágrafo único. Interrompida a contagem do tempo de serviço para fins de licença

prêmio, terá início nova contagem a partir da data do término do afastamento do servidor, na hipótese dos incisos I, II e IV, e no dia seguinte ao da última falta, no caso do inciso III, todos deste artigo.

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Art. 105 Extinguir-se-á a contagem anteriormente considerada do tempo de serviço para

efeito de concessão de licença-prêmio, no caso de licença: I - para tratamento de saúde por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias,

consecutivos ou não; II - para tratamento de saúde de pessoa da família, por mais de 180 (cento e oitenta)

dias, consecutivos ou não; III - para acompanhar cônjuge servidor público; IV - para tratar de interesses particulares. Parágrafo único. Enquanto perdurar o afastamento do servidor, ficará suspenso o início

de nova contagem de tempo de serviço para fins de licença-prêmio. Art. 106 Na hipótese de número considerável de servidores requererem gozo de licença

prêmio para um mesmo período, em caso de falta de consenso e observada a conveniência administrativa, o Procurador Geral, os Secretários ou Diretores Municipais e os titulares de Autarquias e Fundações Municipais, organizarão a escala de concessão da licença.

Art. 107 Os períodos de licença-prêmio já adquiridos e não gozados pelo servidor que

vier a falecer, serão convertidos em pecúnia a favor do cônjuge e, na falta deste, dos herdeiros.

Art. 108 Para gozar licença-prêmio com direito a vencimento integral da jornada

ampliada, o servidor deverá estar atuando na data de início da licença, com esta carga horária, durante, pelo menos, 5 (cinco) anos.

Seção X

Da Licença para Desempenho de Mandato Classista Art. 109 É assegurado ao servidor estável o direito à licença para desempenho de cargo

de dirigente em confederação, federação, associação de classe de âmbito municipal, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão, durante o período do mandato, com os direitos do cargo, conforme segue:

I - a 8 (oito) servidores, em gozo da licença para desempenho de mandato classista, por

entidade representativa de classe ou fiscalizadora da profissão referida no caput deste artigo, é assegurado o direito á remuneração do cargo;

II - outros servidores em gozo da licença para desempenho de mandato classista, além dos servidores referido no inciso I deste artigo, não terão direito ao pagamento da remuneração do cargo.

Parágrafo único. Será desligado do cargo em comissão ou função gratificada o servidor

que requerer a licença de que trata este artigo.

Seção XI Da Licença para Participação de Curso de Pós-Graduação

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Art. 110 Ao servidor estável poderá ser concedida, a critério do Chefe de Poder respectivo, observada a conveniência administrativa, licença remunerada para freqüentar curso de pós-graduação a nível de mestrado ou doutorado, nas áreas afins ao cargo exercido pelo servidor.

§ 1º Observados os parâmetros fixados no caput deste artigo, ao servidor matriculado

em curso de pós-graduação a nível de especialização, poderá ser concedida redução da jornada normal de trabalho, sem prejuízo da remuneração, pelo tempo necessário ao seu afastamento para assumir as aulas dia letivo.

§ 2º O servidor beneficiário da licença assinará termo em que assumirá a obrigação de

ressarcir a Administração Pública Municipal, do valor percebido a título de remuneração durante o afastamento do serviço para freqüentar o curso de pós-graduação, na hipótese de, por quaisquer razões, encerrada a licença, requerer exoneração ou for demitido do cargo antes de transcorrido período equivalente ao da duração do curso.

§ 3° O ressarcimento ao erário, de que trata o parágrafo anterior dar-se-á no prazo de 60

(sessenta) dias, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa. § 4º A licença terá a duração do período estipulado pela instituição de ensino promotora

do curso, incluído o prazo para elaboração de monografia, dissertação ou tese, observada a disposição da Administração Pública Municipal.

§ 5° Constitui motivo de demissão do cargo o fato de o servidor em licença para

participar de curso de pós-graduação: I - exercer outra atividade remunerada, durante o período de licença; II - deixar de freqüentar o curso, sem interromper a licença; III - apresentar desempenho desabonador na realização do curso, objeto da licença. § 6º O Chefe de Poder respectivo, regulamentará a concessão da licença para

participação de curso de pós-graduação.

CAPÍTULO V Dos Afastamentos

Seção I

Do Afastamento para Servir em outro Órgão Art. 111 O servidor estável poderá ser cedido para ter exercício em órgão ou entidade

dos Poderes da União ou do Estado de São Paulo, desde que haja a sua concordância e, salvo casos especiais previstos em lei, para fins de provimento de cargo em comissão de direção ou chefia.

Art. 111 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em órgão ou entidade dos Poderes

da União ou do Estado de São Paulo, bem como em Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Consórcios Públicos, desde que haja a sua concordância e, salvo

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casos especiais previstos em lei, para fins de provimento de cargo em comissão de direção ou chefia. (Redação dada pela Lei Complementar Nº 1.202 de 14 de abril de 2011)

Parágrafo único. A cessão far-se-á mediante ato do Chefe do Poder Executivo ou

Legislativo Municipal e dos titulares de Autarquias e Fundações Municipais, publicado em órgão oficial de divulgação, com o devido registro nos assentamentos funcionais do servidor.

Seção II

Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo Art. 112 Ao servidor público da Administração Direta, Autárquica ou Fundacional, no

exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I - em se tratando de mandato federal ou estadual, ficará afastado do cargo, sem

remuneração; II - no mandato de Vereador, de Prefeito Municipal ou de Vice-Prefeito, do Município

de Lindóia, será afastado do cargo, podendo optar entre a remuneração do cargo efetivo e a do cargo eletivo;

III - no mandato de Vereador de outro Município: a) no caso de compatibilidade de horário, exercerá o cargo efetivo sem prejuízo de

quaisquer dos direitos inerentes; b) havendo incompatibilidade de horário, será afastado do cargo, podendo optar entre a

remuneração do cargo efetivo e a do cargo eletivo.

CAPÍTULO VI Do Direito de Petição

Art. 113 É assegurado ao servidor o direito de requerer à Administração Pública

Municipal o direito, ou em defesa de direito, ou de interesse legítimo. Art. 114 O requerimento formulado pelo servidor ou por seu procurador constituído será

dirigido à autoridade imediata competente para instruí-lo e/ou decidi-lo. Art. 115 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou

proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. Art. 116 O requerimento e o pedido devem ser despachados no prazo de até 5 (cinco)

dias úteis e decididos dentro de até 45 (quarenta e cinco) dias, salvo em caso que comprovadamente obrigue a realização de diligência, quando poderá ser prorrogado em prazo equivalente ao de duração da diligência.

Art. 117 Caberá recurso contra: I - indeferimento do pedido de reconsideração; II - decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

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Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades competentes.

Art. 118 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de até

30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os

efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. Art. 119 Ao recurso interposto pelo servidor ou seu procurador, poderá ser dado efeito

suspensivo, a juízo da autoridade competente. Art. 120 O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou

disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 121 O requerimento, o pedido de reconsideração e recurso, quando cabíveis,

interrompem a prescrição. Art. 122 Para o exercício do direito de petição, será assegurada vista do processo ou

documento ao servidor ou ao procurador por ele constituído, na forma da lei, na unidade administrativa responsável pela guarda do ato ou fora dela, no prazo mínimo de 5 (cinco) dias, ouvida a Procuradoria Jurídica do Município.

Art. 123 A autoridade que cometeu o ato ilegal, quando do reconhecimento do vício a

qualquer tempo, deverá rever o ato e providenciar as medidas necessárias à sua anulação. Art. 124 Os prazos estabelecidos neste Capítulo são definitivos e improrrogáveis, salvo

por motivo de força maior amplamente reconhecido.

CAPÍTULO VII Do Direito a Assistência Social

Art. 125 O Município manterá ou adotará, mediante vinculação ao Regime Geral de

Previdência Social ou convênio com entidades especializadas, Plano de Seguridade Social para o servidor submetido ao regime jurídico de que trata esta Lei e para sua família.

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Art. 126 O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:

I - garantir meios de subsistência no caso de doença, invalidez, velhice, acidente em

serviço, inatividade, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; e III - assistência à saúde. Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em

leis ou regulamentos próprios da Previdência Social ou da entidade a que estiver conveniada o Município.

Art. 127 Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem: I - quanto ao servidor: a) aposentadoria; b) auxílio-natalidade; c) abono familiar; d) licença para tratamento de saúde; e) licença à gestante, à adotante e paternidade; f) licença por acidente em serviço; g) assistência à saúde. II - quanto ao dependente: a) pensão vitalícia e temporária; b) pecúlio; c) auxílio funeral; d) auxílio-reclusão. Parágrafo único. O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má

fé, nos termos desta lei, implicará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 128 O auxílio-natalidade é devido à servidora, por motivo de nascimento de filho,

em quantia equivalente a um vencimento mínimo pago, inclusive no caso de natimorto. § 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta) por cento. § 2º Não sendo a parturiente servidora, o auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro,

servidor público. Art. 129 O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou do

aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

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§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.

§ 2º O auxílio será devido também ao servidor por morte do cônjuge, companheiro ou

de filho menor inválido. § 3º O auxílio será pago no prazo de 48 h (quarenta e oito horas), por meio de

procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral. Art. 130 Se o funeral for custeado por terceiro, será este indenizado, observado o

disposto no parágrafo anterior. Art. 131 Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, as

despesas de transporte do corpo correrão à conta dos recursos do Município, autarquia ou função pública.

Art. 132 A família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores: I - dois terços de remuneração, quando afastado por motivo de prisão preventiva,

pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional, ou condenação por crime inafiançável, em processo no qual não haja pronúncia.

§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização

da remuneração, desde que absolvido. § 2º O pagamento do auxílio reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o

servidor for posto em liberdade, ainda que condicional. Art. 133 Para todos os efeitos previstos nesta Lei e em Leis do Município, os exames de

sanidade física e mental serão obrigatoriamente realizados por médico da Prefeitura ou, na sua falta, por médico credenciado pelo Município.

§ 1º Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade, a autoridade municipal

poderá designar junta médica para proceder ao exame, dela fazendo parte, obrigatoriamente, o médico do Município ou o médico credenciado pela autoridade municipal.

§ 2º Os atestados médicos concedidos aos servidores municipais, quando em tratamento

fora do Município, terão sua validade condicionada à ratificação posterior pelo médico do Município.

CAPÍTULO VIII

Do Tempo de Serviço Art. 134 Considera-se tempo de serviço público, para todos os efeitos legais, o tempo de

efetivo exercício em cargo público de quadro da administração direta, autárquica ou fundacional do Município de Lindóia e, ainda, na forma desta Lei Complementar, os períodos de:

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I - férias; II - licenças remuneradas ou para exercer mandato classista; III - faltas justificadas; IV - afastamentos autorizados, na forma da lei; V - afastamentos decorrentes de prisão ou suspensão preventiva, cujos delitos e

conseqüências não sejam afinal confirmados; VI - serviço prestado no exercício de cargo público da Administração Direta,

Autárquica e Fundacional da União, de Estado, do Distrito Federal e de Municípios. Art. 135 Para os fins de disponibilidade será computado ainda: I - o tempo de serviço público federal, estadual e municipal, prestado aos demais entes

da Federação; II - o período de serviço ativo nas Forças Armadas prestado durante a paz, computado

pelo dobro o tempo em operação de guerra; III - o tempo de serviço prestado em empresa pública, sociedade de economia mista ou

fundação instituída pelo Poder Público. IV - o período de trabalho prestado a instituição de caráter privado, que for

transformada em estabelecimento de serviço público; V - o tempo em que o funcionário esteve em disponibilidade ou aposentado.

Parágrafo único. O tempo de serviço a que alude este artigo será computado à vista de

certidões expedidas pelo órgão competente. Art. 136 O tempo de serviço público municipal será apurado em dias e estes convertidos

em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, procedendo a sua computação à vista dos elementos comprobatórios de freqüência, observado o disposto no artigo anterior.

Parágrafo único. É vedada a contagem de tempo de serviço prestado concorrente ou

simultaneamente em cargos ou empregos públicos, exercidos de forma acumulada, ou em atividade privada.

Art. 137 A comprovação do tempo de serviço público, para fins de averbação nos

assentamentos funcionais do servidor, será procedida mediante certidão que obedeça os seguintes requisitos:

I - expedição por órgão ou entidade competente e assinatura da autoridade responsável

pela expedição do ato; II - declaração de que os elementos da certidão foram extraídos da documentação

existente no respectivo órgão ou entidade, anexando-se cópia dos atos de admissão e de desinvestidura do cargo;

III - discriminação do cargo, emprego ou função exercidos e a natureza do seu provimento;

IV - indicação das datas de início, interrupção e término do efetivo exercício;

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V - conversão dos dias de efetivo exercício em ano, na base de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano.

Parágrafo único. Será admitida a justificação judicial como prova de tempo da prestação

de serviço público, na forma de regulamento próprio, tão somente em caráter subsidiário ou complementar, com razoável prova material pertinente ao período abrangido, vedada a prova testemunhal, e desde que evidenciada a impossibilidade de atendimento dos requisitos deste artigo.

CAPÍTULO IX

Da Aposentadoria Art. 138 O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo será aposentado na forma

e nas condições na Constituição Federal e legislação infraconstitucional. Parágrafo único. São consideradas doenças graves, contagiosas ou incuráveis para os

efeitos do inciso I, do § 1º, do artigo 40 da Constituição Federal as que a lei indicar. Art. 139 O servidor público será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de

contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco

anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com

proventos proporcionais ao tempo de contribuição. § 1º Lei Municipal disporá sobre a aposentadoria em cargo ou emprego temporário. § 2º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis a que se refere o inciso I

deste artigo as que a lei federal indicar, com base na medicina especializada. § 3º Para efeito de aposentadoria ou transferência à inatividade, prevalecerão para o

servidor público municipal as normas relativas à contagem de tempo de serviço em vigor na data de sua admissão ou durante a sua atividade no serviço público, desde que mais benéficas.

§ 4º Fica assegurado ao servidor público municipal que tiver tempo de serviço prestado,

o direito de computar esse tempo, para efeito de aposentadoria, ou transferência para a inatividade, proporcionalmente ao número de anos de serviço a que estava sujeito no regime anterior.

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§ 5º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado

integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade. § 6º Para efeito de aposentadoria é assegurada a contagem recíproca do tempo de

serviço nas atividades pública e privada, rural ou urbana, nos termos do § 2º do artigo 202 da Constituição da República.

§ 7º O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos que

causaram sua aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo para o de promoção, à contagem do tempo relativo ao período de afastamento.

§ 8º O recebimento indevido de benefício, havido por fraude, dolo ou má fé, implicará

devolução ao erário do total auferido, devidamente atualizado, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 140 A aposentadoria compulsória será automática, independentemente de ato, com

vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 141 A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da

publicação do respectivo ato. Art. 142 É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do

requerimento de aposentadoria e sua não-concessão importará na reposição do período de afastamento.

Art. 143 As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pela Previdência

Social ou pelos órgãos ou entidades aos quais se encontrem vinculados os servidores.

TÍTULO VII Do Regime Disciplinar

CAPÍTULO I Dos Deveres

Art. 144 São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - ser assíduo e pontual ao serviço; IV - procurar permanentemente a melhoria e o desenvolvimento da qualidade dos

serviços prestados; V - cumprir e fazer cumprir as normas legais e regulamentares; VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII - atender com presteza:

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a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) aos pedidos de informações da Câmara Municipal; d) a pedidos de documentos e esclarecimentos solicitados, em diligências, por

sindicantes ou comissão de inquérito; e) a requisições para defesa da Fazenda Pública. VIII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder; IX - buscar capacitar-se profissionalmente, inclusive aproveitando os cursos

promovidos pela Administração Pública Municipal; X - não revelar assuntos sigilosos que venha a conhecer em razão do cargo ocupado,

salvo se em decorrência do cumprimento do dever legal; XI - levar ao conhecimento da autoridade competente as irregularidades de que tiver se

cientificado em razão do exercício do cargo; XII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; XIII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; XIV - apresentar-se ao serviço convenientemente trajado ou, quando for o caso,

uniformizado; XV - tratar com urbanidade as pessoas; XVI - encaminhar à área de recursos humanos documentos exigidos em lei ou

regulamento, bem como informação de alteração dos registros cadastrais próprios. Parágrafo único. A representação de que tratam os incisos VIII e XI deste artigo será

encaminhada pela via hierárquica e instruída e/ou apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Art. 145 Será considerado conivente o superior hierárquico que, recebendo denúncia de

falta grave cometida por servidor, deixar de tomar as providências cabíveis para a devida apuração das faltas.

CAPÍTULO II Das Proibições

Art. 146 Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização da chefia

imediata; II - recusar fé a documentos públicos; III - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução

de serviço; IV - coagir ou aliciar subordinado com o intuito de que se filie a associação profissional

ou sindical, ou a partido político; V - manter, sob sua chefia imediata, em cargo comissionado ou função gratificada,

cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau;

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VI - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, a agentes públicos políticos ou administrativos, a instituições públicas e a atos da Administração Pública Municipal, podendo, em trabalhos assinados, tecer análise crítica de cunho técnico-doutrinário, com vistas ao desenvolvimento institucional e à organização do serviço, mantido o respeito às pessoas;

VII - proceder de forma desidiosa ou com falta de decoro, no ambiente de trabalho; VIII - retirar, modificar ou substituir sem prévia anuência da autoridade competente,

qualquer documento ou objeto pertencente e/ou existente na Unidade administrativa ; IX - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em

situações transitórias e de emergência; X - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro; XI - cometer a pessoa estranha à Unidade administrativa, fora dos casos previstos em

lei, o desempenho de atribuição que seja de sua própria responsabilidade ou de seu subordinado;

XII - exercer atividades que sejam incompatíveis com o exercício de cargo ou função e com o horário de expediente;

XIII - fazer contratos, tácitos ou expressos, de natureza comercial ou industrial, com a Administração Pública Municipal;

XIV - exercer cargo de direção, manter relações empregatícias ou integrar conselho, em empresa ou instituição contratada pela Administração Pública Municipal;

XV - exercer comércio em circunstância que lhe propicie beneficiar-se do fato de ser também servidor público;

XVI - revelar fato ou informação que conheça em razão do cargo ou função exercido e de que deveria guardar sigilo;

XVII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou para outrem, em detrimento da dignidade no exercício da função pública;

XVIII - atuar, como procurador ou intermediário, junto à Administração Pública Municipal, salvo quando se tratar do pleito de benefícios previdenciários ou assistenciais de dependentes e de cônjuge ou companheiro;

XIX - receber ou propor que lhe seja dada propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XX - praticar usura sob quaisquer de suas formas; XXI - utilizar pessoal, serviços contratados ou recursos materiais da Administração

Pública Municipal em proveito particular próprio ou alheio.

CAPÍTULO III Da Acumulação Ilícita

Art. 147 Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou

funções públicas, a autoridade que tiver ciência da irregularidade notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data da notificação e, na hipótese de omissão do servidor, adotará procedimento sumário para a apuração do ilícito e regularização imediata da situação, através de processo administrativo disciplinar que se desenvolverá com observância das seguintes fases:

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I - instauração do processo administrativo disciplinar, com a publicação no órgão oficial de divulgação do ato de constituição da comissão integrada por 2 (dois) servidores estáveis e, simultaneamente, a indicação da autoria e da materialidade da transgressão objeto da apuração;

II - instrução sumária, compreendendo indiciação, defesa e relatório; III - julgamento. § 1° A indicação da autoria, de que trata o inciso I, dar-se-á pelo nome e matrícula do

servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.

§ 2° A comissão lavrará, até 3 (três) dias após a publicação do ato que a constituiu,

termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na unidade administrativa, observado o disposto nos artigos 188 e 189 desta Lei.

§ 3° Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência

ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará quanto à legalidade da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade que o instaurou, para julgamento.

§ 4° No prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade

julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, a demissão ou a cassação da aposentadoria ou disponibilidade.

§ 5° A opção por um dos cargos, pelo servidor, até o último dia de prazo para defesa,

configurará sua boa fé, hipótese em que o ato de opção se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

§ 6° Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de

demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, sendo comunicados do fato os órgãos ou entidades a que se vinculara o servidor.

§ 7° O prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito

sumário não excederá a 30 (trinta) dias, contados da data de publicação do ato de constituição da comissão, admitida a prorrogação por até 15 (quinze) dias, por decisão de autoridade competente.

§ 8° O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, aplicando-se-lhe

supletivamente as disposições desta Lei Complementar, relativas ao regime e ao processo administrativo disciplinares.

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CAPÍTULO IV Do Abandono de Cargo e da Inassiduidade

Art. 148 Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, será adotado

igual procedimento sumário, como o previsto no artigo 147 desta Lei, observando-se especialmente:

I - a indicação da materialidade, que dar-se-á: a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência

intencional do servidor ao serviço, superior a 30 (trinta) dias; b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta injustificada ao

serviço, por período igual ou superior a 60 (sessenta) dias intercalados, durante o período de 12 (doze) meses.

II - após a apresentação da defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à

inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal aplicável, opinará, no caso de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço por prazo superior a 30 (trinta) dias e remeterá o processo à autoridade que o instaurou, para julgamento.

CAPÍTULO V

Das Responsabilidades Art. 149 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular

de suas atribuições. Art. 150 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

culposo, que resulte em prejuízo à Administração Pública Municipal ou a terceiros. § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado à Administração Pública

Municipal será liquidada da forma prevista nos artigos 56 e 57 desta Lei, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a

Administração Pública Municipal, em ação regressiva. § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será

executada, até o limite do valor da herança recebida. Art. 151 A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo

praticado no desempenho do cargo ou função. Art. 152 A responsabilidade penal abrange as contravenções e os crimes imputados ao

servidor, nessa qualidade.

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Art. 153 As sanções civis, penais e administrativas podem cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 154 A responsabilidade administrativa do servidor é afastada no caso de absolvição

criminal que negue a existência do fato ou da sua autoria.

CAPÍTULO VI Das Penalidades

Art. 155 São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão. Art. 156 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da

infração cometida, os danos que dela provierem para a Administração Pública Municipal, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento

legal e a causa da sanção disciplinar. Art. 157 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de incorrer o servidor em

conduta configurada como proibida nos termos dos incisos I a IX do artigo 146 desta Lei e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 158 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas

anteriormente com advertência e na violação das seguintes infrações disciplinares: a) ofensa moral contra pessoa no recinto da administração; b) indisciplina; c) impontualidade; d) recebendo denúncia de irregularidade, deixar de tomar providências cabíveis para

devida apuração das faltas; e) não concluir, salvo motivo comprovado, sindicância ou processo administrativo

disciplinar no prazo legal. § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias, o servidor, que

injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser

convertida em multa, na base de até 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

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Art. 159 As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,

após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. Art. 160 A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a Administração Pública Municipal; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual ou intermitente; IV - improbidade administrativa; V - insubordinação grave em serviço; VI - ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa,

própria ou de outrem; VII - aplicação irregular dolosa de dinheiro público; VIII - lesão aos cofres públicos; IX - dilapidação do patrimônio municipal; X - corrupção; XI - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XII - transgressão do disposto nos incisos X a XXI do artigo 146 desta Lei; XIII - condenação penal transitada em julgado. Art. 161 Será cassada a aposentadoria concedida, na forma da legislação do Município

de Lindóia, ou a disponibilidade do servidor que: I - praticar, quando na atividade, falta punível com demissão; II - usar meios fraudulentos para obter a concessão de aposentadoria. Art. 162 Será destituído do cargo de provimento em comissão, e conseqüentemente

demitido, o servidor investido em cargo efetivo que cometer infração sujeita às penalidade de suspensão e de demissão, nos termos desta Lei Complementar.

Parágrafo único. A demissão do cargo em comissão, nos termos dos incisos IV, e VII a

XI do artigo 160 desta Lei, sujeitará o servidor, conforme o caso, à indisponibilidade dos respectivos bens e ao ressarcimento à Administração Pública Municipal, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 163 A demissão ocorrida por infrigência ao disposto nos incisos I, VII, e VIII a X

do artigo 160 desta Lei, constituirá motivo impeditivo do servidor demitido de participar de concurso público ou exercer cargo, emprego ou função na Administração Pública Municipal, pelo prazo de 10 (dez) anos, e, nos demais casos, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar do respectivo desligamento.

Art. 164 O ato de imposição da penalidade aplicada ao servidor, mencionará sempre o

fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

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Art. 165 As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo Chefe do Poder Legislativo Municipal, quando o ilícito tenha se configurado no

seu âmbito; II - pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, conjuntamente com o Secretário ou

Diretor Municipal da Administração, quando a infração cometida requerer pena de demissão ou suspensão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

III - pelos Secretários ou Diretores Municipais, pelo Procurador Geral e pelo titular de Autarquias ou de Fundações Municipais em cujo âmbito tenha se configurado o ilícito, quando a infração disciplinar cometida, requerer a pena de advertência, com cópia autenticada do processo administrativo disciplinar sendo remetido à Secretaria ou Diretoria Municipal da Administração, após sua conclusão.

Art. 166 A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de

aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares

capituladas também como crime. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a

prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em

que cessar a interrupção.

CAPÍTULO VII Do Processo Administrativo Disciplinar

Seção I

Das Disposições Gerais Art. 167 A autoridade competente que tiver ciência de irregularidade cometida em área

de atividade sob a sua supervisão, sob pena de responsabilidade pessoal, é obrigada a promover a apuração imediata do ilícito, mediante instauração de sindicância ou de processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado o contraditório e ampla defesa.

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Art. 168 A denúncia apresentada sobre irregularidade praticada por servidor será objeto de apuração, através da instauração de processo administrativo disciplinar, desde que se revista das seguintes formalidades, condição para seu conhecimento:

I - referir-se a órgão ou entidade componente da Administração Pública Municipal; II - ser redigida em linguagem clara e objetiva; III - estar acompanhada de indício de prova convincente; IV - conter o nome legível e a assinatura do denunciante, sua qualificação e endereço. § 1° O denunciante será informado dos termos da conclusão da apuração da denúncia. § 2° Quando a apuração do fato denunciado não confirmar existência de infração

disciplinar ou ilícito civil ou penal, o processo será arquivado.

Seção II Da Sindicância

Art. 169 As irregularidades serão apuradas através de sindicância, quando: I - a ciência ou notícia do fato não for suficiente para reconhecer sua configuração ou

para apontar o servidor faltoso; II - sendo identificado o provável agente causador do ilícito, a falta não for confessada,

documentalmente provada ou manifestamente evidente. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não excederá a 30 (trinta) dias,

podendo se prorrogado por igual período a critério da autoridade competente. Art. 170 Da sindicância pode resultar: I - instauração de processo disciplinar; II - arquivamento do processo. Art. 171 O ato ilícito praticado pelo servidor que ensejar a imposição de penalidade de

advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade ou de destituição de cargo em comissão, deverá ser apurado através de processo administrativo disciplinar.

§ 1° Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa

da instrução. § 2° Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração é capitulada como

ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Seção III

Do Processo Disciplinar

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Art. 172 Processo disciplinar é o instrumento jurídico-administrativo destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Art. 173 São autoridades competentes para determinar a instauração do processo

disciplinar, além de Chefe de Poder Executivo Municipal, o Chefe do Poder Legislativo - no âmbito da Câmara Municipal; o Secretário ou Diretor Municipal a que o servidor estiver diretamente subordinado, o Procurador Geral e o titular de Autarquias ou de Fundações Municipais.

Art. 174 O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três)

servidores estáveis designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o presidente da comissão, cujo nível de escolaridade será igual ou superior ao do servidor que responderá a processo.

§ 1º O presidente, autorizado pelo titular do órgão ou entidade, designará 1 (um)

servidor estável para secretariar os trabalhos da comissão, caso não escolha membro da própria comissão para cumprir o encargo.

§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou de processo disciplinar,

cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até terceiro grau, o autor da denúncia ou representação ou quem tenha realizado a sindicância.

§ 3° A comissão promoverá as investigações e diligências necessárias, exercendo suas

atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo imprescindível à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da Administração Pública Municipal.

§ 4° Não poderão ser sonegados à comissão documentos ou informações necessárias ao pleno esclarecimento dos fatos, sob pena de responsabilidade pessoal.

§ 5° As reuniões e as audiências da comissão terão caráter reservado, em local

apropriado, delas só podendo participar quem for convidado, por decisão de seus membros. § 6° A comissão que dolosamente se manifestar de forma contrária às provas dos autos,

responderá pelos atos. Art. 175 O desenvolvimento do processo disciplinar obedecerá as seguintes fases

seqüenciais: I - instauração, com a publicação do ato de constituição da comissão; II - inquérito administrativo, constituído de instrução, defesa e relatório; III - julgamento. Art. 176 O prazo para a conclusão do processo disciplinar será de 60 (sessenta) dias,

contados da data de publicação do ato de constituição da comissão, admitida prorrogação por igual período quando as circunstâncias o exigirem, a critério da autoridade competente.

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Parágrafo único. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, podendo seus membros ficar dispensados do registro de freqüência, até a data de entrega do relatório final das atividades.

Seção IV

Do Afastamento Preventivo

Art. 177 A título de cautela, para que o servidor investigado não tente influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar que o mesmo seja afastado do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias.

§ 1° O afastamento poderá ser prorrogado somente uma única vez por igual prazo, ainda

que não concluído o processo, salvo no caso de alcance ou malversação de dinheiro público, quando poderá ser prorrogado até a decisão final do processo.

§ 2° O servidor terá direito à remuneração integral e à contagem de tempo de serviço

para todos os efeitos legais, enquanto durar o afastamento preventivo.

Seção V Do inquérito

Art. 178 O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada

ao servidor acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 179 Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos,

acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 180 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou

por intermédio de Procurador legalmente constituído, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes,

meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato

independer de conhecimento especial de perito. Art. 181 A testemunha será intimada a depor mediante mandado expedido pelo

presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos do processo.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor da Administração Pública Municipal, a

expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da unidade administrativa

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onde o servidor está em exercício, com a indicação do dia, hora e local marcados para a inquirição.

Art. 182 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito a

testemunha fornecê-lo por escrito. Parágrafo único. Encerrado o depoimento, será lido o termo e, se aprovado, será

assinado pelos membros da comissão e pela testemunha depoente. Art. 183 No caso de mais de uma testemunha, as mesmas serão inquiridas

separadamente. Parágrafo único. Na hipótese de testemunhas diferentes prestarem depoimentos

contraditórios ou que se infirme, proceder-se-á acareação entre os depoentes, por solicitação do acusado ou por determinação da comissão.

Art. 184 Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o

interrogatório do servidor acusado, adotando os mesmos procedimentos utilizados quando da inquirição das testemunhas.

§ 1º No caso de haver mais de 1 (um) servidor acusado, cada qual será ouvido

separadamente, promovendo-se acareação entre aqueles que divergirem em suas declarações sobre os mesmos fatos ou circunstâncias.

§ 2º O Procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como a inquirição

de testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquirir os depoentes por intermédio do presidente da comissão.

Art. 185 Quando houver dúvidas sobre a sanidade mental do servidor acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por Junta Médica Oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apensado ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 186 Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com

a discriminação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas, bem como os dispositivos desta Lei Complementar infringidos.

§ 1º O servidor indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da

comissão para apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, sendo-lhe assegurada vista do processo na unidade administrativa, ou ao respectivo Procurador, que poderá levar os autos em carga.

§ 2º Havendo mais de um servidor indiciado, com procuradores diferentes, estes terão

visto do processo apenas na unidade administrativa. § 3º Havendo 2 (dois) ou mais servidores indiciados, o prazo para apresentação de

defesa ser-lhes-á comum e de 20 (vinte) dias.

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§ 4º O prazo de defesa poderá, a pedido, ter sua duração prorrogada pelo dobro do

tempo assegurado na forma dos parágrafos 1° e 2° deste artigo, desde que comprovado para a realização de diligências reputadas indispensáveis.

§ 5º No caso de recusa do servidor indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o

prazo para defesa será contado da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, confirmado com a assinatura de duas testemunhas.

Art. 187 O servidor indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à

comissão o lugar em que poderá ser localizado. Art. 188 O indiciado que se encontrar em lugar incerto e não sabido será citado por

edital publicado no órgão oficial de divulgação e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa, imputando-se-lhe os custos decorrentes da publicação.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias,

contados do dia imediato ao da última publicação do edital. Art. 189 Considerar-se-á revel o servidor indiciado que, regularmente citado, não

apresentar defesa no prazo legal. § 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para

a defesa. § 2º Para defender o servidor indiciado revel, a autoridade instauradora do processo

designará 1 (um) servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível ao do servidor indiciado, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao mesmo.

Art. 190 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à

inocência ou a responsabilidade do servidor indiciado, resumindo os termos das peças principais dos autos e identificando as provas em que se baseou para formar sua convicção.

Parágrafo único. Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará as

disposições legais ou regulamentares transgredidas, bem como possíveis circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 191 O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade

que determinou a sua instauração, para julgamento.

Seção VI Do Julgamento

Art. 192 No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo disciplinar, a

autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

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§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder à alçada da autoridade instauradora do

processo, serão os autos encaminhados à autoridade competente para tal, que terá igual prazo para decidir.

§ 2º Havendo mais de 1 (um) servidor indiciado e diversidade de sanções, o julgamento

caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave. § 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou a cassação de aposentadoria ou de

disponibilidade, o julgamento do processo caberá ao Chefe do Poder Executivo ou Legislativo Municipal ou ao titular de Autarquias ou de Fundações Municipais a que pertencer o servidor, conforme o caso.

§ 4º O julgamento realizado fora do prazo legal não prejudicará a validade do processo

disciplinar. Art. 193 O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando a manifestação da

comissão revelar-se contrária à prova dos autos. § 1° Sendo concluído pela inocência do servidor, a autoridade julgadora do processo

disciplinar determinará o seu arquivamento. § 2° No caso do relatório da comissão contrariar a prova dos autos, a autoridade

julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor da responsabilidade.

Art. 194 Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a

instauração do processo disciplinar ou outra de hierarquia superior declarará a nulidade total ou parcial do mesmo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo disciplinar.

Parágrafo único. A autoridade julgadora que der causa à prescrição da ação disciplinar

será responsabilizada, nos termos desta Lei Complementar. Art. 195 Quando a infração puder ser capitulada como crime, cópia do processo

disciplinar, autenticada por autoridade administrativa, será remetida ao Ministério Público para instauração de ação penal cabível.

Art. 196 O servidor que responder a processo disciplinar só poderá requerer exoneração

ou a aposentadoria voluntária após concluído o processo e, se for o caso, cumprida a penalidade.

Parágrafo único. Na hipótese do servidor ter sido exonerado a pedido e vir a ser

responsabilizado em processo disciplinar, o ato de exoneração será convertido em demissão.

Seção VII Da Revisão do Processo

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Art. 197 O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido do

servidor interessado ou de ofício, caso surjam fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1° O recurso de revisão poderá ser interposto: I - a pedido do interessado; II - de ofício, pelo titular do órgão ou entidade responsável pela instauração do processo

disciplinar; III - em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, por qualquer

familiar até terceiro grau; IV - pelo curador do servidor mentalmente incapaz. § 2° O requerimento de revisão será dirigido ao titular do órgão ou entidade em que foi

instaurado o processo disciplinar. § 3° A simples alegação de injustiça da penalidade não constituirá motivo para o pedido

de revisão, que deverá se basear na comprovação da falsidade ou da insuficiência de documentos em que se tenha fundamentado a decisão recorrida.

Art. 198 A autoridade competente designará nova comissão para proceder a revisão do

processo disciplinar, na hipótese de a assessoria jurídica do órgão ou entidade, em parecer fundamentado, reconhecer que o pedido de revisão está revestido dos pressupostos de admissibilidade.

Parágrafo único. A constituição e a forma de atuar da comissão revisora obedecerá, no que couber, as normas e procedimentos próprios do processo disciplinar.

Art. 199 O processo de revisão correrá em apenso ao processo disciplinar originário. § 1° Na petição inicial, será requerida a designação de dia, local e hora para a produção

de provas e inquirição de testemunhas arroladas. § 2° O ônus da prova caberá ao requerente. Art. 200 A comissão terá 60 (sessenta) dias para concluir os trabalhos da revisão. Art. 201 O julgamento da revisão caberá à autoridade que aplicou a penalidade ao

servidor. Parágrafo único. O prazo para que seja processado o julgamento será de 20 (vinte) dias,

contados da data de entrega do processo pela comissão revisora, podendo, conforme o caso, a autoridade julgadora determinar novas diligências e a reapreciação do processo.

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Art. 202 Julgadas procedentes as razões que fundamentaram a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão não resultará agravamento de penalidade aplicada. Art. 203 O pedido de revisão não suspende a execução da decisão ou os efeitos dela

decorrentes.

TÍTULO VIII Das Disposições Finais

Art. 204 Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos nesta Lei. § 1° Não se computará no prazo o dia do início, prorrogando-se para o primeiro dia útil

o vencimento que incidir em sábado, domingo ou feriado. § 2° Não havendo preceito legal nem assinação em contrário, será de 10 (dez) dias o

prazo para a prática de ato. Art. 205 É vedada a nomeação de servidor, cônjuge ou parente do Prefeito Municipal,

Vice-Prefeito e Presidente da Câmara de Vereadores, até o 3º (terceiro) grau para cargos de provimento em comissão, assim definidos pelo artigo 37, inciso II da Constituição Federal.

Parágrafo único. É vedado ao servidor servir sob a chefia imediata de cônjuge ou

parente até 2º (segundo) grau. Art. 206 São isentos de taxas, emolumentos ou custas os requerimentos, certidões e

outros papéis que, na esfera administrativa, interessarem ao servidor municipal, ativo ou inativo nessa qualidade.

Art. 207 É vedado exigir atestado de ideologia como condição de posse ou exercício em

cargo público. Art. 208 A presente lei aplicar-se-á aos servidores da Câmara Municipal, cabendo ao

Presidente desta as atribuições reservadas ao Prefeito Municipal, quando for o caso. Art. 209 Poderão ser admitidos, para cargos adequados, servidores de capacidade física

reduzida, aplicando-se processos especiais de seleção. Art. 210 O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado ao Servidor Público

Municipal. Art. 211 A jornada de trabalho nas repartições municipais será fixada por decreto do

Prefeito Municipal.

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Art. 212 O Prefeito Municipal baixará, por decreto, os regulamentos necessários à execução da presente Lei.

Art. 213 A Lei Municipal estabelecerá critérios para a compatibilização de seus quadros

de pessoal aos disposto nesta Lei e à reforma administrativa dela decorrente. Art. 214 A Lei Municipal fixará as diretrizes dos planos de carreira para a

Administração Direta, as autarquias e as fundações municipais, de acordo com suas peculiaridades.

Art. 215 Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, os

seguintes incentivos funcionais, além dos que forem previstos nos respectivos planos de carreira:

I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento

da produtividade e redução dos custos operacionais; e II - concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e elogio. Art. 216 Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, nenhum

servidor poderá ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 217 Para os fins desta Lei, considera-se Sede do Município onde a repartição

estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.

Art. 218 Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta lei, na qualidade de servidores públicos municipais, os servidores dos Poderes Executivo e Legislativo do Município, suas autarquias e fundações, inclusive em regime especial.

Art. 219 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, aos 22 de novembro de 2006.

ÉLCIO FIORI DE GODOY Prefeito Municipal

Publicada e Registrada na Diretoria de Administração da Prefeitura Municipal da Estância Hidromineral de Lindóia, em 22 de novembro de 2006.

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ANTONIO TADEU DEMATEI PIETRAFESA Diretor de Administração-Interino

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1

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE LINDÓIA

TÍTULO l

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

Capítulo l

DO MUNICÍPIO

Seção l

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1° - O Município de Lindóia, pessoa jurídica de direito público interno, no

pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por Lei

Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara Municipal.

Artigo 2° - São poderes do Município, independentes e harmónicos entre si, o

Legislativo e o Executivo.

PARÁGRAFO ÚNICO - São símbolos do Município, a Bandeira, o Brasão e o

Hino, representativos de sua cultura e história.

Capítulo II

DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Seção l

DA COMPETÊNCIA PRIVADA

2

Artigo 3° - Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu pe-

culiar interesse e ao bem estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre

outras, as seguintes atribuições:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;

III - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

IV - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

programas de educação pre-escolar e ensino fundamental, podendo criar sistema de

ensino superior;

V - elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;

VI - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as suas rendas;

VII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;

VIII - dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;

IX - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;

X - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos servidores

públicos;

XI - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou

permissão, os serviços públicos locais;

a) mercados, feiras e matadouros;

b) construção e conservação de estradas municipais;

c) transportes coletivos estritamente municipais;

d) iluminação pública;

e) abastecimento de água e esgoto sanitários;

f) cemitérios e serviços funerários;

XII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em

sua zona urbana;

XIII - estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de

zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à

ordenação do seu território, observada a lei federal;

XIV - conceder e renovar licença para a localização e funcionamento de

estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;

XV - cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tomar

3

prejudicial à saúde, à higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes,

fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento;

XVI - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;

XVII - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos

de uso comum;

XVIII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no

perímetro urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes

coletivos;

XIX - fixar locais de estacionamento de táxis e demais veículos;

XX - conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis,

fixando as respectivas tarifas;

XXI - fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições

especiais;

XXII - disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima

permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;

XXIII - tomar obrigatória a utilização da estação rodoviária;

XXIV - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como

regulamentar e fiscalizar sua utilização;

XXV - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e

destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;

XXVI - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcio-

namento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observadas as

normas federais pertinentes;

XXVII - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de carta-

zes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e

propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;

XXVIII - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto so-

corro, por seus próprios serviços ou mediante convénio com instituições

especializadas;

XXIX - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício

do seu poder de polícia administrativa;

XXX - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas, e condições sanitárias

4

dos géneros alimentícios;

XXXI - dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos

em decorrência de transgressão da Legislação Municipal;

XXXII - dispor sobre registro de vacinação, guarda, captura e destino dos

animais apreendidos, com a finalidade precípua de erradicar as moléstias de que

possam ser portadores ou transmissores;

XXXIII - estabelecer e impor penalidades por infraçâo de suas leis e

regulamentos;

XXXIV - regular o serviço de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro;

XXXV - regulamentar e fiscalizar os jogos esportivos, os espetáculos e os

divertimentos públicos;

XXXVI - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições

administrativas municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações,

estabelecendo os prazos de atendimento.

§ 1° - As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIII deste

artigo deverão exigir reserva de áreas destinadas à;

a) zonas verdes e demais logradouros públicos;

b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de

águas pluviais nos fundos dos vales;

c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais com

largura mínima de dois metros nos fundos dos lotes, cujo desnível seja superior a um

metro da frente ao fundo.

§ 2° - Para aprovação dos loteamentos exigir-se-á a infra-estrutura necessária,

tais como: água, esgotos, guias e sargetas, luz e arborização, excetuando-se o

loteamento popular.

a) o conceito e definição de loteamento popular serão de lei específica e

deverão atender aos princípios sociais de habitação e às finalidades do uso do solo,

urbanismo e meio ambiente.

Seção II

DA COMPETÊNCIA COMUM

5

Artigo 4° - É da competência administrativa comum do Muni cípio, da União e do

Estado, observada a lei complementar federal, o exercício das seguintes medidas:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e

conservar o património público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas

portadoras de deficiência;

III - proteger documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e

outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

Vl - o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIll - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias populares e a melhoria das

condições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo

a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e

exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito;

XIII - colaborar no amparo à maternidade, à infância, aos idosos, aos desvalidos,

bem como à proteção dos menores abandonados;

XIV - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e morbidez

infantis, bem como medida de higiene social que impeçam a propagação de doenças

transmissíveis;

XV - dispensar às microempresas e às empresas de pequeno porte, aos micro e

pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado;

XVI - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e

económico.

Capítulo III

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DAS VEDAÇÕES

Artigo 5° - Ao Município é vedado:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o

funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de depedência ou

aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos

cofres públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto falante ou qualquer

outro meio de comunicação, propaganda político-partidária ou fins estranhos à

administração;

V - manter a publicidade de aios, programas, obras, serviços e campanhas de

órgãos públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou orientação social,

assim como a publicidade da qual conste nomes, símbolos ou imagens que

caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos;

VI - outorgar isenções e anistias fiscais ou permitir a remissão de dívidas, sem

interesse público justificado, sob pena de nulidade do ato;

VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontram em situa-

ção equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou

função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos

rendimentos, títulos ou direitos;

IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,

em razão de sua procedência ou destino;

X - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei

que os houver insttituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os

instituiu ou aumentou;

XI - utilizar tributos com efeito de confisco;

XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos,

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ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder

Público;

XIII - instituir impostos sobre:

a) património, renda ou serviços da União, do Estado e de outros

municípios;

b) templos de qualquer culto;

c) património, renda ou serviços dos partidos políticos inclusive suas

fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e

assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinados à sua impressão.

§ 1° - A vedação do inciso XIII, alínea a, é extensiva às autarquias e às

fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao património, à

renda e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas

decorrentes.

§ 2° - As vedações do inciso XIII e do parágrafo anterior não se aplicam ao patri-

mónio, à renda e aos se viços relacionados com exploração de atividades económicas

regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou que haja

contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o

promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 3° - As vedações expressas no inciso XIII, alínea b e c, compreendem

somente o património, a renda e os serviços relacionados com as finalidades

essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 4° - As vedações expressas nos incisos VII e XIII serão regulamentadas em lei

complementar federal.

XIV - não é devida taxa relativa ao direito de petição em defesa de direito ou

contra ilegalidade ou abuso de poder e à obtenção de certidões para a defesa de

direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DOS

8

PODERES MUNICIPAIS

Capítulo l

DO PODER LEGISLATIVO

Seção I

DA CÂMARA MUNICIPAL

Artigo 6° - A função legislativa é exercida pela Câmara Municipal, composta de

Vereadores, eleitos através de sistema proporcional, dentre cidadãos maiores de

dezoito anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.

§ 1° - Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

§ 2° - A Câmara Municipal terá 9 ( nove ) Vereadores.

Seção II

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Artigo 7° - Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, legislar assuntos de inte-

resse local, observadas as determinações e a hierarquia constitucional, suplementar a

legislação Federal e Estadual e fiscalizar, mediante controle externo, a administração

direta ou indireta, as fundações e as empresas em que o Município detenha a maioria

do capital social com direito a voto, especialmente:

I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a

legislação federal e estadual;

II - legislar sobre o sistema tributário municipal, bem como autorizar isenções,

anistias fiscais e a remissão de dívidas;

III - votar o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentarias, o orçamento

anual, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;

IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de

créditos, bem como a forma e os meios de pagamentos, salvo com suas entidades

descentralizadas;

9

V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

VI - autorizar a concessão de serviços públicos;

VII - autorizar, quanto aos bens municipais imóveis;

a) o seu uso, mediante a concessão administrativa ou de direito real;

b) a sua alienação.

VIII - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação

sem encargos;

IX - dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos, mediante

prévia consulta plebiscitaria;

X - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções na administração

direta, autárquica e fundações públicas, assim como fixar os respectivos vencimentos,

observados os parâmetros da lei das diretrizes orçamentarias;

XI - criar, dar estrutura e atribuições às secretarias e órgãos da administração

municipal;

XII - aprovar o Plano Diretor;

XIII - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que

tenha subscrito, adquirido, realizado ou aumentado;

XIV - autorizar ou aprovar convénios, acordos ou contratos de que resultem para

o Município encargos não previstos na lei orçamentaria;

XV - delimitar o perímetro urbano;

XVI - legislar sobre a alteração da denominação de próprios, bairros, vias e

logradouros públicos;

XVII - legislar sobre o regime jurídico dos servidores municipais;

XVIII - decretar as leis complementares à Lei Orgânica.

PARÁGRAFO ÚNICO - Em defesa do bem comum, a Câmara se pronunciará

sobre qualquer assunto de interesse público.

Artigo 8º - Compete à Câmara Municipal, privativamente, as seguintes atribui-

ções, entre outras:

I - eleger sua Mesa e constituir as Comissões;

II - elaborar o Regimento Interno;

III - dispor sobre a organização de sua secretaria, funcionamento, polícia,

10

criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e

fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de

diretrizes orçamentárias;

IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, conhecer de suas renúncias

e afastá-los definitivamente do exercício dos cargos;

V - conceder licença aos Vereadores e ao Prefeito para afastamento do cargo;

VI - conceder licença ao Prefeito para ausentar-se do Município por mais de

quinze dias;

VII – Fixa, de uma para outra Legislatura, a remuneração dos Vereadores,

Presidente da câmara, do Prefeito e vice- Prefeito, até 30 dias antes eleições para

sucessão municipal.

VIII - tomar e julgar, anualmente, as contas prestadas pela Mesa da Câmara

Municipal e pelo Prefeito, e apreciar o relatório sobre a execução dos planos de

Governo;

IX - fiscalizar e controlar os atos do Executivo, inclusive os da administração

indireta;

X - convocar Prefeito, Secretários Municipais, ou Diretores equivalentes, para

prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados,

aprazando dia e hora para comparecimento;

XI - requisitar informações aos Secretários Municipais, ou Diretores equivalente

sobre assunto relacionado com sua pasta, cujo atendimento deverá ser feito no prazo

de 30 (trinta) dias;

XII - declarar a perda do mandato do Prefeito;

XIII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XIV - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face a atribuição

normativa do Executivo;

XV - criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado que se

inclua na competência municipal, por prazo certo, sempre que o requerer, pelo menos,

um terço de seus membros;

XVI - solicitar ao Prefeito, na forma do Regimento Interno, informações sobre

atos de sua competência privativa;

XVII - julgar, em escrutínio aberto, os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito;

11

XVIII - conceder título de cidadão honorário a pessoas que reconhecidamente

tenham prestado serviços ao Município, desde que seja o decreto legislativo, aprovado

em escrutínio secreto, pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus membros.

PARÁGRAFO ÚNICO - A Câmara Municipal delibera, mediante resolução,

sobre assuntos de sua economia interna e nos demais casos de sua competência

privativa, por meio de decreto legislativo.

Seção III

DOS VEREADORES

Artigo 9º - No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, preferencialmente

às 10:00 (dez) horas, em Sessão solene de instação, independente do número, os

Vereadores , sob a presidência do mais votado dentre os presentes, prestarão

compromisso e tomarão posse.

§ 1° - O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá

fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

§ 2° - No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e na

mesma ocasião e ao término do mandato deverão fazer declaração de seus bens, a

qual será transcrita em livro próprio, constando da ata o seu resumo.

§ 3º - O Regimento Interno da Câmara Municipal de Lindóia disporá sobre o

procedimento de realização da sessão solene de instalação em horário distinto do

caput deste artigo.

Artigo 10 - 0 mandato de Vereador será remunerado, na forma fixada pela Câ

mara Municipal, em cada legislatura, para a subsequente, estabelecido como limite

máximo o valor percebido como remuneração, em espécie, pelo Prefeito.

PARÁGRAFO ÚNICO - A remuneração sra dividida em partes fixa e variável,

sendo que esta não poderá ser inferior aquem é corresponderá ao comparecimento

do Vereador às sessões.

Artigo 11 - 0 vereador poderá licenciar-se somente:

12

I - para desempenhar missão de caráter transitório;

II - por moléstia devidamente comprovada ou por gravidez;

III - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, nunca inferior a 30

(trinta) dias, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do seu término.

§ 1° - A licença depende de requerimento fundamentado, lido na primeira

sessão após o seu recebimento.

§ 2° - A licença prevista no inciso I, depende de aprovação do plenário,

porquanto o Vereador está representando a Câmara; nos demais casos será concedida

pelo Presidente.

§ 3º - O Vereador licenciado nos termos dos incisos I e II, recebe a parte fixa; no

caso do incise III, nada recebe.

Artigo 12 - Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e

votos no exercício do mandato, na circunscrição do município.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar

sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem

sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações.

Artigo 13 - 0 Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,

autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária

de serviço público, salvo quando obedeça a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de

que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior, salvo

se já se encontrava nele antes da diplomação;

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor

decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função

remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas

entidades referidas na alínea "a" do inciso I;

13

c) exercer o constante no inciso I, alínea "b", caso não haja compatibilidade

entre o horário normal de trabalho e das atividades no exercício do mandato;

d) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que

se refere a alínea "a" do inciso I;

e) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou

municipal.

Artigo 14 - Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das

sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Câmara Municipal;

IV - que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de

improbidade administrativa;

V - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

VI - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição

Federal;

VII - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;

VIII - que fixar residência fora do Município.

§ 1º - É incompatível com o decoro do Legislativo, além dos casos definidos no

Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a

percepção de vantagens indevidas.

§ 2° - Nos casos dos incisos I, II e VI deste artigo, a perda do mandato será

decidida pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria de dois terços, mediante

provocação da Mesa ou de partido político representado no legislativo, assegurada

ampla defesa político.

§ 3° - Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda será declarada pela

Mesa de ofício ou mediante provocação de qualquer dos membros da Câmara

Municipal ou de partido político nela representado, assegurada ampla defesa.

Artigo 15 - Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido na função de Secretário Municipal ou Diretor equivalente, quando

14

poderá optar pela remuneração do mandato;

II - licenciado pela Câmara:

a) por motivo de doença ou no período de gestação;

b) para tratar de interesse particular, desde que o afastamento não

ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§1 - O suplente será convocado nos casos de:

a) vaga;

b) investidura do titular na função de Secretário Municipal ou Diretor

equivalente;

c) licença do titular por período superior a trinta dias;

d) impedimento legal de votação de alguma matéria, pelo titular.

§ 2° - Enquanto a vaga não for preenchida, calcular-se-á o quorum em função

dos vereadores remanescentes.

Artigo 16 - Nos casos prescritos no parágrafo 1° do artigo ant erior, o Presidente

convocará imediatamente o suplente.

PARÁGRAFO ÚNICO - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do

prazo de 10 (dez) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

Artigo 17 - É assegurado ao Vereador livre acesso, verificação e consulta a todos

os documentos oficiais ou qualquer órgão do legislativo, da Administração Direta,

Indireta, de fundações ou empresas de economia mista com participação acionária

majoritária, da municipalidade.

Seção IV

DÁ MESA DA CÂMARA

Artigo 18 - Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a

presidência do mais votado dentre os presentes, e, havendo maioria absoluta dos

membros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão

15

automaticamente empossados.

PARÁGRAFO ÚNICO - Não havendo número legal, o Vereador mais votado

dentre os presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que

seja eleita a mesa.

Artigo 19 - Os membros da Mesa serão eleitos para um mandato de 2 (dois) anos.

§ 1° - A eleição far-se-á, em primeiro escrutíneo, pela maioria absoluta da

Câmara Municipal.

§ 2º - E vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente

subsequente dentro da respectiva Legislatura.

Artigo 20 - Na constituição da Mesa assegurar-se-á, tanto quanto possível, a

representação proporcional dos partidos políticos com assento na Câmara Municipal.

Artigo 21 – A eleição para a renovação da Mesa, realizar-se-á obrigatóriamente, na

última Sessão ordinária da Sessão Legislativa do segundo biênio, empossando-se os

eleitos em 1º de Janeiro.

Artigo 22 - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, justifïcadamente e

com direito de defesa prévia, pelo voto de dois terços dos membros da Câmara,

quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais,

elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

PARÁGRAFO ÚNICO - O regimento Interno disporá sobre o processo de

destituição.

Artigo 23 - Compete a Mesa, dentre outras atribuições:

I - baixar, mediante ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores;

II - baixar, mediante portaria, as medidas referentes aos servidores da

Secretaria da Câmara Municipal, como provimento e vacância dos cargos públicos, e

ainda, abertura de sindicância, processos administrativos e aplicação de penalidades;

III - propor projeto de resolução que disponha sobre a;

a) secretaria da Câmara e suas alterações;

16

b) polícia da Câmara;

c) criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de

seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros

estabelecidos na lei de diretrizes orçamentarias;

IV - elaborar e expedir mediante ato, o quadro de detalhamento das dotações,

observado o disposto na lei orçamentaria e nos créditos adicionais abertos em favor da

Câmara;

V - apresentar projetos de lei dispondo sobre autorização para abertura de

créditos adicionais, quando o recurso a ser utilizado for proveniente da anulação de

dotação da Câmara;

VI - solicitar ao Prefeito, quando houver autorização legislativa, a abertura de

créditos adicionais para a Câmara;

VII - declarar a perda do mandato do Vereador, de ofício ou por provocação de

qualquer de seus membros, ou, ainda, de partido político representado na Câmara, nas

hipóteses previstas nos incisos III a V do artigo 14 desta lei, assegurada ampla defesa.

VIII - propor ação direta de inconstitucionalidade.

§ 1° - A Mesa da Câmara decide pelo voto da maioria de seus membros.

§ 2° - Qualquer ato no exercício destas atribuições da Mesa deverá ser

reapreciado por solicitação de Vereador ou de três entidades legalmente registradas no

Município, a quem a Mesa justificará por escrito a revogação ou manutenção do ato.

Artigo 24 - Compete ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos, em

conjunto com os demais membros da Mesa, conforme atribuições definidas no

Regimento Interno;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com

sanção tácita ou cujo veto tenham sido rejeitados pelo Plenário;

V - fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resoluções, os

decretos legislativos e as leis por ele promulgados;

VI - conceder licença aos Vereadores nos casos previstos nos incisos II e III do

17

artigo 11;

VII - declarar a perda do mandato de Vereadores, do Prefeito e Vice-Pré feito,

nos casos previstos em lei, salvo as hipóteses dos incisos III, V e VI do artigo 14 desta

lei;

VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as

disponibilidades financeiras no mercado de capitais;

IX - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária

para esse fim.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:

I - na eleição da Mesa;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços

dos membros da Câmara;

III - quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

Seção V

DAS REUNIÕES

Artigo 25 - As sessões da Câmara, que serão públicas, só poderão ser abertas com a

presença de, no mínimo, um terço dos seus membros.

Artigo 26 - A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só po-

derão ser efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara

Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - A aprovação da matéria colocada em discussão depen-

derá do voto favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os

casos previstos nesta lei.

Artigo 27 - Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na delibera-

ção, anulando-se a votação, se o seu voto for decisivo.

Artigo 28 - O Voto será público, salvo nos casos previstos em lei ou no Regimento

18

Interno da Câmara.

Artigo 29 - Independentemente de convocação, a sessão legislativa anual desen-

volve-se de 1° de fevereiro a 30 (trinta) de junho e de l9 de agosto a 15 (quinze) de de-

zembro.

PARÁGRAFO ÚNICO - As reuniões marcadas dentro desse período serão

transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados,

domingos ou feriados.

Artigo 30 - A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do Projeto de

Lei de diretrizes orçamentarias e do Projeto de Lei do orçamento.

Artigo 31 - A sessão legislativa terá reuniões:

I - ordinárias, serão quinzenais, realizando-se às segundas e quartas segundas-

feiras de cada mês, com início às 20:00 (vinte) horas;

ll - extraordinárias, as convocadas pelo Presidente para se realizar em dias e

horários diversos das sessões ordinárias.

Artigo 32 - A convocação extraordinária da Câmara Municipal, somente possível

no período de recesso, far-se-á:

I - pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal; II

II – Pelo Prefeito Municipal ou Pelo Presidente da Câmara Municipal, em Caso

de urgência, ou interesse público relevante.

PARÁGRAFO ÚNICO - Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara

deliberará somente sobre matéria para a qual foi convocada.

Seção Vl

DAS COMISSÕES

Artigo 33 - A Câmara terá Comissões permanentes e temporárias, constituídas na

19

forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno.

PARÁGRAFO ÚNICO - Na constituição das Comissões assegurar-se-á, tanto

quanto possível, a representação proporcional dos partidos políticos com assento na

Câmara Municipal.

Artigo 34 - Cabe às Comissões, em matéria de sua competência:

I - convocar, para prestar pessoalmente, no prazo de 30 (trinta) dias,

informações

sobre assunto previamente determinado:

a) Secretário Municipal, ou Diretores equivalentes;

b) dirigente de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia

mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Município.

II - acompanhar a execução orçamentaria;

III - realizar audiências públicas;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer

pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V - velar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem

dispositivos legais;

VI - tomar o depoimento de autoridades e solicitar o de cidadão;

VII - fiscalizar e apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvi-

mento e, sobre eles, emitir parecer.

PARÁGRAFO ÚNICO - A recusa ou não atendimento das convocações

previstas no inciso I deste artigo, caracterizará infração administrativa de acordo com a

lei.

Artigo 35 - As comissões especiais de inquérito terão poderes de investigação

próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, e

serão criados mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara, para

apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, quando for o

caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil

criminal de quem de direito.

PARÁGRAFO ÚNICO - As comissões especiais de inquérito, além das

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atribuições previstas no artigo anterior, poderão:

1 - proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais da

administração direta ou indireta, onde terão livre ingresso è permanência;

2 - requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestarão dos

esclarecimentos necessários;

3 - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, alí realizando

os atos que lhes competir.

Seção Vll

DO PROCESSO LEGISLATIVO

Artigo 36 - 0 processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica do Município;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

lV - decretos legislativos;

V - resoluções.

Artigo 37 - A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito;

III - de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por cinco por

cento dos eleitores.

§ 1° - A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se

aprovada quando obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de dois terços dos

membros da Câmara Municipal.

§ 2° - A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara

Municipal, com o respectivo número de ordem.

§ 3^ - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser

objeto de nova proposta da mesma sessão legislativa.

21

Artigo 38 - As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos

membros da Câmara, em turno único de discussão e votação, observados os demais

termos da votação das leis ordinárias.

PARÁGRAFO ÚNICO - As leis complementares são as concernentes às

seguintes matérias:

I - Código Tributário do Município;

II - Código de Obras;

III - Estatutos dos Servidores Municipais;

IV - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

V - Criação de cargos, funções ou empregos públicos e aumento de vencimento,

vantagens, estabilidade e aposentadoria dos servidores;

VI - zoneamento urbano;

VII - concessão de serviços públicos;

VIll - concessão de direito real de uso;

IX - alienação de bens imóveis;

X - aquisição de bens imóveis por doação com encargos;

XI - autorização para obtenção de empréstimos de instituição particular.

Artigo 39 - As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da

maioria simples dos membros da Câmara Municipal.

Artigo 40 - A iniciativa dos projetos de leis complementares e ordinárias compete:

I - Vereador;

II- à Comissão da Câmara;

III - ao Prefeito;

IV - aos cidadãos.

Artigo 41 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei

que disponham sobre:

I - Plano Plurianual;

II - Diretrizes Orçamentarias;

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III - Lei Orçamentaria;

IV - Plano Diretor de desenvolvimento e expansão urbana;

V - Código Tributário;

VI - Estatuto dos Servidores Municipais;

VII - criação e extinção de cargos, funções ou empregos na administração direta

e autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração;

Vlll - criação, estrutura e atribuições de órgãos da administração pública

municipal direta ou indireta.

Artigo 42 - A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara

Municipal de projeto de lei subscrito por, no .mínimo, cinco por cento do eleitorado do

Município.

Artigo 43 - Não será admitido o aumento da despesa prevista nos projetos de ini-

ciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no artigo 124 parágrafo 1º e 2°.

Artigo 44 - Nenhum projeto de lei que implique na criação ou no aumento de des-

pesa pública será sancionado sem que dele conste a indicação dos recursos

disponíveis, próprios para atender aos novos encargos.

PARÁGRAFO ÚNICO - O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraor-

dinários.

Artigo 45 - 0 Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa, salvo os de

codificação, encaminhados à Câmara, tramitem em regime de urgência, dentro do

prazo de quarenta e cinco dias.

§ 1° - Se a Câmara não deliberar naquele prazo, o projeto será incluído na

Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se

ultime sua votação.

§ 2° - Por exceção, não ficará sobrestado o exame do veto cujo prazo de

deliberação tenha se esgotado.

Artigo 46 - O projeto aprovado em um único turno de votação será, no prazo de

23

10 (dez) dias úteis, enviado ao Prefeito que adotará uma das três posições seguintes:

a) sanciona-o e promulga-o, no prazo de 15 (quinze) dias úteis;

b) deixa decorrer aquele prazo, importando o seu silêncio em sanção, sendo

obrigatória, dentro de 10 (dez) dias, a sua promulgação pelo Presidente da Câmara;

c) veta-o total ou parcialmente.

Artigo 47 - 0 Prefeito, entendendo ser o projeto, no seu todo ou em parte,

inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, em

15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, comunicando, naquele prazo,

ao Presidente da Câmara, o motivo do veto.

§ 1° - O veto deverá ser justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral

do artigo, parágrafo, inciso, item ou alínea.

§ 2° - O Prefeito, sancionando e promulgando a matéria não vetada, deverá

encaminhá-la para publicação.

§ 3º - A Câmara deliberá sobre a matéria vetada, em único turno de discussão e

votação, no prazo de 30 ( trinta) dias do seu recebimento, só podendo ser rejeitado

pelo voto da maioria absoluta de seus membros, em escrutínio secreto.

§ 4° - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o

veto será incluído na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais

proposições, até sua votação final.

§ 5° - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, para que

promulgue a lei em quarenta e oito horas, caso contrário, deverá fazê-lo o Presidente

da Câmara.

§ 6° - A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela

Câmara.

Artigo 48 - Os prazos para discussão e votação dos projetos de lei, assim como para o

exame de veto, não correm no período de recesso.

Artigo 49 - A lei promulgada pelo Presidente da Câmara em decorrência de:

a) sanção tácita pelo Prefeito, ou de rejeição de veto total, tomará um

número em sequência às existentes;

24

b) veto parcial, tomará o mesmo número já dado a parte não vetada.

Artigo 50 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir

objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria

absoluta dos membros da Câmara.

PARÁGRAFO ÚNICO - O disposto neste artigo não se aplica aos projetosde

iniciativa exclusiva do Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da

Câmara.

Artigo 51 - As proposições destinadas a regular matéria político administrativa de

competência exclusiva da Câmara são:

a) decreto legislativo, de efeitos externos;

b) resolução, de efeitos internos.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os projetos de decreto legislativo e de resolução, apro-

vados pelo plenário, em um só turno de votação, não dependem de sanção do Prefeito,

sendo promulgados pelo Presidente da Câmara.

Artigo 52 - 0 Regimento Interno da Câmara disciplinará os casos de decreto le-

gislativo e de resolução cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão

feitas com observância das mesmas normas técnicas relativas às leis.

Seção VIlI

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTARIA, OPERACIONAL E PATRIMONIAL

Artigo 53 .- A fiscalização contábil, financeira, orçamentaria, operacional e patrimonial

do Município e de todas as entidades da administração direta e indireta, quanto a

legalidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivação, moralidade, publicidade

e interesse público, aplicação de subvenções e renúncia de receitas, será exercida

pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pêlos sistemas de controle interno

25

do Executivo, na forma da respectiva Lei Orgânica, em conformidade com o disposto

no artigo 31 da Constituição Federal.

§ 1° - O controle externo será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do

Estado.

§ 2° - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de

direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e

valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste, assuma

obrigações de natureza pecuniária.

§ 3° - As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, para

exame e apreciação, à disposição de qualquer contribuinte, que poderá questionar-lhes

a legitimidade.

§ 4° - As contas do Município deverão ser apresentadas também em

documentos de linguagem facilitada que ficarão à disposição das entidades populares

que poderão pedir cópias dos mesmos para apreciação.

Artigo 54 - A Câmara Municipal e o Executivo manterão de forma integrada, sistema

de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução

dos programas de governo e dos orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quando à eficácia e eficiência

da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da

administração municipal. bem como da aplicação de recursos públicos por entidades

de direito privado;

lll - exercer controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular

qualquer parcela integrante da remuneração, vencimento ou salário de seus

membros ou servidores;

IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como

dos direitos e haveres do Município;

V - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.

§ 1° - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de

qualquer irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princípios do artigo 37 da

Constituição Federal dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de

26

responsabilidade solidária.

§ 2° - Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte

legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas do

Estado ou à Câmara Municipal.

Capítulo II

DO PODER EXECUTIVO

Seçâo l

DO PREFEITO E DO VICE-PREFE1TO

Artigo 55 - 0 Poder Executivo do Município é exercido pelo Prefeito, escolhido dentre

maiores de vinte e um anos, que estejam no exercício dos direitos políticos, e eleito em

pleito direto, para um mandato de quatro anos, pelo sistema majoritário, mediante voto

dos eleitores inscritos no Município.

PARÁGRAFO ÚNICO - A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com

ele registrado, sendo realizada simultaneamente com as eleições municipais em todo o

País, até noventa dias antes do término do mandato dos que devam suceder.

Artigo 56 - 0 Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1° de janeiro do ano

seguinte ao da eleição, em sessão da Câmara Municipal, prestando compromisso de

fielmente manter, defender e cumprir esta Lei Orgânica, observar e fazer observar as

leis da União, do Estado e do Município, e, acima de tudo, as Constituições Federal e

Estadual, assim como promover o bem geral dos munícipes, sob inspiração dos

princípios superiores da ordem jurídico-constitucional do Brasil.

PARÁGRAFO ÚNICO - Se, decorridos dez dias da data fixada pura a posse, ò

Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo,

este será declarado vago.

Artigo 57 - 0 mandato do Prefeito é de quatro anos, vedada a reeleição para o período

subsequente.

27

Artigo 58 - 0 Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do

Município por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Artigo 59 - 0 Prefeito poderá licenciar-se;

I - quando a serviço ou em missão de representação do Município;

II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devida-

mente comprovada ou em licença gestante.

§ 1° - O pedido de licença, amplamente motivado, indicará as razões da viagem,

o roteiro e as previsões de gastos.

§ 2° - Nos casos deste artigo, o Prefeito licenciado terá direito ao subsídeo e a

verba de representação.

Artigo 60 - O Prefeito em exercício deverá residir no Município de Lindóia.

Artigo 61 - A remuneração do Prefeito e do Vice- Pré feito será fixada pela Câmara

Municipal, pela legislatura anterior, para a subsequente, não podendo ser inferior a

maior remuneração estabelecida para servidor do Município, no momento da fixação,

e, respeitados os limites estabelecidos na Constituição dá República, sujeita aos

impostos gerais, inclusive o de renda e outros extraordinários, sem distinção de

qualquer espécie.

PARÁGRAFO ÚNICO - A verba de representação do Vice-Prefeito não poderá

exceder da metade da fixada para o Prefeito.

Artigo 62 - Por ocasião da posse e no término do mandato, o Prefeito fará declarações

de bens, ficando ambas arquivadas na Câmara Municipal, constando o seu resumo das

Atas das sessões em que forem lidas.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Vice-Prefeito fará a primeira das duas declarações de

bens no momento em que assumir, pela primeira vez, o cargo de Prefeito.

Artigo 63 - E vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função como também

qualquer emprego, na administração pública direta ou indireta, inclusive em fundações

28

instituídas ou mantidas pelo poder Público, ressalvada a posse em virtude de concurso

público e observadas as disposições desta Lei Orgânica.

PARÁGRAFO ÚNICO - A desobediência ao disposto neste artigo implicará

perda do mandato.

Artigo 64 - As incompatibilidades previstas nesta Lei Orgânica para os Vereadores

estendem-se, no que couber, ao Prefeito e aos Secretários Municipais ou Diretores

equivalentes.

Artigo 65 - 0 Prefeito será julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Artigo 66 - A Câmara Municipal declarará vago o cargo de Prefeito quando:

I - ocorrer falecimento, renúncia ou condenação à perda do cargo por decisão

judicial;

II - não ocorrer a posse, sem motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos

Vereadores, dentro do prazo de dez dias;

III - ocorrer infringência das normas previstas nos artigos 58 e 63 desta Lei

Orgânica;

IV - ocorrer suspensão dos direitos políticos.

Artigo 67 - Substituirá o Prefeito, no caso de impedimentos, e suceder-lhe-á, no de

vaga, o Vice-Prefeito.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe

forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele

convocado para missões especiais.

Artigo 68 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos

respectivos cargos, será convocado para o exercício do cargo de Prefeito o Presidente

da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - A recusa à convocação implicará, automaticamente, a

destituição do Presidente, ensejando a eleição imediata de novo Presidente da Câmara

Municipal, que, nessa qualidade, assumirá a chefia do Poder Executivo Municipal,

29

procedendo-se assim repetidas vezes, quantas necessárias ou possíveis, para evitar

que continue vago o cargo de Prefeito.

Artigo 69 - Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, nos primeiros três anos de

período governamental, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

PARÁGRAFO ÚNICO - Ocorrendo a vacância no último ano de mandato,

assumirá o Presidente da Câmara que completará o período Governamental.

Seção II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Artigo 70 - Compete privativamente ao Prefeito:

I - dirigir, controlar e fiscalizar superiormente a administração municipal, nos ter-

mos das leis vigentes e, em especial, nos limites da Lei Orçamentaria;

II - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei

Orgânica;

III - sancionar ou vetar os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal;

IV - promulgar e fazer publicar as leis, conforme previsto nesta Lei Orgânica;

V - expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis;

VI - representar o Município em Juízo ou fora dele, podendo constituir

procurador especialmente para esse fim, sob sua responsabilidade;

VII - manter relações com as demais pessoas jurídicas, de direito privado ou de

direito público interno ou externo, em nome da administração pública municipal;

VIII - nomear e exonerar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes

que o auxiliarão diretamente na administração pública municipal;

IX - permitir ou autorizar uso de bens públicos municipais, por terceiros;

X - autorizar ou permitir a prestação de serviços públicos municipais;

XI - prover cargos, funções e expedir atos relativos aos funcionários públicos e

de mais servidores do Poder Executivo Municipal;

XII - propor os projetos de lei relativos ao orçamento anual e ao plano plurianual

30

do Município e de suas autarquias;

XIII - remeter à Câmara Municipal, até 31 (trinta e um) de março de cada ano, a

prestação de contas e os balanços do exercício findo;

XIV - remeter aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações

de contas exigidas em lei;

XV - fazer publicar os atos oficiais do Poder Executivo Municipal;

XVI - remeter à Câmara Municipal, no prazo de quinze dias, as informações por

ela solicitada, salvo prorrogação por ela deferida;

XVII - prover os serviços e obras da administração pública municipal;

XVIII - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e

aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das

disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;

XIX - colocar à disposição da Câmara, dentro de quinze dias de sua requisição,

as quantias que devam ser despendidas de uma só vez, e até o dia 25 (vinte e

cinco) de cada mês os recursos correspondentes às dotações orçamentarias,

compreendendo os créditos suplementares e especiais;

XX - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las, quando

impostas irregularmente;

XXI - responder e resolver os requerimentos, reclamações ou representações

que lhe forem dirigidas;

XXII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e

logradouros públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;

XXIII - convocar extraordinariamente a Câmara, quando o interesse público o

exigir;

XXIV - aprovar projetos de edificação e planos de loteamenio, arruamento e

zoneamento para fins urbanos;

XXV - apresentar, anualmente, à Câmara Municipal, relatório circunstanciado

sobre o estado das obra? e dos serviços municipais, bem como o programa da

administração para o ano seguinte;

XXVI - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, para o

Poder Executivo Municipal, sem exceder as verbas para tal destinadas:

XXVII - contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante pré\ia

31

autorização da Câmara Municipal;

XXVIII - providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua

alienação, na forma da lei;

XXIX - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do

Município;

XXX - conceder auxílios e subvenções, nos limites das respectivas verbas

orçamentarias e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovado pela

Câmara Municipal;

XXXI - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia de

cumprimento de seus aios;

XXXII - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara Municipal para

ausentar-se do Município por tempo superior a quinze dias;

XXXIII - publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório

resumido da execução orçamentaria.

Seção III

DOS AUXILIARES DO PREFEITO

Artigo 71-0 Prefeito terá por auxiliares diretos os Secretários Municipais OU Diretores

equivalentes, podendo livremente nomeá-los ou demiti-los.

§ 1° - Lei municipal estabelecerá as atribuições, os deveres, as

responsabilidades e as condições de investidura dos auxiliares diretos do Prefeito.

§ 2° - Os auxiliares diretos do Prefeito, subscreverão os atos referentes aos

seus órgãos, inclusive os normativos, bem como poderão expedir instruções para a

boa execução das leis e regulamentos municipais.

§ 3° - Sempre que convocados pela Câmara Municipal, os auxiliares diretos do

Prefeito, sob pena de incidirem em crime de responsabilidade, comparecerão perante e

Plenário ou Comissão para prestar esclarecimentos que lhes forem solicitados.

§ 4° - Os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes serão responsáveis,

solidariamente com o Prefeito, pêlos atos que juntos assinarem, ordenarem ou

praticarem.

§ 5° - A lei que estruturar o quadro dos servidores municipais poderá classificar

32

como diretamente subordinados ao Prefeito, outros auxiliares, cujos cargos serão

definidos como de livre nomeação e exoneração.

TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Capítulo l

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MUNICIPAL

Seção l

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 72 - A administração pública direta, indireta ou fundacional do Poder Executivo

e da Câmara Municipal obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade

moralidade e publicidade.

Artigo 73 - A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da imprensa

local ou regional ou por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal,

conforme o caso.

§ 1° - A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser

resumida.

§ 2º - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e aios

municipais

deverá ser efetuada mediante procedimento licitatório que levará em conta não só as

comdições de preço, como as circunstâncias de frequência, horário, tiragem e

distribuição, exceto nos casos legais de dispensa de licitação.

§ 3º - A publicação feita apenas por afixação, de leis, decretos, decretos

legislativose , resoluções, além do registro regular em livro próprio, será arquivado no

Cartono de Registro da sede do Município, permitida a consulta gratuita a qualquer

interessado. O arquivamento e as certidões serão remunerados na forma do

33

Regimento de Custos do Estado.

Artigo 74 - A lei deverá fixar prazos para a prática dos atos administrativos e

estabelecer recursos adequados à sua revisão, indicando seus efeitos e forma de

processamento.

Artigo 75 - A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para a defesa

de seus direitos e esclarecimentos de situações de seu interesse pessoal, no prazo

máximo de quinze dias úteis, certidão de atos, contratos, decisões ou pareceres, sob

pena de reponsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua

expedição. No esmo prazo deverá atender às requisições judiciais, se outro não for

fixado pela autoridade judiciária.

§ lº - As certidões de que trata este artigo poderão ser substituídas por cópias

reprográficas ou obtidas por outro meio de reprodução, devidamente autenticadas pela

autoridade que as fornecer.

§ 2° - A certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito será fornecida por

secretário da Prefeitura ou por outra autoridade regularmente designada para esse fim.

Artigo 76 - Para a organização da administração pública direta ou indireta inclusive as

fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Executivo ou pela Câmara, é obrigatório

o cumprimento das seguintes normas:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que

preencham os requisitos estabelecidos em lei.

II - a investidura em cargo ou público depende de aprovação prévia, em

concurso público de provas ou de provas de títulos, ressalvadas as nomeações para

cargo em comissão, declarado em lei, de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável

uma vez, por igual período. A nomeação do candidato aprovado obedecerá à ordem de

classificação;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado

em concurso público de provas ou de provas de títulos será convocado com prioridade

sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

34

V - os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos,

preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou

profissional, nos casos e condições previstos em lei;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical,

obedecendo o disposto no artigo 8° da Constituição Federal;

VII - o servidor e empregado público gozarão de estabilidade no cargo ou

emprego desde o registro de sua candidatura para o exercício de cargo de

representação sindical até um ano após o término do mandato, se eleito, salvo se

cometer falta grave definida em lei;

Vll - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei

complementar federal;

IX - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para os

portadores de deficiência, garantindo as adaptações necessárias para a sua

participação nos concursos públicos e definirá os critérios de sua admissão;

X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

XI - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor

remuneração dos servidores públicos municipais, observados, como limites máximos,

no âmbito do Poder Executivo e da Câmara Municipal, os valores percebidos como

remuneração, a qualquer título, pelo Prefeito;

XII - até que se atinja o valor da remuneração percebida pelo Prefeito, é vedada

a redução de salários que implique na supressão das vantagens de caráter individual

adquirido em razão de tempo de serviço. Atingido o referido valor, a redução se

aplicará, independentemente da natureza das vantagens auferidas pelo servidor;

XIII - os vencimentos dos cargos da Secretaria da Câmara não poderão ser

superiores aos correspondentes do Poder Executivo;

XIV - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para efeito de

remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior;

XV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão

computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimo ulteriores sob o

mesmo título ou idêntico fundamento;

XVI - os vencimentos, remuneração ou salário dos servidores públicos, são

35

irredutíveis e a retribuição mensal observará o que dispõe o inciso XII deste artigo, bem

como os artigos 150, II, 153, III, e 153, § 2°, l d a Constituição Federal;

a) os vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória, pagos

com atraso, deverão ser corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais

aplicáveis à espécie;

XVII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando

houver compatibilidade de horários;

a) de dois cargos de professor;

b) de um cargo de professor com outro técnico científico;

c) de dois cargos privativos de médico.

XVIII - a proibição de acumular, a que se refere o inciso anterior, estende-se a

empregos ou funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de

economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

XIX - a administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas, aos quais

compete exercer, privativamente, a fiscalização de tributos municipais, terão dentro de

suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores

administrativos na forma da lei;

XX - os órgãos da administração direta e indireta inclusive fundações instituídas

ou mantidas pelo Poder Público, ficam obrigados a constituir Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes - CIPA - e, quando assim o exigirem suas atividades.

Comissão de Controle Ambiental, visando à proteção da vida, do meio ambiente das

condições de trabalho do;

seus servidores, na forma da lei;

XXI - ao servidor público que tiver sua capacidade de trabalho reduzida em

decorrência de acidente de trabalho ou doença do trabalho, será garantida a

transferência para locais ou atividades compatíveis com sua situação;

XXII - é vedada a estipulação de limite de idade para ingresso por concurso

público na administração direta, empresa pública, sociedade de economia mista,

autarquia e fundaões instituídas ou mantidas pelo Poder Público, respeitando-se

apenas o limite constitucional para aposentadoria compulsória;

XXIII - os recursos provenientes dos descontos compulsórios dos servidores

públicos, bem como a contrapartida do Município, destinados à formação de fundo

36

próprio de previdência, deverão ser postos, mensalmente, à disposição da entidade

municipal responsável pela prestação do benefício, na forma que a lei dispuser.

§ 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de

administração pública direta e indireta, fundações e órgãos controlados pelo Poder

Público deverá ter caráter educacional, informativo e de orientação social, dela não

podendo constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção pessoal de

autoridades ou servidores públicos.

§ 2° - É vedada ao Poder Público, direta ou indiretamente, a publicidade de

qualquer natureza fora do território do Município para fim de propaganda

governamental, exceto às empresas que enfrentam concorrência de mercado, e a

publicidade do próprio Município para fins exclusivamente turísticos.

§ 3° - A inobservância do disposto nos incisos II, III e IV deste artigo implicará a

nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 4º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras

de serviços públicos, responderão pêlos danos que seus agentes, nessa qualidade,

causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos

de dolo ou culpa.

§ 5° - As entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações

instituidas ou mantidas pelo Poder Executivo e Câmara Municipal, darão publicidade

até o dia trinta de abril de cada ano, de seu quadro de cargos e funções, preenchidos e

vagos, referentes ao exercício anterior.

Artigo 77 - 0 Município terá os livros que forem necessários aos seus serviços, e,

obrigatoriamente, os de:

I - termo de compromisso e posse;

II - declaração de bens;

III - atas de sessões da Câmara;

IV - registro de leis, decretos, resoluções, instruções e portarias;

V - cópia de correspondência oficial;

VI - protocolo, índice de papéis e livros arquivados;

VII - licitações e contratos para obras e serviços;

VIII - contrato de servidores;

37

IX - contratos em geral;

X - contabilidade e finanças;

XI - concessões e permissões de bens imóveis e de serviços;

XII - tombamento de bens imóveis;

XIII - registro de loteamentos aprovados.

§ 1° - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito e pelo

Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.

§ 2° - Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou

outro sistema, na forma a ser disciplinada em lei.

Artigo 78 - Os aios administrativos da competência do Prefeito devem ser expedidos

com observância das seguintes normas:

I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:

a) regulamentação de lei;

b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;

c) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado

por lei, assim como de créditos extraordinários;

d) declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social,

para efeito desapropriação ou de servidão administrativa;

e) aprovação de regulamento ou de regimento;

f) permissão de uso de bens e serviços municipais;

g) medidas executo rias do Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão

Urbana;

h) atos administrativos e normas, de efeitos externos, não privativos de lei;

i) fixação e alteração de preços;

II - portaria, nos seguintes casos;

a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos

individuais;

b) lotação, relotação nos quadros de pessoal;

c) autorização para contratação e dispensa de servidores sob regime da

legislação trabalhista;

d) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de

38

penalidades e demais individuais e efeitos internos;

e) outros casos determinados em lei ou decreto.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os atos constantes do inciso II deste artigo poderão ser

elegados.

Artigo 79 - 0 Prefeito fará publicar:

I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior;

II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;

III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os

recursos recebidos;

IV - anualmente, até 31 de março, pelo órgão oficial do Estado, as contas de

administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço

orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, em forma sintética.

Artigo 80 - As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e

fundações controladas pelo Município:

I - dependem de lei para sua criação, transformação, fusão, cisão, incorporação,

privatização ou extinção;

II - dependem de lei para serem criadas subsidiárias, assim como a participação

destas em empresas pública;

III - terão um de seus diretores indicado pelo sindicato dos trabalhadores da

categoria, cabendo a lei definir os limites de sua competência e atuação;

IV - deverão estabelecer a obrigatoriedade da declaração pública de bens, pêlos

seus diretores, na posse e. no desligamento.

Seção II

DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Artigo 81 - 0 Município instituirá regime jurídico único, para os servidores da

administração direta, das autarquias e fundações publicas, bem como planos de

carreira.

39

§ 1° - Aplicam-se aos servidores municipais as regras contidas na Constituição

Federal, quanto à isonomia de vencimentos, admissão, afastamento, estabilidade e

aposentadoria.

§ 2° - As vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei

quando atendam efetivamente ao interesse público e à exigência do serviço.

Seção III

DA SEGURANÇA PÚBLICA

Artigo 82- 0 Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar desti-

nada à proteçâo de seus bens, serviços e instalações, nos termos da lei complementar.

§ 1° - A lei complementar de criação da guarda municipal disporá sobre acesso,

direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.

§ 2° - A investidura nos cargos da guarda municipal far-se-á mediante concurso

público de provas ou de provas e títulos.

Artigo 83 - 0 Município deverá, na área de segurança pública, por conta própria

ou em colaboração com o Estado ou Região, propiciar a implantação de:

I - Delegacia da Mulher;

II - Delegacia do Menor;

III - Casa do preso albergado e;

IV - Centro de Recuperação de dependentes do álcool, entorpecentes e drogas

afins.

Seção IV

DOS BENS MUNICIPAIS

Artigo 84 - Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos

e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município e que não estejam definidas

pela Constituição Federal como bens da União ou dos Estados.

Artigo 85 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais respeitada a

40

competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Artigo 86 - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados com a identificação

respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento.

Artigo 87 - A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse

público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e autorização

competente, e obedecerá às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência,

dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encargos do

donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena de

nulidade do ato; doação a órgãos públicos para finalidade de interesse público comum

ou do próprio município poderá ser gravada com simples destinação específica;

b) permuta;

II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes

casos:

a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social,

devidamente justificado;

b) Permuta

c) ações, que serão vendidas em bolsa, conforme legislação específica;

d) outros títulos, na forma da legislação pertinente.

§ lº - O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis, não

edificados, contratará concessão de direito real de uso, nos termos da legislação federal

mediante prévia autorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dis-

pensada, pela lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço público, a entidades

assistenciais, ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado.

§ 2° - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescen-

tes e inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública, dependerá apenas de

prévia avaliação e autorização legislativa. As áreas resultantes de modificação de alinha

mento, aproveitáveis ou não serão alienadas nas mesmas condições.

41

§ 3° - Dependerá de licitação, nos casos previstos no parágrafo anterior, a venda de

áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis, havendo mais de um proprietário de

imóveis lindeiros.

Artigo 88 - 0 parcelamento de áreas municipais só é permitido para fins indus-

triais ou para habitações de interesse social, vedada, em qualquer hipótese, a doação de

lote.

Artigo 89 - A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de

prévia avaliação e autorização legislativa.

Artigo 90 - 0 uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante con-

cessão administrativa, permissão de uso ou autorização, conforme o caso e o interesse

público exigir.

§ 1° - A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominiais de-

penderá de lei e concorrência, e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato.

A concorrência poderá ser dispensada, pela lei, quando o uso se destinar a concessionária

de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver interesse público relevante

devidamente justificado.

§ 2° - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá

ser outorgado para finalidades escolares, de assistência social ou turística, mediante

autorização legislativa.

§ 3° - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita

a título precário, e autorizada ou outorgada por decreto.

§ 4° - A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será outorgada

por portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de

sessenta dias.

Artigo 91 - Poderão ser cedidos a particular, para serviços transitórios, máquinas

e operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do município, e o

interessado recolha previamente a remuneração arbitrada e assine termo de

responsabilidade pela conservação e devolução dos bens recebidos.

42

Seção V

DAS OBRAS E DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS

Artigo 92 - Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter

início sem prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:

I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o inte-

resse comum;

Il - os pormenores para a sua execução;

Ill - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva

justificação.

§ 1° - Nenhuma obra municipal deverá ser iniciada sem o respectivo projeto técnico

aprovado pêlos órgãos Municipal, Estadual e Federal.

§ 2° - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência,

será executada sem prévio orçamento de seu custo.

§ 3° - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias

e demais entidades da administração indireta, e por terceiros, mediante licitação.

Artigo 93 - A permissão de serviço público a título precário, será outorgada por

decreto do Prefeito, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor

pretendente, sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante

contrato, precedido de concorrência pública.

§ 1° - Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quais-

quer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.

§ 2° - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamenta-

ção e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua permanente

atualização e adequação às necessidades dos usuários.

§ 3° - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou

concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como

àqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 4° - As concorrências para a concessão de serviço público deverão ser precedidas

43

de ampla publicidade, em jornais e órgãos da imprensa da Capital do Estado, mediante

edital ou comunicado resumido.

Artigo 94 - As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo,

tendo-se em vista ajusta remuneração.

Artigo 95 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas com-

pras e alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.

Artigo 96 - 0 Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum,

mediante convénio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de

consórcio, com outros Municípios.

Artigo 97 - Cabe ao Executivo, sob pena de responsabilidade, embargar, indepen-

dentemente das cominações legais, qualquer obra pública ou particular que esteja sendo

construída sem o devido alvará de construção ou em desacordo com ele ou com a legislação

municipal. Desrespeitado Q embargo, o Executivo deve promover imediatamente o embargo

judicial.

Artigo 98 - Toda obra municipal deverá ser concluída a um ritmo que não onere

os cofres do Município. Só se permitirá a realização se a devida justificativa for previa-

mente aprovada pela Câmara de Vereadores.

TÍTULO IV

DA TRIBUTAÇÃO E DOS ORÇAMENTOS

Capítulo l

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

MUNICIPAL

Seçáo l

DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

44

Artigo 99 - São tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições de

melhoria, decorrentes de obras públicas, instituídos por lei municipal, atendidos os princí-

pios estabelecidos na Consumição Federal e nas normas gerais de direito tributário.

Artigo 100 - São de competência do Município os impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,

por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,

bem como cessão de direitos à sua aquisição;

III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado,

definidos na lei complementar prevista no artigo 146 da Constituição Federal.

§ 1° - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de

forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2° - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou di-

reitos incorporados ao património de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a

transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de

pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a com-

pra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

§ 3° - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca

dos impostos previstos nos incisos III e IV.

Artigo 101 - As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do

Poder de Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e

divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição pelo Município.

Artigo 102 - A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de

imóveis valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa

realizada e, como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada

imóvel beneficiado.

45

Artigo 103 - Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão gra-

duados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração

municipal, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados

os direitos individuais e nos termos da lei, o património, os rendimentos e as atividades

económicas do contribuinte.

PARÁGRAFO ÚNICO - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de im-

postos.

Artigo 104 - 0 Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servido-

res, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

Artigo 105 - 0 Executivo fica obrigado a apurar, todos os anos, o valor venal do; imóveis, de

acordo com os valores imobiliários vigentes a 1º de janeiro de cada exercício

para fins do lançamento do imposto a que se refere o inciso I do artigo 100.

Artigo 106 - 0 Executivo fica obrigado a apurar o valor venal dos imóveis, di

acordo com os valores imobiliários vigentes mensalmente, para fins da cobrança do im

posto a que se refere o inciso II do artigo 100.

Artigo 107 - O Município poderá instituir isenção de taxas e impostos municipais

sobre áreas cobertas por matas naturais em sua totalidade, localizadas no perímetro urbano,

fundadas em interesse público justificado.

Seção lI

DA RECEITA E DA DESPESA

Artigo 108 - A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da

participação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes de

Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades

de outros ingressos.

46

Artigo 109 - Pertencem ao Município:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de

qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela

administração direta, autarquia e fundações municipais;

II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a

propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município;

III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a

propriedade de veículos automotores licenciados no Município. ..

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre

operações relativa à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de trans-

porte interestadual e intermunicipal de comunicação.

Artigo 110 - A fixação de preços públicos, devidos pela utilização de bens, servi-

ços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto.

PARÁGRAFO ÚNICO - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus

custos, sendo reajustáveis quando se tomarem deficientes ou excedentes.

Artigo 111 - Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tri-

buto lançado pela Prefeitura, sem prévia notificação.

§ 1° - Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal

do contribuinte, nos termos da legislação federal pertinente.

§ 2° - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para sua in-

terposição o prazo de quinze dias, contados da notificação.

Artigo 112 - A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Consti-

tuição Federal e às normas de direito financeiro.

Artigo 113 - Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso

disponível e crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraor-

dinário.

Artigo 114 - Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que

47

dela conste a indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.

Artigo 115 - As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fun-

dações e das empresas por ele controladas serão depositadas em instituições financeiras

oficiais, salvo os casos previstos em lei.

Capítulo II

DOS ORÇAMENTOS

Artigo 116 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as leis de diretrizes orçamentarias;

III - os orçamentos anuais.

Artigo 117- 0 Município, para execução de projetos, programas, obras, serviços ou

despesas cuja execução se prolongue além de um exercício financeiro, deverá elaborai

plano plurianual de investimentos.

PARÁGRAFO ÚNICO - As previsões anuais do plano plurianual deverão ser in-

cluídas no orçamento de cada exercício, para utilização do respectivo crédito.

Artigo 118 - A lei de diretrizes orçamentarias compreenderá as metas e priorida-

des da administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício

financeiro subsequente, orientará a elaboração do orçamento anual, disporá sobre as alte-

rações na legislação tributária.

Artigo 119 - A lei orçamentaria anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações;

II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indi-

retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

48

Artigo 120 – O orçamento anual será uno, incorporando-se, obrigatoriamente na

receita, todos os tributos, rendas e suprimentos de fundos, e incluindo-se,

discriminadamente, na despesa, as dotações necessárias ao custeio de todos os serviços

municipais.

Artigo 121 - O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem à

fixação da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem nesta proibição:

I - autorização para abertura de créditos suplementares;

II - contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos

termos da lei.

Artigo 122 - Aplicam-se ao Município as vedações estabelecidas no artigo 167 da

Constituição Federal.

Artigo 123 - 0 Prefeito enviará à Câmara, nos prazos fixados na Constituição

Federal e em Lei Complementar Federal, a proposta de orçamento anual do Município

para o exercício seguinte, bem como os projetos das leis de diretrizes orçamentarias e do

plano plurianual.

PARÁGRAFO ÚNICO - O não cumprimento do disposto no "caput" deste artigo

implicará a elaboração pela Câmara, independentemente do envio da proposta, da

competente Lei de Meios, tomando por base a lei orçamentaria em vigor, no que concerne à

lei orçamentaria.

Artigo 124 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, as diretrizes orça-

mentarias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão

apreciados pela Câmara Municipal.

§ 1° - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o mo-

difiquem serão admitidas desde que:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentarias;

II - indiquem os recursos necessários, aceitos apenas os provenientes de anulação de

despesa, excluídas as que incidam sobre:

49

a) dotação para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

III - relacionadas:

a) com correção de erros ou omissões;

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 2° - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentarias não poderão ser

aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 3° - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modifi-

cações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na comissão com-

petente, a votação da parte cuja alteração é proposta.

§ 4º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar e

disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 5° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição parcial do pro-

jeto de lei orçamentaria anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utiliza-

dos, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e especí-

fica autorização legislativa.

Artigo 125 - 0 Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de

cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentaria.

TÍTULO V

DA ORDEM ECONÓMICA E SOCIAL

Capítulo l

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 126 - 0 Município, dentro de sua competência, organizará a ordem eco-

nómica e social, conciliando a liberdade de'iniciativa com os superiores interesses da

coletividade.

50

Artigo 127 - A intervenção do Município, no domínio económico, terá por objeti-

vo estimular e orientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça

e solidariedade sociais.

Artigo 128 - 0 trabalho é obrigação, social, garantido a todos o direito ao empre-

go e ajusta remuneração, que proporcione existência digna na família e na sociedade.

Artigo 129 - 0 Município considerará o capirtal não apenas como instrumento

produtor de lucro, mas também como meio de expansão económica e de bem-estar

coletivo.

Artigo 130 - 0 Município assistirá os trabalhadores rurais e suas organizações le-

gais, procurando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de tra-

balho, crédito fácil e preço justo, saúde e bem-estar social.

PARÁGRAFO ÚNICO - São isentas de imposto as respectivas Cooperativas.

Artigo 131 - 0 Município manterá órgãos especializados, imcumbidos de exercer

ampla fiscalização dos serviços públicos por ele concedido e da revisão de suas tarifas.

PARÁGRAFO ÚNICO - A Fiscalização de que trata este artigo compreende o

exame contábil e as perícias necessárias à apuração das inversões de capital e dos

lucros auferidos pelas empresas concessionárias.

Artigo 132 - 0 Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno

porte, aos micro e pequenos produtores rurais, assim definidos por lei, tratamento

jurídico diferenciado, visando a incentivá-los pela simplificação de suas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias ou pela eliminação ou redução

destas, pormeio de lei.

Capítulo II

DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

51

Artigo 133 - 0 Município, dentro de sua competência, regulará o serviço social,

favorecendo e coordenando as iniciativas particulares que visem a este objetivo.

§ 1° - Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e

extenção, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.

§ 2° - O plano de assistência social do Município nos termos que a lei estabelecer,

terá por objetivo a correçâo dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos

elementos desajustados, visando a um desenvolvimento social harmónico, consoante

previsto no artigo 203 da Constituição Federal.

Artigo 134 - Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de pre-

vidência social, estabelecidos na lei federal.

Artigo 135 - A coordenação da Assistência Social no Município, será exercida

pelo Fundo de Solidariedade do Município.

Artigo 136 - Para efeitos de subvenção municipal as entidades de assistência so-

cial atenderão aos seguintes requisitos:

I - integração dos serviços à política municipal de assistência social;

II - garantia da qualidade dos serviços;

III - subordinação dos serviços à fiscalização e supervisão municipal;

IV - prestação regular das contas.

Artigo 137 - A lei assegurará isenção tributária em favor das pessoas jurídicas de

natureza assistencial, instaladas no Município, cujo objetivo seja o amparo ao menor ca-

rente, ao deficiente e ao idoso, sem fins lucrativos e que sejam declaradas de utilidade pú-

blica municipal.

Capítulo lll

DA SAÚDE

52

Artigo 138 - A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público,

assegurada mediante políticas sociais e económicas que visem à eliminação do risco de

doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para

sua promoção, proteção e recuperação.

Artigo 139 - Para atingir esses objetivos o Município promoverá em conjunto

com a União e o Estado:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação,

transporte e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e

serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.

Artigo 140 - As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao

Poder Público sua normalização e controle, devendo sua execução ser feita, preferencial-

mente, através de serviços públicos e, complementarmente, através de serviços de terceiros.

PARÁGRAFO ÚNICO - É vedada a cobrança ao usuário pela prestação de servi-

ços de assistência à saúde mantidos pelo Poder Público ou serviços privados contratados

ou conveniados pelo Sistema Único de Saúde.

Artigo 141 - São de competência do Município, exercidas pela Secretaria da Saú-

de ou equivalente:

I - comando do SUS no âmbito do Município, em articulação com a Secretaria do

Estado da Saúde;

II - instituir planos de carreira para os profissionais da saúde, baseados nos princí

pios & critérios aprovados em nível nacional, observando ainda pisos salariais nacionais e

incentivo a dedicação exclusiva e tempo integral, capacitaçáo e reciclagem permanentes

condições adequadas de trabalho para a execução de suas atividades em todos os níveis;

III - a assistência à saúde;

IV - a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termo;

de prioridades e estratégias municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde e

de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde e aprovadas em lei;

53

V - a elaboração e atualizaçâo da proposta orçamentaria do SUS para o Município;

VI - a compatibilizaçâo e complementação das normas técnicas do Ministério da

Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com a realidade municipal;

VII - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos am-

bientes de trabalho e dos problemas de saúde com eles relacionados;

VIll - a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção nu-

tricional, de abrangência municipal ou intermunicipal;

IX - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera mu-

nicipal, de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos

humanos para a saúde;

X - a implementação de sistema de informação em saúde, no âmbito municipal;

XI - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de morbi-mortali-

dade no âmbito do Município;

XII - o planejamento e execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica e

de saúde do trabalhador no âmbito do Município;

XIII - o planejamento e execução, das ações de controle do meio ambiente e de sa-

neamento básico no âmbito do Município;

XIV - a normatização e execução, no âmbito do Município, da política nacional de

insumos e equipamentos para a saúde;

XV - a execução, no âmbito do Município dos programas e projetos estratégicos

para o enfrentamento das prioridades nacionais, estaduais e municipais, assim como

situações emergenciais;

XVI - a complementação das normas referentes às relações com o setor privado e a

celebração de contratos com serviços privados de abrangência municipal;

XVII - a celebração de consórcios intermunicipais para formação de Sistemas de

Saúde quando houver indicação técnica e concenso das partes.

Artigo 142 - O Sistema Único de Saúde - SUS, contará em nível municipal, com

uma instância colegiada de caráter deliberativo: o Conselho Municipal de Saúde.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Conselho Municipal de Saúde com o objetivo de for-

mular e controlar a execução da política municipal de saúde, inclusive nos aspectos eco-

nómicos e financeiros é composto pelo Governo, representantes de entidades prestadoras

54

de serviços de saúde, usuários e trabalhadores do SUS, devendo a lei dispor sobre sua

organização e funcionamento.

Artigo 143 - As instituições privadas poderão participar de forma complementar

do Sistema Único de Saúde, mediante contrato de direito público ou convénio, tendo

preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

Artigo 144 - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subven-

ções às instituições privadas com fins lucrativos.

Artigo 145 - Os sistemas e serviços de saúde, privativos de funcionários da admi-

nistração direta e indireta deverão ser financiados pêlos seus usuários, sendo vedada a

transferência de recursos públicos ou qualquer tipo de incentivo fiscal direto ou indireto

para os mesmos.

Artigo 146 - O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos de orçamento do

Município, do Estado, da seguridade social, da União, além de outras fontes, que

constituirão o Fundo Municipal de Saúde.

§ 1° - O volume mínimo destinados a saúde do Município, corresponderá,

anualmente, a 10% das respectivas receitas.

§ 2° - Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde, vinculados à Secretaria

Municipal de Saúde, serão subordinados ao planejamento e controle do Conselho Municipal

de Saúde.

§ 3° - As instituições privadas de saúde ficarão sob o controle do setor público nas

questões de controle de qualidade e de informação e registros de atendimento conforme os

códigos sanitários (Nacional, Estadual e Municipal), e as normas do SUS.

§ 4° - A instalação de quaisquer novos serviços públicos de saúde deve ser discutida

e aprovada no âmbito do Sistema Único de Saúde e dos Conselhos Municipais de Saúde,

levando-se em consideração a demanda, cobertura, distribuição geográfica, grau de

complexidade e articulação no sistema.

55

Capítulo IV

DA FAMÍLIA, DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Artigo 147 - 0 Município dispensará proteçâo especial ao casamento e assegurará

condições morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança e

estabilidade da família.

§ 1° - Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades para a celebração

do casamento.

§ 2° - A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos excepcionais.

§ 3° - Compete ao Município suplementar a legislação federal e a estadual dispondo

sobre a proteçâo à infância, à juventude e às pessoas portadoras de deficiência, garantin-

do-lhes o acesso a logradouros, edifícios públicos e veículos de transporte coletivo.

§ 4° - Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, as se-

guintes medidas:

I - amparo às famílias numerosas e sem recursos;

II - ação contra os males que são instrumentos da dissolução da familia;

llI - estímulo aos pais e às organizações sociais para a formação moral, cívica, física e

intelectual da juventude;

IV - colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteçâo e educação da

criança;

V - amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,

defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhe o direito à vida;

VI - colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para solução

do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos adequados

de permanente recuperação.

Artigo 148 - O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das artes,

56

das letras e da cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.

§ 1° - Ao Município compete suplementar, quando necessário, a legislação federal e

a estadual dispondo sobre a cultura.

§ 2° - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o

Município.

§ 3° - A administração municipal cabe, na forma da lei, a gestão da documentação

governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§4º - cumpre proteger os documentos, as obras e outros bens de vu-

lor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítio;

arqueológicos.

Artigo 149 - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a

garantia de;

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tive-

rem acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferen-

cialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, se-

gundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturrno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas su-

plementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

VIII - criação de Escolas Municipal de Educação Infantil (EMEI).

§ 1° - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, acioná-

vel mediante mandato de injunção.

§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irre-

gular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 30 - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental,

fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

57

Artigo 150 - O Município poderá manter seu próprio sistema de ensino superior.

§ 1° - Poderá constituir uma fundação encarregada da administração de cursos su-

periores e também consorciar-se com outros Municípios da região.

§ 2° - A definição administra uva, pedagógica e física da Faculdade, Universidade,

ocorrerá através de lei.

Artigo 151 - O sistema de ensino municipal assegurará aos alunos necessitados

condições de efeciência escolar.

Artigo 152 - 0 ensino oficial do Município será gratuito em todos os graus e

atuará prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

§ 1° - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários

das escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do

aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.

§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa.

§ 3º - O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, que

será obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares que recebam

auxílio do Município.

Artigo 153 - 0 ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condi-

ções:

I - cumprimento das normas gerais de educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pêlos órgãos competentes.

Artigo 154 - Os recursos do Municípios serão destinados às escolas públicas, po-

dendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em

lei federal que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em

educação;

II - assegurem a destinação de seu património a outra escola comunitária, filantrópica

ou confessional ou ao Município no caso de encerramento de suas atividades.

PARÁGRAFO ÚNICO - Os recursos de que trata este artigo serão destinados a

58

bolsas de estudo para o ensino fundamental, na forma da lei, para os que demonstrarem

insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede

pública,na localidade da residência do educando, ficando o Município obrigado a investir,

prioritariamente, na expansão de sua rede, na localidade.

Artigo 155 - NO Município auxiliará, pêlos meios ao seu alcance, as organizações

beneficientes, culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as

colegiais terão prioridade no uso de estádios, campos e instalações de propriedade do

Município.

Artigo 156 - A lei regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do

Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Cultura.

Artigo 157 - 0 Município apoiará e incentivará as práticas esportivas, como di-

reito de todos.

Artigo 158 - 0 Município proporcionará meios de lazer sadio e construtivo à co-

munidade, mediante:

I - reserva de espaços verdes ou livres, em forrna de parques, bosques, jardins, co-

mo base física da recreação urbanas;

II - construção de equipamentos de parques infantis, centros de juventude e edifí-

cios de convivência comunal;

III - aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, montanhas, lagos, matas e

outros recursos naturais, como locais de passeio e distração.

Artigo 159 - Os serviços municipais de esportes e recreação articular-se-ão entre

si e com as atividades culturais do Município, visando à implantação e ao desenvolvimento

do turismo.

Artigo 160 - 0 Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% (vinte e cin-

co por cento), no mínimo, da receita resultante de impostos,'compreendida e proveniente

de transferências, na manutenção e. desenvolvimento do ensino.

59

Artigo 161 - É da competência comum da União, do Estado e do Município pro-

porcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência.

Capítulo V

DA POLÍTICA URBANA

Artigo 162 - A Política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público

Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

§ 1° - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências

fundamentais de ordenação da cidade, expressas em plano diretor.

§ 2° - As desapropriações cê imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indeni-

zação em dinheiro.

Artigo 163 - 0 direito à propriedade é inerente a natureza do homem, dependen-

do seus limites e seu uso da conveniência social.

§ 1° - O Município poderá, mediante lei específica, para área incluída no plano di-

retor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-

utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessi-

vamente de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

ll - imposto sobre propriedade predial territorial urbana progressivo no lempo;

III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de emissão

previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em par-

celas anuais iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

§ 2º - Poderá, também, o Município organizar fazendas coletivas, orientadas ou ad-

ministradas pelo Poder Público, destinados à formação de elementos aptos às atividades

agrícolas.

Artigo 164 - São isentos de tributos os veículos de tração animal e os demais ins-

trumentos de trabalho de pequeno agricultor, empregados no serviço da própria lavoura

60

ou no transporte de seus produtos.

Capítulo VI

DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E

DO SANEAMENTO

Artigo 165 - Todo cidadão tem direito ao meio ambiente ecologicamente equili-

brado, bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se

ao poder público municipal e à coletividade, dever de defendê-lo e preservá-lo para

aspresentes e futuras gerações.

Artigo 166 - Somente serão admitidas a execução de obras, atividades, processos

produtivos e empreendimentos e a exploração de recursos de qualquer espécie, pelo setor

público ou privado, se houver resguardo do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

§ 1° - A licença ambiental para atividades potencialmente causadoras de significati-

va degradação do meio ambiente, será sempre procedida de aprovação de estudo prévio de

impacto ambiental e respectivo relatório a que se dará prévia publicidade, garantida a

realização de audiências públicas.

§ 2° - Tal licença será outorgada por órgãos competentes, observados os critérios

gerais fixados em lei, além de normas a padrões estabelecidas pelo poder público, além de

ser necessária aprovação legislativa.

Artigo 167 - Será criado por lei, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Am-

biente (CONDEMA), que estabelecerá uma política de defesa do Meio Ambiente, que

elabore o planejamento e o zoneamento ambientais, sendo garantida a participação de

entidades de classe, de moradores e tecnológicas e de órgãos governamentais.

PARÁGRAFO ÚNICO - Um setor para o Meio Ambiente ligado a um Departa-

mento ou Secretaria Municipal, será encarregado da implantação dessa política de defesa

do meio ambiente.

Artigo 168 - 0 Município colaborará com o Estado, com a finalidade de:

I - garantir a educação ambiental em todos os níveis de ensino e conscientização pú-

61

blica para a preservação do meio ambiente;

II - proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua fun-

ção ecológica, provoquem extinção de espécie ou submetam os animais a crueldade, fisca-

lizando a extração, captura, produção, transporte, comercialização e consumo de seus es-

pécimes e sub-produtos;

III - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

IV - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e ex-

ploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

V - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas através de planejamento que

englobe diagnóstico, análise técnica e definição de diretrizes de gestão dos espaços com

participação popular e socialmente negociadas, respeitando a conservação de qualidade

ambiental;

VI - estimular e promover o reflorestamento ecológico em áreas degradadas, parti-

cularmente a mata ciliar, objetivando especialmente a proteção de costas e dos recursos

hídricos, bem como a consecussão de Índices mínimos de cobertura vegetal;

VII - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem de substâncias, o transporte, a

comercialização e a utilização de técnicas, métodos e as instalações que comportem risco

efetivo ou potencial para a saudável qualidade de vida e ao meio ambiente natural e de

trabalho, incluindo materiais geneticamente alterados pela ação humana, resíduos químicos

e fontes de radioatividade;

VIII - informar, sistemática e amplamente, a população sobre a presença de subs-

tâncias, potencialmente, danosas à saúde na água potável e nos alimentos;

IX - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilização dos causa-

dores de poluição ou degradação ambiental;

X - é vedada a concessão de recursos públicos, ou incentivos fiscais às atividades

que desrespeitem as normas e padrões de proteção ao meio ambiente natural de trabalho;

XI - recuperar a vegetação em áreas urbanas, segundo critérios definidos em lei;

XII - instituir programas, através de lei, mediante a integração de todos os órgãos,

incluindo os de crédito, objetivando incentivar os proprietários rurais a executarem as

práticas de conservação e reposição das matas ciliares com replantio de espécies nativas;

XIII - adotar medidas de controle da erosão estabelecendo normas de conservação do

solo, em área urbana e rural.

62

Artigo 169 - Poderão ser formados consórcios com os Municípios vizinhos objetivando a

solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental, devendo ter autorização

legislativa.

Artigo 170 - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente pelo órgão público competente, na forma da lei.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Município não responsabilizará o causador do dano,

caso comprove que a União ou o Estado o tenham feito .anteriormente, de modo eficaz.

Artigo 171 - E obrigatória a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas

por lei e todo proprietário que não respeitar restrições ao desmatamento deverá recuperá-

los.

Artigo 172 - As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores e

sanções administrativas com aplicação de multas diárias e progressivas nus casos de

continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a

interdição, independentemente da obrigação dos infratores de restaurar os danos causados.

PARÁGRAFO ÚNICO - As multas aplicadas como penalidades aos que infringem

as leis de proteção ao meio ambiente, em sua totalidade, serão aplicadas neste setor do

Município, não podendo, em hipótese alguma, ser utilizadas em outros setores.

Artigo 173 - Nos serviços públicos prestados pelo Município e na sua concessão,

permissão e renovação, deverá ser avaliado o serviço e seu impacto ambiental.

Artigo 174 - São áreas de proteção permanente:

I - as áreas de proteção das nascentes;

II - as áreas "que abriguem exemplares raros da fauna e da flora, como àqueles que

sirvam como local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;

III - a região de mata ciliar conforme lei federal.

Artigo 175 - O Grande Lago Lindóia, o Rio do Peixe, são espaços territoriais es-

63

pecialmente protegidos e sua utilização, assim como de suas margens, depende de prévia

autorização dos órgãos competentes, da aprovação da Câmara Municipal e deve ser feita

em condições que. assegurem a preservação do meio ambiente.

Artigo 176 - Os critérios, locais e condições de deposição ou estocagem de resí-

duos deverão ser definidos por análise técnica competente.

§ 1° - Todo resíduo lançado aos rios do Município ou aos seus afluentes, em especial

o Rio do Peixe, bem como resíduo que seja depositado provisório ou definitivamente no

Município, deve antes receber tratamento adequado, de maneira a minimizar o desiquilíbrio

ecológico causado ao meio ambiente, observados os limites mínimos estabelecidos pelo

Conselho Municipal do Meio Ambiente. Sempre que possível serão tomadas providências

para sua reciclagem ou utilização como fonte energética.

§ 2° - Todo resíduo que não puder ser tratado de maneira a satisfazer as condições

citadas no parágrafo 1°, deve ser devidamente acond icionado e estocado em local próprio,

de acordo com as determinações do Conselho Municipal do Meio Ambiente. É de

responsabilidade do usuário informar o Conselho no caso de resíduos dessa espécie, bem

como tomar as providências citadas neste parágrafo.

§ 3° - É de competência do Município o tratamento dos resíduos, conforme o dis-

posto no parágrafo 1º - quando estes forem recolhidos pelo sistema de coleta de lixo da

Prefeitura, ou quando forem lançados na rede de esgoto pública. A Prefeitura deverá estar

devidamente equipada para atender a demanda do Município, renovando seus

equipamentos sempre que, tecnologicamente, as mais adequadas forem desenvolvidas.

Artigo 177 - O poder público municipal estimulará a criação e manutenção de

unidades privadas de preservação ambiental.

Artigo 178 - Fica proibida a pesquisa, armazenamento e transporte de material

bélico atómico no Município.

Artigo 179 - É proibida a instalação de reatores nucleares, com excessão daqueles

destinados à pesquisa científica e ao uso terapêutico, cuja localização e especificações

serão definidas em lei complementar.

64

Artigo 180 - Não será permitida a deposição final de resíduos radioativos que não

pertençam a atividades no Município.

Artigo 181 - Fica assegurada a realização de plebiscito para aprovação do relató-

rio de impacto ambiental em atividades regulamentadas na forma da lei.

Capítulo Vll

DOS RECURSOS HÍDRICOS

Artigo 182 - 0 Município poderá celebrar convénios com o Estado, para a gestão

das águas de interesse local, fazendo parte do sistema integrado de gerenciamento dos re-

cursos hídricos.

Artigo 183 - É vedado o lançamento de efluentes e esgotos urbanos e industriais,

sem o devido tratamento, em qualquer corpo d'água.

Artigo 184 - 0 Município participará, isoladamente ou em consórcios com outros

Municípios da mesma bacia hidrográfica, do sistema integrado de gerenciamento de re-

cursos hídricos previstos no artigo 205 da Constituição Estadual.

Artigo 185 - O Município adotará medidas no sentido de:

I - instituir áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento às popula-

ções e da implantação, conservação e recuperação de matas ciliares;

II - zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas áreas

sujeitas a inundações frequentes e de capacidade de infiltração do solo;

III - implantar sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a saúde

pública, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;

lV - condicionar à aprovação prévia por organismos estaduais de controle ambiental

e de gestão de recursos hídricos, na forma da lei estadual, dos aios de outorga de direitos

que possam influir na qualidade ou quantidade das águas superficiais e subterrâneas;

65

V - instituir programas permanentes de racionalização do uso d'água para abasteci-

mento público, industrial e a irrigação para combate às inundações e à erosão;

VI - organizar a exploração de portos de areia e pedreira, de saibro, argua, cascalho

e de outros recursos minerais, através de lei.

Artigo 186 - As ações de saneamento deverão prever a utilização racional da

água, do solo e do ar, de modo compatível com a preservação e melhoria da qualidade da

saúde pública e do meio ambiente e com a eficiência dos serviços públicos de saneamento,

Artigo 187 - As águas subterrâneas deverão ter programa permanente de conser-

vação e proteção contra poluição e super exploração, com diretrizes em lei.

PARÁGRAFO ÚNICO - A Implantação de poço artesiano deve ser comunicado à

autarquia municipal ligada à água e esgoto.

Capítulo VIII

DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Artigo 188 - 0 Município promoverá a defesa do consumidor mediante adoção de

política governamental própria e de medidas de orientação e fiscalização definidas em lei.

PARÁGRAFO ÚNICO - A lei definirá, também, os direitos básicos dos consumi-

dores e os mecanismos de estímulo à auto-organização de defesa do consumidor, de

assistência Judiciária e policial especializada e de controle de qualidade dos serviços

públicos.

Artigo 189 - O Sistema Municipal de Defesa do'Consumidor, integrado por ór-

gãos públicos das áreas de saúde, alimentação, abastecimento, assistência judiciária, cré-

dito, habitação, segurança e educação, com atribuições de tutela e promoção dos consumi-

dores de bens e serviços, terá como órgão consultivo e deliberativo o Conselho Municipal

de Defesa do Consumidor, com as atribuições e composição definidas em lei, garantida a

participação popular.

TÍTULO VI

66

DISPOSIÇÕES GERAIS E

TRANSITÓRIAS

Artigo 190 - Incumbe ao Município:

I - auscultar, permanentemente, a opinião pública, para isso, sempre que o interesse

público não aconselhar o contrário, os Poderes Executivo e Legislativo divulgarão, com a

devida antecedência, os projetos de lei para o recebimento de sugestões;

II - adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos expe-

dientes administrativos, punindo, disciplinamente, nos termos da lei, os servidores faltosos;

III - facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outra publica-

ção periódica, assim como das transmissões pelo rádio e pela televisão.

Artigo 191 - É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre as-

suntos referentes à administração municipal.

Artigo 192 - Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de

nulidade ou anulação dos atos lesivos ao património municipal.

Artigo 193 - 0 Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços

públicos de qualquer natureza.

PARÁGRAFO ÚNICO - Para os fins deste artigo, somente após um ano de fale-

cimento poderá ser homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que

tenham desempenhado altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do

País.

Artigo 194 - Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular, e serão

administrados pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosas

praticar neles os seus ritos.

PARÁGRAFO ÚNICO - As associações religiosas e os particulares poderão, na

forma da lei, manter cemitérios próprios fiscalizados, porém, pelo Município.

67

Artigo 195 - Fica proibida a remuneração, a qualquer título, dos membros de

conselho e comissões criados ou mantidos por esta Lei Orgânica.

Artigo 196 - 0 cadastro de terras públicas deverá ser atualizado no prazo de um

ano, a contar da data de publicação da Lei Orgânica do Município pelo Poder Executivo

Municipal.

Artigo 197 - A Câmara Municipal criará no prazo de 15 (quinze) dias da data da

promulgação desta lei, uma comissão Especial para proceder a revisão do seu Regimento

Interno, observando, na composição da Comissão, proporcionalidade de representação

partidária.

PARÁGRAFO ÚNICO - A Comissão referida no "caput" deste artigo terá o prazo

de 3 três) meses para a conclusão de seus trabalhos.

Artigo 198 - Até a promulgação da lei complementar, é vedado ao Município des-

pender com o pessoal ativo mais do que sessenta e cinco por cento do valor da receita

corrente, limite este a ser alcançado, no máximo em cinco anos, à razão de um quinto por

ano.

Artigo 199 - Até a entrada em vigor da Lei Complementar Federal, o Projeto do Plano

Plurianual, para vigência até o final do mandato em curso do Prefeito, e o projeto de Lei

Orçamentária anual, serão encaminhados à Câmara até 2 ( dois ) meses antes do

encerramento do exercício financeiro devolvidos para sansão até o encerramento da sessão

legislativa.

Sala das Sessões, em 05 de Abril de 1990.

DR. AMÉRICO KACHAN - Presidente

CLÁUDIO BENEDITO FARIA TOMAZI – 1º Secretário

BENEDITO VANELI DO CARMO - 2° Secretário

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BENEDITO SERAFIM PEREIRA - Vice-Presidente

JOSÉ FERNANDO FARIA DEMATEI - Relator Geral

EDWARD CARDOSO BERNARDI

JOSÉ FARIA

JOSÉ HERMINIO ALVES PENACCHI

JOSÉ JUSTINO LOPES

JOSÉ LUPERCIO CAVENAGHI

MARIA ANTONIA DE FARIA ZAMBOIM

COMPOSIÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE LINDÓIA,

DESDE SUA EMANCIPAÇÃO 21/03/65 - Instalação do Município VEREADORES: Dr. Américo Kachan Agostinho de Souza Godoy Benedito Aparecido Dematei Ézio Coli Geraldo Gigli

Gomilde de Souza Godoy Benedicto Angelo Gusson (José A. Cavenaghi) José Alves Neto Laércio Londro de Oliveira 1969/1972

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VEREADORES: Dr. Américo Kachan António Toledo Ézio Coli Benedito Herminio B. Peternela Benedito Vaneli do Carmo Gomilde de Souza Godoy Geraldo Alves de Godoy Lázaro de Souza Godoy João Alves (Reinaldo R. Pietrafeza) 1973/1976 VEREADORES: Amónio Toledo André Saturnino da Silva Benedito Ap. Fiori Alves Benedito Herminio B. Petemela Benedito Serafim Pereira João Demate José Ap. Vaneli de Godoy José Gonçalves Sobrinho Reinaldo Romeu Pietrafeza 1977/1980 VEREADORES: Agostinho de Souza Godoy Antonio Toledo Benedito Serafim Pereira Benedito Vaneli do Carmo Benedito Ap. Fiori Alves Ivandro Sebastião Godoy Tortelli José Trafani (Benedito Fidelis de Souza) José Tadeu Alves Penacchi Reinaldo Romeu Pietrafeza 1983/1988 VEREADORES: Benedito Ap. Fiori Alves Benedito Vaneli do Carmo Doralice Catarina de Toledo Edward Edelman Coli

José Gonçalves Sobrinho José Justino Lopes José Tadeu Alves Penacchi Reinaldo Romeu Pietrafeza Rodolfo Pereira de Godoi 1989/1992 VEREADORES: Dr. Américo Kachan Benedito Serafim Pereira Benedito Vaneli do Carmo Claúdio Benedito Faria Tomazi Edward Cardoso Bemardi José Faria José Fernando Faria Dematei José Herminio Alves Penacchi José Justino Lopes José Lupercio Cavenaghi Maria Antonia de Faria Zamboim 1993/1996 VEREADORES: Antonio Lamari Nogueira Alexandre Vivanco Blanco Benedito Vaneli do Carmo Edward Cardoso Bernardi Francisco Paulo Lopes José Faria José Fernando Faria Dematei José Justino Lopes Maria Antonia Faria Zampoim Pedro Torteli Neto 1997/2000 VEREADORES: Élcio Fiori de Godoi Benedito Serafim Pereira José Faria José Fernando Faria Dematei José Humberto Pietrafesa dos Santos José Romeu Mistrello Cardoso Luís Cláudio Silveira Perciani Paulo César Alves Pennacchi Snide Washington de Souza Godoi

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2001/2004 VEREADORES: José Humberto Pietrafesa dos Santos Ana Maria Alves dos Santos Cláudio Benedito Faria Tomazi Edmar Roberto Pereira José Faria José Romeu Mistrello Cardoso Luís Cláudio Silveira Perciani Paulo Cesar Alves Pennacchi Snide Washington de Souza Godoi 2005/2008 VEREADORES: Arlindo Bueno Moreira Ana Maria Alves dos Santos Aparecido Luis Matos Celso Martins da Silva

José Humberto Pietrafesa dos Santos Luís Cláudio Silveira Perciani Luciano Francisco de Godoi Lopes Paulo César Alves Pennacchi Helnes Carlos Rersquioto 2009/2012 VEREADORES: Ariel Faria Alves Artur Del Rio Condotta Bruno Fischer Tardelli Helnes Carlos Resquioto José Adriano Pietrafesa dos Santos José Humberto Pietrafesa dos Santos Luís Cláudio Silveira Perciani Luciano Francisco de Godoi Lopes Pedro Luís Giovanini

LINDÓIA, O MUNDO COMO DEUS CRIOU

DADOS HISTÓRICOS - Por volta da 2a metade do século XIX inicia-se a po- voação ao redor da "Capela das Brotas", construída por tropeiros que ali paravam para descanso e oração. O povoado se desenvolveu e foi elevado à categoria de Distrito de Paz, pela Lei N° 638 de 29 de Julho de 1899, na Comarca de Serra Negra, passando a ser chamado Distrito de Paz de Lindóia.

Em 1934 o Distrito de Paz de Lindóia é elevado à Município e o Bairro das Águas Quentes, hoje o Município de Águas de Lindóia, passou a ser Distrito do Novo Município, sob a designação de Thermas de Lindóia. Daí então o Distrito de Thermas de Lindóia intensificou o seu desenvolvimento e os políticos lindoianos da época, permitiram que a sede do município fosse transferida de Lindóia para o núcleo das Thermas, já com o no- me de Águas de Lindóia. Deste modo, em 1953, Lindóia voltou a ser Distrito, desta vez de Águas de Lindóia. Inconformados, os políticos lindoianos iniciaram um novo processo de emancipação, que veio a ocorrer somente depois de dez anos, pelo Decreto n° 8.050 de 31 de Dezembro de 19 63. Em 21 de Março de 1965 foi novamente instalado o Município de Lindóia, um dos poucos do Estado, que emancipou-se duas vezes, primeiro de Serra Negra, depois de Águas de Lindóia.

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CLIMA -Ameno TEMPERATURA - Média anual20°C DISTÂNCIA DA CAPITAL - 150 Km. RODOVIAS DE ACESSO - SP 147 e SP 360 ALTITUDE - Parte baixa 720 m., parte alta 915 m. e Pico do Vargeado (Morro do Mosquito) com mais de 1.000 m. LOCALIZAÇÃO - Lindóia se encontra na Serra da Mantiqueira, fazendo limite com Águas de Lindóia, Serra Negra, Socorro e Itapira; está próxima da divisa do Estado de São Paulo com o sul de Minas Gerais. POPULAÇÃO APROXIMADA - 5.000 Habitantes entre zona Rural e Urbana. ECONOMIA - A economia lindoiana é baseada na extração e comercialização de Água Mineral, sendo considerada a maior extratora deste minério em toda a América Latina. Além dos engarrafadores da famosa água mineral natural "LINDÓYA", o município conta com um abatedouro de aves, e pequenos criadores de bovinos e suínos. Na agricultura o produto que mais se destaca é o café, sendo também registrada pequenas lavouras de milho.

CURIOSIDADES - O nome Lindóia, segundo pesquisadores da Língua indígena

Tupi - Guarani, significa rio que não transborda, porém, foi o nome de uma linda índia, que inspirou Basílio da Gama (1740-1795) mineiro, Patrono da Academia Brasileira de Letras, a compor, a Morte de Lindóia. Narra o autor que num bosque escuro, antigo e negro, dormia Lindóia, quando uma verde serpente enrola em seu corpo. Seu irmão Caitutu não a chama, temendo Lindóia acordar assustada e irritar o monstro. Com seu arco, meio com medo, disparou uma flexa, que fere a serpente e atinge o peito de Lindóia. Caitutu sai à procura de Cacambo, o namorado de Undóia, que ao chegar testemunha ser tão bela no seu rosto a morte. (Maiores detalhes no livro: Antologia da Literatura Mundial)

Na data da impressão desta Lei Orgânica, a Câmara Municipal de Lindóia, estava assim constituída: Cláudio Benedito Faria Tomazi - Presidente José Fernando Faria Dematei - Vice-Presidente José Lupércio Cavenaghi - 1° Secretário Dr. Américo Kachan - 2° Secretário DEMAIS VEREADORES: José Justino Lopes Benedito Vaneli do Carmo Benedito Serafim Pereira

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Edward Cardoso Bernardi José Hermínio Alves Pennacchi José Faria Maria Antonia de Faria Zamboim