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Título I - Dos Princípios e Direitos Fundamentais Capítulo I - Dos Princípios Fundamentais Art. 1º - O Município do Rio de Janeiro é a expressão e o instrumento da soberania do povo carioca e de sua forma de manifestação individual, a cidadania. Art. 2º - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei Orgânica. Art. 3º - A soberania popular se manifesta quando a todos são asseguradas condições dignas de existência, e será exercida: I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos; II - pelo plebiscito; III - pelo referendo; IV - pela iniciativa popular no processo legislativo; V - pela participação nas decisões do Município; VI - pela ação fiscalizadora sobre a administração pública. Art. 4º - O Município promoverá os valores que fundamentam a existência e a organização do Estado brasileiro, resguardando a soberania da Nação e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, o caráter social do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo, visando à edificação de uma sociedade livre, justa e fraterna, isenta do arbítrio e de preconceitos de qualquer espécie e assentada no regime democrático. Título II - Da Organização Municipal Capítulo I - Disposições Preliminares Art. 14 - O Município, pessoa jurídica de direito público interno, é unidade territorial que integra a organização

lei da câmara do rio

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Ttulo I - Dos Princpios e Direitos FundamentaisCaptulo I - Dos Princpios FundamentaisArt. 1 - O Municpio do Rio de Janeiro a expresso e o instrumento da soberania do povo carioca e de sua forma de manifestao individual, a cidadania.

Art. 2 - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Lei Orgnica.

Art. 3 - A soberania popular se manifesta quando a todos so asseguradas condies dignas de existncia, e ser exercida:

I - pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos;

II - pelo plebiscito;

III - pelo referendo;

IV - pela iniciativa popular no processo legislativo;

V - pela participao nas decises do Municpio;

VI - pela ao fiscalizadora sobre a administrao pblica.

Art. 4 - O Municpio promover os valores que fundamentam a existncia e a organizao do Estado brasileiro, resguardando a soberania da Nao e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, o carter social do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo, visando edificao de uma sociedade livre, justa e fraterna, isenta do arbtrio e de preconceitos de qualquer espcie e assentada no regime democrtico.Ttulo II - Da Organizao MunicipalCaptulo I - Disposies PreliminaresArt. 14 - O Municpio, pessoa jurdica de direito pblico interno, unidade territorial que integra a organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro, dotada, nos termos assegurados pela Constituio da Repblica, pela Constituio do Estado e por esta Lei Orgnica, de autonomia:

I - poltica, pela eleio direta do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores;

II - financeira, pela instituio e arrecadao de tributos de sua competncia e aplicao de suas rendas;

III - administrativa, pela organizao dos servios pblicos locais e administrao prpria dos assuntos de interesse local;

IV - legislativa, atravs do exerccio pleno pela Cmara Municipal das competncias e prerrogativas que lhe so conferidas pela Constituio da Repblica, pela Constituio do Estado e por esta Lei Orgnica.

1 - O Municpio rege-se por esta Lei Orgnica e pela legislao que adotar, observados os princpios estabelecidos nas Constituies da Repblica e do Estado.

2 - O Municpio poder celebrar convnios ou consrcios com a Unio, Estados e Municpios ou respectivos entes da administrao indireta e fundacional, para execuo de suas leis, servios ou decises administrativas por servidores federais, estaduais ou municipais.

3 - Da celebrao do convnio ou consrcio e de seu inteiro teor ser dada cincia Cmara Municipal, ao Tribunal de Contas e Procuradoria-Geral do Municpio, que mantero registros especializados e formais desses instrumentos jurdicos.

Art. 15 - Restries impostas pela legislao municipal em matria de interesse local prevalecem sobre disposies de qualquer ente federativo, quando anteriores a estas e desde que no revogadas expressamente.Ttulo II - Da Organizao MunicipalCaptulo I - Disposies PreliminaresSeo IV - Dos Smbolos MunicipaisArt. 28 - So smbolos do Municpio o braso, a bandeira e o hino atualmente adotados, cabendo lei regulamentar seus usos.

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Ttulo II - Da Organizao MunicipalCaptulo I - Disposies PreliminaresSeo V - Da Denominao dos Poderes do MunicpioArt. 29 - As designaes do Municpio, do Poder Executivo e do Poder Legislativo sero, respectivamente, as de Municpio do Rio de Janeiro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Cmara Municipal do Rio de Janeiro.

Pargrafo nico - Na promoo da Cidade, o Municpio poder utilizar tambm estas denominaes:

I - Cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro;

II - Rio de Janeiro;

III - Rio.

Ttulo II - Da Organizao MunicipalCaptulo II - Da Competncia do MunicpioArt. 30 - Compete ao Municpio:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados nesta Lei Orgnica;

IV - dispor sobre:

a) plano plurianual de governo, plano diretor e planos locais e setoriais de desenvolvimento municipal;

b) oramento plurianual de investimentos, lei de diretrizes oramentrias, oramento anual, operaes de crdito e dvida pblica municipal;

c) concesso de isenes e anistias fiscais e remisso de dvidas e crditos tributrios;

d) criao, organizao e supresso de regies administrativas e distritos;

e) organizao do quadro de seus servidores, instituio de planos de carreira, cargos e remunerao e regime nico dos servidores;

f) criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas;

g) criao, extino e definio de estrutura e atribuies das Secretarias e rgos da administrao direta, indireta e fundacional;

h) seguridade social de seus servidores;

i) aquisio, administrao, utilizao e alienao de seus bens mveis, imveis e semoventes;

j) transferncia das sedes da Prefeitura e da Cmara Municipal;

l) irmanao com cidades do Brasil e de outros pases, a destes ltimos com audincia prvia dos rgos competentes da Unio;

m) concesso de incentivos s atividades industriais, comerciais, agrcolas, pecurias, de servios artesanais, culturais e artsticas, tecnolgicas e de pesquisas cientficas, de piscicultura, pesca, ranicultura e atividades congneres;

n) criao de distritos industriais e plos de desenvolvimento;

o) depsito e venda de animais apresados e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso da legislao municipal;

p) registro, guarda, vacinao e captura de animais, com a finalidade precpua de controlar e erradicar molstias de que possam ser portadores ou transmissores;

q) comercializao, industrializao, armazenamento e uso de produtos nocivos sade;

r) denominao de prprios, vias e logradouros pblicos;

V - planejar, regulamentar, conceder licenas, fixar, fiscalizar e cobrar preos ou tarifas pela prestao de servios pblicos;

VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, entre outros, os seguintes servios:

a) abastecimento de gua e esgotamento sanitrio;

b) mercados, feiras e matadouros locais;

c) cemitrios, fornos crematrios e servios funerrios;

d) iluminao pblica;

e) limpeza pblica, coleta domiciliar, remoo de resduos slidos, combate a vetores, inclusive em reas de ocupao irregular e encostas de morros, e destinao final do lixo;

f) transporte coletivo;

VII - instituir, conforme a lei dispuser, guardas municipais especializadas, que no faam uso de armas, destinadas a:

a) proteger seus bens, servios e instalaes;

b) organizar, dirigir e fiscalizar o trfego de veculos em seu territrio;

c) assegurar o direito da comunidade de desfrutar ou utilizar os bens pblicos, obedecidas as prescries legais;

d) proteger o meio ambiente e o patrimnio histrico, cultural e ecolgico do Municpio;

e) oferecer apoio ao turista nacional e estrangeiro;

VIII - instituir servides administrativas necessrias realizao de seus servios e dos de seus concessionrios;

IX - proceder a desapropriaes;

X - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa;

XI - fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condies sanitrias dos gneros alimentcios, observada a legislao federal pertinente;

XII - legislar sobre sistema de transporte urbano, determinar itinerrio e os pontos de parada obrigatria de veculos de transporte coletivo e os pontos de estacionamento de txis e demais veculos, fixar planilhas de custos de operao, horrios e itinerrios nos pontos terminais de linhas de nibus;

XIII - organizar, dirigir e fiscalizar o trfego de veculos em seu territrio e exercer o respectivo poder de polcia, diretamente ou em convnio com o Estado do Rio de Janeiro, podendo com esse fim:

a) regular, licenciar e fiscalizar o servio de transporte, a taxmetro, de doentes e feridos;

b) disciplinar os servios de carga e descarga, bem como fixar a tonelagem mxima permitida e o horrio de circulao de veculos por vias urbanas cuja conservao seja da competncia do Municpio;

c) organizar e sinalizar as vias pblicas, regulamentar e fiscalizar a sua utilizao, definir as zonas de silncio e de trfego em condies especiais, notadamente em relao ao transporte de cargas txicas e de materiais que ofeream risco s pessoas e ao meio ambiente;

d) regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos;

XIV - regular, licenciar, conceder, permitir ou autorizar e fiscalizar os servios de veculos de aluguel;

XV - regulamentar e fiscalizar o transporte de excursionistas no mbito de seu territrio;

XVI - estabelecer e implantar, diretamente ou em cooperao com a Unio e o Estado, poltica de educao para segurana do trnsito;

XVII - instituir normas de zoneamento, edificao, loteamento e arruamento, bem como as limitaes urbansticas convenientes ordenao do territrio municipal, observadas as diretrizes da legislao federal e garantida a reserva de reas destinadas a:

a) zonas verdes e logradouros pblicos;

b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais;

c) passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos lotes, obedecidas as dimenses e demais condies estabelecidas na legislao;

XVIII - exercer seu poder de polcia urbanstica especialmente quanto a:

a) controle dos loteamentos;

b) licenciamento e fiscalizao de obras em geral, includas as obras pblicas e as obras de bens imveis e as instalaes de outros entes federativos e de seus rgos civis e militares;

c) utilizao dos bens pblicos de uso comum para a realizao de obras de qualquer natureza;

d) utilizao de bens imveis de uso comum do povo;

XIX - executar, diretamente, com recursos prprios, ou em cooperao com o Estado ou a Unio, obras de:

a) abertura, pavimentao e conservao de vias;

b) drenagem pluvial;

c) saneamento bsico;

d) microdrenagem, mesodrenagem, regularizao e canalizao de rios, valas e vales no interior do Municpio;

e) reflorestamento;

f) conteno de encostas;

g) iluminao pblica;

h) construo e conservao de estradas, parques, jardins e hortos florestais;

i) construo, reforma, ampliao e conservao de prdios pblicos municipais;

XX - fixar dia e horrio de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, assegurada a participao das entidades representativas dos empregados e empregadores em todas as fases desse processo;

XXI - conceder e cancelar licena para:

a) localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios e outros onde se exeram atividades econmicas, de fins lucrativos ou no, e determinar, no exerccio do seu poder de polcia, a execuo de multas, o fechamento temporrio ou definitivo de estabelecimentos, com a conseqente suspenso da licena quando estiverem descumprindo a legislao vigente e prejudicando a sade, a higiene, a segurana, o sossego e os bons costumes ou praticando, de forma reiterada, abusos contra os direitos do consumidor ou usurio;

b) exerccio de comrcio eventual ou ambulante;

c) realizao de jogos, espetculos e divertimentos pblicos, observadas as prescries legais;

XXII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado:

a) programas de educao pr-escolar e ensino fundamental;

b) programas de alfabetizao e de atendimento especial aos que no freqentaram a escola na idade prpria;

c) programa de alimentao aos educandos;

d) programa de sade nas escolas;

XXIII - proporcionar populao meios de acesso cultura, educao e cincia;

XXIV - promover a cultura, o lazer e a recreao;

XXV - promover a pesquisa e o desenvolvimento cientfico e tecnolgico, para a paz e o progresso social;

XXVI - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao e de proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincia;

XXVII - realizar servios de assistncia social, diretamente ou por meio de instituies privadas, conforme critrios e condies fixados em lei;

XXVIII - manter programas de apoio s prticas desportivas;

XXIX - promover, com recursos prprios ou com a cooperao da Unio e do Estado, programas de construo de moradias, de melhoramento das condies habitacionais e de saneamento bsico;

XXX - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico, cultural, turstico e paisagstico, as paisagens e os monumentos naturais notveis e os stios arqueolgicos, observadas a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

XXXI - impedir a evaso, a destruio e descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico, cultural, turstico e paisagstico;

XXXII - proceder ao tombamento de bens mveis e imveis, para os fins definidos nos incisos XXX e XXXI deste artigo;

XXXIII - realizar atividades de defesa civil, includas as de combate e preveno a incndios e preveno de acidentes, naturais ou no, em coordenao com a Unio e o Estado;

XXXIV - manter, com carter educativo e cultural, servios de radiodifuso sonora e de sons e imagens que venham a ser concedidos Prefeitura pela Unio;

Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo I - Da Cmara MunicipalArt. 40 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada legislatura, pelo sistema proporcional, entre cidados maiores de dezoito anos, no exerccio dos direitos polticos, pelo voto direto e secreto, na forma da legislao federal.

Pargrafo nico - Cada legislatura ter durao de quatro anos, correspondendo cada ano a uma sesso legislativa.

Art. 41 - de quarenta e dois o nmero de Vereadores Cmara Municipal.

Art. 42 - Salvo disposies em contrrio desta Lei Orgnica, as deliberaes da Cmara Municipal e de suas comisses sero adotadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Art. 43 - A Cmara Municipal tem sede no Palcio Pedro Ernesto.Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo II - Das Atribuies da Cmara MunicipalArt. 44 - Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, legislar sobre todas as matrias de competncia do Municpio e especialmente sobre:

I - sistema tributrio, arrecadao e aplicao de rendas;

II - plano de governo, diretrizes oramentrias, oramentos anual e plurianual de investimentos, operaes de crdito e dvida pblica;

III - polticas, planos e programas municipais, locais e setoriais de desenvolvimento;

IV - criao, organizao e supresso de regies administrativas e distritos no Municpio;

V - concesso de isenes e anistias fiscais e remisso de dvidas e de crditos tributrios;

VI - organizao da Procuradoria-Geral do Municpio;

VII - organizao do Tribunal de Contas do Municpio e de sua Procuradoria Especial;

VIII - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas;

IX - criao, extino e definio de estrutura e atribuies das secretarias e rgos da administrao direta, indireta e fundacional do Municpio;

X - matria financeira e oramentria;

XI - montante da dvida mobiliria municipal;

XII - normas gerais sobre a explorao de servios pblicos;

XIII - autorizao para proceder encampao, reverso ou expropriao dos bens de concessionrias ou permissionrias e autorizar cada um dos atos de retomada ou interveno;

XIV - tombamento de bens mveis ou imveis e criao de reas de especial interesse;

XV - fixao e modificao do efetivo das guardas municipais previstas no art. 30, VII.

Art. 45 - da competncia exclusiva da Cmara Municipal:

I - elaborar seu regimento interno;

II - eleger sua Mesa Diretora, bem como destitu-la na forma desta Lei Orgnica e do regimento interno;

III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias;

IV - mudar temporariamente a sua sede;

V - fixar a remunerao dos Vereadores em cada legislatura, para a subseqente, no primeiro perodo legislativo ordinrio do ltimo ano de cada legislatura;

VI - decidir sobre a perda de mandato de Vereador, pelo voto secreto de dois teros dos seus membros, nas hipteses previstas nesta Lei Orgnica;

VII - receber renncia de mandato de Vereador, em documento redigido de prprio punho;

VIII - exercer, com o auxlio do Tribunal de Contas, a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio;

IX - criar comisses parlamentares de inqurito sobre fato determinado que se inclua na competncia da Cmara Municipal, sempre que o requerer pelo menos um tero dos seus membros;

X - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegaes legislativas;

XI - suspender a execuo, no todo ou em parte, de lei municipal declarada inconstitucional por deciso definitiva do Tribunal de Justia do Estado;

XII - requerer interveno estadual, quando necessrio, na forma do art. 36, I, da Constituio da Repblica, para assegurar o livre exerccio de suas funes;

XIII - conceder ttulo honorfico a pessoas que tenham reconhecidamente prestado servio ao Municpio, ao Estado, Unio, democracia ou causa da Humanidade, mediante decreto legislativo aprovado por dois teros dos seus membros;

XIV - apreciar convnios, acordos, convenes coletivas, contratos ou outros instrumentos jurdicos celebrados com a Unio, Estados e outros Municpios ou com instituies pblicas e privadas de que resultem para o Municpio encargos no previstos na lei oramentria;

XV - emendar esta Lei Orgnica, promulgar leis no caso de silncio do Prefeito e expedir decretos legislativos e resolues;

XVI - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XVII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa do Poder Executivo;

XVIII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e receber os respectivos compromissos ou renncias;

XIX - fixar a remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito em cada legislatura, para a subseqente, observado o disposto na Constituio da Repblica;

XX - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores, para afastamento do cargo;

XXI - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do Municpio, quando a ausncia exceder a quinze dias;

XXII - apreciar as contas prestadas pelo Prefeito, anualmente, e os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;

XXIII - proceder tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas Cmara Municipal dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;

XXIV - solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administrao;

XXV - convocar o Prefeito, os Secretrios Municipais, o Procurador-Geral do Municpio, os Administradores Regionais e os dirigentes de autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes mantidas pelo Municpio;

XXVI - representar ao Procurador-Geral de Justia, mediante aprovao de dois teros dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, Secretrios Municipais, o Procurador-Geral do Municpio e ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a administrao pblica de que tiver conhecimento;

XXVII - autorizar, por dois teros dos seus membros, a instaurao de processo criminal contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretrios Municipais e o Procurador-Geral do Municpio;

XXVIII - processar e julgar o Prefeito e o Vice-Prefeito, ou quem os substituir, pela prtica de infrao poltico-administrativa e os Secretrios Municipais nas infraes da mesma natureza conexas com aquela;

XXIX - aprovar previamente, por voto secreto, aps argio pblica, a escolha de:

a) Conselheiros do Tribunal de Contas indicados pelo Prefeito;

b) titulares de outros cargos que a lei determinar;

XXX - escolher cinco membros do Tribunal de Contas do Municpio;

XXXI - processar e julgar os Conselheiros do Tribunal de Contas pela prtica de infrao poltico-administrativa;

XXXII - apreciar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas e apreciar seus relatrios trimestrais e anual;

XXXIII - processar e julgar o Procurador-Geral do Municpio pela prtica de infrao poltico-administrativa;

XXXIV - fixar, por proposta do Prefeito, limites globais para o montante da dvida consolidada do Municpio;

XXXV - dispor sobre limites globais e condies para operaes de crdito externo e interno do Municpio;

XXXVI - dispor sobre limites e condies para a concesso de garantia do Municpio em operaes de crdito externo e interno;

XXXVII - estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria do Municpio;

XXXVIII - apreciar os atos do interventor nomeado pelo Governador do Estado, na hiptese de interveno estadual.

1 - de trinta dias, prorrogvel por igual perodo, desde que solicitado e fundamentado, o prazo para o cumprimento do disposto no inciso XXIV e de quinze dias, prorrogvel por igual perodo, desde que por solicitao justificada, o prazo para atendimento ao disposto no inciso XXV.

2 - O no atendimento do prazo estabelecido no pargrafo anterior, ou a prestao de informao falsa ou dolosamente omissa, faculta ao Presidente da Cmara Municipal solicitar, na conformidade da legislao, a interveno do Poder Judicirio para fazer cumprir a lei, sem sacrifcio de outros procedimentos previstos nesta Lei Orgnica.

Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo I - Da Instalao e PosseArt. 52 - A Cmara Municipal reunir-se- a 1 de janeiro do primeiro ano da legislatura, presente o Juiz Eleitoral que for designado pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado e em hora determinada por este, para a posse de seus membros.

1 - Sob a presidncia do Vereador mais votado e presente posse, os demais Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse.

2 - Caber ao Presidente da sesso prestar o compromisso de cumprir a Constituio da Repblica, a Constituio do Estado, a Lei Orgnica do Municpio e o Regimento Interno da Cmara Municipal, observar as leis, desempenhar com retido o mandato que lhe foi confiado, trabalhar pelo progresso do Municpio e pelo bem-estar do povo carioca.

3 - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Juiz Eleitoral proceder chamada nominal de cada Vereador, que declarar que assim o promete.

4 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista neste artigo dever faz-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo de fora maior.

5 - Findo o prazo previsto no pargrafo anterior, no tendo o Vereador faltoso sesso de instalao e posse justificado a sua ausncia, dever a Mesa Diretora oficiar ao Tribunal Regional Eleitoral para a posse de seu suplente.

6 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se e fazer declarao de bens, includos os do cnjuge, repetida sessenta dias antes das eleies da legislatura seguinte, para transcrio em livro prprio, resumo em ata e divulgao para o conhecimento pblico.

Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo I - Da Instalao e PosseArt. 52 - A Cmara Municipal reunir-se- a 1 de janeiro do primeiro ano da legislatura, presente o Juiz Eleitoral que for designado pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado e em hora determinada por este, para a posse de seus membros.

1 - Sob a presidncia do Vereador mais votado e presente posse, os demais Vereadores prestaro compromisso e tomaro posse.

2 - Caber ao Presidente da sesso prestar o compromisso de cumprir a Constituio da Repblica, a Constituio do Estado, a Lei Orgnica do Municpio e o Regimento Interno da Cmara Municipal, observar as leis, desempenhar com retido o mandato que lhe foi confiado, trabalhar pelo progresso do Municpio e pelo bem-estar do povo carioca.

3 - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Juiz Eleitoral proceder chamada nominal de cada Vereador, que declarar que assim o promete.

4 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista neste artigo dever faz-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo de fora maior.

5 - Findo o prazo previsto no pargrafo anterior, no tendo o Vereador faltoso sesso de instalao e posse justificado a sua ausncia, dever a Mesa Diretora oficiar ao Tribunal Regional Eleitoral para a posse de seu suplente.

6 - No ato da posse, os Vereadores devero desincompatibilizar-se e fazer declarao de bens, includos os do cnjuge, repetida sessenta dias antes das eleies da legislatura seguinte, para transcrio em livro prprio, resumo em ata e divulgao para o conhecimento pblico.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo II - Da Eleio da Mesa DiretoraArt. 53 - Imediatamente aps a posse, presente a maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal, os Vereadores elegero os membros da Mesa Diretora, que ficaro automaticamente empossados.

1 - O mandato da Mesa ser de dois anos, permitida a reeleio.

2 - Na hiptese de no haver nmero suficiente para a eleio da Mesa, o Vereador que tiver assumido a direo dos trabalhos permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.

3 - Enquanto no for eleita a Mesa, caber ao Vereador citado no pargrafo anterior praticar os atos legais da administrao da Cmara Municipal.

4 - A eleio para renovao da Mesa realizar-se- sempre no primeiro dia til do primeiro perodo de sesses ordinrias do ano respectivo, sob a presidncia do Vereador mais idoso, considerando-se automaticamente empossados os eleitos.

Art. 54 - O regimento interno dispor sobre a composio da Mesa da Cmara Municipal e, subsidiariamente, sobre a sua eleio.

1 - Na constituio da Mesa Diretora assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara Municipal.

2 - No caso de vacncia de cargos da Mesa Diretora, ser realizada eleio para preenchimento de vaga dentro do prazo de cinco dias teis.

3 - Qualquer membro da Mesa poder ser destitudo, pelo voto de dois teros dos membros da Cmara Municipal, quando faltoso, omisso ou comprovadamente ineficiente no desempenho de suas atribuies ou quando transgredir o disposto no art. 49, I e seu 1.

4 - Cabe ao regimento interno da Cmara Municipal dispor sobre o processo de destituio e sobre a substituio do membro da Mesa destitudo.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo III - Das Competncias da Mesa Diretora e do Presidente da Cmara MunicipalArt. 55 - Compete Mesa Diretora da Cmara Municipal, alm de outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica e no regimento interno:

I - elaborar e encaminhar ao Prefeito, at o dia 15 de agosto, aps a aprovao pelo Plenrio, a proposta oramentria da Cmara Municipal, a ser includa na proposta do Municpio; na hiptese de no apreciao pelo Plenrio, prevalecer a proposta da Mesa;

II - enviar ao Prefeito, at o dia 20 de cada ms, para fins de incorporao aos balancetes do Municpio, os balancetes de sua execuo oramentria relativos ao ms anterior;

III - encaminhar ao Prefeito, at o primeiro dia de maro, as contas do exerccio anterior;

IV - propor ao Plenrio projetos que criem, transformem e extingam cargos, empregos ou funes da Cmara Municipal, bem como a fixao da respectiva remunerao, observadas as determinaes legais;

V - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofcio ou por provocao de qualquer dos membros da Cmara Municipal, nos casos previstos no art. 49, 3, desta Lei Orgnica;

VI - expedir resolues;

VII - autorizar a aplicao dos recursos pblicos disponveis, na forma do art. 110 e seus pargrafos.

Pargrafo nico - O resultado das aplicaes referidas no inciso VII ser levado conta da Cmara Municipal.

Art. 56 - Compete ao Presidente da Cmara Municipal, alm de outras atribuies estabelecidas no regimento interno:

I - representar a Cmara Municipal em juzo e fora dele;

II - dirigir os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara Municipal;

III - fazer cumprir o regimento interno e interpret-lo nos casos omissos;

IV - promulgar as resolues, os decretos legislativos, as leis que receberem sano tcita e aquelas cujo veto tenha sido rejeitado pela Cmara Municipal e no tenham sido promulgadas pelo Prefeito;

V - fazer publicar os atos da Mesa Diretora, as resolues, os decretos legislativos e as leis por ele promulgadas;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em lei;

VII - apresentar ao Plenrio e fazer publicar, at o dia 20 de cada ms, o balancete da execuo oramentria da Cmara Municipal;

VIII - requisitar o numerrio destinado s despesas da Cmara Municipal;

IX - exercer, em substituio, a Chefia do Poder Executivo, nos casos previstos em lei;

X - designar comisses parlamentares nos termos regimentais, observadas as indicaes partidrias;

XI - mandar prestar informaes por escrito e expedir certides requeridas para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal;

XII - encaminhar requerimentos de informao aos destinatrios no prazo mximo de cinco dias;

XIII - responder aos requerimentos enviados Mesa Diretora pelos Vereadores, no prazo mximo de dez dias, prorrogvel somente uma vez pelo mesmo perodo.

Art. 57 - O Presidente da Cmara Municipal, ou quem o substituir, somente manifestar o seu voto nas seguintes hipteses:

I - na eleio da Mesa Diretora;

II - quando a matria exigir, para sua aprovao, o voto favorvel de dois teros ou da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal;

III - quando ocorrer empate em qualquer votao no Plenrio.

1 - O Presidente no poder presidir a sesso durante a discusso e votao de proposio de sua autoria.

2 - Estende-se a vedao de presidir votao e discusso, na forma do pargrafo anterior, ao Vereador que substituir o Presidente na direo das sesses.

Art. 58 - A Mesa Diretora rgo colegiado e decidir sempre pela maioria dos seus membros.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalArt. 59 - A Cmara Municipal reunir-se-, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro.

1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente, quando recarem em sbados, domingos ou feriados.

2 - A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias e do projeto de lei oramentria.

3 - As sesses da Cmara Municipal sero ordinrias, extraordinrias e solenes, conforme dispuser o seu regimento interno, e sero remuneradas conforme o estabelecido nesta Lei Orgnica e na regulamentao especfica.

Art. 60 - As sesses da Cmara Municipal sero realizadas em sua sede.

1 - Comprovada a impossibilidade de acesso sede da Cmara Municipal ou outra causa que impea a sua utilizao, podero ser realizadas sesses em outro local, por deciso dos Vereadores.

2 - As sesses solenes podero ser realizadas fora da sede da Cmara Municipal.

Art. 61 - As sesses da Cmara Municipal sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, na forma do regimento interno, tomada pela maioria absoluta dos seus membros, quando ameaadas a autonomia e a liberdade de palavra e voto dos Vereadores.

Art. 62 - As sesses s podero ser abertas pelo Presidente da Cmara Municipal, por outro membro da mesa ou, na ausncia destes, pelo Vereador mais idoso, com a presena mnima de um tero dos seus membros.

1 - Ser considerado presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da ordem do dia e participar das votaes.

2 - No se realizando sesso por falta de nmero legal, ser considerado presente o Vereador que assinar o livro de presena at trinta minutos aps a hora regimental para o incio da sesso.

Art. 63 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal dar-se-:

I - pelo Presidente da Cmara Municipal ou a requerimento de um tero dos Vereadores, para apreciao de ato do Prefeito que importe em crime de responsabilidade ou infrao poltico-administrativa;

II - pelo Presidente da Cmara Municipal, para dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e receber seu compromisso, bem como em caso de interveno estadual;

III - a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante;

IV - pelo Prefeito.

1 - Ressalvado o disposto nos incisos I e II, a Cmara Municipal s ser convocada, por prazo certo, para apreciao de matria determinada.

2 - No perodo extraordinrio de reunies, a Cmara Municipal deliberar somente sobre matria para a qual foi convocada.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo IV - Do Funcionamento da Cmara MunicipalSubseo V - Das ComissesArt. 64 - A Cmara Municipal ter comisses permanentes e temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no regimento interno ou no ato de que resultar sua criao.

1 - Na constituio de cada comisso, assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Cmara Municipal.

2 - Inexistindo acordo para o cumprimento do disposto no pargrafo anterior, a composio das comisses ser decidida pelo Plenrio.

Art. 65 - s comisses cabe, em razo da matria de sua competncia:

I - apresentar proposies Cmara Municipal;

II - discutir e dar parecer, atravs do voto da maioria dos seus membros, s proposies a elas submetidas;

III - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades pblicas;

V - colher depoimentos de qualquer autoridade ou cidado.

Art. 66 - No segundo perodo de cada sesso legislativa eleger-se- uma Comisso representativa da Cmara Municipal, composta de nove membros, que ter por atribuio dar continuidade aos seus trabalhos no perodo de recesso parlamentar.

1 - A comisso ser eleita em escrutnio secreto, por chapa, observadas, no que couber, as disposies da Lei Orgnica e do regimento interno da Cmara Municipal pertinentes eleio da Mesa Diretora.

2 - A Comisso se instalar no dia subseqente ao da eleio e escolher por maioria de votos seus Presidente, Vice-Presidente e Secretrio.

3 - As atribuies da Comisso representativa e as normas relativas ao seu funcionamento sero definidas pelo regimento interno.

4 - Exclui-se das atribuies a serem conferidas Comisso representativa, nos termos do pargrafo anterior, a competncia para legislar.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo I - Disposio PreliminarArt. 67 - O processo legislativo compreende a elaborao de:

I - emendas Lei Orgnica;

II - leis complementares;

III - leis ordinrias;

IV - leis delegadas;

V - decretos legislativos;

VI - resolues;

1 - Lei complementar dispor sobre a elaborao, redao, alterao e consolidao das leis municipais.

2 - Sobrevindo legislao complementar federal ou dispondo esta diferentemente, a lei complementar municipal ser a ela adaptada.

Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo IV - Das Leis DelegadasArt. 75 - As leis delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar delegao Cmara Municipal.

1 - No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva da Cmara Municipal, a matria reservada a lei complementar nem a legislao sobre:

I - matria tributria;

II - diretrizes oramentrias, oramentos, operaes de crdito e dvida pblica municipal;

III - aquisio e alienao de bens mveis, imveis e semoventes;

IV - desenvolvimento urbano, zoneamento e edificaes, uso e parcelamento do solo e licenciamento e fiscalizao de obras em geral;

V - localizao, instalao e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de servios, bem como seus horrios de funcionamento;

VI - meio ambiente.

2 - A delegao ao Prefeito ter a forma de decreto legislativo da Cmara Municipal, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio;

3 - Se o decreto legislativo determinar a apreciao do projeto pela Cmara Municipal, esta o far em votao nica, vedada qualquer emenda.

4 - Na hiptese do pargrafo anterior, a aprovao dar-se- por maioria absoluta.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo V - Dos Decretos LegislativosArt. 76 - Destinam-se os decretos legislativos a regular, entre outras, as seguintes matrias de exclusiva competncia da Cmara Municipal que tenham efeito externo:

I - concesso de licena ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para afastamento do cargo ou ausncia do Municpio por mais de quinze dias;

II - convocao do Prefeito e dos Secretrios Municipais para prestar informaes sobre matria de sua competncia;

III - aprovao ou rejeio das contas do Municpio;

IV - aprovao dos nomes dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Municpio;

V - aprovao dos indicados para os cargos referidos no art. 45, XXIX, b;

VI - aprovao de lei delegada;

VII - modificao da estrutura e dos servios da Cmara Municipal, ressalvado o disposto no art. 71, 5;

VIII - formalizao de resultado de plebiscito, na forma do art. 81 e seu 3;

IX - ttulos honorficos.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo VI - Das Resolues, Moes e IndicaesArt. 77 - As Resolues da Cmara Municipal destinam-se a regular matrias de sua administrao interna e, nos temos desta Lei Orgnica, de seu processo legislativo.

1 - Dividem-se as Resolues da Cmara Municipal em:

I - resolues da Mesa Diretora, dispondo sobre matria de sua competncia, na forma dos arts. 55 e 58;

II - resolues do Plenrio.

2 - As resolues do Plenrio podem ser propostas por qualquer Vereador ou comisso.

Art. 78 - As deliberaes da Cmara Municipal passaro por duas discusses, excetuando-se os requerimentos, que tero votao nica, sem discusso.

1 - As moes e as indicaes tero aprovao automtica.

2 - No haver limite para apresentao de moes e indicaes pelos Vereadores, mas a publicao no poder ultrapassar o nmero de vinte por edio do rgo oficial da Cmara Municipal.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo VII - Da Sano e do Veto do PrefeitoArt. 79 - Concluda a votao do projeto de lei, a Cmara Municipal o enviar ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionar.

1 - Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data do recebimento, e comunicar ao Presidente da Cmara Municipal, dentro de quarenta e oito horas, os motivos do veto.

2 - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso, de alnea ou de item.

3 - Decorrido o prazo de quinze dias, o silncio do Prefeito importar sano.

4 - O veto ser apreciado pela Cmara Municipal dentro de trinta dias a contar do seu recebimento e s poder ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto.

5 - Se o veto no for mantido, o projeto ser enviado, para promulgao, ao Prefeito.

6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4 , o veto ser colocado na ordem do dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final.

7 - Se a lei no for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos 3 e 5 , o Presidente da Cmara a promulgar; se este no o fizer em igual prazo, caber ao Vice-Presidente da Cmara Municipal faz-lo.

8 - Se a sano for negada quando estiver finda a sesso legislativa, o Prefeito publicar o veto no rgo oficial do Municpio.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo VIII - Da Iniciativa Popular e do PlebiscitoArt. 80 - A iniciativa popular pode ser exercida:

I - pela apresentao Cmara Municipal de projeto de lei subscrito por cinco por cento do eleitorado do Municpio, ou de bairros;

II - por entidade representativa da sociedade civil, legalmente constituda, que apresente projeto de lei subscrito por metade mais um de seus filiados;

III - por entidades federativas legalmente constitudas que apresentem projeto de lei subscrito por um tero dos membros de seu colegiado.

Pargrafo nico - Caber ao regimento interno da Cmara Municipal assegurar e dispor sobre o modo pelo qual os projetos de iniciativa popular sero defendidos na tribuna da Cmara Municipal por um dos seus signatrios.

Art. 81 - Mediante proposio devidamente fundamentada de um tero dos Vereadores ou de cinco por cento dos eleitores do Municpio, e com aprovao da maioria absoluta dos membros da Cmara Municipal, ser submetida a plebiscito questo relevante para os destinos do Municpio.

1 - A votao ser organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de trs meses aps a aprovao da proposta, assegurando-se formas de publicidade gratuita para os partidrios e os opositores da proposio.

2 - Sero realizadas, no mximo, duas consultas plebiscitrias por ano, admitindo-se at cinco proposies por consulta, sendo vedada a sua realizao nos quatro meses que antecederem realizao de eleies municipais, estaduais e nacionais.

3 - O Tribunal Regional Eleitoral proclamar o resultado do plebiscito, que ser considerado como deciso definitiva sobre a questo proposta e formalizado em decreto legislativo, nas quarenta e oito horas subseqentes proclamao.

4 - A proposio que j tenha sido objeto de plebiscito somente poder ser apresentada com intervalo mnimo de trs anos.

5 - O Municpio assegurar ao Tribunal Regional Eleitoral os recursos necessrios realizao das consultas plebiscitrias.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo V - Do Processo LegislativoSubseo IX - Disposies GeraisArt. 82 - O projeto que receber, quanto ao mrito, parecer contrrio de todas as comisses, tido como rejeitado.

Art. 83 - Os projetos que criem,alterem ou extingam cargos dos servios da Cmara Municipal e fixem ou modifiquem a respectiva remunerao sero votados em dois turnos, com intervalo mnimo de quarenta e oito horas entre eles.

Art. 84 - Os projetos de lei com prazo de apreciao, assim como vetos, devero constar obrigatoriamente da ordem do dia, independente de parecer das comisses, para discusso e votao, pelo menos nas trs ltimas sesses antes do trmino do prazo.

Art. 85 - Nos dois ltimos dias da sesso legislativa, a Cmara Municipal aprovar apenas redaes finais.

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Ttulo III - Da Organizao dos PoderesCaptulo II - Do Poder LegislativoSeo VI - Da Procuradoria-Geral da Cmara MunicipalArt. 86 - A Cmara Municipal ter como rgo de representao judicial a Procuradoria-Geral da Cmara Municipal, com funes de consultoria jurdica, vinculada Mesa Diretora.

1 - A carreira de Procurador da Cmara Municipal, a organizao e o funcionamento da instituio sero disciplinados em lei complementar, dependendo o respectivo ingresso de provimento condicionado classificao em concurso pblico de provas e ttulos, organizado com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil, seo do Estado do Rio de Janeiro.

2 - A Mesa Diretora nomear o Procurador-Geral da Cmara dentre cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada.

3 - da competncia privativa da Mesa Diretora a iniciativa do projeto de instituio da Lei Orgnica da Procuradoria-Geral da Cmara Municipal.