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Câmara Municipal de Teixeira de Freitas Estado da Bahia LEI ORGÂNICA MUNICIPAL REVISADA TEIXEIRA DE FREITAS – BAHIA 2008 01

LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

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Page 1: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

Câmara Municipal de Teixeira de FreitasEstado da Bahia

LEIORGÂNICAMUNICIPAL

REVISADA

TEIXEIRA DE FREITAS – BAHIA2008

01

Page 2: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

PREÂMBULO

Nós, Vereadores eleitos pelo povo de TEIXEIRA DE FREITAS, Estado daBahia, reunidos em Sessão Especial para votar a norma legal que sedestina a estabelecer e promover dentro dos preceitos expressos naConstituição Federal e na Constituição Estadual o desenvolvimentogeral deste município, assegurando a todos os mesmos direitos eoportunidades, sem quaisquer preconceitos e discriminações,garantido dentro de sua responsabilidade, autonomia, competência, apaz social e a harmonia indispensável ao desenvolvimento doMunicípio e de todos, em sua plenitude, PROMULGAMOS, sob aproteção de Deus, a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DETEIXEIRADE FREITAS.

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Page 3: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA DE FREITAS

TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 6

TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 7

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 7

CAPÍTULO I ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 7

CAPÍTULO II DOS BENS DO MUNICÍPIO 8

CAPÍTULO III DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL 8

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICÍPAIS 11

CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO 12

SEÇÃO I DA CÂMARA MUNICIPAL 12

SEÇÃO II DOS VEREADORES 12

SEÇÃO III DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA

SEÇÃO IV DA INSTALAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO

DA CÂMARA

SUBSEÇÃO I DA INSTALAÇÃO

SUBSEÇÃO II DA MESA DA CÂMARA,,

SUBSEÇÃO III DAS COMISSÕES

SUBSEÇÃO IV DAS SESSÕES DA CÂMARA

SUBSEÇÃO V DAS DELIBERAÇÕES

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Page 4: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

SUBSEÇÃO VI DO PROCESSO LEGISLATIVO

SEÇÃO V DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL FINANCEIRA

E ORÇAMENTÁRIA.

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I DO PREFEITO E VICE-PREFEITO

SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

SUBSEÇÃO I DA EXTINÇÃO E CASSAÇÃO DO MANDATO

SEÇÃO III DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

SEÇÃO IV DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

SUBSEÇÃO I DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

SUBSEÇÃO II DOS ATOS MUNICIPAIS

SUBSEÇÃO III DOS BENS MUNICIPAIS

SUBSEÇÃO IV DAS LICITAÇÕES

SUBSEÇÃO V DO CONSELHO DO MUNICÍPIO

SUBSEÇÃO VI DA ADMINISTRAÇÃO DISTRITAL

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Page 5: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

TÍTULO V - DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO

TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS

CAPÍTULO II DA RECEITA E DESPESA

CAPÍTULO III DO ORÇAMENTO

TÍTULO VII - DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I DA SAÚDE

CAPÍTULO II DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

CAPÍTULO III DA CULTURA

CAPÍTULO IV DA EDUCAÇÃO

CAPÍTULO V DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

CAPÍTULO VI DO DESPORTO

TÍTULO VIII - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

CAPÍTULO I DA ATIVIDADE ECONÔMICA

TÍTULO IX - DA POLÍTICA URBANA E RURAL

CAPÍTULO I DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO II DA POLÍTICA RURAL

TÍTULO X - DO MEIO AMBIENTE

TÍTULO XI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS05

Page 6: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

TÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

ART 1º. – O Município de Teixeira de Freitas, do Estado da Bahia integra, com autonomia

político-administrativa, a República Federativa do Brasil, como participante do Estado de

Direito, comprometendo-se a respeitar, valorizar e promover seus fundamentos básicos:

I - a soberania nacional;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

V - o pluralismo político

§ 1º. - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio derepresentantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição daRepública, do Estado e dessa Lei Orgânica Municipal.

§ 2º. - O Município organiza-se, rege-se por esta Lei Orgânica e demaisLeis que adotar, observados os princípios do Constituição Federal eEstadual.

ART 2º. – São Poderes do Município, independente e harmônicos entre si, o Legislativo e

o Executivo.

Parágrafo único – Ressalvados os casos previstos nesta Lei Orgânica, é vedado aqualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investido nas funções de umdeles, não poderá exercer a de outro.

ART 3º. – Constituem, em cooperação com a União e o Estado, objetivos fundamentais

do Município:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;II - garantir o desenvolvimento municipal, estadual, e Nacional;

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Page 7: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir asdesigualdades sociais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de descriminação;

V - garantir a efetivação dos direitos humanos, individuais esociais;

VI - ger i r in te resses loca is , como fa tor essenc ia l dedesenvolvimento da comunidade;

VII - cooperar com a União e o Estado, associar-se a outrosMunicípios na realização de interesses comuns;

VIII - promover, de forma integrada, o desenvolvimento social eeconômico da população de sua sede e dos distritos;

IX - promover planos, programas e projetos de interesses dosseguimentos mais carentes da sociedade;

X - estimular e difundir o ensino, a cultura, proteger o patrimôniocultural e histórico, o meio ambiente e combater a poluição;

XI - preservar a moralidade administrativa.

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

ART 4º. – artigo 5º. da ConstituiçãoO Município adotará os direitos declarados no

Federal.

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Page 8: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

TÍTULO IIIDA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I

ART 5º. – O Município de Teixeira de Freitas, pessoa jurídica de direito público interno é

unidade territorial que integra a organização político-administrativa da República

Federativa do Brasil, dotado de autonomia política, administrativa, financeira e legislativa,

nos termos assegurados pela Consti tuição da República, pela Constituição do Estado

e por esta Lei Orgânica.

ART 6º. – O território do Município poderá ser dividido em distritos, organizados ou

suprimidos por Lei Municipal, observada a legislação estadual, a consulta plebiscitário e o

disposto nesta Lei Orgânica.

ART 7º. – O Município integra a divisão administrativa do Estado da Bahia.

ART 8º. – A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade, enquanto assedes do Distrito, Vilas e Povoados receberão seus nomes.

CAPÍTULO II

ART 9º. – Constituem bens do Município todos os bens móveis e imóveis, direitos e

ações que a qualquer título lhe pertençam, bem assim os que a ele vierem a ser atribuídos

por lei e os que se incorporarem ao seu patrimônio por ato jurídico perfeito, águas fluentes

emergentes e em depósito, localizadas exclusivamente em seu território e ainda a renda

proveniente do exercício de suas atividades e da prestação de serviços.

ART 10º. – São símbolos do Município, o Brasão, a Bandeira e o Hino, representativos de

sua cultura e história.

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Page 9: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

ART 11º. – O Município, objetivando integrar a organização, planejamento e a execução

de funções públicas de interesse comum, pode associar-se aos demais municípios

limítrofes e ao Estado.

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL

ART 12º. – O Compete ao Município:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem comoaplicar as suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestarcontas e publicar balancetes nos prazos fixados por Lei;

IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observando o disposto,nesta Lei Orgânica e na legislação estadual pertinente;

V - instituir a Guarda Municipal destinada à proteção de seus bens,serviços e instalações conforme dispuser a Lei;

VI - organizar e prestar diretamente ou sob o regime de concessãoou permissão, entre outros, os seguintes serviços;

a - transporte coletivo urbano e intermunicipal;

b - abastecimento de água e esgotos sanitários;

c - mercados, feiras e matadouros locais;

d - cemitérios e serviços funerais;

e - iluminação pública;f - limpeza pública, coleta domiciliar e destinação

do lixo;

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VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e doEstado, programas de educação pré-escolar e ensino fundamental;

VIII - prestar, com a cooperação técnica financeira da União e doEstado, serviços de atendimento à saúde da população;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico, Cultural, artístico,turístico e paisagístico local, observada a legislação e a açãofiscalizadora federal e estadual;

X - promover a cultura e a recreação;

XI - fomentar a produção agropecuária e demais atividadeseconômicas, inclusive a artesanal;

XII - preservar as florestas, a fauna e flora;

XIII - realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meiode instituições privadas, conforme critérios e condições fixadas em Leimunicipal;

XIV - realizar programas de apoio às práticas desportivas;

XV - realizar programas de alfabetização;

XVI - realizar atividades de defesa civil, inclusive de combate aIncêndio e prevenção de acidentes naturais, em coordenação com aUnião e o Estado;

XVII - promover adequado ordenamento territorial, medianteplanejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação dosolo urbano;

XVIII - elaborar e executar o Plano Diretor;

XIX - executar obras de:

a - abertura, pavimentação e conservação de vias;

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b - drenagem pluvial;c - construção e conservação de estradas, parques, jardins,

hortos florestais;

d - construção e conservação de estradas vicinais;

e - edificação e conservação de prédios municipais;

XX - fixar:

a - tarifas dos serviços públicos, inclusive dos serviços detáxis;

b - horário de funcionamento dos estabelecimentosindustriais, e de serviços, com a fiscalização das entidades declasse representativas do povo;

XXI - sinalizar vias públicas e rurais;

XXII - regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos;

XXIII - conceder licença para;

a - localização, instalação e funcionamento industriais,comerciais e de serviços;

b - afixação de cartazes, letreiros, anúncios, faixas,emblemas utilização de alto-falantes para fins de publicidade epropaganda;

c - exercício de comércio, eventual ou ambulante;

d - realização de jogos, espetáculos e divertimentospúblicos, observados, as prescrições legais;

e - prestação de serviços de táxis;

ART 13º. – É da competência do Município em comum com a União e o Estado:

I - zelar pela guarda da Constituição Federal, da Constituiçãoestadual e das Leis destas esferas de Governo, das instituiçõesdemocráticas e conservar o patrimônio público;

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II - cuidar da saúde e assistência pública e garantia das pessoasportadoras de deficiências;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valorhistórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturaisnotáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, destruição à descaracterização de obras dearte e de outros bens de valor artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e àciência;

VI - proteger o meio ambiente, combater a poluição em qualquer desuas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimentoalimentar;

IX - promover programas de construção de moradia e melhoria dascondições habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização,promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos depesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seuterritório;

XII - estabelecer e implantar a política de educação para segurançado trânsito;

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Page 13: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

TÍTULO IVDA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS

DOS PODERES MUNICIPAIS

ART. 14º. – O Governo do Município é exercido pela Câmara Municipal, com funções

legislativas e pelo Prefeito, com funções executivas;

ART. 15º. – Os Órgãos do Governo Municipal são independentes e harmônicos entre si,

sendo vedado a qualquer deles delegar atribuições;

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I

DA CÂMARA MUNICIPAL

ART. 16º. – 19 (dezenove)ACâmara Municipal de Teixeira de Freitas será constituída porvereadores, eleitos na forma prevista na Constituição Federal e Legislaçãoinfraconstitucional. (Redação dada pela Emenda nº. 008/2011 em 05 de outubro de 2011)

ART 16º. – 17 (dezessete) vereadoresA Câmara Municipal de Teixeira de Freitas será constituída por ,eleitos na forma prevista da Legislação Federal e Estadual. (Redação anterior_05 de abril_1990)

I - Revogado

II - Revogado

III - Revogado

IV - Revogado

V - Revogado

VI - Revogado

VII - Revogado

VIII - Revogado

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Parágrafo único – REVOGADO. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

Parágrafo único – O número de Vereadores a que se refere o caput deste artigo, vigorará a partir daLegislatura de 2001/2004. (redação anterior_05 de abril_1990)

SEÇÃO II

DOS VEREADORES

ART. 17º. – Nenhum vereador poderá:

I - desde a expedição do Diploma:

a - celebrar o manter contrato com o Município, suas autarquias,sociedade de economia mista, empresas públicas ou, ainda,com empresas concessionárias de serviço público municipal,salvo quando o contrato obedecer às normas uniformes;

b- Aceitar ou exercer cargo, ou função remunerada, inclusive osque sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades referidas naalínea anterior; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

b- aceitar comissão ou emprego remunerado nas entidades mencionadas naalínea anterior; (redação anterior_05 de abril_1990)

II - desde a posse:

a- ser proprietário ou diretor de empresas que goze de favordecorrente de contrato celebrado com o Município;

b- ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível “adnutum” nas entidades referidas na alínea a do item I;

c- exercer outro mandato eletivo;

d- patrocinar causa que seja interessada qualquer das entidadesmencionadas na alínea a do item I;

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§ 1º.- é permitido ao Vereador, sem perda do mandato, o exercício doscargos de Secretário de Estado, Interventor Municipal ou Secretário daPrefeitura;

§ 2º.- a inflação de qualquer das proibições deste artigo importa na extinçãodo mandato, a ser declarada pelo Presidente da Câmara, na forma deLei Federal;

ART. 18º. – O subsídio dos Vereadores será fixado pela Câmara Municipal em cadalegislatura para a subseqüente, observando o que dispõe a Constituição Federal, oscritérios estabelecidos pela Lei Orgânica Municipal e outros limites fixados pela legislaçãoinfra constitucional. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

ART 18º. – A remuneração dos Vereadores será fixada em até 5% (cinco porcento) da arrecadação total domunicípio e compreenderá uma parte fixa e outra variável. (Redação anterior_05 de abril_1990)

§ 1º. - O repasse mensal para a Câmara de Vereadores ocorrerá na formaprevista na Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de marçode 2007)

§ 1º. - será transferida, mensalmente, para a Câmara de Vereadores, uma importânciacorrespondente até 2,5% (dois e meio porcento) da arrecadação total e mensal doMunicípio; (Redação anterior_05 de abril_1990)

§ 2º. - Ao Presidente da Câmara enquanto representante legal do PoderLegislativo, não será fixado subsídio diferenciado daqueleestabelecido aos demais vereadores; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 demarço de 2007)

§ 2º.- O presidente da Câmara, quando em exercício, perceberá uma vez e meia aremuneração do vereador; (Redação anterior_05 de abril_1990)

§ 3º. - O Subsídio do Prefeito e do Vice-prefeito será fixado pela CâmaraMunicipal, no ultimo ano da legislatura até 30 dias antes das eleições,vigorando para a legislatura subseqüente, por lei de iniciativa do PoderLegislativo, assegurada a revisão anual, sempre na mesma data, e semdistinção de índices dos que forem concedidos para os servidoreslocais. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

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§ 3º. - O prefeito deverá perceber 3 (três) vezes o subsídio do Vereador; (Redação anterior_05 deabril_1990)

§ 4º. - O Subsídio do Prefeito e do Vice-prefeito será fixado, determinando-seo valor em moeda corrente do País, vedada qualquer vinculação,estabelecido em parcela única e atendido o limite constitucional. (Redaçãodada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

§ 4º. - O vice-prefeito deverá perceber uma vez e meia do total pago ao vereador; (Redaçãoanterior_05 de abril_1990)

§ 5º. - Na sessão legislativa extraordinária realizada durante o recesso, édefeso o pagamento de parcela de qualquer natureza. (Redação dada pelaEmenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

§ 5º. - em caso de sessão extraordinária será prevista uma remuneração correspondente aum oitavo do subsidio total do Vereador. (Redação anterior_05 de abril_1990)

§ 6º. - REVOGADO. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

§ 6º. - O primeiro e segundo secretário da Câmara Municipal, quando emexercício,perceberão uma vez e um quarto da remuneração do Vereador. (Redaçãoanterior_05 de abril_1990)

ART 19º. – A renúncia de mandato de Vereador far-se-á por documento, com firma

reconhecida, dirigida à Presidência da Câmara, reputando-se aberta à vaga, depois de

lido em sessão e transcrito em ata.

ART 20º. – O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivo de doença devidamente comprovada; (Redação dadapela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

I - por moléstia devidamente comprovada; (Redação anterior_05 de abril_1990)

II - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural oude interesse de Município;

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III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado,nunca inferior a trinta (30) dias, desde que o afastamento nãoultrapasse 120 dias por Sessão Legislativa, vedado o retorno antes dotermino da licença. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca superiora 30 (trinta) dias, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término dalicença;

(Redação anterior_05 de abril 1990)

IV - por motivo de licença gestante; (Incluído pela Emenda nº. 006/2007 em 07 demarço de 2007)

§ 1º. - para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício overeador licenciado nos termos dos itens I, II e IV; (Redação dada pela Emenda nº.006/2007 em 07 de março de 2007)

§ 1º. - para fins de remuneração, considerar-se-á como exercício o Vereador licenciado nostermos dos itens I, II; Redação anterior_05 de abril 1990)

§ 2º. - considerar-se-á automaticamente licenciado o Vereador invertido nocargo de Secretário de Estado, Interventor Municipal ou SecretárioMunicipal.

ART 21º. – A extinção e a cassação do mandato do vereador dar-se-ão nos casos e naforma prevista na legislação Federal, Estadual e Municipal. (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007em 07 de março de 2007)

ART 21º. – A extinção, a perda, a cassação do Vereador dar-se-ão nos casos e na forma prevista nalegislação federal e estadual. (Redação anterior_05 de abril 1990)

ART 22º. – Nos casos de vaga em razão de morte, renúncia ou investidura em qualquerdos casos mencionados nesta Lei Orgânica dar-se-á a convocação do suplente.

§ 1º. - O Suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo máximo de10 (dez) dias, a partir da data da convocação; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de marçode 2007)

§ 1º. - O suplente convocado deverá tomar posse dentro de um prazo de oito dias a partir dadata da convocação; (Redação anterior_05 de abril 1990)

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§ 2º. - Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará ofato dentro de 48 (quarenta e oito horas) ao Tribunal Regional Eleitoral.

ART 23º. – O servidor público Federal, Estadual ou Municipal, da administraçãocentralizada ou descentralizada, eleito Vereador, ficará sujeito às seguintes normas:

Parágrafo único – Quando o mandato for remunerado, deverá afastar-se do cargoou função, nos dias de sessão, se houver incompatibilidade de horário.

ART 24º. – No ato da posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazerdeclaração de bens, as quais serão transcritas em livro próprio.

SEÇÃO III

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA

ART 25º. – Cabe à Câmara deliberar, com sansão do Prefeito sobre matérias da

competência do Município e especialmente:

I - legislar sobre tributos municipais e estabelecer critérios geraispara a fixação dos preços dos serviços municipais;

II - votar o orçamento anual, o plurianual de investimentos, bemcomo autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;

III - autorizar operações de créditos bem como a forma e os meiosde pagamento;

IV - autorizar a remissão de dívidas e a concessão deisenções fiscais e moratórias;

V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

VI - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar dedoação sem encargos;

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VII - autorizar a alienação de bens imóveis;

VIII - autorizar concessões para exploração de serviços públicos oude utilidade pública;

IX - autorizar a concessão de uso de bens municipais;

X - dispor sobre o regime jurídico do funcionalismo municipal,votando, inclusive, o respectivo estatuto, respeitado os princípios daConstituição Federal e Estadual;

XI - criar cargos públicos, classificá-los e fixar-lhes os respectivosvencimentos, inclusive os da Secretaria da Câmara;

XII - aprovar o plano de desenvolvimento do Município;

XIII - dispor sobre a organização e a estrutura básica dos serviçosmunicipais;

XIV - autorizar convênios com entidades públicas e particulares econsórcios com outros municípios sempre com a aprovação de doisterços dos Vereadores, nas seguintes condições;

a- que os projetos (convênios) venham individualmente, comdetalhes sobre o que será conveniado, valor, forma depagamento ou outros detalhes;

b- cada convênio assinado deverá ser enviada uma cópia àCâmara;

XV - propor e alterar a denominação de próprios, vias e logradourospúblicos, vedado homenagem a pessoas vivas;

XVI - delimitar o perímetro urbano na sede municipal e das vilas,observadas a legislação federal a respeito;

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ART. 26º. – Cabe, privativamente, à Câmara Municipal, entre outras, as seguintesatribuições:

I - eleger sua mesa e destitui-la, na forma regimental;

II - votar seu regimento interno;

III - organizar os serviços de sua Secretaria e promover osrespectivos cargos;

IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-prefeito, conhecer de suasrenúncias a afastá-los definitivamente dos cargos;

V - fixar para cada exercício financeiro, até o dia 15 de Novembro decada ano, a remuneração do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores, deconformidade com o art. 71. item VIII da Constituição Federal;

VI - julgar o prefeito, O Vice-prefeito e os Vereadores nos casosprevistos em Lei;

VII - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadorespara o afastamento do exercício do cargo;

VIII - autorizar o Prefeito por necessidade do serviço, a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze dias);

IX - autorizar o Prefeito a ausentar-se do país cujo pedido deverá serpor escrito e com as alegações convincentes. A viagem somentepoderá ser feita após a autorização da Câmara;

X - criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado,que se inclua na competência do Município, sempre que o requererpelo menos um terço dos seus membros, não podendo funcionarconcomitantemente mais de três comissões;

XI - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes àadministração;

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VIII - autorizar o Prefeito por necessidade do serviço, a ausentar-sedo Município por mais de 15 (quinze dias);

XII - Convidar o prefeito e convocar os seus Secretários Municipaispara prestarem, pessoalmente, informações de sua competência e assuntopreviamente determinado, importando crime de responsabilidade contra aAdministração Pública passível de penalidade, o não atendimento àconvocação; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

XII - convocar o Prefeito e os seus Secretários Municipais para prestarem,pessoalmente, informações sobre matéria de sua competência e assuntopreviamente determinado, importando crime de responsabilidade contra aAdministração Pública e passível de penalidade, o não atendimento à convocação;(Redação anterior_05 de abril 1990)

XIII - apreciar vetos;

XIV - conceder títulos de cidadão honorário a qualquer outra honrariaou homenagem à pessoa que, reconhecidamente, tenha prestadoserviço ao Município, mediante aprovação de, pelo menos dois terçosdos seus membros;

XV - tomar e julgar as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara;

XVI - julgar atos praticados pelos Secretários Municipais, Diretoresde Órgão, dentro de suas funções, com justificativas comprobatórias ecom dois terços dos seus membros da Câmara, solicitar a suadestituição ao Chefe do Poder Executivo;

Parágrafo único – Ficará o Prefeito no direito de nomear o respectivo substituto.

ART 27º. – ACâmara Municipal compete, ainda:

I - manifestar-se sobre o desmembramento, a fusão ou extinção doMunicípio;

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II - apresentar emendas à Constituição do Estado, nos termos daConstituição Federal e Estadual;

III - solicitar a intervenção no Município, nos casos previstosna Constituição Estadual;

SEÇÃO IV

DA INSTALAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA

SUBSEÇÃO I

DA INSTALAÇÃO

ART 28º. – No primeiro ano de cada Legislatura, no dia primeiro de janeiro, em sessão de

instalação, sob a Presidência do Vereador mais idoso dentre os presentes, os Vereadores

prestarão compromisso e tomarão posse. O Presidente, de pé no que será acompanhado

por todos os presentes prestarão o seguinte compromisso: '” PROMETO CUMPRIR A

CONSTITUIÇÃO FEDERAL E A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, OBSERVAR AS LEIS,

DESEMPENHAR COM LEALDADE O MANDATO QUE ME FOI CONFIANDO E

TRABALHAR PELO PROGRESSO DO MUNICÍPIO”. Em seguida o primeiro secretário

fará a chamada de cada Vereador que de pé declarará: “ASSIM PROMETO”

Parágrafo único – O Vereador que não tomar posse na seção prevista neste artigo,

deverá faze-lo até 10 (dez) dias depois da primeira sessão ordinária da Legislatura

SUBSEÇÃO II

DAINSTALAÇÃO

ART 29º. – Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob aPresidência do Vereador mais idoso, dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dosmembros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, por escrutínio secreto damaioria absoluta de votos, considerando-se automaticamente empossado os eleitos.

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§ 1º. - Se nenhum candidato obtiver maioria absoluta proceder-se-áimediatamente, a novo escrutínio, no qual considerar-se-á eleito o m a i svotado ou no caso de empate, o mais idoso;

§ 2º. - Não havendo número legal, o Vereador que tiver assumido a direçãodos trabalhos permanecerá na presidência e convocará sessõesdiárias, até que seja eleita a Mesa.

A eleição para renovação da Mesa no mesmo mandato legislativo realizar-ART 30º. –

se-à, obrigatoriamente, na última sessão ordinária do segundo período legislativo e a

posse dos eleitos se dará no primeiro dia útil do mês subseqüente.

ART 31º. – A mesa será composta de um Presidente, um Vice-presidente e dois

Secretários.

ART 32º. – O mandato para Membro da Mesa da Câmara de Vereadores será de dois

anos, proibida a reeleição para o mesmo cargo.

Parágrafo único – qualquer componente poderá ser destituído pelo voto de doisterços dos membros da Câmara, elegendo-se outro Vereador para completar omandato.

ART 33º. – Compete à Mesa, dentre outras atribuições:

I - propor Projetos de Lei que criem ou extingam cargos daSecretaria da Câmara e fixar os respectivos vencimentos;

II - elaborar a proposta orçamentária da Câmara a ser incluída naproposta orçamentária do Município e fazer, mediante ato, adiscriminação analítica das dotações respectivas, bem como alterá-lasquando necessário;

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ART 34º. – Compete ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;

II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma doRegimento Interno, os trabalhos administrativos da Câmara;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem comoas leis com sanção tática ou cujo o veto tenha sido pelo Plenário;

V - fazer publicar as resoluções, os decretos legislativos e as leispor ele promulgadas, bem como os atos da Mesa;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-prefeito e dosVereadores, nos casos previstos em Lei;

VII - solicitar intervenção no Município nos casos admitidos pelaConstituição Federal;

VIII - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a formanecessária para esse fim;

IX - Requisitar as dotações orçamentárias da Câmara Municipal,apresentando ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês o balanceteorçamentário do mês anterior. (Redação dada pela Emenda nº. 005/2006 em 07 de março de2007)

IX - requisitar o numerário necessário destinado às despesas da Câmaraquando, por deliberação do plenário, as despesas não forem processadas e pegaspela Prefeitura e apresentar ao Plenário até 10 (dez) dias antes do término de cadaperíodo de sessões que compreende de 15 de Fevereiro a 30 de junho e de 01 deagosto a 15 de dezembro de cada período legislativo, o balancete relativo aosrecursos recebidos e às despesas realizadas; (Redação anterior_05 de abril 1990)

X - decretar a prisão administrativa de servidor da Câmara, omissoou remisso na prestação de contas de dinheiros públicos à sua guarda;

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XI - enviar ao Prefeito, até 31 de Janeiro, as contas da câmararelativas ao exercício anterior, quando a movimentação de numeráriospara as despesas da Câmara for feita por esta.

ART 35º. – Quando estiver no exercício do cargo de Prefeito o Presidente da Câmaraserá substituído pelo Vice-presidente;

Parágrafo único – o fato de estar o Presidente da Câmara substituindo o Prefeitonão impede que na época determinada se proceda à eleição para o dito cargo narenovação da Mesa, nem que recaia em outro a preferência da Câmara.

SUBSEÇÃO III

DAS COMISSÕES

ART 36º. – As comissões da Câmara, previstas no Regimento Interno serão constituídasaté o oitavo dia a contar da instalação da sessão legislativa pelo prazo de dois anos sendoporém, permitida a recondução de seus membros.

Parágrafo único – Na composição das comissões quer permanentes outemporárias assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação proporcionaldos partidos que participem da Câmara.

SUBSEÇÃO IV

DAS SESSÕES DA CÂMARA

ART 37º. –ACâmara reunir-se-á, em Sessão Legislativa anual ordinária, no período de 1ºde fevereiro a 15 de dezembro. (Redação dada pela Emenda nº. 005/2006 em 07 de março de 2007)

ART 37º. – A Câmara reunir-se-á, ordinariamente, em dois períodos de sessões, com a duração de quatromeses e meio cada um, sendo o primeiro de 15 de fevereiro a 30 de junho e o segundo de primeiro de agostoa 15 de dezembro.

§ 1º. - A Câmara somente poderá ser convocada, extraordinariamente, peloPrefeito do Município, pelo Presidente da Câmara dos Vereadores paradeliberar, exclusivamente, a respeito da matéria que tenha sido objetoda convocação.

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§ 2º. - As sessões extraordinárias serão convocadas com antecedênciamínima de cinco dias, mediante comunicação escrita a todos osVereadores, por protocolo e por edital afixado no local de costume ereproduzido na imprensa local, se houver. Sempre que possível, aconvocação far-se-á em sessão, caso em que será comunicado, porescrito, apenas aos ausentes.

§ 3º. - Os períodos de Sessões Ordinárias são improrrogáveis, ressalvada ahipótese de convocação extraordinária no § 1º. deste artigo.

ART. 38º. – As sessões da Câmara deverão ser realizadas em recintos destinados ao seufuncionamento considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.

§ 1º. - comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outracousa que impeça a sua utilização, poderão as sessões ser realizadasem outro local da sede Município, por decisão da maioria dos seusmembros;

§ 2º. - As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.

ART. 39º. – As sessões da Câmara serão Públicas, salvo deliberação em contrário,tomada pela maioria absoluta de seus membros, quando ocorrer motivo relevante.

ART. 40º. – As sessões da Câmara só poderão ser abertas com a presença de, pelomenos, um terço de seus membros.

Parágrafo único – Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar olivro de presença e participar de suas votações, salvo caso de impedimento.

SUBSEÇÃO V

DAS DELIBERAÇÕES

ART. 41º. – A votação da matéria constante da ordem do dia, só poderá ser efetuada coma presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

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Parágrafo único – salvo as exceções previstas nesta Lei, as deliberações serãotomadas pela maioria dos membros.

ART 42º. – Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara,

além dos casos previstos nesta Lei:

I - a provação e as alterações das seguintes matérias:

a- Regimento Interno da Câmara;

b- Código Tributário do Município;

c- Código de Obras e Edificações;

d- Estatutos dos Servidores Municipais;

e- Criação de Cargos e aumento de vencimentos dos servidoresmunicipais;

- o recebimento de denúncia contra o Prefeito e o Vice-prefeito,no caso de infração político-administrativo;

- a eleição do Prefeito e Vice-prefeito, em primeiro escrutínio;

- a apresentação da proposta de emenda à Constituição doEstado.

f- o recebimento de denúncia contra Vereadores, no caso deinfração político-administrativa; (Incluído pela Emenda nº. 006/2007 em 07 demarço de 2007)

g- aprovação e alteração do plano de desenvolvimento municipal,inclusive as normas relativas ao zoneamento e controle deloteamento (Incluído pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

II - rejeição do veto; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

Parágrafo único – Entende-se por maioria absoluta, nos termos desta Lei, metadeda totalidade da Câmara, mais a fração para completar o número inteiro seguinte.

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ART. 43º. – Dependerão do voto favorável de dois terços dos membros da Câmara, alémdos casos previstos nesta Lei, as deliberações sobre:

I - leis concernentes a:

a- alterações da Lei Orgânica municipal; (Redação dada pela Emenda nº.006/2007 em 07 de março de 2007)

a- aprovação e alteração do plano de desenvolvimento municipal, inclusive asnormas relativas ao zoneamento e controle dos loteamentos; Redação anterior_05de abril 1990)

b- concessão de serviços públicos;

c- concessão de direito real de uso;

d- alienação de bens imóveis;

e- aquisição de bens imóveis por doação com encargo;

f- alteração de denominação de próprios, vias e logradourospúblicos;

g- obtenção de empréstimo particular;

h- concessão de moratória, remissão, isenção e anistia de dívida;(Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

h- concessão de moratória e remissão de dívida; Redação anterior_05 de abril 1990)

II - realização de sessão secreta; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 demarço de 2007)

II - rejeição do veto; Redação anterior_05 de abril 1990)

III - rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas dosMunicípios; Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

III - rejeição de parecer prévio do conselho do conselho de contas dosMunicípios, ao qual compete auxiliar a Câmara Municipal na fiscalização financeira eorçamentária do Município; Redação anterior_05 de abril 1990)

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IV - concessão de títulos de cidadão honorário ou de qualquer outrahonraria;

V - aprovação de representação sobre modificação territorial doMunicípio, sob qualquer forma, bem como alteração de nome.

VI - destituição dos componentes da mesa; (Incluído pela Emenda nº. 006/2007 em07 de março de 2007)

VII - recebimento de denuncia contra Prefeito e o Vice-prefeito, nocaso de infração político-administrativo; (Incluído pela Emenda nº. 006/2007 em 07 demarço de 2007)

ART 44º. – O Presidente da Câmara ou seu substituto, de sua cadeira, não podeapresentar nem discutir projetos, indicações, requerimentos, emendas oupropostas de qualquer espécie e só terá voto:

I - quando a matéria exigir para sua aprovação o voto favorávelde maioria absoluta ou de dois terços dos membros da Câmara;

II - quando houver empate de qualquer votação, simbólica ou não;

III - nos casos de escrutínio secreto.

ART 45º. – O Vereador presente à sessão não poderá excusar-se de votar, salvo quandose tratar de matéria de interesse seu, de seu cônjuge, ou de pessoas de que seja parenteconsangüíneo ou afim, até o terceiro grau, inclusive, quando não votará, podendoentretanto, tomar parte de discussão.

Parágrafo único – Será nula a votação em que haja votado o Vereador impedidonos termos deste artigo, se o voto for decisivo.

ART 46º. – o processo de votação determinado no Regimento Interno.

Parágrafo único – O voto será secreto:

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I - nas eleições da Mesa da Câmara; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em07 de março de 2007)

I - nas eleições de Prefeito, e da Mesa da Câmara; Redação anterior_05 de abril 1990)

II - no julgamento das contas do Município e da Mesa daCâmara; (Redação dada pela Emenda nº. 006/2007 em 07 de março de 2007)

II - no julgamento das contas do Prefeito; Redação anterior_05 de abril 1990)

III - nas deliberações sobre perda de mandato do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores;

IV - nos pronunciamentos sobre nomeações de funcionáriosque dependa de aprovação da Câmara;

V - na apreciação do veto do Prefeito;

VI - concessão de título de cidadão honorário. (Incluído pela Emenda nº.006/2007 em 07 de março de 2007)

ART 47º. – Terão forma de Decreto Legislativo ou de Resolução as deliberações daCâmara, tomadas em Plenário que independam da sanção do Prefeito.

§ 1º. - Destinam-se os Decretos Legislativos a regular as matérias deexclusiva competência da Câmara, que tenham efeito externo, taiscomo:

I - Concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ouausentar-se por mais de 15 (quinze) dias do Município;

II - aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas doPrefeito e da Mesa da Câmara, proferido pelo conselho de Contas doMunicípio;

III - fixação dos subsídios do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores,conforme art. 18 § 1º ao 5º desta Lei Orgânica;

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IV - representação à Assembléia Legislativa sobre modificaçãoterritorial ou mudança do nome da sede do Município;

V - aprovação da nomeação de funcionários nos casosprevistos em lei;

VI - mudança de local de funcionamento da Câmara;

VII - aprovação de convênios ou acordos em que for parte oMunicípio;

§ 2º. - Destinam-se as Resoluções a regulamentar matéria de caráter políticoou administrativo, de sua economia interna, sobre os quais deva aCâmara pronunciar-se em casos concretos, tais como:

I - perda de mandato de Vereador;

II - concessão de licença a Vereador para desempenhar missãotemporária de caráter cultural ou de interesse do Município;

III - criação da comissão especial de inquérito ou mista;

IV - conclusões de comissão de inquérito;

V - convocação dos secretários municipais para prestareminformações sobre matéria de sua competência;

VI - qualquer matéria de natureza regimental;

VII - todo e qualquer assunto de sua economia interna, de carátergeral ou normativo que não se compreenda nos limites do simples AtoAdministrativo;

VIII - concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outrahonraria ou homenagem;

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ART 48º. – As deliberações da Câmara sofrerão duas discussões com o intersítio mínimode vinte e quatro horas, excetuando-se as moções, as indicações e os requerimentos quesofrerão uma única discussão.

ART 49º. – O regimento interno da Câmara Municipal poderá facultar a qualquer eleitor doMunicípio usar da palavra na primeira discussão do Projeto de Lei.

Parágrafo único – O Regimento Interno regulamentará o exercício da faculdadeprevista neste artigo, estabelecendo, entre outras as seguintes normas:

I - somente dois eleitores, de acordo com a ordem de inscrição,poderão usar da palavra na discussão de cada Projeto. Ao inscrever-se, o eleitor deverá declarar se é favorável ou contrário ao Projeto, demodo que, se houver mais de dois inscritos, será dada a palavraprimeiro que for defender o Projeto e, em seguida, ao que for combatê-lo sempre na ordem de inscrição;

II - o eleitor que usar da faculdade neste artigo, não poderá falarmais de dez minutos por Projeto.

ART 50º. – O Regimento Interno da Câmara Municipal poderá facultar às associações declasse, bem como às entidades culturais cívicas opinarem, nas Comissões Permanentese na forma regimental, sobre as matérias constantes das alíneas a, b, c, d, e, do item I doart. 42, desta Lei.

SUBSEÇÃO VI

DO PROCESSO LEGISLATIVO

ART 51º. – O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - Emendas à Lei Orgânica Municipal;

II - Leis complementares à Lei Orgânica;

III - Leis Ordinárias;

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IV - Decretos legislativos;

V - Resoluções;

§ 1º. - O Prefeito poderá enviar à Câmara, Projetos de Lei sobre qualquermatéria que não se inclua na competência privativa da Câmara osquais, se assim o solicitar, deverão ser apreciados dentro de 60(sessenta) dias, a contar da data do recebimento.

§ 2º. - Se o Prefeito julgar urgente a medida, poderá solicitar que a apreciaçãose faça em 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 3º. - A fixação do prazo deverá ser expressa e poderá ser feita depois daremessa do projeto em qualquer fase do seu andamento,considerando-se a data do recebimento desse pedido como seu termoinicial.

§ 4º. - Esgotados esses prazos sem deliberação os projetos serãoobrigatoriamente, incluídos na Ordem do Dia para que se ultime suavotação sobrestando-lhe a deliberação quanto aos demais assuntos,com exceção dos que se referem a votação de Leis Ordinárias.

§ 5º. - Os prazos fixados neste artigo não correm nos períodos de recesso daCâmara nem se aplicam aos projetos de codificação.

ART. 52º. – A iniciativa dos projetos de Lei Ordinária cabe ao Prefeito, à Mesa, àsComissões permanentes ou a qualquer Vereador e ainda se subscrita por 5% doeleitorado do Município Ou Distrito, devidamente identificados e neste caso deverá serapreciado antes pela Câmara.

§ 1º. - Não se admitirão emendas que aumentem a despesa prevista nosprojetos cuja iniciativa seja do Prefeito, e nos relativos à organizaçãodos serviços e aos servidores da Secretaria da Câmara.

§ 2º. - A proposta popular deverá ser articulada exigindo-se para o seurecebimento pela Câmara, a identificação dos assinantes medianteindicação do número do respectivo titulo eleitoral, bem como a zona eseção onde vota.

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ART. 53º. – O Projeto de Lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas ascomissões, será tido como rejeitado.

Parágrafo único – A Matéria constante de Projetos de Lei, rejeitado, ou daqueleprojeto cujo veto tenha sido aprovado, somente poderá constituir objeto de novoProjeto, na mesma sessão legislativa anual, mediante proposta da maioria absolutados membros da Câmara, ressalvadas as proposições de iniciativa do Prefeito.

ART 54º. – Aprovado o Projeto de Lei será ele encaminhado ao Prefeito que,aquiescendo, o sancionará.

§ 1º. - Se o Prefeito julgar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional,ilegal ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente,dentro de 15 (quinze) dias corridos, contados aquele que o receber ecomunicará ao Presidente da Câmara, dentro de 48 (quarenta e oito)horas, os motivos do veto.

§ 2º. - Decorridos os 15 (quinze) dias, o silêncio do Prefeito, importarásanção.

§ 3º. - O veto aposto pelo Prefeito será apreciado pela Câmara dentro de 40(Quarenta) dias em votação secreta, considerando-se aprovado oprojeto que obtiver maioria absoluta dos votos dos membros daCâmara. Se o veto não for apreciado neste prazo, considerar-se-ámantido.

§ 4º. - Se a Lei não for promulgada dentro de quarenta e 48 (quarenta e oito)horas pelo Prefeito nos casos dos §2º. e §3º. deste artigo, o Presidenteda Câmara promulgará e, se este não fizer em igual prazo, fa-lo-á o vice-presidente.

§ 5º. - Em caso de veto parcial rejeitado, a sua promulgação terá o mesmonúmero da lei a que pertence.

§ 6º. - O Prazo previsto no § 3º. não corre nos períodos de recesso da Câmara.

ART 55º. – Os Projetos de Lei com prazo de aprovação deverão constar,

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obrigatoriamente, da Ordem do Dia, independente do parecer das comissões, paradiscussão e votação ,pelo menos nas três últimas sessões anteriores ao término dosrespectivos prazos.

SEÇÃO V

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

ART 56º. – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial doMunicípio e das entidades da administração direita e indireta, quanto à legalidade,legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, seráexercida pela Câmara Municipal mediante controle externo e pelo sistema de controleinterno de cada poder.

§ 1º. - Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize,arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valorespúblicos ou pelos quais o Município responda, ou que em nome desteassuma obrigações de natureza pecuniária.

§ 2º. - Toda entidade civil regularmente registrada poderá fazer pedido deinformações sobre projetos ou ato administrativo, através da Câmara,cujo Poder Executivo Terá 15 (quinze) dias para responder.

ART 57º. – As contas do Município ficarão durante 60 (sessenta) dias, anualmente, àdisposição de qualquer cidadão, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhesa legitimidade, nos termos da lei.

ART 58º. – O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com auxíliodo Tribunal de Contas dos Municípios.

Parágrafo único – O Prefeito remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia31 de Março do exercício seguinte, as suas contas e as da Câmara.

ART 59º. – A Câmara Municipal, diante de indícios de despesas não autorizadas, aindaque sobre a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados,poderá solicitar ao Prefeito Municipal que, no prazo de 5 (cinco) dias, preste osesclarecimentos necessários.

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Parágrafo único – Não prestando os esclarecimentos, ou considerandos estesinsuficientes, a Câmara pedirá abertura de inquérito para a punição doresponsável.

ART 60º. – Os poderes legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistema decontrole interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas prevista no plano plurianual, aexecução dos programas de governo e dos orçamentos do Município;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto áeficiência e eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonialnos órgãos e entidades da administração municipal, bem comoaplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - apoiar o controle externo no exercício de sua missãoinstitucional.

§ 1º. - os responsáveis pelo controle interno ao tomarem conhecimento dequalquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Prefeito eao Presidente da Câmara Municipal, sob pena de responsabilidadesolidária.

§ 2º. - qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é partelegitima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidadeperante a Câmara Municipal.

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E VICE - PREFEITO

ART 61º. – O Poder Executivo é exercido Pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários.

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ART. 62º. – A Eleição do Prefeito e Vice-prefeito realizar-se-á, simultaneamente, noventadias antes do término do mandato de seus antecessores, verificadas as condições deelegibilidade da Constituição Federal.

§ 1º. - Aeleição do Prefeito importará a do Vice-prefeito com ele registrado.

§ 2º. - Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado porpartido político, obtiver a maioria dos votos.

ART. 63º. – Proclamado oficialmente o resultado da eleição municipal e após adiplomação, o Prefeito eleito poderá indicar uma Comissão de Transição, destinada aproceder ao levantamento das condições administrativas do Município.

Parágrafo único – O Prefeito em exercício não poderá impedir ou dificultar ostrabalhos da Comissão de Transição.

ART. 64º. – O Prefeito e o Vice prefeito tomarão posse na sessão de instalação daCâmara Municipal, no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente ao da eleição,prestando compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica Municipal, observaras leis e promover o bem geral do Município.

§ 1º. - Se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou oVice-prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo,este será declarado vago.

§ 2º. - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-prefeito ena falta ou impedimento deste, o Presidente da câmara.

§ 3º. - No ato da posse, o Prefeito e o Vice-prefeito farão declarações públicasde seus bens, registrada no Cartório de Títulos e Documentos, as quaisserão transcritas em livro próprio, constando da ata o seu resumo,tudo sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de posse. Aotermino do mandato deverá ser atualizada a declaração, sob pena deimpedimento para o exercício de qualquer outro cargo no Município esob pena de responsabilidade.

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§ 4º. - O Prefeito e o Vice-prefeito deverão desincompatibilizar-se no ato deposse.

§ 5º. - Se o Vice-prefeito não receber qualquer remuneração por seu cargo, nãoprecisará desincompatibilizar-se.

§ 6º. - Enquanto durar o mandato do Prefeito e do Vice-prefeito, o funcionáriopúblico estadual ou municipal da administração centralizada oudescentralizada nele investido, ficará afastado do exercício do cargo oufunção, contando-se-lhe o tempo de serviço, para todos os efeitos legais,exceto a promoção por merecimento.

§ 7º. - Ato contínuo à posse, em local de preferência do Prefeito empossado,será feito a transferência de cargo, lavrando-se a competente ata em livropróprio.

§ 8º. - No ato de transferência do cargo, o transferente, por si ou por seurepresentante, fará a entrega, mediante recibo, dos seguintesdocumentos:

a - Livros de Leis;

b - Livros de Decretos Numerados;

c - Livros de Decretos Sem Números;

d - Livros de Portarias;

e - Livros de Registros de Ocorrências;

f - Livros de Caixa;

g - Livro de Razão;

h - Livros de Empenho de Despesa;

i - Livros de Receita Classificada;

j - Livros de Tombo ou Inventário;

l - Relação dos Restos a Pagar;

m - Cópia do último Balancete;

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n - Relação dos Convênios em execução erespectivas cópias;

o - Declaração dos saldos de caixa existente;p - Relação das Contas Bancárias e respectivos

saldos;

Q - Talões de Cheque disponíveis;

r - Cópias dos contratos da Divida contraída ou dostermos de confissão de Divida;

s - Relação dos cargos e respectivos salários.

ART 65º. – São inflações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pelaCâmara de Vereadores e puníveis com a cassação do mandato:

I - impedir o funcionamento regular da Câmara;

II - impedir o exame de livros, folha de pagamento, e demaisdocumentos que devam constar nos arquivos da Prefeitura, bem comoa verificação de obras e serviços municipais, por Comissão deinvestigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída;

III - desatender, sem motivo justo, os pedidos de informações daCâmara, quando feitos a tempo e em forma regular;

IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitosa essa formalidade;

V - deixar de apresentar á Câmara, no devido tempo e em formaregular, a proposta orçamentária;

VI - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;

VII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de suacompetência ou omitir-se na sua prática;

VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ouinteresses do Município, sujeitos à administração da Prefeitura;

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IX - fixar residência fora do Município;

X - ausentar-se do Município por tempo superior a 15 (quinze) diasou afastar-se da administração, sem autorização da Câmara;

XI - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro docargo ou atentatório das instituições vigentes;

XII - deixar de apresentar o Balanço Geral das Contas relativas aoexercício anterior até o dia 30 de março de cada ano, inclusive oBalanço Geral das Contas de seu antecessor;

XIII - omitir-se na prestação de informações ou de apresentação dedocumentos existentes, quando solicitado por Tribunais, Juízes deDireito ou Órgão da Administração por Estadual ou Federal, com oobjetivo de Prejudicar o seu antecessor;

Parágrafo único – a cassação do mandato será processada pela Câmara deacordo o estabelecido em lei.

ART 66º. – Extingue-se o mandato do Prefeito e, assim deve ser declarado peloPresidente da Câmara, quando:

I - ocorrer falecimento, renúncia por escrito suspensão ou perdados direitos políticos ou condenação por crime funcional ou eleitoral;

II - incidir nos impedimentos para o exercício do cargo.

Parágrafo único – a extinção do mandato, no caso do inciso I, acima, depende dedeliberação de Plenário e será examinada após a declaração do fato.

ART 67º. – O Prefeito não poderá, sob pena de perda de cargo:

I - desde a expedição do diploma:

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a - firmar ou manter contrato com o Município, com suasa u t a r q u i a s , f u n d a ç õ e s p ú b l i c a s , e m p r e s a s p ú b l i c a s ,sociedades públicas, sociedades de economia mista ou com s u a sempresas concessionárias de serviços públicos, salvo q u a n d o ocontrato obedecer as cláusulas uniformes;

b - aceitar ou exercer cargo, função ou empregoremunerado, inclusive os de que seja demissível “ad nutum” nasentidades constantes da alínea anterior, salvo medianteaprovação em concurso público, caso em que, após ainvestidura, ficará automaticamente licenciamento, semvencimentos;

II - desde a posse:

a - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa quegoze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica dedireito público municipal, ou nela exercer função remunerada;

b - ocupar cargo ou função de que seja demissível “adnutum” nas entidades referidas no inciso I, “a” ;

c - patrocinar causas em que seja interessada qualquer dasentidades a que se refere o inciso I, “a”;

d - ser titular de mais de um cargo ou mandato políticoeletivo;

§ 1º. - Os impedimentos acima se estendem ao Vice-prefeito, aosSecretários, ao Procurador do Município se houver, no que foremaplicáveis.

§ 2. - A perda do cargo será decidida pela Câmara, por voto secreto e amaioria de dois terços, mediante provocação da mesa ou de partidopolítico representado na Câmara, assegurado ampla defesa.

§ 3. - O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizadopor atos estranhos ao exercício de suas funções.

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ART 68º. – Será de quatro anos o mandato do Prefeito e do Vice-prefeito.

ART 69º. – Serão inelegíveis para o mesmo cargo, no período subseqüente, o Prefeito equem o houver sucedido ou substituído nos 6 (seis) meses anteriores às eleições.

ART 70º. – Para concorrer a outros cargos eletivos, o Prefeito deve renunciar ao mandatoaté seis meses antes do pleito.

ART 71º. – O Vice-prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento e osucede no caso de vaga ocorrida após a diplomação.

§ 1º. - O Vice-prefeito além de outras atribuições que lhe forem conferidaspor lei, auxiliará o Prefeito sempre que for por ele convocado paramissões especiais.

§ 2. - O Vice-prefeito não poderá recusar-se a substitui-lo, sob pena deextinção do respectivo mandato.

ART 72º. – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice prefeito, assumirá o Presidenteda Câmara.

Parágrafo único – O Presidente da Câmara não poderá recusar-se a substitui-lo,sob pena de extinção do respectivo mandato.

ART 73º. – Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito até o primeiro trimestre doquarto ano de mandato, far-se-á eleição para o preenchimento destes cargos, observadaa prescrição na lei eleitoral.

Parágrafo único – Ocorrendo a vacância posteriormente, cabe ao Presidente daCâmara, completar, em substituição, o mandato do Prefeito.

ART 74º. – O Prefeito poderá licenciar-se:

I - quando a serviço ou em missão de representação do Município,devendo enviar à Câmara relatório circunstanciado dos resultados desua viagens;

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II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo dedoença devidamente comprovada;

III - quando para tratamento de assuntos pessoais, por prazo nãosuperior a 90 (noventa) dias.

Parágrafo único – Nos casos dos incisos I, II deste artigo, o Prefeito terá direito àremuneração.

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

ART 75º. –Ao Prefeito compete, entre outras atribuições:

I - nomear e exonerar os Secretários e o Procurador do Município,se houver;

II - representar o Município em juízo e fora dele;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pelaCâmara e expedir regulamentos para sua fiel execução;

IV - vetar no todo ou em parte os projetos de lei aprovados pelaCâmara;

V - executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e osorçamentos anuais do Município;

VI - ter a iniciativa de projetos de lei na forma e nos casos previstosnesta lei, encaminhando-os, com exposição de motivos, à CâmaraMunicipal;

VII - Decretar desapropriações e instituir servidões administrativas;

VIII - permitir ou autorizar o uso de bens Municipais por terceiros emestado de emergência pública declarada;

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IX - promover e extinguir os cargos públicos municipais e expediros demais atos referentes à situação funcional dos servidores;

X - fazer publicar os atos oficiais e dar, publicidade, de modoregular, pela imprensa ou por outros meios de divulgação, aos atos daadministração, inclusive aos balancetes mensais e ao relatorio anual;

XI - encaminhar ao Conselho de Contas dos Municípios (Tribunal deContas) a sua prestação de Contas e a da Mesa da Câmara, bem Comoos balanços do exercício findo, encaminhando as cópias á Câmara;

XII - encaminhar aos órgãos competentes os Planos de Aplicação eas prestações de contas exigidas em lei;

XIII - atender aos pedidos de informação da Câmara, quando feitos atempo e em forma regular;

XIV - colocar à disposição da Câmara, mediante requisição que mêsas quantias que devem ser despendidas de uma só vez, referentes aoduodécimo de suas dotações orçamentárias, quando as despesas daCâmara não forem processadas e pagas pela Prefeitura, sempre até odia 5 (cinco) do mês subseqüente, conforme Legislação Federal;

Parágrafo único Regovado.–

XV - aprovar os preços dos serviços públicos concedidos oupermitidos;

XVI - fixar os preços dos serviços prestados pelo Município, deacordo com os critérios gerais fixados em lei municipal ou emconvênio;

XVII - celebrar acordos e convênios com órgãos federais, estaduais, ede outros municípios, “AD REFERENDUM” da Câmara Municipal ounos termos das autorizações concedidas de acordo com o Art. 25, itemXIV, alíneas “a” e “b”, desta Lei Orgânica;

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XVIII - apresentar anualmente à Câmara Municipal no inicio do primeiroperíodo de Sessões Ordinárias relatórios sobre a situação domunicípio, suas finanças e seus serviços, sugerindo as medidas quejulgar convenientes;

XIX - abrir créditos extraordinários, nos casos de calamidadepública, comunicando o fato à Câmara na primeira Sessão desta;

XX - convocar extraordinariamente, a Câmara Municipal, quando osinteresses do Município exigirem;

XXI - contrair empréstimos internos ou externos após autorização daCâmara Municipal, observando quanto aos segundos, o dispostos naConstituição Federal;

XXII - aplicar multas previstas em lei e contratos bem como relevá-lasquando impostas com irregularidades;

XXIII - resolver sobre requerimentos, reclamações ou representaçõesque lhe forem dirigidos;

XXIV - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, asvias e logradouros públicos;

XXV - promover a transcrição no Registro de Imóveis das áreasdoadas ao Município como condição para a aprovação de loteamentos;

XXVI - propor à Câmara a denominação ou alteração de nomespróprios, vias e logradouros públicos, vedados quaisquerhomenagens à pessoas vivas;

XXVII - solicitar a intervenção no Município, nos casos previstos naConstituição Federal;

XXVIII - solicitar o auxilio da força pública do Estado para garantia documprimento de seus atos;

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XXIX - superintender a arrecadação dos tributos, preços e outrasrendas bem como a guarda e a aplicação da receita, autorizando asdespesas e o pagamento dentro das disponibilidades orçamentáriasou dos créditos votados pela Câmara;

XXX - dispor sobre a estruturação e organização dos serviçosmunicipais observadas as normais básicas estabelecidas pelaCâmara;

XXXI - comparecer à Câmara Municipal, por sua própria iniciativa,para prestar os esclarecimentos que julgar necessários sobre oandamento dos negócios municipais;

XXXII - praticar quaisquer atos de interesse do Município que nãoestejam reservados, explicita ou implicitamente à competência daCâmara.

ART. 76º. – O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, funçõesadministrativas que não sejam de sua exclusiva competência, sendo, porem, indelegável:

I - as atribuições a que se referem os itens: III, IV, VI, VIl, XI, XII,Xlll, XIX, XX, XXVII, XXVIII, XXIX e XXXII do artigo anterior;

II - a pratica de qualquer ato cuja formalização deva ser feitapor meio de decreto, nos termos do item I, do artigo 86 desta Lei.

SUBSEÇÃO I

DA EXTINÇÃO E CASSAÇÃO DE MANDATO

ART. 77º. – .Aextinção ou a cassação do Mandato do Prefeito, bem como a apuração doscrimes de responsabilidade do Prefeito, ou de seus substitutos, ocorrerão na forma e noscasos previstos na Legislação Federal e Estadual.

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SEÇÃO III

DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

ART 78º. – Os secretários municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 18anos, residentes no Município e no exercício dos direitos políticos.

ART 79º. – Alei disporá sobre a criação, estruturação, e atribuições das Secretarias.

ART 80º. – Compete ao Secretário Municipal, além das atribuições que esta Lei Orgânicae as leis estabelecerem:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos eentidades da administração municipal, na área de sua competência;

II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito,pertinentes sua área de competência;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizadosna secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe foramoutorgadas ou delegadas;

V - expedir instruções para execução das leis, regulamentos edecretos.

ART 81º. – A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo o território doMunicípio, nos assuntos pertinentes às respectivas Secretarias.

ART 82º. – Os Secretários serão sempre nomeados em comissão e farão declaração deseus bens, registradas em Cartório de Títulos e Documentos, a qual será transcrita emlivros próprios, constando de ata de seu resumo, tudo sobe pena de nulidade, de plenodireito, do ato de posse. Quando exonerados, deverão atualizar a declaração sob pena deimpedimento para o exercício de qualquer outro cargo no Município sob pena deresponsabilidade.

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SEÇÃO IV

DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

SUBSEÇÃO I

DO ADMINISTRADOR MUNICIPAL

ART 83º. – Revogado

ART 84º. – Revogado

§ 1º. Revogado

§ 2º. Revogado

§ 3º. Revogado

SUBSEÇÃO II

DOS ATOS MUNICIPAIS

ART 85º. –Apublicação das leis e dos atos municipal, salvo onde haja imprensa oficial ou

jornal diário, far-se-á sempre por afixação na sede da Prefeitura ou em outros locais

públicos.

§ 1º. - As leis começarão a vigorar quinze (15) dias após a suapublicação, salvo disposições em contrário.

§ 2º - Apublicação dos atos não normativos pela imprensa,.

poderá ser resumida.

§ 3º - Os atos de efeito externo só produzirão efeitos após a.

sua publicação.

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§ 4º A escolha do órgão de imprensa para a divulgação. -

das leis e dos atos municipais deverá ser feita por licitação em quese levarão em conta não só as condições de preço, como ascircunstancias de freqüência, horário tiragem e distribuição.

ART 86º. Aformalização dos atos administrativos de competência do Prefeito far-se-á:

l - mediante decreto, numerado em ordem numérica quando setratar de:

a - regulamentação de leis;

b - criação ou extinção de função gratificada, quandoautorizada em lei;

c - extinção de cargos;

d - abertura de créditos suplementares e especiaisa u t o r i z a d o s e m l e i , a s s i m c o m o a d e c r é d i t o sextraordinários;

e - declaração de utilidade pública ou de interesse socialpara efeito de desapropriação ou de servidão administrativa;

f - criação, alteração e extinção de órgãos da Prefeituraquando autorizado em lei;

g - definição da competência dos órgãos e dasatribuições dos servidores da Prefeitura, não previstas em lei;

h - aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos daadministração direta;

i - aprovação dos estatutos dos órgãos da administraçãoindireta;

j - fixação e alteração dos preços dos serviços prestadospelo Município e aprovação dos preços dos serviços concedidos ouautorizados;

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l - permissão para exploração de serviços públicos e parauso de bens municipais;

m - aprovação de p lanos de t raba lhos dos órgãos daadministração direta;

n - criação, extinção, declaração ou modificação de direitosdos administradores, não privativos de lei;

o - estabelecimentos de normas de efeitos externos, nãoprivativos de lei;

II - mediante decreto, sem número, quando se tratar de:

a - provimento e vacância de cargos públicos;

b - lotação e relotação nos quadros de pessoal;

c - autorização para contratação e dispensa de servidoressob regime de legislação trabalhista;

III - mediante portaria, quando se tratar de:

a - criação de comissões e designação de seus membros;

b - instituição e extinção de grupos de trabalho;

c - abertura de sindicância e processo administrativo eaplicação de penalidades

d - outros atos que por sua natureza e finalidade nãosejam objeto de lei ou decreto;

Parágrafo único – Poderão ser delegados os atos constantes no item III, alíneas 'a'até 'c' deste artigo.

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SUBSEÇÃO III

DOS BENS MUNICIPAIS

ART 87º. – A alienação de bens municipais será sempre precedida de avaliação por 3

(três) firmas idôneas e obedecerá as seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e

concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a - doação, devendo contar obrigatoriamente dec o n t r a t o , o s e n c a r g o s d e d o n a t á r i o , o p r a z o d e s e ucumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena denulidade do ato;

b - permuta;

II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada estanos seguintes casos:

a - doação, que será permitida exclusivamente para finsde interesse social;

b - permuta;

c - venda de ações, que se fará em bolsa.

§ 1º. - O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bensimóveis, outorgará a concessão de direito real de uso mediante préviaautorização legislativa e concorrência. A concorrência poderá serdispensada por lei quando o uso se destinar a concessionárias deserviços públicos, a entidades educativas, culturais ou assistências,ou quando relevante interesse público, devidamente justificado.

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§ 2º - A venda, aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas.

urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edificação,resultante de obras públicas, dependerá de prévia avaliação eautorização legislativa. As áreas resultantes de modificação dealinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quersejam aproveitada ou não.

ART. 88º. – O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito pelo Prefeito deacordo com o item VIII do art. 75º. desta Lei Orgânica.

§ 1º. - A concessão administrativa dos bens públicos de usoespecial e dominiais dependerá de lei e concorrência, e far-se-ámediante contrato sob pena de nulidade do ato. A concorrênciapoderá ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar aconcessionária de serviços públicos, as entidades educativas,culturais e assistenciais ou quando houver relevante interessepúblico, devidamente justificado.

§ 2º - A concessão administrativa de bens públicos de uso.

comum, somente poderá ser outorgada para finalidadeseducativas, culturais, de assistência social ou turística,mediante autorização legislativa.

§ 3º - A permissão que poderá incidir sobre qualquer bem público,.

será feito a título precário, por decreto.

§ 4º - A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem.

público será feita por portaria, para atividades ou nomesespecíficos e transitórios.

SUBSEÇÃO IV

DAS LICITAÇÕES

ART. 89º. – “O Município observará, para fins de Licitação, o disposto na LegislaçãoFederal”.

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I - Revogado

a - Revogado

1- Revogado

2- Revogado

3- Revogado

b - Revogado

1- Revogado

3- Revogado

3- Revogado

II - Revogado

a - Revogado

1- Revogado

4- Revogado

3- Revogado

b - Revogado

1- Revogado

5- Revogado

3- Revogado

§1. - Revogado

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1- Revogado

2- Revogado

3- Revogado

§2. - Revogado

§3. - Revogado

§4. - Revogado

§5. - Revogado

ART 90º. – A elaboração de projetos poderá ser objeto de concurso com a estipulação deprêmios aos classificados, na forma estabelecida do edital.

SEÇÃO V

DO CONSELHO DO MUNICÍPIO

ART 91º. – Fica criado o Conselho do Município que será um órgão superior de consultado Prefeito e dele participam:

I - O Vice-Prefeito;

II - O Presidente da Câmara Municipal;

III - Os lideres da maioria e minoria da Câmara Municipal;

IV - O Procurador Geral do Município (se houver);

V - Seis (6) cidadãos brasileiros, com no mínimo 18 (dezoito) anosde idade, eleitores de Município, sendo três nomeados pelo Prefeito etrês pela Câmara Municipal, todos os seis com mandato de dois anos,vedada a recondução;

VI - Membro das Associações representativas de bairros por estasindicadas para um período também de dois anos, vedada arecondução.

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ART 92º. – Compete ao Conselho do Município pronunciar-se sobre questões derelevante interesse para o Município.

ART 93º. – O Conselho do Município será convocado pelo Prefeito, sempre que entendernecessário.

ART 94º. – Os 7 (sete) membros referentes nos itens V e VI terão remuneração mensalque será regulamentada pela Câmara, por maioria absoluta do plenário.

Parágrafo único – O Prefeito poderá convocar Secretário Municipal para participarda reunião do conselho, quando constar da pauta, questão relacionada com arespectiva Secretaria.

SEÇÃO VI

DA ADMINISTRAÇÃO DISTRITAL

ART 95º. – Revogado

ART 96. – Revogado

I - Revogado

II - Revogado

III - Revogado

IV - Revogado

V - Revogado

VI - Revogado

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TÍTULO V

DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO

ART 97º. – O Estado intervirá nos Municípios, espontaneamente ou a pedido do Prefeitoou da Câmara, nos seguintes casos previstos na Constituição Estadual:

I - quando se verificar impontualidade no pagamento deempréstimo garantido pelo Estado;

II - se deixar de pagar, por dois anos consecutivos, dívidafundada;

III - quando a administração municipal não prestar contas aque esteja obrigada na forma da lei;

IV - quando o Tribunal de Justiça do Estado der provimento árepresentação formulada pelo Chefe do Ministério Público local, paraassegurar a observância dos princípios indicados na ConstituiçãoEstadual, bem como para prover a execução de lei ou de ordem oudecisão judiciária, limitando-se o Decreto do Governador a suspendero ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento danormalidade;

V - quando forem praticados na administração municipal, atossubversivos ou de corrupção;

VI - quando não tiver sido aplicado na manutenção edesenvolvimento do ensino, em cada ano, pelo menos 25% (vinte ecinco por cento) da receita resultante de imposto, compreendida aproveniente de transferências.

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TÍTULO VI

DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS

ART 98º. – São tributos municipais os impostos, as taxas e a contribuição de melhoriadecorrente de obras públicas, instituídos por lei municipal, atendidos os princípiosestabelecidos na Constituição Federal e nas Normas Gerais de Direito Tributário.

ART 99º. – Compete ao Município instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, debens imóveis, por natureza ou acessão fÍsica, e de direitos reaissobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à

sua aquisição;

III - Revogado

IV - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos nacompetência do Estado, definidos na lei complementar, prevista noart. 156, IV Constituição Federal e excluídos de sua incidência asexportações de serviços para o exterior.

§ 1º. - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nostermos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função socialda propriedade.

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2º. - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão debens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica emrealização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitosdecorrentes da fusão incorporação, cisão ou extinção de pessoa dita,salvo se, nesses casos a atividade preponderante do adquirente for acompra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ouarrendamento mercantil.

§ 3. - A lei que instituir tributo municipal observará no que couber, aslimitações do poder de tributar, estabelecidas nos artigos 150 a 152 daConstituição Federal.

§ 4º. - Revogado

§ 5º. - A alíquota do imposto previsto no inciso IV não poderáultrapassar o limite fixado em Lei Complementar Federal.

ART 100º. – As taxas serão instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou pelautilização eletiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados aocontribuinte ou postos à disposição pelo Município.

ART 101º. –Acontribuição de melhoria poderá ser instituída e cobrada em decorrência deobras públicas, os termos e limites definidos em lei complementar a que se refere o artigo146 da Constituição Federal.

ART 102º. – Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduadossegundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração municipal,especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitando osdireitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividadeseconômicas do contribuinte.

As taxas não poderão ter base de cálculo próprias de impostos.

ART 103º. – O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para ocusteio em beneficio destes, do sistema de previdência e assistência social que criar eadministrar.

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ART 104º. – Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado aoMunicípio:

I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que seencontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção emrazão de ocupação profissional ou função por eles exercida,independentemente de denominação jurídica dos rendimentos, títulosou direitos.

III - cobrar tributos:

a - em relação a fatos geradores ocorridos antes do início davigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b - do mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a leique os instituiu ou aumentou;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco.

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meiode tributos intermunicipais, ressalvadas a cobrança de pedágio pelautilização de vias conservadas pelo Município;

VI - instituir impostos sobre:

a - patrimônio, renda ou serviço da união ou do Estado;

b - templos de qualquer culto;

c - patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, inclusivede dações, das entidades judiciais dos trabalhadores, das instituiçõesde educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos osrequisitos da lei;

d - livros, jornais e periódicos;

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VIl - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquernatureza, em razão de sua procedência ou destino.

§ 1º. - A vedação do inciso VI alínea 'a', é extensiva às autarquias a asfundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refereao Patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidadesessências ou às delas decorrentes.

§ 2º. - As vedações do inciso VI alínea 'a' e as do parágrafo anterior não seaplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionadosexploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveisa empreendimentos privados ou que haja. contraprestação oupagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera opromitente comprador da obrigação de pagar impostos relativos aobem imóvel.

§ 3º.- As vedações expressas no inciso VI, alíneas 'b' e 'c', compreendemsomente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com asfinalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

§4º.- A lei determinará medidas para que os consumidores sejamesclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias eserviços.

§ 5º - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou.

previdenciária só poderá ser concedida através de lei municipalespecífica.

CAPÍTULO II

DA RECEITA E DESPESA

ART 105º. –Areceita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, daparticipação em impostos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo deParticipação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e outrosingressos.

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ART 106º. – Pertencem ao Município:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas eproventos de qualquer natureza, incidentes na fonte, sobrerendimentos pagos, a qualquer título, pelo Município, suas autarquiase por ela mantidas;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação doimposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamenteaos imóveis situados no Município;

III - setenta por cento do produto da arrecadação do imposto daUnião sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas atítulos ou valores imobiliários, incidentes sobre o ouro, observado odisposto no artigo 153, § 5 da Constituição Federal;o.

IV - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto doEstado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados noterritório municipal;

V - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto doEstado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobreprestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal decomunicação.

ART 107º. – A fixação dos preços públicos devidos pela utilização de bens, serviços eatividades municipais, será feita pelo Prefeito, mediante edição de decreto.

Parágrafo único: As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos,sendo reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

ART 108º. – Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributolançado pela Prefeitura, sem prévia notificação.

§ 1º. - Considera-se notificação a entrega de aviso de lançamento nodomicílio fiscal do contribuinte, nos termos da lei complementarprevista no art. 146 da Constituição Federal.

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§ 2º. - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado parasua interposição o prazo de 15 (quinze) dias, contados da notificação.

ART. 109º. – A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na ConstituiçãoFederal e às normas de Direito Ffinanceiro.

ART 110º. – Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recursodisponível e crédito votado pela Câmara Municipal, salvo a que ocorrer por conta decrédito extraordinário.

ART 111º. – Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que delaconste à indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.

ART 112º. – os recursos provenientes de receita do Município serão recolhidosdiretamente em Bancos oficiais, ficando proibido o recebimento dos mesmos naTesouraria da Prefeitura.

Parágrafo único: para efeito de pequenas despesas, a tesouraria poderá dispor;mensalmente, um saldo de caixa de até 1.000( Mil) URFI's, a ser utilizado na formada lei.

ART 113º. – O Município acompanhará o cálculo das quotas de sua participação nasreceitas tributárias a serem repartidas pela União e pelo Estado, na forma da leicomplementar federal.

ART 114º. – O Prefeito divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao daarrecadação, o montante de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos.

ART 115º. – A elaboração e a execução da lei orçamentária anual e do plano plurianualobedecerão às regras estabelecidas na Constituição Federal, na estadual, nas normas deDireito Financeiro e Orçamentário.

§ 1º. - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após oencerramento de cada bimestre, relatório resumido da execuçãoorçamentária.

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§ 2º. - Os Planos e programas municipais, distritais, de bairros,regionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica serão elaborados emconsonância com o Plano Plurianual e apreciados pela câmaraMunicipal, após discussão com entidades representativas dacomunidade.

§ 3º. - O Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias seráencaminhado, pelo Executivo, para a Câmara Municipal até do dia 30 deMaio de cada ano.

ART 116º. – Os Projetos de lei relativos ao plano plurianual e ao orçamento, bem como oscréditos adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente de Orçamento eFinanças à qual caberá:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contasapresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos, programas deinvestimento e exercer o acompanhamento e fiscalizaçãoorçamentária, sem prejuízo de atuação das demais Comissões daCâmara;

III - a proposta de lei orçamentária será acompanhada dedemonstrativos de efeito sobre receitas e despesas decorrentes deisenção anistias, remissões e benefícios de natureza financeira etributária.

§ 1º. - As emendas serão apresentadas na Comissão que sobre elasemitirá parecer e apreciadas na forma regimental.

§ 2º. - As emendas ao Projeto de Lei do orçamento anual ou aos projetosque o modifiquem somente podem seraprovados caso:

I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual;

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II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas osprovenientes de anulação de despesas excluídas as que incidamsobre:

a - dotação para pessoal e encargos

b - serviço de dívida ou

3 - sejam relacionados:

a - com correção de erros ou omissão ou

b - com os dispositivos do texto do Projeto de lei.

§ 3º. - Os recursos que em decorrência de veto, emenda ou rejeição doProjeto de Lei Orçamentária anual, ficaram sem despesascorrespondente poderão ser utilizados, conforme o caso, mediantecréditos especiais ou suplementares, com prévia e específicaautorização legislativa.

ART. 117º. –ALei Orçamentária compreenderá:

I - o Orçamento Fiscal referente aos poderes do Município, seusfundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta;

II - o orçamento de investimento das despesas em que o Município,direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direitoa voto;

III - o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas asentidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bemcomo os fundos instituídos pelo Poder Público.

ART. 118º. O Prefeito enviará a Câmara, no prazo consignado na Lei ComplementarFederal, a proposta de orçamento anual do Município, para o exercício seguinte.

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§1º - O não cumprimento do disposto no caput deste artigoimplicará a elaboração peIa Câmara, independentemente do envio daproposta da competente Lei de Meios, tomando por base a LeiOrçamentária em vigor.

§2º - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor amodificação do Projeto de Lei Orçamentária, enquanto não iniciada avotação da parte que deseja alterar.

ART. 119º. – A Câmara, não enviando no prazo consignado na Lei ComplementarFederal, o Projeto de Lei Orçamentária à sanção, será promulgada como lei, pelo Prefeito,o projeto originário do Executivo.

ART. 120º. – Rejeitado pela Câmara o Projeto de Lei Orçamentária anual, prevalecerápara o ano seguinte, o Orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualizaçãodos valores.

ART. 121º. –Aplicam-se ao Projeto de lei Orçamentária, no que não contrariem o dispostoneste Capitulo, as regras do processo legislativo.

ART. 122º. – O Orçamento será uno, incorporando-se, obrigatoriamente, na receita,todos tributos, rendas e suprimentos de fundos, incluindo-se, discriminadamente, nadespesa as dotações necessárias ao custeio de todos os serviços municipais.

ART 123º. – O Orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem afixação da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem nesta proibição a:

I - autorização para abertura de créditos suplementares;

II - contratação de operações de crédito, ainda que por antecipaçãoda receita, nos termos da lei.

ART 124º. – São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na leiorçamentária anual;

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lI - a realização de despesa ou a assunção de obrigações diretasque excedem os créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de créditos que excedam o montantedas despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditossuplementares ou especiais com finalidades precisa, aprovados pelaCâmara, por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,ressalvadas a repartição de produto de arrecadação dos impostos aque se referem os artigos 158 e 159 da Constituição Federal adestinação de recursos para manutenção e desenvolvimento doensino como determina o art. 170 desta Lei Orgânica;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem préviaautorização l e g i s l a t i v a e s e m i n d i c a ç ã o d o s r e c u r s o scorrespondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursosde uma categoria de programação para outra ou de um órgão paraoutro, sem prévia autorização legislativa;

VIl - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursosdos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprirnecessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,inclusive dos mencionados no art. 117, III desta Lei Orgânica;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem préviaautorização legislativa.

§1º. - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercíciofinanceiro poderá ser iniciado, sem prévia inclusão no plano plurianualou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime deresponsabilidade.

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§2º. - Os critérios especiais e extraordinários terão vigência noexercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato deautorização promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,caso que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados aoorçamento do exercício financeiro subseqüente.

ART 125º. – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidosaos créditos suplementares e especiais, destinados a Câmara Municipal, ser-lhes-ãoentregues até o dia vinte (20) de cada mês.

ART 126º. – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder oslimites estabelecidos em lei federal.

Parágrafo único: A concessão de qualquer vantagem ou aumento deremuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bemcomo a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades daadministração direta e indireta, só poderão ser feitos se houver prévia dotaçãoorçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aosacréscimos dela decorrentes.

TÍTULO VIIDAORDEM SOCIAL

ART 127º. – A saúde é direito de todos e a assistência a ela é dever do Município,assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco dedoença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços pa-ra sua promoção, proteção e recuperação

Parágrafo único: O direito à saúde implica na garantia de:

I - condições dignas de trabalho, moradia, alimentação, educaçãotransporte, lazer e saneamento básico;

Il - acesso às informações de interesse para a saúde, obrigando-seo Poder Público a manter a população informada sobre os riscos edanos à saúde e sobre as medidas de prevenção e controle;

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Ill - dignidade, gratuidade e boa qualidade no atendimento e notratamento da saúde;

I V - participação da sociedade por intermédio de entidadesrepresentativas, na elaboração política na definição de estratégicas eimplementações e no controle das atividades com impacto sobre asaúde;

ART 128º. – As ações de serviços de saúde são de relevância pública e cabe ao PoderPublico sua regulamentação, fiscalização e controle, na forma da lei.

Parágrafo único:Aexecução das ações e serviços será feita pelo Poder Público e,complementarmente, por pessoas física ou jurídica de direito privado.

ART 129º. –As ações e serviços públicos de saúde municipal serão regulamentados peloSistema Unificado Municipal de Saúde e regidos pelos seguintes princípios:

I - a saúde expressa a organização social e econômica, tendocom determinantes e condicionantes, entre outros, trabalhos, renda,alimentação, moradia, saneamento, meio ambiente, lazer, transporte eacesso aos bens e serviços essenciais;

II - a saúde é direito de todos e dever do Município;

III - o direito à saúde implica no acesso universal e igualitário,totalmente gratuito, de todos os habitantes do Município, às ações eserviços de promoção, projeção e recuperação de saúde, semqualquer discriminação racial, religiosa ou política, seja nos serviçospúblicos, contratados ou conveniados.

ART 130º. – (SUMS)O Sistema Unificado Municipal de Saúde , órgão de SistemaUnificado e Descentralizado de Saúde , rege-se pelas seguintes diretrizes:(SUDS)

I - O SUMS é instrumento do processo de reformasan i tá r i a que v isa ao cresc imento da consc iênc ia san i tá r i a dapopulação e à conquista de níve is sat is fa tór ios de bem-estar esaúde;

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II - o direito do indivíduo e das coletividades à informação sobreos riscos de saúde a que são submetidos, assim como sobre osmétodos de controle existente;

III - participação da população e através de mensagens aCâmara Municipal, subscritas por no mínimo, duzentos eleitores,cadastrados no Município, conforme preceitua o Regulamento Interno,através de suas entidades de organização representativas noprocesso de formulação das políticas de saúde e de controle daexecução das ações e serviços;

IV - ações de assistência à saúde com o meio ambiente esaneamento básico.

ART 131º. – Aconfiguração do Sistema Unificado Municipal de Saúde é estabelecidaatravés das diretrizes definidas no Plano Municipal de Saúde, que incorpora os seguintesconceitos:

I - descentralização politico-administrativa dos níveis federal eestadual para o municipal, onde se estabelece o comando único dasações, entendido como processo de Municipalização;

II - a valorização do método epidemiológico no estabelecimento depropriedades alocação de recursos e orientação programática.

Iil - o estabelecimento e manutenção de um sistema de informaçãoepidemiológica e administrativas, através de instrumentoshomogêneos e complementares entre si, para todos os sistemas quegaranta o retorno da informação aos diversos níveis de atenção e àpopulação

IV - integralidade de atuação, entendida como conjunto articuladose contínuos das ações e serviços preventivos e curativos, individuais ecoletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis decomplexidade organizando-se os serviços públicos e contratados,conveniados em rede única, descentralizada por níveis de atençãohierarquizada, na qual os serviços básicos representam o principalacesso ao sistema.

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ART 132º. – (SUMS)O campo de atuação do Sistema Unificado Municipal de Saúdecompreende:

I - a assistência e promoção de saúde;

II - o controle de doenças, de agravos e dos fatores derisco à saúde dos indivíduos e das coletividades, incluindo:

a - a vigilância sanitária;

b - a vigilância epidemiológica;

c - a saúde dos trabalhadores;

III - a promoção nutricional;

IV - a incorporação de tecnologia à saúde;

ART 133º. – (SUMS)O sistema Unificados Municipal de Saúde é integrado por:

I - todas as instituições públicas federais, estaduais e municipaisde prestação de serviços pertinentes à saúde;

II - todos os serviços privativos, filantrópicos, exercidos porpessoa física ou jurídica, conveniados contratados ou não pelo PoderPúblico.

ART 134º. – (SUMS)Os órgãos gestores do Sistema Unificado Municipal de Saúdepautam-se pelas orientações dos organismos democráticos de deliberação coletiva.

I - Compreende-se por organismo de deliberação coletiva, osConselhos Distritais e o Conselho Municipal de Saúde, órgãos decaráter permanente, deliberativos que atuam na formulação deestratégias e no controle da execução da política Municipal de Saúde,inclusive nos aspectos administrativos, econômicos e financeiros;

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II - cabe ao Poder Público Municipal adquirir ou aproveitar terrenosbaldios para a implantação de hortas comunitárias, concedidos àAssociações de Moradores, Pastoral de Saúde e outras Associaçõeslegalmente constituídas;

III - dar incentivo e apoio às hortas coletivas em todo o Município,fornecendo irr igação, sementes, adubo orgânico, químico einstrumentos de trabalho;

IV - é dever do Município fiscalizar e tomar medidas judiciais contra ouso abusivo de agrotóxicos;

V - viabilizar a ampliação da rede de abastecimento de água, inclusiveseu tratamento, em todos bairros, distrito e povoados de Teixeira deFreitas;

VI - ampliar a malha do serviço de esgoto e construir em médio prazo,uma estação para tratamento dos dejetos;

Vil - estação para tratamento dos dejetos;

Compõem os Conselhos Distritais:

a - Coordenador Administrativo do Distrito assistencial;

b - Coordenador Técnico do Distrito assistencial;

c - representantes de todas as Organizações da Sociedade Civil,circunscritas no distrito assistencial;

VIII - Compõem o Conselho Municipal de Saúde (SUMS):

a - Diretor Presidente ou Secretário Municipal de Saúde;

b - Diretor Técnico do distrito municipal;

c - um representante de cada instituição pública prestadora deserviços de saúde, sendo no máximo 4 (quatro);

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d - representantes da sociedade civil sendo no máximo 4 (quatro);

e - um representante do Poder Legislativo Municipal;

f - Diretor Administrativo do Distrito Municipal;

ART 135º. – As unidades assistenciais de saúde do Sistema Unificados Municipal(SUMS) pautam-se pelos princípios constitucionais, organizando-se em DistritosAssistenciais de atenção primária, secundária e terciária, regionalizados, hierarquizados,referenciados e contra-referenciados entre si.

I - Compreende-se Distrito Assistencial a unidade de saúde erespectiva população de referência, circunscrita geograficamenteem função do acesso, densidade populacional e característicassócio-econômicas;

II - a coordenação administrativa do Distrito Assistencial seráeleita entre os componentes do respectivo Conselho Distrital, soborientação dos princípios democráticos estabelecidos peloConselho Municipal de Saúde;

III - a coordenação técnica do Distrito Assistencial será exercidap o r u m p r o f i s s i o n a l d a á r e a d e s a ú d e , e l e i t o d e n t r e o srespectivos func ionár ios do Dis t r i to e sob or ientação dosprincípios democráticos, estabelecidos pelo Conselho Municipal deSaúde.

ART 136º. – A Unidade Administrativa Central do Sistema Unificado Municipal de Saúde(SUMS), pauta-se pelos princípios constitucionais organizando-se sob os aspectosdiretivos, técnicos e administrativos, sob orientação deliberativa do Conselho Municipalde Saúde.

I - Compreende-se por organização diretiva o exercício doDiretor Presidente a ser exercido sob responsabil idade do Poderexecutivo Municipal, por sua Secretaria de Saúde ou equivalente, àqual é assegurada a autonomia administrativa, técnica, orçamentáriafinanceira, incluindo a admissão de formação de pessoal do Sistema;

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II - compreende-se por organização técnica e por organizaçãoadministrativa o exercício de diretores técnicos e administrativos aser exercido sob a responsabilidade conjunta do Diretor Presidentee do Conselho Municipal de Saúde.

ART 137º. – (SUMS)Serão instituído pelo Sistema Unificado Municipal de Saúde odesenvolvimento de recursos humanos e o desenvolvimento científico e tecnológico emSaúde, entendidos como condições essenciais para a plena efetivação do Sistema.

ART 138º. – Os programas de capacitação compreendem a formação técnicapermanente em serviço, a educação continuada e treinamentos para suprir deficiênciastécnicas e operacionais dos serviços de saúde.ART 139º. – Será dada atenção especial à orientação de Saúde Pública, em particularcuidados higiênicos e preventivos que será ministrada pelas professoras rurais.

ART 140º. – SUMS)Será instituído pelo ( o plano de cargos e salários para os servidorespúblicos da área de saúde, dentro das normas regidas pelo Estado, através do Estatutodos Servidores Públicos, observando-se os seguintes princípios:

I - isonomia salarial;

II - valorização da capacitação comprovada;

III - equivalência salarial entre as categorias profissionais

IV- comissão por desempenho de chefias, coordenação oudireção;

V - valorização do tempo de serviço efetivo;

VI - valorização da dedicação integral;

VII- valorização da produtividade;

VIII- obediência aos pisos salariais nacionais de cada categoria;

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ART 141º. – Todas as nomeações dos profissionais serão feitas mediante concursopúblico, de acordo com a Constituição Federal e Estadual.

ART 142º. – (SUMS)O Sistema Unificado Municipal de Saúde será financiado comrecursos da União, do Estado e do Município, além de outras fontes.

ART 143º. – Os recursos financeiros do Sistema serão transferidos do Fundo Municipalde Saúde específico para a manutenção e expansão dos serviços prestados pelosDistritosAssistenciais e pela UnidadeAdministrativa Central.

ART 144º. – Os recursos financeiros do Fundo Municipal de Saúde serão administradospelos três diretores subordinados ao controle do Conselho Municipal de Saúde.

ART 145º. – O Município transferirá automaticamente ao Fundo Municipal de Saúde atotalidade dos recursos financeiros provenientes de convênios, contratos, doações ououtras fontes que sejam específicas para a prestação dos serviços assistenciais emsaúde.

ART 146º. Atransferência de recursos de origem Municipal ao Fundo Municipal de Saúdeserá automática e regular, segundo critérios técnico administrativos, de acordo com osvalores e cronogramas propostos pelo Conselho Municipal de Saúde e aprovados na LeiOrçamentária. As parcelas a serem transferidas deverão ser mensais e correspondentesa um duodécimo do valor anual total estabelecido.

ART 147º. –Aassistência à saúde é livre à iniciativa privada.

I - É vedada à destinação de recursos públicos para auxílio ousubvenção a instituições privadas, com fins lucrativos;

ll - é vedada à participação direta ou indireta de empresas oucapitais estrangeiros na assistência à saúde no Município,

salvo os casos revistos em lei federal;

ART 147º. –Aassistência à saúde é livre à iniciativa privada.

I - É vedada à destinação de recursos públicos para auxílio ousubvenção a instituições privadas, com fins lucrativos;

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ll - é vedada à participação direta ou indireta deempresas ou cap i ta is es t range i ros na ass is tênc ia à saúde noMunicípio, salvo os casos revistos em lei federal;

III - é de competência do Município fiscalizar a coleta,processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo o tipode comercialização nos termos do § 4 do art. 199 da Constituiçãoo.

Federal.

ART 148º. – Compete ao Poder Público prestar assistência integral à saúde da mulher,

nas diferentes fases de sua vida.

I - D e v e r á s e r a s s e g u r a d o a c e s s o à e d u c a ç ã o e àinformação sobre métodos adequados à regulamentação dafertilidade, respeitadas as opções individuais;

II - o Poder Público Municipal deverá propiciar programasde alimentação através do INAM, especialmente para mulheresgrávidas, nutrizes e para crianças até três anos de idade.

ART 149º. – É dever do Município dar assistência funerária aos indigentes.

ART 150º. – É dever do Município prestar formação de consciência sanitária individual

primeiras idades através do ensino primário.

ART 151º. – É de competência do Poder Municipal envidar esforços junto às autoridadespoliciais visando o combate ao uso e tráfego de drogas.

ART 152º. – A inspeção médica nos estabelecimentos de ensino Municipal terá caráterobrigatório.

ART 153º. – Compele ao Município manter, juntamente com órgãos estaduais e federais,a farmácia básica, para distribuição gratuita de toda medicação fabricada ou distribuídapela CEME.

ART 154º. O Município cuidará do desenvolvimento das ruas e serviços relativos aosaneamento e urbanismo, com a assistência da União e do Estado sob condiçõesestabelecidas em lei complementar federal.

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CAPÍTULO IIDA ASSISTÊNCIA SOCIAL

ART 155º. – A Assistência Social será prestada pelo Município a quem dela necessitarsem prejuízo do já anunciado no art. 203 da Constituição Federal.

ART 156º. –As ações municipais na área de assistência social serão implementadas comrecursos do orçamento municipal e de outras fontes, observando-se as seguintesdiretrizes:

I - descentralização administrativa com participação de entidadesbeneficentes e deAssistência Social;

II - participação por parte da população por meio de organizaçõesrepresentativas, na formulação das políticas e no controle dasações em todos os níveis.

Parágrafo único: O Município promoverá plano de Assistência Social àspopulações flageladas pelas intempéries.

ART 157º. – O Município dispensará proteção especial ao casamento e assegurarácondições morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança eestabilidade da família.

I - serão proporcionadas aos interessados todas as facilidadespara celebração do casamento;

II - a lei disporá sobre a assistência aos idosos à maternidade,assegurando aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos, aosdeficientes físicos e mentais e seus acompanhantes gratuidade nostransportes coletivos urbanos e inter-distritais.

III - será elaborado pelo Município convênio para manter no que dizrespeito à parte educacional, entidades que abriguem os excepcionaise as pessoas portadoras de deficiência;

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IV - para a execução do previsto no artigo anterior serãoadotadas, entre outras, as seguintes medidas:

a - amparo às famílias numerosas e sem recursos;

b - ação contra os males que são instrumentos dadissolução familiar;

c - estímulo aos pais e às organizações sociais para formaçãomoral, cívica, física e intelectual da juventude;

d - colaboração com as entidades assistenciais que visem aproteção e educação da criança;

e - amparo às pessoas idosas, assegurando a suaparticipação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar egarantindo-lhe o direito à vida;

f - colaboração com a União, com o Estado e com outrosmunicípios para a solução do problema dos menores desamparadosdesajustados, através de processo adequado de permanenterecuperação.

CAPÍTULO IIIDA ASSISTÊNCIA SOCIAL

ART 158º. – O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais, paraque incentivará, valorizará e difundirá as manifestações culturais da comunidade localmediante:

I - oferecimento de estímulos concretos ao cultivo das ciências, artese letras;

II - criação e manutenção de núcleos culturais e de espaços públicosequipados para a formação e difusão das expressões artístico-culturais locais;

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III - criação e manutenção de museus e arquivos públicos que integram osistema de preservação da memória do Município;

IV - proteção, conservação, revalorização e recuperação dopatrimônio cultural, histórico, natural e científico do Município;

V - adoção de incentivos fiscais que estimulem as empresas privadasa investirem na produção cultural e artística do Município;

VI - incentivo à promoção e divulgação de história dos valores humanose das tradições locais;

VIl - criação e instalação de Biblioteca Pública para consultas e estudoscientíficos aos que dela necessitarem;

§1º. - O Município com a colaboração da comunidade apoiará medidasque garantam a preservação das manifestações culturais locais,especialmente das escolas e bandas musicais, festas juninas,pastorinhas de grupos folclóricos.

§2º. - O Município manterá fundo de desenvolvimento cultural comogarantia da viabilização do disposto neste artigo.

ART 159º. – O Município com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio,

cultural por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, deoutras formas de acautelamento e preservação e, ainda, de repressão aos danos e àsameaças a esse patrimônio.

ART 160º. – A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantespara a cultura Municipal.

CAPÍTULO IVDA EDUCAÇÃO

ART 161º. – O Ensino Público Municipal será ministrado com base nos seguintesprincípios:

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I - igualdade de condições para o acesso à educação escolar,garantidos os meios para a necessária permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar opensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções filosóficas, políticas,estéticas, religiosas e pedagógicas que conduza o educando àformação de uma postura ética e social própria;

IV - gratuidade do ensino até o segundo grau;

V - valorização dos profissionais do ensino, com a garantia, naforma da lei, de planos de carreira para o magistério público municipal,com piso salarial profissional, ingresso exclusivamente porconcurso público de provas e títulos sob o regime jurídico únicoadotado pelo Magistério, para seus servidores;

VI - garantia do padrão de qualidade, mediante:

a - avaliação cooperativa periódica por órgão próprio dosistema educacional, pelo corpo docente e por responsáveispelos alunos;

b - condições para reciclagem periódica dos profissionaisdo ensino.

ART 162º. – A descentralização do ensino por cooperação, na forma da lei, submete-seàs seguintes diretrizes:

I - atendimento prioritário à escola obrigatória;

II - garantia de repasse de recursos técnicos e financeiros;

Parágrafo único: A cessão de pessoal do magistério se dará com todos os direitose vantagens do cargo, como se em exercício em unidade Municipal de ensino.

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ART 163º. – O dever do Município com a educação escolar será efetivado mediante agarantia de:

I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que aele não tiverem acesso na idade própria;

II - atendimento em creches e pré-escolas às crianças de 0 (zero) a 6(seis) anos, de forma que todas as crianças que necessitam tenhamacesso;

III - garantia do acesso do trabalhador adolescente à escola;

IV - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensinomédio;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e dacriação artística, segundo a capacidade e tendência de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições doeducando;

VII - atendimento educacional especializado aos portadores dedeficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

VIII - atendimento do educando no ensino fundamental, através deprogramas suplementares de material didático-escolar, transporte,alimentação e assistência à saúde;

IX - criação de sistema integrado de bibliotecas para difusão deinformações cientificas e culturais.

X - supervisão e orientação educacional nas escolas Municipais, emtodos os níveis e modalidades de ensino exercido por profissionalhabilitado;

XI - abatimento de 50% (cinqüenta por cento) nas passagens dostransportes coletivos urbanos do Município, para os estudantes.

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Parágrafo único: A Lei complementar regulará o assunto, dentro de 45(quarenta e cinco) dias, a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica.

XII - Amparo ao menos carente infrator e sua formação em escolasprofissionalizastes especiais.

§1º. - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é de direito público esubjetivo.

§2º. O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município ou sua-

oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§3º. - Compete ao poder público recensear a população em idadeescolar para o ensino fundamental, bem como jovens e adultos quea ele não tiverem acesso, estabelecer as prioridades de atendimentonos planos de educação e, mediante instrumento de controle zelarpela freqüência às aulas.

ART 164º. – O Sistema de Ensino Municipal assegurará aos alunos necessitados decondições de eficiência escolar.

ART 165º. O ensino oficial do Município será gratuito até o 2 grau e atuaráo.

prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

ART 166º. – Respeitando o conteúdo mínimo do ensino fundamental estabelecido pelaUnião, o Município fixará conteúdo complementar com objetivo de assegurar a formaçãopolítica cultural e regional.

I - A educação ambiental será considerada na concepção doscurriculares de todos os níveis, sem constituir disciplina específica;

II - o ensino religioso, de caráter interconfissional, partido darealidade-cultural e religiosa do povo, de matrícula facultativa,constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais doMunicípio, ministrado por professores habilitados no ensino religioso.

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AR. 167º. - O ensino é livre à iniciativa privada entendida as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização de funcionamento, supervisão e avaliação dequalidades pelos órgãos competentes.

AR. 168º. – O Município aplicará anualmente, nunca menos de 25% (vinte e cinco porcento) da receita resultante de suas arrecadações, inclusive as provenientes detransferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

I - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade aoatendimento das necessidades de ensino obrigatório, nos termos doPlano Municipal de Educação;

II - O ensino fundamental terá como fonte adicional de financiamento acontribuição social do salário-educação mantida pelas empresasprivadas.

AR 169º. – O Município apresentará à Câmara Municipal, até o dia 15 (quinze) de marçode cada ano, demonstrativo de aplicação dos recursos provenientes de contribuiçõessociais, de incentivos fiscais, do finsocial e de outros, aplicados em programassuplementares de alimentação e assistência à educação no ano anterior.

AR 170º. – Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas, podendo serdirigidos às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em Lei Federalque:

I - comprovem finalidades não lucrativa e apliquem seusexcedentes financeiros em edificação;

II - assegurem destinando de seu patrimônio a outra escola comunitária,filantrópica ou confessional ou ao Município, no caso de encerramento d esuas atividades.

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Parágrafo Único: Os recursos de que trata este artigo serão destinadas as bolsasde estudo para o ensino fundamental, na forma da lei, para os que demonstrareminsuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da redepública na localidade da residência do educando, ficando o Município obrigado ainvestir, prioritariamente, na expansão de sua rede na localidade.

AR 171º. – Fica criado o Conselho Municipal de Educação para gerir e gerenciar o ensinoMunicipal em todos os graus.

ART 172º. – O Conselho Municipal de Educação será formado por:

I - 3 (três) professores indicados pelo Executivo;

II - 3 (três) professores indicados pelo Legislativo

III - 3 (três) professores indicados pela entidade sindicalrepresentativa da categoria.

IV - 1 (hum) professor indicado por Associações de Bairros ouAssociação de Pais eAlunos.

Parágrafo Único: É condição indispensável que façam parte desteConselho, o Secretário Municipal de Educação e o Coordenador Estadualde Educação para o Município.

ART 173º. – Normas complementares regularão o funcionamento e as atribuições doConselho Municipal de Educação.

ART 174º. – O Plano Municipal de Educação de duração plurianual, visará a articulação eao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, à integração das ações do PoderPúblico e à adaptação no Plano Estadual com os seguintes objetivos:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

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III - melhoria na qualidade do ensino;

I V - formação para o trabalho.

CAPÍTULO VDA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

ART 175º. – O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, apesquisa e a capacitação tecnológica.

I - a pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário doMunicípio, tendo em vista o bem público e o progresso dasciências;

II - a pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para asolução dos problemas municipais e para o desenvolvimentoprodutivo regional;

III - O Município apoiará a formação de recursos humanos nasáreas de ciência, pesquisa e tecnologia e concederá aos que delesse ocupem, meios e condições de trabalho;

IV - é facultado ao Município, vincular, na medida do possível,parcelas de sua receita orçamentária a entidades públicas defomento ao ensino e á pesquisa cientifica e tecnológica.

CAPÍTULO VIDO DESPORTO

ART 176º. – O Município garantirá, por intermédio da rede oficial de ensino e emcolaboração com entidades de esportes, a promoção, o estimulo, a orientação e o apoio àprática e difusão de educação física e do desporto formal e não formal.

I - A destinação de recurso à promoção prioritária de desportoeducacional;

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II - incentivo às manifestações esportivas loco-regionais;

III - tratamento diferenciado para o desporto profissional;

I V - obrigatoriedade de reservas de áreas à praça de esportenos projetos de urbanização e de atividades escolares;

V - o desenvolvimento de programas de construção de áreas para aprática de esporte comunitário;

VI - criação de áreas de lazer, com fechamento ao trânsito de viasPúblicas, escolhidas para tal fim nos feriados e nos finais desemana.

Parágrafo Único: O Poder Público garantirá ao portador de deficiênciaatendimento especializado, no que se refere à prática de atividades desportivas,sobretudo no âmbito escolar.

ART 177º. – Os clubes e asAssociações que fomentarem práticas esportivas propiciarãoaos atletas integrantes de seus quadros formas adequadas de acompanhamento médicoe de exames.

ART 178º. – O poder Público Municipal entende o lazer e a prática desportiva como formade promoção social.

Parágrafo Único: O Município incentivará, mediante benefícios fiscais e naforma da lei, o investimento da iniciativa privada no desporto.

TÍTULO VIIIDA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

DA ATIVIDADE ECONÔMICA

ART 179º. – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livreiniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiçasocial, observados os seguintes princípios:

I - autonomia municipal;

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II - da propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente;

VII - redução das desigualdades sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capitalnacional de pequeno porte.

ART 180º. – O exercício da atividade econômica pelo Município só será permitido quandohouver interesse coletivo, conforme definido em lei.

§ 1º. -Aempresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidadesque explorem atividades econômicas, sujeitam-se ao regime jurídicopróprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações traba-lhistas e tributárias.

§ 2º. - As empresas públicas e as sociedades de economia mista nãopoderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setorprivado.

ART 181º. – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Municípioexercerá na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo estedeterminante para o setor privado.

ART 182º. – O Município para fomentar o desenvolvimento econômico observados osprincípios da Constituição Federal, da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica,estabelecerá e executará o Plano Municipal de Desenvolvimento integrado que seráproposto pelo Conselho de Desenvolvimento Social que será criado e aprovado em lei.

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§1º. - Na Composição do conselho será assegurada a participação dasociedade civil, principalmente com representação de associações eentidades de classe.

§2º. - O Plano terá entre outros, os seguintes objetivos:

I - o desenvolvimento sócio integrado do Município;

II - a racionalização e a coordenação das ações do governo;

III - o incremento das atividades produtivas do Município;

IV - a expansão social do mercado consumidor;

V - a superação das desigualdades sociais e regionais doMunicípio;

VI - a expansão do mercado de trabalho;

VII - o desenvolvimento tecnológico do Município.

§3º. - Na fixação das diretrizes para a consecução dos objetivosprevistos no parágrafo anterior, deve o Município respeitar e preservaros valores culturais.

§4º. - O planejamento governamental terá caráter indicativo para osetor privado.

ART 183º. – O Município promoverá:

I - repressão ao abuso do poder econômico;

II - defesa, promoção e divulgação dos direitos do consumidor ecriação de órgãos especializados para execução da política de defesado consumidor;

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III - fiscalização e controle de qualidade, de preços e de peso e demedidas dos bens e serviços produzidos e comercializados em seuterritório;

IV - eliminação de entrave burocrático que embarace o exercício daatividade econômica;

V - apoio ao associativismo e estimulo à organização da atividadeeconômica em cooperativas, mediante tratamento jurídicodiferenciado;

VI - apoio à pequena e à micro empresa;

VII - regulamentação da atividade dos camelôs e vendedoresambulantes;

VIII - tratamento especial às empresas de industrialização deprodutos agropecuários;

IX - a expansão urbana dos distritos, mediante loteamento regulardas áreas;

X - criação de áreas de lazer e serviços públicos dos distritos epovoados.

TÍTULO IX

DA POLÍTICA URBANA E RURAL

CAPÍTULO I

DA POLÍTICA URBANA

ART 184º. – A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Município conforme

diretrizes fixadas em Lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções

sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.

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Parágrafo Único: O Plano Diretor é o instrumento da Política deDesenvo lv imento e de expansão urbana e será desenvo lv ido em le icomplementar.

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA RURAL

ART 185º. – O Município adotará programas de desenvolvimento rural destinados afomentar a produção agropecuária, organizar o abastecimento alimentar, promover o bemestar do homem que vive do trabalho da terra e fixá-lo no campo.

ART 186º. – A política rural será planejada e executada com a participação efetiva dosetor de produção envolvendo produtores e trabalhadores rurais, do cooperativismo e daassistência técnica e extensão rural criando o Conselho Municipal de Planejamento eAçãoAgropecuário.

ART 187º. – O Município destinará recursos para garantir gratuidade e de formaparticipativa com o Estado a assistência técnica e extensão rural para os pequenosprodutores rurais, suas famílias e suas formas associativas, com:

I - criação de programas de saneamento básico no meio rural,garantindo recursos para sua execução, sem prejuízos para o meioambiente.

II - oferta de escolas para os alunos do meio rural, dentro dospadrões mínimos exigidos;

III - ampliação da rede de ensino, através de criação de extensão desérie, onde houver demanda e construção de alojamento para osprofessores;

IV - criação de programas de construção e melhorias de habitaçãopara famílias de pequenos produtores e trabalhadores rurais.

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ART 188º. – Compete ainda ao Município:

I - tombar as principais nascentes de córregos e rios do Município,visando á proteção dos mesmos;

II - regulamentar a exploração mineral feita por máquinas no leitose margens dos rios e córregos do Município, evitando-se oassoreamento e poluição dos mesmos;

III - criar uma patrulha moto-mecanizada exclusiva para abertura,manilhamento, ensaibramento e patrolamento dos trechos críticos dasestradas vicinais do Município, sem ônus para os produtores permitindoassim o escoamento da produção e criação de linhas de ônibus entre asede do Município, seus povoados e comunidades;

IV - oferecer serviços médico-odontológicos, de lazer, nospovoados, vilas e distritos do Município;

V - manter convênios com órgãos e entidades, para ofertar aosprodutores rurais treinamentos de mão de obra;

VI - regulamentar e fiscalizar a comercialização e uso dos produtosquímicos (defensivos agrícolas e medicamento veterinário) naagropecuária municipal;

VII - garantir recursos humanos e materiais (trator e implementos)necessários ao desenvolvimento da atividade agrícola;

VIII - implantar e manter núcleos de profissionalização específica;

IX - ofertar infra-estrutura de armazenagem e de garantia demercado na área municipal;

X - criar programas de controle de erosão, de manutenção defertilidade e de recuperação de solos degradados;

X I - prioriza o abastecimento interno, notadamente no que dizrespeito ao apoio aos produtores de gêneros alimentícios básicos.

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TÍTULO X

DO MEIO AMBIENTE

ART 189º. – Todos têm direito ao meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado,bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se atodos e, em especial, ao Poder Público Municipal, o dever de defendê-lo para o benefíciodas gerações atuais e futuras.

Parágrafo Único: O direito ao ambiente saudável estende-se ao ambiente detrabalho, ficando o Município obrigado a garantir e proteger o trabalhadorcontra toda e qualquer condição nociva à sua saúde física e mental.

ART 190º. – É dever do Poder Público elaborar e implementar, através de lei, um PlanoMunicipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais que contemplará a necessidade doconhecimento das características e recursos dos meios físicos e biológicos, dediagnostico de utilização e definição de diretrizes para o seu melhor aproveitamento noprocesso de desenvolvimento econômico-social.

ART 191º. – cabe ao Poder Público Municipal, através de seus órgãos de administraçãodireta, indireta e funcional.

I - preservar e restaurar os processo ecológicos essenciais dasespécies e dos ecossistemas;

II - definir e implantar áreas e seus componentes representativos detodos os ecossistemas originais do espaço territorial do Município,a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e suspensãoinclusive dos já existentes, permitida somente por meio delei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dosatributos que justifiquem sua proteção;

IIl - exigir na forma da lei, para a instalação de obras ou atividadespotencialmente causadoras de significativa degradação do meioambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se darápublicidade garantidas audiências públicas a forma do meio ambiente;

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IV - garantir a educação ambiental em todos os níveis de ensino econscientização pública para preservação do meio ambiente;

V - proteger a fauna e a flora, vedadas às práticas que coloquem emrisco sua função ecológica, provoquem extinção de espéciesou submetam os animais à crueldade, fiscalizando a extração, captura,produção, transporte, comercialização e consumo de seus espécimese subprodutos;

VI - proteger o meio ambiente combater a poluição em qualquer de suasformas;

VIl - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos depesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seuterritório;

VIII - definir o uso e ocupação do solo, subsolo e águas através deplanejamento que englobe diagnóstico, análise técnica e definições dediretri de gestão dos espaços com participação e socialmentezesnegociadas, respeitando a conservação e qualidade ambiental;

IX - estimular e promover o reflorestamento ecológico em áreasdegradadas, objetivando especialmente a proteção de encostas e dosrecursos hídricos, bem como a consecução de índices mínimos decobertura vegetal;

X - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem de substâncias, otransporte, a comercialização e atualização técnicas, métodos e asinstalações que comportem risco efetivo ou potencial para a saudávelqualidade de vida e ao meio natural e de trabalho, inclusive materiaisgenericamente alterados pela ação humana, resíduos químicos efontes de radioatividades;

XI - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental,considerando os efeitos sinérgicos e acumulativos da exposição àsfontes de poluição, incluída a absorção de substâncias químicasatravés de alimentação;

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XII - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilizaçãodos causadores de poluição ou de degradação ambiental;

XIII - é vedada à concessão de recursos públicos ou incentivos fiscais àsatividades que desrespeitam as normas e padrões de proteção ao meioambiente, natural de trabalho;

XIV - recuperar a vegetação em áreas urbanas, segundo critériosdefinidos em lei;

XV - definir em lei;

a - as áreas e as atividades de significativa potencialidade dedegradação ambiental;

b - os critérios para o estado de impacto ambiental;

c - o licenciamento de obras causadoras de impacto ambiental,obedecendo sucessivamente aos seguintes estágios: licença préviade instalação e funcionamento;

d - as penalidades para preenchimento já iniciados ou concluídos semlicenciamento, e a recuperação da área de degradação, segundo oscritérios e métodos definidos pelos órgãos competentes;

e - os critérios que nortearão a exigência de recuperação oureabilitação das áreas sujeitas a atividades de mineração;

XVI - exigir o inventário das condições ambientais das áreas sobameaças de degradação ou já degradadas.

ART 192º. – É obrigatório a recuperação da vegetação nativa nas áreas protegidas por leie todo proprietário que não respeitar restrições ao desmatamento deverá recuperá-lo.

ART 193. – Nos serviços públicos prestados pelo Município e na sua concessão,permissão e renovação deverá ser avaliado o serviço e seu impacto ambiental.

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Parágrafo Único: As empresas concessionárias ou permissionárias deserviços públicos deverão atender rigorosamente aos dispositivos deproteção ambiental, não sendo permitida a renovação da permissão ouconcessão, no caso de reincidência da inflação.

ART 194º. – O Poder Público Municipal manterá obrigatoriamente o Conselho Municipalde Defesa do meio Ambiente, órgão colegiado autônomo e deliberativo composto porrepresentante do Poder Público, entidades ambientalistas, representantes de sociedadecivil, que entre outras atribuições definidas em lei, deverá:

I - analisar, aprovar ou vetar qualquer projeto público ou privadoque implique em impacto ambiental;

II - solicitar, por um terço dos seus membros, referendum;

§1º. - para o julgamento de projetos a que se refere o inciso I desteartigo, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente realizaráaudiências públicas obrigatórias, em que se ouvirão as entidadesinteressadas, especialmente com representantes da populaçãoatingida.

§2º. - as populações atingidas gravemente pelo impacto ambientaldos projetos referidos no inciso I, deverão ser consultadasobrigatoriamente através do referendum.

ART 195º. – As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores asanções administrativas, com aplicação de multas diárias e progressivas nos casos decontinuidade da inflação ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade einterdição, independentemente da obrigação dos infratores de restaurar os danoscausados.

ART 196º. – Aquele que utilizar recursos ambientais fica obrigado, na forma da lei, arealizar programas de monitoria a serem estabelecidos pelos órgãos competentes.

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ART 197º. – Os recursos de multas administrativas e condenações judiciais por atoslesivos ao meio ambiente e das taxas incidentes sobre a utilização dos recursosambientais serão destinados a um fundo gerido pelo Conselho Municipal de Defesa doMeioAmbiente, na forma da lei.

ART 198º. – São áreas de proteção permanente:

I - as áreas de proteção das nascentes dos rios;

II - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e da flora,como que sirvam como local de pouso ou reprodução de espéciesmigratórias;

III - as paisagens notáveis;

IV - fica terminantemente proibida quaisquer construções numadistância de 5 (cinco) metros de um e outro lado dos rios, córregos eriachos nas áreas urbanas do Município.

Parágrafo Único: O Município terá prazo de 2 (dois) anos pararegulamentar o inciso IV deste artigo.

TÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

ART 1º. – O Prefeito Municipal e os Vereadores da Câmara Municipal de Teixeira deFreitas prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir esta Lei Orgânica, a partirdo ato de sua promulgação.

Parágrafo Único: Esta Lei Orgânica, salvo modificação na ConstituiçãoFederal, poderá ser emendada mediante proposta de um terço dosVereadores, por proposição ou por 5% por cento do eleitorado inscrito noMunicípio. Para a aprovação dependerá de dois terços dos Vereadores e em2 (dois) turnos, com interstício de 10 (dez) dias de um para o outro.

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ART 2º. – Ficam mantidos os atuais órgãos e entidades da administração Públicamunicipal até a reestruturação administrativa global do Município, a se efetivar nos termosdesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único: O prazo para esta reestruturação será de 180 (cento eoitenta) dias, da data da promulgação desta Lei Orgânica.

ART 3º. – dentro do Prazo de 90 (noventa) dias a Câmara deverá elaborar o seu novoregimento Interno.

ART 4º. – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário, especialmente a Lei n 44, de 23.01.89.

Teixeira de Freitas, 05 de Dezembro l de 2008

M E S A D I R E T O R A

JOSÉ CARLOS CHECON - PRESIDENTE

IRISMAR BRITOANDRADE - VICE-PRESIDENTE

JOSÉ HENRIQUE G. DACRUZ - SECRETÁRIO

COMISSÃO CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇAE REDAÇÃO:

DIÓGENESALEXANDRE MEDEIROS LUZ - PRESIDENTE

GENIVALDO BISPO DE OLIVEIRA - VICE - PRESIDENTE

NAGIBABUTRABE FILHO - MEMBRO

VEREADORES:

ARISTON PINHEIRO DACOSTA EDNALVAMORAIS SOUZA

JEOLINO LOPES XAVIER MARTAHELENALEAL

SEBASTIÃO MENDES DEANDRADE

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CAPAREGIMENTO INTERNO

Page 98: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL

TÍTULO I - DA CÂMARA MUNICIPAL 03CAPÍTULO I DAS FUNÇÕES DA CÂMARA 03CAPÍTULO III DA SEDE DA CÂMARA 04CAPÍTULO III DA INSTALAÇÃO DA CÂMARA 04SEÇÃO I DA POSSE DOS VEREADORES 04

TÍTULO III - DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL 05CAPÍTULO I DA MESA DA CÂMARA 05SEÇÃO I DA FORMAÇÃO DA MESA E SUAS

MODIFICAÇÕES 05SEÇÃO III DA COMPETÊNCIA DA MESA 08SEÇÃO III DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS

DA MESA 10CAPÍTULO III DO PLENÁRIO 15CAPÍTULO III DAS COMISSÕES 18SEÇÃO I DA FINALIDADE DAS COMISSÕES

E DE SUAS MODALIDADES 18SEÇÃO III DA FORMAÇÃO DAS COMISSÕES

E DE SUAS MODIFICAÇÕES 21SEÇÃO III DOS FUNCIONAMENTO DAS

COMISSÕES PERMANENTES 22SEÇÃO I DA COMPETÊNCIA DAS COMISSÕES

PERMANENTES 25

TÍTULO III - DOS VEREADORES 28CAPÍTULO I DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA 28CAPÍTULO III DA INTERRUPÇÃO E DA SUSPENSÃO

DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA E DASVAGAS 29

CAPÍTULO III DA LIDERANÇA PARLAMENTAR 31CAPÍTULO IV DAS INCOMPATIBILIDADE E DOS

IMPEDIMENTOS 32CAPÍTULO V DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES

POLÍTICOS 32

TÍTULO IV - DAS PROPOSIÇÕES E DA TRAMITAÇÃO 33CAPÍTULO I DAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÃO

E DE SUA FORMA 33CAPÍTULO II DAS PROPOSIÇÕES EM ESPÉCIE 34CAPÍTULO III DA APRESENTAÇÃO E DA RETIRADA DA

PROPOSIÇÃO 37CAPÍTULO IV DA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES 39

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TÍTULO V - DAS SESSÕES E REUNIÕES DA CÂMARA 42CAPÍTULO I DAS SESSÕES EM GERAL 42CAPÍTULO II DAS SESSÕES ORDINÁRIAS 45CAPÍTULO III DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS 48CAPÍTULO IV DAS SESSÕES SOLENES 49CAPÍTULO V DAS SESSÕES SECRETAS 49

TÍTULO VI - DAS DISCUSSÕES E DAS DELIBERAÇÕES 49CAPÍTULO I DAS DISCUSSÕES 49CAPÍTULO II DA DISCIPLINA DOS DEBATES 52CAPÍTULO III DAS DELIBERAÇÕES 54CAPÍTULO IV DA CONCESSÃO DE PALAVRA A CIDADÃOS

EM SESSÕES E COMISSÕES 57TÍTULO VII - DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL PROCEDIMENTOS

58DE CONTROLECAPÍTULO I DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL 58SEÇÃO I DO ORÇAMENTO 58SEÇÃO II DAS CODIFICAÇÕES 59SEÇÃO III DA PROPOSTA DE EMENDA À LEI

ORGÂNICA 60CAPÍTULO II DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE 60SEÇÃO I DO JULGAMENTO DAS CONTAS 60SEÇÃO II DO PROCESSO DE PERDA DE MANDATO 61SEÇÃO III DA CONVOCAÇÃO DO CHEFE DO EXECUTIVO

E DE SEUS AUXILIARES DIRETOS 64SEÇÃO IV DO PROCESSO DESTITUITÓRIO 65

TÍTULO VIII - DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL 66CAPÍTULO I DAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS

PRECEDENTES 66CAPÍTULO II DA DIVULGAÇÃO DO REGIMENTO E DE

SUA REFORMA 67

TÍTULO IX DA GESTÃO DOS SERVIÇOS INTERNOS DA CÂMARA 67

TÍTULO X DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 69

02

Page 100: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

CÂMARA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITASESTADO DA BAHIA

RESOLUÇÃO Nº 01/94

ESTABELECE O REGIMENTO INTERNO DA CÂMARAMUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS

O Presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, Estado da Bahia; Faço Saber que aEdilidade, em Sessão Plenária, aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução Legislativa:

TÍTULO IDA CÂMARA MUNICIPAL

CAPÍTULODAS FUNÇÕES DA CÂMARA

Art. 1º. - O Poder Legislativo local é exercido pela Câmara Municipal que temfunções legislativas, de fiscalização financeira, de controle e assessoramento do Executivo, dejulgamento político-administrativo, desempenhando ainda as atribuições que lhe são próprias,atinentes à gestão dos assuntos de sua economia interna.

§ 1º. - As funções legislativas consistem em deliberar, por meio de emendas à LeiOrgânica, leis complementares, leis ordinárias, decretos legislativos e resoluções sobre todas asmatérias de competência do Município, bem como a apreciação de medidas provisórias.

§ 2º. - As funções de fiscalização financeira incidem sobre os aspectos contábil,orçamentário e patrimonial do Município e das entidades da administração indireta, sempremediante o auxílio do Tribunal de Contas dos municípios, compreendendo:

I - Apreciação das contas apresentadas pelo Prefeito, integradas estasàquelas da própria Câmara;

II - O acompanhamento das atividades financeiras do Município e dos órgãosd a a d m i n i s t r a ç ã o d i r e t a e i n d i r e t a , i n c l u i d a a s f u n d a ç õ e s e s o c i e d a d e sinstituidas e mantidas pelo poder público.

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§ 3º. - As funções de controle externo da Câmara implicam a vigilância dosnegócios do Executivo em geral, sob os prismas de legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e da ética político-administrativa, com a tomada das medidas sanatórias que sefizerem necessárias.

§ 4º. - A função de assessoramento consiste em sugerir ao Executivo medidasde interesse público.

§ 5º. - As funções julgadoras ocorrem nas hipóteses em que é necessário julgar oPrefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, quando tais agentes políticos cometem infrações político-administrativas previstas em Lei.

§ 6º. - Agestão dos assuntos de economia interna da Câmara, constitue sua funçãoadministrativa, realizando-se através da disciplina regimental e de suas atividades, daestruturação e da administração de seus serviços auxiliares. .

CAPÍTULO IIDA SEDE DA CÂMARA

Art. 2º. - A Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, tem sede na Rua MassaroriNagao, 64, Centro, Teixeira de Freitas, onde serão realizadas suas sessões.

§1º. - REVOGADO

§ 2º. - No recinto de reuniões do plenário não poderão ser afixados quaisquersímbolos, quadros, faixas, cartazes ou fotografias que impliquem propaganda político-partidária,ideológica, religiosa ou de cunho promocional de pessoas vivas ou de entidades de qualquernatureza.

§ 3º. - As sessões da Câmara serão realizadas em sua sede, considerando-senulas as que se realizarem fora dela, com exceção das solenes, ou conforme deliberação doplenário, obedecido o § 1º. do Art. 31º. deste regimento.

CAPÍTULO I I IDA INSTALAÇÃO DA CÂMARA

SEÇÃO IDA POSSE DOS VEREADORES

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Art. 3º. - A Câmara Municipal instalar-se-á, em sessão especial, no dia primeiro deJaneiro , no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros , sob a Presidência doVereador mais idoso dentre os presentes.

§ 1º. - Os Vereadores, munidos do respectivo diploma, tomarão posse na sessão aque se refere o caput deste artigo, o que será objeto de termo lavrado em livro próprio, cabendo aoPresidente prestar o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituição Federal, aConstituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis, desempenhar com lealdade omandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do Município".

§ 2º. - Prestado o compromisso pelo Presidente, o primeiro Secretário, que fordesignado para esse fim, fará a chamada nominal de cada Vereador, que declarará: "Assimprometo".

§ 3º. - O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deveráfazê-lo no prazo de 10 ( dez ) dias depois da primeira sessão ordinária da legislatura, salvo motivojusto aceito pela Câmara Municipal.

§ 4º. - No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se fazerdeclaração de seus bens, repetida quando do término do mandato, sendo ambas transcritas emlivro próprio, resumidas em ata e divulgadas para o conhecimento do público.

Art. 4º. - Cumprido o disposto no § 4º do artigo anterior, o Presidente provisóriofacultará a palavra, por 10 ( dez ) minutos, a cada um dos Vereadores indicados pela respectivabancada e quaisquer autoridades presentes que desejarem manifestar-se.

TÍTULO I IDOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL

CAPÍTULO IDA MESA DA CÂMARA

SEÇÃO IDA FORMAÇÃO DA MESA E SUAS MODIFICAÇÕES

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Page 103: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

Art. 5º. - A mesa da Câmara, eleita na forma prevista no art. 29 da Lei OrgânicaMunicipal compõe-se dos cargos de Presidente, Vice- Presidente, primeiro e segundo Secretários,com mandato de dois anos, vedada a recondução para o cargo anteriormente ocupado, na mesmaLegislatura.

§ 1º. - Na hipótese de não haver número suficiente para a eleição da Mesa, o maisidoso entre os presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que sejaeleita a Mesa.

§ 2º. -Aeleição para renovação da Mesa no mesmo mandato legislativo realizar-se-á, obrigatoriamente, na última sessão Ordinária do segundo período Legislativo e a posse doseleitos se dará no primeiro dia útil do mês subsequente.

Art. 6º. - A eleição dos membros da Mesa far-se-à por maioria absoluta,assegurando-se o direito de voto, inclusive dos candidatos a cargo na Mesa, e utilizando-se paravotação, cédula única.

Art. 7º. - A eleição dos membros da Mesa far-se-à por escrutínio secreto, exigida apresença da maioria absoluta dos Vereadores, observadas as seguintes formalidades:

I - registro, junto à Mesa, individualmente ou por chapa dos candidatos concorrentes;

II - confecção de cédulas únicas, contendo as chapas completas e, se houver, o nome decandidato independente e o cargo a que concorre;

III - chamada nominal dos Vereadores para votação;IV - entrega das sobrecartas rubricadas pelo Presidente da Mesa;

V - utilização da cabina indevassável para colocação das cédulas em sobrecartas queresguardem o sigilo do voto;

VI - colocação das sobrecartas na urna à vista do Plenário;

VII - acompanhamento dos trabalhos da apuração junto à Mesa por dois ou mais Vereadoresindicados à Presidência pelos partidos ou blocos parlamentares diferentes;

VIII - REVOGADO

IX - apuração dos votos pelo Presidente;

REVOGADOX -XI - invalidação de voto cuja cédula não atenda ao disposto nos incisos I e II ou contiver marcas

ou rasuras;

XII - redação, pelo primeiro secretário, e leitura, pelo Presidente, do boletim de apuraçãoorganizado na ordem decrescente dos votos;

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Page 104: LEI ORGANICA 2012 e Regimento Interno Da Câmara

XIII - eleição do candidato mais idoso, em caso de empate; eXIV - proclamação, pelo Presidente, do resultado final.

Art. 8º. - O suplente de Vereador, quando convocado, não poderá ser eleito para cargo daMesa e só poderá participar de comissões permanentes quando não for possível a composição deoutro modo.

Art. 9º. - Em caso de empate nas eleições para membro da Mesa, proceder-se-á o segundoescrutínio, após o qual, se ainda não tiver havido definição, o concorrente mais idoso seráproclamado vencedor.

Art. 10. - Somente se modificará a composição permanente da Mesa ocorrendo vaga docargo de Presidente, do Vice-Presidente ou dos Secretários.

Parágrafo único - Se a vaga for do cargo de Secretário, assumi-lo-á o segundo secretário.

Art. 11. - Considerar-se-á vago qualquer cargo da Mesa quando:

I - extinguir-se mandato político do respectivo ocupante, ou se este o perder;II - licenciar-se o membro da Mesa do mandato de Vereador por prazo superior a 120

(cento e vinte ) dias;III - houver renúncia do cargo da Mesa pelo seu titular com aceitação do Plenário;

IV - for o Vereador destituído da Mesa por decisão do Plenário.

Art. 12. - A renúncia pelo Vereador ao cargo que ocupa na Mesa será feita mediantejustificação escrita apresentada no Plenário.

Art. 13. - A destituição de membro efetivo da Mesa somente poderá ocorrer quandocomprovadamente desidioso, ineficiente ou quando tenha se prevalecido do cargo para finsilícitos, dependendo de deliberação do Plenário pelo voto de dois terços dos Vereadores,acolhendo a representação de qualquer Vereador.

Art. 14. - Para preenchimento de cargo vago na Mesa da Câmara, salvo a hipótese do art.10, Parágrafo único, desta Resolução, haverá eleições suplementares na primeira sessãoordinária seguinte àquela na qual se verificar a vaga.

Parágrafo único - Em caso de renúncia total da Mesa, proceder-se-á nova eleição nasessão ordinária imediatamente posterior àquela em que se deu a renúncia, sob a Presidência doVereador mais idoso entre os presentes.

ISEÇÃO I I

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DA COMPETÊNCIA DA MESA

Art. 15. - A mesa é o órgão diretor de todos os trabalhos legislativos e administrativos daCâmara.

Art. 16. - Compete à Mesa da Câmara privativamente, em colegiado:

I - propor ao plenário projetos de resolução que criem, transforme extinguem cargos,empregos ou funções iniciais;

II - propor resolução e decretos legislativos que fixem ou atualizem a remuneração doPrefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, na forma estabelecida na Lei OrgânicaMunicipal;

III - propor as resoluções e os decretos legislativos concessivos de licenças eafastamentos do Prefeito e dos Vereadores;

IV - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 30 de Junho, após aprovação peloPlenário, a proposta do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta geral d oMun ic íp io , p reva lecendo , na h ipó tese da não aprovação pe lo P lenár io , aproposta elaborada pela Mesa;

V - enviar ao Tribunal de Contas dos Municípios, até o dia 10 ( dez ) de Julho o BalançoGeral das Contas do Município;

VI - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de qualquerdos membros da Câmara, nos casos prev is tos na Lei Orgân ica Munic ipa l ,assegurada ampla defesa;

VII - representar, em nome da Câmara, junto aos Poderes da União, do Estado e doDistrito Federal;

VIII - organizar cronograma de desembolso das dotações da Câmara vinculadamenteao trespasse mensal dos mesmos pelo Executivo;

IX - proceder à redação final das resoluções e decretos legislativos;X - deliberar sobre convocação de sessões extraordinárias na Câmara;XI - receber ou recusar as proposições apresentadas sem observância das

disposições regimentais;XII - assinar, por todos os membros, as resoluções e os decretos legislativos;XIII - autografar os projetos de lei aprovados para a sua remessa ao Executivo;XIV - deliberar sobre a realização de sessões solenes fora da sede da Edilidade;XV - autorizar a utilização do recinto da Câmara para fins estranhos à sua finalidade,

quando for de interesse público;XVI - determinar, no início da legislatura, o arquivamento das proposições não

apreciadas na legislatura anterior;

XVII - adotar as providências cabíveis, por solicitação do interessado, para a defesa

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judicial e extrajudicial de Vereador contra a ameaça ou a prática de ato atentatório ao livreexercício e as prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar;

XVIII - promover ou adotar, em virtude de decisão judicial, as providências necessárias desua alçada ou que se insiram na competência legislativa do Plenário;

XIX - Aplicar ao Vereador, penalidade de censura escrita, ou a perda temporáriado exercício do seu mandato;

XX - decidir conclusivamente, em grau de recurso, as matérias referentes aoordenamento jur íd ico de pessoal e dos serviços administrat ivos da CâmaraMunicipal;

XXI - encaminhar ao Poder Executivo as solicitações de créditos adicionais necessáriosao funcionamento da Câmara Municipal e dos seus serviços;

XXII - apresentar ao Plenário, na sessão de encerramento da Sessão LegislativaOrdinária, resenha dos trabalhos realizados, precedida de sucinto relatório sobre o s e udesempenho;

XXIII - dar parecer sobre as proposições que visem modificar o Regimento Interno e nospedidos de licença dos Vereadores;

XXIV - promulgar as emendas à Lei Orgânica Municipal;

XXV - determinar a abertura de sindicância ou inquérito administrativo.

Art. 17. - AMesa decidirá por maioria de seus membros.

Art. 18. - O Vice-Presidente substitui o Presidente nas suas faltas e impedimentos e serásubstituído, nas mesmas condições, pelo Secretário, assim como este pelo segundo Secretário.

Art. 19. - Quando, antes de iniciar-se determinada sessão ordinária ou extraordinária,verificar-se a ausência dos membros efetivos da Mesa, assumirá a Presidência o segundoSecretário e, se também não houver comparecido, fa-lo-á o Vereador mais idoso presente, queconvidará qualquer dos demais Vereadores para funções de secretários "ad hoc".

Art. 20. - A mesa reunir-se-á duas vezes por mês, independentemente do Plenário, para aapreciação prévia de assuntos que serão objeto de deliberação da Edilidade que, por sua especialrelevância, demandem intenso acompanhamento e fiscalização ou ingerência do Legislativo.

§ 1º. - As deliberações da Mesa, tomadas em suas reuniões, deverão serconsubstanciadas em atos, desde que não sujeitas à deliberação do Plenário.

§ 2º. - Perderá o lugar o membro da Mesa que deixar de comparecer a três reuniões

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ordinárias consecutivas, sem causa justificável.

Art. 21. - Nenhuma proposição que modifique os serviços da secretaria da Câmara ou ascondições do seu pessoal poderá ser submetida à deliberação do Plenário, sem parecer da Mesa,que terá para tal fim, o prazo improrrogável de dez dias.

Art. 22. -As funções dos membros da Mesa cessarão:

I - ao findar a legislatura;II - nos demais anos da legislatura, com eleição de nova Mesa;III - pela renúncia;V - por falecimento; eV - pela posse em cargo incompatível com o exercício do mandato parlamentar.

SEÇÃO IIIDAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA MESA

Art. 23. - O Presidente da Câmara é a mais alta autoridade da Mesa, dirigindo-a e aoPlenário em conformidade com as atribuições que lhe conferem este Regimento Interno.

Art. 24. - Compete ao Presidente da Câmara:

I - representar a Câmara Municipal em juízo, inclusive prestando informações emmandado de segurança contra ato da Mesa ou Plenário;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis quereceberem sanção tácita e as cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e nãotenham sido promulgadas pelo Prefeito Municipal;

V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos eas leis por ele promulgadas;

VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, nos casosprevistos em lei;

VII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balanço relativo aosrecursos recebidos e às despesas realizadas no mês anterior;

VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara;IX - exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal nos casos previstos em

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lei;X - designar comissões especiais nos termos deste Regimento Interno, observadas as

indicações partidárias;XI - mandar prestar informações por escrito e expedir certidões requeridas para a

defesa de direitos e esclarecimentos de situações;XII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da

comunidade;XIII - administrar a Câmara Municipal, fazendo lavrar os atos pertinentes a essa área de

gestão;XIV - representar a Câmara junto ao Prefeito, às autoridades federais, estaduais e

distritais e perante as entidades privadas em geral;XV - credenciar agente de imprensa, rádio e televisão para o acompanhamento dos

trabalhos legislativos;XVI - fazer expedir convites para as sessões solenes da Câmara Municipal às pessoas

que, por qualquer título, mereçam a honraria;XVII - conceder audiência ao público, a seu critério, em dias e horários prefixados;XVIII - requisitar força, quando necessária à preservação da regularidade de

funcionamento da Câmara;XIX - empossar os Vereadores retardatários e suplentes e declarar empossados o

Prefeito e o Vice-Prefeito, após a investidura dos membros nos respectivos cargosperante o Plenário;

XX - declarar extinto os mandatos do Prefeito, do Vice-Prefeito, de Vereadores e desuplentes, nos casos previstos em lei ou em decorrência de decisão judicial, em fase dedeliberação do Plenário, e expedir decreto legislativo de perda do mandato;

XXI - convocar suplente de Vereador, quando for o caso;XXII - declarar destituído membros da Mesa ou de Comissão Permanente, nos casos

previstos neste Regimento;XXIII - designar os membros das comissões especiais e os seus substitutos e preencher

vaga nas comissões permanentes;XXIV - convocar verbalmente os membros da Mesa para as reuniões previstas neste

Regimento;XXV - dirigir as atividades legislativas da Câmara em geral, em conformidade com as

normas legais e deste Regimento, praticando todos os atos que, explicita ouimplicitamente, não caibam ao Plenário, à mesa em conjunto, à Comissão, ou aqualquer integrante de tais órgãos individualmente considerados, e, em especial,exercendo as seguintes atribuições:

a) convocar sessão extraordinárias da Câmara, e comunicar aos Vereadores asc o n v o c a ç õ e s p a r t i d a s d o P r e f e i t o o u a r e q u e r i m e n t o d a m a i o r i a a b s o l u t a d o smembros da casa, inclusive no recesso;

b) superinteder a organização da pauta dos trabalhos legislativos;

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c) abrir, presidir e encerrar as sessões da Câmara e suspendê-las, quandonecessário;

d) determinar a leitura, pelo Vereador Secretário, das atas, pareceres, requerimentose outras peças escritas sobre as quais deva deliberar o Plenário, na conformidade

do expediente de cada sessão;e) cronometrar a duração dos expedientes e da ordem do dia e do tempo dos oradores

inscritos, anunciando o início e o término respectivos;f) manter a ordem no recinto da Câmara, concedendo a palavra aos oradores

inscritos, cassando-a, disciplinando os apartes e advertindo todos os que incidirem e me x c e s s o s , i n c l u s i v e c o n v i d a n d o - o s a s e r e t i r a r e m d o P l e n á r i o , q u a n d operturbarem a ordem;

g) resolver as questões de ordem;h) interpretar o Regimento Interno para aplicação às questões emergentes, sem

prejuízo de competência do Plenário para deliberar a respeito, se o requererqualquer Vereador;

i) anunciar a matéria a ser votada e proclamar o resultado da votação;j) proceder à verificação de quorum, de ofício ou a requerimento de Vereador;l) encaminhar os processos e os expedientes às comissões permanentes,

para parecer, controlando-lhes o prazo, e esgotado este sem pronunciamento,nomear relator "ad hoc" nos casos previstos neste Regimento;

m) organizar a ordem do dia das sessões;n) convocar sessões solene.

XXVI - praticar os atos essenciais de intercomunicação com o Executivo, notadamente:

a) receber as mensagens e propostas legislativas, fazendo-as protocolar;

b) encaminhar ao Prefeito, por ofício, os projetos de lei aprovados e comunicar-lheos projetos de sua iniciativa desaprovados, bem como os vetos rejeitados oumantidos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas;

c) solicitar ao Prefeito as informações pretendidas pelo Plenário e convidá-lo acomparecer ou fazer que compareçam à Câmara os seus aux i l i a res paraexplicações, quando haja convocação da Edilidade em forma regular;n

d) solicitar mensagem com propositura de autorização legislativa parasuplementação dos recursos da Câmara, quando necessário;

e) proceder a devolução à tesouraria da Prefeitura de saldo de caixa existente naCâmara ao final de cada exercício;

XXVII - ordenar as despesas da Câmara Municipal e assinar cheques nominativos ou

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ordem de pagamento, juntamente com o servidor encarregado do movimentofinanceiro;XXVIII - determinar licitação para contratações administrativas de competência da Câmara,quando exigível;XXIX - apresentar ao Plenário, mensalmente, o balancete da Câmara do mês anterior;XXX - administrar o pessoal da Câmara, fazendo lavrar e assinando os atos denomeação, promoção, reclassificação, exoneração, aposentadoria, concessão de férias elicença, atribuindo aos servidores do Legislativo vantagens legalmente autorizadas;determinando a apuração de responsabilidades administrativas civil e c r i m i n a l d eservidores faltosos e aplicando-lhes penalidades, julgando os recursos hierárquicosde servidores da Câmara, praticando quaisquer outros atos atinentes a essa área desua gestão;XXXI - mandar expedir certidões requeridas para a defesa de direito e esclarecimentos desituações de interesse pessoal;XXXII - exercer atos de poder de polícia em quaisquer matérias relacionadas com asatividades da Câmara Municipal, dentro ou fora do recinto da mesma;

XXXIII - quanto às proposições:

a) proceder à distribuição de matérias às Comissões Permanentes e Temporárias;b) devolver ao autor a proposição que não atenda às exigências regimentais,

cabendo , des ta dec isão , recu rso para o P lenár io , ouv ida a Comissão deConstituição, Justiça e Redação;

c) deferir a retirada de proposições da ordem do dia;d) declarar prejudicada qualquer proposição que assim deva ser considerada, na

conformidade regimental;e) despachar, na forma regimental, os requerimentos tanto verbais como escritos,

submetidos à sua apreciação;

XXXIV - quanto às comissões:

a) nomear seus membros titulares e suplentes mediante comunicação dos líderes, ouindependentemente desta, se expirado o prazo fixado;

b) declarar a perda de lugar de membro das comissões quando incidirem no númerode faltas prevista neste Regimento;

c) assegurar os meios e condições necessários ao seu pleno funcionamento;d) presidir as reuniões dos Presidentes das Comissões Permanentes;e) convocar reunião de Comissão, em sessão plenária, para apreciar proposição em

regime de urgência;XXXV - quanto às reuniões da Mesa:

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a) presidí-las;b) tomar parte nas discussões e deliberações com direito a voto, assinando os

respectivos atos e resoluções;c) distribuir a matéria que dependa de parecer; ed) executar as suas decisões, quando tal incumbência não seja atribuída a outro

membro;

XXXVI - quanto às publicações e à divulgação:

a) determinar a publicação de matéria referente à Câmara Municipal;b) não permitir a publicação de pronunciamento que envolver ofensas às instituições

nacionais, propaganda de guerra; a subverção da ordem polí t ica ou social ;preconceito de raça, religião ou classe; bem como o que configuram crime contra a h o n r aou contiver incitamento à prática de crime de qualquer natureza;

c) determinar que as informações oficiais sejam publicadas por extenso, em resumoou somente referidas na ata.

XXXVII- solicitar a intervenção no município nos casos admitidos pela Constituição Federal;

XXXVIII- decretar a prisão administrativa de servidor da Câmara, omisso ou remisso naprestação de contas de dinheiro público sujeito à sua guarda;XXXIX - enviar ao Prefeito, até o dia 31 de janeiro, as contas da Câmara, relativas aoexercício anterior.

Art. 25. - O Presidente da Câmara, quando estiver substituindo o Prefeito, noscasos previstos em lei, ficará impedido de exercer qualquer atribuição ou praticar qualquer ato quetenha implicação com a função legislativa.

Art. 26. - O Presidente da Câmara poderá oferecer proposiões ao plenário, masdeverá afastar-se da Mesa quando estiverem as mesmas em discussão ou votação (art. 44 da LeiOrgânica Municipal).

Art. 27. - O Presidente da Câmara, somente poderá votar nas hipóteses em que éexigível o quorum de votação de maioria absoluta ou de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara,e ainda nos casos de desempate, de eleição e de destituição de membros da Mesa e dasComissões Permanentes, e nos demais casos de escrutínio secreto (art. 44, I, II e III).

Parágrafo único - O Presidente fica impedido de votar nos processos em que forinteressado como denunciante ou denunciado.

Art. 28. - Compete ao Vice-Presidente da Câmara:

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I - substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências, impedimentos oulicenças;II - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os decretoslegislativos sempre que o Presidente, ainda que se ache em exercício, deixarde fazê-lo no prazo estabelecido;III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o PrefeitoMunicipal e o Presidente da Câmara, sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo, s o bpena de perda de mandato de membro da Mesa.

- Compete ao Secretário:Art. 28.

I - organizar o expediente e a ordem do dia;II - REVOGADOlIII - ler a ata, as proposições e demais papéis que devam ser de conhecimento da Casa;IV - supervisionar as inscrições dos oradores na pauta dos trabalhos;V - redigir atas, resumindo os trabalhos da sessão e assinando-as juntamente com oPresidente e demais Vereadores.VI - gerir a correspondência da Casa, providenciando a expedição de ofícios em geral ede comunicados individuais aos Vereadores;VII - substituir os demais membros da Mesa, quando necessário.

Art. 30. - Compete ao segundo Secretário, substituir o primeiro Secretário,exercendo as atribuições a ele inerentes.

CAPÍTULO IIDO PLENÁRIO

Art. 31. - O Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara, constituindo-sedos Vereadores em exercício, em local, forma e quorum legais para deliberar.

§ 1º. - O local é o recinto de sua sede e só por decisão própria, ou em caso de forçamaior o plenário se reunirá em local diverso, indicado pela Mesa da Câmara, quando então sediliberará sobre as futuras reuniões.

§ 2º. -Aforma legal para deliberar é a sessão.

§ 3º. - Quorum é o número determinado na Lei Orgânica Municipal ou neste

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Regimento para a realização das sessões e para as deliberações.

§ 4º. - Integra o Plenário o suplente de Vereador regularmente convocado,enquanto dure a convocação.

§ 5º. - Não integra o Plenário o Presidente da Câmara, quando se achar em substituição aoPrefeito.

Art. 32. -Adiscussão e a votação da matéria pelo Plenário, constantes da ordem dodia, só poderão ser efetuadas com a presença da maioria dos membros da Câmara.

Art. 33. - O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação não poderá votar,sob pena de nulidade, consoante o disposto no artigo 45 e seu Parágrafo Único da Lei OrgânicaMunicipal.

Art. 34. - São atribuições do Plenário, entre outros, os seguintes:

I - elaborar as leis municipais sobre matérias de competência do Município;v

II - discutir e votar o orçamento anual, o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias;

III - apreciar os vetos, rejeitando-os ou mantendo-os;

IV - autorizar, sob a forma da Lei, observadas as restrições constantes da Constituiçãoe da legislação incidente, os seguintes atos e negócios administrativos:

a) abertura de créditos adicionais, inclusive para atender a subvençõese auxílios financeiros;

b) operações de créditos;

c) aquisição onerosa de bens imóveis;

d) alienação e oneração real de bens imóveis Municipal;e) concessão de direito real do uso de bens Municipais;f) concessão e permissão de serviço público;g) participação em consórcios intermunicipais;h) proposição e alteração da denominação de próprios, vias e logradouros

públicos;i) autorizar a remissão de dívidas e a concessão de isenções fiscais e

moratórias;j) dispor sobre o Regime Jurídico único dos Servidores, sua legislação,

cargos públicos e vencimentos, inclusive dos servidores da Câmara;l) aprovar o plano de desenvolvimento do Município;

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m) dispor sobre a organização e a estrutura básica dos serviços Municipais;n) autorizar convênios e consórcios;o) definir o perímetro urbano da sede do município e das vilas.

V - expedir decretos legislativos quanto a assuntos de sua competência privativa,notadamente nos casos de:

a) renúncia e perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador;b) aprovação ou rejeição das contas do Município;c) concessão de licença ao Prefeito nos casos previsto em Lei;d) consentimento para o Prefeito se ausentar do Município por prazo superior a 15

(quinze) dias;

e) atribuição de título de cidadão honorário a pessoa que, reconhecidamente, tenhaprestado relevantes serviços à comunidade;

f) fixação ou atualização da remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito eVereadores, na forma do art. 29, inciso V, da Constituição Federal;

g) delegacão ao Prefeito para a elaboração legislativa;h) representação à Assembléia Legislativa sobre modificação territorial ou mudança

do nome da sede do Município;i) mudança de local de funcionamento da Câmara;j) homologação de convênios ou acordos em que for parte o Município;

VI - expedir resoluções sobre assuntos de sua economia interna, mormente quantoaos seguintes:

a) alteração do Regimento Interno;b) destituição de membros da Mesa;c) concessão de licença a Vereador, nos casos permitidos em lei;d) julgamento de recursos de sua competência, nos casos previstos na Lei Orgânica

Municipal ou neste Regimento;e) constituição de comissões especiais;

VII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito;VIII - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos casos previstosem lei;IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos de administração quando delascareça;X - convocar o Prefeito e seus auxiliares diretos para explicações perante o Plenáriosobre matérias sujeitas à fiscalização da Câmara, sempre que assim o exigir ointeresse público;XI - eleger a Mesa e as comissões Permanentes e destituir os seus membros na forma

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e nos casos previstos neste Regimento;

XII - autorizar a transmissão por rádio ou televisão, ou a filmagem e a gravação desessões da Câmara, que será credenciada;

XIII - dispor sobre a realização de sessões sigilosas nos casos concretos;

XIV - propor a realização de consulta popular na forma da Lei Orgânica Municipal.

XV - criar comissões especiais de inquérito, abrangentes também para apurar atospraticados por auxiliares diretos do Prefeito;

XVI - decidir sobre desmembramento, fusão ou extinção do Município;

XVII - propor emendas à Constituição do Estado, nos termos da Constituição Estadual;

XVIII - requerer a intervenção no Município, nos casos previstos na Constituição Estadual.

CAPÍTULO IIIDAS COMISSÕES

SEÇÃO IDA FINALIDADE DAS COMISSÕES E DE SUAS

MODALIDADES

Art. 35. - As Comissões são órgãos técnicos compostos de 3 (três) Vereadores, com afinalidade de examinar matéria em tramitação na Câmara e emitir parecer sobre a mesma, ou deproceder a estudos sobre assuntos de natureza essencial ou, ainda, de investigar fatosdeterminados de intresse daAdministração.

Art. 36. -As comissões da Câmara são permanentes e especiais.

Art. 37. - Às comissões permanentes incubem estudar as proposiões e os assuntosdistribuídos ao seu exame, manifestando sobre eles sua opinião para orientação do Plenário.

Parágrafo único -As comissões permanentes são as seguintes:

I - Constituição, Justiça e Redação;

II - Orçamento, Finanças e Contabilidade;

III - Saúde, Educação, Cultura, Lazer e Turismo.IV - Direitos Humanos e Cidadania;V - desenvolvimento econômico, industrial, comercial, Obras e Serviços Públicos,

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Planejamento, Uso e Ocupação do Solo.Art. 38. - As comissões especiais, destinadas a proceder o estudo de assunto de

especial interesse do Legislativo, terão sua finalidade específica na resolução que as constituir, aqual indicará também o prazo para apresentarem o relatório de seus trabalhos.

Art. 39. - As Comissões Parlamentares de Inquérito são as que se destinam àapuração de fato determinado ou denúncia, em matéria de interesse do Município.

Parágrafo único - As denúncias sobre irregularidades e a indicação das provasdeverão constar do requerimento que solicitar a constituição da Comissão.

Art. 40. - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes deinvestigação próprios das autoridades judiciais, serão criadas pela Câmara medianterequerimento de 1/3 (um terço) de seus membros para apuração de fato determinado e por prazocerto, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que estepromova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 41. - A Câmara constituirá Comissão Parlamentar Processante afim de apurara prática de infração político-administrativa de Prefeito e Vereador, observando o disposto na LeiOrgânica do Município.

Art. 42. - Em cada Comissão será assegurada, tanto quanto possível, arepresentação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Câmara.

Art. 43. - As Comissões se organizarão em regra, dividindose o número demembros da Câmara, pelo número de membros de cada Comissão e o número de Vereadores decada Partido ou Bloco Parlamentar, pelo quociente assim obtido. O quociente final representará onúmero de eleitos por partido.

§ 1º. - O Vereador poderá participar, na qualidade de membro efetivo, de mais deuma Comissão Permanente.

§ 2º. - Avaga na comissão pertence ao partido, perdendo a mesma o Vereador que,por qualquer motivo, mudar de partido, salvo se o partido não exigir a vaga.

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Art. 44. - Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência,cabe:

I - discutir e votar as proposições que lhes forem distribuídas sujeitos à deliberação doPlenário;II - realizar audiências públicas com entidades da Sociedade Civil.III - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza paraprestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;IV - receber petições, reclamações, representação ou queixas de qualquer pessoa

contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;V - solicitar informações a qualquer autoridade ou cidadão;VI - apreciar programas de obras e planos e sobre eles emitir parecer;VII - apresentar sugestões ao Executivo para a elaboração da proposta orçamentária;VIII - exercer o acompanhamento e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial do Município e das entidades da administração direta eindireta, incluída as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder públicoMunicipal em articulação com as demais comissões;IX - determinar a realização de diligências necessárias para melhor esclarecermatérias ao seu exame;X - propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do Poderregulamentar, elaborando o respectivo projeto de decreto legislativo;XI - estudar qualquer assunto compreendido no respectivo campo temático ou área deatividade, podendo promover em seu âmbito conferências, exposições, palestras o useminários; eXII - solicitar audiência ou colaboração de órgãos ou entidades da administraçãopública direta, indireta ou fundacional, e da Sociedade Civil, para elucidação damatéria sujeita a pronunciamento, não implicando a diligência em dilatação dosprazos.

Parágrafo único -As atribuições contidas no inciso VIII deste artigo não excluem ainiciativa concorrente de Verador.

Art. 45. - Qualquer entidade da Sociedade Civil poderá solicitar ao Presidente daCâmara que lhe permita emitir conceitos ou opiniões, junto às comissões, sobre projetos que comelas se encontrem para estudo.

Parágrafo único - O Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente darespectiva comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o caso,dia e hora para o pronunciamento e seu tempo de duração.

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Art. 46. - As comissões especiais de representação serão constituídas pararepresentar a Câmara em atos externos de caráter cívico ou cultural, dentro ou fora do território doMunicípio.

SESSÃO IIDA FORMAÇÃO DAS COMISSÕES E DE SUAS

MODIFICAÇÕES

Art. 47. - Os membros das comissões permanentes serão nomeados peloPresidente da Câmara, por indicação dos líderes de bancada, por um período de 2 (dois) anos,observada sempre a representação proporcional partidária (art 24, inciso XXXIV, a, do RegimentoInterno).

Art. 48. - Não havendo acordo, proceder-se-á escolha por eleição, medianteescrutínio público, considerando-se eleito, em caso de empate, o Vereador do partido ainda nãorepresentado em outra Comissão, ou Vereador ainda não eleito para nenhuma Comissão, ou,finalmente, o Vereador mais idoso entre os presentes.

§ 1º. - Far-se-á votação separada para cada Comissão, através de cédulasimpressas, datilografadas ou manuscritas, com indicação dos nomes e da legenda partidáriarespectiva.

§ 2º. - Na Organização das comissões permanentes, obedecer-se-á ao disposto noart. 42 deste Regimento, não podendo ser eleito o Presidente da Câmara.

Art. 49. - As comissões especiais serão constituídas por proposta da mesa ou depelo menos 3 (três) Vereadores, através de resolução que atenderá ao disposto no art. 38.

Art. 50. - A comissão Parlamentar de Inquérito poderá examinar documentosmunicipais, ouvir testemunhas e solicitar, através do Presidente da Câmara, as informaçõesnecessárias ao Prefeito ou a dirigente de entidade deAdministração indireta.

§ 1º. - Mediante relatório da comissão, o Plenário decidirá sobre as providênciascabíveis, no âmbito político-administrativo, através de decreto legislativo, aprovado pela maioriaabsoluta dos Vereadores.

§ 2º. - Deliberará ainda o Plenário sobre a conveniência do envio de cópias depeças do inquérito à justiça, visando a aplicação de sanções civis ou penais aos responsáveispelos atos, objeto da investigação.

Art. 51. - O membro de comissão permanente poderá, por motivo justificado,

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solicitar dispensa da mesma.

Art. 52. - Os membros das comissões permanentes serão destituídos caso nãocompareçam a 3 (três) reuniões, consecutivas ordinárias, salvo motivado de força maiordevidamente comprovado.

§ 1º. - A destituição dar-se-á por simples petição de qualquer Vereador, dirigida aoPresidente da Câmara que comprovar a autenticidade da denúncia, declarará vago o cargo,através de Portaria.

§ 2º. - Do ato do Presidente caberá recurso para o Plenário, no prazo de 7 (sete)dias, contados a partir da publicação do ato no mural da Câmara.

Art. 53. - As vagas nas comissões por renúncia, destituição, ou por extinção ouperda do mandato de Vereador serão supridas por qualquer Vereador, por livre designação doPresidente da Câmara, observado o disposto do § 2º do art. 48 deste regimento.

SESSÃO IIIDO FUNCIONAMENTO DAS COMISSÕES

PERMANENTES

Art. 54. - As comissões permanentes, logo que constituídas, reunir-se-ão paraeleger os respectivos Presidentes, Vice-Presidentes e Secretários e prefixar em os dias e horasem que se reunirão ordinariamente.

Parágrafo único - O presidente será substituído pelo Vice- Presidente e esse peloterceiro membro de Comissão.

Art. 55. - As comissões permanentes não poderão se reunir, salvo para emitiremparecer em matéria sujeita a regime de urgência especial, no período destinado à ordem do dia daCâmara, quando então a sessão plenária será suspensa, de ofício, pelo Presidente da Câmara.

Art. 56. - As comissões permanentes poderão reunir-se extraordinariamentesempre que necessário, presentes pelo menos 2 (dois) de seus membros, devendo, para tanto,ser convocadas pelo respectivo Presidente no curso da reunião ordinária da Comissão.

Art. 57. - Das reuniões de comissões permanentes lavrar-se- ão atas, em livrospróprios, pelo servidores incumbido de assesorá-las, as quais serão assinadas por todos osmembros.

Art. 58. - Compete aos Presidentes das comissões permanentes:

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I - convocar reuniões extraordinárias da Comissão respectiva por aviso afixado norecinto da Câmara e correspondência de aviso;

II - presidir às reuniões da Comissão e zelar pela ordem dos trabalhos;

III - receber as matérias destinadas à Comissão e designar-lhes relator ou reservar-separa relatá-la pessoalmente;

IV - fazer observar os prazos dentro dos quais a Comissão deverá desincumbir-se deseus místeres;

V - representar a Comissão nas relações com a Mesa e o Plenário;

VI - conceder visto de matéria, por 03 (três) dias, ao membro da Comissão que osolicitar, salvo de tramitação em regime de urgência;

VII - avocar o expediente, para emissão do parecer em 48 (quarenta e oito) horas,quando não tenha feito o relator no prazo.

Parágrafo único - Dos atos dos presidentes das comissões, com os quais nãoconcorde qualquer de seus membros, caberá recurso para o Plenário no prazo de 07 (sete) dias,salvo se tratar de parecer.

Art. 59. - Encaminhando qualquer expediente ao Presidente da comissãopermanente, este designar-lhe-á relator em 24 (vinte e quatro) horas, se não reservar para si aemissão do parecer, o qual deverá ser apresentado em 07 (sete) dias.

Art. 60º. - É de 10 (dez) dias o prazo para qualquer comissão permanente sepronunciar, a contar da data do recebimento da matéria pelo seuPresidente.

§ único - O prazo a que se refere este artigo será duplicado em se tratando deproposta orçamentária, diretrizes orçamentárias, plano plurianual, do processo de prestação decontas do Município e triplicado quando se tratar de projeto de codificação.

Art. 61. - Poderão as comissões solicitar ao Plenário a requisição ao Prefeito dasinformações que julgarem necessárias, desde que se refiram a proposições sob a sua apreciação,caso em que o prazo para a emissão de parecer ficará automaticamente prorrogado por tantosdias quantos restarem para o seu término.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não aplica-se aos casos em que ascomissões, atendendo à natureza do assunto, solicitem assessoramento externo de qualquer tipo,inclusive a instituição oficial ou não oficial, cujo prazo, neste caso, será triplicado, podendo serprorrogado por mais uma vez.

Art. 62 - A comissão permanente deliberará, por maioria de votos, sobre o

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pronunciamento do relator, o qual, se aprovado, prevalecerá como parecer.

§ 1º. - Se forem rejeitadas as conclusões do relator, o parecer consistirá damanifestação em contrário, assinando-o o relator como vencido.

§ 2º. - O membro da Comissão que concordar com o relator colocará no parecerdaquele a expressão "pelas conclusões", seguida de sua assinatura.

§ 3º. - A aquiescência às conclusões do relator poderá ser parcial, ou porfundamento diverso, hipótese em que o membro da Comissão que a manifestar usará a expressão"de acordo, com a restrição".

§ 4º. - O parecer da Comissão poderá sugerir substitivo à proposição, ou emendasà mesma.

§ 5º. - O parecer da Comissão deverá ser assinado por todos os seus membros,sem prejuízo de apresentação do voto vencido em separado, quando o requeira o seu autor aoPresidente da Comissão e este defira o requerimento.

Art. 63. - Quando a Comissão de Constituição, Justiça e Redação manifestar-sesobre o veto, produzirá, com o parecer, projeto de decreto legislativo, propondo a rejeição ou aaceitação do mesmo.

Art. 64. - Quando a proposição for distribuída a mais de uma comissão permanenteda Câmara, cada uma delas emitirá o respectivo parecer separadamente, a começar pelaComissão de Constituição, Justiça e Redação, devendo manifestar-se por último a Comissão deFinanças e Orçamento.

Art. 65. - Qualquer Vereador ou Comissão poderá requerer, por escrito, aoPlenário, a audiência da Comissão à qual a proposição não tenha sido previamente distribuída,devendo fundamentar o requerimento.

Parágrafo único - Caso o Plenário acolha o requerimento, a proposição seráenviada à Comissão, que se manifestará nos mesmos prazos a que se referem os arts. 60 e 61deste regimento.

Art. 66. - Sempre que determinada proposição tenha tramitado de uma para outraComissão, ou somente por determinada Comissão sem que haja sido oferecido, no prazo, oparecer respectivo, inclusive na hipótese do art. 58, inciso VII deste regimento, o Presidente daCâmara designará relator "ad hoc"para produzí-lo no prazo de 07 (sete) dias.

Parágrafo único - Escoado o prazo do relator "ad hoc" sem que tenha sido

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proferido o parecer, a matéria, ainda assim, será incluída na mesma ordem do dia da proposição aque se refira, para que o Plenário se manifeste sobre a dispensa do mesmo.

Art. 67. - Somente serão dispensados os pareceres das comissões, pordeliberação do Plenário, mediante requerimento escrito de Vereador ou solicitação do Presidenteda Câmara, quando se tratar de proposição colocada em regime de urgência especial, na forma doart. 133, ou regime de urgência simples, na forma do art. 134, § único deste regimento.

§ 1º. - A dispensa do parecer será determinada pelo Presidente da Câmara, nahipótese do art. 65, e seu § único, quando se tratar das matérias dos arts. 72 e 73, na hipótese do §4º do art. 125 deste regimento.

§ 2º. - Quando for recusada a dispensa do parecer, o Presidente em seguidasorteará relator para proferí-lo oralmente perante o Plenário antes de iniciar-se a votação dematéria.

SEÇÃO IVDA COMPETÊNCIA DAS COMISSÕES

PERMANENTES

Art. 68. - Compete à Comissão de Constituição, justiça e Redação manifestar-sesobre todos os assuntos nos aspectos constitucional e legal e, quando já aprovados pelo Plenário,analisá-los sob os aspectos lógicos e gramatical,de modo a adequar ao bom vernáculo o texto dasproposições.

§ 1º. - Concluído a Comissão de constituição, Justiça e Redação pela ilegalidade ouinconstitucionalidade de um projeto, seu parecer seguirá ao Plenário para ser discutido, e somentequando for rejeitado, prosseguirá aquele sua tramitação.

§ 2º. - A Comissão de Constituição, Justiça e Redação manifestar-se-á sobre omérito da proposição, assim atendida a colocação do assunto sob o prisma de sua convivência,utilidade e oportunidade, principalmente nos seguintes casos:

I - organização administrativa da Prefeitura e Câmara;

II - criação de entidade de administração indireta ou de fundação;

III - aquisição e alienação de bens imóveis;

IV - concessão de licença ao Prefeito ou a Vereador;

V - alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos.VI - matérias relacionadas com a Segurança no âmbito Municipal.

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Art. 69. - Compete a Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade, opinarobrigatoriamente, sobre todas as matérias de caráter financeiro, desenvolvimento eespecialmente sobre:I – plano plurianual;II – diretrizes orçamentárias;III – proposta orçamentária;IV – proposições referentes a matérias tributárias, abertura de crédito, empréstimos públicos e asque, direta ou indiretamente, alterem a despesa ou a receita do Município, acarretemresponsabilidade ao Erário Municipal ou interessem ao crédito e ao Patrimônio Público Municipal;V – Proposição que fixem ou aumentem a remuneração do servidor e que fixem ou atualizem aremuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores;VI – processo referente às contas do Município, sendo este acompanhado de parecer prévio.VII - todos os processos atinentes à realização de obras e serviços públicos, seu uso egozo, venda, hipoteca, permuta, outorga de concessão administrativa ou direto realde uso de bens imoveis de propriedade do Município;VIII - serviços de utilidade pública, sejam ou não objeto de concessão Municipal, planoshabi tacionais elaborados ou executados pelo Município, di retamente ou porintermédio de autarquias ou entidades paraestatais;IX - serviços públicos realizados ou prestados pelo Município, diretamente ou porintermédio de autarquias ou entidades paraestatais;X - serviços públicos de concessão estadual ou federal que interessem ao Município;XI - proposições e matérias relativas a cadastro territorial do Município, planos gerais eparciais de urbanização, zoneamento, uso e ocupação do solo;XII - proposições e matérias relativas à criação, organização ou supressão de distritose subdistritos, divisão do território em áreas administrativas;

Art. 70. - Compete à Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Lazer e Turismomanifestar-se em todos os projetos e matérias que versem sobre assuntos educacionais,artísticos, inclusive patrimônio histórico, desportivos e relacionados com a saúde, o saneamento eassistência e previdência social em geral.

Parágrafo único - A Comissão a que se refere este artigo apreciará,obrigatoriamente, as proposições que tenham por objetivo:

I - Sistema Municipal de Ensino;II - reorganização administrativa da Prefeitura nas áreas de Educação e Saúde;II - implantação de centros comunitários, sob auspício oficial;IV - Programa de Merenda escolar;

V - preservação da memória da Cidade no plano estético, paisagístico, de seupatrimônio histórico, cultural, artístico e arquitetônico;

VI - concessão de títulos honoríficos, outorga de honrarias, prêmios ou homenagens a

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pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado serviço ao Município;VII - denominação e sua alteração, de próprios, vias e logradouros públicos;

VIII - serviços, equipamentos e programas culturais, educacionais, esportivos,recreativos e de lazer voltados à comunidade;

IX - Sistema Único de Saúde e seguridade Social;

X - vigilância sanitária, epidemiológica e nutricional;

XI - segurança e saúde do trabalhador;

XII - programa de proteção ao idoso, à mulher, à criança, ao adolescente e ao portadorde deficiência;

XIII - turismo e defesa do consumidor;

XIV - abastecimento de produtos;

XV - gestação da documentação oficial e patrimonial arquivístico local.

Art.70A – Compete a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Industrial,Comercial, Obras e Serviços Públicos, Planejamento, Uso e Ocupação do Solo, opinarobrigatoriamente, sobre todas as matérias referentes ao desenvolvimento urbano eespecialmente sobre:

I – todas as proposições e matérias relativas ao desenvolvimento econômico,industrial ; comercial e atividades afins;II - todos os processos atinentes à realização de obras e serviços públicos, seu uso egozo, venda, hipoteca, outorga de concessão administrativa ou direito real de uso de bens imóveisde propriedade do Município;III – serviços de utilidade pública, sejam ou não objeto de concessão Municipal, planoshabitacionais elaborados ou executados pelo Município, diretamente ou por intermédio deautarquias ou entidades paraestatais;IV – serviços públicos de concessão estadual ou federal que interessem ao Município;V – proposições e matérias relativas a cadastro territorial do Município, planos gerais eparciais de urbanização, zoneamento, uso e ocupação do solo;VI – proposições e matérias relativas à criação, organização ou supressão de distritos esubdistritos, divisão do território em áreas administrativas;VII – serviços públicos realizados ou prestados pelo Município, diretamente ou porintermédio de autarquias ou entidades paraestatais;

Art. 70B – Compete a Comissão Permanente de Direitos Humanos e Cidadaniamanifestar-se sobre todos os assuntos sob o prisma de sua conveniência, principalmente nosseguintes casos:

I - receber e avaliar denúncias relativas e ameaças ou violações de direitos humanos;

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II - fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos a proteção dosdireitos humanos e cidadania;III - colaborar com entidades não governamentais, nacionais e internacionais, queatuem na defesa dos direitos humanos;IV - pesquisar e realizar estudos relativos à situação dos direitos humanos nomunicípio;V - emitir parecer sobre todos os projetos e matérias atinentes aos direitos humanos ecidadania.

Art. 71. - As comissões permanentes, às quais tenha sido distribuída determinadamatéria, reunir-se-ão conjuntamente para proferir parecer único no caso de proposição colocadano regime de urgência especial de tramitação e sempre quando o decidam os respectivosmembros, por maioria.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o Presidente da Comissão deconstituição, Justiça e Redação presidirá as comissões reunidas, substituindo-o, quandonecessário, o Presidente de outra Comissão por ele indicado.

Art. 72. - Quando se tratar de veto, somente se pronunciará a Comissão deConstituição, Justiça e Redação, salvo se esta solicitar a audiência de outra Comissão, com a qualpoderá reunir-se em conjunto, observando o disposto no § único do art. 71 deste regimento.

Art. 73. - À Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade, Obras e ServiçosPúblicos, Planejamento, Uso e Ocupação do Solo serão distribuídos a proposta orçamentária, asdiretrizes orçamentárias, o plano plurianual e o processo referente às contas do Município, esteacompanhado do parecer prévio correspondente, sendo-lhe vedado solicitar audiência de outraComissão.

Parágrafo único - No caso deste artigo, aplicar-se-á, se a Comissão não semanifestar no prazo, o disposto no art. 67º § 1º.

Art. 74. - Encerrada a apreciação conclusiva da matéria, sujeita à deliberação doPlenário, pelo última Comissão a que tenha sido distribuída, a proposição e os respectivospareceres serão remetidos à Mesa, até a sessão subsequente, para serem incluídos na ordem dodia.

Parágrafo único - enquanto as proposições não receberem parecer da últimacomissão, poderão sofrer emendas.

TÍTULO IIIDOS VEREADORES

CAPÍTULO I

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DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA

Art. 75. - Os Vereadores são agentes políticos investidos de mandato legislativomunicipal para uma legislatura de 04 (quatro) anos, eleitos, pelo sistema partidário e derepresentação proporcional, por voto secreto e direto.

Art. 76. - É assegurado ao Vereador:

I - participar de todas as discussões e votar nas deliberações do Plenário, salvoquando houver impedimento legal ou regimental.

II - votar na eleição da Mesa e, quando não houver acordo, das comissõespermanentes;

III - apresentar proposição e sugerir medidas que visem o interesse coletivo,ressalvadas as matérias de iniciativa exclusiva do Executivo;

IV - concorrer aos cargos da Mesa e das comissões, salvo impedimento legal ouregimental;

V - usar da palavra em defesa das proposições apresentadas que visem o interesse doMunicípio ou em oposição às que julgar prejudicial ao interesse público, sujeitando- s e à slimitações deste Regimento;

VI - solicitar por intermédio da Mesa, informações sobre fatos relacionados com amatéria legislativa em trâmite ou sobre fato sujeito à fiscalização da CâmaraMunicipal;

VII - requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou diretamente,providências para garantia de suas inviolabilidades conferidas por lei.

VIII Presidir os trabalhos da câmara ou de comissões, ser designado relator, salvo seestiver discutindo ou votando assunto de seu interesse pessoal ou quando se tratar d eproposição de sua autoria.

Art. 77. - São deveres do Vereador, entre outros:

I - quando investido no mandato, não incorrer em incompatibilidade prevista naConstituição Federal ou Estadual, ou na Lei Orgânica Municipal;II - observar as determinações legais relativas ao exercício do mandato;III - desempenhar fielmente o mandato político, atendendo ao interesse público e àsdiretrizes partidárias;IV - exercer a contento o cargo que lhe seja conferido na Mesa ou em Comissão, nãopodendo escusar-se o seu desempenho, salvo disposto nos art's.12 e 51;V - comparecer às sessões pontualmente, salvo motivo de força maior devidamentecomprovado, e participar das votações, salvo quando se encontre impedido;VI - manter o decoro parlamentar, observando as disposições contidas no código de

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ética parlamentar.VII - não residir fora do Município;VII - conhecer e observar o Regimento Interno.

Art. 78. - Sempre que o Vereador cometer, dentro do recinto da Câmara, excessoque deva ser reprimido, o Presidente conhecerá do fato e tomará as providências seguintes,conforme a gravidade:

I - advertência em Plenário;II - cassação da palavra;III - determinação para retirar-se do Plenário;IV - suspensão da sessão, para entendimentos na sala da Presidência;V - proposta de perda de mandato de acordo com a legislação vigente.

Art. 79. - O Vereador apresentará à Mesa, quando de sua posse e antes do términodo mandato, declaração de bens e de suas fontes de renda, importando falta de decoroparlamentar a inobservância deste preceito.

CAPÍTULO IIDA INTERRUPÇÃO E DA SUSPENSÃO DOEXERCÍCIO DA VEREANÇA E DAS VAGAS

Art. 80. - O Vereador poderá licenciar-se, mediante requerimento dirigido àPresidência e sujeito à deliberação do Plenário, nos seguintes casos:

I - por moléstia devidamente comprovada, mediante atestado de uma junta médica;II - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse doMunicípio, devendo o mesmo apresentar relatório circunstanciado da missão;III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca superior a 30(trinta) dias, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término dalicença.

§ 1º. - Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Vereadorlicenciado nos termos dos ítens I e II.

§ 2º. - Considerar-se-á automaticamente licenciado o Vereador investido no cargode Secretário de Estado, Interventor Municipal ou Secretário Municipal.

§ 3º. -Aapreciação dos pedidos de licença se dará no expediente das sessões, semdiscussão, e terá preferência sobre qualquer outra matéria, só podendo ser rejeitado pelo quorumde 2/3 (dois terços) dos Vereadores presentes na hipótese do inciso III.

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§ 4º. - Na hipótese do inciso I a decisão do Plenário será meramente homologatória.

Art. 81. - As vagas na Câmara dar-se-ão por extinção ou perda do mandato doVereador.

§ 1º. - A extinção se verifica por morte, renúncia, falta de posse no prazo legal ouregimental, perda ou suspensão dos direitos políticos, ou por qualquer outra causa legal hábil.

§ 2º. -Aperda dar-se-á por deliberação do Plenário, na forma e nos casos previstosna legislação vigente.

Art. 82. - A extinção do mandato se torna efetiva pela declaração do ato ou fatoextintivo pelo Presidente, que o fará constar da ata; a perda do mandato se torna efetiva a partir dodecreto legislativo, promulgado pelo Presidente e devidamente publicado.

Art. 83. - A renúncia do Vereador far-se-á por ofício dirigido à Câmara, reputando-se aberta a vaga a partir da sua protocolização.

Art. 84. - Em qualquer caso de vaga, licença ou investidura no cargo de SecretárioMunicipal ou equivalente, o Presidente da Câmara convocará imediatamente o respectivosuplente.

§ 1º. - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 08 (oito) dias,a partir da data da convocação, salvo motivo justo, aceito pela Câmara, sob pena de serconsiderado renunciante.

§ 2º. - Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fatodentro de 48 (quarenta e oito) horas ao Tribunal Eleitoral.

§ 3º. - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida,calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

CAPÍTULO IIIDA LIDERANÇA PARLAMENTAR

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Art. 85. - Os Vereadores são agrupados por representações partidárias ou blocosparlamentares, cabendo-lhes a indicação dos seus líderes.

§ 1º. - Os líderes permanecerão no exercício de suas funções até que novaindicação venha a ser feita pela respectiva representação.

§ 2º. - As reuniões de líderes para tratar de assunto de interesse geral realizar-se-ão por proposta de qualquer deles ou por iniciativa do Presidente da Câmara cabendo a estepresidí-las.

Art. 86 - São considerados líderes os Vereadores escolhidos pelas representaçõespartidárias para, em seu nome, expressarem em Plenário pontos de vista sobre assuntos emdebate.

Art. 87. - No início de cada período de sessão Legislativa, os partidos comunicarãoà Mesa a escolha de seus líderes e vice-líderes.

Parágrafo único - Na falta de indicação, considerar-se-ão líder e vice-líder,respectivamente, o primeiro e o segundo Vereadores mais votados de cada bancada.

Art. 88. -As lideranças partidárias não impedem que qualquer Vereador se dirija aoPlenário pessoalmente, desde que observadas as restrições constantes deste Regimento.

Art. 89. - As lideranças partidárias não poderão ser exercidas por integrantes daMesa.

Art. 90. - O Prefeito indicará Vereadores para líder e vice líder do GovernoMunicipal.

CAPÍTULO IVDAS INCOMPATIBILIDADES E DOS IMPEDIMENTOS

Art. 91. - As incompatibilidades de Vereador são somente aquelas previstas naConstituição Federal, Estadual e na Lei Orgânica do Município.

Art. 92. - São impedimentos do Vereador aqueles indicados na Lei OrgânicaMunicipal e neste Regimento Interno.

CAPÍTULO V

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DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

Art. 93. - Os subisídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores serãofixadas pela Câmara Municipal no último ano da legislatura, até 30 (trinta) dias antes das eleiçõesmunicipais, vigorando para a legislatura seguinte, observando o disposto na Constituição Federal,Estadual e na Lei Orgânica do Município, determinando-se o valor em moeda corrente do país.

§ 1º. REVOGADO-

§ 2º. REVOGADO-

§ 3º. REVOGADO-.

Art. 94. - O subsídio do Vereador será fixado pela Câmara Municipal em cadalegislatura para a subseqüente, observado o que dispõe a Constituição Federal, os critériosestabelecidos pela Lei Orgânica Municipal e outros limites fixados pela legislaçãoinfraconstitucional.

§ 1º. REVOGADO-

§ 2º. REVOGADO-

§ 3º. REVOGADO-.

Parágrafo Único - No recesso parlamentar, o subsídio do Vereador será integral.

Art. 95. - A despesa com a remuneração dos Vereadores, em nenhuma hipótese,poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do Município, aí se incluindo,também, a verba de representação do Presidente.

§ 1º. - Entende-se como receita municipal o conjunto de ingressos financeiros comofontes e fatos geradores próprios e permanentes, não se considerando como tal as operações decrédito e outras das quais surjam obrigações com terceiros, a exemplo de convênios e alienaçãode bens.

§ 2º. - Os Veradores receberão, por sessão extraordinária, até o máximo de 04(quatro) por mês, o valor correspondente a uma das parcelas previstas no art. 94 deste Regimento.

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§ 3º. - Sob nenhum pretexto será remunerada mais de uma sessão por dia,qualquer que seja a sua natureza.

Art. 96. - A não fixação dos subisídios do Prefeito Municipal, do Vice-Prefeito e dosVereadores até a data prevista no art. 93 deste Regimento, implicará na suspensão do pagamentoda remuneração dos Vereadores pelo restante do mandato.

Parágrafo único - No caso de não fixação, prevalecerá o subisídio do mês dedezembro do último ano da legislatura, sendo este valor atualizado monetariamente pelo índiceoficial.

Art. 97. - Ao Vereador, em viagem a serviço da Câmara para fora do Município,receberá diária em valor fixado por lei Municipal, para cobrir os gastos com locomoção urbana,hospedagem e alimentação, exigida a comprovação da viagem na forma da lei.

Parágrafo único - Poderá a Câmara Municipal fornecer a Vereador ou servidor emexercício a serviço do Poder Legislativo, adiantamento de valores para cobrir despesas de viagempara fora do Município, exigida a comprovação das despesas na foram da lei.

TÍTULO IVDAS PROPOSIÇÕES E DA TRAMITAÇÃO

CAPÍTULO IDAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÃO E DE SUA FORMA

Art. 98. - Proposição é toda matéria sujeita à deliberação do Plenário, qualquer queseja o seu objetivo.

Parágrafo único - Independe de deliberação o caso previsto no art. 133 desteRegimento.

Art. 99. - São modalidades de proposição:

I - os projetos de lei;II - as medidas provisórias;III - os projetos de decreto legislativo;IV - os projetos substitutivos;V - os projetos de resolução;VI - as emendas e subemendas;VII - os pareceres das comissões permanentes;VIII - os relatórios das comissões especiais de qualquer natureza;IX - as indicações;

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X - os requerimentos;XI - os recursos;XII - as representações;XIII - as moções.

Art. 100. - As proposições deverão ser redigidas em termos claros, objetivos econcisos, em língua nacional e na ortografia oficial e assinadaspelo seu autor ou outores.

Art. 101. - Exceção feita às emendas e subemendas, as proposições deverãoconter ementa indicativa do assunto a que se referem.

Art. 102. - As proposições consistentes em projeto de lei, decreto legislativo,resolução ou projeto substitutivo deverão ser oferecidas articuladamente, acompanhadas dejustificação por escrito.

Art. 103. - Nenhuma proposição poderá incluir matéria estranha ao seu objetivo.

CAPÍTULO IIDAS PROPOSIÇÕES EM ESPÉCIE

Art. 104. - Os decretos legislativos destinam-se a regular as matérias de exclusivacompetência da Câmara, sem a sanção do Prefeito e que tenham efeito externo, como asarroladas no art. 34, V deste regimento.

Art. 105. - As resoluções destinam-se a regular as matérias de caráter político ouadministrativo relativos a assuntos de economia interna da Câmara, como as arroladas no art. 34,VI deste regimento.

Art. 106. - A iniciativa dos projetos de lei cabe a qualquer Vereador, às comissõespermanentes, ao Prefeito e aos cidadãos, ressalvados os casos de iniciativa exclusiva doExecutivo, conforme determinação legal.

Art. 107º. - Substitutivo é o projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativoapresentado por um Vereador ou Comissão para substituir outro já apresentado sobre o mesmoassunto.

Parágrafo único - Não é permitido substitutivo parcial ou mais de um substitutivoao mesmo projeto.

Art. 108. - Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra.

§ 1º. -As emendas podem ser supressivas, substitutivas, aditivas e modificativas.

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§ 2º. - Emenda supressiva é a proposição que manda erradicar qualquer parte deoutra.

§ 3º. - Emenda substitutiva é a proposição apresentada como sucedânea de outra.

§ 4º. - Emenda aditiva é a proposição que deve ser acrescentada a outra.

§ 5º. - Emenda modificativa é a proposição que visa alterar a redação de outra.

§ 6º. -Aemenda apresentada a outra denomina-se subemenda.

Art. 109. - Parecer é o pronunciamento por escrito de comissão permanente sobrematéria que lhe haja sido regimentalmente distribuída.

§ 1º. - O parecer será individual e verbal somente na hipótese do § 2º do artigo 67deste regimento.

§ 2º. - O parecer pode ser acompanhado de projeto substitutivo ao projeto de lei,decreto legislativo ou resolução que suscitaram a manifestação da Comissão, sendo obrigatórioesse acompanhamento nos casos dos art's. 63, 132 e 218 deste regimento.

Art. 110. - Relatório de Comissão especial é o pronunciamento escrito e por estaelaborado, que encerra as suas conclusões sobre o assunto que motivou a sua constituição.

Parágrafo único - Quando as conclusões de comissões especiais indicarem atomada de medidas legislativas, o relatório poderá se acompanhar de projeto de lei, decretolegislativo ou resolução, conforme o caso.

Art. 111. - Indicação é a proposição escrita pela qual o Vereador sugere medidas deinteresse público aos Poderes competentes.

Art. 112. - Requerimento é todo pedido verbal ou escrito de Vereador ou deComissão, feito ao Presidente da Câmara, ou por seu intermédio, sobre assunto do expediente ouda ordem do dia, ou do interesse pessoal de Vereador.

§ 1º. - Serão verbais e decididos pelo Presidente da Câmara os requerimentos quesolicitem:I - a palavra ou a desistência dela;II - a permissão para falar sentado;

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III - a leitura de qualquer matéria para conhecimento do Plenário;IV - a observância de dispositivo regimental;V - a retirada, pelo autor, de requerimento ou proposição ainda não submetido àdeliberação do Plenário;VI - a requisição de documentos, processo, livro ou publicação existentes na Câmarasobre proposição em discussão;VII - a justificativa de voto e sua transcrição em ata;VIII - a retificação da ata;IX - a verificação de quorum.

§ 2º. - Serão igualmente verbais e sujeito à deliberação do Plenário osrequerimentos que solicitem:

I - prorrogação de sessão ou dilação da própria prorrogação;II - dispensa de leitura da matéria constante da ordem do dia;III - destaque de matéria para votação;IV - votação a descoberto;V - encerramento de discussão;VI - manifestação do Plenário sobre aspectos relacionados com matéria em debate;VII - voto de louvor, congratulações, pesar ou repúdio.

§ 3º. - Serão escritos e sujeitos à deliberação do Plenário os requerimentos queversem sobre:

I - renúncia de cargo na Mesa ou Comissão;II - licença de Vereador;III - audiência de comissão permanente;IV - juntada de documentos ao processo ou seu desentranhamento;V - inserção de documentos em ata;VI - preferência para discussão de matéria ou redução de interstício regimental;VII - inclusão de proposição em regime de urgência;VIII - retirada de proposição já colocada sob deliberação do Plenário;IX - anexação de proposição com objeto idêntico;X - informações solicitadas ao Prefeito ou por seu intermédio ou a entidadespúblicas ou particulares;XI - constituição de comissões especiais;XII - convocação de Secretário Municipal ou ocupante de cargos da mesma naturezapara prestar esclarecimentos em Plenário.

Art. 113. - Recurso é toda petição de Vereador ao Plenário contra ato dePresidente, nos casos expressamente previstos neste Regimento Interno.

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Art. 114. - Representação é a exposição escrita e circunstanciada de Vereador aoPresidente da Câmara ou ao Plenário, visando a destituição de membro de Comissãopermanente, ou a destituição de membro da Mesa, respectivamente, nos casos previstos nesteRegimento Interno.

Parágrafo único - Para efeitos regimentais, equipara-se à representação adenúncia contra o Prefeito ou Vereador sob a acusação de prática de ilícito político-administrativo.

CAPÍTULO IIIDA APRESENTAÇÃO E DA RETIRADA DA PROPOSIÇÃO

Art. 115. - Exceto nos casos dos incisos V, VI e VII do ar.t 99 e nos projetos substitutivos oriundosdas comissões, todas as demais proposiçõesserão apresentadas na Secretaria da Câmara, queas carimbará com designação da data e as numerará, fixando-as, em seguida, encaminhando-asao Presidente da Câmara.

Art. 116. - Os projetos substitutivos das comissões, os vetos, os pareceres, bemcomo os relatórios das comissões, especiais serão apresentados nos próprios processos, comencaminhamento ao Presidente da Câmara.

Art. 117. - As emendas e subemendas serão apresentadas à Mesa até 04 (quatro)horas antes do início da sessão em cuja ordem do dia se ache incluída a proposição a que serefere, para fins de sua publicação, a não ser que sejam oferecidas por ocasião dos debates; ou setratar de projeto em regime de urgência; ou quando estejam elas assinadas pela maioria absolutados Vereadores.

§ 1. - As emendas à proposta orçamentária, à lei de diretrizes orçamentárias e aoplano plurianual serão oferecidas no prazo de 20 (vinte) dias, a partir da inserção da matéria noexpediente.

§ 2º. - As emendas aos projetos de codificação serão apresentadas no prazo de 20(vinte) dias à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a partir da data em que esta receba oprocesso, sem prejuízo daquelas oferecidas por ocasião dos debates.

Art. 118. - As representações se acompanharão sempre, obrigatoriamente, dedocumentos hábeis que os instruam e a critério de seu autor, de rol de testemunhas, devendo seroferecidas em tantas vias quantos forem os acusados.

Art. 119. - O Presidente ou a Mesa, conforme o caso, não aceitará proposição:

I - vise delegar a outro poder atribuições privativas do Legislativo, salvo a hipótse de

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lei delegada;II - que seja apresentada por Vereador licenciado ou afastado;III - que tenha sido rejeitada na mesma sessão legislativa, salvo se tiver subscrita pelamaioria absoluta do Legislativo;IV - que seja formalmente inadequada, por não ser observado os requisitos dos art's.100, 101, 102 e 103 deste regimento;V - quando a emenda ou subemenda for apresentada fora do prazo, não observarrestrição constitucional ao poder de emendar, ou não tiver relação com a matéria daproposição inicial;VI - quando a indicação versar sobre matéria que, em conformidade com esteRegimento, deva ser objeto de requerimento;vii - quando a representação não se encontrar devidamente documentada ou argüirfatos irrelevantes ou impertinentes.

Parágrafo único - Exceto nas hipóteses dos inciso II e V, caberá recurso do autorou autores ao Plenário, no prazo de 07 (sete) dias, o qual será distribuído à Comissão deConstituição, Justiça e Redação.

Art. 120. - O autor do projeto que receber substitutivo ou emenda estranha ao seuProjeto poderá reclamar contra a sua admissão, competindo ao Presidente decidir sobre areclamação, e de sua decisão caberá recurso ao Plenário pelo autor do projeto ou da emenda,conforme o caso.

Parágrafo único - Na decisão do recurso poderá o Plenário determinar que asemendas que não se referirem diretamente à matéria do projeto, sejam destacadas paraconstituirem projetos separados.

Art. 121. - As proposições poderão ser retiradas mediante requerimento de seusautores ao Presidente da Câmara, se ainda não se encontrarem sob deliberação do Plenário, oucom a anuência deste, em caso contrário.

§ 1º. - Quando a proposição haja sido subscrita por mais de um autor, é condição desua retirada que todos a requeiram.

§ 2º. - Quando o autor for o Executivo, a retirada deverá ser comunicada através deofício, não podendo ser recusada.

Art. 122. - No ínicio de cada legislatura, a Mesa ordenará o arquivamento de todasas proposições apresentadas na legislatura anterior que se achem sem parecer.

§ 1º. - O Vereador autor de proposição arquivada na forma deste artigo, poderárequerer o seu desarquivamento e retramitação.

§ 2º. - Qualquer Vereador, nos 60 (sessenta) dias subseqüentes à instalação da

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Mesa Legislativa, poderá requerer ao Presdidente o desarquivamento da proposição arquivada nalegislatura anterior, caso o autor não seja membro da Câmara na legislatura em que ocorrer opedido, será este considerado autor da proposição.

Art. 123. - Os requerimentos a que se refere o § 1º do artigo 112 serão quandoimpertinentes, repetitivos ou manifestados contra expressa disposição regimental, irrecorríveisdas decisões.

CAPÍTULO IVDA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

Art. 124. - Recebida qualquer proposição escrita, será encaminhada ao Presidenteda Câmara que determinará a sua tramitação no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis, observadoo disposto neste capítulo.

Art. 125. - Quando a proposição consistir em projeto de lei, de medida provisória,de decreto legislativo, de resolução ou de projeto substitutivo, uma vez lido pelo Secretário duranteo expediente, será encaminhada pelo Presidente às Comissões competentes para os parecerestécnicos.

§ 1º. - As proposições apresentadas em regime de urgência especial, só poderãoser incluídas na ordem do dia se apresentadas com antecedência mínima de 03 (três) horas dasessão respectiva.

§ 2º. - No caso do § 1º do art. 117, o encaminhamento só se fará após escoado oprazo para emendas ali previsto.

§ 3º. - No caso do projeto substitutivo oferecido por determinada Comissão, ficaráprejudicada a remessa do mesmo à sua própria autora.

§ 4º. - Os projetos originários, elaborados pela Mesa ou por comissão permanenteou especial em assuntos de sua competência dispensarão pareceres para a sua apreciação peloPlenário, sempre que o requerer o seu próprio autor e a audiência não for obrigatória, na formadeste Regimento.

Art. 126. - As emendas a que se referem os parágrafos 1º e 2º do art. 117 serãoapreciadas pelas comissões na mesma fase que a proposição originária; As demais somenteserão objeto de manifestação das comissões quando aprovadas pelo Plenário, retornado-lhes,então, o processo.

Art. 127. - Sempre que o Prefeito vetar, no todo ou em parte, determinadaproposição aprovada pela Câmara, comunicando o veto a esta, a matéria será incontinentiencaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que poderá proceder na forma doart. 72.

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Art. 128. - Os pareceres das comissões permanentes serão obrigatóriamenteincluídos na ordem do dia em que serão apreciadas as proposições a que se referem.

Art. 129. - As indicações, após lidas no expediente, serão submetidas àdeliberação do Plenário.

Parágrafo único - No caso de entender o Presidente que a indicação não deva serencaminhada, dará conhecimento da decisão ao autor e solicitará pronunciamento da Comissãocompetente, cujo parecer será incluído na ordem do dia, independentemente de sua préviafiguração no expediente.

Art. 130. - Os requerimentos a que se referem os parágrafos 2º e 3º do art. 112serão apresentados em qualquer fase da sessão e postos imediatamente em tramitação,independentemente de sua inclusão no expediente ou na ordem do dia.

§ 1º. - Qualquer Vereador poderá manifestar a intenção de discutir osrequerimentos a que se refere o § 3º, inciso VII do art. 112 e, se o fizer, ficará remetida aoexpediente e à ordem do dia da sessão seguinte.

§ 2º. - Se tiver havido solicitação de urgência simples para o requerimento que oVereador pretende discutir, a própria solicitação entrará em tramitação na sessão em que forapresentada e, se for aprovada, o requerimento a que se refere será objeto de deliberação emseguida.

Art. 131. - Durante os debates, na ordem do dia, poderão ser apresentadosrequerimentos que se refiram estritamente ao assunto discutido, os quais estarão sujeitos àdeliberação do Plenário, sem prévia discussão, admitindo-se, entretanto, encaminhamento devotação pelo proponente e pelos líderes partidários.

Art. 132. - Os recursos contra atos do Presidente da Câmara serão interpostosdentro do prazo de 05 (cinco) dias, contados da data de ciência da decisão, por simples petição edistribuídos à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que emitirá parecer acompanhadode projeto de resolução.

Art. 133. - A concessão de urgência especial dependerá de assentimento doPlenário, mediante provocação por escrito da Mesa ou de Comissão, quando autora deproposição em assunto de sua competência privativa, ou ainda por proposta da maioria absolutados membros da Edilidade, excetuando de deliberação quando oriundo do Executivo.

§ 1º. - O Plenário somente concederá a urgência especial quando a proposição, por

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seus objetivos, exigir apreciação pronta, sem o que perderá a oportunidade ou a eficácia.

§ 2º. - Concedida a urgência especial para projeto ainda sem parecer, será feito olevantamento da sessão para que se pronunciem as comissões competentes em conjunto,imediatamente, após o que o projeto será colocado na ordem do dia da própria sessão.

§ 3º. - Caso não seja possível obter-se de imediato o parecer conjunto dascomissões competentes, o projeto passará a tramitar no regime de urgência simples.

Art. 134. - O regime de urgência simples será concedido pelo Plenário por requerimento dequalquer Vereador ou do Prefeito, quando se tratar de matéria de relevante interesse público ou derquerimento escrito que exigir, por sua natureza, a pronta deliberação do Plenário.

Parágrafo único - Serão incluídos no regime de urgência simples, independentemente demanifestação do Plenário, as seguintes matérias:

I - a proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias, plano plurianual, a partir doescoamento de metade do prazo de que disponha o Legislativo para apreciá-la;

II - os projetos de lei do Executivo sujeitos à apreciação em prazo certo, após a leituraem Plenário;

III - o veto, quando escoadas 2/3 (duas terças) partes do prazo para sua apreciação;

IV - a medida provisória, quando escoadas 2/3 (duas terças) partes do prazo para suaapreciação.

Art. 135. - As proposições em regime de urgência especial ou simples, e aquelascom pareceres, ou para as quais não sejam estes exigíveis, ou tenham sido dispensadas,prosseguirão sua tramitação na forma do disposto no Título V.

Art. 136. - Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível oandamento de qualquer proposição, já estando vencidos os prazos regimentais, o Presidente faráreconstituir o respectivo processo e determinará a sua retramitação, ouvida a Mesa.

TÍTULO VDAS SESSÕES E REUNIÕES DA CÂMARA

CAPÍTULO IDAS SESSÕES EM GERAL

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Art. 137. - As sessões da Câmara serão ordinárias, extraordinárias, secretas ousolenes, assegurado o acesso do público em geral, com excessão das secretas.

§ 1º. - Para assegurar a publicidade das sessões da Câmara, publicar-se-ão apauta e o resumo dos seus trabalhos no mural de sua Sede.

§ 2º. - Qualquer cidadão poderá assistir às sessões da Câmara na parte do recintoreservada ao público, desde que:

I - apresente-se convenientemente trajado;II - não porte arma;III - conserve-se em silêncio durante os trabalhos, garantido a manifestação ordeira doassistente após o pronunciamento do Vereador;IV - não manifeste apoio ou desaprovação ao que se passa em Plenário no momentodo pronunciamento do Vereador.V - atenda às determinações do Presidente.VII - esteja ocupando os assentos reservados ao público, exceto policiais,representantes da imprensa e servidores da Câmara em serviço;

mantenha-se de forma ordeira e respeitosa no recinto da Câmara.

§ 3º. - O Presidente determinará a retirada do assistente que se conduza de forma aperturbar os trabalhos, e evacuará o recinto sempre que julgar necessário, motivado por questõesde ordem e segurança.

§ 4º. - Em caso de reincidência da situação prevista no parágrafo anterior destaResolução, deverá a Mesa da Câmara impedir o acesso do assisente reincidente no Plenário doPoder Legislativo, por até quatro Sessões subseqüentes ao fato.

Art. 138. - As sessões ordinárias serão realizadas em todas as terças-feiras,recaindo para o primeiro dia útil seguinte, em caso de feriado, com duração de 02 (duas) horas, das20:00 às 22:00 hs. (Redação dada pela Resolução nº. 60/2006, em 28 de junho de 2006).

Art. 138. - As sessões ordinárias serão realizadas às 3ª (terças feira), recaindo parao dia subsequente, em caso de feriado, com duração de 02 (duas) horas, das 20:00 às 22:00 hs.(redação anterior_03 de dezembdro_2003)

§ 1º. -Aprorrogação das sessões ordinárias poderá ser determinada pelo Plenário,por proposta do Presidente ou a requerimento verbal de Vereador, pelo tempo estritamentenecessário, nunca superior à 1 (uma) hora, ou para que se ultime a discussão e votação deproposição em debate.

§ 2º. - Havendo 2 (dois) ou mais pedidos simultâneos de prorrogação, será votado oque visar menor prazo, prejudicados os demais.

Art. 139. - As sessões extraordinárias realizar-se-ão em qualquer dia da semana ea qualquer hora, inclusive domingos e feriados ou após as sessões ordinárias.

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§ 1º. - Somente se realizarão sessões extraordinárias quando se tratar de matériasaltamente relevantes e urgentes, e a sua convocação dar-se-á na forma estabelecida no art. 162deste Regimento.

§ 2º. - A duração e a prorrogação de sessões extraordinárias regem-se pelodisposto no art. 138 e parágrafos, no que couber.

Art. 140. - As sessões solenes realizar-se-ão a qualquer dia e hora, para fimespecífico, não havendo prefixação de sua duração.

Parágrafo único - As sessões solenes poderão realizar-se em qualquer localseguro e acessível, a critério da Mesa.

Art. 141º. - A Câmara poderá realizar sessões secretas, por deliberação tomadapela maioria absoluta de seus membros, para tratar de assuntos de sua economia interna, quandoseja o sigilo necessário à preservação do decoro parlamentar.

Parágrafo único - Deliberada a realização de sessão secreta, ainda que pararealizá-la se deva interromper a sessão pública, o Presidente determinará a retirada do recinto ede suas dependências dos assistentes, dos servidores da Câmara e dos representantes daimprensa, rádio e televisão.

Art. 142º. - As sessões da Câmara serão realizadas no recinto de sua sede,considerando inexistentes as que se realizarem noutro local, salvo motivo de força maiordevidamente comprovado pelo Plenário.

Parágrafo único - Não se considerará como falta a ausência de Vereador à sessãoque se realize fora do recinto destinado ao seu funcionamento, observado o disposto no caputdeste artigo e parágrafo único, do art. 31 deste Regimento.

Art. 143. - A Câmara poderá, a critério da Mesa, realizar reuniões nos dias dassessões ordinárias, objetivando proceder o estudo das proposições inscritas para respectivaordem do dia.

Art. 144. - A Câmara observará o recesso legislativo determinado na Lei Orgânicado Município.

§ 1º. - Nos períodos de recesso legislativo, a Câmara poderá reunir-se em sessãolegislativa extraordinária, quando regularmente convocada pelo Prefeito, pelo Presidente daCâmara ou a requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, para apreciar matéria deinteresse público relevante e urgente.

§ 2º. - Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara somente deliberará sobre amatéria para a qual foi convocada.

Art. 145º. - A Câmara somente se reunirá quando tenha comparecido, à sessão,pelo menos 1/3 (um terço) dos Vereadores que a compõem.

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Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica às sessões solenes, quese realizarão com qualquer número de Vereadores presentes.

Art. 146. - Durante as sessões, somente os Vereadores poderão permanecer naparte do recinto do Plenário, com excessão de assessores ou servidores em serviço.

§ 1º. - A convite da Presidência, ou por sugestão de qualquer Vereador, poderão selocalizar nessa parte, para assistir à sessão, as autoridades públicas federais, estaduais, distritaisou municipais presentes ou personalidades que estejam sendo homenageadas.

§ 2º. - Os visitantes recebidos em Plenário em dias de sessão poderão usar dapalavra para agradecer à saudação que lhe seja feita pelo Legislativo.

Art. 147. - De cada sessão da Câmara lavrar-se-á ata dos trabalhos contendosucintamente os assuntos tratados, a fim de ser submetida ao Plenário.

§ 1º. - As proposições e os documentos apresentados em sessão serás indicadosna ata somente com a menção do objeto a que referirem, salvo requerimento de transcriçãointegral aprovado pelo Plenário.

§ 2º. - A ata da sessão secreta será lavrada pelo 1º secretário, lida e aprovada namesma sessão, lacrada e arquivada, com rótulo datado e rubricado pela Mesa e somente poderáser reaberta em outra sessão igualmente secreta por deliberação do Plenário, a requerimento daMesa ou de 1/3 (um terço) dos Vereadores.

§ 3º. - A ata da última sessão de cada legislatura será registrada e submetida àaprovação na própria sessão com qualquer número, antes do seu encerramento.

CAPÍTULO IIDAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Art. 148. -As sessões ordinárias compõem-se de três partes: pequeno expediente,grande expediente e ordem do dia.

Art. 149. - A hora do início dos trabalhos, o Presidente, havendo número legal,declarará aberta a sessão.

Parágrafo único - Não havendo número legal, o Presidente efetivo ou eventualaguardará durante 15 (quinze) minutos que aquele se complete e, caso assim não ocorra, farálavrar ata sintética pelo Secretário efetivo ou "ad hoc", com o registro dos nomes dos Vereadores

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presentes, declarando, em seguida, prejudicada a realização da sessão.

Art. 150. - Havendo número legal, a sessão se iniciará com o pequeno expediente,o qual terá duração máxima de 30 (trinta) minutos, destinandose à discussão da ata da sessãoanterior e à leitura dos documentos de quaisquer origens.

§ 1º. - Nas sessões em que esteja incluídas na ordem do dia o debate da propostaorçamentária, das diretrizes orçamentárias e do plano plurianual, o pequeno expediente será de20 (vinte) minutos.

§ 2º. - No pequeno expediente, serão objeto de deliberação pareceres sobrematérias não constantes da ordem do dia, requerimentos comuns e relatórios de comissãoespeciais, além da ata da sessão anterior.

§ 3º. - Quando não houver número legal para deliberação no pequeno expediente,as matérias a que se refere o § 2º, automaticamente ficarão transferidas para o pequenoexpediente da sessão seguinte.

§ 4º. - No grande expediente serão objeto de discussão matérias do Prefeito,matérias dos Vereadores e matérias diversas.

Art. 151. - Na abertura das sessões ordinárias, extraordinárias, solenes ousecretas, será feita a leitura de trecho (parte) da Bíblia Sagrada.

Art. 152. - A ata da sessão anterior ficará à disposição dos Vereadores, paraverificação, 48 (quarenta e oito) horas antes da sessão seguinte, ao iniciar-se esta, o Presidentecolocará a ata em discussão e, não sendo retificada ou impugnada, será considerada aprovada,independentemente de votação.

§ 1º. - Qualquer Vereador poderá requerer a leitura da ata no todo ou em parte,mediante aprovação do requerimento pela maioria dos Vereadores presentes, para efeito de meraretificação.

§ 2º. - Se o pedido de retificação não for contestado pelo Secretário, a ata seráconsiderada aprovada com a retificação: caso contrário, o Plenário deliberará a respeito.

§ 3º. - Levantada impugnação sobre os termos da ata, o Plenário deliberará arespeito; aceita a impugnação, será lavrada nova ata.

§ 4º. - Aprovada , a ata será assinada pelo Presidente, pelo Secretário e demaisVereadores.

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§ 5º. - Não poderá impugnar a ata Vereador ausente à sessão a que a mesma serefira.

Art. 153. - Após aprovação da ata, o Presidente determinará ao Secretário a leiturada matéria do pequeno expediente, obedecendo à seguinte ordem:

I - expedientes oriundos do Prefeito;

II - expedientes oriundos diversos;

III - expedientes oriundos dos Vereadores;

Art. 154. - Na leitura das matérias feitas pelo Secretário, obedecer-se-á a seguinteordem:

I - projetos de lei;II - medida provisória;III - projetos de decreto legislativo;IV - projetos de resolução;V - requerimentos;VI - indicações;VII - pareceres de comissão;VIII - recursos;IX - outros matérias.

Parágrafo único - Dos documentos apresentados no expediente, serão oferecidascópias aos Vereadores, quando solicitadas pelos mesmos ao Secretário da Casa, eobrigatoriamente aos líderes de bancada.

Art. 155. - Para a ordem do dia, far-se-á verificação de presença e a sessãosomente prosseguirá se estiver presente a maioria absoluta dos Vereadores.

Paráfrago único - Não se verificando o quorum regimental, o Presidenteaguardará por 15 (quinze) minutos, como tolerância, antes de declarar encerrada a sessão.

Art. 156. - Nenhuma proposição poderá, ser posta em discussão, sem que tenhasido incluída na ordem do dia regularmente publicada, com antecedência mínima de 04 (quatro)horas do início das sessões, salvo disposição em contrário da Lei Orgânica Municipal ou no casodo § 1º doArtigo 125 deste regimento.

Parágrafo único - Nas sessões em que devam ser apreciadas a proposta

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orçamentária, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual, nenhuma outra matéria figurará naordem do dia.

Art. 157. - A organização da pauta da ordem do dia obedecerá aos seguintescritérios preferênciais:

I - matérias em regime de urgência especial;

II - matérias em regime de urgência simples;

III - medidas provisórias;

IV - vetos;

V - matérias em redação final;

VI - matérias em discussão única;

VII - matérias em segunda discussão;

VIII - matérias em primeira discussão;

IX - recursos;

X - demais proposições.

Parágrafo único - As matérias, pela ordem de preferência, figuração na pauta,observada a ordem cronológica de sua apresentação entre aquelas de mesma classificação.

Art. 158. - O Secretário procederá à leitura do que houver para discutir e votar, aqual poderá ser dispensada a requerimento verbal de qualquer Vereador, com aprovação doPlenário.

Art. 159. - Findo o pequeno expediente, passar-se-á ao grande expediente,concedendo-se a palavra aos oradores, obedecendo a ordem de inscrição.

§ 1º. - No grande expediente, os Vereadores, inscritos em livro próprio, usarão apalavra pelo máximo de 05 (cinco) minutos para tratar de qualquer assunto de interese público,podendo este tempo ser reduzido se a maioria absoluta dos Vereadores se inscreverem.

§ 2º. - O orador poderá ser interrompido ou aparteado no grande expediente.

§ 3º. - Quando o orador, inscrito para falar no grande expediente, deixar de fazê-lopor falta de tempo, seu pedido de inscrição terá preferência na sessão seguinte.

§ 4º. - O Vereador que, inscrito para falar, não se achar presente na hora que lhe forconcedida a palavra, perderá a vez e o seu tempo poderá ser integrado ao do líder de suarespectiva bancada ou bloco parlamentar.

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§ 5º. - As disposições contidas no parágrafo primeiro deste artigo, não se aplicamaos Lideres de Bancadas ou bloco parlamentar, que usarão da palavra por 06 (seis) minutos nogrande expediente, após os oradores inscritos.

Art. 160. - Esgotado o grande expediente, o Presidente passará à ordem do dia e,se houver tempo disponível declarará aberta a fase de explicação pessoal.

Parágrafo único - Entende-se por explicação pessoal, a manifestação do vereadorpara fins de agradecimentos e apresentação de convites.

Art. 161. - Considerar-se-á presente à sessão, para efeito de remuneração, oVereador que participar da votação da ordem do dia, e permanecer no Plenário até o encerramentoda sessão, salvo por motivo de força maior devidamente justificada e aceita pela maioria doPlenário.

CAPÍTULO IIIDAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 162. - As sessões extraordinárias serão convocadas na forma prevista na LeiOrgânica Municipal, mediante comunicação escrita aos Vereadores com a antecedência de 5(cinco) dias e afixação de edital, no átrio do edifício da Câmara, que poderá ser reproduzido pelaimprensa local.

Parágrafo único - Sempre que possível, a convocação far-se- á em sessão, casoem que será feita comunicação escrita apenas aos ausentes à Mesa.

Art. 163. - A sessão extraordinária compor-se-á exclusivamente de ordem do dia,que se cingirá à matéria objeto de convocação, observando-se quanto à aprovação da ata dasessão anterior, ordinária ou extraordinária, o disposto no art. 152 e seus parágrafos.

Parágrafo único - Aplicar-se-ão, às sessões extraordinárias, no que couber, asdisposições atinentes às sessões ordinárias.

CAPÍTULO IVDAS SESSÕES SOLENES

Art. 164. - As sessões solenes serão convocadas pelo Presidente da Câmara, porescrito, indicando a finalidade da reunião.

§ 1º. - Nas sessões solenes não haverá expediente nem ordem do dia formal,dispensada a leitura da ata e a verificação de presença.

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§ 2º. - Não haverá tempo predeterminado para o encerramento de sessão solene.

§ 3º. - Nas sessões solenes, somente poderão usar da palavra, além do Presidenteda Câmara, o líder partidário ou Vereador pelo mesmo designado, o Vereador que propôs asessão, como orador oficial da cerimônia, as pessoas homenageadas e autoridades componentesda Mesa.

CAPÍTULO VDAS SESSÕES SECRETAS

Art. 165. - Excepcionalmente, a Câmara poderá realizar sessões secretas pordeliberação tomada, no mínimo, por 2/3 (dois terços) de seus membros, através de requerimentoescrito, quando ocorrer motivo relevante de preservação de decoro parlamentar ou nos casosprevistos expressamente neste Regimento.

Art. 166. - A Câmara não poderá deliberar sobre qualquer proposição em sessãosecreta, salvo os casos previstos no art. 193 deste Regimento.

TÍTULO VIDAS DISCUSSÕES E DAS DELIBERAÇÕES

CAPÍTULO IDAS DISCUSSÕES

Art. 167. - Discussão é o debate pelo Plenário de proposição figurante na ordem dodia, antes de se passar à deliberação sobre a mesma.

§ 1º. - Não estão sujeitos à discussão:

I - as indicações, salvo o disposto no § único do art. 129;

II - os requerimentos a que se refere o § 2º do art. 112;

III - os requerimentos a que se referem os incisos I a V do § 3º do art. 112.

§ 2º. - O Presidente declarará prejudicada a discussão:

I - de qualquer projeto com objeto idêntico ao de outro que já tenha sido aprovadoantes, ou rejeitado na mesma sessão legislativa, excetuando-se, nesta últimahipótese, aprovação pela maioria absoluta dos membros do Legislativo;

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II - da proposição original, quando tiver substitutivo aprovado;III - da emenda ou subemenda idêntica à outra já aprovada ou rejeitada;IV - de requerimento repetitivo.

Art. 168. - A discussão da matéria constante da ordem do dia só poderá serefetuada com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 169. - Terão uma única discussão as seguintes matérias:

I - as que tenham sido colocadas em regime de urgência especial;II - as que se encontrarem em regime de urgência simples;III - os projetos de lei oriundos do Executivo com solicitação de prazo;IV - a medida provisória;V - o veto;VI - os projetos de decreto legislativo ou de resolução de qualquer natureza;VII - os requerimentos sujeitos a debates.

Art. 170. - A critério da Mesa, poderão ter duas discussões todas as matérias nãoincluídas no artigo anterior.

Art. 171. - Na primeira discussão debater-se-á, separadamente, artigo por artigo doprojeto, na segunda discussão, debater-se-á o projeto em bloco.

§ 1º. - Por deliberação do Plenário, a requerimento de Vereador, a primeiradiscussão poderá consistir de apreciação global do projeto.

§ 2º. - Quando se tratar de codificação, na primeira discussão o projeto serádebatido por capítulos, salvo requerimento de destaque aprovado pelo Plenário.

§ 3º. - Quando se tratar de proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias e planoplurianual, as emendas possíveis serão debatidas antes do projeto, em primeira discussão.

Art. 172. - Na discussão única e na primeira discussão serão recebidos emendas,subemendas e projetos substitutivos apresentados por ocasião dos debates; em segundadiscussão, somente se admitirão emendas e subemendas.

Art. 173. - Na hipótese do artigo anterior, sustar-se-á a discussão para que asemendas e projetos substitutivos sejam objeto de exame das comissões permanentes a queesteja afeta a matéria, salvo se o Plenário rejeitá-los ou aprová-los com dispensa de parecer.

Art. 174. - Em nehuma hipótese a segunda discussão ocorrerá na mesma sessãoque tenha ocorrido a primeira discussão.

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Art. 175. - Sempre que a pauta dos trabalhos incluir mais de uma proposição sobreo mesmo assunto, a discussão obedecerá à ordem cronológica de apresentação.

Parágrafo único - O disposto neste artigo, não se aplica a projeto substitutivo domesmo autor da proposição originária, a qual preferirá esta.

Art. 176. - O adiamento da discussão de qualquer proposição dependerá doPlenário e somente poderá ser proposto antes de iniciar-se a mesma.

§ 1º. - O adiamento aprovado será sempre por tempo determinado.

§ 2º. - Apresentados 2 (dois) ou mais requerimentos de adiamento, será votado, depreferência, o que marcar menor prazo.

§ 3º. - Não se concederá adiamento de matéria que se ache em regime de urgênciaespecial ou simples.

§ 4º. - O adiamento poderá ser motivado por pedido de vista, caso em que, sehouver mais de um, a vista será sucessiva e pelo prazo máximo de dois dias úteis para cada umdos requerentes, que deverá emitir parecer escrito, dentro daquele prazo, a respeito da matériaestudada.

Art. 177. - O encerramento da discussão de qualquer proposição dar-se-á pelaausência de oradores, pelo decurso dos prazos regimentais ou por requerimento aprovado peloPlenário.

CAPÍTULO IIDA DISCIPLINA DOS DEBATES

Art. 178. - Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem, cumprindo aoVereador atender as seguintes determinações regimentais:

I - falar de pé, exceto se tratar do Presidente, e, quando impossibilitado de fazê-lo,requererá ao Presidente autorização para falar sentado;II - dirigir-se ao Presidente ou à Câmara voltado para a Mesa, salvo quando respondera aparte;III - não usar da palavra sem a solicitar e sem receber consentimento do Presidente;IV - referir-se ou dirigir-se a outro Vereador pelo tratamento de Excelência.

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Art. 179. - O Vereador a que for dada a palavra deverá inicialmente declarar a quetítulo se pronuncia e não poderá:

I - usar da palavra com finalidade diferente do motivo alegado para a solicitar;II - desviar-se da matéria em debate;III - falar sobre matéria vencida;IV - usar de linguagem imprópria;V - ultrapassar o prazo que lhe competir;VI - deixar de atender às advertências do Presidente.

Art. 180. - O Vereador somente usará da palavra:

I - no expediente, quando for para solicitar retificação ou impugnação da ata ouquando se achar regularmente inscrito;II - para discutir matéria em debate, encaminhar votação ou justificar o seu voto;III - para apartear, na forma regimental;IV - para explicação pessoal;V - para levantar questão de ordem ou pedir esclarecimento à Mesa;VI - para apresentar requerimento verbal de qualquer natureza;VII - quando for designado para saudar qualquer visitante ilustre.

Art. 181. - O Presidente solicitará ao orador, por iniciativa própria ou a pedido dequalquer Vereador, que interrompa o seu discurso nos seguintes casos:

I - para leitura de requerimento de urgência;II - para comunicação importante à Câmara;III - para recepção de visitantes;IV - para votação de requerimento de prorrogação da sessão;V - para atender a pedido de palavra "pela ordem", sobre questão Regimental.

Art. 182. - Quando mais de 1 (um) Vereador solicitar a palavra simultâneamente, oPresidente concedê-la-á na seguinte ordem:

I - ao autor da proposição em debate;

II - ao relator do parecer em apreciação;

III - ao autor da emenda;

IV - alternadamente, a quem seja pró ou contra a matéria em debate.

Art. 183. - Para o aparte ou interrupção do orador por outro para indagação oucomentário relativamente à matéria em debate, observar-se-á o seguinte:

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I - a aparte deverá ser expresso em termos corteses e não poderá exceder a 1 (um)minuto;

II - não serão permitidos apartes paralelos, sucessivos ou sem licença expressa doorador;

III - não é permitido apartear o Presidente nem o orador que fala "pela ordem", emexplicação pessoal, para encaminhamento de votação ou para declaração de voto;

IV - o aparte somente poderá ser feito, para tratar da matéria discutida no momento emque o orador for aparteado.

Art. 184. - Os oradores terão os seguintes prazos para uso da palavra:

I - 1 (um) minuto para apresentar requerimento de retificação ou impugnação de ata, falar pela ordem, apartear e justificar requerimento de urgência especial, ou fazerdeclaração de voto;

II - 3 (três) minutos para discutir requerimento, indicação, redação final, artigo isoladode proposição e veto;

III - 5 (cinco) minutos, para discutir projeto de decreto legislativo ou de resolução,processo de cassação do Vereador e parecer pela inconst i tuc ional idade ouilegalidade do projeto;

IV - 5 (cinco) minutos para falar no grande expediente e para discutir projeto de lei,proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias, plano plurianual, prestação de contase destituição de membro da Mesa.

Parágrafo único - Será permitida a cessão de tempo de um para outro orador.CAPÍTULO III

DAS DELIBERAÇÕES

Art. 185. -As deliberações do Plenário serão tomadas por maioria simples, sempreque não se exija a maioria absoluta, ou 2/3 (dois terços), conforme as determinaçõesconstitucionais, legais ou regimentais aplicáveis em cada caso.

Parágrafo único - Para efeito de quorum, computar-se-á a presença deVereadores impedido de votar.

Art. 186. -Adeliberação se realiza através de votação.

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Parágrafo único - Considerar-se-á qualquer matéria em fase de votação a partir domomento em que o Presidente declarar encerrada a discussão.

Art. 187. - O voto será sempre público para deliberação da Câmara, salvo os casosprevistos no art. 29 da Lei Orgânica Municipal.

Parágrafo único - Nenhuma proposição de conteúdo normativo poderá ser objetode deliberação durante sessão secreta.

Art. 188. - Os processos de votação são 3 (três): simbólico, nominal e secreto.

Parágrafo único - O processo simbólico consiste na simples contagem de votos afavor ou contra a proposição, mediante convite do Presidente aos Vereadores para quepermaneçam sentados ou se levantem, respectivamente.

Art. 189. - O processo nominal consiste na expressa manifestação de cadaVereador, pela chamada, sobre em que sentido vota, respondendo sim ou não.

Art. 190. - O processo secreto consiste na distribuição de cédulas aos Vereadorese do recolhimento dos votos em uma urna ou em qualquer outro receptáculo que assegure o sigiloda votação.

Parágrafo único - As cédulas que serão distribuídas aos Vereadores votantes,constará da palavra "sim"e da palavra "não", seguidas de espaço que possibilite a marcação daescolha do votante.

Art. 191. - O processo simbólico será a regra geral para as votações, somentesendo abandonado por impositivo legal ou regimental ou a requerimento aprovado pelo Plenário.

§ 1º. - Do resultado da votação simbólica, qualquer Vereador poderá requererverificação, mediante votação nominal, não podendo o Presidente indeferí-la.

§ 2º. - Não se emitirá segunda verificação de resultado da votação.

§ 3º. - O Presidente, em caso de dúvida, poderá, de ofício, repetir a votaçãosimbólica para a recontagem dos votos.

Art. 192. -Avotação será nominal nos seguintes casos:

I - destituição de membro da Mesa;II - eleição ou destituição de membro de comissão permanente;

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III - apreciação de medida provisória;IV - requerimento de urgência especial;V - criação e extinção de cargos, empregos ou funções da Câmara.

Art. 193. -Avotação será secreta no seguintes casos:

I - eleição da Mesa;II - julgamento do Prefeito ou de Vereador;III - julgamento das contas do município;IV - nos pronunciamentos sobre nomeação de funcionários que dependa de aprovaçãoda Câmara;V - apreciação de veto do Prefeito;VI - julgamento das contas da Câmara de Vereadores.VII - concessão de título de cidadão.

Art. 194. - Uma vez iniciada a votação, somente se interromperá se for verificada afalta de número legal, caso em que os votos já colhido serão considerados prejudicados..

Parágrafo único - Não será permitido ao Vereador abandonar o Plenário no cursoda votação, salvo se acometido de mal súbito, sendo considerado o voto que tenha proferido.

Art. 195. - Antes de iniciar-se a votação, será assegurado a cada uma dasbancadas partidárias, por um de seus integrantes, falar apenas uma vez para propor aos seus co-partidários a orientação quanto ao mérito da matéria.

Parágrafo único - Não haverá encaminhamento de votação quando se tratar deproposta orçamentária, das diretrizes orçamentárias, do plano plurianual, de julgamento dascontas do Município, do processo cassatório ou de requerimento.

Art. 196. - Qualquer Vereador poderá requerer ao Plenário que aprecieisoladamente determinadas partes do texto de proposições, votando-as em destaque para rejeitá-las ou aprová-las preliminarmente.

Parágrafo único - Não haverá destaque quando se tratar da propostaorçamentária, das diretrizes orçamentárias, do plano plurianual, de medida provisória, de veto, dojulgamento das contas do Município e em quaisquer casos em que aquele se revele impraticável.

Art. 197. - Terão preferência para votação as emendas supressivas, bem como asemendas e substitutivos oriundos das comissões.

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Parágrafo único - Apresentados 2 (duas) ou mais emendas sobre o mesmo artigoou parágrafo, será admissível requerimento de preferência para a votação da emenda que melhorse adaptar ao projeto, sendo o requerimento apreciado pelo Plenário, independentemente dediscussão.

Art. 198. - Sempre que o parecer de comissão for pela rejeição do projeto, deverá oPlenário deliberar primeiro sobre o parecer, antes de entrar na consideração do projeto.

Art. 199. - O Vereador poderá, ao votar, fazer declaração de voto, que consiste em indicar asrazões pelas quais adota determinada posição em relação ao mérito da matéria.

Parágrafo único -Adeclaração só poderá ocorrer quando toda a proposição tenhasido abrangida pelo voto.

Art. 200. - Enquanto o Presidente não haja proclamado o resultado da votação, oVereador que já tenha votado poderá retificar o seu voto, exceto no caso de votação secreta.

Art. 201. - Proclamado o resultado da votação poderá o Vereador impugná-loperante o Plenário, quando daquela tenha participado Vereador impedido.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, acolhida a impugnação, repetir-se-á avotação sem considerar-se o voto que motivou o incidente.

Art. 202. - Concluída a votação de Projeto de Lei, de Projeto de Decreto Legislativoou de Projeto de Resolução, com ou sem emendas aprovadas, ou de Projeto de Lei Substitutivo,caberá à Mesa adequar o texto à correção vernacular.

Art. 203. - A redação final independerá de nova deliberação, salvo medianterequerimento de Vereador, aprovado pelo Plenário.

§ 1º. - Admitir-se-á emenda à redação final somente quando seja para despojá-lade obscuridade, omissão, contradição ou impropriedade lingüística.

§ 2º. -Aprovada a emenda, voltará a matéria à Comissão para redação final.

Art. 204. - Aprovado pela Câmara um projeto de lei, este será enviado ao Prefeito,para sanção e promulgação ou veto, uma vez expedidos os respectivos autógrafos.

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Parágrafo único - Os originais dos projetos de lei aprovados serão, antes daremessa ao Executivo, corrigidos em processos e arquivados na Secretaria da Câmara.

CAPÍTULO IVDA CONCESSÃO DE PALAVRA A CIDADÃOS EM

SESSÕES E COMISSÕES

Art. 205. - O eleitor do Município que o desejar, poderá usar da palavra durante aprimeira discussão dos projetos de lei, inclusive os de iniciativa popular, para opinar sobre eles,desde que as inscreva em lista especial na Secretária da Câmara, 24 (vinte quatro) horas antes dasessão, consoante o art. 49 da Lei Orgânica Municipal.

Parágrafo único - Ao se inscrever na Secretaria da Câmara, o interessado deveráfazer referência à matéria sobre a qual falará, declarando se é favorável ou contrário ao projeto,não lhe sendo permitido abordar temas que não tenham sido expressamente mencionados nainscrição.

Art. 206. - Caberá ao Presidente da Câmara exigir do cidadão o seu Título deEleitor, para comprovar a condição de eleitor do Município.

Art. 207. - Nenhum cidadão poderá usar a Tribuna da Câmara, nos termos desteRegimento, por período maior do que 10 (dez) minutos, sob pena de ter a palavra cassada.

Parágrafo único - Será igualmente cassada a palavra ao cidadão que usarlinguagem incompatível com a dignidade da Câmara.

Art. 208. - O Presidente da Câmara promoverá ampla divulgação da pauta daordem do dia das sessões do Legislativo, que deverá ser publicada com antecedência mínima de04 (quatro) horas do início das sessões.

Art. 209. - Qualquer associação de classe, entidades culturais e cívicas, clube deserviço ou entidade comunitárias do Município poderá solicitar ao Presidente da Câmara que lhepermita emitir conceitos ou opiniões, junto às comissões do Legislativo, sobre as matériasrelacionadas no inciso I, do art. 42 da Lei Orgânica Municipal.

Parágrafo único - O Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente darespectiva Comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o caso,dia e hora para o pronunciamento e seu tempo de duração.

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TÍTULO VIIDA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE

CAPÍTULO IDA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL

SEÇÃO IDO ORÇAMENTO

Art. 210. - Recebida do Prefeito a proposta orçamentária, dentro do prazo e naforma legal, o Presidente fará distribuir cópia da mesma aos líderes de bancada, enviando-a àcomissão de Finanças e Orçamento nos 05 (cinco) dias seguintes, para parecer.

Parágrafo único - Expirado esse prazo, os Vereadores terão 20 (vinte) dias paraapresentação de emendas, nos casos em que sejam permitidas, e na forma prevista nesteRegimento.

Art. 211. - A Comissão de Orçamento e Finanças pronunciar-se-á em 20 (vinte)dias, findo os quais, com ou sem parecer, a matéria será incluída como itém único da ordem do diada primeira sessão desimpedida.

Art. 212. - Na discussão, poderão os Vereadores manifestar-se, no prazoregimental, sobre o projeto ou as emendas, assegurando-se preferência ao relator do parecer, daComissão de Finanças e Orçamento e aos autores das emendas no uso da palavra.

Art. 213. - Aplicam-se as normas dessa seção à proposta do plano plurianual e dasdiretrizes orçamentárias.

SEÇÃO IIDAS CODIFICAÇÕES

Art. 214. - Código é a reunião de disposições legais sobre a mesma matéria, demodo orgânico e sistemático, visando estabelecer os princípios gerais do sistema adotado eprover completamente a matéria tratada.

Art. 215. - Os projetos de codificação depois de apresentados em Plenário, serãodistribuídos por cópia aos Vereadores e encaminhados à Comissão de Constituição, Justiça eRedação, observando-se para tanto o prazo de 10 (dez) dias.

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§ 1º. - Nos 15 (quinze) dias subsequentes, poderão os Vereadores encaminhar àComissão emendas e sugestões a respeito.

§ 2º. - A critério da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, poderá sersolicitada assessoria de órgão de assistência técnica ou parecer de especialista na matéria, desdeque haja recursos para atender à despesa específica, ficando nesta hipótese suspensa atramitação da matéria, por prazo não superior a 30 (trinta) dias.

§ 3º. - A Comissão terá 20 (vinte) dias para exarar parecer, incorporando asemendas apresentadas que julgar convenientes ou produzindo outras, em conformidade com assugestões recebidas.

§ 4º. - Exarado o parecer ou, falta deste, observando o disposto nos art's. 66 e 67,no que couber, o processo se incluirá na pauta da ordem do dia mais próximo possível.

Art. 216. - Na primeira discussão, observar-se-á o disposto no § 2º do art. 167 desteregimento.

§ 1º. - Aprovado em primeira discussão, voltará o processo à Comissão, por mais05 (cinco) dias, para incorporação das emendas aprovadas.

§ 2º. -Ao atingir este estágio o projeto terá a tramitação normal dos demais projetos.

SEÇÃO IIIDA PROPOSTA DE EMENDA À LEI ORGÂNICA

Art. 217. A Câmara Municipal apreciará proposta de emenda à Lei Orgânicaapresentada:

I - por 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;II - pelo Prefeito Municipal;III - por iniciativa popular, na forma do art. 52 da Lei Orgânica Municipal.

§ 1º. - A proposta de emenda à Lei Orgânica será despachada pelo Presidente daCâmara Municipal à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que dará parecer quanto àconstitucionalidade e mérito no prazo previsto neste Regimento.

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§ 2º. - As emendas apresentadas serão apreciadas, na forma regimental, peloPlenário da Câmara Municipal.

§ 3º. - A proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votado em dois turnosde discussão, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, 2/3 (dois terços) dos votosdos membros da Câmara, em votação nominal.

§ 4º. - A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara com orespectivo número de ordem.

§ 5º. - Aplicam-se à proposta de emenda à Lei Orgânica, no que não colidirem como estatuído nesta seção, as disposições regimentais relativas ao trâmite e apreciação dos projetosde lei.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE

SEÇÃO IDO JULGAMENTO DAS CONTAS

Art. 218. - Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas, independente deleitura em plenário, o Presidente fará distribuir cópias do mesmo, a todos os Vereadores, enviandoo processo à Comissão de Orçamento e Finanças, que terá 20 (vinte) dias para apresentar aoPlenário seu pronunciamento, acompanhado do projeto de decreto legislativo, para aprovação ourejeição das contas.

Parágrafo único - Até 10 (dez) dias depois do recebimento do processo, aComissão de Orçamento e Finanças poderá receber pedidos dos Vereadores solicitandoinformações sobre itens determinados da prestação de contas.

Art. 219. - O projeto de decreto legislativo, apresentado pela Comissão deOrçamento e Finanças sobre a prestação de contas, será submetido a duas discussões, cominterstício mínimo de 24 (vinte e quatro) horas, para ser votado.

Parágrafo único - Não se admitirão emendas ao projeto de decreto legislativo.

Art. 220. - Se a deliberação da Câmara for contrário ao parecer prévio do Tribunalde Contas, o projeto de decreto legislativo conterá os motivos da discordância.

Parágrafo único - A Mesa comunicará o resultado da votação ao Tribunal deContas dos Município do Estado da Bahia.

Art. 221. - Nas sessões em que se devem discutir as contas do Município, os

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expedientes terão 15 (quinze) minutos e a ordem do dia será destinada exclusivamente a matéria.

SEÇÃO IIDO PROCESSO DE PERDA DE MANDATO

Art. 222. - A Câmara processará e julgará o Prefeito ou Vereador pela prática deinfração político-adminstrativa nos termos da Lei, assegurados, dentre outros requisitos devalidade, o contraditório, a publicidade, a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes ea decisão motivada, que se limitará a decretar a cassação do mandato.

- São infrações político-administrativas do Prefeito, as previstas no art.Art. 223.65º, da Lei Orgânica Municipal.

Art. 224. - Na hipótese prevista no artigo anterior, o processo de cassaçãoobedecerá ao seguinte rito:

I - a denúncia escrita, contendo a exposição dos fatos e a indicação das provas, serádirigida ao Presidente da Câmara, sendo apresentada por 1/3 (um terço) dosVereadores, na forma do inciso X do art. 26 da Lei Orgânica Municipal;

II - Os denunciantes não poderão participar, sob pena de nulidade, da deliberaçãoplenária sobre o recebimento da denúncia e sobre o afastamento do denunciado, d acomissão processante, dos atos processuais e do julgamento do acusado. Caso e mque considerar-se-á os Vereadores remanescentes para efeito de quorum;,

III - Se um dos denunciantes for o Presidente da Câmara, este passará a Presidência aseu substituto legal, para os atos do processo, e somente votará, se necessário, p a r acompletar o quorum do julgamento;IV - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara ou seu substituto determinará suale i tu ra na pr ime i ra sessão ord inár ia , consu l tando o Plenár io sobre o seurecebimento;V - decedido o recebimento da denúncia pela maioria absoluta dos membros daCâmara, na mesma sessão será constituida a comissão processante, integrada portrês Vereadores sorteados entre os desempedidos, observado o princípio darepresentação proporc ional dos Part idos, os quais elegerão, desde logo, oPresidente e o relator;VI - havendo apenas três ou menos Vereadores desempedidos, os que se encontraremnesta situação comporão a comissão processante, preenchendo-se, quando for o c a s o ,as demais vagas através de sorteio entre os Vereadores que inicialmente seencontravam impedidos;VII - a Câmara Municipal poderá afastar por 90 (noventa) dias o Prefeito ou vereador

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denunciados quando a denúncia for recebida nos termos deste artigo;VIII - entregue o processo ao Presidente da comissão, seguir-se-á o seguinteprocedimento:

a) dentro de cinco dias, o Presidente dará inicio aos trabalhos da comissão;

b) como primeiro ato, o Presidente determinará a notificação do denunciado,mediante remessa de cópia de denúncia e dos documentos que a instruirem;

c) a notificação será feita pessoalmente ao denunciado, se ele se encontrar noMunicípio, e, se estiver ausente do Município, a notificação far-se- á por Editalpublicado duas vezes no órgão oficial, com intervalo de três dias, no mínimo, a contarda primeira publicação;

d) uma vez notificado, pessoalmente ou por Edital, o denunciado terá direito deapresentar defesa prévia por escrito no prazo de dez dias, indicando as provas quepretende produzir e o rol de testemunhas que deseja sejam ouvidas no processo, a t é omáximo de dez;

e) decorrido o prazo de dez dias, com defesa prévia ou sem ela, a comissãoprocessante emitirá parecer dentro de cinco dias, opinando pelo prosseguimento o uarquivamento da denúncia;

f) se o parecer opinar pelo arquivamento, será submetido a Plenário, que, pelamaioria dos presentes, poderá aprová-lo, caso em que será arquivado, ou rejeitá- l o ,hipótese em que o processo terá prosseguimento;

g) se a comissão opinar pelo prosseguimento do processo ou se o Plenário nãoaprovar seu parecer de arquivamento, o Presidente da comissão dará inicio ainstauração do processo, determinando os atos, diligências e audiências que sefizerem necessárias para o depoimento e inquirição das testemunhas arroladas;

h- o denunciado deverá ser intimado de todos os atos processuais,pessoalmente oua pessoa de seu procurador, com antecedência mínima de 24 horas, sendo-lhepermitido assistir às diligências e audiências, bem como formular perguntas ereperguntas às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa, sob pena d enulidade do processo;

IX - concluida a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, paraapresentar razões escritas no prazo de cinco dias, vencido o qual, com ou sem razõesdo denunciado, a comissão processante emitirá parecer final, opinando p e l aprocedência ou inprocedência da acusação e solicitará ao Presidente da C â m a r a aconvocação de sessão para julgamento;

X - na sessão de julgamento, que só poderá ser aberta com a presença, de, no mínimo,

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dois terços dos membros da Câmara, o processo será lido integralmente pelo relatorda comissão processante e, a seguir, os Vereadores que o desejarem p o d e r ã omanifestar-se verbalmente pelo tempo máximo de 15 minutos cada um e, a o f i n a l , oacusado ou seu procurador disporá de duas horas para produzir sua defesa oral;

XI - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações secretas quantas forem asinfrações articuladas na denúncia, considerando-se afastado definitivamente do c a r g oo denunciado que for declarado incurso em qualquer das infrações especificadasna denúncia, pelo voto de dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara;

XII - concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará, imediatamente, oresultado e fará lavrar a ata na qual se consignará a votação sobre cada infração;

XIII - havendo condenação, a Mesa da Câmara expedirá o competente DecretoLegislativo de Cassação de Mandato, que será publicado na imprensa oficial, e, no c a s ode resultado absolvitório, o Presidente da Câmara determinará o arquivamentodo processo, devendo, em ambos os casos comunicar o resultado à Justiça Eleitoral.

Art. 225. - São infrações político-administrativas do Vereador, as previstas no art.17, da Lei Orgânica Municipal e nos termos deste Regimento.

Art. 226. - Na hipótese do artigo anterior, o processo de cassação obedecerá, noque couber ao rito estabelecido no art. 224, deste Regimento.

Art. 227. - O processo a que se refere os Artigos 224 e 226, sob pena dearquivamento, deverá estar concluído dentro de 90 (noventa) dias, a contar do recebimento dadenúncia.

- O arquivamento do processo por falta de conclusão no prazo previsto noArt. 228.art. 227, não impede nova denúncia sobre os mesmos fatos, nem a apuração da existência decontravenções ou crimes comuns.

SEÇÃO IIIDA CONVOCAÇÃO DO CHEFE DO EXECUTIVO E DE

SEUS AUXILIARES DIRETOS

Art. 229. - A Câmara poderá convocar o Prefeito para prestar informações, peranteo Plenário, sobre assuntos relacionados com a administração municipal, sempre que a medida sefaça necessária para assegurar a fiscalização apta do Legislativo sobre o Executivo.

Parágrafo único - A convocação poderá ser feita, também, a auxiliares do Prefeitoou incluir estes e aqueles na forma estabelecida na Lei Orgânica Municipal.

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Art. 230. - A convocação deverá ser requerida, por escrito, por qualquer Vereadorou Comissão, devendo ser discutida e aprovada pelo Plenário.

Parágrafo único - O requerimento deverá indicar, explicitamente, o motivo daconvocação e as questões que serão propostas ao convocado.

Art. 231. - Aprovado o requerimento, a convocação se efetivará mediante ofícioassinado pelo Presidente, em nome da Câmara, indicando dia e hora para o comparecimento, edar-lhe-á ciência do motivo de sua convocação.

Art. 232. - Aberta a sessão, o Presidente da Câmara exporá ao convocado, que seassentará a sua direita, os motivos da convocação e, em seguida, concederá a palavra aosoradores inscritos com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, para indagações quedesejarem formular, assegurada a preferência ao Vereador proponente da convocação ou aoPresidente da Comissão que a solicitou.

§ 1º. - O convocado poderá incumbir assessores, que o acompanhe na ocasião, deresponder às indagações.

§ 2º. - O convocado, ou o assessor, não poderá ser aparteado na sua exposição.

Art. 233. - Quando nada mais houver a indagar ou responder, ou quando escoado otempo regimental, o Presidente encerrará a sessão, agradecendo ao convocado, em nome daCâmara, o comparecimento.

Art. 234. - A Câmara poderá optar pelo pedido de informações ao convocado porescrito, caso em que o ofício do Presidente da Câmara será dirigido contendo quesitosnecessários à elucidação dos fatos.

Paráfrafo único - O convocado deverá responder às informações observando oprazo de 15 (quinze) dias, que poderá ser renovado por igual período, a requerimento do mesmo.

Art. 235. - Sempre que o Prefeito se recusar a comparecer à Câmara, quandodevidamente convocado, ou a prestar-lhe informações, o autor da proposição poderá produzirdenúncia para efeito de cassação do mandato do infrator.

Parágrafo único - Os auxiliares diretos do Prefeito respondem por crime deresponsabilidade pela infringência de qualquer uma das obrigações constantes no Caput desteartigo.

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SEÇÃO IVDO PROCESSO DESTITUITÓRIO

Art. 236. - Sempre que qualquer Vereador propuser a destituição de membro daMesa, o Plenário, conhecendo a representação, deliberará, preliminarmente, em face da provadocumental oferecida por antecipação pelo representante, sobre o processamento da matéria.

§ 1º. - Caso o Plenário se manifeste pelo processamento da representação,autuada a mesma pelo secretário, o Presidente ou a seu substituto legal, se for ele o denunciado,determinará a notificação do acusado para oferecer defesa no prazo de 15 (quinze) dias e arrolartestemunhas até o máximo de 03 (três), sendo-lhe enviada cópia da peça acusatória e dosdocumentos que a tenham instruído.

§ 2º. - se houver defesa, quando esta for anexada aos autos, com os documentosque acompanharem, o Presidente mandará notificar o representante para confirmar arepresentação ou retirá-la no prazo de 5 (cinco) dias.

§ 3º. - se não houver defesa, ou, se havendo, o representante confirmar aacusação, será sorteado relator para o processo e convocar-se-á sessão extraordinária paraapreciação da matéria, na qual serão inquiridas as testemunhas de defesa e de acusação, até omáximo de 3 (três) para cada lado.

§ 4º. - Não poderá funcionar como relator qualquer membro da Mesa.

§ 5º. - Na sessão, o relator, que se assessorará de servidor da Câmara, inquirirá astestemunhas perante o Plenário, podendo qualquer Vereador formular-lhes perguntas, do que selavrará assentada.

§ 6º. - Finda a inquirição, o Presidente da Câmara concederá 30 (trinta) minutospara manifestar, individualmente, o representante, o acusado e o relator, seguindo-se a votação damatéria pelo Plenário.

§ 7º. - Se o Plenário decidir, por 2/3 (dois terços) de votos dos vereadores, peladestituição, será elaborado projeto de resolução pelo Presidente da Comissão de Constituição,Justiça e Redação.

TÍTULO VIIIDO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM

REGIMENTAL

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CAPÍTULO IDAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS PRECEDENTES

Art. 237. - As interpretações de disposições deste Regimento feitas peloPresidente da Câmara, em assuntos controversos, desde que o mesmo assim o declare, de ofícioou a requerimento de Vereador, constituirão precedentes regimentais.

Art. 238. - Os casos não previstos neste Regimento serão resolvidossoberanamente pelo Plenário, cujas decisões se considerarão ao mesmo incorporadas.

Art. 239. - Questões de ordem é toda dúvida levantada em Plenário quando àinterpretação e à aplicação do Regimento.

Parágrafo único -As questões de ordem devem ser formuladas com clareza e coma indicação precisa das disposições regimentais que se pretende elucidar, sob pena de oPresidente as repelir sumariamente.

Art. 240. - Cabe ao Presidente resolver as questões de ordem, não sendo lícito aqualquer Vereador apor-se á decisão, sem prejuízo de recurso ao Plenário.

Parágrafo único - O recurso será encaminhado à Comissão de Constituição,Justiça e Redação para parecer e posteriormente ao Plenário para decisão final.

Art. 241. - Os precedentes a que se referem os art's. 233, 235 e 236, serãoregistrados em livro próprio para aplicação dos casos analogos, pelo Secretário da Mesa.

CAPÍTULO IIDA DIVULGAÇÃO DO REGIMENTO E DE SUA

REFORMA

Art. 242. - A Mesa da Câmara fará reproduzir este Regimento, enviando cópias àBiblioteca Municipal, ao Prefeito, ao Tribunal de Contas dos Municípios, a cada um dosVereadores e às instituições interessadas em assuntos municipais.

Art. 243. -Ao fim de cada ano legislativo, a Secretaria da Câmara, sob a orientaçãoda Comissão de Constituição, Justiça e Redação, elaborará e publicará separata a esteRegimento, contendo as deliberações regimentais tomadas pelo Plenário com eliminação dos

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dispositivos revogados e os precedentes regimentais firmados, enviando-se cópia ao Prefeito, aosVereadores e instituições mencionadas no artigo anterior.

Art. 244. - Este Regimento Interno somente poderá ser alterado, enformado ousubstituido pelo voto da maioria absoluta dos membros da Edilidade, mediante proposta:

I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores;II - da Mesa;III - de uma das comissões da Câmara.

TÍTULO IXDA GESTÃO DOS SERVIÇOS INTERNOS DA CÂMARA

Art. 245. - Os serviços administrativos da Câmara incumbem à sua secretaria ereger-se-ão por ato regulamentar próprio baixado pelo Presidente.

Art. 246. - As determinações do Presidente à secretaria sobre expediente serãoobjeto de ordem de serviço, e as instruções aos servidores sobre o desempenho de suasatribuições constarão de portarias.

Art. 247. - A Secretaria fornecerá aos interessados no prazode 15 (quinze) dias, ascertidões que tenham requerido ao Presidente, para defesa de direitos e esclarecimentos desituações de interesse pessoal, bem como preparará os expedientes de atendimento àsrequisições judiciais, independentemente de despacho, no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 248. -Asecretaria manterá os registros necessários aos serviços da Câmara.

§ 1º. - São obrigatórios os seguintes livros:

I - livro de atas das sessões;II - livro de atas das reuniões das comissões permanentes;III - decreto legislativos;IV - resoluções;V - livro de atos da Mesa e atos da Presidência;VI - livro de termos de contratos;VII - livros de termos de posse de servidores;VIII livro de precedentes regimentais;IX - livro de Editais;

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§ 2º. - Os papéis da Câmara serão confeccionados no tamanho oficial e timbradoscom símbolo identificativo, conforme ato da Presidência.

Art. 249. - As despesas da Câmara, dentro dos limites das disponibilidadesorçamentárias consignadas no orçamento do Município e dos créditos adicionais, serãoordenados pelo Presidente da Câmara.

Art. 250. -Amovimentação financeira dos recursos orçamentários da Câmara seráefetuada em instituições financeiras oficiais, cabendo à Mesa movimentar os recursos que lheforam liberados.

Art. 251. - As despesas miúdas de pronto pagamento, definidas em lei específica,poderão ser pagas mediante a adoção de regime de adiantamento.

Art. 252. - A contabilidade da Câmara encaminhará as suas demonstrações até odia 10 (dez) de cada mês, para fins de incorporação à contabilidade central da Prefeitura.,

Art. 253. - No período de 1º de abril a 30 de junho de cada exercício, na Secretariada Câmara e no horário de seu funcionamento ficarão à disposição dos cidadãos para exame eapreciação, na forma estabelecida na Lei Orgânica Municipal, as contas do Município.

TÍTULO XDISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 254. - O expediente administrativo da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas,obederá o disposto em ato normativo a ser baixado pela Mesa, atendidos obrigatoriamente osseguintes preceitos:

I - Jornada de trabalho em turno único, de 06 (seis) horas, de segunda a sexta-feira,com 15 (quinze) minutos de intervalo para repouso e alimentação;

II - Nos dias de sessão plenária a jornada de trabalho será das 08:00h às 12:00horas edas 14:00 às 17:00 horas;

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Art. 255. - Nos dias de sessão deverão estar hasteados, no recinto do Plenário, asbandeiras do País, do Estado e do Município, observada a legislação federal.

Art. 256. - Não haverá expediente do Legislativo nos dias de ponto facultativodecretado pelo Município.

Art. 257. - Os prazos previstos neste Regimento são contínuos, excluindo-se o diado começo e incluindo-se o do término, somente se suspendendo por motivo de recesso.

Art. 258. - Este Regimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadasas disposições em contrário.

Sala das sessões, 05 de dezembro de 2008.

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LEGISLATURA DE 1993 A 1996

M E S A D I R E T O R A

GILDÁSIO MENDES DEANDRADE - PRESIDENTE

CARLOSALBERTO MATOS SILVA - VICE-PRESIDENTE

MARIANINARIBEIRO BRITO - 1ª SECRETÁRIA

VEREADORES

ALBERICO GOMES DE OLIVEIRAAMÉLIA MARIA STANCINI CAMPANA

ERENILSON DOS REIS GOISIRISMAR BRITO DE ANDRADE

JOSÉ LUIZ ALMEIDA FIGUEIREDOJÚSCELIO ALVES DE OLIVEIRA

LAURO MACIEL BONFIMMOACYR RECCO

NELSON DO PRADO FERNANDESOZIRES RODRIGUES DE OLIVEIRA

VALDECY LOPES DE ANDRADE

ASSESSORIA JURÍDICA

DR. LUCIANO MINEIRO FALCÃO - ADVOGADO

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REVISÃO DESTE REGIMENTO INTERNO05 DE DEZEMBRO - 2008

M E SA D I R E T O RA

JOSÉ CARLOS CHECON - PRESIDENTE

IRISMAR BRITOANDRADE - VICE-PRESIDENTE

JOSÉ HENRIQUE G. DACRUZ - SECRETÁRIO

VEREADORES:

ARISTON PINHEIRO DACOSTA

DIÓGENESALEXANDRE MEDEIROS LUZ

EDNALVAMORAIS SOUZA

GENIVALDO BISPO DE OLIVEIRA

JEOLINO LOPES XAVIER

MARTAHELENALEAL

NAGIBABUTRABE FILHO

SEBASTIÃO MENDES DEANDRADE

ASSESSORIAJURÍDICA:

DR LUCIANO MINEIRO FALCÃO - ADVOGADO

DR. PAULO TERCIO BARRETO DEARAÚJO - ADVOGADO

ASSESSORIAPARLAMENTAR:

ANTÔNIO SILVAREBOUÇAS BODEIRO

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Capa código de ética

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Resolução nº62/2006,De 08 de novembro de 2006.

Institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar daCâmara Municipal de Teixeira de Freitas-BA e dáoutras providências.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS, ESTADO DA BAHIA, nouso de suas atribuições legais e regimentais, faz saber que, o plenário aprovou, e, eupromulgo a seguinte resolução:

CAPITULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituído o Código de Ética e Decoro Parlamentares da Câmara Municipal deTeixeira de Freitas na conformidade desta Resolução, complementando o Regimentointerno da Casa e dele passando a fazer parte integrante.

Art. 2º - Este Código estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro quedevem orientar a conduta dos que estejam no exercício do cargo de Vereador.

Parágrafo único – Regem-se também por este Código o procedimento disciplinar e aspenalidades aplicáveis no caso de descumprimento das normas relativas ao decoroparlamentar.

Art. 3º - As imunidades prerrogativas e garantias asseguradas pela Constituição, pela Leiorgânica e pelo Regimento Interno aos vereadores são institutos destinados ao livreexercício do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo.

CAPITULO II

DOS DEVERES FUNDAMENTAIS

Art. 4º - São deveres fundamentais do Vereador:

I – promover a defesa do interesse público e da sociedade local;

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II – respeitar e cumprir a Constituição, a lei Orgânica, a legislação e as normas internas daCasa;

III – zelar pelo prestigio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas erepresentativas e pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

IV – exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular,agindo com boa fé, zelo e probidade;

V – apresentar-se à Câmara durante as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias eparticipar das sessões do Plenário e das reuniões da Comissão de que seja membro;

VI – examinar todas as proposições submetidas a sua apreciação e voto sob a ótica dointeresse público;

VII – tratar com respeito e independências os colegas, autoridades, os servidores da Casae os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, nãoprescindindo de igual tratamento;

VIII – prestar contas do mandato à sociedade, disponibilizando as informaçõesnecessárias ao seu acompanhamento e fiscalização;

IX – respeitar as decisões legitimas dos órgãos da Casa.

CAPITULO III

DOS ATOS INCOMPATÍVEIS COM O DECORO PARLAMENTAR

Art. 5º - Constituem procedimento incompatíveis, com o decoro parlamentar, puníveiscom a perda do mandato:

I – abusar das prerrogativas constitucionais, legais e regimentais asseguradas aosmembros da Câmara;

II – perceber, a qualquer titulo, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividadeparlamentar, vantagens indevidas;

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III - celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a acontraprestação financeira ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ouregimentais dos Vereadores;

IV – fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativospara alterar o resultado de deliberação;

V – omitir intencionalmente informação relevante, ou, nas mesmas condições, prestarinformação falsa nas declarações pertinentes ao mandato.

CAPITULO IV

DOS ATOS ATENTATORIOS AO DECORO PARLAMENTAR

ART 6º - Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis naforma deste Código:

I – perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de comissão;

II – praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;

III – praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara ou destacar, por atosou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou comissão, ou os respectivos Presidentes;

IV – usar os poderes e prerrogativas do cargo para constranger ou aliciar servidor, colegaou qualquer pessoa sobre a qual exerça ascendência hierárquica, com o fim de obterqualquer espécie de favorecimento;

V – revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara ou Comissão hajamresolvidos devam ficar secretos;

VI – revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de que tenha tidoconhecimento na forma regimental;

VII – usar verbas da Câmara em desacordo com os princípios fixados no orçamento e no

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caput do art. 37 da Constituição Federal;

VIII – relatar matéria submetida à apreciação da Câmara, de interesse especifico depessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanhaeleitoral;

IX – fraudar por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões, ou às reuniõesde comissão.

Parágrafo único – As condutas puníveis neste artigo só serão objeto de apreciaçãomediante provas.

Art. 7º -Ao Conselho de Ética e decoro parlamentar compete:

I – zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da preservaçãoda dignidade do mandato parlamentar na Câmara de Vereadores.

II – processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 14;

III – instaurar o processo disciplinar e preceder a todos os atos necessários à suainstrução, nos casos e termos do art. 15;

IV – responder às consultas da Mesa, de comissões e de Vereadores sobre materiais desua competência;

Art. 8º - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de três membros titularese igual numero de suplentes com mandato de dois anos.

§ 1º - Na representação numérica dos partidos e blocos parlamentares será atendido oprincipio da proporcionalidade partidária, devendo, na designação dos vereadores quevão integrar o Conselho, ser consultado o Plenário, decidindo por maioria dos presentes.

§ 2º - Não poderá ser membro do Conselho o Vereador:

I – submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível com odecoro parlamentar;

II – que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de

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prerrogativas regimentais ou de suspensão temporária do exercício de mandato, e da qualse tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa.

§ 3º - O recebimento de representação contra membro do Conselho por infrigência dospreceitos estabelecidos por este Código, com prova inequívoca da verossimilhança daacusação, constitui causa para seu imediato afastamento da função, a ser aplicado deoficio por seu Presidente, devendo perdurar até decisão final sobre o Caso.

Art. 9º - O Conselho de Ética e Decoro parlamentar funcionará, no âmbito de investigaçãode decisão, de conformidade com o disposto no Capitulo VI – Do Processo Disciplinardesta Resolução.

Art. 10 – Revogado

CAPITULO V

DAS PENALIDADES APLICÁVEIS E DO PROCESSO INICIAL

Art. 11 – São as seguintes penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatívelcom decoro parlamentar:

I – censura, oral ou escrita;

II – suspensão de prerrogativa regimentais;

III – suspensão temporária do exercício do mandato;

IV – perda do mandato.

Parágrafo único - na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza egravidade da infração cometida os danos que dela provierem para a Câmara deVereadores, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do infrator.

Art. 12 – A censura oral será aplicada pelo Presidente da Câmara, em sessão, ou deComissão, durante suas reuniões, ao Vereador que incidir nas condutas descritas nosincisos I e II do art. 6º.

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Parágrafo único – Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo poderá oVereador recorrer ao respectivo plenário.

Art. 13 – A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, noscasos de incidência na conduta do inciso III do art. 6º., ou, por solicitação do Presidente daCâmara ou de Comissão, nos casos de reincidência nas condutas referidas no art. 12.

Art. 14 – A suspensão de prerrogativas regimentais será aplicada pelo Plenário daCâmara dos Vereadores, por proposta do Conselho de ética e Decoro Parlamentar, aoVereador que incidir nas vedações dos incisos VI a VIII do art. 6º, observando o seguinte:

Parágrafo primeiro – qualquer eleitor do Município é parte legítima para representar juntoà Mesa da Câmara dos Vereadores, especificando os fatos e respectivas provas.

I – qualquer cidadão eleitor do Município é parte legitima para representar junto à Mesa daCâmara dos Vereadores, especificando os fatos e respectivas provas;

II – recebida representação nos termos do inciso I, verificadas a existência dos fatos erespectivas provas, a Mesa e encaminhará ao Conselho, cujo Presidente instaurará oprocesso, designando Relator;

III – instaurado o processo, o Conselho promoverá a apuração sumária dos fatos,assegurando ao representado ampla defesa e providenciado as diligências que entendernecessárias, no prazo de trinta dias;

IV – o Conselho emitirá ao final da apuração, parecer concluindo pela improcedências ouprocedência da representação, e determinará seu arquivamento ou proporá a aplicaçãoda penalidade de que trata este artigo; neste caso, o parecer será encaminhado à Mesapara as providências referidas na parte final no inciso IX do §4º do art. 15;

V – são passiveis de suspensão as seguintes prerrogativas:

a) usar a palavra, em sessão, no horário destinado ao Pequeno ou GrandeExpediente;

b) encaminhar requerimento à Mesa da Casa ou ao Poder Executivo;c) candidatar-se a, ou permanecer exercendo, cargo de membro da Mesa ou de

Presidente ou Vice-presidente de comissão;

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d) ser designado relator de proposição em Comissão ou no Plenário;

VI – a penalidade aplicada poderá incidir sobre as prerrogativas referidas no inciso V, ouapenas sobre algumas, a juízo do Conselho, que deverá fixar seu alcance tendo em contaa atuação parlamentar pregressa do acusado, os motivos e as conseqüências da infraçãocometida;

VII – em qualquer caso, a suspensão não poderá estender-se por mais de seis meses.

Art. 15 – A aplicação das penalidades de suspensão temporária do exercício do mandato,de no máximo trinta dias, e de perda do mandato será de competência do plenário daCâmara de Vereadores, que deliberará em escrutínio secreto e por dois terços dosmembros da Câmara por provocação da Mesa ou de partido político representado nomunicípio, após processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética e DecoroParlamentar, na forma deste artigo e do Capitulo VI – Do Processo Disciplinar destaResolução.

§ 1º - Será punível com a suspensão temporária do exercício do mandato o Vereador queincidir nas condutas descritas nos incisos IV, V e IX do art. 6º e com a perda do mandato oVereador que incidir nas condutas no art. 5º.

§ 2º - Poderá ser apresentada, à Mesa, representação popular contra Vereador porprocedimento punível em forma deste artigo.

§ 3º - A Mesa não poderá deixar de conhecer representação apresentada nos termos do §2º, devendo sobre ela emitir parecer fundamentado, determinando seu arquivamento ou oenvio ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para a instauração do competenteprocesso disciplinar, conforme o caso.

§ 4º - Recebida representação nos termos deste artigo, o Conselho observará o seguinteprocedimento:

I – o Presidente, sempre que considerar necessário, designará dois de seus membrospara compor subcomissão de inquérito destinada a promover as devidas apurações dosfatos e das responsabilidades;

II – constituída ou não a subcomissão referida no inciso anterior, será remetida cópia de

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representação ao Vereador acusado, que terá o prazo de três sessões ordinárias paraapresentar sua defesa escrita e indicar provas;

III – esgotado o prazo sem apresentação de defesa o Presidente nomeará defensor dativopara oferecê-la, reabrindo-lhe igual prazo;

IV – apresentada a defesa, o relator da matéria ou quando for ao caso a subcomissão deinquérito, procederá às diligências e à instrução probatória que entender necessárias,findas as quais proferirá no prazo de três sessões ordinárias da Câmara, concluindo pelaprocedência da representação e por seu arquivamento, oferecendo, na primeira hipótese,projeto de resolução destinado à declaração da suspensão ou perda de mandato;

V – o parecer do relator ou da subcomissão de inquérito, quando for o caso, serásubmetido à apreciação da Comissão, considerando-se aprovado se obtiver a maioriaabsoluta dos votos de sues membros;

VI - a rejeição do parecer originalmente apresentado obriga à designação de novo relator,preferencialmente entre aqueles que durante a discussão da matéria, tenham semanifestado contrariamente à posição do primeiro;

VII – da decisão do Conselho que contraria norma constitucional, regimental ou desteCódigo poderá o acusado recorrer à Comissão de Justiça e Redação, que se pronunciaráexclusivamente sobre os vícios apontados;

VIII – concluída a tramitação no Conselho de Ética, ou na Comissão de Justiça e Redação,na hipótese de interposição de recurso no termos do inciso VIII, o processo seráencaminhado a Mesa e, uma vez lido no expediente, será distribuído em avulso parainclusão da Ordem do Dia.

Ar. 16 – É facultado ao vereador, em qualquer caso, constituir advogado para sua defesa,ou faze-la pessoalmente, em todas as fases do processo, inclusive no plenário da Câmarade Vereadores.

Parágrafo único – quando a representação apresentada contra o Vereador forconsiderada leviana ou ofensiva à sua imagem bem como à imagem da Câmara, os autosdo processo respectivo serão encaminhados à Assessoria Jurídica da Câmara, para quetorne as providências reparadoras de sua alçada.

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Art. 17 – Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar nãopoderão exceder o prazo de sessenta dias para sua deliberação pelo Plenário nos casosdas penalidades previstas nos incisos I, II e III do art. 10.

§ 1º - O prazo para deliberação do Plenário sobre os processos que concluírem pelaperda do mandato, prevista no inciso IV do art. 10, não poderá exceder noventa dias.

§ 2º - Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo a Mesa terá o prazo de dois diasimprorrogável, para incluir o processo na pauta da Ordem do Dia, sobrestando todas asdemais matérias, exceto as do sistema orçamentário.

CAPITULO VI

DO PROCESSO DISCIPLINAR

Seção I

Da Instrução do Processo

Art. 18 – A representação encaminhada pela Mesa será recebida pelo Conselho, cujoPresidente instaurará imediatamente o processo, determinando as seguintesprovidências:

I – o registro e autuação da representação;

II – designação do Relator;

III – notificação ao Vereador representado, acompanhada da cópia da respectivarepresentação e dos documentos que a instruam, para apresentar defesa no prazoestipulado;

§ 1º - Na designação do relator, o Presidente do conselho procederá a escolhaobservando que o Vereador escolhido não seja da mesma sigla partidária dorepresentado, nem que já lhe tenha sido outro processo em curso.

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§ 2º - No caso de impedimento ou desistência do Relator, o Presidente do Conselhodesignará Relator substituto na sessão ordinária subseqüente;

Seção II

Da Defesa

Art. 19 – A partir do recebimento na notificação, o Representado terá o prazo de trêssessões ordinárias para apresentação de defesa escrita, que deverá estaracompanhada de documentos e rol de testemunhas, até o máximo de cinco.

Art. 20 – Transcorrido o prazo de três sessões ordinárias, sem que tenha sidoapresentada a defesa ou a indicação de provas, o Presidente do Conselho deveránomear defensor dativo para, em prazo idêntico, oferece-las ou requerer a produçãoprobatória, ressalvado o direito do representado de a todo tempo, nomear outro de suaconfiança ou a si mesmo defender-se.

Parágrafo Único – a escolha do defensor dativo ficará a critério do Presidente quepoderá nomear um Vereador não membro do Conselho.

Art. 21 –Ao representado é assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar oprocesso em todos os seus termos e atos, pessoalmente ou por intermédio deprocurador.

Seção III

Da Instrução probatória

Art. 22 – Findo o prazo para a apresentação da defesa, o relator procederá as diligênciase a instrução probatório que julgar necessária.

§ 1º - Nos casos puníveis com suspensão de prerrogativas regimentais a instruçãoprobatória será processada em, no máximo, trinta dias.

§ 2º - As diligências a serem realizadas fora do município dependerão de autorizaçãoprévia do Presidente do Conselho.

Art. 23 – Em caso de produção de prova testemunha, na reunião em que ocorrer oitiva de

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testemunha observar-se-ão as seguintes normas:

I – a testemunha prestara compromisso e falará somente sobre o que lhe for perguntado,sendo-lhe defeso qualquer explanação ou consideração inicial à guisa de introdução;

II – ao Relator será facultado inquirir a testemunha no inicio do depoimento e a qualquermomento que entender necessário;

III – após a inquirição inicial do Relator, será dada a palavra ao Representado;

IV – a chamada para que os vereadores inquiram a testemunha será feita de acordo com alista de inscrição, chamando-se primeiramente os membros do Conselho e a seguir osdemais Vereadores;

V – será concedido a cada membros o prazo de até dez minutos improrrogáveis paraformular perguntas e o tempo máximo de três minutos para réplica;

VI – será concedido aos Vereadores que não integram o Conselho a metade do tempo dosseus membros;

VII – o Vereador inquiridor não será aparteado;

VIII – a testemunha não será interrompida, exceto pelo Presidente ou pelo Relator;

IX – se a testemunha se fizer acompanhada de advogado, este não poderá intervir ou influir,de qualquer modo, nas perguntas e respostas, sendo-lhe permitido consignar protesto aoPresidente do Conselho, em caso de abuso ou violação de direito.

Art. 24 – A mesa da Câmara, o Representante, o Representado ou qualquer Vereadorpoderá requerer a juntada de documentos em qualquer fase do processo até oencerramento da instrução.

Art. 25 – Nos casos puníveis com perda ou suspensão de mandato o Conselho, em petiçãofundamentada, poderá solicitar à Mesa, em caráter de urgência, que submeta ao Plenárioda Câmara, requerimento de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico doRepresentado.

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Parágrafo único – Na justificação do requerimento, além de circunstanciar os fatos edeterminar a causa do pedido, o Conselho deverá precisar os documentos aos quaisnecessita ter acesso.

Art. 26 – o levantamento e a transferência de dados sigilosos, só serão admissíveis emrelação à pessoa do Representado, somente sendo permitida a solicitação de acesso àsinformações sigilosas de terceiros, mediante relatório preliminar circunstanciadojustificando a necessidade de medida.

Art. 27 – Considerar-se-à concluída a instrução do processo com a entrega do parecer doRelator, que será apreciado pelo Conselho do prazo de três sessões ordinárias.

§ 1º - Nas hipóteses previstas para aplicação de pena de suspensão de prerrogativasregimentais, suspensão do exercício do mandato, o parecer poderá concluir pelaimprocedência, sugerindo o arquivamento da representação, ou pela procedência, casoem que oferecerá, em apenso, o respectivo projeto de resolução.

Seção IV

DaApreciação do Parecer

Art. 28 – Na reunião de apreciação do parecer do Relator, o Conselho observará oseguinte procedimento:

I – anunciada a matéria pelo Presidente passa-se a palavra ao Relator, que procederá aleitura do relatório no Plenário da Câmara;

II – a seguir é concedido o prazo de vinte minutos prorrogáveis por mais dez, aoRepresentado ou ao seu procurador para defesa;

III – é devolvida a palavra ao Relator para leitura de seu voto;

IV – inicia-se a discussão do parecer, podendo cada membro do Conselho usar a palavradurante dez minutos improrrogáveis e, por cinco minutos os Vereadores que a ele nãopertençam, sendo facultada a apresentação de requerimento de encerramento dediscussão após falarem todos os Vereadores presentes;

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V – a discussão e a votação realizar-se-ão em reunião pública;

VI – ao membro do Conselho que pedir vista do processo, ser-lhe-á concedida por umasessão, e se mais de um membro, simultaneamente, pedir vista, ela será conjunta.

VII – facultado, a critério do Presidente, o prazo de dez minutos improrrogáveis ao relatorpara a replica e igual prazo, à defesa para tréplica;

VIII – o Conselho deliberará em processo de votação nominal e por maioria absoluta;

IX – é vedada a apresentação de destaque ao parecer;

X – aprovado o parecer, será tido como do Conselho e, desde logo, assinado PeloPresidente e pelo Relator; constando da conclusão os nomes dos votantes e o resultadoda votação;

XI – se o parecer for rejeitado pelo Conselho, a redação do parecer vencedor será feita noprazo de uma sessão pelo novo Relator designado pelo Presidente, dentre ao queacompanham o voto vencedor.

XII – se ao final do parecer vencedor do Conselho decidir pelo arquivamento, será depronto arquivado e extinto o processo;

XIII – sendo o parecer final do Conselho pela punição do Vereador Representado, seráapreciado pelo Plenário da Câmara em votação secreta, sendo considerada acolhida asanção proposta no parecer por maioria dos presentes, exceto para perda de mandato,quando será exigida a concordância de dois terços do membros da Câmara.

Seção V

Dos Recursos

Art. 29 – da decisão da questão de ordem ou de reclamação resolvida conclusivamentepelo Presidente do Conselho caberá recurso, sem efeito suspensivo, ao Presidente daCâmara.

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Art. 30 – Da decisão do Conselho em processo disciplinar caberá, sem efeitosuspensivo, à Comissão de Justiça e Redação.

CAPITULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 31 – Para a apuração de fatos e das responsabilidades revistas no Código deÉtica e Decoro Parlamentar, o Conselho poderá solicitar, por intermédio da Mesa ddCâmara, auxilio de outras autoridades públicas.

Art. 32 – Havendo necessidade, o Presidente, ouvindo o Conselho, requererá àMesas da Câmara que submeta ao plenário a prorrogação dos prazos a que sereferem esta Resolução.

Art. 33 – Para os casos omissos, subsidiariamente prevalecerá o disposto noDecreto Lei 201 de 27 de fevereiro de 1967 que “Dispõe sobre a responsabilidadedos Prefeitos e Vereadores e dá outras providências” e na Lei 8.429 de 02 de junhode 1992 que “ Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos, nos casosde enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função naadministração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências”.

Art. 34 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Registra-se, publique-se e cumpra-se.

Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, 08 denovembro de 2006

Genivaldo Bispo de OliveiraPresidente