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nº50 Novembro 2012 a Janeiro 2013 LEI DO TESTAMENTO VITAL O Testamento Vital e o Procurador de Cuidados de Saúde como instrumentos de planeamento da Velhice e da Doença SER CUIDADOR DE ALGUÉM QUE VIVE SOZINHO JÁ ESTÁ EM VIGOR Preocupações de desafios

lei do testamento vital JÁ eSTÁ em VigOr · guns minutos atrás. Podes ver um álbum de fotografias da família com a pessoa com Demência ou tocar uma música de que ela talvez

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nº50

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lei do testamento vitalO Testamento Vital e o Procurador de Cuidados de Saúde como instrumentos de planeamento da Velhice e da Doença

ser cuidadorDe alguém que ViVe SOziNhO

JÁ eSTÁ em VigOr

Preocupações de desafios

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destaQues

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18Diagnóstico trouxe melhor ajuda.

É importante manter-se ativo e aceitar sugestões de como poderá fazê-lo.

Preocupações e desafios.

Esta secção foi escrita especialmente para os jovens e responde a algumas questões que, fre-quentemente, estes colocam sobre a Demência.

PROGRAMA APOIO NA INCONTINÊNCIA 2013

PASSEIO DA MEMÓRIA 2012 TENHO DEMÊNCIA

DEMÊNCIA EXPLICADA AOS MAIS NOVOS

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BENEFÍCIOS PARA ASSOCIADOS - NOVOS PROTOCOLOS

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TESTEMUNHO DO CUIDADORNATURAL

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Perante doenças prolongadas as declarações an-tecipadas constituem um instrumento da maior utili-dade para salvaguardar a autonomia dos cidadãos.

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Centenas de pessoas participaram na segunda edição do Passeio da Memória.

TESTAMENTO VITAL E PROCURADOR DE CUIDADOS DE SAÚDE

Conheça os protocolos que a Alzheimer Portugal estabelece com diversas entidades públicas e privadas

Projeto integrado no “Plano de Ajuda” da Alzheimer Portugal.

SER CUIDADOR DE ALGUÉM QUE VIVE SOZINHO

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EDITORIAL

FICHA TÉCNICA nº50 Novembro 2012 a Janeiro 2013

Propriedade e Edição: Alzheimer PortugalAssociação Portuguesa de Familiarese Amigos de Doentes de Alzheimer

Periodicidade: QuadrimestralDireção: Maria do Rosário Zincke dos ReisRedação: Tatiana Nunes

Design e Edição: Marketividade, lda.Impressão, Papel e Acabamento:Gráfica Invulgar

A aproximar-se do seu 25º aniversário, a Alzheimer Portugal tem todas as razões para se sentir orgulhosa do trabalho rea-lizado e do lugar que ocupa hoje na so-ciedade portuguesa.

É a instituição de referência na dissemi-nação de boas práticas, bem como na prestação de cuidados às pessoas com demência e aos seus familiares cuida-dores.

Se é certo que, entre nós, as demên-cias ainda não se encontram entre as prioridades das agendas dos decisores políticos, a verdade é que já foram dados alguns passos muito significativos.

Quem se dedica a esta causa bem sabe como ela é exigente e como se fortalece e consolida em pequenos passos, procu-rando alcançar uma sociedade que ver-dadeiramente integre as pessoas com demência e respeite os seus direitos.

Neste caminho, de destacar a Norma da Direção Geral de Saúde sobre: “Aborda-gem Terapêutica das Alterações Cogniti-vas”, que constitui um passo significati-vo no sentido da melhoria da qualidade de vida das pessoas com Doença de Alzheimer ou outra forma de demência ou défice cognitivo, na medida em que

permitirá um diagnóstico mais atempado, um acompanhamento mais eficaz tanto dos próprios como dos seus cuidadores e ainda um tratamento mais igualitário entre cidadãos portugueses aos quais serão aplicados, pelo sistema nacional de saúde, os meios e critérios de dia- gnóstico e tratamento que são seguidos noutros países europeus e nos EUA.

Esta Norma, que indica a Alzheimer Por-tugal como entidade de referência para procurar apoio e aconselhamento, foi ela-borada pelo Departamento da Qualidade na Saúde da Direção da Saúde e pelo Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Médicos, através dos seus Colégios de Especialidade, contou com a participação de alguns especialistas da Comissão Científica da Alzheimer Portu-gal (Professor Alexandre de Mendonça, Professora Isabel Santana, Dr. António Leuschner, Professora Graça Melo).

Igualmente significativos são os recen-tes normativos legais sobre Cuidados Paliativos e sobre Testamento Vital, bem como a reflexão e discussão pública que estes temas têm merecido e nas quais a Alzheimer Portugal sempre se tem em-penhado.

É sobre eles, que neste boletim, temos o privilégio de contar com os contribu-tos da Dra. Isabel Galriça Neto, Médica, Diretora da Unidade de Cuidados Palia-tivos do Hospital da Luz e deputada à Assembleia da Republica, e do Dr. João Maia Rodrigues, Bastonário da Ordem dos Notários.

Presidente da direção nacional da alzheimer Portugal

Este boletim foi inteiramente escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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demÊncia eXPlicada aos mais novos

o que é a demência?

Demência é o nome utilizado para de-crever os sintomas de um grande grupo de doenças, que causam um declínio progressivo no funcionamento da pes-soa. As pessoas com Demência têm perda de memória e dificuldades de comunicação. Também, apresentam problemas de pensamento, dificuldade em reconhecer pessoas e, por vezes, podem esquecer-se para que servem certas coisas. Durante muito tempo, a pessoa pode exteriormente ter um as-peto saudável mas, por dentro, o seu cérebro não está a funcionar correta-mente.

Qual é a diferença entre a doença de alzheimer e a demência?

Existem várias condições que podem provocar Demência. Ouve-se falar mais da Doença de Alzheimer, porque esta é a causa mais comum de Demência.

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PERGUNTAS MAIS FREQUENTESa demência é uma doença mental?

Não, é uma doença do cérebro. O cére-bro é o nosso centro de controlo e co-manda tudo o que fazemos, dizemos e pensamos. Quando o cérebro está doente, temos problemas em todas as ações, incluindo lembrar, falar, entender e aprender novas competências.

todas as pessoas idosas desenvol-vem demência?

Não. Todas as pessoas se esquecem de algo, de vez em quando, especialmen-te se estiverem em stress. Uma pessoa sem Demência pode esquecer-se do sítio em que colocou as chaves do car-ro. Uma pessoa com Demência pode esquecer-se para que servem as chaves do carro.À medida que as pessoas envelhecem, a possibilidade de desenvolver Demência aumenta. A taxa de prevalência da De-mência aumenta com a idade. A Demên-

cia afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, sendo que no caso dos homens afeta 1 em cada 60. Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a Demência afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas.

as pessoas jovens também podem desenvolver demência?

Por vezes, as pessoas com idades entre os 30 e os 60 anos podem desenvolver Demência, mas esta situação não é mui-to comum.

Que problemas têm as pessoas com demência?

A Demência afeta todas as pessoas de maneira diferente. Exemplos de situa-ções que podem acontecer são:

• Esquecimento progressivo;• Não ser capaz de aprender nova infor-

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demÊncia eXPlicada aos mais novos

as melhores. As pessoas com Demência podem lembrar-se de coisas que aconte-ceram há muito tempo e esquecerem-se daquelas que aconteceram apenas há al-guns minutos atrás. Podes ver um álbum de fotografias da família com a pessoa com Demência ou tocar uma música de que ela talvez se recorde. Uma pessoa com Demência pode ter dificuldade em entender-te. Deves utilizar frases curtas, ser paciente e tentar não discutir. A pes-

soa com Demência pode conseguir con-centrar-se apenas durante um curto período de tempo. Pára ou muda o que estiveres a fazer se

a pessoa ficar ansiosa ou distraída.Mesmo que a pessoa não consiga re-conhecer-te, o teu amor e compreensão podem ser um grande conforto. Dá-lhe um abraço, um beijo ou faz-lhe uma festa no braço. A melhor ajuda que podes dar é transmitir tranquilidade e deixar que a pes-soa perceba que te preocupas com ela.

o que é que as crianças podem fazer para facilitar a vida da pessoa com de-mência?

• Aprender tudo o que puderes sobre a doença;• Ajudar os teus amigos a compreende-rem a Demência;• Ter calma e paciência;• Ser afetuoso;• Estar envolvido;• Ser compreensivo;• Tratar a pessoa com dignidade;• Não corrigir o que a pessoa está a dizer, mesmo que seja errado ou confuso;• Ajudar em casa.

e os meus sentimentos?

Lembra-te que todos os sentimentos que tens são normais. É muito difícil ver al-guém que amas, e que te ama a ti, esque-cer-se de quem tu és e perder a sua inde-pendência. Deves lembrar-te que mesmo quando a pessoa fica irritada, chora muito ou faz coisas estranhas, tem uma doença cerebral e não consegue controlar aquilo que está a fazer. Não culpes a pessoa, nem te culpes a ti próprio pelo comporta-mento dela.

(...) Por vezes, as pessoas com idades entre os 30 e os 60 anos podem desenvolver Demência, mas esta situação não é muito comum.

mação ou de seguir instruções;• Repetir a mesma história ou fazer a mesma pergunta muitas vezes;• Dificuldade em encontrar as palavras certas ou em completar uma frase;• Misturar palavras/frases que não fazem sentido;• Perder e esconder os pertences ou cul-par outras pessoas de os terem roubado;• Fazer confusão sobre a altura do dia, onde estão ou quem são as outras pessoas;• Medo, nervosismo, tristeza, raiva e de-pressão;• Chorar muito;• Esquecer-se de como fazer atividades do dia-a-dia, tais como cozinhar uma refeição, conduzir um carro ou tomar banho.

como é que os médicos sabem se alguém tem demência?

Não existe apenas um teste. Devem ser feitos vários exames à pessoa e obter informações das pessoas que a conhecem bem. Exis-tem algumas doenças que podem parecer Demência, mas que são tratáveis. Se estas forem excluídas, então o médico pode afir-mar que a pessoa tem um tipo particular de Demência, como por exemplo, Doença de Alzheimer.

como é que a demência me pode afetar?

Se alguém na tua família tiver Demência, esta pode afetar-te a ti e à restante família, ainda que não residam na mesma casa que a pessoa com Demência. A Demência pode

ser muito perturbadora e uma fonte de stress. Podes experienciar alguns sentimentos con-fusos e não quereres acreditar que isto te está a acontecer. Esta situação é muito normal.Podes sentir-te aborrecido pelo facto do teu parente com Demência, que tanto amas, ter-se tornado uma pessoa diferente.Se o teu parente com Demência viver em tua casa, isto poderá significar que vais perder um pouco de atenção ou ser convidado a assumir outras tarefas e responsabilidades. Podes sentir que a tua família já não é normal. Também po-derás sentir raiva e ressentimento devido ao facto das pessoas da tua família estarem mais ocupados e já não terem tanto tempo para ti.Cuidar de alguém com Demência é fonte de muito stress e pode fazer com que as pessoas fiquem cansadas e preocupadas. Por isso, às vezes podem ficar irritadas ou terem pouca tolerância contigo. Tenta entender aquilo que os teus pais também estão a sentir.Podes não querer ter amigos em tua casa, por estares envergonhado pelo comporta-mento da pessoa com Demência. Se con-seguires aprender mais sobre a doença, poderás explicá-la aos teus amigos.

as crianças podem fazer alguma coisa para ajudar a pessoa com demência?

Sim. As atividades seguras, simples e tranquilas que envolvam repetição são

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ser cuidador de alguém Que vive sozinho

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PREOCUPAÇÕES E DESAFIOS

Cuidar de alguém com Demência que viva sozinho pode trazer gran-des preocupações e desafios. Cada pessoa com demência é úni-ca e, por isso, a sua situação tam-bém é singular. Apesar da maioria das pessoas viver com um cônjuge ou com algum familiar, é crescente o número de pessoas que vivem sozinhas. Isto pode acontecer por opção ou devido às circunstâncias. Qualquer que seja a razão, isto constitui um desafio particular para as pessoas que cuidam de alguém que se en-contre nesta situação.Um diagnóstico de Demência não significa que a pessoa fique ime-diatamente incapaz de cuidar de si própria.Ajudar a pessoa a permanecer no ambiente familiar da sua casa o máximo de tempo possível, é um objetivo benéfico. No entanto, esta situação pode ser muito preocupante para a família e amigos.O tipo de suporte necessário irá depender da situação individual da pessoa.

como Poderá ajudar?

avaliar o riscoQuando a pessoa com Demência vive sozinha, existe um risco acrescido. No entanto, é necessário que a família, cui-dadores e profissionais façam uma avalia-ção regular da situação, para verificar se o risco continua a ser aceitável. Os dese-jos e as preocupações da pessoa devem, também, ser sempre considerados.

o envolvimento da famíliaÉ possível envolver vários familiares nos cuidados e apoio a alguém que vive sozinho. Pode ser útil organizar uma reunião familiar, numa fase inicial, para avaliar o que cada pessoa pode fazer agora e no futuro, assim como nas altu-ras em que a situação for revista.

a segurança no domicílioCertifique-se de que a casa está bem ilu-minada e de que não existem riscos ób-vios, tais como eletrodomésticos avaria-dos, tapetes soltos ou móveis instáveis.

apoios à independênciaExistem muitos apoios que podem ajudar a pessoa a permanecer independente.

a Pessoa Que vive sozinha Pode:

• Esquecer-se de comer ou de tomar a medicação prescrita;• Esquecer-se de tomar banho ou de mudar de roupa regularmente;• Não ter noção das situações poten-cialmente perigosas, tais como fogo e aparelhos elétricos;• Mostrar pouco discernimento sobre quem deixa entrar dentro da sua casa;• Esquecer-se de tomar conta dos ani-mais de estimação;• Ter ideias irreais ou suspeitas que podem levar a conflitos com os vizi-nhos, polícia e comunidade.

Algumas destas situações podem ser resolvidas de uma forma simples. Por exemplo, se a pessoa se esquece de comer, pode providenciar-se a entrega das refeições no domicílio e, depois, fazer um telefonema ou pedir a alguém que a visite, para lembrá-la de comer. Algumas situações podem, no entanto, comprometer a segurança da pessoa e o seu bem-estar, devendo neste caso ser considerada uma mudança para uma prestação de cuidados mais super-visionados.

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ser cuidador de alguém Que vive sozinhoPREOCUPAÇÕES E DESAFIOS

Exemplos:• Barras de segurança na banheira, polibã e sanita;• Os relógios de leitura fácil e calendá-rios grandes ajudam a manter a noção do tempo;• Os temporizadores com sinal sonoro podem ajudar a pessoa a lembrar-se de tomar a medicação;• Os alarmes pessoais ou sistemas de monitorização também podem ser uma ajuda;

Existem serviços concebidos para a promoção de uma vivência segura, tais como detetores de fumo, reguladores de água quente ou serviços de moni-torização e localização. Pode também ser aconselhável realizar alterações em casa, por exemplo na decoração.

Gestão das finançasÀ medida que a Demência progride, a capacidade da pessoa para tomar de-cisões financeiras e legais, diminui. Ela vai precisar de ajuda na gestão das suas finanças. É essencial obter acon-selhamento financeiro e legal enquanto a pessoa ainda consegue participar na decisão.

informar as outras pessoasExplique a condição da pessoa aos amigos, vizinhos, comerciantes locais e à polícia e forneça-lhes os números de contacto. Estas pessoas podem ser uma grande ajuda na vigilância da pes-soa com demência. Certifique-se de que quando a pessoa sai, tem consigo uma identificação adequada e um número de contacto em caso de emergência.

Quem Pode ajudar?

A Alzheimer Portugal presta ajuda na determinação das necessidades de apoio domiciliário ou de cuidados resi-denciais e fornece informação sobre as respostas e os serviços de prestação de cuidados disponíveis na comunidade.

contacte a delegação da alzheimer Portugal mais próxima de si.

LisBOaDe 19 de Novembro a 20 de Dezembro, na loja em frente à porta principal do Cento Comercial Amoreiras.Todos os dias, entre as 11:00h e as 18:00h.

Porto24 e 25 de Novembro, no MAR Shopping, das 10:00h às 24:00h.1 e 2 de Dezembro, no Shopping Via Catarina, das 10:00h às 21:00h8 e 9 de Dezembro, no Shopping Dolce Vita Porto, das 10:00h às 23:00h

POMBaLPombal Shopping, junto à estrada do Pingo Doce17 a 22 de Dezembro, das 16:30h às 20:00h

Desde o seu início, a Venda de Natal tem como fim apoiar as pessoas com Doença de Alzheimer e outras demên-cias, no acesso a fraldas e outros pro-dutos de higiene e bem-estar a doen-tes incontinentes. A totalidade do valor angariado reverte, assim, a favor do Programa “Apoio na Incontinência”, um projecto que oferece apoio aos asso-ciados para a obtenção de materiais para a incontinência, mediante uma candidatura.

A Alzheimer Portugal foi fundada em 1988, sendo que a Venda de Natal é já uma tradição na Associação que co-meçou com contornos mais pequenos e que tem vindo, de ano para ano, a tornar-se num evento maior e que nos tem permitido ajudar cada vez mais pessoas com Doença de Alzheimer.

São vários os produtos que poderá en-contrar na Venda de Natal, desde biju-taria, artigos de decoração, artesanato ou obras de arte.

a totalidade do valor angariado reverte Para o Programa “aPoio na incontinÊncia”

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A Mª João é médica, casada e Mãe de um casal em que o mais velho tem 25 anos. Até lhe ser diagnosticado Alzhei-mer, privilegiava o seu desempenho profissional de modo a proporcionar a melhor resposta aos desafios co-locados pelos doentes e o cuidar da família.Para um leigo, as manifestações de ausência de memória que começa-ram a ocorrer não indiciavam o que

testemunho do cuidador naturalDIAGNÓSTICO TROUXE MELHOR AJUDA

uma consulta ao neurologista permi-tiu diagnosticar. Decorreu mais de um ano até ocorrer esta consulta; o con-tacto diário, que dificulta a perceção de uma alteração evolutiva, a idade ainda “jovem”, numa perspetiva, mas onde se iniciaram já alterações fisio-lógicas inerentes à idade, o receio de incompreensão por aqueles que não convivendo diariamente se vão aper-cebendo das alterações, contribuíram para a demora na marcação da con-sulta adequada. Neurologia não será certamente a primeira opção.O diagnóstico trouxe, para além de uma panóplia de exames que permi-tiram identificar a melhor ajuda a um bem-estar para a Mª João, a neces-sidade de adequar a sua atividade profissional; a res-ponsabilidade do exercício da medi-cina é elevada. A ponderação entre o respeito pelos seus direitos e as suas responsabilidades não pode suscitar dúvidas. Fácil de dizer/escrever, mais difícil de praticar por quem está emo-cionalmente envolvido.Recaem, então, ao cuidador tarefas para as quais convém estar prepara-do. Mas isso é num mundo ideal. A re-alidade fica um pouco aquém.No caso da Mª João, onde a orienta-ção espácio-temporal, a tomada de decisão e a compreensão estão com-prometidas, a comunicação é signifi-cativamente afetada, com um histórico de entendimento conjugal evoluído ao longo dos anos. A disponibilidade para o estabelecimento de uma nova comu-nicação é imprescindível para garantir à Mª João o ambiente de compreen-são, de que é compreendida, que ne-cessita. É claro que o envolvimento emocional, a proximidade diária, difi-cultam aquela disponibilidade. O distanciamento emocional, que não significa ausência de emoção, permite uma maior aceitação.A necessidade de romper/quebrar com

estruturas mentais sedimentadas ao longo dos anos de convivência tam-bém é um desafio que se coloca aos que mais de perto privam com a Mª João, de modo a poder recorrer das ajudas existentes para proporcionar as soluções mais adequadas. Muitas vezes elas poderão estar à frente dos olhos, mas um hábito existente pode cegar.Outra vertente a necessitar de aten-ção é a burocrático-administrativa. No caso da Mª João, a escrita é uma das áreas afetadas, diminuindo, ou mesmo impedindo, a sua identificação. A formalização de um representante legal foi, felizmente, de fácil obtenção.

O percurso, sem orientação, que per-mitiu obter a refor-ma por incapacida-de coloca desafios a quem partilhou com ela a sua evolução profissional e ago-ra tem de, abrupta-

mente, lhe colocar um fim. Entrar em contacto com quem profissionalmente conheceu a Mª João e lhe reconhece a competência, o desempenho e a de-dicação dificulta a aceitação da sua atual situação.Mais comumente associadas à doença de Alzheimer, mas que comportam um leque variado de demências, existem ajudas em instituições tão diversas como as Juntas de Freguesia, as co-munidades religiosas e a Associação Alzheimer.A maior dificuldade, no caso da Mª João, prende-se com a sua idade; ela pertence à minoria dos “jovens” com diagnóstico de demência ou Alzhei-mer, reduzindo o sucesso na integra-ção nos grupos existentes nessas ins-tituições.Felizmente, tem sido possível propor-cionar à Mª João um acompanhamen-to dedicado durante todas as horas do dia, com o envolvimento da família.

miguel marques

(...) Para um leigo, as manifestações de ausência de memória que começaram a ocorrer não indiciavam o que uma consulta ao neurologista permitiu diagnosticar.

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formação - açõeS ageNDaDaS

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A Alzheimer Portugal é Acreditada como Entidade Formado-ra pela DGERT (Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), desde 2006.

Apresentamos-lhe algumas das Ações de Formação já agendadas até Fevereiro de 2013.

Para consultar o calendário atualizado das atividades de formação visite www.alzheimerportugal.org ou contacte a Sede ou Delegação mais próxima de si.

Para frequentar as Ações de Formação e os Workshops é obrigatório efectuar a inscrição e o respetivo pagamento.

sEDE - LisBOa

12 de novembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Estratégias para Maior Bem-Estar”

13 de novembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

10 de dezembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Respostas Sociais”

11 de dezembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

12 de dezembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Relações Interpessoais”

12 de dezembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Nutrição”

14 de dezembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Abordagem Centrada na Pessoa”

14 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Respostas Sociais”

15 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

16 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Relações Interpessoais”

17 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Ocupação”

17 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Prevenção de Quedas e Adaptações em Casa”

7 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Estratégias para Maior Bem-Estar”

11 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Respostas Sociais”

12 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Aspetos Jurídicos”

13 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Relações Interpessoais”

13 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Nutrição”

14 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Abordagem Centrada na Pessoa”

14 de fevereiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer – Comunicação e Assertividade”

Ações de Formação para Cuidadores Formais Nível 5 – Téc-nicos Superiores:

16, 19, 20, 21, 22 e 23 de novembro de 2012 | Ação de For-mação para Cuidadores Formais de Pessoas com Doença de Alzheimer

delegação centro

Ações de Formação para Cuidadores Formais Nível 1 – Au-xiliares de Ação Direta:

21, 22 e 23 de novembro de 2012 | Workshop “Cuidar da Pessoa com Doença de Alzheimer”

delegação norte

Ações de Formação para Cuidadores Informais - Familiares:

29 de novembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Ocupação e Ambiente”

9 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Estratégias para o dia-a-dia”

Ações de Formação para Cuidadores Formais Nível 5 – Téc-nicos Superiores:

22 de novembro de 2012 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Musicoterapia”

24 de janeiro de 2013 | Workshop “Lidar com a Doença de Alzheimer: Musicoterapia”

delegação da madeira

Ações de Formação para Cuidadores Formais Nível 1 – Au-xiliares de Ação Direta:

19, 21 e 23 de novembro de 2012 | Workshop “Cuidar da pessoa com Demência”

Ações de Formação para Cuidadores Informais - Familiares:

26, 27 e 28 de novembro de 2012 | Workshop “Cuidar da pessoa com Demência”

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as mudançasÀ medida que as pessoas vão envelhe-cendo, as atividades que apreciam fazer podem ir mudando. Os passatempos e in-teresses que teve quando tinha 20/30 anos podem ser bastante diferentes dos que tem atualmente. A reforma pode ser uma altura propícia para retomar ou encontrar novos passatempos e reavivar interesses antigos.Vivenciar as alterações relacionadas com a demência e perda de memória, pode si-gnificar, também, uma mudança nas ati-vidades em que participa. Se tiver dificul-dades em lembrar-se ou em expressar-se, a sua autoconfiança pode diminuir. Talvez possa sentir-se envergonhado pela perda de memória ou por não ser capaz de fazer coisas que anteriormente fazia.

tornar as atividades mais fáceisManter-se ativo e envolvido nas atividades de que gosta é extremamente importante. Poderá tentar modificar as atividades que aprecia, em vez de desistir devido ao facto de estarem a tornar-se difíceis de executar. Por exemplo, um senhor estava a ter pro-blemas para manter o seu nível de pontua-ção habitual no golf. Por este motivo, sen-tia-se envergonhado e pensou em parar de jogar com o parceiro. Mas acabou por optar por modificar a situação, solicitando ao seu parceiro que mantivesse a pontuação por si. Outras vezes optou por não contribuir para a pontuação da dupla. Realizar estas alterações permitiu que pudesse continuar a praticar o seu desporto preferido. Uma outra forma de ajuda é dividir uma

tenho demÊnciaÉ IMPORTANTE MANTER-SE ENVOLVIDO E ATIVO

atividade em partes menores. Mesmo que não consiga realizar todas as etapas, pode-rá ser capaz de participar em algumas. Por exemplo, se tiver problemas em preparar uma refeição, em vez de desistir de cozi-nhar, pode ser capaz de fazer algumas par-tes, como por exemplo: descascar os legu-mes, colocar a mesa ou servir a refeição.Muitas vezes, ajuda falar com os outros - eles podem ser capazes de ajudá-lo a manter a realização das suas atividades.

ATIVIDADES FÍSICASA atividade física é importante para manter a forma e a flexibilidade dos músculos e ar-ticulações. A atividade física desencadeia a libertação de substâncias químicas responsá-veis por sensações de bem-estar e isto pode ajudar a reduzir a depressão e a ansiedade.Alguns exemplos de atividades físicas são: caminhar; jardinar; cortar a relva; praticar golf, ténis, aulas de ginástica, ioga, tai chi ou fazer exercícios de alongamentos em casa.

ATIVIDADES MENTAISUma forma de manter a mente estimula-da é, para muitas pessoas, manter ativas as partes do cérebro que estão a funcio-nar bem.Alguns exemplos de atividades mentais que as pessoas, normalmente, apreciam são: fazer palavras cruzadas, ler, fazer puzzles e fazer jogos ou exercícios ari- tméticos. Manter-se envolvido nas ativida-des domésticas pode ser uma outra manei-ra de manter a mente estimulada.

ATIVIDADES CRIATIVASA maioria das pessoas gosta de passatem-pos criativos. Estes podem incluir tricotar, bordar, carpintaria, costurar, pintar, dese-nhar, tocar um instrumento musical ou sim-plesmente ouvir música.Se tem problemas na realização de algu-ma atividade de que gosta, tente simplificá--la, antes de a abandonar completamente. Por exemplo: se gosta de tricotar, poderá ser possível continuar a fazê-lo se utilizar padrões menos complexos. Peça a um familiar ou amigo que o ajude a começar a atividade, de forma a que possa depois continuar a fazê-la sozinho. Outra opção é

um familiar ou amigo ajudá-lo ao longo da realização da atividade e, deste modo, am-bos poderão apreciá-la em conjunto.

ATIVIDADES SOCIAISAo longo da vida, algumas pessoas inves-tem e adoram o relacionamento social, outras são mais caseiras e não procuram tanto esse tipo de relacionamento. É impor-tante manter o contato social, o mais possí-vel, caso seja algo que lhe dê prazer.A atividade social pode envolver a participa-ção em alguns grupos sociais como clubes de cidadãos seniores ou grupos de dança. Visitar os amigos, ir a um café ou um mu-seu com um amigo ou familiar, jogar às car-tas ou passar tempo com a família, também pode ser gratificante.Para algumas pessoas com Demência é difícil estar em grandes grupos de pessoas. Demasiado ruído ou movimento pode criar ansiedade ou confusão. Poderá continuar a gostar de encontros sociais, estando com uma ou duas pessoas, em vez de estar com um grande grupo de pessoas.

A ESPIRITUALIDADEA espiritualidade pode significar mais do que religião ou igreja. Pode relacionar-se com qualquer coisa que dê sentido ou paz à nossa vida.Para muitas pessoas a fé espiritual é uma força importante para lidar com a demên-cia, pelo que manter o envolvimento religio-so pode ser útil. Se sentir que ir ao seu local de culto (ex.: igreja) é difícil, poderá solicitar uma visita em casa ou escolher alturas em que o local esteja mais tranquilo.O sentimento de espiritualidade pode ser adquirido, por exemplo, através da medi-tação, apreciar arte, desfrutar de um pôr--do-sol, fazer uma caminhada ao longo da praia, ou passar tempo com a família. É muito importante continuar a desfrutar de tudo o que dê sentido à sua vida ou que lhe traga uma sensação de paz ou prazer.

SENTIDO DE HUMORContinue a rir. Partilhar o seu sentido de hu-mor é uma excelente maneira de libertar as tensões, bem como dar e contribuir na vida quotidiana.

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É IMPORTANTE MANTER-SE ENVOLVIDO E ATIVO

Nos passados dias 8 e 9 de Novembro em Pombal, no Teatro Cine, realizou-se a conferência anual da Alzheimer Portugal. Com um programa muito diversificado e rico, esta conferência contou com cerca de 233 participantes, entre os quais se en-contravam muitos cuidadores e também profissionais de saúde e de apoio social. Debateram-se temas de grande atuali-dade e interesse prático e científico, tais como: investigação em Portugal e no mundo, ensaios clínicos, medicina fami-liar na s demências, critérios de diagnós-tico e acompanhamento (norma da DGS sobre Abordagem Terapêutica das Alte-rações Cognitivas), questões jurídicas (processos de interdição e testamento vital), boas práticas de intervenção jun-to de pessoas com demência e cuida-

DOENÇA DE ALZHEIMER TEORIA E PRáTICAconferÊncia anual

dores (Musicoterapia nas demências, Projeto “Eu no Museu”, entre outros). A Alzheimer Portugal teve o privilégio de poder contar com oradores e mode-radores de alto nível, bem como com

a presença de decisores políticos na-cionais e locais (Dr. álvaro de Carvalho em representação do Senhor Ministro da Saúde, o Deputado à Assembleia da Republica, Dr. Ricardo Baptista Leite, o Senhor Vereador Dr. Diogo Mateus e o Senhor Vereador Dr. Fernando Par-reira, ambos da Câmara Municipal de Pombal e a Dra. Maria do Céu Men-des do Instituto da Segurança Social). Foi grande o envolvimento dos partici-pantes, com especial destaque para os cuidadores que sentiram o espaço pro-pício a partilharem connosco as suas experiências carregadas de emoção, o que nos encheu de satisfação por ve-rificarmos que esta conferência atingiu com sucesso o seu principal objetivo: chegar mais próximo das pessoas.

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Com o envelhecimento da sociedade e a medicalização da ancianidade, o número de pessoas que podem prever vir a necessitar de uma intervenção médica numa altura em que já estejam incapazes de decidir tem tendência a aumentar, designadamente no âmbito das chamadas doenças neurodege-nerativas, como é exemplo típico o Alzheimer.Em vista disso, no seguimento de uma tendência já existente noutros países, foi publicada em Portugal a Lei n.º 25/2012, de 16 de julho que regula as diretivas antecipadas de vontade, desi- gnadamente sob a forma de testamen-to vital (TV), e a nomeação de procura-dor de cuidados de saúde.Ao testamento do paciente costumam ser apontadas certas vantagens. Pri-meiramente, têm por base a vontade do paciente e permitem a realização do direito à autodeterminação preven-tiva. Por outro lado, o testamento vital

INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO DA VELHICE E DA DOENÇAe Procurador de cuidados de saúde

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reduz o impacto emocional de tomar decisões aos familiares e aos médicos. Estes documentos configuram uma ex-pressão do princípio constitucional da liberdade de expressão do pensamen-to e de culto e apresentam-se como uma barreira à obstinação terapêuti-ca ou “encarniçamento terapêutico”, visando com isso a preservação da dignidade humana no fim da vida.Neste sentido, a Lei afirma que a von-tade anteriormente expressa pelo pa-ciente deve ser respeitada, desde que se verifiquem os requisitos aí previstos. Com efeito, a referida Lei apesar de ainda não se encontrar regulamentada e de não ter sido criado o Registo Na-cional de Testamento Vital (RENTEV) já se encontra em vigor desde o passa-do mês de agosto, podendo qualquer interessado dirigir-se a um cartório no-tarial para manifestar as suas vontades em matéria de cuidados de saúde.Com efeito, as diretivas antecipadas

de vontade (DAV), quer na forma de testamento vital, quer para a instituição de procurador de cuidados de saúde, têm de ser reduzidas a escrito. Este documento tem ainda de ser assinado presencialmente perante um notário, seja através de instrumento público ou de um mero reconhecimento de assi-natura, ou, em alternativa, perante um funcionário devidamente habilitado do Registo Nacional do Testamento Vital. A redação de um testamento vital e a nomeação de um procurador de cuida-dos de saúde assume-se de especial interesse para as pessoas com doen-ças neurodegenerativas; estes doentes dispõem agora deste instrumento fun-damental para planear a sua velhice e o período de doença, podendo para além de declarar os tratamentos que dese-ja ou não receber, designar a pessoa próxima ou de confiança que gostariam que tomasse as decisões clínicas em diálogo com a equipa médica.

testamento vital

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A exigência de que a manifestação da vontade seja feita perante um notário, nesta matéria tão específica, pessoal e delicada, justifica-se, desde logo, por-que a plena validade jurídica destes documentos depende da verificação idónea, segura e autêntica dos se-guintes requisitos: a) que a pessoa é maior de idade; b) que é capaz para o pleno exercício dos seus direitos; c) que manifesta a sua vontade estando consciente, livre de qualquer pressão ou imposição de outrem; d) que está esclarecida relativamente aos efeitos práticos e jurídicos daquilo que preten-de; e e) que o expressa de uma forma clara e inequívoca.Só a intervenção do notário garante o cumprimento daqueles requisitos por-que se trata de um profissional do di-reito, independente, quer em relação ao Estado, quer a quaisquer interesses particulares, imparcial e investido por este com poderes públicos de autorida-de, nomeadamente conferindo autenti-cidade aos documentos – fé pública.Para além disso, tendo em conta as suas habilitações e a sua formação es-pecífica, saberá interpretar a vontade dos interessados e aconselhá-los de-vidamente para que não sejam feitas diretivas antecipadas de vontade con-trárias à lei, à ordem pública ou deter-minem uma atuação contrária às boas práticas. Chamamos a atenção que estas di-retivas de vontade são para produzir os seus efeitos numa data em que o interessado já se encontra incapaz de expressar os seus desejos e as suas intenções de uma maneira autónoma, isto é, por si próprio, sem ser necessá-rio que alguém o faça por si. Isso também acontece com os testa-mentos e as chamadas procurações ditas irrevogáveis, não obstante serem assuntos distintos. É que os testa-mentos servem para que uma pessoa declare o que pretende depois da sua morte. E o mesmo se diga das procu-rações que são “irrevogáveis” porque também estas podem vigorar após a morte ou a incapacidade posterior de quem as faz. Ou seja, em todos estes casos os ou-torgantes já não poderão confirmar se fizeram ou não o que consta dos docu-mentos e em que termos o fizeram. Por isso, a Lei determina a obrigatoriedade de recorrer a um notário.

Para além do exposto, e não obstante a Lei se bastar com o reconhecimento presencial da assinatura do interes-sado, entendemos que a formalidade adequada para estes documentos é o instrumento público lavrado pelo pró-prio notário. Mediante este documento, ele reduz a escrito os cuidados de saúde que a pessoa deseja ou não receber, asse-gurando desta forma uma formulação jurídica mais precisa e completa para garantir a certeza sobre os termos utili-zados e o seu preciso significado.

O original deve ficar arquivado no car-tório notarial para que não se perca ou se duvide da sua autenticidade entre-gando-se ao procurador de cuidados de saúde, caso tenha sido nomeado, ou à equipa médica do paciente, caso

joão maia rodrigues

A redação de um testamento vital e a nomeação de um pro-curador de cuidados de saúde assume-se de especial inte-resse para as pessoas com doenças neurodegenerativas; estes doentes dispõem agora deste instrumento fundamen-tal para planear a sua velhice e o período de doença, po-dendo para além de declarar os tratamentos que deseja ou não receber, designar a pes-soa próxima ou de confiança que gostariam que tomasse as decisões clínicas em diálogo com a equipa médica.

este o deseje, uma certidão do docu-mento convenientemente arquivado. O paciente pode (e deve) designar um “procurador de cuidados de saú-de”, o qual tomará as decisões por ele quando o paciente estiver num estado de incapacidade. O bom fun-cionamento deste instituto depende-rá de o paciente e o procurador te-rem previamente conversado sobre as opiniões do primeiro relativamen-te aos seus valores e às opções que tomaria numa determinada situação se estivesse capaz.Teria sido ideal impor um sistema em que um médico fosse envolvido no processo de aconselhamento de um testamento do paciente. Esse profis-sional permitiria assegurar o escla-recimento do interessado. Todavia, as dificuldades de acesso à consulta médica em algumas regiões do país e a confiança no discernimento do cidadão adulto e capaz fizeram com que a Lei não tornasse a consulta médica prévia obrigatória, embora nós a consideremos aconselhável.Ambos os instrumentos estão sujei-tos a um período de validade de 5 anos. Contudo, a Lei acautela que se o outorgante se tornar incapaz no decorrer desse prazo, as diretivas mantêm a sua validade e eficácia. Assim, os doentes de Alzheimer po-dem realizar estes documentos sem receio de que quando eles venham a ser mais precisos (no momento da incapacidade) a sua eficácia já ter ca-ducado.Em conclusão, perante doenças pro-longadas e com períodos de incapacida-de para tomar decisões, as declarações antecipadas de vontade constituem um instrumento da maior utilidade para sal-vaguardar a autonomia dos cidadãos nesta fase da sua vida.

andré dias Pereirainvestigador do centro de Direito Biomédicodocente da faculdade de direito da universidade de coimbra

joão maia rodriguesBastonário da Ordem dos NotáriosNotário

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01. Promover a criação e a implemen-tação de um Plano Nacional para as demências;

02. Continuar a participar no movimen-to europeu sobre as demências;

03. Incrementar o envolvimento da Co-missão Científica nas atividades da Al-zheimer Portugal;

04. Participar em projetos de investiga-ção, nacionais e internacionais;

05. Manter e consolidar a estrutura da organização;

06. Consolidar o relacionamento en-tre a sede e as delegações e núcleos e continuar a promover o desenvolvi-mento local de iniciativas nacionais;

Em ato eleitoral realizado no dia 17 de Novembro, os candidatos da Lista A foram eleitos como titulares dos novos corpos so-ciais da Alzheimer Portugal, com mandato de janeiro de 2013 a Dezembro de 2015. Encabeçada por João António Carneiro da Silva (associado n.º 107), a nova Direção Nacional obteve um apoio eleitoral esma-gador, com 419 associados a depositarem a sua confiança num elenco disposto a as-segurar o desenvolvimento da Associa-ção, numa perspetiva de reforço da sua história e de salvaguarda do seu futuro. Foi possível contar com apoio de persona-lidades da maior relevância nacional e in-ternacional, pois a Lista A apresentou uma Comissão de Honra de alto nível, com-posta por António Capucho, Ana Zanatti, Júlio Pomar e António Tomás Correia. Palavras de muito reconhecimento pelo trabalho desenvolvido até agora foram oferecidas pelo Coordenador da Pasto-

eleitos novos corPos sociaismaNTer O rumO, DeSeNVOlVer maiS reSPOSTaS

ral da Saúde, Monsenhor Feytor Pinto, Dra. Isabel Mota, Administradora da Fun-dação Calouste Gulbenkian, Professor Paulo Moreira, da Escola Superior de Saúde Publica, Deputada do Parlamen-to Europeu, Marisa Matias, Dra. Maria da Luz Sequeira, da Plataforma Saúde em Diálogo, Professor João Barreto, da Comissão Científica da AP, Diretor Exe-cutivo da Alzheimer Europe, bem como de diversos membros da direção e cola-boradores desta organização europeia. A campanha eleitoral mostrou uma As-sociação viva e determinada a lutar pelo direito à autonomia das pessoas com demência, procurando contribuir para uma sociedade que verdadeiramente as integre e respeite os seus direitos, repudiando ações abusivas e pouco transparentes que em nada contribuem para o prestígio e credibilidade do tra-balho que tem vindo a ser desenvolvido.

Lamenta-se que a lista B tenha no final do processo eleitoral apresentado a sua de-sistência, na exata hora em que ia iniciar--se a votação, com declaração que não constitui um contributo positivo para a vida institucional, que se deseja pacífica embora participada e generosa. Depois de 12 anos como Presidente da Direção, Maria do Rosário Zincke dos Reis passa o testemunho a João António Carneiro da Silva e respetiva equipa, composta por pessoas que comungam os princí-pios e os valores que sempre nortearam a Alzheimer Portugal, a caminho dos 25 anos e com quase 9000 associados. Sempre de forma rigorosa e transparen-te, a Nova Direção continuará a afirmar a importância estratégica da Alzheimer Portugal, assegurando que as respostas e serviços disponibilizados constituam referências a ser replicadas por outros parceiros.

comPromissos assumidos Pelos novos corPos sociais da alzheimer Portugal

07. Reforçar a comunicação com os associados e desenvolver campanhas de angariação de novos associados;

08. Consolidar os benefícios aos associa-dos, nomeadamente intensificando pro-tocolos com empresas fornecedoras de produtos e serviços de interesse para os mesmos;

09. Dinamizar os meios de comunicação da Alzheimer Portugal, nomeadamente o site e o boletim;

10. Conceber e desenvolver uma campa-nha nacional de sensibilização e de infor-mação sobre a doença de Alzheimer;

11. Realizar ações comemorativas do 25º Aniversário da Alzheimer Portugal, que ocorrerá em 2013;

12. Dar continuidade às atividades de periodicidade definida (Comemorações do Dia Mundial da Pessoa com doença de Alzheimer, Passeio da Memória, Venda de Natal, Encontro Anual);

13. Iniciar o funcionamento da Casa do Alecrim;

14. Iniciar o funcionamento do Centro de Dia do Marquês, em Pombal.

a composição dos novos Órgãos sociais pode ser consultada no site da alzheimer Portugal.

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eleitos novos corPos sociaismaNTer O rumO, DeSeNVOlVer maiS reSPOSTaS

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candidatura ao Programa“aPOiO Na iNCONTiNÊNCia” 2013

O Programa “Apoio na Incontinência” é um projeto integrado no “Plano de Ajuda” da Alzheimer Portugal e é inteiramente fi-nanciado pela verba angariada na Venda de Natal da Associação.

CRITÉRIOS DE INCLUSãO• Ser portador de Doença de Alzheimer ou de outra forma de demência;• Ter situação de incontinência compro-vada por médico assistente;• Ter rendimentos baixos;• Ser associado, com as quotas pagas;• Preencher a respectiva ficha de can-didatura e apresentar os comprovativos requeridos;• Estar entre os primeiros candidatos que cumpram os anteriores critérios (o núme-ro de beneficiários é determinado pela verba angariada na Venda de Natal da Alzheimer Portugal).

As candidaturas estão sujeitas a ava-liação, realizada pelo Departamento de Serviço Social.

COMO PODE ADERIREnvie, até 31/01/2013, a Ficha de Candi-datura devidamente preenchida e assi-

nada, para a Sede ou Delegação da sua área de residência. Distritos abrangidos pela Delegação Norte: Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Bragança, Braga. Dis-tritos abrangidos pela Delegação Centro: Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu, Castelo Branco, Aveiro. Distritos abrangidos pela Sede: Lisboa, Setúbal, Portalegre, Faro, Beja, Évora, Santarém. 1. Envie, junta-mente com a ficha de candidatura, os seguintes documentos, mesmo que já os tenha apresentado em anos anteriores: Documento comprovativo de rendimento por cada elemento do agregado familiar: Declaração de IRS, entregue no ano de 2012, referente aos rendimentos do ano de 2011; ou fotocópia do talão anual, re-cebido em Janeiro de 2012, da Pensão ou Declaração detalhada emitida pela Segu-rança Social, que faça referência à situa-ção actual de cada elemento do agregado familiar. Se auferir de algum rendimento, o valor deverá estar patente na declaração enviada.2. Para os utentes cujo rendimento mensal (a nível individual) ultrapasse os 485 € (*), requisita-se igualmente uma declaração, emitida pela Repartição de Finanças, com o intuito de confirmar

a ausência de entrega da Declaração de IRS do ano de 2011. (*) Salário Míni-mo Nacional referente ao ano de 2012. 3. Cópia dos recibos das despesas fixas referentes ao mês anterior à candidatura, como, por exemplo, a renda da casa ou prestação de habitação e facturas de água, luz, gás, telefone fixo, etc. Pode ainda jun-tar recibos das despesas de saúde, em caso de medicação específica;4. Declaração do médico assistente em relação ao estado de saúde e, neste caso, atestando a situação de incontinência;5. Declaração emitida pela Junta de Fre-guesia da área de residência que venha comprovar a composição do agregado fa-miliar, indicado no ponto 3.1.6. Cópia de B.I. de cada um dos elemen-tos que compõem o agregado familiar.

AVALIAÇãOTodos os processos serão analisados de acordo com a sua ordem de chegada. Quanto às respostas, serão emitidas assim que nos sejam enviados todos os dados necessários para essa mesma análise. As respostas a todas as candidaturas serão enviadas por escrito, para a morada do associado. •

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candidatura ao Programa“aPOiO Na iNCONTiNÊNCia” 2013

A canela é uma substância vegetal com propriedades e utilizações diversas. Esta especiaria é muito procu-rada para a prática culinária porque realça o sabor dos alimentos enriquecendo os pratos com aromas e cor. É usada, em pó ou através do próprio pau da árvore ca-neleira, especialmente em bolos, doces com caracte-rísticas regionais, produtos de confeitaria, licores e so-bremesas. 100g de canela moída possuem 252Kcal, um valor energético desprezível tendo em conta a quantidade utilizada na prática culinária. Mesmo con-sumida em porções pequenas a canela é rica em an-tioxidantes, substâncias que impedem ou diminuem o processo de degeneração celular pela oxidação, con-tribuindo para a diminuição do risco de doenças cardio-vasculares e alguns tipos de cancro. Esta especiaria é interesse de estudo por parte de investigadores. Estu-dos, ainda não conclusivos, apontam que o consumo de canela poderá estar associado com a paragem do processo destrutivo da esclerose múltipla e diminuição do progresso da Doença de Alzheimer. Outros estu-dos, referem que a ingestão de canela poderá dimi-nuir o nível de glicose no sangue de diabéticos tipo 2, efeito que pode estar relacionado com as substâncias antioxidantes existentes nesta especiaria. Além das suas propriedades nutricionais pode ser muito útil para substituir e reduzir a utilização de açúcar e gordura. associação Portuguesa dos nutricionistas,outubro de 2012

nutriçãobeNefíCiOS DO CONSumO De CaNela

BOLO 3 chávenas de chá de farinha de trigo2 chávenas de chá de açúcar1 chávena de chá de chocolate1 chávena de chá de óleo2 ovos inteiros1 colher de canela em pó1/5 colher de sopa de fermento

PreParaçãoPara o bolo, juntar todos os ingredientes numa taça, colocando a canela por último, juntamente com duas chávenas de água fervente. Misturar bem e levar ao forno em forma untada com margarina e farinha. Para o Glacê, misturar todos os ingredientes em lume brando e verter por cima do bolo, depois de cozido e disposto num prato. Decorar com paus de canela.

glacÊ de chocolate e canela1 colher de canela em pó 5 colheres de sopa de açúcar5 colheres de sopa de chocolate em pó1 colher de sopa de manteiga

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BOLO DE CHOCOLaTE E CaNELa

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ABRAÇAR A VIDA – CUIDADOS DE SAÚDEApoio DomiciliárioDesconto de 5% a 35% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Centro Comercial Olaias Plaza, Loja 138 Av. Engenheiro Arantes e Oliveira, Lote 13, 1900-221 Lisboa | Tel: 218201950Email: [email protected] Site: www.abracaravida.com

APOIO MAISDesconto de 7,5% na prestação de serviços de Apoio Domiciliário e cuidados de saúde; Desconto de 10% nos serviços de Tele-Assis-tência;Desconto de 10% nas ajudas técnicas e consu-míveis a praticar na tabela geral de preços.Morada: Rua Santos Bernardes, n.º 8 - B 2560-362 Torres Vedras

Tel: 261317822/3Email: [email protected]: http://www.apoiomais.pt/pt/

BEM - ESTAR NO SEU LARApoio DomiciliárioDesconto de 10% nos serviços de Apoio Domiciliário.Morada: Av. António José Gomes nº 36 B, Almada, 2805-087 Cova da Piedade Tel: 210884785/ 916358268 Email: [email protected]: http://www.bem-estarnoseular.com

CASA DE REPOUSO ARLINDO GOMESDesconto de 15% sobre preços em vigor.Tel: 965048880Email: [email protected] Morada: Rua do Moinho Velho, nº18, 2640-401 AchadaSite: http://www.casa-repouso-arlindo-gomes.com/

CASA DE REPOUSO CILINHA DA AMADORADesconto de 4% na Ficha de Inscrição;Desconto de 9% em caso de internamento/ recuperação. | Tel: 214942925 / 968024942Email: [email protected]: http://www.cilinhadaamadora.eu

CASA DE REPOUSO MARIA DA NAZARÉDesconto de 10% sobre o valor da mensalidade;Desconto de 50% sobre o valor da jóia a pagar.Morada: Rua Combatentes Ultramar 62, 2675-323 Odivelas | Tel: 210472886/ 210481474

CASA DE REPOUSO PAZ E AMORDesconto de 15% sobre preços em vigor.Morada: Av. Combatentes do ultramar nº119 S. Sebastião de Guerreiros 2670-519 LouresTel: 219822986

CASA DE REPOUSO QUINTA DA RELVADesconto de 18,18 % sobre os quartos duplos;Desconto de 10% sobre os quartos individuais.Morada: Rua da Relva, Nº. 4, 2580-231 Olhalvo - Pousoa | Tel: 263779090/ 962129899Email: [email protected]: http://www.casaderepouso-quintadarelva.pt/

CLÍNICA DO RESTELODesconto de 10% a praticar sobre a tabela de preços das várias especialidades prestadas;Desconto de 10% a praticar sobre o valor das consultas de medicina dentária. Desconto de 5% a praticar sobre o valor praticado em análises clínicas. Prestação de consultas de Manutenção Terapêutica, com o valor de 20€ (primeira consulta) e com o valor de 10€ (segunda consulta).Morada: Rua Gregório Lopes Nº1512 1º, 1400-195 Lisboa | Tel: 918888119Email: [email protected]: www.clinicadorestelo.com

CLÍNICA SENHOR DA SERRADesconto de 10% a praticar sobre a tabela geral de prelos praticadas.Morada: Praça 5 de Outubro 2605-021 Belas Tel: 214329410/11Email: [email protected] Site: www.senhordaserra.pt

CONFORTO EM CASA - COMFORT KEEPERS Desconto entre os 10% e os 35%, em vigor na tabela de preços.Cascais – Oeiras – Porto – Algarve – Lisboa - Açores – Trás-os-Montes – SintraTel: 808203095Site: http://comfortkeepers.pt/

CONFORTO DOS AVÓS - RESIDÊNCIA GERIáTRICA Desconto de 5% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Rua da Salmoura nº 9A e 9B Brejos de Azeitão-2925-586 AzeitãoTel: 212889120 Email: [email protected]: http://confortodosavos.pt/

CUIDADOS E AFECTOS5% de desconto na prestação dos serviços de apoio domiciliário.Morada: Lugar da Escola Caixa Postal 201-5050-345 Poiares da RéguaTel: 254907113 / 915816302Email: [email protected]

EMBRACE LIFE - APOIO DOMICILIáRIODesconto de 15% a 20% sobre os serviços de apoio domiciliário; Desconto de 10% nas actividades desenvolvidas no espaço Embrace Life. Tel: 232281592 / 926725928 Morada: Quinta de Stº. Estêvão, Rua de Viriato, lote 51 R/ch, loja A, 3515 - 145 ViseuEmail: [email protected]: http://www.embracelife.pt/

ETAPAS FELIZESDesconto de 5% nos serviços de Apoio Domiciliário Morada: Avenida Rui Nogueira Simões, 3 A, 1600-868 Lisboa | Tel: 217237043/ 966233914 / 914810052Email: [email protected] Site: www.etapas-felizes.pt

FáBULAS DO TEMPO Serviços de TeleassistênciaDesconto de 10% sobre os preços da tabela geral.

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BENEfíCiOs Para assOCiaDOsnovos protocolos

Fique a conhecer todos os protocolos que a Alzheimer Portugal tem vindo a estabelecer com diversas entidades públicas e privadas, pro-curando sempre benefícios e mais-valias para todos os associados, nas seguintes áreas:

Material Médico; Equipamentos Hospitalares; Ajudas Técnicas; Apoio Domiciliário; Serviços de Higiene; Apoio Pessoal; Lar de Ido-sos; Centros de Dia; Clínicas; Centros de Enfermagem; Sistemas de Localização; Farmácias; Diversos;

Para conhecer o dossier de Protocolos visite o site: www.alzheimerportugal.org

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Morada: Rua Rio Tejo, lote 547, Quinta do CondeSite: http://www.fabulasdotempo.com/

FARMáCIAS DO GRUPO FARMAVAIFarmácia Confiança; Farmácia Fénix; Farmácia Carnide; Farmácia Cristo Rei; Farmácia Cortez; Farmácia Outurela; Farmácia Ourique; Farmácia Santos Silva; Farmácia Olivéria Sérgio;Desconto de 10% sobre o valor total na compra de qualquer produto. Serviço gratuito para entregas no concelho de Lisboa. Site: http://www.farmavai.com.pt Facebook: http://www.facebook.com/farmavai.demedicamentos

FáTIMA PARK Desconto de 10% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Estrada Nacional nº 379-2, Pinheiro Ramudo, Quinta do Anjo - PalmelaTel: 212806340Site: http://www.fatimapark.com/

GINáSIO XP WORKOUT FITNESS CLUBDesconto de 25% na Avaliação Física Inicial;Desconto de 5% nos pacotes de Aulas de Grupo;Desconto de 15% nos pacotes de Treino Personalizados. Tel: 291631759Morada: Travessa dos Piornais Edifício Monumental Parque 9000-246.Email: [email protected]: http://www.xpworkout.com

GIRASSOL DOS AFECTOS - COMFORT KEEPERSDesconto de 5% a 35% (dependendo do tipo do serviço e duração do mesmo) sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Rua Profª. Virgínia Rau Nº 13 – B Lumiar 1600 – 673 LisboaTelefone: 211928721 /917864358/ 917864381Email: [email protected]

HUMANIZE – CUIDADOS DE SAÚDE Desconto de: 10% nos serviços de Enferma-gem; 20% nos serviços de Fisioterapia; 20% nos serviços de Terapia da Fala; 10% nos serviços de Nutricionismo e 10% nos serviços de Dentista;Morada: Rua Júlio Diniz, 24, 2750-671 Cascais Telefone: 217217546/ 911943325Email: [email protected]: http://www.humanize.pt

IRMãOS MACHADO – CENTRO ORTOPÉDICO DO FUNCHAL Desconto de 6% sobre prestações de serviços superiores a 2 horas diárias; venda de material de incontinência; aluguer de ajudas técnicas a partir do montante de 50,00€.Morada: Bairro Dr. Luís Manuel Viana de Sá, lote 2, R/C direito. 7080-184 Vendas NovasTel: 265891481 / 938911247Email: [email protected]: www.desfrutemcasa.com

A IDADE DE OURO CENTRO DE RECUPERAÇãO E REPOUSODesconto de 10% sobre os preços em vigor.Morada: R. Diogo do Couto, nº11, 2º, 2795-070 Linda-a-VelhaTelefone: 214190442/ 214197624Email: [email protected]: http://www.laraidadedeouro.com

NÍVELFARMA - COMPANHIA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOSDesconto de 10% sobre o valor total na compra de qualquer produto.Morada: Quinta dos Estrangeiros - Núcleo Em-presarial II - Pav. J, 2665-593 Venda do Pinheiro Tel: 219862255/25Email: [email protected]: http://www.nivelfarma.com

O JARDIM DOS AVÓS Desconto de 10% a praticar sobre a tabela

de preços em vigor.Morada: Rua Petrónio Amor de Barros, 2815-790 Sobreda da CaparicaTel: 212945300Site: http://www.jardimdosavos.com/

REABILITESSE ESPAÇO DE FISIOTERAPIA E SAÚDE10% De desconto em todos os tratamentos de Fisioterapia, inclusive pacotes promocionais, excepto na colocação de ligaduras ou qualquer outro tipo de material.Morada: Rua do Jasmineiro, nº6, 9000-013 Funchal Tel: 291745827 | Email: [email protected] Site: www.reabilitesse.com

RESIDÊNCIA S. JOãO DE áVILA Desconto de 15% nos serviços de reabilitação.Desconto de 10% em serviços de ambulatórios.Desconto de 5% na unidade de internamento em Reabilitação Física. | Tel: 217 213 300Morada: Rua S. Tomás de Aquino - Lisboa Email: [email protected]@isjd.ptSite: http://www.isjd.pt/site/index.php

RESIDÊNCIA SÉNIOR YASMIN Desconto de 10% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Rua do Maranhão, Casais da Boavista, São Gregório - 2500 - 064 Caldas da Rainha.Tel: 262938271 / 937869168 Email: [email protected] Site: http://www.residenciayasmin.com/

GARMINComercialização de Produtos e Serviços de Teleco-municações, acessórios e sistemas de localização e navegaçãoDesconto de 25% no GTU 10 Tracker; Desconto de 20% nos acessórios vendidos em separado.Morada: Rua Alto do Lombo nº 26, Venda da Rega, Benedita, 2475 – 042 | Tel: 262921630 / 966019886Email: [email protected] Site: http://www.santossilva.pt/

VILLA MáRYAHDesconto de 10% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Estrada da Pousada 2950-306 Palmela | Tel: 212 332 330 Site: http://www.villamaryah.com/

VILSAD - APOIO DOMICILIáRIO INTEGRADODesconto de 5% a praticar sobre a tabela de preços em vigor.Morada: Rua Miguel Bombarda nº173, 2830-089 Alto Seixalinho - BarreiroTel: 211823412 / 962561164Email: [email protected]: http://vilsad.pt/

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Passeio da memÓria 2012OeiraS, maTOSiNhOS, COimbra e fuNChal

Largas centenas de pessoas participaram na segunda edição do Passeio da Memória, a caminhada solidária da Alzheimer Portugal que decorreu em Oeiras, Matosinhos, Coim-bra e Funchal, no passado dia 23 de Setem-bro. A iniciativa teve também lugar nos Açores, na Ilha Terceira, no dia 30 de Setembro. O Passeio da Memória contou com a pre-sença de várias caras conhecidas. Rosa Mota, o deputado Ricardo Baptista Leite, a cantora Lara Li, os atores Fernando Luis, Rita Blanco e Tomás Alves participaram no Passeio da Memória em Oeiras. Em Co-imbra, esteve presente a eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias. No Funchal, marcaram presença várias caras conhecidas da Ilha da Madeira, Nini An-drade, Ricardo Silva, Graça Alves, Eurico Martins, Miguel Albuquerque e Rubina Leal. O Passeio da Memória tem como objetivos informar e alertar para a importância de re-duzir o risco de desenvolver demência, para os sinais de alerta da Doença de Alzheimer e, sobretudo, para a importância do diagnós-

tico atempado, permitindo a prescrição de medicação que alivie os sintomas e retarde a progressão da doença, a intervenção não farmacológica que promova a manutenção das suas capacidades, a ocupação e o en-volvimento social e que, deste modo, au-mente o seu bem-estar e qualidade de vida, assim como a dos seus cuidadores.O Passeio da Memória foi, assim, uma inicia-tiva a nível nacional, inserida no Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, que juntou numa agradável caminhada avós, pais e netos.

Oeiras

Oeiras

Coimbra

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Oeiras

agora já pode fazer um donativo à alzheimer Portugal de forma simples, no nosso site www.alzheimerportugal.org.Contribua com 1€, 2€... todas as ajudas são bem-vindas!

iniciativasalzheimer POrTugal

ciclo de cinema e conferÊncias“A DOENÇA DE ALZHEIMER NO CINEMA”

entre 17 e 20 de setembro de 2012, teve lugar na comuna teatro de Pesquisa, o ciclo de cinema e conferências “a doença de alzheimer no cinema”.Assistiram-se a quatro filmes que abordam a temática da Doença de Alzheimer, seguindo-se uma sessão de comentários e esclare-cimento de dúvidas com oradores especializados.

no dia 21 de setembro de 2012, teve lugar o primeiro alzhei-mer café da alzheimer Portugal.O Alzheimer Café é um espaço relaxante e descontraído, onde as pessoas com demência, os seus familiares e cuidadores se podem reunir para uma partilha única de vivências, informações e apoio. Um espaço onde as pessoas podem trocar experiências com outros que se encontram nas mesmas situações e falar sobre variados as-suntos relacionados com a Demência. O Alzheimer Café é, assim, uma plataforma para apoio, informação, capacitação e inclusão.

o Primeiro alzheimer caféEM LISBOA E SANTARÉM

donativos online

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Coimbra

Matosinhos

Funchal

Ilha Terceira

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Os Cuidados Paliativos são cuidados de saúde que pretendem intervir ativamente no sofrimento das pessoas com doenças graves, incuráveis e avançadas, bem como no das suas famílias. Trata-se de prestar cuidados de saúde tecnicamente rigorosos, interdisciplina-res, ativos, por equipas devidamente qualifi-cadas, seja em ambiente de internamento (hospitais ou outras instituições residenciais para doentes crónicos), seja no domicílio. Destinam-se a pessoas de todas as idades, com patologias oncológicas e não oncológi-cas, independentemente do prognóstico clíni-co estimado (que pode ir de anos a meses ou semanas). Devem ser introduzidos preco-cemente numa situação de doença avançada e não apenas nos últimos dias de vida, sob pena de não conseguirem ajudar plenamente os que deles precisam. Nesta medida, o numeroso grupo das pesso-as com demências – sejam elas de Alzheimer ou outras – enquanto pessoas com patolo-gias evolutivas e irreversíveis, deve ter direito a estes cuidados, e estão hoje largamente consensualizados os critérios clínicos que de-finem essas situações.Os serviços de saúde modernos devem ofe-recer respostas nas fases precoces de qual-quer doença, devem preocupar-se com as situações de doença aguda, e devem obriga-toriamente incluir respostas para os doentes crónicos e dentre estes, para os que estão em fim de vida (expressão que se refere aos últimos 12 meses de vida). Esta prática assis-tencial não pode ser desarticulada das outras respostas dos serviços de saúde, sob pena de termos doentes crónicos, que já existem

rede nacional de cuidados Paliativosum PaSSO imPOrTaNTe NO aPOiO ÀS PeSSOaS COm DemÊNCiaS e SuaS famíliaS

no sistema de saúde, a continuarem a ser tra-tados como doentes em fase aguda, com res-postas desajustadas às suas necessidades, e com as consequentes desumanização, au-mento do sofrimento e custos inapropriados. Nessa medida, era premente avançar com medidas que facilitassem a implementação alargada dos Cuidados Paliativos, e foi apro-vada por unanimidade no Parlamento em ju-lho de 2012 a criação da Rede Nacional de Cuidados Paliativos, que entrará em vigor com o Orçamento de Estado de 2013. As diretrizes subjacentes à criação dessa Rede prendem-se basicamente com dois aspetos: a necessidade de consagrar a especificida-de desta área de cuidados de saúde - não menorizando nem ignorando a existência de dezenas de milhares de portugueses com necessidade deste tipo de cuidados -, e a necessidade de integrar a prestação destes mesmos cuidados de saúde no âmbito do sis-tema e do serviço nacional de saúde, numa lógica de maior humanização e eficiência do mesmo. As mais-valias desta rede são essencialmen-te de eficiência (cuidar melhor, com mais rigor técnico e humanismo, e com melhor gestão dos recursos), e sobretudo de redução de sofrimento evitável, para muitos milhares de doentes e famílias, que cada vez mais devem conhecer a existência dos cuidados paliativos e solicitar atempadamente o acesso aos mes-mos, participando ativamente no processo de decisão sobre a sua doença e nos cuidados de que devem ser alvo.A rede funcionará de uma forma desburo-cratizada, com referenciação direta para as

estruturas assistenciais e não assente em estruturas intermédias, que implicam uma maior lentidão e desajuste de resposta. Serão diretamente os clínicos a gerir o acesso, em função da disponibilidade de recursos e de propostas de profissionais de saúde, median-te critérios clínicos reconhecidos. De sublinhar que não podemos falar apenas de camas de cuidados paliativos, mas haverá que ter em conta que uma rede só funcionará como tal se integrar equipas de suporte específicas de cuidados paliativos, na comunidade e nos hospitais. Essas estruturas articular-se-ão di-reta e obrigatoriamente com os recursos dos cuidados de saúde primários e hospitalares, públicos, do setor social e privados. Além do mais, a legislação que enquadra a Rede Nacional de Cuidados Paliativos, cha-ma a atenção para a importância de se pro-mover o tratamento adequado e proporciona-do, que evite maior sofrimento do doente, e censura claramente a prática da obstinação terapêutica. Está hoje amplamente demonstrado que os Cuidados Paliativos são uma mais-valia para os sistemas de saúde e para a sociedade em geral, e devem ser encarados como um direito inalienável dos doentes. Negar tal facto, é fazer como a avestruz e meter a ca-beça na areia, e deixar que muitos doentes sejam tratados de forma menos adequada face às suas necessidades, com os custos humanos, sociais e económicos a que já aludi. É fundamental que os cidadãos estejam infor-mados, se tornem cada vez mais conscientes da existência deste tipo de cuidados, dos seus benefícios e sejam eles próprios e as suas fa-mílias a requerê-los junto dos serviços e dos profissionais de saúde.Uma sociedade moderna como a nossa será tanto mais desenvolvida quanto melhor aten-der às necessidades dos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos, como é o caso das pessoas com demências. Teremos que cuidar no fim da vida tão bem como cuidamos no iní-cio da mesma.

isabel galriça netoFamiliar de um doente falecidocom demência

médica, diretora da unidade de c. Paliativos hospital da luzdeputada cds-PP

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REDE DE CUIDADOS PALIATIVOS EN-TRARá EM FUNCIONAMENTO EM 2013Uma rede de prestação de cuidados a pessoas com doenças graves ou in-curáveis, integrada no Serviço Nacional de Saúde, vai estar a funcionar a partir de 2013, segundo a lei de bases (…) publi-cada em Diário da República.O diploma, que entrará em vigor com o próximo Orçamento do Estado, cria uma Rede Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP) sob a alçada do Ministério da Saúde, e regula o acesso dos cidadãos a este tipo de acompanhamento.Os cuidados paliativos são tratamen-tos centrados na prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual e na melhoria do bem-estar dos doentes em estado terminal, com doen-ças graves ou incuráveis, em fase avan-çada e progressiva.Esta iniciativa legislativa partiu do CDS-PP, partido da coligação governamental, tendo sido aprovada por unanimidade na Assembleia da República.A rede irá apoiar cerca de 60 mil doen-tes directamente e mais 180 mil pessoas indirectamente, quando contabilizados os familiares dos pacientes com doenças graves e incuráveis.A estrutura vai ser criada nos hospitais e nos centros de saúde com condições para isso, e vai-se autonomizar da actual rede de cuidados continuados, criada em 2006, onde tem funcionado.Incluirá também apoio domiciliário aos doentes que não precisem de interna-mento.Fonte: Público (05/09/2012)

ENTRA EM VIGOR LEI QUE PERMITE O TESTAMENTO VITALOs portugueses já podem lavrar um documento clarificador dos tratamentos que desejam, ou excluem, em caso de doença que os impossibilite de manifes-tar então a sua vontade.A possibilidade decorre da entrada em vigor da lei 25/2012, que permite o cham-ado ´testamento vital´, ou seja, a diretiva antecipada de vontade, que, no imediato, só pode ser assumida perante um no-tário.A lei prevê que as diretivas antecipadas de vontade possam ser formalizadas também perante um funcionário do Reg-

Recentemente, o promotor divulgou os resultados de estudos de fase 3 na doença de Alzheimer com o bapineu-zumab, anticorpo monoclonal dirigido contra o péptido β-amilóide. Infelizmen-te, estes resultados foram negativos. O medicamento experimental não se revelou eficaz em termos de atenuar a progressão da doença. O perfil de se-gurança foi, apesar de tudo, favorável.Certamente, os resultados deste esfor-ço de investigação, em que três centros em Portugal têm participado, foram muito desanimadores, e de certa for-ma inesperados, pois se sabia que o anticorpo monoclonal, bapineuzumab, é capaz de remover os depósitos ce-rebrais de amilóide e melhorar os bio-marcadores no liquor nos doentes de Alzheimer. É possível que a hipótese amilóide, nos últimos anos dominante em termos de explicação patogénica da doença de Alzheimer, que aponta o péptido β-amilóide como responsável pelo de-sencadear da cascata de eventos pato-génicos conducentes à degenerescên-cia e morte neuronal, não esteja afinal inteiramente correta. Em alternativa, pode ser necessário intervir no meta-bolismo do péptido β-amilóide precoce-mente no processo neurodegenerativo, muito antes de as pessoas manifesta-rem clinicamente a doença.Como quer que seja, a procura de es-tratégias terapêuticas alternativas tem de continuar. Espera-se que três novos ensaios clínicos possam começar em breve, envolvendo centros de investi-gação no nosso país. Sabendo-se que a eficácia dos medicamentos presen-temente disponíveis para o tratamen-to da doença de Alzheimer é bastante modesta, a descoberta de novos medi-camentos, sobretudo inovadores e sus-cetíveis de retardar a progressão da do-ença, é cada vez mais uma prioridade.

alexandre de mendonçaisabel santanaana valverde

estudos de fase 3 na doença de alzheimer com O BaPiNEuzuMaB

isto Nacional do Testamento Vital (RNTV), uma estrutura que ainda não existe. (…)Fonte: Diário de Notícias (16/08/2012)

NOVAS NANOPARTÍCULAS LIBERTAM SUBSTâNCIAS TERAPÊUTICAS DE FOR-MA SELECTIVAUm grupo de investigadores desenvolveu nanopartículas inteligentes capazes de libertar de forma seletiva substâncias tera-pêuticas em células humanas envelheci-das. Poderão ser utilizadas no tratamento de doenças como o cancro, Alzheimer ou Parkinson.O nanodispositivo inteligente é a base para o desenvolvimento de novas terapias anti-envelhecimento. O estudo está publicado na revista «Angewandte Chemie». O de-senvolvimento destes dispositivos está a ser realizado em Valência, Espanha.Este tipo de aplicação pode também ser útil para o desenvolvimento de terapias cosmé-ticas de uso tópico que tenham efeito anti-rugas e anti-envelhecimento, ou aumentem a protector contra a radiação UV. Poderá também servir para combater a calvície. (…)Fonte: Ciência Hoje (04/10/2012)

IDENTIFICADAS PROTEÍNAS QUE FOR-MAM MEMÓRIA A LONGO PRAZOUma equipa da Universidade da Pensil-vânia, em colaboração com Instituto Mé-dico Howard Hughes e a Universidade do Texas, identificou as moléculas que formam a memória a longo prazo, segundo um ar-tigo publicado no «Journal of Clinical Inves-tigation».A descoberta poderá trazer à luz novas terapias para doenças como esquizofrenia, depressão, parkinson e alzheimer, assim como simplesmente melhorar a memória.O estudo liderado por Joshua Hawk, da Universidade da Pensilvânia, focou-se num grupo de proteínas chamadas de receptores nucleares que se relacionam com a regu-lação de várias funções biológicas, incluin-do a formação da memória. O seu papel regulador pode ser significativo na formação da memória, já que é preciso transcrever os genes para transformar as memórias de curto prazo em longo prazo, através do for-talecimento das sinapses dos neurónios no cérebro. (…)Fonte: Ciência Hoje (11/09/2012)

NOTíCias breVeS

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SEDEAv. de Ceuta Norte, Lt. 15, Piso 3 - Quinta do Loureiro, 1300-125 LisboaT. 213 610 460/8 | F. 213 610 [email protected]

centro de diaProf. doutor carlos garciaAv. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2Quinta do Loureiro1350-410 Lisboa T. 213 609 300

DELEGAÇãO NORTECentro de Dia “Memória de Mim”Rua do Farol Nascente N.º47A R/C4455-301 Lavra T. 226 066 863 | F. 223 754 484 [email protected]

DELEGAÇãO CENTRORua Marechal António Spínola, Loja 26(Galerias do Intarmarché) 3100-389 PombalT. 236 219 469 [email protected]

gabinete de coimbraBairro São José nº 13 - 3030 CoimbraT. 239 716 [email protected]

DELEGAÇãO DA MADEIRAComplexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E 9000-135 FUNCHAL T. 291 772 021 | F. 291 772 021 [email protected]

NÚCLEO DE AVEIROSanta Casa da Misericórdia de Aveiro Complexo Social Qta. da Moita - Oliveir-inha3810 AveiroT. 234 940 480 [email protected]

NÚCLEO DO RIBATEJOR. Dom Gonçalo da Silveira Nº31 -A 2080-114 Almeirim T. 243 000 087 [email protected]

www.alzheimerportugal.org

GABINETES COM O APOIOALZHEIMER PORTUGAL:

ALANDROALRua Dr. António José de Almeida, nº137250-138 Alandroal.T. 268 447 [email protected]

FAROEspaço Saúde em DiálogoPraceta Azedo Gneco, 17 Bloco E8000-163 FaroT. 289 829 [email protected]

FáTIMAEstrada de Leiria, n.º 55 2495-407 FátimaT. 249 538 [email protected]

AZEITãO“Gabinete Alzheimer da Casa dos Avós”Conforto dos Avós Residência GeriátricaRua da Salmoura, n.º9 a 9BBrejos de AzeitãoT. 212 889 120

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- sabia que pode ajudar a alzheimer Portugal fazendo reverter 0,5% do seu irs, já pago, para a associação?

- ao preencher a sua declaração de irs, apenas precisa de colocar no anexo h - Quadro 9 - campo 901, o número de contribuinte da alzheimer Portugal: 502069635.

esta é uma alternativa aos donativos em dinheiro ou bens. assim, consegue desviar 0,5% do imposto que iria para os cofres do estado para a alzheimer Portugal, ajudando-nos na nossa missão de promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores.