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LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2011

LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO ... · 3 LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 de Fevereiro,

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LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

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Título: LEIELEITORALPARAAASSEMBLEIALEGISLATIVA DAREGIÃOAUTÓNOMADAMADEIRA

Compilaçãoenotas:DirecçãodeServiçosJurídicosedeEstudosEleitorais/DGAI

Capa:PlanaseVolumétricas,Lda.

Pré-impressãoeimpressão:EUROPRESS,Lda.

DepósitoLegal:332148/11

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LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA

DA MADEIRA

Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica

n.º 1/2009, de 19 de Janeiro, que a republicou

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºdaConstituição,aseguinteleiorgânica:

TÍTULOICapacidade eleitoral

CAPÍTULOICapacidade eleitoral activa

Artigo1.ºCapacidade eleitoral activa

1 – Gozam de capacidade eleitoral activa para a eleição daAssembleia Legislativa daRegiãoAutónomadaMadeira os cida-dãosportuguesesmaioresde18anos.

2 –Os portugueses havidos também como cidadãos de outroEstadonãoperdemporessefactoacapacidadeeleitoralactiva.

Artigo2.ºIncapacidades eleitorais activas

Nãogozamdecapacidadeeleitoralactiva:a) Osinterditosporsentençacomtrânsitoemjulgado;b) Os notoriamente reconhecidos como dementes, ainda que

nãointerditosporsentença,quandointernadosemestabele-

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cimentopsiquiátricooucomotaisdeclaradosporuma juntamédicaconstituídapordoiselementos;

c) Os que estejam privados de direitos políticos, por decisãojudicialtransitadaemjulgado.

Artigo3.ºDireito de voto

SãoeleitoresdaAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeiraoscidadãosresidentesnaRegiãoeinscritosnorespectivorecenseamentoeleitoral.

CAPÍTULOIICapacidade eleitoral passiva

Artigo4.ºCapacidade eleitoral passiva

SãoelegíveisparaaAssembleiaLegislativadaRegiãoAutóno-madaMadeiraoscidadãosportugueseseleitorescomresidênciahabitualnaRegião.

Artigo5.ºInelegibilidades gerais

São inelegíveisparaaAssembleiaLegislativadaRegiãoAutó-nomadaMadeira:

a) OPresidentedaRepública;b) OsRepresentantesdaRepúblicanasRegiõesAutónomas;c) Osgovernadorescivisevice-governadoresemexercíciode

funções;d) OsmagistradosjudiciaisoudoMinistérioPúblicoemefectivi-

dadedeserviço;e) Osjuizesemexercíciodefunçõesnãoabrangidospelaalínea

anterior;

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f) Osmilitareseoselementosdasforçasmilitarizadasperten-centesaosquadrospermanentes,enquantoprestaremservi-çoactivo;

g) Osdiplomatasdecarreiraemefectividadedeserviço;h) Aquelesqueexerçamfunçõesdiplomáticasàdatadaapre-

sentaçãodascandidaturas,desdequenão incluídosnaalí-neaanterior;

i) OsmembrosdaComissãoNacionaldeEleições.

Artigo6.ºInelegibilidades especiais

NãopodemsercandidatososdirectoresechefesderepartiçõesdefinançaseosministrosdequalquerreligiãooucultocompoderesdejurisdiçãoqueexerçamasuaactividadenoterritóriodaRegiãoAutónomadaMadeira.

Artigo7.ºFuncionários públicos

OsfuncionárioscivisdoEstadooudeoutraspessoascolectivaspúblicasnãocarecemdeautorizaçãoparasecandidataremadepu-tadosàAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeira.

CAPÍTULOIIIEstatuto dos candidatos

Artigo8.ºDireito a dispensa de funções

Duranteoperíododacampanhaeleitoral,oscandidatosefecti-voseoscandidatossuplentestêmdireitoadispensadoexercíciodasrespectivasfunções,sejampúblicasouprivadas,contandoessetempoparatodososefeitos,incluindoodireitoàretribuição,comotempodeserviçoefectivo.

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Artigo9.ºObrigatoriedade de suspensão do mandato

Desdeadatadaapresentaçãodecandidaturaseatéaodiadaseleiçõesoscandidatosquesejampresidentesdecâmarasmunici-paisouque legalmenteossubstituamnãopodemexercerasres-pectivasfunções.

Artigo10.ºImunidades

1–Nenhumcandidatopoderásersujeitoaprisãopreventiva,anãoseremcasodecrimepunívelcompenasuperioratrêsanoseemflagrantedelito.

2–Movidoprocedimentocriminalcontraalgumcandidatoeindi-ciadoestepordespachodepronúnciaouequivalente,oprocessosópodeseguirapósaproclamaçãodosresultadosdaeleição.

TÍTULOIISistema eleitoral

CAPÍTULOIOrganização do sistema eleitoral

Artigo11.ºComposição

AAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeiraécom-postapor47deputadoseleitosmediantesufrágiouniversal,directoesecreto,deharmoniacomoprincípiodarepresentaçãoproporcio-nal,eporumúnicocírculoeleitoral,nostermosdapresentelei.

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Artigo12.ºTerritório eleitoral

O território eleitoral, para efeitos de eleição dos deputados àAssembleia Legislativa daRegiãoAutónomadaMadeira, é cons-tituído por um círculo eleitoral único, coincidente com o territóriodaRegião, com um número demandatos igual dos deputados aeleger.

Artigo13.ºColégio eleitoral

Aocírculoeleitoralúnicocorrespondeumsócolégioeleitoral.

CAPÍTULOIIRegime de eleição

Artigo14.ºModo de eleição

OsdeputadosàAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeirasãoeleitospor listasplurinominaisapresentadaspeloco-légioeleitoral,dispondooeleitordeumvotosingulardelista.

Artigo15.ºOrganização das listas

1 –As listas propostas à eleição devem conter indicação decandidatosefectivosemnúmeroigualaodosmandatosatribuídosao círculo eleitoral único, e de candidatos suplentes em númeroigualaodoscandidatosefectivos.

2–Oscandidatosconsideram-seordenadossegundoasequên-ciadarespectivadeclaraçãodecandidatura.

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Artigo16.ºCritério de eleição

A conversão dos votos emmandatos faz-se de acordo comométodo de representação proporcional deHondt, obedecendo àsseguintesregras:

a) Apura-seemseparadoonúmerodevotosrecebidosporcadalistanocolégioeleitoral;

b) O número de votos apurados por cada lista será divididosucessivamentepor1,2,3,4,5,etc.,ealinhadososquocien-tespelaordemdecrescentedasuagrandeza,numasériedetantostermosquantososmandatosatribuídosaocolégioelei-toral;

c) Osmandatospertencerãoàs listasaquecorrespondemostermosdasérieestabelecidapela regraanterior, recebendocadaumadas listas tantosmandatosquantos sãoos seustermosnasérie;

d) No caso de restar um só mandato para distribuir e de ostermosseguintesdasérieseremiguaisedelistasdiferentes,omandatocaberáà listaquetiverobtidomenornúmerodevotos.

Artigo17.ºDistribuição dos lugares dentro das listas

1–Dentrodecadalista,osmandatossãoconferidosaoscan-didatospelaordemdeprecedênciaindicadanadeclaraçãodecan-didatura.

2–Nocasodemortedocandidatooudedoençaquedetermineimpossibilidade física ou psíquica, de perda de mandato ou deopção por função incompatível coma de deputado, omandato éconferidoaocandidato imediatamenteseguintena referidaordemdeprecedência.

3–Aexistênciade incompatibilidadeentreas funçõesdesem-penhadaspelocandidatoeoexercíciodocargodedeputadonãoimpedeaatribuiçãodomandato.

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Artigo18.ºVagas ocorridas na Assembleia Legislativa da Região Autóno-

ma da Madeira

1 –As vagas ocorridas naAssembleia Legislativa da RegiãoAutónomadaMadeirasãopreenchidaspelocidadãoimediatamen-teaseguirnaordemdarespectivalistaou,tratando-sedecoligação,pelocidadãoimediatamenteaseguirdopartidopeloqualhaviasidopropostoocandidatoquedeuorigemàvaga.

2 – Quando, por aplicação da regra contida na parte final donúmeroanterior,setorneimpossívelopreenchimentodavagaporcidadãopropostopelomesmopartido,omandatoseráconferidoaocandidato imediatamente a seguir na ordem da lista apresentadapelacoligação.

3–Nãohálugaraopreenchimentodevaganocasodejánãoexistirem candidatos efectivos ou suplentes não eleitos da lista aquepertenciaotitulardomandatovago.

4–Osdeputadosque foremnomeadosmembrosdoGovernoRegionalnãopodemexerceromandatoatéàcessaçãodaquelasfunçõesesãosubstituídosnostermosdon.º1.

TÍTULOIIIOrganização do processo eleitoral

CAPÍTULOIMarcação da data da eleição

Artigo19.ºMarcação da eleição

1 – O Presidente da República marca a data da eleição dosdeputadosàAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadei-ra,comaantecedênciamínimade60diasou,emcasodedissolu-ção,comaantecedênciamínimade55dias.

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2–Nocasodeeleiçõesparanovalegislatura,estasrealizam-seentreodia22deSetembroeodia14deOutubrodoanocorres-pondenteaotermodalegislatura.

Artigo20.ºDia das eleições

Odiadaseleiçõesdeverecairemdomingoouferiado.

CAPÍTULOIIApresentação de candidaturas

SECÇÃOIPropositura

Artigo21.ºPoder de apresentação

1–Ascandidaturassãoapresentadaspelospartidospolíticos,isoladamenteouemcoligação,desdequeregistadosatéaoiníciodoprazodeapresentaçãodecandidaturas,easlistaspodeminte-grarcidadãosnãoinscritosnosrespectivospartidos.

2–Nenhumpartidopodeapresentarmaisdeumalistadecan-didatos.

Artigo22.ºColigações para fins eleitorais

1–Ascoligaçõesdepartidosparafinseleitoraisdevemserano-tadaspeloTribunalConstitucionalecomunicadasatéàapresenta-ção efectiva das candidaturas em documento assinado conjunta-mentepelosórgãoscompetentesdos respectivospartidosaessemesmo tribunal, com indicação das suas denominações, siglas e

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símbolos,bemcomoanunciadasdentrodomesmoprazoemdoisdosjornaisdiáriosmaislidosdaRegiãoAutónomadaMadeira.

2–Ascoligaçõesdeixamdeexistirlogoquefortornadopúblicooresultadodefinitivodaseleições,maspodemtransformar-seemcoligações de partidos políticos, nos termos e para os efeitos dodispostonoartigo11.ºdaLeiOrgânican.º2/2003,de22deAgosto.

3–Éaplicávelàscoligaçõesdepartidosparafinseleitoraisodispostonon.º3doartigo11.ºdaLeiOrgânican.º2/2003,de22deAgosto.

Artigo23.ºDecisão

1–Nodiaseguinteàapresentaçãoparaaanotaçãodascoliga-ções,oTribunalConstitucional,emsessão,apreciaalegalidadedasdenominações,siglasesímbolos,bemcomoasua identidadeousemelhançacomasdeoutrospartidos,coligaçõesoufrentes.

2 – A decisão prevista no número anterior é imediatamentepublicadaporeditalmandadoafixarpelopresidenteàportadotri-bunal.

3–Noprazodevinteequatrohorasa contardaafixaçãodoeditalpodemosmandatáriosdequalquerlistaapresentadaporqual-quer coligação ou partido recorrer da decisão para o plenário doTribunalConstitucional.

4–OTribunalConstitucionaldecideemplenáriodos recursosreferidosnonúmeroanterior,noprazodequarentaeoitohoras.

Artigo24.ºProibição de candidatura plúrima

1–Ninguémpodefiguraremmaisdeuma lista, sobpenadeinelegibilidade.

2–AqualidadededeputadoàAssembleiadaRepúblicanãoéimpeditivadade candidatoadeputadodaAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeira.

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Artigo25.ºApresentação de candidaturas

1–Aapresentaçãodecandidaturascabeaosórgãoscompeten-tesdospartidospolíticos.

2–Aapresentação faz-seaté40diasantesdadatamarcadaparaaseleições,peranteosjuízoscíveisdoTribunaldaComarcadoFunchal.

Artigo26.ºRequisitos formais da apresentação

1 –A apresentação consiste na entrega da lista contendo osnomes e demais elementos de identificação dos candidatos e domandatário da lista, bem como da declaração de candidatura, eainda,nocasode listaapresentadaporcoligação,a indicaçãodopartidoquepropõecadaumdoscandidatos.

2–Paraosefeitosdodispostononúmeroanterior,devemen-tender-sepordemaiselementosdeidentificaçãoosseguintes:ida-de,número,arquivodeidentificaçãoedatadobilhetedeidentidade,filiação,profissão,naturalidadeeresidência.

3–Adeclaraçãodecandidaturaéassinadaconjuntaousepa-radamentepeloscandidatos,edeladeveconstarque:

a) Nãoestãoabrangidosporqualquerinelegibilidade;b) Nãofiguramemmaisnenhumalistadecandidatura;c) Aceitamacandidaturapelopartidooucoligaçãoeleitoralpro-

ponentedalista;d) Concordamcomomandatárioindicadonalista.

4–Cadalistaéinstruídacomosseguintesdocumentos:a) Certidão,oupúblicaformadecertidão,doTribunalConstitu-

cionalcomprovativadoregistodopartidopolíticoedarespec-tivadataeainda,nocasodelistaapresentadaporcoligação,documentos comprovativosdos requisitosexigidosnon.º 1doartigo22.º;

b) Certidãodeinscriçãonorecenseamentoeleitoraldecadaumdos candidatos, bem como domandatário, identificando-osemfunçãodoselementosreferidosnon.º2.

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Artigo27.ºDenominações, siglas e símbolos

1–Cadapartidoutilizasempre,duranteacampanhaeleitoral,asuadenominação,siglaesímbolo.

2–Ossímboloseassiglasdascoligaçõesreproduzemrigoro-samenteoconjuntodossímbolosedassiglasdospartidospolíticosqueasintegram.

Artigo28.ºMandatários das listas

1–Oscandidatosdecadalistadesignam,deentreelesoudeentreoseleitoresinscritosnocírculo,ummandatárioparaosrepre-sentarnasoperações referentesao julgamentodaelegibilidadeenasoperaçõessubsequentes.

2–Amoradadomandatárioésempreindicadanoprocessodecandidatura.

Artigo29.ºPublicação das listas e verificação das candidaturas

1–Terminadooprazoparaapresentaçãodelistas,ojuizmandaafixarcópiasàportadoedifíciodotribunal.

2–Nosdoisdiassubsequentesaotermodoprazodeapresen-taçãodecandidaturasojuizverificaaregularidadedoprocesso,aautenticidadedosdocumentosqueointegrameaelegibilidadedoscandidatos.

Artigo30.ºIrregularidades processuais

Verificando-seirregularidadesprocessuais,ojuizmandanotificarimediatamenteomandatáriodalistaparaassuprirnoprazodetrêsdias.

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Artigo31.ºRejeição de candidaturas

1–Sãorejeitadososcandidatosinelegíveis.2–Omandatárioda listaé imediatamentenotificadoparaque

procedaà substituiçãodo candidato ou candidatos inelegíveis noprazodetrêsdias,sobpenaderejeiçãodetodaalista.

3–Nocasodealistanãoconteronúmerototaldecandidatos,omandatáriodevecompletá-lanoprazodetrêsdias,sobpenaderejeiçãodetodaalista.

4–Findososprazosdosn.os 2 e3, o juiz, emvinteequatrohoras,fazoperarnaslistasasrectificaçõesouaditamentosreque-ridospelos respectivosmandatárioseafixaàportadoedifíciodotribunalaslistasrectificadasoucompletadas.

Artigo32.ºPublicação das decisões

Findooprazodon.º4doartigoanterioroudon.º2doartigo29.º,senãohouveralteraçõesnaslistas,ojuizfazafixaràportadoedifíciodotribunalaslistasrectificadasoucompletadaseaindica-çãodasquetenhamsidoadmitidasourejeitadas.

Artigo33.ºReclamações

1–Dasdecisõesdojuizrelativasàapresentaçãodascandida-turaspodemreclamarparaoprópriojuiz,noprazodedoisdiasapósapublicaçãoreferidanoartigoanterior,oscandidatos,osseusman-datárioseospartidospolíticosconcorrentesàeleição.

2–Tratando-sedereclamaçãoapresentadacontraaadmissãode qualquer candidatura, o juiz manda notificar imediatamente omandatáriodarespectivalistapararesponder,querendo,noprazodevinteequatrohoras.

3–Tratando-sedereclamaçãoapresentadacontraanãoadmis-sãodequalquercandidatura,ojuizmandanotificarimediatamente

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omandatário das restantes listas, ainda que não admitidas, pararesponderem,querendo,noprazodevinteequatrohoras.

4–Ojuizdevedecidirnoprazodequarentaeoitohorasacon-tardotermodoprazoprevistonosnúmerosanteriores.

5–Quandonãohajareclamações,oudecididasasquetenhamsidoapresentadas,ojuizmandaafixaràportadoedifíciodotribunalumarelaçãocompletadetodasaslistasadmitidas.

6–Éenviadacópiadas listasreferidasnonúmeroanterioraoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

Artigo34.ºSorteio das listas apresentadas

1 –No dia seguinte ao termodo prazo para apresentação decandidaturas,ojuizprocede,napresençadoscandidatosouseusmandatáriosquecompareçam,aosorteiodas listasapresentadasparaoefeitode lhesatribuirumaordemnosboletinsdevoto, la-vrando-seautodosorteio.

2 – A realização do sorteio e a impressão dos boletins nãoimplicamaadmissãodascandidaturas,devendoconsiderar-sesemefeitorelativamenteàlistaoulistasque,nostermosdosartigos31.ºeseguintes,venhamaserdefinitivamenterejeitadas.

3–Oresultadodosorteioéafixadoàportadotribunal,sendoenviadascópiasdoautoaoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeiraeàComissãoNacionaldeEleições.

SECÇÃOIIContencioso da apresentação das candidaturas

Artigo35.ºRecurso para o Tribunal Constitucional

1–Dasdecisõesfinaisdojuizrelativasàapresentaçãodecan-didaturascaberecursoparaoTribunalConstitucional.

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2–Orecursodeveserinterpostonoprazodequarentaeoitohorasacontardaafixaçãodas listasaquese refereon.º5doartigo33.º

3–Ainterposiçãoderecursospoderáserfeitaporcorreioelec-trónico ou por fax, sem prejuízo do posterior envio de todos oselementosreferidosnoartigo37.º.

Artigo36.ºLegitimidade

Têmlegitimidadeparainterporrecursooscandidatos,osrespec-tivosmandatárioseospartidospolíticosconcorrentesàeleição.

Artigo37.ºRequerimento e interposição do recurso

1–Orequerimentodainterposiçãodorecurso,doqualdevemconstarosseusfundamentos,éentreguenotribunalqueproferiuadecisãorecorrida,acompanhadodetodososelementosdeprova.

2–Tratando-sederecursocontraaadmissãodequalquercan-didatura,otribunalrecorridomandanotificarimediatamenteoman-datáriodarespectivalista,paraeste,oscandidatosouospartidospolíticosproponentesresponderem,querendo,noprazodevinteequatrohoras.

3–Tratando-sederecursocontraanãoadmissãodequalquercandidatura, o tribunal recorridomanda notificar imediatamente aentidadequetiverimpugnadoasuaadmissãonostermosdoartigo33.º, seahouver, para responder,querendo,noprazodevinteequatrohoras.

4–OrecursosobeaoTribunalConstitucionalnosprópriosautos.

Artigo38.ºDecisão

1–OTribunalConstitucional,emplenário,decidedefinitivamen-te no prazo de quarenta e oito horas a contar da recepção dos

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autos prevista no artigo anterior, comunicando telegraficamente adecisão,noprópriodia,aojuizrecorrido.

2–OTribunalConstitucionalprofereumúnicoacórdão,noqualdecidetodososrecursosrelativosàslistasconcorrentes.

Artigo39.ºPublicação das listas

1–Aslistasdefinitivamenteadmitidassãoimediatamenteafixa-dasàportadotribunaleenviadas,porcópia,àComissãoNacionaldeEleiçõeseaoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira,queaspublicam,noprazodevinteequatrohoras,poreditaisafixadosàportadogabinetedoRepresentantedaRepúblicaedetodasascâmarasmunicipaisdocírculo.

2–Nodiadaseleiçõesas listassujeitasasufrágiosãonova-mentepublicadasporeditaisàportaenointeriordasassembleiasde voto, a cujo presidente são enviadas pelo Representante daRepúblicajuntamentecomosboletinsdevoto.

SECÇÃOIIISubstituição e desistência de candidatos

Artigo40.ºSubstituição de candidatos

1–Apenashá lugaràsubstituiçãodecandidatos,até15diasantesdodiadesignadoparaaeleição,nosseguintescasos:

a) Eliminação em virtude de julgamento definitivo de recursofundadoeminelegibilidade;

b) Morteoudoençaquedetermineimpossibilidadefísicaoupsí-quica;

c) Desistênciadocandidato.

2 – Sem prejuízo do disposto no artigo 15.º, a substituição éfacultativa, passando os substitutos a figurar na lista a seguir aoúltimodossuplentes.

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Artigo41.ºNova publicação das listas

Emcasodesubstituiçãodecandidatosoudeanulaçãodedeci-sãoderejeiçãodequalquerlista,procede-seanovapublicaçãodasrespectivaslistas.

Artigo42.ºDesistência

1–Élícitaadesistênciadalistaatéquarentaeoitohorasantesdodiadaeleição.

2–Adesistênciadeverásercomunicadapelopartidoproponen-te ao juiz, o qual, por sua vez, a comunica aoRepresentante daRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

3–Éigualmentelícitaadesistênciadequalquercandidato,me-diantedeclaraçãoporelesubscrita,comaassinaturareconhecidaperanteonotário,mantendo-se,porém,avalidadedalistaapresen-tada.

CAPÍTULOIIIConstituição das assembleias de voto

Artigo43.ºAssembleia de voto

1–Acadafreguesiacorrespondeumaassembleiadevoto.2 – As assembleias de voto das freguesias com um número

sensivelmentesuperiora1000sãodivididasemsecçõesdevoto,demodoqueonúmerodeeleitoresdecadaumanãoultrapassesensivelmenteessenúmero.

3–Atéao35.ºdiaanterioraodiadaeleição,opresidentedacâmara municipal determina os desdobramentos previstos nonúmeroanterior,comunicando-osimediatamenteàcorrespondentejuntadefreguesia.

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4–Dadecisãoreferidanonúmeroanteriorcaberecurso,a in-terpornoprazodedoisdias,poriniciativadasjuntasdefreguesiaoude, pelomenos, 10eleitoresdequalquer assembleiade voto,paraoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadei-ra,quedecideemdefinitivoeemigualprazo.

5 – O mapa definitivo das assembleias e secções de voto éimediatamenteafixadonascâmarasmunicipais.

Artigo44.ºDia e hora das assembleias de voto

Asassembleiasdevotoreúnem-senodiamarcadoparaaselei-ções,às8horasdamanhã,emtodooterritórioeleitoral.

Artigo45.ºLocal das assembleias de voto

1–Asassembleiasdevotodevemreunir-seemedifíciospúbli-cos,depreferênciaescolas,sedesdemunicípiosou juntasdefre-guesiaqueofereçamas indispensáveis condiçõesde capacidade,segurança e acesso. Na falta de edifícios públicos em condiçõestoleráveis,recorrer-se-áaedifícioparticularrequisitadoparaoefeito.

2–Competeaopresidentedacâmaramunicipaldeterminaroslocaisemquefuncionamasassembleiaseleitorais.

Artigo46.ºEditais sobre as assembleias de voto

1–Atéao15.ºdiaanterioraodiadaeleição,ospresidentesdascâmarasmunicipaisanunciam,poreditaisafixadosnoslugaresdeestilo,odia,ahoraeoslocaisemquesereúnemasassembleiasdevotoeosdesdobramentosdestas,seaeleshouverlugar.

2–Nocasodedesdobramentodeassembleiasdevoto,osedi-taisindicam,também,osnúmerosdeinscriçãonorecenseamentodoscidadãosquedevemvotaremcadasecção.

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Artigo47.ºMesas das assembleias e secções de voto

1–Emcadaassembleiaousecçãodevotoéconstituídaumamesaparapromoveredirigirasoperaçõeseleitorais.

2–Amesaécompostaporumpresidente,peloseusuplenteeportrêsvogais,sendoumsecretárioedoisescrutinadores.

3–Nãopodemserdesignadosmembrosdamesaoseleitoresquenãosaibamlereescreverportuguêse,salvonoscasosprevis-tosnon.º3doartigo50.º,devemfazerpartedaassembleiaeleito-ralparaqueforamnomeados.

4–Salvomotivodeforçamaioroujustacausa,éobrigatórioodesempenhodas funçõesdemembrodamesadeassembleiaousecçãodevoto.

5–Sãocausasjustificativasdeimpedimento:a) Idadesuperiora65anos;b) Doençaouimpossibilidadefísicacomprovadapelodelegado

desaúdemunicipal;c) Mudançaderesidênciaparaaáreadeoutromunicípio,com-

provadapelajuntadefreguesiadanovaresidência;d) Ausêncianoestrangeiro,devidamentecomprovada;e) Exercíciodeactividadeprofissionaldecarácterinadiável,de-

vidamentecomprovadaporsuperiorhierárquico.

6–Ainvocaçãodecausajustificativaéfeita,semprequeoelei-toropossafazer,atétrêsdiasantesdaeleição,peranteopresiden-tedacâmaramunicipal.

7–Nocasoprevistononúmeroanterior,opresidentedacâma-ra procede imediatamente à substituição, nomeando outro eleitorpertencenteàassembleiadevoto.

Artigo48.ºDelegados das listas

1–Emcadaassembleiadevotoháumdelegado,erespectivosuplente,decadalistadecandidatospropostaàeleição.

2–Osdelegadosdaslistaspodemnãoestarinscritosnorecen-seamentocorrespondenteàassembleiaousecçãodevotoemquedevemexercerassuasfunções.

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Artigo49.ºDesignação dos delegados das listas

1–Atéao18.ºdiaanterioraodiadaeleição,oscandidatosouosmandatáriosdasdiferentes listas indicampor escrito aopresi-dentedacâmaramunicipaldelegadosesuplentesparaasrespec-tivasassembleiasesecçõesdevoto.

2–Acadadelegadoe respectivosuplenteéantecipadamenteentregueumacredencialaserpreenchidapelopartidooucoligação,devendoserapresentadaparaassinaturaeautenticaçãoàautori-dadereferidanonúmeroanteriorquandodarespectiva indicação,e na qual figuram obrigatoriamente o nome, freguesia e númerodeinscriçãonorecenseamento,número,dataearquivodobilhetede identidade e da assembleia eleitoral onde irá exercer as suasfunções.

3–Nãoé lícitoaospartidos impugnaraeleiçãocombaseemfaltadequalquerdelegado.

Artigo50.ºDesignação dos membros das mesas

1–Atéao17.ºdiaanterioraodesignadoparaaeleiçãodevemosdelegadosreunir-senasededajuntadefreguesia,aconvocaçãodorespectivopresidente,paraprocederàescolhadosmembrosdamesadasassembleiasousecçõesdevoto,devendoessaescolhaserimediatamentecomunicadaaopresidentedacâmaramunicipal.Quandoaassembleiadevotohajasidodesdobrada,estápresenteàreuniãoapenasumdelegadodecadalistadeentreosquehou-veremsidopropostospeloscandidatosoupelosmandatáriosdasdiferenteslistas.

2 – Na falta de acordo, o delegado de cada lista propõe porescrito,no16.ºou15.ºdiaanterioraodesignadoparaaseleições,aopresidentedacâmaramunicipal,doiscidadãosporcada lugaraindaporpreencherparaqueentreelessefaçaaescolha,nopra-zodevinteequatrohoras,atravésdesorteioefectuadonoedifíciodacâmaramunicipalenapresençadosdelegadosdaslistascon-correntesàeleição,nasecçãodevotoemcausa.

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Noscasosemquenão tenhamsidopropostoscidadãospelosdelegadosdas listas,competeaopresidentedacâmaramunicipalnomearosmembrosdamesacujoslugaresestejamporpreencher.

3–Nassecçõesdevotoemqueonúmerodecidadãoscomosrequisitosnecessáriosàconstituiçãodasmesassejacomprovada-mente insuficiente,competeaospresidentesdascâmarasmunici-paisnomear,deentreoscidadãosinscritosnorecenseamentoelei-toraldamesmafreguesia,osmembrosemfalta.

4–Osnomesdosmembrosdamesaescolhidospelosdelega-dosdaslistasoupelasautoridadesreferidasnosnúmerosanterio-ressãopublicadosemeditalafixado,noprazodequarentaeoitohoras, à porta da sede da junta de freguesia, podendo qualquereleitor reclamarcontraaescolhaperanteopresidentedacâmaramunicipalnosdoisdiasseguintes,comfundamentoempreteriçãodosrequisitosfixadosnapresentelei.

5 –Aquela autoridadedecidea reclamaçãoemvinte e quatrohorase,seaatender,procede imediatamenteanovadesignaçãoatravésdesorteioefectuadonoedifíciodacâmaramunicipalenapresençadosdelegadosdaslistasconcorrentesàeleiçãonasecçãodevotoemcausa.

6 –Até cinco dias antes do dia das eleições, o presidente dacâmaralavraoalvarádenomeaçãodosmembrosdasmesasdasassembleiaseleitoraiseparticipaasnomeaçõesaoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeiraeàs juntasdefre-guesiacompetentes.

7–Osqueforemdesignadosmembrosdemesadaassembleiaeleitoralequeatétrêsdiasantesdaseleiçõesjustifiquem,noster-moslegais,aimpossibilidadedeexerceremessasfunçõessãoime-diatamente substituídos, nos termos do n.º 2, pelo presidente dacâmaramunicipal.

Artigo51.ºConstituição da mesa

1–Amesadaassembleiaousecçãodevotonãopodeconstituir-seantesdahoramarcadaparaareuniãodaassembleia,nememlocaldiversodoquehouversidodeterminado,sobpenadenulida-dedetodososactosemqueparticiparedaeleição.

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2–Apósaconstituiçãodamesa,élogoafixadoàportadoedi-fícioemqueestiverreunidaaassembleiadevotoumedital,assi-nadopelopresidente,contendoosnomesenúmerosdeinscriçãonorecenseamentodoscidadãosque formamamesaeonúmerodoseleitoresinscritos.

3–Semprejuízododispostonon.º1,osmembrosdasmesasdas assembleias ou secções de voto devem estar presentes nolocal do seu funcionamento uma hora antes da marcada para oiníciodasoperaçõeseleitorais,afimdequeestaspossamcomeçaràhorafixada.

4–Seatéumahoraapósahoramarcadaparaaaberturadaassembleia for impossívelconstituiramesapornãoestarempre-sentesosmembrosindispensáveisaoseufuncionamento,opresi-dentedajuntadefreguesiadesigna,medianteacordounânimedosdelegados de lista presentes, substitutos dosmembros ausentes,deentrecidadãoseleitoresdereconhecidaidoneidadeinscritosnes-saassembleia ou secção, considerando semefeito a partir destemomentoadesignaçãodosanterioresmembrosdamesaquenãotenhamcomparecido.

5–Osmembrosdasmesasdeassembleiaseleitoraissãodis-pensadosdodeverdecomparênciaaorespectivoempregoouser-viçonodiadaseleiçõesenodiaseguinte,semprejuízodetodososseusdireitoseregalias,incluindoodireitoàretribuição,devendoparaoefeitofazerprovabastantedessaqualidade.

Artigo52.ºPermanência da mesa

1–Constituídaamesa,elanãopodeseralteradasalvocasodeforçamaior.Daalteraçãoedassuasrazõesédadacontaemeditalafixadonolocalindicadonoartigoanterior.

2 – Para a validade das operações eleitorais é necessária apresença,emcadamomento,dopresidenteoudoseusuplenteede,pelomenos,doisvogais.

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Artigo53.ºPoderes dos delegados

1–Osdelegadosdaslistastêmosseguintespoderes:a) Ocupar os lugares mais próximos das mesas, de modo a

poderfiscalizartodasasoperaçõeseleitorais;b) Serouvidoseesclarecidosacercadetodasasquestõessus-

citadasduranteofuncionamentodaassembleiadevoto,quernafasedevotaçãoquernafasedeapuramento;

c) Consultaratodoomomentoascópiasdoscadernosderecen-seamentoeleitoralutilizadospelamesadaassembleiadevoto;

d) Apresentar,oralmenteouporescrito,reclamações,protestosoucontraprotestosrelativosàsoperaçõesdevoto;

e) Assinaraactaerubricar,selarelacrartodososdocumentosrespeitantesàsoperaçõesdevoto;

f) Obtercertidõesdasoperaçõesdevotaçãoeapuramento.

2 –Os delegados das listas não podem ser designados parasubstituirmembrosdamesafaltosos.

Artigo54.ºImunidades e direitos

1–Osdelegadosdas listasnãopodemserdetidosduranteofuncionamentodaassembleiadevoto,anãoserporcrimepunívelcompenasuperioratrêsanoseemflagrantedelito.

2 – Os delegados das listas gozam do direito consignado non.º5doartigo51.º.

Artigo55.ºCadernos de recenseamento

1 – Logo que definidas as assembleias e secções de voto edesignadososmembrosdasmesas,acomissãoderecenseamen-todeveforneceraestas,aseupedido,duascópiasoufotocópiasautenticadasdoscadernosderecenseamento.

2–Quandohouverdesdobramentodaassembleiadevoto,ascópiasoufotocópiasabrangemapenasasfolhasdoscadernoscor-

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respondentesaoseleitoresquehajamdevotaremcadasecçãodevoto.

3 –As cópias ou fotocópias previstas nos números anterioresdevemserobtidasomaistardaratédoisdiasantesdaeleição.

4–Osdelegadosdaslistaspodematodootempoconsultarascópiasoufotocópiasdoscadernosderecenseamento.

Artigo56.ºOutros elementos de trabalho da mesa

1–Opresidentedacâmaramunicipalentregaacadapresiden-te de assembleia ou secção de voto, até três dias antes do diadesignadoparaaeleição,umcadernodestinadoàsactasdasope-rações eleitorais, com termode abertura por ele assinado e comtodasasfolhasporelerubricadas,bemcomoosimpressosemapasquesetornemnecessários.

2–Opresidentedacâmaramunicipalentregatambémacadapresidentedeassembleiaousecçãodevoto,atétrêsdiasantesdodiadesignadoparaaeleição,osboletinsdevotoque lhes foremremetidospeloRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

TÍTULOIVCampanha eleitoral

CAPÍTULOIPrincípios gerais

Artigo57.ºInício e termo da campanha eleitoral

Operíododacampanhaeleitoralinicia-seno14.ºdiaanterioraodia designado para a eleição e finda às vinte e quatro horas daantevésperadodiamarcadoparaaeleição.

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Artigo58.ºPromoção e realização da campanha eleitoral

Apromoçãoerealizaçãodacampanhaeleitoralcabemsempreaoscandidatoseaospartidospolíticos,semprejuízodaparticipa-çãoactivadoscidadãos.

Artigo59.ºIgualdade de oportunidades das candidaturas

Oscandidatos,ospartidospolíticoseascoligaçõesqueospro-põemtêmdireitoaigualtratamentoporpartedasentidadespúblicaseprivadasafimdeefectuarem, livrementeenasmelhorescondi-ções,asuacampanhaeleitoral.

Artigo60.ºNeutralidade e imparcialidade das entidades públicas

1–OstitularesdosórgãoseosagentesdoEstado,dasRegiõesAutónomas,dasautarquias,daspessoascolectivasdedireitopú-blico,daspessoascolectivasdeutilidadepúblicaadministrativa,dassociedadesconcessionáriasdeserviçospúblicos,debensdedomí-nio público ou de obras públicas e das sociedades de economiapúblicaoumistadevem,noexercíciodassuasfunções,manterri-gorosaneutralidadeperanteasdiversascandidaturaseospartidospolíticos.Nessaqualidadenãopoderãointervir,nemproferirdecla-rações,assumirposições, terprocedimentos,directaou indirecta-mente, na campanha eleitoral, nem praticar actos que, de algummodo, favoreçamouprejudiquemumconcorrenteàseleiçõesemdetrimentoouvantagemdeoutros.

2–Osfuncionárioseagentesdasentidadesreferidasnonúme-roanteriorobservam,noexercíciodassuasfunções,rigorosaneu-tralidadeperanteasdiversascandidaturas,bemcomoperanteosdiversospartidos.

3 – É vedada a exibição de símbolos, siglas, autocolantes ououtroselementosdepropagandaportitularesdeórgãos,funcioná-

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rioseagentesdasentidadesreferidasnon.º1duranteoexercíciodassuasfunções,bemcomoacolocaçãoouexibiçãodosreferidossímbolosporqualquercidadãoqueestiverpresenteemactos,even-tosoucerimóniasdecarizoficial.

4–Oregimeprevistonopresenteartigoéaplicávelapartirdapublicaçãododecretoquemarqueadatadaseleições.

Artigo61.ºLiberdade de expressão e de informação

1–Nodecursodacampanhaeleitoralnãopodeserimpostaqual-querlimitaçãoàlivreexpressãodeprincípiospolíticos,económicosesociais,semprejuízodeeventualresponsabilidadecivilecriminal.

2 – Durante o período da campanha eleitoral não podem seraplicadasàsempresasqueexploremmeiosdecomunicaçãosocial,nemaosseusagentes,quaisquersançõesporactosintegradosnacampanha,semprejuízoda responsabilidadeemque incorram,aqualsóseráefectivadaapósodiadaeleição.

Artigo62.ºLiberdade de reunião

Aliberdadedereuniãoparafinseleitoraisenoperíododacam-panhaeleitoralrege-sepelodispostonaleigeralsobreodireitodereunião,comasseguintesespecialidades:

a) Oavisoaqueserefereon.º2doartigo2.ºdoDecreto-Lein.º406/74,de29deAgosto,deveráserfeitopeloórgãocom-petente do partido político, quando se trate de reuniões,comícios,manifestaçõesoudesfilesemlugarespúblicosouabertosaopúblicoearealizarporessepartido;

b) Os cortejos, os desfiles e a propaganda sonora podem terlugaremqualquerdiaehora,respeitando-seapenasoslimi-tesimpostospelamanutençãodeordempública,daliberda-dedetrânsitoedetrabalhoeaindaosdecorrentesdoperí-ododedescansodoscidadãos;

c) Oautoaquealudeon.º2doartigo5.ºdoDecreto-Lein.º406/74, de 29 deAgosto, deve ser enviado, por cópia, ao

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delegadodaComissãoNacionaldeEleiçõeseaoórgãocom-petentedopartidopolíticointeressado;

d) Aordemdealteraçãodostrajectosoudesfilesserádadapelaautoridadecompetenteeporescritoaoórgãocompetentedopartido político interessado e comunicada ao delegado daComissãoNacionaldeEleições;

e) Autilizaçãodoslugarespúblicosaqueserefereoartigo9.ºdoDecreto-Lein.º406/74,de29deAgosto,deveserrepar-tidaigualmentepelosconcorrentesnocírculo;

f) Apresençadeagentesdeautoridadeemreuniõesorganiza-dasporqualquerpartidopolíticoapenaspodesersolicitadapeloórgãocompetentedopartidoqueosorganizar,ficandoesseórgãoresponsávelpelamanutençãodaordemquandonãofaçatalsolicitação;

g) Olimiteaquealudeoartigo11.ºdoDecreto-Lein.º406/74,de29deAgosto,éalargadoatéàs2horasdamadrugadaduranteacampanhaeleitoral;

h) Orecursoprevistonon.º1doartigo14.ºdoDecreto-Lein.º406/74,de29deAgosto,éinterpostonoprazodequarentaeoitohorasparaoTribunalConstitucional.

Artigo63.ºProibição da divulgação de sondagens

Desdeo final da campanhaaté ao encerramento das urnas éproibida a divulgação de resultados de sondagens ou inquéritosrelativosàatitudedoseleitoresperanteosconcorrentes.

CAPÍTULOIIPropaganda eleitoral

Artigo64.ºPropaganda eleitoral

Entende-seporpropagandaeleitoraltodaaactividadequevise,directaou indirectamente,promovercandidaturas,sejadoscandi-

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datos,dospartidospolíticos,dostitularesdosseusórgãosouseusagentesoudequaisqueroutraspessoas,nomeadamenteapubli-caçãodetextosouimagensqueexprimamoureproduzamocon-teúdodessaactividade.

Artigo65.ºDireito de antena

1–Ospartidospolíticoseascoligaçõestêmdireitodeacesso,parapropagandaeleitoral,àsestaçõesdetelevisãoerádiopúblicaseprivadas.

2 – Durante o período da campanha eleitoral as estações derádioetelevisãoreservamaospartidospolíticoseàscoligaçõesosseguintestemposdeemissão:

a) OCentroRegionaldaMadeiradaRadiotelevisãoPortuguesa(RTP-M):

De segunda-feira a sexta-feira – quinze minutos, entre as19eas22horas;

Aossábadosedomingos– trintaminutos,entreas19eas22horas;

b) OCentroRegionaldaMadeiradaRadiodifusãoPortuguesa(RDP-M)–sessentaminutosdiários,dosquaisvinteminutosentreas7eas12horas,vinteminutosentreas12eas19horasevinteminutosentreas19eas24horas;

c) Asestaçõesprivadasderadiodifusãodeâmbitoregional,emondamédiaefrequênciamodelada,ligadasatodososseusemissores,quando tiveremmaisdeum–sessentaminutosdiários,dosquaisvinteminutosentreas7eas12horasequarentaminutosentreas19eas24horas.

3 –Até 10 dias antes da abertura da campanha as estaçõesdevem indicar ao delegado daComissãoNacional de Eleições ohorárioprevistoparaasemissões.

4–Asestaçõesderádioetelevisãoregistamearquivam,peloprazodeumano,oregistodasemissõescorrespondentesaoexer-cíciododireitodeantena.

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Artigo66.ºDistribuição dos tempos reservados

1–OstemposdeemissãoreservadospelaRadiotelevisãoPor-tuguesadaMadeira(RTPM),

pelo Emissor Regional da Radiodifusão Portuguesa e pelasestaçõesderádioprivadasqueemitamapartirdaRegiãosãore-partidos,demodoproporcional,pelospartidospolíticosecoligaçõesquehajamapresentadocandidaturas.

2–OdelegadodaComissãoNacionaldeEleições,atétrêsdiasantesdaaberturadacampanhaeleitoral,organiza,deacordocomo critério referido no número anterior, tantas séries de emissõesquantospartidospolíticoseascoligaçõescomdireitoaelas,proce-dendo-seasorteioentreosqueestiveremcolocadosemposiçãoidêntica.

Artigo67.ºPublicações de carácter jornalístico

1–Aspublicaçõesnoticiosasdiáriasounãodiáriasdeperiodi-cidadeinferiora15dias,quepretendaminserirmatériarespeitanteàcampanhaeleitoral,devemcomunicá-loaodelegadodaComissãoNacional deEleições até três dias depois daabertura damesmacampanha.

2–Essaspublicaçõesdevemdarumtratamentojornalísticonãodiscriminatórioàsdiversascandidaturas,nostermosdoDecreto-Lein.º85-D/75,de26deFevereiro,edemaislegislaçãoaplicável.

3–Odispostonon.º1nãoseaplicaàimprensaestatizada,quedeveinserirsemprematériarespeitanteàcampanhaeleitoralecum-prir,paraefeitodeigualdadedetratamento,opreceituadonalegis-laçãoreferidanonúmeroanterior.

4–Aspublicações referidasnon.º 1, quenão tenham feitoacomunicaçãoaliprevista,nãopodem inserirpropagandaeleitoral,masapenasamatériaqueeventualmente lhessejaenviadapelaComissãoNacionaldeEleições.

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Artigo68.ºSalas de espectáculos

1–Osproprietáriosdesalasdeespectáculosoudeoutrosre-cintosdenormalutilizaçãopúblicaquereunamcondiçõesparase-remutilizadosna campanhaeleitoral devemdeclará-lo aoRepre-sentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira,até10diasantesdaaberturadacampanhaeleitoral, indicandoasdataseashorasemqueassalasourecintospodemserutilizadosparaaque-lefim.Nafaltadedeclaraçãoouemcasodecomprovadacarência,o Representante da República na RegiãoAutónoma da Madeirapoderequisitarassalaseosrecintosqueconsiderenecessáriosàcampanhaeleitoral,semprejuízodaactividadenormalepropagan-daparaosmesmos.

2–O tempodestinadoapropagandaeleitoral, nos termosdonúmero anterior, é repartido igualmente pelos partidos políticos ecoligaçõesqueodesejemetenhamapresentadocandidatura.

3 –Até três dias antes da abertura da campanha eleitoral, oRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira,ou-vidososmandatáriosdaslistas,indicaráosdiaseashorasatribu-ídosacadapartidoecoligações,demodoaasseguraraigualdadeentretodos.

Artigo69.ºPropaganda gráfica e sonora

1–Asjuntasdefreguesiadevemestabelecer,atétrêsdiasantesdoiníciodacampanhaeleitoral,espaçosespeciaisemlocaiscertos,destinadosàfixaçãodecartazes,fotografias,jornaismurais,mani-festoseavisos.

2–Osespaçosreservadosnoslocaisprevistosnonúmeroan-teriordevemser tantosquantasas listasdecandidatospropostasàeleiçãonocírculo.

3–Aafixaçãodecartazeseapropagandasonoranãocarecemdeautorizaçãonemdecomunicaçãoàsautoridadesadministrativas.

4–Nãoépermitidaaafixaçãodecartazesnemarealizaçãodeinscriçõesoupinturasmuraisemmonumentosnacionais,nosedifí-

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cios religiosos, nos edifícios sede de órgãos de soberania, deRegiõesAutónomas ou do poder local, nos sinais de trânsito ouplacasdesinalizaçãorodoviária,nointeriordequaisquerrepartiçõesouedifíciospúblicosoufranqueadosaopúblico,incluindoosesta-belecimentoscomerciais.

Artigo70.ºUtilização em comum ou troca

Ospartidospolíticoseascoligaçõespodemacordarnautilizaçãoemcomumounatrocaentresidetempodeemissãoouespaçodepublicaçãoquelhespertençamoudassalasdeespectáculoscujousolhessejaatribuído.

Artigo71.ºLimites à publicação e difusão de propaganda eleitoral

Aspublicaçõesreferidasnon.º1doartigo67.ºquenãotenhamfeito a comunicação ali prevista não podem inserir propagandaeleitoral, mas apenas a matéria que eventualmente lhes sejaenviadapelosrespectivosdelegadosdaComissãoNacionaldeElei-ções.

Artigo72.ºEdifícios públicos

ORepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeiradeveprocurarasseguraracedênciadouso,paraosfinsdacam-panha eleitoral, de edifícios públicos e recintos pertencentes aoEstado e outras pessoas colectivas de direito público, repartindocomigualdadeasuautilizaçãopelosconcorrentesnocírculo.

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Artigo73.ºCusto da utilização

1–Égratuitaautilização,nostermosconsignadosnosartigosprecedentes,dasemissõesasestaçõespúblicaseprivadasderádioedetelevisão,daspublicaçõesdecarácterjornalísticoedosedifí-ciosourecintospúblicos.

2–OEstado,atravésdoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira,compensaráasestaçõesderádioedetele-visão pela utilização, devidamente comprovada, correspondenteàsemissõesprevistasnon.º2doartigo65.º,medianteopagamen-to de quantia constante de tabelas a homologar peloMinistro daAdministraçãoInternaatéao6.ºdiaanterioràaberturadacampa-nhaeleitoral.

3–Astabelasreferidasnonúmeroanteriorsãofixadas,paraatelevisãoeparaasrádiosqueemitamapartirdaRegião,porumacomissãoarbitralcompostaporumrepresentantedoSecretariadoTécnicodosAssuntosparaoProcessoEleitoral,umdaInspecção--GeraldasFinançaseumdecadaestaçãoderádiooudetelevisão,consoanteocaso.

4 –Os proprietários das salas de espectáculos ou os que asexploram,quandofizeremadeclaraçãoprevistanon.º1doartigo68.º ou quando tenha havido a requisição prevista no mesmonúmero,devemindicaropreçoacobrarpelasuautilização,oqualnãopoderásersuperioràreceitalíquidacorrespondenteaumquar-todalotaçãodarespectivasalanumespectáculonormal.

5–Opreçoreferidononúmeroanterioredemaiscondiçõesdeutilizaçãosãouniformesparatodasascandidaturas.

Artigo74.ºÓrgãos dos partidos políticos

Opreceituadonosartigosanterioresnãoéaplicávelàspublica-ções de carácter jornalístico que sejam propriedade de partidospolíticos,desdequeessefactoconstedosrespectivoscabeçalhos.

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Artigo75.ºEsclarecimento cívico

Semprejuízododispostonospreceitosanteriores,aComissãoNacionaldeEleiçõespromove,noCentroRegionaldaMadeiradaRadiotelevisão Portuguesa, no Centro Regional da Madeira daRadiodifusãoPortuguesa,naimprensaregionalenasestaçõespri-vadasderadiodifusãodeâmbitoregional,programasdestinadosaoesclarecimentoobjectivodoscidadãossobreosignificadodaselei-çõesparaavidadaRegião,sobreoprocessoeleitoralesobreomododecadaeleitorvotar.

Artigo76.ºPublicidade comercial

Apartirdapublicaçãododecretoquemarqueadatadeeleiçãoé proibida a propaganda política feita directa ou indirectamente,atravésdosmeiosdepublicidadecomercial.

Artigo77.ºInstalação de telefone

1–Ospartidospolíticostêmdireitoàinstalaçãodeumtelefone.2–Ainstalaçãodetelefonepodeserrequeridaapartirdadata

deapresentaçãodecandidaturasedeveserefectuadanoprazodeoitodiasacontardorequerimento.

Artigo78.ºArrendamento

1–Apartirdadatadapublicaçãododecretoquemarcarodiadaeleiçãoeaté20diasapósoactoeleitoral,osarrendatáriosdeprédiosurbanospodem,porqualquermeio,incluindoasublocaçãoporvalornãoexcedenteaodarenda,destiná-los,atravésdeparti-dosoucoligações,àpreparaçãoerealizaçãodacampanhaeleitoral,

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sejaqualforofimdoarrendamentoesemembargodedisposiçãoemcontráriodorespectivocontrato.

2–Osarrendatários,candidatosepartidospolíticossãosolida-riamenteresponsáveisportodososprejuízoscausadospelautiliza-çãoprevistanonúmeroanterior.

CAPÍTULOIIIFinanças eleitorais

Artigo79.ºFinanciamento da campanha

Ofinanciamentodacampanhaeleitoralsegueoregimeprevistonosartigos15.ºeseguintesdaLein.º19/2003,de20deJunho.

TÍTULOVEleição

CAPÍTULOISufrágio

SECÇÃOIExercício do direito de sufrágio

Artigo80.ºPessoalidade e presencialidade do voto

1–Odireitodesufrágioéexercidopessoalmentepelocidadãoeleitor.

2–Semprejuízododispostonoartigo88.º,nãoéadmitidane-nhumaformaderepresentaçãooudelegaçãonoexercíciododirei-todesufrágio.

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3–Odireitodesufrágioéexercidopresencialmentepelocidadãoeleitor,semprejuízodasparticularidadesprevistasnosartigos84.ºa87.ºe87-A.1

Artigo81.ºUnicidade do voto

Acadaeleitorsóépermitidovotarumavez.

Artigo82.ºDireito e dever de votar

1–Osufrágioconstituiumdireitoeumdevercívico.2–Osresponsáveispelasempresasouserviçosemactividade

no dia da eleição devem facilitar aos trabalhadores dispensa doserviçopelotemposuficienteparaoexercíciododireitodevoto.

Artigo83.ºSegredo de voto

1–Ninguémpodeser,sobrequalquerpretexto,obrigadoare-velaroseuvoto.

2–Dentrodaassembleiadevotoeforadela,atéàdistânciade500m,ninguémpoderárevelaremquelistavaivotarouvotou,nemsalvoocasoderecolhadedadosestatísticosnãoidentificáveisserperguntadosobreomesmoporqualquerautoridade.

Artigo84.ºVoto antecipado

1–Podemvotarantecipadamente:

1 RedacçãodadapelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro.

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a) Osmilitaresquenodiadarealizaçãodaeleiçãoestejamim-pedidosdesedeslocaràassembleiadevotoporimperativoinadiáveldeexercíciodassuasfunções;

b) Os agentes de forças e serviços que exerçam funçõesdesegurança internanos termosda leieseencontrememsituaçãoanálogaàprevistanaalíneaanterior;

c) Os trabalhadores marítimos e aeronáuticos, bem como osferroviárioseosrodoviáriosdelongocurso,que,porforçadasua actividade profissional, se encontrem presumivelmenteembarcadosoudeslocadosnodiadarealizaçãodaeleição;

d) Oseleitoresque,pormotivodedoença,seencontreminter-nados,oupresumivelmente internados,emestabelecimentohospitalareimpossibilitadosdesedeslocaràassembleiadevoto;

e) Oseleitoresqueseencontrempresosenãoprivadosdedi-reitospolíticos;

f) Osmembrosquerepresentemoficialmenteselecçõesnacio-nais, organizadas por federações desportivas dotadas deestatutodeutilidadepúblicadesportiva,eseencontremdes-locadosnoestrangeiro,emcompetiçõesdesportivas,nodiadarealizaçãodaeleição.

2–Podem,ainda,votarantecipadamenteosestudantesdoen-sinosuperiorrecenseadosnaRegiãoeaestudarnocontinenteounaRegiãoAutónomadosAçores.

3–PodemaindavotarantecipadamenteosseguinteseleitoresrecenseadosnaRegiãoedeslocadosnoestrangeiro:2

a) Militares,agentesmilitarizadosecivis integradosemopera-ções demanutenção de paz, cooperação técnico-militar ouequiparadas;

b) Médicos,enfermeiroseoutroscidadãos integradosemmis-sõeshumanitárias,comotalreconhecidaspeloMinistériodosNegóciosEstrangeiros;

c) Investigadores e bolseiros em instituições universitárias ouequiparadas, como tal reconhecidaspeloministério compe-tente;

2 RedacçãodadapelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro.

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d) Estudantes de escolas superiores, ao abrigo de programasdeintercâmbio;

4–Podemaindavotarantecipadamenteoscidadãoseleitorescônjugesouequiparados,parentesouafinsquevivamcomoselei-toresmencionadosnonúmeroanterior.3

5–Sósãoconsideradososvotos recebidosnasededa juntadefreguesia,correspondenteàassembleiadevotoemqueoeleitordeveriavotar,atéaodiaanterioraodarealizaçãodaeleição.

6–Aslistasconcorrentesàeleiçãopodemnomear,nostermosgerais,delegadosparafiscalizarasoperaçõesdevotoantecipado,os quais gozam de todas as imunidades e direitos previstos noartigo54.º.

Artigo85.ºModo de exercício do direito de voto antecipado por militares, agentes de forças e serviços de segurança, trabalhadores dos

transportes e membros que representem oficialmente selecções nacionais, organizadas por federações desportivas

dotadas de estatuto de utilidade pública desportiva

1–Qualquereleitorqueestejanascondiçõesprevistasnasalí-neasa),b),c)e f)doartigoanteriorpodedirigir-seaopresidentedacâmaradomunicípioemcujaáreaseencontrerecenseado,en-treo10.ºeo5.ºdiasanterioresaodaeleição,manifestandoasuavontadedeexercerantecipadamenteodireitodesufrágio.

2–Oeleitoridentifica-seporformaidênticaàprevistanoartigo103.º e faz prova do impedimento invocado, apresentando docu-mentosautenticadospeloseusuperiorhierárquicooupelaentidadepatronal,consoanteoscasos.

3 – O presidente da câmara municipal entrega ao eleitor umboletimdevotoedoissobrescritos.

4–Umdossobrescritos,decorbranca,destina-seareceberoboletimdevotoeooutro,decorazul,aconterosobrescritoanterioreodocumentocomprovativoaqueserefereon.º2.

3 RedacçãodadapelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro.

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5–Oeleitorpreencheoboletimemcondiçõesquegarantamosegredodevoto,dobra-oemquatro,introduzindo-onosobrescritodecorbranca,quefechaadequadamente.

6 –Em seguida, o sobrescrito de cor branca é introduzido nosobrescritodecorazuljuntamentecomoreferidodocumentocom-provativo,sendoosobrescritoazulfechado,lacradoeassinadonoverso,deformalegível,pelopresidentedacâmaramunicipalepeloeleitor.

7–Opresidentedacâmaramunicipalentregaaoeleitorrecibocomprovativodoexercíciododireitodevotodemodeloanexoaestalei,doqualconstemoseunome,residência,númerodobilhetedeidentidadeeassembleiadevotoaquepertence,bemcomoores-pectivonúmerodeinscriçãonorecenseamento,sendoodocumen-toassinadopelopresidentedacâmaraeautenticadocomocarim-boouselobrancodomunicípio.

8 – O presidente da câmara municipal elabora uma acta dasoperaçõesefectuadas,nelamencionandoexpressamenteonome,onúmerodeinscriçãoeafreguesiaondeoeleitorseencontrainscrito,enviandocópiadamesmaàassembleiadeapuramentogeral.

9–Opresidentedacâmaramunicipalenvia,pelosegurodocor-reio, o sobrescrito azul àmesa da assembleia de voto em que oeleitordeveriaexercerodireitodesufrágio,aocuidadodarespectivajuntadefreguesia,atéao4.ºdiaanterioraodarealizaçãodaeleição.

10–Ajuntadefreguesiaremeteosvotosaopresidentedamesadaassembleiadevotoatéàhoraprevistanoartigo44.º

Artigo86.ºModo de exercício por doentes internados e por presos

1–Qualquereleitorqueestejanascondiçõesprevistasnasalí-neasd)ee)don.º1doartigo84.ºpoderequereraopresidentedacâmaradomunicípioemqueseencontrerecenseado,atéao20.ºdiaanterioraodaeleição,adocumentaçãonecessáriaaoexercíciododireitodevoto,enviandofotocópiasautenticadasdoseubilhetedeidentidadeedoseucartãodeeleitorejuntandodocumentocom-provativodoimpedimentoinvocado,passadopelomédicoassisten-te e confirmado pela direcção do estabelecimento hospitalar, ou

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documentoemitidopelodirectordoestabelecimentoprisional,con-formeoscasos.

2 –O presidente da câmara envia, por correio registado comavisoderecepção,atéao17.ºdiaanterioraodaeleição:

a) Aoeleitor,adocumentaçãonecessáriaaoexercíciododirei-todevoto,acompanhadadosdocumentosenviadospeloelei-tor;

b) Ao presidente da câmara domunicípio onde se encontremeleitoresnascondiçõesdefinidasnon.º1,arelaçãonominaldos referidos eleitores e a indicação dos estabelecimentoshospitalaresouprisionaisabrangidos.

3–Opresidentedacâmaradomunicípioondesesitueoesta-belecimento hospitalar ou prisional em que o eleitor se encontreinternadonotifica,atéao16.ºdiaanterioraodaeleição,as listasconcorrentes à eleição para cumprimento dos fins previstos non.º4doartigo84.º.

4–Anomeaçãodedelegadosdaslistasdevesertransmitidaaopresidentedacâmaraatéao14.ºdiaanterioraodaeleição.

5–Entreo13.ºeo10.ºdiasanterioresaodaeleição,opresi-dentedacâmaramunicipalemcujaáreaseencontresituadooes-tabelecimento hospitalar ou prisional com eleitores nas condi-çõesdon.º1,emdiaehorapreviamenteanunciadosaorespectivodirectoreaosdelegadosdaslistas,desloca-seaomesmoestabele-cimento,afimdeserdadocumprimento,comasnecessáriasadap-tações,ditadaspelosconstrangimentosdosregimeshospitalaresouprisionais,aodispostonosn.os3,4,5,6,7,8e9doartigoanterior.

6 – O presidente da câmara pode excepcionalmente fazer-sesubstituir,paraoefeitodadiligênciaprevistanonúmeroanterior,porqualquervereadordomunicípiodevidamentecredenciado.

7–Ajuntadefreguesiadestinatáriadosvotosrecebidosremete-osaopresidentedamesadaassembleiadevotoatéàhoraprevis-tanoartigo44.º

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Artigo87.ºModo de exercício do direito de voto por estudantes

1–Qualquereleitorqueestejanascondiçõesprevistasnon.º2doartigo84.ºpoderequereraopresidentedacâmaradomunicípioemqueseencontrerecenseado,atéao20.ºdiaanterioraodaelei-ção,adocumentaçãonecessáriaaoexercíciododireitodevoto,en-viandofotocópiasautenticadasdoseubilhetedeidentidadeedoseucartãodeeleitore juntandodocumentocomprovativopassadopeloestabelecimentodeensinoondeseencontrematriculadoouinscrito.

2 –O presidente da câmara envia, por correio registado comavisoderecepção,atéao17.ºdiaanterioraodaeleição:

a) Aoeleitor,adocumentaçãonecessáriaaoexercíciododireitodevoto,acompanhadadosdocumentosenviadospeloeleitor;

b) Ao presidente da câmara domunicípio onde se encontremeleitoresnascondiçõesdefinidasnon.º1,arelaçãonominaldosreferidoseleitores.

3–Opresidentedacâmaradomunicípioondesesitueoesta-belecimentodeensinoemqueoeleitorseencontrematriculadoouinscritonotifica,atéao16.ºdiaanterioraodaeleição,aslistascon-correntesàeleiçãoparacumprimentodosfinsprevistosnon.º4doartigo84.º

4–Anomeaçãodedelegadosdaslistasdevesertransmitidaaopresidentedacâmaraatéao14.ºdiaanterioraodaeleição.

5–Avotaçãodosestudantesrealiza-senospaçosdoconcelhodo município em que se situar o respectivo estabelecimento deensino,no9.ºdiaanterioraodaeleição,entreas9eas19horas,sobaresponsabilidadedopresidentedacâmaramunicipal,ouve-readorporeledesignado,cumprindo-seodispostonosn.os3,4,5,6,7e8doartigo85.º

6–Opresidentedacâmaramunicipalenvia,pelosegurodocor-reio, o sobrescrito azul àmesa da assembleia de voto em que oeleitordeveriaexercerodireitodesufrágio,aocuidadodarespectivajuntadefreguesia,atéao7.ºdiaanterioraodarealizaçãodaeleição.

7–Ajuntadefreguesiadestinatáriadosvotosrecebidosremete-osaopresidentedamesadaassembleiadevotoatéàhoraprevis-tanoartigo44.º

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Artigo87.º-A4

Modo de exercício do direito de voto antecipado poreleitores deslocados no estrangeiro

1–Qualquereleitorqueestejanascondiçõesprevistasnon.º3doartigo84.ºpodeexercerodireitodesufrágioentreo12.ºeo10.ºdias anteriores à eleição, junto das representações diplomáticas,consulares ou nas delegações externas dosministérios e institui-ções públicas portuguesas previamente definidas pelo MinistériodosNegóciosEstrangeiros,nostermosprevistosnoartigo85.º,sen-doaintervençãodopresidentedacâmaramunicipaldacompetên-ciadofuncionáriodiplomáticodesignadoparaoefeito,aquemcaberemeteracorrespondênciaeleitoralpelaviamaisexpeditaà juntadefreguesiarespectiva.

2–Nocasodoseleitoresmencionadosnasalíneasa)eb)don.º3doartigo84.º,oMinistériodosNegóciosEstrangeiros,sere-conheceraimpossibilidadedasuadeslocaçãoaoslocaisreferidosnonúmeroanterior,designaumfuncionáriodiplomático,queproce-deàrecolhadacorrespondênciaeleitoral,noperíodoacimareferi-do.

3 –As operações eleitorais previstas nos números anteriorespodemserfiscalizadaspelascandidaturasquenomeiemdelegadosatéao16.ºdiaanterioràeleição.

Artigo88.ºVotos dos cegos e deficientes

1–Oscegosequaisqueroutraspessoasafectadaspordoençaou deficiência física notórias que a mesa verifique não poderempraticarosactosdescritosnoartigo103.ºvotamacompanhadosdeum cidadão eleitor por si escolhido, que garanta a fidelidade deexpressãodoseuvotoequeficaobrigadoaabsolutosigilo.

2–Seamesadecidirquenãopodeverificaranotoriedadedacegueira,dadoençaoudadeficiênciafísica,deveserapresentado

4 ArtigoaditadopelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro.

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noactodavotaçãocertificadocomprovativodaimpossibilidadedapráticadosactosdescritosnoartigo103.ºemitidoesubscritopelodelegadodesaúdemunicipalouseusubstitutolegaleautenticadocomoselodorespectivoserviço.

3 – Para os efeitos do número anterior, devem os centros desaúdemanter-seabertosnodiadaeleição,duranteoperíododefuncionamentodasassembleiaseleitorais.

4–Semprejuízodadecisãodamesasobreaadmissibilidadedovoto,qualquerdosrespectivosmembrosoudosdelegadosdaslistaspodelavrarprotesto,queficaráregistadoemactacomindica-çãodonúmerodeeleitordoscidadãosenvolvidos,eseforocaso,anexaçãodocertificadoouatestadomédicoreferido.

Artigo89.ºRequisitos do exercício do direito de voto

Paraqueoeleitor sejaadmitidoa votardeveestar inscritonocadernoeleitoraleserreconhecidapelamesaasuaidentidade.

Artigo90.ºLocal do exercício de sufrágio

Odireitodevotoéexercidoapenasnaassembleiaeleitoralcor-respondenteaolocalporondeoeleitorestejarecenseado.

Artigo91.ºExtravio do cartão de eleitor

Nocasodeextraviodocartãodeeleitor,oseleitorestêmodi-reitodeobter informaçãosobreoseunúmerode inscriçãono re-censeamentona juntade freguesia,queparaoefeitoestáabertanodiadaseleições.

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SECÇÃOIIVotação

Artigo92.ºAbertura da votação

1–Constituídaamesa,opresidentedeclara iniciadasasope-raçõeseleitorais,mandaafixaroeditalaqueserefereon.º2doartigo51.º,procedecomosrestantesmembrosdamesaeosdele-gadosdaslistasàrevistadacâmaradevotoedosdocumentosdetrabalhodamesaeexibeaurnaperanteoseleitoresparaquetodospossamcertificarqueseencontravazia.

2–Nãohavendonenhumairregularidade,votamimediatamenteo presidente, os vogais e os delegados das listas, desde que seencontreminscritosnessaassembleiaousecçãodevoto.

Artigo93.ºProcedimento da mesa em relação aos votos antecipados

1–Apósteremvotadooselementosdamesa,enocasodeexis-tiremvotosantecipados,opresidenteprocedeàsuaaberturaelan-çamentonaurna,deacordocomodispostonosnúmerosseguintes.

2–Opresidenteentregaossobrescritosazuisaosescrutinado-resparaverificaremseoeleitorseencontradevidamenteinscritoeseestápresenteodocumento comprovativo, referidonon.º 2doartigo85.º

3–Feitaadescarganocadernoderecenseamento,opresiden-teabreosobrescritobrancoeintroduzoboletimdevotonaurna.

Artigo94.ºOrdem de votação

1–Oseleitoresvotampelaordemdechegadaàassembleiadevoto,dispondo-separaoefeitoemfila.

2–Ospresidentesdasassembleiasousecçõesdevotodevempermitir queosmembrosdasmesasedelegadosde candidatura

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emoutrasassembleiasousecçõesdevotoexerçamoseudireitodesufrágiologoqueseapresentemeexibamoalvaráoucredencialrespectivos.

Artigo95.ºContinuidade das operações eleitorais

Aassembleiaeleitoralfuncionaininterruptamenteatéseremcon-cluídastodasasoperaçõesdevotaçãoeapuramento.

Artigo96.ºEncerramento da votação

1–Aadmissãodeeleitoresnaassembleiadevotofaz-seatéàs19horas.Depoisdestahoraapenaspodemvotaroseleitorespre-sentes.

2–Opresidentedeclaraencerradaavotaçãologoquetiveremvotadotodososeleitoresinscritosou,depoisdas19horas,logoquetiveremvotadotodososeleitorespresentesnaassembleiadevoto.

Artigo97.ºNão realização da votação em qualquer assembleia de voto

1–Nãopoderealizar-seavotaçãoemqualquerassembleiadevotoseamesanãosepuderconstituir,seocorrerqualquertumultoquedeterminea interrupçãodasoperaçõeseleitoraispormaisdetrêshorasousenafreguesiaseregistarcalamidadeougraveper-turbaçãodaordempúblicanodiamarcadoparaaeleiçãoounostrêsdiasanteriores.

2–Ocorrendoalgumadassituaçõesprevistasnonúmeroante-rioraplicar-se-ão,pelarespectivaordem,asregrasseguintes:

a) Nãorealizaçãodenovavotaçãoseoresultadoforindiferen-teparaaatribuiçãodosmandatos;

b) Realizaçãodeumanovavotaçãonomesmodiadasemanaseguinte,nocasocontrário;

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c) Realizaçãodoapuramentodefinitivosemteremcontaavo-taçãoem falta,sese tiver revelado impossívela realizaçãodavotaçãoprevistanaalíneaanterior.

3–OreconhecimentodaimpossibilidadedefinitivadarealizaçãodavotaçãoouoseuadiamentocompeteaoRepresentantedaRe-públicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

4 – Na realização de nova votação, os membros das mesaspodemsernomeadospeloRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

Artigo98.ºPolícia da assembleia de voto

1–Competeaopresidentedamesa,coadjuvadopelosvogaisdesta,assegurara liberdadedoseleitores,manteraordeme,emgeral,regularapolícianaassembleia,adoptandoparaesseefeitoasprovidênciasnecessárias.

2–Nãoéadmitidanaassembleiadevotoapresençadepes-soasmanifestamenteembriagadasoudrogadasouquesejampor-tadorasdequalquerarmaou instrumentosusceptíveldecomo talserusado.

Artigo99.ºProibição de propaganda nas assembleias de voto

1–Éproibidaqualquerpropagandadentrodasassembleiaselei-toraiseforadelasatéàdistânciade500m.

2–Porpropagandaentende-setambémaexibiçãodesímbolos,siglas,sinais,distintivosouautocolantesdequaisquerlistas.

Artigo100.ºProibição da presença de não eleitores

1–Opresidentedaassembleiaeleitoral devemandar sair dolocalondeelaestiverreunidaoscidadãosqueaínãopossamvotar,

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salvosese tratardecandidatosemandatáriosoudelegadosdaslistas.

2–Exceptuando-sedesteprincípioosagentesdosórgãosdecomunicaçãosocial,quepodemdeslocar-seàsassembleiasousec-çõesdevotoemordemàobtençãodeimagensououtroselemen-tosdereportagem.

3–Osagentesdosórgãosdecomunicaçãosocialdevem:a) Identificar-seperanteamesaantesdeiniciaremasuaactivi-

dade,exibindodocumentocomprovativodasuaprofissãoecredencialdoórgãoquerepresentam;

b) Nãocolherimagensnemdequalqueroutromodoaproximar--sedascâmarasdevotoapontodepoderemcomprometerocaráctersecretodosufrágio;

c) Nãoobteroutroselementosdereportagemquepossamviolaro segredo de voto, quer no interior da assembleia de votoquernoexteriordela,atéàdistânciade500m;

d) Deummodogeral,nãoperturbaroactoeleitoral.

4–Asimagensououtroselementosdereportagemobtidosnostermosreferidosnonúmeroanteriorsópodemsertransmitidosapósoencerramentodasassembleiasousecçõesdevoto.

Artigo101.ºProibição da presença de força armada e casos em que pode

ser requisitada

1–Salvoodispostonosnúmerosseguintes,noslocaisondesereuniremasassembleiasdevoto,enumraiode100m,éproibidaapresençadeforçaarmada.

2–Quandofornecessáriopôrtermoaalgumtumultoouobstaraqualqueragressãoouviolência,querdentrodoedifíciodaassem-bleiaousecçãodevotoquernasuaproximidade,ouaindaemcasodedesobediênciaàssuasordens,podeopresidentedamesa,con-sultada esta, requisitar a presença de força armada, sempre quepossívelporescrito,ou,nocasode impossibilidade,commençãonaactaeleitoraldasrazõesdarequisiçãoedoperíododapresençadaforçaarmada.

3–Ocomandantedaforçaarmadaquepossuaindíciossegurosde que se exerce sobre osmembros damesa coacção física ou

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psíquicaqueimpeçaopresidentedefazerarequisiçãopodeinter-virporiniciativaprópria,afimdeasseguraragenuinidadedopro-cessoeleitoral,devendoretirar-selogoquepelopresidente,ouporquemosubstitua,lhesejaformuladopedidonessesentidoouquan-doverifiquequeasuapresençajánãosejustifica.

4–Quandooentendanecessário,ocomandantedaforçaarma-da,ouumseudelegadocredenciado,podevisitar,desarmadoeporumperíodomáximo de dezminutos, a assembleia ou secção devoto,afimdeestabelecercontactocomopresidentedamesaoucomquemosubstitua.

5–Noscasosprevistosnosn.os2e3,asoperaçõeseleitoraisna assembleia ou secção de voto são suspensas, sob pena denulidadedaeleição,atéqueopresidentedamesaconsidereverifi-cadasascondiçõesparaquepossamprosseguir.

Artigo102.ºBoletins de voto

1–Osboletinsdevotosãodeformarectangular,comasdimen-sões apropriadas para nele caber a indicação de todas as listassubmetidasàvotaçãoesãoimpressosempapelbranco,lisoenãotransparente.

2–Emcadaboletimdevotosãoimpressosasdenominações,assiglaseossímbolosdospartidosecoligaçõesproponentesdecandidatura,dispostoshorizontalmente,unsabaixodosoutros,pelaordemresultantedosorteioefectuadonostermosdoartigo34.º,osquaisdevemreproduzirosconstantesdoregistooudaanotaçãodoTribunal Constitucional conforme os casos, devendo os símbolosrespeitarrigorosamenteacomposição,aconfiguraçãoeaspropor-çõesdosregistadosouanotados.

3–Nalinhacorrespondenteacadapartidooucoligaçãofiguraumquadradoembranco,queoeleitorpreencherácomumacruzparaassinalarasuaescolha.

4–AimpressãodosboletinsdevotoéencargodoEstado,atra-vésdoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMa-deira,competindoasuaexecuçãoàImprensaNacional–CasadaMoeda,S.A.

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5–ORepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMa-deiraremeteacadapresidentedacâmaraosboletinsdevoto,paraqueestecumpraopreceituadonon.º2doartigo56.º

6–Onúmerodeboletinsdevotoremetidos,emsobrescritola-cradoefechado,éigualaonúmerodeeleitoresinscritosnaassem-bleiaousecçãodevotomais20%.

7–OpresidentedacâmaraeospresidentesdasassembleiasousecçõesdevotoprestamcontasaoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeiradosboletinsdevotoquetiveremrecebido,devendoospresidentesdasassembleiasousecçõesdevoto devolver-lhe, no dia seguinte ao da eleição, os boletins nãoutilizadoseosboletinsdeterioradosouinutilizadospeloseleitores.

Artigo103.ºModo como vota cada eleitor

1–Cadaeleitor,apresentando-seperanteamesa,indicaoseunúmerodeinscriçãonorecenseamentoeoseunome,entregandoaopresidenteobilhetedeidentidade,seotiver.

2–Na faltadobilhetede identidade,a identificaçãodoeleitorfaz-sepormeiodequalqueroutrodocumentoquecontenha foto-grafiaactualizadaequesejageralmenteutilizadoparaidentificação,ou através de dois cidadãos eleitores, previamente identificados,que atestem, sob compromisso de honra, a sua identidade, ouaindaporreconhecimentounânimedosmembrosdamesa.

3–Reconhecidooeleitor, opresidentedizemvozaltao seunúmerodeinscriçãonorecenseamentoeoseunomee,depoisdeverificarainscrição,entrega-lheumboletimdevoto.

4 –De seguida, o eleitor entra na câmara de voto situada naassembleiaeaí,sozinho,marcaumacruznoquadradorespectivodalistaemquevotaedobraoboletimemquatro.

5–Voltandoparajuntodamesa,oeleitorentregaoboletimaopresidente,queointroduznaurna,enquantoosescrutinadoresdes-carregamovoto,rubricandooscadernoseleitoraisemcolunaaissodestinadaenalinhacorrespondenteaonomedoeleitor.

6 – Se, por inadvertência, o eleitor deteriorar o boletim, devepediroutroaopresidente,devolvendo-lheoprimeiro.Opresidente

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escrevenoboletimdevolvidoanotadeinutilizado,rubrica-oecon-serva-oparaosefeitosdon.º7doartigo102.º

Artigo104.ºVoto em branco ou nulo

1–Considera-sevotoembrancoodoboletimdevotoquenãotenhasidoobjectodequalquertipodemarca.

2–Considera-sevotonuloodoboletimdevoto:a) Noqualtenhasidoassinaladomaisdeumquadradoouquan-

dohajadúvidassobrequaloquadradoassinalado;b) Noqualtenhasidoassinaladooquadradocorrespondentea

umalistaquetenhadesistidodaseleiçõesouquenãotenhasidoadmitida;

c) Noqual tenhasidofeitoqualquercorte,desenhoourasura,ouquandotenhasidoescritaqualquerpalavra.

3–Nãoseconsideravotonuloodoboletimdevotonoqualacruz,emboranãosendoperfeitamentedesenhadaouexcedendooslimitesdoquadrado,assinaleinequivocamenteavontadedoeleitor.

4–Considera-seaindavotonuloo votoantecipadoquandooboletimdevotonãochegaaoseudestinonascondiçõesprevistasnosartigos85.º, 86.º e 87.º ou seja recebidoemsobrescrito quenãoestejadevidamentefechado.

Artigo105.ºDúvidas, reclamações, protestos e contra protestos

1–Qualquereleitorinscritonaassembleiadevotoouqualquerdos delegados das listas pode suscitar dúvidas e apresentar, porescrito,reclamação,protestooucontraprotestorelativosàsopera-çõeseleitoraisdamesmaassembleiaeinstruí-loscomosdocumen-tosconvenientes.

2 –Amesa não pode negar-se a receber as reclamações, osprotestosecontraprotestos,devendo rubricá-loseapensá-losàsactas.

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3–Asreclamações,osprotestoseoscontraprotestostêmdeserobjectodedeliberaçãodamesa,quepodetomá-lanofinal,seentenderqueissonãoafectaoandamentonormaldavotação.

4 –Todas as deliberações damesa são tomadas pormaioriaabsolutadosmembrospresentesefundamentadas,tendoopresi-dentevotodedesempate.

CAPÍTULOIIApuramento

SECÇÃOIApuramento parcial

Artigo106.ºOperação preliminar

Encerrada a votação, o presidente da assembleia ou secçãodevotoprocedeàcontagemdosboletinsquenãoforamutilizadosedosqueforaminutilizadospeloseleitores,eencerra-osnumso-brescritopróprio,quefechaelacra,paraoefeitodon.º7doartigo102.º

Artigo107.ºContagem dos votantes e dos boletins de voto

1–Emseguida,opresidentedaassembleiaousecçãodevotomandacontarosvotantespelasdescargasefectuadasnoscader-noseleitorais.

2–Concluídaessacontagem,opresidentemandaabriraurna,afimdeconferironúmerodeboletinsdevotoentradose,nofimdacontagem,voltaaintroduzi-losnela.

3–Emcasodedivergênciaentreonúmerodevotantesapura-dosnostermosdon.º1eodosboletinsdevotocontados,preva-lece,paraefeitosdeapuramento,osegundodestesnúmeros.

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4 – É dado de imediato conhecimento público do número deboletinsdevotoatravésdeeditalque,depoisde lidoemvozaltapelopresidente,éafixadoàportaprincipaldaassembleiaousecçãodevoto.

Artigo108.ºContagem dos votos

1 –Umdos escrutinadores desdobra os boletins, uma um, eanunciaemvozaltaqualalistavotada.Ooutroescrutinadorregis-tanumafolhabrancaou,depreferência,numquadrobemvisível,e separadamente, os votos atribuídos a cada lista, os votos embrancoeosvotosnulos.

2 – Simultaneamente, os boletins de voto são examinados eexibidospelopresidente,que,comaajudadeumdosvogais,osagrupaemlotesseparados,correspondentesacadaumadaslistasvotadas,aosvotosembrancoeaosvotosnulos.

3–Terminadasestasoperações,opresidenteprocedeàcontra-provada contagem,pela contagemdosboletinsde cadaumdoslotesseparados.

4–Osdelegadosdas listastêmodireitodeexaminar,depois,oslotesdosboletinsdevotoseparados,semalterarasuacompo-siçãoe,nocasodeteremdúvidasouobjecçõesemrelaçãoàcon-tagemouàqualificaçãodadaaovotodequalquerboletim, têmodireito de solicitar esclarecimentosouapresentar reclamaçõesouprotestosperanteopresidente.

5–Seareclamaçãoouprotestonãoforatendidopelamesa,osboletinsdevotoreclamadosouprotestadossãoseparados,anota-dosnoverso,comaindicaçãodaqualificaçãodadapelamesaedoobjectodareclamaçãooudoprotestoerubricadospelopresidentee,seodesejar,pelodelegadodalista.

6–Areclamaçãoouprotestonãoatendidonãoimpedeaconta-gemdoboletimdevotoparaefeitosdeapuramentoparcial.

7–Oapuramentoassimefectuadoé imediatamentepublicadoporeditalafixadoàportaprincipaldoedifíciodaassembleiaoudasecçãodevoto,emquesediscriminamonúmerodevotosdecadalista,onúmerodevotosembrancoeodevotosnulos.

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Artigo109.ºDestino dos boletins de voto objecto de reclamação ou protesto

Osboletinsdevotonuloseaquelessobreosquaishajarecla-maçãoouprotestosão,depoisderubricados,remetidosàassem-bleia de apuramento geral, com os documentos que lhes digamrespeito.

Artigo110.ºDestino dos restantes boletins

1 – Os restantes boletins de voto são colocados em pacotesdevidamente lacrados e confiados à guarda do juiz de direito dacomarca.

2–Esgotadooprazoparainterposiçãodosrecursoscontencio-sos,oudecididosdefinitivamenteestes,ojuizpromoveadestruiçãodosboletins.

Artigo111.ºActa das operações eleitorais

1–Competeaosecretárioprocederàelaboraçãodaactadasoperaçõesdevotaçãoeapuramento.

2–Daactadevemconstar:a) Osnúmerosdeinscriçãonorecenseamentoeosnomesdos

membrosdamesaedosdelegadosdaslistas;b) Ahoradeaberturaedeencerramentodavotaçãoeo local

daassembleiaousecçãodevoto;c) Asdeliberaçõestomadaspelamesaduranteasoperações;d) Onúmerototaldeeleitoresinscritosedevotantes;e) Osnúmerosdeinscriçãoderecenseamentodoseleitoresque

votaramantecipadamente;f) O número de votos obtidos por cada lista, o de votos em

brancoeodevotosnulos;g) Onúmerodeboletinsdevotosobreosquaishajaocorrido

reclamaçãoouprotesto;

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h) Asdivergênciasdecontagem,seashouver,aqueserefereon.º3doartigo107.º,comaindicaçãoprecisadasdiferençasnotadas;

i) Onúmerodereclamações,protestosecontraprotestosapen-sosàacta;

j) Quaisquer outras ocorrências que amesa julgar dignas demenção.

Artigo112.ºEnvio à assembleia de apuramento geral

Nasvinteequatrohorasseguintesàvotação,ospresidentesdasassembleiasousecçõesdevotoentregamaopresidentedaassem-bleiadeapuramentogeralouremetempelosegurodocorreio,ouporpróprio,quecobrarecibodaentrega,asactas,oscadernosemaisdocumentosrespeitantesàeleição.

SECÇÃOIIApuramento geral

Artigo113.ºApuramento geral do círculo

Oapuramentodos resultadosdaeleiçãoeaproclamaçãodoscandidatoseleitoscompetemaumaassembleiadeapuramentoge-ral,queiniciaosseustrabalhosàs9horasdo2.ºdiaposterioraodaeleição,noedifícioparaoefeitodesignadopeloRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

Artigo114.ºAssembleia de apuramento geral

1–Aassembleiadeapuramentogeraltemaseguintecomposi-ção:

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a) Ojuizdo1.ºJuízoCíveldaComarcadoFunchal,quepreside,comvotodequalidade;

b) Doisjuristasescolhidospelopresidente;c) Dois professores de Matemática que leccionem na Região

Autónoma,designadospeloRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira;

d) Novepresidentesdeassembleiaousecçãodevotodesigna-dospeloRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira;

e) Um chefe de secretaria judicial da sede do círculo judicial,escolhidopelopresidente,queservedesecretário,semvoto.

2–Aassembleiadeapuramentogeraldeveestarconstituídaatéàantevésperadaeleição,dando-seimediatoconhecimentopúblicodosnomesdoscidadãosqueacompõem,atravésdeeditalaafixaràportadosedifíciosparaoefeitodesignadosnostermosdoartigoanterior.Asdesignaçõesprevistasnasalíneasc)ed)donúmeroanteriordevemsercomunicadasaopresidenteatétrêsdiasantesdaseleições.

3–Oscandidatoseosmandatáriosdas listaspodemassistir,semvoto,mascomdireitodereclamação,protestooucontrapro-testo,aostrabalhosdaassembleiadeapuramentogeral.

4–Oscidadãosquefaçampartedasassembleiasdeapuramen-togeral sãodispensadosdodeverdecomparênciaao respectivoempregoouserviçoduranteoperíododefuncionamentodaquelas,semprejuízodetodososseusdireitosouregalias, incluindoodi-reitoàretribuição,desdequeprovemoexercíciodefunçõesatravésdedocumentoassinadopelopresidentedaassembleia.

Artigo115.ºElementos de apuramento geral

1–Oapuramentogeraléfeitocombasenasactasdasopera-ções das assembleias de voto, nos cadernos eleitorais e demaisdocumentosqueosacompanharem.

2 –Se faltarem os elementos de alguma das assembleias devoto,oapuramentoinicia-secombasenoselementosjárecebidos,designandoopresidentenovareunião,dentrodasquarentaeoito

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horasseguintes,paraseconcluíremostrabalhos,tomando,entre-tanto,asprovidênciasnecessáriasparaqueafaltasejareparada.

Artigo116.ºOperação preliminar

1–Noiníciodosseustrabalhos,aassembleiadeapuramentodecidesobreosboletinsdevotoemrelaçãoaosquaistenhahavidoreclamaçãoouprotesto,corrigindo,seforcasodisso,oapuramen-todarespectivaassembleiadevoto.

2–Aassembleiaverificaosboletinsdevotoconsideradosnulose,reapreciadosestessegundoumcritériouniforme,corrige,seforcasodisso,oapuramentoemcadaumadasassembleiasdevoto.

Artigo117.ºOperações de apuramento geral

Oapuramentogeralconsiste:a) Naverificaçãodonúmerototaldeeleitoresinscritosevotan-

tesnocírculoeleitoral;b) Naverificaçãodonúmerototaldevotosobtidosporcadalista,

donúmerodosvotosembrancoedonúmerodosvotosnulos;c) Na distribuição dosmandatos de deputados pelas diversas

listas;d) Nadeterminaçãodoscandidatoseleitosporcadalista.

Artigo118.ºTermo do apuramento geral

1 –O apuramento geral deve estar concluído até ao 10.º diaposterioràeleição,semprejuízododispostononúmeroseguinte.

2–Emcasodeadiamentooudeclaraçãodenulidadedavotaçãoemqualquerassembleiaousecçãodevoto,aassembleiadeapu-ramentogeral reuniránodiaseguinteaodavotaçãoouaodore-conhecimentodasuaimpossibilidade,nostermosdon.º3doartigo97.º,paracompletarasoperaçõesdeapuramentodocírculo.

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Artigo119.ºProclamação e publicação dos resultados

Osresultadosdoapuramentogeralsãoproclamadospelopresi-dentee,emseguida,publicadospormeiodeeditalafixadoàportadosedifíciosdesignadosnostermosdoartigo113.º

Artigo120.ºActa do apuramento geral

1–Doapuramentogeralé imediatamente lavradaacta,dondeconstemosresultadosdasrespectivasoperações,asreclamações,osprotestoseoscontraprotestosapresentadosdeharmoniacomodispostonon.º 3 doartigo105.º e asdecisõesque sobreelestenhamrecaído.

2–Nosdoisdiasposterioresàqueleemqueseconcluiroapu-ramentogeral,opresidenteentregaaoRepresentantedaRepúblicatodaadocumentaçãopresenteàassembleiadeapuramentogeral,paraaconservareguardarsobsua responsabilidade,bemcomodoisexemplaresdaacta.

3–Noprazodonúmeroanterior,oterceiroexemplardaactaéenviadoàComissãoNacionaldeEleiçõespelosegurodocorreio,ouporpróprio,quecobrarecibodeentrega.

4–Terminadooprazoderecursocontencioso,oudecididososrecursosque tenhamsidoapresentados,oRepresentantedaRe-públicanaRegiãoAutónomadaMadeiraremeteàscomissõesderecenseamentooscadernosderecenseamentodasfreguesiasres-pectivas e procede à destruição dos restantes documentos, comexcepçãodasactasdasassembleiaseleitorais.

Artigo121.ºEnvio à Comissão de Verificação de Poderes

ORepresentantedaRepúblicaenviaàComissãodeVerificaçãodePoderesdaAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMa-deiraumdosexemplaresdasactasdeapuramentogeral.

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Artigo122.ºMapa da eleição

Nosoitodiassubsequentesàrecepçãodaactadeapuramentogeral,aComissãoNacionaldeEleiçõeselaborae fazpublicarna1.ªsériedoDiáriodaRepúblicaena1.ªsériedoJornalOficialdaRegiãoAutónomadaMadeiraummapaoficialcomoresultadodaseleições,dequeconste:

a) Númerodoseleitoresinscritos;b) Númerodevotantes;c) Númerodevotosembrancoevotosnulos;d) Número,comrespectivapercentagem,devotosatribuídosa

cadapartidooucoligação;e) Númerodemandatosatribuídosacadapartidooucoligação;f) Nomesdosdeputadoseleitos,porpartidosoucoligações.

Artigo123.ºCertidão ou fotocópia de apuramento

Aoscandidatoseaosmandatáriosdecadalistapropostaàelei-ção,bemcomo,seo requerer,aqualquerpartido,aindaquenãotenha apresentado candidatos, são passadas pelos serviços deapoiodoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMa-deiracertidõesoufotocópiasdaactadeapuramentogeral.

CAPÍTULOIIIContencioso eleitoral

Artigo124.ºRecurso contencioso

1 –As irregularidades ocorridas no decurso da votação e noapuramento parcial e geral podem ser apresentadas em recursocontencioso,desdequehajamsidoobjectodereclamaçãooupro-testoapresentadosnoactoemqueseverificam.

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2–Dadecisãosobreareclamaçãoouprotestopodemrecorrer,alémdoapresentantedareclamação,doprotestooudocontrapro-testo, os candidatos, os seusmandatários e os partidos políticosque,nocírculo,concorremàeleição.

3–Apetiçãoespecificaosfundamentosdefactoededireitodorecursoeéacompanhadadetodososelementosdeprova,incluin-do fotocópiadaactadaassembleiaemquea irregularidade tiverocorrido.

Artigo125.ºTribunal competente, processo e prazos

1–O recursoé interpostonoprazodevinteequatrohorasacontardaafixaçãodoeditalaqueserefereoartigo119.ºperanteo Tribunal Constitucional, sendo aplicável o disposto no n.º 3 doartigo35.º

2–OpresidentedoTribunalConstitucionalmandanotificarime-diatamenteosmandatáriosdaslistasconcorrentesnocírculoparaqueestes, os candidatoseospartidospolíticos respondam,que-rendo,noprazodevinteequatrohoras.

3–Nasquarentaeoitohorassubsequentesaotermodoprazoprevistononúmeroanterior,oTribunalConstitucional,emplenário,decide definitivamente do recurso, comunicando imediatamente adecisãoàComissãoNacionaldeEleiçõeseaoRepresentantedaRepúblicanaRegiãoAutónomadaMadeira.

Artigo126.ºNulidade das eleições

1–Avotaçãoemqualquerassembleiadevotoeavotaçãoemtodo o círculo só são julgadas nulas quando se hajam verificadoilegalidades que possam influir no resultado geral da eleição nocírculo.

2–Declaradaanulidadedaeleiçãodeumaassembleiadevotooudetodoocírculo,osactoseleitoraiscorrespondentessãorepe-tidosnosegundodomingoposterioràdecisão.

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Artigo127.ºVerificação de poderes

AAssembleiaLegislativadaRegiãoAutónomadaMadeiraveri-ficaospoderesdoscandidatosproclamadoseleitos.

TÍTULOVIIlícito eleitoral

CAPÍTULOIIlícito penal

SECÇÃOIPrincípios gerais

Artigo128.ºConcorrência com crimes mais graves e responsabilidade

disciplinar

1–Assançõescominadasnestaleinãoexcluemaaplicaçãodeoutrasmaisgravespelapráticadequalquercrimeprevistonalegis-laçãopenal.

2 –As infracções previstas nesta lei constituem também faltadisciplinarquandocometidasporagentesujeitoaresponsabilidadedisciplinar.

Artigo129.ºCircunstâncias agravantes gerais

Paraalémdasprevistasnaleipenal,constituemcircunstânciasagravantesgeraisdoilícitoeleitoral:

a) Ofactodainfracçãoinfluirnoresultadodavotação;b) Ofactodeainfracçãosercometidapormembrodamesade

assembleia ou secçãode voto ou agente da administraçãoeleitoral;

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c) Ofactodeoagentesercandidato,delegadodepartidopolí-ticooumandatáriodelista.

Artigo130.ºPunição da tentativa

Atentativaépunidadamesmaformaqueocrimeconsumado.

Artigo131.ºNão suspensão ou substituição das penas

Aspenasaplicadasporinfracçõeseleitoraisdolosasnãopodemsersuspensasnemsubstituídasporqualqueroutrapena.

Artigo132.ºPrescrição

Oprocedimentoporinfracçõeseleitoraisprescrevenoprazodeumanoacontardapráticadofactopunível.

Artigo133.ºConstituição dos partidos políticos como assistentes

Qualquerpartidopolíticopodeconstituir-seassistentenospro-cessos por infracções criminais eleitorais cometidas no territórioeleitoraldesdequeneletenhamapresentadocandidatos.

CAPÍTULOIIInfracções eleitorais

SECÇÃOIInfracções relativas à apresentação de candidaturas

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Artigo134.ºCandidatura de cidadão inelegível

Aquelequenãotendocapacidadeeleitoralpassivadolosamenteaceitarasuacandidaturaépunidocompenadeprisãode6mesesa2anosecompenademultade€1000a€10000.

SECÇÃOIIInfracções relativas à campanha eleitoral

Artigo135.ºViolação de deveres de neutralidade e imparcialidade

Os cidadãos abrangidos pelo artigo 60.º que infringirem osdeveres de neutralidade e imparcialidade aí prescritos são puni-doscompenadeprisãoaté1anoecompenademultade€500a€2000.

Artigo136.ºUtilização indevida de denominação, sigla ou símbolo

Aqueleque,duranteacampanhaeleitoral,utilizaradenomina-ção,siglaousímbolodepartidooucoligaçãocomintuitodeopre-judicarouoinjuriarépunidocompenadeprisãoaté1anoecompenademultade€100a€500.

Artigo137.ºUtilização de publicidade comercial

Aquelequeinfringirodispostonoartigo76.ºépunidocompenademultade€1000a€10000.

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Artigo138.ºViolação dos deveres das estações de rádio e televisão

1–Onãocumprimentodosdeveresimpostospelosartigos65.ºe66.ºconstituicontraordenação,sendocadainfracçãopunívelcomcoima:

a) De€37500a€125000,nocasodasestaçõesderádio;b) De€125000a€250000,nocasodaestaçãodetelevisão.2–CompeteàComissãoNacionaldeEleiçõesaaplicaçãodas

coimasprevistasnonúmeroanterior.

Artigo139.ºSuspensão do direito de antena

1–Ésuspensooexercíciododireitodeantenadacandidaturaque:

a) Useexpressõesouimagensquepossamconstituircrimededifamação ou injúria, ofensa às instituições democráticas,apeloàdesordemouàinsurreiçãoouincitamentoaoódio,àviolênciaouàguerra;

b) Façapublicidadecomercial.2–Asuspensãoégraduadaentreumdiaeonúmerodedias

queacampanhaaindadurar, consoanteagravidadeda faltaeoseugraudefrequência,eabrangeoexercíciododireitodeantenaemtodasasestaçõesderádioetelevisão,mesmoqueofactoqueadeterminousetenhaverificadoapenasnumadelas.

3 –A suspensão é independente da responsabilidade civil oucriminal.

Artigo140.ºProcesso de suspensão do exercício do direito de antena

1–AsuspensãodoexercíciododireitodeantenaérequeridaaoTribunalConstitucionalpeloMinistérioPúblico,poriniciativades-teouasolicitaçãodaComissãoNacionaldeEleiçõesoudequal-queroutropartidooucoligaçãointerveniente.

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2–Oórgãocompetentedacandidaturacujodireitodeantenatenhasidoobjectodepedidodesuspensãoéimediatamentenotifi-cadoporviatelegráficaparacontestar,querendo,noprazodevinteequatrohoras.

3–OTribunalConstitucionalrequisitaàsestaçõesderádiooudetelevisãoosregistosdasemissõesquesemostraremnecessá-rios,osquaislhesãoimediatamentefacultados.

4–OTribunalConstitucionaldecidenoprazodeumdiae,nocasodeordenarasuspensãododireitodeantena,notifica logoadecisãoàsrespectivasestaçõesemissorasderádioetelevisãoparacumprimentoimediato.

Artigo141.ºViolação da liberdade de reunião eleitoral

Aquele que impedir a realização ou prosseguimento de reu-nião, comício, cortejooudesfiledepropagandaeleitoralépunidocompenadeprisãode6mesesa1anoepenademultade€100a€1000.

Artigo142.ºReuniões, comícios, desfiles ou cortejos ilegais

Aquelequepromoverreuniões,comícios,desfilesoucortejosemcontravençãocomodispostonoartigo62.ºépunidocompenadeprisãoaté6meses.

Artigo143.ºViolação dos deveres dos proprietários de salas de espectá-

culos e dos que as exploram

Oproprietáriodesaladeespectáculosouaquelequeaexploraquenãocumprirosdeveresimpostospelon.º2doartigo68.ºepeloartigo 73.º é punido compenade prisão até 6meses e penademultade€1000a€5000.

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Artigo144.ºViolação dos limites de propaganda gráfica e sonora

Aquelequeviolarodispostonon.º4doartigo69.ºépunidocommultade€50a€250.

Artigo145.ºDano em material de propaganda eleitoral

1 –Aquele que roubar, furtar, destruir, rasgar ou por qualquerformainutilizar,notodoouemparte,outornarilegívelomaterialdepropaganda eleitoral afixado ou o desfigurar ou colocar por cimadelequalquermaterialcomofimdeoocultarépunidocompenadeprisãoaté6mesesepenademultade€100a€1000.

2–Nãosãopunidososfactosprevistosnonúmeroanteriorseomaterialdepropagandahouversidoafixadonaprópriacasaouestabelecimento do agente semo seu consentimento ou contivermatériafrancamentedesactualizada.

Artigo146.ºDesvio de correspondência

Oempregadodos correios quedesencaminhar, retiver ounãoentregaraodestinatáriocirculares,cartazesoupapéisdepropagan-da eleitoral de qualquer lista é punido com pena de prisão até 2anosepenademultade€50a€500.

Artigo147.ºPropaganda depois de encerrada a campanha eleitoral

1–Aquelequenodiadaeleiçãoounoanteriorfizerpropagan-daeleitoralporqualquermeioépunidocompenadeprisãoaté6mesesepenademultade€50a€500.

2–Aquelequenodiadaeleiçãofizerpropagandanasassem-bleias de voto ou nas suas imediações até 500m é punido compenadeprisãoaté6mesesepenademultade€100a€1000.

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SECÇÃOIIIInfracções relativas à eleição

Artigo148.ºViolação da capacidade eleitoral

1–Aqueleque,nãopossuindocapacidadeeleitoral,seapresen-taravotarépunidocompenademultade€50a€500.

2–Seofizerfraudulentamente,tomandoaidentidadedecida-dãoinscrito,épunidocompenadeprisãode6mesesa2anos.

Artigo149.ºAdmissão ou exclusão abusiva do voto

Aquelequeconcorrerparaquesejaadmitidoavotarquemnãotemdireitoouparaaexclusãodequemotiver,ebemassimomé-dico que atestar falsamente uma impossibilidade de exercício dodireitodevoto,épunidocompenadeprisãoaté2anosepenademultade€100a€1000.

Artigo150.ºImpedimento do sufrágio por abuso de autoridade

Aautoridadeque,dolosamente,nodiadaeleiçãofizer,sobqual-quer pretexto, sair do seu domicílio ou permanecer fora qualquereleitorparaquenãopossa ir votar,épunidacompenadeprisãoaté2anosepenademultade€500a€2000.

Artigo151.ºMandatário infiel

Aquele que acompanhar um cego ou um deficiente a votar e,dolosamente,exprimirinfielmenteasuavontadeépunidocompenadeprisãode6mesesa2anosepenademultade€500a€2000.

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Artigo152.ºViolação do segredo de voto

Aquelequenaassembleiadevotoounassuasimediações,até500m,revelaremque listavaivotarouvotouépunidocomumacoimade€10a€100.

Artigo153.ºAbuso de funções públicas ou equiparadas

Ocidadão investidodepoderpúblico,o funcionárioouagentedo Estado ou de outra pessoa colectiva pública e o ministro dequalquercultoque,abusandodassuasfunçõesounoexercíciodasmesmas,seservirdelasparaconstranger,induzirouinfluenciaroseleitoresavotaremdeterminadaoudeterminadaslistasouabster--sedevotarnelasépunidocompenadeprisãode6mesesa2anosepenademultade€1000a€10000.

Artigo154.ºDespedimento ou ameaça de despedimento

Aquelequedespedirouameaçardespediralguémdoseuempre-go,impedirouameaçarimpediralguémdeobteremprego,aplicarouameaçaraplicarqualqueroutrasançãoafimdeelevotarounãovo-tar,porquevotouounãovotouemcertalistadecandidatosouporqueseabsteveounãodeparticiparnacampanhaeleitoralépunidocompenadeprisãoaté2anosepenademultade€500a€2000,semprejuízo da nulidade da sanção e da automática readmissão doempregado,seodespedimentotiverchegadoaefectuar-se.

Artigo155.ºNão exibição da urna

1–Opresidentedamesadaassembleiadevotoquenãoexibiraurnaperanteoseleitoresantesdoiníciodavotaçãoépunidocompenademultade€100a€1000.

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2 – Se se verificar que na urna não exibida se encontravamboletinsdevoto,opresidenteépunidotambémcompenadeprisãoaté6meses,semprejuízododispostonoartigoseguinte.

Artigo156.ºIntrodução de boletins na urna, desvio desta ou de boletins

de voto

Aquelequefraudulentamenteintroduzirboletinsdevotonaurnaantesoudepoisdoiníciodavotação,seapoderardaurnacomosboletins de voto nela recolhidos mas ainda não apurados ou seapoderar deumoumaisboletinsde votoemqualquermomento,desdeaaberturadaassembleiaeleitoralatéaoapuramentogeraldaeleição,épunidocompenadeprisãode6mesesa2anosepenademultade€2000a€20000.

Artigo157.ºFraudes da mesa da assembleia de voto e da assembleia de

apuramento geral

1–Omembrodamesadaassembleiaousecçãodevotoquedolosamenteapuserouconsentirqueseaponhanotadedescargaemeleitorquenãovotououquenãoaapuseremeleitorquevotou,quetrocarnaleituradeboletinsdevotoalistavotada,quediminuirouaditarvotosaumalistanoapuramentoouqueporqualquermodofalsear a verdade da eleição é punido com pena de prisão de 6mesesa2anosepenademultade€2000a€10000.

2–Asmesmaspenassãoaplicadasaomembrodaassembleiadeapuramentogeralquecometerqualquerdosactosprevistosnonúmeroanterior.

Artigo158.ºObstrução à fiscalização

1–Aquelequeimpediraentradaousaídadequalquerdosde-legadosdas listasnasassembleiaseleitoraisouqueporqualquer

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modotentaropor-seaqueelesexerçamtodosospoderesquelhessãoconferidospelapresenteleiépunidocompenadeprisãode6mesesa2anos.

2–Sesetratardopresidentedamesa,apenadeprisãonãoé,emqualquercaso,inferiora1ano.

Artigo159.ºRecusa de receber reclamações, protestos ou contra protestos

Opresidentedamesadaassembleiaeleitoralqueinjustificada-menteserecusarareceberreclamação,protestooucontraprotes-toépunidocompenadeprisãoaté1anoepenademultade€100a€)500.

Artigo160.ºNão comparência da força armada

Semprequesejanecessáriaapresençada forçaarmada,noscasosprevistosnon.º3doartigo101.º,ocomandantedamesmaépunidocompenadeprisãoaté1anose injustificadamentenãocomparecer.

Artigo161.ºNão cumprimento do dever de participação no processo eleitoral

Aquelequefornomeadoparafazerpartedamesadaassembleiadevotoe,semmotivoaparentedeforçamaioroujustacausa,nãoassumirouabandonaressasfunçõesépunidocompenademultade€100a€2000.

Artigo162.ºDenúncia caluniosa

Aquelequedolosamenteimputaraoutrem,semfundamento,apráticadequalquerinfracção,previstanapresentelei,épunidocomaspenasaplicáveisàdenúnciacaluniosa.

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Artigo163.ºReclamação e recurso de má fé

Aqueleque,commáfé,apresentarreclamação,recurso,protes-tooucontraprotesto,ouaquelequeimpugnardecisõesdosórgãoseleitorais através de recursomanifestamente infundado, é punidocompenademultade€50a€1000.

Artigo164.ºNão cumprimento de outras obrigações impostas por lei

Aquelequenãocumprirobrigaçõesquelhesejamimpostaspelapresente lei ou não praticar os actos administrativos necessáriosparaasuaprontaexecuçãoouaindaretardarinjustificadamenteoseu cumprimento é, na falta de incriminação prevista nos artigosanteriores,punidocompenademultade€100a€1000.

Artigo164-A.º5Desvio de voto antecipado

Aquele que extraviar, retiver ou não entregar a documentação para o exercício do voto antecipado ou o sobrescrito contendo o boletim de voto, nos casos previstos na lei, é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.

TÍTULOVIIDisposições finais

Artigo165.ºCertidões

São obrigatoriamente passadas, a requerimento de qualquerinteressado,noprazodetrêsdias:

5 ArtigoaditadopelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro.

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a) Ascertidõesnecessáriasparainstruçãodoprocessodeapre-sentaçãodecandidaturas;

b) Ascertidõesdeapuramentogeral.

Artigo166.ºIsenções

São isentosdequaisquer taxasouemolumentosede impostodeselo,conformeoscasos:

a) Ascertidõesaqueserefereoartigoanterior;b) Todososdocumentosdestinadosa instruirquaisquer recla-

mações, protestos ou contra protestos nas assembleias devotooudeapuramentogeral,bemcomoquaisquerreclama-çõesourecursosprevistosnalei;

c) Osreconhecimentosnotariaisemdocumentosparafinselei-torais;

d) Asprocuraçõesforensesautilizaremreclamaçõeserecursosprevistosnapresentelei,devendoasmesmasespecificarofimaquesedestinam;

e) Quaisquerrequerimentos, incluindoos judiciais, relativosaoprocessoeleitoral.

Artigo167.ºTermo de prazos

1 –Quando qualquer acto processual previsto na presente leienvolvaa intervençãodeentidadesouserviçospúblicos,o termodos prazos respectivos considera-se referido ao termodohorárionormaldoscompetentesserviçosourepartições.

2–Paraefeitosdodispostonoartigo25.º,assecretariasjudiciaisterãooseguintehorário:

Das9horase30minutosàs12horase30minutos;Das14às18horas.

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Artigo168.ºDireito subsidiário

Em tudo o que não estiver regulado na presente lei aplica-seaosactosqueimpliquemintervençãodequalquertribunalodispos-tonoCódigodeProcessoCivilquantoaoprocessodeclarativo,comexcepçãodosn.ºs4e5doartigo142.º

Artigo169.ºRevogação

Ficamrevogadososdiplomasquedisponhamemcoincidênciaouemcontráriocomoestabelecidonapresentelei,designadamen-teoDecreto-Lein.º318-E/76,de30deAbril,e legislaçãosubse-quente.

Aprovadaem15deDezembrode2005.OPresidentedaAssembleiadaRepública,JaimeGama.Promulgadaem27deJaneirode2006.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIO.Referendadaem27deJaneirode2006.OPrimeiro-Ministro,JoséSócratesCarvalhoPintodeSousa.

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ANEXO IRecibo comprovativo do voto antecipado

Para os efeitos da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira se decla-ra que ... (nome do cidadão eleitor), residente em ..., portador do bilhete de identidade n.º ..., de ... de ... de ..., inscrito na assembleia de voto (ou secção de voto) de ..., com o n.º ..., exerceu antecipadamente o seu direito de voto no dia ... de ... de ...

O Presidente da Câmara Municipal de ...... (assinatura).

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INDICE SISTEMÁTICO

TÍTULOICapacidade eleitoral

CAPÍTULOICapacidade eleitoral activa

Artigo1.º –Capacidadeeleitoralactiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3Artigo2.º –Incapacidadeseleitoraisactivas. . . . . . . . . . . . . . 3Artigo3.º –Direitodevoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

CAPÍTULOIICapacidade eleitoral passiva

Artigo4.º –Capacidadeeleitoralpassiva . . . . . . . . . . . . . . . . 4Artigo5.º –Inelegibilidadesgerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4Artigo6.º –Inelegibilidadesespeciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5Artigo7.º –Funcionáriospúblicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

CAPÍTULOIIIEstatuto dos candidatos

Artigo8.º –Direitoadispensadefunções. . . . . . . . . . . . . . . . 5Artigo9.º –Obrigatoriedadedesuspensãodomandato. . . . . 6Artigo10.º –Imunidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

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TÍTULOIISistema eleitoral

CAPÍTULOIOrganização do sistema eleitoral

Artigo11.º –Composição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Artigo12.º –Territórioeleitoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Artigo13.º –Colégioeleitoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

CAPÍTULOIIRegime de eleição

Artigo14.º –Mododeeleição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Artigo15.º –Organizaçãodaslistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Artigo16.º –Critériodeeleição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8Artigo17.º –Distribuiçãodoslugaresdentrodaslistas . . . . . . 8Artigo18.º –VagasocorridasnaAssembleiaLegislativada

RegiãoAutónomadaMadeira. . . . . . . . . . . . . . . . 9

TÍTULOIIIOrganização do processo eleitoral

CAPÍTULOIMarcação da data da eleição

Artigo19.º –Marcaçãodaeleição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9Artigo20.º –Diadaseleições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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CAPÍTULOIIApresentação de candidaturas

SECÇÃOIPropositura

Artigo21.º –Poderdeapresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Artigo22.º –Coligaçõesparafinseleitorais . . . . . . . . . . . . . . 10Artigo23.º –Decisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Artigo24.º –Proibiçãodecandidaturaplúrima. . . . . . . . . . . . 11Artigo25.º –Apresentaçãodecandidaturas. . . . . . . . . . . . . . 12Artigo26.º –Requisitosformaisdaapresentação. . . . . . . . . . 12Artigo27.º –Denominações,siglasesímbolos. . . . . . . . . . . . 13Artigo28.º –Mandatáriosdaslistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Artigo29.º –Publicaçãodaslistaseverificaçãodas

candidaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Artigo30.º –Irregularidadesprocessuais . . . . . . . . . . . . . . . . 13Artigo31.º –Rejeiçãodecandidaturas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Artigo32.º –Publicaçãodasdecisões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Artigo33.º –Reclamações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Artigo34.º –Sorteiodaslistasapresentadas . . . . . . . . . . . . . 15

SECÇÃOIIContencioso da apresentação das candidaturas

Artigo35.º –RecursoparaoTribunalConstitucional . . . . . . . 15Artigo36.º –Legitimidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Artigo37.º –Requerimentoeinterposiçãodorecurso . . . . . . 16Artigo38.º –Decisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Artigo39.º –Publicaçãodaslistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

SECÇÃOIIISubstituição e desistência de candidatos

Artigo40.º –Substituiçãodecandidatos. . . . . . . . . . . . . . . . . 17Artigo41.º –Novapublicaçãodaslistas. . . . . . . . . . . . . . . . . 18Artigo42.º –Desistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

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CAPÍTULOIIIConstituição das assembleias de voto

Artigo43.º –Assembleiadevoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Artigo44.º –Diaehoradasassembleiasdevoto . . . . . . . . . 19Artigo45.º –Localdasassembleiasdevoto. . . . . . . . . . . . . . 19Artigo46.º –Editaissobreasassembleiasdevoto . . . . . . . . 19Artigo47.º –Mesasdasassembleiasesecçõesdevoto. . . . 20Artigo48.º –Delegadosdaslistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Artigo49.º –Designaçãodosdelegadosdaslistas. . . . . . . . . 21Artigo50.º –Designaçãodosmembrosdasmesas. . . . . . . . 21Artigo51.º –Constituiçãodamesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Artigo52.º –Permanênciadamesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Artigo53.º –Poderesdosdelegados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Artigo54.º –Imunidadesedireitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Artigo55.º –Cadernosderecenseamento . . . . . . . . . . . . . . . 24Artigo56.º –Outroselementosdetrabalhodamesa . . . . . . 25

TÍTULOIVCampanha eleitoral

CAPÍTULOIPrincípios gerais

Artigo57.º –Inícioetermodacampanhaeleitoral. . . . . . . . . 25Artigo58.º –Promoçãoerealizaçãodacampanhaeleitoral. . 26Artigo59.º –Igualdadedeoportunidadesdascandidaturas. . 26Artigo60.º –Neutralidadeeimparcialidadedasentidades

públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Artigo61.º –Liberdadedeexpressãoedeinformação . . . . . 27Artigo62.º –Liberdadedereunião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Artigo63.º –Proibiçãodadivulgaçãodesondagens . . . . . . . 28

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CAPÍTULOIIPropaganda eleitoral

Artigo64.º –Propagandaeleitoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Artigo65.º –Direitodeantena. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Artigo66.º –Distribuiçãodostemposreservados. . . . . . . . . . 30Artigo67.º –Publicaçõesdecarácterjornalístico. . . . . . . . . . 30Artigo68.º –Salasdeespectáculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31Artigo69.º –Propagandagráficaesonora. . . . . . . . . . . . . . . 31Artigo70.º –Utilizaçãoemcomumoutroca. . . . . . . . . . . . . . 32Artigo71.º –Limitesàpublicaçãoedifusãodepropaganda

eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32Artigo72.º –Edifíciospúblico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32Artigo73.º –Custodautilização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Artigo74.º –Órgãosdospartidospolíticos. . . . . . . . . . . . . . . 33Artigo75.º –Esclarecimentocívico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Artigo76.º –Publicidadecomercial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Artigo77.º –Instalaçãodetelefone. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Artigo78.º –Arrendamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

CAPÍTULOIIIFinanças eleitorais

Artigo79.º –Financiamentodacampanha . . . . . . . . . . . . . . . 35

TÍTULOVEleição

CAPÍTULOISufrágio

SECÇÃOIExercício do direito de sufrágio

Artigo80.º –Pessoalidadeepresencialidadedovoto . . . . . . 35Artigo81.º –Unicidadedovoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

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Artigo82.º –Direitoedeverdevotar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Artigo83.º –Segredodevoto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Artigo84.º –Votoantecipado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Artigo85.º –Mododeexercíciododireitodevoto

antecipadopormilitares,agentesdeforçaseserviçosdesegurança,trabalhadoresdostransportesemembrosquerepresentemoficialmenteselecçõesnacionais,organizadasporfederaçõesdesportivasdotadasdeestatutodeutilidadepúblicadesportiva. . . . . . . 38

Artigo86.º –Mododeexercíciopordoentesinternadoseporpresos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Artigo87.º –Mododeexercíciododireitodevotoporestudantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Artigo87.º-A –Mododeexercíciododireitodevotoantecipadoporeleitoresdeslocadosnoestrangeiro. . . . . . . 42

Artigo88.º –Votosdoscegosedeficientes . . . . . . . . . . . . . . 42Artigo89.º –Requisitosdoexercíciododireitodevoto. . . . . 43Artigo90.º –Localdoexercíciodesufrágio . . . . . . . . . . . . . . 43Artigo91.º –Extraviodocartãodeeleitor. . . . . . . . . . . . . . . . 43

SECÇÃOIIVotação

Artigo92.º –Aberturadavotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Artigo93.º –Procedimentodamesaemrelaçãoaosvotos

antecipados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Artigo94.º –Ordemdevotação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Artigo95.º –Continuidadedasoperaçõeseleitorais. . . . . . . . 45Artigo96.º –Encerramentodavotação. . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Artigo97.º –Nãorealizaçãodavotaçãoemqualquer

assembleiadevoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Artigo98.º –Políciadaassembleiadevoto . . . . . . . . . . . . . . 46Artigo99.º –Proibiçãodepropagandanasassembleiasde

voto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Artigo100.º –Proibiçãodapresençadenãoeleitores. . . . . . . 46Artigo101.º –Proibiçãodapresençadeforçaarmadae

casosemquepodeserrequisitada. . . . . . . . . . 47

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Artigo102.º –Boletinsdevoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48Artigo103.º –Modocomovotacadaeleitor. . . . . . . . . . . . . . . 49Artigo104.º –Votoembrancoounulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Artigo105.º –Dúvidas,reclamações,protestosecontra

protestos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

CAPÍTULOIIApuramento

SECÇÃOIApuramento parcial

Artigo106.º –Operaçãopreliminar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51Artigo107.º –Contagemdosvotantesedosboletinsdevoto. 51Artigo108.º –Contagemdosvotos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52Artigo109.º –Destinodosboletinsdevotoobjectode

reclamaçãoouprotesto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Artigo110.º –Destinodosrestantesboletins . . . . . . . . . . . . . . 53Artigo111.º –Actadasoperaçõeseleitorais. . . . . . . . . . . . . . . 53Artigo112.º –Envioàassembleiadeapuramentogeral . . . . . 54

SECÇÃOIIApuramento geral

Artigo113.º –Apuramentogeraldocírculo. . . . . . . . . . . . . . . . 54Artigo114.º –Assembleiadeapuramentogeral. . . . . . . . . . . . 54Artigo115.º –Elementosdeapuramentogeral. . . . . . . . . . . . . 55Artigo116.º –Operaçãopreliminar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56Artigo117.º –Operaçõesdeapuramentogeral . . . . . . . . . . . . 56Artigo118.º –Termodoapuramentogeral . . . . . . . . . . . . . . . . 56Artigo119.º –Proclamaçãoepublicaçãodosresultados. . . . . 57Artigo120.º –Actadoapuramentogeral. . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Artigo121.º –EnvioàComissãodeVerificaçãodePoderes. . 57Artigo122.º –Mapadaeleição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Artigo123.º –Certidãooufotocópiadeapuramento. . . . . . . . . 58

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CAPÍTULOIIIContencioso eleitoral

Artigo124.º –Recursocontencioso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Artigo125.º –Tribunalcompetente,processoeprazos . . . . . . 59Artigo126.º –Nulidadedaseleições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Artigo127.º –Verificaçãodepoderes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

TÍTULOVIIlícito eleitoral

CAPÍTULOIIlícito penal

SECÇÃOIPrincípios gerais

Artigo128.º –Concorrênciacomcrimesmaisgraveseresponsabilidadedisciplinar . . . . . . . . . . . . . . . . 60

Artigo129.º –Circunstânciasagravantesgerais. . . . . . . . . . . . 60Artigo130.º –Puniçãodatentativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Artigo131.º –Nãosuspensãoousubstituiçãodaspenas . . . . 61Artigo132.º –Prescrição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Artigo133.º –Constituiçãodospartidospolíticoscomo

assistentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

CAPÍTULOIIInfracções eleitorais

SECÇÃOIInfracções relativas à apresentação de candidaturas

Artigo134.º –Candidaturadecidadãoinelegível. . . . . . . . . . . 62

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SECÇÃOIIInfracções relativas à campanha eleitoral

Artigo135.º –Violaçãodedeveresdeneutralidadeeimparcialidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Artigo136.º –Utilizaçãoindevidadedenominação,siglaousímbolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Artigo137.º –Utilizaçãodepublicidadecomercial . . . . . . . . . . 62Artigo138.º –Violaçãodosdeveresdasestaçõesderádioe

televisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Artigo139.º –Suspensãododireitodeantena. . . . . . . . . . . . . 63Artigo140.º –Processodesuspensãodoexercíciodo

direitodeantena. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Artigo141.º –Violaçãodaliberdadedereuniãoeleitoral. . . . . 64Artigo142.º –Reuniões,comícios,desfilesoucortejosilegais. 64Artigo143.º –Violaçãodosdeveresdosproprietáriosde

salasdeespectáculosedosqueasexploram. . 64Artigo144.º –Violaçãodoslimitesdepropagandagráficae

sonora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65Artigo145.º –Danoemmaterialdepropagandaeleitoral. . . . . 65Artigo146.º –Desviodecorrespondência. . . . . . . . . . . . . . . . . 65Artigo147.º –Propagandadepoisdeencerradaacampanha

eleitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

SECÇÃOIIIInfracções relativas à eleição

Artigo148.º –Violaçãodacapacidadeeleitoral.............66Artigo149.º –Admissãoouexclusãoabusivadovoto. . . . . . . 66Artigo150.º –Impedimentodosufrágioporabusode

autoridade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Artigo151.º –Mandatárioinfiel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Artigo152.º –Violaçãodosegredodevoto................67Artigo153.º –Abusodefunçõespúblicasouequiparadas. . . . 67Artigo154.º –Despedimentoouameaçadedespedimento. . . 67Artigo155.º –Nãoexibiçãodaurna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

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Artigo156.º –Introduçãodeboletinsnaurna,desviodestaoudeboletinsdevoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Artigo157.º –Fraudesdamesadaassembleiadevotoedaassembleiadeapuramentogeral. . . . . . . . . . 68

Artigo158.º –Obstruçãoàfiscalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Artigo159.º –Recusadereceberreclamações,protestosou

contraprotestos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Artigo160.º –Nãocomparênciadaforçaarmada. . . . . . . . . . . 69Artigo161.º –Nãocumprimentododeverdeparticipação

noprocessoeleitoral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Artigo162.º –Denúnciacaluniosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Artigo163.º –Reclamaçãoerecursodemáfé. . . . . . . . . . . . . 70Artigo164.º –Nãocumprimentodeoutrasobrigações

impostasporlei. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Artigo164.º-A–Desviodevotoantecipado. . . . . . . . . . . . . . . . . 70

TÍTULOVIIDisposições finais

Artigo165.º –Certidões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Artigo166.º –Isenções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Artigo167.º –Termodeprazos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Artigo168.º –Direitosubsidiário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Artigo169.º –Revogação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

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ESTATUTO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO DA RE-GIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA6

Lei n.º 13/91, de 5 Junho, com as alterações introduzidas pela Leis n.os 130/99,

21 de Agosto e 12/2000, 21 de Junho.(Excertos)

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneab)doartigo164º,don.º3doartigo169ºedo228ºdaConstituição,pre-cedendopropostadaAssembleiaRegionaldaMadeira,nostermosdon.º 1doartigo228ºedaalíneae) don.º 1doartigo229ºdaConstituição,oseguinte:

TÍTULOIPrincípios fundamentais

Artigo1ºRegião Autónoma da Madeira

Oarquipélago daMadeira constitui umaRegiãoAutónoma daRepúblicaPortuguesa,dotadadeEstatutoPolítico-Administrativoedeórgãosdegovernopróprio.

Artigo2ºPessoacolectivaterritorial

ARegiãoAutónomadaMadeiraéumapessoacolectivaterrito-rial,dotadadepersonalidadejurídicadedireitopúblico.

6 Deacordocoma6.ªRevisãoConstitucional,ésubstituídaaexpressão”Assembleia LegislativaRegional” por “Assembleia Legislativa”, a ex-pressão “Ministro da República “ por “Representante da República” e“governoregional”por“GovernoRegional”.

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Artigo3ºTerritório

1.OarquipélagodaMadeiraécompostopelasilhasdaMadeira,doPortoSanto,Desertas,Selvagenseseusilhéus.

2.ARegiãoAutónomadaMadeiraabrangeaindaomarcircun-danteeseusfundos,designadamenteaságuasterritoriaiseazonaeconómicaexclusiva,nostermosdalei.

Artigo4ºRegime autonómico

1.OEstado respeita, na sua organização e funcionamento, o

regimeautonómicoinsulareaidentidaderegionalcomoexpressãodoseudireitoàdiferença.

2.OregimeautonómicoprópriodaRegiãoAutónomadaMadei-ra fundamenta-se nas suas características geográficas, económi-cas,sociaiseculturaisenashistóricasaspiraçõesautonomistasdoseupovo.

Artigo5ºAutonomia política, administrativa, financeira, económica e

fiscal

1.Aautonomiapolítica,administrativa,financeira,económicaefiscaldaRegiãoAutónomadaMadeiranãoafectaaintegridadedasoberaniadoEstadoeexerce-senoquadrodaConstituiçãoedes-teEstatuto.

2.AautonomiadaRegiãoAutónomadaMadeiravisaapartici-paçãodemocráticadoscidadãos,odesenvolvimentoeconómicoesocialintegradodoarquipélagoeapromoçãoedefesadosvaloreseinteressesdoseupovo,bemcomooreforçodaunidadenacionaledoslaçosdesolidariedadeentretodososportugueses.

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Artigo6ºÓrgãos de governo próprio

1. São órgãos de governo próprio da Região a AssembleiaLegislativaRegionaleoGovernoRegional.

2.As instituições autonómicas regionais assentamna vontadedoscidadãos,democraticamenteexpressa.

3.OsórgãosdegovernoprópriodaRegiãoparticipamnoexer-cíciodopoderpolíticonacional.

Artigo7ºRepresentação da Região

1.A representaçãodaRegiãocabeaos respectivosórgãosdegovernopróprio.

2.Noâmbitodascompetênciasdosórgãosdegovernopróprio,aexecuçãodosactoslegislativosnoterritóriodaRegiãoéassegu-radapeloGovernoRegional.

Artigo8ºSímbolos regionais

1.ARegiãotembandeira,brasãodearmas,seloehinopróprios,aprovadospelaAssembleiaLegislativaRegional.

2.Ossímbolosregionaissãoutilizadosnasinstalaçõeseactivi-dadesdependentesdosórgãosdegovernoprópriodaRegiãoouporestestutelados,bemcomonosserviçosdaRepúblicasediadosnaRegiãonostermosdefinidospeloscompetentesórgãos.

3.Ossímbolos regionaissãoutilizadosconjuntamentecomoscorrespondentessímbolosnacionaisecomsalvaguardadaprece-dênciaedodestaquequeaestessãodevidos,nostermosdalei.

4.ABandeiradaUniãoEuropeiaéutilizadaaoladodasBandei-rasNacionaleRegionalnosedifíciospúblicosondeestejaminsta-ladosserviçosdaUniãoEuropeiaoucomelarelacionados,desig-nadamente por ocasião de celebrações europeias e durante aseleiçõesparaoParlamentoEuropeu.

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Artigo9ºReferendo regional

1.Emmatériadeinteresseespecíficoregionaloscidadãoselei-

tores na Região Autónoma da Madeira podem ser chamados apronunciar-se,atítulovinculativo,atravésdereferendo,pordecisãodoPresidentedaRepública,mediantepropostadaAssembleiaLe-gislativaRegional.

2.Sãoaplicáveisaosreferendosregionaisasregraseoslimitesprevistosparaosreferendosnacionais.

Artigo10ºPrincípio da continuidade territorial

Oplenáriodacontinuidadeterritorialassentananecessidadedecorrigirasdesigualdadesestruturais,originadaspeloafastamentoepelainsularidade,evisaaplenaconsagraçãodosdireitosdecida-dania da população madeirense, vinculando, designadamente, oEstado ao seu cumprimento, de acordo com as suas obrigaçõesconstitucionais.

Artigo11ºPrincípio da subsidiariedade

No relacionamento entre os órgãos do Estado e os órgãos degovernoprópriodaRegiãoéaplicáveloprincípiodasubsidiariedade,segundooqual,eforadoâmbitodasatribuiçõesexclusivasdoEsta-do,aintervençãopúblicafaz-sepreferencialmentepeloníveldaAdmi-nistraçãoqueestivermaispróximoemaisaptoa intervir,anãoserqueosobjectivosconcretosdaacçãoemcausanãopossamsersu-ficientementerealizadossenãopeloníveldaAdministraçãosuperior.

Artigo12ºPrincípio da regionalização de serviços

Aregionalizaçãodeserviçoseatransferênciadepoderespros-seguemdeacordocomaConstituiçãoealei,devendosersempre

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acompanhadasdoscorrespondentesmeiosfinanceirospara fazerfaceaosrespectivosencargos.

TÍTULOIIÓrgãos do governo próprio e administração pública

regional

CAPÍTULOIAssembleia Legislativa Regional

SECÇÃOIDefinição, eleição e composição

Artigo13ºDefinição

AAssembleiaLegislativaRegionaléoórgão representativodapopulaçãodaRegiãoAutónomadaMadeiraeexerceopoderlegis-lativoefiscalizadordaacçãogovernativa.

Artigo14ºComposição e modo de eleição

AAssembleia Legislativa Regional é composta por deputadoseleitosporsufrágiouniversal,directoesecreto,deharmoniacomoprincípiodarepresentaçãoproporcionaleporcírculoseleitorais.

Artigo 15º7

Círculos eleitorais

1. Cada município constitui um círculo eleitoral, designado pelo respectivo nome.

7 Revogadopelosartigos11.ºe12.ºdaLeiOrgânican.º1/2006,de13deFevereiro.

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2. Cada um dos círculos referidos no número anterior elegerá um deputado por cada 3500 eleitores recenseados, ou fracção su-perior a 1750, não podendo em qualquer caso resultar a eleição de um número de deputados inferior a dois em cada círculo, de harmo-nia com o princípio da representação proporcional constitucional-mente consagrado.

Artigo 16.º 8

EleitoresSão eleitores nos círculos referidos no n.º 1 do artigo anterior os

cidadãos portugueses inscritos no recenseamento eleitoral da res-pectiva área.

Artigo 17.º 9

Capacidade eleitoralSão elegíveis os cidadãos portugueses eleitores, salvas as res-

trições que a lei estabelecer, desde que tenham residência habitual na Região.

Artigo18.ºIncapacidades eleitorais

Asincapacidadeseleitorais,activasepassivas,sãoasquecons-temdaleigeral.

Artigo 19.º 10

Listas de candidaturas

1. Os deputados são eleitos por listas apresentadas pelos parti-dos políticos, isoladamente ou em coligação, concorrentes em cada

8 Revogado pelos artigos 3.º, 13.º e 14.º da Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 deFevereiro.

9 Revogadopeloartigo4.ºdaLeiOrgânican.º1/2006,de13deFevereiro.10Revogadopelosartigos14.º,15.º,16.º,17.ºepartefinaldon.º1doartigo21.º

daLeiOrgânican.º1/2006,de13deFevereiro.

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circulo eleitoral e contendo um número de candidatos efectivos igual ao dos mandatos atribuídos ao respectivo círculo, além de suplentes no mesmo número, mas nunca inferior a três.

2. As listas podem integrar cidadãos não inscritos nos correspon-dentes partidos.

3. Ninguém pode ser candidato por mais de um círculo eleitoral ou figurar em mais de uma lista.

4. No apuramento dos resultados aplica-se, dentro de cada cír-culo, o sistema da representação proporcional e o método da média mais alta de Hondt.

5. Os mandatos que couberem a cada lista são conferidos aos respectivos candidatos pela ordem de precedência indicada na de-claração de candidatura.

SECÇÃOIIEstatuto dos deputados

Artigo20.º11Representatividade e âmbito

Osdeputadosrepresentamtodaaregião,e não os círculos por que tiverem sido eleitos.

Artigo21.ºMandato

1.Osdeputadossãoeleitosparaummandatodequatroanos.2.Omandatodosdeputadosinicia-secomaprimeirareuniãoda

Assembleia LegislativaRegional após eleições, nos termos desteEstatuto,ecessacomoiníciodomandatodosdeputadosdalegis-latura subsequente, sem prejuízo da suspensão ou da cessaçãoindividualdomandato.

11 Revogadaapartefinal,pelosartigos12.ºe13.ºdaLeiOrgânican.º1/2006,de13deFevereiro.

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Artigo22.ºPoderes dos deputados

1.Constituempoderesdosdeputados:a) Apresentarprojectosquerespeitemàiniciativalegislativada

AssembleiaLegislativaRegional;b) Apresentarprojectosdedecretolegislativoregional;c)Apresentarpropostasdealteração;d) Apresentarpropostasderesolução;e) Participareintervirnosdebatesparlamentaresnostermosdo

Regimento;f) Requerer e obter do Governo Regional ou dos órgãos de

qualquerentidadepúblicaregionaloselementos,informaçõesepublicaçõesoficiaisqueconsideremúteisparaoexercíciodoseumandato;

g) Formular perguntas ao Governo Regional sobre quaisqueractosdesteoudaadministraçãopúblicaregional;

h) RequereraoTribunalConstitucionaladeclaraçãodeincons-titucionalidadeouilegalidadedenormasnostermosconstitu-cionais;

j) OsdemaisconsignadosnoRegimentodaAssembleiaLegis-lativaRegional.

2.Opoderreferidonaalíneah)don.º1sópodeserexercido,nomínimo,porumdécimodosdeputados.

3. Os deputados, individual ou colectivamente, podem aindaexerceroutrospoderes,previstosnoEstatutoenoRegimentodaAssembleiaLegislativaRegional.

Artigo23.ºImunidades

1.Osdeputadosnãorespondemcivil,criminaloudisciplinarmen-tepelosvotoseopiniõesqueemitiremnoexercíciodassuasfun-ções.

2.OsdeputadosnãopodemserouvidoscomodeclarantesnemcomoarguidossemautorizaçãodaAssembleia,sendoobrigatóriaadecisãodeautorização,nosegundocaso,quandohouverfortes

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indícios de prática de crime doloso a que corresponda pena deprisãocujolimitemáximosejasuperioratrêsanos.

3.NenhumdeputadopodeserdetidooupresosemautorizaçãodaAssembleiaLegislativaRegional,salvoporcrimedolosoaquecorresponda a pena de prisão referida no número anterior e emflagrantedelito.

4.Movidoprocedimentocriminalcontraumdeputadoeacusadoestedefinitivamente,aAssembleiaLegislativaRegionaldecideseodeputadodeveounãosersuspensoparaefeitodoseguimentodoprocesso,nostermosseguintes:

a) Asuspensãoéobrigatóriaquandosetratardecrimenon.º3;b) AAssembleiaLegislativaRegionalpodelimitarasuspensão

do deputado ao tempo que considerarmais adequado, se-gundoascircunstâncias,aoexercíciodomandatoeaoan-damentodoprocessocriminal.

5.Aautorizaçãoaquesereferemosnúmerosanterioresésoli-citadapelo juiz competenteemdocumentodirigidoaoPresidentedaAssembleiaLegislativaRegional.

6.Asdecisõesaquese refereopresenteartigosão tomadasporescrutíniosecretoemaioriaabsolutadosdeputadospresentes,precedendoparecerdacomissãocompetente.

Artigo24.ºDireitos

1.Osdeputadosgozamdosseguintesdireitos:a) Adiamentodoserviçomilitar,doserviçocívicooudamobili-

zaçãocivil;b) Livretrânsitoemlocaispúblicosdeacessocondicionado,no

exercíciodassuasfunçõesouporcausadelas;c) Cartãoespecialdeidentificação;d) Passaportediplomático;e) Subsídioseoutrasregaliasquealeiprescreva;f) Segurospessoais;g) Prioridadenasreservasdepassagemnasempresasdena-

vegaçãoaéreaqueprestemserviçopúblicoduranteofuncio-namentoefectivodaAssembleiaoupormotivosrelacionadoscomodesempenhodoseumandato.

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2.Osdeputadostêmdireito,porsessãolegislativa,aduaspas-sagensaéreasentreaRegiãoequalquerdestinoemterritóriona-cional.

3.Osdeputadostêmaindadireito,porsessãolegislativa,aduaspassagens,aéreasoumarítimas,entreaMadeiraeoPortoSanto.

4.A falta dedeputadospor causade reuniõesoumissõesdaAssembleiaLegislativaRegionalaactosoudiligênciasoficiaisaelaestranhosconstituisempremotivojustificadodeadiamentodestes,semqualquerencargo.

5.Aodeputadoquefrequentarcursodequalquergrauounatu-reza oficial é aplicável, quanto a aulas e exames, o regimemaisfavorávelentreosqueestejamprevistosparaoutrassituações.

6.Osdeputadosque,noexercíciodassuasfunçõesouporcau-sadelas, sejamvítimasdeactosque impliquemofensaà vida, àintegridadefísica,àliberdadeouabenspatrimoniaistêmdireitoaindemnização.

7.Osfactosquejustificamaindemnizaçãosãoobjectodeinqué-ritodeterminadopeloPresidentedaAssembleia,oqualdecidedasuaatribuição,salvoenamedidaemqueosdanosestejamcober-tosporoutrosmeios.

8.Porequiparaçãoosdeputadosgozamaindadosdemaisdirei-tos,regaliaseimunidadesatribuídosaosDeputadosàAssembleiada República, consagrados constitucionalmente ou no respectivoEstatuto.

Artigo25ºGarantias profissionais

1.Osdeputadosnãopodemserprejudicadosnasuacolocação,no seu emprego permanente ou nos seus benefícios sociais, porcausadodesempenhodomandato.

2.Odesempenhodomandatocontacomotempodeserviçoparatodososefeitos.

3.Éfacultadoaosdeputadosoregimedeafectaçãopermanen-teduranteoexercíciodoseumandato.

4.Nocasodeexercíciotemporáriodefunções,porvirtudedeleioucontrato,odesempenhodomandatodedeputadosuspendeacontagemdorespectivoprazo.

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Artigo26ºSegurança social

1.Osdeputadosbeneficiamdoregimedesegurançasocialapli-cávelaosfuncionáriospúblicos.

2.Nocasodealgumdeputadooptarpeloregimedeprevidênciada sua actividade profissional, cabe à Assembleia LegislativaRegionalasatisfaçãodosencargosquecorresponderiamàrespec-tivaentidadepatronal.

Artigo27.ºDeveres

Constituemdeveresdosdeputados:a) Comparecer às reuniões plenárias e às Comissões a que

pertençam;b) DesempenharoscargosnaAssembleiaLegislativaRegional

easfunçõesparaqueforemdesignados,nomeadamentesobproposta dos respectivos grupos ou representações parla-mentares;

c) Participarnasvotações.

Artigo28ºSuspensão do mandato

1.Determinaasuspensãodemandato:a) O deferimento do requerimento da substituição temporária

pormotivorelevante;b) Oprocedimentocriminal,nostermosdon.º4doartigo23º;c) Oiníciodequalquerdasfunçõesreferidasnon.º1doartigo

34º;d) A nomeação para funções que, nos termos desteEstatuto,

devatertalefeito.

2.DeterminaasuspensãodomandatodoPresidentedaAssem-bleia Legislativa Regional a substituição interina do Ministro daRepública,nostermosdon.º4doartigo230.ºdaConstituição.

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Artigo29ºSubstituição temporária

OsdeputadospodemsolicitaraoPresidentedaAssembleia,pormotivo relevante,asuasubstituição,porumaoumaisvezes,porperíodosnãoinferioresa30dias.

Artigo30ºCessação da suspensão

1.Asuspensãodomandatocessa:a) Nocasodaalíneaa)don.º1doartigo28ºpelodecursodo

períododesubstituiçãooupelo regressoantecipadodode-putado, devidamente comunicado através do presidente dogrupo parlamentar ou do órgão competente do partido, aoPresidentedaAssembleia;

b) No caso da alínea b) do n.º 1 do artigo 28º por decisãoabsolutóriaouequivalente,ouapósocumprimentodapena;

c) Noscasosdasalíneasc)ed)don.º1edon.º2doartigo28º pela cessação das funções incompatíveis com as dedeputado.

2. O deputado retoma o exercício do seumandato, cessandoautomaticamente nessa data todos os poderes de quem o tenhasubstituído.

3.Nassituaçõesprevistasnaalíneab)don.º1,perantedecisãoabsolutóriaouequivalente,odeputadoperceberátodasasremune-raçõesvencidasenãoseráafectadonosdemaisdireitoseregalias,designadamenteotempoefectivodefunções.

Artigo31ºPerda do mandato

1.Perdemomandatoosdeputadosque:a) Incorreremem violação do regime de incapacidades ou in-

compatibilidadesaplicável;b) SemmotivojustificadonãotomaremassentonaAssembleia

LegislativaRegionalatéàquintareunião,deixaremdecom-

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parecer a cinco reuniões consecutivas do Plenário ou dascomissõesouderem10faltasinterpoladasnamesmasessãolegislativa;

c) Se inscreverem, se candidatarem ou assumirem funçõesempartidodiversodaquelepeloqual foramapresentadosasufrágio;

d) Foremjudicialmentecondenadosporparticipaçãoemorgani-zaçãodeideologiafascistaouracista.

2.Aperdademandato serádeclaradapeloPresidentedaAs-sembleiaLegislativaRegional,ouvidoodeputado,semprejuízododireitoderecursoparaoPlenário.

Artigo32ºRenúncia ao mandato

Osdeputadospodemrenunciaraomandatomediantedeclara-çãoescrita.

Artigo33ºPreenchimento de vagas

1. O preenchimento das vagas que ocorrerem naAssembleiaLegislativaRegional,bemcomoasubstituiçãotemporáriadedepu-tados legalmente impedidosdoexercíciodefunções,sãoassegu-rados,segundoaordemdeprecedênciaindicadanadeclaraçãodecandidatura,peloscandidatosnãoeleitosdarespectivalista.

2.Seda lista jánãoconstaremmaiscandidatos,nãohá lugaraopreenchimentodavagaouàsubstituição.

Artigo34ºIncompatibilidades

1.É incompatível como exercício domandato de deputadoàAssembleiaLegislativaRegionalodesempenhodoscargosseguin-tes:

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a) PresidentedaRepública,membrodoGovernoeMinistrodaRepública;

b) MembrodoTribunalConstitucional,doSupremoTribunaldeContasedoConselhoSuperiordaMagistraturaeProvedordeJustiça;

c) DeputadoaoParlamentoEuropeu;d) DeputadoàAssembleiadaRepública;e) MembrodosdemaisórgãosdegovernoprópriodasRegiões

Autónomas;f) Embaixadornãooriundodacarreiradiplomática;g) Governadorevice-governadorcivil;h) Presidenteevereadoratempointeirodascâmarasmunicipais;i) FuncionáriodoEstado,daRegiãooudeoutraspessoasco-

lectivasdedireitopúblico;j) MembrodaComissãoNacionaldeEleições;l) Membrodosgabinetesministeriaisou legalmenteequipara-

dos;m)Funcionário de organização internacional ou deEstado es-

trangeiro;n) Presidenteevice-presidentedoConselhoEconómicoeSo-

cial;o) MembrodaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial;p) Membro dos conselhos de administração das empresas

públicas;q) Membro dos conselhos de administração das empresas de

capitais públicos maioritariamente participadas pelo EstadooupelaRegião;

r) Membrodosconselhosdeadministraçãodeinstitutospúbli-cosautónomos;

2.Éaindaincompatívelcomafunçãodedeputado:a) Oexercíciodasfunçõesprevistasnon.º2doartigo28º;b) OexercíciodocargodedelegadodoGovernoRegionalno

PortoSanto;c) OexercíciodocargodedirectorregionalnoGovernoRegio-

nal;

3.Odispostonaalíneai)don.º1nãoabrangeoexercíciogra-tuitode funçõesdocentes,deactividadede investigaçãoeoutras

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similarescomotal reconhecidascasoacasopelaAssembleiaLe-gislativaRegional.

Artigo35ºImpedimentos

1.OsdeputadoscarecemdeautorizaçãodaAssembleiaLegisla-tivaRegionalparaseremjurados,árbitros,peritosoutestemunhas.

2.A autorização a que se refere o número anterior deve sersolicitada pelo juiz competente ou pelo instrutor do processo emdocumentodirigidoaoPresidentedaAssembleiaLegislativaRegio-naleadecisãoseráprecedidadeaudiçãododeputado.

3.ÉvedadoaosdeputadosdaAssembleiaLegislativaRegional:a) Exerceromandato judicialcomoautoresnasacçõescíveis

contraoEstadoecontraaRegião;b) Servirdeperitosouárbitrosatítuloremuneradoemqualquer

processoemquesejamparteoEstado,aRegiãoedemaispessoascolectivasdedireitopúblico;

c) Integrar a administração de sociedades concessionárias deserviçospúblicos;

d) Figuraroudequalquerformaparticiparemactosdepublici-dadecomercial.

4.Osimpedimentosconstantesdaalíneab)donúmeroanteriorpoderãosersupridos,emrazãodeinteressepúblico,pordelibera-çãodaAssembleiaLegislativaRegional.

(...)

Artigo37ºCompetência legislativa

1.CompeteàAssembleiaLegislativaRegional,noexercíciodefunçõeslegislativas;

a) Exercer,pordireitopróprioeexclusivo,opoderdeelaborar,modificar e retirar projectos ou propostas de alteração doEstatutoPolítico-AdministrativodaRegião,bemcomoemitirparecersobrearespectivarejeiçãoou introduçãodealtera-

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ções pela Assembleia da República, nos termos do artigo226.ºdaConstituição;

b) Exerceriniciativalegislativamedianteaapresentaçãodepro-postasdeleioudealteraçãoàAssembleiadaRepública,bemcomorequereradeclaraçãodeurgênciado respectivopro-cessamento;

c) Legislar,comrespeitopelosprincípiosfundamentaisdasleisda República, em matérias de interesse específico para aRegiãoquenãoestejam reservadasà competência própriadosórgãosdesoberania;

d) Legislar,sobautorizaçãodaAssembleiadaRepública,emma-tériasdeinteresseespecíficoparaaRegiãoquenãoestejamreservadasàcompetênciaprópriadosórgãosdesoberania;

e) Desenvolver,em funçãodo interesseespecíficodaRegião,asleisdebasesemmatériasnãoreservadasàcompetênciadaAssembleiadaRepública,bemcomoasprevistasnasalí-neasf),g),h),n),t)eu)don.º1doartigo165ºdaConstitui-ção;

f) Exercer poder tributário próprio e adaptar o sistema fiscalnacionalàRegiãonostermosdopresenteEstatutoedalei;

g) Criareextinguirautarquiaslocais,bemcomomodificarares-pectivaárea,nostermosdalei;

h) Elevarpovoaçõesàcategoriadevilasoucidades;i) Criarserviçospúblicospersonalizados,institutos,fundospú-

blicos e empresas públicas que exerçam a sua actividadeexclusivaoupredominantenaRegião;

j) Definiractosilícitosdemeraordenaçãosocialerespectivassanções,semprejuízododispostonaalínead)don.º1doartigo165.ºdaConstituição.

2.Aspropostasdeleideautorizaçãodevemseracompanhadasdoanteprojectododecretolegislativoregionalaautorizar,aplican-do-seàscorrespondentesleisdeautorizaçãoodispostonosn.º2e3doartigo165.ºdaConstituição.

3.Asautorizaçõesreferidasnonúmeroanteriorcaducamcomotermoda legislaturaoucomadissolução,querdaAssembleiadaRepúblicaquerdaAssembleiaLegislativaRegional.

4.Osdecretos legislativosregionaisprevistosnasalíneasd)ee)don.º1desteartigodeveminvocarexpressamenteasrespecti-

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vasleisdeautorizaçãoouleisdebase,sendoaplicávelaosprimei-rosodispostonoartigo169.ºdaConstituição,comasnecessáriasadaptações.

(...)

SECÇÃOIVFuncionamento

Artigo42.ºLegislatura

1.AAssembleiaLegislativaRegionalreúnepordireitopróprioatéao15ºdiaposterioraoapuramentodosresultadoseleitorais.

2.Alegislaturatemaduraçãodequatrosessõeslegislativas.

Artigo43.ºSessão legislativa

1.Asessão legislativa,salvoaprimeira, temaduraçãodeum

anoeinicia-sea1deOutubro.2.OPlenáriodaAssembleiaLegislativaRegionalreúneemses-

sãoordináriade1deOutubroa31deJulhodoanoseguinte.3.OPlenáriodaAssembleiaLegislativaRegionaléconvocado

extraordinariamente fora do período previsto no número anteriorpeloseuPresidente,nosseguintescasos:

a) PoriniciativadoPresidenteoudaComissãoPermanente;b) Poriniciativadeumterçodosdeputados;c) ApedidodoGovernoRegional.(...)

Artigo47.ºProcessos de orientação e fiscalização política

Sãoprocessosdeorientaçãoefiscalizaçãopolítica:

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a) ProgramadoGoverno;b) MoçõesdeconfiançaaoGoverno;c) MoçãodecensuraaoGoverno;d) PerguntasaoGoverno;e) Interpelações;f) Petições;g) Inquéritos.(...)

CAPÍTULOIIGoverno Regional

SECÇÃOIDefinição, constituição e responsabilidade

Artigo55.ºDefinição

OGovernoRegionaléoórgãoexecutivodeconduçãodapolíti-caregionaleoórgãosuperiordaadministraçãopúblicaregional.

Artigo56.ºComposição

1.OGovernoRegionalé formadopeloPresidenteepelosSe-cretáriosRegionais,podendoexistirvice-presidentesesubsecretá-riosregionais.

2.OnúmeroeadesignaçãodosmembrosdoGovernoRegionalsãofixadosnodiplomadenomeação.

3.AorganizaçãoefuncionamentodoGovernoRegionaleaor-gânicaeatribuiçõesdosdepartamentosgovernamentaisserãofixa-dospordecretoregulamentarregional.

Artigo57.ºNomeação

1.OPresidentedoGovernoRegionalénomeadopeloMinistrodaRepública, tendo em conta os resultados das eleições para a

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AssembleiaLegislativaRegionaleouvidosospartidospolíticosnelarepresentados.

2.OsrestantesmembrosdoGovernoRegionalsãonomeadose exonerados peloMinistro daRepública, sob proposta doPresi-dentedoGovernoRegional.

3.As funçõesdosvice-presidentesedossecretários regionaiscessamcomasdoPresidentedoGovernoRegional,easdossub-secretáriosregionaiscomasdosrespectivossecretáriosregionais.

Artigo58.ºResponsabilidade política

OGovernoRegionalépoliticamenteresponsávelperanteaAs-sembleiaLegislativaRegional.

(...)

CAPÍTULOIIIEstatuto remuneratório

Artigo75.ºEstatuto dos titulares de cargos políticos

1. NaRegião, são titulares de cargos políticos dos órgãos degovernopróprioosdeputadosàAssembleiaLegislativaRegionaleosmembrosdoGovernoRegional.

2.Aplica-seaostitularesdosórgãosdegovernoprópriodaRe-giãooestatutoremuneratórioconstantedapresentelei.

3.OPresidentedaAssembleiaLegislativaRegionaleoPresi-dentedoGovernoRegionaltêmestatutoremuneratórioidênticoaodeministro.

4.Os deputados àAssembleia LegislativaRegional percebemmensalmenteumvencimentocorrespondentea75%dovencimen-todoPresidentedaAssembleiaLegislativaRegional.

5.Osvice-presidentesdoGovernoRegionalauferemumvenci-mentoeumaverbaparadespesasde representaçãoquecorres-pondem, respectivamente, ametadeda somados vencimentose

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dasomadasreferidasverbasauferidaspeloPresidentedoGovernoRegionaleporumsecretárioregional.

6.Ossecretáriosregionais têmestatutoremuneratório idênticoaodossecretáriosdeEstadoeossubsecretáriosregionaisaodossubsecretáriosdeEstado.

7.Ostitularesdoscargospolíticosaqueserefereon.º1desteartigotêmdireitoaperceberumvencimentoextraordinário,demon-tante igual ao do correspondente vencimentomensal, nosmesesdeJunhoedeNovembrodecadaano.

8.Seocargopolíticotiversidoexercidoduranteumanoporváriostitulares,ovencimentoextraordinárioreferidononúmeroanteriorserárepartidoporeles,proporcionalmenteao tempoemqueexerceramfunções,nãoseconsiderandoperíodosinferioresa15dias.

9.Osvice-presidentesdaAssembleiaLegislativaRegionalper-cebemumabonomensalcorrespondenteaumterçodorespectivovencimento.

10. Os presidentes dos grupos parlamentares da AssembleiaLegislativa Regional ou quem os substituir percebem um abonomensalcorrespondenteaumquartodorespectivovencimento.

11.OssecretáriosdaMesadaAssembleiaLegislativa regionalpercebemumabonomensal correspondenteaumquinto do res-pectivovencimento.

12.Osvice-secretáriosdaMesa,quandonoexercícioefectivodefunções,percebem1/30pordiadoabonoatribuídoaossecretá-riosdaMesa.

13.Oabonomensalatribuídoaostitularesdoscargosreferidosnosn.º9a11desteartigoéconsideradoparaefeitosdosvenci-mentosextraordináriosdeJunhoeNovembro.

14.Nasdeslocaçõesoficiaisforadailha,oPresidentedaAssem-bleiaLegislativaRegionaledemaismembrosdoGovernotêmdirei-tosaajudasdecustosnostermosfixadosnalei.

15.Nasdeslocaçõesforadailha,emmissãooficialdaAssem-bleia Legislativa Regional, os deputados têm direito a ajudas decustoidênticasàsprevistasparaosmembrosdoGoverno.

16.Nasdeslocaçõesdentrodailha,osdeputadosàAssembleiaLegislativaRegionaltêmdireito:

a) Asubsídiodetransportedeacordocomovalorfixadonaleiparatransporteemautomóvelpróprioentrearesidênciaofi-

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cialeolocalondesedesenvolveremostrabalhosparlamen-taresporcadadiadereuniãodoplenáriooudeComissãoeas ajudas de custo no valor de 10% ou 20% do valor dasajudasdecustodiáriasfixadasparaosmembrosdoGoverno,consoanteostrabalhosenvolvamumaouduasrefeições,seresidirememcírculodiferentedoFunchal;

b) Asubsídiodetransportedeacordocomovalorfixadonaleiparatransporteemautomóvelpróprioentrearesidênciaofi-cialeocírculopeloqualforameleitos,casoresidamemcír-culodiferente,umavezporsemana;

c) A ajudas de custo no valor previsto para os membros doGoverno,quandoemmissãooficialdaAssembleiaLegislativaRegional,desdequeadistânciaentreasua residênciaeolocaldetrabalhoexceda5km.

17.OdeputadoeleitopelocírculodoPortoSantotemdireitoapassagem aérea ou marítima, mediante requisição oficial, entreaquelailhaeadaMadeira,semprequenecessário,evenceajudasdecustodeacordocomoprevistonon.º15desteartigo.

18.OtempodeexercíciodequalquercargopolíticonosórgãosdegovernoprópriodaRegiãoacresceaoexercidocomotitulardecargopolíticonosórgãosdesoberania.

19.OregimeconstantedotítuloIIdaLein.º4/85,de9deAbril,comasalteraçõesintroduzidaspelasLeisn.º16/87,de1deJunho,102/88,de25deAgostoe26/95,de18deAgosto,aplica-seaosdeputados àAssembleia Legislativa Regional e aosmembros doGovernoRegional.

20.Oestatutoremuneratórioconstantedapresenteleinãopo-derá,designadamenteemmatériadevencimentos,subsídios,sub-venções,abonoseajudasdecusto,lesardireitosadquiridos.

(...)

Artigo82.ºMinistro da República

OEstadoérepresentadonaRegiãoporumMinistrodaRepúbli-ca nos termos definidos na Constituição e com as competênciasnestaprevistas.

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Artigo83.ºIntervenção no processo legislativo

CompeteaoMinistrodaRepúblicaassinaremandarpublicarosdecretoslegislativosregionaiseosdecretosregulamentaresregio-nais.

(...)

Artigo147.ºDissolução

1. Os órgãos de governo próprio podem ser dissolvidos peloPresidente daRepública por prática de actos graves contrários àConstituição,ouvidosaAssembleiadaRepúblicaeoConselhodeEstado.

2.EmcasodedissoluçãodaAssembleiaLegislativaRegional,aseleiçõestêmlugarnoprazomáximode60diaseparaumanovalegislatura.

(...)

Artigo154.ºVigência do regime de incompatibilidade e impedimentos

As novas incompatibilidades e impedimentos decorrentes dosartigos34.ºe35.ºsãoaplicáveisapartirdoiníciodaVIILegislaturadaAssembleiaLegislativaRegional.

Aprovadaem24deAbrilde1991OPresidentedaAssembleiadaRepública,VítorPereiraCrespoPromulgadaem9deMaiode1991Publique-seOPresidentedaRepública,MárioSoaresReferendadaem14deMaiode1991OPrimeiro-Ministro,AníbalAntónioCavacoSilva

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Constituição da República Portuguesa7.ª revisão – 2005

(Excertos)

PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS

......................................................

Artigo10.º(Sufrágio universal e partidos políticos)

1.Opovoexerceopoderpolíticoatravésdosufrágiouniversal,igual,directo,secretoeperiódico,doreferendoedasdemaisformasprevistasnaConstituição.

2.Ospartidospolíticosconcorremparaaorganizaçãoeparaaexpressãoda vontadepopular,norespeitopelosprincípiosdain-dependêncianacional,daunidadedoEstadoedademocraciapo-lítica.

......................................................

PARTEIDIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS

TÍTULOIIDireitos, liberdades e garantias

CAPÍTULOIDireitos, liberdades e garantias pessoais

......................................................

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Artigo37.º(Liberdade de expressão e informação)

1.Todos têmo direito de exprimir e divulgar livremente o seupensamentopelapalavra,pelaimagemouporqualqueroutromeio,bemcomoodireitodeinformar,deseinformaredeserinformados,semimpedimentosnemdiscriminações.

2.Oexercíciodestesdireitosnãopodeserimpedidooulimitadoporqualquertipoouformadecensura.

3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficamsubmetidasaosprincípiosgeraisdedireitocriminaloudoilícitodemeraordenaçãosocial,sendoasuaapreciaçãorespectivamentedacompetência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativaindependente,nostermosdalei.

4.Atodasaspessoas,singularesoucolectivas,éassegurado,emcondiçõesde igualdadeeeficácia, o direito de respostaederectificação,bemcomoodireitoaindemnizaçãopelosdanossofri-dos.

......................................................

Artigo45.º(Direito de reunião e de manifestação)

1. Oscidadãostêmodireitodesereunir,pacificamenteesemarmas,mesmoemlugaresabertosaopúblico,semnecessidadedequalquerautorização.

2.A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifesta-ção.

......................................................

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CAPÍTULOIIDireitos, liberdades e garantias de participação política

Artigo48.º(Participação na vida pública)

1.Todososcidadãostêmodireitodetomarpartenavidapolíti-caenadirecçãodosassuntospúblicosdopaís,directamenteouporintermédioderepresentanteslivrementeeleitos.

2.Todososcidadãos têmodireitodeseresclarecidosobjecti-vamentesobreactosdoEstadoedemaisentidadespúblicasedeserinformadospeloGovernoeoutrasautoridadesacercadagestãodosassuntospúblicos.

Artigo49.º(Direito de sufrágio)

1.Têmdireitodesufrágiotodososcidadãosmaioresdedezoitoanos,ressalvadasasincapacidadesprevistasnaleigeral.

2. O exercício do direito de sufrágio é pessoal e constitui umdevercívico.

Artigo50.º(Direito de acesso a cargos públicos)

1.Todososcidadãostêmodireitodeacesso,emcondiçõesdeigualdadeeliberdade,aoscargospúblicos.

2.Ninguémpodeserprejudicadonasuacolocação,noseuem-prego,nasuacarreiraprofissionalounosbenefíciossociaisaquetenha direito, em virtude do exercício de direitos políticos ou dodesempenhodecargospúblicos.

3. No acesso a cargos electivos a lei só pode estabelecer asinelegibilidades necessárias para garantir a liberdade de escolhadoseleitoreseaisençãoeindependênciadoexercíciodosrespec-tivoscargos.

......................................................

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PARTEIIIOrganização do poder político

TÍTULOIPrincípios gerais

......................................................

Artigo113º(Princípios gerais de direito eleitoral)

1.Osufrágiodirecto,secretoeperiódicoconstituiaregrageraldedesignaçãodostitularesdosórgãoselectivosdasoberania,dasregiõesautónomasedopoderlocal.

2.Orecenseamentoeleitoraléoficioso,obrigatório,permanenteeúnicoparatodasaseleiçõesporsufrágiodirectoeuniversal,semprejuízododispostonosn.os4e5doartigo15.ºenon.º2doarti-go121.º.

3.Ascampanhaseleitoraisregem-sepelosseguintesprincípios:a) Liberdadedepropaganda;b) Igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas

candidaturas;c) Imparcialidadedasentidadespúblicasperanteascandidatu-

ras;d) Transparênciaefiscalizaçãodascontaseleitorais.

4.Oscidadãos têmodeverdecolaborarcomaadministraçãoeleitoral,nasformasprevistasnalei.

5.A conversão dos votos emmandatos far-se-á de harmoniacomoprincípiodarepresentaçãoproporcional.

6.Noactodedissoluçãodeórgãoscolegiaisbaseadosnosufrá-giodirecto temdesermarcadaadatadasnovaseleições,queserealizarãonossessentadiasseguintesepelaleieleitoralvigenteaotempodadissolução,sobpenadeinexistênciajurídicadaqueleacto.

7. O julgamento da regularidade e da validade dos actos deprocessoeleitoralcompeteaostribunais.

......................................................

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TÍTULOVIIRegiões Autónomas

Artigo225.º(Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira)

1.Oregimepolítico-administrativoprópriodosarquipélagosdosAçoresedaMadeirafundamenta-senassuascaracterísticasgeo-gráficas,económicas,sociaiseculturaisenashistóricasaspiraçõesautonomistasdaspopulaçõesinsulares.

2.Aautonomiadasregiõesvisaaparticipaçãodemocráticadoscidadãos,odesenvolvimentoeconómico-socialeapromoçãoede-fesadosinteressesregionais,bemcomooreforçodaunidadena-cionaledoslaçosdesolidariedadeentretodososportugueses.

3.Aautonomiapolítico-administrativaregionalnãoafectaainte-gridadedasoberaniadoEstadoeexerce-senoquadrodaConsti-tuição.

Artigo226.º(Estatutos e leis eleitorais)

1. Os projectos de estatutos político-administrativos e de leisrelativasàeleiçãodosdeputadosàsAssembleiasLegislativasdasregiõesautónomassãoelaboradosporestaseenviadosparadis-cussãoeaprovaçãoàAssembleiadaRepública.

2.SeaAssembleiadaRepúblicarejeitaroprojectooulheintro-duzir alterações, remetê-lo-á à respectivaAssembleia Legislativaparaapreciaçãoeemissãodeparecer.

3.Elaboradooparecer,aAssembleiadaRepúblicaprocedeàdiscussãoedeliberaçãofinal.

4.Oregimeprevistonosnúmerosanterioreséaplicávelàsalte-raçõesdosestatutospolíticoadministrativosedas leis relativasàeleiçãodosdeputadosàsAssembleiasLegislativasdasregiõesau-tónomas.

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Artigo227.º(Poderes das regiões autónomas)

1.Asregiõesautónomassãopessoascolectivasterritoriaisetêmosseguintespoderes,adefinirnosrespectivosestatutos:

a) Legislarnoâmbitoregionalemmatériasenunciadasnores-pectivoestatutopolítico-administrativoequenãoestejamre-servadasaosórgãosdesoberania;

b) Legislar emmatérias de reserva relativa daAssembleia daRepública,mediante autorização desta, com excepção dasprevistasnasalíneasa)ac),naprimeirapartedaalínead),nasalíneasf)ei),nasegundapartedaalíneam)enasalí-neaso),p),q),s),t),v),x)eaa)don.º1doartigo165.º;

c) Desenvolverparaoâmbitoregionalosprincípiosouasbasesgerais dos regimes jurídicos contidos em lei que a eles secircunscrevam;

d) Regulamentara legislaçãoregionaleas leisemanadasdosórgãosdesoberaniaquenãoreservemparaestesorespec-tivopoderregulamentar;

e) Exercerainiciativaestatutária,bemcomoainiciativalegisla-tivaemmatériarelativaàeleiçãodos

deputadosàsrespectivasAssembleiasLegislativas,nostermosdoartigo226.º;

f) Exercerainiciativalegislativa,nostermosdon.º1doartigo167.º,medianteaapresentaçãoàAssembleiadaRepúblicadepropostasdeleierespectivaspropostasdealteração;

g) Exercerpoderexecutivopróprio;h) Administraredispordoseupatrimónioecelebrarosactose

contratosemquetenhaminteresse;i) Exercerpodertributáriopróprio,nostermosdalei,bemcomo

adaptarosistemafiscalnacionalàsespecificidadesregionais,nostermosdelei-quadrodaAssembleiadaRepública;

j) Dispor, nos termos dos estatutos e da lei de finanças dasregiões autónomas, das receitas fiscais nelas cobradas ougeradas,bemcomodeumaparticipaçãonasreceitastributá-riasdoEstado,estabelecidadeacordocomumprincípioqueassegureaefectivasolidariedadenacional,edeoutrasrecei-tasquelhessejamatribuídaseafectá-lasàssuasdespesas;

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l) Criareextinguirautarquiaslocais,bemcomomodificarares-pectivaárea,nostermosdalei;

m)Exercerpoderdetutelasobreasautarquiaslocais;n) Elevarpovoaçõesàcategoriadevilasoucidades;o) Superintender nos serviços, institutos públicos e empresas

públicas e nacionalizadas que exerçam a sua actividadeexclusivaoupredominantementenaregião,enoutroscasosemqueointeresseregionalojustifique;

p) Aprovaroplanodedesenvolvimentoeconómicoe social, oorçamentoregionaleascontasdaregiãoeparticiparnaela-boraçãodosplanosnacionais;

q) Definiractosilícitosdemeraordenaçãosocialerespectivassanções,semprejuízododispostonaalínead)don.º1doartigo165.º;

r) Participarnadefiniçãoeexecuçãodaspolíticasfiscal,mone-tária, financeiraecambial,demodoaassegurarocontroloregionaldosmeiosdepagamentoemcirculaçãoeofinancia-mentodosinvestimentosnecessáriosaoseudesenvolvimen-toeconómico-social;

s) Participar na definição das políticas respeitantes às águasterritoriais, à zona económica exclusiva e aos fundosmari-nhoscontíguos;

t) Participarnasnegociaçõesdetratadoseacordosinternacio-nais que directamente lhes digam respeito, bem como nosbenefíciosdelesdecorrentes;

u) Estabelecercooperaçãocomoutrasentidadesregionaises-trangeiraseparticiparemorganizaçõesquetenhamporob-jecto fomentar o diálogo e a cooperação inter-regional, deacordocomasorientaçõesdefinidaspelosórgãosdesobe-raniacomcompetênciaemmatériadepolíticaexterna;

v) Pronunciar-seporsua iniciativaousobconsultadosórgãosdesoberania,sobreasquestõesdacompetênciadestesquelhesdigamrespeito,bemcomo,emmatériasdoseuinteres-seespecífico,nadefiniçãodasposiçõesdoEstadoPortuguêsnoâmbitodoprocessodeconstruçãoeuropeia;

x) Participar no processo de construção europeia, medianterepresentação nas respectivas instituições regionais e nasdelegações envolvidas em processos de decisão da União

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Europeia,quandoestejamemcausamatériasquelhesdigamrespeito, bem como transpor actos jurídicos da União, nostermosdoartigo112.º

2.Aspropostasdeleideautorizaçãodevemseracompanhadasdoanteprojectododecretolegislativoregionalaautorizar,aplican-do-seàscorrespondentesleisdeautorizaçãoodispostonosn.ºs2e3doartigo165.º.

3.Asautorizaçõesreferidasnonúmeroanteriorcaducamcomotermodalegislaturaouadissolução,querdaAssembleiadaRepú-blica,querdaAssembleiaLegislativaaquetiveremsidoconcedidas.

4.Osdecretos legislativosregionaisprevistosnasalíneasb)ec) do n.º 1 devem invocar expressamente as respectivas leis deautorizaçãoouleisdebases,sendoaplicávelaosprimeirosodis-postonoartigo169.º,comasnecessáriasadaptações.

Artigo228.º(Autonomia legislativa)

1.Aautonomia legislativadas regiõesautónomas incidesobreasmatériasenunciadasnorespectivoestatutopolítico-administrati-voquenãoestejamreservadasaosórgãosdesoberania.

2.Nafaltadelegislaçãoregionalprópriasobrematérianãore-servadaà competência dos órgãosde soberania, aplicam-senasregiõesautónomasasnormaslegaisemvigor.

Artigo229.º(Cooperação dos órgãos de soberania e dos órgãos regio-

nais)

1.Osórgãosdesoberaniaasseguram,emcooperaçãocomosórgãosdegovernopróprio,odesenvolvimentoeconómicoesocialdas regiões autónomas, visando, em especial, a correcção dasdesigualdadesderivadasdainsularidade.

2. Os órgãos de soberania ouvirão sempre, relativamente àsquestõesdasuacompetênciarespeitantesàsregiõesautónomas,osórgãosdegovernoregional.

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3.AsrelaçõesfinanceirasentreaRepúblicaeasregiõesautó-nomassãoreguladasatravésda leiprevistanaalíneat)doartigo164.º.

4. O Governo da República e os Governos Regionais podemacordaroutrasformasdecooperaçãoenvolvendo,nomeadamente,actosdedelegaçãode competências, estabelecendo-seemcadacasoacorrespondentetransferênciademeiosfinanceiroseosme-canismosdefiscalizaçãoaplicáveis.

Artigo230.º(Representante da República)

1.ParacadaumadasregiõesautónomasháumRepresentantedaRepública,nomeadoeexoneradopeloPresidentedaRepúblicaouvidooGoverno.

2.Salvoocasodeexoneração,omandatodoRepresentantedaRepúblicatemaduraçãodomandatodoPresidentedaRepúblicaeterminacomapossedonovoRepresentantedaRepública.

3.Emcasodevagaturadocargo,bemcomonassuasausênciase impedimentos,oRepresentantedaRepúblicaésubstituídopelopresidentedaAssembleiaLegislativa.

Artigo231.º(Órgãos de governo próprio das regiões autónomas)

1.Sãoórgãosdegovernoprópriodecada regiãoautónomaaAssembleiaLegislativaeoGovernoRegional.

2.AAssembleiaLegislativaéeleitaporsufrágiouniversal,direc-toesecreto,deharmoniacomoprincípiodarepresentaçãopropor-cional.

3.OGovernoRegional é politicamente responsável perante aAssembleia Legislativa da região autónoma e o seu presidente énomeadopeloRepresentantedaRepública,tendoemcontaosre-sultadoseleitorais.

4.ORepresentantedaRepúblicanomeiaeexoneraosrestantesmembrosdoGovernoRegional,sobpropostadorespectivopresi-dente.

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5.OGovernoRegionaltomaposseperanteaAssembleiaLegis-lativadaregiãoautónoma.

6.ÉdaexclusivacompetênciadoGovernoRegionalamatériarespeitanteàsuaprópriaorganizaçãoefuncionamento.

7.Oestatuto dos titulares dos órgãos de governo próprio dasregiões autónomas é definido nos respectivos estatutos político--administrativos.

Artigo232.º(Competência da Assembleia Legislativa da região autónoma)

1. É da exclusiva competência da Assembleia Legislativa daregiãoautónomaoexercíciodasatribuiçõesreferidasnasalíneasa), b) e c), na segunda parte da alínea d), na alínea f), na pri-meirapartedaalíneai)enasalíneasl),n)eq)don.º1doartigo227.º, bem como a aprovação do orçamento regional, do planodedesenvolvimentoeconómicoesocialedascontasda regiãoeaindaaadaptaçãodosistemafiscalnacionalàsespecificidadesdaregião.

2.CompeteàAssembleiaLegislativadaregiãoautónomaapre-sentarpropostasdereferendoregional,atravésdoqualoscidadãoseleitoresrecenseadosnorespectivoterritóriopossam,pordecisãodoPresidentedaRepública,serchamadosapronunciar-sedirecta-mente,atítulovinculativo,acercadequestõesderelevanteinteres-se específico regional, aplicando-se, com as necessárias adapta-ções,odispostonoartigo115.º.

3.CompeteàAssembleiaLegislativadaregiãoautónomaelabo-rar e aprovar o seu regimento, nos termos da Constituição e dorespectivoestatutopolítico-administrativo.

4.Aplica-seàAssembleiaLegislativadaregiãoautónomaeres-pectivosgruposparlamentares,comasnecessáriasadaptações,odispostonaalíneac)doartigo175.º,nosn.ºs1a6doartigo178.ºenoartigo179.º,comexcepçãododispostonasalínease)ef)don.º3enon.º4,bemcomonoartigo180.º.

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Artigo233.º(Assinatura e veto do Representante da República)

1.CompeteaoRepresentantedaRepúblicaassinar emandarpublicarosdecretoslegislativosregionaiseosdecretosregulamen-taresregionais.

2.Noprazodequinzedias,contadosdarecepçãodequalquerdecretodaAssembleiaLegislativadaregiãoautónomaquelhehajasidoenviadoparaassinatura,oudapublicaçãodadecisãodoTri-bunalConstitucionalquenãosepronunciepelainconstitucionalida-dedenormadeleconstante,deveoRepresentantedaRepúblicaassiná-loouexercerodireitodeveto,solicitandonovaapreciaçãododiplomaemmensagemfundamentada.

3.SeaAssembleiaLegislativadaregiãoautónomaconfirmarovoto pormaioria absoluta dos seusmembros em efectividade defunções,oRepresentantedaRepúblicadeveráassinarodiplomanoprazodeoitodiasacontardasuarecepção.

4. No prazo de vinte dias, contados da recepção de qualquerdecretodoGovernoRegionalquelhetenhasidoenviadoparaas-sinatura,deveoRepresentantedaRepúblicaassiná-loourecusaraassinatura, comunicandoporescritoo sentidodessa recusaaoGovernoRegional,oqualpoderáconverterodecretoempropostaaapresentaràAssembleiaLegislativadaregiãoautónoma.

5.ORepresentantedaRepúblicaexerceaindaodireitodeveto,nostermosdosartigos278.ºe279.º.

Artigo234.º(Dissolução e demissão dos órgãos de governo próprio)

1.AsAssembleias Legislativas das regiões autónomaspodemserdissolvidaspeloPresidentedaRepública,ouvidosoConselhodeEstadoeospartidosnelasrepresentados.

2.AdissoluçãodaAssembleiaLegislativada regiãoautónomaacarretaademissãodoGovernoRegional,queficalimitadoàprá-ticadosactosestritamentenecessáriosparaasseguraragestãodosnegóciospúblicos,atéàtomadadepossedonovogovernoapósarealizaçãodeeleições.

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3.AdissoluçãodaAssembleiaLegislativada regiãoautónomanãoprejudicaasubsistênciadomandatodosdeputados,nemdacompetênciadaComissãoPermanente,atéàprimeira reuniãodaAssembleiaapósassubsequenteseleições.

......................................................

TÍTULOIXAdministração Pública

......................................................

Artigo270.º(Restrições ao exercício de direitos)

Aleipodeestabelecer,naestritamedidadasexigênciasprópriasdas respectivas funções, restrições ao exercício dos direitos deexpressão,reunião,manifestação,associaçãoepetiçãocolectivaeàcapacidadeeleitoralpassivapormilitareseagentesmilitarizadosdosquadrospermanentesemserviçoefectivo,bemcomoporagen-tesdosserviçosedas forçasdesegurançae,nocasodestas,anão admissão do direito à greve, mesmo quando reconhecido odireitodeassociaçãosindical.

......................................................

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LEGISLAçÃO COMPLEMENTAR

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DIREITO DE REUNIÃO

Decreto-Lei n.º 406/74, de 29 de Agosto

AfimdedarcumprimentoaodispostonoProgramadoMovimen-todasForçasArmadas,B,n.º5,alíneab).

Usandodafaculdadeconferidapelon.º1,3.º,doartigo16.ºdaLei Constitucional n.º 3/74, de 14 deMaio, oGoverno Provisóriodecretaeeupromulgo,paravalercomolei,oseguinte:

Artigo1.º

1. Atodososcidadãoségarantidoolivreexercíciododireitodesereunirempacificamenteemlugarespúblicos,abertosaopúblicoeparticulares, independentementedeautorizações, para finsnãocontrários à lei, à moral, aos direitos das pessoas singulares oucolectivaseàordemeàtranquilidadepúblicas.

2. Semprejuízododireitodecrítica,serãointerditasasreuniõesquepelo seuobjectoofendamahonraea consideraçãodevidasaosórgãosdesoberaniaeàsForçasArmadas.

Artigo2.º

1. As pessoas ou entidades que pretendam realizar reuniões,comícios,manifestaçõesoudesfilesemlugarespúblicosouabertosaopúblicodeverãoavisarporescritoecomaantecedênciamínimadedoisdiasúteisogovernadorcivildodistritoouopresidentedacâmaramunicipal,conformeolocaldaaglomeraçãosesitueounãonacapitaldedistrito.

2.Oavisodeveráserassinadoportrêsdospromotoresdevida-menteidentificadospelonome,profissãoemoradaoutratando-sedeassociações,pelasrespectivasdirecções.

3. Aentidadequereceberoavisopassarárecibocomprovativodasuarecepção.

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Artigo3.º

1. O aviso a que alude o artigo anterior deverá ainda contera indicaçãodahora,do localedoobjectoda reuniãoe,quandose trate de manifestação ou desfiles, a indicação do trajecto aseguir.

2. Asautoridadescompetentessópoderãoimpedirasreuniõescujoobjectooufimcontrarieodispostonoartigo1.º,entendendo-sequenãosãolevantadasquaisquerobjecções,nostermosdosarti-gos1.º,6.º,9.ºe13.º,seestasnãoforementreguesporescritonasmoradas indicadas pelos promotores no prazo de vinte e quatrohoras.

Artigo4.º

Oscortejosedesfilessópoderãoter lugaraosdomingosefe-riados, aos sábados, depois das 12 horas, e nos restantes dias,depoisdas19horase30minutos.

Artigo5.º

1. Asautoridadessópoderãointerromperarealizaçãodereuni-ões,comícios,manifestaçõesoudesfilesrealizadosemlugarespú-blicosouabertosaopúblicoquandoforemafastadosdasuafinali-dade pela prática de actos contrários à lei ou à moral ou queperturbemgraveeefectivamenteaordemetranquilidadepúblicas,olivreexercíciodosdireitosdaspessoasouinfrinjamodispostonon.º2doartigo1.º.

2. Emtalcaso,deverãoasautoridadescompetenteslavrarautoemquedescreverão«os fundamentos»daordemde interrupção,entregandocópiadesseautoaospromotores.

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Artigo6.º

1. As autoridades poderão, se tal for indispensável ao bomordenamentodotrânsitodepessoasedeveículosnasviaspúbli-cas,alterarostrajectosprogramadosoudeterminarqueosdesfilesoucortejossefaçamsóporumadasmetadesdasfaixasderoda-gem.

2. Aordemdealteraçãodostrajectosserádadaporescritoaospromotores.

Artigo7.º

Asautoridadesdeverãotomarasnecessáriasprovidênciasparaqueas reuniões, comícios,manifestações ou desfiles em lugarespúblicosdecorramsemainterferênciadecontramanifestaçõesquepossam perturbar o livre exercício dos direitos dos participantes,podendo,paratanto,ordenaracomparênciaderepresentantesouagentesseusnoslocaisrespectivos.

Artigo8.º

1. Aspessoasqueforemsurpreendidasarmadasemreuniões,comícios,manifestaçõesoudesfilesemlugarespúblicosouabertosaopúblicoincorrerãonaspenalidadesdocrimededesobediência,independentementedeoutrassançõesquecaibamaocaso.

2. Ospromotoresdeverãopedirasarmasaosportadoresdelaseentregá-lasàsautoridades.

Artigo9.º

Asautoridadesreferidasnoartigo2.ºdeverãoreservar,paraarealizaçãodereuniõesoucomícios,determinadoslugarespúblicosdevidamenteidentificadosedelimitados.

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Artigo10.º

1. Nenhumagentedeautoridadepoderáestarpresentenasreu-niõesrealizadasemrecintofechado,anãosermediantesolicitaçãodospromotores.

2. Ospromotoresdereuniõesoucomíciospúblicosemlugaresfechados,quandosolicitemapresençadeagentesdeautoridade,ficarãoresponsáveis,nostermoslegaiscomuns,pelamanutençãodaordemdentrodorespectivorecinto.

Artigo11.º

Asreuniõesdeoutrosajuntamentosobjectodestediplomanãopoderãoprolongar-separaalémdas0,30horas,salvoserealizadasem recinto fechado, em salas de espectáculos, em edifícios semmoradores,ouemcasodeteremmoradores,seforemesteospro-motoresoutiveremdadooseuassentimentoporescrito.

Artigo12.º

Nãoépermitidaarealizaçãodereuniões,comíciosoumanifes-taçõescomocupaçãoabusivadeedifíciospúblicosouparticulares.

Artigo13.º

Asautoridadesreferidasnon.º1doartigo2.º,solicitandoquan-donecessárioouconvenienteoparecerdasautoridadesmilitaresououtrasentidades,poderão,porrazõesdesegurança,impedirqueserealizemreuniões,comícios,manifestaçõesoudesfilesemluga-respúblicossituadosamenosde100mdassedesdosórgãosdesoberania,dasinstalaçõeseacampamentosmilitaresoudeforçasmilitarizadas,dosestabelecimentosprisionais,dassedesderepre-sentações diplomáticas ou consulares e das sedes de partidospolíticos.

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Artigo14.º

1. Dasdecisõesdasautoridadestomadascomviolaçãododis-posto neste diploma cabe recurso para os tribunais ordinários, ainterpor no prazo de quinze dias, a contar da data da decisãoimpugnada.

2. Orecursosópoderáserinterpostopelospromotores.

Artigo15.º

1. Asautoridadesqueimpeçamoutentemimpedir,foradocon-dicionalismolegal,olivreexercíciododireitodereuniãoincorrerãonapenadoartigo 291.ºdoCódigoPenaleficarãosujeitasaproce-dimentodisciplinar.12

2. Os contramanifestantes que interfiram nas reuniões, comí-cios,manifestaçõesoudesfileseimpedindooutentandoimpedirolivreexercíciododireitodereuniãoincorrerãonassançõesdoarti-go 329.º doCódigoPenal.2

3. Aquelesquerealizaremreuniões,comícios,manifestaçõesoudesfilescontrariamenteaodispostonestediplomaincorrerãonocri-medadesobediênciaqualificada.

Artigo16.º

1. Estediplomanãoéaplicávelàsreuniõesreligiosasrealizadasemrecintofechado.

2. Osartigos2.º,3.ºe13.ºdestediplomanãosãoaplicáveisàsreuniões privadas, quando realizadas em local fechadomedianteconvitesindividuais.

12e2OspreceitosnoactualCódigoPenalsão,respectivamente,osartigos369.ºe154.º.

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VistoeaprovadoemConselhodeMinistros.VascodosSantosGonçalves–ManueldaCostaBrás–Fran-

ciscoSalgadoZenha.VistoeaprovadoemConselhodeEstado.Promulgadoem27deAgostode1974.Publique-se.OPresidentedaRepública,ANTÓNIODESPÍNO-

LA.

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TRATAMENTO JORNALÍSTICO DAS CANDIDATURAS

Decreto- Lei n.º 85-D/75de 26 de Fevereiro13

Usandodafaculdadeconferidapeloartigo16.ºn.º1,3.ºdaLeiConstitucional n.º 3/74, de 14 de Maio, o Governo decreta e eupromulgo,paravalercomolei,oseguinte:

Artigo1.º

1. Aspublicaçõesnoticiosasdiárias,ounãodiáriasdeperiodici-dadeinferioraquinzedias,edeinformaçãogeralquetenhamfeitoacomunicaçãoaqueserefereoartigo66.ºdoDecreto-Lein.º621--C/74,de15deNovembro14,deverãodarumtratamentojornalísticonãodiscriminatórioàsdiversascandidaturas,emtermosdeasmes-masseremcolocadasemcondiçõesdeigualdade.

2. Estaigualdadetraduz-senaobservânciadoprincípiodequeàsnotíciasoureportagensdefactosouacontecimentosdeidênticaimportânciadevecorresponderum relevo jornalístico semelhante,atendendoaosdiversosfactoresqueparaoefeitosetêmdecon-siderar.

Artigo2.º

1. Paragarantiraigualdadedetratamentojornalístico,aspubli-caçõesdiáriasreferidas,deLisboaedoPorto,inserirãoobrigatoria-menteasnotíciasdoscomícios,sessõesdeesclarecimentoepro-paganda,ouequivalentes,promovidaspelasdiversascandidaturasemsedesdedistritosouconcelhos,compresençadecandidatos.

13 PublicadonoDiáriodaRepública,1.ªsérie,n.º48(2.ºsuplemento),de26deFevereirode1975.

14 Develer-se“artigo54.º,doD.L.n.º319-A/76,de3deMaio”.

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2. As publicações diárias que se editem em outros locais docontinentee ilhas adjacentesinserirãoobrigatoriamenteapenasasnotíciasdoscomíciosousessõesaefectuarnassedesdosdistritosemquesãopublicadasenassedesdosconcelhosqueaelesper-tençam,verifique-seounãoapresençadecandidatos,eemquais-quer freguesias ou lugares domesmo distrito, desde que com apresençadecandidatos.

3. Asnotíciasdevemconterodia,horaelocalemqueseefec-tuemoscomíciosousessões,assimcomoaindicaçãodoscandi-datosquenelesparticipem,eainda,eventualmente,deoutroscida-dãosquenosmesmostambémintervenham.

4. Taisnotíciasterãodeserincluídas,comigualaspectoerele-vográfico,numasecçãoaesseefeitodestinada,ordenando-seporordemalfabéticaospartidos,frentesoucoligaçõesqueapresentemcandidaturas.

Artigo3.º

1. As notícias a que se refere o artigo anterior terão de serpublicadas apenas por uma vez e nos jornais da manhã do diaseguinte àquele em que até às 20 horas forem entregues comprotocolo,ou recebidaspelocorreio, comavisode recepção,nasrespectivasredacções;enosjornaisdatardedoprópriodia,desdeque entregues, ou recebidas em idênticas circunstâncias, até às7horas.

2. Cessaaobrigaçãodefinidanonúmeroanteriorquandoapu-blicação da notícia no prazo aí fixado se tenha tornado inútil porentretanto se haver já gorado o objectivo que com ela se visavaalcançar.

Artigo4.º

1. Aspublicaçõesnoticiosasreferidasnoartigo1.ºqueseeditememLisboaouPortoetenhamexpansãonacionalsãoobrigadasainserir,umasóvez,oessencialdasbasesprogramáticasdospar-tidos políticos, coligações ou frentes que hajam apresentado um

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mínimodecinquentacandidatosouconcorridonummínimodecin-cocírculoseleitorais.

2. Estaspublicaçõesdevemindicaraosrepresentantesdascan-didaturas que o solicitem o espaço que reservarão para o efeitoprevistonon.º1eonúmeroaproximadodepalavrasqueopoderápreencher.

3. O número de palavras destinado a cada candidatura nãopoderá ser inferior a 2500 nas publicações diárias e a 1500 nasnão diárias, excepto nas revistas que sejam predominantementede imagens, nas quais o númeromínimo de palavras é reduzidopara750.

4. Os textos contendo o essencial das bases programáticaspodemserfornecidos,nostermosprevistosnosnúmerosanteriores,pelosprópriosinteressados,atéoitodiasdepoisdoiníciodacam-panhaeleitoral.Quandoonãofaçam,entende-sequepreferemquetal fique na dependência das publicações, que nessa hipótese ofarão de acordo com o seu exclusivo critério, devendo inserir ostextosporeleselaboradosnosoitodiassubsequentes.

5. Deverãoser inseridosnoprazodequarentaeoitohorasostextos fornecidos pelos próprios interessados às publicações diá-rias e num dos dois números posteriores à sua entrega nas nãodiárias.

6. Aspublicaçõesdiárias,nãosãoobrigadasainserirnamesmaediçãoostextosdasdiversascandidaturas,podendoinserirapenasumem cada edição, pela ordempor que os tenham recebido oupela ordem por que desejarem, se tiverem chegado ao mesmotempo.

Artigo5.º

AspublicaçõesnoticiosasdiáriasqueseeditemforadeLisboaePorto só são obrigadas a fazer as inserções a que se refere oartigoanteriorrelativamenteàscandidaturasapresentadaspelocír-culoeleitoralemquetenhamasuasede,sendoonúmerodepala-vras,aquealudeon.º3desteartigo,reduzidoa1500.

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Artigo6.º

1. Aspublicaçõesnãodiárias,emgeral,poderão inserir, facul-tativamente,notíciascomoaquelasaqueserefereoartigo2.ºdes-dequemantenhamaigualdadeconsagradanalei.

2. Aspublicaçõesnãodiáriasexcluídasdaprevisãodoartigo4.ºpodempublicar,sobamesmacondição,osprogramasousíntesesdasbasesprogramáticasdasváriascandidaturas.

Artigo7.º

1. Asdiversaspublicaçõespoderãoinserirmatériasdeopinião,deanálisepolíticaoudecriaçãojornalísticarelativasàseleiçõeseàscandidaturas,masemtermosdeoespaçonormalmenteocupa-docomissonãoexcederoqueédedicadoàpartenoticiosaedereportagemreguladonosartigosanterioresedeseobservarodis-postononúmeroseguinte.

2. Taismatériasnãopodemassumirumaformasistemáticadepropagandadecertascandidaturasoudeataqueaoutras,demodoafrustarem-seosobjectivosdeigualdadevisadospelalei.

Artigo8.º

Éexpressamenteproibidoincluirnapartemeramentenoticiosaouinformativareguladaporestediplomacomentáriosoujuízosdevalor,oudequalquerformadar-lheumtratamentojornalísticoten-denteadefraudaraigualdadedetratamentodascandidaturas.

Artigo9.º

1. Nãoéobrigatória,eantesdeveser recusada,apublicaçãode textos que contenham matéria que possa constituir crime dedifamação,calúniaouinjúria,ofensasàsinstituiçõesdemocráticaseseuslegítimosrepresentantesouincitamentosàguerra,aoódioouàviolência.

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2. Quandoforrecusadaapublicaçãodetextoscomfundamentonodispostononúmeroanterior,osinteressadosnessapublicaçãopoderão reclamar para aComissãoNacional de Eleições, à qualcaberádecidir.

3. A Comissão Nacional de Eleições poderá promover asconsultasoudiligênciasqueentendernecessárias,emespecialaaudiência dos representantes das candidaturas atingidas e dapublicação,devendodecidirnoprazodecincodiasacontardadatadorecebimentodareclamação.

4. Tomadaadecisão,seestafornosentidodainserçãodotex-to,devesercomunicadaàpublicação,queterádelhedarcumpri-mentonoprazoprevistonon.º5doartigo4.ºdestediploma.

Artigo10.º

Durante o período da campanha, as publicações não poderãoinserirqualquerespéciedepublicidaderedigidarelativaàpropagan-daeleitoral.Apenasserãopermitidos,comopublicidade,osanún-cios, que perfeitamente se identifiquem como tal, de quaisquerrealizações, não podendo cada um desses anúncios ultrapassar,naspublicaçõesdiáriasdegrandeformatoenasnãodiáriasqueseeditememLisboaenoPorto,deexpansãonacional,etambémdegrandeformato,umoitavodepágina,enasrestantespublicações,umquartodepágina.

Artigo11.º

1. Aspublicaçõesdeverãoinserirobrigatoriamenteasnotas,co-municadosounotíciasque,paraoefeitododispostonasalíneasb) e c) do artigo 16.º do Decreto – Lei n.º 621-C/74, de 15 de Novem-bro15lhesejamenviadospelaComissãoNacionaldeEleições.

2. Amatéria a que se refere o número anterior deve ter umaextensãocompatívelcomoespaçoeanaturezadapublicação.

15 Develer-sealíneasa)eb)daLein.º71/78,de27deDezembro.

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Artigo12.º

1. Osrepresentantesdascandidaturasqueseconsiderempre-judicadasporalgumapublicaçãohavervioladoasdisposiçõesdes-tediplomapoderãoreclamarparaaComissãoNacionaldeEleições,emexposiçãodevidamentefundamentada,entregueemduplicado.

2. SeaComissãoNacionaldeEleições,apósouvirosinteres-sados e promover asmais diligências consideradas necessárias,concluirpelaexistênciadeelementosquepossamindiciaraviola-çãododispostonestediploma,faráacompetenteparticipaçãoaoagentedoMinistérioPúblico juntodotribunaldacomarcaemquetenhasedeapublicação, remetendo-lheosdocumentosque inte-ressemaoprocesso, incluindoumexemplardapublicaçãovisadaecópiadareclamação.

Artigo13.º

1. Odirectordapublicação,ouquemosubstituir,queviolarosdeveresimpostospelaleiserápunidocomprisãodetrêsdiasaummêsemultacorrespondente.Alémdisso,aempresaproprietáriadapublicaçãojornalísticaemqueseverifiqueainfracçãoserápunidacommultade1000$a20000$.Apublicaçãoseráaindaobrigadaa inserir gratuitamente cópia de toda ou parte da sentença, con-soanteojuizdecidir.

2. Aodirectorqueforcondenadotrêsvezes,nostermosdesteartigo,porinfracçõescometidasnodecursodacampanhaeleitoralseráaplicadaapenadesuspensãodoexercíciodocargoduranteumperíododetrêsmesesaumano.

3. Provadapelo tribunalaexistênciadoselementosobjectivosdainfracção,masabsolvidooréupornãoseverificaremosrequi-sitossubjectivosdamesma,deveráojuizordenarqueapublicaçãoemcausa insira, comodevido relevo, cópiade todaoupartedasentença.

4. A publicação não poderá fazer acompanhar de quaisquercomentáriosasinserçõesaqueserefereesteartigo.

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Artigo14.º

Estediplomaentraimediatamenteemvigor.

VistoeaprovadoemConselhodeMinistros.–VascodosSantosGonçalves–VictorManuelRodriguesAlves.

VistoeaprovadoemConselhodeEstado.Promulgadoem26deFevereirode1975.Publique-se.OPresidentedaRepública,FRANCISCODACOSTAGOMES

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COMISSÃO NACIONAL DE ELEIçÕES

Lei n.º 71/78, de 27 de Dezembro16

AAssembleia da República decreta, nos termos da alínea d)doartigo164.ºedaalíneaf)doartigo167.ºdaConstituição,ose-guinte:

CAPÍTULOINatureza e composição

Artigo1.º(Definição e funções)

1. ÉcriadaaComissãoNacionaldeEleições.2. AComissãoNacionaldeEleiçõeséumórgãoindependente

efuncionajuntodaAssembleiadaRepública.3. AComissãoNacionaldeEleiçõesexerceasuacompetência

relativamenteatodososactosderecenseamentoedeeleiçõesparaórgãosdesoberania,dasregiõesautónomasedopoderlocal.

Artigo2.º(Composição)

AComissãoNacionaldeEleiçõesécompostapor:a) UmjuizconselheirodoSupremoTribunaldeJustiça,adesig-

narpeloConselhoSuperiordaMagistratura,queseráopre-sidente;

b) Cidadãosdereconhecidomérito,adesignarpelaAssembleiadaRepública, integradosem listaepropostosumporcadagrupoparlamentar;17

16 PublicadanoDiáriodaRepública,1.ªsérie,n.º296.17 Redacçãodadapelalein.º4/2000,de12deAbril.

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c) Um técnicodesignadoporcadaumdosdepartamentosgo-vernamentaisresponsáveispelaAdministraçãoInterna,pelosNegóciosEstrangeirosepelaComunicaçãoSocial.

Artigo3.º(Mandato)

1. OsmembrosdaComissãoNacionaldeEleiçõessãodesig-nadosatéaotrigésimodiaapósoiníciodecadalegislaturaetomamposseperanteoPresidentedaAssembleiadaRepúblicanostrintadiasposterioresaotermodoprazodedesignação.

2. OsmembrosdaComissãoNacionaldeEleiçõesmantêm-seemfunçõesatéaoactodepossedenovaComissão.

Artigo4.º(Estatuto dos membros da Comissão)

1. OsmembrosdaComissãoNacionaldeEleiçõessãoinamo-víveiseindependentesnoexercíciodassuasfunções.

2. OsmembrosdaComissãoperdemoseumandatocasosecandidatememquaisquereleiçõesparaórgãosdesoberania,dasregiõesautónomasoudopoderlocal.

3. AsvagasqueocorreremnaComissão,designadamentepormorte, renúncia, impossibilidade física ou psíquica, ou perda demandato,sãopreenchidasdeacordocomoscritériosdedesigna-çãodefinidosnoartigo2.º,dentrodostrintadiasposterioresàva-gatura.

4. Se a Assembleia da República se encontrar dissolvida noperíodoreferidononúmeroanterior,osmembrosdaComissãoquelhecabedesignarsãosubstituídosatéàentradaemfuncionamen-todanovaAssembleia,porcooptaçãodosmembrosemexercício.

5. OsmembrosdaComissãoNacionaldeEleiçõestêmdireitoaumasenhadepresençaporcadadiadereuniãocorrespondenteaumsetentaecincoavosdosubsídiomensaldosDeputados.

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CAPÍTULOIICompetência e funcionamento

Artigo5.º(Competência)

1. CompeteàComissãoNacionaldeEleições:a) Promover o esclarecimento objectivo dos cidadãos acerca

dosactoseleitorais, designadamenteatravésdosmeiosdecomunicaçãosocial;

b) Asseguraraigualdadedetratamentodoscidadãosemtodososactosderecenseamentoeoperaçõeseleitorais;

c) Registar as coligações de partidos para fins eleitorais;18d) Assegurara igualdadedeoportunidadesdeacçãoepropa-

gandadascandidaturasduranteascampanhaseleitorais;e) Registar a declaração de cada órgão de imprensa relativa-

menteàposiçãoqueassumeperanteascampanhaseleito-rais;

f) Procederàdistribuiçãodostemposdeantenanarádioenatelevisãoentreasdiferentescandidaturas;

g) Decidirosrecursosqueosmandatáriosdaslistaseosparti-dos interpuserem das decisões do governador civil ou, nocasodasregiõesautónomas,doMinistrodaRepública,rela-tivos à utilização das salas de espectáculos e dos recintospúblicos;

h) Apreciararegularidadedasreceitasedespesaseleitorais;i) Elaboraromapadosresultadosnacionaisdaseleições;j) Desempenhar as demais funções que lhe são atribuídas

pelasleiseleitorais.

2. Paramelhorexercíciodassuasfunções,aComissãoNacio-naldeEleiçõespodedesignardelegadosondeojulgarnecessário.

18 Alínearevogadapeloartigo9.ºdaLein.º28/82(LeiOrgânicadoTribu-nalConstitucional).

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Artigo6.º(Calendário Eleitoral)

Marcadaadatadaseleições,aComissãoNacionaldeEleiçõesfazpublicarnosórgãosdecomunicaçãosocial,nosoitodiassub-sequentes, ummapa-calendário contendoas datas e a indicaçãodosactosquedevemserpraticadoscomsujeiçãoaprazo.

Artigo7.º(Ligação com a Administração)

1. Noexercício da sua competência, aComissãoNacional deEleiçõestemsobreosórgãoseagentesdaAdministraçãoospode-resnecessáriosaocumprimentodassuasfunções.

2. Paraefeitosdodispostononúmeroanterior,odepartamentogovernamental responsável pela administração eleitoral presta àComissãoNacionaldeEleiçõesoapoioecolaboraçãoqueestalhesolicitar.

Artigo8.º(Funcionamento)

1. AComissãoNacionaldeEleiçõesfuncionaemplenáriocomapresençadamaioriadosseusmembros.

2. A Comissão Nacional de Eleições delibera por maioria e opresidentetemvotodequalidade.

3. AComissãoNacionaldeEleiçõeselaboraoseupróprioregi-mento,queépublicadonoDiário da República.

Artigo9.º(Orçamento e instalações)

Os encargos com o funcionamento da Comissão Nacional deEleiçõessãocobertospeladotaçãoorçamentalatribuídaàAssem-

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bleiadaRepública,àqualaComissãopoderequisitarasinstalaçõeseoapoiotécnicoeadministrativodequenecessiteparaoseufun-cionamento

CAPÍTULOIIIDisposições finais e transitórias

Artigo 10.º 19

(Primeiras designações e posse)

As primeiras designações e posse da Comissão Nacional de Eleições constituída nos termos da presente lei, têm lugar, respec-tivamente, nos dez dias seguintes à entrada em vigor da presente lei e até ao décimo dia subsequente.

Artigo 11.º 20

(Regime transitório)

1. Até ao final de 1978 a Comissão Nacional de Eleições utiliza as dotações orçamentais que lhe estão atribuídas pelo Ministério da Administração Interna.

2. A Comissão Nacional de Eleições pode continuar a dispor das instalações, equipamento e pessoal que lhe foram afectos pelo Mi-nistério da Administração Interna, enquanto não for transferida para instalações próprias da Assembleia da República.

19 Artigocaducado.20 Artigocaducado.

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Artigo12.º(Revogação)

Ficamrevogadostodososdiplomasounormasquedisponhamemcoincidênciaouemcontráriodoestabelecidonapresentelei.

Promulgadaem23deNovembrode1978.Publique-se.OPresidentedaRepública,ANTÓNIORAMALHOEANES.OPrimeiro-Ministro,AlfredoJorgeNobredaCosta.

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ORGANIZAçÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

Lei n.º 28/82 de 15 de Novembro

(Excertos)

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdoartigo244.ºdaLeiConstitucionaln.º1/82,de30deSetembro,oseguinte:

TÍTULOIDisposições gerais

Artigo1.º(Jurisdição e sede)

OTribunalConstitucionalexerceasua jurisdiçãonoâmbitodetodaaordemjurídicaportuguesaetemsedeemLisboa.

Artigo2.º(Decisões)

AsdecisõesdoTribunalConstitucionalsãoobrigatóriasparato-dasasentidadespúblicaseprivadaseprevalecemsobreasdosrestantestribunaisedequaisqueroutrasautoridades.

......................................................

Artigo4.º(Coadjuvação de outros tribunais e autoridades)

No exercício das suas funções, o Tribunal Constitucional temdireitoàcoadjuvaçãodosrestantestribunaisedasoutrasautorida-des.

......................................................

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TÍTULOIICompetência, organização e funcionamento

CAPÍTULOICompetência

......................................................

ARTIGO8.º21(Competência relativa a processos eleitorais)

CompeteaoTribunalConstitucional:

d) Julgarosrecursosemmatériadecontenciosodeapresenta-ção de candidaturas e de contencioso eleitoral relativamente àseleiçõesparaoPresidentedaRepública,AssembleiadaRepública,AssembleiasRegionaiseÓrgãosdoPoderLocal;......................................................

f) Julgaros recursoscontenciosos interpostosdeactosadmi-nistrativosdefinitivoseexecutóriospraticadospelaComissãoNa-cionaldeEleiçõesouporoutrosórgãosdaadministraçãoeleitoral.......................................................

Artigo9º(Competência relativa a partidos políticos, coligações e

frentes)

CompeteaoTribunalConstitucional:a) Aceitar a inscrição de partidos políticos em registo próprio

existentenoTribunal;

21 NovaredacçãodadapelaLein.º143/85de26deNovembro. Aalíneaf) foiaditadapelaLein.º85/89de7deSetembroeab)alteradapela

Lein.º13-A/98de26deFevereiro.

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b) Apreciara legalidadedasdenominações, siglase símbolosdospartidospolíticosedascoligaçõesefrentesdepartidos,aindaqueconstituídasapenasparafinseleitorais,bemcomoapreciarasua identidadeousemelhançacomasdeoutrospartidos,coligaçõesoufrentes;

c) Procederàsanotaçõesreferentesapartidospolíticos,coliga-çõesoufrentesdepartidosexigidasporlei;

d) Julgarasacçõesde impugnarãodeeleiçõesededelibera-çõesdeórgãosdepartidospolíticos,que,nostermosdalei,sejamrecorríveis;

e) Apreciararegularidadeealegalidadedascontasdosparti-dospolíticos,nostermosdalei,eaplicarascorrespondentessanções;

f) Ordenaraextinçãodepartidosedecoligaçõesdepartidosnostermosdalei.

Artigo10º(Competência relativa a organizações que perfilhem a

ideologia fascista)

CompeteaoTribunalConstitucionaldeclarar,nostermoseparaos efeitos da Lei n.º 64/78, de 6 de Outubro, que uma qualquerorganizaçãoperfilhaaideologiafascistaedecretararespectivaex-tinção.

TÍTULOIIIProcesso

......................................................

CAPÍTULOIIIOutros processos

......................................................

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SUBCAPÍTULOIIProcessos eleitorais

......................................................

SECÇÃOIIOutros processos eleitorais

......................................................

Artigo101º(Contencioso de apresentação de candidaturas)

1. Das decisões dos tribunais de 1ª instância em matéria decontencioso de apresentação de candidaturas, relativamente àseleiçõesparaaAssembleiadaRepública,assembleiasregionaiseórgãosdopoderlocal,caberecursoparaoTribunalConstitucionalquedecideemplenário.

2. Oprocessorelativoaocontenciosodeapresentaçãodecan-didaturaséreguladopelasleiseleitorais.

3. Deacordocomodispostonosnúmerosanterioressãoatri-buídasaoTribunalConstitucionalascompetênciasdostribunaisdarelaçãoprevistasnon.º1doartigo32º,non.º2doartigo34ºenoartigo35ºdaLein.º14/79,de16deMaio,non.º1doartigo32ºenosartigos34º e35º doDecreto-Lei n.º 267/80, de8deAgosto,no n.º 1 do artigo 26º e nos artigos 28º e 29º do Decreto-Lein.º318-E/76,de30deAbril,enosartigos25ºe28ºdoDecreto-Lein.º701-B/76,de29deSetembro.

Artigo102º(Contencioso eleitoral)

1. Dasdecisõessobrereclamaçõesouprotestosrelativosa ir-regularidadesocorridasnodecursodasvotaçõesenosapuramen-tosparciaisougeraisrespeitantesaeleiçõesparaaAssembleiadaRepública, assembleias regionais ou órgãos do poder local caberecursoparaoTribunalConstitucional,quedecideemplenário.

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2. Oprocessorelativoaocontenciosoeleitoraléreguladopelasleiseleitorais.

3. Deacordocomodispostonosnúmerosanterioressãoatri-buídasaoTribunalConstitucionalascompetênciasdostribunaisdarelaçãoprevistasnon.º1doartigo118ºdaLein.º14/79,de16deMaio, no n.º 1 do artigo 118º doDecreto-Lei n.º 267/80, de 8 deAgosto,non.º1doartigo111ºdoDecreto-Lein.º318-E/76,de30deAbril,enon.º1doartigo104º,bemcomonon.º2doartigo83ºdoDecreto-Lein.º701-B/76,de29deSetembro.

Artigo102.º-B22

(Recursos de actos de administração eleitoral)

1. A interposição de recurso contencioso de deliberações daComissãoNacional deEleições faz-se pormeio de requerimentoapresentadonessaComissão,contendoaalegaçãodorecorrenteeaindicaçãodaspeçasdequepretendecertidão.

2. Oprazoparaa interposiçãodo recursoédeumdiaacon-tardadatadoconhecimentopelorecorrentedadeliberaçãoimpug-nada.

3. AComissãoNacionaldeEleiçõesremeteráimediatamenteosautos,devidamenteinstruídos,aoTribunalConstitucional.

4. Seoentenderpossívelenecessário,oTribunalConstitucionalouviráoutroseventuaisinteressados,emprazoquefixará.

5. OTribunalConstitucionaldecidiráorecursoemplenário,emprazoqueassegureutilidadeàdecisão,masnuncasuperioratrêsdias.

6. Nosrecursosdequetrataesteartigonãoéobrigatóriaacons-tituiçãodeadvogado.

7. O disposto nos números anteriores é aplicável ao recursointerposto de decisões de outros órgãos da administração elei-toral.

22 Artigoaditadopelalein.º85/89,de7deSetembro.

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Artigo102.º-C23(Recurso de aplicação de coima)

1. Ainterposiçãodorecursoprevistonon.º3doartigo26.ºdaLein.º72/93,de30deNovembro,faz-sepormeioderequerimen-toapresentadoaopresidentedaComissãoNacionaldeEleições,acompanhadodarespectivamotivaçãoedaprovadocumentaltidaporconveniente.Emcasosexcepcionais,orecorrentepoderáaindasolicitarnorequerimentoaproduçãodeoutromeiodeprova.

2. Oprazoparaainterposiçãodorecursoéde10dias,acontardadatadanotificaçãoaorecorrentedadecisãoimpugnada.

3. OpresidentedaComissãoNacionaldeEleiçõespoderásus-tentar a sua decisão, após o que remeterá os autos ao TribunalConstitucional.

4. Recebidos os autos no Tribunal Constitucional, o relatorpoderá ordenar as diligências que forem tidas por convenientes,apósoqueoTribunaldecidiráemsessãoplenária.

......................................................

SUBCAPÍTULOIIIProcessos relativos a partidos políticos, coligações e

frentes

Artigo103º(Registo e contencioso relativos a partidos, coligações e

frentes)

1. Osprocessosrespeitantesaoregistoeaocontenciosorela-tivosapartidospolíticosecoligaçõesoufrentesdepartidos,aindaqueconstituídasparafinsmeramenteeleitorais,regem-sepelale-gislaçãoaplicável.

2. DeacordocomodispostononúmeroanterioréatribuídaaoTribunalConstitucional,emsecção:

23 ArtigoaditadopelaLein.º87/95,de1deSetembro.

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a) AcompetênciadoPresidentedoSupremoTribunaldeJustiçaprevistanon.º6doartigo5ºdoDecreto-Lein.º595/74,de7deNovembro,naredacçãoquelhefoidadapeloDecreto-Lein.º126/75,de13deMarço;

b) Acompetênciaparaapreciaralegalidadedasdenominações,siglas e símbolos das coligações para fins eleitorais bemcomoasuaidentidadeousemelhançacomasdeoutrospar-tidos,coligaçõesoufrenteseprocederàrespectivaanotação,nos termos do disposto nos artigos 22º e 22º-A da Lein.º 14/79, de16deMaio, e16ºe16º-AdoDecreto-Lei n.º701-B/76,de29deSetembro,todosnaredacçãodadapelaLein.º14-A/85,de10deJulho;

c) AcompetênciadaComissãoNacionaldeEleiçõesprevistanoartigo22ºdoDecreto-Lein.º267/80,de8deAgosto,enon.º2doartigo12ºdoDecreto-Lein.º318-E/76,de30deAbril,passandoaaplicar-seoregimesobreapreciaçãoeanotaçãoconstantedodispostonasnormasindicadosnaalíneaante-rior.

3. Deacordocomodispostonon.º1sãoatribuídasaoTribunalConstitucional,emplenário,ascompetências:

a) Do Supremo Tribunal de Justiça previstas no Decreto-Lein.º595/74,de7deNovembro;

b) Dos tribunais comuns de jurisdição ordinária previstas noartigo21ºdoDecreto-Lein.º595/74,de7deNovembro.

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AFIXAçÃO E INSCRIçÃO DE MENSAGENSDE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Lei n.º 97/88,de 17 de Agosto24

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdosartigos164ºalínead),e169º,n.º2,daConstituição,oseguinte:

Artigo1.º(Mensagens publicitárias)

1. Aafixaçãoou inscriçãodemensagenspublicitáriasdenatu-reza comercial obedece às regras gerais sobre publicidade e de-pendedolicenciamentopréviodasautoridadescompetentes.

2. Semprejuízodeintervençãonecessáriadeoutrasentidades,compete às câmaras municipais, para salvaguarda do equilíbriourbanoeambiental,adefiniçãodoscritériosdelicenciamentoapli-cáveisnaáreadorespectivoconcelho.

Artigo2.º(Regime de licenciamento)

1. Opedidodelicenciamentoédirigidoaopresidentedacâma-ramunicipaldarespectivaárea.

2. A deliberação da câmara municipal deve ser precedida deparecerdasentidadescomjurisdiçãosobreoslocaisondeapubli-cidadeforafixada,nomeadamentedoInstitutoPortuguêsdoPatri-mónioCultural,daJuntaAutónomadeEstradas,daDirecção-geraldeTransportesTerrestres,daDirecção-GeraldeTurismoedoSer-viçoNacionaldeParques,ReservaseConservaçãodaNatureza.

3. Nas regiões autónomas o parecer mencionado no númeroanterioréemitidopeloscorrespondentesserviçosregionais.

24 PublicadanoDiáriodaRepública,1.ªsérie,n.º264.Textointegral,comaaltera-çãointroduzidapelaLei23/2000,de23Agosto.

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Artigo3.º(Mensagens de propaganda)

1. Aafixaçãoouinscriçãodemensagensdepropagandaéga-rantida,naáreadecadamunicípio,nosespaçoselugarespúblicosnecessariamente disponibilizados para o efeito pelas câmarasmunicipais.

2. A afixação ou inscrição demensagens de propaganda noslugaresouespaçosdepropriedadeparticulardependedoconsen-timentodorespectivoproprietáriooupossuidoredeverespeitarasnormasemvigorsobreprotecçãodopatrimónioarquitectónicoedomeiourbanístico,ambientalepaisagístico.

Artigo4.º(Critérios de licenciamento e de exercício)

1. Os critérios a estabelecer no licenciamento da publicidadecomercial,assimcomooexercíciodasactividadesdepropaganda,devemprosseguirosseguintesobjectivos:

a) Não provocar obstrução de perspectivas panorâmicas ouafectaraestéticaouoambientedoslugaresoudapaisagem;

b) Nãoprejudicarabelezaouoenquadramentodemonumentosnacionais,deedifíciosdeinteressepúblicoououtrossuscep-tíveisdeserclassificadospelasentidadespúblicas;

c) Nãocausarprejuízosaterceiros;d) Nãoafectarasegurançadaspessoasoudascoisas,nomea-

damentenacirculaçãorodoviáriaouferroviária;e) Nãoapresentardisposições,formatosoucoresquepossam

confundir-secomosdasinalizaçãodetráfego;f) Nãoprejudicaracirculaçãodospeões,designadamentedos

deficientes.

2. Éproibidaautilização,emqualquercaso,demateriaisnãobiodegradáveisnaafixaçãoeinscriçãodemensagensdepublicida-deepropaganda.25

25 NúmerointroduzidopelaLein.º23/2000,de23deAgosto.

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3. Éproibida,emqualquercaso,arealizaçãodeinscriçõesoupinturasmuraisemmonumentosnacionais,edifíciosreligiosos,se-desdeórgãodesoberania,deregiõesautónomasoudeautarquiaslocais,talcomoemsinaisdetrânsito,placasdesinalizaçãorodovi-ária,interiordequaisquerrepartiçõesouedifíciospúblicosoufran-queadosaopúblico, incluindoestabelecimentoscomerciaisecen-tros históricos como tal declarados ao abrigo da competenteregulamentaçãourbanística.26

Artigo5.º(Licenciamento cumulativo)

1. Seaafixaçãoou inscriçãode formasdepublicidadeoudepropagandaexigiraexecuçãodeobrasdeconstruçãocivilsujeitasalicença,temestadeserobtida,cumulativamente,nostermosdalegislaçãoaplicável.

2. Ascâmarasmunicipais,notificadooinfractor,sãocompeten-tesparaordenararemoçãodasmensagensdepublicidadeoudepropagandaedeembargaroudemolirobrasquandocontráriasaodispostonapresentelei.

Artigo6.º(Meios amovíveis de propaganda)

1. Osmeiosamovíveisdepropagandaafixadosemlugarespú-blicosdevemrespeitarasregrasdefinidasnoartigo4º,sendoasuaremoçãodaresponsabilidadedasentidadesqueativereminstaladoouresultemidentificáveisdasmensagensexpostas.

2. Compete às câmaras municipais, ouvidos os interessados,definirosprazosecondiçõesderemoçãodosmeiosdepropagan-dautilizados.

26 Anteriorn.º2.

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Artigo7.º(Propaganda em campanha eleitoral)

1. Nosperíodosdecampanhaeleitoralascâmarasmunicipaisdevemcolocaràdisposiçãodasforçasconcorrentesespaçosespe-cialmentedestinadosàafixaçãodasuapropaganda.

2. As câmarasmunicipais devem proceder a uma distribuiçãoequitativadosespaçosportodooseusterritóriodeformaaque,emcadalocaldestinadoàafixaçãodepropagandapolítica,cadaparti-doouforçaconcorrentedisponhadeumaáreadisponívelnãoinfe-riora2m2.

3. Até30diasdoiníciodecadacampanhaeleitoral,ascâmarasmunicipais devem publicar editais onde constem os locais ondepode ser afixada propaganda política, os quais não podem serinferioresaumlocalpor5.000eleitoresouporfreguesia.

Artigo8.º(Afixação ou inscrição indevidas)

Os proprietários ou possuidores de locais onde forem afixa-doscartazesourealizadas inscriçõesoupinturasmuraiscomvio-laçãodopreceituadonopresentediplomapodemdestruir, rasgar,apagarouporqualquer forma inutilizaressescartazes, inscriçõesoupinturas.

Artigo9º(Custo da remoção)

Oscustosderemoçãodosmeiosdepublicidadeoupropaganda,aindaquandoefectivadapor serviçospúblicos, cabemàentidaderesponsávelpelaafixaçãoquelhetiverdadocausa.

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Artigo10º(Contra-ordenações)

1. Constituicontra-ordenaçãopunívelcomcoimaaviolaçãododispostonosartigos1.º,3.ºn.º2,4.ºe6.ºdapresentelei.

2. Quemdercausaàcontra-ordenaçãoeosrespectivosagentessãosolidariamenteresponsáveispelareparaçãodosprejuízoscau-sadosaterceiros.

3. Aomontante da coima, às sanções acessórias e às regrasdeprocessoaplicam-seasdisposiçõesconstantesdoDecreto-Lein.º433/82,de27deOutubro.

4. A aplicação das coimas previstas neste artigo compete aopresidentedacâmaramunicipaldaáreaemqueseverificaracon-tra-ordenação, revertendo para a câmara municipal o respectivoproduto.

Artigo11º(Competência regulamentar)

Competeàassembleiamunicipal,por iniciativaprópriaoupro-postadacâmaramunicipal,aelaboraçãodosregulamentosneces-sáriosàexecuçãodapresentelei.

Aprovadaem5deJulhode1988.OPresidentedaAssembleiadaRepública,VitorPereiraCrespo.Promulgadaem27deJulhode1988.Publique-se.OPresidentedaRepública,MárioSoares.Referendadaem29deJulhode1989.OPrimeiroMinistro,AníbalCavacoSilva.

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REGIME JURÍDICO DE INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS TITULARES DE CARGOS

POLÍTICOS E ALTOS CARGOS PÚBLICOS

Lei n.º 64/93, de 26 de Agosto 271

A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos164.º, alínea d), 167.º, alínea l), e 169.º, n.º 3 daConstituição, oseguinte:

Artigo1.º28(Âmbito)

1. Apresenteleiregulaoregimedoexercíciodefunçõespelostitulares de órgãos de soberania e por titulares de outros cargospolíticos.

2. Para efeitos da presente lei, são considerados titulares decargospolíticos:

a) OsMinistrosdaRepúblicaparaasRegiõesAutónomas;b) OsmembrosdosGovernosRegionais;c) OProvedordeJustiça;d) OGovernadoreSecretáriosAdjuntosdeMacau;e) Ogovernadorevice-governadorcivil;f) Opresidenteeovereadoratempointeirodascâmarasmu-

nicipais;g) DeputadoaoParlamentoEuropeu.

27 PublicadanoDiáriodaRepública,n.º200,1.ªsérie–A,de26deAgosto.28 Redacçãodadapela Lei n.º 28/95, de 18 deAgosto.Nos termosdoartigo 3.º

dessediploma“areferênciaatitularesdecargospolíticosaquealudeaLein.º64/93, de 26 deAgosto, entende-se feita igualmente a titulares dos órgãos desoberania”.

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Artigo2.º29(Extensão da aplicação)

Oregimeconstantedopresentediplomaéaindaaplicávelaostitularesdealtoscargospúblicos.

Artigo3.º30(Titulares de altos cargos públicos)

1. Para efeitos da presente lei, são considerados titulares dealtoscargospúblicosouequiparados:

a) Opresidentedoconselhodeadministraçãodeempresapú-blicaedesociedadeanónimadecapitaisexclusivaoumaio-ritariamentepúblicos,qualquerquesejaomododasuade-signação;

b) Gestorpúblicoemembrodoconselhodeadministraçãodesociedadeanónimadecapitaisexclusivaoumaioritariamentepúblicos,designadaporentidadepública,desdequeexerçamfunçõesexecutivas;

c) OmembroemregimedepermanênciaeatempointeirodaentidadepúblicaindependenteprevistanaConstituiçãoounalei.

2. Aos presidentes, vice-presidentes e vogais de direcção de instituto público, fundação pública ou estabelecimento público, bem como aos directores-gerais e subdirectores-gerais e àqueles cujo estatuto lhes seja equiparado em razão da natureza das suas fun-ções é aplicável, em matéria de incompatibilidades eimpedimentos, a lei geral da função pública e, em especial, o regime definido para o pessoal dirigente no Decreto-Lei n.º 323/89, de 26 de Setembro.31

29 Redacçãodadapela Lei n.º 28/95, de 18 deAgosto.Nos termosdoartigo 3.ºdessediploma“areferênciaatitularesdecargospolíticosaquealudeaLein.º64/93, de 26 deAgosto, entende-se feita igualmente a titulares dos órgãos desoberania”.

30 RedacçãodadapelaLein.º39-B/94,de27deDezembro.31 RevogadopelaLein.º12/96,de18deAbril.

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Artigo4.º32(Exclusividade)

1. Ostitularesdoscargosprevistosnosartigos1.ºe2ºexercemassuasfunçõesemregimedeexclusividade,semprejuízododis-postonoEstatutodosDeputadosàAssembleiadaRepúblicaedodispostonoartigo6.ºquantoaosautarcasatempoparcial.

2. Atitularidadedoscargosaqueserefereonúmeroanterioréincompatívelcomquaisqueroutrasfunçõesprofissionaisremunera-das ou não, bem como com a integração em corpos sociais dequaisquerpessoascolectivasdefinslucrativos.

3. Exceptuam-se do disposto no número anterior as funçõesouactividadesderivadasdocargoeasquesãoexercidasporine-rência.

Artigo5.º33(Regime aplicável após cessação de funções)

1. Ostitularesdeórgãosdesoberaniaetitularesdecargospo-líticos não podemexercer, pelo período de três anos contado dadata de cessação das respectivas funções, cargos em empresasprivadasqueprossigamactividadesnosectorporelesdirectamen-tetutelado,desdeque,noperíododorespectivomandato,tenhamsidoobjectodeoperaçõesdeprivatizaçãoou tenhambeneficiadodeincentivosfinanceirosoudesistemasdeincentivosebenefíciosficaisdenaturezacontratual.

2. Exceptua-sedodispostononúmeroanteriororegressoàem-presaouactividadeexercidaàdatadainvestiduranocargo.

32 Redacção dada pela Lei n.º 28/95, de 18 de Agosto. Ver no final deste di-ploma.

33 RedacçãodadapelaLein.º28/95de18deAgosto.

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Artigo6.º34(Autarcas)

1. Osvereadoresdecâmarasmunicipaisatempoparcialpodemexercer outras actividades nos termos dos números seguintes,devendo comunicá-las, quanto à sua natureza e identificação, àsassembleiasmunicipaisrespectivas.

2. Semprejuízododispostonosregimesdeincompatibilidadese impedimentosprevistosemleiespecial,designadamenteparaoexercíciodecargosouactividadesprofissionais,sãoaindaincom-patíveiscomoexercíciodomandatodoautarcaatempoparcial:

a) Atitularidadedemembrodeórgãodepessoacolectivapúbli-cae,bemassim,deórgãodesociedadesdecapitaismaiori-tária ou exclusivamente públicos ou de concessionários deserviçospúblicos.

b) Aprestaçãodeserviçosprofissionais, deconsultadoria,as-sessoriaepatrocínio,apessoascolectivaspúblicas,acon-cessionáriosdeserviçospúblicosouaempresasconcorren-tesaconcursospúblicos.

3. Éigualmentevedadoaosautarcasatempoparcial,sempre-juízododispostoemleiespecial:

a) No exercício de actividades de comércio ou indústria, noâmbito do respectivomunicípio, por si ou entidade emquedetenhamparticipação,participaremconcursosdebens,ser-viços, empreitadas ou concessões, abertos pelo Estado edemaispessoascolectivasdedireitopúblicoe,bemassim,porsociedadesdecapitaismaioritáriaouexclusivamentepú-blicosouporconcessionáriosdeserviçospúblicos;

b) Prestarconsultadoriaouassessoriaaentidadesprivadasti-tularesdeinteressesopostosaosdoEstadooudemaispes-soascolectivaspúblicas;

c) PatrocinarEstadosestrangeiros;d) Beneficiar,pessoaleindevidamente,deactosoutomarparte

em contratos em cujo processo de formação intervenhamórgãosouserviçoscolocadossobsuadirectainfluência.

34 RedacçãodadapelaLein.º28/95de18deAgosto.

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4. Sem prejuízo da responsabilidade que ao caso couber, ainfracção ao disposto nos números anteriores implica a perda demandato,nostermosdoartigo10.º,e,bemassim,aobrigatorieda-dede reposiçãodaquantiacorrespondenteà totalidadeda remu-neração certa e permanente que o titular aufira pelo exercíciode funções públicas desde omomento e enquanto ocorrer a suaincompatibilidade.

Artigo7.º(Regime geral e excepções)

1. Atitularidadedealtoscargospúblicosimplicaaincompatibili-dadecomquaisqueroutrasfunçõesremuneradas.

2. Asactividadesdedocêncianoensinosuperioredeinvestiga-çãonãosãoincompatíveiscomatitularidadedealtoscargospúbli-cos,bemcomoasinerênciasatítulogratuito.

3. Ostitularesdealtoscargospúblicosemsociedadesanónimasdecapitaismaioritáriaouexclusivamentepúblicospodemrequererquelhessejalevantadaaincompatibilidade,solicitandoautorizaçãoparaoexercíciodeactividadesespecificamentediscriminadas,àsentidadesqueosdesignaram.

4. Assituaçõesprevistasnonúmeroanteriordevemserfunda-mentadamenteautorizadaspelaassembleiageraldaempresa,de-vendoaacta,nessaparteserpublicadana2.ªsériedoDiário da República.

Artigo7.º-A35(Registo de interesses)

1. ÉcriadoumregistodeinteressesnaAssembleiadaRepúbli-ca, sendo facultativa a sua criação nas autarquias, caso em quecompeteàsassembleiasautárquicasdeliberarsobreasuaexistên-

35 ArtigoaditadopelaLein.º28/95.

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ciaeregulamentararespectivacomposição,funcionamentoecon-trolo.

2. Oregistodeinteressesconsistenainscrição,emlivropróprio,detodasasactividadessusceptíveisdegeraremincompatibilidadesouimpedimentosequaisqueractosquepossamproporcionarpro-veitosfinanceirosouconflitosdeinteresses.

3. O registo de interesses criadonaAssembleia daRepúblicacompreendeosregistosrelativosaosDeputadosàAssembleiadaRepúblicaeaosmembrosdoGoverno.

4. Paraefeitosdodispostononúmeroanterior,serão inscritosemespecialosseguintesfactos:

a) Actividadespúblicasouprivadas,nelasseincluindoactivida-descomerciaisouempresariaise,bemassim,oexercíciodeprofissãoliberal;

b) Desempenhodecargossociais,aindaqueatítulogratuito;c) Apoiosoubenefíciosfinanceirosoumateriaisrecebidospara

oexercíciodasactividadesrespectivas,designadamentedeentidadesestrangeiras;

d) Entidadesaquemsejamprestadosserviçosremuneradosdequalquernatureza;

e) Sociedadesemcujocapitalotitular,porsi,pelocônjugeoupelosfilhos,disponhadecapital.

5. Oregistoépúblicoepodeserconsultadoporquemosolicitar.

Artigo8.º36(Impedimentos aplicáveis a sociedades)

1. Asempresascujocapitalsejadetidonumapercentagemsu-perior a 10% por um titular de órgão de soberania ou titular decargopolítico,ouporaltocargopúblico,ficamimpedidasdeparti-ciparemconcursosdefornecimentodebensouserviços,noexer-cíciodeactividadedecomércioou indústria, emcontratoscomoEstadoedemaispessoascolectivaspúblicas.

36 RedacçãodadapelaLein.º28/95.

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2. Ficamsujeitasaomesmoregime:a) Asempresasdecujocapitalemigualpercentagem,sejatitu-

laroseucônjuge,nãoseparadodepessoasebens,osseusascendentesedescendentesemqualquergraueoscolate-rais até 2.º grau, bem como aquele que com ele viva nascondiçõesdoartigo2020.ºdoCódigoCivil;

b) Asempresasemcujocapitalotitulardoórgãooucargode-tenha, directa ou indirectamente, por si ou conjuntamentecomosfamiliaresreferidosnaalíneaanterior,umaparticipa-çãonãoinferiora10%.

Artigo9.º(Arbitragem e peritagem)

1. Os titulares de cargos políticos e de altos cargos públicosestãoimpedidosdeservirdeárbitrooudeperito,atítulogratuitoouremunerado,emqualquerprocessoemquesejaparteoEstadoedemaispessoascolectivaspúblicas.

2. Oimpedimentomantém-seatéaotermodoprazodeumanoapósarespectivacessaçãodefunções.

Artigo9.º-A37(Actividades anteriores)

1. Sem prejuízo da aplicabilidade das disposições adequadasdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto--Lein.º442/91,de15deNovembro,comasalterações introduzi-das pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, os titulares deórgãosde soberania, da cargospolíticos e dealtos cargospúbli-cosque,nosúltimostrêsanosanterioresàdatadainvestiduranocargo,tenhamdetido,nostermosdoartigo8.º,apercentagemdecapital em empresas neles referida ou tenham integrado corpos

37 ArtigoaditadopelaLein.º42/96,de31deAgosto.

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sociais de quaisquer pessoas colectivas de fins lucrativos nãopodemintervir:

a) EmconcursodefornecimentodebensouserviçosaoEstadoedemaispessoascolectivaspúblicasaosquaisaquelasem-presasepessoascolectivassejamcandidatos;

b) EmcontratosdoEstadoedemaispessoascolectivaspúblicascomelascelebrados;

c) Emquaisqueroutrosprocedimentosadministrativos,emqueaquelasempresasepessoascolectivasintervenham,suscep-tíveisdegerardúvidassobrea isençãoourectidãodacon-dutadosreferidostitulares,designadamentenosdeconces-sãooumodificaçãodeautorizaçõesoulicenças,deactosdeexpropriação,deconcessãodebenefíciosdeconteúdopatri-monialededoaçãodebens.

2. O impedimento previsto no número anterior não se verificanos casos em que a referida participação em cargos sociais daspessoascolectivastenhaocorridopordesignaçãodoEstadooudeoutrapessoacolectivapública.

Artigo10.º(Fiscalização pelo Tribunal Constitucional)

1. OstitularesdecargospolíticosdevemdepositarnoTribunalConstitucionalnos60diasposterioresàdatadatomadadeposse,declaraçãodeinexistênciadeincompatibilidadesouimpedimentos,dondeconsteaenumeraçãodetodososcargos,funçõeseactivi-dadesprofissionaisexercidospelodeclarante,bemcomodequais-querparticipaçõesiniciaisdetidaspelomesmo.

2. CompeteaoTribunalConstitucionalprocederàanálise,fisca-lizaçãoe sancionamento das declarações dos titulares de cargospolíticos.

3. Ainfracçãoaodispostoaosartigos4.º,8.ºe9.º-Aimplicaassançõesseguintes:38

38 NúmeroalteradopelaLein.º42/96,de31deAgosto.

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a) Para os titulares de cargos electivos, com a excepção doPresidentedaRepública,aperdadorespectivomandato;

b) Paraostitularesdecargosdenaturezanãoelectiva,comaexcepçãodoPrimeiro-Ministro,ademissão.

Artigo11.º(Fiscalização pela Procuradoria-Geral da República)

1. OstitularesdealtoscargospúblicosdevemdepositarnaPro-curadoria-GeraldaRepública,nos60diasposterioresàtomadadeposse,declaraçãodeinexistênciadeincompatibilidadesouimpedi-mento,dondeconstemtodososelementosnecessáriosàverifica-çãodocumprimentododispostonapresentelei,incluindoosrefe-ridosnon.º1doartigoanterior.

2. AProcuradoria-GeraldaRepúblicapodesolicitaraclarifica-çãodoconteúdodasdeclaraçõesaosdepositáriosnocasodedú-vidassugeridaspelotexto.

3. Onãoesclarecimentodedúvidasouoesclarecimentoinsufi-ciente determina a participação aos órgãos competentes para averificaçãoesancionamentodasinfracções.

4. AProcuradoria-GeraldaRepúblicaprocedeaindaàaprecia-ção da regularidade formal das declarações e da observância doprazodeentrega,participandoaosórgãoscompetentesparaave-rificaçãoesancionamentoirregularidadesouanãoobservânciadoprazo.

Artigo12.º(Regime aplicável em caso de incumprimento)

1. Emcasodenãoapresentaçãodadeclaraçãoprevistanosn.os1 dos artigos 10.º e 11.º, as entidades competentes para o seudepósitonotificarãootitulardocargoaqueseaplicaapresenteleiparaaapresentarnoprazode30dias,sobpenade,emcasodeincumprimentoculposo, incorreremdeclaraçãodeperdadoman-dato,demissãooudestituiçãojudicial.

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2. Para efeitos do número anterior, os serviços competentescomunicarãoaoTribunalConstitucionaleàProcuradoria-GeraldaRepública, consoante os casos, a data de início de funções dostitularesdecargosaqueseaplicaapresentelei.

Artigo13.º(Regime sancionatório)

1. Opresenteregimesancionatórioéaplicávelaostitularesdealtoscargospúblicos.

2. Ainfracçãoaodispostonosartigos7.ºe9.º-Aconstituicausadedestituiçãojudicial.39

3. Adestituiçãojudicialcompeteaostribunaisadministrativos.4. Ainfracçãoaodispostonoartigo5.ºdeterminaainibiçãopara

oexercíciode funçõesdealtoscargospolíticosedealtoscargospúblicosporumperíododetrêsanos.

Artigo14.º40(Nulidade e inibições)

Ainfracçãoaodispostonosartigos8.º,9.ºe9.º-Adeterminaanulidadedosactospraticadose,nocasodon.º2doartigo9.º,ainibiçãoparaoexercíciodefunçõesemaltoscargospúblicospeloperíododetrêsanos.

Artigo15.º(Norma revogatória)

É revogada a Lei n.º 9/90, de 1 deMarço, comas alteraçõesintroduzidaspelaLein.º56/90,de5deSetembro.

39 NúmeroalteradopelaLein.º42/96,de31deAgosto40 ArtigoalteradopelaLein.º42/96,de31deAgosto.

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Aprovadaem15deJulhode1993.Publique-se.OPresidentedaRepública,MÁRIOSOARES.Referendadaem9deAgostode1993.PeloPrimeiro-Ministro,JoaquimFernandoNogueira,Ministroda

Presidência.

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REGULA A CRIAçÃO DE BOLSAS DE AGENTES ELEITORAIS E A COMPENSAçÃO DOS MEMBROS DAS MESAS DAS ASSEMBLEIAS OU SECçÕES DE VOTO EM ACTOS ELEITORAIS E REFERENDÁRIOS

Lei n.º 22/99, de 21 de Abril41

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.º,daConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,oseguinte:

CapítuloIDa constituição de bolsas de agentes eleitorais

Artigo1.ºObjecto

Apresenteleiregulaacriaçãodebolsasdeagenteseleitorais,comvistaaassegurarobomfuncionamentodasmesasdasassem-bleiasousecçõesdevotonosactoseleitoraisoureferendários,bemcomoorecrutamento,designaçãoecompensaçãodosseusmem-bros.

Artigo2.ºDesignação dos membros das mesas

1. Adesignaçãodosmembrosdasmesasdasassembleiasousecçõesdevotofaz-senostermosprevistosnalegislaçãoqueen-quadraosrespectivosactoseleitorais.

2. Nassecçõesdevotoemqueonúmerodecidadãosseleccio-nadosnostermosgeraiscomvistaaintegrarasrespectivasmesas

41 PublicadanoDiáriodaRepública,1.ªsérie-A,n.º3,de21deAbrilde1999.

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sejainsuficiente,osmembrosdasmesasserãonomeadosdeentreoscidadãos inscritosnabolsadeagenteseleitoraisdarespectivafreguesia.

Artigo3.ºAgentes eleitorais

1. Emcadafreguesiaéconstituídaumabolsaintegradaporci-dadãosaderentesaoprograma“agenteseleitorais”equeseencon-treminscritosnorecenseamentoeleitoraldasuacircunscrição.

2. Os agentes eleitorais exercem funções de membros dasmesasdasassembleiasousecçõesdevotonosactoseleitoraisoureferendários.

Artigo4.ºRecrutamento pelas câmaras municipais

1. Ascâmarasmunicipais,comacolaboraçãodasjuntasdefre-guesia,promovemaconstituiçãodasbolsasatravésdorecrutamen-todosagenteseleitorais,cujoanúncioserápublicitadoporedital,afixadoàportadacâmaramunicipaledas juntasde freguesia,eporoutrosmeiosconsideradosadequados.

2. Onúmerodeagenteseleitoraisa recrutarpor freguesiade-penderácumulativamente:

a) Donúmerodemesasafuncionaremcadaumadasfregue-siasqueintegramorespectivomunicípio;

b) Donúmerodemembrosnecessáriosparacadamesa,acres-cidododobro.

3. Oscandidatosàbolsadeveminscrever-se,medianteopre-enchimentodoboletimde inscriçãoanexoàpresente lei, juntodacâmaramunicipaloudajuntadefreguesiadasuacircunscriçãoatéao 15.º dia posterior à publicitação do edital referido no n.º 1 dopresenteartigo.

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Artigo5.ºProcesso de selecção

1. Cadacâmaramunicipalconstituiráumacomissãonãoperma-nente, integradapelo seupresidente, pelopresidenteda juntadefreguesiarespectivaeporumrepresentantedecadaumdosgrupospolíticos com assento na assembleia municipal que ordenará oscandidatosdeacordocomoscritériosfixadosnopresenteartigo.

2. Oscandidatossãoordenadosemfunçãodoníveldehabilita-çõesliteráriasdetidas.

3. Emcasodeigualdadedeclassificaçãopreferiráocandidatomaisjovem.

4. Acomissãoprocederáàelaboraçãodaactadalistadeclas-sificação final, que será publicitada em edital à porta da câmaramunicipaledasjuntasdefreguesia,eemoutroslocaisquesejul-guemconvenientes.

5. Aactadalistadeclassificaçãofinalmencionará,obrigatoria-mente,aaplicaçãoacadacandidatodoscritériosdeselecçãorefe-ridosnopresenteartigo.

Artigo6.ºFormação cívica em processo eleitoral

OSecretariadoTécnicodosAssuntosparaoProcessoEleitoralministraráaosagenteseleitorais,apósa integraçãonabolsa, for-maçãoemmatériadeprocessoeleitoral,nomeadamentenoâmbitodas funçõesadesempenharpelasmesasdasassembleiaseleito-rais.

Artigo7.ºProcesso de designação dos agentes eleitorais

1. Osagenteseleitoraisdesignadosparaactoeleitoralourefe-rendáriosãonotificados,pelopresidentedacâmaramunicipal,até12diasantesdarealizaçãodosufrágio,comaidentificaçãodamesaaintegrar.

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2. Dacomposiçãodasmesaséelaboradalistaqueépublicada,emedital,àportadacâmaramunicipaledasjuntasdefreguesia.

Artigo8.ºSubstituições em dia de eleição ou referendo

1. Senãotiversidopossívelconstituiramesa60minutosapósahoramarcadaparaaaberturadaassembleiaousecçãodevotopornãoestarempresentesosmembrosindispensáveisaoseufun-cionamento,opresidenteda juntadefreguesiadesignaossubsti-tutosdosmembrosausentesdeentreosagenteseleitoraisdacor-respondentebolsa.

2. Se,apesardeconstituídaamesa,severificarafaltadeumdosseusmembros,opresidentesubstitui-oporqualquereleitorper-tencenteàbolsadeagenteseleitorais.

3. Senãoforpossíveldesignaragenteseleitoraisopresidentedajuntadefreguesianomearáosubstitutodomembrooumembrosausentes de entre quaisquer eleitores dessa freguesia, medianteacordodamaioriadosrestantesmembrosdamesaedosrepresen-tantesdospartidos,dascandidaturase,nocasodoreferendo,dospartidosedosgruposdecidadãosqueestiverempresentes.

4. Substituídos os faltosos, ficam sem efeito as anterioresnomeações,eosseusnomessãocomunicadospelopresidentedamesaaopresidentedacâmaramunicipal.

CapítuloIIDa compensação dos membros das mesas

Artigo9.ºCompensação dos membros das mesas

1. Aosmembros dasmesas é atribuída uma gratificação cujomontanteéigualaovalordassenhasdepresençaauferidaspelosmembrosdasassembleiasmunicipaisdosmunicípioscom40000oumaiseleitores,nostermosdaLein.º29/87,de30deJunho.

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2. Agratificaçãoreferidanonúmeroanteriorficaisentadetribu-tação.

Artigo10.ºPagamento de despesas

AsdespesascomacompensaçãodosmembrosdasmesassãosuportadasporverbainscritanoorçamentodoMinistériodaAdmi-nistraçãoInterna,queefectuaráasnecessáriastransferênciasparaosmunicípios.

Aprovadaem25deFevereirodel999OPresidentedaAssembleiadaRepública,AntóniodeAlmeida

SantosPromulgadaem30deMarçode1999Publique-se.OPresidentedaRepública,JorgeSampaioReferendadaem9deAbrilde1999OPrimeiroMinistro,AntónioManueldeOliveiraGuterres

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Anexo

Boletimde inscriçãoparacandidatosàbolsadeagenteselei-torais

1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (nomecompletodocidadão).2. . . . . . . . . . . . idade).3. Residência:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Freguesia:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Concelho: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rua/Lugar:....................................... Número:......................................... Andar:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CódigoPostal:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4. BilhetedeIdentidade:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Número:......................................... Arquivodeidentificação:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Datadenascimento:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5. CartãodeEleitor: Númerodeinscrição:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Unidadegeográficaderecenseamento:. . . . . . . . . . . . . . . .6. Habilitaçõesliterárias: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (assinaturadocidadão).

Confirmaçãodas declaraçõespela câmaramunicipal ou juntadefreguesia:Confirmoqueoselementosconstantesdospontos1,2,4,5e6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .(assinatura). . . . . . . . . . . . . (data).

Éobrigatóriaaapresentaçãodobilhetedeidentidadeedocar-tãodeeleitor.

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ALARGA A APLICAçÃO DOS PRINCÍPIOS REGULADORES DA PROPAGANDA E A

OBRIGAçÃO DA NEUTRALIDADE DAS ENTIDADES PÚBLICAS à DATA DA

MARCAçÃO DAS ELEIçÕES OU DO REFERENDO

Lei n.º 26/99, de 3 de Maio42

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo61.ºdaConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,oseguinte:

Artigo1.ºÂmbito de aplicação

0 regime previsto na presente lei é aplicável desde a publi-caçãododecretoquemarqueadatadoactoeleitoraloudorefe-rendo.

Artigo2.ºIgualdade de oportunidades

Ospartidosoucoligaçõeseosgruposdecidadãos,tratando-sedeactoeleitoral,oscandidatoseospartidospolíticosoucoligaçõesque os propõem, tratando-se de referendo, têmdireito a efectuarlivrementeenasmelhorescondiçõesasuapropaganda,devendoasentidadespúblicaseprivadasproporcionar-lhesigualtratamento,salvoasexcepçõesprevistasnalei.

42 PublicadanoDiáriodaRepública,1.ªsérie-A,n.º102,de3deMaiode1999.

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Artigo3.ºNeutralidade e imparcialidade das entidades públicas

1. OsórgãosdoEstado,dasRegiõesAutónomasedasautar-quiaslocais,dasdemaispessoascolectivasdedireitopúblico,dassociedadesdecapitaispúblicosoudeeconomiamistaedassocie-dades concessionárias de serviços públicos, de bens do domíniopúblicooudeobraspúblicas,bemcomo,nessaqualidade,osres-pectivostitulares,nãopodemintervirdirectaouindirectamenteemcampanhaeleitoralouparareferendo,nempraticarquaisqueractosquefavoreçamouprejudiquemumaposiçãoemdetrimentoouvan-tagemdeoutraououtras,devendoassegurara igualdadede tra-tamentoea imparcialidadeemqualquer intervençãonosprocedi-mentoseleitoraisoureferendários.

2. Osfuncionárioseagentesdasentidadesreferidasnonúmeroanteriorobservam,noexercíciodassuasfunções,rigorosaneutra-lidadeperanteasdiversasposições,bemcomoperanteosdiversospartidosegruposdecidadãoseleitores.

3. É vedada a exibição de símbolos, siglas, autocolantes ououtroselementosdepropagandaportitularesdeórgãos,funcioná-rioseagentesdasentidadesreferidasnon.º1duranteoexercíciodassuasfunções.

Aprovadaem11deMarçode1999.OPresidentedaAssembleiadaRepública,AntóniodeAlmeida

Santos.Promulgadaem15deAbrilde1999.Publique-se.OPresidentedaRepública,JorgeSampaioReferendadaem21deAbrilde1999.OPrimeiro-Ministro,AntónioManueldeOliveiraGuterres.

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REGIME JURÍDICO DA PUBLICAçÃO OU DIFUSÃO DE SONDAGENS E INqUéRITOS

DE OPINIÃO

Lei n.º 10/2000, de 21 de Junho

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºdaConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,oseguinte:

Artigo1.ºObjecto

1. Apresente leiregulaarealizaçãoeapublicaçãooudifusão

públicadesondagenseinquéritosdeopiniãoproduzidoscomafi-nalidadededivulgaçãopública,cujoobjectoserelacione,directaouindirectamente,com:

a) Órgãosconstitucionais,designadamenteoseuestatuto,com-petência, organização, funcionamento, responsabilidade eextinção,bemcomo,consoanteoscasos,aeleição,nomea-çãooucooptação,actuaçãoedemissãoouexoneraçãodosrespectivostitulares;

b) Convocação, realização e objecto de referendos nacionais,regionaisoulocais;

c) Associaçõespolíticasoupartidospolíticos,designadamenteasuaconstituição,estatutos,denominação,siglaesímbolo,organizaçãointerna,funcionamento,exercíciodedireitospe-los seusassociadosea respectivadissoluçãoouextinção,bemcomo,consoanteoscasos,aescolha,actuaçãoede-missãoouexoneraçãodostitularesdosseusórgãoscentraiselocais.

2. Éabrangidapelo dispostononúmeroanterior a publicaçãoou difusão pública de previsões ou simulações de voto que sebaseiemnas sondagens de opinião nele referidas, bem como de

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dadosdesondagensdeopiniãoque,nãosedestinandoinicialmen-teadivulgaçãopública,sejamdifundidasemórgãosdecomunica-çãosocial.

3. Arealizaçãoeapublicaçãooudifusãopúblicadesondagenseinquéritosdeopiniãoproduzidoscomafinalidadededivulgaçãopública em domínios de interesse público serão reguladas peloGovernomediantedecreto-lei.

4. Odispostonapresenteleiéaplicávelàpublicaçãooudifusãodesondagenseinquéritosdeopiniãonaediçãoelectrónicadeórgãodecomunicaçãosocialqueusetambémoutrosuporteoupromovi-daporentidadeequiparávelemdifusãoexclusivamentedigitalquan-doestasefaçaatravésderedeselectrónicasdeusopúblicoatravésdedomíniosgeridospelaFundaçãoparaaComputaçãoCientíficaNacionalou,quandootitulardoregistoestejasujeitoàleiportugue-sa,porqualqueroutraentidade.

Artigo2.ºDefinições

Paraosefeitosdapresentelei,entende-sepor:a) Inquéritodeopinião,anotaçãodosfenómenosrelacionados

comodispostonoartigoanterior,atravésdeummeropro-cessoderecolhadeinformaçãojuntodetodooudepartedouniversoestatístico;

b) Sondagemdeopinião,anotaçãodos fenómenosrelaciona-doscomodispostonoartigoanterior,cujoestudoseefectuaatravés do método estatístico quando o número de casosobservadosnãointegratodoouniversoestatístico,represen-tandoapenasumaamostra;

c) Amostra, o subconjunto de população inquirido através deuma técnica estatística que consiste em apresentar umuniversoestatísticopormeiodeumaoperaçãodegenerali-zaçãoquantitativapraticadasobreosfenómenosselecciona-dos.

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Artigo3.ºCredenciação

1. Assondagensdeopiniãosópodemser realizadasporenti-

dadescredenciadasparaoexercíciodestaactividadejuntodaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

2. Acredenciaçãoaqueserefereonúmeroanterioréinstruídacomosseguinteselementos:

a) Denominaçãoesede,bemcomoosdemaiselementosiden-tificativosdaentidadequesepropõeexerceraactividade;

b) Cópiaautenticadadorespectivoactodeconstituição;c) Identificaçãodoresponsáveltécnico.

3. A transferênciade titularidadeeamudançado responsáveltécnicodevemsernotificadas,noprazomáximode30diasacontardasuaocorrência,àAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

4. Acredenciaçãoaqueserefereon.º1caducase,peloperío-dodedoisanosconsecutivos,aentidadecredenciadanãoforres-ponsávelpela realizaçãodequalquersondagemdeopiniãopubli-cadaoudifundidaemórgãosdecomunicaçãosocial.

5. Semprejuízododispostonosnúmerosanteriores,osdemaisrequisitos e formalidades da credenciação sãoobjecto de regula-mentaçãopeloGoverno.

Artigo4.ºRegras gerais

1. Asentidadesquerealizamasondagemouoinquéritoobser-

vamasseguintesregrasrelativamenteaosinquiridos:a) Anuênciapréviadosinquiridos;b) Osinquiridosdevemserinformadosdequalaentidaderes-

ponsávelpelarealizaçãodasondagemoudoinquérito;c) Deve ser preservado o anonimato das pessoas inquiridas,

bemcomoosentidodassuasrespostas;d) Entrevistas subsequentes com os mesmos inquiridos só

podemocorrerquandoasuaanuênciatenhasidopreviamen-teobtida.

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2. Narealizaçãodesondagensdevemasentidadescredencia-dasobservarasseguintesregras:

a) Asperguntasdevemser formuladascomobjectividade,cla-rezaeprecisão,semsugerirem,directaouindirectamente,osentidodasrespostas;

b) Aamostradeveserrepresentativadouniversoestatísticodeondeéextraída,nomeadamentequantoàregião,dimensãodaslocalidades,idadedosinquiridos,sexoegraudeinstru-çãoououtrasvariáveisadequadas;

c)1Ainterpretaçãodosresultadosbrutosdeveserfeitadeformaanãofalsearoudeturparoresultadodasondagem;

d) Operíododetempoquedecorreentrearealizaçãodostra-balhosderecolhadeinformaçãoeadatadapublicaçãodosresultados pelo órgão de comunicação social deve garantirqueosresultadosobtidosnãosedesactualizem,semprejuí-zododispostonon.º3doartigo10.º.

3. As entidades credenciadas devem garantir que os técnicosque,sobasuaresponsabilidadeouporsuaconta,realizemsonda-gensdeopiniãoouinquéritoseinterpretemtecnicamenteosresul-tadosobtidosobservamoscódigosdecondutadaprofissão inter-nacionalmentereconhecidos.

Artigo5.ºDepósito

1. A publicação ou difusão pública de qualquer sondagem deopinião apenas é permitida após o depósito desta, junto daAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial,acompanhadadafichatéc-nicaaqueserefereoartigoseguinte.

2. Odepósitoaqueserefereonúmeroanteriordeveserefec-tuadoporqualquermeioidóneo,designadamenteatravésdecorreioelectrónicooudefax,atétrintaminutosantesdapublicaçãooudi-fusãopúblicadasondagemdeopinião,exceptoquandosetratedesondagememdiadeactoeleitoraloureferendário,casoemqueoseudepósitopodeserefectuadoemsimultâneocomadifusãodosrespectivosresultados.

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Artigo6.ºFicha técnica

1. Paraosefeitosdodispostonoartigoanterior,dafichatécnicaconstam,obrigatoriamente,asseguintesinformações:

a) Adenominaçãoeasededaentidaderesponsávelpelasuarealização;

b) Aidentificaçãodotécnicoresponsávelpelarealizaçãodason-dageme,seforcasodisso,dasentidadesedemaispessoasquecolaboraramdeformarelevantenesseâmbito;

c) Fichasíntesedecaracterizaçãosócio-profissionaldostécni-cosquerealizaramostrabalhosderecolhadeinformaçãooudeinterpretaçãotécnicadosresultados;

d) Aidentificaçãodocliente;e) Oobjectocentraldasondagemdeopiniãoeeventuaisobjec-

tivosintermédiosquecomeleserelacionem;f) Adescriçãodouniversodoqualéextraídaaamostraeasua

quantificação;g) Onúmerodepessoasinquiridas,suadistribuiçãogeográfica

ecomposição,evidenciando-seaamostraprevistaeaobtida;h) Adescriçãodametodologiadeselecçãodaamostra,referen-

ciando-seosmétodossucessivosdeselecçãodeunidadesatéaosinquiridos;

i) Nocasodesondagensrealizadascomrecursoaumpainel,caracterizaçãotécnicadessepainel,designadamentequantoaonúmerodeelementos, selecçãoououtra caracterizaçãoconsideradarelevante;

j) Aindicaçãodométodoutilizadoparaarecolhadeinformação,qualquerquesejaasuanatureza;

l) No caso de estudos documentais, a indicação precisa dasfontesutilizadasedasuavalidade;

m)Aindicaçãodosmétodosdecontrolodarecolhadeinforma-çãoedapercentagemdeentrevistascontroladas;

n) Resultadosbrutosdesondagem,anterioresaqualquerpon-deraçãoeaqualquerdistribuiçãodeindecisos,nãovotanteseabstencionistas;

o) Ataxaderespostaeindicaçãodeeventuaisenviesamentosqueosnãorespondentespossamintroduzir;

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p) Aindicaçãodapercentagemdepessoasinquiridascujares-postafoi«nãosabe/nãoresponde»,bemcomo,nocasodesondagensquetenhamporobjectointençõesdevoto,aper-centagem de pessoas que declararam que se irão abster,sempre que se presumaque amesma seja susceptível dealterarsignificativamenteainterpretaçãodosresultados;

q) Semprequesejaefectuadaaredistribuiçãodosindecisos,adescriçãodashipótesesemqueamesmasebaseia;

r) O texto integral das questões colocadas e de outros docu-mentosapresentadosàspessoasinquiridas;

s) Amargemdeerroestatísticomáximoassociadoacadaven-tilação, assim como o nível de significância estatística dasdiferençasreferentesaosprincipaisresultadosdasondagemdeopinião;

t) Osmétodosecoeficientesmáximosdeponderaçãoeventu-almenteutilizados;

u) Adataoudatasemquetiveramlugarostrabalhosderecolhadeinformação;

v) Onomeecargodoresponsávelpelopreenchimentodaficha.

2. Paraosefeitosdaalínear)donúmeroanterior,nocasodeumasondagemdeopiniãosedestinaraumapluralidadedeclientes,dafichatécnicaapenasdeveconstarapartedoquestionáriorela-tivaacadaclienteespecífico.

3. OmodelodafichatécnicaéfixadopelaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

Artigo7.ºRegras a observar na divulgação ou interpretação de

sondagens

1. Apublicação,difusãoeinterpretaçãotécnicadosdadosobti-dos por sondagens de opinião devem ser efectuadas de formaanãofalsearoudeturparoseuresultado,sentidoelimites.

2. Semprejuízododispostononúmeroseguinte,apublicaçãodesondagensdeopiniãoemórgãosdecomunicaçãosocialésem-preacompanhadadasseguintesinformações:

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a) Adenominaçãodaentidaderesponsávelpelasuarealização;b) Aidentificaçãodocliente;c) Oobjectodasondagemdeopinião;d) Ouniversoalvodasondagemdeopinião;e) Onúmerodepessoasinquiridas,suarepartiçãogeográficae

composição;f) Ataxaderespostaeindicaçãodeeventuaisenviesamentos

queosnãorespondentespossamintroduzir;g) Aindicaçãodapercentagemdepessoasinquiridascujares-

postafoi«nãosabe/nãoresponde»,bemcomo,nocasodesondagensquetenhamporobjectointençõesdevoto,aper-centagem de pessoas que declararam que se irão abster,semprequesepresumaqueasmesmassejamsusceptíveisdealterarsignificativamenteainterpretaçãodosresultados;

h) Semprequesejaefectuadaaredistribuiçãodosindecisos,adescriçãodashipótesesemqueamesmasebaseia;

i)Adataoudatasemquetiveramlugarostrabalhosderecolhadeinformação;

j) Ométododeamostragemutilizadoe,nocasodeamostrasaleatórias,ataxaderespostaobtida;

l) Ométodoutilizadopara a recolha de informação, qualquerquesejaasuanatureza;

m)Asperguntasbásicasformuladas;n) A margem de erro estatístico máximo associado a cada

ventilação, assim como o nível de significância estatísticadasdiferençasreferentesaosprincipaisresultadosdasonda-gem.

3. Adifusãodesondagensdeopiniãoemestaçõesderadiodi-fusãoouradiotelevisãoésempreacompanhada,pelomenos,dasinformaçõesconstantesdasalíneasa)ai)donúmeroanterior.

4. Areferência,emtextosdecarácterexclusivamentejornalísti-copublicadosoudivulgadosemórgãosdecomunicaçãosocial,asondagens que tenham sido objecto de publicação ou difusãopúblicadevesersempreacompanhadademençãodolocaledataem que ocorreu a primeira publicação ou difusão, bem como daindicaçãodoresponsável.

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Artigo8.ºRegras a observar na divulgação ou interpretação

de inquéritos

1. Osresponsáveispelapublicação,difusãopúblicaouinterpre-taçãotécnicadedadosrecolhidosporinquéritosdeopiniãodevemassegurarqueosresultadosapresentadossejaminsusceptíveisdesertomadoscomorepresentativosdeumuniversomaisabrangen-tequeodaspessoasquestionadas.

2. Paraosefeitosdodispostononúmeroanterior,apublicaçãooudifusãopúblicado inquéritodeopiniãodeveseracompanhadadeadvertênciaexpressaeclaramentevisívelouaudíveldequetaisresultados não permitem, cientificamente, generalizações, repre-sentando,apenas,aopiniãodosinquiridos.

3. Adivulgaçãodosdadosrecolhidospor inquéritosdeopiniãodeve,casoasuaactualidadenãoresulteevidente,seracompanha-dadaindicaçãodasdatasemqueforamrealizadososrespectivostrabalhosderecolhadeinformação.

Artigo9.ºPrimeira divulgação de sondagem

Aprimeiradivulgaçãopúblicadequalquersondagemdeopiniãodevefazer-seaté15diasacontardadatadodepósitoobrigatórioaqueserefereoartigo5.º.

Artigo10.ºDivulgação de sondagens relativas a sufrágios

1. Éproibidaapublicaçãoeadifusãobemcomoocomentário,a análise e a projecção de resultados de qualquer sondagem ouinquérito de opinião, directa ou indirectamente relacionados comactoseleitoraisoureferendáriosabrangidospelodispostonosn.ºs1,2e4doartigo1.º,desdeofinaldacampanharelativaàrealiza-çãodoactoeleitoraloureferendárioatéaoencerramentodasurnasemtodooPaís.

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2. Nodiaanterioraodarealizaçãodequalqueractoeleitoraloureferendárioabrangidopelodispostonon.º1doartigo1.ºapenaspodem ser divulgadas as deliberações de rectificação aprovadaspelaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

3. Nosdoismesesqueantecedemarealizaçãodequalqueractoeleitoralrelacionadocomosórgãosabrangidospelodispostonon.º1doartigo1.º eda votaçãopara referendonacional, regional oulocal, a primeira publicação ou difusão pública de sondagens deopiniãodeveocorreraté15diasacontardadataemquetermina-ramostrabalhosderecolhadeinformação.

Artigo11.ºRealização de sondagens ou inquéritos de opinião em dia de

acto eleitoral ou referendário

1. Na realização de sondagens ou inquéritos de opinião juntodos locaisdevotoemdiadeactoeleitoral ou referendárionãoépermitidaainquiriçãodeeleitoresnointeriordassalasondefuncio-namasassembleiasdevoto.

2. Nas proximidades dos locais de voto apenas é permitida arecolha de dados por entrevistadores devidamente credenciados,utilizando técnicas de inquirição que salvaguardem o segredo dovoto,nomeadamenteatravésdasimulaçãodovotoemurnaeape-nasapósoexercíciododireitodesufrágio.

Artigo12.ºComunicação da sondagem aos interessados

Semprequeasondagemdeopiniãosejarealizadaparapessoascolectivaspúblicasousociedadesdecapitaisexclusivaoumaiori-tariamente públicos, as informações constantes da ficha técnicaprevistanoartigo6.ºdevemsercomunicadasaosórgãos,entidadesoucandidaturasdirectamenteenvolvidosnosresultadosapresenta-dos.

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Artigo13.ºqueixas relativas a sondagens ou inquéritos de opinião

1. As queixas relativas a sondagens ou inquéritos de opiniãopublicamentedivulgadas,queinvoquemeventuaisviolaçõesdodis-postonapresentelei,devemserapresentadas,consoanteoscasos,à Alta Autoridade para a Comunicação Social ou à ComissãoNacionaldeEleições.

2. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, ocorrendoqueixarelativaapublicaçãooudifusãodesondagensouinquéritosdeopiniãoprevistosnon.º1doartigo1.º,aAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocialdevedeliberarsobreaqueixanoprazomáximodeoitodiasapósasuarecepção.

3. Duranteosperíodosdecampanhaeleitoralparaosórgãosouentidadesabrangidospelodispostonon.º1doartigo1.ºouparareferendonacional,regionaloulocal,adeliberaçãoaqueserefereonúmeroanterioréobrigatoriamenteproferidanoprazodequaren-taeoitohoras.

Artigo14.ºDever de rectificação

1. O responsávelpelapublicaçãooudifusãodesondagemouinquéritodeopiniãoemviolaçãodasdisposiçõesdapresenteleioualterandoosignificadodosresultadosobtidosconstitui-senaobri-gaçãodefazerpublicaroudifundir,asuasexpensasenomesmoórgãodecomunicaçãosocial,asrectificaçõesobjectodedelibera-çãodaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

2. Semprejuízododispostononúmero seguinte, a obrigaçãoderectificaçãodasondagemouinquéritodeopiniãoécumprida:

a) No caso de publicação em órgão de comunicação socialescrita,naediçãoseguinteànotificaçãodadeliberação;

b) Nocasodedifusãoatravésdeestaçõesderadiotelevisãoouradiodifusão,nodia imediatoaodarecepçãodanotificaçãodadeliberação;

c) Nocasodedivulgaçãopúblicaporqualquer formaquenãoas previstas nas alíneas anteriores, no dia imediato ao da

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recepçãodanotificaçãodadeliberaçãoemórgãodecomuni-caçãosocialescritacujaexpansãocoincidacomaáreageo-gráfica envolvida no objecto da sondagem ou inquérito deopinião.

3. Nocasodeapublicaçãoouadifusãode rectificaçãopelomesmoórgãodecomunicaçãosocial recairemperíododecam-panha eleitoral ou referendária, o responsável pela publicaçãoou difusão inicial deve promover a rectificação, por sua conta,em edição electrónica e em órgão de comunicação social deexpansão similar, no prazo máximo de três dias, mas antes doperíodoemqueasuadivulgaçãoéproibida,nostermosdon.º1doartigo10.º.

4. Noscasosprevistosnasalíneasa)eb)don.º2edonúmeroanterior,apublicaçãooudifusãodeveserefectuada,consoanteoscasos,empáginasouespaçosehorários idênticosaosocupadospelassondagensouinquéritosdeopiniãorectificados,comnotadechamada,devidamentedestacada,naprimeirapáginadaediçãoouno iníciodoprogramaemitidoe indicaçãodascircunstânciasquedeterminaramesteprocedimento.

Artigo15.ºAlta Autoridade para a Comunicação Social

1. Semprejuízododispostonoartigoseguinte,aentidadecom-petente para verificar as condições de realização das sondagense inquéritos de opinião e o rigor e a objectividade na divulgaçãopúblicadosseusresultados,nostermosdefinidospelapresentelei,éaAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial.

2. Para os efeitos do disposto no número anterior, incumbe àAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocial:

a) Credenciarasentidadescomcapacidadeparaa realizaçãodesondagensdeopinião;

b) Adoptarnormastécnicasdereferênciaaobservarnarealiza-ção,publicaçãoedifusãodesondagenseinquéritosdeopi-nião, bem como na interpretação técnica dos respectivosresultados;

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c) Emitirpareceresdecaráctergeralrelacionadoscomaaplica-çãodapresenteleiemtodooterritórionacional;

d) Esclarecerasdúvidasquelhesejamsuscitadasporentidadesresponsáveispela realizaçãodesondagense inquéritosdeopinião;

e) Apreciarqueixasapresentadasnostermosdoartigo13.º;f) Elaborarumrelatórioanualsobreocumprimentodopresen-

te diploma, a enviar àAssembleia da República até 31 deMarçodoanoseguinteaquerespeita;

g) Aplicarascoimasprevistasnoartigo17.º,comexcepçãodaprevistanaalíneag)doseun.º1.

3. AAltaAutoridadeparaaComunicaçãoSocialdispõeaindadafaculdadededeterminar,juntodasentidadesresponsáveispelare-alizaçãodassondagensedeoutrosinquéritosdeopinião,aapre-sentaçãodosprocessosrelativosàsondagemouinquéritodeopi-niãopublicadosoudifundidosoudesolicitaraessasentidadesofornecimento,noprazomáximodequarentaeoitohoras,deescla-recimentosoudocumentaçãonecessáriosàproduçãodasuadeli-beração.

Artigo16.ºComissão Nacional de Eleições

CompeteàComissãoNacionaldeEleições:a) Autorizararealizaçãodesondagensemdiadeactoeleitoral

oureferendário,credenciarosentrevistadoresindicadosparaesseefeitoefiscalizarocumprimentododispostonoartigo11.º,bemcomoanular,poractofundamentado,autorizaçõespreviamenteconcedidas;

b) Aplicar as coimas previstas na alínea g) do n.º 1 do artigoseguinte.

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Artigo17.ºContra-ordenações

1. Épunidocomcoimademontantemínimode1000000$00e máximo de 10 000 000$00, sendo o infractor pessoa singular,ecomcoimademontantemínimode5000000$00emáximode50000000$00,sendooinfractorpessoacolectiva,semprejuízododispostonon.º2:

a) Quemrealizarsondagemdeopiniãopublicadaoudifundidaemórgãodecomunicaçãosocialounostermosdon.º4doartigo1.ºsemestardevidamentecredenciadonostermosdoartigo3.º;

b) Quempublicaroudifundirinquéritosdeopiniãoouinformaçãorecolhidaatravésdetelevoto,apresentando-oscomosetra-tandodesondagemdeopinião;

c) Quemrealizarsondagensdeopiniãoemviolaçãodasregrasprevistasnoartigo4.º;

d) Quemrealizarsondagemdeopiniãopublicadaoudifundidaemórgãodecomunicaçãosocialounostermosdon.º4doartigo1.ºsemquetenhafeitoodepósitonostermosprevistosnosartigos5.ºe6.º;

e) Quempublicaroudifundirsondagensdeopinião,bemcomooseucomentário, interpretaçãoouanálise,emviolaçãododispostonosartigos7.º,9.ºe10.º;

f) Quempublicaroudifundir inquéritosdeopiniãoemviolaçãododispostonoartigo8.º;

g) Quemrealizarsondagensouinquéritosdeopiniãoemviola-çãododispostonoartigo11.ºenaalíneaa)doartigoanterior;

h) Quem,tendorealizadosondagemouinquéritodeopiniãopu-blicadosoudifundidos,nãofaculteàAltaAutoridadeparaaComunicação Social os documentos ou processos por elasolicitadosnoexercíciodassuasfunções;

i) Quemnãodercumprimentoaodeverderectificaçãoprevistono artigo 14.º ou de publicação ou difusão das decisõesadministrativasoujudiciaisaqueserefereoartigoseguinte.

2. Serão,porém,aplicáveisosmontantesmínimosemáximosprevistosnoregimegeraldascontra-ordenaçõessesuperioresaosfixadosnonúmeroanterior.

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3. O produto das coimas reverte integralmente para os cofresdoEstado.

4. A violação do disposto no n.º 1 do artigo 10.º será aindacominadacomocrimededesobediênciaqualificada.

5. Anegligênciaépunida.

Artigo18.ºPublicação ou difusão das decisões administrativas ou

judiciais

Adecisãoirrecorridaqueapliquecoimaprevistanoartigoanteriorou a decisão judicial transitada em julgado relativa a recurso damesmadecisão,bemcomodaaplicaçãodepenarelativaàpráticado crime previsto no n.º 4 do artigo anterior, é obrigatoriamentepublicadaoudifundidapelaentidadesancionadanostermosprevis-tosnoartigo14.º.

Artigo19.ºNorma transitória

Asentidadesquetenhamrealizadosondagensdeopiniãopubli-cadas ou difundidas em órgãos de comunicação social nos doisanosanterioresàentradaemvigordapresentelei,equesepropo-nhamcontinuaraexercerestaactividade,devem,noprazode60dias, credenciar-se junto daAltaAutoridade para aComunicaçãoSocial,nostermosdon.º2doartigo3.º.

Artigo20.ºNorma revogatória

ÉrevogadaaLein.º31/91,de20deJulho.

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Artigo21.ºEntrada em vigor

Apresenteleientraemvigor60diasapósasuapublicação.

Aprovadaem4deMaiode2000.OPresidentedaAssembleiadaRepública,AntóniodeAlmeida

Santos.Promulgadaem1deJunhode2000.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIOReferendadaem8deJunhode2000.OPrimeiro-Ministro,AntónioManueldeOliveiraGuterres.

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REGULAMENTO DA LEI DAS SONDAGENS(Art.º 3.º da Lei n.º 10/2000)

Portaria n.º 118/2001, de 23 de Fevereiro

Em cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 3.º da Lein.º10/2000,de21deJunho:

MandaoGoverno,pelosSecretáriosdeEstadodaComunicaçãoSocialeAdjuntodoMinistrodaAdministraçãoInterna,oseguinte:

1.ºAssondagensdeopiniãoaqueserefereoartigo1.ºdaLein.º10/2000,de21deJunho,sópodemserrealizadasporentidadesdevidamentecredenciadasparaoefeito.

2.ºAactividadeaqueserefereonúmeroanteriorpodeserexer-cida por pessoas colectivas que reunam cumulativamente os se-guintesrequisitos:

a) Tenham como objecto social a realização de inquéritos ouestudosdeopinião;

b) Tenhamumcapitalsocialmínimode5000contos,tratando-sedesociedadescomerciais,oudoisanosdeexercícioefectivodaactividade,nosrestantescasos;43

c) Possuam um quadro mínimo permanente de três técnicosqualificadosparaarealizaçãodesondagensdeopinião;

d) Recorramunicamenteaindivíduoscomcapacidadeeleitoralactivanarecolhadedadosjuntodapopulação.

3.ºOsinteressadosdevemjuntaraorequerimentodeautoriza-çãoparaoexercíciodaactividadeosseguinteselementos:

a) Denominação, sede e demais elementos identificativos daentidadecandidata;

b) Cópiaautenticadadorespectivoactoconstitutivo;c) Identificação da estrutura emeios humanos afectos à área

dassondagens,bemcomodoseuresponsáveltécnico;

43 AlteraçãointroduzidapelaPortarian.º731/2001,de17deJulho.

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d) Documentoscurricularesdoresponsáveledopessoaltécni-co, demonstrativos da experiência e capacidade exigíveisparaarealizaçãodostrabalhosaexecutare,tratando-sedeentidadessemfinslucrativos,documentosquecomprovemarealizaçãodeinquéritosouestudosdeopiniãonosdoisanosanterioresaopedido;44

e) Descriçãopormenorizadadastécnicasderecolhaetratamen-todedadosautilizar,bemcomodosprincípioséticospelosquaissepautaráoexercíciodasuaactividade, tendocomoreferênciamínimaoscódigosdecondutaadoptadospelaAs-sociaçãoEuropeiaparaosEstudosdeOpiniãoedeMarke-ting(ESOMAR).

4.º Compete à Alta Autoridade para a Comunicação Social(AACS)apreciarospedidosdecredenciação, tendocomobaseaavaliaçãodoselementosreferidosnosnúmerosanteriores,edeci-dir,nos20diasúteisposterioresàrecepção,sobreasuaprocedên-ciaourenovação.

5.ºAscredenciaissãoválidaspeloperíododetrêsanos,deven-doos interessadosrequerer,nos60diasanterioresàdatadaca-ducidade,asuarenovação,paraoquedeverãoapresentarorela-tóriodaactividadedesenvolvidaduranteoperíododavigênciadarespectivacredencial.

6.ºA transferência de titularidade e a mudança do responsá-vel técnico da entidade credenciada devem ser comunicadas, noprazode30diasacontardasuaocorrência,àAACS,paraapro-vação.

7.ºAcredenciaçãocaducase,peloperíododedoisanosconse-cutivos,aentidadeemcausanão for responsávelpela realizaçãodequalquersondagemdeopinião, regularmentedepositada juntodaAACS.

44 AlteraçãointroduzidapelaPortarian.º731/2001,de17deJulho.

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8.ºCompeteàAACSorganizaremanteractualizadoumregistode entidades credenciadas para a realização das sondagens deopiniãoaqueserefereapresenteportaria.

9.ºOmodelodascredenciaisédefinidopelaAACS.

Em6deFevereirode2001.OSecretáriodeEstadodaComunicaçãoSocial,Alberto Arons

Braga de Carvalho. –0SecretáriodeEstadodaAdministraçãoIn-terna,Rui Carlos Pereira.

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ALTERAçÃO à LEI DE DEFESA NACIONAL E DAS FORçAS ARMADAS

Lei Orgânica n.º 4/2001, de 30 de Agosto(Excertos)

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºdaConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,aleiorgânicaseguinte:

Artigo1.º

Oartigo31.ºdaLein.º29/82,de11deDezembro(LeideDefe-saNacionaledasForçasArmadas),passaateraseguinteredac-ção:

Artigo31.ºExercício de direitos fundamentais

1–Osmilitaresemefectividadedeserviçodosquadrosperma-nenteseemregimedevoluntariadoedecontratogozamdosdirei-tos,liberdadesegarantiasconstitucionalmenteestabelecidos,masoexercíciodosdireitosdeexpressão,reunião,manifestação,asso-ciação e petição colectiva e a capacidade eleitoral passiva ficamsujeitosaoregimeprevistonosartigos31.º-Aa31.º-Fdapresentelei,nostermosdaConstituição.

2–Osmilitaresemefectividadedeserviçosão rigorosamentepartidáriosenãopodemaproveitar-sedasuaarma,doseupostooudasuafunçãoparaqualquer intervençãopolítica,partidáriaousindical,nistoconsistindooseudeverdeisenção.

3–Aoscidadãosmencionadosnon.º1nãosãoaplicáveisasnormas constitucionais referentes aos direitos dos trabalhadorescujoexercíciotenhacomopressupostoosdireitosrestringidosnosartigos seguintes, designadamente a liberdade sindical, nas suas

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diferentesmanifestaçõesedesenvolvimentos,odireitoàcriaçãodecomissõesdetrabalhadores,tambémcomosrespectivosdesenvol-vimentos,eodireitoàgreve.

4 – No exercício dos respectivos direitos os militares estãosujeitosàsobrigaçõesdecorrentesdoestatutodacondiçãomilitaredevemobservarumacondutaconformeaéticamilitarerespeitaracoesãoeadisciplinadasForçasArmadas.»

Artigo2.º

SãoaditadosàLein.º29/82,de11deDezembro(LeideDefesaNacionaledasForçasArmadas),osartigos31.º-Aa31.º-F,comoseguinteteor:

«Artigo31.º-ALiberdade de expressão

1–Oscidadãosreferidosnoartigo31.ºtêmodireitodeproferirdeclaraçõespúblicassobrequalquerassunto,comareservaprópriadoestatutodacondiçãomilitar,desdequeasmesmasnãoincidamsobreaconduçãodapolíticadedefesanacional,nãoponhamemriscoacoesãoeadisciplinadasForçasArmadasnemdesrespeitemodeverdeisençãopolíticaesindicalouoapartidarismodosseuselementos.

2–Oscidadãosreferidosnoartigo31.ºestãosujeitosadeverdesigilorelativamenteàsmatériascobertaspelosegredodejustiçaou pelo segredo de Estado e, ainda, por quaisquer outros siste-masde classificaçãodematérias, e, ainda, quantoaos factosdeque se tenha conhecimento, em virtude do exercício da função,nomeadamenteos referentesaodispositivo, à capacidademilitar,ao equipamento e à actividade operacional das ForçasArmadas,bemcomooselementosconstantesdecentrosdedadosedemaisregistos sobre o pessoal que não devam ser do conhecimentopúblico.

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Artigo31.º-BDireito de reunião

1–Oscidadãosreferidosnoartigo31.ºpodem,desdequetrajemcivilmenteesemostentaçãodequalquersímbolodasForçasArma-das,convocarouparticiparemqualquerreuniãolegalmenteconvo-cadaquenãotenhanaturezapolítico-partidáriaousindical.

2–Oscidadãosreferidosnoartigo31.ºpodem,contudo,assis-tirareuniões,legalmenteconvocadas,comestaúltimanaturezasenãousaremdapalavranemexerceremqualquerfunçãonoâmbitodapreparação, organização, direcçãoou conduçãodos trabalhosounaexecuçãodasdeliberaçõestomadas.

3–Oexercíciododireitodereuniãonãopodeprejudicaroser-viçonormalmenteatribuídoaomilitar,nemapermanentedisponibi-lidadedesteparaomesmo,nemserexercidodentrodasunidades,estabelecimentoseórgãosmilitares.

Artigo31.º-CDireito de manifestação

Oscidadãosreferidosnoartigo31.º,desdequeestejamdesar-mados e trajem civilmente sem ostentação de qualquer símbolonacional ou das ForçasArmadas, têm o direito de participar emqualquermanifestaçãolegalmenteconvocadaquenãotenhanatu-rezapolítico-partidáriaousindical,desdequenãosejampostasemriscoacoesãoeadisciplinadasForçasArmadas.

......................................................

Artigo31.º-FCapacidade eleitoral passiva

1–Oscidadãosreferidosnoartigo31.ºque,emtempodepaz,pretendamconcorrer a eleições para os órgãos de soberania, degoverno próprio das Regiões Autónomas e do poder local, bemcomoparadeputadoaoParlamentoEuropeu,devem,previamente

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àapresentaçãodacandidatura,requereraconcessãodeumalicen-çaespecial,declarandoasuavontadedesercandidatonãoinscri-toemqualquerpartidopolítico.

2–Orequerimentoédirigidoaochefedeestado-maiordoramoaqueorequerentepertencer,sendonecessariamentedeferido,noprazode10ou25diasúteis,consoanteorequerentepresteservi-çoemterritórionacionalounoestrangeiro,comefeitosapartirdapublicaçãodadatadoactoeleitoralrespectivo.

3–O tempodeexercíciodosmandatoselectivos referidosnon.º1contacomo tempodepermanêncianopostoecomo tempodeserviçoefectivoparaefeitosdeantiguidade,devendoosramosdasForçasArmadas facultaraosmilitaresascondiçõesespeciaisdepromoçãoquandocessemarespectivalicençaespecial,sendoosdemaisefeitosdestareguladospordecreto-lei.

4–Alicençaespecialcessa,determinandooregressoàefecti-vidadedeserviço,quandodoapuramentodefinitivodosresultadoseleitoraisresultarqueocandidatonãofoieleito.

5–Nocasodeeleição,alicençaespecialcessa,determinandooregressoàefectividadedeserviço,nosseguintescasos:

a) Renúnciaaoexercíciodomandato;b) Suspensãoporperíodosuperiora90dias;c) Apósaentradaemvigordadeclaraçãodeguerra,doestado

desítiooudoestadodeemergência,salvoquantoaosórgãosdesoberaniaeaoParlamentoEuropeu;

d) Termodomandato.

6–Nassituaçõesemqueomilitareleitoexerçaomandatoemregimedepermanênciaeatempointeiro,poderequerer,noprazode30dias,atransiçãovoluntáriaparaasituaçãodereserva,aqualé obrigatoriamente deferida comefeitos a partir da data do iníciodaquelasfunções.

7–Nocasodeexercíciodaopçãoreferidanonúmeroanterior,enãoestandopreenchidasascondiçõesdepassagemàreserva,omilitarficaobrigadoaindemnizaroEstado,nostermosdoEsta-tutodosMilitaresdasForçasArmadas.

8–Determinaatransiçãoparaasituaçãodereservaaeleiçãode ummilitar para um segundomandato, comefeitos a partir dadatadeiníciodorespectivoexercício.

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9–Salvoocasoprevistonaalíneac)non.º5,osmilitaresqueseencontremnareservaforadaefectividadedeserviçoequeexer-çamalgumdosmandatoselectivosreferidosnon.º1nãopodem,enquantoduraroexercíciodomandato,serchamadosàprestaçãodeserviçoefectivo.

10–TransitaparaareservaomilitareleitoPresidentedaRepú-blica, salvo se, nomomento da eleição, já se encontrasse nessasituaçãoounareforma.»

Artigo3.ºAplicação aos militarizados

Aoexercíciodosdireitosdeassociação,expressão,reunião,ma-nifestaçãoepetiçãocolectiva,porpartedosagentesmilitarizadosnaefectividadedeserviço,éaplicável,comasnecessáriasadapta-ções,oregimeprevistoparaaPolíciaMarítimanaLein.º53/98,de18deAgosto.

......................................................

Aprovadaem17deJulhode2001.OPresidentedaAssembleiadaRepública,AntóniodeAlmeida

Santos.Promulgadaem17deAgostode2001.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIO.Referendada em 20 de Agosto de 2001. O Primeiro-Ministro,

AntónioManueldeOliveiraGuterres.

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REGULAMENTAçÃO DOS EFEITOS DA LICENçA ESPECIAL CONCEDIDA AOS MILITARES DAS FORçAS ARMADAS PARA O EXERCÍCIO DE MANDATOS ELECTIVOS, NOS TERMOS DO

ARTIGO 31º-F DA LEI DE DEFESA NACIONAL E DAS FORçAS ARMADAS

Decreto-Lei n.º 279-A/2001, de 19 de Outubro

Acapacidadeeleitoralpassivaconfiguraumdireitofundamentaldecidadania,comexpressoacolhimentoconstitucional,cujoexer-cícioéconferidoatodososcidadãosemcondiçõesdeplenaigual-dadeeliberdade.

Concomitantemente,prevê,ainda,aConstituiçãodaRepúblicaqueaslimitaçõesaconsagraremsededecapacidadeeleitoralpas-sivadosmilitareseagentesmilitarizadosemserviçoefectivosejamestabelecidasnaestritamedidadasexigênciasquedecorremdassuasfunçõespróprias.

ComasrecentesalteraçõesintroduzidasnaLeideDefesaNa-cionaledasForçasArmadas (Lein.º29/82,de11deDezembro)pelaLeiOrgânican.º4/2001,de30deAgosto,otratamentonorma-tivodacapacidadeeleitoralpassivadosmilitares,tantoosperten-centesaoquadropermanentecomoosvinculadosnosregimesdevoluntariadoedecontrato,veioamerecerautonomizaçãoempre-ceitopróprio.

Defacto,oartigo31.º-Fveioprocederaoreenquadramentolegaldodireitoemapreço,cujoexercíciopassouasersubstantivadocomreferênciaaumaformaatípicadelicença,subsumívelnaprevisãoconstantedaalínea i)doartigo93.ºdoEstatutodosMilitaresdasForçasArmadas,aprovadopeloDecreto-Lein.º236/99,de25deJunho.

Importa, pois, através do presente diploma, proceder ao ade-quadodesenvolvimentoeregulamentaçãodoconteúdoinerenteaeste tipo de licença especial, fixando-se, em paralelo, a própriasituação jus-estatutária dos militares que por ela venham a serabrangidos.

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ForamobservadososprocedimentosdecorrentesdaLeiOrgâ-nican.º3/2001,de29deAgosto.

Assim:No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pela Lei

n.º 29/82, de 11 deDezembro, alterada pelas Leis n.os 41/83, de21 de Dezembro, 111/91, de 29 de Agosto, 113/91, de 29 deAgosto,18/95,de13deJulho,e3/99,de18deSetembro,eLeiOrgânican.º4/2001,de30deAgosto,enos termosdaalíneac)do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta oseguinte:

Artigo1.ºObjecto e âmbito

Opresentediplomavisaregularaaplicaçãodalicençaespecialaqueserefereoartigo31.º-FdaLein.º29/82,de11deDezembro,na redacção introduzida pela Lei n.º 4/2001, de 30 deAgosto, àqualficamsujeitososmilitarespertencentesaoquadropermanen-te(QP)enosregimesdevoluntariado(RV)edecontrato(RC)queseencontremaprestarserviçoefectivoepretendamconcorreraeleiçõesparaosórgãosdesoberania,degovernoprópriodasRe-giõesAutónomasedopoderlocaleparadeputadoaoParlamentoEuropeu.

Artigo2.ºConcessão

1–Alicençaespecialaqueserefereopresentediplomaécon-cedida pelo chefe do estado-maior do ramo a que o requerentepertencer,dentrodosprazosecomosefeitosprevistosnaLDNFA.

2–Aausênciadedecisãoadministrativadentrodosprazospre-vistosnon.º2doartigo31.º-FdaLein.º29/82,de11deDezembro,equivaleaodeferimentotácitodopedidodeconcessãodalicençaespecialaqueserefereoartigoanterior.

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Artigo3.ºEfeitos da licença especial

1–Duranteoperíododeexercíciodomandatoelectivoaoqualsecandidatou,omilitarbeneficiáriodalicençaespecialéconside-radoforadaefectividadedoserviço,nasituaçãodeadidoaoqua-dro,sepertenceraoQP,ouparaalémdoquantitativoautorizado,seemRVouRC.

2–Apósconcessãodalicençaespecialeatéconclusãodopro-cessoeleitoral,omilitarquedelabeneficieapenaspercebearemu-neraçãocorrespondenteaopostoeescalãodequefortitular.

3–Aeleiçãodomilitarparaoexercíciodomandatoaoqualsecandidatoufazcessartodaequalquerobrigaçãoremuneratóriadenaturezamilitar,semprejuízodafaculdadedeopção,quandoestaestejalegalmenteprevista,pelaremuneraçãomaisfavorável.

4–Duranteoperíodointegraldeduraçãodalicençaespecial,omilitar que dela beneficiemantém o direito à assistênciamédica,medicamentosaehospitalareaoapoiosocial,conferidospeloDe-creto-Lein.º236/99,de25deJunho,ouporlegislaçãoespecial.

Artigo4.ºCessação da licença especial

1–Cessando,aqualquertítulo,oexercíciodomandatoelectivoaoqualsecandidatou,omilitarregressaàefectividadedeserviço,deacordocomasseguintesregras:

a) CasopertençaaoQPnoactivo,éconsideradonasituaçãodesupranumerário,nãopodendoserprejudicadonoacessoàsatisfaçãodascondiçõesespeciaisdepromoçãoaopostoimediatamenteseguinte,quecomotalseencontremestatu-tariamenteprevistas;

b) CasoseencontreaprestarserviçoemRVouRCenãotenhapassado à reserva de disponibilidade, regressa à situaçãoanterior.

2–Aeleiçãodomilitarparaumsegundomandatodeterminaasua transiçãoautomáticaparaa situaçãode reserva, no casode

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pertenceraoQP,ouparaasituaçãodereservadedisponibilidade,casoseencontreemRVouRC,nos termosdodispostonon.º8doartigo31.º-FdaLein.º29/82,de11deDezembro.

Artigo5.ºObrigações contributivas

1–Duranteoperíododeduraçãodalicençaespecialaqueserefereopresentediploma,mantêm-seemvigorasobrigaçõescon-tributivas de natureza social do militar, nos termos da legislaçãoaplicável.

2–Quandoaremuneraçãoauferidapelodesempenhodocar-goelectivo for inferioràqueomilitaraufeririaenquanto tal,podeesteefectuar,juntodaCaixaGeraldeAposentações,opagamen-todosdescontoscorrespondentesàdiferençaremuneratóriaveri-ficada.

Artigo6.ºRegime subsidiário

Ao militar no gozo da licença especial prevista no presentediplomaaplicam-seasregrasestatutáriasprevistasnoDecreto-Lein.º 236/99, de 25 de Junho, desde que não contrariem o regimeprevistopeloartigo31.º-FdaLein.º29/82,de11deDezembro.

Artigo7.ºEntrada em vigor e produção de efeitos

Opresentediplomaentraemvigor nodia imediatoaoda suapublicaçãoeproduzefeitosàdatadeentradaemvigordaLeiOr-gânican.º4/2001,de30deAgosto.

VistoeaprovadoemConselhodeMinistrosde11deOutubrode2001.–AntónioManueldeOliveiraGuterres–Guilhermed’Oliveira

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Martins–Guilhermed’OliveiraMartins–RuiEduardoFerreiraRo-driguesPena.

Promulgadoem16deOutubrode2001.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIO.Referendadoem16deOutubrode2001.OPrimeiro-Ministro,AntónioManueldeOliveiraGuterres.

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FINANCIAMENTO DOS PARTIDOS POLÍTICOS E DAS CAMPANHAS ELEITORAIS

Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho45

Asdisposiçõesem itálicoencontram-se revogadasoucaduca-das.

Com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, pelo art.º 152.º daLei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro (Orçamento de Estado 2009)46 e pela Lei n.º 55/2010, de 24 de Dezembro47

45 PublicadanoDiáriodaRepública,1.ªSérie–A,n.º140.de20deJunhode2003.46 As alterações previstas no número [1do art.º 152.º ] apenas produzemefeitos

no ano em que o montante do indexante de apoios sociais, criado pela Lein.º53-B/2006,de29deDezembro,atinjaovalordaretribuiçãomínimamensalgarantidafixadaparaoanode2008.

Enquantoaconvergênciaaqueserefereonúmeroanteriornãoocorrer,osmon-tantesdassubvençõespúblicas,dofinanciamentodepartidosecampanhaselei-toraisedascoimasmantêmosvaloresde2008,nostermosdaLein.º19/2003,de20deJunho.

47 Lei n.º 55/2010, de 24 de Dezembro(excerto) Reduzassubvençõespúblicaseoslimitesmáximosdosgastosnascampanhas

eleitorais(terceiraalteraçãoàLein.º19/2003,de20deJunho) AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºda

Constituição,oseguinte:

Artigo 1.ºAlteração à Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho

Os artigos 3.º, 5.º, 6.º, 10.º, 12.º, 16.º, 17.º, 18.º, 21.º, 26.º e 27.º da Lei n.º19/2003,de20deJunho,comasalterações introduzidaspeloDecreto–Lein.º287/2003,de12deNovembro,epelaLein.º64–A/2008,de31deDezembro,passamateraseguinteredacção:

“(…)”

Artigo 2.ºAditamento à Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho

Éaditadooartigo14.º–AàLein.º19/2003,de20deJunho,comasalteraçõesintroduzidas pelo Decreto –Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, e pela Lein.º64–A/2008,de31deDezembro,comaseguinteredacção:

“(…)”

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AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºdaConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,oseguinte:

Artigo 3.ºDisposição transitória

1–Asubvençãopúblicadestinadaaofinanciamentodospartidospolíticosedascampanhaseleitorais,bemcomooslimitesdasdespesasdecampanhaeleitoralprevistasnaLein.º19/2003,de20deJunho,comaredacçãoquelhefoidadapelapresentelei,sãoreduzidasem10%até31deDezembrode2013.2–AsreferênciasfeitasnaLeideOrganizaçãoeFuncionamentodosServiçosdaAssembleiadaRepública,republicadapelaLein.º28/2003,de30deJulho,ealteradapelaLein.º13/2010,de19deJulho,aosaláriomínimonacionalconsi-deram–sereportadasaoindexantedeapoiossociais,abreviadamentedesignadoporIAS,criadopelaLein.º53–B/2006,de29deDezembro,comovalordere-ferênciadasubvençãopública.3–Odispostonon.º8doartigo5.ºdaLein.º19/2003,de20deJunho,introdu-zidopelapresentelei,temnaturezainterpretativa.

Artigo 4.ºNorma revogatória

Sãorevogados:a)On.º5doartigo28.ºdaLein.º19/2003,de20deJunho,comasalteraçõesintroduzidaspeloDecreto–Lein.º287/2003,de12deNovembro,epelaLein.º64–A/2008,de31deDezembro;b)Oartigo47.ºdaLeideOrganizaçãoeFuncionamentodosServiçosdaAssem-bleiadaRepública,republicadapelaLein.º28/2003,de30deJulho,ealteradapelaLein.º13/2010,de19deJulho.

Artigo 5.ºEntrada em vigor

Asregrasintroduzidaspelapresenteleiparacálculodosmontantesdassubven-çõespúblicasdofinanciamentodospartidospolíticosedosgruposparlamentaresentramemvigornodia1deJaneirode2011.

Aprovadaem3deNovembrode2010.OPresidentedaAssembleiadaRepública,Jaime Gama.Promulgadaem12deDezembrode2010.Publique-se.OPresidentedaRepública,ANÍBALCAVACOSILVA.Referendadaem13deDezembrode2010.OPrimeiro-Ministro,José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

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CAPÍTULOIDisposição geral

Artigo1.ºObjecto e âmbito

Apresenteleiregulaoregimeaplicávelaosrecursosfinanceirosdospartidospolíticosedascampanhaseleitorais.

CAPÍTULOIIFinanciamento dos partidos políticos

Artigo2.ºFontes de financiamento

Asfontesdefinanciamentodaactividadedospartidospolíticoscompreendemassuas receitasprópriaseoutrasprovenientesdefinanciamentoprivadoedesubvençõespúblicas.

Artigo3.ºReceitas próprias

1–Constituemreceitasprópriasdospartidospolíticos:a) Asquotaseoutrascontribuiçõesdosseusfiliados;b) Ascontribuiçõesdecandidatose representanteseleitosem

listas apresentadas por cada partido ou coligações ou porestesapoiadas;48

c) Assubvençõespúblicas,nostermosdalei;d) Oprodutodeactividadesdeangariaçãode fundosporeles

desenvolvidas;e) Os rendimentosprovenientesdoseupatrimóniodesignada-

mente,arrendamentos,alugueresouaplicaçõesfinanceiras;49

48 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.49 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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f) Oprodutodeempréstimos,nostermosdasregrasgeraisdaactividadedosmercadosfinanceiros;

g) Oprodutodeherançasoulegados;h) Osdonativosdepessoassingulares,nostermosdoartigo7.º.

2–Asreceitasreferidasnonúmeroanterior,quandoemnume-rário, são obrigatoriamente tituladas por meio de cheque ou poroutromeiobancárioquepermitaa identificaçãodomontanteedasuaorigemedepositadasemcontasbancáriasexclusivamentedes-tinadasaesseefeito,nasquaisapenaspodemserefectuadosde-pósitosquetenhamessaorigem.

3–Exceptuam-sedodispostononúmeroanterior,osmontan-tesdevalorinferiora25%doindexantedeapoiossociais,abrevia-damente designado por IAS, criado pela Lei n.º 53-B/2006, de29deDezembro,desdeque,noperíododeumano,nãoultrapas-sem50vezesovalordo IAS,semprejuízododispostonoartigo12.º50.

4–Sãopermitidasas contribuiçõesemespécie, bemcomoacedênciadebensatítulodeempréstimo,asquaissãoconsideradaspeloseuvalorcorrentedemercadoeobrigatoriamentediscrimina-dasnalistaaqueserefereaalíneab)don.º7doartigo12.º.

Artigo4.ºFinanciamento público

Osrecursosdefinanciamentopúblicoparaarealizaçãodosfinsprópriosdospartidossão:

a) Assubvençõesparafinanciamentodospartidospolíticos;b) Assubvençõesparaascampanhaseleitorais;c) Outraslegalmenteprevistas.

50 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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203

Artigo5.ºSubvenção pública para financiamento dos partidos políticos

1–Acadapartidoquehajaconcorridoaactoeleitoral,aindaqueemcoligação,equeobtenharepresentaçãonaAssembleiadaRe-públicaéconcedida,nostermosdosnúmerosseguintes,umasub-vençãoanual,desdequearequeiraaoPresidentedaAssembleiadaRepública.

2–Asubvençãoconsistenumaquantiaemdinheiroequivalenteàfracção1/135dovalordoIAS,porcadavotoobtidonamaisre-centeeleiçãodedeputadosàAssembleiadaRepública51.

3–Noscasosdecoligaçãoeleitoral,asubvençãodevidaacadaumdospartidosnelaintegradoséigualàsubvençãoque,noster-mosdonúmeroanterior,corresponderàrespectivacoligaçãoelei-toral,distribuídaproporcionalmenteemfunçãodosdeputadoselei-tosporcadapartido,salvodisposiçãoexpressaemsentidodistintoconstantedeacordodacoligação.

4–Acadagrupoparlamentar,aodeputadoúnicorepresentantedeumpartidoeaodeputadonãoinscritoemgrupoparlamentardaAssembleiadaRepúblicaéatribuída,anualmente,umasubvençãoparaencargosdeassessoriaaosdeputadoseoutrasdespesasdefuncionamento correspondente a quatro vezes o IAS anual,maismetadedovalordomesmo,pordeputado,aserpagamensalmen-te,nostermosdon.º6.52

5–Osgruposparlamentaresorigináriosdepartidosquetenhamconcorridoemcoligaçãoaoactoeleitoral sãoconsideradoscomoumsógrupoparlamentarparaefeitosdonúmeroanterior.53

6–Assubvençõesanteriormentereferidassãopagasemduo-décimos,porcontadedotaçõesespeciaisparaesseefeitoinscritasnoOrçamentodaAssembleiadaRepública.54

7 – A subvenção prevista nos números anteriores é tambémconcedida aos partidos que, tendo concorrido à eleição para a

51 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

52 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.53 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.54 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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Assembleia da República e não tendo conseguido representa-ção parlamentar, obtenham um número de votos superior a50 000, desde que a requeiram aoPresidente daAssembleia daRepública.55

8–Afiscalizaçãorelativaàssubvençõespúblicasauferidasporgruposparlamentaresoudeputadoúnicorepresentantedeumpar-tido e aos deputados não inscritos emgrupo parlamentar ou aosdeputados independentes naAssembleia daRepública e nas as-sembleiaslegislativasdasregiõesautónomas,ouporseuintermé-dio,paraaactividadepolíticaepartidáriaemqueparticipem,cabeexclusivamente ao Tribunal Constitucional, nos termos do artigo23.º.56

Artigo6.º57Angariação de fundos

1 –As receitas de angariação de fundos não podem excederanualmente,porpartido,1500vezesovalordoIASesãoobrigato-riamenteregistadasnostermosdon.º7doartigo12.º

2–Considera–seprodutodeangariaçãodefundosomontantequeresultadadiferençaentrereceitasedespesasemcadaactivi-dadedeangariação.

3–As iniciativasque, complementarmente, envolvamaofertade bens e serviços, devem ser objecto de contas próprias, comregistodereceitasedespesasedorespectivoproduto,nostermosdon.º7doartigo12.º

Artigo7.ºRegime dos donativos singulares

1–Osdonativosdenaturezapecuniáriafeitosporpessoassin-gulares identificadasestãosujeitosao limiteanualde25vezeso

55 Anteriorn.º5.56 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.57 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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valordoIASpordoadoresãoobrigatoriamentetituladosporchequeoutransferênciabancária58.

2–Osdonativosdenaturezapecuniáriasãoobrigatoriamentedepositadosemcontasbancáriasexclusivamentedestinadasaesseefeitoenasquaissópodemserefectuadosdepósitosquetenhamestaorigem.

3–Semprejuízodosactosecontributospessoaisprópriosdaactividademilitante,osdonativosemespécie,bemcomoosbenscedidos a título de empréstimo, são considerados, para efeitosdo limite previsto no n.º 1, pelo seu valor corrente nomercadoeserãodiscriminadosnalistaaqueserefereaalíneab)don.º3doartigo12.º.

4–Consideram-sedonativoseobedecemaoregimeestabele-cidonon.º1asaquisiçõesdebensapartidospolíticospormontan-temanifestamentesuperioraorespectivovalordemercado.

Artigo8.ºFinanciamentos proibidos

1–Ospartidospolíticosnãopodemreceberdonativosanónimosnemreceberdonativosouempréstimosdenaturezapecuniáriaouemespéciedepessoascolectivasnacionaisouestrangeiras,comexcepçãododispostononúmeroseguinte.

2–Ospartidospolíticospodemcontrairempréstimos juntodeinstituiçõesdecréditoesociedadesfinanceirasnascondiçõespre-vistasnaalíneaf)don.º1doartigo3.º.

3–Édesignadamentevedadoaospartidospolíticos:a) Adquirirbensouserviçosapreçosinferioresaospraticados

nomercado;b) Receberpagamentosdebensou serviçospor si prestados

porpreçosmanifestamentesuperioresaorespectivovalordemercado;

58 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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c) Receberouaceitarquaisquercontribuiçõesoudonativosin-directosquesetraduzamnopagamentoporterceirosdedes-pesasqueàquelesaproveitem.

Artigo9.ºDespesas dos partidos políticos

1–Opagamentodequalquerdespesadospartidospolíticoséobrigatoriamenteefectuadopormeiodechequeouporoutromeiobancárioquepermitaaidentificaçãodomontanteeaentidadedes-tinatáriadopagamento,devendoospartidosprocederàsnecessá-riasreconciliaçõesbancárias,nostermosdoartigo12.º.

2–Exceptuam-sedodispostononúmeroanterior,ospagamen-tosdemontanteinferioraovalordoIASdesdeque,noperíododeumano,nãoultrapassem2%dasubvençãoestatalanual,sempre-juízododispostonoartigo12.º[59].

Artigo10.ºBenefícios

1 –Os partidos não estão sujeitos a IRC e beneficiam ainda,para além do previsto em lei especial, de isenção dos seguintesimpostos:

a) Impostodoselo;b) Impostosobresucessõesedoações;c) Impostomunicipal sobreas transmissõesonerosasde imó-

veis,pelaaquisiçãode imóveisdestinadosàsuaactividadeprópriaepelastransmissõesresultantesdefusãooucisão;60

d) Impostomunicipalsobreimóveis,sobreovalortributáveldosimóveisoudepartede imóveisdesuapropriedadeedesti-nadosàsuaactividade;61

59 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

60 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.61 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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e) Demais impostos sobre o património previstos no n.º 3 doartigo104.ºdaConstituição;

f) Imposto automóvel nos veículos que adquiram para a suaactividade;

g) Impostosobreovaloracrescentadonaaquisiçãoetransmis-sãodebenseserviçosquevisemdifundirasuamensagempolíticaouidentidadeprópria,atravésdequaisquersuportes,impressos,audiovisuaisoumultimédia, incluindoosusadoscomo material de propaganda e meios de comunicação etransporte,sendoa isençãoefectivadaatravésdoexercíciododireitoàrestituiçãodoimposto;

h) Imposto sobre o valor acrescentado nas transmissões debens e serviços em iniciativas especiais de angariação defundos em seu proveito exclusivo, desde que esta isençãonãoprovoquedistorçõesdeconcorrência.

2–Haverálugaràtributaçãodosactosprevistosnasalíneasc)ed)ecessaraafectaçãodobemafinspartidários.

3–Ospartidosbeneficiamdeisençãodetaxasdejustiçaedecustasjudiciais.

Artigo11.ºSuspensão de benefícios

1–Osbenefíciosprevistosnoartigoanteriorsãosuspensosnasseguintessituações:

a) Seopartidoseabstiverdeconcorreràseleiçõesgerais;b) Seaslistasdecandidatosapresentadospelopartidonessas

eleições obtiverem um número de votos inferior a 50000votos,exceptoseobtiverrepresentaçãoparlamentar;

c) Se o partido não cumprir a obrigação de apresentação decontas,nostermosdapresentelei.

2–Asuspensãodonúmeroanteriorcessaquandosealteraremassituaçõesneleprevistas.

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Artigo12.ºRegime contabilístico

1–Ospartidospolíticosdevempossuircontabilidadeorganiza-da,demodoquesejapossívelconhecerasuasituaçãofinanceiraepatrimonialeverificarocumprimentodasobrigaçõesprevistasnapresentelei.

2 – A organização contabilística dos partidos rege-se pelosprincípios aplicáveis ao PlanoOficial deContas, com as devidasadaptações.

3–Sãorequisitosespeciaisdoregimecontabilísticopróprio:a)O inventário anual do património do partido quanto a bens

imóveissujeitosaregisto;b)Adiscriminaçãodasreceitas,queinclui:62 i) Asprevistasemcadaumadasalíneasdoartigo3.º; ii) Asprevistasemcadaumadasalíneasdoartigo4.º;

c) Adiscriminaçãodasdespesas,queinclui:[141] i) Asdespesascomopessoal; ii) Asdespesascomaquisiçãodebenseserviços; iii) Ascontribuiçõesparacampanhaseleitorais; iv) Osencargosfinanceiroscomempréstimos; v) Osencargoscomopagamentodascoimasprevistasnos

n.os1e2doartigo29.º; vi) Outrasdespesascomaactividadeprópriadopartido;

d) Adiscriminaçãodasoperaçõesdecapitalreferentea:[141] i) Créditos; ii) Investimentos; iii) Devedoresecredores.

4–Ascontasnacionaisdospartidosdeverãoincluir,emanexo,ascontasdassuasestruturasregionais,distritaisouautónomas,deforma a permitir o apuramento da totalidade das suas receitas edespesas, podendo, em alternativa, apresentar contas consolida-das.

62 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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5–Paraefeitodonúmeroanterior,adefiniçãodaresponsabili-dadepessoalpelocumprimentodasobrigaçõesfixadasnapresen-teleientredirigentesdaquelasestruturaseresponsáveisnacionaisdopartidoéfixadapelosestatutosrespectivos.

6–A contabilidadedas receitasedespesaseleitorais rege-sepelasdisposiçõesconstantesdocapítuloIII.

7–Constamdelistasprópriasdiscriminadaseanexasàconta-bilidadedospartidos:

a) Os extractos bancários de movimentos das contas e osextractosdecontadecartãodecrédito;

b) Asreceitasdecorrentesdoprodutodaactividadedeangaria-çãodefundos,comidentificaçãodotipodeactividadeedataderealização;

c) Opatrimónioimobiliáriodospartidos,semprejuízododispos-tonaalíneaa)don.º3.

8 – São igualmente anexas às contas nacionais dos partidos,paraefeitosdaapreciaçãoefiscalizaçãoaquesereferemosartigos23.ºeseguintes,ascontasdosgruposparlamentaresedodeputa-doúnicorepresentantedepartidodaAssembleiadaRepública.63

9–Ascontasdasestruturasregionaisreferidasnon.º4devemincluir,paraefeitosdaapreciaçãoefiscalizaçãoaquesereferemon.º8doartigo5.ºeosartigos23.ºeseguintes,asrelativasàssub-vençõesauferidasdirectamente,ouporintermédiodosgrupospar-lamentaresedodeputadoúnicorepresentantedeumpartido,dasassembleiaslegislativasdasregiõesautónomas.[142]

10 – Para efeitos da necessária apreciação e fiscalização, osdeputados não inscritos emgrupo parlamentar daAssembleia daRepúblicaeosdeputadosindependentesdasassembleiaslegisla-tivasdasregiõesautónomasapresentam,aoTribunalConstitucio-nal, as contas relativas às subvenções auferidas, nos termos don.º8doartigo5.ºedosartigos23.ºeseguintes,comasdevidasadaptações.142

63 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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Artigo13.ºFiscalização interna

1–Osestatutosdospartidospolíticosdevempreverórgãosdefiscalizaçãoe controlo internodascontasdasuaactividade,bemcomodascontasrelativasàscampanhaseleitoraisemquepartici-pem,porformaaasseguraremocumprimentododispostonapre-senteleienasleiseleitoraisaquerespeitem.

2–Osresponsáveisdasestruturasdescentralizadasdosparti-dospolíticosestãoobrigadosaprestarinformaçãoregulardassuascontasaosresponsáveisnacionais,bemcomoaacatarasrespec-tivas instruções, para efeito do cumprimento da presente lei, sobpenaderesponsabilizaçãopelosdanoscausados.

Artigo14.ºContas

Asreceitasedespesasdospartidospolíticossãodiscriminadasemcontasanuais,queobedecemaoscritériosdefinidosnoartigo12.º.

Artigo14.º-A64

Número de identificação fiscal1–Osgruposparlamentares,quandoexistam,podemdispor,se

opretenderem,denúmerodeidentificaçãofiscalpróprio,sendo-lhestambémaplicável,osdireitoseobrigaçõesdenaturezafiscalesta-belecidosnaleiparaospartidospolíticos.

2–Dispõemdenúmerodeidentificaçãofiscalpróprio:a) A coligação de partidos candidatos a qualquer acto eleito-

ral;b) Osgruposdecidadãoseleitorescandidatosaqualqueracto

eleitoral.

64 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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3–Onúmerodeidentificaçãofiscalpróprioreferidononúmeroanterioréatribuído,umavezadmitidaacandidatura,no iníciodecadacampanhaeleitoraleexpiracomaapresentaçãodasrespec-tivascontasaoTribunalConstitucional.

CAPÍTULOIIIFinanciamento das campanhas eleitorais

Artigo15.ºRegime e tratamento de receitas e de despesas

1–As receitasedespesasdacampanhaeleitoralconstamdecontas próprias restritas à respectiva campanha e obedecem aoregimedoartigo12.º.

2 – Nas campanhas eleitorais para os órgãos das autarquiaslocais,acontatembasemunicipal,semprejuízodaexistênciadecontarespeitanteàsdespesascomunsecentrais.

3–Àscontasprevistasnosnúmerosanteriorescorrespondemcontasbancáriasespecificamenteconstituídasparaoefeito,ondesãodepositadasasrespectivasreceitasemovimentadastodasasdespesasrelativasàcampanha.

4–Atéao5.ºdiaposterioràpublicaçãododecretoquemarcaadatadaseleições,oscandidatos,partidos, coligaçõesegruposdecidadãoseleitoresapresentamaoTribunalConstitucionaloseuorçamentodecampanha,emconformidadecomasdisposiçõesdapresentelei.

5–OsorçamentosdecampanhasãodisponibilizadosnosítiooficialdoTribunalConstitucionalnaInternetapartirdodiaseguinteaodasuaapresentação.

Artigo16.ºReceitas de campanha

1–Asactividadesdacampanhaeleitoralsópodemserfinancia-daspor:

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a) Subvençãoestatal;b) Contribuiçãodepartidospolíticosqueapresentemouapoiem

candidaturas às eleições para aAssembleia da República,paraoParlamentoEuropeu,paraasAssembleiasLegislativasRegionaiseparaasautarquiaslocais,bemcomoparaPresi-dentedaRepública;

c) DonativosdepessoassingularesapoiantesdascandidaturasàeleiçãoparaPresidentedaRepúblicaeapoiantesdosgru-posdecidadãoseleitoresdosórgãosdasautarquiaslocais;

d) Produtodeactividadesdeangariaçãodefundosparaacam-panhaeleitoral.

2 –Os partidos podemefectuar adiantamentos às contas dascampanhas,designadamentea liquidaçãodedespesasatéaore-cebimentodasubvençãoestatal,devendoestes,bemcomoascon-tribuiçõesprevistasnaalíneab)donúmeroanterior,sercertificadaspordocumentosemitidospelosórgãoscompetentesdorespectivopartido.65

3–Asreceitasprevistasnasalíneasc)ed)don.º1podemserobtidasmedianteorecursoaangariaçãodefundos,aindaquenoâmbitodecampanhadirigidaparaoefeito,estandosujeitasaolimi-tede60IASpordoador,esãoobrigatoriamentetituladasporchequeouporoutromeiobancárioquepermitaaidentificaçãodomontan-teedasuaorigem.66

4–Asreceitasreferidasnonúmeroanterior,quandorespeitantesaoúltimodiadecampanha,sãodepositadasatéaoterceirodiaútilseguinte.67

5–Autilizaçãodosbensafectosaopatrimóniodopartidopolí-tico, bem como a colaboração de militantes, simpatizantes e deapoiantes, não são consideradas nem como receitas, nem comodespesasdecampanha.68

65 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.66 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.67 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.68 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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Artigo17.ºSubvenção pública para as campanhas eleitorais

1–Ospartidospolíticosqueapresentemcandidaturasàselei-çõesparaaAssembleiadaRepública,paraoParlamentoEuropeu,para asAssembleias LegislativasRegionais e para as autarquiaslocais,bemcomoosgruposdecidadãoseleitoresdosórgãosdasautarquias locais e os candidatosàseleiçõesparaPresidentedaRepública, têmdireito a uma subvenção estatal para a coberturadasdespesasdascampanhaseleitorais,nostermosprevistosnosnúmerosseguintes.

2–TêmdireitoàsubvençãoospartidosqueconcorramaoPar-lamentoEuropeuou,nomínimo,a51%doslugaressujeitosasu-frágio para a Assembleia da República ou para as AssembleiasLegislativasRegionaisequeobtenhamrepresentação,bemcomooscandidatosàPresidênciadaRepúblicaqueobtenhampelome-nos5%dosvotos.

3–Emeleiçõesparaasautarquiaslocais,têmdireitoàsubven-çãoospartidos,coligaçõesegruposdecidadãoseleitoresquecon-corram simultaneamente aos dois órgãosmunicipais e obtenhamrepresentaçãodepelomenosumelementodirectamenteeleitoou,nomínimo,2%dosvotosemcadasufrágio.

4–Asubvençãoédevalortotalequivalentea69:a) 20000vezesovalordoIASparaaseleiçõesparaaAssem-

bleiadaRepública;b) 10000vezesovalordo IASparaaseleiçõesparaaPresi-

dênciadaRepúblicaeparaoParlamentoEuropeu;c) 4000vezesovalordoIASparaaseleiçõesparaasAssem-

bleiasLegislativasRegionais.

5–Naseleiçõesparaasautarquias locais,asubvençãoédevalortotalequivalentea150%dolimitededespesasadmitidasparaomunicípio,nostermosdodispostonon.º2doartigo20.º.

6 –A subvençãoé solicitadaaoPresidentedaAssembleia daRepúblicanos15diasposterioresàdeclaraçãooficialdosresulta-

69 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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dos eleitorais, devendo, emeleições autárquicas, osmandatáriosidentificaromunicípioouosmunicípiosaqueorespectivogrupodecidadãoseleitores,partidooucoligaçãoapresentoucandidatura.

7—AAssembleiadaRepúblicaprocedeaoadiantamento,noprazomáximode15diasacontardaentregadasolicitaçãoreferidanonúmeroanterior,domontantecorrespondentea50%dovalorestimadoparaasubvenção.70

8—Caso,subsequentementeaoadiantamentoreferidononú-mero anterior, a parte restante da subvenção não seja paga noprazo de 60 dias a contar da entrega da solicitação prevista non.º 6, vencerá juros demora à taxa legal aplicável às dívidas doEstado.71

Artigo18.ºRepartição da subvenção

1–Arepartiçãodasubvençãoéfeitanosseguintestermos:20%sãoigualmentedistribuídospelospartidosecandidatosquepreen-chamos requisitosdon.º2doartigoanterioreos restantes80%sãodistribuídosnaproporçãodosresultadoseleitoraisobtidos.

2–NaseleiçõesparaasAssembleiasLegislativasRegionais,asubvençãoédivididaentreasduasRegiõesAutónomasemfunçãodonúmerodedeputadosdasAssembleias respectivase, noseiodecadaRegiãoAutónoma,nostermosdonúmeroanterior.

3–Naseleiçõesparaasautarquiaslocais,arepartiçãodasub-vençãoéfeitanosseguintestermos:25%sãoigualmentedistribu-ídospelospartidos,coligaçõesegruposdecidadãoseleitoresquepreenchamosrequisitosdon.º3doartigoanterioreosrestantes75%sãodistribuídosnaproporçãodosresultadoseleitoraisobtidosparaaassembleiamunicipal.

4 –A subvenção não pode, em qualquer caso, ultrapassar ovalordasdespesasefectivamenterealizadas.72

70 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.71 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.72 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24

deDezembro.

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5–Oeventualexcedenteprovenientedeacçõesdeangariaçãode fundos, relativamente às despesas realizadas, reverte para oEstado.73

Artigo19.ºDespesas de campanha eleitoral

1–Consideram-sedespesasdecampanhaeleitoralasefectua-daspelascandidaturas,comintuitooubenefícioeleitoral,dentrodosseismeses imediatamenteanterioresàdatadoactoeleitoral res-pectivo.

2–Asdespesasdecampanhaeleitoral sãodiscriminadasporcategorias,coma junçãodedocumentocertificativoemrelaçãoacadaactodedespesa.

3–Opagamentodasdespesasdecampanhafaz-se,obrigato-riamente,por instrumentobancário,nos termosdoartigo9.º,comexcepçãodasdespesasdemontanteinferioraovalordoIASdesdeque,duranteesteperíodo,estasnãoultrapassemovalorglobalde2%doslimitesfixadosparaasdespesasdecampanha74.

Artigo20.º 75Limite das despesas de campanha eleitoral

1–Olimitemáximoadmissíveldedespesasrealizadasemcadacampanha eleitoral, nacional ou regional, é fixado nos seguintesvalores:

a) 10000vezesovalordoIASnacampanhaeleitoralparaPre-sidentedaRepública,acrescidode2500vezesovalordoIASnocasodeconcorrerasegundavolta;

73 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.74 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-

çamentodoEstadopara2009)75 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-

çamentodoEstadopara2009)

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b) 60vezesovalordoIASporcadacandidatoapresentadonacampanhaeleitoralparaaAssembleiadaRepública;

c) 100vezesovalordoIASporcadacandidatoapresentadonacampanhaeleitoralparaasAssembleiasLegislativasRegio-nais;

d) 300vezesovalordoIASporcadacandidatoapresentadonacampanhaeleitoralparaoParlamentoEuropeu.

2–Olimitemáximoadmissíveldedespesasrealizadasnascam-panhaseleitoraisparaasautarquias locaiséfixadonosseguintesvalores:

a) 1350vezesovalordoIASemLisboaePorto;b) 900 vezes o valor do IAS nosmunicípios com100 000 ou

maiseleitores;c) 450vezesovalordoIASnosmunicípioscommaisde50000

emenosde100000eleitores;d) 300vezesovalordoIASnosmunicípioscommaisde10000

eaté50000eleitores;e) 150 vezes o valor do IAS nos municípios com 10 000 ou

menoseleitores.

3 – No caso de candidaturas apresentadas apenas a assem-bleiasdefreguesia,o limitemáximoadmissíveldedespesaséde1/3doIASporcadacandidato.

4–Oslimitesprevistosnosnúmerosanterioresaplicam-seaospartidospolíticos,coligaçõesougruposdecidadãoseleitorespro-ponentes,deacordocomodeterminadoemcadaleieleitoral.

5–Paradeterminaçãodosvaloresreferenciadosnon.º1,devemospartidospolíticosoucoligaçõesdeclararaoTribunalConstitucio-nalonúmerodecandidatosapresentadosrelativamenteacadaactoeleitoral.

Artigo21.ºMandatários financeiros

1–Porcadacontadecampanhaéconstituídoummandatáriofinanceiro,aquemcabe,norespectivoâmbito,aaceitaçãodosdo-

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nativosprevistosnaalíneac)don.º1doartigo16.º,odepósitodetodasasreceitaseaautorizaçãoecontrolodasdespesasdacam-panha.

2–Omandatáriofinanceironacionalpodedesignarmandatáriofinanceirodeâmbitodistrital,regionaloulocalparatodososactoseleitorais,oqualseráresponsávelpelosactoseomissõesquenorespectivoâmbitolhesejamimputadosnocumprimentododispos-tonapresentelei.76

3–Afaculdadeprevistanonúmeroanterioréobrigatoriamenteconcretizadanoscasosemqueaosórgãosdasautarquias locaisseapresentemcandidaturasdegruposdecidadãoseleitores.

4–Noprazode30diasapósotermodoprazodeentregadelistasoucandidaturaaqualqueractoeleitoral,opartido,acoligação,o grupo de cidadãos ou o candidato a Presidente da Repúblicapromovemapublicação,emjornaldecirculaçãonacional,da listacompletadosmandatáriosfinanceiros.77

Artigo22.ºResponsabilidade pelas contas

1–Osmandatáriosfinanceirossãoresponsáveispelaelabora-çãoeapresentaçãodasrespectivascontasdecampanha.

2–OscandidatosaPresidentedaRepública,ospartidospolíti-cosoucoligações,osprimeiroscandidatosdecada listaouopri-meiroproponentedecadagrupodecidadãoseleitorescandidatosaqualqueractoeleitoral,consoanteoscasos,sãosubsidiariamenteresponsáveiscomosmandatáriosfinanceiros.

76 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.77 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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CAPÍTULOIVApreciação e fiscalização

Artigo23.ºApreciação pelo Tribunal Constitucional

1–Ascontasanuaisdospartidospolíticoseascontasdascam-panhaseleitoraissãoapreciadaspeloTribunalConstitucional,quesepronunciasobreasuaregularidadeelegalidade.

2–OsacórdãosproferidospeloTribunalConstitucionalsobreascontasreferidasnonúmeroanterior,bemcomoasrespectivascontas,comasreceitaseasdespesasdevidamentediscriminadas,sãopublicadosgratuitamentena2.ªsériedoDiáriodaRepúblicae disponibilizados no sítio oficial do Tribunal Constitucional naInternet.

3–Paraosefeitosprevistosnesteartigo,oTribunalConstitucio-nalpoderequisitaroudestacartécnicosqualificadosdequaisquerserviços públicos ou recorrer,mediante contrato, aos serviços deempresasdeauditoriaouarevisoresoficiaisdecontasparaarea-lizaçãodeperitagensouauditorias.

4–Oscontratosreferidosnonúmeroanteriorpodemsercele-bradosporajustedirectoeasuaeficáciadependeunicamentedarespectivaaprovaçãopeloTribunal.

5–Semprejuízododispostonon.º3,oTribunalConstitucionalpoderá,ainda,viraserdotadodosmeiostécnicoserecursoshu-manosprópriosnecessáriosparaexerceras funçõesque lhesãocometidas.

Artigo24.ºEntidade das Contas e Financiamentos Políticos

1–AEntidadedasContaseFinanciamentosPolíticoséumór-gão independenteque funciona juntodoTribunalConstitucionaletemcomofunçõescoadjuvá-lotecnicamentenaapreciaçãoefisca-lizaçãodascontasdospartidospolíticosedascampanhaseleito-rais.

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2–Noâmbitodasfunçõesreferidasnonúmeroanterior,aEnti-dade das Contas e Financiamentos Políticos é responsável pelainstruçãodosprocessosqueoTribunalConstitucionalaprecia,bemcomopelafiscalizaçãodacorrespondênciaentreosgastosdecla-radoseasdespesasefectivamenterealizadas.

3–AEntidadedasContaseFinanciamentosPolíticosexerceasuacompetênciarelativamenteaospartidospolíticoseàscampa-nhaseleitoraisparaaAssembleiadaRepública,paraoParlamentoEuropeu,paraasAssembleiasLegislativasRegionais,paraasau-tarquiaslocaiseparaPresidentedaRepública.

4–AEntidadedasContaseFinanciamentosPolíticospodere-alizar a qualquermomento, por sua iniciativa ou a solicitação doTribunalConstitucional,inspecçõeseauditoriasdequalquertipoounaturezaadeterminadosactos,procedimentoseaspectosdages-tãofinanceiraquerdascontasdospartidospolíticosquerdascam-panhaseleitorais.

5–Atéaodiadepublicaçãododecretoquemarcaadatadaseleições, deve a Entidade das Contas e Financiamentos Políti-cos, após consulta de mercado, publicar uma lista indicativa dovalordosprincipaismeiosdecampanha,designadamentepublica-ções, painéis publicitários e meios necessários à realização decomícios.

6–AlistadonúmeroanteriorédisponibilizadanosítiooficialdoTribunalConstitucionalnaInternetnodiaseguinteàsuaapresen-taçãoeservedemeioauxiliarnasacçõesdefiscalização.

7–AEntidadedasContaseFinanciamentosPolíticospodeso-licitaraquaisquerentidades,públicasouprivadas,asinformaçõeseacooperaçãonecessárias.

8–AleidefineomandatoeoestatutodosmembrosdaEntida-dedasContaseFinanciamentosPolíticoseestabeleceas regrasrelativasàsede,àorganizaçãoeaoseufuncionamento.

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Artigo25.ºComposição da Entidade das Contas e Financiamentos

Políticos

1–AEntidadedasContaseFinanciamentosPolíticosécom-posta por um presidente e dois vogais, designados peloTribunalConstitucional,dosquaispelomenosumdeveráserrevisoroficialdecontas.

2 – A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos poderequisitarourecorrer,mediantecontrato,aosserviçosdeperitosoutécnicosqualificadosexterioresàAdministraçãoPública,apessoasdereconhecidaexperiênciaeconhecimentosemmatériadeactivi-dadepartidáriaecampanhaseleitorais,aempresasdeauditoriaouarevisoresoficiaisdecontas.

3–Oscontratosreferidosnonúmeroanteriorpodemsercele-bradosporajustedirectoeasuaeficáciadependeunicamentedarespectivaaprovaçãopeloTribunalConstitucional.

Artigo26.ºApreciação das contas anuais dos partidos políticos

1–AtéaofimdomêsdeMaio,ospartidosenviamaoTribunalConstitucional,paraapreciação,ascontasrelativasaoanoanterior.

2–OTribunalConstitucionalpronuncia–sesobrearegularidadeealegalidadedascontasreferidasnoartigo14.º,noprazomáximodeseismesesacontardodiadasuarecepção.78

3 – Para efeitos do número anterior, o Tribunal Constitucionalpodesolicitaresclarecimentosaospartidospolíticos,bemcomo,veri-ficadaqualquerirregularidadesusceptíveldesersuprida,notificá-losparaprocederemàsuaregularização,noprazoquelhesforfixado.79

4 – O prazo referido no n.º 2 suspende –se até ao termo doprazofixadoparaefeitosdonúmeroanterior.80

78 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.79 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.80 AditadopelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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Artigo27.ºApreciação das contas das campanhas eleitorais

1–Noprazomáximode90dias,nocasodaseleiçõesautárqui-cas,ede60dias,nosdemaiscasos,apósointegralpagamentodasubvençãopública, cada candidaturaprestaaoTribunalConstitu-cionalascontasdiscriminadasdasuacampanhaeleitoral,noster-mosdapresentelei.81

2–Nodomíniodaseleiçõesautárquicas,cadapartidooucoli-gação,seconcorreraváriasautarquias,apresentarácontasdiscri-minadascomosedeumasócandidaturanacionalsetratasse,semprejuízododispostonon.º2doartigo15.º.

3–Asdespesasefectuadascomascandidaturasecampanhaseleitoraisdecoligaçõesdepartidosqueconcorramaosórgãosau-tárquicosdeumoumaismunicípiospodemserimputadasnascon-tas globais a prestar pelos partidos que as constituam ou pelascoligaçõesdeâmbitonacionalemqueestesseintegram,deacordocomaproporçãodosrespectivoscandidatos.

4 –OTribunal Constitucional aprecia, no prazo de 90 dias, alegalidade das receitas e despesas e a regularidade das contasreferidasnonúmeroanterior.

5 – O Tribunal Constitucional pode, nas eleições autárquicas,notificarascandidaturasparaque,noprazomáximode90dias,lhesejaapresentadacontadeâmbitolocal.

6–OTribunalConstitucional,quandoverificarqualquer irregu-laridadenascontas,deveránotificaracandidaturaparaapresentar,noprazode15dias,ascontasdevidamenteregularizadas.

Artigo28.ºSanções

1–Semprejuízodaresponsabilidadeciviloupenalaquenostermosgeraisdedireitohajalugar,osinfractoresdasregrasrespei-

81 RedacçãodadapelaLein.º55/2010,de24deDezembro.

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tantes ao financiamento dos partidos e das campanhas eleitoraisprevistasnoscapítulos IIe IIIficamsujeitosàssançõesprevistasnosnúmeroseartigosseguintes.

2–Osdirigentesdospartidospolíticos,aspessoassingulareseosadministradoresdepessoascolectivasquepessoalmentepar-ticipem na atribuição e obtenção de financiamento proibidos sãopunidoscompenadeprisãode1a3anos.

3–Osmandatáriosfinanceiros,oscandidatosàseleiçõespre-sidenciaisouosprimeirosproponentesdegruposdecidadãoselei-toresquenãoobservemnacampanhaeleitoraloslimitesestabele-cidos no artigo 20.º ou que obtenham para a campanha eleitoralreceitasproibidasouporformasnãoprevistasnapresenteleisãopunidoscompenadeprisãode1a3anos.

4–Emiguaispenasincorremosdirigentesdepartidospolíticos,aspessoassingulareseosadministradoresdepessoascolectivasquepessoalmenteparticipemnas infracçõesprevistasnonúmeroanterior.

5 – O procedimento criminal depende de queixa da entidadeprevistanoartigo24.º.

Artigo29.º 82Não cumprimento das obrigações impostas ao

financiamento

1–Ospartidospolíticosquenãocumpriremasobrigaçõesim-postasnocapítuloIIsãopunidoscomcoimamínimanovalorde10vezesovalordo IASemáximanovalorde400vezesovalordoIAS,paraalémdaperdaafavordoEstadodosvaloresilegalmenterecebidos.

2–Osdirigentesdospartidospolíticosquepessoalmenteparti-cipemna infracção prevista no número anterior são punidos comcoimamínima no valor de 5 vezes o valor do IAS emáxima novalorde200vezesovalordoIAS.

82 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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3–Aspessoassingularesqueviolemodispostonosartigos4.ºe5.ºsãopunidascomcoimamínimanovalorde5vezesovalordoIASemáximanovalorde200vezesovalordoIAS.

4–Aspessoascolectivasqueviolemodispostoquantoaoca-pítulo II sãopunidas comcoimamínimaequivalente aodobro domontantedodonativoproibidoemáximaequivalenteaoquíntuplodessemontante.

5–Osadministradoresdaspessoascolectivasquepessoalmen-teparticipemnainfracçãoprevistanonúmeroanteriorsãopunidoscomcoimamínimanovalorde5vezesovalordoIASemáximanovalorde200vezesovalordoIAS.

6–Anãoapresentaçãodascontasnoprazoprevistonon.º1do artigo 26.º determina a suspensão do pagamento da subven-çãoestatalaqueopartidotemdireitoatéàdatadareferidaapre-sentação.

Artigo30.º 83Percepção de receitas ou realização de despesas ilícitas

1–Ospartidospolíticosqueobtenhamreceitasparaacampa-nhaeleitoralpor formasnãoconsentidaspelapresente leiounãoobservemoslimitesprevistosnoartigo20.ºsãopunidoscomcoimamínimanovalorde20vezesovalordoIASemáximanovalorde400vezesovalordoIASeàperdaafavordoEstadodosvaloresilegalmenterecebidos.

2–Aspessoassingularesqueviolemodispostonoartigo16.ºsãopunidascomcoimamínimanovalorde10vezesovalordoIASemáximanovalorde50vezesovalordoIAS.

3–Aspessoascolectivasqueviolemodispostonoartigo16.ºsãopunidascomcoimamínimaequivalenteao triplodomontantedodonativoproibidoemáximaequivalenteaosêxtuplodessemon-tante.

83 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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4–Osadministradoresdaspessoascolectivasquepessoalmen-teparticipemnainfracçãoprevistanonúmeroanteriorsãopunidoscomcoimamínimanovalorde10vezesovalordoIASemáximanovalorde200vezesovalordoIAS.

Artigo31.º 84

Não discriminação de receitas e de despesas

1–Osmandatáriosfinanceiros,oscandidatosàseleiçõespre-sidenciais,osprimeiroscandidatosdecadalistaeosprimeirospro-ponentesdegruposdecidadãoseleitoresquenãodiscriminemounãocomprovemdevidamenteasreceitasedespesasdacampanhaeleitoralsãopunidoscomcoimamínimanovalordoIASemáximanovalorde80vezesdovalordoIAS.

2–Ospartidospolíticosquecometama infracçãoprevistanonúmero anterior são punidos com coima mínima no valor de 10vezesovalordo IASemáximanovalorde200vezesovalordoIAS.

Artigo32.º 85

Não prestação de contas

1–Osmandatáriosfinanceiros,oscandidatosàseleiçõespre-sidenciais,osprimeiroscandidatosdecadalistaeosprimeirospro-ponentesdegruposdecidadãoseleitoresquenãoprestemcontaseleitoraisnostermosdoartigo27.ºsãopunidoscomcoimamínimanovalordecincovezesovalordo IASemáximanovalorde80vezesovalordoIAS.

84 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

85 Redacçãodadapeloart.º152.º,daLein.º64-A/2008,de31deDezembro(Or-çamentodoEstadopara2009)

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2 –Os partidos políticos que cometam a infracção prevista nonúmeroanteriorsãopunidoscomcoimamínimanovalorde15vezesovalordoIASemáximanovalorde200vezesovalordoIAS.

3–Semprejuízododispostononúmeroanterior,anãopresta-ção de contas pelos partidos políticos determina a suspensão dopagamentodasubvençãoestatalaqueopartidotenhadireitoatéàdatadasuaefectivaapresentação.

Artigo33.ºCompetência para aplicar as sanções

1–OTribunalConstitucionalécompetenteparaaplicaçãodascoimasprevistasnopresentecapítulo.

2–OTribunalConstitucionalactua,nosprazos legais,por ini-ciativaprópriaoudaEntidadedasContaseFinanciamentosPolíti-cos,arequerimentodoMinistérioPúblicooumediantequeixaapre-sentadaporcidadãoseleitores.

3–OprodutodascoimasreverteparaoEstado.4 – O Tribunal pode determinar a publicitação de extracto da

decisão,aexpensasdoinfractor,numdosjornaisdiáriosdemaiorcirculaçãonacional,regionaloulocal,consoanteocaso.

CAPÍTULOVDisposições finais e transitórias

Artigo34.ºRevogação e entrada em vigor

1–ÉrevogadaaLein.º56/98,de18deAgosto,comasaltera-çõesintroduzidaspelaLein.º23/2000,de23deAgosto,epelaLeiOrgânican.º1/2001,de14deAgosto,semprejuízododispostononúmeroseguinte.

2 – A presente lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 2005, com excepção do disposto no artigo 8.º e consequente revogação do n.º

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2 do artigo 4.º da Lei n.º 56/98, de 18 de Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 23/2000, de 23 de Agosto.

Aprovadaem24deAbrilde2003.O Presidente daAssembleia da República, João Bosco Mota

Amaral.Promulgadaem3deJunhode2003.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIO.Referendadaem5deJunhode2003.OPrimeiro-Ministro,José Manuel Durão Barroso.

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LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Lei Orgânica n.º 2/2003, de 22 de Agosto

Com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica n.º 2/2008, de 14 de Maio

AAssembleiadaRepúblicadecreta,nostermosdaalíneac)doartigo161.ºdaConstituição,paravalercomoleigeraldaRepública,aleiorgânicaseguinte:

CAPÍTULOIPrincípios fundamentais

Artigo1.ºFunção político-constitucional

Ospartidospolíticosconcorremparaalivreformaçãoeoplura-lismo de expressão da vontade popular e para a organização dopoderpolítico,comrespeitopelosprincípiosdaindependênciana-cional,daunidadedoEstadoedademocraciapolítica.

Artigo2.ºFins

Sãofinsdospartidospolíticos:a) Contribuirparaoesclarecimentopluraleparaoexercíciodas

liberdadesedireitospolíticosdoscidadãos;b) Estudaredebaterosproblemasdavidapolítica,económica,

socialecultural,anívelnacionaleinternacional;c) Apresentarprogramaspolíticoseprepararprogramaseleito-

raisdegovernoedeadministração;d) Apresentarcandidaturasparaosórgãoselectivosde repre-

sentaçãodemocrática;

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e) Fazer a crítica, designadamente de oposição, à actividadedosórgãosdoEstado,dasRegiõesAutónomas,dasautar-quiaslocaisedasorganizaçõesinternacionaisdequePortu-galsejaparte;

f) Participarnoesclarecimentodasquestõessubmetidasare-ferendonacional,regionaloulocal;

g) Promover a formação e a preparação política de cidadãosparaumaparticipaçãodirectaeactivanavidapúblicademo-crática;

h) Emgeral,contribuirparaapromoçãodosdireitoseliberdadesfundamentaiseodesenvolvimentodasinstituiçõesdemocrá-ticas.

Artigo3.ºNatureza e duração

Ospartidospolíticosgozamdepersonalidadejurídica,têmaca-pacidadeadequadaà realizaçãodosseusfinsesãoconstituídosportempoindeterminado.

Artigo4.ºPrincípio da liberdade

1–Élivreesemdependênciadeautorizaçãoaconstituiçãodeumpartidopolítico.

2–Ospartidospolíticosprosseguemlivrementeosseusfinsseminterferênciadasautoridadespúblicas,salvooscontrolosjurisdicio-naisprevistosnaConstituiçãoenalei.

Artigo5.ºPrincípio democrático

1–Ospartidospolíticosregem-sepelosprincípiosdaorganiza-çãoedagestãodemocráticasedaparticipaçãodetodososseusfiliados.

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2–Todososfiliadosnumpartidopolíticotêmiguaisdireitospe-ranteosestatutos.

Artigo6.ºPrincípio da transparência

1–Ospartidospolíticosprosseguempublicamenteosseusfins.2–Adivulgaçãopúblicadasactividadesdospartidospolíticos

abrangeobrigatoriamente:a) Osestatutos;b) Aidentidadedostitularesdosórgãos;c) Asdeclaraçõesdeprincípioseosprogramas;d) Asactividadesgeraisanívelnacionaleinternacional.

3 –Cada partido político comunica aoTribunalConstitucional,paraefeitodeanotação,aidentidadedostitularesdosseusórgãosnacionaisapósa respectivaeleição,assimcomoosestatutos,asdeclarações de princípios e o programa, uma vez aprovados ouapóscadamodificação.

4 –Aproveniência e a utilizaçãodos fundosdospartidos sãopublicitadasnostermosestabelecidosnaleidofinanciamentodospartidospolíticosedascampanhaseleitorais.

Artigo7.ºPrincípio da cidadania

Os partidos políticos são integrados por cidadãos titulares dedireitospolíticos.

Artigo8.ºSalvaguarda da ordem constitucional democrática

Nãosãoconsentidospartidospolíticosarmadosnemdetipomi-litar, militarizados ou paramilitares, nem partidos racistas ou queperfilhemaideologiafascista.

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Artigo9.ºCarácter nacional

Nãopodemconstituir-separtidospolíticosque,pelasuadesig-nação ou pelos seus objectivos programáticos, tenham índole ouâmbitoregional.

Artigo10.ºDireitos dos partidos políticos

1–Ospartidospolíticostêmdireito,nostermosdalei:a) AapresentarcandidaturasàeleiçãodaAssembleiadaRepú-

blica, dos órgãos electivos das RegiõesAutónomas e dasautarquias locais e do Parlamento Europeu e a participar,atravésdoseleitos,nosórgãosbaseadosnosufrágiouniver-saledirecto,deacordocomasuarepresentatividadeeleito-ral;

b) Aacompanhar,fiscalizarecriticaraactividadedosórgãosdoEstado,dasRegiõesAutónomas,dasautarquiaslocaisedasorganizaçõesinternacionaisdequePortugalsejaparte;

c) Atemposdeantenanarádioenatelevisão;d) Aconstituircoligações.

2 –Aos partidos políticos representados nos órgãos electivose quenão façamparte dos correspondentesórgãosexecutivoséreconhecido o direito de oposição com estatuto definido em leiespecial.

Artigo11.ºColigações

1–Élivreaconstituiçãodecoligaçõesdepartidospolíticos.2–Ascoligações têmaduraçãoestabelecidanomomentoda

suaconstituição,aqualpodeserprorrogadaouantecipada.3–Umacoligaçãonãoconstituientidadedistintadadospartidos

políticosqueaintegram.

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4 – A constituição das coligações é comunicada ao TribunalConstitucionalparaosefeitosprevistosnalei.

5–Ascoligaçõesparafinseleitoraisregem-sepelodispostonaleieleitoral.

Artigo12.ºDenominações, siglas e símbolos

1–Cadapartidopolíticotemumadenominação,umasiglaeumsímbolo,osquaisnãopodemseridênticosousemelhantesaosdeoutrojáconstituído.

2–Adenominaçãonãopodebasear-senonomedeumapessoaouconterexpressõesdirectamenterelacionadascomqualquerreli-giãooucomqualquerinstituiçãonacional.

3–Osímbolonãopodeconfundir-seouter relaçãográficaoufonéticacomsímboloseemblemasnacionaisnemcomimagensesímbolosreligiosos.

4–Ossímboloseassiglasdascoligaçõesreproduzemrigoro-samenteoconjuntodossímbolosedassiglasdospartidospolíticosqueasintegram.

Artigo13.ºOrganizações internas ou associadas

Ospartidospolíticospodemconstituirnoseu interiororganiza-çõesouestabelecerrelaçõesdeassociaçãocomoutrasorganiza-ções,segundocritériosdefinidosnosestatutosesujeitasaosprin-cípioselimitesestabelecidosnaConstituiçãoenalei.

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CAPÍTULOIIConstituição e extinção

SECÇÃOIConstituição

Artigo14.ºInscrição no Tribunal Constitucional

Oreconhecimento,comatribuiçãodapersonalidadejurídica,eoiníciodasactividadesdospartidospolíticosdependemdeinscriçãonoregistoexistentenoTribunalConstitucional.

Artigo15.ºRequerimento

1–Ainscriçãodeumpartidopolíticotemdeserrequeridapor,pelomenos,7500cidadãoseleitores.

2–Orequerimentodeinscriçãodeumpartidopolíticoéfeitoporescrito,acompanhadodoprojectodeestatutos,dadeclaraçãodeprincípiosouprogramapolíticoedadenominação,siglaesímbolodopartidoeinclui,emrelaçãoatodosossignatários,onomecom-pleto,onúmerodobilhetedeidentidadeeonúmerodocartãodeeleitor.

Artigo16.ºInscrição e publicação dos estatutos

1–Aceitea inscrição,oTribunalConstitucionalenviaextractoda sua decisão, juntamente com os estatutos do partido político,parapublicaçãonoDiáriodaRepública.

2–DadecisãoprevistanonúmeroanteriorconstaaverificaçãodalegalidadeporpartedoTribunalConstitucional.

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3–ArequerimentodoMinistérioPúblico,oTribunalConstitucio-nalpode,atodootempo,apreciaredeclararailegalidadedequal-quernormadosestatutosdospartidospolíticos.

SECÇÃOIIExtinção

Artigo17.ºDissolução

1–Adissoluçãodequalquerpartidopolíticodependededelibe-raçãodosseusórgãos,nostermosdasnormasestatutáriasrespec-tivas.

2–Adeliberaçãodedissoluçãodeterminaodestinodosbens,só podendo estes reverter para partido político ou associação denatureza política, sem fins lucrativos, e, subsidiariamente, para oEstado.

3–AdissoluçãoécomunicadaaoTribunalConstitucional,paraefeitodecancelamentodoregisto.

Artigo18.º86Extinção judicial

1–OTribunalConstitucionaldecreta,arequerimentodoMinis-térioPúblico,aextinçãodepartidospolíticosnosseguintescasos:

a) Qualificaçãocomopartidoarmadooudetipomilitar,militari-zadoouparamilitar,oucomoorganizaçãoracistaouqueper-filhaaideologiafascista;

b) Não apresentação de candidaturas durante um períodode seis anos consecutivos a quaisquer eleições para aAssembleiadaRepública,ParlamentoEuropeueautarquiaslocais;

86 AlteraçãointroduzidapelaLeiOrgânican.º2/2008,de14deMaio

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c) Não comunicação de lista actualizada dos titulares dos ór-gãosnacionaisporumperíodosuperioraseisanos;

d)Nãoapresentaçãodecontasemtrêsanosconsecutivos;e) Impossibilidade de citar ou notificar, de forma reiterada, na

pessoadequalquerdostitularesdosseusórgãosnacionais,conformeaanotaçãoconstantedoregistoexistentenoTribu-nal.

2–Adecisãodeextinçãofixa,arequerimentodoMinistérioPú-blicooudequalquermembro,odestinodosbensqueserãoatribu-ídosaoEstado.

Artigo19.ºVerificação do número de filiados

OTribunalConstitucionalverificaregularmente,comaperiodici-dademáximadecincoanos,ocumprimentodorequisitodonúme-romínimodefiliadosprevistonaalíneab)don.º1doartigoanterior.

CAPÍTULOIIIFiliados

Artigo20.ºLiberdade de filiação

1–Ninguémpodeserobrigadoafiliar-seouadeixardesefiliaremalgumpartidopolítico,nemporqualquermeiosercoagidoanelepermanecer.

2–Aninguémpodesernegadaafiliaçãoemqualquerpartidopolíticooudeterminadaaexpulsão,emrazãodeascendência,sexo,raça, língua, territóriodeorigem, religião, instrução,situaçãoeco-nómicaoucondiçãosocial.

3–Ninguémpodeserprivilegiado,beneficiado,prejudicado,pri-vadodequalquerdireitoouisentodequalquerdeveremrazãodasuafiliaçãopartidária.

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4 – Os estrangeiros e os apátridas legalmente residentes emPortugalequesefiliemempartidopolíticogozamdosdireitosdeparticipaçãocompatíveiscomoestatutodedireitospolíticosquelheestiverreconhecido.

Artigo21.ºFiliação

1–Aqualidadede filiado numpartido político é pessoal e in-transmissível,nãopodendoconferirquaisquerdireitosdenaturezapatrimonial.

2–Ninguémpodeestarfiliadosimultaneamenteemmaisdeumpartidopolítico.

Artigo22.ºRestrições

1–Nãopodemrequererainscriçãonemestarfiliadosempar-tidospolíticos:

a) Osmilitaresouagentesmilitarizadosdosquadrospermanen-tesemserviçoefectivo;

b) Os agentes dos serviços ou das forças de segurança emserviçoefectivo.

2–Évedadaapráticadeactividadespolítico-partidáriasdeca-rácterpúblicoaos:

a) Magistradosjudiciaisnaefectividade;b) MagistradosdoMinistérioPúbliconaefectividade;c) Diplomatasdecarreiranaefectividade.

3–Nãopodemexerceractividadedirigenteemórgãodedirec-çãopolíticadenaturezaexecutivadospartidos:

a) Osdirectores-geraisdaAdministraçãoPública;b) Ospresidentesdosórgãosexecutivosdosinstitutospúblicos;c) Osmembrosdasentidadesadministrativasindependentes.

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Artigo23.ºDisciplina interna

1–Adisciplinainternadospartidospolíticosnãopodeafectaroexercício de direitos e o cumprimento de deveres prescritos naConstituiçãoenalei.

2–Competeaosórgãosprópriosdecadapartidoaaplicaçãodas sanções disciplinares, sempre com garantias de audiência edefesaepossibilidadedereclamaçãoourecurso.

Artigo24.ºEleitos dos partidos

Oscidadãoseleitosemlistasdepartidospolíticosexercemlivre-menteoseumandato,nascondiçõesdefinidasnoestatutodosti-tularesenoregimedefuncionamentoedeexercíciodecompetên-ciasdorespectivoórgãoelectivo.

CAPÍTULOIVOrganização interna

SECÇÃOIÓrgãos dos partidos

Artigo25.ºÓrgãos nacionais

Nospartidospolíticosdevemexistir,comâmbitonacionalecomascompetênciaseacomposiçãodefinidasnosestatutos:

a) Umaassembleiarepresentativadosfiliados;b) Umórgãodedirecçãopolítica;c) Umórgãodejurisdição.

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Artigo26.ºAssembleia representativa

1–Aassembleiarepresentativaéintegradapormembrosdemo-craticamenteeleitospelosfiliados.

2 – Os estatutos podem ainda dispor sobre a integração naassembleiademembrosporinerência.

3–Àassembleiacompete,semprejuízodedelegação,desig-nadamente:

a) Aprovarosestatutoseadeclaraçãodeprincípiosouprogra-mapolítico;

b) Deliberar sobre a eventual dissolução ou a eventual fusãocomoutroououtrospartidospolíticos.

Artigo27.ºÓrgão de direcção política

Oórgãodedirecçãopolíticaéeleitodemocraticamente,comaparticipaçãodirectaouindirectadetodososfiliados.

Artigo28.ºÓrgão de jurisdição

Os membros do órgão de jurisdição democraticamente eleitogozam de garantia de independência e dever de imparcialidade,nãopodendo,duranteoperíododoseumandato,ser titularesdeórgãosdedirecçãopolíticaoumesadeassembleia.

Artigo29.ºParticipação política

Osestatutosdevemassegurarumaparticipaçãodirecta,activaeequilibradademulheresehomensnaactividadepolíticaegaran-tiranãodiscriminaçãoem funçãodosexonoacessoaosórgãospartidários e nas candidaturas apresentadas pelos partidos políti-cos.

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Artigo30.ºPrincípio da renovação

1–Oscargospartidáriosnãopodemservitalícios.2 – Exceptuam-se do disposto no número anterior os cargos

honorários.3–Osmandatosdostitularesdeórgãospartidáriostêmadura-

çãoprevistanosestatutos,podendoestesfixarlimitesàsuareno-vaçãosucessiva.

Artigo31.ºDeliberações de órgãos partidários

1–Asdeliberaçõesdequalquerórgãopartidáriosãoimpugná-veis com fundamento em infracção de normas estatutárias ou denormaslegais,peranteoórgãodejurisdiçãocompetente.

2–Dadecisãodoórgãode jurisdiçãopodeofiliado lesadoequalqueroutroórgãodopartidorecorrerjudicialmente,nostermosdaleideorganização,funcionamentoeprocessodoTribunalCons-titucional.

Artigo32.ºDestituição

1–Adestituiçãodetitularesdeórgãospartidáriospodeserde-cretadaemsentençajudicial,atítulodesançãoacessória,nosse-guintescasos:

a) Condenaçãojudicialporcrimederesponsabilidadenoexer-cíciodefunçõesemórgãosdoEstado,dasRegiõesAutóno-masoudopoderlocal;

b) Condenaçãojudicialporparticipaçãoemassociaçõesarma-dasoudetipomilitar,militarizadasouparamilitares,emorga-nizaçõesracistasouemorganizaçõesqueperfilhemaideo-logiafascista.

2–Foradoscasosenunciadosnonúmeroanterior,adestituiçãosópodeocorrernascondiçõesenasformasprevistasnosestatutos.

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Artigo33.ºReferendo interno

1–Osestatutospodempreverarealizaçãodereferendosinter-nossobrequestõespolíticasrelevantesparaopartido.

2–Osreferendossobrequestõesdecompetênciaestatutaria-mente reservadaàassembleia representativasópodemser reali-zadospordeliberaçãodesta.

SECÇÃOIIEleições

Artigo34.ºSufrágio

Aseleiçõeseosreferendospartidáriosrealizam-seporsufrágiopessoalesecreto.

Artigo35.ºProcedimentos eleitorais

1–Aseleiçõespartidáriasdevemobservarasseguintesregras:a) Elaboraçãoegarantiadeacessoaoscadernoseleitoraisem

prazorazoável;b) Igualdadedeoportunidadese imparcialidadeno tratamento

decandidaturas;c) Apreciação jurisdicionalizadada regularidade e da validade

dosactosdeprocedimentoeleitoral.

2–Osactosdeprocedimentoeleitoralsãoimpugnáveisperanteoórgãodejurisdiçãopróprioporqualquerfiliadoquesejaeleitoroucandidato.

3–DasdecisõesdefinitivasproferidasaoabrigododispostononúmeroanteriorcaberecursoparaoTribunalConstitucional.

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CAPÍTULOVActividades e meios de organização

Artigo36.ºFormas de colaboração

1–Ospartidospolíticospodemestabelecerformasdecolabo-raçãocomentidadespúblicaseprivadasnorespeitopelaautonomiaepelaindependênciamútuas.

2–Acolaboraçãoentrepartidospolíticoseentidadespúblicassópodeterlugarparaefeitosespecíficosetemporários.

3–Asentidadespúblicasestãoobrigadasaumtratamentonãodiscriminatórioperantetodosospartidospolíticos.

Artigo37.ºFiliação internacional

Ospartidospolíticospodemlivrementeassociar-secompartidosestrangeirosouintegrarfederaçõesinternacionaisdepartidos.

Artigo38.ºRegime financeiro

Ofinanciamentodospartidospolíticosedascampanhaseleito-raiséreguladoemleiprópria.

Artigo39.ºRelações de trabalho

1 –As relações laborais entre os partidos políticos e os seusfuncionáriosestãosujeitasàsleisgeraisdetrabalho.

2–Considera-se justa causadedespedimentoo factodeumfuncionáriosedesfiliaroufazerpropagandacontraopartidoqueoempregaouafavordeumacandidaturasuaconcorrente.

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CAPÍTULOVIDisposições finais

Artigo40.ºAplicação aos partidos políticos existentes

1–Apresente lei aplica-seaospartidospolíticosexistentesàdata da sua entrada em vigor, devendo os respectivos estatutosbeneficiar das necessárias adaptações no prazomáximo de doisanos.

2–Paraefeitosdodispostonoartigo19.º,oprazoaídispostoconta-seapartirdadatadaentradaemvigordapresentelei.

Artigo41.ºRevogação

Sãorevogados:a) ODecreto-Lein.º595/74,de7deNovembro,easalterações

introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 126/75, de 13 de Março,peloDecreto-Lein.º195/76,de16deMarço,epelaLein.º110/97,de16deSetembro;

b) ODecreto-Lein.º692/74,de5deDezembro;c) ALein.º5/89,de17deMarço.

Aprovadoem15deJulhode2003.O Presidente daAssembleia da República, João Bosco Mota

Amaral.Promulgadaem7deAgostode2003.Publique-se.OPresidentedaRepública,JORGESAMPAIO.Referendadaem8deAgostode2003.OPrimeiro-Ministro,José Manuel Durão Barroso.

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DECRETO- LEI N.º 78/2007, DE 29 DE MARçO

Aprova a Orgânica da DGAI/MAI

NoquadrodasorientaçõesdefinidaspeloProgramadeReestru-turaçãodaAdministraçãoCentraldoEstado(PRACE)edosobjec-tivosdoProgramadoGovernonotocanteàmodernizaçãoadminis-trativa,àmelhoriadaqualidadedosserviçospúblicoscomganhosdeeficiência,importaconcretizaroesforçoderacionalizaçãoestru-turalconsagradonoDecreto-Lein.º203/2006,de27deOutubro,queaprovoualeiorgânicadoMinistériodaAdministraçãoInterna,avançandonadefiniçãodosmodelosorganizacionaisdosserviçosqueintegramarespectivaestrutura.

O Programa de Reestruturação da Administração Central doEstado(PRACE)identificouanecessidade,transversalaosdiversosministérios,daexistênciadeumserviçocentralqueseencarregas-se das funções de planeamento estratégico, política legislativa erelações internacionais e europeias. Concomitantemente, vinhasendohámuitoidentificadanoâmbitodoMinistériodaAdministra-çãoInternaacarênciadeumserviçoquepudesseapoiaroGover-nonaelaboraçãoeacompanhamentodaexecuçãodaspolíticasdesegurançainternaenasdemaisáreasatribuídasaoMinistério.

Destequadro,resultouaoportunidadededesenharumaestru-turacoerentedoMAI,patentenasuanovaleiorgânicaDecreto-Lein.º203/2006,de27deOutubroemergindoumanovadirecção-ge-ral,aDGAI,quepreenchea lacunaorganizativadetectadanoMi-nistério,ocupa-sedastarefasenunciadasnoPRACEparaestetipodeserviçocentraldesuporteeaindaabsorveascompetênciasdoMAIemmatériadeadministraçãoeleitoral,numalógicaderaciona-lizaçãodeestruturaseoptimizaçãoderecursos.

Opresentedecreto-leiestabelece,assim,aorgânicadaDirec-ção-Geral deAdministração Interna (DGAI) que se ocupa de trêsáreas fundamentais e imprescindíveis para a boa execução dasatribuiçõesdoMinistériodaAdministraçãoInterna:adoplaneamen-toestratégicoepolíticalegislativa,adasrelaçõesinternacionaiseadaadministraçãoeleitoral.Nacriaçãodestanovaestruturacon-

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correm as atribuições e osmeios humanos de dois serviços queagora se extinguemoSecretariadoTécnico dosAssuntos para oProcesso Eleitoral (STAPE) e o Gabinete deAssuntos Europeus(GAE),aqueacrescemasnovascompetênciasnaáreareferidadoplaneamentoestratégicoepolíticalegislativa.

A DGAI apresenta características inovadoras de organização,queseenquadramnumanovavisãodagestãointegradadoMinis-tério,designadamenteemmatériaderecursoshumanos.Assim,aDirecção-Geraldetémumquadrodepessoalpróprioparaasáreasdecompetênciatécnicaespecífica,provendoasrestantesnecessi-dadesdepessoal atravésdemecanismosdemobilidadeapartir,designadamente,dosquadrosdepessoaldaSecretaria-GeraledasforçaseserviçosdesegurançadoMAI.Apossibilidadedenomea-çãoemcomissãodeserviçodeconsultoresdeelevadoperfilaca-démicoparaseencarregaremdeassuntosdegrandeespecificida-de, para os quais não há, naturalmente, nos quadros da funçãopública pessoal habilitado, completama opçãopor umaestruturadegrandeflexibilidadeedegeometriavariável,capazderesponderaosimportantíssimosdesafiosqueomundoactualofereceaosEs-tados no sector da segurança, com amaior agilidade e omenorencargoparaoeráriopúblico.

ADGAItempelasuafrente,nomomentodasuacriação,grandesdesafiosdefuturo.Desdelogoadedarcontinuidadeaosexcelentesserviçosqueaadministraçãocentral temvindoaprestaraoPaísconstituindo-senum importantecontributoparaaconsolidaçãodaDemocracia,naáreadaadministraçãoeleitoralatravésdoSTAPEqueoraseextingueporfusãonanoveldirecção-geral.

Noâmbitodoplaneamentoepolíticalegislativacentraliza-seumafunção fulcral da política doMinistério, libertando outros serviços,designadamente as forças de segurança, de tarefas que os vêmocupando,emproldasquedevemconstituirasuavocaçãocentral.

Paralelamente,desenvolvenovascapacidadesecompetênciasnaáreadasrelaçõesinternacionaisdoMinistério,comespecialdes-taqueparaadacooperaçãocomoutrosEstados,dacoordenaçãodasrelaçõesexternasdetodososserviçosdoMAIealigaçãocomosrepresentantesdoMAIjuntodemissõesdiplomáticasportugue-sasedeorganizaçõesinternacionais.Naáreaespecíficadasrela-çõeseuropeias, avultaa crescenteevidênciada centralidadedas

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políticasdesegurançaedecombateàcriminalidadeorganizadaeàimigraçãoilegalnoâmbitodaconstruçãodaUniãoEuropeiacomoespaçodeliberdade,segurançaejustiça.

Assim:Nostermosdaalíneaa)don.º1doartigo198.ºdaConstituição,

oGovernodecretaoseguinte:

Artigo1.ºNatureza

ADirecção-GeraldeAdministraçãoInterna,abreviadamentede-signadaporDGAI,éumserviçocentraldesuportedaadministraçãodirectadoEstadonoâmbitodoMinistériodaAdministraçãoInterna,dotadodeautonomiaadministrativa.

Artigo2.ºMissão e atribuições

1–ADGAItempormissãogarantiroapoiotécnicoàformulaçãode políticas, ao planeamento estratégico e operacional, à políticalegislativaeàsrelaçõesinternacionaisbemcomoassegurareco-ordenartecnicamenteaadministraçãoeleitoral.

2–ADGAIdesenvolveasuamissãoemtrêsáreasdeatribui-ções:

a) Planeamentoestratégicoepolíticalegislativa;b) Relaçõesinternacionais;c) Administraçãoeleitoral.

3 –ADGAI prossegue as seguintes atribuições no âmbito doplaneamentoestratégicoepolíticalegislativa:

a) Planearestrategicamenteasnecessidadesdosistemadese-gurançainterna;

b) Conceber e apoiar tecnicamente a execução de iniciativaslegislativasnoâmbitodoMinistério;

c) Darapoio técnicoemmatériade formulaçãoeacompanha-mento da execução das políticas, das prioridades e dos

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objectivos do Ministério e contribuir para a concepção e aexecuçãodapolíticalegislativadoMinistério;

d) Apoiar a definição das principais opções emmatéria orça-mental,procederàelaboraçãodos instrumentosdeplanea-mentointegrado,deacordocomosdiplomasprogramáticosedeopçãoestratégicadoGoverno,assegurandoaarticula-çãoentreosinstrumentosdeplaneamento,deprevisãoorça-mental,dereporteedeprestaçãodecontas,eelaborares-tudosdeprospectivaemcenárioglobal,nacional,regionalesectorial, identificando e acompanhando as tendências delongoprazonasáreasdeintervençãodoMinistério;

e) Avaliar projectos de investigação e desenvolvimento cominteresseparaasegurançainternaecoordenaraparticipaçãonosrespectivosgruposdeprojecto,quernoâmbitonacionalquernoâmbitointernacional;

f) Elaborarestudoscomparadoseanálisedoambienteexterno;g) Procederàavaliaçãodeexecuçãodoplaneado,identificando

desvios,definindoos factorescríticosdesucessoeosmo-mentosdeavaliaçãodaexecuçãodaspolíticas,edesenvol-vendoestratégiasdegestãodedesviosnoâmbitodoplanea-mento;

h) AssegurarodesenvolvimentodossistemasdeavaliaçãodosserviçosnoâmbitodoMAI,coordenarecontrolarasuaapli-cação,eexercerasdemaiscompetênciasquelhesejamatri-buídasnaleisobreestamatéria;

i) Garantirarecolha,produçãoeotratamento,designadamen-teestatístico,eacessoda informaçãoadequada,nasáreasdeatribuiçõesdoMinistério,formatando-aedisponibilizando-aemfunçãodasnecessidadesdosutilizadoresinstitucionaisedopúblico;

j) Prevereacompanharoimpactedasalteraçõessociais,eco-nómicasenormativasnacaracterizaçãodoambientesocialemqueoperamosdiversosserviçosdosistemadeseguran-çainterna;

l) Acompanhar,apoiaresugerirtrabalhosaentidadesouorga-nismosquedesempenhemfunçõesdeobservatóriodesegu-rança;

m)Estabelecerrelaçõescomserviçosdemissãoidênticadesec-

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tores conexos coma segurança interna, promovendo inter-câmbiodeinformaçãorelevanteparaaprossecuçãodasres-pectivasatribuições.

4–ADGAIprossegueasseguintesatribuiçõesnoâmbitodasrelaçõesinternacionais:

a) Apoiaradefiniçãoeaexecuçãodapolíticaderelaçõesinter-nacionaisecooperaçãonoâmbitodoMinistério;

b) Executarapolítica,articulandoasacçõesdecooperaçãoemmatéria de segurança interna e técnico- policial, política deimigraçãoefronteiraseadministraçãoeleitoral,emparticularcomospaísesouterritóriosdelínguaoficialportuguesa;

c) AsseguraracoordenaçãodasrelaçõesexternasedapolíticadecooperaçãoentretodososserviçoseorganismosdoMAI;

d) Estabelecer relações com entidades congéneres de outrospaísescomquePortugal tenhaacordosdecooperaçãonasáreasdeatribuiçãodoMAI;

e) Acompanhar e apoiar a política internacional do EstadoPortuguês nas áreas de atribuição doMAI, coordenando arepresentaçãodoMinistérionanegociaçãode convenções,acordos e tratados internacionais de natureza bilateral oumultilateral;

f) Coordenar a representaçãodoEstadoPortuguêsem todasascomissões,reuniões,conferênciasouorganizaçõessimi-laresque,noplanointernacional,serealizemnaáreadaad-ministraçãointerna;

g) AsseguraracoordenaçãoealigaçãofuncionaletécnicacomosoficiaisdeligaçãodoMAIjuntodasmissõesdiplomáticasdePortugal,semprejuízodascompetênciasprópriasdosres-pectivoschefesdemissão;

h) CoordenaraparticipaçãodasforçaseserviçosdesegurançadoMAIemmissõesinternacionais;

i) Manteractualizadoumsistemade informaçãosobreasdis-posiçõesnormativasvigentesconstantesdediplomas inter-nacionais, comunitários e nacionais com aplicação na áreadeatribuiçõesdoMinistério,bemcomooarquivoeconser-vaçãodos instrumentos internacionaisassinadosnoâmbitodoMinistério;

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j) DarapoioàsdelegaçõesinternacionaispresentesemPortu-galparaparticipareminiciativasdoGovernorelativasàáreadaadministraçãointerna;

l) AcompanharaactividadedasjurisdiçõesinternacionaisedoTribunal de Justiça dasComunidadesEuropeias nas ques-tõesrelativasaocontenciosodoEstadoportuguêsnasáreasdeatribuiçãodoMAI;

m)Recolhereestudarasnormasdedireitointernacional,dedi-reitocomparadoededireitodaUniãoEuropeianasáreasdeatribuiçãodoMAI;

n) AssegurararepresentaçãodoMinistérionaComissãoInter-ministerialparaosAssuntosEuropeus(CIAE),naComissãoInterministerialparaaCooperação(CIC),nosecretariadoper-manente da CIC e no secretariado permanente da Con-ferênciadosMinistrosdaAdministração InternaedaSegu-rança da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP).

5 –ADGAI prossegue as seguintes atribuições no âmbito daadministraçãoeleitoral:

a) Organizareapoiartecnicamenteaexecuçãodosreferendosedosprocessoseleitoraisdeâmbitonacional,regional,localedaUniãoEuropeia;

b) Dirigirosescrutíniosprovisóriosdosactoseleitoraisedeou-trossufrágios;

c) Asseguraro recenseamentoeleitorale receberedecidirasreclamaçõesnesseâmbitoapresentadaspeloscidadãoselei-tores;

d) Organizar,manteregerirabasededadoscentraldorecen-seamentoeleitoral;

e) Asseguraraestatísticadorecenseamentoedosactoseleito-rais,bemcomodeoutrossufrágios,publicitandoosrespecti-vosresultados;

f) Manteractualizadaedisponibilizaraopúblicoumsistemadeinformaçãodosresultadoseleitorais;

g) Organizaro registodoscidadãoseleitosparaosórgãosdesoberania,dasregiõesautónomasedopoderlocaleparaoParlamentoEuropeu;

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h) Difundir informaçãopúblicasobreosistemaeosactoselei-torais;

i) Emitirparecer técnico,asolicitaçãodosórgãosdaadminis-tração eleitoral e outros intervenientes e interessados nosprocessosderecenseamento,eleitoraisereferendários;

j) Propor as medidas adequadas à participação dos cida-dãosnosprocessosderecenseamento,eleitoraisereferen-dários;

l) Procederaestudosemmatériaeleitoral;m)Proporeorganizaracçõesdeformaçãoparaagentesetéc-

nicoslocaisdaadministraçãoeleitoral;n) Informaredarparecersobrematériaeleitoral;o) Cooperarcomasadministraçõeseleitoraisdeoutrospaíses

erealizaracçõesdeassistênciatécnicaeobservaçãoeleito-ral.

6–ADGAIdesenvolveassuasatribuiçõesnoâmbitodasrela-çõesinternacionaisdoMAIsemprejuízodascompetênciasprópriasdoMinistériodosNegóciosEstrangeirosedeacordocomosobjec-tivosdefinidosparaapolíticaexternaportuguesa.

7–Paraasseguraraprossecuçãodassuasatribuições,aDGAIpodepromoverformasalargadasdeparceriaedecooperaçãocomoutrasentidades,nacionaisouestrangeiras,designadamentecomuniversidades,centrosde investigaçãoeempresasdeconsultoriaedeserviçosdetradução.

Artigo3.ºÓrgãos

ADGAIédirigidaporumdirector-geral,coadjuvadoportrêsdi-rectores,cargosdedirecçãosuperiordeprimeiroesegundograu,respectivamente.

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Artigo4.ºDirector-geral

1–Semprejuízodascompetênciasquelheforemconferidasporleiouneledelegadasousubdelegadas,competeaindaaodirector-geral:

a) RepresentaroMAIjuntodeentidadesnacionais,estrangeiraseinternacionais,salvoquandoocontrárioresultedaleioudedecisãodoGoverno;

b) RepresentaraDGAIjuntodequaisquerorganizaçõesouen-tidades,bemcomoemquaisqueractosoucontratosemqueaquelahajadeintervir,emjuízoeforadele.

2–Odirector-geralpodedelegarnosdirectoresasfunçõesdedirecção,coordenaçãoeorientaçãodosserviçosquantoaáreasdeatribuiçõeseouserviçosespecificamenteconsiderados.

3–Odirector-geralésubstituído,nassuasausênciaseimpedi-mentos,pelodirectordesignadopelomembrodoGovernorespon-sávelpelaáreadaAdministraçãoInternae,nosilênciodeste,peloindicadopelodirector-geral.

Artigo5.ºTipo de organização interna

Aorganização internadosserviçosobedeceaomodelodees-truturahierarquizada.

Artigo6.ºApoio administrativo e logístico

1–TodooapoioadministrativoelogísticoaofuncionamentodaDGAI é prestado pela Secretaria- Geral que gere, igualmente, opatrimónioafectoàDirecção-Geral.

2–Semprejuízodaarticulaçãoquedevemfazerosdirigentesmáximosdeambososserviços,aligaçãoentreaDGAIeaSGpara

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efeitosdopresenteartigofaz-seentreumnúcleodeapoioadminis-trativo da DGAI e os serviços respectivamente competentes daSecretaria-Geral.

Artigo7.ºReceitas

1–ADGAIdispõedas receitasprovenientesdedotaçõesquelheforematribuídasnoOrçamentodoEstado.

2–ADGAIdispõeaindadasseguintesreceitaspróprias:a) Asverbasprovenientesdavendadepublicações;b) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações e

legadosquelheforematribuídosporquaisquerentidadesdedireitopúblicoouprivado,nacionaisouestrangeiras;

c) As verbas provenientes de taxas e coimas que lhe caibamnostermosdalei;

d) Osrendimentosdosbensquepossuaaqualquertítulo;e) Quaisqueroutrasreceitasprovenientesdasuaactividadeou

quelhesejamatribuídasporleioucontrato.

3–As receitasenumeradasnonúmeroanteriorobedecemaoregime de tesouraria do Estado e são afectas ao pagamento dedespesasdaDGAImedianteinscriçãodedotaçõescomcompensa-çãoemreceita.

Artigo8.ºDespesas

Constituem despesas da DGAI as que resultem de encar-gos decorrentes da prossecução das atribuições que lhe estãocometidas.

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Artigo9.ºquadro de cargos de direcção

Oslugaresdedirecçãosuperiorde1.ºe2.ºgrausededirecçãointermédiade1.ºgrauconstamdomapaanexoaopresentedecre-to-lei,doqualfazparteintegrante.

Artigo10.ºPessoal

Opessoal necessárioàprossecuçãodasatribuiçõesprevistasnoartigo2.ºéafectonostermosprevistosnoartigo11.ºdoDecre-to-Lein.º76/2007,de29deMarço.

Artigo11.ºConsultores

1–NaDGAIpodemdesempenhar funções,emregimedeco-missãodeserviçopeloperíododeumatrêsanos,renovável,con-sultoresnomeadospelomembrodoGovernoresponsávelpelaáreadaAdministração Interna sobproposta do director-geral, de entredoutoresoumestres,ououtraspersonalidadesdereconhecidomé-rito,nasáreasdeatribuiçãodoMAI.

2–Osconsultoresexercemfunçõesemregimedeisençãodehoráriodetrabalho.

3–Oexercíciodefunçõesnostermosdosnúmerosanterioresé contado, para todos os efeitos legais, designadamente para aprogressão nas respectivas carreiras, comoprestado nos lugaresdeorigem.

4–Osconsultoressãoremuneradospeloíndice820daescalasalarialdoregimegeral.

5–Adotaçãodeconsultoreséaprovadaporportariadosmem-brosdoGovernoresponsáveispelasáreasdaAdministraçãoInter-na,dasFinançasedaAdministraçãoPública.

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Artigo12.ºSucessão

A DGAI sucede nas atribuições do Secretariado TécnicodosAssuntosparaoProcessoEleitoral(STAPE)edoGabinetedeAssuntosEuropeus(GAE),queseextinguem,eaindanasatribui-çõesnodomíniodoestudoeanálisedasquestõesrelativasase-gurançainterna,asiloeimigração,previsãoegestãodeemergên-cias, do Gabinete de Estudos e de Planeamento de Instalações(GEPI).

Artigo13.ºCritérios de selecção de pessoal

Éfixadocomocritériogeraleabstractodeselecçãodopessoalnecessárioàprossecuçãodasatribuições fixadasnoartigo2.º, oexercíciodefunçõesnoSTAPE,noGAE,bemcomooexercíciodefunções directamente relacionadas com o estudo e análise dasquestõesrelativasasegurançainterna,asiloeimigração,previsãoegestãodeemergências,doGEPI.

Artigo14.ºNorma revogatória

Sãorevogados:a) ODecreto-Lein.º15/89,de11deJaneiro;b) Oartigo2.ºdoDecreto-Lein.º92/92,de23deMaio;c) ODecreto-Lein.º103/99,de31deMarço.

Artigo15.ºEntrada em vigor

Opresentedecreto-leientraemvigorno1.ºdiadomêsseguin-teaodasuapublicação.

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VistoeaprovadoemConselhodeMinistrosde18deJaneirode2007. – José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa – António LuísSantosCosta–FernandoTeixeiradosSantos.

Promulgadoem19deMarçode2007.Publique-se.OPresidentedaRepública,ANÍBALCAVACOSILVA.Referendadoem21deMarçode2007.OPrimeiro-Ministro,JoséSócratesCarvalhoPintodeSousa.

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PORTARIA N.º 341/2007, DE 30 DE MARçO

ODecreto-Lei n.º 78/2007, de 29 deMarço, definiu amissão,atribuições e tipo de organização interna da Direcção-Geral deAdministraçãoInterna.Importaagora,nodesenvolvimentodaqueledecreto-lei,determinaraestruturanucleardosserviçoseascom-petênciasdasrespectivasunidadesorgânicas.

Assim:Ao abrigo do n.º 4 do artigo 21.º da Lei n.º 4/2004, de 15 de

Janeiro:MandaoGoverno,pelosMinistrosdeEstadoedaAdministração

InternaedeEstadoedasFinanças,oseguinte:

Artigo1.ºEstrutura interna da Direcção-Geral de Administração Interna

1–ADirecção-GeraldeAdministraçãoInterna(DGAI)estrutura--senasseguintesunidadesorgânicasnucleares:

a) DirecçãodeServiçosdePlaneamentoEstratégico;b) DirecçãodeServiçosdePolíticaLegislativaeAssuntosJurí-

dicos;c) DirecçãodeServiçosdeRelaçõesInternacionaiseCoopera-

ção;d) DirecçãodeServiçosdeAssuntosEuropeus;e) DirecçãodeServiçosJurídicosedeEstudosEleitorais;f) DirecçãodeServiçosdeApoioaoRecenseamentoeProces-

soEleitoral.

2–AestruturainternadaDGAIcompreendeaindaoNúcleodeApoioAdministrativo,nadependênciadirectadodirector-geral.

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Artigo2.ºDirecção de Serviços de Planeamento Estratégico

ÀDirecçãodeServiçosdePlaneamentoEstratégico,abreviada-mentedesignadaporDPE,compete:

a) Desenvolvermodelosdeanáliseeplanificaçãoquepermitamprevereacompanharoimpactedasalteraçõessociais,eco-nómicasenormativasnacaracterizaçãodoambientesocialemqueoperamosdiversosserviçosdosistemadeseguran-çainterna;

b) Estudararelaçãonoespaçoentreosfenómenosanti-sociaiseadesconcentraçãodas forçaseserviçosdesegurançaepropor asmedidas organizativas adequadas à optimizaçãodaquelesrácios;

c) Preparar,emcolaboraçãocomosserviçoseorganismosin-teressados,osplanoseprogramasdeinvestimento;

d) Estudar formasdeaperfeiçoamentodas técnicasdeplanifi-caçãonagestãoadministrativaepromoveroprogressivoin-cremento da sua utilização pelos serviços doMinistério daAdministraçãoInterna(MAI);

e) Promovereapoiarostrabalhosdeconsultamútuaemmaté-riadeplaneamentodosserviçosdoMinistérioe,emespecial,dasforçasdesegurança;

f) AssegurarasactividadesrelativasaossistemasdeavaliaçãodeserviçosnoâmbitodoMinistério,visandooseudesenvol-vimento, coordenação e controlo, e apoiar o exercício dasdemaiscompetênciasfixadasnaleisobreestamatéria.

Artigo3.ºDirecção de Serviços de Política Legislativa e Assuntos

Jurídicos

ÀDirecçãodeServiçosdePolíticaLegislativaeAssuntosJurí-dicos,abreviadamentedesignadaporDPL,compete:

a) Recolher e tratar a informaçãonecessária à elaboraçãodediplomasnormativosnoâmbitodoMinistério;

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b) Elaborarecolaborarnaelaboraçãodediplomaslegislativos,incluindoosrelativosàtransposiçãodedirectivascomunitá-rias,designadamenteatravésdoestudodoimpactedasres-pectivasnormas;

c) Acompanharaexecuçãodediplomasnormativos,designada-menteatravésdaanálisedosefeitosdasuaentradaemvigornaordemjurídicaenoplanosocial;

d) Elaborarestudosgeraisdepolíticalegislativaedocorrespon-denteenquadramento;

e) Recolher,trataredifundirinformaçãojurídicadedireitonacio-nal,estrangeiroeinternacionalcominteresseparaaadminis-traçãointerna;

f) Recolher e estudar normas ou recomendações emanadasdasreferidasinstânciasinternacionaisàsquaisoEstadoPor-tuguêspretendavincular-seeacompanharasuaintegraçãonaordemjurídicainterna;

g) Acompanhar o contencioso internacional na área doMinis-tério, assegurando, quando determinado, a representaçãode Portugal junto das instâncias jurisdicionais internacio-nais;

h) Acompanhara jurisprudência internacionalcom implicaçõesnacionaisnasáreasdeatribuiçãodoMAI,propondoaadop-çãodemedidasadequadas;

i) Acompanharasquestõesrelativasaopré-contenciosoeaocontenciosocomunitáriosnaáreadoMinistério,assegurando,quandodeterminado,arepresentaçãodePortugaljuntodasinstânciasjurisdicionaiseuropeias.

Artigo4.ºDirecção de Serviços de Relações Internacionais e

Cooperação

ÀDirecçãodeServiçosdeRelaçõesInternacionaiseCoopera-ção,abreviadamentedesignadaporRIC,compete:

a) PrepararaintervençãoecoordenaracontribuiçãodoMinis-térioemtodososactosrelativosatratados,acordos,convé-

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niosbilateraisoumultilateraiseoutrosinstrumentosinterna-cionaisnasáreasdeatribuiçãodoMAI;

b) Asseguraraparticipaçãoepromoveracoordenaçãoda re-presentaçãodoMinistério juntodeorganizações internacio-naismultilateraisouregionais,nomeadamentedaComunida-dedePaísesdeLínguaPortuguesa;

c) Asseguraraparticipaçãoepromoveracoordenaçãoda re-presentaçãodoMinistérionasreuniõesdecomissões,confe-rênciasoudeoutrasentidadesque,noplano internacional,serealizemnaáreadaadministraçãointerna;

d) Preparar os elementos de apoio aosmembros doGovernoemtodososassuntosrelativosàadministraçãointerna,nasinstâncias internacionais referidas nas alíneas anteriores,bemcomonasrelaçõesbilaterais;

e) Acompanharanegociaçãoedarparecerprévio,asubmeteraoMinistrodaAdministraçãoInterna,sobre todosos instru-mentosinternacionaisqueosserviçosdoMinistériopreparemoudevamassinar;

f) CoordenaraparticipaçãodasforçaseserviçosdesegurançadoMAIemmissõesdepazinternacionais;

g) CoordenareacompanharasintervençõesqueosserviçosdoMinistériodevamtereminstânciasinternacionais;

h) CoordenaraexecuçãodapolíticaderelaçõesinternacionaisdoGoverno,entreosserviçosdoMinistério;

i) Estabelecer relações de cooperação comentidades congé-neres e organizações não governamentais que desenvol-vamactividade relevante nas áreas de atribuição doMinis-tério;

j) Coordenar, apoiar e acompanhar todas as actividades decooperaçãonasáreasdeatribuiçãodoMinistério,designada-mentedecooperaçãotécnico-policial,administraçãoeleitoralepolíticadegestãodaimigração,eaexecuçãodasacções,projectoseprogramasacordados;

l) Prepararoselementosnecessáriosparaadefiniçãodapolí-ticadecooperaçãodoMinistérioeassegurarasuaexecução;

m)Promoveranegociaçãoeaelaboraçãodosprogramasepro-jectosdecooperaçãodeacordocomasorientaçõesdefini-

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das, em estreita articulação com o Instituto Português deApoioaoDesenvolvimento,I.P.;

n) Estabeleceremanteraligaçãobilateralcomosdepartamen-tosgovernamentaiscongéneresdosEstadoscomquemPor-tugaltemrelaçõesdecooperaçãonasáreasdeatribuiçãodoMinistério;

o) Promover a avaliação do desenvolvimento dos programas,projectoseacçõesdecooperaçãorealizados;

p) Acompanhar e apoiar as delegações de outros países quese desloquem a Portugal no âmbito de acordos, progra-mas e projectos de cooperação na área da administraçãointerna;

q) Assegurara ligaçãocomosoficiaisde ligaçãoouadidosecoordenarasactividadesdosoficiaisdeligação,assegurandoadevidaarticulaçãocomosserviçoseforçasdesegurançadoMAI;

r) Agilizar o fluxode informaçãosensível provenientedosofi-ciais de ligação e adidos assegurando a sua distribuiçãoatempada aos serviços interessados, designadamente noâmbitodaPresidênciadoConselhodeMinistrosedoMinis-tériodosNegóciosEstrangeiros;

s) Procederàavaliaçãodaactividadedosoficiaisdeligaçãoeadidosem funçãodosobjectivos traçadosedos resultadosobtidoseelaborarrelatóriosperiódicosdaactividadedesen-volvida;

t) Elaborar a carta demissão para cada oficial de ligação ouadidoeapreciarosseusplanosdeactividadesanuais.

Artigo5.ºDirecção de Serviços de Assuntos Europeus

ÀDirecçãodeServiçosdeAssuntosEuropeus,abreviadamentedesignadaporDAE,compete:

a) PrepararaparticipaçãodoMinistérionasreuniõesdoConse-lhodaUniãoEuropeiabemcomoacontribuiçãoparaoscon-selhoseuropeusouparaoutrasformaçõesdoConselhoem

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queseapreciemmatériascomconexõesrelevantesparaasáreasdeatribuiçãodoMAI;

b) AsseguraraparticipaçãoeacoordenaçãodarepresentaçãodoMinistério em todos os comités, grupos e subgrupos detrabalhoquefuncionamjuntodasinstituiçõescomunitárias;

c) PrepararoselementosdeapoioparaadefiniçãodepolíticasnasáreasdeatribuiçãodoMAI,noâmbitodaUniãoEuropeia;

d) Analisaredarparecersobreprojectosoupropostasdelegis-laçãodaUniãoEuropeia,emarticulaçãocomaDPL;

e) Acompanharatransposiçãoparaodireitonacionaldalegis-laçãoeuropeianasáreasdeatribuiçãodoMAI,emperma-nente articulação com a DPL, assegurando a intervençãolegislativaadequadadoEstadoPortuguês;

f) Asseguraracoordenaçãodepontosdecontactoedeelemen-tos de delegações técnicas designados pelo Ministério noâmbitodaUniãoEuropeia;

g) Estabelecer relações de cooperação estreita e permanentecomaDirecção-GeraldosAssuntosEuropeusecomaRepre-sentaçãoPermanentedePortugaljuntodaUniãoEuropeia.

Artigo6.ºDirecção de Serviços Jurídicos e de Estudos Eleitorais

ÀDirecçãodeServiçosJurídicosedeEstudosEleitorais,abre-viadamentedesignadaporDEE,compete:

a) Procederaestudosemmatériaeleitoral,nomeadamenteaonívelcomparado;

b) Estudaralegislação,doutrinaejurisprudênciaeleitorais,ten-dodesignadamenteemvistaproporiniciativasoualteraçõeslegislativastendentesaoaperfeiçoamentodosistemaepro-cessoeleitoral,conferindo-lhemaioreficiência,celeridadeegarantiasdeintegridade;

c) Emitirparecersobreainterpretaçãoeintegraçãodelacunasdetextoslegaisvigentesedecasosconcretosquelhesejamdeterminados, bem como sobre projectos de diplomas quelhesejamapresentadosparaapreciação;

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d) Elaborarestudosjurídicos,estatísticosedesociologiaeleito-ral,atravésdaanálisedainformaçãodisponíveloudareali-zaçãode inquéritos, recorrendo,senecessário,àcolabora-çãodeinstituiçõesuniversitáriaseoutras;

e) Apoiar,nasvertentes jurídicaeexecutiva,os intervenientesnosprocessosderecenseamento,eleitoraisereferendários,atravésda interpretaçãoeesclarecimentodos textos legaisaplicáveis;

f) Propor e organizar as acções de divulgação, esclareci-mentoe formaçãoadequadasàefectivaecorrectapartici-paçãodoseleitores,órgãoslocaiseagentesdaadministra-ção eleitoral nos actos de recenseamento, eleições ereferendos;

g) Planificareelaboraradocumentaçãonecessáriaaoapoioeesclarecimentojurídicodoseleitoresedemaisintervenientesdirectosnorecenseamento,eleiçõesereferendos;

h) Assegurar a manutenção de um serviço permanente deesclarecimentoeleitoral,atravésdeatendimentoporviaelec-trónica,telefónicaepessoal;

i) AcompanhareapoiartecnicamenteoMinistériodosNegóciosEstrangeirosnoâmbitodosprocessoseleitorais, referendá-rioserecenseamentodoseleitoresresidentesnoestrangeiro;

j) Responderàsentidadesrecenseadoras,tribunais,MinistérioPúblico,órgãosdepolíciacriminaleoutroslegalmenteauto-rizados,acercadedadosconstantesnabasededadoscen-traldorecenseamentoeleitoral(BDRE);

l) Asseguraraanáliseecodificaçãoda informaçãorelativaàsinscriçõesnorecenseamentoeleitoraldecidadãosestrangei-roscomcapacidadeeleitoralactiva;

m)Organizaremanteractualizado,comvistaaoseutratamentoepublicação,umregistodoscidadãoseleitosparaosórgãosdesoberania,RegiõesAutónomas,autarquiaslocaisedepu-tadosnacionaisaoParlamentoEuropeu;

n) Preparareorganizar,parapublicação,todosostrabalhosre-alizados;

o) Asseguraraexecuçãodacooperaçãoemmatériaeleitoral.

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Artigo7.ºDirecção de Serviços de Apoio ao Recenseamento e

Processo Eleitoral

ÀDirecçãodeServiçosdeApoioaoRecenseamentoeProcessoEleitoral,abreviadamentedesignadaporRPE,compete:

a) Organizaremanterorecenseamentodoscidadãoseleitores;b) Promoverasacçõesnecessáriasao recenseamentodeno-

voseleitoreseàactualização,manutençãoegestãoperma-nentesdaBDRE;

c) Promoveraactualizaçãoeemissãodoscadernoseleitorais,nostermosdaleidorecenseamentoeleitoral;

d) Planearecoordenarosescrutíniosprovisórios;e) Manterumabasededadoseleitorais,comosresultadosdo

recenseamento,actoseleitoraisereferendosrealizadosdes-de1974,segundoosdiversos tiposdenotaçãoeníveisdeagregação;

f) Manteredisponibilizaraopúblicoumsistemadeinformaçãodigitaleleitoralcomosdadosreferidosnasalíneasanteriores;

g) Procederaoestudo,definição,concepçãoe implementaçãodossistemasdeinformação,assegurandoasuapermanenteadequaçãoaosobjectivosdaDGAI;

h) ColaborarcomaentidaderesponsávelpelaRedeNacionaldeSegurança Interna na concepção, implementação,manuten-çãoeactualizaçãodarededecomunicaçõesenagestãodosrespectivossuporteslógicoseequipamentosafectosàDGAI;

i) Promoveroestabelecimentoeconsagraçãodecritériosere-grasdesegurança,deprivacidadeederecuperaçãoemcasodefalhadosdadosedasaplicações;

j) Colaborarna instalaçãodasdiferentespeçasdosuporte ló-gicodebase,dossistemasdegestãodebasededadosetodososprogramasprodutodeusogeral,garantindoasuamanutençãoeactualização;

l) Elaboraroprojectodeorçamentodecadaactoeleitoral oureferendo;

m)Planificar,coordenaredesenvolveroapoiofinanceiro,logísticoeadministrativoemmatériaeleitoral,promovendoaexecução,

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aprovisionamento, controloedistribuiçãopelasentidades le-galmentecompetentesdeboletinsdevoto, impressos,docu-mentosedemaismaterialeequipamento,recorrendo,quandonecessário,àcolaboraçãodeentidadesregionaiselocais;

n) Proporcritériosdeatribuiçãoetransferênciadeverbasparaasautarquiaslocaisbemcomodecompensaçãooureembol-sodedespesasefectuadasanívelregionalelocalemmaté-riaeleitoralequedevamsercomparticipadasousuportadaspeloMAI,controlandoorespectivoprocessamento;

o) Promoveraexecuçãográfica,publicaçãoedistribuiçãodosdocumentosnecessáriosàactividadedaDGAIemmatériadeadministraçãoeleitoral;

p) Organizaremanteractualizadoocadastrodoequipamentoeimpressoseleitoraisdistribuídos;

q) Preparareorganizar,parapublicação,ostrabalhosrealizados.

Artigo8.ºNúcleo de Apoio Administrativo

CompeteaoNúcleodeApoioAdministrativo(NAA):a) Preparar todososdocumentosdenaturezaadministrativae

financeiraquedevamserdespachadospelodirector-geral;b) PrepararosdocumentosdeplaneamentoorçamentaldaDi-

recção-Geraleprevernecessidadesemmatériadeeconoma-to e tesouraria, informando atempadamente a Secretaria--Geral;

c) ManteractualizadaarelaçãodopessoalemserviçonaDGAIe informar, nos prazos definidos, as alteraçõesde situaçãocomrepercussãonosabonosdopessoal;

d) ArticularcomosserviçosrespectivosdaSecretaria-Geralosprocedimentosnecessáriosàprestaçãodoapoioadministra-tivoelogísticoàprossecuçãodamissãodaDGAI;

e) Proceder às requisições de equipamentos, bens e serviçosnecessáriosaofuncionamentodaDirecção-Geral;

f) Providenciar que amanutenção dos equipamentos a cargodaDGAIsejarequisitadaeasseguradaemtempoútilparaobomdesempenhodosserviçosdaDirecção-Geral;

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g) ManteractualizadaarelaçãodomaterialacargodaDirecção--Geral.

Artigo9.ºEntrada em vigor

Apresenteportariaentraemvigorno1.ºdiadomêsseguinteaodasuapublicação.

Em29deMarçode2007.OMinistrodeEstadoedaAdministração Interna,AntónioLuís

SantosCosta.–PeloMinistrodeEstadoedasFinanças,EmanuelAugustodosSantos,SecretáriodeEstadoAdjuntoedoOrçamento.

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CÓDIGO PENAL(Excertos)

......................................................

TÍTULOVDos crimes contra o Estado

CAPÍTULOIDos crimes contra a segurança do Estado

......................................................

SECÇÃOIDos crimes eleitorais

Artigo336.º(Falsificação do recenseamento eleitoral)

1.Quem:a) Provocar a sua inscrição no recenseamento eleitoral forne-

cendoelementosfalsos;b) Inscreveroutrapessoanorecenseamentoeleitoralsabendo

queelanãotemodireitodeaíseinscrever;c) Impedir a inscrição de outra pessoa que sabe ter direito a

inscrever-se;oud) Por qualquer outro modo falsificar o recenseamento

eleitoral;épunidocompenadeprisãoaté1anooucompenademultaaté120dias.

2.Quem,comomembrodecomissãode recenseamento,comintuitofraudulento,nãoprocederàelaboraçãoouàcorrecçãodos

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cadernoseleitoraisépunidocompenadeprisãoaté3anosoucompenademulta.

3.Atentativaépunível.

Artigo337.º(Obstrução à inscrição de eleitor)

1.Quem,pormeiodeviolência,ameaçadeviolênciaouartifíciofraudulento,determinareleitoranãoseinscrevernorecenseamen-toeleitoralouainscrever-seforadaunidadegeográficaoudolocalpróprio,oualémdoprazo,épunidocompenadeprisãoaté1anooucompenademultaaté120dias,sepenamaisgrave lhenãocouberporforçadeoutradisposiçãolegal.

2.Atentativaépunível.

Artigo338.º(Perturbação de assembleia eleitoral)

1.Quempormeiodeviolência,ameaçadeviolênciaoupartici-pandoemtumulto,desordemouvozearia,impedirouperturbargra-vementearealização,funcionamentoouapuramentoderesultadosdeassembleiaoucolégioeleitoral,destinados,nostermosdalei,àeleiçãodeórgãodesoberania,dedeputadoaoParlamentoEuro-peu,deórgãodeRegiãoAutónomaoudeautarquialocal,ouare-ferendosépunidocompenadeprisãoatétrêsanosoucompenademulta.

2.Quementrararmadoemassembleiaoucolégioeleitoral,nãopertencendoaforçapúblicadevidamenteautorizada,épunidocompenadeprisãoaté1anooucompenademultaaté120dias.

3.Atentativaépunível.

Artigo339.º(Fraude em eleição)

1.Quem,emeleiçãoreferidanon.º1doartigoanterior:

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a) Votaremmaisdeumasecçãoouassembleiadevoto,maisdeumavezou comvárias listas namesmasecçãoouas-sembleiadevoto,ouactuarporqualquerformaqueconduzaaumfalsoapuramentodoescrutínio;ou

b) Falsearoapuramento,apublicaçãoouaactaoficialdo re-sultadodavotação;

épunidocompenadeprisãoaté2anosoucompenademultaaté240dias.

2.Atentativaépunível.

Artigo340.º(Coacção de eleitor)

Quem,emeleiçãoreferidanon.º1doartigo338.º,pormeiodeviolência,ameaçadeviolênciaoudegravemal,constrangereleitoravotar,oimpedirdevotarouoforçaravotarnumcertosentido,épunidocompenadeprisãoaté5anos,sepenamaisgravelhenãocouberporforçadeoutradisposiçãolegal.

Artigo341.º(Fraude e corrupção de eleitor)

1.Quem,emeleiçãoreferidanon.º1doartigo338.º:a) Medianteartifíciofraudulento,levareleitoravotar,oimpedir

devotar,ouolevaravotaremcertosentido;oub) Comprarouvendervoto;

épunidocompenadeprisãoaté1anooucompenademultaaté120dias.

2.Atentativaépunível.

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Artigo342.º(Violação do segredo de escrutínio)

Quem,emeleiçãoreferidanon.º1doartigo338.º,realizadaporescrutíniosecreto,violandodisposiçãolegaldestinadaaassegurarosegredodeescrutínio,tomarconhecimentoouderaoutrapessoaconhecimentodosentidodevotodeumeleitorépunidocompenadeprisãoaté1anooucompenademultaaté120dias.

Artigo343.º(Agravação)

Aspenasprevistasnosartigosdestasecção,comressalvadaprevistanon.º2doartigo336.º, sãoagravadasdeum terçonosseuslimitesmínimoemáximoseoagenteformembrodecomissãorecenseadora,desecçãodeassembleiadevoto,ou fordelegadodepartidopolíticoàcomissão,secçãoouassembleia.

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ÍNDICE

LEI ELEITORAL:

• Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 de Fevereiro, alterada erepublicadapelaLeiOrgânican.º1/2009,de19deJaneiro– Lei eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região

AutónomadaMadeira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3• Índice sistemático da Lei Orgânica n.º 1/2006, de 13 de Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75• Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma da Madeira–Lein.º13/91,de5deJunho(excertos). . . . . . . 85• ConstituiçãodaRepúblicaPortuguesa–7.ªrevisão–2005 (excertos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

LEGISLAçÃO COMPLEMENTAR:

• Decreto-Lei n.º 406/74, de 29 de Agosto – Direito de reunião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120• Decreto-Lein.º85-D/75,de26deFevereiro–Tratamento jornalísticodascandidaturas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127• Lein.º71/78,de27deDezembro–ComissãoNacionalde Eleições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134• Lein.º28/82,de15deNovembro–Organização,funciona- mentoeprocessodoTribunalConstitucional(excertos) . . 140• Lein.º97/88,de17deAgosto–Afixaçãoe inscriçãode mensagensdepublicidadeepropaganda(excertos). . . . . 147• Lein.º64/93,de26deAgosto–RegimeJurídicodeincom- patibilidadeseimpedimentosdostitularesdecargospolí- ticosealtoscargospúblicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152• Lein.º22/99,de21deAbril–Regulaacriaçãodebolsas

deagenteseleitoraiseacompensaçãodosmembrosdasmesas das assembleias ou secções de voto em actos

eleitoraisereferendários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

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• Lei n.º 26/99, de 3 de Maio – Alarga a aplicação dos princípios reguladores da propaganda e a obrigação deneutralidade das entidades públicas à data damarcação

daseleiçõesoudoreferendo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169• Lei n.º 10/2000, de 21 de Junho – Regime jurídico da

publicação ou difusão de sondagens e inquéritos de opinião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171• Portarian.º118/2001,de23deFevereiro–Regulamento daLeidasSondagens(art.º3.ºdaLein.º10/2000) . . . . . 186• LeiOrgânican.º4/2001,de30deAgosto–AlteraçãoàLei deDefesaNacionaledasForçasArmadas(excertos). . . . 189• Decreto-Lein.º279-A/2001,de19deOutubro–Regula-

mentação dos efeitos da licença especial concedida aos militares das Forças Armadas para o exercício de

mandatosefectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194• Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho – Financiamento dos partidospolíticosedascampanhaseleitorais. . . . . . . . . . . 199• LeiOrgânican.º2/2003,de22deAgosto–LeidosPartidos Políticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227• D.L. n.º 78/2007, de 29 de Março –Aprova a Orgânica daDGAI/MAI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242• Portaria n.º 341/2007, de 30 de Março – Determina a

estrutura nuclear dos serviços e as competências das respectivasunidadesorgânicas,daDGAI-MAI. . . . . . . . . . 254• CódigoPenal(excertos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264

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