Lei Mun 36 2000 Atual

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LEI COMPLEMENTAR N. 36, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2000.INSTITUI O CDIGO SANITRIO MUNICIPAL E DISPE SOBRE AS ATRIBUIES DO PODER PBLICO MUNICIPAL NO MBITO DO SISTEMA NICO DE SADE (SUS) E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu, ANDR PUCCINELLI, Prefeito Municipal de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul sanciono a seguinte Lei Complementar:

TTULO I Disposies preliminares Art. 1 - Esta Lei Complementar regula, no Municpio de Campo Grande, no Estado de Mato Grosso do Sul, os direitos e obrigaes em carter supletivo legislao federal e estadual pertinente, que se relacionam com a sade e o bem-estar individual e coletivo dos seus habitantes, dispe sobre as atribuies da Secretria Municipal de Sade Pblica, e aprova legislao bsica sobre promoo, proteo e recuperao da sade. Art. 2 - A sade um direito jurdico e um direito social e fundamental do ser humano, sendo dever do Municpio concorrente com o Estado e a Unio prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. 1 - O direito sade garantido mediante polticas sociais e econmicas, que visem a reduo de risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo e proteo e recuperao. 2 - O dever do Estado no exclui o das pessoas da famlia, das empresas e da sociedade. Para fins deste artigo incumbe: I - ao Municpio precipuamente, zelar pela promoo proteo e recuperao da sade e pelo bem-estar fsico, mental e social das pessoas e da coletividade; II - coletividade, em geral, cooperar com os rgos e entidades competentes na adoo de medidas que visem promoo, proteo e recuperao da sade dos seus membros;

III - aos indivduos, em particular, cooperar com os rgos e entidades competentes; adotar um estilo de vida higinico; observar os ensinamentos sobre educao e sade; prestar as informaes que lhes forem solicitadas pelos rgos sanitrios competentes; respeitar as recomendaes sobre conservao do meio ambiente e atender as

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legislaes e normas vigentes. Art. 3 - Este Cdigo atender aos princpios expressos nas Constituies Federal e Estadual, nas Leis Orgnicas de Sade - Leis ns. 8080, de 19 de setembro de 1990 e 8142, de 28 de dezembro de 1990, no Cdigo de Defesa do Consumidor - Lei n. 8078, de 11 de setembro de 1990 e no Cdigo Sanitrio do Estado de Mato Grosso do Sul - Lei n. 1293 de 21 de setembro de 1992 e mais legislaes vigentes, baseado-se nos seguintes preceitos: I - descentralizao, preconizada nas Constituies Federal e Estadual, de acordo com as seguintes diretrizes: a) direo nica no mbito municipal; b) integrao das aes e servios, com base na regionalizao e hierarquizao do atendimento individual e coletivo, adequado as diversas realidades epidemiolgicas; e c) universalizao da assistncia com igual qualidade e acesso da populao urbana e rural a todos os nveis dos servios de sade; II - participao da sociedade, atravs de: a) conferncia de sade; b) conselhos de sade c) representaes sindicais; e d) movimentos e organizaes no governamentais; III - articulao intra e interministerial, atravs do trabalho integrado e articulado entre os diversos rgos que atuam ou se relacionam com a rea de sade; IV - publicidade, para garantir o direito informao, facilitando seu acesso mediante sistematizao, divulgao ampla e motivao dos atos, e V - privacidade, devendo as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica preservar esse direito do cidado, somente sendo sacrificado quando for a nica maneira de evitar perigo atual ou iminente para a sade pblica.

TTULO II Objeto, campo de atuao e metodologia

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Art. 4 - Os princpios expressos neste Cdigo disporo sobre proteo, promoo e preservao da sade, no que se refere s atividades de interesse sade e meio ambiente, nele includo o do trabalho, e tm os seguintes objetivos: I - assegurar condies adequadas sade, educao, moradia, ao transporte, ao lazer e ao trabalho; II - promover a melhoria da qualidade do meio ambiente, nele includo o do trabalho, garantindo condies de sade, segurana e bem estar pblico; III - assegurar condies de qualidade na produo, comercializao e consumo de bens e servios de interesse sade, includos procedimentos, mtodos, e tcnicas que as afetam; IV - assegurar condies adequadas para prestao de servios de sade; V - promover aes visando o controle de doenas, agravos, ou fatores de risco de interesse sade; e VI - assegurar e promover a participao da comunidade nas gestes de sade. Art. 5 - As aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica sero desenvolvidas atravs de mtodos cientficos, mediante pesquisas, monitoramento atravs da anlise da situao, mapeamento dos pontos crticos e controle de riscos. Art. 6 - Em consonncia com o sistema de auditoria, avaliao dever ser mantido processo contnuo de acompanhamento e avaliao das aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, visando o aprimoramento tcnico cientfico e a melhoria da qualidade e resolubilidade das aes. Art. 7 - Caber ao Gestor Municipal do Sistema nico de Sade - SUS enquanto coordenador do sistema, a elaborao de normas tcnicas e orientaes gerais, observados os termos previstos neste Cdigo e as normas gerais de competncias do estado e da Unio, no que diz respeito s questes de Vigilncia Sanitria e epidemiologia, conforme artigo 30, da Constituio Federal. Art. 8 - A poltica de recursos humanos da Secretaria Municipal de Sade Pblica, dever manter a capacitao permanente dos profissionais que atuam em vigilncia sanitria e epidemiolgica, de acordo com os objetivos e campo de atuao das mesmas. Art. 9 - A Secretaria Municipal de Sade Pblica manter um sistema de informaes sanitrias e epidemilgicas para fins de planejamento, correo finalstica de atividades e elaborao estatsticas de sade.

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Art. 10 - As informaes referentes as aes de vigilncia devero ser amplamente divulgadas populao atravs de diferentes meios de comunicao. Art. 11 - As vigilncias Sanitria e Epidemiolgicas devero organizar servios de captao de reclamaes e denncias, divulgando periodicamente esses dados.

TTULO III Promoo, proteo e preservao da sade CAPTULO I Sade e Meio ambiente SEO I Disposies gerais Art. 12 - Constitui finalidade das aes de vigilncia sanitria sobre o meio ambiente o enfrentamento dos problemas ambientais e ecolgicos, de modo a serem sanados ou minimizados a fim de no representarem riscos vida, levando em considerao aspecto da economia, da poltica, da cultura e da cincia e tecnologia, com vista ao desenvolvimento sustentado, como forma de garantir a qualidade de vida e proteo ao meio ambiente. Art. 13 - So fatores ambientais de risco sade aqueles decorrentes de qualquer situao ou atividade no meio ambiente, principalmente relacionados organizao territorial, ao ambiente construdo, ao saneamento ambiental, as fontes de poluio inclusive a sonora, a proliferao de artrpodes nocivos, a vetores e hospedeiros intermedirios s atividades produtivas e de consumo, s substncias perigosas, txicas, explosivas, inflamveis, corrosivas, e radioativas e a quaisquer outros fatores que ocasionem ou possam vir a ocasionar risco ou dano sade, vida ou qualidade de vida. Pargrafo nico - Os critrios, parmetros, padres, metodologias de monitoramento ambiental biolgico e de avaliao dos fatores de riscos citados neste artigo sero definidos neste Cdigo, em normas tcnicas e demais diplomas legais vigentes.

SEO II Organizao territorial, Assentamentos Humanos e Saneamento Ambiental Art. 14 - A direo municipal do SUS dever manifestar-se atravs de instrumentos de planejamento e avaliao de impactos sade, no

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mbito de sua competncia quanto aos aspectos de salubridade, drenagem, infra-estrutura sanitria, manuteno de reas livres e institucionais, sistemas de laser, ndice de ocupao e de densidade demogrfica. Art. 15 - Toda e qualquer edificao quer seja urbana ou rural, dever ser construda e mantida, observando-se: I - proteo contra enfermidades transmissveis e as crnicas; II - preveno de acidentes e intoxicaes; III - reduo dos fatores de estresse psicolgico e social; IV - preservao do ambiente do entorno; V - uso adequado da edificao em funo da sua finalidade; e VI - respeito a grupos humanos vulnerveis. Art. 16 - Toda e qualquer instalao destinada criao, manuteno e reproduo de animais quer esteja em zona rural ou urbana, deve ser construda, mantida e operada em condies sanitrias adequadas e que no causem incmodo populao. Art. 17 - A autoridade sanitria motivadamente e com respaldo cientfico e tecnolgico poder determinar intervenes em saneamento ambiental, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida e sade da populao. SEO III Abastecimento de gua para Consumo Humano Art. 18 - Todo e qualquer sistema de abastecimento de gua, seja pblico ou privado, individual ou coletivo, esta sujeito fiscalizao da autoridade sanitria competente, em todos os aspectos que podem afetar a sade pblica. Art. 19 - Os projetos de construo, ampliao e reforma de sistema de abastecimento de gua, sejam pblicos ou privados, individuais ou coletivos, devero ser elaborados, executados e operados conforme normas tcnicas estabelecidas pela autoridade sanitria competente. Art. 20 - Nos projetos, obras e operaes de sistemas de abastecimento de gua, sejam pblicos ou privados, individuais ou coletivos, devero ser obedecidos os seguintes princpios gerais, independentemente de outras exigncias tcnicas eventualmente estabelecidas: I - a gua distribuda dever atender s normas e aos padres de potabilidade estabelecidas pela autoridade sanitria competente e legislao pertinente; II - todos os materiais, equipamentos e produtos qumicos

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utilizados em sistema de abastecimento de gua devero atender s exigncias e especificaes das normas tcnicas estabelecidas pela autoridade sanitria competente, a fim de no alterar o padro de potabilidade da gua distribuda; III - toda gua distribuda por sistema de abastecimento dever ser submetida obrigatoriamente a um processo de desinfeco, de modo a assegurar sua qualidade do ponto de vista microbiolgico e manter concentrao do agente desinfetante na rede de distribuio, de acordo com norma tcnica; IV - dever ser mantida presso positiva em qualquer ponto da rede de distribuio; e V - a fluoretao da gua distribuda atravs de sistema de abastecimento dever obedecer ao padro estabelecido pela autoridade sanitria competente.

SEO IV Esgotamento Sanitrio Art. 21 - Todo e qualquer sistema de esgotamento sanitrio, seja pblico ou privado, individual ou coletivo, estar sujeito a fiscalizao da autoridade sanitria competente, em todos os aspectos que podem afetar a sade pblica. Art. 22 - Os projetos de construo ampliao e reforma de esgotamento sanitrio, seja pblicos ou privados, individuais ou coletivos, devero ser elaborados, executados e operados conforme normas tcnicas estabelecidas pela autoridade sanitria competente. Art. 23 - A utilizao em atividades agropecurias, de gua fora dos padres de potabilidade, esgoto sanitrios ou lodo proveniente de processos de tratamento de esgotos, s ser permitido conforme normas tcnicas. SEO V Resduos Slidos Art. 24 - Todo e qualquer sistema individual ou coletivo, pblico e privado, de gerao, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, reciclagem e destinao final de resduos slidos de qualquer natureza, gerados ou introduzidos no Municpio, estar sujeito, fiscalizao da autoridade sanitria competente, em todos aspectos que possam afetar a sade pblica. Art. 25 - Os projetos de implantao, construo, ampliao e reforma de sistema de coleta, transporte, tratamento, reciclagem e destinao dos resduos slidos devero ser elaborados, executados e operados, conforme normas tcnicas estabelecidas pela autoridade sanitria

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competente. Art. 26 - Fica proibida a reciclagem de resduos slidos infectantes gerados por estabelecimentos prestadores de servios de sade. Art. 27 - As instalaes destinadas ao manuseio de resduos com vista sua reciclagem, devero ser projetadas, operadas e mantidas de forma tecnicamente adequada, a fim de no vir a comprometer a sade humana e ao meio ambiente. Art. 28 - As condies sanitrias de acondicionamento, transporte, incinerao, localizao e forma de disposio de resduos perigosos, txicos, explosivos, inflamveis, corrosivos, radioativos e imunobiolgicos, devero obedecer s normas tcnicas e ficaro sujeitas fiscalizao da autoridade sanitria.

TTULO IV Sade e Trabalho CAPTULO I Disposies Gerais Art. 29 - A sade do trabalhador dever ser resguardada tanto nas relaes sociais que se estabelecem entre o capital e o trabalho, como no processo de produo. 1 - Nas relaes estabelecidas entre o capital e o trabalho esto englobados os aspectos econmicos, organizacionais e ambientais da produo de bens e servios. 2 - As aes de sade do trabalhador previstas neste Cdigo compreendem o meio urbano e rural. Art. 30 - So obrigaes do empregador, alm daquelas estabelecidas na legislao em vigor: I - manter as condies e a organizao de trabalho adequadas s condies psicofisicas dos trabalhadores; II - garantia de facilitar acesso das autoridades sanitrias, Comisses Internas de Preveno de Acidentes - CIPAs e representantes dos sindicatos de trabalhadores aos locais de trabalho, a qualquer dia e horrio, fornecendo todas as informaes e dados solicitados; III - dar ampla informao aos trabalhadores e CIPAs sobre os riscos sobre os quais esto expostos; IV - arcar com os custos de estudos e pesquisas que visem esclarecer os riscos ao ambiente de trabalho e ao meio ambiente; e V - comunicar imediatamente autoridade sanitria a

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deteco de quaisquer riscos para a sade do trabalhador, sejam fsicos, qumicos, biolgicos, operacionais ou provenientes da organizao do trabalho, elaborando cronograma e implementando a correo dos mesmos. Art. 31 - Os rgos executores das aes de sade do trabalhador devero desempenhar suas funes, observando os seguintes princpios e diretrizes: I - informar os trabalhadores, CIPAs e respectivos sindicatos sobre os riscos e danos sade no exerccio da atividade laborativa e nos ambientes de trabalho; II - assegurar a participao das CIPAs, das comisses de sade e dos sindicatos dos trabalhadores na formulao, planejamento, avaliao e controle de sade do trabalhador; III - assegurar s CIPAs, s comisses de sade e aos sindicatos de trabalhadores a participao nos atos de fiscalizao, avaliao e pesquisa referente ao ambiente de trabalho ou sade, bem como garantir acesso aos resultados obtidos; IV - assegurar ao trabalhador em condies de risco grave ou iminente no local de trabalho a interrupo de suas atividades, sem prejuzo de quaisquer direitos, at a eliminao do risco; V - assegurar aos sindicatos o direito de requerer ao rgo competente do Servio de Vigilncia Sanitria e Epidemiolgica a interdio de mquinas, de parte ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposio a risco iminente para a vida ou sade dos trabalhadores e da populao, com imediata ao do poder pblico competente; VI - considerar o conhecimento do trabalhador como tecnicamente fundamental para o levantamento das reas de riscos e dos danos sade; VII - estabelecer normas tcnicas para a proteo da sade no trabalho da mulher no perodo de gestao, do menor e dos portadores de deficincias; e VIII - considerar preceitos e recomendaes dos organismos internacionais do trabalho na elaborao de normas tcnicas especficas. Art. 32 - dever da autoridade sanitria competente indicar ao empregador obrigao de adotar todas as medidas necessrias para a plena correo de irregularidades nos ambientes de trabalho, observados os seguintes nveis de prioridade: I - eliminao das fontes de riscos; II - medidas de controle diretamente na fonte;

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III - medidas de controle no ambiente de trabalho; e IV - utilizao de equipamentos de proteo individual, que somente dever ser permitida nas situaes de emergncia ou nos caos especficos em que for a nica possibilidade de proteo, e dentro do prazo estabelecido no cronograma de implantao das medidas de proteo coletiva.

CAPTULO II Estruturao das Atividades e da Organizao do Trabalho SEO I Riscos no Processo de Produo Art. 33 - O transporte, a movimentao, o manuseio e o armazenamento de materiais, o transporte de pessoas, os veculos e os equipamentos usados nestas operaes, devero obedecer a critrios estabelecidos em normas tcnicas, que preservem a sade do trabalhador. Art. 34 - A fabricao, importao, venda, locao, instalao, operao e manuteno de mquinas e equipamentos devero obedecer a critrios estabelecidos em normas tcnicas, que preservem a sade do trabalhador. Art. 35 - As empresas devero manter sob controle os fatores ambientais de risco sade do trabalhador, como rudo, iluminao, calor, frio, umidade, radiaes, agentes qumicos, presses hiperbricas e outros de interesse da sade, dentro dos critrios estabelecidos em normas tcnicas. Art. 36 - A organizao do trabalho dever adequar-se s condies psicofisiolgicas e ergonmicas dos trabalhadores, tendo em vista as possveis repercusses negativas sobre a sade, quer diretamente, atravs dos fatores que a caracterizam, quer pela potencializao dos riscos de natureza fsica, qumica ou biolgica, presentes no processo de produo, devendo ser objeto de normas tcnicas.

TTULO V Produtos e Substncias de Interesse Sade CAPTULO I Disposies Gerais Art. 37 - Entende-se por produtos e substncias de interesse sade os alimentos, guas minerais e de fontes, bebidas, aditivos, medicamentos, drogas, insumos farmacuticos, correlatos, cosmticos, perfumes, produtos de higiene, saneantes domissanitrios (inseticidas,

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raticidas), agrotxicos, materiais de revestimento e embalagens ou outros produtos que possam trazer riscos sade. Art. 38 - Compete autoridade sanitria a avaliao e controle de risco, normatizao, fiscalizao e controle das condies sanitrias e tcnicas da importao, exportao e extrao, produo, manipulao, beneficiamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, distribuio, dispensao, esterilizao, embalagem e reembalagem, aplicao, comercializao e uso, referentes aos produtos e substncias de interesse sade. Pargrafo nico - A fiscalizao de que trata este artigo se estende propaganda e publicidade dos produtos e substncias de interesse sade. Art. 39 - As empresas relacionadas aos produtos e substncias de interesse sade sero responsveis pela manuteno, pelos padres de identidade, qualidade e segurana, definidos a partir de normas tcnicas aprovadas pelo rgo competente, bem como cumprimento das Normas de Boas Prticas de Fabricao, Manipulao e Prestao de Servios. 1 - As empresas mencionadas no caput deste artigo, sempre que solicitado pela autoridade sanitria, devero apresentar o fluxograma de produo e as Normas de Boas Prticas de Fabricao, Manipulao e Prestao de Servios referente as atividades desenvolvidas. 2 - Dever ser assegurado ao trabalhador o acesso s Normas de Boas Prticas de Fabricao, Manipulao e Prestao de Servios. Art. 40 - Os profissionais de sade devero formular suas prescries de medicamentos com base na denominao genrica dos medicamentos, conforme lista estabelecida pela direo estadual do SUS. Pargrafo nico - No mbito do Sistema nico de Sade - SUS, as prescries do profissional responsvel adotaro obrigatoriamente as determinaes da Denominao Comum Brasileira DCB, ou, na sua falta, a Denominao Comum Internacional.

CAPTULO II Estabelecimentos

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SEO I Condies de Funcionamento dos Estabelecimentos de Produtos e Substncia de Interesse Sade

Art. 41 - Os estabelecimentos de interesse da sade devero possuir instalaes, maquinrios, utenslios ou aparelhos adequados s suas finalidades institucionais, sendo mantidas em perfeitas condies de higiene e conservao, de acordo com as exigncias, observadas as normas e padres, especialmente as de saneamento, operao e segurana estabelecidas pela legislao pertinente. Art. 42 - As farmcias e drogarias podero manter servios de atendimento ao pblico para a aplicao de injees com prescrio mdica e sob responsabilidade de tcnico habilitado de acordo com normas tcnicas especficas. Pargrafo nico - Fica vedado s ervanrias e postos de medicamentos exercer as atividades mencionadas neste artigo.

SEO II Comercializao dos Produtos e Substncias de Interesse Sade Art. 43 - A comercializao dos produtos importados de interesse sade ficar sujeita prvia autorizao da autoridade sanitria competente. Art. 44 - Nas embalagens e rtulos de medicamentos que contenham corantes, estabilizantes e conservantes qumicos ou biolgicos, devero constar, obrigatoriamente, mensagem alertando o consumidor sobre a presena e composio dos mesmos bem como sobre a possibilidade de conseqncias adversas, prejudiciais sade. SEO III Propaganda de Produtos e Substncias de Interesse Sade Art. 45 - As amostras grtis distribudas pelos estabelecimentos industriais de produtos farmacuticos obedecero ao disposto em legislao especfica e Normas Tcnicas vigentes.

TTULO VI Estabelecimento de Sade

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CAPTULO I Estabelecimentos de Assistncia Sade Art. 46 - Para fins deste Cdigo e de suas normas tcnicas, considera-se assistncia sade a ateno sade prestada nos estabelecimentos definidos e regulamentados em norma tcnica, destinados precipuamente promoo, proteo da sade, preveno das doenas, recuperao e reabilitao da sade. Art. 47 - Os estabelecimentos de assistncia sade com obrigatoriedade de implantar e manter comisses de controle de infeco sero definidos em normas tcnicas. Pargrafo nico - A responsabilidade pessoal dos profissionais de sade pelo controle de infeco em seus ambientes de trabalho independe da existncia de comisso referida neste artigo. Art. 48 - Os estabelecimentos de assistncia sade e os veculos para transporte de pacientes devero ser mantidos em rigorosa condio de higiene devendo ser observados as normas de controle de infeco estipulados na legislao sanitria. Art. 49 - Os estabelecimentos de assistncia sade devero adotar procedimentos adequados na gerao, acondicionamento, fluxo, transporte, armazenamento, destino final, e demais questes relacionados com resduos de servios de sade, conforme legislao sanitria. Art. 50 - Os estabelecimentos de assistncia sade devero possuir condies adequadas para o exerccio da atividade profissional na prtica de aes que visem proteo, promoo, preservao e recuperao da sade. Art. 51 - Os estabelecimentos de assistncia sade devero possuir quadros de recursos humanos legalmente habilitados em nmero adequado demanda e s atividades desenvolvidas. Art. 52 - Os estabelecimentos de assistncia sade devero possuir instalaes, equipamentos, instrumentais, utenslios e materiais de consumo indispensveis e condizentes com suas finalidades e em perfeito estado de conservao e funcionamento, de acordo com normas tcnicas. Art. 53 - Caber ao responsvel tcnico pelo estabelecimento ou servio, o funcionamento adequado dos equipamentos utilizados nos procedimentos diagnsticos e teraputicos, no transcurso de vida til, instalados ou utilizados pelos estabelecimentos de assistncia sade. 1 - Respondem solidariamente pelo funcionamento

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adequado dos equipamentos: 1 - o proprietrio dos equipamentos, que dever garantir a compra do equipamento adequado, instalao, manuteno permanente e reparos; 2 - o fabricante que dever prover os equipamentos de certificado de garantia, manual de instalao, operacionalizao, especificaes tcnicas e assistncia tcnica permanente; 3 - a rede de assistncia tcnica, que dever garantir o acesso aos equipamentos nas condies estabelecidas no item 2. 2 - Os equipamentos, quando no estiverem em perfeitas condies de uso, devero estar fora da rea de atendimento ou, quando a remoo for impossvel, exibir aviso inequvoco de proibio de uso. Art. 54 - Os estabelecimentos de assistncia sade que utilizarem em seus procedimentos medicamentos ou substncias psicotrpicos ou sob regime de controle especial, devero manter controles e registros na forma prevista na legislao sanitria. Art. 55 - Todos os estabelecimentos de assistncia sade devero manter, de forma organizada e sistematizada, os registros de dados de identificao dos pacientes, de exames clnicos e complementares, de procedimentos realizados ou teraputica adotada, da evoluo e das condies de alta, para apresent-los autoridade sanitria sempre que esta o solicitar, justificadamente, por escrito. Pargrafo nico - Esses documentos devero ser guardados pelo tempo previsto em legislao especfica.

CAPTULO II Estabelecimentos de Interesse da Sade Art. 56 - Para fins deste Cdigo e de suas normas tcnicas, consideram-se como de interesse sade todas as aes que direta ou indiretamente estejam relacionadas com a proteo, promoo e preservao da sade, dirigidas populao e realizadas por rgos pblicos, empresas pblicas, empresas privadas, instituies filantrpicas, outras pessoas jurdicas de direito pblico, direito privado e pessoas fsicas. Art. 57 - Para fins deste Cdigo consideram-se como de interesse indireto sade, todos os estabelecimentos e atividades no relacionadas neste Cdigo, cuja prestao de servios ou fornecimento de produtos possam constituir risco sade pblica, segundo norma tcnica. TTULO VII Vigilncia Epidemiolgica CAPTULO I

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Disposies gerais Art. 58 - Entende-se por Vigilncia Epidemiolgica o conjunto de aes que proporcionem o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual e coletiva, com a finalidade de adotar ou recomendar medidas de preveno e controle das doenas e agravos sade. Art. 59 - As aes de Vigilncia Sanitria e Epidemiolgica compem um campo integrado e indissocivel de prticas, fundamentado no conhecimento interdisciplinar e na ao intersetorial, desenvolvidas atravs de equipes multiprofissionais, com a participao ampla e solidria da sociedade, atravs de suas organizaes, entidades e movimentos, estruturando em seu conjunto um campo de conhecimentos e prticas denominado de vigilncia sade. Pargrafo nico - Podero fazer parte do Sistema de Vigilncia Epidemiolgica os rgos de sade pblicas e privados definidos por ato administrativo. CAPTULO II Controle de Zoonoses SEO I Disposies Gerais Art. 60 - O desenvolvimento de aes objetivando o controle das populaes animais, bem como a preveno e o controle de zoonoses no Municpio de Campo Grande, passam a ser regulados pelo presente Cdigo. Art. 61 - O Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Sade Pblica, o rgo responsvel, em mbito municipal, pela execuo das aes mencionadas no artigo anterior. Pargrafo nico Para os efeitos deste Cdigo, estende-se por: (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047,de 16.04.2002)

I Zoonose: infeco ou doena infecciosa transmissvel naturalmente entre animais vertebrados e o homen e vice-versa; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de16.04.2002)

II VETADO.no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

(includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado

III rgo Sanitrio responsvel: Centro de Controle de Zoonoses; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de

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16.04.2002)

IV Animais de estimao: Os de valores afetivos, passveis de coabitar com o homen; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002,publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

V Animais de Uso econmico: As espcies domsticas, criadas, utilizadas ou destinadas produo econmica;(includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

VI Animais Ungulados: Os mamferois com os dedos revestidos de cascos; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado noDIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

VII Animais soltos: Todo e qualquer animal errante encontrado sem qualquer processo de conteno; (includo pela Lei Complementarn 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

VIII Animais apreendidos: Todo e qualquer animal capturado por servidores credenciados, compreendendo desde o instante da captura, seu transporte, alojamento nas dependncias dos depsitos municipais de animais e destinao final; (includo pela Lei Complementarn 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

IX Depsitos municipais de animais: As dependncias apropriadas do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Sade Pblica, para alojamento e manuteno dos animais apreendidos; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado noDIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

X Ces mordedores viciosos: Os causadores de mordeduras poessoas ou outros animais, em logradouros pblicos, de forma repetida; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n1047, de 16.04.2002)

XI Maus tratos: Toda e qualquer ao voltada contra os animais que impliquem em crueldade, especialmente em ausncia de alimentao mnima necessria, excesso de peso de carga, tortura, uso de animais feridos e submisso a experincias pseudocientficas; (includopela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

XII Condies inadequadas: A manuteno de animais em contato direto ou indireto, com outros animais portadores de doenas infecciosas ou zoonoses, ou ainda em alojamento de dimenses imprprias sua espcie e porte, ou queles que permitam a proliferao de animais sinantrpicos; (includo pela Lei Complementar n 45, de15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

XIII Animais Selvagens: Os pertecentes s espcies no domsticas;1047, de 16.04.2002) (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n

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XIV Fauna extica: Animais de espcies estrangeiras; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de16.04.2002)

XV Animais sinantrpicos: As espcies que indesejavelmente coabitam com o homem, tais como: roedores, baratas, moscas, pernilongos, pulgas, escorpies, animais peonhentos e outros; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado noDIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

XVI - Colees lquidas: Qualquer quantidade de gua parada;16.04.2002) (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de

XVII Canil: Estabelecimento onde so criados ces.(includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

Art. 62 - Constituem objetivos bsicos das aes de preveno e controle de zoonoses: I - Prevenir, reduzir e eliminar a morbidade e a mortalidade, bem como os sofrimentos humanos causados pelas zoonoses urbanas prevalentes; II - Preservar a sade da populao humana, mediante o emprego dos conhecimentos especializados e experincias da Sade Pblica Veterinria. Art. 63 - Constituem objetivos bsicos das aes de controle das populaes animais: I - Prevenir, reduzir e eliminar as causas de sofrimento aos animais; II - Preservar a sade e o bem-estar da populao humana, evitando-lhe agravos ou incmodos causados por animais. III Prevenir, reduzir e eliminar a morbilidade e a mortalidade, bem como os sofrimentos causados pelas zoonoses urbanas prevalentes; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDEn 1047, de 16.04.2002)

IV Preservar a sade da populao humana, mediante o emprego dos conhecimentos especializados e experincias da Sade Pblica Veterinria. (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado noDIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

SEO II

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Animais Art. 64 - No ser permitida a criao ou conservao de animal, que pela sua natureza ou qualidade, seja causa de insalubridade ou incmodo, de acordo com normas tcnicas definidas pelo rgo municipal competente. Pargrafo nico - de responsabilidade dos proprietrios a manuteno dos animais em perfeitas condies de alojamento, alimentao, sade e bem-estar. Art. 65 proibida a permanncia, a manuteno e o trnsito de animais nas vias pblicas ou locais de livre acesso ao pblico: (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de16.04.2002)

1 - Excetuamse da proibio prevista no caput deste artigo, a manuteno de animais domsticos e de pequeno porte, quando conduzidos por seus donos conforme normas tcnicas estabelecidas pelo rgo municipal competente e devidamente vacinados, com registro atualizado, amordaados quando necessrio e conduzidos com coleira guia, pelo proprietrio ou responsvel, com idade e fora fsica suficientes para controlar os movimentos do animal.(includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

2 - No sero permitidos, em residncia particular, a criao, o alojamento e manuteno de 5 (cinco) animais no total da espcie canina ou felina, com idade superior a 90 (noventa) dias, que por sua natureza, possam causar risco a sade e segurana ou comodidade da populao. (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado noDIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

SEO III Controle da Raiva Animal Art. 66 - Cabe aos proprietrios tomar medidas cabveis no tocante vacinao anual de ces e gatos contra a raiva, devendo ser apresentado documento comprobatrio sempre que solicitado pela Autoridade Sanitria competente.

Art. 67 - Para o controle da raiva animal, o Municpio de Campo Grande poder prestar colaborao tcnica s outras Prefeituras Municipais do Estado. 1 - Os animais das espcies canina e felina, suspeitos de terem raiva ou que agrediram pessoas, sero isolados o mais rpido possvel e observados em seu domiclio, atravs de visita, ou no rgo competente, por um perodo mnimo de 10 (dez) dias. (includopela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

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2 - critrio da autoridade sanitria competente podero ser apreendidos os animais que se encontrarem nas seguintes situaes: (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de16.04.2002)

I em desobedincia ao disposto no artigo 65;pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

(includo

II com suspeita de raiva ou outra zoonose; (includo pela LeiComplementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

III submetido a maus tratos por seu proprietrio;(includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

IV mantido em condies inadequadas de vida ou alojamento, cuja criao ou uso estejam em desacordo com a legislao vigente; (includo pela Lei Complementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de16.04.2002)

V mordedor vicioso, condio esta constatada pela autoridade sanitria ou comprovada mediante dois ou mais boletins de visita e orientao, expedidos pelo rgo competente. (includo pela LeiComplementar n 45, de 15.04.2002, publicado no DIOGRANDE n 1047, de 16.04.2002)

Art. 68 - Qualquer animal que esteja evidenciando sinais clnicos de Raiva, constatada pelo Mdico Veterinrio, dever ser prontamente isolado, capturado e/ou sacrificado e seu crebro encaminhado a um laboratrio oficial de diagnstico. Art. 69 Fica a Secretaria Municipal de Sade responsvel por promover a Campanha de Imunizao contra a raiva animal no Municpio de Campo Grande, realizada anualmente ou quando necessrio, de forma perifocal. SEO IV Animais Sinantrpicos Art. 70 - Ao muncipe compete a adoo de medidas necessrias, para a manuteno de suas propriedades limpas evitando o acmulo de lixo, materiais inservveis ou colees lquidas, que possam propiciar a instalao e proliferao de fauna sinantrpicas. 1 - Os proprietrios de terrenos baldios e/ou desabitados ficam obrigados a manter o seu terreno limpo, sem acmulos de materiais inservveis. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007,publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

2 - Os estabelecimentos comerciais, tais como borracharias, ferro-velhos oficinas mecnicas, depsitos de reciclagem de lixo e outros afins, so obrigados a manter esses locais isentos de gua estagnada e todos os materiais sob cobertura, de forma a evitar a proliferao de mosquitos e outros animais sinantrpicos. (includo pela Lei

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Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

3 - Nas obras de construo civil, obrigatrio a drenagem permanente de colees lquidas, originadas ou no pelas chuvas, de forma a impedir a proliferao de mosquitos e outros animais sinantrpicos. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado noDIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

SEO V(includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

DO CONTROLE E PREVENO DA DENGUE(includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

Art. 70-A. Aos Proprietrios, possuidores, detentores ou responsveis a qualquer ttulo por imveis particulares ou pblicos, compete: (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de27.03.2007)

I Conservar a limpeza dos quintais, com o recolhimento de lixo, pneus, latas, plsticos e outros objetos ou recipientes e inservveis em geral que possam acumular gua; (includo pelaLei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

II Manter Plantas aquticas em areia umedecida, manter secos os pratos de vasos de plantas ou com areia impedindo o acmulo de guas (emersas) nos mesmos; (includo pela Lei Complementar n 98, de26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

III Tomar medidas para que os objetos, plantas ornamentais ou rvores que possam acumular gua sejam tratados ou corrigidas suas fendas para evitar a proliferao de larvas; (includo pela LeiComplementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

IV Conservar as piscinas limpas e tratadas, bem como, as calhas e os ralos; (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado noDIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

V Manter cobertos os carrinhos de mo e caixas de confeco de massa de construes civis de maneira a no acumular gua que permita o desenvolvimento de larvas; (includo pela Lei Complementar n 98,de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

VI Manter os reservatrios, caixas dguas, cisternas ou similares devidamente tampados e com vedao segura, de material rgido, afim de evitar bolses acumuladores de gua, de forma a no permitir o acesso do mosquito Aedes Aegypti e, consequentemente, sua desova e reproduo. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado noDIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

Art. 70-B. responsabilidade dos proprietrios de lotes e terrenos baldios providenciar a capinao, limpeza e remoo peridica de resduos. Feita a notificao e posterior aplicao da sano prevista no Cdigo de Polcia Administrativa do Municpio (Lei

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n 2.909/92), e permanecendo a omisso dos proprietrios, poder o Poder Executivo Municipal realiza-las, cobrando dos proprietrios as despesas havidas com a realizao desses servios. (includo pela LeiComplementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

Art. 70-C. Aos industriais, comerciantes e proprietrios de estabelecimentos prestadores de servio, nos ramos de laminadora de pneus, borracharias, depsitos de material reciclvel ou comrcio similar, competem: (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007,publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

I Manter os pneus secos ou cobertos com lonas ou acondicionados em barraces devidamente vedados; (includo pela LeiComplementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

II Manter secos e abrigados de chuva quaisquer recipientes, avulsos ou no, suscetveis vedados; (includo pela Lei Complementar n98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

III Atender s determinaes emitidas pelos Agentes do Poder Executivo. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDEn 2.268, de 27.03.2007)

Art. 70-D. Ficam as imobilirias, construtoras, proprietrios ou possuidores de imveis, obrigados a fornecer as chaves dos imveis que estejam desocupados, para que os Agentes do Poder Executivo possam realizar inspeo de possveis criadouros do mosquito aedes aedypti, e, alm disso, fornecer meios de contato com seus proprietrios. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n2.268, de 27.03.2007)

1. A inspeo poder ser efetuada com o acompanhamento do proprietrio, possuidor ou responsvel pelo imvel ou de algum indicado por estes, pela imobiliria ou pela construtora, conforme o caso. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicadono DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

2. A entrega das chaves s poder ser efetuada para os Agentes do Poder Pblico mediante apresentao dos documentos pessoais e identificao funcional que comprovem vnculo com a Administrao Pblica Municipal. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007,publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

3. O simples fornecimento da chave do imvel para a realizao de inspeo, por uma das pessoas indicadas no 1, caracteriza autorizao expressa para adentr-lo. (includo pela Lei Complementar n98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

4. Mediante termo de devoluo de chaves, esta dever ser devolvida imobiliria ou construtora, pelo Agente fiscalizador, logo aps a inspeo, sob pena de responsabilidade do servidor. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de27.03.2007)

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5. O no fornecimento das chaves para inspeo do imvel, caracteriza embarao fiscalizao, ensejando a aplicao das penalidades cabveis espcie. (includo pela Lei Complementar n 98, de 26.03.2007, publicadono DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

Art. 70-E. Aplicam-se a esta Seo V, do Captulo II, Ttulo VII, as penalidades estabelecidas para as infraes de natureza sanitrias previstas neste Cdigo. (NR) (includo pela Lei Complementar n 98, de26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007)

CAPTULO II Notificao Compulsria das Doenas e Agravos Sade Art. 71 - Ser obrigatria a notificao autoridade sanitria local por: I - mdicos que forem chamados para prestar cuidados ao doente, mesmo que no assumam a direo do tratamento; II - responsvies por estabelecimentos de assistncia sade e instalaes medico-sociais de qualquer natureza; III - responsveis por laboratrios que executem exames microbiolgicos, sorolgicos, anatomopatolgicos ou radiolgicos; IV - farmacuticos, veterinrios, dentistas, enfermeiros, parteiras e pessoas que exeram profisses afins; V - responsveis por estabelecimentos prisionais, de ensino, creches, locais de trabalho, ou habitaes coletivas em que se encontre o doente; VI - responsveis pelos servios de verificao de bitos e instituto mdico legais; e VII - responsveis pelo automvel, caminho, nibus, trem, avio, embarcao ou qualquer outro meio rpido em que se encontre o doente. Pargrafo nico - A notificao de quaisquer doenas e agravos referidos neste artigo dever ser feita simples suspeita e o mais precocemente possvel, pessoalmente, por telefone ou por qualquer outro meio rpido disponvel, autoridade sanitria. Art. 72 - dever de todo cidado comunicar autoridade sanitria local a ocorrncia, comprovada ou presumvel, de doena e agravos sade de notificao compulsria, nos termos do artigo anterior.

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Art. 73 - A notificao compulsria de casos de doenas e agravos dever ter carter sigiloso, obrigando-se a autoridade sanitria a mant-lo. Pargrafo nico - Excepcionalmente, a identificao do paciente fora de grande risco comunidade, a critrio da autoridade e com conhecimento prvio do paciente ou de seu responsvel, estando o ato formalmente motivado. Art. 74 - A direo municipal do SUS dever manter fluxo adequado de informaes ao rgo estadual competente, de acordo com a legislao federal. Art. 75 - Os dados necessrios ao esclarecimento de notificao compulsria, bem como as instrues sobre o processo de notificao, constaro de normas tcnicas.

CAPTULO III Investigao Epidemiolgica e Medidas de Controle Art. 76 - Recebida a notificao a autoridade sanitria dever proceder investigao epidemiolgica pertinente. 1 - A autoridade sanitria poder exigir e executar investigaes, inquritos e levantamentos epidemiolgicos junto a indivduos e a grupos populacionais determinados, sempre que julgar oportuno, visando a proteo sade, mediante justificativa por escrito. 2 - Quando houver indicao e convenincia, a autoridade sanitria poder exigir a coleta de material para exames complementares, mediante justificativa por escrito. Art. 77 - Em decorrncia dos resultados parciais ou finais das investigaes, dos inquritos ou levantamentos epidemiolgicos de que trata o artigo anterior e seus pargrafos, a autoridade sanitria ficar obrigada a adotar prontamente as medidas indicadas para o controle da doena, no que concerne a indivduos, grupos populacionais e ambiente. Pargrafo nico - De acordo com a doena, as aes de controle devero ser complementadas por medidas de combate a vetores biolgicos e seus reservatrios. Art. 78 - As instrues sobre o processo de investigao epidemiolgica em cada doena, bem como as medidas de controle indicadas, sero objeto de norma tcnica. Art. 79 Em decorrncia das investigaes

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epidemiolgicas, a autoridade sanitria poder tomar medidas pertinentes podendo, inclusive, ser providenciado o fechamento total ou parcial de estabelecimentos, centros de reunio ou diverso, escolas, creches e quaisquer locais abertos ao pblico, durante o tempo julgado necessrio por aquela autoridade, obedecida a legislao vigente. CAPTULO IV Vacinao de Carter Obrigatrio Art. 80 - A direo municipal do SUS ser responsvel pela coordenao municipal e, execuo do Programa Nacional de Imunizaes. Pargrafo nico - A relao das vacinas de carter obrigatrio no municpio dever ser regulamentada atravs de norma tcnica. Art. 81 - dever de todo cidado submeter-se vacinao de carter obrigatria, assim como os menores sob sua guarda ou responsabilidade. Pargrafo nico - Somente ser dispensada da vacinao obrigatria a pessoa que apresentar atestado mdico e contra-indicao explcita para a aplicao da vacina. Art. 82 - O cumprimento de obrigatoriedade das vacinaes dever ser comprovado atravs do atestado de vacinao, padronizado pelo Ministrio da Sade e adequado norma tcnica referida no pargrafo nico do artigo 71, e emitido pelos servios de sade que aplicarem as vacinas. Art. 83 - Os atestados de vacinao obrigatria no podero ser retidos por qualquer pessoa natural ou jurdica. Art. 84 - Todo estabelecimento de sade pblico ou privado que aplique vacinas, obrigatrias ou no, dever credenciar-se junto autoridade sanitria competente. Pargrafo nico - A autoridade sanitria dever regulamentar o funcionamento desses estabelecimentos, bem como o fluxo de informaes, atravs de norma tcnica, sendo responsvel por sua superviso peridica. Art. 85 - As vacinas fornecidas pelo SUS sero gratuitas, inclusive quando aplicadas por estabelecimentos de sade privados, assim como seus atestados.

CAPTULO V Estatsticas de Sade

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Art. 86 - O SUS dever coletar, analisar e divulgar dados estatsticos de interesse para as atividades de sade pblica, em colaborao com o rgo central de estatstica do Estado e demais entidades interessadas nessas atividades. Art. 87 - Os estabelecimentos de ateno e assistncia sade, outros tipos de estabelecimentos de interesse sade, quer sejam de natureza agropecuria, industrial ou comercial e os profissionais de sade devero, quando solicitados, remeter regular e sistematicamente os dados e informaes necessrios elaborao de estatsticas de sade, alm das eventuais informaes e depoimentos de importncia para a Vigilncia Sanitria e Epidemiolgica.

CAPTULO VI Atestado de bito Art. 88 - A certido de bito documento indispensvel para o enterramento cujo registro dever ser lavrado pelo ofcio de Registro Civil das pessoas naturais da circunscrio do falecimento baseando-se no atestado de bito fornecido pelo mdico assistente em impresso especialmente destinado a esse fim. Art. 89 - Quando o bito ocorrer por causas mal definidas ou sem assistncia mdica, competir autoridade sanitria fornecer o atestado de bito ou determinar quem o fornea, desde que no haja suspeita de que este tenha ocorrido por causas no naturais, conforme disposto na legislao em vigor. Art. 90 - Existindo indcios de que o bito tenha ocorrido por doenas transmissveis, a autoridade sanitria determinar a realizao de necropsia. CAPTULO VII Inumaes, Exumaes, Transladaes e Cremaes. Art. 91 - As inumaes, exumaes, transladaes e cremaes devero ser disciplinadas atravs de normas tcnicas.

TTULO VIII Procedimentos Administrativos CAPTULO I Funcionamento dos Estabelecimentos de Interesse Sade Art. 92 - A execuo de obras, a instalao e o funcionamento dos estabelecimentos e empresas de produtos e servios de interesse da sade somente sero efetuadas depois de devidamente

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licenciadas pelo rgo competente do Sistema nico de Sade - SUS e pelo rgo competente de meio ambiente. Art. 93 - Todo estabelecimento de interesse sade, antes de iniciar suas atividades, dever encaminhar autoridade sanitria competente declarao de que suas atividades, instalaes, equipamentos e recursos humanos obedecem legislao sanitria vigente, conforme modelo a ser estabelecido por norma tcnica, para fins de obteno de licena sanitria de funcionamento atravs de cadastramento. 1 - A licena sanitria para funcionamento das atividades sob regime de vigilncia sanitria, ter a validade de 1 (um) ano, devendo ser revalidada por perodos iguais e sucessivos. 2 - Os estabelecimentos devero comunicar autoridade sanitria competente as modificaes nas instalaes e equipamentos, bem como incluso de atividades e quaisquer outras alteraes que impliquem na identidade, qualidade e segurana dos produtos ou servios oferecidos populao. 3 - Quando a autoridade sanitria constatar que as declaraes previstas no caput deste artigo, bem como em seu 2 so inverdicas, fica obrigada a comunicar o fato autoridade policial ou ao Ministrio Pblico, para fins de apurao de ilcito penal, sem prejuzo dos demais procedimentos administrativos. 4 - Os estabelecimentos de que trata o artigo 57 podero ser dispensados de licena de funcionamento, ficando sujeitos s exigncias sanitrias estabelecidas neste Cdigo, s normas tcnicas especficas e outros regulamentos. Art. 94 - Todo estabelecimento que mantenha servio de transporte de pacientes e de animais, bem como de produtos relacionados sade, dever apresentar junto autoridade sanitria competente, declarao individualizada de cada veculo, constando, obrigatoriamente, equipamentos e recursos humanos, alm de outras informaes definidas em norma tcnica, para fins de cadastramento. Art. 95 - Os estabelecimentos de interesse sade, definidos em norma tcnica para fins de licena e cadastramento, devero possuir e funcionaro na presena de um responsvel tcnico legalmente habilitado. Art. 96 - A empresa de servios de interesse sade, individual ou coletiva, ser a responsvel, perante a autoridade sanitria competente, sem prejuzo a responsabilidade subsidiria de prestadores de servios profissionais autnomos, outras empresas de prestao de servios de sade e assemelhados por ela contratados.

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Art. 97 - Quando da interdio de estabelecimentos de interesse sade ou de sua subunidades pelos rgos de Vigilncia Sanitria competentes, a Secretaria de Estado da Sade dever suspender de imediato eventuais contratos e convnios que mantenha com tais estabelecimentos ou suas subunidades, pelo tempo em que durar a interdio. Art. 98 - O rgo de vigilncia sanitria que interditar estabelecimentos de interesse sade ou suas subunidades dever publicar edital de notificao de risco sanitrio em Dirio Oficial e veculos de grande circulao.

CAPTULO II Competncias

Art. 99 - As aes de vigilncia sade previstas neste Cdigo sero definidas atravs de normas tcnicas, reelaboradas periodicamente, com ampla participao da sociedade civil. 1 - As normas tcnicas previstas neste Cdigo sero elaboradas ou revistas, quando j existentes, em um prazo de at 6 (seis) meses aps a publicao desta lei, quando ento passaro a ser revistas na 1 vez a cada 2 (dois) anos e, a partir de ento, a cada 5 (cinco) anos. 2 - Estas normas tcnicas passaro a ser numeradas seqencialmente, compondo um corpo articulado de regulamentaes, que dever ser divulgado pelo Poder Pblico. Art. 100 - Os profissionais investidos das suas funes fiscalizadoras, sero competentes cada um dentro de sua rea para fazer cumprir as leis e regulamentos sanitrios, expedindo termos, autos de infrao e de imposio de penalidades, referentes preveno e controle de tudo quanto possa comprometer a sade. Pargrafo nico - O Secretrio Municipal de Sade, bem como o Coordenador do rgo de vigilncia sanitria, sempre que se tornar necessrio, podero desempenhar funes de fiscalizao, com as mesmas prerrogativas conferidas por este Cdigo s autoridades fiscalizadoras. Art. 101 - A toda verificao em que a autoridade sanitria concluir pela existncia de violao de preceito legal dever corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a lavratura de auto de infrao. Art. 102 - As penalidades previstas neste Cdigo devero ser aplicadas sem prejuzo das sanes de natureza civil ou penal cabveis. Art. 103 - As autoridades sanitrias, observadas os preceitos constitucionais, tero livre acesso a todos os locais sujeitos

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legislao sanitria, a qualquer dia e hora, sendo as empresas, por seus dirigentes ou prepostos, obrigadas a prestarem os esclarecimentos necessrios referentes ao desempenho de suas atribuies legais e a exibir, quando exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao fiel cumprimento das normas de preveno sade. Art. 104 - Nenhuma autoridade sanitria poder exercer as atribuies do seu cargo sem exibir a credencial de identificao fiscal, devidamente autenticada, fornecida pela autoridade competente. 1 - Fica proibido a outorga de credencial de identificao fiscal a quem no esteja autorizado, em razo de cargo ou funo, a exercer ou praticar, no mbito de legislao sanitria, atos de fiscalizao. 2 - A credencial a que se refere este artigo dever ser devolvida para inutilizao, sob pena da lei, em casos de provimento em outro cargo pblico, exonerao ou demisso, aposentadoria, bem como nos licenciamentos com prazos superior a 90 (noventa) dias e de suspenso do exerccio do cargo. 3 - A relao das autoridades sanitrias dever ser publicada semestralmente pelas autoridades competentes, para fins de divulgao e conhecimento pelos interessados, ou em menor prazo, a critrio da autoridade competente e por ocasio de excluso e incluso dos membros da equipe de vigilncia sanitria. CAPTULO III Anlise Fiscal Art. 105 - Compete autoridade sanitria realizar de forma programada ou, quando necessria, a colheita de amostra de insumos, matrias-primas, aditivos, coadjuvantes, recipientes, equipamentos, utenslios, embalagem, substncias e produtos de interesse sade, para efeito de anlise fiscal. Pargrafo nico - Sempre que houver suspeita de risco sade, a colheita de amostra para anlise fiscal, dever ser procedida com interdio cautelar do lote ou partida encontrada. Art. 106 - A colheita de amostra para fins de anlise fiscal dever ser realizada mediante a lavratura de termo de colheita de amostra e do termo de interdio, quando for o caso, dividida em trs invlucros, inviolveis, conservados adequadamente, de forma a assegurar a sua autenticidade e caracterstica originais. 1 - Se a natureza ou quantidade no permitir a colheita de amostra em triplicata, dever ser colhida amostra nica encaminhada ao laboratrio oficial para realizao de anlise fiscal na presena do detentor ou fabricante de insumo, matria-prima, aditivo, coadjuvante, recipiente, equipamento, utenslio, embalagem, substncia ou produto de interesse

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sade, e do perito por ele indicado, no cabendo neste caso percia de contra prova. 2 - Na hiptese prevista no 1 deste artigo, se estiverem ausentes as pessoas mencionadas, devero ser convocadas 2 (duas) testemunhas para presenciar a anlise. Art. 107 - Quando a anlise fiscal concluir pela condenao dos insumos, matrias-primas, aditivos, coadjuvantes, recipientes, equipamentos, utenslios, embalagens, substncias e produtos de interesse sade, a autoridade sanitria dever notificar o responsvel para apresentar defesa escrita ou requerer percia de contraprova. Art. 108 - O laudo analtico condenatrio dever ser considerado definitivo quando da no apresentao da defesa ou da solicitao de percia de contraprova, pelo responsvel ou detentor, no prazo de 10 (dez) dias.

TITULO IX Interdio, Apreenso e Inutilizao de Produtos, Equipamentos e Utenslios de Interesse Sade. Art. 109 - Quando o resultado da anlise fiscal indicar que o produto considerado de risco sade, ser obrigatrio sua interdio ou de estabelecimento. Art. 110 - O detentor ou responsvel pelo produto, equipamento e utenslios interditados, ficar proibido de entreg-lo ao consumo ou uso, desvi-lo ou substitu-lo, no todo ou em parte, at que ocorra a liberao da mercadoria pela autoridade competente, sob pena de responsabilizao civil ou criminal. Pargrafo nico - Os locais de interesse sade somente podero ser desinterditados mediante liberao da autoridade competente. A desobedincia por parte de empresa acarretar pena de responsabilizao civil ou criminal. Art. 111 - Os produtos clandestinos de interesse sade, bem como aqueles com prazo de validade vencidos, devero ser apreendidos pela autoridade sanitria que aps avaliao tcnica, dever decidir sobre sua destinao. Pargrafo nico - Nos casos de condenao definitiva, a autoridade sanitria, dever determinar a apreenso ou inutilizao do produto. Art. 112 - Quando o produto for considerado imprprio para uso ou consumo humano, mas passvel de utilizao para outros fins, a

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autoridade sanitria dever lavrar laudo tcnico circunstanciado, definindo o seu destino final. Art. 113 - Os produtos, equipamentos e utenslios de interesse sade, manifestamente alterados, considerado de risco sade, devero ser apreendidos ou inutilizados sumariamente pela autoridade sanitria, sem prejuzo das demais penalidades cabveis. Art. 114 - Caber ao detentor ou responsvel pelo produto, equipamentos e utenslios de interesse sade condenados, o nus do recolhimento, transporte e inutilizao, acompanhado pela autoridade sanitria at no mais ser possvel a utilizao. Art. 115 - Os procedimentos de anlise fiscal, interdio, apreenso e inutilizao de produtos, equipamentos, utenslios e locais de interesse sade devero ser objeto de norma tcnica. CAPTULO I Infraes Sanitrias e Penalidades Art. 116 - Considera-se infrao sanitria para fins deste Cdigo e de suas normas tcnicas a desobedincia ou a inobservncia ao disposto nas normas legais e regulamentos que, por qualquer forma, se destinem promoo, preservao e recuperao da sade. Art. 117 - Responder pela infrao quem, por ao ou omisso, lhe deu causa, concorreu para sua prtica ou dela se beneficiou. Pargrafo nico - Exclui a imputao de infrao a causa decorrente de fora maior ou proveniente de eventos naturais ou circunstncias imprevisveis que vierem a determinar avaria, deteriorao ou alterao de locais, produtos ou bens de interesse da sade pblica. Art. 118 - As infraes sanitria sem prejuzos das sanes de natureza civil ou penal cabveis, sero punidas, alternativa ou cumulativamente, com penalidades de: I - advertncia; II - multa de 10 (dez) a 10.000 (dez mil ) vezes o valor nominal da Unidade Fiscal de Referncia - UFIR, vigente; III - apreenso de produtos, equipamentos, utenslios e recipientes; IV - interdio de produtos, equipamentos, utenslios e recipientes; V - inutilizao de produtos, equipamentos, utenslios e recipientes;

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VI - suspenso de vendas de produtos; VII - suspenso de fabricao de produtos; VIII - interdio sees, dependncias e veculos; parcial ou total do estabelecimento,

IX - proibio de propaganda; X - cancelamento de autorizao para funcionamento de empresa; XI - cancelamento do cadastro, licena de funcionamento do estabelecimento e do certificado de vistoria do veculo; e XII - interveno. Art. 119 - A penalidade de prestao de servio a comunidade consiste em veiculao de mensagens educativas dirigidas comunidade, aprovadas pela autoridade sanitria. Art. 120 - A penalidade de interveno ser aplicada aos estabelecimentos prestadores de servios de sade, indstrias de medicamentos, correlatos e outros, sempre que houver riscos iminentes a sade. 1 - Os recursos pblicos que venham a ser aplicados em um servio privado durante a interveno devero ser cobrados dos proprietrios em dinheiro ou em prestao de servios ao SUS. 2 - A durao da interveno dever ser aquela julgada necessria pela autoridade sanitria para que cesse o risco aludido no caput deste artigo, no podendo exceder ao perodo de 180 (cento e oitenta) dias. 3 - A interveno e a nomeao do interventor dos estabelecimentos apenados devero ficar a cargo da autoridade executiva mxima sanitria que lavrou o Auto de Interdio ou a cargo de Autoridade Sanitria de posto hierrquico superior ou responsveis tcnicos. Art. 121 - A penalidade de interdio dever ser aplicada de imediato, sempre que o risco sade da populao o justificar, e ter trs modalidades: I - cautelar; II - por tempo determinado; e III - definitiva. Art. 122 - Para graduao e imposio da penalidade, a autoridade sanitria dever considerar:

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I - as circunstncias atenuantes ou agravantes; II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqncias para a sade pblica; e III - os antecedentes do infrator quanto s normas sanitrias. Pargrafo nico - Sem prejuzo no disposto deste artigo e da aplicao de penalidade de multa, a autoridade sanitria competente dever levar em considerao a capacidade econmica do infrator, bem como aplicar multa educativa. Art. 123 - So circunstncias atenuantes: I - a ao do infrator no ter sido fundamental para a consecuo do evento; II - o infrator, por expontnea vontade, imediatamente procurar reparar ou minorar as conseqncias do ato lesivo sade pblica que lhe for imputado; e III - ser o infrator primrio. Art. 124 - So circunstncias agravantes ter o infrator: I - agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou m f; II - cometido a infrao para obter vantagem pecuniria decorrente de ao ou omisso que contrarie o disposto na legislao sanitria; III - deixado de tomar providncias de sua alada, tendentes a evitar ou sanar a situao que caracterizou a infrao; IV - coagido outrem para a execuo material da infrao; e V - reincidido. Art. 125 - Havendo concurso de circunstncias atenuantes e agravantes a aplicao da penalidade dever ser considerada em razo das que sejam preponderantes. Art. 126 - A autoridade sanitria dever comunicar aos conselhos profissionais sempre que ocorrer infrao sanitria que contenha indcios de violao de tica.

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Art. 127 - So infraes de natureza sanitria, entre outras: I - construir ou fazer funcionar estabelecimentos comerciais de produo, embalagem e manipulao de produtos de interesse sade e estabelecimentos de assistncia e interesse sade sem licena dos rgos sanitrios competentes ou contrariando as normas legais vigentes. Penalidade - advertncia, inutilizao, cancelamento de licena e/ou multa; interdio, apreenso,

II - construir ou fazer funcionar estabelecimentos comerciais de produo, embalagem e manipulao de produtos de interesse sade, sem a presena de responsvel tcnico legalmente habilitado. Penalidade - advertncia, cancelamento de licena, interdio e/ou multa; III - transgredir quaisquer normas legais e regulamentares e/ou adotar procedimentos na rea de saneamento ambiental que possam colocar em risco a sade humana. Penalidade - advertncia, apreenso, inutilizao, suspenso de venda ou fabricao, cancelamento de registro, interdio, cancelamento de licena, proibio de propaganda, interveno e/ou multa; IV - extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, transportar ou utilizar produtos ou resduos perigosos txicos explosivos, inflamveis, corrosivos, emissores de radiaes ionizantes, entre outros contrariando a legislao sanitria em vigor. Penalidade - advertncia, apreenso, inutilizao, suspenso de venda ou fabricao, cancelamento de registro, interdio, cancelamento de licena, proibio de propaganda, interveno e/ou multa; V - construir ou fazer funcionar todo e qualquer estabelecimento de criao, manuteno e reproduo de animais, contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes. Penalidade - advertncia, apreenso, interdio e/ou multa. VI - reciclar resduos slidos infectantes gerados por estabelecimentos prestadores de servios de sade. Penalidade - Apreenso, interdio, cancelamento da licena e/ou multa.

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VII - manter condio de trabalho que oferea risco a sade do trabalhador; Penalidade - advertncia, interdio parcial ou total do equipamento, maquina, setor, local ou estabelecimento e/ou multa. VIII - obstar, retardar ou dificultar a ao fiscalizadora da autoridade sanitria competente, no exerccio de suas funes. Penalidade - advertncia e/ou multa; IX - omitir informaes referentes a riscos reconhecidos sade. Penalidade - advertncia e/ou multa. X - fabricar, operar, comercializar equipamentos que ofeream risco sade do trabalhador. mquina ou

Penalidade - interdio parcial ou total do equipamento, mquina, setor, local, estabelecimento e/ou multa. XI - extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar produtos de interesse sade, sem os padres de identidade, qualidade e segurana contrariando a legislao sanitria em vigor. Penalidade - advertncia, apreenso e inutilizao, interdio, cancelamento de licena e/ou multa. XII - comercializar produtos institucionais e de distribuio gratuita. Penalidade - Apreenso, interdio e/ou multa; XIII - expor a venda ou entregar ao consumo e uso produtos de interesse sade que no contenham prazo de validade, data de fabricao ou prazo de validade expirado ou apor-lhes novas datas de fabricao e validade posterior ao prazo expirado. Penalidade - interdio, cancelamento da licena e/ou multa. apreenso, inutilizao,

XIV - rotular produtos de interesse sade contrariando as normas legais e regulamentares; Penalidade - advertncia, apreenso e inutilizao, interdio, cancelamento de licena e/ou multa.

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XV - fazer propaganda enganosa de produto ou servio de sade contrariando a legislao sanitria em vigor. Penalidade - advertncia e/ou multa. XVI - fazer propaganda de produtos farmacuticos em promoo, ofertas ou doaes, de concursos ou de prmios aos profissionais mdicos, cirurgies dentistas, mdicos veterinrios ou qualquer outros profissionais de sade. Penalidade - advertncia e/ou multa. XVII - instalar ou fazer funcionar equipamentos inadequados em nmero insuficiente, conforme definido em norma tcnica, em precrias condies de funcionamento ou contrariando normas legais e regulamentos pertinentes em relao ao porte ou finalidade do estabelecimento de interesse da sade. Penalidade - advertncia, cancelamento de licena e/ou multa. interdio, apreenso,

XVIII - alterar o processo de fabricao dos produtos sujeitos a controle sanitrio, modificar seus componentes, nome e demais elementos, sem a necessria autorizao do rgo sanitrio competente: Penalidade - interdio, cancelamento da licena e/ou multa; apreenso, inutilizao,

XIX - transgredir outras normas legais federais, estaduais e municipais, destinadas a promoo, preveno e proteo sade: Penalidade - advertncia, interdio, apreenso, inutilizao, suspenso de fabricao ou venda, cancelamento de licena, proibio de propaganda, interveno e/ou multa; e XX - Descumprir atos emanados das autoridades sanitrias visando a aplicao da legislao pertinente promoo, preveno e proteo sade: Penalidade - advertncia, interdio, apreenso, inutilizao, suspenso de fabricao ou venda, cancelamento de licena, proibio de propaganda, interveno e/ou multa. XXI - Manter, vender, expor, abandonar em via pblica, permitir o trnsito em locais proibidos, deixar de vacinar, submeter a maus tratos, trazer incmodo, desconforto e agravos, praticar crueldade, ferir, mutilar, criar em condies inadequadas de alojamento, alimentao, sade, bem estar e em quantidade superior, animais domsticos que contrariem o

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disposto nesta lei e nas demais normas legais e regulamentares pertinentes. Penalidade multa. XXII - Deixar de executar, dificultar ou opor-se exigncia de medida sanitria que vise coibir a instalao em suas propriedades, de fauna sinantrpica, roedores, animais peonhentos, proliferao de mosquitos, mau cheiro proveniente de criao de animais, para a preservao e a manuteno da sade. Penalidade - Advertncia, apreenso, interdio do estabelecimento, cassao da licena e/ou multa. XXIII - Praticar exibio artstica ou circense de animais, contrariando o disposto nesta lei e nas demais normas legais e pertinentes. Penalidade - Advertncia, interdio e/ou multa. Advertncia, apreenso, interdio e/ou

TTULO X Procedimentos Administrativos das Infraes de Natureza Sanitria CAPTULO I Auto de Infrao Art. 128 - Quando constatadas irregularidades configuradas como infrao sanitria neste Cdigo ou em outros diplomas legais vigentes, a autoridade sanitria competente lavrar de imediato os autos de infrao. Pargrafo nico - As infraes sanitrias sero apuradas em processo administrativo prprio, iniciado com auto de infrao, observados o rito e os prazos estabelecidos neste Cdigo. Art. 129 - O auto de infrao ser lavrado em 3 (trs) vias no mnimo, destinando-se a primeira ao autuado e conter: I - o nome da pessoa fsica ou denominao da entidade autuada, quando se tratar de pessoa jurdica, especificando seu ramo de atividade e endereo; II - o ato ou fato constitutivo da infrao, o local, a hora e a data respectivos; III - a disposio legal ou regulamentar transgredida; IV - indicao do dispositivo legal que comina a legalidade

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a que fica sujeito o infrator; V - o prazo de 10 (dez) dias, para defesa ou impugnao do auto de infrao; VI - nome e cargo legveis da autoridade autuante e sua assinatura; e VII - nome, identificao e assinatura do autuado ou, na sua ausncia, seu representante legal ou preposto e, em caso de recusa, a consignao do fato pela autoridade autuante e de 2 (duas) testemunhas, quando possvel. Pargrafo nico - Na impossibilidade de ser dado conhecimento diretamente ao interessado, este dever ser cientificado do auto de infrao por meio de carta registrada ou por edital publicado uma nica vez na imprensa oficial, considerando efetivada a notificao aps 5 (cinco) dias da publicao. Art. 130 - Constituem faltas graves os casos de falsidade ou omisso dolosa no preenchimento dos autos de infrao. Art. 131 - O no cumprimento da obrigao subsistente, alm da sua execuo forada acarretar, aps deciso irrecorrvel, a imposio de multa diria, arbitrada de acordo com os valores correspondestes classificao da infrao, sem prejuzo das demais penalidades previstas na legislao vigente.

CAPTULO II Auto de Imposio de Penalidade Art. 132 - O auto de imposio de penalidade dever ser lavrado pela autoridade competente aps decorrido o prazo estipulado pelo artigo 130, inciso V, ou imediatamente aps a data do indeferimento da defesa, quando houver. 1 - Nos casos em que a infrao exigir a ao pronta da autoridade sanitria para proteo da sade pblica, as penalidades de apreenso, de interdio e de inutilizao devero ser aplicadas de imediato, sem prejuzo de outras eventualmente cabveis. 2 - O auto de imposio de penalidade de apreenso, interdio ou inutilizao a que se refere o pargrafo anterior dever ser anexado ao auto de infrao original, e quando se tratar de produtos, dever ser acompanhado do termo respectivo, que especificar a sua natureza, quantidade e qualidade. Art. 133 - O auto de imposio de penalidade de multa

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ser lavrado em 4 (quatro) vias, no mnimo, destinando-se a primeira ao infrator, e conter: I - nome da pessoa fsica ou jurdica e seu endereo; II - nmero, srie e data do auto de infrao respectivo; III - o ato ou fato constitutivo da infrao e o local; IV - a disposio legal ou regulamentar infringida; V - a penalidade imposta e seu fundamento legal; VI - prazo de 10 (dez) dias para interposio de recurso, contando da cincia do autuado; VII - assinatura da autoridade autuante; e

VIII - assinatura do autuado, ou na sua ausncia, de seu representante legal ou preposto e, em caso de recusa, a consignao dessa circunstncia pela autoridade autuante e a assinatura de 2 (duas) testemunhas, quando possvel. Pargrafo nico - Na impossibilidade de efetivao da providncia a que se refere o inciso VIII deste artigo, o autuado ser notificado mediante carta registrada ou publicao na imprensa oficial. CAPTULO III Processamento das Multas Art. 134 - Transcorrido o prazo fixado no inciso VI do artigo 134, sem que tenha havido interposio de recursos ou pagamento de multa, o infrator ser notificado para recolh-la no prazo de 30 (trinta) dias ao rgo arrecadador competente sob pena de cobrana judicial. Art. 135 - Havendo interposio de recurso, o processo, aps deciso denegatria definitiva, ser restitudo autoridade autuante, a fim de ser lavrada a notificao de que trata o artigo anterior. Pargrafo nico - No recolhida a multa no prazo de 30 (trinta) dias, o processo administrativo ser encaminhado ao rgo competente para cobrana judicial. Art. 136 - O recolhimento das multas ao rgo arrecadador competente ser feito mediante guia de recolhimento, que poder ser fornecida, registrada e preenchida pelos rgos locais autuantes.

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CAPTULO IV Recursos Art. 137 - O infrator poder oferecer defesa ou impugnao do auto de infrao no prazo de 10 (dez) dias, contados de sua cincia. Art. 138 - A defesa ou impugnao ser julgada pelo superior imediato do servidor autuante, ouvindo este preliminarmente, o qual ter o prazo de 10 (dez) dias para se pronunciar, seguindo-se a lavratura do auto de imposio de penalidade. Art. 139 - Da imposio de penalidade de multa poder o infrator recorrer autoridade imediatamente superior, no prazo de 10 (dez) dias, contados de sua cincia. Art. 140 - Mantida a deciso condenatria, caber recurso no prazo de 10 (dez) dias ao: I - Diretor hierarquicamente superior da regional de sade autuante, qualquer que seja a penalidade aplicada e, das decises deste; II - Diretor do rgo central ou epidemiolgico, quando se tratar de penalidades previstas nos incisos IV a XII do artigo 105, ou de multa de valor correspondente ao previsto nos incisos II e III do artigo 105 e, das decises deste; III - Secretrio Municipal de Sade, em ltima instncia, e somente quando se tratar das penalidades previstas nos incisos VI a XI, do artigo 105 e, das decises deste; IV - Prefeito Municipal, quando se tratar da penalidade prevista no inciso XIII, do artigo 105. Art. 141 - Os recursos sero decididos depois de ouvida a autoridade autuante, a qual poder reconsiderar a deciso anterior. Art. 142 - Os recursos somente tero efeito suspensivo nos casos de imposio de multa. Art. 143 - O infrator tomar cincia das decises das autoridades sanitrias: I - pessoalmente, ou procurador, a vista do processo; ou

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II - mediante notificao, que poder ser feita por carta registrada ou atravs da imprensa oficial, considerando-se a efetivada 5 (cinco) dias aps a publicao.

CAPTULO V Disposies Finais Art. 144 - As infraes s disposies legais de ordem sanitria prescrevem em 5 (cinco) anos. 1 - A prescrio interromper-se- pela notificao ou qualquer outro ato da autoridade sanitria que objetive a sua apurao e conseqente imposio de penalidade. 2 - No corre prazo prescricional enquanto houver processo administrativo pendente de deciso. Art. 145 - Os prazos mencionados no presente Cdigo e suas normas tcnicas especficas corre ininterruptamente. Art. 146 - Quando o autuado for analfabeto ou fisicamente incapacitado o auto poder ser assinado a rogo na presena de 2 (duas) testemunhas ou, na falta destas, dever ser feita a devida ressalva pela autoridade autuante. Art. 147 - Os rgos da Municipalidade, aps deciso definitiva e na esfera administrativa, faro publicar todas as penalidades aplicadas aos infratores da legislao sanitria. Art. 148 - O disposto neste Cdigo dever, na sua aplicao, ser compatibilizado com a legislao sanitria correlata vigente, prevalecendo sempre os parmetros legais e tcnicos-cientficos de proteo, promoo e preservao da sade. Art. 149 - Na ausncia de norma legal especfica prevista neste Cdigo e nos demais diplomas federais e estaduais vigentes, a autoridade sanitria, fundamentada em documentos tcnicos reconhecidos pela comunidade cientfica, poder fazer exigncias que assegurem o cumprimento do artigo 4 deste Cdigo. Art. 150 - Para os efeitos deste Cdigo, convenes, siglas e definies bsicas sero objeto de normas tcnicas especficas para este fim, definidas no prazo mximo de 60 (sessenta) dias aps sua publicao . Art. 151 - O desrespeito ou desacato autoridade sanitria, em razo de suas atribuies legais, sujeitaro o infrator a penalidades educativas e de multa, sem prejuzo das penalidades expressas

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nos Cdigos Civil e Penal. Art. 152 - Sempre que houver resistncia Fiscalizao, autuao e penalidades das infraes previstas neste Cdigo, a autoridade sanitria dever solicitar auxlio Fora Policial. Art. 153 - Esta Lei Complementar entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposio em contrrio.

CAMPO GRANDE-MS, 22 DE DEZEMBRO DE 2000.

ANDR PUCCINELLI Prefeito Municipal

- Publicado no Dirio Oficial de Campo Grande DIOGRANDE n. 727, de 26/12/2000. - Alteraes dadas pela Lei Complementar n. 45, de 15.04.02, publicada no DIOGRANDE n. 1047, de 16.04.02. - Alteraes dadas pela Lei Complementar n. 98, de 26.03.2007, publicado no DIOGRANDE n 2.268, de 27.03.2007.