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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NATIVIDADE Promulgada em 05 de abril de 1990 Atualizada até a Emenda nº 33/2005 de 08/11/2005, cuja aprovação como a das anterio- res a partir da Emenda n° 05/2000 teve a participação dos Vereadores eleitos em 03/10/2004 e em- possados em 01/01/2005: Cláudio Reis de Azevedo Edésio Assis da Silva Geraldo César da Silva Jandemir Merat Luquetti José Márcio Pereira Campbell Manoel Rodrigues dos Santos Filho Marcos Werneck Arenari Odilon Araújo (suplente) Romário Gomes de Souza Sebastião Antônio Barreto Tavares Na revisão do L.O.M. buscou-se sempre seguir rigorosamente a Legislação em vigor, tendo por guia a Constituição da República, da qual não se afastou em nenhum momento para que nossa Carta possa continuar sendo, se bem usada, uma forma do povo e governo garantirem seus direitos e exercerem seus deveres, como consta na parte final de sua apresentação, na página se- guinte. José Márcio Pereira Campbell Presidente 2ª edição, atualizada e ampliada. 2005

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NATIVIDADEPromulgada em 05 de abril de 1990

Atualizada até a Emenda nº 33/2005 de 08/11/2005, cuja aprovação como a das anterio-res a partir da Emenda n° 05/2000 teve a participação dos Vereadores eleitos em 03/10/2004 e em-possados em 01/01/2005:

Cláudio Reis de AzevedoEdésio Assis da SilvaGeraldo César da SilvaJandemir Merat LuquettiJosé Márcio Pereira CampbellManoel Rodrigues dos Santos FilhoMarcos Werneck ArenariOdilon Araújo (suplente)Romário Gomes de SouzaSebastião Antônio Barreto Tavares

Na revisão do L.O.M. buscou-se sempre seguir rigorosamente a Legislação em vigor,tendo por guia a Constituição da República, da qual não se afastou em nenhum momento para quenossa Carta possa continuar sendo, se bem usada, uma forma do povo e governo garantirem seusdireitos e exercerem seus deveres, como consta na parte final de sua apresentação, na página se-guinte.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

2ª edição, atualizada e ampliada.2005

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APRESENTAÇÃO

A alma de um grupo de leis é a sua íntima e generosa proposta, sua intenção e objetivo.Ao participar da apresentação da Constituição Municipal, quero deixar registrado o meu

profundo reconhecimento ao Vereadores da Câmara Municipal de Natividade, os quais empenha-ram e esforçaram para elaborar este trabalho correto, com conquistas nas áreas social, de educa-ção, saúde, meio ambiente e organização municipal.

Considerando que nós passaremos na poeira das coisas transitórias, considerando Nati-vidade acima de tudo e de todos, considerando que ficarão apenas as idéias para que em tornosdelas se molde a grandeza de natividade do amanhã, julgo que o mais importante agora é que to-dos, povo e governo saibam usar esta Constituição Municipal como forma de garantir seus direitose exercer seus deveres.

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ÉTICA PARLAMENTAR

Em que pese o aparente paradoxo, não me surpreende esta suma deferência.Convivendo há quase meio século com o nobre povo natividadense, habituei-me a suamarcante generosidade. O que causa espanto é a sucessão ascendente com que acon-tecem tais e tamanhas demonstrações de consideração e de apreço. A cada uma, julgoser a culminante, mas só até acontecer a subseqüente, acrescida sempre de maior am-plitude e mais profunda significação. Receio que a dadivosa fonte agora se estanque.Não vejo mais alta honraria do que, neste singular e solene ato da vida pública, ser oventuroso arauto, em nome dos autênticos representantes da comunidade, nas ilustrespessoas de seus ex-Vereadores., especialmente dos que alçaram à Presidência da Câ-mara Municipal. Significa representar o próprio povo ao longo de toda sua História desoberana e augusta autonomia.

Detentor de currículo altamente enriquecido por três mandatos, outros tantoscomo Presidente do Legislativo, concomitante à condição de bandeirante na busca denovos e graduados estágios para o superior ideal de toda sociedade consciente e res-ponsável, expresso na Educação, houve por bem a douta Comissão Especial, unanimi-mente corroborada pelos demais senhores Vereadores igualmente constituintes, convo-car por meu intermédio, os ex-integrantes desta Casa, para uma perfeita e completa co-munhão, neste momento histórico que a todos dignifica e enobrece.

Natividade, que se caracteriza por acentuada vocação cultural e culto à perfei-ção, dádiva sublime da excelsa Padroeira Nossa Senhora, pode se orgulhar da CartaMagna que regerá seus altos destinos. Louve-se o alentado e esclarecido trabalho daComissão Especial, num esforço amplo e permanente, no sentido de que a nova Consti-tuição Municipal traduzisse o pensamente de todos os segmentos de nossa sociedade.Todos os setores mais expressivos, foram convidados a se manifestar, além do valiosofluxo de subsídios através dos senhores Vereadores, nas respectivas comissões regu-lamentares. Este instrumento legal expressa a realidade natividadense e seu incontidoanseio de desenvolvimento e de prosperidade, dentro da ordem pública e do bem-estarsocial. Só não é a Lei completa e acabada, porque seria incompatível com a naturezahumana, eminentemente dinâmica e criativa. Mas é um soberbo marco avançado, natrajetória ascendente de nossa evolução e de nosso crescimento. À luz das Constitui-ções do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro, insere Natividade, plenamente, no contex-to nacional, nesta nova e esplendorosa era de ampla liberdade democrática.

Permito-me pois, render esta homenagem ao gênero humano em geral, parti-cularmente, ao cidadão natividadense:

O HOMEM

Criado à Sua imagem e semelhança,O homem identifica-se com Deus,Daí vêm os prodígios que alcançaNa ação de gênios, santos, corifeus. Imenso é seu poder de dedução:

Já foi à Lua, fez um coração. . .Constrói, transplanta, cria, opera, inventa.O tempo passa, seu saber avança:

Surgem Dumonts, os Sabins, Galileus,E é cada vez mais viva a esperançaDe amor e paz, sem ímpios fariseus.

Percorre intensamente cada idade,Transacionando com a felicidadeE com o bom-senso que a razão ostenta!

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Prof. Francisco de Assis Pereira

Preâmbulo

Nós, Vereadores Municipais Constituintes, no pleno exercício dos poderes outorgadospelo artigo 29 da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 deoutubro de 1988, parágrafo único, artigo11 do Ato das Disposições Constituintes Transi-tórias da Constituição do Estado do Rio de janeiro, promulgada em 05 de outubro de1989, reunidos em Assembléia e exercendo nossos mandatos em total respeito aos in-teresses do povo natividadense, pensando numa Natividade mais próspera, livre, iguali-tária e feliz, e ainda outorgados pela vontande popular e pelos princípios Constituicio-

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nais que disciplinam a Federação brasiliera e o Estado, promulgamos sob a proteção deDeus, a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE NATIVIDADE.

ÍNDICE

TÍTULO I – DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I – Do Município

Seção I – Disposições Gerais...........................................................................................................7Seção II – Da Divisão Administrativa do Município...........................................................................7

CAPÍTULO II – Da Competência do Município

Seção I – Da Competência Privativa...............................................................................................8Seção II – Da Competência Comum..............................................................................................10Seção III – Da Competência Suplementar.......................................................................................10..CAPÍTULO III – Das Vedações........................................................................................................11

- TÍTULO II – Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo

Seção I – Da Câmara Municipal....................................................................................................12Seção II – Do Funcionamento da Câmara......................................................................................12Seção III – Das Atribuições da Câmara...........................................................................................15Seção IV – Dos Vereadores............................................................................................................17Seção V – Do Processo Legislativo................................................................................................19Seção VI - Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária..................................................20

CAPÍTULO II – Do Poder Executivo

Seção I – Do Prefeito e Vice-Prefeito............................................................................................21Seção II – Das Atribuições do Prefeito...........................................................................................22Seção III – Da Peda e Extinção do Mandato...................................................................................23Seção IV – Dos Auxiliares Diretos do Prefeito.................................................................................24Seção V – Da Administração Pública.............................................................................................25Seção VI – Dos Servidores Públicos...............................................................................................27Seção VII – Da Segurança Pública...................................................................................................28Seção VIII – Da Defesa Civil..............................................................................................................28

- Título III – Da Organização Administrativa Municipal

CAPÍTULO I – Da Estrutura Administrativa...................................................................................30

CAPÍTULO II – Dos Atos Municipais

Seção I – Da Publicidade dos Atos Municipais...............................................................................30Seção II – Dos Livros.......................................................................................................................30Seção III – Dos Atos Administrativos................................................................................................30Seção IV – Das Proibições...............................................................................................................31Seção V – DasCertidões.................................................................................................................31

CAPÍTULO III – Dos Bens Municipais............................................................................................31

CAPÍTULO IV – Das Obras e Serviços Municipais........................................................................32

CAPÍTULO v – Da Administração Tributária e Financeira

Seção I – Dos Tributos Municipais..................................................................................................33Seção II – Da Receita e da Despesa................................................................................................34Seção III – Do Orçamento.................................................................................................................34

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- Título IV – Da Ordem Econômica e Social

CAPÍTULO I – Disposições Gerais.................................................................................................37

CAPÍTULO II – Da Agricultura.........................................................................................................37

CAPÍTULO III – Da Previdência e Assistência Social...................................................................37

CAPÍTULO IV – Da Saúde................................................................................................................38

CAPÍTULO V – Da Educação, da Cultura e do Desporto

Seção I – Da Educação...................................................................................................................40Seção II – Da Cultura.......................................................................................................................44Seção III – Do Desporto....................................................................................................................45

CAPÍTULO IV – Da Família, da Criança, do Adolescente, Deficiente e doIdoso.................................................................................................................................................45

CAPÍTULO VII – Da Política Urbana...............................................................................................46

CAPÍTULO VIII – Do Meio Ambiente..............................................................................................47

- Título V – Da Coloboração Popular

CAPÍTULO I – Disposições Gerais.................................................................................................47

CAPÍTULO II – Das Associações....................................................................................................48

CAPÍTULO III – Das Cooperativas..................................................................................................48

Título VI – Disposições Gerais e Transitórias..............................................................48

EMENDASNº 01/1991.........................................................................................................................................50Nº 02/1993.........................................................................................................................................50Nº 03/1993.........................................................................................................................................51Nº 04/1995.........................................................................................................................................51Nº 05/2000.........................................................................................................................................52Nº 06/2005.........................................................................................................................................52Nº 07/2005.........................................................................................................................................53Nº 08/2005.........................................................................................................................................54Nº 09/2005.........................................................................................................................................54Nº 10/2005.........................................................................................................................................55Nº 11/2005.........................................................................................................................................55Nº 12/2005.........................................................................................................................................56Nº 13/2005.........................................................................................................................................57Nº 14/2005.........................................................................................................................................57Nº 15/2005.........................................................................................................................................58Nº 16/2005.........................................................................................................................................59Nº 17/2005.........................................................................................................................................59Nº 18/2005.........................................................................................................................................60Nº 19/2005.........................................................................................................................................61Nº 20/2005.........................................................................................................................................61Nº 21/2005.........................................................................................................................................62Nº 22/2005.........................................................................................................................................65Nº 23/2005.........................................................................................................................................71Nº 24/2005.........................................................................................................................................72Nº 25/2005.........................................................................................................................................72Nº 26/2005.........................................................................................................................................73Nº 27/2005.........................................................................................................................................74Nº 28/2005.........................................................................................................................................75Nº 29/2005.........................................................................................................................................75Nº 30/2005.........................................................................................................................................76

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Nº 31/2005.........................................................................................................................................77Nº 32/2005.........................................................................................................................................79Nº 33/2005.........................................................................................................................................80

TÍTULO IDa Organização Municipal

CAPÍTULO IDo Município

Seção IDisposições Gerais

Art. 1º. O Município de Natividade, em união indissolúvel ao Estado do Rio de Janeiro e aRepública Federativa do Brasil, constituído dentro do Estado Democrático de Direito, em esfera degoverno local, objetiva na área territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construçãode uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignida-de da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político,exercendo seu poder por decisão dos munícipes, pelos seus representantes eleitos ou diretamentenos termos desta Lei Orgânica, da Constituição Estadual e da Constituição Federal.

§ 1º - A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégios de distri-tos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo obem-estar social de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade equaisquer outras formas de discriminação.

§ 2º - O Município de Natividade, pessoa jurídica de direito público interno é unidade doterritório do Estado do Rio de Janeiro, no pleno uso de sua autonomia política,administrativa e financeira, reger-se-á pela Constituição Federal, Constituição Es-tadual e por esta Lei Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara Municipal.

Art. 2º. São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e oExecutivo.

Art. 3º. O Governo Municipal é exercido pelos dois Poderes mencionados no artigo ante-rior.

Parágrafo Único - São símbolos do Município sua Bandeira, seu Hino e seu Brasão re-presentativos de sua cultura e história.

Art. 4º. Constitui patrimônio do Município, todos os bens móveis e imóveis, direitos eações que a qualquer título lhe pertençam.

Art. 5º. A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade.

Art. 6º. O território do Município de Natividade, tem como limites geográficos os existen-tes e demarcados na data da promulgação desta Lei Orgânica, excluindo os territórios de distritos,emancipados após o advento desta Lei Orgânica, compreendendo a área continental e suas proje-ções fluviais e aéreas, só podendo ser alterados mediante aprovação de sua população e leis su-periores que disciplinam a matéria.

* Art. 6º com redação dada pela emenda nº 07, de 13.09.2005.

Seção II

Da Divisão Administrativa do Município

Art. 7º. O Município de Natividade poderá dividir-se, para fins administrativos, em Distritosa serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei após consulta plebiscitária à popula-ção diretamente interessada, observada a legislação estadual e o atendimento aos requisitos do ar-tigo 8º desta Lei Orgânica.

§ 1º - A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos,que serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requi-sitos do artigo 8º desta Lei Orgânica.

§ 2º - A extinção do Distrito somente se efetuará mediante consulta plebiscitária à popu-lação da área interessada.

§ 3º - O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja categoria será de vila.

Art. 8º. São requisitos para a criação de Distritos:

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I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para, acriação de município;

II - existência na povoação-sede, de pelo menos, cinqüenta moradias, escola públi-ca, posto de saúde e posto policial.

Parágrafo Único - A comprovação do atendimento às exigências enumeradas neste arti-go far-se-á mediante:

a) declaração, emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, deestimativa de população;

b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, certificando o Número de eleito-res;

c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatística ou pela repartição fiscal doMunicípio, certificando o número de moradias;

d) certidão do órgão fazendário estadual e do municipal certificando a arrecadação narespectiva área territorial;

e) certidão, emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educação, de Saúde e deSegurança Pública do Estado, certificando a existência da escola pública e dos pos-tos de saúde e policial na povoação-sede.

Art. 9º. Na fixação das divisas distritais serão observados as seguintes normas:I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas, estrangulamentos e

alongamentos exagerados;II - dar-se-á preferência, para a delimitação, às linhas naturais, facilmente identificá-

veis;III - na existência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos extremos, pontos

naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez:IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial do Município ou Distrito de ori-

gem.

Parágrafo Único - As divisas distritais serão descritas trecho a trecho, salvo, para evitarduplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.

Art. 10. A alteração de divisão administrativa do Município somente poderá ser feita qua-drienalmente, no ano anterior ao das eleições municipais.

Art. 11. A instalação do Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede doDistrito.

Parágrafo Único - O Distrito que conquistar sua emancipação Político administrativa, nãoterá em nenhuma hipótese, ampliado seus limites territoriais em detrimento a outros Distritos quecompõem o Município de Natividade.

CAPÍTULO II

Da Competência do Município

Seção I

Da Competência Privativa

Art. 12. Ao Município de Natividade compete prover a tudo quanto diga respeito ao pecu-liar interesse e ao bem estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as se-guintes atribuições:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber;

III - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;

V - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programasde educação pré-escolar e de ensino fundamental;

VI - elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as suas rendas;

VIII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;

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IX - dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;X - dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;

XI - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos servidores públicos;XII - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os

serviços públicos locais;XIII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua

zona urbana;XIV - estabelecer norma de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento

urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à ordenaçãodo seu território, observada a lei federal;

XV - conceder e renovar licença para localização e funcionamento de estabelecimen-tos industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;

XVI - cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudi-cial à saúde, à higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendocessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento;

XVII - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços,inclusive à dos seus concessionários;

XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;XIX - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso

comum;XX - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro

urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;XXI - fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;

XXII - organizar e preservar com concessão ou permissão, os serviços públicos de inte-resse local, incluindo os de transporte coletivo e de táxi, que tem caráter essenci-al, fixando as respectivas tarifas;

XXIII - fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições especi-ais;

XXIV - disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitidaa veículos que circulem em vias públicas municipais;

XXV - tornar obrigatória a utilização da estação rodoviária;XXVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fis-

calizar a sua utilização;XXVII - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo

domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;XXVIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento

de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observados as normasfederais pertinentes;

XXIX - dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios;XXX - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e an-

úncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propa-ganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal; • vide Lei Municipal nº221, de 28/08/2002.

XXXI - prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto-socorro, porseus próprios serviços ou mediante convênio com instituição especializada;

XXXII - organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do seupoder de polícia administrativa;

XXXIII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medida e condições sanitárias dos gênerosalimentícios; • Código Sanitário – Lei Municipal nº 268, de 22/10/2003.

XXXIV - dispor sobre o depósito e vendas de animais e mercadorias apreendidos em de-corrência de transgressão da legislação Municipal;

XXXV - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípuade erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores; videLei Municipal nº 250, de 12/05/2003.

XXXVI - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;XXXVII - promover os seguintes serviços:

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a) mercados, feiras e matadouros;b) construção e conservação de estradas e caminhos municipais;c) transportes coletivos estritamente municipais;d) iluminação pública.

XXXVIII - regulamentar o serviço de carros de aluguel inclusive o uso de taxímetro;XXXIX - assegurar a expedição de certidões requeridas às repartições administrativas mu-

nicipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situações, estabelecendo osprazos de atendimento.

§ 1º - As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIV deste artigodeverão exigir reserva de áreas destinadas a:

a) zonas verdes e demais logradouros públicos;b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de

águas pluviais nos fundos dos vales;c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais com lar-

gura mínima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnível seja superior aum metro da frente ao fundo;

§ 2º - A lei complementar da criação da guarda municipal estabelecerá a organização ecompetência dessa força auxiliar na proteção dos bens, serviços e instalaçõesmunicipais.

XL - Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas;XLI - Legislar sobre a licitação e contratação em todas as modalidades, para adminis-

tração pública municipal, direta e indiretamente, inclusive as fundações públicasmunicipais e em empresas sob seu controle, respeitadas as normas gerais de le-gislação federal;

XLII - Elaborar e executar a política de desenvolvimento urbano com o objetivo de orde-nar as funções sociais das áreas habitadas no Município e garantir o bem-estarde seus munícipes;

XLIII - Associar aos demais Municípios limítrofes e ao Estado, objetivando integrar a or-ganização, planejamento e a execução de funções públicas de interesse regionalcomum;

§ 3º - A defesa dos interesses municipalistas fica assegurada por meio de associação ouconvênio com outros Municípios ou entidades localistas.

Seção II

Da Competência Comum

Art. 13. É da competência administrativa comum do Município, da União e do Estado, ob-servada a lei complementar federal, o exercício das seguintes medidas:

I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e con-servar o patrimônio público;

II - Cuidar da saúde e assistência pública da proteção e garantia das pessoas porta-doras de deficiência;

III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cul-tural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de ou-tros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;.

VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições ha-

bitacionais e de saneamento básico;

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X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização promovendo a in-tegração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e explo-ração de recursos hídricos, e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo Único - A cooperação do Município com a União e o Estado, tendo em vista oequilíbrio de desenvolvimento e do bem estar na sua área territorial, será feita na conformidade daLei Complementar.

Seção III

Da Competência Suplementar

Art. 14. Ao Município de Natividade compete suplementar a legislação federal e a estadu-al no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.

Parágrafo Único – A competência prevista neste artigo será exercida em relação às legis-lações federal e estadual no que digam respeito ao peculiar interesse municipal, visando a adaptá-las à realidade local.

CAPÍTULO III

Das Vedações

Art. 15. Ao Município de Natividade é vedado:

I - estabelecer cultos religiosos e igrejas, subvencioná-los embaraçar-lhes o funcio-namento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependênciaou aliança, ressalvada na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar a fé dos documentos públicos;III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos co-fres públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ouqualquer outro meio de comunicação, propaganda político partidária ou fins estra-nhos à administração;

V - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de ór-gãos públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação so-cial, assim como a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;

VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem inte-resse público justificado, sob pena de nulidade do ato;

VII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situaçãoequivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional oufunção por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendi-mentos, títulos ou direitos;

VIII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em

razão de sua procedência ou destino;X - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei queos houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiuou aumentou;

XI - utilizar tributo com efeito de fisco;XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos, res-

salvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo PoderPúblico;

XIII - instituir imposto sobre:a) patrimônio renda ou serviços da união, do Estado e de outros Municípios;b) templos de qualquer culto;

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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e deassistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

§ 1º - A vedação do inciso XI, é extensiva às autarquias e às Fundações, instituídas emantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda, e aos ser-viços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 2º - As vedações do inciso XIII, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patri-mô-nio, a renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômi-cas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em quehaja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exo-nera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente aobem imóvel.

§ 3º - As vedações expressas no inciso XIII alíneas b e c, compreendem somente o patri-mônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das enti-dades nelas mencionadas.

§ 4º - As vedações expressas nos incisos VII e a XIII serão regulamentadas em lei com-plementar federal.

TÍTULO II

Da Organização dos Poderes

CAPÍTULO I

Do Poder Legislativo

Seção I

Da Câmara Municipal

Art. 16. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal.Parágrafo Único - Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada

ano uma sessão legislativa.Art. 17. A Câmara Municipal é composta de Vereadores eleitos pelo sistema proporcio-

nal, como representantes do povo, com mandato de quatro anos.§ 1º - São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador, na forma da lei fede-

ral:I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária:VI - a idade mínima de dezoito anos; eVII - ser alfabetizado.

§ 2º - A Câmara Municipal, guardada a proporcionalidade com a população do Município,compõe-se de 09 (nove) Vereadores.* § 2º com redação dada pela emenda nº 27, de 08.11.2005.

§ 3º - A população do Município será aquela existente até 31 de dezembro do ano anteri-or ao da eleição municipal, apurada pelo órgão federal competente.

Art. 18. A Câmara Municipal, reunir-se á anualmente, na sede do Município, de 15 de fe-vereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útilsubsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º - A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conformedispuser o seu Regime Interno.

§ 3 º - A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:I - pelo Prefeito, quando este a entender necessária;

II - pelo Presidente da Câmara para o compromisso e posse do Prefeito e do Vice-Prefeito;

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III - pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros daCasa, em caso de urgência ou interesse público relevante;

IV - pela Comissão Representativa da Câmara conforme previsto no artigo 38, V,desta Lei Orgânica.

§ 4º - Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobrea matéria para a qual foi convocada.

Art. 19. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a mai-oria de seus membros, salvo disposição em contrário constante na Constituição Federal e nesta LeiOrgânica.

Art. 20. A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre oprojeto de lei orçamentária.

Art. 21. As sessões da Câmara deverão ser realizados em recinto destinado ao seu funci-onamento, observado o disposto no artigo 37, XII desta Lei Orgânica.

§ 1º - Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Câmara, ou outro motivoque impeça a sua utilização, poderão ser realizadas em local designado pelo Pre-sidente da Câmara no auto da verificação da ocorrência, desde que este ofereçaas condições mínimas necessárias para tal fim.

§ 2º - O horário das sessões ordinárias e extraordinárias da Câmara Municipal é o esta-belecido em seu Regimento Interno.

§ 3º - As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.

Art. 22. As sessões serão públicas, não sendo lícito impedir ou dificultar por qualquermeio o livre acesso do cidadão ao recinto da Câmara, salvo deliberação tomada pela maioria de2/3 (dois terços) de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de preservação do decoro par-lamentar ou quando houver assunto de caráter sigiloso imposto pelo interesse público, obedecidasàs disposições regimentais pertinentes.

* Art. 22 com redação dada pela emenda nº 02, de 29.06.1993.

Art. 23. As sessões somente poderão ser abertas com a presença de, no mínimo 1/3 (umterço) dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro depresença até o início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenário e das votações.

Seção II

Do Funcionamento da Câmara

Art. 24. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º(primeiro) de janeiro, em sessão so-lene de instalação, independentemente de número, sob a Presidência do Vereador mais votadopelo povo dentre os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.

§ 1º - Os Vereadores prestarão, no ato da posse, o seguinte compromisso:

“PROMETO CUMPRIR DIGNAMENTE O MANDATO A MIM CONFIADO, GUARDAR ACONSTITUIÇÃO E A LEI TRABALHANDO PELO ENGRANDECIMENTO DO MUNICÍPIO”.

§ 2º - O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no caput do artigo, deverá fa-zê-lo no prazo de 15 (quinze) dias do início do funcionamento normal da Câmara,sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absolutados membros da Câmara .

§ 3º - Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência domais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros daCâmara, elegerão os componentes da Mesa, que serão automaticamente empos-sados.

§ 4º - Inexistindo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanece-rá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a mesa.

§ 5º - A eleição para renovação da Mesa far-se-á sempre na última reunião ordinária dosegundo período de cada sessão legislativa, sob a presidência do Presidente emexercício, com os eleitos iniciando as atividades em 01 de janeiro do ano subse-qüente.

* § 5º com redação dada pela emenda nº 08, de 08.11.2005.

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§ 6º - No ato da posse e ao término do mandato os Vereadores deverão fazer declaraçãode seus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando de ata seu re-sumo em livro próprio.

Art. 25. O mandato da Mesa será de um ano, permitida a recondução para o mesmo Car-go por igual período, na eleição imediatamente subsequente.

* Art. 25 com redação dada pela emenda nº 05, de 08.08.2000.

Art. 26. A Mesa da Câmara compõe-se do Presidente, do Vice-Presidente, do PrimeiroSecretário e Segundo Secretário, os quais se substituirão nessa ordem.

§ 1º - Na constituição da Mesa é assegurada tanto quanto possível, a representação pro-porcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.

§ 2º - Na ausência dos Membros da Mesa o Vereador mais votado assumirá a Presidên-cia.

§ 3º - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de 2/3(dois terços) dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente nodesempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para acomplementação do mandato.

Art. 27. A Câmara terá comissões permanentes e especiais.§ 1º - Às comissões permanentes em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno,a competência do Plenário, salvo se houver recurso de 1/3 (um terço) dosmembros da Câmara;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;III - convocar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes, para prestar

informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;IV - receber petições, reclamações, representantes ou queixas de qualquer pes-

soas contra os atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivoe da Administração Indireta.

§ 2º - As comissões especiais, criadas por deliberação do Plenário, serão destinadas aoestudo de assuntos específicos e à representação da Câmara em congressos,solenidades ou outros atos públicos.

§ 3º - Na formação das comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representa-ção proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Câ-mara.

§ 4º - As comissões parlamentares de inquérito serão criadas pela Câmara Municipal,mediante requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros, para examinarem ir-regularidades e/ou apurarem fato determinado e por prazo certo, que se inclua nacompetência municipal, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas aoMinistério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infra-tores.

* § 4º com redação dada pela emenda nº 03, de 29.06.1993.§ 5º - Aplique-se no que couber o disposto nas Leis Federais 1.579, de 18/03/1952 e

10.001, de 04/09/2000.• § 5º acrescentado pela emenda nº 09, de 13.09.2005.

Art. 28. A Maioria, a Minoria, as Representações Partidárias com número superior a 1/10(um décimo) da composição da Casa, e os blocos parlamentares terão Líder e Vice-Líder.

§ 1º - A indicação dos Líderes, será feita em documento subscrito pelos membros das re-presentações majoritárias, minoritárias, blocos parlamentares ou Partidos Políti-cos à Mesa, nas 24 (vinte e quatro) horas que se seguirem à instalação do pri-meiro período do legislativo anual.

§ 2º - Os Líderes indicarão os respectivos Vice-Líderes, dando conhecimento à Mesa daCâmara dessa designação.

Art. 29. Além de outras atribuições previstas no Regimento Interno, os Líderes indicarãoos representantes partidários nas comissões da Câmara.

Parágrafo Único - Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão exercidas pelo Vi-ce-Líder.

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Art. 30. A Câmara Municipal observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborarseu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização política e provimento de cargos de seusserviços e, especialmente, sobre;

I - sua instalação e funcionamento;II - posse de seus membros;III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;IV - número de reuniões mensais;V - comissões;VI - sessões;VII - deliberações;VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna.

Art. 31. Por deliberação da maioria de seus membros, a Câmara poderá convocar Secre-tário Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente, prestar informações acerca de assuntospreviamente estabelecidos.

Parágrafo Único - A falta do comparecimento do secretário Municipal ou Diretor equiva-lente, sem justificativa razoável, será considerada desacato à Câmara, e, se o Secretário ou Diretorfor Vereador licenciado, o não comparecimento nas condições mencionadas caracterizará procedi-mento incompatível com a dignidade da Câmara, para instauração do respectivo processo, na for-ma da lei federal, e conseqüente cassação do mandato.

Art. 32. O Secretário Municipal ou Diretor equivalente, a seu pedido poderá comparecerperante o Plenário ou qualquer comissão da Câmara para expor assunto e discutir projeto de lei ouqualquer outro ato normativo relacionado com o seu serviço administrativo.

Art. 33. A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escritos de informação aos Se-cretários Municipais ou Diretores equivalentes, importando crimes de responsabilidade a recusa ouo não atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informação falsa.

Art. 34. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;

II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem osrespectivos vencimentos;

III - solicitar Decreto do Executivo dispondo sobre abertura de créditos suplementaresou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações orça-mentárias da Câmara.

• Inciso III com redação dada pela emenda nº 10, de 13.09.2005.

IV - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;

VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidadetemporária de excepcional interesse do Legislativo ou por determinação do TCE,neste caso, até realização do concurso público.

* Inciso VI com redação dada pela emenda nº 10, de 13.09.2005.

Art. 35. Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câma-

ra;III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;IV - promulgar resoluções e decretos legislativos;

V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plená-rio, desde que não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;

VI - fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, decretos legislativos e as leis quevier a promulgar;

VII - autorizar as despesas da Câmara;VIII - representar por decisão da Câmara, sobre inconstitucionalidade de lei ou ato mu-

nicipal;IX - solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no Município

nos casos admitidos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual;X - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para

esse fim;

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XI - encaminhar, para parecer prévio, a prestação de contas do Município ao TribunalContas do Estado ou órgão a que for atribuída tal competência. • Inciso XI alte-rado pela Deliberação nº 199, 23/01/1996 - TCE.

Seção III

Das Atribuições da Câmara Municipal

Art. 36. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas asmatérias de competência do Município e, especialmente:

I - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas ren-das;

II - autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;III - votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, bem como autorizar a

abertura de créditos suplementares e especiais;IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito,

bem como a forma e os meios de pagamento;V - autorizar a concessão de auxílios a subvenções;

VI - autorizar a concessão de serviços públicos;VII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;

VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;IX - autorizar a alienação de bens imóveis;

X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem en-cargo;

XI - criar; transformar e extinguir cargos, empregos e funções públicas e fixar os res-pectivos vencimentos;

XII - criar, estruturar e conferir atribuições a Secretários ou Diretores equivalentes eórgãos da administração pública;

XIII - aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;XIV - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com ou-

tros Municípios;XV - delimitar o perímetro urbano;

XVI - autorizar a alteração de próprios, vias e logradouros públicos;XVII - estabelecer normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento e lo-

teamento;XVIII - fixar e modificar o efetivo da Guarda Municipal;

XIX - normatizar a cooperação das associações representativas do planejamento muni-cipal;

XX - normatizar a iniciativa popular de projeto de lei de interesse específico do Municí-pio da cidade, de vilas ou de bairros, através de manifestação, de pelo menos 5%(cinco por cento) do eleitorado;

XXI - criar, transformar, extinguir e estruturar empresas públicas, sociedades de econo-mia mista, autarquias, e fundações públicas municipais.

Art. 37. Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as seguintes atribuições,dentre outras:

I - eleger sua Mesa;II - elaborar o Regimento Interno;

III - organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos respectivos;IV - propor a criação ou a extinção dos cargos dos serviços administrativos internos e

a fixação dos respectivos vencimentos;V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;

VI - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do Município, por mais de15 (quinze) dias;

VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o Parecer do Tribunal deContas do Estado no prazo máximo de 60 (sessenta) dias de seu recebimento,observados os seguintes preceitos:

a) o parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão de2/3 (dois terços) dos membros da Câmara;

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b) decorrido o prazo de 60 (sessenta) dias, sem deliberação pela Câmara,as contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo coma conclusão do Parecer do Tribunal de Contas;

c)rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministé-rio Público para os fins de direito.

VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, noscasos indicados na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação fede-ral aplicável;

IX - autorizar a realização de empréstimo, operação ou acordo externo de qualquernatureza, de interesse do Município;

X - proceder à tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial, quandonão apresentadas à Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura dasessão legislativa;

XI - aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Municípiocom a União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público interno ou entida-des assistenciais culturais;

XII - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;XIII - convocar o Prefeito e o Secretário do Município ou Diretor equivalente para pres-

tar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento;XIV - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões;XV - criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo certo,

mediante requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros;XVI - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem a pessoas que reco-

nhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao Município ou nele se des-tacado pela atuação exemplar na vida pública e particular, mediante propostaspelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara;

XVII - solicitar a intervenção do Estado no Município;XVIII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei fe-

deral;XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da Administração

Indireta;XX - fixar, observado o que dispõem os artigos 39, § 4º, 57, § 7º; 150, II; 153, III e 153,

§ 2º, I, da Constituição Federal, o subsídio dos Vereadores, em cada legislaturapara a subsequente, sobre o qual incidirá o imposto sobre rendas e proventos dequalquer natureza;* Inciso XX com redação dada pela emenda nº 11, de 13.09.2005.

XXI - fixar, observando o que dispõem os artigos 37, XI*; 39, § 4º; 150, II; 153, III e 153,§ 2º, I, da Constituição Federal, os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e Se-cretários Municipais ou Diretores equivalentes, sobre o qual incidirá o imposto so-bre rendas e proventos de qualquer natureza;

* Inciso XXI com redação dada pela emenda nº 11, de 13.09.2005.*Inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal modificado pela Emenda Constitu-

cional nº 41, de 19/12/2003.XXII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamen-

tar ou os limites da delegação legislativa.§ 1º - O subsídio dos Vereadores, fixado por Lei de iniciativa da Câmara Municipal cor-

responderá no máximo a 30% (trinta por cento) do subsídio dos Deputados Esta-duais.

* § 1º com redação dada pela emenda nº 11, de 13.09.2005.§ 2º - O subsídio do Prefeito será fixado por Lei de iniciativa da Câmara Municipal, obser-

vado o que dispõe o inciso XXI.* § 2º com redação dada pela emenda nº 11, de 13.09.2005.§ 3º - O subsídio do Vice-Prefeito, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes será

fixado na mesma Lei que dispuser sobre a fixação do subsídio do Prefeito, igual-mente, observado o disposto no inciso XXI.

* § 3º com redação dada pela emenda nº 11, de 13.09.2005.

Art. 38. Ao término de cada sessão legislativa a Câmara elegerá dentre os seus mem-bros, em votação secreta, uma Comissão Representativa, cuja composição reproduzirá, tantoquanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou dos blocos parlamentares na

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Casa, que funcionará nos interregnos das sessões legislativas ordinárias, com as seguintes atribui-ções:

I - reunir-se ordinariamente uma vez por semana e extraordinariamente sempre queconvocada pelo Presidente;

II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;III - zelar pela observância da Lei Orgânica e dos direitos e garantias individuais;IV - autorizar a Prefeito a se ausentar do Município por mais de 15 (quinze) dias;

V - convocar extraordinariamente a Câmara em caso de urgência ou interesse públi-co relevante.

§ 1º - A Comissão Representativa, constituída por número impar de Vereadores, serápresidida pelo Presidente da Câmara.

§ 2º - A Comissão Representativa deverá apresentar relatório dos trabalhos por ela reali-zados quando do reinicio do período de funcionamento ordinário da Câmara.

§ 3º - As reuniões previstas no inciso I do presente artigo, serão remuneradas nas condi-ções do Regimento Interno a ser elaborado.

Seção IV

Dos Vereadores

Art. 39. Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mandato e na circunscrição doMunicípio, por suas opiniões, palavras e votos.

Art. 40. É vedado ao Vereador:I - desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,

empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas con-cessionárias de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulasuniformes;

b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da Administração Pública Direta ouIndireta Municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado odisposto no artigo 84, I, IV e V desta Lei Orgânica.

II - desde a posse:a) ocupar cargo, função ou emprego, na Administração Pública Dire-

ta ou Indireta do Município, de que seja exonerável ad nutum, salvo o cargo deSecretário Municipal ou Diretor equivalente, desde que se licencie do exercício domandato;

b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente

de contrato com pessoa jurídica de direito público do Município, ou nela exercerfunção remunerada;

d) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessadaquaisquer das entidades a que se refere a alínea a do inciso I.

Art. 41. Perderá o mandato o Vereador:I - que infringir quaisquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou aten-tatório ás instituições vigentes;

III - que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidadeadministrativa;

IV - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte dassessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença, ou missão au-torizada pela edilidade;

V - que fixar residência fora do Município;VI - que perder ou tiver suspenso os direitos políticos.

§ 1º - Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal de Na-tividade, considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso dasprerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ouimorais.

§ 2º - Nos casos dos incisos I e II a perda do mandato será declarada pela Câmara porvoto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de Partido Po-lítico representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

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§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a IV, a perda será declarada pela Mesa da Câ-mara, de ofício ou mediante provocação de quaisquer de seus membros ou dePartido Político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 42. O Vereador poderá licenciar-se:I - por motivo de doença;

II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamentonão ultrapasse cento e vinte (120) dias por sessão legislativa;

III - para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse doMunicípio.

§ 1º - Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, o Vereadorinvestido no cargo de Secretário Municipal ou Diretor equivalente, conforme pre-visto no artigo 40, inciso II, alínea a desta Lei Orgânica.

§ 2º - Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III, a Câmara poderá determinaro pagamento, no valor que estabelecer e na forma que especificar, de auxílio do-ença ou de auxílio especial.

§ 3º - O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá ser- fixado no curso da Legislatu-ra ·e não será computado para o efeito de cálculo da remuneração dos Vereado-res.

§ 4º - A licença para tratar de interesse particular não será inferior a 30 (trinta) dias e oVereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da li-cença.

§ 5º - Independentemente de requerimento, considerar-se-á como licença o não compa-recimento às reuniões de Vereador, privado temporariamente, de sua liberdade,em virtude de processo criminal em curso.

§ 6º - Na hipótese do § 1º, o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato.

Art. 43. Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos casos de vaga ou de licen-ça.

§ 1º - O Suplente convocado deverá tomar posse na prazo de 15 (quinze) dias, contadosda data de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorro-gará o prazo.

§ 2º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

Seção V

Do Processo Legislativo

Art. 44. O Processo Legislativo Municipal compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica Municipal;II - leis complementares;

III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - resoluções; e

VI - decretos legislativos.

Art. 45. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal.§ 1º - A proposta será votada em dois turnos com interstício mínimo de 10 (dez) dias, e

aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.* § 1º com redação dada pela emenda nº 12, de 13.09.2005.§ 2º - A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara com o

respectivo número de ordem.§ 3º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou de in-

tervenção no Município.

Art. 46. A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao eleitorado queexercerá sob a forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por 5% (cinco por cento) do totaldo número de eleitores do Município.

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Art. 47. As leis complementares, somente serão aprovadas se obtiverem maioria absolutados votos dos membros da Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das leisordinárias.

Parágrafo Único - Serão leis complementares dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:I - Código Tributário do Município;

II - Código de obras;III - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;IV - Código de Postura;V - Lei instituidora do regime jurídico único dos servidores municipais;

VI - Lei Orgânica instituidora da guarda municipal;VII - Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos.

Art. 48. São de iniciativa exclusiva do Prefeito às leis que disponham sobre:I - criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na

Administração Direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;II - servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e

aposentadoria;III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias ou Departamentos equivalen-

tes e órgãos da Administração pública;IV - matéria orçamentária, e a que autorize a abertura de créditos ou conceda auxíli-

os, prêmios e subvenções.Parágrafo Único - Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de inicia-

tiva exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no inciso IV, primeira parte.

Art. 49. É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa das leis que dispo-nham sobre:

I - autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais, através doaproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara;

II - Organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação ouextinção de seus cargos, empregos e funções e fixação da respectiva remunera-ção.

Parágrafo Único - Nos projetos de competência exclusiva da Mesa da Câmara não serãoadmitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o disposto na parte final do inci-so II deste artigo, se assinada pela metade dos Vereadores.

Art. 50. O Prefeito pode enviar à Câmara Municipal projetos de lei sobre qualquer maté-ria, os quais, se o solicitar, serão apreciados no prazo de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebi-mento.

* Art. 50 com redação dada pela emenda nº 13, de 13.09.2005.

§ 1º - Esgotado o prazo, sem deliberação, consideram-se aprovados os projetos.§ 2º - Caso julgue urgente a medida, o Prefeito pode solicitar a apreciação do projeto em

20 (vinte) dias.* § 2º com redação dada pela emenda nº 13, de 13.09.2005.§ 3° - A fixação do prazo deverá sempre ser expressa e poderá ser feita depois da re-

messa do projeto, considerando-se a data do recebimento da solicitação comoseu termo inicial.

§ 4º - Os prazos fixados neste artigo não correm nos períodos de recesso da CâmaraMunicipal, nem se aplicam aos projetos de lei complementar.

Art. 51. Aprovado o projeto de lei será este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o san-cionará.

§ 1º - O Prefeito considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrá-rio ao interesse público veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze)dias úteis, contados da data do recebimento, só podendo ser rejeitado pelo votoda maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto.

§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de incisoou de alínea.

§ 3º - Decorrido o prazo do parágrafo 1º, o silêncio do Prefeito importará sanção.§ 4º - A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara será dentro de 30 (trinta) dias a

contar do seu recebimento, em uma só discussão e votação, com parecer ou semele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores emescrutínio secreto.

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§ 5º - Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para a promulgação.§ 6º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 3º, o veto será colocado na

Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até a suavotação final, ressalvadas as matérias de que trata o § 2º, art. 50 desta Lei Orgâ-nica.

§ 7º - A não promulgação da lei no prazo de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito, noscasos dos §§ 3º e 5º, criará para o Presidente da Câmara a obrigação de fazê-loem igual prazo.

Art. 52. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delega-ção à Câmara Municipal.

§ 1º - Os atos de competência privativa da Câmara, a matéria reservada à lei comple-mentar e os planos plurianuais e orçamentos serão objeto de delegação.

§ 2º - A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma de decreto legislativo, que es-pecificará o seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º - O decreto legislativo poderá determinar a apreciação do projeto pela Câmara que afará em votação única, vedada a apresentação de emenda.

Art. 53. Os projetos de resolução disporão sobre matérias de interesse interno da Câma-ra e os projetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua competência privativa.

Parágrafo Único - Nos casos de projeto de resolução e de projeto de decreto legislativo,considerar-se-á encerrada com a votação final a elaboração da norma jurídica, que será promulga-da pelo Presidente da Câmara.

Art. 54. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objetode novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos mem-bros da Câmara.

Seção VI

Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Art. 55. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município será exercida pelaCâmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Executivo,instituídos em lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contasdo Estado ou Órgão estadual a que for atribuída essa incumbência, e compreen-derá a apreciação das Contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o acompanha-mento das atividades financeiras e orçamentárias do Município, o desempenhodas funções de auditoria financeira e orçamentária, bem como o julgamento dascontas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.

§ 2º - As contas do Prefeito e da Câmara Municipal, prestadas anualmente, serão julga-das pela Câmara dentro de 60 (sessenta) dias após o recebimento do parecerprévio do Tribunal de Contas ou órgão estadual a que for atribuída essa incum-bência, considerando-se julgadas nos termos das conclusões desse parecer senão houver deliberação dentro desse prazo.

§ 3º - Somente por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal dei-xará de prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgãoestadual incumbido dessa missão.

§ 4º - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado se-rão prestadas na forma da legislação federal e estadual em vigor, podendo o Mu-nicípio suplementar essas contas sem prejuízo de sua inclusão na prestação anu-al de contas.

Art. 56. O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de:I - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e re-

gularidade à realização da receita e despesa;II - acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento;

III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;IV - verificar a execução dos contratos.

Art. 57. As contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à dispo-sição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimi-dade, nos termos da lei.

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CAPÍTULO II

Do Poder Executivo

Seção I

Do Prefeito e do Vice-Prefeito

Art. 58. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos SecretáriosMunicipais ou Diretores equivalentes.

Parágrafo Único - Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no §1º do artigo 17 desta Lei Orgânica e a idade mínima de vinte e um anos.

Art. 59. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente, nos ter-mos estabelecidos no artigo 29, incisos I e II da Constituição Federal. • Normas para as eleiçõesLei nº 9.504, de 30/09/1997.

Parágrafo Único - A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.

Art. 60. O Prefeito e Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subsequen-te à eleição em sessão da Câmara Municipal, prestando o compromisso de manter, defender ecumprir a Lei Orgânica, observar as leis da União, do Estado e do Município, promover o bem geraldos munícipes e exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade.

Parágrafo Único - Decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 61. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vi-ce-Prefeito.

§ 1º - O Vice-Prefeito não poderá se recusar a substituir o Prefeito, sob pena de extinçãodo mandato.

§ 2º - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxilia-rá o Prefeito, sempre que por ele for convocado para missões especiais.

Art. 62. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância do cargo as-sumirá a administração municipal o Presidente da Câmara.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara recusando-se, por qualquer motivo, a assumiro cargo de Prefeito, renunciará, incontinente, à sua função de dirigente do Legislativo, ensejando,assim, a eleição de outro membro para ocupar, como Presidente da Câmara, a chefia do PoderExecutivo.

Art. 63. Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e inexistindo Vice- Prefeito, ob-servar-se-á o seguinte:

I - ocorrendo a vacância nos três primeiros anos do mandato, dar-se-á eleição 90(noventa) dias após a sua abertura, cabendo aos eleitos completar o período dosseus antecessores;

II - ocorrendo a vacância no último ano do mandato, assumirá o Presidente da Câ-mara que completará o período.

Art. 64. O Mandato do Prefeito é de quatro anos permitida sua reeleição por um único pe-ríodo subseqüente assim como de quem o houver sucedido.

* Art. 64 com redação dada pela emenda nº 14, de 13.09.2005.

Art. 65. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem li-cença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a 15 (quinze) dias, sobpena de perda do cargo ou de mandato.

Parágrafo Único - O Prefeito, regularmente licenciado, terá direito a receber a remunera-ção, quando:

I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente comprova-da;

II - em gozo de férias;III - a serviço ou em missão de representação do Município.

§ 1º - O Prefeito gozará férias de 30 (trinta) dias, sem prejuízo da remuneração, ficando aseu critério a época para usufruir do descanso.

§ 2º - A remuneração do Prefeito será estipulada na forma do inciso XXI, do artigo 37desta Lei Orgânica.

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Art. 66. Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito fará declaração deseus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas atas o seu resumo.

Parágrafo Único - O Vice-Prefeito fará declaração de bens no momento em que assumirpela primeira vez, o exercício do cargo.

Seção II

Das Atribuições do Prefeito

Art. 67. Ao Prefeito, como chefe da administração, compete dar cumprimento às delibera-ções da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, bem como adotar, deacordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pública, sem exceder as verbas or-çamentárias.

Art. 68. Compete ao Prefeito, entre outras atribuições: I - a iniciativa das leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica; II - representar o Município em Juízo e fora dele;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expe-dir os regulamentos para sua fiel execução;

IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara; V - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade

pública, ou por interesse social; VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros; VIII - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos, por terceiros; IX - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação

funcional dos servidores; X - enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao orçamento anual e ao plano

plurianual do Município e das suas autarquias; XI - encaminhar à Câmara, até 15 (quinze) de abril, a prestação de contas, bem

como os balanços do exercício findo; XII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as presta-

ções de contas exigidas em lei; XIII - fazer publicar os atos oficiais;

XIV - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações pela mesmasolicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, emface da complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção nas respec-tivas fontes, dos dados pleiteados;

XV - prover os serviços e obras da administração pública;

XVI - superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicaçãoda receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilida-des orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;

XVII -colocar à disposição da Câmara, dentro de 10 (dez) dias de sua requisição,as quantias que devam ser despendidas de uma só vez e até o dia 20 (vin-te) de cada mês, os recursos correspondentes às suas dotações orçamentá-rias, compreendendo os créditos suplementares e especiais;

XVIII - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quan-do impostas irregularmente;

XIX - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe fo-rem dirigidas;

XX - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradou-ros públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;

XXI - convocar extraordinariamente a Câmara quando o interesse da Administra-ção o exigir;

XXII - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zonea-mento urbano ou para fins urbanos;

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XXIII - apresentar, anualmente, à Câmara, relatório circunstanciado sobre oestado das obras e dos serviços municipais, bem assim o programa da ad-ministração para o ano seguinte;

XXIV - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem excederas verbas para tal destinadas;

XXV -contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia autori-zação da Câmara;

XXVI - providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação,na forma da lei;

XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras doMunicípio;

XXVIII - desenvolver o sistema viário do Município;

XXIX - conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivasverbas orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e anualmente apro-vado pela Câmara;

XXX - providenciar sobre o incremento do ensino; XXXI - estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;

XXXII - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia documprimento de seus atos;

XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-sedo Município por tempo superior a 15 (quinze) dias;

XXXIV - adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimôniomunicipal;

XXXV - publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre, relatórioresumido da execução orçamentária.

Art. 69. O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funções administrati-vas previstas nos incisos IX, XV e XXIV do artigo 68 desta Lei Orgânica.

Seção III

Da Perda e Extinção do Mandato

Art. 70. É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na Administração Pública di-reta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no arti-go 84, I, IV e V desta Lei Orgânica.

§ 1º - É igualmente vedada ao Prefeito e ao Vice-Prefeito desempenhar função de admi-nistração em qualquer empresa privada.

§ 2º - A infringência ao disposto neste artigo e em seu § 1º importará em perda do man-dato.

Art. 71. As incompatibilidades declaradas, no artigo 40, seus incisos e letras desta LeiOrgânica, estende-se no que forem aplicáveis, ao Prefeito e aos Secretários Municipais ou Direto-res equivalentes.

Art. 72. São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federal. • Respon-sabilidade de Prefeitos e Vereadores: Decreto Lei nº 201, de 27/02/1967.

Parágrafo Único - O Prefeito será julgado, pela prática de crime de responsabilidade, pe-rante o Tribunal de Justiça do Estado.

Art. 73. São infrações político-administrativas do Prefeito as previstas em lei federal.Parágrafo Único - O Prefeito será julgado pela prática de infrações político-administrati-

vas, perante a Câmara.

Art. 74. Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito quando: I - ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime funcional ou eleitoral; II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo de 10

(dez) dias; III - infringir as normas dos artigos 40 e 65 desta Lei Orgânica; IV - perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

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Seção IV

Dos Auxiliares Diretos do Prefeito

Art. 75. São auxiliares diretos do Prefeito:

I - os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes; II - os Subprefeitos.

Parágrafo Único - Os cargos são de livre nomeação e demissão do Prefeito.

Art. 76. A lei municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares diretos do Prefeito, defi-nindo-lhes à competência, deveres e responsabilidades.

Art. 77. São condições essenciais para a investidura no cargo de Secretário ou Diretosequivalente:

I - ser brasileiro;II - estar no exercício dos direitos políticos;III - ser maior de 18 (dezoito anos).

Art. 78. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários ou Diretores: I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus órgãos; II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas re-partições;

IV - comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma, paraprestação de esclarecimentos oficiais.

§ 1º - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos ou autárqui-cos serão referendados pelo Secretário ou Diretor da Administração.

§ 2º - A infringência ao inciso IV deste artigo, sem justificação, importa em crime de res-ponsabilidade.

Art. 79. Os Secretários ou Diretores são solidariamente responsáveis com o Prefeito pe-los atos que assinarem; ordenarem ou praticarem.

Art. 80. A competência do Subprefeito limitar-se-á ao Distrito para o qual foi nomeado.Parágrafo Único - Aos Subprefeitos, como delegados do Executivo, compete: I - cumprir e fazer cumprir, de acordo com as instruções recebidas do Prefeito, as leis,

resoluções, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Câmara; II - fiscalizar os serviços distritais;

III - atender as reclamações das partes e encaminha-las ao Prefeito, quando setratar de matéria estranha às suas atribuições ou quando lhes for favorável a deci-são proferida;

IV - indicar ao Prefeito as providências necessárias ao Distrito; V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhe forem solicitadas.

Art. 81. O Subprefeito, em caso de licença ou impedimento, será substituído por pessoade livre escolha do Prefeito.

Art. 82. Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de bens no ato da posse e notérmino do exercício do cargo.

Seção V

Da Administração Pública* Seção V com redação dada pela emenda nº 31, de 08.11.2005.

Art. 83. A Administração pública direta e indireta, de quaisquer dos Poderes do Município,obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,também, ao seguinte:

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I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros quepreencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, naforma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia emconcurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e acomplexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvados as no-meações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera-ção;

III - prazo de validade de concurso público será de até 2 (dois) anos, prorrogável umavez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovadoem concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com priori-dade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - a função de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes decargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores decarreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas as atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII -o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específi-ca;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoasportadoras de deficiências e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender anecessidade temporária de excepcional interesse público; • vide a Lei Federal nº8.745, de 09/12/1993.

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata os incisos XX eXXI do artigo 37 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, ob-servada a iniciativa privativa de cada caso, assegurada a revisão geral anual,sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XI - a lei fixará limite máximo e a relação de valores entre o maior e a menor remune-ração dos servidores públicos, observado, como limite máximo, os valores perce-bidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superior aospagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratóri-as, para efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o dis-posto no inciso anterior e no artigo 85, § 1º desta Lei Orgânica;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computadosnem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV - os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicossão irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV e nos artigos 39, § 4º,150, II, 153, III, e 153, 2º, I, da Constituição Federal;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houvercompatibilidade de horários;

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com pro-fissões regulamentadas.

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiáriase sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suasáreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores adminis-trativos, na forma da lei;

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XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituiçãode empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo alei complementar, neste último caso definir as áreas de sua atuação;

XX -depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiarias dasentidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de quais-quer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, com-pras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública queassegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com clausulas que es-tabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da propos-ta, nos termos da lei, exigindo-se a qualificação técnico-econômica indispensávelà garantia do cumprimento das obrigações;

XXII - as administrações tributárias do município, atividades essenciais ao seu fun-cionamento, exercidas por servidores de carreira específica, terão recursos priori-tários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusi-ve com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma dalei ou convênio.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não po-dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoalde autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e apunição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º - A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública di-reta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos em geral, assegura-das a manutenção de serviço de atendimento ao usuário e a avaliação periódi-ca, externa e interna da qualidade do serviço.

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobreatos de governo, observado o disposto no artigo 5º, X e XXXIII da ConstituiçãoFederal;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo decargo, emprego ou função na administração pública.

§ 4° - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políti-cos, a perda da função pública, a disponibilidade dos bens e o ressarcimento aoerário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. •vide a Lei Federal nº 8.429, de 02/06/1992.

§ 5º - A lei federal estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por quais-quer agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, ressalvadas as res-pectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de servi-ços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, cau-sarem à terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos ca-sos de dolo ou culpa.

§ 7º - A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou empregona administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegi-adas.

§ 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da admi-nistração direta e indireta poderá ser aplicada mediante contrato, a ser firmadoentre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação demetas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo a lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações eresponsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

Art. 84. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional no exercíciode mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

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I - tratando-se de mandato eletivo federal, ou estadual, ficará afastado de seu cargo,emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo emprego ou função,sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da re-muneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a nor-ma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato ele-tivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto parapromoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serãodeterminados como se no exercício estivesse.

Seção VI

Dos Servidores Públicos

• Lei Municipal nº 245, de 27/12/2002 - Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicosdo Município de Natividade.

• Lei Municipal nº 234, de 04/12/2002 - Dispõe sobre o Sistema de Carreiras e Remune-ração do Município de Natividade.

Art. 85. O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os servido-res da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

§ 1º - A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de vencimen-tos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entreservidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de ca-ráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no artigo 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, e XXX da Constituição Federal.

* § 2º com redação dada pela emenda nº 32, de 08.11.2005.

Art. 86. O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de

acidentes em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incu-rável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionaisao tempo de contribuição;

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivoexercício no serviço público e 05 (cinco) anos no cargo efetivo em que se dará aaposentadoria observadas as seguintes condições:

*Vide Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003. a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de contribuição, se ho-

mem e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de contribuição,se mulher;

b) redução em 05 (cinco) anos dos requisitos da alínea anterior, para profes-sor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funçõesde magistério na educação infantil e no ensino fundamental médio;

c) 30 ( trinta) anos de contribuição, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, semulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta)anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de con-tribuição.

* Inciso II e III e alíneas “a”, “b”, “c” e “d” com redação dada pela emenda nº 15, de13.09.2005.

§ 1º - Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, a e c, nocaso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.

§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

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§ 3º - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integral-mente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.

§ 4º - Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesmadata, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sen-do também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posterior-mente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes datransformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposenta-doria, na forma da lei.

§ 5º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ouproventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o dis-posto no parágrafo anterior. • vide art. 40 e parágrafos da Constituição Federal.

Art. 87. São estáveis, após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeadospara cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

* Art. 87 com redação dada pela emenda nº 29, de 08.11.2005.§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial

transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja asse-gurada ampla defesa ou ainda mediante procedimento de avaliação periódica dedesempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa.

* § 1º com redação dada pela emenda nº 24, de 08.11.2005.§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será, ele reinte-

grado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de ori-gem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponi-bilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

* § 2º com redação dada pela emenda nº 28, de 08.11.2005.§ 3º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em

disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu ade-quado aproveitamento em outro cargo.

* § 3º com redação dada pela emenda nº 33, de 08.11.2005.§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação espe-

cial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.* § 4º acrescentado pela emenda nº 30, de 08.11.2005.

Seção VII

Da Segurança Pública

Art. 88. O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada à prote-ção de seus bens, serviços e instalações, nos termos da lei complementar.

§ 1º - A lei complementar de criação da guarda municipal disporá sobre acesso, direitos,deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.

§ 2º - A guarda municipal destina-se a proteção dos bens, serviços e instalações do Mu-nicípio, devera ter organização, funcionamento e comando na forma da lei com-plementar.

§ 3º - Caberá a Guarda Municipal a proteção dos bens de valores históricos, artísticos eculturais do Município, ou em seu território localizado conforme dispuser, caben-do, ainda, a Coordenação de toda as ações de trânsito em conformidade com alegislação vigente.

* § 3º com redação dada pela emenda nº 16, de 13.09.2005.§ 4º - Todo efetivo da guarda municipal, sempre que convocado prestará serviços para

combater incêndios, socorro em caso de calamidade pública, ou de defesa per-manente do meio ambiente.

§ 5º - A lei municipal deverá dispor sobre a criação e a organização de quadro de volun-tários para em cooperação com a guarda municipal combater em incêndios, so-corro em caso de calamidade pública, ou de defesa permanente do meio ambien-te.

§ 6º - A investidura nos cargos da guarda municipal far-se-á mediante concurso públicode provas ou de provas e títulos.

Seção VIII

Da Defesa Civil

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Art. 89. A Secretaria Municipal de Defesa Civil (SEMDEC), órgão integrante do SistemaNacional de Defesa Civil (SINDEC), tem por finalidade, em ação conjunta com o Corpo de Bombei-ros, o estabelecimento de normas e o exercício das atividades de integração, planejamento, organi-zação e supervisão da execução de medidas preventivas de socorro, assistência e de recuperação,considerando os efeitos produzidos por fatos adversos de qualquer natureza e nas situações deemergência ou de calamidade pública, bem como, daquelas destinadas a preservar o moral da po-pulação e o restabelecimento da normalidade da vida comunitária em todo o território do Município.

* Art. 89 com redação dada pela emenda nº 17, de 13.09.2005.

Parágrafo Único - O Sistema Municipal de Defesa Civil, constitui o instrumento de conju-gação de esforços de todos os órgãos governamentais, com as entidades não governamentais ouprivadas e, principalmente, com a comunidade em geral para o planejamento e a execução dasmedidas previstas neste artigo.

Art. 90. O Município destinará recursos visando a aquisição e instalação de hidrantes emlocais pré-determinados pelo Corpo de Bombeiros.

Art. 91. Cabe ao Município atender à legislação e normas estaduais relativas à segurançacontra incêndios e pânicos.

Art. 92. Cabe ao Município atender à legislação e normas estaduais relativas às ativida-des aquáticas.

TÍTULO III

Da Organização Administrativa Municipal

CAPÍTULO I

Da Estrutura Administrativa

• Lei Municipal nº 232, de 04/12/2002 - Dispõe sobre a Estrutura Administrativa do Muni-cípio de Natividade.

Art. 93. A Administração Municipal é constituída dos órgãos integrados na estrutura admi-nistrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de personalidade jurídica própria.

§ 1º - Os órgãos da administração direta que compõem a estrutura administrativa daPrefeitura se organizam e se coordenam, atendendo aos princípios técnicos re-comendáveis ao bom desempenho de suas atribuições.

§ 2º - As entidades dotadas de personalidade jurídica própria que compõem a Admi-nistração Indireta do Município, classificam-se em:

I - autarquia - O serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, pa-trimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administraçãopública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativae financeiras descentralizadas;

II - empresa pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito priva-do, com patrimônio e capital do Município, criada por lei, para exploração deatividades econômicas que o Município seja levado a exercer, por força decontingência ou conveniência administrativa, podendo revestir-se do quaisquerdas formas admitidas em direito;

III - sociedade de economia mista - a entidade dotada de personalidade jurídica dedireito privado, criada por lei, para exploração de atividades econômicas, sob aforma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, emsua maioria, ao Município ou a entidade da Administração Indireta;

IV - fundação pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito priva-do, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de ati-vidades que não exijam execução por órgão ou entidades de direito público,com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos ór-gãos de direção, e funcionamento custeado por recursos do Município e de ou-tras fontes.

§ 3º - A entidade de que trata o inciso IV do § 2º, adquire personalidade jurídica com ainscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas

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Jurídicas, não se lhe aplicando as demais disposições do Código Civil concernen-tes às fundações.

CAPÍTULO II

Dos Atos Municipais

Seção I

Da Publicidade dos Atos Municipais

Art. 94. A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da imprensa local ouregional ou por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme o caso.

§ 1º - A escolha do órgão de imprensa para a divulgação das leis e atos administrativosfar-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as condições depreço, como as circunstancias de freqüência, horário, tiragem e distribuição.

§ 2º - Nenhum ato produzira efeito antes de sua publicação.§ 3º - A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.

Art. 95. O Prefeito fará publicar: I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior; II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;

III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os re-cursos recebidos;

IV - anualmente, até 15 (quinze) de março, pelo órgão oficial do Estado, as con-tas da administração; constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimoni-al, do balanço orçamentário e demonstração das variações patrimoniais, emforma sintética.

Seção II

Dos Livros

Art. 96. O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de seus servi-ços.

§ 1º - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidenteda Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.

§ 2º - Os livros referidos neste artigo poderão. ser substituídos por fichas ou outro siste-ma, convenientemente autenticado.

Seção III

Dos Atos Administrativos

Art. 97. Os atos administrativos de Competência do Prefeito devem ser expedidos comobediência às seguintes normas:

I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos: a) regulamentação de lei; b) instituição, modificação ou extinção de atribuiç8es não constantes de

lei; c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração

municipal; d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado

por lei, assim como de créditos extraordinários; e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de de-

sapropriação ou de servidão administrativa; f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que

compõem a administração municipal; g) permissão de uso dos bens municipais;

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h) medidas executórias do Plano Diretor de Investimento Integrado; i) normas de efeitos externos, não privativos da lei; j) fixação e alteração de preços.

II - portaria, nos seguintes casos: a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos in-

dividuais; b) lotação e relotação nos quadros de pessoal; c) abertura de sindicância e processo administrativos, aplicação de penali-

dades e demais atos individuais de efeitos internos; d) outros casos determinados em lei ou decreto.

III - contrato, nos seguintes casos: a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário, nos ter-

mos do artigo 83, IX, desta Lei Orgânica; b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.

Parágrafo Único - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo, poderão ser delega-dos.

Seção IV

Das Proibições

Art. 98. O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os servidores municipais, bem comoas pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até osegundo grau, ou por doação, não poderão contratar com o Município, subsistindo a proibição até 6(seis) meses após findas as respectivas funções.

Parágrafo Único - Não se incluem nesta proibição os contratos cujas cláusulas e condi-ções sejam uniformes para todos os interessados.

Art. 99. A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabele-cido em lei federal, não poderá contratar com o Poder Público Municipal nem dele receber benefíci-os ou incentivos fiscais ou creditícios.

Seção V

Das Certidões

Art. 100. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado, noprazo máximo de 15 (quinze) dias, certidões dos atos, contratos e decisões, desde que requeridaspara fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negarou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais se outronão for fixado pelo juiz.

Parágrafo Único - As certidões relativas ao Poder Executivo serão fornecidas pelo Secre-tario ou Diretor da Administração da Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do Pre-feito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.

CAPÍTULO III

Dos Bens Municipais

Art. 101 . Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competên-cia da Câmara quanto aqueles utilizados em seus serviços.

Parágrafo Único - O Município de Natividade tem direito a participação no resultado daexploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos, para fins de geração de energia elétri-ca e de outros recursos minerais de seu território.

Art. 102. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a identificação respec-tiva, numerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarãosob a responsabilidade do Chefe da Secretaria ou Diretoria a que forem distribuídos.

Art. 103. Os bens patrimoniais do Município deverão ser classificados:

I - pela sua natureza; II - em relação a cada serviço.

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Parágrafo Único - Deverá ser feita, anualmente, a conferência da escrituração patrimonialcom os bens existentes, e, na prestação de contas de cada exercício, será incluído o inventario detodos os bens municipais.

Art. 104. A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse públicodevidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecera as seguintes normas:

I - quando imóveis, dependera de autorização legislativa e concorrência pública, dis-pensada esta nos casos de doação e permuta;

II - quando móveis, dependera apenas de concorrência pública, dispensada esta noscasos de doação, que será permitida exclusivamente para fins assistenciais ouquando houver interesse público relevante, justificado pelo Executivo.

Art. 105. O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis, outor-gara concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência públi-ca.

§ 1º - A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar a conces-sionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevan-te interesse público, devidamente justificado.

§ 2º - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes einaproveitáveis para edificações, resultantes de obras públicas, dependera ape-nas de prévia avaliação e autorização legislativa, dispensada a licitação. As áreasresultantes de modificações de alinhamento serão alienadas nas mesmas condi-ções, quer sejam aproveitáveis ou não.

Art. 106. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia ava-liação e autorização legislativa.

Art. 107. É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos par-ques, praças, jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais erevistas ou refrigerantes.

Art. 108. O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante conces-são; ou permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.

§ 1º - A concessão de uso dos bens públicos de uso especial e dominicais dependerá delei e concorrência e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato,ressalvada a hipótese do § 1º do artigo 105 desta Lei Orgânica.

§ 2º - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá seroutorgada para finalidades escolares, de assistência social ou turística, medianteautorização legislativa.

§ 3º - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita, a tí-tulo precário, por ato unilateral do Prefeito, através de decreto.

Art. 109. Poderão ser cedido a particulares, para serviços transitórios, máquinas e opera-dores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do Município e o interessado re-colha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de responsabilidade pela conservaçãoe devolução dos bens cedidos.

Art. 110. A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, como merca-dos, matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de esporte, serão feitas na forma dalei e regulamentos respectivos.

CAPÍTULO IV

Das Obras e Serviços Municipais

Art. 111. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município, poderá ter iníciosem prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:

I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o inte-resse comum;

II - os pormenores para a sua execução; III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justi-ficação.

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§ 1º - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, seráexecutada sem prévio orçamento de seu custo.

§ 2º - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias edemais entidades da administração indireta, e, por terceiros, mediante licitação.

Art. 112. A permissão de serviço público a título precário, será outorgada por decreto doPrefeito; após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente, sendoque a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, precedido de concor-rência pública.

§ 1º - Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisqueroutros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.

§ 2º - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação efiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua permanenteatualização e adequação às necessidades dos usuários.

§ 3º - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedi-dos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bemcomo aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 4º - As concorrências para a concessão de serviços públicos deverão ser precedidasde ampla publicidade, em jornais e rádios locais, inclusive em órgãos da impren-sa da capital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido.

Art. 113. As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo-seem vista a justa remuneração.

Art. 114. Nos serviços, obra e concessões do Município, bem como nas compras e alie-nações, será adotada e licitação, nos termos da lei.

Art. 115. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, medianteconvênio com o Estado, a União ou entidades particulares, bem assim, através de consórcio, comoutros Municípios.

CAPÍTULO V

Da Administração Tributária e Financeira

Seção I

Dos Tributos Municipais• Lei Municipal nº 231, de 04/12/2002 - Dispõe sobre o Código Tributário do Município

de Natividade.• vide Lei Municipal nº 246, de 27/12/2002 - Institui no Município a contribuição para cus-

teio da iluminação pública – CIP.Art. 116. São tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria,

decorrentes de obras públicas, instituídos por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidosna Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário.

Art. 117. São de competência do Município os impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os degarantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III - vendas e varejo de combustível líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Es-tado, definidos na lei complementar prevista, no artigo 146 da Constituição Fe-deral. • vide Lei Municipal nº 272, de 31/12/2003.

§ 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma aassegurar o cumprimento da função social.

§ 2º - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitosincorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem so-bre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisãoou extinção de essoa jurídica, desde que, seja caracterizadamente, necessária a

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expansão da atividade, salvo, também, se nesses casos, a atividade preponde-rante do adquirinte for a compra e venda desses bens ou direitos, locação debens imóveis ou arrendamento mercantil.

§ 3° - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acercados impostos previstos nos incisos III e IV.

Art. 118. As taxas poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do Poder de Polí-cia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestadosao contribuinte ou posto à disposição pelo Município.

Art. 119. A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis va-lorizados por obras públicos municipais, tendo como limite total e despesa realizada e como limiteindividual o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 120. Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados se-gundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração municipal, especialmen-te pare conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nostermos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Parágrafo Único - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.Art. 121. O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o

custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

Seção II

Da Receita e da Despesa

Art. 122. A Receita Municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, daparticipação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de participaçãodos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros ingressos.

Art. 123. Pertencem ao Município: I - produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de

qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, aqualquer título, pela administração direta, autarquias e fundações municipais;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre apropriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município;

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre apropriedade de veículos automotores licenciados no território municipal;

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado so-bre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações deserviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação.

Art. 124. A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e ativi-dades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto.

Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendoreajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

Art. 125. Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançadopela Prefeitura, sem prévia notificação.

§ 1º - Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal docontribuinte, nos termos da legislação federal pertinente.

§ 2º - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para sua interposi-ção o prazo de 15 (quinze) dias, contados da notificação.

Art. 126. A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Fede-ral e às normas de direito financeiro.

Art. 127. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponí-vel e crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.

Art. 128. Nenhuma lei que crie ou aumente despesas será executada sem que dela cons-te a indicação de recurso para atendimento do correspondente encargo.

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Art. 129. As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fundações edas empresas por ele controladas serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo oscasos previstos em lei.

Seção III

Do Orçamento

Art. 130. A elaboração e a execução da lei orçamentária anual e plurianual de investi-mentos obedecerá as regras estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição do Estado,nas normas de Direito Financeiro e nos preceitos desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - O Poder Executivo publicará até 30 (trinta) dias após o encerramentode cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentaria.

Art. 131. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, Às Diretrizes Orçamentárias eao Orçamento Anual e os créditos adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente de Or-çamento e Finanças à qual caberá:

* Art. 131 com redação dada pela emenda nº 18, de 13.09.2005.

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas apresentadas anual-mente pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de investimentos eexercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo de atua-ção das demais Comissões da Câmara.

§ 1º - As emendas serão apresentadas na comissão, que sobre elas emitira parecer, eapreciadas na forma regimental.

§ 2º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifi-quem somente podem ser aprovados caso:

I - sejam compatíveis com plano plurianual;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes deanulação de despesa, excluídas as que indicar, sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço de dívida; ou

III - sejam, relacionados: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 3º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei or-çamentaria anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia eespecífica autorização legislativa.

Art. 132. A lei Orçamentária anual compreenderá: I - orçamento fiscal referente aos Poderes do Município, seus fundos órgãos e en-

tidades da Administração direta e indireta; II - orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou in-

diretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a

ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos instituí-dos pelo Poder Público.

Art. 133. O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consignado na lei complementar federal,a proposta de orçamento anual do Município para o exercício seguinte.

§ 1º - O não cumprimento no disposto no caput deste artigo implicará a elaboração pelaCâmara, independentemente do envio da proposta, da competente Lei de Meios,tomando por base a lei orçamentaria em vigor.

§ 2º - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, para propor a modificação do Pro-jeto da Lei Orçamentária, enquanto não iniciada a votação da parte que deseja al-terar.

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Art. 134. A Câmara não enviando, no prazo consignado na lei complementar federal, oprojeto da Lei Orçamentária à sanção, será promulgada como lei, pelo Prefeito, o projeto origináriodo Executivo.

Art. 135. Rejeitado pela Câmara o projeto de Lei Orçamentária anual, prevalecerá, para oano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização dos valoras.

Art. 136. Aplicam-se ao projeto de Lei Orçamentária, no que não contrariar o dispostonesta Seção, as regras do processo legislativo.

Art. 137. O Poder Executivo para execução de projetos, programas, obras, serviços oudespesas cuja execução se prolongue além de um exercício financeiro, deverá promover a adequa-ção ao P.P.A. (Plano Plurianual de Governo), respeitando a Legislação vigente.

* Art. 137 com redação dada pela emenda nº 19, de 13.09.2005.* Parágrafo Único revogado pela emenda nº 19, de 13.09.2005.

Art. 138. O orçamento será uno, incorporando-se, obrigatoriamente, na receita, todos ostributos, rendas e suprimentos de fundos, incluindo-se, discriminadamente, na despesa, as dota-ções necessárias ao custeio de todos os serviços municipais.

Art. 139. O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem à fixa-ção da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem nesta proibição a:

I - autorização para abertura de créditos suplementares; II - contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,

nos termos da lei.

Art. 140. São vedados: I - início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam

os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o limite fixado em lei mai-

or, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiaiscom finalidade precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas arepartição do produto de arrecadação dos impostos a que se referem os arti-gos 158 e 159 da Constituição Federal, a destinação de recursos para manu-tenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo artigo 178 destaLei Orgânica e a prestação de garantias à operações de crédito por antecipa-ção de receita, prevista no artigo 139, II desta Lei Orgânica;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislati-va e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate-goria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autori-zação legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orça-mentos fiscais e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir défi-cit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no artigo132 desta Lei Orgânica;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislati-va.

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá seriniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclu-são, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro emque foram autorizados, salvos se o ato de autorização for promulgado nos últimosquatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus sal-dos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despe-sas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública.

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Art. 141. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos oscréditos suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, ser-lhes-ão entregues até odia 20 (vinte) de cada mês.

Art. 142. A despesa com pessoal ativo e inativo do Município, não poderá exceder os li-mites estabelecidos em lei complementar.

Parágrafo Único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, acriação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qual-quer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, só poderão ser feitas sehouver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal eaos acréscimos dela decorrente, devendo também estar prevista na Lei de Diretrizes Orçamentári-as.

* Parágrafo Único com redação dada pela emenda nº 20, de 13.09.2005.

TÍTULO IV

Da Ordem Econômica e Social

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Art. 143. O Município, dentro de sua competência, organizará a ordem econômica e soci-al, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesses da coletividade.

Parágrafo Único - O Município criará um órgão de defesa do consumidor.

Art. 144. A intervenção do Município, no domínio econômico, terá por objetivo estimular eorientar a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e solidariedade sociais.

Art. 145. O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito ao emprego e justa re-muneração que proporcione existência dígna na família e na sociedade.

Art. 146. O Município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de lu-cro, mas também como meio de expansão econômica e de bem-estar coletivo.

Art. 147. O Município manterá órgãos especializados, incumbidos de exercer ampla fisca-lização dos serviços públicos por ele concedidos e da revisão de suas tarifas.

Parágrafo Único - A fiscalização de que trata este artigo compreende o exame contábil eas perícias necessárias à apuração das inversões de capital e dos lucros auferidos pelas empresasconcessionárias.

Art. 148. O Município dispensará à microempresa e à empresa de pequeno porte, assimdefinidas em lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentiva-las pela simplificaçãode suas obrigações administrativas e tributarias ou pela eliminação ou redução destas, por meio delei.

CAPÍTULO II

Da Agricultura

Art. 149. O Município assistirá os trabalhadores rurais, suas organizações legais, procu-rando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção de trabalho, crédito fácil e pre-ço justo, saúde e bem-estar social.

§ 1º - Ao Município compete também planejar o desenvolvimento rural em seu território,observado o disposto na Constituição Federal e Estadual, de forma a garantir ouso rentável e auto-sustentável dos recursos disponíveis.

§ 2º - O Município elaborara um Plano de Desenvolvimento Agropecuário, com programaanual e plurianual de desenvolvimento rural, com a colaboração de um ConselhoMunicipal de Desenvolvimento Rural, criado pelo Poder Público Municipal, consti-tuído de instituições públicas instaladas no Município, iniciativa privada, produto-res rurais e suas organizações e lideranças comunitárias, sob a coordenação doExecutivo Municipal e que contemplara atividades de interesse da coletividade eo uso dos recursos disponíveis resguardada a política de desenvolvimento doMunicípio.

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§ 3º - O Programa de Desenvolvimento Rural, será integrado por atividades agropecuári-as, agro-industriais, reflorestamento, pesca artesanal, prevenção do meio ambi-ente e bem-estar social, incluídas as infra-estruturas físicas e de serviços na zonarural e o abastecimento alimentar.

§ 4º - O Programa de Desenvolvimento Rural do Município, deve assegurar prioridade,incentivos e gratuidade do serviço de assistência técnica e extensão rural, aospequenos e médios produtores rurais, proprietários ou não, pescadores artesa-nais, trabalhadores rurais, e associações.

§ 5º - Compete ao Município, em articulação e co-participação com o Estado e a União,garantir:

I - apoio à geração, difusão e à implementação de tecnologia adaptadas as condi-ções ambientais locais;

II - os mecanismos para a proteção e a recuperação dos recursos naturais e a pre-servação do meio ambiente;

III - as infra-estruturas físicas, viárias, sociais e de serviços da zona rural, nelesincluídas a eletrificação, telefonia, armazenagem, irrigação e drenagem, estra-das e transportes, mecanização agrícola, educação, saúde, segurança, assis-tência social e cultural, desporto e lazer;

IV - a organização do abastecimento alimentar.

§ 6º - O Poder Executivo Municipal destinará à Empresa de Assistência Técnica e Exten-são Rural – EMATER - RIO, escritório local, verba no valor de até 2% (dois porcento) do Fundo de Participação dos Municípios, para a prestação de serviço deassistência técnica e extensão rural no Município.

* § 6º com redação dada pela emenda nº 01, de 18.04.1991.§ 7º - Para obtenção da verba de que trata o parágrafo 6º, o escritório local da EMATER -

RIO, deverá apresentar programa detalhado dos serviços a serem executados,nele constando, número de proprietários rurais a serem atendidos, quilometragemdos veículos, previsão de gastos com combustível e posterior prestação de con-tas dos gastos efetuados mediante apresentação de comprovantes.

* § 7º acrescentado pela emenda nº 01, de 18.04.1991.

CAPÍTULO III

Da Previdência e Assistência Social

Art. 150. O Município, dentro de sua competência, regulamentara o serviço social, favore-cendo e coordenando as iniciativas particulares, que visem a este objetivo.

§ 1º - Caberá ao Município promover e executar as obras que por sua natureza e exten-são, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.

§ 2º - O Plano de Assistência Social do Município nos termos que a lei estabelecer, terápor objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação doselementos desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, conso-ante previsto no artigo 203 da Constituição Federal.

§ 3° - Fica assegurada pelo Poder Público Municipal, aos comprovadamente desprovidosde recursos financeiros; portadores de deficiência física ou doença crônica, im-possibilitados de se locomoverem para receber tratamento médico em outros Mu-nicípios ou em outros Estados; o direito à remoção e transporte gratuito.

§ 4º - O Poder Público Municipal, fornecerá urnas funerárias às pessoas carentes de re-cursos financeiros.

Art. 151. Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de previdência so-cial, estabelecidos na lei federal. • Lei Municipal nº 191, de 22/03/2002 - Dispõe sobre a reorgani-zação do Regime de Previdência Social dos Servidores Públicos e do Instituto de Previdência -NATPREVI.

CAPÍTULO IV* Capítulo IV com redação dada pela Emenda nº 21, de 08.11.2005.

Da Saúde

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Art. 152. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, asseguradamediante políticas sociais e econômicas que visem promoção da saúde, a prevenção de doenças ede outros agravos e acesso universal a igualitário às ações e serviços de saúde.

Art. 153. O direito à saúde implica nos seguintes direitos fundamentais: I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, II - transporte e lazer; III - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

IV - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações eserviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer dis-criminação;

V - proibição de cobrança indevida ao usuário pela prestação de serviços de as-sistência à saúde, públicos ou contratados, estando garantida a participaçãodo setor privado na prestação de serviços de saúde, de acordo com a Legis-lação em vigor.

Parágrafo Único - As ações de saúde são de natureza pública devendo sua execuçãoser feita preferencialmente através de serviços oficiais e, supletivamente, através de serviços deterceiros.

Art. 154. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recurso do Orçamento doMunicípio, do Estado, da seguridade social, da União, além de outras fontes.

§ 1º - Fica o Município obrigado a destinar recursos orçamentários, das respectivas recei-tas, para promover a saúde, nos percentuais mínimos estabelecidos pela Legisla-ção Federal;

§ 2º - As instituições privadas poderão participar de forma suplementar do Sistema Muni-cipal de Saúde, mediante contrato público ou convênio, tendo preferência as enti-dades filantrópicas e as sem fins lucrativos;

§ 3° - As instituições privadas de saúde ficarão sob o controle do setor público conformea legislação e as normas do SUS.

Art. 155. São competências do Município, exercidas pela Secretaria Municipal de Saúdeou equivalente:

I - a direção do SUS no âmbito do Município, em articulação com o Conselho Muni-cipal de Saúde (CMS) e as instâncias Estadual e Federal da Saúde;

II - garantir aos profissionais de saúde, planos de carreira, isonomia salarial,admissão através de concurso, incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral,capacitação e reciclagem permanentes, condições adequadas de trabalho para aexecução de suas atividades em todos os níveis, de acordo com a política nacio-nal de RH para o SUS e as disponibilidades orçamentárias e financeiras;

III - a atenção à saúde em seu nível de competência de acordo com as normas doSUS;

IV - a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termos deprioridades e estratégias municipais, em consonância com os Planos Nacional eEstadual;

V - o Município poderá de acordo com a sua necessidade e o interesse público,contemplar servidores de esferas de governo, em exercício no município, comgratificação e ou complementação salarial, de acordo com o princípio da isono-mia;

VI - a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério daSaúde e da Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com a realidade Municipal;

VII - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos am-bientes de trabalho e dos problemas de saúde com eles relacionados;

VIII - a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoçãonutricional, de abrangência municipal ou intermunicipal;

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IX - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esferaMunicipal, de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento derecursos humanos para a saúde;

X - a implementação dos sistemas de informação em saúde, no âmbito municipal; XI - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de morbi-mortali-

dade no âmbito do Município; XII - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de

saneamento básico no âmbito do Município, em articulação com os demais ór-gãos governamentais;

§ 1º - O gerenciamento do Sistema Municipal de Saúde deve seguir critérios de compro-misso com o caráter público dos serviços e da eficácia no seu desempenho.

§ 2º - O gestor do SUS não pode ter dupla militância profissional com o setor privado.

Art. 156. O Município promoverá: I - formação de consciência sanitária individual e coletiva;

II - serviços de atenção à saúde em articulação com a União e o Estado, bemcomo com as iniciativas particulares e filantrópicas;

III - combate as moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas; IV - combate ao uso de substâncias tóxicas lesivas à saúde; V - serviços de assistência à maternidade e à infância.

Parágrafo Único - Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislação federale a estadual que disponham sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviçosde saúde, que constituem um sistema único.

Art. 157. A vigilância da Saúde, nos estabelecimentos de ensino municipal terá caráterobrigatório.

§ 1º - Constituirá exigência indispensável a apresentação, no ato de matrícula, de atesta-do de vacina contra moléstias infecto-contagiosas.

§ 2º - O Município cuidará do desenvolvimento das obras e serviços relativos ao sanea-mento e urbanismo com a assistência da União e do Estado, sob condições esta-belecidas na lei complementar federal.

§ 3º - É vedado ao Município a destinação de recursos públicos para auxílios e subven-ções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 4º - Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos dalei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse paraa saúde, equipamentos imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância da saúde (sanitária, epidemiológica, nutricionale ambiental) bem como as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento

básico; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnoló-

gico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, bem como bebidas e águas para o consumo

humano; VII -participar no controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utiliza-

ção de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Art. 158. Poderá o Município implantar Programas de saúde do âmbito Nacional e Esta-dual, ficando estabelecido que os seus protocolos serão automaticamente validados a partir do mo-mento de sua implantação de acordo com a Legislação em vigor.

Art. 159. O Município deverá estimular a implantação de práticas complementares deSaúde, sempre visando o bem estar físico, mental e emocional do ser humano. Com destaquepara práticas como a Fitoterapia e a Acupuntura.

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Art. 160. Os acessos às ações e serviços de Saúde serão regulados através de normascomplementares, estabelecidas pelos órgãos competentes das três esferas de governo e dentreoutros deverão observar os seguintes aspectos:

I - os prescritores deverão integrar a rede SUS e observar os procedimentos cons-tantes dos protocolos dos programas de saúde;

II - de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária, poderão ser es-tabelecidos critérios de priorização do acesso que levem em consideração o esta-do de saúde do paciente;

III - o acesso a medicamentos será garantido levando-se em consideração aslistagens oficiais dos Programas de Saúde e as competências das três esferas dogoverno;

IV - o acesso a procedimentos de saúde será garantido considerando sua dispo-nibilidade na rede SUS e as referências intermunicipais pactuadas.

Parágrafo Único – Os grupos de maior risco sanitário e social deverão receber atençãoespecial, visando à promoção da equidade e o acesso universal ao serviço público e proporcionan-do sempre o bem-estar físico, mental e emocional do cidadão e sua integração à sociedade.

Art. 161. Deverá o Gestor Municipal possuir meios e incentivos das três esferas de gover-no, para agilizar e facilitar a implantação de programas de saúde.

CAPÍTULO V

Da Educação, da Cultura e do Desporto

Seção I* Seção I com redação dada pela emenda nº 22, de 03.11.2005.

Da Educação

Art. 162. O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio garantindo a ofertade educação infantil e o ensino fundamental, com extensão correspondente às necessidades locaisde educação geral, visando o preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação federal, as disposições supletivas da legis-lação federal e estadual.

Art. 163. O Poder Público Municipal oferecerá a educação infantil em creches e pré-esco-las, e, com prioridade o ensino fundamental, só podendo atuar em outros níveis de ensino quandoestiverem plenamente atendidas as necessidades de sua área de competência e com recursos aci-ma dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimen-to de ensino, obedecendo aos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - garantia de padrão de qualidade; III - garantia de prioridade de aplicação, no ensino público municipal, dos recursos

orçamentários do Município, na forma estabelecida pela Constituição Federal eEstadual;

IV - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e osaber;

V - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VI - gestão democrática do ensino público; VII - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; VIII - respeito à liberdade e apreço a tolerância; IX - valorização do profissional da educação escolar; X - plano de carreira para o magistério municipal; XI - valorização da experiência extra-escolar; XII - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

XIII - participação efetiva de todos os segmentos sociais envolvidos no processoeducacional, podendo para esse fim, instituir conselhos escolares a cada uni-dade educacional.

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Art. 164. O ingresso no magistério público municipal será exclusivamente através de con-curso público de provas e títulos.

Art. 165. Ao membro do magistério municipal serão assegurados:

I - plano de carreira do magistério municipal, com promoção horizontal e vertical; II - piso salarial profissional; III - participação na gestão do ensino público municipal; IV - estatuto do magistério atualizado;

V - garantia para o magistério público municipal e os demais trabalhadores doensino, adequadas condições de formação, continuada e atualização;

VI - eleições diretas para diretor de escolas com mais de 100 alunos, com a par-ticipação de todos os segmentos envolvidos.

Art. 166. A lei assegurará, na gestão das escolas da Rede Municipal de Ensino, a partici-pação efetiva de todos os segmentos sociais envolvidos no processo educacional, podendo, paraesse fim, instituir conselhos comunitários escolares em cada unidade de ensino.

Art. 167. O Conselho Municipal de Educação, incumbido de normalizar, deliberar, orientare acompanhar a Política Educacional no âmbito do Município, assegurado na forma de eleição,como expressão de gestão democrática, estabelece os seguintes critérios:

I - A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desportos (órgão executivo)juntamente com o CME (órgão normativo) convocará representantes dos seg-mentos de ensino e entidades representativas definidas em lei para eleições deseus membros efetivos e suplentes;

II - A composição do Conselho municipal de Educação não será inferior a 09(nove) e nem excederá a 21 (vinte e um) membros eleitos pelas representa-ções de categorias e dos segmentos de ensino.

Art. 168. O Plano Municipal de Educação poderá ser anual ou plurianual e referir-se àEducação Infantil e ao Ensino Fundamental, incluindo obrigatoriamente, todos os estabelecimentosde ensino público municipal sediados no Município, conduzindo-a:

I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria na qualidade de ensino;IV - qualificação para o trabalho.

Parágrafo Único - O plano de que trata este artigo poderá ser elaborado em conjunto oude comum acordo com a rede escolar mantida pelo Estado, na forma estabelecida pela lei federal.

Art. 169. O dever do Município com a Educação será efetivado mediante a garantia de:I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tive-

rem acesso na idade própria;II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos educandos com necessidades edu-cativas especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de ida-de incompletos;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de educação de jovens e adultos para aqueles que não tiveram acessoou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria;

VII - oferta suficiente de vagas no ensino obrigatório e gratuito;VIII - expansão da rede escolar para atender a demanda;

IX - condições adequadas para o exercício do magistério, no que diz respeito àconservação da rede física, material didático-escolar, equipamentos e cursos de aperfeiçoamento eatualização dos professores;

X - ensino público fundamental, obrigatório e gratuito, com o estabelecimento pro-gressivo do turno único;

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XI - atendimento ao educando, no Ensino Fundamental e Educação Infantil, atravésde programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistênciaà saúde.

§ 1º - O acesso ao Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, é direito público subjeti-vo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadão, associação comunitária, organi-zação sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e ainda, o Ma-gistério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.

§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular,importa responsabilidade da autoridade competente.

Art. 170. A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade, odesenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico,intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Parágrafo Único - A educação da criança de zero a seis anos é um direito da família edever do município, seguindo os princípios norteadores:

I - Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e doRespeito ao Bem comum;

II - Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania do Exercício da Critici-dade e do Respeito à Ordem Democrática;

III - Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criticidade, da Ludicidade e da Diver-sidade de Manifestações Artísticas e Culturais.

Art. 171. A Educação Infantil será oferecida em: I - Creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - Pré-escolas para as crianças de quatro a seis anos de idade incompletos.

Parágrafo Único – O Sistema de Ensino Municipal assegurará aos alunos que apresenta-rem problemas na aprendizagem adequadas condições de eficiência escolar.

Art. 172. Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional co-mum, a ser complementada em cada Sistema de Ensino e Estabelecimento Escolar, por uma partediversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economiae da clientela.

§ 1º - Os currículos que se refere o caput devem abranger obrigatoriamente, o estudo dalíngua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural eda realidade social e política, especialmente do Brasil.

§ 2º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básicado cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de en-sino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil,vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de22/07/1997).

§ 3º - O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveisda educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

§ 4º - A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curri-cular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condi-ções da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

§ 5º - O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes cul-turas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes in-dígena, africana e européia.

§ 6º - Na parte diversificada do currículo será incluído obrigatoriamente, a partir da quin-ta-série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolhaficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

§ 7º - Nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, tor-na-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

I - O conteúdo programático a que se refere ao parágrafo 7º, incluirá o estudo daHistória da Àfrica e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negrona formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,econômica e política pertinente à História do Brasil;

II - Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministradosno âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literaturae História Brasileira.

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Art. 173. Os Conteúdos Curriculares da Educação Básica observarão ainda, as seguintesdiretrizes:

I - A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveresdos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabe-lecimento;

III - Orientação para o trabalho; IV - Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-for-

mais.

Art. 174. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - Cumprimento das normas gerais da Educação Nacional e do Sistema Munici-

pal de Ensino; II - Autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Públi-

co.

Art. 175. Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas municipais, po-dendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei federalque:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeirosem educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantró-pica ou confessional ou ao Município no caso de encerramento de suas atividades;

III - prestem contas ao Poder Público Municipal dos recursos recebidos.

Parágrafo Único - Os recursos de que trata este artigo serão destinados a bolsas de estu-dos para o ensino fundamental e médio, na forma de lei, para os que demonstrarem insuficiênciade recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da re-sidência do educando, ficando o Município obrigado a investir prioritariamente na expansão de suarede na localidade.

Art. 176. O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, as organizações beneficen-tes, culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as categorias terão pri-oridade no uso de estágios, campos e instalações de propriedade do Município.

Parágrafo Único - O Município manterá professorado municipal em nível econômico, so-cial e moral à altura de suas funções.

Art. 177. O Município aplicará, obrigatoriamente em cada ano, na manutenção e desen-volvimento do ensino, nunca menos de 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante de im-postos, compreendida e proveniente de transferências constitucionais.

Parágrafo Único - Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do EnsinoFundamental e de Valorização do Magistério serão aplicados exclusivamente na Manutenção e De-senvolvimento do Ensino Público, e na Valorização de seu magistério para o nível de ensino para oqual é destinado.

Art. 178. Os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino fundamen-tal, resultante da aplicação do percentual estabelecido no caput do artigo 177, visam a assegurar,preferencialmente, o cumprimento do preceito de escolarização obrigatória e garantir:

a) Com exclusividade a manutenção e ampliação da rede esco-lar mantida pelo Município enquanto não plenamente atendida a de-manda de vagas para o ensino público municipal;

b) As mais amplas oportunidades educacionais, proporcionan-do-se a todos o acesso à escola e a permanência nos estudos;

c) A melhoria crescente da qualidade do ensino; d) O desenvolvimento da pesquisa educacional; e) O aperfeiçoamento dos recursos humanos necessários à

manutenção e ao desenvolvimento do ensino; f) O progresso quantitativo e qualitativo dos serviços da educa-

ção;

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g) O estímulo à educação e à justa distribuição de seu benefí-cio.

Art. 179. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aque-las realizadas com:

I - Pesquisas, quando não vinculadas às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos siste-mas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidada ou à sua expan-são;

II -Subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural;

III - Formação de quadros especiais para a administração pública, sejam milita-res ou civis, inclusive diplomáticas;

IV - Programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica,farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

V -Obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede esco-lar;

VI - Pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desviode função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Art. 180. 0 Município deverá manter uma política de educação especial, articulada comas redes regulares de ensino (Estadual, Municipal e Particular) e com um sistema nacional global:

§ 1º - Entende-se por educação especial, a modalidade de educação escolar, oferecidapreferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidadeseducativas especiais.

§ 2º - Os Sistemas de Ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolasorganizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionaisespeciais, assegurando as condições necessárias para uma educação de quali-dade para todos.

§ 3º- O atendimento escolar dos alunos portadores de necessidades especiais, terá iní-cio na educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os Servi-ços de educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e intera-ção com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacionalespecializado;

§ 4º - Os Sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um Setor responsávelpela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeirosque viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação in-clusiva.

Seção II

Da Cultura

Art. 181. O Município estimulara o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras eda cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal.

§ 1º - Ao Município compete suplementar, quando necessário, a legislação federal e aestadual; dispondo sobre a cultura.

§ 2 - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para oMunicípio.

§ 3º - À Administração Municipal cabe, na forma da lei, a gestão da documentação gover-namental e das providências para franquear sua consulta a quantos dela necessi-tem.

§ 4º - O Município, com a colaboração da comunidade, protegera os documentos, asobras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as pai-sagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos, em articulação com os Gover-nos Federal e Estadual.

§ 5º - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

Art. 182. O Município protegerá as manifestações de culturas populares, indígenas, afro-brasileiras, grupos teatrais, conjuntos musicais, bandas musicais e marciais, grupos de danças, co-ral e biblioteca municipal e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

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Art. 183. Caberá ao Município destinar verbas para cada tipo de manifestação culturalexistente, que venha enriquecer o seu acervo cultural, independente da verba destinada à educa-ção e instituir um Conselho Municipal de Cultura para deliberar sobre a política cultural de base e odirecionamento de gastos na área.

* Art. 183 com redação dada pela emenda nº 23, de 08.11.2005.

Seção III

Do Desporto

Art. 184. É dever do Município fomentar práticas desportivas formais e não formais, inclu-sive para pessoas portadoras de deficiências, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto à suaorganização e ao seu funcionamento;

II - o voto unitário nas decisões das entidades desportivas.

§ 1º - O Município assegurara o direito ao lazer e à utilização criativa do tempo destinadoao descanso, mediante oferta de área pública para fins de recreação, esportes eexecução de programas culturais.

§ 2º - O Município incentivará as características sócio-culturais das comunidades interes-sadas.

Art. 185. O Poder Público Municipal incentivará as práticas desportivas, inclusive atravésde:

I - criação e manutenção de espaços adequados para a pratica de esporte nas es-colas, praças púbicas e na zona rural;

II - promoção de campeonatos rurais e urbanos.

CAPÍTULO VI

Da Família, da Criança, do Adolescente, do Deficiente e do Idoso• Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei Federal nº 8.069, de 13/07/1990.• Estatuto do Idoso: Lei Federal nº 10.741, de 01/10/2003.• Lei Municipal nº 05, de 14/04/1992 - Dispõe sobre a Política Municipal de Atendimento

dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art. 186. O Município dispensará proteção especial ao casamento e assegurará condi-ções morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança e estabilidade da fa-mília.

§ 1º - Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades para a celebração docasamento.

§ 2º - Compete ao Município suplementar s legislação federal e a estadual dispondo so-bre a proteção à infância, à juventude e às pessoas portadoras de deficiência, ga-rantindo-lhes o acesso a logradouros, edifícios públicos e veículos de transportecoletivo.

§ 3º - A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos excepcionais, as-segurada aos maiores de sessenta e cinco anos a gratuidade dos transportes co-letivos urbanos e interdistritais.

§ 4º - No âmbito de sua competência, lei municipal disporá sobre a adaptação dos logra-douros e dos edifícios de uso público, a fim de garantir o acesso adequado àspessoas portadoras de deficiência.

§ 5º - Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, as seguin-tes medidas:

I - amparo às famílias numerosas e sem recursos;II - ação contra os males que são instrumentos da dissolução da família;

III - estímulo aos pais e às organizações sociais para formação moral, cívica, físicae intelectual da juventude;

IV - colaboração com as entidade assistenciais que visem à proteção e educaçãoda criança;

V - amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, de-fendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida;

VI - colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para a solu-ção do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos adequadosde permanente recuperação;

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VII - cooperação com, a União e o Estado, visando coibir a exigência de atestado deesterilização e teste de gravidez como condição para admissão ou permanência no trabalho.

CAPÍTULO VII

Da Política Urbana

Art. 187. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal,conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento dasfunções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

§ 1º - O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da políti-ca de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fun-damentais de ordenação da cidade, expressas no Plano Diretor.

§ 3º - As desapropriações dos imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indeniza-ção em dinheiro.

Art. 188. O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependendo seus limi-tes e seu uso da conveniência social.

§ 1° - O Município poderá, mediante lei específica, para área incluída no plano, Diretor,exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificando,subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sobpena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsória;II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de emissãopreviamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em parce-las anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

* Inciso III com redação dada pela emenda nº 25, de 08.11.2005.§ 2º - Poderá também o Município organizar fazendas coletivas, orientadas ou adminis-

tradas pelo Poder- Público, destinadas à formação de elementos aptos às ativida-des agrícolas.

Art. 189. São isentos de tributos os veículos de tração animal e os demais instrumentosde trabalho do pequeno agricultor, empregados no serviço da própria lavoura ou no transporte deseus produtos.

Art. 190. Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 (duzentos e cinqüenta)metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua mora-dia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel ur-bano ou rural, através de sentença judicial.

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher,ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

Art. 191. Será isento de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana o prédio outerreno destinado à moradia do proprietário de pequenos recursos, que não possua outro imóvel,nos termos e no limite do valor que a lei fixar. • Regulamentado pela Lei Municipal nº 231, de04/12/2002 - Código Tributário Municipal.

CAPÍTULO VIII

Do Meio Ambiente

Art. 192. Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de usocomum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipial e àcoletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:I - preservar e restaurar, os processos ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas;

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II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscali-zar as entidades dedicadas à `pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegi-dos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utiliza-ção que comprometa a, integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmentecausadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, aque se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos esubstâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientiza-ção pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da (ei, as práticas que coloquemem risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a cru-eldade.

§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambientedegradado, de acordo com Solução técnica exigida pelo órgão público competen-te, na forma da lei.

§ 3º - As condutas e atividades consideradas, lesivas ao meio ambiente sujeitarão os in-fratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, inde-pendentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º - A capitação em cursos d'água pata fins industriais será feita a jusante do ponto delançamento dos efluentes líquidos da própria indústria, na forma da lei;

§ 5º - Os servidores públicos encarregados da execução da política municipal do meioambiente, que tiverem conhecimento de infrações persistentes, intencionais oupor omissão dos padrões e normas ambientais, deverão, imediatamente, comuni-car o fato ao Ministério Público, indicando os elementos de convicção, sob penade responsabilidade administrativa, na forma da lei.

Art. 193. Fica o poder Público Municipal autorizado a criar na forma da lei, o Fundo Muni-cipal de Conservação Ambiental, destinado à implementação de programas e projetos de recupera-ção e preservação do meio ambiente; vedada sua utilização para pagamento de pessoal da admi-nistração pública direta e indireta ou de despesas de custeio diversas de sua finalidade.

§ 1º Constituirão recursos para o fundo de que trata o caput deste artigo, entre outros:I - 20% (vinte por cento) da compensação financeira a que se refere o parágrafo

único, artigo 101 desta Lei Orgânica;II - no produto das multas administrativas e de condenações judiciais por atos lesi-

vos ao meio ambiente;III - dotações de créditos adicionais que lhe forem atribuídos;IV - empréstimos, repasses, doações, subvenções, auxílios, contribuições, legados

ou quaisquer transferências de recursos;V - rendimentos provenientes de suas operações ou aplicações financeiras.

§ 2º - A administração do fundo de que trata este artigo caberá a um Conselho em queparticiparão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunida-de, na forma a ser estabelecida em lei.

TITULO V

Da Colaboração Popular

CAPÍTULO I

Disposições GeraisArt. 194. Além da participação dos cidadãos, nos casos previstos nesta Lei Orgânica,

será admitida e estimulada a colaboração popular em todos os campos de atuação do Poder Públi-co.

Parágrafo Único - O disposto neste Título tem fundamento nos artigos 5º, XVII e XVIII,29, X e XI, 174, § 2º, e 194, VII, entre outros, da Constituição Federal.

CAPÍTULO II

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Das Associações

Art. 195. A população do Município poderá organizar-se em associações, observadas asdisposições da Constituição Federal e do Estado, desta Lei Orgânica, da legislação aplicável e deestatuto próprio, o qual, além de fixar o objetivo da atividade associativa, estabeleça, entre outrasvedações:

a) atividades político-partidarias;b) participação de pessoas residentes ou domiciliadas fora do Município, ou ocu-

pantes de cargo de confiança da Administração Municipal;c) discriminação a qualquer título.

§ 1º - Nos termos deste artigo, poderão ser criadas associações com os seguintes objeti-vos, entre outros:

I - proteção e assistência a criança, ao adolescente, aos desempregados, aosportadores de deficiência, aos pobres, aos idosos, à mulher, à gestante, aos doentes e ao presidiá-rio;

II - representação dos interesses de moradores de bairros e distritos, de consumi-dores, de donas-de-casa, de pais de alunos, de alunos, de professores e de contribuintes;

III - colaboração com a educação e a saúde;IV - proteção e conservação da natureza e do meio ambiente;V - promoção e desenvolvimento da cultura, das artes, do esporte e do lazer.

§ 2° - O poder Público, incentivara a organização de associações com objetivos diversosdos previstos no parágrafo anterior, sempre que o interesse social e o da admi-nistração convergirem para a colaboração comunitária e a participação popularna formulação e execução de políticas públicas.

CAPÍTULO III

Da Cooperativa

Art. 196. Respeitado o disposto na Constituição Federal e do Estado, desta Lei Orgânicae da legislação aplicável, poderão ser criadas cooperativas para o fomento de atividades nos segu-intes setores:

I - agricultura, pecuária e pesca;II - construção de moradias;

III - abastecimento urbano e rural;IV - crédito;V - assistência judiciária.

§ 1º - Aplica-se às cooperativas, no que couber, o previsto no § 2º do artigo anterior.§ 2º - São isentas de impostos as referidas cooperativas, desde que não tenham fins lu-

crativos.

Art. 197. O Poder Público estabelecera programas especiais de apoio à iniciativa popularque objetive implementar a organização da comunidade, local de acordo com as normas deste Tí-tulo.

Art. 198. O Governo Municipal incentivara a colaboração popular para a organização demutirões de colheita, de roçado, de plantio, da construção e outros, quando assim o recomendar ointeresse da comunidade diretamente beneficiada.

TÍTULO VI* Título VI com redação dada pela emenda nº 26, de 08.11.2005.

Disposições Gerais e Transitórias

Art. 199. Incumbe ao Município:I - auscultar, permanentemente, a opinião pública, para isso, sempre que o inte-

resse público não aconselhar o contrario, os Poderes Executivo e Legislativo divulgarão, com a de-vida antecedência os projetos de lei para o recebimento de sugestões;

II - adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos expe-dientes administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores faltosos;

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III - facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outras publi-cações periódicas, assim como das transmissões pelo rádio e pela televisão.

Art. 200. É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre assuntos refe-rentes à Administração Municipal.

Art. 201 . Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ouanulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.

Art. 202. O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços públicosde qualquer natureza.

Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, somente após um ano de falecimento poderáser homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham desempenhadoaltas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do País.

Art. 203. Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular, e serão administra-dos pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosas praticar neles osseus ritos.

Parágrafo Único - As associações religiosas e as particulares poderão, na forma da lei,manter cemitérios próprios, fiscalizados, porém, pelo Município.

Art. 204. Revogado.

Art. 205. Até a entrada em vigor da lei complementar federal, o projeto do plano plurianu-al, para vigência até o final do mandato em curso do prefeito, e o projeto de lei orçamentária anual, serão encaminhados à Câmara até quatro meses antes do en-cerramento do exercício financeiro e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legisla-tiva.

Art. 206. Revogado.Parágrafo Único – Revogado.Art. 207. Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a corrigir monetariamente os salários

e pensões dos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas, anualmente, nunca inferior ao ín-dice inflacionário.

Art. 208. Revogado.

Art. 209. Revogado.

Art. 210. Revogam-se as disposições em contrário.

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EMENDA Nº 01/1991

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Fica modificado o parágrafo 6º do artigo 149 da Lei Orgânica do Município,

que passará a ter a seguinte redação:

Parágrafo 6º - “O Poder Executivo Municipal destinará à Empresa de Assistência

Técnica e Extensão Rural – EMATER-RIO, escritório local, verba no valor de até 2% (dois por

cento) do Fundo de Participação dos Municípios, para prestação de serviço de assistência

técnica e extensão rural no Município.”

Artigo 2º - Acrescenta-se o §7º, ao Artigo 149 da Lei Orgânica do Município, com a segu-inte redação:

Parágrafo 7º - “Para obtenção da verba de que trata o parágrafo 6º, o escritório lo-cal da EMATER-RIO, deverá apresentar programa detalhado dos serviços a serem executa-dos, nele constando, número de proprietários rurais a serem atendidos, quilometragem dosveículos, previsão de gastos com combustível e posterior prestação de contas dos gastosefetuados mediante apresentação de comprovantes”.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições que lhe sejam contrárias ou incompatíveis.

Registre-se, publique-se e compra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 18 de abril de 1991

José Vargas de OliveiraPresidente

Sebastião Gonçalves de LimaVice-Presidente

Mauro Tovar de Souza Baião1º Secretário

Heriberto Sanchez Meneses2º Secretário

EMENDA Nº 02/1993

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O O artigo 22 da Lei Orgânica do Município de Natividade, passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Artigo 22 – As sessões serão públicas, não sendo lícito impedir ou dificultar por

qualquer meio o livre acesso do cidadão ao recinto da Câmara, salvo deliberação

tomada pela maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, quando ocorrer motivo

relevante de preservação do decoro parlamentar ou quando houver assunto de ca-

ráter sigiloso imposto pelo interesse público, obedecidas às disposições regimen-

tais pertinentes”.

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Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação, revogadas a dis-posições em contrário.

Câmara Municipal de Natividade, 29 de junho de 1993.

Heriberto Sanchez MenesesPresidente

Sebastião Pereira FilhoVice-Presidente

José Vargas de Oliveira1º Secretário

José de Freitas Toledo2º Secretário

EMENDA Nº 03/1993

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 4º do artigo 27 da Lei Orgânica do Município de Natividade, pas-

sa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 27 – A Câmara terá comissões permanentes e especiais.

“§ 4º - As Comissões parlamentares de inquérito serão criadas pela Câmara Munici-

pal, mediante requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros, para exami-

narem irregularidades e/ou apurarem fato determinado e por prazo certo,

que se inclua na competência municipal, sendo suas conclusões, se for o

caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova ao responsa-

bilidade civil ou criminal dos infratores”.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação, revogadas a dis-posições em contrário.

Câmara Municipal de Natividade, 29 de junho de 1993.

Heriberto Sanchez MenesesPresidente

Sebastião Pereira FilhoVice-Presidente

José Vargas de Oliveira1º Secretário

José de Freitas Toledo2º Secretário

EMENDA Nº 04/1995

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 2º do artigo 17 da Lei Orgânica do Município de Natividade, passa

a vigorar com a seguinte redação:

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“Parágrafo 2º - A Câmara Municipal de Natividade, guardada a proporcionalidade

com a população do Município, compõe-se de 13 vereadores.

• Alteração prejudicada pela Emenda nº 27 de 08/11/2005

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação, revogadas a dis-posições em contrário.

Câmara Municipal de Natividade21 de novembro de 1995

José Vargas de OliveiraPresidente

Edyel Vargas de OliveiraVice-Presidente

Sebastião Pereira Filho1º Secretário

Luciano Rochetti Ramos2º Secretário

EMENDA Nº 05/2000

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 25 da Lei Orgânica do Município de Natividade, passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Artigo 25 – O mandato da Mesa será de um ano, permitida a recondução para o

mesmo Cargo por igual período, na eleição imediatamente subseqüente.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação, produzindo, po-rém, seu efeitos, a partir de 1º de janeiro de 2001.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de agosto de 2000.

José de Freitas ToledoPresidente

Antônio Paulo de SouzaVice-Presidente

Altivo Ferreira Filho1º Secretário

Mauro Tovar de Souza Baião2º Secretário

EMENDA Nº 06/2005

Renumera as Emendas 01/93, 02/93, 01/95

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda renumerandoas Emendas promulgadas à L.O.M. pela Câmara Municipal:

Artigo 1º - As Emendas nºs 01/93. 02/93. 01/95 e 01/2000, terão a seguinte numeração:

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• Emenda 01/93, de 29 de junho de 1993 para : Emenda 02/93, de 29 de junho de

1993;

• Emenda 02/93, de 29 de junho de 1993 para: Emenda 03/93, de 29 de junho de

1993;

• Emenda 01/95, de 21 de novembro de 1995 para: Emenda 04/95, de 21 de novem-

bro de 1995;

• Emenda 01/00, de 08 de agosto de 2000 para: Emenda 05/2000, de 08 de agosto de

2000.

Artigo 2º - Em face da renumeração de que dispõe o caput do artigo 1º as Emendasjá aprovadas e promulgadas pela Mesa da Câmara passam a seguir ordem cronológica nãoreiniciando numeração a cada ano.

Artigo 3º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 07/2005

Altera a redação do artigo 6º da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 6º da Lei Orgânica do Município passa a vigorar com a seguinte reda-

ção:

“Artigo 6º - O território do Município de Natividade tem como limites geográficos os existen-tes e demarcados na data da promulgação desta Lei Orgânica, excluindo osterritórios de distritos, emancipados após o advento desta Lei Orgânica, com-preendendo a área continental e suas projeções fluviais e ou aéreas, só poden-do ser alterados mediante aprovação de sua população e leis superiores quedisciplinam a matéria.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

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- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 08/2005

Altera a redação do parágrafo 5º do artigo 24 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 5º do artigo 24 da LOM passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 24 - ....Parágrafo 5º - A eleição para renovação da Mesa far-se-á sempre na última reunião ordi-

nária do segundo período da cada sessão legislativa, sob a presidência do Pre-sidente em exercício, com os eleitos iniciando as atividades em 01 de janeirodo ano subseqüente.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 09/2005

Acrescenta parágrafo 5º ao artigo 27 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Fica acrescido no artigo 27, o parágrafo 5º com a seguinte redação:

“Artigo 27 - ....Parágrafo 5º - Aplique-se no que couber o disposto nas Leis Federais 1.579, de

18/03/1952 e 10.001, de 04/09/2000.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 10/2005

Altera redação dos incisos III e VI do artigo 34 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Os incisos III e VI do artigo 34 passam a vigorar com a seguinte redação:

“III – Solicitar Decreto do Executivo dispondo sobre abertura de créditos suplementares ouespeciais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações orça-mentárias da Câmara.”

“VI – Contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade tem-porária de excepcional interesse do Legislativo ou por determinação do TCE,neste caso, até realização de concurso público.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 11/2005

Altera a redação dos incisos XX e XXI do artigo 37 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Os incisos XX e XXI do artigo 37 da L.O.M. passam a vigorar com a seguinte

redação:

“Artigo 37 - ....

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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XX – fixar, observado o que dispõem os artigos 39, § 4º; 57, § 7º; 150, II; 153, III e 153, §2º, I da Constituição Federal, o subsídio dos Vereadores, em cada legislaturapara a subseqüente, sobre o qual incidirá o imposto sobre rendas e proventosde qualquer natureza.”

XXI – fixar, observando o que dispõem os artigos 37, XI; 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, §2º, I da Constituição Federal, os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e Se-cretários Municipais ou Diretores equivalentes, sobre o qual incidirá o impostosobre rendas e proventos de qualquer natureza.” *inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal modificado pela Emenda Consti-tucional nº41 , de 19 /12/2003.

Artigo 2º - Os parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 37 da L.O.M. passam a seguinte reda-ção:

“Artigo 37 - ....

§ 1º - O subsídio dos Vereadores, fixado por Lei de iniciativa da Câmara Municipal corres-ponderá no máximo a 30% (trinta por cento) do subsídio dos Deputados Esta-duais.

§ 2º - O subsídio do Prefeito será fixado por Lei de iniciativa da Câmara Municipal, obser-vado o que dispõe o inciso XXI do artigo 1º da presente Emenda.§ 3º - O subsídio do Vice-Prefeito, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes será fi-

xado na mesma Lei que dispuser sobre a fixação do subsídio do Prefeito, igual-mente, observado o disposto no inciso XXI do artigo 1º.”

Artigo 3º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 12/2005

Altera a redação do parágrafo 1º do artigo 45 da LOM.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 1º do artigo 45 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com

a seguinte redação:

“Parágrafo 1º - A proposta será votada em dois turnos com interstício mínimo de 10

(dez) dias, e aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

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Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 13/2005

Altera a redação do artigo 50 da L.O.M..

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 50 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 50 - O Prefeito pode enviar à Câmara Municipal projetos de lei sobre qualquer ma-téria, os quais, se o solicitar, serão apreciados no prazo de 30 dias, a contar deseu recebimento.”

Artigo 2º - O parágrafo 2º, artigo 50 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte reda-ção:

“Parágrafo 2º - Caso julgue urgente a medida, o Prefeito pode solicitar a apreciação doprojeto em 20 (vinte) dias.”

Artigo 3º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 14 /2005

Altera a redação do artigo 64 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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Artigo 1º - O artigo 64 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 64 - O Mandato do Prefeito é de quatro anos permitida sua reeleição por um únicoperíodo subseqüente assim como de quem o houver sucedido.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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EMENDA Nº 15 /2005

Altera redação do incisos II e III e das alíneas “a”, “b”, “d” e revoga a “c”do artigo 86.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Os incisos II e III do artigo 86 da L.O.M. passam a vigorar com a seguinte re-

dação:

“Artigo 86 - ....I - ...II – compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao

tempo de contribuição; III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exer-

cício no serviço público e 05 (cinco) anos no cargo efetivo em que se dará aaposentadoria observadas as seguintes condições:* vide Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003.

a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) de contribuição, se homem e

55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e 30 (trinta) de contribuição, se mulher;

b) redução em 05 (cinco) anos dos requisitos da alínea anterior, para professor

que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de ma-

gistério na educação infantil e no ensino fundamental médio;

c) 30 (trinta) anos de contribuição, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mu-

lher, com proventos proporcionais a esse tempo;

*revogada pela Emenda Constitucional nº 41, 19/12/2003.d) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de ida-

de, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

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Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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EMENDA Nº 16 /2005

Altera a redação do parágrafo 3º do artigo 88 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 3º do artigo 88 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo 3º - Caberá a Guarda Municipal a proteção dos bens de valores históricos, ar-tísticos e culturais do Município, ou em seu território localizado conforme dispu-ser, cabendo, ainda, a Coordenação de toda as ações de trânsito em conformi-dade com a legislação vigente.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 17 /2005

Altera a redação do artigo 89 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 89 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 89 - A Secretaria Municipal de Defesa Civil (SEMDEC), órgão integrante do Siste-ma Nacional de Defesa Civil (SINDEC), tem por finalidade, em ação conjunta

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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com o Corpo de Bombeiros, o estabelecimento de normas e o exercício das ati-vidades de integração, planejamento, organização e supervisão da execuçãode medidas preventivas de socorro, assistência e de recuperação, consideran-do os efeitos produzidos por fatos adversos de qualquer natureza e nas situa-ções de emergência ou de calamidade pública, bem como, daquelas destina-das a preservar o moral da população e o restabelecimento da normalidade davida comunitária em todo o território do Município.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 18/2005

Altera redação do artigo 131 da Lei Orgânica do Município.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 131 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 131 – Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orça-

mentárias e ao Orçamento anual e os créditos adicionais serão apreciados pela Comissão

Permanente de Orçamento e Finanças à qual caberá:”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 19/2005

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

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Altera a redação do artigo 137 da LOM e revoga o seu parágrafo único.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 137 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com a seguinte re-

dação:

“Artigo 137 – O Poder Executivo para execução de projetos, programas, obras, ser-

viços ou despesas cuja execução se prolongue além de um exercício financeiro, deverá pro-

mover a adequação ao P.P.A. (Plano Plurianual de Governo), respeitando a Legislação vi-

gente.

“Parágrafo Único – revogado”.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua ublicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 13 de setembro de 2005.

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EMENDA Nº 20/2005

Altera a redação do parágrafo único do artigo 142 da LOM.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O Parágrafo Único do artigo 142 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Artigo 142 – ....

Parágrafo Único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,

a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pesso-

al, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, só pode-

rão ser feitas se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de

despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrente, devendo também estar prevista na

Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

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Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

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EMENDA Nº 21/2005

Altera o Capítulo IV — da Saúde, acrescenta parágrafos e incisos.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Os artigos que integram o Capítulo IV passam a vigorar com a seguinte reda-

ção:

DA SAÚDE

Artigo 152 – A Saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, as-segurada mediante políticas sociais e econômicas que visem promoção da saúde, a preven-ção de doenças e de outros agravos e acesso universal e igualitário às ações e serviços desaúde.

Artigo 153 – O direito à saúde implica nos seguintes direitos fundamentais:I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação,

educação, transporte e lazer;II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Municípioàs ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saú-de, sem qualquer discriminação;

IV - proibição de cobrança indevida ao usuário pela prestação de servi-ços de assistência à saúde, públicos ou contratados, estando ga-rantida a participação do setor privado na prestação de serviços desaúde, de acordo com a Legislação em vigor.

Parágrafo Único - As ações de saúde são de natureza pública devendo sua execução ser fei-ta preferencialmente através de serviços oficiais e, supletivamente, através de serviços deterceiros.

Artigo 154 - O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recurso do Orça-mento do Município, do Estado, da seguridade social, da União, além de outras fontes.

§ 1º - Fica o Município obrigado a destinar recursos orçamentários, das res-pectivas receitas, para promover a saúde, nos percentuais míni-mos estabelecidos pela Legislação Federal;

§ 2º - As instituições privadas poderão participar de forma suplementar doSistema Municipal de Saúde, mediante contrato público ou con-

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vênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem finslucrativos;

§ 3º - As instituições privadas de saúde ficarão sob o controle do setor pú-blico conforme a legislação e as normas da SUS.

Artigo 155 - São competências do Município, exercidas pela Secretaria Municipalde Saúde ou equivalente:

I - a direção do SUS no âmbito do Município, em articulação com o Conselho Mu-nicipal de Saúde (CMS) e as instâncias Estadual e Federal da Saúde;

II - garantir aos profissionais de saúde, planos de carreira, isonomia salarial, ad-missão através de concurso, incentivo à dedicação exclusiva e tempo integral,capacitação e reciclagem permanentes, condições adequadas de trabalho paraa execução de suas atividades em todos os níveis, de acordo com a políticanacional de RH para o SUS e as disponibilidades orçamentárias e financeiras;

III - a atenção à saúde em seu nível de competência de acordo com as normas doSUS;

IV - a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termosde prioridades e estratégias municipais, em consonância com os Planos Nacio-nal e Estadual;

V - O Município poderá de acordo com a sua necessidade e o interesse público,contemplar servidores de esferas de governo, em exercício no município, comgratificação e ou complementação salarial, de acordo com o princípio da iso-nomia;

VI - a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério daSaúde e da Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com a realidade Munici-pal;

VII - o planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambi-entes de trabalho e dos problemas de saúde com eles relacionados;

VIII - a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção nu-tricional, de abrangência municipal ou intermunicipal;

IX - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera Mu-nicipal, de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento derecursos humanos para a saúde;

X - a implementação dos sistemas de informação em saúde, no âmbito municipal;XI - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de morbi-mortali-

dade no âmbito do Município;XII - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de sane-

amento básico no âmbito do Município, em articulação com os demais órgãosgovernamentais;

§ 1º - O gerenciamento do Sistema Municipal de Saúde deve seguir critériosde compromisso com o caráter público dos serviços e da eficáciano seu desempenho.

§ 2º - O gestor do SUS não pode ter dupla militância profissional com o se-tor privado.

Artigo 156 - O Município promoverá:

I - formação de consciência sanitária individual e coletiva;

II - serviços de atenção à saúde em articulação com a União e o Estado, bemcomo com as iniciativas particulares e filantrópicas;

III - combate às moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas;

IV - combate ao uso de substâncias tóxicas lesivas à saúde;

V - serviços de assistência à maternidade e à infância.

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Parágrafo Único - Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislaçãofederal e a estadual que disponham sobre a regulamentação, fiscalização e controle dasações e serviços de saúde, que constituem um sistema único.

Artigo 157 – A vigilância da Saúde, nos estabelecimentos de ensino municipal terácaráter obrigatório.

§ 1º - Constituirá exigência indispensável a apresentação, no ato de matrí-cula, de atestado de vacina contra moléstias infecto-contagiosas.

§ 2º - O Município cuidará do desenvolvimento das obras e serviços relati-vos ao saneamento e urbanismo com a assistência da União e doEstado, sob condições estabelecidas na lei complementar federal.

§ 3º - É vedado ao Município a destinação de recursos públicos para auxíli-os e subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

§ 4º - Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nostermos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse paraa saúde, equipamentos imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância da saúde (sanitária, epidemiológica, nutricionale ambiental) bem como as de saúde do trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamentobásico;

V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnoló-gico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, bem como bebidas e águas para o consumohumano;

VII - participar no controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utiliza-ção de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Artigo 158 – Poderá o Município implantar Programas de Saúde do âmbito Nacionale Estadual, ficando estabelecido que os seus protocolos serão automaticamente validados apartir do momento de sua implantação de acordo com a Legislação em vigor.Artigo 159 – O Município deverá estimular a implantação de praticas complementares deSaúde, sempre visando o bem estar físico, mental e emocional do ser humano. Com desta-que para práticas como a Fitoterapia e a Acupuntura.

Artigo 160 – Os acessos às ações e serviços de Saúde serão regulados através denormas complementares, estabelecidas pelos órgãos competentes das três esferas de go-verno e dentre outros deverão observar os seguintes aspectos:

I - os prescritores deverão integrar a rede SUS e observar os procedimentosconstantes dos protocolos dos programas de saúde;

II - de acordo com a disponibilidade financeira e orçamentária, poderão ser esta-belecidos critérios de priorização do acesso que levem em consideração o es-tado de saúde do paciente;

III - o acesso a medicamentos será garantido levando-se em consideração as lista-gens oficiais dos Programas de Saúde e as competências das três esferas dogoverno;

IV - o acesso a procedimentos de saúde será garantido considerando sua disponi-bilidade na rede SUS e as referências intermunicipais pactuadas.

Parágrafo Único – Os grupos de maior risco sanitário e social deverão receber atençãoespecial, visando à promoção da equidade e o acesso universal ao serviço público e proporcionan-do sempre o bem-estar físico, mental e emocional do cidadão e sua integração à sociedade.

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Artigo 161 – Deverá o Gestor Municipal possuir meios e incentivos das três esferas degoverno, para agilizar e facilitar a implantação de programas de saúde.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 03 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 22/2005

Altera Seção I, Capítulo V — da Educação, acrescenta parágrafos e incisos.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Os artigos que integram a Seção I passam a vigorar com a seguinte redação:

SEÇÃO I DA EDUCAÇÃO

Artigo 162 – o Município organizará e manterá sistema de ensino próprio garantin-

do a oferta de educação infantil e o ensino fundamental, com extensão correspondente às

necessidades locais de educação geral, visando o preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho, respeitadas as diretrizes e bases fixadas pela legislação fede-

ral, as disposições supletivas da legislação federal e estadual.

Artigo 163 – O Poder Público Municipal oferecerá a educação infantil em creches e

pré-escolas, e, com prioridade o ensino fundamental, só podendo atuar em outros níveis de

ensino quando estiverem plenamente atendidas as necessidades de sua área de competên-

cia e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à

manutenção e desenvolvimento de ensino, obedecendo aos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – garantia de padrão de qualidade;

III – garantia de prioridade de aplicação, no ensino público municipal,

dos recursos orçamentários do Município, na forma estabelecida pela Constituição Federal

e Estadual;

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IV – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamen-

to, a arte e o saber;

V – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VI – gestão democrática do ensino público;

VII – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

VIII — respeito à liberdade e apreço a tolerância;

IX – valorização do profissional da educação escolar;

X - plano de carreira para o magistério municipal;

XI – valorização da experiência extra-escolar;

XII – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas so-

ciais;

XIII – participação efetiva de todos os segmentos sociais envolvidos

no processo educacional, podendo para esse fim, instituir conselhos escolares a cada uni-

dade educacional.

Artigo 164 – O ingresso no magistério público municipal será exclusivamente atra-

vés de concurso público de provas e títulos.

Artigo 165 – Ao membro do magistério municipal serão assegurados:

I – plano de carreira do magistério municipal, com promoção horizontal e

vertical;

II – piso salarial profissional;

III – participação na gestão de ensino público municipal;

IV – estatuto do magistério atualizado;

V – garantia para o magistério público municipal e os demais trabalhado-

res do ensino, adequadas condições de formação continuada e atualização;

VI – eleições diretas para diretor de escolas com mais de 100 alunos, com

a participação de todos os segmentos envolvidos.

Artigo 166 – A lei assegurará, na gestão das escolas da Rede Municipal de ensino,

a participação efetiva de todos os segmentos sociais envolvidos no processo educacional,

podendo, para esse fim, instituir conselhos comunitários escolares em cada unidade de en-

sino.

Artigo 167 – O Conselho Municipal de Educação, incumbido de normalizar, delibe-

rar, orientar e acompanhar a Política Educacional no âmbito do Município, assegurado na

forma de eleição, como expressão de gestão democrática, estabelece os seguintes critérios:

I – A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desportos (órgão exe-

cutivo) juntamente com o CME (órgão normativo) convocará representantes dos

segmentos de ensino e entidades representativas definidas em lei para eleições de

seus membros efetivos e suplentes;

II – A composição do Conselho Municipal de Educação não será inferior a09 (nove) e nem excederá a 21 (vinte e um) membros eleitos pelas representaçõesde categorias e dos segmentos de ensino.

Artigo 168 – O Plano Municipal de Educação poderá ser anual ou plurianual e refe-rir-se à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, incluindo obrigatoriamente, todos os es-tabelecimentos de ensino público municipal sediado no Município, conduzindo-a:

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I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – melhoria da qualidade de ensino;

IV – qualificação para o trabalho.

Parágrafo Único – O plano de que trata este artigo poderá ser elaborado em con-

junto ou de comum acordo com a rede escolar mantida pelo Estado, na forma estabelecida

pela lei federal.

Artigo 169 – O dever do Município com a Educação será efetivado mediante a ga-

rantia de:

I – Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive pra os que a ele

não tiverem acesso a idade própria;

II – Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino mé-

dio;

III – Atendimento educacional especializado aos educandos com necessi-

dades educativas especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – Atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis

anos de idade incompletos;

V – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI – Oferta de educação de jovens e adultos para aqueles que não tiveram

acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade pró-

pria;

VII – Oferta suficiente de vagas no ensino obrigatório e gratuito;

VIII – Expansão da rede escolar para atender demanda;

IX – Condições adequadas para o exercício do magistério, no que diz res-

peito à conservação da rede física, material didático-escolar, equipamentos e cur-

sos de aperfeiçoamento e atualização dos professores;

X – Ensino público fundamental, obrigatório e gratuito, com o estabeleci-

mento progressivo do turno único;

XI – Atendimento ao educando, no Ensino Fundamental e Educação Infan-

til, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,

alimentação e assistência à saúde.

Parágrafo 1º - O acesso ao Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, é direito

público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadão, associação comunitária, or-

ganização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Magisté-

rio Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.

Parágrafo 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua

oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

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Artigo 170 – A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como fi-

nalidade, o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos fí-

sico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Parágrafo Único – A educação da criança de zero a seis anos é um direito da famí-

lia e dever do município, seguindo os princípios norteadores:

I – Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidarieda-

de e do Respeito ao Bem Comum;

II – Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania do Exercício

da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática;

III – Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criticidade, da Ludicidade e

da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.

Artigo 171 – A Educação Infantil será oferecida em:

I – Creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de

idade;

II – Pré-escolas para as crianças de quatro a seis anos de idade incomple-

tos.

Parágrafo Único – O Sistema de Ensino Municipal assegurará aos alunos que apre-

sentarem problemas na aprendizagem adequadas condições de eficiência escolar.

Artigo 172 – Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base na-

cional comum, a ser complementada em cada Sistema de Ensino e Estabelecimento Escolar,

por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da

cultura, da economia e da clientela.

Parágrafo 1º - Os currículos que se refere o caput devem abranger obrigatoriamen-

te, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natu-

ral e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

Parágrafo 2º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da for-

mação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas

de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, ve-

dadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela lei nº 9.475 de 22/07/1997).

Parágrafo 3º - O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos.

Parágrafo 4º - A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às

condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

Parágrafo 5º - O Ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das

diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes

indígena, africana e européia.

Parágrafo 6º - Na parte diversificada do currículo será incluído obrigatoriamente, a

partir da Quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja esco-

lha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

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Parágrafo 7º - Nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

I – O conteúdo programático a que se refere ao parágrafo 7º, incluirá o es-

tudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura

negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contri-

buição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História

do Brasil.

II – Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão mi-

nistrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educa-

ção Artística e de Literatura e História Brasileira.

Artigo 173 – Os conteúdos Curriculares da Educação Básica observarão ainda, as

seguintes diretrizes:

I – A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e

deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II – Consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada es-

tabelecimento;

III – Orientação para o trabalho;

IV – Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas

não-formais.

Artigo 174 – O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I – Cumprimento das normas gerais da Educação Nacional e do Sistema

Municipal de Ensino;

II – Autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder

Público.

Artigo 175 – Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas muni-

cipais, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, defini-

das em lei federal que:

I – Comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes fi-

nanceiros em educação;

II – Assegurem a destinação de seu patrimônio à outra escola comunitá-

ria, filantrópica ou confessional ou ao Município no caso de encerramento de suas

atividades.

III – Prestem contas ao Poder Público Municipal dos recursos recebidos.

Parágrafo Único – Os recursos de que trata este artigo serão destinados a bolsas

de estudos para o ensino fundamental e médio na forma de lei, para os que demonstrarem

insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares de rede pública

na localidade da residência do educando, ficando o Município obrigado a investir prioritaria-

mente na expansão de sua rede na localidade.

Artigo 176 – O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, as organizações

beneficente, culturais e amadoristas, nos termos da lei, sendo que as amadoristas e as cate-

gorias terão prioridade no uso de estágios, campos e instalações de propriedade do Municí-

pio.

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Parágrafo Único – O Município manterá professorado municipal em nível econômi-

co, social e moral à altura de sua funções.

Artigo 177 – O Município aplicará, obrigatoriamente em cada ano, na manutenção e

desenvolvimento do ensino, nunca menos de 25% (vinte e cinco por cento) da receita resul-

tante de impostos, compreendida e proveniente de transferências constitucionais.

Parágrafo Único – Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério serão aplicados exclusivamente

na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Público, e na Valorização de seu magistério

para o nível de ensino para o qual é destinado.

Artigo 178 – Os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino

fundamental, resultante da aplicação do percentual estabelecido no caput do artigo 177, vi-

sam a assegurar, preferencialmente, o cumprimento do preceito de escolarização obrigató-

ria e garantir:

a) Com exclusividade a manutenção e ampliação da rede es-

colar mantida pelo Município enquanto não plenamente atendida a

demanda de vagas para o ensino público municipal;

b) As mais amplas oportunidades educacionais, proporcio-

nando-se a todos o acesso à escola e a permanência nos estudos;

c) A melhoria crescente da qualidade do ensino;

d) O desenvolvimento da pesquisa educacional;

e) O aperfeiçoamento dos recursos humanos necessários à

manutenção e ao desenvolvimento do ensino;

f) O progresso quantitativo e qualitativo dos serviços da edu-

cação;

g) O estímulo à educação e à justa distribuição de seu benefí-

cios.

Artigo 179 – Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensi-

no aquelas realizadas com:

I – Pesquisas, quando não vinculadas às instituições de ensino, ou, quan-

do efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimo-

ramento de sua qualidade ou à sua expansão;

II – Subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,

desportivo ou cultural;

III – Formação de quadros especiais para a administração pública, sejam

militares ou civis, inclusive diplomáticas;

IV – Programas suplementares de alimentação, assistência médico-odon-

tológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

V – Obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta

ou indiretamente a rede escolar;

VI – Pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em

desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensi-

no.

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Artigo 180 – O Município deverá manter uma política de educação especial, articu-

lada com as redes regulares de ensino (Estadual, Municipal e Particular) e com um sistema

nacional global.

Parágrafo 1º - Entende-se por educação especial, a modalidade de educação esco-

lar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessida-

des educativas especiais.

Parágrafo 2º - Os Sistemas de Ensino devem matricular todos os alunos, cabendo

às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais

especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para to-

dos.

Parágrafo 3º - O atendimento escolar dos alunos portadores de necessidades espe-

ciais, terá início na educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os Servi-

ços de educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a

família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado.

Parágrafo 4º - Os Sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um Setor

responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros

que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 03 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 23 /2005

Altera redação do artigo 183 da LOM.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 183 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com a seguinte re-

dação:

“Artigo 183 – Caberá ao Município destinar verbas para cada tipo de manifestação

cultural existente, que venha enriquecer o seu acervo cultural, independente da verba desti-

nada à educação e instituir um Conselho Municipal de Cultura para deliberar sobre a política

cultural de base e o direcionamento de gastos na área.

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Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 24/2005

Altera redação do parágrafo 1º do artigo 87 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 1º do artigo 87 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com

a seguinte redação:

Artigo 87 - ...

“§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude da senten-

ça judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe

seja assegurada ampla defesa ou ainda mediante procedimento de avaliação perió-

dica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa”.

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 25/2005

Altera redação do inciso III, parágrafo 1º, do artigo 188 da L.O.M.

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A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O inciso III, parágrafo 1º do artigo 188 da L.O.M. passa a vigorar com a segu-

inte redação:

Artigo 188 - ...

§ 1º -

“III – desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de

emissão previamente aprovada pelo Senado Federal com prazo de resgate de até

10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real de

indenização e os juros legais.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 26/2005

Altera parcialmente as Disposições Gerais e Transitórias.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O Título VI – Disposições Gerais e Transitórias passam a vigorar com a segu-

inte redação:

TÍTULO VI

Disposições Gerais e Transitórias

Artigo 199 — Incumbe ao Município:

IV - auscultar, permanentemente, a opinião pública, para isso, sempre que ointeresse público não aconselhar o contrario, os Poderes Executivo e Le-gislativo divulgarão, com a devida antecedência os projetos de lei para orecebimento de sugestões;

V - adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dosexpedientes administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos dalei, os servidores faltosos;

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VI - facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outraspublicações periódicas, assim como das transmissões pelo rádio e pelatelevisão.

Artigo 200 — É lícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre as-suntos referentes è Administração Municipal.

Artigo 201 — Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração denulidades ou anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.

Artigo 202 — O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviçospúblicos de qualquer natureza.

Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, somente após um ano de falecimentopoderá ser homenageada qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham de-sempenhado altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou do País.

Artigo 203 — Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular, e serãoadministrados pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosaspraticar neles os seus ritos.

Parágrafo Único - As associações religiosas e os particulares poderão, na forma dalei, manter cemitérios próprios, fiscalizados, porém, pelo Município.

Artigo 204 — Revogado. Artigo 205 — Até a entrada em vigor da lei complementar federal, o projeto do pla-

no plurianual, para vigência até o final do mandato em curso do prefeito, e o projeto de leiorçamentária anual, serão encaminhados à Câmara até quatro meses antes do encerramen-to do exercício financeiro e devolvidos para sanção até o encerramento da sessão legislati-va.

Artigo 206 —Revogado.Parágrafo Único – Revogado.

Artigo 207 — Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a corrigir monetariamenteos salários e pensões dos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas, anualmente,nunca inferior ao índice inflacionário.

Artigo 208 — Revogado.

Artigo 209 — Revogado.

Artigo 210 — Revogam-se as disposições em contrário.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 27/2005

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Reduz o número de Vereadores.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 2º do artigo 17 da Lei Orgânica do Município passa a vigorar com

a seguinte redação:

Artigo 17 - ...

“§ 2º - A Câmara Municipal guardada a proporcionalidade com a população

do Município, compõe-se de 09 (nove) Vereadores.”

Artigo 2º - Esta Emenda cumpre determinação da Resolução nº 21.702, do TribunalSuperior Eleitoral, de 02/04/2004.

Artigo 3º - Fica revogada a Emenda nº 04, de 21 de novembro de 1995. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 28/2005

Altera redação do parágrafo 2º do artigo 87 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 2º do artigo 87 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com

a seguinte redação:

Artigo 87 - ...

“§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será

ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de

origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponi-

bilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.”

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

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José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 29/2005

Altera redação do artigo 87 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 87 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com a seguinte re-

dação:

“Artigo 87 – São estáveis após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores no-

meados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.”

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 30/2005

Acrescenta-se parágrafo 4º no artigo 87 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - Fica acrescido no artigo 87, o parágrafo 4º com a seguinte redação:

“Artigo 87 – ...”

“ § 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a

avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.”

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Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 31/2005

Altera a Seção V – da Administração Pública.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - A seção V – da Administração Pública passa a vigorar com a seguinte reda-

ção:

“Art. 83. A Administração pública direta e indireta, de quaisquer dos Poderes doMunicípio, obedecera aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidadee eficiência e, também, ao seguinte:

XXIII - os cargos, empregos e funções públicas são acessí-veis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,assim como aos estrangeiros, na forma da Lei; XXIV - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprova-ção prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, deacordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na formaprevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão de-clarado em lei de livre nomeação e exoneração; XXV - prazo de validade de concurso público será de até 2(dois) anos, prorrogável uma vez, por igual período; XXVI - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulosserá convocado com prioridade sobre novos concursados para assumircargo ou emprego, na carreira; XXVII - as funções de confiança, exercidas exclusivamente porservidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a se-rem preenchidos por servidores de carreira no casos, condições e per-centuais mínimos previstos em Lei, destinam-se apenas as atribuições dedireção, chefia e assessoramento;

XXVIII -é garantido ao servidor público civil o direito à livre associaçãosindical; XXIX - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites defini-dos em lei específica;

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XXX -a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos paraas pessoas portadoras de deficiências e definirá os critérios de sua ad-missão; XXXI - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determina-do para atender a necessidade temporária de excepcional interesse públi-co; XXXII - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio deque trata os incisos XX e XXI do artigo 37 somente poderão ser fixadosou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa de cadacaso, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e semdistinção de índices; XXXIII -a lei fixará limite máximo e a relação de valores entre o maior e amenor remuneração dos servidores públicos, observado, como limite má-ximo, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefei-to; XXXIV - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo nãopoderão ser superior aos pagos pelo Poder Executivo; XXXV - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquerespécies remuneratórias, para efeito de remuneração de pessoal do ser-viço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no artigo 85, § 1ºdesta Lei Orgânica; XXXVI - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú-blico não serão computados nem acumulados, para fins de concessão deacréscimos ulteriores; XXXVII - o subsídios e os vencimentos dos ocupantes de car-gos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos in-cisos XI e XIV e nos artigos 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Cons-tituição Federal; XXXVIII - é vedada a acumulação remunerada de cargos públi-cos, exceto quando houver compatibilidade de horários;

d) a de dois cargos de professor;

e) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

f) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais desaúde, com profissões regulamentadas;

XXXIX - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades deeconomia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ouindiretamente, pelo Poder Público; XL - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, den-tro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os de-mais setores administrativos, na forma da lei; XLI - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autori-zada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mistae de fundação, cabendo a lei complementar, neste último caso definir asáreas de sua atuação; XLII -depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação desubsidiarias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim comoa participação de quaisquer delas em empresa privada; XLIII - ressalvados os casos especificados na legislação, asobras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante pro-cesso de licitação pública que assegure igualdade de condições a todosos concorrentes, com clausulas que estabeleçam obrigações de paga-mento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,exigindo-se a qualificação técnico-econômica indispensável à garantia documprimento das obrigações;

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XLIV - as administrações tributárias do município, atividadesessenciais ao seu funcionamento, exercidas por servidores de carreirasespecíficas, terão recursos prioritários para a realização de suas ativida-des e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento decadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãospúblicos devera ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem pro-moção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicara a nulidade do ato ea punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º - A leis disciplinará as formas de participação do usuário na administração públi-ca direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas a prestação dos serviços públicos em geral, assegura-das a manutenção de serviço de atendimento ao usuário e a avaliação periódica,externa e interna da qualidade do serviço;

II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos degoverno, observada o disposto no artigo 5º, X e XXXIII da Constituição Federal;

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,emprego ou função na administração pública.

§ 4° - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos po-líticos, a perda da função pública, a disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei federal estabelecera os prazos de prescrição para ilícitos praticados porquaisquer agente, servidor ou não, que causem prejuízo ao erário, ressalvadas as respecti-vas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras deserviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem àterceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou cul-pa.

§ 7º - A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou em-prego na administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegia-das.

§ 8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgão e entidades da ad-ministração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entreseus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desem-penho para o órgão ou entidade, cabendo a lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato; II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e res-

ponsabilidade dos dirigentes; III – a remuneração do pessoal.

Art. 84. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional noexercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

VI - tratando-se de mandato eletivo federal, ou estadual, ficara afas-tado de seu cargo, emprego ou função; VII - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo empre-go ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; VIII - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade dehorários, percebera as vantagens de seu cargo, emprego ou função, semprejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilida-de, será aplicada a norma do inciso anterior; IX - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício demandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efei-tos legais, exceto para promoção por merecimento; X - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento,os valores serão determinados como se no exercício estivesse.”

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.

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Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

EMENDA Nº 32/2005

Suprime incisos do parágrafo 2º do artigo 85 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 2º, do artigo 85 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte reda-

ção:

“Art. 85. ...

§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no artigo 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII,XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX da Constituição Federal.”

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

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EMENDA Nº 33/2005

Altera redação do parágrafo 3º do artigo 87 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da LeiOrgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 3º do artigo 87 da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com

a seguinte redação:

Artigo 87 - ...

“§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará

em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado

aproveitamento em outro cargo.”

Artigo 2º - Esta Emenda entre em vigor na data de sua publicação.Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 08 de novembro de 2005.

José Márcio Pereira CampbellPresidente

Romário Gomes de SouzaVice-Presidente

Marcos Werneck Arenari1º Secretário

Cláudio Reis de Azevedo2º Secretário

- Publicada no Jornal O Itaperunense de 21 a 23 de novembro de 2005

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EMENDA Nº 34 /2006 Altera a redação do artigo 50 da L.O.M. e revoga a Emenda nº 13/2005. A Mesa da Câmara Municipal de Natividade promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 50 da L.O.M. passa a vigorar com

a seguinte redação:

“Artigo 50 – O Prefeito pode enviar à Câmara Municipal projetos de lei sobre qualquer matéria, as quais, se, o solicitar serão apreciados em 45 (quarenta e cinco) dias a contar de seu recebimento.”

Artigo 2º - O parágrafo 2º, artigo 50 da L.O.M. passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Parágrafo 2º - Caso julgue urgente a medida, o Prefeito pode solicitar a apreciação do projeto em 30 (trinta) dias.”

Artigo 3º - Esta emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário,

especialmente a Emenda 13/2005, de 13/09/2005.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 12 de setembro de

2006.

Romário Gomes de Souza Edésio Assis da Silva

Presidente Vice-Presidente

Manoel Rodrigues dos S. Filho Cláudio Reis de Azevedo 1º Secretário 2º Secretário

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE Exercício 2007

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ. Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

1

EMENDA Nº. 35/2008

Altera a redação do artigo 18 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 18 da L.O.M. passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Artigo 18 - A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, na

sede do Município, de 01 de fevereiro a 17 de julho e de 01 de agosto a 22 de

dezembro.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 18 de março de 2008.

Edésio Assis da Silva Presidente

Jandemir Merat Luquetti Vice-Presidente

Marcos Werneck Arenari 1º Secretário

Romário Gomes de Souza 2º Secretário

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE Exercício 2007

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ. Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

1

EMENDA Nº. 36/2009

Altera a redação do artigo 33 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 33 da L.O.M. passa a vigorar com a seguinte

redação:

“Artigo 33 – A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escritos

de informação aos Secretários Municipais ou Diretores Equivalentes, e, Presidentes

das Entidades Públicas, Privadas e Filantrópicas recebedoras de recursos do Poder

Público Municipal, do Estado e União, importando crimes de responsabilidade a

recusa ou o não atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de

informação falsa.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 12 de novembro de 2009.

Manoel Rodrigues dos Santos Filho Presidente

Geraldo César da Silva Vice-Presidente

Severiano Antônio dos Santos Rezende 1º Secretário

Dr. Heriberto Sanchez Meneses 2º Secretário

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE Exercício 2007

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ. Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

1

EMENDA Nº. 37/2009

Altera a redação do artigo 98 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Art. 1º - O artigo 98 da LOM passa a ter a seguinte redação:

“Art. 98 - O prefeito, o vice-prefeito, os vereadores, e todas as

pessoas investidas em cargos em comissão ou de confiança ou, ainda, de função

gratificada na administração pública direta e indireta, bem como as pessoas

ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo,

até o 1º grau, não poderão contratar com o município.

Parágrafo primeiro – Excluem-se da cabeça do artigo:

I – As contratações realizadas em que a escolha do objeto seja

efetuada por Comissão instituída para esse fim e que vise à alienação de bens

imóveis ou a compra de bens imóveis cuja localização seja preponderante na

escolha.

II – As alienações e compras de bens e serviços efetuados por

Comissão instituída para esse fim e que prevejam isonomia de concorrência.

Parágrafo único – A aferição de particularidade na

preponderância da escolha dar-se-á mediante instituição de regular processo

administrativo, com pronunciamento conclusivo do corpo jurídico.”

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRO CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADE Exercício 2007

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ. Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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Art. 2º - Esta emenda entrará em vigor na data de sua

publicação, revogadas as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 17 de novembro de 2009.

Manoel Rodrigues dos Santos Filho

Presidente

Geraldo César da Silva

Vice-Presidente

Severiano Antônio dos Santos Rezende

1º Secretário

Dr. Heriberto Sanchez Meneses

2º Secretário

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADEExercício 2010

EMENDA Nº. 38/2010

Altera a redação do artigo 107 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 107 da L.O.M. passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Artigo 107 – É proibida a doação, venda ou concessão de uso

de qualquer fração dos parques, praças, jardins ou largos públicos, salvo

pequenos estabelecimentos destinados à venda de jornais, revistas, bebidas e

gêneros alimentícios e/ou derivados.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 18 de maio de 2010.

Eriques Lopes da SilvaPresidente

Fabiano França VieiraVice-Presidente

Dra. Ivete Martins Bohrer Kabouk1º Secretário

Sebastião Antônio Barreto Tavares2º Secretário

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ.

Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIROCÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADEExercício 2010

EMENDA Nº. 39/2010

Altera a redação do artigo 43 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 43 da L.O.M. passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Artigo 43 – Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador

nos casos de vaga por extinção, perda do mandato, suspensão e licença por

investidura no cargo de Secretário Municipal ou Diretor equivalente.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 25 de maio de 2010.

Eriques Lopes da SilvaPresidente

Fabiano França VieiraVice-Presidente

Dra. Ivete Martins Bohrer Kabouk1º Secretário

Sebastião Antônio Barreto Tavares2º Secretário

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ.Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIROCÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADEExercício 2011

EMENDA Nº. 40/2011

Altera a redação do artigo 43 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O artigo 43 da L.O.M. passa a vigorar com a

seguinte redação:

“Artigo 43 – Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador

nos casos de vaga por extinção, perda do mandato, suspensão, licença por

investidura no cargo de Secretário Municipal ou Diretor equivalente e licença

médica superior a cento e vinte dias.”

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 25 de agosto de 2011.

Eriques Lopes da SilvaPresidente

Fabiano França VieiraVice-Presidente

Manoel Rodrigues dos Santos Filho1º Secretário

Dr. Heriberto Sanchez Meneses2º Secretário

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ.Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIROCÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADEExercício 2011

EMENDA Nº. 41/2011

Altera a redação do § 2º do artigo 17 da L.O.M.

A Mesa da Câmara Municipal de Natividade

promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei

Orgânica do Município:

Artigo 1º - O parágrafo 2º do artigo 17 da L.O.M. passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 17 – ...

§ 2º - A Câmara Municipal, guardada a proporcionalidade com

a população do Município, compõe-se de 11 (onze) Vereadores.”

* § 2º modificado de acordo com a Emenda Constitucional nº. 58/2009, de

23/09/2009.

Artigo 2º - Esta Emenda entra em vigor na data de sua

publicação.

Artigo 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Câmara Municipal de Natividade, 18 de outubro de 2011.

Eriques Lopes da SilvaPresidente

Fabiano França VieiraVice-Presidente

Manoel Rodrigues dos Santos Filho1º Secretário

Dr. Heriberto Sanchez Meneses2º Secretário

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ.Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DO RIO DE JANEIROCÂMARA MUNICIPAL DE NATIVIDADEExercício 2011

___________________________________________________________Praça Ferreira Rabello, 04 – Centro – CEP: 28380-000 Natividade - RJ.Telefone: (0xx22) 3841-1072 e 3841-3814 Fax: (0xx22) 3841-1630

e-mail: [email protected]

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