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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PRINCESA · iniciativa do Poder Executivo e Legislativo ... cooperação técnica e financeira da União e do Estado; XVIII - regulamentar os meios

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HISTÓRICO MUNICIPIO DE PRINCESA

DATA DE CRIAÇÃO: 29 DE SETEMBRO DE 1995

DATA DE INSTALAÇÃO: 01 DE JANEIRO DE 1997

Conta-se de um caboclo chamado João Maria de Lara, que morava em um casebre de pau a pique, perto de um riacho e dizia ter visões do rosto de uma Princesa que aparecia na copa de um pinheiro. Quando a história ficou conhecida, determinou-se o lugar como Princesa.

A comunidade nasceu por volta de 1950, quando colonos vieram aqui morar, atraídos pela abundância de madeira de boa qualidade e terras férteis fornecidas a custos reduzidos. Seus fundadores, em sua maioria de origem alemã e italiana, havendo uma minoria de mestiços. Em data de 15 de dezembro de 1958, através da Lei No. 07, da Câmara Municipal de Vereadores de São José do Cedro, a comunidade foi elevada a categoria de Distrito, o que proporcionou novo impulso ao seu desenvolvimento e, conseqüentemente, o sustentáculo de sua esperada emancipação, que aconteceu em 1995 sendo o Município instalado em 01 de janeiro de 1997.

A cidade situa-se no vale do pequeno Arroio Princesa, afluente do Rio Maria Preta. Município de Princesa possui área de 88 Km2, fazendo divisa com São José do Cedro, Guaujá do Sol, Dionísio Cerqueira e República Argentina.

Princesa localiza-se na Microrregião Fisiográfica do Estado de Santa Catarina. Segundo o Censo do IBGE de 1996 contamos com 2.685 habitantes, sendo 1.420

homens e 1265 mulheres. Principais produtos milho, fumo e feijão. Pecuária: bovinos, suínos, aves e gado de leite. O Poder Legislativo é composto de 9 vereadores. Claudio Franck é o Presidente da

Câmara de Vereadores. No executivo, Edgar Lamberty é o Prefeito Municipal e Inácio Theisen é o Vice-

Prefeito. A atual administração ao assumir os destinos do Município, deparou-se problemas

que com ajuda de toda equipe e com o esforço da administração hoje já vemos traços desse trabalho por toda parte.

PRINCESA Juntos na Emancipação

Unidos na Administração

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ÍNDICE GERAL

Preâmbulo 05 Fundamentos da Organização Municipal 06 Capítulo I 07 Organização Político Administrativa 07 Disposições Preliminares 07 Capítulo II 07 Competência do Município 07 Competência Privada do Município 07 Competência Comum 09 Capítulo III 10 Poder Legislativo 10 Câmara de Vereadores 10 Vereadores 12 Mesa da Câmara 14 Reuniões Extraordinárias 17 Comissões 17 Processo Legislativo 18 Disposições Gerais 18 Emendas a Lei Orgânica 18 Leis 19 Decretos Legislativos e Resoluções 21 Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial 21 Capítulo IV 25 Poder Executivo 25 Prefeito e Vice-Prefeito 25 Atribuições do Prefeito 27 Perda e Extinção do Mandato 29 Secretários Municipais 30 Organização do Governo Municipal 31 Administração Municipal 31 Tributação e Orçamento 32 Tributos Municipais 32 Limitações do Poder Tributar 33 Orçamentos 34 Execução Orçamentária 37 Obras e Serviços Municipais 38 Servidores Públicos Municipais 38 Capítulo V 43 Políticas Municipais 43 Política Econômica 43 Política Educacional 44 Política de Saúde 45 Política de Assistência Social 48 Política de Cultura, Esporte e Lazer 49 Política de Desenvolvimento Urbano 50 Política Agrária 52 Meio Ambiente 53 Disposições Gerais e Transitórias 54

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PRIMEIRA LEGISLATURA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES

DE PRINCESA – SANTA CATARINA

MESA DIRETORA: CLAUDIO PAULO FRANK - Presidente - PDT DÉCIO PANCOTTE - Vice-Presidente - PPB LUCAS THEISEN - 1º Secretário - PMDB MARLENE LUCIA S. CEMIN - 2ª Secretária da Mesa - PSDB RENÍBIO ALOÍSIO MARMITT - PDT CELSO FRANCO - PPB VALDIR GRALOW - PDT ARLINDO SCHEIN - PPB CARLOS MIGUEL KLEIN - PSDB PARTICIPANTES NA ELABORAÇÃO DA LEI ORGÂNICA: ARLINDO SCHEIN CARLOS MIGUEL KLEIN CLAUDIO PAULO FRANK CELSO FRANCO DÉCIO PANCOTTE LUCAS THEISEN MARLENE LUCIA S. CEMIN RENÍBIO ALOÍSIO MARMITT VALDIR GRALOW SUPLENTES: ELOI JOSÉ SCHNEIDER MARIA ELNA MANICA LUIZ JOSÉ SCHNEIDER ELDOMAR L. ROOS INÁCIO JOÃO EPPING NORBERTO WOLMUTH Dr. NELCI ULIANA – Assessor Jurídico

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PREÂMBULO

Nós, Vereadores representantes do povo de PRINCESA, Estado de Santa Catarina,

reunidos em Câmara Municipal Organizante, com as atribuições previstas na Constituição

Estadual, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte:

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PRINCESA,

ESTADO DE SANTA CATARINA

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TÍTULO I

DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZACÁO MUNICIPAL

Art. 1° - O Município de Princesa, unidade inseparável da República Federativa do

Brasil, preservará os princípios que informam o Estado Democrático de Direito e tem como

fundamento:

I - a autonomia municipal;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV- os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Art. 2° - Todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de

representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal, da Constituição Estadual e desta Lei

Orgânica.

Parágrafo único - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo

voto direto e secreto com valor igual a todos, e, nos termos da Lei mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular;

IV - participação popular, através de seus respectivos conselhos, nas decisões do

Município e no aperfeiçoamento democrático de suas instituições;

V- ação fiscalizadora na ação pública.

Art 3° - São objetivos fundamentais do Município e de seus representantes:

I - assegurar a construção de urna sociedade livre, justa e solidaria;

II - garantir o desenvolvimento local;

III- contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional;

IV - erradicar a pobreza, a marginalização e reduzir as desigualdades sociais nas

áreas urbano e rural;

V - promover o bem a todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, credo,

idade e quaisquer outras formas de discriminação;

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TÍTULO II

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

DISPOSICÓES PRELIMINARES

Art 4°. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o

Legislativo e o Executivo.

Parágrafo Único - É vedada a delegação de competência entre os Poderes.

Art 5°. A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade.

Art. 6°. O Município poderá dividir-se em distritos, segundo suas necessidades

administrativas e o interesse de seus habitantes.

§ 1°. Os distritos serão criados, organizados suprimidos ou fundidos por Lei de

iniciativa do Poder Executivo e Legislativo ou dos cidadãos, após consulta plebiscitária a

população diretamente interessada, observada a legislando estadual.

§ 2°. O Distrito será designado pelo nome de sua sede que tem a categoria de Vila.

Art. 7°. O Território do Município só poderá ter seus limites alterados pela forma

estabelecida na Constituição Federal e na Legislação Estadual.

Art. 8°. São símbolos do Município o Hino Municipal, o Brasão de Armas, a

Bandeira do Município e outros que forem criados por Lei.

Art. 9°. Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e

ações que a qualquer título pertençam ou venham a pertencer.

CAPÍTULO II

DA COMPETENCIA DO MUNICIPIO

SEÇÃO I

DA COMPETENCIA PRIVATIVA DO MUNICÍPIO

Art. 10. Compete privativamente ao Municipio no exercício de sua autonomía:

I - suplementar e legislação federal e estadual no que couber:

II - dispor sobre assuntos de interesse local;

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III - elaborar o Ornamento, prevendo a receita e focando a despesa, com base em

planejamento adequado;

IV - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, fixar e cobrar preços;

V - arrecadar e aplicar as rendas que lhe pertencerem;

VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os

servidos públicos.

VII - dispor sobre a administração, utilização e alienação de seus bens;

VIII - adquirir bens, inclusive através de desapropriação por interesse social;

IX - promover o adequado ordenamento territorial, conforme o plano diretor;

X- estabelecer as servidões necessárias aos seus serviços;

XI - regulamentar a utilizando dos logradouros públicos;

XII - promover o transporte coletivo urbano e rodoviário municipal e individual de

passageiros;

XIII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e

fiscalizar a sua utilizando;

XIV - prever sobre limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do

lixo domiciliar e outros resíduos de qualquer natureza;

XV - dispor sobre o serviço funerário e cemitérios;

XVI - prestar servidos de atendimento á saúde da população, com cooperação

técnica da União e do Estado;

XVII - manter programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental, com a

cooperação técnica e financeira da União e do Estado;

XVIII - regulamentar os meios de propaganda e publicidade nos locais públicos;

XIX - dispor sobre o deposito e destino de animais e mercadorias apreendidas em

decorrência de transgressão da legislação municipal;

XX - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade

precípua de erradicação de moléstias;

XXI - instituir regime jurídico único para os servidores da administração pública

direta, das autarquias e das fundações públicas, bem como planos de carreira;

XXII - constituir guarda municipal;

XXIII - promover a proteção do meio ambiente, do consumidor, do patrimônio

histórico, cultural, artístico e paisagístico, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e

estadual;

XXIV - promover e incentivar o turismo local, como fator de desenvolvimento

social e econômico;

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XXV - ordenar as atividades urbanas e suburbanas das indústrias, do comercio e

similares;

XXVI - conceder, renovar ou revogar licença para instalação, localizando e

funcionamento;

XXVÜ - fiscalizar e estabelecer penalidades por infração de suas leis e

regulamentos;

XXVIII - criar conselhos Municipais;

XXIX - instituir, executar e apoiar programas educacionais e culturais que

propiciem o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente;

XXX - amparar, de modo especial, os idosos e os portadores de deficiência.

SEÇÃO II

DA COMPETENCIA COMUM

Art. 11. É de competência comum do Município, da União e do Estado, observada

a Lei Complementar Federal, o exercício das seguintes medidas:

I - Zelar pela guarda da constituirse, das Leis, e das instituições democráticas e

conservar o patrimonio público;

II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas

portadoras de deficiencia;

III - proteger os documentos', as obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, os momentos e as paisagens naturais notáveis e os sitios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruíq8o e a descaracterização de obras de arte e de

outros bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso a cultura, a educação e a ciencia;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e aflora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construído de moradias e melhoria das condições

habitacionais e de saneamento básico, podendo para tanto criar u fundo específico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a

integrando dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e

explorando de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito;

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XIII - instituir e manter o sistema de prevenção, fiscalização e repressão ao uso

indevido de drogas e substancias que determinem dependência, integrado ao sistema estadual e

federal com a mesma finalidade, bem como programas de tratamento e recuperação de

dependentes;

XIV- zelar pelos interesses difusos da sociedade;

CAPITULO III

DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I

DA CÂMARA DE VEREADORES

Art. 12. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de

Vereadores eleitos através de sistema proporcional, pelo voto direto e secreto, brasileiros

maiores de 18 (dezoito) anos, no gozo de seus direitos políticos e domicilio no Município,

mediante pleito simultâneo á Prefeito e Vice-Prefeito.

§ 1 °. Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia administrativa e financeira, na

forma desta Lei Orgânica;

§ 2°. A Câmara fixará o número de Vereadores através de Decreto Legislativo até

90 (noventa) dias antes do pleito municipal, para a legislatura subseqüente, obedecida a

legislação pertinente.

§3°. Cada legislatura tem a duração de 04 (quatro) anos, correspondendo cada ano

a uma seção legislativa.

Art. 13. Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar as matérias

de competência do Municipio e especialmente sobre:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e

estadual;

II - tributos municipais, isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;

III - orçamento anual, planos plurianuais de investimentos e diretrizes

orçamentarias;

IV - abertura de créditos suplementares e especiais;

V - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem a forma e os

meios de pagamento;

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VI - concessão de auxílios e subvenções;

VII - concessão de serviços públicos;

VIII - concessão do direito real de uso de bens municipais;

IX - concessão administrativa de uso de bens municipais

X - alienando de bens;

XI - aquisição de bens, salvo guando se tratar de doação sem encargos;

XII - criação, organização, fusão e supressão de distritos;

XIU - criação, alteração e extinção de cargos públicos e fixação dos respectivos

vencimentos;

XIV - Plano Diretor;

XV – convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios outros com

outros municípios;

XVI - delimitação do perímetro urbano;

XVII - alteração de próprios, vias e logradouros públicos;

Art. 14- A Câmara compete, privativamente, as seguintes atribuições:

I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la na forma regimental;

II - elaborar o Regimento Interno;

III - organizar os seus serviços administrativos;

IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer a sua e afastá-los

definitivamente do exercício do cargo nos termos da Lei;

V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores afastamento do

cargo;

VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município;

VII - fixar a remuneração do Prefeito, Vice - Prefeito e Vereadores até meses antes

do término da legislatura, para a subseqüente, observada a legislação pertinente;

VIII - criar Comissões parlamentares permanentes temporárias;

IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

X - exercer a fiscalização financeira, ornamentária e patrimonial;

XJ - convocar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais prestar

informações sobre matérias de sua competência;

XII - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores e cassar os seus

mandatos, nos casos e condições previstas em Lei;

XIII - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem a pessoas que

reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao Município ou se destacado pela

atuação exemplar na vida pública, mediante decreto

XIV - solicitar, quando legalmente justificada, intervenção estadual no Município;

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XV - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões, estabelecer o Regimento Interno;

§ lo. A Câmara de Vereadores delibera mediante resoluções e legislativos.

§ 2° - As deliberações da Câmara, salvo disposições em contrário a Lei Orgânica,

serão tomadas por maioria dos votos, presentes a maioria absoluta de seus membros.

SEÇÃO II

DOS VEREADORES

Art. 15 - No primeiro ano de cada legislatura, no primeiro dia de Janeiro, as

horas, em reunido solene de instalação, independente do número e sob a Presidência do

Vereador mais votado dentro os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomar ao

posse.

§ 1°. O Vereador que não tomar posse na reunião prevista neste devora fazê-lo no

prazo de 10 (dez) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

§ 2°. No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se. Na mesma

ocasião e ao término do mandato, deverão fazer declaração de seus bens.

Art. 16. A remuneração do Vereador, no momento da fixação, não poderá exceder

ao vencimento estabelecido para Secretario Municipal, exceto a do Presidente.

Art. 17. O Vereador poderá licenciar-se somente:

I - Por moléstia devidamente comprovada ou em licença gestação;

II - para desempenhar missões temporárias de caracter cultural ou de interesse do

Município;

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, vedado reassumir

o exercício do mandato antes do término da licença, licenciar-se por prazo de 30 (trinta) dias e

superior a 120 (cento e vinte), por sessão legislativa.

§ 1°. Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Vereador

licenciado nos termos dos incisos I e II.

§2°. Considera-se automaticamente licenciado o Vereador privado

temporariamente de sua liberdade.

Art. 18. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e

votos no exercício do mandato, e na circunscrição do Município.

Art. 19. É vedado ao Vereador:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquía,

empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público,

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salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive o de que seja

demissível “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;

II – desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente

de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela função remunerada:

b) ocupar cargo ou função de que seja demissível "ad nutum”; nas entidades

referidas no inciso I, "a”;

c) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual, distrital ou

municipal.

Art. 20 - Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou

atentatório as instituições vigentes;

III - que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de

improbidade administrativa;

IV - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a torga das reuniões

ordinarias da Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;

V – que fixar residência fora do Município;

VI - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

VII - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos m Constituição;

VIII - que sofrer condenação criminal em sentença transmitida em julgado;

IX - que deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara dentro do

prazo estabelecido nesta Lei;

§ 1°. É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos, definidos no

Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Câmara de Vereadores

ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2°. Nos casos dos incisos I, II, III, e VIII, a perda do mandato será decidida pela

Câmara de Vereadores, nos termos da legislação federal.

§ 3°. Nos casos previstos nos incisos IV a VII, a perda será declarada pela Mesa da

Câmara de Vereadores, de oficio ou mediante provocação de qualquer um de seus membros, ou

de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

§ 4°. O Vereador investido no cargo de Secretario Municipal não perderá o

mandato, considerando-se automaticamente licenciado, devendo optar entre a remuneração de

Vereador ou Secretario Municipal.

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Art. 21. São casos de extinção do mandato de Vereador, além de outros previstos

nesta Lei Orgânica, o falecimento e a renuncia por escrito.

Parágrafo Único - Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da

Câmara, na primeira reunião comunicará ao Plenário e fará constar da ata a declaração da

extinção do mandato e convocará imediatamente o respectivo suplente.

Art. 22. No caso de vaga ou de licença de Vereador, por prazo não inferior a trinta

dias, o Presidente convocará imediatamente o suplente.

§ 1°. O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de 15(quinze) dias,

salvo motivo justo aceito pela Câmara.

§ 2°. Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente, comunicará o fato

dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

§ 3º. Enquanto a vaga a que se refere o “caput” deste artigo não for preenchida,

calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

SEÇÁO III

DA MESA DA CAMARA

Art. 23. Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a

Presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da

Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os

presentes permanecerá na Presidência e convocará reuniões diárias, até que seja eleita a Mesa.

Art. 24. A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á no dia previsto para a

última reunião ordinária da 2ª sessão legislativa, considerando-se automaticamente empossados

os eleitos no dia 1° de Janeiro da sessão legislativa subseqüente.

Parágrafo Único - O regimento disporá sobre a forma de eleição e a composição da

Mesa.

Art. 25. O mandato da Mesa será de 02 (dois) anos, vedada a reeleição de qualquer

de seus membros para o mesmo cargo.

§ 1°. qualquer componente da Mesa poderá ser destituído, pelo voto de dois terços

dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas

atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

§ 2°. A verba de representação do Presidente da Câmara será de 50 % (cinqüenta

por cento) da remuneração do Vereador.

Art. 26. A Mesa dentro outras atribuições, compete:

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I - propor projetos de lei que criem ou extinguem cargos dos serviços da Câmara e

fixem os respectivos vencimentos;

II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações

ornamentarias da Câmara, bem como alterá-las quando necessário;

III - elaborar e enviar ao Prefeito Municipal, até 90 (noventa) dias, antes do final

do exercício, o orçamento da Câmara para o ano subseqüente;

IV - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de créditos suplementares

ou especiais, através de anulação total ou parcial da dotação da Câmara;

V - devolver a Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara, ao

final do exercício;

VI - enviar ao Prefeito Municipal até o terceiro dia útil do mês subseqüente, as

contas do mês anterior, e até 30 (trinta) dias após o exercício findo, as contas do exercício

anterior,

VII - nomear, promover, comissionar conceder gratificações, licenças, por em

disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Secretaria da

Câmara Municipal, nos termos da lei;

VIII - declarar a perda do mandato de Vereador de oficio ou provocar de qualquer

de seus membros ou ainda, de partido político representado na Câmara, nas hipóteses previstas

na legislação, assegurada plena defesa;

IX - publicar mensalmente listagem dos funcionários da Câmara, com seus

respectivos cargos e remuneração, esta inclusive dos Vereadores;

Art. 27. Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele:

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;

III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV- promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com

sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;

V - fazer publicar os atos da mesa, bem como as resoluções, os decretos

legislativos e as leis por ele promulgadas;

VI - declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos

casos previstos em lei;

VII- requisitar o numerário destinado as despesas da Câmara;

VIII - apresentar no plenário, até o quinto dia útil de cada mês, o balancete relativo

aos recursos recebidos e as despesas do mês anterior;

IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal

Art. 28. O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:

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I - na eleição da Mesa;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços

dos membros da Câmara;

III - quando houver empate em qualquer votação no plenário.

§ 1°. Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação,

anulando-se a votação, se o seu voto for decisivo.

§2°. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, exceto nos seguintes

casos:

I - no julgamento dos Vereadores, do Prefeito e Vice-Prefeito;

II - na eleição dos membros da Mesa e dos substitutos, bem como no

preenchimento de qualquer vaga;

III - na votação de decreto legislativo para concessão de qualquer honorária;

IV-na votação de veto aposto pelo Prefeito;

V - na votação de projetos de denominação de vias, logradouros públicos e de

próprios municipais.

SEÇÃO IV

DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS

Art. 29. Independentemente de convocação, a sessão legislativa anual desenvolver-

se de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1° de agosto a 15 de dezembro.

§ 1o. As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia

útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2°. A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei

de diretrizes ornamentarias.

§ 3°. A Câmara reunir-se-á em reuniões Ordinárias, Extraordinárias e Solenes,

conforme dispuser o seu Regimento Interno, e as remunerará de acordo com o estabelecido na

legislação específica.

§ 4°. A fixação do número e dos dias para a realização das reuniões Ordinárias será

regulada por disposição do Regimento Interno.

Art. 30. As reuniões da Câmara será públicas, salvo deliberação em contrário,

tomada pela maioria de dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de

preservação do decoro parlamentar.

Art. 31. As reuniões só poderão ser abertas com a presença da maioria absoluta dos

membros da Câmara.

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SEÇÃO V

DAS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 32. A convocação extraordinária da Câmara no período ordinário será feita

pelo Presidente e, nos recessos pelo Prefeito ou a requerimento da maioria absoluta dos

Vereadores, em caso de urgência ou interesse público relevante, com notificação pessoal e

escrita aos Vereadores com antecedência mínima de 24 horas.

§ 1º. Não poderão ser tomadas por relevantes matérias que não integrem Projetos

de Lei, Resolução ou de Decreto Legislativo.

§ 2º. Nas convocações extraordinárias a Câmara somente deliberará sobre as

matérias para as quais foi convocada.

§ 3º. A reunião extraordinária será remunerada no valor de uma ordinária, sendo

vedada a realização de mais uma extraordinária por dia e a remuneração de mais de quatro por

mês.

SEÇÃO VI

DAS COMISSÕES

Art. 33. A Câmara terá Comissões permamentes e temporárias, constituídas na

forma e com as atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato de que resultar a sua

criação.

§ 1º. Em cada comissão será assegurada, quanto a possível representação

proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.

§ 2º. Às Comissões em razão da matéria de sua competência cabe:

I – discutir e emitir parecer aos projetos de lei e demais matérias a que forem

chamadas a apreciar;

II – realizar audiencias publicas com entidades da sociedade civil;

III – convocar Secretários Municipais para prestar informações sobre assuntos

inerentes às suas atribuições;

IV – acompanhar, junto ao governo, os atos de regulamentação, velando por sua

completa adequação;

V – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa

contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

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VI – acompanhar junto a Prefeitura Municipal a elaboração da proposta

orçamentária, bem como a sua posterior excução;

VII – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VIII – apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais, setoriais de

desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

Art. 34. As comissões parlamentares de inquerito terão poderes de investigação

próprios das autoridades judiciais, além de outrs previstos no Regimnto da Casa, e serão criadas

pela Cãmara mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato

determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao

Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil e/ou criminal dos infratores.

SEÇÃO VII

DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSESSÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 35. O processo legislativo compreende:

I – emendas à Lei Orgânica do Município;

II – leis complementares;

III – leis ordinárias;

IV – decretos legislativos;

V – resoluções.

SUBSESSÃO II

DAS EMENDAS A LEI ORGÂNICA

Art. 36. A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:

I – do Prefeito Municipal;

II – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara de Vereadores;

III – de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do Município.

§ 1º. A proposta de emenda à Lei Orgânica será votada em dois turnos, com

interstício mínimo de 10(dez) dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto

favorável de dois terços dos membros da Câmara de Vereadores.

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§ 2º. A emenda aprovada nos termos deste artigo, será promulgada pela Mesa da

Câmara de Vereadores, com o respectivo número de ordem.

§ 3º. A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por

prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

§ 4º. A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção do

Município, de estado de sítio ou de estado de defesa, e no período entre as eleições municipais e

a posse dos eleitos.

SUBSESSÃO III

DAS LEIS

Art. 37. As leis complementares exigem, para a sua aprovação o voto favorável da

maioria absoluta dos membros da Câmara, observados os demais termos de votação das leis

ordinárias.

Parágrafo Único. São leis complementares, além de outras previstas ou necessárias

à plena aplicabilidade desta Lei Orgânica, as concernentes às seguintes matérias:

I – Código Tributário do Município;

II – Código de Obras ou de Edificações;

III – Plano Diretor do Município;

IV – Código de Posturas;

V – Lei instituidora de regime jurídica, planos de carreira e estatuto para os

servidodres municipais;

VI – zoneamento urbano e direitos suplementares de uso, parcelamento e ocupação

do solo.

Art. 38. As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria

simples dos membros da Câmara Municipal.

Art. 39. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, a

qualquer membro da Comissão da Câmara e aos cidadãos, observado o disposto nesta Lei.

Art. 40. Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de le que

disponham sobre:

I – criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na

administração direta, autárquica e fundacional;

II – fixação ou aumento de remuneração dos servidores;

III – regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos

servidores;

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IV – criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública

Municipal;

V – plano plurianual, diretrizes orçamentárias e do orçamento;

VI – aberturas de créditos, concessão de auxílios, prêmios e subvenções.

§ 1º. Não será adminitido aumento de despesa prevista nos projetos de iniciativa

exclusiva do Prefeito Municipal , ressalvado no disposto nos # # 3º e 4º do artigo 90 desta Lei.

§ 2º. O Prefeito poderá solicitar urgencia para a apreciação de projetos de sua

iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo e na forma que

estabelecer o Regimento Interno.

Art. 41. Compete privativamente à Câmara a iniciativa dos projetos de lei que

disponham sobre:

I – criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus

serrviços:

II – fixação ou aumento de remuneração dos seus servidores;

III – organização e funcionamento dos eus serviços.

Parágrafo Único. Nos projetos de competêncvia exclusiva da Câmara não serão

admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o diposto no inciso II deste

artigo, se assinada pela maioria absoluta dos Vereadores.

§ 1°. A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se para seu recebimento, a

identificação dos assinantes, mediante indicação do nome e do número do respectivo título

eleitoral.

§ 2º. A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá as normas

relativas ao processo legislativo estabelecidos na Lei.

Art. 43. O projeto aprovado em dois turnos de votação será, no prazo de 10 (dez)

dias úteis, enviado pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que, concordando o sancionará e

promulgará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Parágrafo Único. Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito

importará em sanção.

Art. 44. Se o prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, ilegal ou contrário ao

interesse público, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados da data de recebimento vetá-lo-à

total ou parcialemente e comunicará ao Presidente da Câmara os motivos do veto, o qual deverá

sempre ser justificado.

§ 1º. As razões aduzidas no veto serão apreciadas na forma regimental.

§ 2º. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de

inciso ou de alínea.

§ 3º. A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela

Câmara Municipal.

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§ 4º. O veto somente podeá ser rejeitado pela maioria absoluta dos membros da

Câmara Municipal.

§ 5º. Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em 48 (quarenta e

oito) horas, para a promulgação.

§ 6º. A não promulgação da lei no prazo de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito

criará para o Presidente da Câmara a obrigação de fazê-lo em igual prazo.

§ 7º. A lei promulgada nos termos do parágrafo anterior, produzirá efeitos a

partirde sua publicação.

§ 8º. Na apreciação do veto a Câmara não pdoerá introduzir qualquer modificação

no texto aprovado.

Art. 45. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir

objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de dois terços dos

membros da Câmara.

Art. 46. Projeto de lei dispondo sobre a criação ou transformação de cargos ou

funções da administração direta, autárquica e fundacional, será considerado aprovado, quando

em dois turnos de votação obtiver votos favoráveis de dois terços dos membros da Câmara de

Vereadores.

SUBSESSÃO IV

DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 47. As resoluções e os decretos legislativos serão elaborados nos termos do

Regimento Interno e promulgadasnpelo presidente da Câmara.

§ 1º. Dependem de voto favorável de dois terços dos membros da Câmara, os

projetos de decreto legislativo que tratam de:

I – outorgação de títulos e honorárias

II – rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas;

III – fixação do nº de Vereadores.

SUBSEÇÃO V

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBEL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA

OPERACIONAL E PATRIMONIAL

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Art. 48. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial

do Município e das entidades da administração direta ou indireta, quanto a legalidade,

legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida

pela Câmara Municipal mediante controle externo e pelo sistema de control interno do Poder

Executivo.

Parágrafo Único. Prestrá contas, nos termos e prazos da lei qualquer pessoa física

ou entidade jurídica de direito público ou privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou

administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em

seu nome, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 49. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com

auxílio do Tribunal de Contas do Estado ao qual compete:

I – emitir parecer prévio sobre as contas que o Prefeito Municipal deve prestar

anualmente, incluídas nestas as da Câmara Municipal, e que serão encaminhadas ao Tribunal de

Contas do Estado até 60 (sessenta) dias após o término do exercício;

II – julgar as contas dos administradores e demas responsáveispor dinheiro, bens e

valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades

instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal, e as contas daqueles que deram causa à

perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a

qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas

pelo Poder Público, bem como os de concessões de aposentadorias, reformas e pensões,

ressalvadas ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato

concessório, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão ou emprego de

confiança;

IV – realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e Executivo e

suas entidades;

V – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos recebidos da administração direta

e indireta etadual, decorrentes de convênio, acordo, ajuste, auxílio e contribuições, ou outros

atos análogos;

VI – prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal, sobre a fiscalização

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre o andamento e resultados

de auditorias e inspeções realizadas, que já tiverem sido julgadas pelo Tribunal Pleno;

VII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas ou

irregularidades de contas, as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, que

estabelecerá, entre outras combinações, multa proporcional ao dano causado ao erário público;

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VIII – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias

ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade ou irregularidade;

IX – representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º. O parecer prévio a ser emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, consistira

em uma apreciação geral e fundamentada sobre exercício financeiro e a execução do orçamento,

e concluirá pela aprovação ou não das contas, indicando, se for o caso, as parcelas impugnadas.

§ 2º. As decisões do Tribunal de Contas do Estado de que resulte imputação de

débito ou multa teão eficácia de título executivo.

Art. 50. Para o exercício da auditoria contábil, financeira, orçamentária,

operacional, os órgãos da administração direta e indireta municipal deveão remeter ao Tribunal

de Contas do Estado, nos termos e prazos estabelecidos, balancetes mensais, balanços anuais e

demais demonstrativos e documentos que forem solicitados.

Art. 51. O Tribunal de Contas do Estado, para emitir parecer prévio sobre as contas

anuais que o Prefeito deve prestar, poderá requisitar documentos, determinar inspeções

auditoriais e ordenar diligências que se fizerem necessárias à correção de erros, irregularidades,

abusos e ilegalidades.

Art. 52. No exercício do controle externo, caberá à Câmara Municipal:

I – julgar as contas anuais prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatórios sobre a

execução do plano de governo;

II – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração

indireta:

III – realizar inspeções sobre quaisquer documentos da gestão da administração

direta e indireta municipal, bem como a conferência dos saldos e valores dclarados como

existentes ou disponíveis em balancetes e balanços;

IV – representar as autoridades competentes para a apuração de responsabilidades e

punição dos responsáveis por ilegalidades ou irregularidades praticadas, que caracterizem

corrupção, descumprimento de normas legais ou que acarretem prejuízo ao patrimônio

municipal.

§ 1º. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas

anuais que o Prefeito deve prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos

membros da Câmara Municipal.

§ 2º. A Câmara Municipal remeterá ao Tribunal de Contas do Estado cópia do ato

de julgamento das contas do Prefeito.

§ 3º. As contas anuais do Município ficarão na Câmara de Vereadores durante

sessenta dias, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá

questionar-lhes a legitimidade.

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Art. 53. A Câmara Municipal, na deliberação sobre as contas do Prefeito, deverá

observar os preceitos seguintes:

I – o julgamento das contas do Pefeito, incluídas as da Câmara Municipal, far-se-á

m até noventa dias, contados da data da reunião em que for procedida a leitura do parecer do

Tribunal de Contas do Estado;

II – recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, o Presidente da

Camara Municipal procederá à leitura do mesmo, em plenário, até a terceira reunião ordinária

subsequente;

III – rejeitadas as contas, deverá o Presidente da Câmara Municipal, no prazo de

até 60 (sessenta) dias, remetê-las ao Ministério Público, para os devidos fins;

IV – na apreciação de contas, a Câmara Municipal poderá, em deliberação por

maioria simples, converter o processo em deligencia ao Prefeito do exercício correspondente,

abrindo vistas pelo prazo de 30 (trinta) dias, para que sejam prestados esclarecimentos julgados

convenientes;

V – a Câmara Municipal poderá, antes do julgamento das contas, em deliberação

por maioria simples, de posse dos esclarecimentos prestados pelo Prefeito, ou à vista de fatos

novos que evidenciem indícios de irregularidades, devolver o processo ao Tribunal de Contas

do Estado, para reexame e novo parecer;

VI – recebido o segundo parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, a

Câmara Municipal deverá julgar definitivamente as contas, no prazo estabelecido no inciso I;

VII – o prazo a que se refere o inciso I interrompe-se durante o recesso da Câmara

Municipal e suspende-se quando o processo sobre as contas for devolvido ao Tribunal de

Contas do Estado para reexame e novo parecer;

VIII – a Câmara Municipal julgará as contas independente do parecer prévio do

Tribunal de Contas, caso este não o emita até o último dia do exercício financeiro em que foram

prestadas.

Art. 54. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema

de controle interno com a finalidade de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano pluianual, a execução dos

programas de governo e dos orçamentos do Município;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto a eficácia e eficiência, da

gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração

municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos

direitos e haveres do Município;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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§ 1º. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer

irregularidade dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado e à Câmara Municipal, sob

pena de irresponsabilidade solidária.

§ 2º. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima

para, na forma d alei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do

Estado.

Art. 55. As contas da administração direta e indireta municipal serão submetidas

ao sistema de controle externo, mediante encaminhamento ao Tribunal de Contas do Estado e à

Câmara Municipal, dos seguintes documentos:

I – até 15 (quinze) dias, após o encerramento do exercício financeiro, as leis

estabelecendo o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual em vigor,

exceto à Câmara Municipal;

II – até o dia 15 (quinze) de cada mês, o balancete do mês anterior;

III – até 60 (sessenta) dias após o enecerramento do exercício financeiro, o balanço

anual.

§ 1º. O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cad

bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

§ 2º. As disponibilidades do caixa do Município e dos órgãos e entidades e das

empresas por ele controladas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados

os casos previstos e lei.

Art. 56. A Câmara Municipal, em deliberação de maioria absoluta dos seus

membros, ou o Tribunal de Contas do Estado poderá representar ao Governador do Estado,

solicitando intervenção no Município quando:

I – deixar de ser paga, sem motivos de força maior por 02 (dois) anos consecutivos,

a dívida fundada;

II – não forem prestadas as contas devidas, na forma da lei;

III – não tiver sido aplicado o número exigido da receita municipal na manutenção

e desenvolvimento do ensin.

CAPÍTULO IV

DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E VICE-PREFEITO

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Art. 57. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxliado pelos secretários.

Art. 58. O prefeito e o Vice-Prefeito, registradas as respectivas candidaturas

conjuntamente, serão eleitos simultaneamente, por eleição direta, em sufragio universal e

secreto, até 90 (noventa) dias antes do término do mandato de seu antecessor, dentre brasileiros

maiores de 21 (vinte e um) anos, e no exercício de seus direitos políticos.

Art. 59. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em reunião solene no dia 1º de

janeiro do ano subsequente a eleição, prestando compromisso de manter, defender e cumprir a

Lei Orgânica, a Consitutição Federal e do Estado, promover o bem estar geral e exercer o cargo

honrado, leal e patrioticamente.

§ 1º. Se, decorridos 10(dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-

Prefeito, salvo motivo de força maior, devidamente comprovada, não tiver assumido cargo, este

será declarado vago.

§ 2º. N ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão

declaração pública de seus bens.

§ 3º. O Prefeito e o Vice-Prefeito, este quando remunerado, deverão

desincompatibilizar-se, no ato da posse, e quando não remunerado, o Vice-Prefeito cumprirá

essa exigência ao assumir o exercício do cargo de Prefeito.

Art. 60. O Prefito não poderá, desde a posse, sob pena de perda do cargo:

I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito publico, autarquias,

empresa publica, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço publico,

salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado inclusive os de que

seja remissível "ad nutum”, nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a posse cm

virtude de concurso público;

III - ser titular de mais de um cargo ou mandato ou mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades já referidas;

V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor

decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito publico, ou nela exercer função

remunerada.

Art. 61. Será de 04 (quatro) anos o mandato de Prefeito.

Art. 62. O Prefeito e quem o houver sucedido ou substituído no curso do mandato

poderá ser reeleito para um único período subseqüente.

Art. 63. O Vice - Prefeito substituí o Prefeito em caso de licença ou impedimento,

e o suceda no caso de vaga ocorrida após a diplomação.

§ 1°. O Vice - Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei,

auxiliará o Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais.

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§ 2°. O Vice - Prefeito não poderá recusar-se a substituí-lo, sob pena de extinção

do respectivo mandato.

Art. 64. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice - Prefeito, assumirá o

Presidente da Câmara de Vereadores,

Art. 65. Vagando os cargos de Prefeito e Vice - Prefeito, far-se-á eleição 90

(noventa) dias depois de aberta a ultima vaga.

§ 1°. Ocorrendo a vacância nos dois últimos anos do mandato, a eleição para

ambos os cargos será feita pela Câmara de Vereadores, 30 (trinta) dias depois da ultima vaga, na

forma da lei.

§2°. Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos seus

antecessores.

Art. 66. O Prefeito e o Vice - Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão

ausentar-se do Município, por mais de 15 (quinze) dias, ou viajar para fora do país por mais de

03 (três) dias, sem licenca da Câmara de Vereadores, sob pena de perda de cargo.

Art. 67. O Prefeito, mediante licenca concedida pela Câmara, poderá afastar-se do

cargo, transmitindo-o ao seu substituto legal, por motivo de doença devidamente comprovada,

sem prejuízo de sua remuneração.

Parágrafo Único - Independente de licenca o afastamento do Prefeito para o gozo

deferias regulares de (30) trinta dias, apos completado o período aquisitivo de 12 (doze) meses.

Art. 68. Subsidies do Prefeito, do Vice - Prefeito e dos Secretários Municipais

fixados por Lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõe os Arts. 37, XI, 39,

§ 4°, 150, II, 153, III, e 153, § 2°, I, da Constituição Federal.

SECAO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 69. Ao Prefeito compete:

I - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

II - exercer, com o auxilio dos Secretários Municipais, a direção superior da

administração municipal,

HI - estabelecer o piano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos

anuais do Município;

IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei

Orgânica;

V - representar o Município, em juízo ou fora dele, na forma estabelecida em lei

especial;

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VI - sancionar e promulgar as leis aprovadas pela Câmara de Vereadores e expedir

regulamentos para sua fiel execução;

VII – vetar no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei

Orgânica;

VIII - decretar desapropriações e instituir servidões administrativas;

IX - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

X - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal;

XI - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, por em

disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Prefeitura

Municipal, nos termos da lei;

XII - remeter mensagem e piano de governo a Câmara de Vereadores por ocasião

da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providencias

que julgar necessárias;

XIII - enviar a Câmara de Vereadores o projeto de lei do orçamento anual, das

diretrizes orçamentarias e o plano plurianual de investimentos;

XIV - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações

de contas exigidas em lei;

XV- fazer publicar atos oficiais;

XVI - prestar a Câmara de Vereadores, dentro de 15 (quinze) dias, as informações

e certidões solicitadas na forma da lei;

XVII - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e

aplicação da receita, autorizando créditos votados pela Câmara;

XVIII - colocar a disposição da Câmara de Vereadores, a parcela correspondente

ao duodécimo de sua dotação orçamentária e os Créditos Suplementares e Especiais, de uma só

vez, ate o dia 20 (vinte) de cada mês;

XIX - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como relevá-las quando

impostas irregularmente;

XX- resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem

dirigidas;

XXI - oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, os logradouros

públicos;

XXII - dar denominação a próprios e logradouros públicos municipais;

XXIII - aprovar projetos de edificações e pianos de loteamento, arruamento e

zoneamento urbano ou para fins urbanos;

XXIV - solicitar o auxilio da Policia do Estado para garantia de cumprimento de

seus atos;

XXV- convocar e presidir o Conselho do Município;

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XXVI - decretar o estado de emergência quando for necessário, preservar ou

prontamente restabelecer, em locais determinados e restritos ao Município, a ordem publica ou a

paz social;

XXVII - elaborar o Plano Diretor;

XXVIU - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXIX- exercer outras atribuicoes previstas nesta Lei Orgânica;

XXX - executar a Lei do Orçamento, expedindo por decreto as tabelas analíticas da

despesa e as suplementações autorizadas, distribuídas em contas trimestrais que cada unidade

orçamentária fica autorizada a utilizar;

XXXI - fixar horários para funcionamento dos estabelecimentos comerciais,

industriais e similares, segundo a conveniência publica;

XXXII - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos, por terceiros;

XXXIII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros;

XXXIV - nomear em comissão o Vice - Prefeito para funções administrativas;

XXXV - celebrar acordos, consórcios, convênios, contratos e outros ajustes

administrativos;

XXXVI - decretar ponto facultativo em dia de especial significado;

XXXVII - remeter mensalmente a Câmara de Vereadores, a listagem dos

servidores do Executivo contendo nome, cargo e remuneração, assim como da remuneração do

Prefeito e Vice - Prefeito.

SEÇÃO III

DA PERDA E DA EXTINÇÃO DO MANDATO

Art. 70. É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na administração

publica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso publico e observado o

disposto no artigo 38, incisos 11, IV e V da Constituição Federal.

§ 1 ° - Ao Prefeito e ao Vice - Prefeito e vedado desempenhar função, a qualquer

titulo, em empresa privada.

§ 2° - A infrigência ao disposto neste artigo e em seu # 1° implicará em perda do

mandato.

Art. 71. São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federal.

Art. 72. O Prefeito será julgado, pela prática de crime comum e de

responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado.

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§ 1°. A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que

possa configurar infração penal comum ou crime de responsabilidade, comissão especial para

apurar os fatos que, no prazo de 30 (trinta) dias, deverão ser apreciadas pelo Plenário.

§ 2°. Se o Plenário entender procedentes as acusações, determinará o envio do

apurado a Procuradoria Geral da Justiça para as providências, se não, determinará o

arquivamento, publicando as conclusões de ambas as decisões.

§ 3°. Recebida a denuncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justiça, a Câmara

decidir sobre a designação de procurador para assistente de acusação.

§ 4°. O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebimento da denuncia

pelo Tribunal de Justiça, que cessará se, até 180 (cento e oitenta) dias nao tiver concluido o

julgamento.

Art. 73. São infrações político-administrativas do Prefeito as previstas em lei

federal.

Parágrafo Único - 0 Prefeito será julgado, pela prática de infrações político-

administrativas, perante a Câmara de Vereadores.

Art. 74. Será declarado vago, pela Câmara de Vereadores, o cargo de Prefeito,

quando:

I - ocorrer falecimento, renuncia ou condenação por crime funcional ou eleitoral;

II - deixar de tomar posse, sem motive justo aceito pela Câmara, dentro do prazo de

10 (dez) dias;

III - infringir as normas do artigo 20 e 66 desta Lei Orgânica;

IV- perder ou tiver suspenses os direitos políticos.

SECAO IV

DOS SECRETARIOS MUNICIPAIS

Art. 75. Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros emancipados

residentes no Município e no exercício dos direitos políticos.

Art. 76. A Lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias.

Art. 77. A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo o território do

Município nos assuntos pertinentes as respectivas secretarias.

Art. 78. Compete ao Secretário Municipal, alem das atribuicoes que esta Lei

Orgânica e as leis estabelecerem:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da

administração municipal, na área de sua competência;

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II - referendar os atos e decretos assinados pelo prefeito, pertinentes a sua área de

competência;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados na secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes as atribuicoes que lhe forem outorgadas ou

delegadas pelo Prefeito;

V - expedir instruções para a execução das leis, regulamentos e decretos.

Art. 79. Os Secretários serão sempre nomeados em comissão, farão declaração

publica de bens no ato da posse e no termino do exercício do cargo, e terão os mesmos

impedimentos dos Vereadores e do Prefeito, enquanto nele permanecerem.

Art. 80. Os Secretários Municipais são solidariamente responsáveis com o Prefeito

pelos atos que assinarem ordenarem ou praticarem.

TITULO III

DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Art. 81. A administração municipal compreende:

I - administração direta: Secretaria ou órgão equiparado;

II – administração indireta: Fundacional, entidades dotadas de personalidade

jurídica própria.

§ 1°. As entidades compreendidas na administração indireta serão criadas por lei

especifica e vinculadas as Secretarias ou órgãos equiparados, em cuja área de competência

estiver enquadrada sua principal atividade.

§ 2°. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias

das entidades mencionadas no parágrafo anterior, assim como a participação de qualquer delas

em empresa privada.

§ 3°. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos

públicos municipais, deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não

podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de

autoridades, servidores públicos ou partidos políticos.

§ 4°. Os atos municipais que produzam efeitos externos serão publicados em órgão

oficial do Município e em jornal local ou da microregião a que pertencer e, em edital que será

afixado na sede da Prefeitura.

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§5°. Dos atos municipais que produzem efeitos internos ou externos serão, no dia

da publicação, enviados ao Presidente da Câmara cópias autenticadas que serão afixadas em

local visível.

Art. 82. A administração municipal, direta ou indireta, obedecerá os princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

§ 1°. Os atos de improbidade administrativa importarão a aplicação das penalidades

e no ressarcimento ao erário, na forma e graduação prevista na legislação federal, sem prejuízo

da ação penal cabível.

§ 2°. Todos tem direito a receber dos órgãos públicos municipais informações e

certidões de seu interesse particular, coletivo ou geral e sobre assuntos referentes a

administração publica municipal, que serão prestadas ou fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias

úteis, sob pena de responsabilidade.

§ 3°. 0 atendimento à petição formulada em defesa de direitos ou contra ilegalidade

ou abuso de poder, bem como a obtenção de certidões publicas para defesa de direitos e

esclarecimentos de situações de interesse pessoal, independerá de pagamento de taxas.

§ 4°. Os atos administrativos de competência dos Poderes Legislativo e Executivo

serão expedidos conforme normas estabelecidas em lei específica.

§ 5°. O Municipio terá livros ou outro sistema que adotar, necessários a seus

serviços, segundo lei estabelecer.

Art. 83. O Município e os prestadores de serviços públicos municipais responderão

pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de

regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Art. 84. Qualquer munícipe poderá levar ao conhecimento da autoridade municipal

irregularidades ou abusos de poder imputável a qualquer agente publico, cumprindo ao servidor

o dever de fazê-lo perante seu superior hierárquico, para as providencias e correções pertinentes.

DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

SECAO I

DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 85. O Município poderá instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou

potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição;

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III - contribuição de melhoria, decorrente de obras publicas;

IV - contribuição previdenciária, cobrada de seus servidores para o custeio, em

beneficio destes, de sistema previdenciário e assistencia social.

§ 1°. As taxas nao poderao ter base de cálculo própria de impostos e tambem nao

poderao ser cobradas em valor superior ao custo de seus fatos geradores;

§ 2°. A lei poderá determinar a atualização monetaria dos tributos, desde a data da

ocorrência do fato gerador ate a do pagamento, sem que isto se constitua em majoração.

§ 3°. Sempre que possível, os tributos terão caráter pessoal e serão graduados

segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado a administração tributária,

especialmente para conferir efetivamente a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos

individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as entidades econômicas do

contribuinte.

Art. 86. Compete ao Município instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão inter vivos, a qualquer titulo por ato oneroso, de bens imóveis, por

natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como

cessão de direitos a sua aquisição;

III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto a óleo diesel;

IV - serviços de qualquer natureza definidos em lei complementar exceto os de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

SECAO II

DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 87. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, e vedado ao

Município:

I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação

equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles

exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do inicio da vigência da lei que os

houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu

ou aumentou, ressalvadas as hipóteses admitidas pela Constituição Federal;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

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V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos

intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo

Município;

VI - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em

razão de sua procedência ou destino;

VII - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,

das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistencia social,

sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais e periódicos;

e) atos cooperativos praticados por sociedade cooperativa.

§ 1°. A lei determinará medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos

acerca dos tributes que incidam sobre bens, mercadorias e serviços.

§ 2°. Não representa aumento ou majoração de imposto a simples atualização de

seu valor ou de sua base de cálculo, pelo índice oficial de correção monetária verificada em

cada período.

§ 3°. Qualquer anistia, remissão, isenção, redução de base de cálculo e de alíquota

ou outro beneficio que envolva matéria tributária ou previdenciária, só poderá ser concedida

através de lei municipal especifica, aprovada por maioria absoluta da Câmara de Vereadores.

SECAO III

DOS ORÇAMENTOS

Art. 88. O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentarias e os orçamentos anuais

serão estabelecidos em lei de iniciativa do Poder Executivo.

§ 1°. O Plano Plurianual exporá as diretrizes, os objetivos e as metas da

administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas

aos programas de duração continuada.

§ 2°. Os planos e programas municipais e setoriais serão elaborados em

consonancia com o plano plurianual.

§ 3°. A lei de diretrizes orçamentarias:

I - arrolará as metas e as prioridades da administração publica, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;

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II - orientará a elaboração da lei orçamentária anual;

HI - disporá sobre alteração na legislação tributária;

IV - estabelecerá política de fomento.

§4°. A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Executivo e Legislativo, seus fundos,

órgãos e entidades da administração publica;

II - o orçamento de investimento das empresas cujo controle seja, direta ou

indiretamente, detido pelo Município.

§ 5°- A lei ornamentária nao poderá conter materia estranha a previsao da receita e

de fixação da despesa, exceto para autorizar:

I - a abertura de créditos suplementares, até o limite de 1/44 (um quarto), do

montante das respectivas dotações orçamentárias;

II - a contratação de operações de créditos, ainda que por antecipação da receita,

nos termos da lei.

Art. 89. O exercício financeiro, a vigencia, os prazos, a elaboracao e a organização

do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orcamentária anual, assim como a

normatização da gestão financeira e patrimonial da administração publica, e as condições para a

instituição e funcionamento de fundos serão dispostos em lei complementar.

§ 1°. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito

de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e

creditícia sobre as receitas e despesas.

§ 2°. Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do

orçamento anual serão enviados pelo Prefeito Municipal a Câmara de Vereadores, nos termos da

lei complementar mencionada no "caput".

Art. 90. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, as diretrizes orçamentárias

ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma

de seu regimento interno.

§ 1 °. Caberá a uma comissão permanente:

I - examinar e emitir parecer sobre esses projetos e sobre as contas anualmente

apresentadas pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os pianos e programas municipais e setoriais e

exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária;

§ 2°. As emendas aos projetos serão apresentadas perante a comissão, que sobre

elas emitira parecer, e deliberadas, na forma regimental, pelo Plenário da Câmara de

Vereadores.

§ 3°. Não serão acolhidas emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias

quando incompatíveis com o plano plurianual.

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§ 4° - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o

modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes

orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos somente os decorrentes de

anulação de despesa, excluídas as relativas:

a) a adoção para pessoal e seus encargos;

b) ao serviço da divida publica;

III - sejam relacionados com a correção de erros ou omissões, ou com dispositivos

do texto do projeto de lei.

§ 5°. O Prefeito Municipal poderá encaminhar mensagem a Câmara de Vereadores

propondo modificações nos projetos de lei a que se refere este artigo enquanto não iniciada a

votação, na Comissão Permanente, da parte cuja alteração è proposta.

§ 6°. E licitada a utilização, mediante créditos especiais ou suplementares com

previa e especifica autorização legislativa de recursos liberados em ocorrência de emenda, veto

ou rejeição do projeto de lei orçamentário anual.

§ 7° - Ressalvado o disposto neste capítulo, sao aplicáveis a esses projetos as

demais normas concernentes ao processo legislativo.

Art. 91. É vedado:

I - iniciar programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - iniciar, sob pena de crime de responsabilidade, investimento cuja execução

ultrapasse um exercício financeiro sem a prévia inclusao no plano plurianual ou sem a lei que

autorize a inclusao;

III - realizar despesas ou assumir obrigações diretas que excedam créditos

orçamentários ou adicionais;

IV - realizar operações de credito que excedam o montante das despesas de capital,

ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais sem finalidade precisa,

aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

V - vincular receitas de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalvada

destinação de recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino e a prestação de

garantias as operações de credito por antecipação de receita;

VI - abrir crédito suplementar ou especial sem previa autorização legislativa e sem

indicação dos recursos correspondentes;

VII - transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programa para

outra, ou de um órgão para outro, sem previa autorização legislativa;

VIII - conceder ou utilizar créditos ilimitados;

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IX - utilizar, sem autorização legislativa especifica recursos do orçamento fiscal

para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;

X - instituir fundos de qualquer natureza, sem previa autorização legislativa.

§ 1°. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro

em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 04 (quatro)

meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados

ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 2° - A abertura de credito extraordinário somente será admitida para atender a

despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou

calamidade publica.

SECAO IV

DA EXECUÇÃO ORÇÁMENTARIA

Art. 92. A receita do Município constitui-se da arrecadação de seus tributos, da

participação em tributos federais e estaduais, dos seus bens, serviços, atividades e outros

ingressos.

Art. 93. A despesa se constitui pelos gastos que o Município realiza manutenção de

serviços existentes e para a ampliação dos serviços públicos, visando a satisfação das

necessidades coletivas.

Parágrafo Único - A despesa pública atenderá as normas gerais de direito

financeiro federal e aos princípios orçamentários.

Art. 94. As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através de

caixa único regularmente instituído.

Parágrafo Único - A Câmara de Vereadores manterá sua própria tesouraria, por

onde movimentará os recursos que lhe forem liberados.

Art. 95. As disponibilidades de caixa do Municipio e de suas entidades da

administração indireta, inclusive dos fundos especiais e fundações instituídas e mantidas pelo

Poder Publico Municipal, serão depositadas em instituições financeiras oficiais.

Parágrafo Único - As arrecadações das receitas próprias do Municipio poderão ser

feitas atraves da rede bancaria privada, mediante convênio.

Art. 96. Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma das unidades

da administração direta e na Câmara de Vereadores para acorrer as despesas miúdas de pronto

pagamento definidas em lei.

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Parágrafo Único - O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o

encerramento do exercício, relatório resumido da execução orcamentária e divulgar

mensalmente o montante dos tributos arrecadados e os recursos recebidos no mês anterior.

CAPÍTULO III

DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 97. A realização de obras públicas municipais deverão estar adequadas as

diretrizes do Plano Diretor.

Art. 98. Ressalvadas as atividades de planejamento e controle, a administração

municipal poderá desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre

que conveniente ao interesse público, a execução indireta, mediante concessão de serviços

públicos ou de utilidade publica, verificado que a iniciativa privada esteja suficientemente

desenvolvida e capacitada para o sou desempenho e sempre precedida de licitação publica que

assegure igualdade de condições a todos os terceiros.

Parágrafo Único - O Municipio poderá retomar os serviços permitidos ou

concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como

aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

CAPITULO IV

DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS

Art. 99. Servidor público e a pessoa legalmente investida em cargo publico criado

por lei, de provimento efetivo, temporário ou em comissão, com denominação, função e

vencimento próprio, numero certo e pagamento pelo erário público.

Art. 100. O Município manter para os servidores públicos regime jurídico único e

planos de carreira voltados a profissionalização.

§ 1°. E assegurada aos servidores da administração direta, isonomia de

vencimentos para cargos de atribuicoes iguais ou assemelhados do mesmo poder ou entre

servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e

as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§2°. Para aplicação do disposto no parágrafo anterior, lei complementar

estabelecerá os cargos de atribuicoes iguais ou assemelhados.

Art. 101. São direitos dos servidores públicos sujeitos ao regime jurídico único,

alem de outros estabelecidos em lei:

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I - salário ou vencimento capaz de atender as necessidades vitais básicas do

servidor e as de sua família, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,

higiene e transporte com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, vedada sua

vinculação para qualquer fim;

II - irredutibilidade do salário ou vencimento, salvo o disposto no artigo 110 desta

lei;

III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo para os que percebem

remuneração variável;

IV - décimo terceiro salário ou vencimento, com base na remuneração integral ou

no valor da aposentadoria;

V - remuneração do trabalho noturno superior em 20 % (vinte por cento) a do

diurno;

VI - salário família, no valor de 50 % (cinqüenta por cento) de uma Unidade Fiscal

do Municipio, por dependente;

VII - duração do trabalho normal não superior a 8:00 horas diárias e 44 (quarenta e

quatro) semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, na forma da lei,

conquanto respeitada a irredutibilidade do salário ou vencimento;

VIII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

IX - serviço extraordinário com remuneração em 50 % superior a do normal;

X- gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 (um terço) a mais do

que a remuneração ou vencimento normal;

XI - licenca remunerada a gestante, sem prejuízo do emprego e salário, com

duração de 120 (cento e vinte) dias, bem como licenca paternidade, nos termos fixados em lei;

XII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,

higiene e segurança;

XIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou

perigosas, na forma da lei;

XIV - proibição de diferença de salário ou vencimento e de critério de admissão

por motivo de sexo, cor, idade, estado civil ou credo,

XV - piso de salário ou vencimento proporcional a extensão e a complexidade do

trabalho;

XVI - percepção dos vencimentos e proventos do dia 22 (vinte e dois) ao ultimo

dia útil do mês a que correspondem;

XVII - a livre associação sindical e exercício do direito de greve nos termos e

limites definidos em lei complementar federal.

§ 1° - 0 Municipio estabelecerá, em lei, o regime previdenciário de seus servidores,

garantindo a assistencia médica hospitalar e ambulatorial.

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§ 2° - E assegurado aos servidores municipais a eleição de comissão representativa

com a final idade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com o Executivo

Municipal, investidos das garantias atribuídas aos dirigentes sindicais, conforme Constituição

Federal.

Art. 102. Os cargos, empregos e funções publicas são acessíveis aos brasileiros que

preenchem os requisites estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros na forma da Lei:

I - a investidura em cargo ou emprego publico depende de aprovação previa em

concurso publico de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade

do cargo ou emprego, na forma prevista em Lei, ressalvadas as nomeações para cargo em

comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

II - o prazo de validade do concurso publico será de ate 02 (dois) anos, prorrogável

uma vez por igual período;

III - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação que for

aprovado em concurso publico de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade

sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na mesma carreira, respeitada a ordem

de classificação;

IV - as funções de confiança, exercidas exclusivamente, par servidores ocupantes

de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos

casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas as atribuições de

direção, chefia e assessoramento;

V - a lei reservará perceptual de cargos e empregos públicos para as pessoas

portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

§ 1°. A não observância do disposto nos incisos I e II implicará a nulidade do ato e

a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 2°. O Municipio editará lei regulamentadora dos concursos públicos municipais.

§ 3°. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para

atender a necessidade temporária de excepcional interesse publico.

Art. 103 - São estáveis, após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores

nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1°. O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativa em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei

complementar assegurada ampla defesa.

§ 2°. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele

reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem

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direito a indenização, aproveitando em outro cargo ou posto em disponibilidade com

remuneração proporcional ao tempo de serviço;

§3°. Extinto o cargo ou declarado sua desnecessidade, o servidor estável ficar em

disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, ate seu adequado

aproveitamento em outro cargo.

§ 4°. Como condição para a aquisição da estabilidade, e obrigatória a avaliação

especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Art. 104. A remuneração dos servidores da administração publica de ambos os

poderes atenderá o seguinte:

I - a revisão geral da remuneração far-se-á sempre na mesma data e com os

mesmos índices;

II - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e menor

remuneração, observado, como limite máximo, os valores percebidos como remuneração, em

espécie, pelo Prefeito Municipal;

III - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão

computados nem acumulados, para de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo titulo

ou idêntico fundamento;

IV - e vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, salários e gratificações

para o efeito de remuneração de pessoal de serviço público, ressalvado o disposto no inciso

seguinte e no artigo 100, # 1°desta Lei;

V - os vencimentos dos cargos e gratificações pelo exercício de função de

confiança do Poder Legislativo não poderao ser superior aos pagos pelo Poder Executivo.

Parágrafo único - A despesa com pessoal do Municipio não poderá exceder o que

estabelecer lei complementar federal.

Art. 105. E vedado:

I - exercer cargo ou função publica para o qual não concursado ou admitido, salvo

nos casos previstos em Lei;

II - a participação de servidores no produto da arrecadação de tributes e multas,

inclusive da divida ativa;

III- atividade político-partidária nas horas e locais de trabalho de todos quantos

prestam serviços ao Municipio;

IV- a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver

compatibilidade de horários;

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientifico;

c) a de dois cargos privativos de medico;

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§ 1°. O não cumprimento do disposto no inciso I importa na nulidade do ato, não

gerando qualquer direito ao interessado nem obrigação ao Municipio.

§ 2°. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange

autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder

Publico.

Art. 106. O servidor municipal será responsável civil, criminal e

administrativamente pelos atos que praticar no exercício do cargo ou função ou a pretexto de

exercê-lo.

Parágrafo Único - Caberá ao Prefeito e ao Presidente da Câmara solicitar a prisão

administrativa dos servidores que lhes sejam subordinados, omisos na prestação de contas de

dinheiro publico, sujeitos a sua guarda.

Art. 107. Os cargos públicos serão criados por Lei, que fixará sua denominação,

padrão de vencimentos, condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos

seus ocupantes.

Art. 108. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam - se as

disposições do artigo 38 da Constituição Federal.

Art. 109. O Municipio instituirá contribuição cobrada de seus servidores, para

implantação e custeio de sistema de lazer.

Art. 110. O servidor será aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de

acidente de serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,

especificadas em Lei e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao

tempo de serviço.

III - voluntariamente:

a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher com

proventos integrais;

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor,

e 25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher,

com proventos proporcionais ao tempo de serviço:

d) aos 60 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) anos

mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1°. A Lei disporá sobre a aposentaria em cargos ou empregos temporários.

§ 2°. O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado

integralmente para os efeitos de aposentadoria.

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§ 3°. Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na

mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo

tambem estendidos aos motives quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos

aos servidores em atividade, sendo também estendidos aos servidores em atividade, inclusive

quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a

aposentadoria, na forma da Lei.

§ 4. Para efeito do disposto no inciso III, letra b, considera-se efetivo exercício em

funções de magistério a atividade dos especialistas em assumes educacionais.

CAPITULO V

DAS POLITICAS MUNICIPAIS

SECAO I

DA POLITICA ECONOMICA

Art. 111. O Municipio, na sua circunscrição territorial e dentro de sua competência

constitucional, assegura igualdade de tratamento a todos, dentro dos princípios da ordem

econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, observados os

seguintes princípios:

I - autonomia municipal;

II - propriedade privada;

III – função social da propriedade;

IV - livre concorrencia;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente;

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de

pequeno porte.

§ 1°. E assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,

independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em Lei.

§ 2°. É vedada a exploração direta da atividade economica pelo Municipio.

Art. 112. O Município promoverá e incentivará o Turismo como fator de

desenvolvimento social e economico.

Art. 113. Na aquisição de bens e serviços, o Poder Publico dará tratamento

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preferencial as empresas sediadas no Municipio e editará lei de proteção ao mercado municipal.

Art. 114. O Municipio dispensará as microempresas e as empresas de pequeno

porte, assim definidas em Lei, tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela

simplificação de suas obrigações tributárias e administrativas, ou pela eliminação ou redução

destas por meio de Lei.

Art. 115. Lei disporá e incentivará o cooperativismo e outras formas de

associativismo.

SEÇÃO II

DA POLÍTICA EDUCACIONAL

Art. 116. A educação, direito de todos e dever do Poder Publico e da família, será

promovida e inspirada nos ideais da igualdade, da liberdade, da solidariedade humana, do bem

estar social e da democracia, visando o pleno exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

Art. 117. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o

saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V- gesto democrático do ensino público na forma da Lei;

VI - garantia de padrão de qualidade;

VII - valorização dos profissionais de ensino.

Art. 118. O ensino oficial do Municipio será gratuito e atuará prioritariamente no

ensino fundamental, pre-escolar e de 1° grau.

Art. 119. O dever do Municipio com a educação será efetivado com a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não

tiveram acesso na idade própria;

II - profissionais na educação em numero suficiente a demanda escolar;

III - condições físicas adequadas para o bom funcionamento das escolas;

IV - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino;

V - currículo escolar adaptado a realidade;

VI - educação para prevenção ao uso indevido de drogas e educação sexual;

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VII - obrigatoriedade da educacao para trânsito nos programas de ensino de lº

Grau;

VIII - conteúdos programáticos voltados para a formação associativa,

cooperativista e sindical;

IX - noções de educação ambiental e de conscientização pública para a preservação

do meio ambiente;

X - educação física como disciplina de matricula obrigatória;

XI - recenseamento periódico dos educandos, em conjunto com o Estado,

promovendo sua chamada e zelando pela freqüência a escola, na forma da Lei.

Parágrafo Único - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá

disciplina dos horários normais das escolas publicas de ensino fundamental.

Art. 120. O Município criará o Conselho Municipal de Educação incumbido de

normalizar e fiscalizar o sistema municipal de ensino, cujas atribuicoes e composição serão

definidas em Lei.

Art. 121. O Piano Municipal de Educação, aprovado em Lei, estará articulado com

os planos Nacional e Estadual de Educação.

Art. 122. O Municipio, além da manutenção de seu sistema de ensino, atenderá a

melhoria de qualidade do ensino atraves de programas suplementares de:

I - transporte escolar para alunos do 1° e Ensino especial;

II - merenda e material didático;

III - saúde preventiva e atendimento medico e odontológico;

IV - ensino noturno regular as condições do educando;

Art. 123. O Municipio aplicará, anualmente, no mínimo 25 % (vinte e cinco por

cento) da receita resultante de impostos, compreendida e proveniente de transferências, na

manutenção e desenvolvimento do ensino.

Parágrafo Único - 0 Municipio na forma da Lei poderá prestar assistencia

financeira das fundações educacionais de ensino superior e escolas agrícolas da região, que se

fará mediante convênios e concessão de bolsas de estudo para alunos.

Art. 124. O Poder Público Municipal aplicará receita própria e estimulará a

iniciativa privada para qualificação profissional de adultos.

Art. 125-0 ensino e livre a iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de sua qualidade pelos órgãos competentes.

SEÇÃO III

DA POLITICA DE SAUDE

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Art. 126. A saúde e direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas

sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário das ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 127. A saúde implica nos seguintes direitos fundamentais:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação,

transporte e lazer;

II- respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental.

Art. 128. Para o cumprimento do artigo anterior, o Municipio criará o Conselho

Municipal de Saúde, cujas atribuicoes e composição serão definidas em Lei.

Art. 129. São de relevância publica as ações e serviços de saúde, devendo sua

execução ser feita preferencialmente atraves de serviços oficiais, e supletivamente atraves de

terceiros.

Art. 130. Ao Municipio, como membro do sistema Único de Saúde, caberá:

I - planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as a ações e os serviços de saúde;

II - planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada do Sistema

Unificadode Saúde com articulação com a sua direção estadual;

III - fiscalizar as agressões ao meio ambiente que tenha repercussão sobre a saúde

humana a atuar juntos aos órgãos regionais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;

IV - celebrar consórcios intermunicipais para a formação de sistemas de saúde

quando houver indicação técnica e consenso das partes;

V- gerir a rede de ambulatórios públicos de saúde;

VI - avaliar e controlar a execução de convênios e contratos celebrados pelo

Municipio com entidades privadas prestadoras de serviços de saúde;

VH - autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscalizar-lhes o

funcionamento.

Art. 131. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do

orçamento do Municipio, do Estado, da União, da seguridade social, alem de outras fontes.

§ 1°. Os recursos financeiros do Sistema Municipal de Saúde sendo administrados

por meio de um Fundo Municipal de Saúde, vinculado a Secretaria Municipal de Saúde e

subordinado ao planejamento e controle do Conselho Municipal de Saúde.

§ 2°. É vedada a destinação de recursos públicos para auxilios ou subvenções a

instituições privadas com fins lucrativos.

§ 3°. As instituições privadas poderao participar de forma suplementar do Sistema

Municipal de Saúde, mediante contrato publico ou convenio, tendo preferência as entidades

filantrópicas e as sem fins lucrativos.

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§ 4°. As instituições privadas de saúde ficar do sob o controle do setor publico nas

questões de controle e qualidade e de informação e registros de atendimento conforme os

códigos sanitários e as normas do Sistema Único de Saúde.

Art. 132 - São competências do Municipio, exercidas pela Secretaria da Saúde:

I - a direção do Sistema Único de Saúde no âmbito do Municipio, em articulação

com a Secretaria Estadual de Saúde;

II - a assistencia a saúde;

III - a elaboração e atualização periódica do Plano Municipal de Saúde, em termos

de prioridades e estratégias Municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde e de

acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde,

IV - a elaboração e atualização da proposta orçamentária do Sistema Único de

Saúde;

V - a administração do Fundo Municipal de Saúde;

VI - a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério da

Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com a realidade municipal;

VII - o planejamento e execução das ações de controle das condições dos

ambientes de trabalho e dos problemas de saúde com ele relacionados;

VIII - a administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção

nutricional de abrangência municipal;

IX - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera

municipal, de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos

humanos para a saúde;

X - a implantação do sistema de informação em saúde, no âmbito municipal;

XI - o acompanhamento, avaliação e divulgação dos indicadores de natalidade e

morbi-natalidade no âmbito do Municipio;

XII - o planejamento e execução das ações de vigilância sanitária e epidemiológica

e de saúde do trabalhador no âmbito do Municipio;

XIII - o planejamento e execução das ações de controle do meio ambiente e de

saneamento básico no âmbito do Municipio, em articulação com os demais órgãos

governamentais;

XIV - a normalização e execução, no âmbito do Municipio, da política nacional de

insumos equipamentos para a saúde;

XV - a execução dos programas e projetos estratégicos para o enfrentamento das

prioridades nacionais, estaduais e municipais, assim como situações emergenciais;

XVI - a complementação das normas referentes as relates com o setor privado e a

celebração de contratos com serviços privados de abrangência municipal;

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XVII - o planejamento e controle das ações de tratamento e recuperação de

dependentes de drogas;

XVIII - a formação de consciência sanitária individual, nas primeiras idades,

atraves do ensino primário;

XIX - a implantação do programa de água potável na propriedade rural, na forma

em que a Lei determinar;

XX - a inspeção medica nos estabelecimentos de ensino;

XXI - promoção de campanhas educacionais visando prevenir intoxicações com

aplicação de defensivos.

Parágrafo Único - A inspeção medica nos estabelecimentos de ensino no Municipio

terá caráter obrigatório e se fará anualmente.

Art. 133. O gerenciamento do Sistema Municipal de Saúde deve seguir critérios de

compromisso com o caráter publico dos serviços e da eficácia no sou desempenho.

Parágrafo Único-A avaliação será feita pelos órgãos colegiados deliberativos.

Art 134. Todos os animais abatidos com objetivo de comercialização de carne e

seus derivados deverão receber inspeção previa de pessoal técnico habilitado.

Art. 135. O Municipio deverá fiscalizar e exigir dos proprietários de animais de

produção leiteira, com fins de comercialização do leite, atestado de sanidade de doença infecto-

contagiosas, emitidos por órgãos competentes, na forma da Lei.

SEÇÃO IV

DA POLÍTICA DE ASSISTENCIA SOCIAL

Art. 136. O Municipio prestará, em cooperação com o Estado, a União, a

Comunidade e na medida de sua receita, assistencia social a quem dela necessitar, objetivando:

I - a proteção a familia, a maternidade, a infancia, a adolescencia e a velhice;

II – a promoção da integração no mercado de trabalho;

III - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção

de sua integração a vida comunitária mediante a criação de programas de treinamento que

facilitem o acesso ao trabalho, aos bens e serviços coletivos;

IV - a manutenção e funcionamento de creches para o atendimento das crianças de

zero a seis anos.

Parágrafo Único - O Municipio incentivará a participação da população por meio

de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações

governamentais na área da assistencia social em todos os níveis.

Art. 137. Na prestação de serviços de assistencia social, o Municipio dará

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prioridade a infância e a adolescencia em situacao de abandono e risco social.

Art. 138. O município incentivará a apoiará a iniciativa privada no amparo e

assistencia aos necessitados.

Art. 139. O Poder Publico do Municipio fará a prestação de auxilios eventuais,

destinados ao atendimento a situações de nascimento, morte, emergencia e vulnerabilidades

temporarias. que podem ser concedidos sob a forma da in natura ou em especie, variando o seu

valor e duração segundo a natureza da situação do beneficiado.

Art. 140 - Compete ao Municipio, concorrente ou supletivamente a União e ao

Estado, assegurar atraves de político social, a integração socioeconômica e cultural do segmento

da população de renda mais baixa.

SECAO V

DA POLÍTICA DE CULTURA, ESPORTE ELAZER

Art. 141. E dever do Municipio fomentar políticas esportivas formais e nao -

formatos, como direito de todos, observadas as seguintes condições:

I - a autonomia das entidades desportivas e associações quanta a sua organização e

funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto

educacional e, em casos específicos, para o desporto de alto rendimento;

III - tratamento diferenciado para o desporto amador e profissional, com prioridade

para o primeiro;

IV - organização e o incentive as manifestações desportivas de criação nacional.

Parágrafo Único - Observadas estas diretrizes, o Municipio promoverá:

I - o incentivo as competições desportivas estaduais, regionais e locais;

II - a prática de atividades desportivas pelas Comunidades, facilitando o acesso as

aéreas publicas destinadas a prática do esporte.

HI - o desenvolvimento de práticas desportivas para pessoas portadoras de

deficiência;

IV- organização, incentivo e avaliação dos trabalhos relacionados com o

desenvolvimento da Comunidade, na área do lazer comunitário;

V - meios de recreação sadia e construtiva, inclusive programas para pessoas

idosas.

Art. 142. A justiça desportiva no Municipio será exercida pela Junta de Justica

Desportiva.

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Art. 143. As academias destinadas a formação ou treinamento visando o ensino ou

o aperfeiçoamento de práticas esportivas de toda a natureza, sendo regulamentadas por Lei

especifica.

Art. 144. Os serviços municipais de ecologia, esporte e lazer, articular-se-ão com

as atividades culturais do Municipio, visando o desenvolvimento do turismo.

Art. 145. O Poder Público Municipal, na forma da Lei, assegurará a implantação de

parques municipais destinados ao lazer publico.

Art. 146. O Municipio apoiará direta ou indiretamente a consolidação da produção

de todas as formas de manifestação cultural, com ênfase a produção artesanal como expressão

artística.

Art. 147. A política cultural do Municipio obedecerá as seguintes diretrizes:

I - apoio e incetivo a todas as formas de manifestação cultural;

II - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa;

III - participação das entidades representativas da população no planejamento das

atividades culturais.

SECAO VI

DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 148. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público

Municipal, conforme diretrizes fixadas em Lei, tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes.

§ 1°. A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende as

exigências fundamentais de ordenação urbana expressas no piano diretor.

§ 2. As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com previa e justa

indenização em dinheiro.

§ 3°. O proprietário do solo urbano incluso no plano diretor, com área não

edificada, sub-utilizada ou nao utilizada, deverá promover seu adequado aproveitamento, sob

pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo.

Art. 149. O Plano Diretor e o instrumento básico da política de desenvolvimento e

de expansão urbana, e na sua elaboracao ou modificação se levará em consideração os aspectos

fisico-territorial, econômico, social, administrativo e ambiental e deverá:

I - definir as aéreas especiais de interesse social, urbanístico ou ambiental, para as

quais será exigido aproveitamento adequado nos termos previstos na Constituição Federal;

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II - garantir que percentual do perímetro urbano seja constituido ou reservado a

implantação de praças publicas.

Parágrafo Único - Ao definir as áreas urbanas e de expansão urbana, o plano

diretor respeitará as restrições decorrentes da existencia de áreas com atividade rural produtiva

ou potencialmente produtiva.

Art. 150. Na consecução da política de desenvolvimento urbano cumpre ao

Municipio:

I - promover programas de saneamento básico destinados a melhorar as condições

sanitárias e ambientais das áreas urbanas e os níveis de saúde da população;

II - executar programas de saneamento em áreas carentes, atendendo a população

de baixa renda, com soluções adequadas para o abastecimento de água e esgoto sanitário;

III - executar programas de educação sanitária e melhorar o nível de participação

das Comunidades na solução de seus problemas de saneamento;

IV- ampliar progressivamente a responsabilidade local pela prestação de serviços

de saneamento básico;

V - praticar tarifas sociais para os serviços de água e esgoto;

VI - favorecer o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura;

VII - impulsionar programas de habitação popular destinados a melhorar as

condições de moradia da população do Municipio;

VIII - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de

construção de habitação e serviços.

Parágrafo Único - Na promoção de seus programas de habitação popular, o

Municipio deverá articular-se com os órgãos estaduais e federais competentes e, quando couber,

estimular a iniciativa privada e contribuir para aumentar a oferta de moradias adequadas e

compatíveis com a capacidade economica da população.

Art. 151. O Poder Público promoverá no máximo a cada 04 (quatro) anos, uma

ampla avaliação da política de desenvolvimento urbano e seus resultados.

Art. 152. O Municipio, na prestação direta ou sob regime de concessão ou

permissão de serviços de transporte público, sempre atraves de licitação, fará obedecer aos

seguintes princípios básicos:

I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo em especial, acesso as pessoas

portadoras de deficiência física;

II - garantia de gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de 65

(sessenta e cinco) anos e a de 01 (uma) passagem mensal de ida e volta aos idosos aposentados

residentes no interior do Municipio;

III - integração entre sistemas de transporte e racionalização de itinerários.

Parágrafo Único - A Lei disporá sobre:

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I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o

caracter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caudocidade,

fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuarios;

III - política tarifária e gratuidade de transporte aos deficientes;

IV- a obrigação de manter serviço adequado.

SEÇÃO VII

DA POLITICA AGROPECUARIA

Art. 153. E de responsabilidade do Municipio, no campo de sua competencia, a

realização de investimentos no meio rural para a fixação de contingentes populacionais,

possibilitando-lhes accesos aos meios de produção e geração de renda e estabelecendo a

necesaria infra-estrutura destinada a viabilizar este propósito.

Art. 154. Como principais instrumentos para o fomento da produção na zona rural,

o Municipio utilizará a assistencia técnica, a extensão rural, o armazenamento, máquinas e

equipamentos, o transporte o associativismo, o cooperativismo, o gerenciamento e a divulgação

das oportunidades de credito e de incentivos fiscais e econômicos.

Art. 155. O Municipio deverá manter articulação permanente com os demais

municípios de sua região e com o Estado, visando a racionalização da utilização dos recursos

hídricos e das bacias hidrográficas, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela Uniao.

Art. 156. A atuação do Municipio na zona rural terá como principais objetivos:

I - oferecer meios para assegurar ao produtor e trabalhador rural, condições de

trabalho, rentabilidade e a melhoria do padrão de vida da família rural;

II - assegurar, dentro de sua competência, condições de transporte;

III - garantir a utilização racional dos recursos naturais, renováveis ou não;

IV - incentivar a criação de agroindústrias;

V - assegurar a utilização racional do solo rural;

VI - garantir a experimentação na área agro-silvo-pastoril;

VII - incentivar a diversificação de praticas de produção agropecuária.

Art. 157. O Municipio instituirá o Conselho Municipal Agropecuário, cuja

composição e atribuições serão definidas cm Lei.

Art. 158. O Municipio criará entidade dotada de personalidade jurídica de direito

publico ou privado com a finalidade de prestar serviços na área rural.

SEÇÃO VIII

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DO MEIO AMBIENTE

Art. 159. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a

coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1°. Para assegurar a afetividade desse direito, incumbe ao Municipio, na forma da

Lei:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas;

II - definir em Lei complementar os espaços territoriais do Municipio e seus

componentes a serem especialmente protegidos e a forma de permissão para a alteração e

supressão, vedada qualquer utilizacdo que comprometa a integridade dos tributos que

justifiquem sua proteção;

III - exigir, para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de

significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, e que se dará

publicidade;

IV - disciplinar atraves de lei complementar e emprego de técnicas e métodos de

produção, comercialização, transporte e deposição de substâncias que comportem risco para a

vida, a qualidade de vida e ao meio ambiente;

V - promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a conscientização da

comunidade para a preservação do meio ambiente;

VI - proteger e recuperar a flora e a fauna, vedadas as práticas que coloquem em

risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam animais a

crueldade;

VII - articular-se com os órgãos estaduais, regionais e federais, e quando for o

caso, com outros municípios objetivando a solução de problemas comuns relativos a proteção

ambiental;

VIII - promover a ordenação de sou território, definindo zoneamento e diretrizes

gerais de ocupação que assegurem a proteção dos recursos naturais;

IX - atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das atividades, públicas e

privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas do meio ambiente;

X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de pesquisa e exploração de

recursos naturais do Municipio;

XI - estimular o reflorestamento comercial e ecológico em áreas degradas

objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos hídricos, bem como a

concessão de índices legais de cobertura vegetal;

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XII - informar ampla e sistematicamente a população sobre os níveis da poluição, a

qualidade do meio ambiente, as situações de risco de acidentes e a presença de substâncias

potencialmente danosas a saúde na água potável, nos alimentos, no ar e no solo.

§ 2°. Nos programas de planejamento, fiscalização e proteção do meio ambiente e

assegurada a participação das entidades representativas da comunidade.

§ 3°. Aquele que explorar recursos minerais, inclusive extração de areia, argila,

cascalho ou pedreira, fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado de acordo com

solução técnica exigida pelo órgão publico competente.

Art 160. O Municipio definira em legislação própria seu código de meio ambiente.

Art. 161. O Municipio, na forma da Lei, asegurara a implantação de parques

ecológicos destinados a preservar e recuperar a flora e a fauna, ensejar estudos e lazer.

TITULO IV

DAS DISPOSICOES GERAIS E TRANSITORIAS

Art. 162. O Prefeito Municipal e os Vereadores prestarão o compromisso de

manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, no ato de sua promulgação.

Art. 163. O Prefeito Municipal e os Vereadores, no ato da posse, farão juramento

de defender e cumprir a Lei Orgânica do Municipio.

Art. 164. Qualquer cidadão é parte legitima para pleitear a declaração de nulidade

ou anulação dos atos lesivos ao patrimônio público.

Art. 165. O Municipio incentivará o desenvolvimento cientifico e tecnológico.

Art. 166. O Municipio, diretamente ou em convenio com o Estado, apoiará técnica

e financeiramente a atuação de entidades privadas na defesa civil, particularmente a criação de

corpo voluntário de bombeiros.

Art. 167. O Municipio nos próximos 10 (dez) anos, desenvolverá esforços, com

mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos 50

% (cinqüenta por cento) dos recursos a que se refere o artigo 212 da Constituição Federal, para

eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino Fundamental.

Art. 168. O Poder Executivo enviará a Câmara projetos de lei dispondo sobre a

forma administrativa, reclassificação, criação e extinção de cargos públicos, planos de carreira

de seu pessoal e estatuto do servidor.

Parágrafo Único - A Mesa da Câmara, no que couber, apresentará idêntico projeto.

Art. 169. O Municipio criará, no prazo máximo de 08 (oito) anos. Par que

ecológico com aérea não inferior a 03 (três) hectares, bem como Parque Industrial, no prazo

máximo de 05 (cinco) anos, destinado a instalação de industrias e empresas prestadoras de

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serviços, asseguradas, anualmente, dotações orçamentarias para a consecução dos

empreendimentos.

Art. 170. Lei especifica disporá de como e quando se aplicarão os institutos do

plebiscito e referendo.

Art. 171. Os projetos de lei abaixo serão encaminhados a Câmara de Vereadores

nos seguintes prazos:

I - Diretrizes Orçamentarias, para o próximo exercício, até o dia 30 de outubro.

II - Plano Plurianual, para vigência ate o termino do atual mandato executivo, ate

dia 30 de outubro.

III - Orçamento anual, para o próximo exercício, ate o dia 30 de outubro.

Art. 172. Dentro de 10 (dez) meses, ressalvados os recessos, deverão estar

aprovadas as leis complementares constantes desta lei.

Art. 173. O Municipio criará a Casa da Cultura.

Art. 174. O Municipio mandará imprimir 100 (cem) exemplares desta Lei Orgânica

para distribuição gratuita as escolas e associações representativas e para venda a terceiros.

Art. 175. Esta Lei Orgânica aprovada e assinada pelos integrantes desta Câmara

Municipal, entra em vigor na data de sua promulgação pela Mesa da Câmara Municipal de

Vereadores organizante.

Princesa, Estado de Santa Catarina, em 30 de setembro de 1998.

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