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LEI ORGÂNICA MUNICIPAL, DE 28/12/2005 Promulgada em 28 de dezembro de 2005. PREÂMBULO Nós, Parlamentares, representantes do povo e do Município de Salto do Jacuí, reunidos em Câmara Municipal Constituinte, com os poderes outorgados pela Constituição da República Federativa do Brasil e da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com o pensamento voltado para a construção de uma sociedade soberana, livre, igualitária e democrática, que valorize o trabalho, fundada nos princípios da justiça e do pleno exercício da cidadania, e nos princípios éticos e morais, fontes embasadoras das relações sociais, com respaldo popular e a proteção de Deus, promulgamos a presente Revisão da Lei Orgânica do Município de Salto do Jacuí. TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 1º O Município de Salto do Jacuí é unidade do território do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se de forma autônoma em tudo que respeite a seu interesse local, regendo- se pela Constituição Federal, pela Constituição Estadual e por esta Lei Orgânica. § 1º A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégio de distritos ou bairros, tendo como objetivo o desenvolvimento social e econômico, com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na liberdade, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, de forma a reduzir as desigualdades sociais, provendo o bem estar de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 2º O Município exerce seu poder por decisão dos munícipes, através de seus representantes eleitos pelo sufrágio universal, direto e secreto, como expressão da soberania popular, a qual também poderá ser exercida pelo plebiscito, referendo e pela iniciativa popular, nos termos desta e de Lei específica. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica 004) Art. 2º (O caput deste artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) . Parágrafo único. A delimitação do perímetro urbano será feita por Lei Municipal, observados os requisitos da legislação pertinente. Art. 3º Os símbolos do Município são o Brasão, representando o potencial energético, agropecuário e mineral, o Hino e a Bandeira com as cores branca, azul, amarela e verde, conforme estabelecidos em Lei. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica 004). Art. 4º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica 004) Art. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica 004) . Art. 5º-A. O Município objetivando integrar organização, planejamento a execução de funções públicas de interesses regionais comuns, pode associar-se aos demais municípios limítrofes. (AC) (Este artigo foi acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

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LEI ORGÂNICA MUNICIPAL, DE 28/12/2005 Promulgada em 28 de dezembro de 2005.

PREÂMBULO Nós, Parlamentares, representantes do povo e do Município de Salto do Jacuí, reunidos em Câmara Municipal Constituinte, com os poderes outorgados pela Constituição da República Federativa do Brasil e da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, com o pensamento voltado para a construção de uma sociedade soberana, livre, igualitária e democrática, que valorize o trabalho, fundada nos princípios da justiça e do pleno exercício da cidadania, e nos princípios éticos e morais, fontes embasadoras das relações sociais, com respaldo popular e a proteção de Deus, promulgamos a presente Revisão da Lei Orgânica do Município de Salto do Jacuí.

TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

↳ (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 1º O Município de Salto do Jacuí é unidade do território do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se de forma autônoma em tudo que respeite a seu interesse local, regendo-se pela Constituição Federal, pela Constituição Estadual e por esta Lei Orgânica. § 1º A ação municipal desenvolve-se em todo o seu território, sem privilégio de distritos ou bairros, tendo como objetivo o desenvolvimento social e econômico, com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na liberdade, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, de forma a reduzir as desigualdades sociais, provendo o bem estar de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 2º O Município exerce seu poder por decisão dos munícipes, através de seus representantes eleitos pelo sufrágio universal, direto e secreto, como expressão da soberania popular, a qual também poderá ser exercida pelo plebiscito, referendo e pela iniciativa popular, nos termos desta e de Lei específica. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 2º (O caput deste artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. A delimitação do perímetro urbano será feita por Lei Municipal, observados os requisitos da legislação pertinente. Art. 3º Os símbolos do Município são o Brasão, representando o potencial energético, agropecuário e mineral, o Hino e a Bandeira com as cores branca, azul, amarela e verde, conforme estabelecidos em Lei. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 4º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 5º (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 5º-A. O Município objetivando integrar organização, planejamento a execução de funções públicas de interesses regionais comuns, pode associar-se aos demais municípios limítrofes. (AC) (Este artigo foi acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

CAPÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO (AC EMENDA À LO 004) Seção I - Da Organização Político Administrativa (AC EMENDA À LO 004)

Art. 6º (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). VI - (Revogado). VII - (Revogado). VIII - (Revogado). IX - (Revogado). X - (Revogado). XI - (Revogado). XII - (Revogado). XIII - (Revogado). XIV - (Revogado). XV - (Revogado). XVI - (Revogado). XVII - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado). c) (Revogado). d) (Revogado). XVIII - (Revogado). XIX - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado). XX - (Revogado). XXI - (Revogado). XXII - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado). c) (Revogado). d) (Revogado). e) (Revogado). XXIII - (Revogado). XXIV - (Revogado). XXV - (Revogado). XXVI - (Revogado). XXVII - (Revogado). Art. 6º-A. O Município, no uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, é organizado e regido pela presente Lei Orgânica, na forma da Constituição Federal e da Constituição Estadual. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. A autonomia do Município se expressa: I - pela eleição direta dos Vereadores, que compõem o Poder Legislativo Municipal; II - pela eleição direta do Prefeito e Vice-Prefeito que compõem o Poder Executivo Municipal; III - pela administração própria, no que seja do seu interesse local; IV - pela decretação e arrecadação dos tributos de sua competência e aplicação de suas receitas.

Art. 6º-B. O Município tem sua sede na cidade de Salto do Jacuí, que lhe dá o nome. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º O Município compõe-se de distritos, identificados e definidos por Lei específica. § 2º A criação, a organização e a supressão de distritos depende de Lei Municipal. § 3º Qualquer alteração da organização territorial do Município depende de consulta previa às populações diretamente interessadas, mediante plebiscito.

CAPÍTULO II - DOS BENS E DA COMPETÊNCIA (AC EMENDA À LO 004)

Art. 6º-C. São bens do Município de Salto do Jacuí, os que atualmente lhe pertencem e os que lhe virem a ser adquiridos por qualquer forma. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. O Município tem direito a participação no resultado da exploração de recursos minerais, pertencentes a ele, existentes em seu território, nos termos da Constituição da República. Art. 6º-D. Compete ao Município, na administração do que é do seu interesse e no exercício de sua autonomia: (AC)(artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - organizar-se administrativamente, observadas a Legislação Federal, Estadual e Municipal; II - promulgar suas Leis, expedir decretos, editar atos relativos aos assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual, no que couber; III - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações e heranças e dispor de sua aplicação; IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, na forma prevista em Lei; V - permitir, conceder e autorizar os serviços públicos de interesse local e os que lhes sejam concernentes, incluindo o transporte coletivo, táxis e outros; VI - organizar os quadros funcionais e o plano de carreira, assim como estabelecer o regime de trabalho de seus servidores; VII - elaborar e executar o Plano Diretor como instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana; VIII - prover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - exigir do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento ou edificação compulsórios, tributação progressiva no tempo do imposto sobre propriedade urbana e desapropriação, com pagamento mediante títulos de dívida pública municipal, assegurados o valor real da indenização e os juros legais, no termos de Lei específica para área incluída no Plano Diretor; X - constituir a guarda municipal destinada à proteção de seu bens, serviços e instalações, e da segurança do trânsito de veículos, conforme dispuser a Lei; XI - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, artístico e paisagístico local, observadas a legislação e ação fiscalizadora Federal e Estadual; XII - formalizar as contratações para a administração pública municipal, direta e indireta, inclusive as fundações públicas municipais, respeitadas as normas gerais da Legislação Federal; XIII - disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e dispor sobre a prevenção de incêndio; XIV - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros; XV - legislar sobre o serviço funerário e cemitério, fiscalizando os que pertencerem a

entidades particulares; XVI - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem a segurança coletiva; XVII - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda; XVIII - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos; XIX - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das coisas e bens apreendidos; XX - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação, distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter coletivo; XXI - criar normas de construção nos logradouros e nos prédios públicos, que assegurem acesso adequado aos idosos e às pessoas portadoras de deficiência física. Art. 6º-E. É da competência do Município em comum com a União e o Estado: (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - zelar pela guarda da Constituição Federal, Estadual e das Leis desta esfera do Governo, das instituições democráticas e à conservação do patrimônio público; II - cuidar da saúde e da assistência social da população; III - proteger o meio ambiente, entre outras disciplinadas em Lei quanto a: a) evasão, destituição e descaracterização de seus bens de valor histórico, artístico e cultural; b) poluição em qualquer de suas formas; c) preservação das florestas, da fauna e da flora, bem como das águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito; d) paisagens naturais notáveis. IV - execução de políticas de promoção de: a) habitação; b) transporte; c) desenvolvimento urbano e rural; d) segurança; e) desenvolvimento agrícola, industrial, comercial e serviços; f) educação, cultura e desporto; g) turismo e lazer; h) saúde; i) social. V - manter, com a cooperação da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, educação, ciência e tecnologia; VII - o Município estabelecerá política de apoio e estímulo ao cooperativismo, a associação de micros e pequenas empresas, aos artesãos e outras formas de organização associativa; VIII - o Município organizará sistema de programas de prevenção e socorro, nos casos de calamidade pública em que a população tenha ameaçado os seus recursos, meios de abastecimento ou de sobrevivência.

CAPÍTULO III - DO PODER LEGISLATIVO Seção I - Da Câmara Municipal

Art. 7º O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 09 (nove) Vereadores eleitos para legislatura de quatro anos de duração, pelo voto direto e

secreto. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. Do candidato a vereador exige-se idade mínima de dezoito anos, que esteja no exercício dos direitos políticos, e tenha domicilio eleitoral no Município. Art. 8º (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). a) (Revogado). b) (Revogado). c) (Revogado). d) (Revogado). e) (Revogado). f) (Revogado). g) (Revogado). Art. 9º Salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica, as deliberações da Câmara Municipal e de suas Comissões, serão tomadas por maioria de votos dos presentes, exigindo-se a presença da maioria absoluta de seus membros para que haja votação. Parágrafo único. O Presidente da Câmara votará apenas quando houver empate, ou quando a matéria exigir maioria absoluta ou maioria de dois terços. Art. 10. A Câmara Municipal reunir-se-á em período legislativo ordinário, do dia 15 de fevereiro até 15 de dezembro, ficando em recesso nos demais períodos. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º Durante o período legislativo ordinário, a Câmara reunir-se-á ordinariamente na forma do Regimento Interno. § 2º Durante o período legislativo ordinário, a Câmara poderá ser convocada para sessões especiais, pelo Presidente da Câmara, pela Mesa, por um terço dos Vereadores ou pelo Prefeito Municipal. § 3º Em período de recesso, cabe ao Presidente da Câmara, a um terço de seus membros e ao Prefeito convocar a Câmara para sessões extraordinárias, quando, a seu juízo, houver matéria de interesse público relevante e urgente a deliberar. § 4º Nas sessões extraordinárias, a Câmara deliberará, exclusivamente, sobre a matéria para a qual for convocada e a convocação será pessoal e com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas da reunião. § 5º As reuniões plenárias da Câmara Municipal são públicas e o voto é aberto, excetuando-se desta regra a deliberação do veto que será feita mediante escrutíneo secreto.

Seção II - Da Posse

Art. 11. No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro, para a posse dos Vereadores, o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito, aos quais dará posse, sendo instalada a Comissão Representativa. § 1º A sessão solene de instalação da legislatura será presidida pelo Vereador mais idoso, o qual prestará o seguinte compromisso: "Prometo exercer com dedicação e lealdade o meu mandato respeitando a Lei e promovendo o bem geral do Município." § 2º Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário que for designado para esse fim, fará a chamada nominal de cada Vereador, que declarará: "Assim o prometo". § 3º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal. § 4º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens, em cartório de registro de títulos e documentos, repetida quando do término do mandato.

Seção III - Da Mesa

Art. 12. Após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência dos mais idoso, para elegerem os componentes da Mesa, exigindo-se a presença da maioria, sendo que a mesma será imediatamente empossada. § 1º O mandato da Mesa será de um ano, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. § 2º A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á na última sessão ordinária do ano legislativo, empossando-se os eleitos em primeiro de janeiro seguinte. § 3º A Mesa será composto por um Presidente, um Vice-Presidente, pelo Primeiro Secretário e pelo Segundo Secretário. § 4º A eleição da Mesa ou de vaga que nela se verifique, far-se-á em escrutíneo secreto. § 5º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pela maioria absoluta dos Vereadores, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara Municipal dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição. Art. 13. Compete à Mesa da Câmara Municipal, além de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno: I - enviar ao Prefeito Municipal, até vinte de dezem bro, as contas do exercício; II - iniciar e fazer votar projetos de resolução que estabeleçam os subsídios e representação do Prefeito e Vice-Prefeito, e remuneração dos Vereadores; III - propor, privativamente, a criação e a extinção de cargos da Câmara Municipal e a fixação ou alteração dos respectivos salários; IV - regulamentar e cumprir as decisões emanadas do plenário; V - gestionar o Orçamento da Câmara formada pelos recursos repassados pelo Executivo Municipal, ordenar despesas e compras, determinar os pagamentos e exercer o controle.

Seção IV - Das Comissões

Art. 14. As Comissões são órgãos constituídos de Vereadores para assessorar ou representar a Câmara, podendo ser permanentes ou temporárias. § 1º Na constituição das comissões será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos. § 2º O Presidente da Câmara Municipal não poderá fazer parte da comissão permanente, especial ou de inquérito. Art. 15. A Comissão Permanente será constituída por um terço dos membros da Câmara Municipal ou pelo número imediatamente inferior quando o terço não constituir número inteiro; tem como função prestar assessoramento à Câmara, através de exame de matérias que lhe forem submetidas, na forma de pareceres ou pela elaboração de projetos atinentes. § 1º Os membros da Comissão Permanente serão eleitos mediante indicação dos respectivos lideres, na mesma sessão em que for eleita a Mesa, tendo a duração de sua investidura coincidente com a desta. § 2º O suplente convocado, substituirá o titular licenciado, na Comissão Permanente de que fizer parte. Art. 16. As comissões temporárias são: I - especial; II - de inquérito;

III - de representação externa; IV - representativa. § 1º A Comissão Especial será constituída para examinar: I - emenda à Lei Orgânica; II - alteração do Regimento Interno; III - assunto especial ou excepcional. § 2º A Comissão de Inquérito será criada por requerimento de no mínimo, um terço dos Vereadores, para apurar fato determinado, em prazo estabelecido. § 3º A Comissão de Representação Externa será constituída, por requerimento de Vereador, aprovado pelo Plenário, com a incumbência de representar a Câmara em ato para o qual necessite presença, sendo seus membros designados pelo Presidente, o qual poderá incluir-se. § 4º A Comissão Representativa será constituída, automaticamente nos períodos de recesso, sendo formada pelos membros da Mesa.

Seção V - Dos Vereadores Subseção I - Disposições Gerais

Art. 17. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. Art. 18. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar perante a Câmara, sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam informações. Art. 19. E incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou percepção, por estes, de vantagens indevidas. Art. 20. O servidor público, investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo do subsídio do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade, ser-lhe-á facultado optar pela sua remuneração. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Subseção II - Das Incompatibilidades

Art. 21. Os Vereadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundação ou empresa concessionária de serviços públicos, salvo quando o contrato obedecer cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargos, empregos ou funções remuneradas nos órgãos públicos municipais, exceto se houver compatibilidade de horário e satisfazendo os requisitos desta Lei Orgânica, ou cargo de Secretário Municipal, quando deverá licenciar-se. II - desde a posse: a) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades do Poder Público Municipal; b) ser titular de mais um cargo ou mandato público eletivo. Art. 22. Perderá o mandato, o vereador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;

III - que fixar domicílio eleitoral fora do município; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) IV - que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou com o decoro parlamentar; V - que deixar de comparecer, em cada ano de sessões legislativas, a quinta parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada; VI - que perder os direitos políticos e quando o decretar a Justiça Eleitoral; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) VII - (inciso revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) VIII - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, com perda do cargo ou que implique em cumprimento de pena de reclusão; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) IX - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido nesta Lei Orgânica. § 1º Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia, por escrito, do Vereador. § 2º Nos casos dos incisos I, II, III, IV e VIII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por voto secreto de dois terços no mínimo, mediante provocação da Mesa ou de Partido Político representado na Câmara, assegurada ampla defesa. § 3º Nos casos dos incisos V, VI, e IX, a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de Partido Político representado na Câmara, assegurada ampla defesa. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Subseção III - Das Licenças e Substituições

Art. 23. O Vereador poderá licenciar-se: I - por motivo de doença, devidamente comprovado; II - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, não inferior a trinta dias e sem ultrapassar cento e vinte dias em uma mesma sessão legislativa; III - em outras situações decorrentes de casos fortuitos e de força maior, por até trinta dias. § 1º Nas licenças por prazos determinados, o Vereador titular não poderá reassumir antes de vencido o mesmo. § 2º O Vereador licenciado por motivo de doença terá direito a receber subsídio integral, quando comprovada a doença por atestado médico homologado pela Mesa da Câmara. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 3º O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal, será considerado automaticamente licenciado, podendo optar pela remuneração que lhe convier. § 4º O afastamento para o desempenho de missões temporárias de interesse da Câmara, não será considerado como licença, fazendo o Vereador jus ao subsídio integral. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 24. No caso de vaga, licença ou investidura de Vereador no cargo de Secretário Municipal, far-se-á a convocação do suplente pelo Presidente da Câmara. § 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob pena de ser considerado renunciante. § 2º No período de mediar entre o início da licença de um Vereador e a posse de seu suplente, calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

Subseção IV - Do Subsídio dos Vereadores (NR EMENDA À LO 004)

Art. 25. O subsídio dos Vereadores será fixado pela Câmara Municipal no último ano da

legislatura, por ato específico, votado até trinta dias antes das eleições municipais, vigorando para a legislatura seguinte, determinando-se o valor em moeda corrente nacional. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º O subsídio de que trata este artigo será atualizado pelos mesmos índices com que forem agraciados os servidores municipais. § 2º (Revogado). (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 3º A ausência a alguma sessão ordinária implicará na perda proporcional do subsídio, exceto em casos em que a ausência se der a serviço da Câmara ou do Município, ou por motivo de força maior devidamente justificado e aceito pela Mesa Diretora. § 4º As sessões extraordinárias são passíveis de pagamento de uma parcela indenizatória, proporcionais aos subsídios e não superiores a esses no período de recesso. Art. 26. Quando em viagem a serviço da Câmara, o Vereador receberá além do transporte, diárias conforme estabelecido por Decreto, observando ainda: (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); II - (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); III - nos casos em que não seja necessário pernoite, mas pelo menos duas refeições, as diárias serão pagas pela metade. IV - (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); V - o Vereador deverá apresentar um relatório de suas atividades em viagens, que deverá ser aprovado pelo plenário, para justificar o pagamento das diárias.

Seção VI - Das Atribuições da Câmara Municipal

Art. 27. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar sobre as matérias de competência do Município, especialmente sobre: I - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais; II - abertura e operações de créditos; III - tributos de competência municipal; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) IV - normas gerais sobre a alienação, seção, permuta, arrendamento ou aquisição de bens públicos; V - dívida pública municipal e os meios de resolvê-la; VI - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação das respectivas remunerações; VII - concessão e permissão de serviços públicos; VIII - plano diretor; IX - alteração da denominação de vias e logradouros públicos; X - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano; XI - organização e prestação de serviços públicos; XII - criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação estadual; XIII - concessão de direitos reais de uso de bens municipais; XIV - concessão de auxílios e subvenções; XV - uso e armazenamento de agrotóxicos e seu componentes afins; XVI - registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território; XVII - proteção ao meio ambiente e combate à poluição; XVIII - mudar temporariamente a sede do governo municipal; XIX - participação do Município em consórcios ou entidades intermunicipais ou estaduais;

XX - aprovar decretos de desapropriação. Art. 28. Compete à Câmara Municipal, privativamente, além de outras atribuições previstas nesta Lei: I - eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma desta Lei Orgânica ou do Regimento Interno; II - elaborar o Regimento Interno e dispor sobre a organização, serviços, poder de polícia e provimento dos cargos de seu quadro pessoal, mediante concurso público; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) III - receber o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito, dar-lhes posse, conceder-lhes licença e receber-lhes a renúncia; IV - fixar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, bem como as diárias dos Vereadores; V - julgar as contas do Município e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo; VI - julgar trimestralmente os relatórios das viagens que gerarem pagamento de diárias; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) VII - exercer fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município, com o auxílio do Tribunal de Contas ou órgão estadual competente; VIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar; IX - conceder licença ao Prefeito para ausentar-se do Município por período maior de quinze dias úteis consecutivos; X - mudar temporariamente sua sede; XI - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os da Administração indireta e fundacional; XII - processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei; XIII - representar ao Procurador Geral da Justiça, mediante aprovação de dois terços de seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prática de crime contra a Administração Pública; XIV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento dos cargos; XV - criar comissões de inquéritos sobre fato determinado que se inclua na competência da Câmara Municipal, sempre que requerer um terço de seus membros; XVI - convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos de mesma natureza, para prestar informações sobre a matéria de sua competência; XVII - solicitar ao Prefeito Municipal informações sobre assuntos referentes à Administração; XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito; XIX - solicitar intervenção do Poder Judiciário nos casos de não atendimento pelo Poder Municipal de seus pedidos de informações; XX - emendar a Lei Orgânica com a concordância de dois terços de seus membros; XXI - apreciar vetos do Prefeito Municipal; XXII - conceder título de "Cidadão Honorário" ou qualquer outra homenagem a pessoas que reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao Município; XXIII - convocar, regular e realizar as eleições para Conselhos Distritais, dando posse aos eleitos.

Seção VII - Do Processo Legislativo

Art. 29. O processo legislativo municipal compreende a elaboração de: I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - decretos legislativos; V - resoluções. Parágrafo único. São ainda, objeto de deliberação da Câmara Municipal de Vereadores, na forma do Regimento Interno: (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - autorizações; II - indicações; III - requerimentos; IV - moções; V - portarias. Art. 30. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal; II - do Prefeito Municipal; III - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, aprovação de dois terços no mínimo dos Vereadores. § 2º (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara com o respectivo número de ordem. § 4º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio, intervenção federal ou estadual ou estado de defesa. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 31. A iniciativa de Leis Municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado. (NR)(redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 32. É de competência exclusiva do Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre: I - regime de trabalho dos servidores; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) II - criação de cargos, empregos e funções na Administração direta e autárquica do Município, fixação e aumentos de suas remunerações, estabilidade e aposentadoria; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) III - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual; IV - criação, estruturação e atribuições dos órgãos de Administração Municipal; V - matéria tributária, abertura de créditos, concessão de subvenções e auxílios, ou que, de qualquer forma autorizem, criem ou aumentem as despesas públicas. Art. 33. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). Art. 34. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Art. 35. São objetos de leis complementares: I - regime de trabalho dos servidores; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) II - plano diretor; III - lei de parcelamento do solo; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) IV - lei de zoneamento; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) V - código de postura; VI - código de obras ou edificações; VII - código tributário municipal; VIII - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); IX - lei regulamentadora dos transportes coletivos; X - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); Parágrafo único. As Leis Complementares exigem para a sua aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara. Art. 36. Não será admitido aumento de despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa popular e nos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal. Art. 37. Todos os projetos de lei serão apreciados dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, quando nos períodos de sessões ordinárias, podendo este prazo ser prorrogado por mais quinze dias a pedido da Mesa Diretora. Parágrafo único. Na hipótese de a Câmara Municipal de Vereadores não se manifestar sobre o Projeto no prazo estabelecido no caput deste artigo, será este incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação sobre os demais assuntos, para que se ultime a votação. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 38. O projeto de lei aprovado pela Câmara será, no prazo de cinco dias úteis, enviado pelo seu Presidente ao Prefeito Municipal, que concordando, o sancionará no prazo de quinze dias úteis. § 1º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito Municipal importará em sanção. § 2º Se o Prefeito Municipal considerar o projeto no todo ou em parte inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas ao Presidente da Câmara, os motivos do veto. § 3º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea. § 4º O veto será apreciado no prazo de quinze dias, contados de seu recebimento, com parecer ou sem ele, em uma única discussão e votação. § 5º O veto somente será rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores mediante votação secreta. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo previsto para apreciação do veto, o mesmo será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até a sua votação final. § 7º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal em quarenta e oito horas para promulgação. § 8º Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer no prazo de quarenta e oito horas, caberá ao Vice-Presidente, obrigatoriamente fazê-lo. § 9º A manutenção do veto não restaura material suprimida ou modificada pela Câmara

Municipal de Vereadores. Art. 39. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara. Art. 40. O projeto de lei que receber parecer contrário da comissão que o analisar, será apresentado em plenário para apreciação e votação. Art. 41. O cidadão que o desejar, poderá usar da palavra durante a primeira discussão dos projetos de lei, para opinar sobre eles, desde que se inscreva em lista especial na Secretaria da Câmara, antes de iniciada a sessão, fazendo referencia sobre a matéria a qual falará. Parágrafo único. Caberá ao Presidente da Câmara limitar o número de cidadãos a ter direito da palavra, quando o interesse for em quantidade que torne impraticável a sessão.

CAPÍTULO IV - DO PODER EXECUTIVO Seção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito Municipal (NR EMENDA À LO 004)

Art. 42. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, com funções políticas, executivas e administrativas. Art. 43. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente à eleição em sessão solene da Câmara Municipal, após a posse dos Vereadores, ocasião em que prestarão o seguinte compromisso: "Prometo cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, observar as leis, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade". (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º Se até o dia dez de janeiro o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. § 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito, e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal. § 3º No ato da posse e ao término de mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens. § 4º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pela legislação local auxiliará o Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais e substituirá nos casos de licença e o sucederá em caso de vacância do cargo. Art. 44. Em caso de impedimento ou licença do Prefeito e do Vice-Prefeito, será chamado para exercer o cargo de Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal. Parágrafo único. A recusa do Presidente em assumir a Prefeitura implicará em perda de mandato que ocupara na Mesa Diretora. Art. 45. Em caso de vacância dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, assumirá o cargo de Prefeito Municipal o Presidente da Câmara de Vereadores, convocando novas eleições para Prefeito e Vice-Prefeito no prazo de noventa dias, desde a vacância do segundo caso este ocorra a mais de um ano do término do quadriênio e permanecendo o Presidente como Prefeito até o final do mandato caso a segunda vacância ocorra no último ano do quadriênio. Art. 46. O Prefeito receberá subsídio, definidos por Lei de iniciativa da Câmara Municipal,

editadas no último ano de legislatura, vigorando para a legislatura seguinte. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º A Lei deverá ser votada até trinta dias antes da data das eleições para a legislatura seguinte. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 2º O subsídio do Prefeito será composto em parcela única. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 3º Os subsídios do Prefeito e do Vice-Prefeito serão corrigidos nos mesmos índices e nas mesmas datas dos aumentos do funcionalismo municipal. § 4º O Vice-Prefeito receberá como subsídio valor definido em Lei por iniciativa da Câmara Municipal de Vereadores. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 5º (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 47. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando em viagem a serviço do município, receberão diárias como forma de ressarcimento de despesas com estada e alimentação, conforme estabelecido em Lei. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) (Vide LM 1.470/2006) § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado). § 4º (Revogado).

Seção II - Das Proibições

? (Seção revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 48. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). VI - (Revogado). Art. 49. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado).

Seção III - Das Licenças

Art. 50. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 51. O Prefeito poderá licenciar-se: I - por motivo de doença devidamente comprovada quando continuará a receber os vencimentos integrais; II - por motivo de força maior de caráter particular, quando não receberá vencimentos; III - para gozar de férias anuais por até trinta dias, quando continuará a receber os vencimentos integrais. Art. 52. O Vice-Prefeito assumirá as funções do Prefeito nos casos de impedimentos, férias, viagens ao exterior, licenças e vacância do cargo de Prefeito, percebendo vencimentos de Prefeito proporcionais ao tempo de substituição.

Art. 53. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão sem licença da Câmara de Vereadores, ausentar-se do país por qualquer tempo nem do Município por mais de quinze dias sob pena de perda de cargo.

Seção IV - Das Atribuições do Prefeito Municipal

Art. 54. Compete privativamente ao Prefeito: I - exercer direção superior da Administração Pública Municipal; II - representar o Município em juízo e fora dele; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução; V - vetar projetos de lei total ou parcialmente; VI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do Município; VII - dispor sobre organização e o funcionamento da Administração Municipal, na forma da Lei; VIII - expor, por ocasião da abertura da sessão legislativa anual, a situação do Município e os planos de governo;(NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) IX - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura do ano legislativo as contas do Município referentes ao ano anterior e remetê-las em igual prazo ao Tribunal de Contas do Estado; (NR)(redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) X - publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária; XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as funções públicas municipais, na forma da lei; XII - decretar, na forma da lei, desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social; XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou privadas, na realização de objetivos de interesse do Município; XIV - prestar à Câmara Municipal dentro de trinta dias, as informações solicitadas sobre fatos relacionados ao Poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na Câmara de Vereadores ou sujeita a fiscalização do Poder Legislativo, podendo o prazo ser prorrogado, a pedido, pela complexidade da matéria ou pela dificuldade de obtenção dos dados solicitados; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) XV - colocar à disposição da Câmara Municipal de Vereadores, na forma da Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000 e da Emenda Constitucional nº 25, de 14 de fevereiro de 2000, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias que lhe são próprias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia 20 de cada mês; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) XVI - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da guarda municipal, na forma da lei; XVII - decretar calamidade pública quando ocorrerem fatos que a justifiquem; XVIII - convocar extraordinariamente a Câmara; XIX - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos, e permitidos, bem como daqueles explorados pelo próprio Município, conforme critérios estabelecidos na legislação municipal; XX - requerer à autoridade competente a prisão administrativa de servidor público municipal omisso ou remisso na prestação de contas do dinheiro público; XXI - dar denominação a próprios municipais e logradouros públicos; XXII - superintender a arrecadação dos tributos e preços bem como a guarda e aplicação da receita autorizando as despesas e os pagamentos dentro das possibilidades

orçamentárias ou de créditos autorizados pela Câmara; XXIII - aplicar as multas previstas na legislação e nos convênios ou contratos, bem como revelá-las quando for o caso; XXIV - contrair empréstimos ou realizar outras operações de créditos, mediante previa autorização da Câmara Municipal; XXV - conceder auxílios e subvenções, nos limites orçamentários e nos termos do respectivo plano; XXVI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas exigidas em lei; XXVII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da comunidade; XXVIII - decretar feriados e pontos facultativos municipais; XXIX - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou as representações que lhe forem dirigidas. § 1º O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos incisos XIII, XXIII e XXIX deste artigo. § 2º O Prefeito Municipal poderá, a qualquer momento, avocar a si a competência delegada. § 3º Enviar para a Câmara Municipal e para o Tribunal de Contas do Estado, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, na forma e nos prazos definidos na Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Seção V - Dos Auxiliares Diretos do Prefeito Municipal

Art. 55. São auxiliares diretos do Prefeito, os Secretários Municipais ou diretores equivalentes, chefes, assessores, cabendo ao Prefeito estabelecer as atribuições e deveres de cada um. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. Os auxiliares diretos do Prefeito serão sempre nomeados em comissão e farão jus a função gratificada, prevista no plano de carreira, caso sejam servidores estáveis ou de provimento efetivo. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 56. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 57. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Seção VI - Da Consulta Popular

Art. 58. O Prefeito poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de interesse do Município, distrito, subdistrito ou bairro, cujas medidas deverão ser tomadas diretamente pela Administração Municipal. Parágrafo único. Lei específica regulamentará a realização das consultas populares no Município. (AC) (parágrafo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) (Vide LM 1.505/2006) Art. 59. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 60. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado).

Art. 61. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Seção VII - Das Responsabilidades do Prefeito Municipal

? (Seção revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 62. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). VI - (Revogado). VII - (Revogado). VIII - (Revogado). IX - (Revogado). X - (Revogado). XI - (Revogado). XII - (Revogado). XIII - (Revogado). XIV - (Revogado). XV - (Revogado). XVI - (Revogado). XVII - (Revogado). Parágrafo único. (Revogado). Art. 63. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Seção VIII - Das Infrações Político-Administrativas do Prefeito Municipal

Art. 64. São infrações político-administrativas cometidas pelo Prefeito Municipal ou quem vier a substituí-lo, ainda que cessada a substituição: I - impedir o funcionamento regular da Câmara de Vereadores; II - impedir o exame de livros, folhas de pagamentos e outros documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara ou auditoria regularmente instituída; III - desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da Câmara, quando feito a tempo e em forma regular; IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade; V - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, as propostas para o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e orçamento anual; VI - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro; VII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do município sujeitos à administração da Prefeitura Municipal; VIII - ausentar-se do município, por tempo superior ao permitido nesta lei, ou de suas funções, sem autorização da Câmara de Vereadores; IX - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. Art. 65. As infrações político-administrativas do Prefeito ou de quem vier a substituí-lo serão julgadas pela Câmara Municipal, conforme legislação pertinente. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

CAPÍTULO V - DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL

Art. 66. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 66-A. São Servidores do Município todos quantos percebam remuneração pelos cofres municipais, regidos por Regime de Trabalho. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 67. Os cargos públicos serão criados em lei, que estabelecerá sua denominação, padrão de vencimentos, forma de provimento e atribuições. Art. 68. A investidura em cargo público dependerá de aprovação previa em concurso público ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação ou exoneração. § 1º O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período. § 2º Aos concursados aprovados serão dadas as preferências de nomeações, segundo a ordem classificatória. § 3º As provas serão escritas, exceto para cargos providos por analfabetos ou por deficientes físicos. § 4º Não serão realizados novos concursos dentro dos prazos previstos e prorrogáveis, para cargos onde hajam aprovados em concurso anterior, ainda não nomeados, exceto para os casos onde os aprovados desistirem de sua nomeação por escrito ou que não atenderem chamado público em sessenta dias. § 5º O funcionário aprovado em concurso público, gozará de estabilidade após três anos de efetivo cumprimento nas funções do cargo para o qual prestou concurso, contados a partir da nomeação, mediante avaliação específica por Comissão. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 69. O servidor público estável só perderá o cargo: (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de Lei Complementar, assegurada ampla defesa. Parágrafo único. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido a cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Art. 70. O servidor público municipal, quando em viagem a serviço do Município, receberá diárias como forma de ressarcimento de despesas com estada e alimentação, conforme estabelecido em Lei. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) (Vide LM 1.470/2006) § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado). § 4º (Revogado). Art. 71. A revisão geral da remuneração dos servidores será realizada nas mesmas datas e pelos mesmos índices. Art. 72. Aos servidores públicos municipais é assegurado regime de previdência de

caráter contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial nos termos da Lei Federal. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 73. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 74. O décimo terceiro salário será pago até o dia vinte de dezembro do ano trabalhado. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 75. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). Art. 76. Em caso de excepcional interesse público, poderá haver contratação de funcionários por tempo determinado para atender necessidade de excepcional interesse público, definidos conforme dispuser a Lei. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 77. O servidor municipal será responsável civil, penal e administrativamente pelos atos que praticar no exercício do cargo ou função, ou a pretexto e exercê-lo, bem como quando for cúmplice co-autor ou conivente com atos que venham em prejuízo dos bens, serviços e interesses do Município. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º Os prejuízos ao erário público advindos das infrações a este artigo, serão ressarcidos pelo autor. § 2º Compete à Administração adotar as medidas judiciais competentes para ressarcimento ao erário público. Art. 78. Ao servidor público municipal, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo do subsídio do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será facultada a opção pela remuneração; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) III - investido no mandato de Prefeito Municipal, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; IV - (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) V - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoções por merecimento; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) VI - para efeito de beneficio previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Art. 79. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Art. 80. O salário do servidor municipal não poderá exceder à remuneração do Prefeito Municipal. Art. 81. As despesas de pessoal não poderão exceder a cinqüenta e quatro por cento da receita corrente. (NR)(redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 82. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público municipal não serão computados nem acumulados para fins de cessão de acréscimos, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

CAPÍTULO VI - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL Seção I - Disposições Gerais

Art. 83. A Administração Pública Direta e Indireta Municipal, visando à promoção do bem público e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará aos princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade, da motivação e da eficiência, bem como aos demais princípios constantes nas Constituições Federal e Estadual. (NR)(redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 84. O planejamento das atividades do Governo Municipal obedecerá às diretrizes deste capítulo e será feito por meio da elaboração e manutenção atualizada, entre outros, dos seguintes instrumentos: I - plano diretor; II - plano de governo; III - plano plurianual; IV - lei de diretrizes orçamentárias; V - orçamento anual.

Seção II - Das Licitações (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Art. 85. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 86. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 87. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). Art. 88. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 89. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 90. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Seção III - Dos Atos Administrativos e das Certidões (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Art. 91. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado).

Art. 92. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado). c) (Revogado). d) (Revogado). e) (Revogado). f) (Revogado). g) (Revogado). h) (Revogado). i) (Revogado). j) (Revogado). l) (Revogado). m) (Revogado). n) (Revogado). o) (Revogado). p) (Revogado). q) (Revogado). r) (Revogado). s) (Revogado). II - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado). c) (Revogado). d) (Revogado). e) (Revogado). f) (Revogado). III - (Revogado). a) (Revogado). b) (Revogado).

Seção IV - Da Publicação

? (Seção revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 93. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado).

Seção V - Do Registro

? (Seção revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 94. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). VI - (Revogado). VII - (Revogado). VIII - (Revogado). IX - (Revogado). X - (Revogado).

XI - (Revogado). XII - (Revogado). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado).

Seção VI - Das Certidões

? (Seção revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 95. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado).

CAPÍTULO VII - DOS DISTRITOS

Art. 96. Nos Distritos, exceto na sede, haverá um Conselho Distrital composto por três conselheiros lá residentes, eleitos pela respectiva população, uma vez por ano, em eleição não obrigatória, realizada no último mês de cada ano, independente de filiação partidária. § 1º Quando se tratar de Distrito novo, a eleição dos Conselheiros Distritais será realizada até noventa dias após a expedição da lei de criação. § 2º A Câmara Municipal editará, até quinze dias antes da data da eleição dos conselheiros distritais, por meio de decreto legislativo, as instruções para inscrição de candidatos, coleta de votos e apuração de resultados. § 3º Em caso de não haver interessados em candidatar-se, o Distrito ficará sem o respectivo conselho distrital no ano seguinte. § 4º Em caso de algum conselheiro mudar residência para fora do Distrito, será substituído pelo candidato seguinte em número de votos. Art. 97. Os Conselheiros Distritais, quando da posse, proferirão o seguinte juramento: "Prometo cumprir dignamente o mandato a mim confiado, observando as leis e trabalhando pelo engrandecimento do Distrito que represente". Art. 98. A função do Conselheiro Distrital constitui serviço público relevante e será exercida gratuitamente. Art. 99. Compete ao Conselheiro Distrital: I - colaborar, de acordo com a população que representa, sugestões para Lei de Diretrizes Orçamentárias, em relação ao seu Distrito, encaminhando-as ao Prefeito e à Câmara de Vereadores; II - opinar, de acordo com a população que representa, sobre a proposta do Plano Plurianual no que concerne ao seu Distrito, antes do envio à Câmara de Vereadores; III - elaborar com a Administração Municipal em todos os serviços e necessidades de sua comunidade, fiscalizando as repartições municipais do local, a qualidade dos serviços prestados, e acelerando o encaminhamento de pedidos e reclamações da comunidade ao Prefeito e à Câmara de Vereadores. Art. 100. O Prefeito Municipal poderá nomear para cada Distrito, exceto para a sede, um Subprefeito, sem remuneração ou remunerado através de lei criadora de cargos em comissão. Parágrafo único. Compete ao Subprefeito auxiliar o Prefeito no que for solicitado, fiscalizar os serviços e obras municipais de seu Distrito, atender reclamações da população, resolvendo-as ou encaminhando aos Poderes Executivo e Legislativo conforme o caso, executar e fazer cumprir as lei e regulamentos vigentes.

TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I - DA SAÚDE

Art. 101. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doenças e de outros agraves ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Parágrafo único. O dever do Poder Público, garantido por adequada política social e econômica, não exclui o do indivíduo, da família e das instituições e empresas que produzam riscos e danos à saúde do indivíduo ou da coletividade. Art. 102. Ao Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, além das atribuições inerentes, incumbe: I - coordenar e integrar as ações e serviços municipais de saúde individual e coletiva; II - elaborar as prioridades e estratégias locais de promoção de saúde; III - controlar e fiscalizar as ações e serviços públicos e privados de saúde; IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que comporte risco à saúde, a segurança ou ao bem estar físico e psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio ambiente; V - estimular a formação da consciência pública voltada à preservação da saúde e do meio ambiente; VI - realizar a vigilância sanitária e epidemiológica; VII - propiciar recursos educacionais e os meios científicos que assegurem o direito ao planejamento familiar, de acordo com a livre decisão do casal com especial atenção à família carente; VIII - garantir a formação e funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive hospitalares e ambulatoriais, visando atender as necessidades locais; IX - promover e fiscalizar as ações em benefício da saúde integral do trabalhador rural e urbano, em cumprimento à legislação referente à salubridade e segurança dos ambientes de trabalho; X - atendimento integral, sem prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; XI - estimular a participação da comunidade. Parágrafo único. As infrações aos cuidados com o ambiente de trabalho por parte das firmas empregadoras serão advertidas pelas autoridades de saúde locais que poderão chegar à cassação do alvará de licença se outra solução não houver. Art. 102-A. Cabe ao Município definir uma política de saúde e de saneamento básico interligada com programas da União e do Estado, com objetivo de preservar a saúde individual e coletiva. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 103. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 104. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 105. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 106. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 107. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

Art. 108. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 109. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

CAPÍTULO II - DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA

Art. 110. O Município tem o dever de complementar gratuitamente o ensino pré-escolar e o fundamental, bem como a oferta de creches, em conjunto com o Estado, em igualdade de condições a todos, independente de idade, com garantia de padrão de qualidade, incluindo: I - ensino noturno regular; II - atendimento educacional aos portadores de deficiência e aos super dotados; III - cursos profissionalizantes. Art. 111. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 112. O Município aplicará anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências na manutenção e desenvolvimento de ensino. Art. 113. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 114. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). Art. 114-A. O ensino municipal será ministrado conforme os princípios e fins definidos na legislação federal que trata sobre as diretrizes e bases do sistema educacional nacional. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 115. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 116. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 117. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 118. Cabe ao Município elaborar um plano municipal de educação, de duração plurianual, em consonância com o plano estadual de educação, visando a articulação e desenvolvimento do ensino fundamental e a integração das ações desenvolvidas no Poder Público que conduzam à: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade de ensino. Art. 119. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 120. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 121. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Art. 122. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 123. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 124. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 125. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 125-A. O Município, com o apoio da União e do Estado, complementará o ensino público com programas permanentes e gratuitos de material didático, transporte, alimentação saúde preventiva e atividades culturais e esportivas. (AC) (acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 126. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). Art. 127. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 128. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

CAPÍTULO III - DO DESPORTO E DO LAZER

Art. 129. É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como direito de todos, mediante: I - a promoção prioritária do desporto educacional, em termos de recursos humanos, financeiros e materiais, fomentando jogos inter-colegiais anualmente; II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares municipais; III - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte ao deficiente físico, sensorial e mental; IV - a oferta de praças para o lazer da população em geral. Parágrafo único. Através do Conselho Municipal de Desporto, o Município organizará ligas de futebol, de futebol de salão e voleibol, com campeonatos anuais oferecidos às entidades esportivas, atingindo as diversas faixas etárias. Art. 130. É dever do Município estimular o turismo, definindo diretrizes de ações públicas e privadas com vistas a promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto neste artigo, cabe ao Município, através de órgão próprio, promover: I - ações de turismo, explorando os bens naturais e culturais próprios; II - infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços turísticos. Art. 131. O Conselho Municipal de Desportos, com a supervisão do Município e composto

por segmentos da comunidade desportiva, é regido por estatutos próprios e sem remuneração. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

CAPÍTULO IV - DO TRÂNSITO E DO TRANSPORTE

? (Capítulo revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 132. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). Art. 133. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). Art. 134. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). Art. 135. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). Art. 136. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 137. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 138. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 139. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado).

CAPÍTULO V - DA SEGURANÇA PÚBLICA

? (Capítulo revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 140. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 141. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 142. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 143. (Revogado). Parágrafo único. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

CAPÍTULO VI - DA DEFENSORIA PÚBLICA

? (Capítulo revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 144. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Art. 145. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 146. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 147. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

CAPÍTULO VII - DO MENOR CARENTE, DO IDOSO E DO DEFICIENTE

Art. 148. O Município desenvolverá política e programas de assistência social e proteção à criança, ao adolescente e ao idoso, com a participação de entidades civis, obedecendo os seguintes preceitos: I - criação de programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins; II - execução de programas priorizando o atendimento no ambiente familiar e comunitário; III - especial atenção às crianças e adolescentes, em estado de miserabilidade, explorados sexualmente, doentes mentais, órfãos abandonados e vítimas de violência. Art. 149. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 150. Cabe ao Município estabelecer programas de assistência ao idoso, em defesa de sua dignidade e bem estar, participação ativa e integração na comunidade, estimulando entidades particulares a criar centros de convivência para idosos e casas lares evitando o isolamento e a marginalização social do idoso. Parágrafo único. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. (AC) (acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 151. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 152. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

CAPÍTULO VIII - DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 153. O saneamento básico é serviço público essencial e também atividade preventiva das ações de saúde e meio ambiente. § 1º É dever do Município a coleta, o tratamento e a disposição final do lixo e dos esgotos cloacais, bem como a drenagem urbana, como condição básica de qualidade de vida, de proteção ambiental e de desenvolvimento social. § 2º A Lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e o destino do lixo e resíduos urbanos, industriais, hospitalares e laboratoriais de pesquisa, análises clínicas e assemelhados. § 3º O Município estimulará e explorará, na medida do possível, a reciclagem do lixo residencial. § 4º Enquanto não estabelecida a rede de esgotos cloacais, o Município deve fornecer serviços de esvaziamento das fossas residenciais. Art. 154. O Município deve fiscalizar e fazer obedecer o código sanitário do Estado, impedindo a proliferação de insetos, acúmulos de detritos, criação de porcos dentro do perímetro urbano, bem como de animais em quantidade e forma que causem prejuízo ao meio ambiente.

Art. 155. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

TÍTULO III - DAS FINANÇAS PÚBLICAS CAPÍTULO I - DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 156. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 157. A administração tributária é atividade vinculada, essenciais ao Município, e deverá estar dotada de recursos humanos e materiais necessários ao fiel exercício de suas atribuições, principalmente no que se refere a: I - cadastramento dos contribuintes e das atividades econômicas; II - lançamento dos tributos; III - fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias; IV - inscrição dos inadimplentes em dívida ativa e respectiva cobrança amigável ou encaminhamento para cobrança judicial. Art. 158. O Município poderá instituir os seguintes tributos: (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas; IV - contribuição de iluminação pública. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 3º (Revogado). § 4º (Revogado). I - (Revogado). II - (Revogado). Art. 159. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município: (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos impostos previstos nos artigos 153, I, II, IV e V, e 154, II, da Constituição Federal. § 2º A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às leis decorrentes. § 3º As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. § 5º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, g, da Constituição Federal. § 6º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. Art. 160. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, da Constituição Federal, definidos em lei complementar. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o artigo 182, § 4º, inciso II, da Constituição Federal, o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II - Ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. § 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Art. 161. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 162. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 163. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado). Art. 164. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (Revogado).

CAPÍTULO II - DO ORÇAMENTO Seção I - Disposições Gerais

Art. 165. A receita e a despesa pública municipal obedecerão às seguintes leis de iniciativa do Poder Executivo: I - plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. § 1º A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) I - (Revogado); II - (Revogado); III - (Revogado). § 2º As diretrizes orçamentárias compreenderão: I - as prioridades da Administração Pública Municipal, quer dos órgãos da Administração direta, quer da Administração indireta com as respectivas metas, incluindo a despesa de capital para o exercício financeiro subseqüente; II - orientação para a elaboração da lei orçamentária anual. § 3º O orçamento compreenderá: I - o orçamento fiscal da Administração direta municipal, incluindo os seus fundos especiais; II - os orçamentos das entidades da Administração indireta, inclusive das fundações instituídas pelo Poder Público Municipal; III - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social ou direito a voto; IV - orçamento da seguridade social, quando for o caso. Art. 165-A. O Poder Executivo publicará até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, o Relatório da Execução Orçamentária. (AC) (artigo acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 166. Os planos e programas municipais de execução plurianual ou anual serão elaborados em consonância com o plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias, respectivamente, e apreciados pela Câmara Municipal. Art. 167. O orçamento anual será compatível com o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias, evidenciando os programas e políticas de governo municipal.

Seção II - Das Vedações Orçamentárias

Art. 168. São vedados: I - a inclusão de dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação da despesa, exceto as autorizações para abertura de créditos adicionais suplementares e contratações de operações de crédito por antecipação de receita; II - a abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais sem prévia autorização legislativa por maioria absoluta, e sem indicação de recursos correspondentes; III - operações de crédito por antecipação de receita cuja liquidação ultrapasse em trinta dias o encerramento do exercício financeiro; IV - o início de programas ou projetos não incluídos no orçamento anual; V - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos originais ou adicionais; VI - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidades precisas, aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta; VII - a vinculação de receita de impostos a órgãos ou fundos especiais, ressalvadas apenas manutenção e desenvolvimento de ensino e as que se destinem à prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; VIII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; IX - a utilização sem a autorização legislativa específica, de recursos de orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos especiais; X - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma dotação para outra ou de um órgãos para outro sem previa autorização legislativa; XI - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. § 1º Os créditos adicionais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que foram autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. § 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas decorrentes de calamidade pública. § 3º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que o autorize, sob pena de crime de responsabilidade.

Seção III - Das Emendas ao Projeto Orçamentário

Art. 169. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos créditos adicionais suplementares e especiais, serão apreciados pela Câmara Municipal no prazo máximo de quarenta e cinco dias a contar das datas de envio dos mesmos à Câmara, respeitados como limites máximos de envio dos mesmos: I - trinta de agosto do primeiro ano do mandato do Prefeito, para o Plano Plurianual; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) II - quinze de outubro para a Lei de Diretrizes Orçamentárias; (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) III - vinte de novembro para a Lei do Orçamento Anual. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) § 1º As emendas serão apresentadas na Comissão Permanente, que sobre elas emitirá parecer, sendo apreciadas pelo Plenário da Câmara. § 2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o

modifiquem, somente poderão ser aprovados caso: I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias para autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal. III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; b) com os dispositivos de texto do projeto de Lei. § 3º As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, não poderão ser aprovados quando incompatíveis com o Plano Plurianual. § 4º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, para propor modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação na Comissão Permanente da parte cuja alteração é proposta. § 5º Os recursos, que em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondente, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante abertura de créditos adicionais suplementares ou especiais com prévia e específica autorização legislativa por maioria absoluta. § 6º (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 7º Caso o Prefeito não envie os projetos para a Lei do Plano Plurianual ou a Lei de Diretrizes Orçamentárias nos prazos previstos, poderá a Câmara Municipal fazê-lo sob forma de anteprojeto de lei que após aprovado pela Câmara, deverá ser sancionado ou vetado pelo Prefeito segundo o processo legislativo normatizado nesta Lei Orgânica. § 8º (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 9º (Este parágrafo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Seção IV - Da Execução Orçamentária

Art. 170. A execução do orçamento do Município se refletirá na obtenção das suas receitas próprias, transferidas e outras bem como na utilização das dotações consignadas às despesas para a execução dos programas nele determinados, observado sempre o princípio de equilíbrio. Art. 171. O Prefeito Municipal publicará, até trinta dias após o encerramento da cada bimestre, relatório da execução orçamentária, para conhecimento público e para a Câmara de Vereadores, considerando também: I - as receitas, despesas e evolução da dívida pública; II - os valores realizados desde o início do exercício até o último mês do bimestre em análise; III - as previsões atualizadas de seu valores até o fim do exercício financeiro; IV - o percentual das receitas de cada mês, relatado o que foi gasto em pagamento de pessoal, inclusive encargos sociais; V - as mudanças ocorridas no quadro de funcionários, cargos em comissão e funções gratificadas, com a nominata e respectivos salários dos que foram afastados do serviço e dos que ingressaram. Art. 172. As alterações orçamentárias durante o exercício se representarão: I - pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e extraordinários; II - pelos remanejamentos, transferências e transposições de recursos de uma categoria de programação para outra. Parágrafo único. O remanejamento, a transferência e a transposição somente se

realizarão quando autorizados em lei específica que contenha a justificativa. Art. 173. Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fixadas para cada despesa será emitido o documento Nota de Empenho, que conterá as características já determinadas nas normas gerais do Direito Financeiro. § 1º Fica dispensada a emissão de Nota de Empenho nos seguintes casos: I - despesas relativas a pessoal e seus encargos; II - contribuição para o PASEP; III - amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos; IV - despesas relativas a consumo de água, energia elétrica, utilização dos serviços de telefone, postais, telegráficos e outros que vierem a ser definidos por atos normativos próprios. § 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, os empenhos e os procedimentos de contabilidade terão a base legal dos próprios documentos que originem o empenho.

Seção V - Da Gestão de Tesouraria

Art. 174. As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através de caixa única, regularmente instituída. Parágrafo único. A Câmara Municipal poderá ter a sua própria tesouraria, por onde movimentará os recursos que lhe forem liberados. Art. 175. As disponibilidades de caixa do Município e de suas entidades de Administração indireta, inclusive dos fundos especiais e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal serão depositadas em instituições financeiras oficiais. Parágrafo único. As arrecadações das receitas próprias do Município e de suas entidades de Administração indireta poderão ser feitas através da rede bancária privada, mediante convênio. Art. 176. Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma das unidades da Administração direta nas autarquias, nas fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal e na Câmara Municipal para ocorrer às despesas miúdas de pronto pagamento em lei.

Seção VI - Da Prestação de Contas e Fiscalização Financeira

Art. 177. A fiscalização financeira e orçamentária do município se fará mediante controle externo da Câmara Municipal e pelos sistemas internos do Executivo, instituídos por lei. Art. 178. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). Art. 179. São sujeitos a tomadas ou à prestação de contas, os agentes da Administração Municipal responsáveis por bens e valores pertencentes ou confiados a Fazenda Pública Municipal. § 1º O tesoureiro do Município, ou servidor que exerça a função, fica obrigado à apresentação do boletim diário de tesouraria, que será afixado em local próprio na sede da Prefeitura Municipal. § 2º Os demais agentes municipais apresentarão as suas respectivas prestações de contas até o dia quinze do mês subseqüente aquele em que o valor tenha sido recebido.

Art. 180. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). Art. 181. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado). I - (Revogado). II - (Revogado). III - (Revogado). IV - (Revogado). V - (Revogado). VI - (Revogado). VII - (Revogado). Art. 182. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. (revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004)

TÍTULO IV - DAS OBRAS E SERVIÇOS (NR EMENDA À LO 004) CAPÍTULO I - DAS OBRAS E SERVIÇOS (NR EMENDA À LO 004)

Art. 183. Compete ao Prefeito Municipal a administração de seus bens municipais, respeitada a competência da Câmara quanto aos empregados nos serviços desta. Art. 184. A alienação de bens municipais imóveis, subordinada à existência de interesse público justificado, será sempre precedida de avaliação, autorização legislativa e concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: I - doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato, os encargos do donatário, o prazo para seu cumprimento e clausula de retrocesso, sob pena de nulidade do ato; II - permuta; III - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004); IV - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 185. A alienação de bens moveis será precedida de avaliação, licitação, dispensada esta nos seguintes casos: I - doação que será permitida somente para fins de interesse social; II - permuta; III - (Este inciso foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Parágrafo único. É admitido o leilão como forma de alienação. Art. 186. O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência. Parágrafo único. A concorrência poderá ser dispensada por lei se o uso destinar-se a concessionários de serviço público, a entidade de assistência social ou quando houver relevante interesse público, devidamente justificado. Art. 187. A aquisição de bens imóveis, por compra, permuta ou doação, dependerá de prévia autorização legislativa, precedida de avaliação nos dois primeiros casos.

Art. 188. O Município poderá ceder a particulares, para serviços de caráter transitório, máquinas com operadores da Prefeitura, desde que os serviços da municipalidade não sofram prejuízo e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine o termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos. Art. 189. Nenhum servidor será dispensado, exonerado, ou terá aceito o seu pedido de exoneração ou rescisão, sem que o órgão responsável pelo controle dos bens patrimoniais da Prefeitura ou da Câmara, ateste que o mesmo devolveu os bens móveis do Município que estavam sob sua guarda. Art. 190. O órgão competente do Município será obrigado, independentemente de despacho de qualquer autoridade, a abrir inquérito administrativo e a propor, se for o caso, a competente ação civil e penal contra qualquer servidor, sempre que forem apresentadas denúncia contra o extravio ou danos de bens municipais.

CAPÍTULO II - DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 191. Nenhuma obra pública, salvo os casos de extrema urgência devidamente justificados, será realizada sem que conste: I - o respectivo projeto; II - o orçamento de seu custo; III - a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas; IV - a viabilidade de empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse público; V - os prazos para seu inicio e término. Parágrafo único. As obras públicas poderão ser executadas diretamente pela Prefeitura, por suas autarquias e entidades para estatais, e, indiretamente, por terceiros, mediante licitações. Art. 192. A concessão ou a permissão de serviço público, somente será efetivada com autorização da Câmara Municipal, e mediante contrato precedido de licitação. § 1º Serão nulas de pleno direito, as concessões e as permissões, bem como qualquer autorização para exploração de serviço público, feitas em desacordo com o estabelecido neste artigo. § 2º Os serviços concedidos ou permitidos, ficarão sempre sujeito a regulamentação e à fiscalização da Administração Municipal, cabendo ao Prefeito Municipal aprovar as tarifas respectivas. Art. 193. Nos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos, serão estabelecidos, entre outros: I - os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de gratuidade; II - as regras para a remuneração do capital e para garantir o equilíbrio econômico e financeiro do contrato; III - as normas que possam comprovar eficiência no atendimento do interesse público, bem como permitir a fiscalização pelo Município, de modo a manter o serviço contínuo, adequado e acessível; IV - as regras para orientar a revisão periódica de calculo dos custos operacionais e da remuneração do capital, ainda que estipulada em contrato anterior; V - a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim como a possibilidade de cobertura dos custos, por cobrança a outros agentes pela existência dos serviços; VI - as condições de prorrogação, caducidade, rescisão e reversão da concessão ou permissão.

Parágrafo único. Na concessão ou na permissão de serviços públicos, o Município reprimirá qualquer forma de abuso do poder econômico, principalmente as que visem o domínio de mercado, a monopolística e ao aumento abusivo de lucros. Art. 194. O município poderá revogar a concessão ou a permissão dos serviços que forem executados em desconformidade com o contrato ou ato pertinente, bem como daquelas que se revelarem manifestamente insatisfatórios para o atendimento dos usuários, sem indenizações. Art. 195. As tarifas dos serviços públicos, prestados diretamente pelo município ou por órgão de sua administração descentralizada, serão fixadas pelo Prefeito Municipal, cabendo à Câmara Municipal definir os serviços que serão remunerados pelo custo, acima do custo e abaixo do custo, tendo em vista seu interesse econômico social. Parágrafo único. Na formação do custo de serviços de natureza industrial, computar-se-ão, alem das despesas operacionais e administrativas, as reservas para depreciação e reposição dos equipamentos e instalações, bem como previsão para expansão dos serviços. Art. 196. O município poderá consorciar-se com outros municípios, para a realização de obras e prestação de serviços públicos de interesse comum. Parágrafo único. O Município devera propiciar meios para a criação, nos consórcios, de órgão consultivo, constituído por cidadãos não pertencentes ao serviço publico municipal. Art. 197. O Município, ao planejar uma obra de interesse de determinada comunidade, o fará de acordo com os habitantes, com os quais manterá reuniões onde possam ser aperfeiçoados, de forma democrática, os interesses comuns.

TÍTULO V - DA ORDEM ECONÔMICA E AMBIENTAL CAPÍTULO I - DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 198. O Município desenvolverá esforços para proteger o consumidor através de: I - orientação, fiscalização, denúncia e cassação de alvará, se necessário, ao comércio e à indústria que deixar de cumprir de forma que demonstre evidente má fé, tabelas de preços que porventura sejam estabelecidas por órgãos superiores controladores; II - orientação, fiscalização, denúncia e cassação de alvará, se necessário, ao comércio, indústria ou prestadores de serviços que fraude ao consumidor no peso, medida e qualidade de bens, serviços e mercadorias; III - intervenção no domínio econômico, quando indispensável para assegurar o equilíbrio entre produção e consumo; IV - estímulo às cooperativas ou outras formas de associativismo de consumo que possibilitem ofertas em melhores preços aos consumidores; V - criação de meios que possibilitem o exercício do direito à informação, à escolha, à defesa de seus interesses econômicos, à segurança e à saúde, e que facilitem o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vista à prevenção e reparação de danos individuais e coletivos; VI - incentivos à formação da consciência pública voltada para a defesa dos interesses do consumidor. Art. 199. O comercio de alimentos, vestuários, eletrodomésticos e móveis, devem manter expostos os preços para compras à vista ou nas prateleiras ou em painéis perfeitamente visíveis, de modo a facilitar ao consumidor a escolha da mercadoria pela qualidade e preço.

Art. 200. Todo produto comprovadamente vendido com defeito será trocado por outro de igual classificação e marca, qualidade correta, ou terá seu valor devolvido pelo preço do dia da devolução. Art. 201. Perderá o alvará de estabelecimento a instituição comercial ou industrial que praticar cobrança de ágio, propaganda enganosa, vendas casadas, negativa de vendas de produtos quando os tiver disponíveis ou atos fraudulentos lesivos ao consumidor. Art. 202. O serviço de defesa do cidadão e do consumidor através da Câmara de Vereadores, é o órgão competente para julgar reclamações de consumidores que não tenham atendidos pelo comercio, industria, ou prestadores de serviços, sua queixa inclusive sobre a cassação do alvará do estabelecimento.

CAPÍTULO II - DAS MICROEMPRESAS E DO COMÉRCIO

Art. 203. Na promoção do desenvolvimento econômico, o município agira sem prejuízo de outras iniciativas, no sentido de estimular as microempresas, eliminando entraves burocráticos, dispensando-lhes tratamento jurídico diferenciado, simplificado ou eliminando procedimentos administrativos em seu relacionamento com a administração municipal, especialmente em exigências relativas às licitações. Art. 204. O município permitirá às microempresas se estabelecerem na residência e de seus titulares, desde que não prejudiquem as normas ambientais, de segurança, de silêncio e de saúde pública. Art. 205. A microempresas, desde que trabalhadas exclusivamente pela família não terão seus bens ou de seus proprietários sujeitos à penhora pelo município, para pagamento de debito decorrente de sua atividade produtiva, com exceção aos débitos decorrentes da correção de danos causados ao meio ambiente. Art. 206. As microempresas consideradas como tal pela legislação estadual estão isentas do pagamento de 4% (quatro por cento) da receita da prestação do serviço. Art. 207. A microempresa que exercer atividade diversa daquela licenciada no alvará, sofrerá advertência, e no caso de reincidência, perda do alvará.

CAPÍTULO III - DA DEFESA DO MEIO AMBIENTE

Art. 208. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as presentes e futuras gerações, cabendo a todos exigir do poder publico a adoção de medidas nesse sentido. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, o Município desenvolvera ações permanentes de proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe, primordialmente: I - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão, em qualquer de suas formas; II - fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e substancias potencialmente perigosas à saúde e aos recursos naturais; III - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente; IV - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas às práticas que coloquem

em risco a sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção de espécies ou submetam animais à crueldade, exigindo para aquelas atividades potencialmente danosas ao meio ambiente, a apresentação de estudo de impacto ambiental com as respectivas medidas mitigadoras e compensarias a serem implantadas; V - incentivar e auxiliar tecnicamente, movimentos comunitários e entidades de caráter cultural, cientifico e educacional com finalidade ecológica; VI - promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua vocação, quanto à capacidade de uso; VII - fiscalizar, cadastrar e manter as florestas e as unidades publicas estaduais de conservação, fomentando o florestamento ecológico, bem como conservando, na forma da Lei, as florestas remanescentes do Município; VIII - combater as queimadas, responsabilizando o usuário da terra por suas conseqüências. § 2º As pessoas físicas ou jurídicas, publicas ou privadas, que exercem atividades consideradas poluidoras ou potencialmente poluidoras, são responsáveis direta ou indiretamente pelo acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final dos resíduos por elas produzidas. § 3º O causador da poluição ou dano material será responsabilizado e devera assumir ou ressarcir ao município, se for o caso, todos os custos imediatos ou futuros decorrentes do dano, interrompendo imediatamente a ação poluidora. Art. 209. É vedada a produção, o transporte, a comercialização e uso de biocidas, agrotóxicos ou produtos químicos ou biológicos, cujo emprego tenha sido comprovado como altamente nocivo por razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação ambiental. Art. 210. Não é permitida a aplicação de defensivos agrícolas sob forma que venha a comprometer áreas residenciais, açudes, bacias hidrográficas, fauna e flora. Parágrafo único. Inclui-se nesta proibição, a lavagem de maquinas e equipamentos, exceto quando o local seja especifico para esta finalidade e sem ferir este artigo. Art. 211. Os resíduos e embalagens de defensivos agrícolas, devem ter o seguinte destino: I - as embalagens de metal, vidro ou plástico, devem ser enterradas em locais que não contaminem animais, alimentos ou bacias hidrográficas; II - as embalagens de papel ou papelão, devem ser queimadas e suas cinzas enterradas, conforme item anterior; III - os resíduos líquidos e sólidos devem ser enterrados conforme o item inicial. Art. 212. O Município deve informar à população, sobre os níveis de poluição e situações de risco e desequilibro ecológico, indicando as medidas preventivas e corretivas possíveis de serem adotadas. Art. 213. O Município deve promover o controle e prevenção das cheias, erosão urbana e rural, a orientação adequada para o uso do solo e a recuperação dos recursos hídricos, lagoas, banhados e leitos sazonais de curso de água, vedando praticas que venham a degradá-los. Art. 214. As empresas concessionárias permissionárias de serviços públicos deverão atender rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob pena de não ser renovada a concessão ou permissão pelo Município. Art. 215. Toda a indústria, empresa, ou atividade que resulte em resíduo que depositado no solo possa prejudicá-lo ou aos lençóis freáticos, é responsável pelo tratamento do

resíduo, de forma a evitar dano ambiental. Art. 216. A instalação de obras ou atividades públicas ou privadas que possam causar danos significativos à paisagem e ao meio ambiente, dependerá da realização de estudo prévio de impacto ambiental, com publicidade prévia e com autorização da Câmara Municipal. Art. 217. Fica proibido, nos limites do Município, depósito de resíduos tóxicos ou radioativos, remanescentes de produtos proibidos ou potencialmente tóxicos, provenientes de outros Municípios. Art. 218. Os rejeitos domésticos e comerciais devem, ser incinerados, tratados ou reciclados pelo Poder Publico, de forma a evitar formação de depósitos. Art. 219. O Município exercera o direito de limitar o uso da propriedade particular ou publica, nos casos que representam riscos de extinção à flora e à fauna. Parágrafo único. Serão concedidos incentivos para a preservação de áreas de interesse ecológico em propriedades privadas, sob forma da atividades ou obras nas propriedades, decididos de comum acordo entre as partes. Art. 220. As curvas de níveis das áreas de agricultura que margeiam drenagens e estradas, não devem desaguar sobre as mesmas. Art. 221. Não são permitidos ruídos que perturbem o descanso da população após às vinte e duas horas, quando provocados intencionalmente. § 1º A atividade de diversão publica devidamente licenciada, fica excluída desta proibição, desde que o ruído seja compatível com a finalidade proposta. § 2º É passível de cassação do alvará, o estabelecimento que infringir este artigo. § 3º Caso a infração ocorra em residência, o proprietário será penalizado sob forma de admoestação inicialmente, podendo ser estabelecido multas para os casos de reincidências. Art. 222. Não é permitido fumar em locais de acesso ao público de repartições públicas, escolas, estabelecimentos de saúde, transporte coletivos, supermercados, igrejas, cinemas, teatros e restaurantes. Art. 223. Os depósitos de gás liqüefeito dos revendedores, devem ser ambientes arejados, cercados por muros de dois metros de altura mínima, distantes ao menos seis metros das residências e prédios de uso humano mais próximos, estando as embalagens no mínimo a três metros dos muros. Art. 224. O Município deve criar órgão responsável pelos cuidados ao meio ambiente, devendo ao mesmo atuar de acordo com os conhecimentos técnicos e científicos existentes.

CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA URBANA

Art. 225. A política urbana, a ser formulada no âmbito do processo de planejamento municipal, terá por objetivo o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o bem-estar dos seus habitantes, em consonância com as políticas sociais e econômicas do Município. Parágrafo único. As funções sociais da cidade, dependem do acesso de todos os

cidadãos aos bens e serviços urbanos, assegurando lhes condições de vida e moradia compatíveis como estagio de desenvolvimento do município. Art. 226. O plano diretor, aprovado pela câmara municipal, é o instrumento básico da política urbana a ser executada pelo Município. § 1º O plano diretor fixará os critérios que assegurem a função social da propriedade, cujo uso e ocupação deverão respeitar a legislação urbanística, a proteção do patrimônio ambiental natural e construído e o interesse da coletividade. § 2º O plano diretor devera ser elaborado com a participação das entidades representativas da comunidade diretamente interessadas. § 3º O plano diretor definira as áreas especiais de interesse social, urbanístico ou ambiental, para as quais será exigido aproveitamento adequado previstos na Constituição Federal. § 4º O plano diretor deverá ser elaborado através de uma equipe com capacidade técnica para tal atribuição, sendo a mesma constituída por recursos humanos com conhecimentos técnicos relacionados à definição da ocupação do meio físico pelo homem. Art. 227. O Município promoverá em consonância com sua política urbana e respeitadas as disposições do plano diretor, programas de habitação popular destinados a melhorar as condições de moradia da população carente. § 1º A ação do município deverá orientar-se para: I - ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura básica e servidos por transporte coletivo: II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de construção de habitação e serviços; III - urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por população de baixa renda, passíveis de urbanização. § 2º Na promoção de seus programas de habitação popular, o Município deverá articular-se com os órgãos estaduais, regionais e federais competentes e quando couber, estimular a iniciativa privada a contribuir para aumentar a oferta de moradias adequadas e compatíveis com a capacidade econômica da população. Art. 228. É facultado ao Poder Público Municipal mediante lei especifica para área incluída no plano diretor, exigir do proprietário do solo urbano não edificado e não utilizado, em local de comprovada e indiscutível necessidade, que promova seu adequado aproveitamento sob pena de: I - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; II - desapropriação, com pagamento à vista em moeda corrente nacional, assegurando ao proprietário o valor de mercado. Art. 229. O Município deve enviar esforços e colaborar no que for possível, procurando a regularização das escrituras urbanas. Art. 230. A área industrial será definida pelo plano diretor na inexistência do mesmo, devera ser definida através de um estudo técnico elaborado por equipe multidisciplinar competente. Art. 231. A instalação de ondulações transversais às vias públicas, deve ser da forma seguinte: I - ser precedida de sonorizador, com extensão suficiente para alertar o condutor da presença da ondulação à frente; II - ser sucedida por uma faixa destinada a travessia de pedestres;

III - ser instalada em local perfeitamente iluminado, permitindo ao motorista visualizá-la à distância, mesmo à noite; IV - ser instalada em local de real necessidade, de acordo com os habitantes e a Câmara de Vereadores. Art. 232. É proibida a criação de abelhas a menos de duzentos metros da residência mais próxima. Art. 233. Todo o cão que esteja em via pública sem a presença do proprietário, poderá ser recolhido pelo Poder Público e será devolvido mediante pagamento de taxa de serviço urbano a ser estabelecida. Parágrafo único. Caso o animal não seja procurado pelo seu proprietário no prazo de trinta dias, o Poder Público poderá doá-lo ou exterminá-lo em última hipótese. Art. 234. Fica proibida a colocação de qualquer tipo de obstáculo ao trânsito de pedestres nos passeios públicos.

CAPÍTULO V - DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA

Art. 235. É responsabilidade do Município, no campo de sua competência, a realização de investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja direta ou mediante delegação ao setor privado para esse fim. Parágrafo único. A atuação do Município dar-se-á, preferentemente, em meio rural, para a fixação de contingentes populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e geração de renda, e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar esse propósito. Art. 236. A atuação do Município na zona rural terá como principais objetivos: I - oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e trabalhador rural, condições de trabalho e de mercado para os produtos, a rentabilidade dos empreendimentos e a melhoria do padrão de vida da família rural. II - estimular a produção e garantir o escoamento, sobretudo do abastecimento alimentar; III - garantir a utilização racional dos recursos naturais. Art. 237. Cabe ao Município utilizar a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte, o associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais como principais instrumentos para fomento da produção na zona rural, criando uma Patrulha Agrícola para melhor viabilizar desta obrigação.

TÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 238. A Câmara de Vereadores tem cento e oitenta dias a partir da data de promulgação desta Lei Orgânica, para a realização das primeiras eleições dos Conselhos Distritais. (NR) (redação estabelecida pela Emenda à Lei Orgânica nº 004) Art. 239. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 240. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 241. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004).

Art. 242. (Este artigo foi revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 004). Art. 243. Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos membros da Câmara Municipal, será por ela promulgada, e entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões da Câmara Municipal de Vereadores de Salto do Jacuí, em 28 de dezembro de 2005.