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Página: 1 PROFESSOR DE HISTÓRIA LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO 01- Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) Este caderno com o enunciado das 40 (quarenta) questões objetivas divididas nas seguintes sessões: LÍNGUA PORTUGUESA CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos 1 a 10 2,0 11 a 20 2,0 21 a 40 2,5 b) Uma (1) Folha de Respostas, destinada às respostas das questões objetivas formuladas nas provas, a ser entregue ao fiscal no final. 02- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem na confirmação de inscrição. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio da Folha de Respostas, preferivelmente à caneta esferográfica de tinta na cor preta ou azul. 04- Tenha muito cuidado com a Folha de Respostas para não a DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. A folha somente poderá ser substituída caso esteja danificada em suas margens superior ou inferior – BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 05- Na prova, as questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima do enunciado 06- Na folha de respostas, as mesmas estão identificadas pelo mesmo número e as alternativas estão identificadas acima da questão de cada bloco de respostas. 07- Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA. A marcação de nenhuma ou de mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS SEJA A CORRETA. 08- Na Folha de Respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo TODO O ESPAÇO compreendido pelo retângulo pertinente à alternativa, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, procurando deixar menos “espaços em branco” possível dentro do retângulo, sem invadir os limites dos retângulos ao lado. 09 – SERÁ ELIMINADO do Concurso o candidato que: a) Se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas, relógios e/ou aparelhos de calcular, bem como rádios gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) Se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e a Folha de Respostas. 10- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11- Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas, e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12- O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA PARA TODOS OS CARGOS É DE 4 (QUATRO) HORAS.

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO 01- Você recebeu do fiscal o seguinte material:

a) Este caderno com o enunciado das 40 (quarenta) questões objetivas divididas nas seguintes sessões:

LÍNGUA

PORTUGUESA

CONHECIMENTOS

PEDAGÓGICOS

CONHECIMENTOS

ESPECÍFICOS Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos

1 a 10 2,0 11 a 20 2,0 21 a 40 2,5

b) Uma (1) Folha de Respostas, destinada às respostas das questões objetivas formuladas nas provas, a ser entregue ao

fiscal no final. 02- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem na

confirmação de inscrição. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio da Folha de Respostas, preferivelmente à caneta

esferográfica de tinta na cor preta ou azul.

04- Tenha muito cuidado com a Folha de Respostas para não a DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. A folha somente poderá ser substituída caso esteja danificada em suas margens superior ou inferior – BARRA DE RECONHECIMENTO

PARA LEITURA ÓTICA. 05- Na prova, as questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima do enunciado

06- Na folha de respostas, as mesmas estão identificadas pelo mesmo número e as alternativas estão identificadas acima

da questão de cada bloco de respostas. 07- Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e

(E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA. A marcação de

nenhuma ou de mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS SEJA A CORRETA. 08- Na Folha de Respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo TODO O

ESPAÇO compreendido pelo retângulo pertinente à alternativa, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação

completamente, procurando deixar menos “espaços em branco” possível dentro do retângulo, sem invadir os limites dos

retângulos ao lado. 09 – SERÁ ELIMINADO do Concurso o candidato que:

a) Se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas, relógios e/ou aparelhos de calcular, bem como rádios gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;

b) Se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e a Folha de Respostas. 10- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas

no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11- Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas, e ASSINE A LISTA DE

PRESENÇA. 12- O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA PARA TODOS OS CARGOS É DE 4 (QUATRO) HORAS.

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

TEXTO 1

Uma Galinha

Clarice Lispector

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances,

alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve

estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno

deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço

junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum

esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos

cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição

tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma

luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum

auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de

conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava

ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer

por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que

fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria

contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo

uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi

presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa

violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De

pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida

que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando,

abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas,

enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo

estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem!

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não

era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum

sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento

qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do

colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se

lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos,

menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de

apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena

coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado

como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua

espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira

do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse

dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a

expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era

uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco — Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado

por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.

TEXTO 2

Galinha e galo são os nomes dados, respectivamente, à fêmea e ao macho da espécie Gallus gallus

domesticus de aves galiformes e fasianídeas. Os juvenis são chamados de frango ou pinto. Estas aves possuem

bico pequeno, crista carnuda e asas curtas e largas. A galinha tem uma enorme importância para o Homem pois

é o animal doméstico mais difundido e abundante do planeta e uma das fontes de proteína mais baratas. Além

de sua carne, as galinhas fornecem ovos. Segundo dados de 2003, há cerca de 24 bilhões de galinhas no

mundo. Em alguns países da África moderna, 90% dos lares criam galinhas. As galinhas são aves onívoras mas

têm preferência por sementes e pequenos invertebrados.

Há vários anos as galinhas são fonte de alimento. As primeiras referências a galinhas domesticadas surgem

em cerâmicas coríntias datadas do século VII a.C.. A introdução desta ave como animal doméstico surgiu

provavelmente na Ásia, de onde é nativa a espécie Galo Banquiva (Gallus gallus). Apesar de os romanos

terem desenvolvido a primeira raça diferenciada de galinhas, os registros antigos mostram a presença de aves

selvagens asiáticas na China desde 1400 a.C. Da Grécia Antiga as galinhas espalharam-se pela Europa e os

navegadores polinésios levaram estes animais nas suas viagens de colonização do Oceano Pacífico incluindo a

Ilha da Páscoa. A proximidade ancestral com o homem permitiu o cruzamento destinado à criação de diversas

raças, adaptadas às diferentes necessidades. São também uma fonte de doenças virais.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Galinha

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

♦ Língua Portuguesa ♦

Questão 01

“Ainda viva porque não passava de nove horas da

manhã.”. (linha 1 – TEXTO 1)

O termo em negrito pode ser substituído, sem que

haja alteração de sentido, por:

A) enquanto

B) para que

C) pois

D) portanto

E) todavia

Questão 02

A linguagem figurada é bastante utilizada em textos

literários garantindo-lhes estilo, expressividade. No

conto Uma Galinha, de Clarice Lispector, há a

predominância da linguagem figurada. Das

alternativas abaixo, qual aquela que apresenta a

figura de linguagem predominante no conto?

A) alusão

B) gradação

C) metáfora

D) metonímia

E) sínquise

Questão 03

A partir da leitura e comparação dos textos é

possível concluir que:

A) os textos tratam, ambos, do mesmo objeto, a

galinha, porém cada um possui uma abordagem

específica; um é narrativo e o outro é descritivo

B) os textos tratam de objetos diferentes, pois no

primeiro a galinha é personificada, já no

segundo ela é descrita

C) cada texto apresenta seu ponto de vista a respeito

do objeto de que tratam. No primeiro ela é

descrita como uma espécie de animal, já no

segundo, enquanto um ser que luta pela

sobrevivência

D) os textos apresentam do mesmo modo o objeto

em discussão, no caso a galinha, pois ambos

expõem, descrevem e narram situações

referentes a esse animal

E) os textos não tratam do mesmo objeto, no caso a

galinha, pois cada um possui uma maneira

própria de expressar o tema que abordam

Questão 04

Leia o trecho a seguir: “em pulos cautelosos

alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula,

escolhia com urgência outro rumo.”. (linhas 10-11 –

TEXTO 1)

Em determinadas línguas não encontramos acentos

ortográficos. Esse, porém, não é o caso da língua

portuguesa, em que podemos encontrar facilmente

palavras acentuadas por motivos diversos.

Assinale a opção que apresenta, respectivamente,

duas palavras acentuadas pela mesma razão que são

acentuadas as palavras no trecho destacadas:

A) barítono; pé

B) pólvora; área

C) trôpego; insípido

D) você; gênio

E) órfã; tórax

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

Questão 05 Questão 07

Segundo Evanildo Bechara, “em português a

concordância consiste em se adaptar a palavra

determinante ao gênero, número e pessoa da palavra

determinada.”.

A partir da concepção acima referida, pode-se dizer

que há ERRO de concordância nominal na seguinte

alternativa:

A) A língua e a literatura portuguesa são

riquíssimas.

B) João diz que uma e outra viga se sustentam bem.

C) O Amazonas e o Capibaribe são rios brasileiros.

D) Esses são os carros mais belos possíveis.

E) Vão os documentos e as passagens anexos à

carta.

Questão 06

“Em alguns países da África moderna, 90% dos

lares criam galinhas.” (linha 6 – TEXTO 2)

Qual das alternativas abaixo mantém o mesmo

sentido expresso no trecho acima destacado?

A) Em 90% dos países da África moderna, alguns

lares criam galinhas.

B) Galinhas são criadas em 90% dos lares em

alguns países da África moderna.

C) Na África moderna, em 90% dos lares, algumas

galinhas são criadas.

D) 90% das galinhas dos lares criam em alguns

países da África moderna.

E) Em alguns países da África moderna, 90% das

galinhas criam lares.

Quando escrevemos ou falamos devemos estar

atentos à regência; principalmente no caso de

sermos educadores.

Dentre as cinco alternativas abaixo, assinale a qual

apresente regência INCORRETA:

A) O corpo humano é composto de vários sistemas.

B) Jorge, correndo, deparou-se no muro.

C) Todo padre deve ser misericordioso para com os

seus fiéis.

D) Nosso trabalho será intercalado entre os turnos

da manhã e da tarde.

E) Não irei me vincular aos seus negócios.

Questão 08

No trecho “Inconsciente da vida que lhe fora

entregue, a galinha passou a morar com a família.”,

a palavra em destaque passou por um processo

morfológico. (linha 38 – TEXTO 1)

Das palavras abaixo, assinale aquela que é formada

pelo mesmo processo da palavra em negrito:

A) apática

B) externo

C) impropriamente

D) incrível

E) intimidade

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

Questão 09

Qual dos verbos a seguir, na segunda pessoa do

singular do pretérito mais-que-perfeito do modo

indicativo, é conjugado da mesma forma que o

verbo do seguinte trecho: “Parecia calma.”(linha 1 –

TEXTO 1 )?

A) partilhar

B) partir

C) ser

D) vender

E) ver

Questão 10

Preencha as lacunas corretamente:

Fui Paris trabalho. No primeiro dia,

pela manhã, aproveitei para conhecer Torre

Eiffel. dez horas da manhã fui uma

loja de perfumes onde comprei várias fragrâncias.

A) a; a; a; às; a

B) a; a; a; as; à

C) a; à; a; às; a

D) à; a; a às; à

E) à; à; a; às; a

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♦ Conhecimentos Pedagógicos ♦

Questão 11

“...O ENEM tem sido um fator importante para o Ministério da Educação avaliar os desempenhos dos alunos da escola pública e privada de todo país, servindo também na orientação das políticas educacionais no Brasil. (...) a Matriz de Competências do ENEM é a base do que será avaliado no Exame, estruturado para avaliar as cinco competências.” (Equipe Brasil Escola.com)

Marque a opção que contempla UMA das cinco competências a serem avaliadas pela Matriz de Competências do ENEM, entre as alternativas abaixo:

A) relacionar dados e conhecimentos científicos disponíveis em situações variadas, para construir argumentação acadêmica

B) pesquisar informações e conhecimentos científicos disponíveis em situações variadas, para construir argumentação acadêmica

C) relacionar informações e conceitos, em diferentes contextos, e conhecimentos culturais disponíveis, para construir argumentação coletiva

D) pesquisar dados e conhecimentos científicos disponíveis em situações abstratas, para construir argumentação coletiva

E) relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente

Questão 12

De acordo com o educador Cipriano Luckesi, no caso da aprendizagem, o erro não deve ser visto como fonte de castigo, devendo ser um suporte para a autocompreensão. Assim sendo, o erro, aqui, é visto como:

A) momento terminal do processo educativo B) algo estático do processo educativo C) algo dinâmico, como caminho para o avanço D) algo apropriado para um acerto de contas E) exigência burocrática periódica

Questão 13

A sociedade clama por uma educação de qualidade, que contemple a superação dos problemas sociais vivenciados na atualidade. “A revalorização da profissão do magistério deve começar pelos cuidados com a formação do professor. Tomar os cursos de magistério como momentos efetivos de reflexão sobre a educação é condição para a superação da atividade meramente burocrática em que mergulham muitos desses cursos. Afinal, não basta ser químico para ser um bom professor de química nem "ter jeito para lidar com crianças" para dar aulas no pré- primário... devem ter uma compreensão sistematizada da educação, a fim de que o trabalho pedagógico se desenvolva para além do senso comum e se torne realmente uma atividade intencional.” (ARANHA, 1989, p.152).

Analise as proposições, considerando a afirmativa acima acerca dos aspectos importantes da formação do professor:

I – Qualificação: o professor deve adquirir os conhecimentos científicos indispensáveis para o ensino de um conteúdo específico.

II – Formação pedagógica: a atividade de ensinar deve superar os níveis do senso comum, tornando-se uma atividade sistematizada.

III – Formação ética e política: o professor deve educar a partir de valores e tendo em vista um mundo melhor.

Está (ão) correta (s) proposição (ões):

A) I apenas B) I, II e III C) III apenas D) II apenas E) II e III apenas

Questão 14

O supervisor pedagógico do Ensino Médio de uma escola estadual, no início do período letivo, ao reler o PPP para elaborar o planejamento participativo com os docentes da escola, lembrou-os de que vivemos numa cultura totalmente icônica. Com base no exposto na atual Lei 9.394/96, é possível afirmar que “se constituirá, como componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos, o ensino de...” (CARNEIRO):

A) informática B) artesanato C) dança folclórica D) artes

www.pciconcursoEs).creocmrea.çbãro

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

Questão 15 Questão 17

Ao se reunirem na Escola X para elaborarem o Projeto

Político-Pedagógico, a equipe técnico-pedagógica pediu

para que todos os presentes refletissem sobre o seu

significado para a comunidade escolar.

Segundo Vasconcelos, “do ponto de vista conceitual, há

necessidade de se precisar o próprio conceito de Projeto

Político-Pedagógico, pois, embora se tenha avançado

bastante neste campo, ainda persistem algumas

confusões, como por exemplo, achar que Projeto é o

mesmo que regimento, ou ainda confundir Projeto com o

mero agrupamento dos planos de ensino ou dos vários

planos setoriais da escola.”

Entendendo-se o Projeto Político-Pedagógico como

sendo o plano global da instituição, o que deve estar

dando suporte formal, legal e jurídico para aquilo que a

equipe pedagógica se propõe a realizar?

A) o plano de curso

B) o plano de aula

C) os centros de interesse

D) o regimento

E) o planejamento educacional

Questão 16

Ao afirmar que ensinar é uma especificidade humana,

Paulo Freire mostra que “(...) a arrogância farisaica,

malvada, com que julga os outros e a indulgência macia

com que se julga ou com que julga os seus. A arrogância

que nega (...) a humildade, não é virtude dos que

ofendem nem tampouco dos que se regozijam com sua

humilhação.”

Considerando-se o clima de respeito que nasce na

relação docente/discente, Freire afirma que “Ensinar

exige”:

A) segurança, competência profissional e generosidade

B) segurança, formação profissional e autoritarismo

C) conhecimento científico, competência profissional e

autoridade

D) segurança, formação profissional e transmissão de

conhecimento

E) domínio pedagógico, transmissão de conhecimento e

igualdade

Para Libâneo, “... ao considerar os objetivos gerais e suas

implicações para o trabalho docente em sala de aula, o

professor deve conhecer os objetivos estabelecidos no

âmbito do sistema escolar oficial, seja no que se refere à

valores e ideais educativos, seja quanto às prescrições de

organização curricular e programas básicos das

matérias.”

Uma vez que o trabalho escolar está vinculado a

diretrizes nacionais, estaduais e municipais de ensino,

esse conhecimento se faz necessário, pois precisamos

saber que concepções de homem e sociedade os

caracterizam, uma vez que expressam os interesses

dominantes dos que controlam os órgãos públicos.

Com base na afirmativa acima, indique os níveis de

abrangência que devem ser considerados no momento

em que os objetivos gerais são traçados:

I – O sistema escolar, que expressa as finalidades educa-

tivas de acordo com ideais e valores dominantes na

sociedade.

II – A escola, que estabelece princípios e diretrizes de

orientação do trabalho escolar com base num plano

pedagógico-didático que represente o consenso do

corpo docente em relação à filosofia da educação e à

prática escolar.

III – O professor, que concretiza no ensino da matéria a

sua própria visão de educação e de sociedade.

IV – O aluno, que absorve, na aquisição da matéria, os

conhecimentos culturais necessários para a sua

inserção no mercado de trabalho.

Está (ão) correto (s) apenas:

A) I, II e IV

B) II, III e IV

C) I e III

D) I, III e IV

E) I, II e III

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Questão 18

Na escola onde trabalha Luiza, muitos professores

divergem sobre o que é projeto. Acreditam, como nos diz

Gandin, que o projeto deverá ser muito mais simples,

“estando às considerações que o embasam já contidas no

plano do qual brotou a decisão do projeto. Precisa ser tão

claro e tão simples que qualquer pessoa possa coordenar

sua execução”.

Para Gandin, “O projeto é a máxima aproximação - junto

com a orientação da rotina - entre a elaboração (pensar) e

a execução (agir): constam nele apenas as especificações

para a ação”.

Assim sendo, o autor conceitua projeto como uma ação

desencadeada:

A) dentro de um período de tempo determinado,

geralmente para criar algo que não existia antes

B) sem um período de tempo determinado, geralmente

para criar algo que não existia antes

C) em qualquer período de tempo, geralmente para dar

asas ao que já existia antes

D) dentro de um período de tempo indeterminado, para

concretizar o que já existia antes

E) dentro de um período de tempo indeterminado, para

concretizar o combinado no planejamento prévio

Questão 19

Para desenvolver o fazer docente em sala de aula, o

professor precisa traçar uma conjunto de relações

interativas necessárias para facilitar a aprendizagem, que

tem como ponto de partida o próprio planejamento.

Em “(...) a influência da concepção construtivista na

estruturação das interações educativas na aula”, Zaballa

nos aponta que entre as funções docentes, ao se fazer o

planejamento, deve-se cuidar de:

Está (ão) correta (s):

A) II e III apenas

B) I e III apenas

C) I, II e III

D) I e II apenas E) III apenas

Questão 20

Em Luckesi, quanto à ação educativa, com os seus

determinantes, o papel do educador deve refletir “... a

responsabilidade de dar a direção ao ensino e ao

educando ao participar do processo, o de aprender e se

desenvolver, formando-se tanto como sujeito ativo de

sua história pessoal quanto como da história humana.”

Como o docente está “num nível mais elevado de

desenvolvimento das suas capacidades e por deter um

patamar cultural mais elevado, deverá ocupar o lugar de

estimulador do avanço do educando.”

É no contexto social definido que a relação

educador/educando realiza o (s):

A) projetos de Educação de Jovens e Adultos

B) processo educativo

C) projetos e atividades pedagógicas livres

D) projeto da didática magna

E) projetos de vida

I – Planejar a atuação docente de uma maneira

suficientemente flexível para permitir a adequação

às necessidades dos alunos em todo o processo de

ensino / aprendizagem.

II – Contar com as contribuições e os conhecimentos dos

alunos, tanto no início das atividades como durante

sua realização.

III – Ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo

para que conheçam o que devem fazer, sintam que

podem fazê-lo e que é interessante fazê-lo.

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

♦ Conhecimentos Específicos ♦

Questão 21

“Tudo valia dinheiro. Os postos militares que garantiam

a polícia dos campos e ali preenchiam as funções

administrativas faziam os povoados votarem-lhe

gratificações. Todo funcionário dava um jeito para lhe

molharem a mão a fim de executar a menor tarefa; (...) as

propinas acabaram sendo oficialmente tabeladas e o

preço de cada etapa foi afixado nos escritórios. Os

administradores tinham o cuidado de apresentar-se diante

de um funcionário ou de um alto dignitário com um

presente na mão; afinal, tratava-se de reconhecer com

um símbolo substancial a superioridade dos chefes sobre

os comandados. (...) (...) Exigir pagamentos ilegais

constituía o grande negócio dos governadores de

província, que compravam o silêncio dos inspetores

imperiais e dividiam os lucros com seus oficiais e chefes

de departamento. O poder central fazia vista grossa,

bastava-lhe receber sua parte. (..) um romano enriquecia

em parte à custa dos cofres públicos. Quanto ao resto,

além das extorsões, o governador negociava; o último

século antes de nossa era viu os negociantes italianos

apoderarem-se de todas as posições econômicas no

Oriente grego com a ajuda interessada dos governadores

ali estabelecidos.” [VEYNE, Paul. O Império Romano.

In: (org.). História da vida privada – Do

Império Romano ao ano mil. trad.Hildegard Feist. São

Paulo: Companhia das Letras, 1989, vol. I, p. 106-7.]

O texto acima retrata certas ações e práticas da elite

política e militar romana, à época do Império, que

evidenciavam como as diversas instâncias do poder

público eram permeáveis a interesses econômicos que,

não inscritos em lei, garantiam o funcionamento das

instituições por meio de um código de enriquecimento

que transitava pelo poder privado, tendo em vista

legitimar relações de domínio no âmbito de uma

sociedade escravista.

A respeito das articulações entre as relações de poder, as

determinações sócio-econômicas e a crise do IIIº século,

é possível demonstrar:

A) se, a princípio, as práticas de corrupção entre

membros do poder público e homens de negócios

garantiram o funcionamento das instituições

imperiais resultaram em uma anarquia que se abateu

sobre o Exército e o Senado romanos, destruindo o

poder diárquico que sustentava o Império

B) a crise do IIIº século foi uma crise eminentemente

político-militar, cujas raízes remontavam à

corrupção e ao clientelismo que sempre

caracterizaram o exercício do poder em Roma, uma

vez que a economia urbana e escravista estava no

auge, fomentando um enorme afluxo de riquezas das

províncias para a península

C) a carência de mão-de-obra, a perda de autonomia

das províncias e o aumento da tributação foram

elementos que contribuíram para o esgotamento da

crise da economia escravista romana, gerando a

falência dos grandes proprietários no campo,

reforçando o papel econômico das cidades e

consolidando as atividades ligadas ao comércio e ao

artesanato em detrimento da agricultura praticada na

latifúndia romana.

D) a “Pax Romana” marcou o fim das conquistas

romanas, tendo em vista assegurar as fronteiras

ocidentais e orientais do Império sob a mira dos

povos germânicos; porém, interrompeu a fonte

regular abastecedora de mão-de-obra, golpeando o

escravismo antigo e determinando uma crise

catastrófica da economia urbana

E) a constante necessidade de fortificação e

militarização das fronteiras do Império Romano foi

um elemento determinante para explicar a crise do

IIIº século porque a ampliação do efetivo do

Exército estimulou práticas de propina entre seus

membros, principalmente entre as legiões,

desencadeando a indisciplina e a desorganização do

poder militar

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Questão 22

“Temos de falar das superstições injuriosas, algumas

das quais são ofensivas a Deus, e outras ao próximo.

São ofensivas a Deus as superstições que outorgam

honras divinas aos demônios ou a outra criatura

qualquer: é próprio da idolatria, e também do que fazem

as miseráveis mulheres lançadoras de sorte que pedem a

salvação adorando os arbustos de madressilvas ou

fazendo-lhes oferendas, desprezam as igrejas ou as

relíquias dos santos, levam seus filhos a esses arbustos

ou a outros objetos, para que produzam a cura (...).” [Eienne de Bourbon. De la adoración del can Guidefort. Apud

SCHMITT, Jean Claude. La herejia del santo lebrel.p 17-8.]

Durante a Idade Média, a Igreja Cristã Romana, a

despeito de ter enfrentado graves obstáculos para impor a

sua fé, logrou organizar e unificar a cristandade européia,

impregnando a vida cotidiana de rituais religiosos e

impondo regras de comportamento e de convívio sociais

entre os homens.

Quanto ao papel da Igreja Cristã na Europa feudal, cabe

destacar:

A) a educação, a administração e a justiça, em que pese

o poder do alto clero, eram reguladas e controladas

exclusivamente pela nobreza feudal, que podiam

elaborar leis, cobrar impostos e mobilizar o

exército, assumindo funções inerentes a um poder

político central constituído

B) na condição de única instituição centralizada que

sobreviveu ao desmoronamento do Império Romano

do Ocidente, a Igreja Cristã também intervinha no

funcionamento da vida econômica com a imposição

do justo preço e a condenação à usura e à

especulação, práticas que se perpetuaram mesmo

após as transformações e a crise do feudalismo

C) a Igreja Católica Romana era a instituição que

reunia em torno de si o poder temporal e o poder

espiritual, organizando e garantindo a ordem

econômica e social, uma vez que, além de ser

superior à nobreza pela extensão dos seus domínios

territoriais, detinha o monopólio da cultura

D) se as formas de doença e loucura dos homens eram

atribuídas a feitiços do diabo ou a castigos por

heresias, que eram resolvidas através dos sinais-da-

cruz, água benta e preces, as manifestações culturais

ligadas à pintura, música, literatura, escultura e

arquitetura tinham uma autonomia frente às regras

religiosas, ungindo elementos do sagrado e do

profano em suas obras

E) a Igreja Cristã patrocinou e estimulou o

conhecimento científico que avançou,

significativamente, em áreas como filosofia,

matemática, medicina, anatomia, astronomia e

geografia, como uma alternativa para defender a

cristandade das crenças heréticas, magias e

superstições que negavam as afirmações e preceitos

da ciência corroborados, muitas vezes, pelas

Sagradas Escrituras

Questão 23

“(...) o acesso das sociedades ocidentais à escrita entre os

séculos XVI e XVII não foi um progresso linear e

contínuo. E talvez seja essa fragilidade que mais o

diferencia do processo de alfabetização baseado na

escolarização universal que se desencadeia

irreversivelmente no século XIX. Embora maior, a

familiaridade com a escrita não é igual para todos.

(...).(...). Lembra-se que ele [o conhecimento] deve

continuar sendo a obra exclusiva dos novos clérigos - os

intelectuais. (...). (...). No século XV, a leitura silenciosa

tornou-se, portanto, a maneira usual de ler - pelo menos

para os leitores familiarizados com a escrita e de longa

data alfabetizados. Para os outros, para os quais o livro

continua sendo um objeto incomum, estranho, de raro

manuseio, o procedimento antigo sem dúvida nenhuma

permanece como uma necessidade. Para quem pode

praticá-la, a leitura silenciosa abre horizontes inéditos.

Primeiro transformou radicalmente o trabalho intelectual,

que na essência se tornou um ato de intimidade

individual. Depois permitiu um fervor mais pessoal, uma

devoção mais privada, outra relação com o sagrado (...).

Por fim, ler sozinho, em silêncio, em segredo, propicia

audácias: daí no final da Idade Média, na época do

manuscrito, a circulação de textos heréticos, a expressão

de idéias críticas, o sucesso dos livros eróticos (...). (...)

Lido em silêncio (ao menos pelas elites), o livro torna-se

assim o companheiro privilegiado de uma intimidade

inédita. E para os que podem ter uma, a biblioteca

constitui doravante o local por excelência do estudo e da

meditação solitária.” [CHARTIER, Roger. As práticas da escrita

in. ARIÈS, P. & DUBY, Georges. História da vida privada – da

Renascença ao século das luzes. São Paulo: Cia. das Letras, 1991,

vol. 3., p. 113-159.]

As novas práticas de leitura e de escrita a partir do

Renascimento se relacionaram a uma nova concepção de

homem, de sociedade e de universo que se inscreve,

historicamente, no nascimento e na lenta difusão da

modernidade ocidental.

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Sobre a proposição do autor contida no texto, essas

novas práticas indicavam:

A) a sua extensão a todos os membros das sociedades européias; no início da modernidade esteve articulada a um processo de secularização, o que possibilitou a emergência de outras explicações sobre o homem e o universo correlatas à idéia de um espaço individual dedicado ao estudo e à meditação

B) as críticas ao monopólio da leitura e da escrita, exercido pelos sábios eruditos da Igreja Católica durante o Medievo, foram obra de um emergente grupo de intelectuais que, no entanto, não tiveram condições históricas para redefinir as formas de elaboração e de apropriação do saber no Ocidente

C) o novo modo de ser e estar em sociedade, instaurado pela maior importância da vida privada, difundiu-se em ritmo similar por toda a Europa, fazendo com que as relações silenciosas e íntimas dos indivíduos com o livro substituíssem as práticas antigas que valorizavam a leitura em voz alta e a expressão do coletivo

D) a escolarização universal, característica do século XIX, relacionou-se, diretamente, a uma visão secular de educação para crianças e adolescentes, em locais adequados, desde o Renascimento, reforçando a separação entre o espaço público e o espaço privado, enquanto um dos ícones da modernidade

E) o recuo das instituições eclesiásticas e a crise das representações teológicas permitiram, progressivamente, uma nova concepção de cultura que destacou as capacidades inatas do homem, valorizando a introspecção e o trabalho intelectual individual por parte de uma elite letrada

Questão 24

Luís XIV – o “rei-sol”

“O Estado sou eu”. Esta frase atribuída ao soberano francês Luís XIV durante o seu governo pessoal (1661- 1715) expressa a organização política do Estado Nacional Moderno, que começou a se formar em fins da Idade Média e teve na França o exemplo clássico. As afirmativas que evidenciam a significância desse processo histórico são:

I –A centralização do poder político funcionou como uma “tábua de salvação” para a nobreza que precisou abrir mão de seu poder local em favor de um Estado centralizado, embora não sem conflitos e resistências, a fim de que os privilégios honoríficos e fiscais fossem resguardados na nova ordem político-institucional.

II – A unificação territorial e política de algumas regiões do ocidente europeu, superando o fracionamento do poder até então vigente, foi um processo de lutas e guerras no qual vários obstáculos precisaram ser removidos, quais sejam: os particularismos locais, tanto da nobreza feudal, quanto das comunas urbanas, o universalismo do papado e as disputas entre reis.

III – Os camponeses e os trabalhadores urbanos, embora oprimidos pela ação do Estado, que detinha o uso da força para garantir a ordem social, não pagavam tributos ao Estado; os camponeses podiam usufruir da terra, mesmo sem possuir a propriedade, enquanto os trabalhadores urbanos viviam em condições precárias, garantindo mão-de-obra barata para as manufaturas que cresciam.

IV – A progressiva centralização do poder e a concentração de territórios resultaram, desde a grande crise do século XIV, no surgimento dos Estados Nacionais Modernos no Ocidente Europeu, que deve ser entendido como uma resposta à crise e ao desmoronamento da ordem medieval feudo-católica, especialmente quanto à necessidade de reprimir os conflitos sócio-políticos para construir uma nação na qual os súditos reconhecessem a autoridade absoluta do rei.

V – A burguesia em formação, diante dos efeitos da crise do feudalismo, precisava do apoio do Estado Nacional Monárquico para compensar o declínio de sua renda pelo exercício de funções burocráticas; obter garantias expressas em direitos de monopólio; assegurar a isenção de impostos e manter as propriedades no campo.

Está (ão) correta (s):

A) I, II e IV B) I, III e V C) II, III e IV D) II, IV e V E) III, IV e V

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Questão 25

“Para o progresso do armamento marítimo e da navegação, que sob a boa providência e proteção divina interessam tanto à prosperidade, à segurança e ao poderio deste reino (...) nenhuma mercadoria será importada ou exportada dos países, ilhas, plantações ou territórios na Ásia, América e África noutros navios senão os que sem nenhuma fraude pertencem a ingleses , irlandeses, ou ainda a habitantes destes países (...); nenhum estrangeiro nascido fora da soberania de nosso governante, ou não naturalizado, poderá exercer o ofício de mercador ou corretor num dos lugares supracitados, sob pena de confisco de todos os seus bens e mercadorias (...); nenhuma mercadoria produzida ou fabricada na África, Ásia e América será importada pela Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilha de Jersey, noutros navios senão nos que pertencem a súditos ingleses, que são comandados por capitães ingleses e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses (...); nenhuma mercadoria produzida ou fabricada no estrangeiro e que deve ser importada pela Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilha de Jersey deverá ser embarcada noutros portos que não sejam aqueles do país de origem (...); nenhum açúcar, tabaco, algodão, gengibre, índigo ou outras madeiras tintoriais, produzidas ou fabricadas nas plantações inglesas da América, da África ou da Ásia exportado alhures que não seja numa outra colônia inglesa ou na Inglaterra, Irlanda, País de Gales”. [CROMWELL, Oliver. Ato de Navegação Inglês, de 1660. In: English Historical Documents. Londres: editado por Douglas, vol. VIII. ]

Os Atos de Navegação, enquanto a manifestação mais evidente de agressividade mercantil do Estado inglês, viabilizaram para industriais, comerciantes e armadores da City uma política sistemática de apoio às suas atividades produtivas e comerciais, a fim de possibilitar a expansão marítima e comercial da Inglaterra em escala mundial.

Sobre essa política econômica inglesa, podemos afirmar EXCETO QUE:

A) os Atos de Navegação representaram a primeira formulação efetiva do poder do Parlamento inglês sobre as colônias ultramarinas, que ficaram definidas, legalmente, como reservas de mercado fornecedor de matérias-prima e alimentos e consumidor para as manufaturas inglesas, impedindo a concorrência "desleal" de mercadorias estrangeiras e dinamizando portos ligados ao comércio exterior, como Liverpool e Plymouth

B) a política econômica interna, relacionada à adoção de princípios liberais que rompiam com a regulamentação estatal através dos monopólios, contrariou o protecionismo externo que representava um obstáculo à ampliação do mercado interno, ao crescimento das atividades produtivas e comerciais burguesas e ao avanço do processo de concentração da propriedade

C) as medidas protecionistas externas, adotadas por Cromwell, ampliaram os espaços de investimento de capital da burguesia, em uma conjuntura histórica de rivalidade anglo-holandesa, tendo em vista o desenvolvimento do grande comércio de importação e exportação e a consolidação do poderio da Marinha inglesa

D) a burguesia em ascensão precisava de apoio político para desenvolver as suas atividades produtivas e comerciais por meio da obtenção de direitos de monopólio, a exemplo das companhias de comércio e do controle sobre as colônias; estimular à formação de um mercado de mão-de-obra abundante e barata através da intensificação dos cercamentos dos campos, e conseguir licenças para abertura de manufaturas

E) Cromwell, puritano e pertencente à gentry, identificou-se às forças sociais capitalistas em ascensão e viabilizou uma série de medidas altamente compatíveis com os interesses da burguesia, tendo em vista o crescimento das atividades mercantis e a redução de um número excessivo de competidores que pudessem colocar em risco a margem de lucro, permitindo uma integração global do comércio da Inglaterra sob regulamentação do Estado

Questão 26

Ó, mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena ? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu Mas nele é que se espelhou o céu.”

Fernando Pessoa. Mensagem.

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Do século XV em diante, a prodigiosa aventura dos europeus ‘por mares nunca dantes navegados’ e a colonização das áreas americanas foram, sem sombra de dúvida, um importante momento na história da humanidade. Ampliando o seu universo geográfico, conquistando territórios e avançando seus domínios pela superfície da Terra, o Ocidente europeu iniciou um período de expansão comercial e dinamismo econômico jamais ousados pelo homem. O aspecto que está associado à expansão marítima e comercial é:

A) a necessidade de fontes produtoras de alimentos e fornecedoras de metais preciosos, a busca de uma nova rota das especiarias e o interesse da Igreja Católica na luta contra os “infiéis” impulsionaram holandeses e ingleses a se aventurarem nas viagens marítimas

B) o pioneirismo português na expansão marítima pode ser explicado como resultado de diversos fatores, dentre os quais se destacam a localização geográfica, a descoberta das rotas mediterrâneas para o Oriente e a ausência de regulamentação econômica

C) a decadência comercial das cidades italianas, a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos, o excesso de metais preciosos, inflacionando a economia e o crescimento demográfico foram fatores relevantes que impulsionaram as grandes navegações européias a partir dos séculos XV e XVI

D) o contato com os povos africanos e americanos, portadores de culturas bastante diversas daquelas do Velho Mundo, originou uma visão etnocêntrica de homem e de sociedade que justificava, política e ideologicamente, a superioridade do europeu

E) os colonizadores da época moderna, rompendo com o caráter de exploração comercial que era típico das feitorias, montaram plantations nas áreas descobertas da África e da Ásia, passando a intervir diretamente no âmbito da produção

Questão 27

“(...) as exigências do burguês foram delineadas na

famosa Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão, de 1789. Este documento é um manifesto

contra a sociedade hierárquica de privilégios nobres, mas

não um manifesto a favor de uma sociedade democrática

e igualitária”. [HOBSBAWN, Eric. A era das revoluções. Trad.

Maria Tereza Teixeira & Marcos Penchel. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1979, p.77.]

Na Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão, promulgada a 26 de agosto de

1789, um documento de alcance universal e baseado nos

princípios do liberalismo, foi um marco na história do

pensamento político ocidental, devendo ser

compreendido na conjuntura histórica de profundas

transformações européias a partir da segunda metade do

século XVIII que culminaram com a crise do Antigo

Regime.

As afirmativas QUE SE RELACIONAM ao tema são:

I. A promulgação da Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão correspondeu a primeira fase

do processo revolucionário francês, quando a

participação dos sans-cullotes e dos camponeses na

cena política redefiniu o caráter da luta, forçando a

abolição dos privilégios nobiliárquicos.

II. A afirmação de que todos os homens devem ter

assegurados em lei os direitos sagrados à liberdade,

à igualdade, à vida e à felicidade promoveu uma

ruptura com a ordem social vigente, demolindo a

estrutura estamental do Antigo Regime baseada em

critérios conferidos pela tradição.

III. Para os liberais, todos os homens são dotados de

paixões em seu estado de natureza, que resultam em

desordem, necessitando de uma instância superior –

o governo – capaz de assegurar a propriedade

privada e controlar os instintos egoísticos do homem

em prol do bem comum.

IV. Dentre as conquistas alcançadas pela Revolução

Francesa, destaca-se o sufrágio universal, a fim de

assegurar a participação política de todos os

membros da sociedade e acabar com a clivagem

entre cidadãos ativos e cidadãos passivos que

caracterizava a antiga ordem.

V. A doutrina liberal estabeleceu o compromisso

com um governo constitucional e representativo, que

fosse capaz de garantir o domínio da lei e defender a

igualdade civil e as liberdades individuais e

coletivas, incluindo a livre manifestação do

pensamento, a tolerância religiosa e a liberdade de

expressão, publicação e reunião.

A) I, III e V

B) I, II e IV

C) II, III e IV

D) II, IV e V

E) II, III e V

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Questão 28

“Os imperialismos do final do século XIX e do século XX diferiam tanto do espírito de conquista ou de dominação das épocas passadas quanto da expansão colonial dos séculos anteriores pela seguinte característica: estavam, mais que os outros, ligados ao capital financeiro, e a colonização ou a conquista não eram as únicas expressões de sua existência”. [FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências - séculos XIII a XX. Trad. Rosa Freire. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 34.]

Na época do capitalismo liberal e concorrencial, marcada pela hegemonia inglesa no mundo capitalista, a questão fundamental residia no intercâmbio de matérias-primas e alimentos, a preços baixos, por produtos industrializados. O comércio mundial era regido pela livre-concorrência, segundo a “mão invisível” do mercado auto-regulador de Adam Smith. As transformações do capitalismo na segunda metade do século XIX começaram a questionar a validade do liberalismo, uma vez que os problemas suscitados pela depressão de 1873 resultaram na formulação de uma nova política de expansão e de anexação de mercados externos, para garantir a continuidade da acumulação capitalista, resultando no imperialismo.

A respeito das características desse processo histórico, é pertinente afirmar:

A) na maior parte da África, principalmente na África Negra, embora existissem condições históricas prontas para receber os investimentos europeus, ocorreu uma desarticulação violenta das estruturas econômicas e sociais anteriores à colonização, inclusive no que se refere à posse e à utilização da terra em benefício dos colonos europeus

B) o aspecto principal, diferentemente da época histórica anterior, passou a residir na exportação de capitais disponíveis, sob a dupla forma de empréstimos diretos e/ou indiretos, através de bancos privados, e de inversões no setor público ou em atividades primárias, extrativas ou agrícolas, voltadas para exportação, com objetivos de modernização econômica

C) a Alemanha e Itália, por entrarem atrasadas para a corrida imperialista, foram os únicos países que justificaram, ideológica e cientificamente, a nova expansão colonial pela idéia de que os brancos europeus tinham uma “missão civilizadora”, que estava associada à moralização dos costumes, a evangelização dos “selvagens” e ao ensino da prática do governo aos “povos atrasados”, que deveriam ser conduzidos à maturidade política

D) a expansão imperialista dos Estados Unidos nem sempre se caracterizou pela exportação de capitais, uma vez que o estabelecimento de esferas de influência econômica e os canais de acesso a elas para proteger o território nacional eram os aspectos centrais, o que explica a ausência de investimentos no Caribe e na América Central em prol do interesse em resguardar o Pacífico como área de segurança

E) como a China se isolou do Ocidente durante longo tempo e resistiu fortemente à sua penetração, a ação imperialista dos países europeus na região se baseou em uma “política de portas abertas”, que impedia a adoção de políticas protecionistas para facilitar a penetração de capitais no promissor mercado chinês (que possuía muitas riquezas naturais e grande disponibilidade de mão-de-obra)

Questão 29

Manifestação de skinheads na Rússia

Adolph Hitler, líder do nazismo

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De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos possam ampliar a compreensão de sua realidade, especialmente confrontando-a e relacionando-a com outras realidades históricas. Sob essa perspectiva, situar acontecimentos históricos, localizá-los em uma multiplicidade de tempos e respeitar a diversidade social, considerando critérios éticos, são objetivos essenciais ao trabalho didático, que busca uma intercessão entre o fazer história e o saber pedagógico. Se a globalização integra e une economicamente os quatro cantos do planeta, por sua vez os nacionalismos agressivos ressurgem, hasteando a bandeira do racismo e da intolerância contra minorias étnico-religiosas e/ou povos. A crença na superioridade de um povo sobre outros renasce, seduzindo e mobilizando sentimentos e desejos humanos individuais e/ou coletivos. A “purificação étnica” e o xenofobismo são, portanto, ingredientes vitais às ações dos skinheads, mas que não representam algo novo na história da humanidade.

As afirmativas que expressam a multiplicidade do tempo histórico, conforme evidenciada nas imagens, são:

I – O nazismo alemão e o fascismo italiano apareceram como projetos alternativos à crise da dominação burguesa e ao comunismo (soviético), caracterizando-se pelo totalitarismo, pelo militarismo, pelo anti-semitismo, pelo nacionalismo exacerbado e pelo culto ao líder.

II – O fascismo italiano e o nazismo alemão, que emergiram nas décadas de 20 e 30 na Europa apelavam às soluções de força somente em casos considerados de ameaça à ordem social, embora garantissem aos cidadãos as liberdades individuais e coletivas.

III – A humilhante derrota da Itália na Primeira Guerra Mundial correlata à perda de regiões economicamente importantes e às pesadas cláusulas de guerra, impostas pelo Tratado de Versalhes, foram fatores históricos relevantes para explicar a tomada do poder pelos fascistas.

IV – O aceite dos atos de extermínio e violência, destinados a anular as diferenças e impor a homogeneidade, é encarado como algo legítimo tanto nos Estados fascistas, quanto no movimento dos skinheads, não importando que isso implique em destruição e/ou brutalização da humanidade.

V – O processo ‘tardio’ de implantação do capitalismo na Alemanha, diferentemente da precocidade do exemplo italiano, resultou na fragilidade do mercado interno e na carência de espaço vital devido à ausência de mecanismos imperialistas suficientemente sólidos ou de uma expansão neocolonial vitoriosa.

Está (ão) correta (s) apenas:

A) I e II B) II e IV C) III e V

E) II e V

Questão 30

“A bipolarização do poder planetário é resultado do enfraquecimento geopolítico das antigas potências e da emergência de duas superpotências (os Estados Unidos e a União Soviética) capazes de desencadear a destruição de todo o sistema mundial de Estados. A Guerra Fria foi a manifestação mais nítida dessa bipolarização.” [MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo: relações internacionais (1945-2000). São Paulo: Moderna, 1996, p. 47.] A Guerra Fria deve ser entendida como um confronto histórico entre as duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, que emergiram em meio aos rastros de destruição e violência deixados pela Segunda Guerra Mundial, resultando na divisão leste versus oeste. No início dos anos 60, a construção do Muro de Berlim, separando Berlim Ocidental e Berlim Oriental, foi o “símbolo” mais contundente dessa bipolaridade do planeta. Quanto à relevância histórica da Guerra Fria para a compreensão do século XX, destaca-se:

A) Uma das características mais evidentes da Guerra Fria foi a emergência de conflitos localizados, deslocando o campo das batalhas da Europa para a América Latina, e, assim, expressando os confrontos entre o bloco capitalista e o bloco comunista pela delimitação das áreas de segurança

B) A Guerra da Coréia e a Guerra do Vietnam, dentro da nova ordem internacional delimitada pela Guerra Fria, aumentaram a influência do capitalismo na Ásia, levando a União Soviética a reforçar e expandir as suas parcerias estratégicas no Oriente, por meio de uma rede de tratados militares e alianças diplomáticas

C) Os Estados Unidos e a União Soviética, após o término do grande confronto mundial, se defrontaram a fim de assegurar áreas de influência no Leste Europeu e na Ásia, porém não chegaram a uma solução geopolítica para o problema alemão, com Berlim, o que contribuiu decisivamente para a Guerra Fria

D) A bipolaridade mundial se intensificou a partir do falecimento de Stalin, uma vez que os novos governantes da URSS não aceitavam nenhum tipo de negociação com o Ocidente, particularmente no que se refere ao controle de arsenais bélicos

E) Embora tenha se iniciado nos Estados Unidos um período de perseguição aos elementos de esquerda, trazendo a “guerra universal” para dentro das fronteiras nacionais, o Partido Comunista acabou por se fortalecer e conheceu um período de intensa atividade política e cultural, levando à rápida

D) I e IV www.pciconcursos.codemsa.rbtirculação do macartismo

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Questão 31 Questão 32

“Não é exato falar de um ciclo histórico da produção

açucareira, como foi tradicional entre os historiadores.

Ciclo dá a idéia de surgimento, ascensão e fim de uma

atividade econômica o que não foi certamente o caso do

açúcar ou de outros produtos (...). O avanço da

exploração do ouro, no século XVIII, não significou o

fim da economia açucareira” [FAUSTO, Boris, História

do Brasil, São Paulo, EDUSP, 2006, p.81.]

“Em suas andanças pelos sertões, os paulistas iriam

afinal realizar velhos sonhos e confirmar um raciocínio

lógico. O raciocínio continha a seguinte pergunta: se a

parte do continente que pertencia à América espanhola

era rica em metais preciosos, por que estes não existiriam

em abundancia também na colônia lusa?” [FAUSTO, Boris,

História do Brasil, São Paulo, EDUSP, 2006, p.98.]

Acerca da agromanufatura do açúcar e da mineração,

durante o período colonial, menciona-se:

A) o período de maior projeção dessas economias deu-

se ao longo do século XVIII, quando se assistiu à

expansão da lavoura canavieira em direção à

capitania do Rio de Janeiro e à descoberta dos veios

auríferos não apenas em, Minas, mas também na

região de Goiás e Mato Grosso

B) tanto na economia açucareira, quanto na economia

mineradora, a ocupação territorial se deu de forma

contígua e linear, não se verificando grandes

“vazios”, tão característicos, por exemplo, da região

amazônica

C) tanto na região açucareira, quanto na região

mineradora, predominavam relações sociais

baseadas no trabalho livre, a despeito da presença da

escravidão negra nos eixos urbanos

D) a articulação com as regiões pecuaristas do sertão

nordestino e dos campos sulistas foi de fundamental

importância para a expansão da economia

mineradora, bem como se ampliou decisivamente a

importância do porto do Rio de Janeiro, então

transformado na principal saída para o escoamento

do ouro

E) nas economias açucareira e mineradora observou-se

a quase inexistência de mobilidade social, uma vez

que ambas se caracterizavam pelo emprego

exclusivo da mão-de-obra escrava de origem

africana, legitimando o poder dos grandes

proprietários e reforçando o caráter patriarcal da

sociedade colonial

“Não se contentou a minha família em ter um quinhão anônimo no regozijo público; entendeu oportuno e indispensável celebrar a destituição do imperador com um jantar, e tal jantar que o ruído das aclamações chegasse aos ouvidos de Sua Alteza, ou quando menos de seus ministros. (...) Dada a hora , achou-se reunida uma sociedade seleta, o juiz de fora , três ou quatro oficiais militares, alguns comerciantes e letrados, vários funcionários da administração, uns com suas mulheres e filhas, outros sem eles, mas todos comungando no desejo de atolar a memória de Bonaparte no papo de um peru.”[Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas]

O trecho acima remonta ao final da dominação de Portugal pelas tropas napoleônicas, período no qual a família real portuguesa transferiu a sede da monarquia para a sua colônia na América, acarretando modificações importantes nas relações entre metrópole e colônia. Embora Napoleão tenha sido deposto no ano de 1815, D. João aqui permaneceu até o ano de 1820, quando regressou por ordem das Cortes, deixando seu filho Pedro como Príncipe Regente.

A respeito desse período, sustenta-se:

A) o príncipe regente D. João, assim que aportou em Salvador decretou a “abertura dos portos às nações amigas”, pondo fim a trezentos anos de monopólio colonial; porém, não garantindo à Inglaterra a condição de principal parceira comercial

B) em 1810, as coroas portuguesa e inglesa assinaram os Tratados de “Aliança e Amizade” e de “Comércio e Navegação”, ratificando a presença inglesa na economia brasileira e garantindo aos produtos ingleses vantagens tarifárias, até mesmo em relação aos produtos portugueses

C) em 1815, em uma conjuntura histórica de reconstrução da Europa com o Congresso de Viena, D. João elevou a colônia à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, o que veio de encontro aos interesses de nobres lusitanos que para cá vieram com a Corte e se enraizaram, devido às facilidades a eles concedidas no tocante à aquisição de sesmarias

D) em 1817, como reação à política de taxações excessivas empreendidas por D. João, eclodiu em Pernambuco a revolta conhecida por “Revolução Pernambucana”, que contou com a adesão de diversos segmentos da sociedade local, os quais desejavam a emancipação política da província, a imediata expulsão dos portugueses ligados ao comércio varejista, a abolição da escravidão e o estabelecimento de um regime democrático

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PROFESSOR DE HISTÓRIA

E) em 1821, cedendo às pressões das Cortes reunidas

em Portugal, às quais muito desagradou o fato de o

monarca ter se recusado a jurar a futura

constituição, D. João VI retornou para Portugal,

deixando, porém, D. Pedro como príncipe regente, a

fim de que pudesse organizar uma reação de caráter

absolutista

Questão 33

A caricatura do Imperador dom Pedro II e a fala de

Joaquim Nabuco, líder político do Império, apontam para

algumas características que presidiram a construção e a

consolidação do Estado Nacional Monárquico,

revelando, através das permanências e mudanças da

história do Brasil, como os princípios do liberalismo em

voga na Europa se adequaram à “antiga ordem”,

legitimando uma sociedade escravista e autoritária.

A afirmativa que caracteriza o difícil processo de

consolidação do Estado Nacional Monárquico no Brasil

é:

A) dadas as amplas prerrogativas do Poder Moderador,

conforme mostra a caricatura, houve uma sucessão

de trinta e seis gabinetes durante o governo de D.

Pedro II, enfraquecendo o regime parlamentarista,

fazendo eclodir novas revoltas nas províncias do

norte e nordeste e tornando o recurso às armas mais

uma vez necessário

B) diante da instabilidade política que caracterizou a

Regência, ameaçando a ordem escravista, o

imperador D. Pedro II garantiu a unidade territorial e

consolidou a monarquia com base nas prerrogativas

do Poder Moderador, criando, por decreto, no ano de

1847, o cargo de presidente do Conselho de

Ministros por ele indicado, o que permitia aos

liberais e aos conservadores se revezarem no poder e

imporem os seus interesses políticos nas eleições

C) como D. Pedro II não conseguiu pacificar as

províncias, mesmo com apoio de membros do

Exército, ele se viu obrigado a transferir para o

Conselho de Ministros a difícil tarefa de

consolidação do Estado Nacional, com base no

unitarismo, o que resultou no enfraquecimento do

Poder Moderador

D) os dois grandes partidos imperiais – o Liberal e o

Conservador – se formaram plenamente em fins da

década de 1830, e tinham sérias diferenças sociais e

político-ideológicas, o que os levou a rivalizarem

entre si, impossibilitando qualquer acordo e

dificultando a consolidação de um regime

monárquico centralizado

E) um dos fatores determinantes para a afirmação do

Estado Monárquico foi a autonomia que as

províncias conquistaram após a Regência,

garantindo a estabilidade política, permitindo a

defesa dos interesses regionais na Corte e, desse

modo, diminuindo o domínio exclusivo do Sudeste

sobre o restante do Império

O Poder Moderador pode chamar a quem quiser para

organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição, porque

há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis aí o sistema

representativo do nosso país! [Adaptado de NABUCO,

Joaquim. Um estadista do Império. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.]

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Questão 34

“Dom Pedro, por graça de Deus e unânime aclamação

dos povos, imperador constitucional e defensor perpétuo

do Brasil. Fazemos saber a todos os nossos súditos, que

a Assembléia Geral decretou, e nós queremos a lei

seguinte:

Art. 1o: As embarcações brasileiras encontradas em

qualquer parte, e as estrangeiras encontradas nos

portos, enseadas, ancoradouros ou mares territoriais do

Brasil, tendo a seu bordo escravos, cuja importação é

proibida pela lei de 7 de novembro de 1831, ou havendo-

os desembarcado, serão apreendidas pelas autoridades,

ou pelos navios de guerra brasileiros, e consideradas

importadoras de escravos.

Art. 3o: São autores do crime de importação de escravos,

ou de tentativa dessa importação, o dono, o capitão ou

mestre, o piloto e o contramestre da embarcação e o

sobrecarga. São cúmplices a equipagem e os que

coadunarem o desembarque de escravos no território

brasileiro ou que concorrerem para os ocultar ao

conhecimento da autoridade, ou para subtrair à

apreensão no mar, ou em ato de desembarque, sendo

perseguidos”. (ALVES FILHO, Ivan: Brasil - 500 anos em

Documentos. Rio de Janeiro, Mauad Editora, 1999, p.212)

Em meados do século XIX, diante do processo de

internacionalização do capitalismo, redefinindo as

relações entre os países e entre os homens, o Brasil, a

reboque do desenvolvimento industrial mundial,

precisava mudar a sua fisionomia e começar, ainda que

timidamente, a fincar os pés na modernidade. O governo

imperial brasileiro - por força dessa nova conjuntura

histórica, na qual pressões externas se conjugaram a

interesses políticos internos - promulgou uma série de

medidas que dinamizaram a nossa economia e

alavancaram a expansão dos centros urbanos. Diferentes

atores sociais, através de lutas políticas e embates

ideológicos, ora resistiram, ora compactuaram com tais

medidas, seja pela defesa das prerrogativas da classe

senhorial, seja pelas promessas da modernidade. A

proibição do tráfico de escravos, anunciada desde a

Regência Feijó, foi ratificada através da Lei Eusébio de

Queiroz, por meio da qual foi extinto o comércio

intercontinental.

Acerca dessa lei e de suas repercussões, são factíveis as

seguintes afirmativas:

I – A extinção do tráfico intercontinental estimulou o

tráfico interprovincial, possibilitando aos

endividados senhores de engenho do Nordeste

recuperarem-se economicamente, uma vez que a

venda de seus escravos para os prósperos

cafeicultores do novo Oeste Paulista franqueou-lhes

uma nova fonte de rendimentos.

II – Ao afirmar a iniciativa de extinção do tráfico

negreiro, o Estado Monárquico consolidou a

soberania nacional, evidenciando um forte

nacionalismo de feições anti-britânicas correlato a

aproximação econômica do Brasil com os Estados

Unidos.

III – Os defensores da manutenção do tráfico

negreiro apoiavam-no como forma de equilíbrio

entre a grande quantidade de negros cativos

existentes no território brasileiro e as categorias

livres da população, a fim de não expor,

particularmente, a “boa sociedade” aos perigos da

“rua”, então associados às rebeliões e às fugas de

escravos, bem como à invasão de terras.

IV – A aprovação da Lei de Terras foi de

fundamental importância para que o

encaminhamento da substituição do trabalho

escravo pelo trabalho livre – aberto pela Lei Eusébio

de Queiroz – não colocasse em xeque os interesses

dos grandes proprietários, uma vez que, dispondo

que as terras deveriam ser, doravante, adquiridas

mediante compra, mantinha o monopólio da

propriedade da terra por uma elite que, assim,

poderia também exercer forte controle sobre a mão-

de-obra.

V – A aprovação da Lei Eusébio de Queiroz não

possibilitou a liberação de capitais para

investimentos em outros setores da economia e em

infra-estrutura, dado o forte endividamento dos

senhores e a crise na produção, mantendo o Império

mergulhado em uma profunda dependência aos

capitais externos.

Está (ão) correta (s) apenas:

A) I e IV

B) II e V

C) I e III

D) II e IV

E) III e IV

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Questão 35 “Nesta república monstruosa, onde não há justiça, nem instrução, nem eleição, nem responsabilidades, a bandeira da federação é a bandeira negra do corso cobrindo toda as depredações da pirataria política.” [Martim Soares. O Babaquara: subsídio para a história da oligarquia no Ceará. Rio de Janeiro, s/ed., 1912.]

O texto faz menção aos mecanismos de dominação política que foram instaurados na Primeira República, mostrando como a nova configuração do poder transitou por ambigüidades que dificultaram a consolidação de um regime representativo em nosso país, o exercício da cidadania e o respeito à “coisa pública”. Expedientes políticos de manipulação do processo eleitoral, tais como o voto de cabresto, a eleição a bico de pena, o voto dos mortos, a falsificação de atas e a degola dos candidatos da oposição se transformaram em hábitos rotineiros e legítimos da vida política brasileira, evidenciando, inclusive, a dependência do Poder Judiciário ao poder das oligarquias e legitimando a fraude, a corrupção e o clientelismo. A afirmativa que expressa o funcionamento político-institucional da Primeira República é:

A) a Política dos Governadores baseou-se na aliança entre o poder estadual e o poder municipal, para que todas as oligarquias, interessadas em assegurar a sua hegemonia em âmbito regional obtivessem favores do governo federal para investir no crescimento dos municípios em troca do apoio aos projetos governamentais

B) o poder federal apoiava as oligarquias nos estados, tomando medidas que defendiam os interesses da economia primário-exportadora, como as restrições ao câmbio e o protecionismo externo, em troca do compromisso dos chefes regionais e locais de manterem a ordem, destruindo qualquer foco de rebelião popular

C) como a bancada era proporcional ao número de habitantes por estado, São Paulo e Rio de Janeiro eram os estados de maior bancada parlamentar, portanto os de maior força política, o que lhes permitiu ascender ao controle do poder em âmbito nacional através da política “café-com-leite”, assegurando a vitória dos candidatos da situação tanto à sucessão presidencial, quanto à formação da maioria parlamentar

D) a Comissão de Verificação dos Poderes, destinada ao controle da diplomação dos parlamentares eleitos; a montagem de máquinas eleitorais nos estados a serviço das oligarquias dominantes; a formação de currais eleitorais no interior sob controle dos coronéis para garantir a vitória dos candidatos da situação e a eleição a “bico de pena” e o voto de cabresto foram mecanismos políticos destinados a garantir e perpetuar a dominação oligárquica

E) como as oligarquias estaduais conquistaram muito poder e se fortaleceram, elas acabaram retirando dos coronéis a influência que outrora tiveram em seus respectivos municípios e circunvizinhanças, restando

a eles obedecê-las e viabilizar a vitória dos candidatos da situação, por meio do voto de cabresto, em troca de alguma verba e nomeação para cargos públicos sem importância

Questão 36

Participantes do Levante da Vila Militar do Rio de Janeiro, presos a bordo do

navio Alfenas, em julho de 1922.. (CPDOC/PEB foto 002)

Durante um período significativo da República Velha (1889-1930), também conhecida como Primeira República, o Brasil foi controlado pela política do café- com-leite, que assegurava o revezamento, no governo federal, de representantes dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Nas eleições presidenciais de 1922, porém, essa hegemonia foi contestada por grupos oligárquicos de outros estados. A insatisfação atingiu também as Forças Armadas, particularmente os jovens oficiais, chamados genericamente de tenentes, que se tornaram os atores principais de vários levantes ocorridos durante a década de 1920, como as revoltas de 5 de Julho de 1922 e a de 5 de Julho de 1924, e a Coluna Miguel Costa-Prestes. O conjunto desses movimentos ficou conhecido na historiografia brasileira como "movimento tenentista" ou simplesmente "tenentismo”. [http://www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/RevoltasJulho.asp]

A afirmativa que se relaciona ao texto é:

A) no plano político, o tenentismo tinha idéias progressistas, lutando contra o poder das oligarquias regionais e contra o coronelismo, defendendo o voto secreto e a criação de uma justiça eleitoral autônoma.

B) os tenentes defendiam uma ampla aliança com setores das oligarquias, através de um programa que defendia um governo centralizado, amplas reformas econômicas e sociais e uma política agrícola que mantinha a proteção sobre a produção cafeeira.

C) o movimento tenentista defendia a consolidação das verdadeiras instituições republicanas, a descentralização do poder, a redução dos privilégios das oligarquias, o fim da corrupção e a representação das minorias.

D) o Movimento tenentista, embora não tivesse uma proposta clara de reformulação política, defendiam a centralização do poder, fazendo restrições às eleições diretas e ao sufrágio universal.

E) o Movimento Tenentista defendia e propunha um regime parlamentarista, ampla, procurando tecer alianças com os diversos setores do poder, além de

uma política de austeridade monetária.

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Questão 37

Comemoração do 1º de Maio em 1941, no Estádio do Vasco da Gama. Fonte: Arquivo Nacional

Getúlio Vargas alçou à condição de líder da sociedade, bem como difundiu as ações do Estado Novo associadas à sua imagem, através de intensa propaganda governamental, veiculada pelo DIP, e da valorização da educação cívica nas escolas. O estabelecimento de datas oficiais reforçava a necessária identificação entre chefe e coletividade, explicando porquê trabalho e trabalhador passaram a figurar, fortemente, nos discursos presidenciais veiculados no rádio. Todos deveriam servir ao Brasil para colocá-lo no caminho do progresso e da opulência econômica. Sobre a política trabalhista do Estado Novo, é pertinente dizer:

A) o dia “Primeiro de Maio” foi institucionalizado como Dia do Trabalho, por iniciativa de Vargas, tendo em vista harmonizar os interesses entre capital e trabalho e, assim, promover, um pacto político que almejava o desenvolvimento econômico com harmonia social

B) o estabelecimento do salário-mínimo, no ano de 1949, ao invés de representar um poderoso instrumento de acumulação de capital urbano- industrial, fixou-o em níveis acima dos biológicos, garantindo a elevação do valor da força de trabalho e, conseqüentemente, melhorando as condições de vida da classe operária

C) como a legislação previdenciária, a criação da Justiça do Trabalho, a lei de Sindicalização e a Consolidação das Leis do Trabalho foram decretadas em uma conjuntura de desgaste do Estado Novo para fortalecer o compromisso político com as classes trabalhadoras, as mesmas não conseguiram ser mantidas após a deposição do ditador Getúlio Vargas, rompendo com o pacto populista

D) se o discurso de colaboração entre as classes em prol do desenvolvimento econômico e da paz social foi historicamente relevante para legitimar o projeto político varguista, o mesmo não conseguiu se perpetuar após a deposição do ditador, resultando em forte oposição dos operários e na eclosão de movimentos sociais, liderados pelas classes médias, que destruíram o trabalhismo de Getúlio Vargas

E) a necessidade de preservar o legado de Vargas, no que se refere à possibilidade de emergência controlada dos setores urbanos subalternos, especialmente do proletariado no cenário político, é fundamental para entender a fundação do Partido Social Democrático (PSD), às vésperas do golpe, visto que o pacto político implicava no reconhecimento institucional do acesso do trabalhador à cidadania

Questão 38

“(...) [Juscelino] foi o primeiro candidato a presidente da República, pelo menos na minha geração, que eu assisti, que acompanhei desde o Getúlio, ou melhor, desde a Aliança Liberal, que falou em números de desenvolvimento. Essa é que era a grande fascinação do Juscelino, que terminou permeando também os elementos conservadores do PSD. (...) Na realidade, sua candidatura se impôs muito com a participação [da Ala Moça]. Vínhamos apoiando o Juscelino, que tinha sido nosso colega na Constituinte, quando ele assumiu o governo de Minas com aquele binômio “Energia e Transporte”, exatamente os pontos críticos do desenvolvimento brasileiro. Depois ele se desenvolveu no Plano de Metas. Então, quando o Juscelino colocava o problema em termos de metas – meta de energia elétrica, meta de siderurgia –, não havia como (...) se opor a esses objetivos, que se confundiam com o próprio interesse da nação.” [Fonte:http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/depoimentos/depoimentos.asp ]

A posse de Juscelino Kubitscheck de Oliveira, integrante do PSD mineiro, à presidência da República foi um marco na reorientação da economia brasileira, rompendo parcialmente com o modelo de desenvolvimento capitalista anterior, garantindo o funcionamento das

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instituições liberais e democráticas no país e logrando conseguir o apoio de amplos setores da sociedade brasileira ao projeto de “desenvolvimento nacional”, expresso no famoso lema dos “Cinqüenta Anos em Cinco”.

A afirmativa que expressa a relevância histórica do Governo Juscelino Kubitschek é:

A) o golpe comandado pelo General Henrique Teixeira Lott, com apoio de líderes da UDN, a 11 de novembro de 1955, objetivava impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart, respectivamente, à presidência e à vice-presidência da República, representantes da vitoriosa coligação PSD-PTB

B) o governo JK acabou com o tripé da economia brasileira, que estava setorizada e distribuída desde a época de Vargas entre o capital privado nacional - responsável pelas empresas produtoras de bens de consumo; o capital estatal - alocado no setor de bens de produção, e o capital agrário nacional – associado às monoculturas de exportação

C) o Plano de Metas, embora tenha sido a primeira experiência ambiciosa de planejamento econômico integrado no Brasil, não conseguiu conjugar, sob controle do governo, as atividades do capital público e do capital privado nacional e estrangeiro, o que implicou em total desnacionalização da economia brasileira e aumento das disparidades sociais

D) a aliança PSD-PTB, no Legislativo, não conseguiu manter a sua eficácia política frente à posição aguerrida da UDN que bloqueava os interesses do governo e impedia os gastos públicos, o que dificultou a aprovação do Plano de Metas, atrasando os investimentos em infra-estrutura e a construção de Brasília

E) o projeto de desenvolvimento juscelinista operou uma ruptura com a orientação da política econômica varguista em dois níveis, quais sejam: o privilégio dado ao setor de bens de consumo duráveis, através da produção de automóveis, eletrodomésticos e similares, e a abertura ao capital estrangeiro sob a forma de empréstimos e investimentos diretos de capital e tecnologia

Questão 39

As palavras do General Golbery, figura proeminente do regime militar, instaurado a partir de 1964, no Brasil, remetem à doutrina de Segurança Nacional, formulada na Escola Superior de Guerra, que definiu ser a luta

principal contra o “inimigo interno”, uma vez que a bipolaridade do mundo atravessou fronteiras e se transformou em problema de segurança nacional. A “guerra revolucionária” era a nova estratégia para eliminar o ‘inimigo interno’, identificado aos movimentos e ‘focos’ de subversão à ordem, em particular, o chamado “bolsão comunista”. A destruição do “inimigo interno”, através da “guerra revolucionária”, era indispensável para assegurar a “defesa interna” e implementar o novo modelo de desenvolvimento capitalista. Com isso, justificavam-se os princípios fundamentais que nortearam a ditadura militar: o binômio Segurança e Desenvolvimento.

Sobre a implantação do Estado autoritário e seus desdobramentos, é pertinente afirmar:

A) o inimigo interno, identificado pelo governo, era representado pelos oposicionistas ao regime militar que se propunham somente a lutar pela redemocratização do país e pelos direitos dos trabalhadores, embora não tenham angariado o apoio de outros setores organizados da sociedade, tornando-se, assim, alvo da repressão

B) o modelo de desenvolvimento capitalista adotado durante este período, que resultou no “milagre” econômico, não possibilitou o crescimento esperado pelo governo, acarretando taxas elevadas de inflação, a queda brusca nas exportações e o descontentamento das classes trabalhadoras, que passaram a se organizar em sindicatos livres com o objetivo de obter melhores condições salariais

C) o movimento de 31 de março/1º de abril de 1964 e a sua consolidação ─ que tinha como objetivo central livrar o país da corrupção e lutar contra o comunismo ─ estava inserido no contexto histórico da Guerra Fria, alinhando o Brasil aos interesses americanos que buscavam conter os movimentos revolucionários da América Latina através da ajuda econômica, intensificando empréstimos e investimentos, de modo a garantir a sua supremacia no continente

D) uma das estratégias encontradas pelos governos militares para assegurar a defesa interna foi o fechamento da economia brasileira às indústrias estrangeiras que se viram obrigadas a reduzir significativamente seus investimentos no país, aliando-se a isto a decisão de aumentar a capacidade do Estado de arrecadar tributos através da contenção da inflação

E) a bipolarização do poder político interno deu-se através da acirrada e constante disputa eleitoral entre a Arena e o MDB, os dois partidos políticos atuantes no período; a Arena, franca opositora do governo, liderava o movimento a favor da redemocratização, além de permitir, a princípio, a presença de lideranças de esquerda em sua legenda

“Essa é a guerra – total, permanente, global, apocalíptica – que se perfila, desde já, no horizonte sombrio de nossa agitada época. E só nos resta, nações de qualquer quadrante do mundo, prepararmo-nos para ela, com determinação, com clarividência e com fé.” General Golbery do Couto e Silva. Geopolítica do Brasil.

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Questão 40

Manifestação pelas “Diretas Já” na Candelária – RJ

Impeachment Já !

A transição do poder militar para o poder civil, através

de uma composição “pelo alto” das forças dominantes

em nossa sociedade, batizada como “Nova República”,

traria à tona os graves impasses políticos e os efeitos

avassaladores da crise econômico-financeira e social. A

miséria, o desemprego, o achatamento salarial, os

alarmantes índices de violência, a carência das áreas de

educação e saúde, os modestos índices de crescimento

econômico e a crise ético-moral mostram que há ainda

um difícil e longo caminho a percorrer...

Sobre esse importante momento da história

contemporânea da República Brasileira, após vinte e um

anos de vigência do Estado autoritário evidencia-se,

EXCETO:

A) enquanto a convenção do PDS escolheu o político e

empresário Paulo Salim Maluf para candidato à

presidência, dissidentes do PDS, a exemplo do líder

José Sarney, lançaram, em julho do mesmo ano, a

Frente Liberal, formando com o PMDB a chamada

Aliança Democrática que indicou a candidatura de

Tancredo Neves

B) às vésperas da votação da emenda das “Diretas-Já”,

que não foi aprovada no Congresso Nacional, o

presidente Figueiredo decretou o “estado de

emergência” em Brasília, a fim de impedir

concentrações públicas e reuniões, até mesmo em

recinto fechado, determinar a censura prévia,

permitir a “busca e apreensão em domicílio”, intervir

em entidades de classe e controlar a entrada em

Brasília

C) o movimento dos caras-pintadas foi um protesto

estudantil que envolveu milhares de jovens de todo o

Brasil que foram às ruas reivindicar o impeachment

do então presidente Fernando Collor de Mello,

diante dos escândalos de corrupção e do confisco da

caderneta de poupança

D) a eleição indireta, através do Colégio Eleitoral, foi

mantida para a sucessão do presidente Figueiredo,

embora durante o seu governo a inflação tivesse

estado controlada, a taxa de desemprego diminuída,

a dívida externa estabilizada e as condições de vida

no Brasil melhoradas em função dos investimentos

na área social

E) o candidato Fernando Collor de Melo saiu vitorioso

no segundo turno das eleições, como primeiro

presidente da República eleito pelo voto direto, em

novembro de 1989, embora o seu compromisso com

o desenvolvimento e a justiça social não se

cumprissem diante do impeachment que foi

aprovado em 28 de agosto de 1992 pela Câmara dos

Deputados

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Prova de Conhecimentos Básicos

Conhecimentos Específicos

CADERNO Língua Portuguesa

Q01 Q02 Q03 Q04 Q05 Q06 Q07 Q08 Q09 Q10

ÚNICO C C A B X B B D D A

X = QUESTÃO ANULADA

CADERNO Conhecimentos Pedagógicos

Q11 Q12 Q13 Q14 Q15 Q16 Q17 Q18 Q19 Q20

ÚNICO E C B D D A E A C B

CADERNO Professor I - Ciências

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO A B X C E A C E D A B B X B E B C B X D

X = QUESTÃO ANULADA

CADERNO Professor I - Educação Artística

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO A C B E A D E A D A C A D C D B B C D E

CADERNO Professor I - Educação Física

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO B E C A B C A D C A D D E C C B D D E D

CADERNO Professor I - Geografia

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO D C A E E C B C D E D C A B D A D A B E

CADERNO Professor I - História

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO D C E A B D E B D C X B B E D D A E C D

ALTERAÇÃO DE GABARITO

X = QUESTÃO ANULADA

CADERNO Professor I - Inglês

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO C A B E E A C C E D D E A E D B D A D E

CADERNO Professor I - Matemática

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

ÚNICO E B A C D D A D B C E A B D C C A E B B

CADERNO Professor I - Português

Q21 Q22 Q23 Q24 Q25 Q26 Q27 Q28 Q29 Q30 Q31 Q32 Q33 Q34 Q35 Q36 Q37 Q38 Q39 Q40

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