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LEIA NO PANORAMA GERAL Programação voltada à agricultura familiar no 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: colheita iniciou com primeiros resultados dentro das expectativas iniciais N.º 1.366 8 de outubro de 2015 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Programação voltada à agricultura familiar no 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros De hoje (08/10) até a próxima segunda-feira (12/10), a Emater/RS-Ascar, a Prefeitura de Santa Rosa e Associação de Produtores de Hortigranjeiros de Santa Rosa (Aprhorosa) promovem o 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros, no município de Santa Rosa. A Emater/RS-Ascar receberá os agricultores gaúchos com uma programação voltada ao bem- estar e à sustentabilidade, ambiental e econômica das propriedades, com atividades como dias de campo, oficinas culinárias, Mostra da Terneira e exposição de plantas bioativas. A agricultura familiar é o foco principal do evento. A Mostra da Terneira e da Novilha terá animais oriundos da agricultura familiar, dando ênfase para as orientações técnicas e sociais em relação à atividade leiteira. Além disso, os visitantes serão recepcionados na Casa da Emater/RS-Ascar, onde diariamente haverá técnicos para compartilhar orientações e esclarecer dúvidas. Nos dois primeiros dias de feira, excursões de pelo menos 25 municípios serão recepcionadas pelos extensionistas em dias de campo na agricultura familiar. A expectativa é de que mais de 1.800 pessoas participem dos dias de campo, em que serão abordados temas como irrigação e tecnologias alternativas de uso da água, manejo integrado de pragas e doenças, segurança alimentar, silvipastoril, qualidade do leite e solos. O Encontro Estadual de Hortigranjeiros terá ainda o Hortishow – um espaço em que serão expostos tecnologias e processos focados na produção de hortigranjeiros – apresentações culturais, exposição de plantas medicinais, Pavilhão da Agroindústria e Hortigranjeiros, Exposição da Economia Solidária, artesanato, restaurantes étnicos, mostra de pequenos animais, floricultura, parque de diversões e exposição de indústria e comércio. Lino Moura Diretor Técnico da Emater/RS e Superintendente Técnico da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Programação voltada à agricultura familiar no

31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: colheita iniciou com primeiros resultados dentro das expectativas iniciais

N.º 1.366 8 de outubro de 2015

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Programação voltada à agricultura familiar no 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros

De hoje (08/10) até a próxima segunda-feira (12/10), a Emater/RS-Ascar, a Prefeitura de Santa Rosa e Associação de Produtores de Hortigranjeiros de Santa Rosa (Aprhorosa) promovem o 31º Encontro Estadual de Hortigranjeiros, no município de Santa Rosa. A Emater/RS-Ascar receberá os agricultores gaúchos com uma programação voltada ao bem-estar e à sustentabilidade, ambiental e econômica das propriedades, com atividades como dias de campo, oficinas culinárias, Mostra da Terneira e exposição de plantas bioativas. A agricultura familiar é o foco principal do evento. A Mostra da Terneira e da Novilha terá animais oriundos da agricultura familiar, dando ênfase para as orientações técnicas e sociais em relação à atividade leiteira. Além disso, os visitantes serão recepcionados na Casa da Emater/RS-Ascar, onde diariamente haverá técnicos para compartilhar orientações e esclarecer dúvidas. Nos dois primeiros dias de feira, excursões de pelo menos 25 municípios serão recepcionadas pelos extensionistas em dias de campo na agricultura familiar. A expectativa é de que mais de 1.800 pessoas participem dos dias de campo, em que serão abordados temas como irrigação e tecnologias alternativas de uso da água, manejo integrado de pragas e doenças, segurança alimentar, silvipastoril, qualidade do leite e solos. O Encontro Estadual de Hortigranjeiros terá ainda o Hortishow – um espaço em que serão expostos tecnologias e processos focados na produção de hortigranjeiros – apresentações culturais, exposição de plantas medicinais, Pavilhão da Agroindústria e Hortigranjeiros, Exposição da Economia Solidária, artesanato, restaurantes étnicos, mostra de pequenos animais, floricultura, parque de diversões e exposição de indústria e comércio.

Lino Moura Diretor Técnico da Emater/RS e

Superintendente Técnico da Ascar

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AGROECOLOGIA Diferentemente da agricultura convencional, com modelo tecnológico e assistência do plantio à colheita, a produção de orgânicos é dificultada pela escassez de formação técnica no país. A maioria dos agricultores ecológicos produzem com conhecimento por conta própria – O produtor orgânico é também um pesquisador, pois muitos testes são feitos na lavoura. Houve avanços significativos na produção orgânica de arroz, frutas e hortaliças no país. A tendência de aumento no consumo pela população de maior renda e ações de incentivo prometem fortalecer essa modalidade. O governo federal possui o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que possui medidas articuladas em 10 ministérios, formando 125 iniciativas nas áreas de produção, uso e conservação de recursos naturais, conhecimento, venda e consumo. A produção orgânica é estratégica não podendo ser vista apenas como um nicho de mercado. Um avanço de pesquisa nessa área ajudaria também a agricultura convencional, que precisa opções como o controle biológico para reduzir barreiras fitossanitárias, a resistência de plantas a agrotóxicos etc. Com legislação própria desde 2003, a produção orgânica passou a ser certificada obrigatoriamente desde 2011 no mercado brasileiro, com um selo específico para o consumidor identificar o produto. A ação busca diferenciar e informar o que está por trás dessa agricultura. Os alimentos orgânicos seguem em busca de espaço. Com escala menor e custo maior, seus agricultores apostam em produtos sem químicos para conquistar mercado e atrair consumidores. Existe um compromisso diário de observarem a lavoura e formular receitas para conter pragas. Os produtores ecológicos mantem viva uma agricultura, onde os químicos ainda passam longe dos alimentos. Nas lavouras gaúchas, a maioria nas regiões Metropolitana, Sul e Litoral, hortaliças, frutas e grãos são cultivados sem nenhum agrotóxico, fertilizante sintético ou variedade transgênica. Enquanto de forma geral a produção orgânica engatinha nas lavouras de grãos do Rio Grande do Sul, no arroz o avanço é perceptível, ocupando mercado interno. No arroz, é mais fácil controlar pragas com o manejo da lâmina de água e pela biodiversidade presente nas lavouras, diferentemente da soja e do milho. No Estado, são quase mil agricultores ecológicos que priorizam técnicas naturais ao produzir alimentos. No país, ocupando 1 milhão de hectares (0,3% da área agrícola), esse cultivo atende um mercado cativo e fiel (a classe média-alta e compradores

que ditam o consumo como forma de inspirar uma transformação nos hábitos alimentares da sociedade). Sem tecnologia química ou transgênica para conter o ataque de doenças e potencializar o desenvolvimento das plantas, enfrentam risco maior, têm menor escala e gastam mais com mão de obra. O custo mais alto explica o preço em média 40% superior dos alimentos orgânicos nas prateleiras, de acordo com dados da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Alguns produtos, como o tomate, custam até o dobro do preço. Há a concessão de selo de qualidade, denominado SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica), que é feita por uma certificadora pública ou privada credenciada no Ministério da Agricultura. A avaliação obedece a critérios internacionais, além de requisitos técnicos estabelecidos pela legislação brasileira. Abriu-se exceção na obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. Exige-se, no entanto, que o produtor se credencie a uma associação que seja cadastrada em órgão fiscalizador oficial. Este caracteriza-se pela responsabilidade coletiva dos membros do sistema, que podem ser produtores, consumidores, técnicos e demais interessados. Para estar legalizado, o sistema tem que ter um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) legalmente constituído, que responderá pela emissão do SisOrg. Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste cimento

ENTRE RICOS E BRICS, BRASIL TEVE MAIOR AUMENTO EM PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA

A produtividade da agricultura brasileira teve uma das maiores taxas de crescimento do mundo nos últimos anos; segundo o relatório realizado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em conjunto com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), denominado relatório Perspectivas Agrícolas OCDE FAO 2015-2024. O estudo diz que, se forem considerados os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e os membros da OCDE, que reúne principalmente economias desenvolvidas, o Brasil “é o país que mais melhorou sua Produtividade Total de Fatores (PTF) agrícolas”. O PTF se refere à relação entre o total produzido e o total de insumos, que caracteriza a produtividade. No Brasil, a produtividade agrícola aumentou em mais de 4% desde o início dos anos 2000, segundo o documento. Os investimentos a longo prazo nas pesquisas agrícolas permitiram ao Brasil

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desenvolver tecnologias de ponta para a agricultura tropical. A melhoria da produtividade nos últimos 15 anos no país se beneficiou de reformas econômicas que permitiram a realocação de recursos e a reestruturação da agricultura e dos setores associados. Isso criou um “ambiente mais competitivo”, que incitou os produtores a aumentar sua produtividade e adotar inovações. As perspectivas da agricultura brasileira para a próxima década são “favoráveis”, segundo o estudo, apesar da “possível desaceleração do crescimento da demanda interna e externa e da queda dos preços reais (descontada a inflação) da maioria dos produtos agrícolas em relação aos níveis registrados recentemente”. Segundo as duas organizações, os mercados interno e externo deverão crescer na próxima década, e esta demanda deve favorecer os produtos em que o Brasil é mais competitivo, como carne, milho e oleaginosas, açúcar e frutas tropicais. A agricultura brasileira continuará contribuindo fortemente para a criação de empregos, a formação de renda e as receitas de exportação. Ao mesmo tempo, a OCDE e a FAO destacam a necessidade de reduzir os chamados gargalos de produção que entravam a produtividade, entre eles a melhoria da logística, da infraestrutura e dos transportes. Isso permitiria reduzir os custos de produtores voltados para a exportação e beneficiaria todos os agricultores, facilitando o acesso ao mercado interno, afirma o relatório. Afirma o estudo que o crescimento futuro da agricultura brasileira dependerá da consolidação dos ganhos de produtividade, ligados à melhoria do aproveitamento das culturas; além da transformação de alguns pastos deteriorados em terras cultiváveis e da intensificação da produção animal. A soja deverá continuar sendo o principal produto agrícola do Brasil. Entre os grandes países produtores e exportadores de oleaginosas, o Brasil tem o potencial de expansão da produção mais elevado. O documento também menciona o impacto ambiental dessa atividade econômica no Brasil. A OCDE e a FAO prevêem ainda, que os preços mundiais dos produtos agrícolas deverão cair nos próximos dez anos “graças ao crescimento da produção, puxada pelo aumento tendencial da produtividade e a diminuição dos preços dos insumos, que ultrapassarão a progressão da demanda”. Fonte: BBC Brasil

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 01/10/2015 A 08/10/2015

O período compreendido entre os dias 01 e 08 de outubro foi marcado por temporais e muita chuva concentrada em um período curto de tempo. Na região da Campanha a chuva atingiu a média do mês em apenas 24 horas, provocando alagamentos. A chuva foi provocada pela formação e pelo deslocamento de um centro de baixa pressão sobre o Estado, em combinação com passagem de uma frente fria. As cidades que registraram as menores temperaturas foram Bagé, com 3,2ºC, no domingo (04/10) e Vacaria com 3,3ºC, na segunda-feira (05/10). As cidades que registraram as temperaturas máximas foram São Borja, com 34,3ºC, e São Gabriel, com 32,9ºC, ambas na terça-feira (06/10). Os maiores volumes acumulados foram registrados em Santa Maria, com 216, mm e Alegrete, com 213 mm. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE

09/10/2015 A 15/10/2015 A previsão meteorológica para o período de 09 a 15 de outubro indica muita chuva, temporais enchentes e deslizamentos de terra. Entre a sexta-feira (9/10) e a quinta-feira (15/10), a combinação entre um centro de baixa pressão e uma frente fria vai provocar volumes expressivos de chuva, na Região Metropolitana, Serra do Nordeste e Litoral Norte. Os maiores volumes devem ocorrer entre 200 mm e 300 mm. Em relação às temperaturas, haverá grandes variações. O período mais frio deve ocorrer na manhã de terça-feira (13/10), com mínimas ao redor dos 6ºC, na Campanha. As máximas devem

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ocorrer na quinta-feira (15/10), com termômetros medindo entre 27ºC a 30ºC no Noroeste do Estado. Fonte: CEMETRS – INMET-FEPAGRO

GRÃOS

Culturas de Verão Arroz – A semeadura da safra 2015 tem enfrentado algumas dificuldades neste início do processo. As condições meteorológicas ocorridas até o momento não têm favorecido que ela se processe de forma mais efetiva e rápida. Essa situação se faz visível de forma mais nítida do Centro para o Leste do Estado, principalmente nas áreas ao redor da Lagoa dos Patos, onde as chuvas dos últimos dias foram mais intensas e persistentes. Todavia, do Centro para o Oeste, o plantio pode ser efetuado mais a contento, uma vez que a umidade se mostrou menor, facilitando assim a entrada das máquinas. Como média geral, o percentual de área semeada atinge no momento 19% do total projetado para esta safra, 1,102 milhão de hectares. Feijão 1ª Safra – Prosseguem a implantação e o estabelecimento da lavoura no Estado. As condições meteorológicas do último período foram favoráveis ao avanço do plantio. As áreas já implantadas sofreram inicialmente com as geadas, o granizo e pelo excesso de precipitações, mas devem se recuperar com o decorrer evolutivo da cultura. Pontualmente, algumas áreas tiveram que ser replantadas, mas no geral a lavoura segue com germinação e emergência uniformes. A previsão de área na região Central do Estado é de três mil hectares, com redução de 2,93% em

relação à da safra anterior. A produtividade média estimada é de 1,5 t/ha. Nessa região, a maioria das áreas está em preparo do solo, com 10% da área já semeada. Na região Norte, no Alto Uruguai, estima-se mais uma redução na área para esta safra, decorrente da falta de mão de obra, de preços pouco atrativos e da valorização da soja. Os municípios mais próximos ao rio Uruguai estão em plantio, ficando a ser semeadas as áreas de maior altitude. As lavouras já plantadas apresentam bom desenvolvimento. Nas regiões Celeiro e Noroeste Colonial, o plantio das pequenas propriedades não avançou significativamente, ainda. As grandes áreas cultivadas sob pivô central ainda não foram semeadas. O desenvolvimento inicial nas áreas implantadas é satisfatório. Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, onde a grande maioria das lavouras é destinada para o autoconsumo, a queda da temperatura e as geadas ocorridas em 12 de setembro prejudicam a germinação das plantas e o desenvolvimento inicial nas lavouras de baixadas, sendo que muitas lavouras tiveram que ser replantadas devido à alta percentagem de plantas mortas.

Milho – Os prejuízos decorrentes das geadas de 12 e 13 de setembro na verdade foram menores do que se esperava, pois muitas lavouras que tiveram as folhas superiores secas já apresentam novas brotações e boa recuperação. As lavouras mais afetadas ficaram restritas a áreas de baixada, onde a perda foi mais intensa, o que levou os produtores a encaminharem os poucos pedidos de Proagro registrados até o momento. Algumas dessas lavouras severamente atingidas pela geada serão replantadas ou substituídas pela lavoura de soja. Entretanto, as lavouras já implantadas que não sofreram prejuízo do efeito-geada vêm se desenvolvendo muito bem devido às chuvas semanais e temperaturas adequadas, apresentando bom crescimento, e as novas lavouras recém-implantadas apresentam boa germinação. Segue em andamento a aplicação da adubação nitrogenada em virtude das boas condições de umidade do solo. Em alguns casos, nota-se a ocorrência de ataque de lagarta-rosca, lagarta-do-cartucho e diabrótica, porém, em níveis inferiores aos que produzem dano econômico. Nos Campos de Cima da Serra, última região a iniciar o plantio, o clima não tem permitido um avanço maior da área semeada por causa das frequentes chuvas, o que permite apenas períodos curtos de um ou dois dias com condições ideais para efetuar a operação. Nas áreas de menor altitude da região da Serra, onde a semeadura

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inicia mais cedo, principalmente para o milho destinado à silagem de planta inteira, as lavouras germinaram bem e apresentam bom desenvolvimento inicial.

Milho: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 08/10

Em 01/10

Em 08/10

Em 08/10

Plantio 60% 54% 58% 50%

Germ./Des. veget.

59% 52% 55% 48%

Soja – A expectativa observada junto aos produtores de soja para a safra 2015/2016 é de que iniciem o plantio da cultura mais no cedo, sendo que alguns municípios já assinalam a semeadura da oleaginosa, que continua com sua cotação em alta. Estima-se que no momento já tenha sido semeado algo como sete mil ha, principalmente no Noroeste e Missões, regiões que tradicionalmente iniciam o processo por primeiro no Estado. Há expectativa de aumento de área em virtude do bom preço, que segue impulsionado pelo dólar, sendo observada a abertura de novas áreas para a cultura, principalmente aquelas provenientes de campo nativo. O momento é de intensificação do manejo dos cultivos de inverno, com avanço na colheita da aveia preta e aveia branca e início da colheita do trigo. As áreas não destinadas à colheita de grãos estão sendo manejadas quimicamente. Os preços vêm sendo praticados entre R$ 73 e R$ 80 com média em R$ 74,94 a saca de 60 kg.

Culturas de Inverno Trigo – A safra 2015, desde seu início, vem sofrendo com pressão de fungos e pragas, exigindo dos produtores diversas aplicações de fungicidas. Em muitos casos foram quatro pulverizações para conter os prejuízos dos fungos de folha e giberela na espiga, aumentando os custos. Ainda neste momento, quando o tempo permite, ocorrem aplicações de fungicidas e inseticidas nas lavouras plantadas mais tarde. Poucas lavouras de trigo começaram a apresentar os sintomas causados pela geada dos dias 12 e 13 de setembro, principalmente em áreas mais baixas, demandando solicitações de Proagro. Entretanto, a maioria das lavouras ainda apresenta um bom aspecto geral, entrando na fase de maturação do grão e colheita. As lavouras colhidas recentemente no Noroeste Colonial e Missões (4% do total plantado no Estado) apresentaram

rendimentos variados entre 2.600 a 2.700 kg/ha, um pouco abaixo do esperado pelos agricultores, devido ao potencial apresentado pelas lavouras antes das intempéries recentes, mas ainda dentro das estimativas iniciais. A qualidade é boa, com peso do hectolitro em torno de 78 a 80; porém, algumas análises realizadas pela indústria apontam para um índice de coloração da farinha abaixo do padrão (L - 91,5), o que pode comprometer o preço final do produto. Com a expectativa de chuvas para os próximos dias, com grande volume de precipitação, os agricultores optaram por iniciar a colheita nas suas melhores áreas. Com relação ao preço, não está sendo informado pela maioria dos municípios, ainda que a expectativa seja de aumento do preço do cereal, principalmente pela boa qualidade inicial do produto e pela cotação do dólar, o que dificultaria a importação.

Trigo: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 08/10

Em 01/10

Em 08/10

Em 08/10

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germ./Des. veget. 5% 7%

6% 4%

Floração 15% 20% 20% 20%

Ench. de grãos 60% 60% 65% 67%

Maduro por colher 15% 11% 8% 8%

Colhido 5% 2% 1% 1%

Canola – Na região Noroeste, a primeira a iniciar a colheita dessa oleaginosa, a cultura não vem apresentando em média o rendimento esperado, embora alguns agricultores tenham apresentado produtividade acima dos 31 sacos por hectare. No Planalto, maior região de cultivo, a canola encontra-se em fases finais de enchimento dos grãos e maturação, com grande desuniformidade de ciclo, pois as geadas, a queda de granizo e o excesso de chuvas prejudicaram o rendimento das lavouras, que pelo padrão do momento deverá ficar em torno de 900 kg/ha, produtividade esta que coincide com o custo de produção. Na região Celeiro, há o avanço na colheita, mas também com baixa produtividade nas lavouras. No Alto Uruguai, as lavouras se encontram em situação de regular a boa; a expectativa é que a colheita fique em torno dos 18 sacos por hectare. O preço médio praticado varia entre as regiões, com R$ 74 no Planalto e região Celeiro; já na região Noroeste, o valor sobe com bônus de três a quatro reais sobre o valor da saca de soja, ou seja, R$ 77 na semana que passou

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OUTRAS CULTURAS

Silvicultura – Reflorestamento Preços praticados na região dos vales do Caí e Taquari Mudas de eucalipto Grandis e Saligna (o milheiro – em tubetes): R$ 160 Mudas de eucalipto Grandis e Saligna (o milheiro – em laminado): R$ 140 Mudas de eucalipto Dunni (o milheiro – em laminado): R$ 160 Mudas de acácia-negra (o milheiro – em laminado): R$ 110 Lenha de acácia-negra: preço médio de R$ 60 por metro estéreo, dependendo da localização e, principalmente, da qualidade da lenha. Lenha de eucalipto: R$ 38 a R$ 40 por metro estéreo Toretes de eucalipto para paletes e lâminas: R$ 42 a R$ 50 por metro estéreo - peças serradas com tamanho uniforme de 1,20 ou 1,25 metros, conforme a empresa laminadora solicita. Casca de acácia-negra: R$ 0,18 a 0,20 por kg Carvão vegetal de acácia: R$ 0,75 por kg Carvão vegetal de eucalipto: R$ 0,60 a R$ 0,65 por kg Tora de eucalipto para serraria: R$ 100 (se precisar de trator para retirar da lavoura) a R$ 120 por m³ (se estiver encostado na estrada). Continua recessivo o comércio de carvão vegetal e, consequentemente, da lenha de acácia- negra e de eucalipto. Preços praticados na região Sul

• Pinus: produtores recebem R$ 2,70 por kg da resina de pinus.

• Eucalipto: produtores comercializando o estéreo na média de R$ 35.

• Toras de madeira com diâmetros superiores a 18 cm são comercializados entre R$ 120 e R$ 180 por árvore. A variação nos preços está na dependência do diâmetro e qualidade do fuste.

• Acácia-negra: comercialização do estéreo de madeira variando entre R$ 40 e R$ 45.

Na Campanha, produtores de Bagé com projeto silvipastoril utilizam pastagens de inverno, e terão

início o pastoreio com bovinos e a desrama dos galhos das árvores. Em Santa Margarida do Sul, na Fronteira Oeste, nas florestas com área de 9.222 ha que pertencem à Celulose Rio-grandense, são cultivados 3.927 ha. Na microrregião de Bagé, os produtores do programa Poupança Florestal e que plantaram no ano de 2005 a 2007 estão recebendo pagamentos referentes à madeira produzida. Os produtores estão satisfeitos com a produtividade alcançada nas florestas e com a remuneração obtida. As maiores produtividades têm ocorrido em Caçapava do Sul, com valores de R$ 300 a 400 m3/ha. A colheita mecanizada da madeira iniciou em janeiro de 2015. Preços: eucalipto R$ 34,50/m3 em pé aos 7,5 anos para produtores da poupança florestal (fonte FIBRIA). Na lenha, o comércio local paga R$ 55 por metro empilhado, posto no local; remuneração líquida ao produtor de R$ 15 por metro empilhado; acácia-negra: preços da casca R$ 260/t (posto em Montenegro ou Estância Velha) e da madeira R$ 56/m empilhado posto em Rio Grande (fonte: Tanac e Seta). Já os produtores de acácia-negra estão com dificuldade de comercialização, ficando restritos ao mercado local de lenha, que consome poucos volumes, ou à venda com colheita futura para a empresa Tanac. Em Santa Margarida do Sul, os cortes das árvores já iniciaram; até o momento a área colhida está ao redor dos 400 ha. A madeira é destinada à produção de papel, e a expectativa é que até o final de 2015 sejam colhidos aproximadamente 1.000 ha de floresta.

Cana-de-açúcar - Em fase de colheita na região das Missões, a safra de cana da Coopercana se encaminha para o final, dentro do período estimado. A produtividade média da cana é de 53 toneladas por hectare na região. Em andamento, o plantio da nova safra. A geada prejudicou a brotação inicial e o desenvolvimento da cana recém-plantada somente em áreas de baixada, o que é pouco representativo. Em andamento, a adubação nitrogenada nos canaviais.

HORTIGRANJEIROS

Olerícolas

Nos municípios do Vale do Caí (São Sebastião do Caí, Alto Feliz, Vale Real e Bom Princípio) registra-se nesta quinzena a alta dos preços, praticados na Ceasa, dos produtos hortigranjeiros em geral. A alta dos preços se deu em decorrência

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de prejuízos na produção, por ocasião do excesso de chuva (260 mm no período). Principalmente as folhosas foram bastante prejudicadas, diminuindo a oferta e a qualidade dos produtos vendidos na Ceasa e no mercado em geral. Olericultores desses municípios relatam que o desenvolvimento dos cultivos está lento e desuniforme neste início de primavera. Lavouras visitadas pela ATER confirmam esta realidade, evidenciando problemas fitossanitários (pois não foi possível realizar tratamentos fitossanitários) e atraso de plantios por impossibilidade de preparo de novos canteiros nesta última quinzena; há expectativa de retorno da normalidade climática para retomar o preparo do solo para novos plantios e desenvolvimento dos tratos culturais. No município de Muçum, que representa a realidade do Vale do Taquari, as hortaliças em geral desenvolvem-se normalmente, com exceção da alface, que sofreu perdas de qualidade pelo excesso de chuva. Neste momento estão sendo colhidos feijão-vagem, folhosas, alface, repolho, couve-flor, brócolis, abobrinha caserta e tomate, em início de maturação em algumas lavouras. O restante está em desenvolvimento, com necessidade de intensificado monitoramento e controle fitossanitário. Registra-se plantio do melão e pepino.

Pepino – Nos municípios de Alto Feliz e Feliz, houve problemas com as temperaturas amenas e chuvas excessivas ocorridas, que dificultaram o desenvolvimento inicial da nova safra, favorecendo o surgimento de doenças fúngicas e abortamento floral. Na última semana, o tempo colaborou e o desenvolvimento foi mais favorável à cultura. No município de Bom Princípio, a cultura do pepino – tanto nos cultivos para indústria como para mesa – está em fase pré-colheita, enchendo os primeiros frutos. O clima de primavera tem propiciado um bom desenvolvimento da cultura, mas o excesso de chuvas tem obrigado os produtores a aplicações frequentes de fungicidas. Produtores estão relatando valores de venda a R$ 60 por caixa de 20 kg. Tomate - No município de Feliz, onde a cultura encontra-se em fase de florescimento e frutificação, ocorreu aumento da incidência de doenças, e os frutos que estavam se formando tiveram problemas de pigmentação e sabor decorrentes de duas semanas de chuva com dias nublados. Em Alto Feliz, o período não favoreceu as atividades para implantação das novas áreas (preparo do solo, adubação e plantio). Observa-se

também retardamento no desenvolvimento da cultura, em função das variações de temperaturas e umidade, e surgimento de doenças folhares. Na última semana o tempo colaborou e os trabalhos voltam a se desenvolver bem. Em Bom Princípio, a cultura do tomate está em fase de desenvolvimento vegetativo. As plantas que estão em fase de frutificação apresentam boa sanidade. Por sua vez, cultivos de tomate cereja desenvolvidos durante o inverno estão em fase final de ciclo. Os valores praticados nesse município indicam para o tomate cereja R$ 35 a dúzia de cumbucas; para o tomate salada, R$ 50 a caixa. Repolho, couve-flor, brócolis e alface - Em Alto Feliz, segue o período de desenvolvimento vegetativo, colheita, preparo do solo e plantio de novas áreas produtivas de repolho. Houve registro de problemas pontuais, ainda reflexos da geada e do granizo ocorridos nas semanas anteriores. Observa-se também aumento das reclamações com o ataque de lagartas, de difícil controle. Neste município o brócolis e a couve-flor encontram-se em período de desenvolvimento vegetativo e preparo de novas áreas produtivas. Houve registros de problemas pontuais com o surgimento de podridões, pelo excesso de umidade. Na última semana, o tempo colaborou e a cultura se desenvolve adequadamente. O município de Vale Real registra que a couve-flor tem desenvolvido cabeças menores e com coloração não característica das cultivares, o que rebaixa sua qualidade. Nesse município, a couve-flor foi comercializada a R$ 25 a dúzia, o brócolis a R$ 20 a dúzia e o repolho, a R$ 2 a unidade. Em Bom Princípio, há alta dos valores praticados devido às chuvas da última quinzena, sendo que a couve-flor alcançou R$ 40, o brócolis R$ 30 e o repolho, R$ 25 o saco. A alface também registrou aumento em Bom Princípio, devido às chuvas que reduziram a oferta na Ceasa, sendo registrada comercialização a R$ 15 a dúzia. Vale Real registra valores de comercialização para alface de R$ 9/dúzia na Ceasa/Caxias e R$ 15 na Ceasa/Porto Alegre. Nesse município, o temperinho foi comercializado a R$ 10 a dúzia; a vagem, a R$ 20 o conjunto de seis bandejas de 400 gramas. Em Muçum, o feijão-vagem está sendo comercializado a R$ 4 o quilo.

Cebola – As variedades precoces já iniciam o estalamento, fase de desenvolvimento que prenuncia a maturação do bulbo; porém, este continuará incrementando o calibre/tamanho, até o

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final do ciclo. Variedade tardia e mais cultivada na região serrana, a Crioula vem se desenvolvendo satisfatoriamente, apesar das intensas e frequentes chuvas, além das fortes oscilações da temperatura, que nesse final de semana se aproximou de cinco graus nos locais em que as lavouras se encontram. As chuvas foram intensas e de altos volumes no período, encharcando partes baixas de lavouras; o impacto dos pingos mais fortes afetou as lavouras mais novas, com formação de pontos de injúria, favorecendo a infeção por fitopatias, principalmente pelo míldio, que se revela de difícil controle. O momento é de intensos tratamentos fitossanitários, adubação de cobertura e controle de ervas espontâneas. Na região Sul, a fase é de desenvolvimento vegetativo nas regiões produtoras. Em Rio Grande, o desenvolvimento da cebola e de olerícolas em geral que foram transplantadas ou que se encontram em desenvolvimento vegetativo foi parcialmente prejudicado devido ao granizo e aos alagamentos. A estimativa de perdas é significativa nas culturas implantadas. Mantém-se ainda boa expectativa com relação ao preço de comercialização e de produção. Em São José do Norte, a semana foi com boa incidência de luz e chuva rápida na sexta-feira. Os produtores de cebola aproveitaram para fazer aplicações à base de cobre, preventiva para doenças e para recuperação dos danos provocados pelas fortes chuvas das semanas anteriores. O clima ficou favorável para o surgimento de plantas daninhas nos canteiros de cebola, necessitando de controle com herbicidas seletivos para a cultura. Nos dias 22 e 23 de outubro de 2015, em São José do Norte, na localidade de Barranco, acontecerá a Abertura Oficial da Colheita Municipal da Cebola safra 2015/2016. Mandioca - A cultura tem crescimento rápido com as propícias condições de solo e temperaturas e insolação mais elevadas. Produtores do Noroeste do Estado relatam que a disponibilidade de raízes tem diminuído, e o preço do produto tem evoluído conforme a demanda. Batata - O plantio da batata segunda safra na região Central já está concluído. A variedade Asterix ocupa 80% da área. O preço teve uma significativa alta em relação ao da semana passada: o preço da batata branca está cotado em R$ 70 e o da batata rosa está em R$ 100 o saco de 60 kg.

Na região Nordeste do RS, no município de Ibiraiaras, o plantio da safra está encerrado, e a cultura atinge pleno desenvolvimento vegetativo. A atenção dos produtores continua voltada para o controle das doenças e pragas e para a realização de tratos culturais como amontoa, adubação cobertura. Nesse momento, a batata beneficiada e comercializada na região continua vindo do Estado de São Paulo. Nesta semana os preços mantiveram-se estáveis, em R$ 95 para a rosa e a R$ 75/saco para a branca. No Sul, a lavoura da batata primeira safra está em finalização de plantio. Em São Lourenço do Sul, 100% da área já está plantada (200 ha comercial). As principais cultivares plantadas são a Baronesa e Macaca. Cultivares como a Bel, Ana e Asterix têm pouca expressão de área plantada na região. Importantes áreas de plantio para consumo das famílias não estão contabilizadas.

Frutícolas

Moranguinho - Em decorrência do clima desfavorável, no município de Feliz registra-se o aparecimento de doenças e a baixa ocorrência de floração, que comprometeram a produção da cultura para os próximos dias. Este dano sinaliza para uma baixa oferta de produção para o mercado e consequentemente para tendência de aumento de preço ao consumidor. De acordo com produtores desse município, a bandeja de morango foi comercializada a R$ 3,50. Em São Sebastião do Caí, nesta quinzena houve facilidade de comercialização de morangos no mercado, e as famílias de produtores do município estão muito satisfeitas com a renda da comercialização: o preço recebido na Ceasa chega a R$ 5,50 o quilo. No município de Bom Princípio, a cultura está em plena safra, com frutos de ótima qualidade e tamanho. Alguns produtores estão com problemas de podridão de frutos e também há relatos de ocorrência de oídio, demandando tratamentos. Também continua o ataque de ácaros que em algumas propriedades tem apresentado dificuldade de controle, principalmente em plantas de segundo ano, nas quais a vegetação está mais densa. Os preços praticados em Bom Princípio foram os seguintes:

• Orgânico: R$ 5/bandeja de 300 gramas (preço constante ano todo), equivalendo a R$ 16,60/kg (comercializado em feiras ou na loja da Ecomorango).

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• Convencional: R$ 2 a 3/bandeja de 270 gramas, equivalendo a R$ 7,50 a R$ 11 por quilo, aproximadamente, dependendo do tipo de comercialização (para terceiros ou direta).

No Vale do Taquari foi registrada a ocorrência da mosca Drosophila suzukii em ambiente protegido; pela falta de monitoramento e controle por parte do produtor, comprometeu praticamente toda a produção. Esse evento indica o potencial de danos deste inseto – identificado no Brasil há pouco mais de dois anos – sobretudo naqueles frutos de pele fina, apontando para necessidade de adequado monitoramento. Na região Sul, a cultura do morango tem sido prejudicada devido aos dias nublados e de alta umidade, resultando em diminuição do florescimento e ocorrência de doenças generalizadas (principalmente botritis e antracnose), em especial nos frutos, ocasionando perdas devido à podridão destes. O morango está sendo comercializado entre R$ 5 e 10/kg. Uva – Na região Serrana, após um período da ocorrência do forte frio e que afetou consideravelmente as videiras, pode-se inferir com propriedade mais apurada que foi um evento bastante atípico pelos efeitos causados entre vinhais próximos, sendo uns intensamente afetados e, outros, ao lado, sem qualquer sintoma de queima. Em muitos parreirais, inclusive dentro da mesma área, encontram-se plantas danificadas em reboleira e outras sem qualquer sinal de estragos. Variedades superprecoces como a Vênus, cultivada em locais mais quentes, já se mostram na fase de enchimento da baga, com plantas de bom vigor e sanidade. As semiprecoces, como a Bordô, estão em início de florescimento nos locais nos vinhais podados em primeiro lugar. Plantas afetadas pelas geadas mostram forte e intensa rebrotação, fator indispensável para a sobrevivência das vinhas e produção de galhos para safra futura. Cultivares como a Bordô e Isabella apresentam, por natureza, boa capacidade de produção em gemas casqueiras, ou seja, aquelas emergidas sobre madeira de mais de um ano. No entanto, outras como a Concord – também conhecida por ‘Francesa’ – e as niágaras não têm essa habilidade de produção. O momento é de intensa atividade na aplicação de tratamentos fitossanitários. O retorno do frio nesse final de semana fez o viticultor se preocupar e investir no

controle e prevenção da antracnose, conhecida também como varola. Pequenas frutas – Mirtilo - As geadas de forte intensidade corridas nos dias 12 e 13 de outubro afetaram severamente a cultura. Variedades precoces que já se encontravam em florescimento e início de frutificação foram as mais afetadas, somente se salvando de danos totais os pomares com sistema antigeada e bons volumes de reservação de água. Materiais mais tardios estão em início de brotação e florescimento, sem que tenham sido injuriados pelo evento. Amora preta e framboesa - As amoreiras que se encontravam em fase de florescimento foram seriamente injuriadas pela ocorrência de geadas, que além delas, queimaram também as gemas foliares que estavam em início de vegetação. Brotos queimados foram retirados para forçar nova brotação a partir da haste. A folhagem que se encontrava já adiantada não sofreu prejuízos. Estima-se que as perdas na produção poderão chegar a 50% do potencial tradicional esperado. Por seu turno, a framboeseira sofreu danos e perdas totais na haste velha, a qual proporciona a chamada primeira safra. Hastes novas só iniciaram a vegetação após o sinistro, podendo produzir plenamente. Assim, também se estima que 50% da produção prevista tenha sido comprometida. Pêssego - O pêssego cultivado na área Sul do Estado terá redução na produtividade e na produção total após os últimos eventos climáticos de intensidade localizada e de forma esparsa em toda região produtora de pêssegos – Pelotas, Canguçu, Morro Redondo, Piratini, Cerrito, São Lourenço do Sul, Arroio do Padre, Capão do Leão e Jaguarão. Estima-se até o momento uma redução da produção esperada (65.200 toneladas ou arredondando 65 milhões de quilos) na ordem de 35% na região toda dos nove municípios produtores. Diante dos eventos climáticos ocorridos até o momento, as perdas na produção esperadas estão em 22.820 toneladas de pêssegos. Os prejuízos diretos (renda bruta das famílias) aos produtores de pêssego estão até o momento em R$ 22.820.000,00 (+ de 22 milhões de reais). Estas perdas estão relacionadas aos eventos climáticos, por ordem cronológica:

1. Poucas horas de frio (abaixo de 7,2º centígrados), uma vez que o acumulado é 216 horas frente a uma média histórica de

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503 horas de frio (dados da Embrapa/Clima Temperado);

2. Ocorrência de temperaturas mais elevadas que o normal durante a floração, ocasionando abortamento de flores;

3. Geadas generalizadas nos dias 11 e 12 de setembro de 2015;

4. Granizo nos municípios de Pelotas, Canguçu e Morro Redondo, principais produtores (Pelotas responde por cerca de 50% da área em hectares e da produção total da região);

5. Ocorrência da podridão parda mais intensa nos frutos com lesões advindas do granizo;

6. Ocorrência mais intensa da síndrome "morte precoce do pessegueiro", conhecida entre os produtores de pêssegos como "morredeira", diminuindo a produtividade e produção dos pomares, desde o início da brotação e que segue se manifestando.

A produção esperada de pêssegos após os eventos climáticos é de + de 42 milhões de quilos.

Comercialização de Hortigranjeiros

No mês de setembro tivemos uma precipitação de 290 a 310 mm de chuva na região do Alto Uruguai, com aproximadamente 10 dias chuvosos, com temperaturas baixas, inclusive com geadas fortes, intercaladas com dias de temperaturas altas. Estas geadas trouxeram prejuízos às culturas como tomate, pepino e feijão de vagem, inclusive no interior das estufas, onde áreas foram replantadas. Ocorrem ataques de grilos e lesmas em lavouras transplantadas.

Alface - Boa qualidade, boa oferta, fase de plantio à colheita. Preço nas feiras convencional e orgânica entre R$ 1,30 a R$ 2/pé; no atacado, entre R$ 1 e R$ 1,50/pé. Beterraba - Boa oferta, boa qualidade, fase de plantio à colheita. Preço nas feiras convencionais entre R$ 2,50/kg a R$ 3/kg; na feira orgânica, a R$ 2,25/kg; no atacado, R$ 2/kg.

Cenoura - Cultura com boa sanidade, baixa oferta. Cultura em fase de plantio à colheita. Preço na feira convencional e orgânica entre R$ 2,20 e R$ 2,50/kg; no atacado, R$ 2/kg. Couve/brócolis - Fase de plantio à colheita, boa sanidade, tamanho bom das inflorescências, boa oferta. Preço na feira convencional a R$ 2,50; na feira orgânica, R$ 3/kg; no atacado, a R$ 2/kg. Couve chinesa - Cultura com boa sanidade, boa oferta, período de colheita. Preço na feira convencional entre R$ 2,50 a R$ 3/molho; na feira orgânica, R$ 2/molho; no atacado, R$ 2/molho. Couve-flor - Boa sanidade, boa oferta, tamanho reduzido. Fase de plantio à colheita. Preço na feira convencional e orgânica entre R$ 3 e 4 a unidade; no atacado, entre R$ 3 e R$ 4/kg. Rabanete - Boa oferta, boa qualidade, fase de plantio à colheita. Preço nas feiras convencionais, orgânicas e no atacado a R$ 1,50 /maço. Repolho - Boa oferta, boa qualidade. Os preços despencaram nas últimas semanas nas feiras convencional e orgânica ficando entre R$ 1,20 a R$ 2,50/cab.; no atacado de R$ 1 a R$ 2/cab. Rúcula e radiche - Boa oferta, bom desenvolvimento, grande procura. A fase é de plantio à colheita. Preço nas feiras orgânicas e convencionais entre R$ 1,20 a R$ 2/maço; no atacado, R$ 1,20/maço. Tempero verde - Boa oferta, boa sanidade. Fase de plantio à colheita. Preço entre R$ 1,50 e 2 por maço, tanto nas feiras orgânicas como na convencional; no atacado, R$ 1,50/maço. Na região encontramos dificuldades de padronização do tamanho dos maços. Na última semana, no Vale do Rio pardo, pode-se observar ainda o reflexo do excesso de chuvas das semanas anteriores. Na cultura do morango, a umidade favoreceu o ataque de fungos também da flor, o que refletiu agora em redução da produção. Na cultura do pepineiro, observou-se aumento da incidência de míldio em estufa. Observou-se pequena redução da produção em função da baixa luminosidade da semana anterior, além do apodrecimento de frutos pequenos. Alguns produtores que fizeram o plantio no solo, a céu aberto, tiveram perdas significativas de plantas em função de ataque de fungos de solo. Nas brássicas, observa-se alta incidência de podridão negra nas folhas e inflorescência, principalmente em brócolis, além da pressão da traça das crucíferas. Em alface, principalmente do tipo americana, observaram-se perdas por Erwinia, inclusive após a colheita.

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Na cultura do aipim, inicia a operação de controle de plantas daninhas das lavouras. Preços praticados na semana – Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí Aipim com casca R$ 10/cx.; R$ 1,75/kg (feira) Aipim sem casca R$ 2,50/kg (venda p/ mercados

e restaurantes) R$ 3 (p/ consumidor)

Batata-doce R$ 27 a 30/cx. (p/ mercados) R$ 2/kg feira

Alface R$ 1/unid. Repolho R$ 2/unid. (p/ mercado) R$ 2

(feira) Couve-flor R$ 2,50/unid. Morango Entre R$ 10 e 12/kg Rabanete R$ 1,25/molho (p/ mercado)

R$ 2,50 (feira) Tempero R$ 0,90/molho Couve folha R$ 1/molho Brócolis R$ 2, (p/ mercado) 2,50 (feira) Pepino conserva R$ 2,75/kg (p/ agroindústrias) Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, entre 29/09 a 06/10/2015 tivemos 20 produtos estáveis em preços, 15 em alta e nenhum em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Dois produtos destacaram-se em alta: agrião e chuchu. Agrião : de R$ 1 para R$ 1,25/molho (+25%). A situação desta hortaliça-folha já foi retratada na semana anterior, quando ocorreu elevação das cotações do produto e de outras hortaliças sensíveis a longos períodos chuvosos. Desta feita, apenas o agrião teve sua cotação elevada de forma isolada devido à sua drástica redução da oferta. Nesta situação entraram para comércio apenas 520 dúzias de molhos, enquanto a média registrada por dia forte no último triênio para outubro foi de 1.458 dúzias. Chuchu : de R$ 1,50 para R$ 2/kg (+33,33%). O mercado atacadista da Ceasa/RS nesta terça-feira foi abastecido com apenas 20.700 kg de chuchu, enquanto que a média de entradas por dia forte para o mês de outubro no último triênio foi 95.945 kg. Já o preço ocorrido nesta semana, de R$ 2/kg, encontra-se bastante elevado se considerarmos a média ocorrida nos últimos três anos para outubro que foi R$ 1,27/kg. Esta sensível diminuição na

oferta se deve à seca que ocorre no Estado do Espírito Santo.

PRODUTOS EM ALTA

29/09 (R$)

06/10 (R$)

Aumento (%)

Laranja suco (kg) 0,90 1,00 11,11 Limão Tahiti (kg) 3,30 4,00 21,21 Morango (kg) 7,00 8,57 22,43 Bergamota Montenegrina (kg)

2,00 2,22 11,00

Agrião (molho) 1,00 1,25 25,00 Couve (molho) 1,25 1,50 20,00 Espinafre (molho) 1,25 1,50 20,00 Repolho verde (kg) 0,72 0,83 15,28 Chuchu (kg) 1,50 2,00 33,33 Pepino salada (kg) 1,50 1,75 16,67 Tomate caqui LV (kg)

2,25 2,50 11,11

Vagem (kg) 6,00 7,00 16,67 Batata branca (kg) 1,60 1,70 6,25 Beterraba (kg) 1,40 1,50 7,14 Cenoura (kg) 1,50 1,75 16,67 Fonte: CEASA

CRIAÇÕES Forrageiras – Com a mudança do clima, os campos nativos e as pastagens cultivadas perenes de verão, especialmente o tifton, aumentaram sua capacidade de rebrote, devido aos dias mais longos e ensolarados e a temperaturas mais altas, somadas com os elevados teores de umidade do solo resultantes das chuvas das últimas semanas. Por outro lado, as geadas tardias ocorridas em alguns municípios do Estado provocaram perdas das pastagens, prejudicando a brotação dos campos nativos. Também foram afetadas pelas geadas algumas áreas de pastagens anuais cultivadas de inverno em fase de floração, especialmente o azevém, gramínea de inverno de ciclo mais longo. Os produtores permanecem implantando ou realizando tratos culturais, especialmente adubações nitrogenadas de cobertura, nas áreas cultivadas com pastagens anuais de verão, como milheto e sorgo forrageiro, assim como nas lavouras de milho e sorgo destinadas à produção de silagem. Bovinos de corte – Os animais que permanecem pastoreando nas áreas de pastagens cultivadas de inverno, como o azevém, ainda estão com ótima oferta forrageira, mas estas áreas já apresentam decréscimo de qualidade de pasto em virtude da

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proximidade do seu final de ciclo. Os rebanhos bovinos de corte que permanecem exclusivamente no campo nativo e que não estão como uma lotação elevada também têm uma boa oferta de alimentos. No entanto em muitas propriedades onde há excesso de carga animal explorando exclusivamente as pastagens de campo nativo, ocorre perda de peso dos animais. Esta situação foi agravada em algumas regiões em decorrência das geadas ocorridas no período, afetando principalmente as áreas mais baixas. O preço médio do boi sofreu pequena queda, sendo comercializado a R$ 4,70/kg/vivo, na região de Santa Maria. Esta pequena queda de preços é explicada em parte, pela maior oferta de animais, assim como pela diminuição do consumo de carne. Segundo as informações dos frigoríficos, os mercados locais estão demandando menos carne. Em relação à sanidade animal, aumentaram os cuidados e a preocupação com verminoses e ectoparasitas, especialmente carraptos. Preços pagos aos pecuaristas na Região Sul no período

• Boi gordo - R$ 4,60 a R$ 5,20 kg/vivo

• Vaca gorda - R$ 4 a R$ 4,60 kg/vivo

• Terneiro - R$ 5 a R$ 6,10 kg/vivo

Bovinocultura de leite – Com a chegada da primavera, houve o rebrote das espécies forrageiras dos pastos nativos, melhorando a qualidade e quantidade dos volumosos e ocasionando aumento da produção de leite; mas as pastagens anuais cultivadas de inverno, basicamente o azevém e trevos, ainda estão sendo disponibilizadas aos animais. Porém, em alguns locais, o pastoreio direto dos animais tem sido limitado ou impedido devido à alta umidade no solo. Para manter os níveis da produção leiteira, os produtores estão colocando à disposição dos rebanhos alimentos processados na propriedade, como feno, silagem de milho e sorgo, farelos, ração concentrada, grãos. Produtores que não conseguiram se estruturar para produção de alimento processado, especialmente silagem, devido ao alto custo de produção, apresentam queda na produção de leite. Na região de Bagé, em algumas propriedades em que a Emater realiza o trabalho de acompanhamento gerencial mensal da atividade leiteira, os dados coletados no período estão

demonstrando uma alta significativa de custos de alimentação em virtude da dificuldade de manejo das pastagens cultivadas, mediante pastoreio rotativo do rebanho leiteiro. No mercado do leite alguns produtores mostravam-se apreensivos pelos preços com que o produto in natura vinha sendo comercializado, mas houve uma reação positiva e o preço está em elevação em algumas bacias leiteiras. Há informação que o preço do leite tem sido pago por algumas empresas de acordo com quantidade e qualidade produzidas, sendo diferenciado para aqueles produtores que se enquadram nestas condições. Ovinocultura – Estamos em plena fase de final de parição e cuidados com os cordeiros nascidos, quando então os ovinocultores realizam as práticas de manejo – tais como assinalação, castração e descola – e o controle de verminoses, pois os animais mais jovens apresentam maior susceptibilidade ao ataque de endoparasitas. No manejo do rebanho de cria, alguns produtores reservam um potreiro para a maternidade, com boa oferta de forragem e abrigo, preferentemente próximo à sede, para facilitar o acompanhamento do rebanho e controle de predadores. Houve informações de mortes em cordeiros recém-nascidos em alguns municípios da região de Bagé, especialmente nas localidades onde as chuvas foram excessivas. Alguns produtores estão suplementando a alimentação dos ovinos com ração, grãos e outros concentrados proteicos. Os ovinocultores que optaram pela esquila de inverno já concluíram esta atividade. No município de Uruguaiana o período de esquila está iniciando, e os preços pagos aos esquiladores está em média de R$ 5/cabeça. De maneira geral, as condições de clima verificadas durante o período de parição propiciaram bons índices de produtividade da atividade, alcançando taxas de natalidade satisfatórias, garantindo também uma baixa taxa de mortalidade de cordeiros. No aspecto geral, os rebanhos apresentam boa condição corporal; porém, em algumas regiões ocorreram perdas de peso dos animais, em especial entre os mantidos exclusivamente em campos nativos. Em algumas regiões, também houve ataque de parasitas com incidência elevada de verminose nos rebanhos, principalmente nos cordeiros. Outro problema sanitário que permanece com o aumento da umidade é a manqueira ou podridão dos cascos dos ovinos, causando grandes prejuízos, pois é doença de difícil controle. No período também continua a

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vacinação de controle do carbúnculo. Os criadores têm redobrado a dedicação aos rebanhos para controle dessas moléstias. Em Caçapava do Sul e Santana do Livramento, há registros de ataque de javali em algumas localidades, comprometendo a produção principalmente dos cordeiros recém-nascidos. Observa-se em algumas regiões que a oferta de cordeiros terminados para o abate ainda é pequena, ocorrendo poucos negócios no período; em alguns locais, ocorre comercialização de ovelhas de descarte. Preços pagos aos ovinocultores na região Sul no período

• Ovelha - R$ 3 a R$ 4,70 kg/vivo

• Cordeiro - R$ 4,80 a R$ 5,50 kg/vivo

• Capão - R$ 4,50 a R$ 5 kg/vivo

• Lã Merina - R$ 14,00 a R$ 16 kg/velo

• Ideal (Prima A) l - R$ 12 a R$ 13 kg/velo

• Lã Corriedale (Cruza 1) - R$ 11 a R$ 11,50 kg/velo

• Lã Corriedale (Cruza 2) - R$ 9,50 a R$ 10 kg/velo

Apicultura - As condições climáticas ocorridas na última semana, com elevação das temperaturas, chuvas esparsas e boa insolação, favoreceram o trabalho das abelhas. No período observa-se diminuição da floração de citros, mas outras espécies nativas e exóticas estão entrando na fase de floração, existindo boa oferta de pólen e néctar. Os apicultores estão realizando manejo das colmeias para a produção de mel da safra da primavera, reformando as caixas, colando cera laminada nos caixilhos e instalando as sobrecaixas ou melgueiras. Existe boa procura de mel, porém a disponibilidade no mercado é muito pequena. O mel está sendo comercializado entre R$ 12 e R$ 15/kg, na venda direta ao consumidor na região de Erechim.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTER IORES

Produtos Unidade Semana Atual Semana

Anterior Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série Histórica – 2010/2014

08/10/2015 01/10/2015 10/09/2015 09/10/2014 GERAL OUTUBRO

Arroz em Casca 50 kg 38,43 37,05 34,65 39,29 33,73 34,74

Feijão 60 kg 116,25 115,00 116,11 118,99 117,43 115,56

Milho 60 kg 26,50 26,35 24,65 24,61 26,11 26,48

Soja 60 kg 74,94 74,44 70,22 57,93 58,13 59,08

Sorgo Granífero 60 kg 22,20 21,40 21,40 20,30 21,74 20,98

Trigo 60 kg 32,42 32,04 30,65 27,81 30,51 31,63

Boi para Abate kg vivo 4,78 4,75 4,84 4,63 3,74 3,68

Vaca para Abate kg vivo 4,21 4,19 4,26 4,16 3,36 3,32

Cordeiro para Abate kg vivo 5,18 5,06 5,00 4,67 4,22 4,57

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,15 3,12 2,98 3,60 2,95 3,07

Leite (valor liquido recebido) litro 0,88 0,88 0,86 0,98 0,82 0,83

05/10 - 09/10 28/09 - 02/10 07/09 - 11/09 06/10 - 10/10 Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2010-2014 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2010-2014.