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Estado do Rio de Janeiro CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS 3 PREÂMBULO Hoje, ao promulgarmos esta LEI ORGÂNICA, estamos dando um importante passo para a verdadeira emancipação do Município, já que pela primeira vez, sem a tutela do Estado, foram elaboradas normas que vão ao encontro das necessidades e dos anseios dos munícipes. Para essa elaboração, os Vereadores usaram das prerrogativas dadas pelas Constituições Federal e Estadual, e contaram com a participação dos diversos segmentos da sociedade civil organizada. Rogamos a Deus a sua proteção para que a LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS seja o marco de melhores dias. TÍTULO I Da Organização do Município e dos Poderes Municipais CAPÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º. O Município de Duque de Caxias, em união indissolúvel ao Estado do Rio de Janeiro e à República Federativa do Brasil, constituído dentro do Estado Democrático de Direito, em esfera de governo local, objetiva, na sua área territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo político, exercendo o seu poder por decisão dos munícipes, pelos seus representantes eleitos

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    PREMBULO

    Hoje, ao promulgarmos esta LEI ORGNICA, estamos dando um importante passo para a verdadeira emancipao do Municpio, j que pela primeira vez, sem a tutela do Estado, foram elaboradas normas que vo ao encontro das necessidades e dos anseios dos muncipes. Para essa elaborao, os Vereadores usaram das prerrogativas dadas pelas Constituies Federal e Estadual, e contaram com a participao dos diversos segmentos da sociedade civil organizada. Rogamos a Deus a sua proteo para que a LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE DUQUE DE CAXIAS seja o marco de melhores dias.

    TTULO I Da Organizao do Municpio e dos Poderes Municipais

    CAPTULO I Dos Princpios Fundamentais

    Art. 1. O Municpio de Duque de Caxias, em unio indissolvel ao Estado do Rio de Janeiro e Repblica Federativa do Brasil, constitudo dentro do Estado Democrtico de Direito, em esfera de governo local, objetiva, na sua rea territorial e competencial, o seu desenvolvimento com a construo de uma comunidade livre, justa e solidria, fundamentada na autonomia, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e no pluralismo poltico, exercendo o seu poder por deciso dos muncipes, pelos seus representantes eleitos

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    ou diretamente, nos termos desta Lei Orgnica, da Constituio Estadual e da Constituio Federal.

    Pargrafo nico - A ao municipal desenvolve-se em todo o seu territrio, sem privilgios de distritos ou bairros, reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.

    Art. 2. So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos, o Legislativo e o Executivo.

    Art. 3. O Municpio, objetivando integrar a organizao, planejamento e a execuo de funes pblicas de interesse regional comum, pode associar-se aos demais municpios limtrofes e ao Estado, para formar a Regio Metropolitana.

    Pargrafo nico. A defesa dos interesses municipais fica assegurada por meio de associao ou convnio com outros municpios ou entidades locais.

    Art. 4 So Smbolos do Municpio de Duque de Caxias a Bandeira, o Hino e o Braso Municipais.(Artigo alterado pela Emenda Lei Orgnica Municipal n 014, de 30 de junho de 1999)

    Art. 4. So Smbolos do Municpio de Duque de Caxias a Bandeira, o Hino, o Braso e os Emblemas Municipais. .( Emenda Lei Orgnica Municipal n 014, de 30 de junho de 1999)

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    Seo I Da Organizao Poltico-Administrativa

    Art. 5. O Municpio de Duque de Caxias, unidade territorial do Estado do Rio de Janeiro, pessoa jurdica de direito pblico interno, com autonomia poltica, administrativa e financeira, organizado e regido pela presente Lei Orgnica, na forma da Constituio Federal da Constituio Estadual.

    1. A Sede da Administrao Pblica Municipal situar-se- no centro geogrfico do Municpio de Duque de Caxias.

    2. O Municpio compe-se de quatro distritos.

    3. Qualquer alterao territorial do Municpio de Duque de Caxias somente pode ser feita na forma da Lei Complementar Estadual, preservando a continuidade e a unidade histrico-cultural do ambiente urbano, dependendo de consulta prvia s populaes diretamente interessadas, mediante plebiscito.

    Art. 6. vedado ao Municpio:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embargar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da Lei, a colaborao de interesse pblico;

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    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;

    IV - usar ou permitir o uso de estabelecimento grfico, jornal, estao de rdio, televiso, servios de alto-falantes ou qualquer outro meio de comunicao de sua propriedade para propaganda poltico-partidria para fins estranhos Administrao, salvo o disposto em Lei Federal.

    Seo II Do Patrimnio e da Competncia

    Art. 7. Constituem Patrimnio do Municpio de Duque de Caxias:

    I - Os bens mveis, imveis e semoventes que atualmente possui e os que vierem a ser adquiridos posteriormente;

    II - as reas sob seu domnio;

    III - os direitos e a renda proveniente do exerccio das atividades de sua competncia e prestao de seus servios.

    Pargrafo nico. O Municpio tem direito participao no resultado da explorao de petr1eo, gs natural, recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de outros recursos minerais de seu territrio, na forma da Legislao Federal e da Estadual.

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    Art. 8. Compete ao Municpio:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    II - suplementar a Legislao Federal e a Estadual, no que couber;

    III - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia;

    IV - aplicar suas rendas, prestando contas e publicando balancetes nos prazos fixados em lei;

    V - criar, organizar e suprimir distritos, mediante lei municipal, observada a Legislao Estadual;

    VI - organizar e preservar, sob a forma de concesso ou permisso, os servios pblicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem carter social;

    VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao pr-escolar e de ensino fundamental;

    VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de atendimento sade da populao;

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    IX - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial mediante planejamento de controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

    X - promover a proteo do patrimnio histrico cultural local, observadas a legislao e a ao fiscalizadora federal e estadual;

    XI - elaborar e executar a poltica de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar as funes sociais das reas habitadas do Municpio e garantir o bem-estar de seus habitantes;

    XII - elaborar e executar o Plano Diretor como instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana;

    XIII - exigir do proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, na forma do Plano Diretor, sob pena, sucessivamente, de parcelamento ou edificao compulsrios, impostos sobre a propriedade urbana progressivos no tempo e desapropriao, com pagamento mediante ttulos da dvida pblica municipal, com prazo de resgate de at 10 (dez) anos, em parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais;

    XIV - constituir a Guarda Civil Metropolitana, destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, conforme dispuser a lei;

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    XV - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades pblicas;

    XVI - legislar supletivamente sobre a licitao e contratao em todas as modalidades, para a administrao pblica municipal, direta e indireta, inclusive as fundaes pblicas municipais e empresas sob seu controle, respeitadas as normas gerais da Legislao Federal e da Estadual;

    XVII - dispor sobre a administrao, a utilizao e alienao de seus bens;

    XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao por necessidade ou utilidade pblica ou por interesse social;

    XIX - elaborar o Oramento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento adequado e descentralizao de investimentos;

    XX - exigir, na forma da lei, para a execuo de obras ou o exerccio de atividades potencialmente causadoras de degradao do meio ambiente, estudo prvio dos respectivos impactos ambientais;

    XXI - estabelecer as servides necessrias ao seus servios;

    XXII - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos, e especialmente no Permetro Urbano:

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    a) prover sobre o transporte coletivo, a forma de operao desse servio, o itinerrio, os pontos de parada e as tarifas;

    b) determinar os locais de estacionamento de txis e demais veculos, instituindo, se for o caso, as tarifas respectivas;

    c) conceder, permitir ou autorizar servios de transporte por txi, fixando as respectivas tarifas;

    d) fixar e sinalizar os limites das ruas de silncio, trnsito e trfego em condies especiais;

    e) disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulam em vias pblicas municipais;

    XXIII - elaborar a Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano, o Plano Diretor, o Plano de Controle de Uso, do Parcelamento e da Ocupao do Solo Urbano e o Cdigo de Obras.

    XXIV - dispor sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos? remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;

    XXV - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar a sua utilizao;

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    XXVI - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e critrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de servios e similares;

    XXVII - dispor sobre o depsito, o destino e a venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso de Legislao Municipal, observado o princpio da licitao;

    XXVIII - dispor sobre cadastro, vacinao e captura de animais, com a finalidade prpria da sade pblica;

    XXIX - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao poder de polcia municipal;

    XXX - dispor sobre o comrcio ambulante, que dever ser exercido prioritariamente por pessoas portadoras de deficincia fsica, mediante prvia licena obtida na forma da lei municipal;

    XXXI - instituir regime jurdico nico para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas, bem como os respectivos planos de carreira;

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    XXXII - exercer o poder de polcia, no tocante aos estabelecimentos industriais, comerciais e similares e de prestao de servios, localizados no territrio do Municpio e, em especial:

    a) conceder ou renovar licena para instalao, localizao e funcionamento;

    b) revogar licena daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais sade, higiene, ao bem-estar, ao sossego pblico ou aos bons costumes;

    c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licena ou em desacordo com a lei;

    XXXIII - proteger e apoiar, na forma da lei, as entidades reconhecidas como de "Utilidade Pblica" pelo Poder Legislativo, inclusive isentando-as de taxas municipais.

    Art. 9. da competncia do Municpio, em comum com a Unio e o Estado: I - zelar pela guarda da Constituio Federal, da Constituio

    Estadual e das leis destas esferas de governo, das instituies democrticas e conservar o patrimnio pblico;

    II - cuidar da sade e da assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadoras de deficincias;

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    III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico, artstico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;

    IV - Impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural;

    V - proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia e ao desporto;

    VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;

    VII - preservar as florestas, a fauna, a flora, as praias, os manguezais e os costes;

    VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;

    IX - promover programas de construo de moradias e melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico;

    X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

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    XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seu territrio, observadas as Leis Federal e Estadual, exigindo os respectivos projetos, laudos e pareceres tcnicos, emitidos pelos rgos competentes e habituais, para comprovar que os empreendimentos:

    a) no acarretaro desequilbrio ecolgico, prejudicando a flora, a fauna e a paisagem em geral;

    b) no causaro, mormente no caso de portos de areia, rebaixamento do lenol fretico, assoreamento dos rios, lagoas ou represas;

    c) no provocaro eroso do solo.

    XII - estabelecer e implantar a poltica de educao para a segurana no trnsito.

    Pargrafo nico. A cooperao do Municpio com a Unio e o Estado, tendo em vista o equilibro do desenvolvimento e do bem-estar na sua rea territorial, ser feita na conformidade de lei complementar federal fixadora dessas normas.

    CAPTULO II Do Poder Legislativo

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    Seo I Da Cmara Municipal

    Art. 10. O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal, que se compe de 21 (vinte e um) Vereadores representantes da comunidade, eleitos pelo sistema proporcional em todo o territrio municipal.( Modificado pela Emenda Lei Orgnica n. 033 de 29 de setembro de 2011)

    Art. 10. O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal, que se compe de 29 (vinte e nove) Vereadores representantes da comunidade, eleitos pelo sistema proporcional em todo o territrio municipal.(Modificado pela Emenda Lei Orgnica n. 033 de 29 de setembro de 2011)

    1. O mandato dos Vereadores de quatro anos.

    2. A eleio dos Vereadores se dar at noventa dias antes do trmino do mandato, em pleito direto e simultneo aos demais municpios.

    3. O nmero de Vereadores ser proporcional populao do Municpio, observado o disposto na Constituio Federal.

    Art. 11. Salvo disposio em contrrio, as deliberaes da Cmara Municipal so tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

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    Seo II Das Atribuies da Cmara Municipal

    Art. 12. Cabe Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, no exigida esta para o especificado nos artigos 13 e 25, legislar sobre todas as matrias da competncia do Municpio, especialmente aquelas que dizem respeito a:

    I - tributos municipais, bem como autorizao de isenes e anistias fiscais, remisso de dvidas e suspenso de cobrana da dvida ativa, arrecadao e distribuio de suas rendas;

    II - Planos Plurianual e de Diretrizes Oramentrias e Oramento Anual;

    III - fixao e modificao do efetivo da Guarda Civil Metropolitana;

    IV - Planos e Programas Municipais de desenvolvimento;

    V - transferncia temporria da sede do Governo Municipal;

    VI - criao, transformao e extino de cargos, empregos e funes pblicas municipais;

    VII - organizao das funes fiscalizadoras da Cmara Municipal;

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    VIII - normatizao da cooperao das associaes representativas no planejamento municipal;

    IX - normatizao da iniciativa popular de Projeto de Lei de interesse especfico do Municpio, da Cidade, de Vilas ou de Bairros, atravs de manifestaes de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

    X - criao, organizao e supresso de distritos;

    XI - criao, estruturao e atribuies das Secretarias Municipais e rgos da administrao pblica;

    XII - criao, transformao, extino e estruturao de empresas pblicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundaes pblicas municipais;

    XIII - obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como sobre a forma e meios de pagamento;

    XIV - concesso e permisso dos servios pblicos, bem como a concesso de obras pblicas;

    XV - alienao de bens imveis, vedada a doao sem encargo;

    XVI - Lei de Diretrizes Gerais de Desenvolvimento Urbano, o Plano de Controle do Uso, Parcelamento e Ocupao do Solo Urbano, e o Cdigo de Obras Municipal;

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    XVII - autorizar convnios com entidades pblicas ou particulares em consrcios com outros municpios;

    XVIII - estabelecer critrios para delimitao do Permetro Urbano;

    XIX - zoneamento urbano, a denominao de prprios, vias e logradouros pblicos.

    Art. 13. da competncia exclusiva da Cmara Municipal:

    I - elaborar seu regimento interno;

    II - dispor sobre sua organizao, servio, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino de cargos, empregos e funes, e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias;

    III - resolver definitivamente sobre convnios, consrcios ou acordos que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio municipal;

    IV - autorizar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores a se ausentarem do Municpio, quando a ausncia exceder a quinze dias;

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    V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da delegao legislativa;

    VI - mudar temporariamente sua sede;

    VII - fixar a remunerao dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, em cada legislatura, para a subseqente, observado o que dispe o Artigo 29, Inciso V, da Constituio Federal;

    VIII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;

    IX - proceder tomada de contas do Prefeito, quando no apresentadas Cmara Municipal at o dia 31 de maro de cada ano;

    X - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta;

    XI - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio normativa do Poder Executivo;

    XII - apreciar os atos de concesso, permisso, encampao e os de renovao de concesso ou permisso de servios de transportes coletivos;

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    XIII - representar ao Ministrio Pblico, por 2/3 (dois teros) de seus membros, sobre a instaurao de processo contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretrios Municipais, pela prtica de crime contra a administrao pblica que tomar conhecimento;

    XIV - aprovar, previamente, a alienao ou concesso de direito real de uso de bens municipais;

    XV - eleger sua Mesa, bem como destitui-la na forma regimental;

    XVI - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, conhecer de sua renncia e afast-los definitivamente do exerccio do cargo;

    XVII - criar Comisses Especiais de Inqurito, sobre fato gerador determinado, que se inclua na competncia municipal, sempre que o requerer pelo menos 1/3 (um tero) dos seus membros;

    XVIII - requisitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes administrao;

    XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;

    XX - deliberar, mediante resoluo, sobre assunto de sua economia interna, e nos demais, de sua competncia privativa, por meio de decreto legislativo;

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    XXI - conceder titulo de Cidado Honorrio e qualquer outra honraria em homenagem pessoa que, reconhecidamente, tenha prestado servios ao Municpio, mediante decreto legislativo aprovado pelo voto de, no mnimo, 2/3 (dois teros) de seus membros;

    XXII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos casos previstos em lei;

    XXIII - so ainda objeto de deliberao privativa da Cmara Municipal, dentre outros atos e medidas, na forma do regimento interno:

    a) requerimento;

    b) indicao;

    c) moo;

    d) decreto legislativo.

    Art. 14 . A Cmara Municipal, pelo seu Presidente, bem como qualquer de suas comisses, pode convocar Secretrio Municipal, Presidentes de Autarquias e empresas pblicas para, no prazo de 8 (oito) dias, pessoalmente, prestar informaes sobre assunto previamente determinado.

    1. Os Secretrios Municipais podem comparecer Cmara Municipal ou a qualquer de suas comisses, por sua iniciativa e mediante

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    entendimentos com o Presidente respectivo, para expor assunto de relevncia de sua Secretaria.

    2. A Mesa da Cmara Municipal pode encaminhar pedidos escritos de informaes aos Secretrios Municipais, Presidentes de Autarquias e empresas pblicas, estabelecendo prazo razovel para resposta.

    3. O no atendimento convocao ou pedido de informaes nos prazos estabelecidos implica em ilcito administrativo, ficando o faltoso suspenso do exerccio do cargo at que satisfaa exigncia do Legislativo.

    Seo III Dos Vereadores

    Art. 15. Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos, aplicando-se, ainda, o disposto nos Pargrafos 1., 2.,3., 5. e 6. do Artigo 102 da Constituio Estadual.

    Art. 16. Os Vereadores no podem:

    I - desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico municipal, salvo quando o contrato obedecer a clusula uniforme;

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    b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os que sejam demissveis ad nutum, nas entidades constantes na alnea anterior;

    II - desde a posse:

    a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico municipal ou nela exera funo remunerada;

    b) ocupar cargo ou funo que seja demissvel ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, alnea "a".

    c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, alnea "a".

    d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

    Art. 17. Perde o mandato o Vereador:

    I - que infringir quaisquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

    II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;

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    III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvo licena ou misso por esta autorizada;

    IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos constitucionalmente previstos;

    VI - que sofrer condenao criminal em sentena com trnsito em julgado;

    1. Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato decidida pela Cmara Municipal, por voto aberto e maioria absoluta, mediante a provocao da Mesa ou de Partido Poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa. ( Emenda Lei Orgnica n. 018, de 03 de dezembro de 2002)

    2. Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda declarada pela Mesa da Cmara, de oficio ou mediante provocao de qualquer de seus membros ou de Partido Poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa.

    Art. 18. No perde o mandato o Vereador:

    I - investido no cargo de Secretrio Municipal, Secretrio de Estado ou Ministro de Estado;

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    II - licenciado pela Cmara por motivo de doena ou para tratar, sem remunerao, de assunto de seu interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa;

    III - a Vereadora em licena de gestao.

    IV - afastado do exerccio do mandato, a partir do trigsimo primeiro dia, decorrente de ordem de priso decretada por rgo competente. (Acrescentado pela Emenda Lei Orgnica n 032 de 15 de maro de 2011)

    1 - O Suplente deve ser convocado em todos os casos de vaga ou licena, e no exerccio do mandato poder concorrer a cargo da Mesa Executiva da Cmara Municipal nos termos estabelecidos no regimento interno. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n 032 de 15 de maro de 2011)

    1. O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura nos cargos ou funes previstas neste artigo, de licena, ou afastamento do exerccio do mandato no caso do inciso IV, por prazo superior a cento e vinte dias nos dois ltimos casos, e no exerccio do mandato poder concorrer a cargo da Mesa Executiva da Cmara Municipal nos termos estabelecidos no regime interno. ( Modificado pela Emenda Lei Orgnica n 032 de 15 de maro de 2011)

    2. Ocorrendo vaga e no havendo Suplente, se faltarem mais de quinze meses para o trmino do mandato, a Cmara representar Justia Eleitoral para a realizao das eleies para preench-la.

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    3. - Na hiptese do Inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n 032 de 15 de maro de 2011)

    3. Na hiptese do Inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato e na hiptese do Inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato e na hiptese do Inciso IV ter a imediata suspenso de sua remunerao. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n. 032 de 15 de maro de 2011)

    Seo IV Dos Subsdios e da Verba de Representao

    Art. 19. A remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito ser fixada pela Cmara Municipal, em cada Legislatura para a subseqente.

    Art. 20. A remunerao do mandato de Vereador ser fixada pela Cmara Municipal, em cada Legislatura para a subseqente, observado o teto mximo da remunerao percebida, em espcie, pelo Prefeito.

    Seo V Das Reunies

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    Art. 21 - A Cmara Municipal reunir-se-, ordinariamente, em sesso legislativa anual, de 15 de fevereiro a 30 de junho, e de 1. de agosto a 15 de dezembro.

    Art. 21. A Cmara Municipal reunir-se-, ordinariamente, de 1. de fevereiro a 30 de junho, e de 1. de agosto a 15 de dezembro. (Emenda Lei Orgnica n. 028, de 05 de agosto de 2004)

    1. As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia til subseqente quando recarem em sbados, domingos e feriados.

    2. A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias.

    3. A Cmara Municipal reunir-se- em sesso de instalao legislativa a 1. de janeiro do ano subseqente s eleies, s 17:00 horas, para a posse de seus Membros, do Prefeito e do Vice-Prefeito e eleio da Mesa e das Comisses.

    4. A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se- pelo seu Presidente, pelo Prefeito ou a requerimento da maioria dos Vereadores, em casos de urgncia ou de interesse pblico relevante.

    5. Na sesso legislativa extraordinria a Cmara somente deliberar sobre a matria para a qual for convocada.

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    6. As reunies ordinrias da Cmara realizar-se-o independentemente de convocao, nos dias e horas designados pelo regimento interno, a contar do primeiro dia til do perodo de sesses, observado o disposto neste artigo.

    Art. 22 . As sesses da Cmara devero ser realizadas em imvel destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.

    Art. 23. As sesses da Cmara sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, quando ocorrer motivo relevante.

    Art. 24. As sesses da Cmara somente podero ser iniciadas com a presena de, pelo menos, um tero de seus membros.

    1. Considerar-se- presente sesso o Vereador que assinar o livro de presena at o incio da ordem-do-dia e participar dos trabalhos do Plenrio.

    2. No se realizando sesso por falta de nmero legal, ser considerado presente o Vereador que assinar o livro de presena at trinta minutos aps a hora regimental para o incio da reunio.

    Seo VI Da Mesa e das Comisses

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    Art. 25 . A Mesa da Cmara ser composta de um Presidente, dois Vice-Presidentes, um Primeiro e um Segundo Secretrios eleitos para um mandato de dois anos, permitida a reconduo para o mesmo cargo na eleio imediatamente subseqente.

    1. Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o, sob a presidncia do mais votado entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa, ficando automaticamente empossados.

    2. No caso de empate eleito o mais votado, para o exerccio do mandato.

    3. No havendo nmero legal, o Vereador que estiver na direo dos traba1hos permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.

    4. - A eleio da Mesa da Cmara para o 2. Binio, far-se- s 17 horas do dia 1. de janeiro do terceiro ano de cada legislatura, considerando-se automaticamente empossados os eleitos. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n.019, de 03 de dezembro de 2002.)

    4. - A eleio da Mesa da Cmara para o 2. Binio, far-se- na segunda Tera-Feira de dezembro do segundo ano de cada legislatura, considerando-se automaticamente empossados os eleitos em 1. De janeiro do ano seguinte. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n. 031 de 01 de 01 de setembro de 2009)

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    4. Em cada legislatura, a eleio da Mesa Executiva da Cmara para o 2 Binio, far-se- no perodo de 01 a 30 de setembro do primeiro ano, e, considerar-se-o automaticamente empossados, os eleitos, em 1 de janeiro do terceiro ano. (Alterado pela Emenda Lei Orgnica n. 031 de 01 de setembro de 2009)

    5. Os membros da Mesa Diretora tero mandato de dois anos, permitida a reeleio.

    6. Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos Partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.

    7. As competncias e as atribuies dos membros da Mesa e a forma de subscrio, as eleies para a sua composio e os casos de destituio so definidos no Regimento Interno.

    8. O Presidente representa o Poder Legislativo.

    9. O Presidente, nas suas faltas, impedimentos e licenas, ser substitudo pelo Vice-Presidente.

    10. No caso de vacncia de qualquer dos cargos da Mesa Diretora, ser procedida eleio para preenchimento da vaga dentro do prazo de cinco dias.

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    11. Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo das funes, pelo voto de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro Vereador para complementao do mandato.

    12. O Regimento Interno da Cmara disciplinar a forma de eleio da Mesa.

    Art. 26. Compete Mesa, dentre outras atribuies nesta Lei e no Regimento Interno:

    I - elaborar e encaminhar ao Prefeito at o dia 15 de agosto, a proposta oramentria da Cmara, a ser includa na proposta do Municpio, e fazer, mediante Ato, a discriminao analtica das dotaes respectivas, bem como alter-las, quando necessrio; se a proposta no for encaminhada no prazo previsto, ser tomado como base o oramento vigente na Cmara;

    II - enviar ao Prefeito, at o dia 10 do ms seguinte, para fins de incorporar-se aos balancetes do Municpio, os balancetes financeiros e sua despesa oramentria relativos ao ms anterior, quando a movimentao do numerrio para as despesas for feita por ela;

    III - devolver Fazenda Municipal no dia 31 de dezembro o saldo numerrio que lhe foi liberado durante o exerccio, para a execuo de seu oramento.

    Art. 27. Compete ao Presidente da Cmara, dentre outras atribuies:

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    I - representar a Cmara em Juzo ou fora dele;

    II - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar, na forma do Regimento Interno, as atividades administrativas da Cmara;

    III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno.

    Art. 28. A Cmara Municipal ter Comisses Permanentes e Temporrias, constitudas na forma e com as atribuies previstas no Regimento Interno ou no Ato de que resultar sua criao.

    1 - s Comisses, em razo da matria de sua competncia, cabe:

    I - discutir e votar Projetos de Lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competncia do Plenrio, salvo se houver recurso de um dcimo dos membros da Cmara;

    II - realizar audincias pblicas com entidades da comunidade;

    III - convocar Secretrios Municipais para prestar informaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies;

    IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades pblicas municipais;

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    V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado;

    VI - apreciar programas de obras, planos municipais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

    2. - As Comisses Parlamentares de Inqurito, que tero poderes de investigao prprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno, sero criadas mediante requerimento de 1/3 (um tero) dos Vereadores que compem a Cmara para apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses, se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

    Art. 29. Na ltima sesso ordinria de cada perodo legislativo, o Presidente da Cmara publicar a escala dos membros da Mesa e seus substitutos que respondero pelo expediente do Poder Legislativo durante o recesso seguinte.

    Seo VII Do Processo Legislativo

    Art. 30. O processo legislativo compreende a elaborao de: I - emendas Lei Orgnica do Municpio; II - Leis Complementares; III - Leis Ordinrias; IV - Leis Delegadas;

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    V - Medidas Provisrias; VI - Decretos Legislativos; VII - Resolues

    Pargrafo nico. A elaborao, redao, alterao e consolidao de leis, dar-se- na conformidade da Lei Complementar Federa, desta Lei Orgnica Municipal e do Regimento Interno.

    Subseo I Da Emenda Lei Orgnica do Municpio

    Art. 31. Esta Lei Orgnica poder ser emendada mediante proposta de 1/3 (um tero), no mnimo, dos membros da Cmara e do Prefeito.

    1 - A proposta ser discutida e votada em dois turnos, com intertcio mnimo de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada se obtiver, em cada um, 2/3 (dois teros) dos votos dos membros da Cmara.

    2- A emenda Lei Orgnica do Municpio ser promulgada pela Mesa da Cmara, com o respectivo nmero de ordem.

    3- A matria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa.

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    SubSeo II Das Leis

    Art. 32. A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer Vereador ou Comisso, ao Prefeito e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica.

    1. So de iniciativa privativa do Prefeito as Leis que:

    I - fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Civil Metropolitana;

    II - disponham sobre:

    a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica e de sua remunerao;

    b) Servidores Pblicos do Municpio, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

    c) criao, estruturao e atribuies das Secretarias Municipais e rgos da administrao pblica municipal.

    2. A iniciativa pode ser exercida pela apresentao, Cmara Municipal, de Projeto de Lei subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado do

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    Municpio, distribudo, pelo menos, por dois distritos, com no menos de um por cento dos eleitores de cada um deles.

    Art. 33 - Em caso de relevncia e urgncia, o Prefeito poder adotar medidas provisrias com fora de lei, devendo submet-las de imediato Cmara Municipal que, estando em recesso, ser convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias. (Modificado pela Emenda n. 027 de 024, de 11 de setembro de 2003)

    Art. 33. Em caso de relevncia e urgncia, o Prefeito poder adotar medidas provisrias com fora de lei, devendo submet-las de imediato Cmara Municipal. (Emenda Lei Orgnica n. 027, de 11 de setembro de 2003)

    Pargrafo nico - As medidas provisrias perdero eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicao, devendo a Cmara Municipal disciplinar as relaes jurdicas delas decorrentes.

    Pargrafo nico. As medidas provisrias perdero eficcia, desde a edio, se no forem convertidas em lei no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogvel uma vez por igual perodo, a partir de sua publicao, devendo a Cmara Municipal disciplinar as relaes jurdicas delas decorrentes. (Emenda Lei Orgnica n. 024, de 17 de dezembro de 2002.)

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    Art. 34. No ser admitido aumento da despesa prevista:

    I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o disposto no Artigo 140.

    II - nos projetos de iniciativa privativa da Mesa sobre a organizao de seus servios administrativos.

    Art. 35. O Prefeito poder solicitar urgncia e votao em um s turno para apreciao dos projetos de sua iniciativa.

    1. Se a Cmara no se manifestar em at quarenta e cinco dias sobre a proposio, ser esta includa na ordem-do-dia, sobrestando-se a deliberao quanto aos demais assuntos para que se ultime a votao, excetuados os casos dos Artigos 33, 36 e 143, que so preferenciais na ordem numerada.

    2. O prazo previsto no pargrafo anterior no corre nos perodos de recesso nem se aplica aos projetos de codificao.

    Art. 36. O Projeto de Lei aprovado ser enviado ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionar.

    1. Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, no

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    prazo de 15 (quinze) dias teis contados da data de recebimento, e comunicar no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, os motivos do veto, ao Presidente da Cmara.

    2. O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea.

    3. Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silncio do Prefeito importar em sano.

    4. - O veto ser apreciado pela Cmara, dentro de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto de maioria absoluta dos Vereadores, em escrutnio secreto.(Modificado pela Emenda Lei Orgnica n 018, de 03/12/2002.)

    4. O veto ser apreciado pela Cmara, dentro de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento, s podendo ser rejeitado pelo voto de maioria absoluta dos Vereadores, em voto aberto.(Emenda Lei Orgnica n. 18, de 03 de 2002)

    5. Se o veto no for mantido ser o texto enviado ao Prefeito para promulgao.

    6. Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4., o veto ser colocado na ordem-do-dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votao final, ressalvadas as matrias referidas no Artigo 35, 1

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    7. Se a lei no for promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito, no caso do 5, o Presidente da Cmara a promulgar, e se este este o fizer em igual prazo, caber ao Vice-Presidente faz-lo, obrigatoriamente.

    Art. 37. A matria constante de Projeto de Lei rejeitado somente poder constituir objeto de novo Projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Cmara.

    Art. 38. As Leis Delegadas sero elaboradas pelo Prefeito, que dever solicitar a delegao Cmara Municipal.

    1. No sero objeto de delegao os atos de competncia exclusiva da Cmara Municipal, a matria reservada Lei Complementar, nem a legislao sobre os Planos Plurianuais, Diretrizes Oramentrias e Oramentos.

    2. A delegao ao Prefeito ter a forma de Resoluo da Cmara Municipal, que especificar seu contedo e os termos de seu exerccio.

    3. Se a resoluo determinar a apreciao do Projeto pela Cmara Municipal, esta a far em votao nica, vedada qualquer emenda.

    Art. 39. As Leis Complementares sero aprovadas por maioria absoluta.

    Seo VIII Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria

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    Art. 40. A fiscalizao contbil, financeira e oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos ou pelos quais o Municpio responda ou que em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria.

    Art. 41. O controle externo, a cargo da Cmara Municipal, ser exercido com o auxlio do Conselho Estadual de Contas dos Municpios, que emitir parecer prvio sobre as contas que o Prefeito prestar anualmente.

    1. - As contas devero ser apresentadas at sessenta dias aps o encerramento do exerccio financeiro.

    1. As contas devero ser apresentadas de acordo com o disposto no Inciso X, do art. 51 desta Lei Orgnica. (Emenda Lei Orgnica n 25, de 17 de dezembro de 2002)

    2. Se at esse prazo no tiverem sido apresentadas as contas, a Comisso Permanente de Fiscalizao o far em 30 (trinta) dias.

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    3. Apresentadas as contas, o Presidente da Cmara, mediante edital, coloc-las-, pelo prazo de sessenta dias, disposio de qualquer contribuinte para exame e apreciao, o qual poder questionar a legitimidade delas, na forma da lei.

    4. Vencido o prazo do pargrafo anterior, as contas e as questes levantadas sero enviadas ao Conselho Estadual de Contas dos Municpios para emisso de parecer prvio.

    5. Recebido o parecer prvio, a Comisso Permanente de Fiscalizao sobre ele e sobre as contas dar seu parecer em 15 (quinze) dias.

    6. Somente pela deciso de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal deixar de prevalecer o parecer prvio do Conselho Estadual de Contas dos Municpios.

    Art. 42. A Comisso Permanente de Fiscalizao, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos no programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar da autoridade responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios.

    1. No prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Comisso Permanente de Fiscalizao solicitar ao Conselho Estadual de Contas dos Municpios pronunciamento conclusivo sobre a matria, em carter de urgncia.

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    2. Entendendo o Conselho ser irregular a despesa, a Comisso Permanente de Fiscalizao, se julgar que o gasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor Cmara Municipal a sua sustao.

    Art. 43. Os Poderes Legislativo e Executivo mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

    I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execuo dos programas de governo e do Oramento do Municpio;

    II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia da gesto oramentria, financeira e patrimonial, nos rgos e entidades da administrao municipal, bem como da aplicao de recursos pblicos municipais por entidades de direito privado;

    III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Municpio;

    IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional.

    1. Os responsveis pelo controle interno no exerccio, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia Comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal, sob pena de responsabilidade solidria.

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    2. Qualquer cidado, Partido Poltico, Associao ou Sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades perante a Comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal.

    3. A Comisso Permanente de Fiscalizao da Cmara Municipal, tomando conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, poder solicitar autoridade responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios, agindo na forma prevista no 1. do artigo anterior.

    4. Entendendo o Conselho Estadual de Contas dos Municpios haver irregularidades ou ilegalidades, a Comisso Permanente de Fiscalizao propor Cmara as medidas que julgar convenientes situao.

    CAPTULO III Do Poder Executivo

    Seo I Do Prefeito e do Vice-Prefeito

    Art. 44. O Poder Executivo exercido pelo Prefeito Municipal auxiliado por Secretrios Municipais.

    Art. 45. A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, dar-se- mediante pleito direto e simultneo realizado em todo o Pas, at noventa dias antes do trmino do mandato dos que devam suceder.

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    1. A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado.

    2. Ser considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos, no computados os em branco e nulos.

    3. Se nenhum candidato alcanar a maioria absoluta na primeira votao, far-se- nova eleio, em at vinte dias aps a proclamao do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados, considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos vlidos.

    4. Se antes de realizado o segundo turno ocorrer morte, desistncia ou impedimento legal do candidato, convocar-se- dentre os remanescentes, o de maior votao.

    5. Se na hiptese dos pargrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma votao, qualificar-se- o mais idoso.

    Art. 46. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse, em sesso solene da Cmara Municipal, no dia 1. de janeiro do ano subseqente eleio, s dezoito horas, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituio Federal, a Constituio Estadual e esta Lei Orgnica, observar as leis e promover o bem geral do Municpio.

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    Pargrafo nico. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de fora maior aceito pela Cmara, no tiver assumido o Cargo, este ser declarado vago.

    Art. 47. Substituir o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-, no caso de vaga, o Vice-Prefeito.

    1. O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem atribudas por lei complementar, auxiliar o Prefeito, sempre que por ele convocado para misses especiais.

    2. A investidura do Vice-Prefeito em Secretaria Municipal no impedir as funes previstas no pargrafo anterior.

    Art. 48. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacncia dos respectivos cargos, ser chamado ao exerccio do cargo de Prefeito, o Presidente da Cmara Municipal.

    Art. 49. Vagando-se os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se- eleio em at noventa dias depois de aberta a ltima vaga.

    1. Ocorrendo a vacncia nos ltimos dois anos de mandato, a eleio para ambos os cargos ser feita trinta dias depois de aberta a ltima vaga, pela Cmara Municipal, na forma da lei.

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    2. Em qualquer dos casos, os eleitos devero completar o perodo dos antecessores.

    Art. 50. O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

    Seo II Das Atribuies do Prefeito

    Art. 51. Compete privativamente ao Prefeito:

    I - nomear e exonerar os Secretrios Municipais;

    II - exercer, com o auxlio dos Secretrios Municipais, a direo superior da administrao municipal;

    III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgnica;

    IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir Decretos e Regulamentos para sua fiel execuo;

    V - vetar Projetos de Lei, total ou parcialmente;

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    VI - dispor sobre a organizao e o funcionamento da administrao municipal, na forma da lei;

    VII - comparecer ou remeter Mensagem ou Plano de Governo Cmara Municipal por ocasio da abertura da sesso legislativa, expondo a situao do Municpio e solicitando as providncias que julgar necessrias;

    VIII - nomear, obedecida a legislao pertinente em vigor, os servidores concursados;

    IX - enviar Cmara Municipal o Plano Plurianual, o Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias e as propostas de oramento previstos nesta Lei Orgnica;

    X - prestar, anualmente, Cmara Municipal, dentro de 45 (quarenta e cinco) dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior;

    XI - prover e extinguir os cargos pblicos municipais, na forma da lei;

    XII - adotar medidas provisrias com fora de lei, nos termos do Artigo 33;

    XIII - exercer outras atribuies previstas nesta Lei Orgnica.

    1. O Prefeito Municipal poder delegar as atribuies mencionadas nos Incisos VI e XI deste artigo.

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    2. Diante de situaes de emergncia, e dentro de suas atribuies legais e constitucionais, 0 Prefeito pode determinar horrios especiais de trabalho aos servidores municipais e dispens-los de assinatura ou registro de comparecimento, e ainda, requisitar prprios pblicos e particulares, para instalar desabrigados.

    Seo II Das Responsabilidades do Prefeito

    Art. 52. Os crimes que o Prefeito Municipal praticar, no exerccio do mandato ou em decorrncia dele, por infraes penais comuns ou por crimes de responsabilidade, sero julgados perante o Tribunal de Justia do Estado.

    1. A Cmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa constituir infrao penal comum ou crime de responsabilidade, nomear Comisso Especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias, devero ser apreciados pelo Plenrio.

    2. Se o Plenrio entender procedentes as acusaes determinar o envio do apurado Procuradoria-Geral da Justia para as providncias; se no, determinar o arquivamento, publicando as concluses de ambas as decises.

    3. Recebida a denncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justia, a Cmara decidir sobre a designao de Procurador para assistente de acusao.

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    4. O Prefeito ficar suspenso de suas funes com o recebimento da denncia pelo Tribunal de Justia, que cessar se, at cento e oitenta dias, no tiver concludo o julgamento.

    Seo IV Dos Secretrios Municipais

    Art. 53. Os Secretrios Municipais so agentes polticos, escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos e no exerccio dos seus direitos polticos, competindo-lhes:

    I - exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidades da administrao municipal, na rea de sua competncia e referendar os Atos e Decretos assinados pelo Prefeito; -

    II - expedir instrues para a execuo das Leis, Decretos e Regulamentos;

    III - apresentar ao Prefeito relatrio anual de sua gesto na Secretaria;

    IV - praticar os atos pertinentes s atribuies que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito.

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    Pargrafo nico. Compete aos Secretrios Municipais, alm das atribuies estabelecidas nesta Lei Orgnica, outras constantes em lei complementar a ser criada.

    Art. 54. Lei Complementar dispor sobre a criao, estruturao e atribuio das Secretarias Municipais.

    Pargrafo nico. A Chefia do Gabinete do Prefeito e a Procuradoria-Geral do Municpio tero a estrutura de Secretaria Municipal.

    Seo V Dos Subprefeitos

    Art. 55. Os Subprefeitos sero escolhidos entre brasileiros, maiores de 21 (vinte e um) anos, residentes no Municpio e, de preferncia, no territrio sob a jurisdio da Subprefeitura, em exerccio pleno dos direitos polticos.

    Art. 56. A Lei dispor sobre a estruturao e atribuies das Subprefeituras, bem como a forma e maneira de nomeao do Subprefeito.

    Art. 57. Compete ao Subprefeito, alm do que lhe for atribudo em Lei:

    I - exercer a orientao, coordenao e superviso dos rgos e entidades da administrao municipal na rea de sua competncia;

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    II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes sua rea de competncia;

    III - apresentar ao Prefeito relatrio trimestral dos servios realizados pela Subprefeitura e por outras Secretarias na rea de sua jurisdio;

    IV - praticar os atos pertinentes s atribuies que lhe so outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;

    V - expedir instrues para a execuo das leis, regulamentos e decretos;

    VI - planejar e propor os servios e obras concernentes rea territorial sob sua jurisdio;

    VII - fiscalizar a execuo de obras, a implantao e a manuteno dos servios no territrio sob sua jurisdio.

    VIII - apresentar ao Prefeito reclamaes dos moradores a respeito de irregularidades existentes no territrio da Subprefeitura;

    Art. 58. Os Subprefeitos sero nomeados em comisso para o cargo; faro declaraes pblicas de bens no ato da posse e no trmino do exerccio, e tero os mesmos impedimentos dos Secretrios, dos Vereadores e do Prefeito, enquanto permanecerem no cargo.

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    Seo VI Da Procuradoria-Geral do Municpio

    Art. 59. A Procuradoria-Geral do Municpio a instituio que representa, como advocacia geral, o Municpio, judicial e extrajudicial, cabendo-lhe, nos termos de lei complementar que dispuser sobre sua organizao e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurdico do Poder Executivo.

    Pargrafo nico. A Procuradoria-Geral do Municpio tem por Chefe o Procurador Geral do Municpio, nomeado pelo Prefeito dentre os advogados devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil.

    Art. 60. O ingresso na carreira de Procurador Municipal far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a participao da Subseo de Duque de Caxias da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realizao.

    Seo VII Disposies Gerais

    Art. 61. Cabe ao Municpio, por si ou atravs de concessionrias, prestar servios funerrios populao.

    Art. 62. No ser admitido o monop1io na concesso de servios funerrios.

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    Art. 63 - A criao, manuteno e administrao de cemitrios ser sempre de competncia exclusiva da Prefeitura Municipal. (Modificado pela Emenda Lei Orgnica n. 020 de 17 de dezembro de 2002)

    Art. 63. A criao, manuteno e administrao de cemitrios ser sempre de competncia privativa da Prefeitura Municipal. (Emenda Lei Orgnica n. 20, de 17 de dezembro de 2002)

    Art. 64. A Prefeitura Municipal, de forma direta ou indiretamente, atravs de suas concessionrias, garantir servio funerrio gratuito e digno aos indigentes, aos deficientes fsicos e mentais, aos desempregados e aos trabalhadores que ganhem at um Salrio Mnimo, em cemitrio deste Municpio, correndo as despesas por conta da Prefeitura ou de suas concessionrias.

    Art. 65. Os benefcios a que se refere o artigo anterior somente se aplicam a bitos ocorridos no mbito deste Municpio.

    Art. 66. A forma de habilitao aos benficos previstos nos Artigos 64 e 65 ser estabelecida em Lei Complementar, sendo exigncia bsica para o exerccio do direito, a comprovao de que o morto residia no Municpio de Duque de Caxias.

    Art. 67. O Municpio dever organizar, administrar e explorar diretamente ou atravs de concesso ou permisso, o transporte pblico municipal.

    Art. 68. O ato de outorga ou renovao de concesso e permisso de servios pblicos ser apreciado pela Cmara Municipal.

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    TTULO II Da Ordem Econmica e Social

    CAPTULO I Dos Princpios Gerais das Atividades Econmicas e Social

    Art. 69. O Municpio, na sua circunscrio territorial e nos limites de sua competncia constitucional, assegura a todos, dentro dos princpios da ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, existncia digna, observados os seguintes princpios:

    I - autonomia municipal;

    II - propriedade privada;

    III - funo social da propriedade;

    IV - livre concorrncia;

    V - defesa do consumidor;

    VI - defesa do meio ambiente;

    VII - reduo das desigualdades regionais e sociais;

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    VIII - busca do pleno emprego;

    IX - tratamento favorecido para as cooperativas e empresas brasileiras de pequeno porte e microempresas.

    1 - assegurado a todos o livre exerccio de qualquer atividade econmica lcita, independentemente de autorizao dos rgos pblicos municipais, salvo nos casos previstos em lei.

    2. - Na aquisio de bens e servios, o Poder Pblico Municipal dar tratamento preferencial, na forma da lei, as empresas brasileiras de capital nacional.

    3 - A explorao direta de atividade econmica pelo Municpio s ser permitida em caso de relevante interesse eletivo, na forma da lei complementar que, dentre outras, especificar as seguintes exigncias, para as empresas pblicas e sociedades de economia mista ou entidade, de criar ou manter:

    I - regime jurdico das empresas privadas, inclusive quanto s obrigaes trabalhistas e tributrias;

    II - proibio de privilgios fiscais no extensivos ao setor privado;

    III - subordinao ao Prefeito ou a uma Secretaria Municipal;

    IV - adequao da atividade ao Plano Diretor, ao Plano Plurianual e s Diretrizes Oramentrias;

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    V - oramento anual aprovado pelo Prefeito.

    4. No haver limites para localizao de estabelecimentos que exeram atividades congneres, assim como de servios pblicos essenciais, respeitadas as limitaes da legislao estadual e federal.

    Art. 70. A prestao de servios pblicos, pelo Municpio diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, ser regulada em Lei Complementar que assegurar:

    I - a exigncia de licitao, em todos os casos;

    II - definio do carter especial dos contratos de concesso ou permisso, casos de prorrogao, condies de caducidade, forma de fiscalizao e resciso.

    III - os direitos dos usurios;

    IV - a poltica tarifria;

    V - a obrigao de manter servio adequado.

    VI a gratuidade nos transportes coletivos para os estudantes de 1 e 2 grau das redes pblica e privada de ensino, assim como para as pessoas portadoras de deficincia e seu acompanhante. (Emenda Lei Orgnica n 001, de 29 de outubro de 1990)

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    Art. 71. O Municpio promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econmico.

    CAPTULO II Da Poltica Urbana

    Art. 72. A poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico Municipal conforme diretrizes fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes da cidade e seus bairros, do distrito e dos aglomerados urbanos e garantir o bem-estar de seus habitantes.

    1. O Plano Diretor, aprovado pela Cmara Municipal, o instrumento bsico da poltica de desenvolvimento e da expanso urbana.

    2. A propriedade cumpre a sua funo social, quando atende s exigncias fundamentais de ordenao urbana expressas no Plano Diretor.

    3. Os imveis urbanos desapropriados pelo Municpio sero pagos com prvia e justa indenizao em dinheiro, salvo nos casos previstos no Inciso III do pargrafo seguinte.

    4 - O proprietrio do solo urbano includo no Plano Diretor, com rea no edificada ou no utilizada nos termos da Lei Federal, dever promover seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

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    I - parcelamento ou edificao compulsrios;

    II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

    III - desapropriao com pagamento mediante ttulos da divida pblica municipal, de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de at 10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais.

    5 - A medida referida no Inciso III ser precedida de notificao pela autoridade municipal competente, com o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, revertendo-se em benefcio da comunidade a rea que vier a ser desapropriada nestas condies.

    Art. 73. As terras pblicas municipais no utilizadas, subutilizadas e as discriminadas, sero prioritariamente destinadas a assentamentos de populao de baixa renda e instalao de equipamentos coletivos, respeitado o Plano Diretor ou as diretrizes de ocupao do territrio.

    CAPTULO III Da Poltica Agrcola

    Art. 74. A poltica agrcola municipal deve ter por objetivo o desenvolvimento de uma estrutura agrria e um modelo de produo de carter democrtico e popular,

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    atendendo aos interesses das populaes da cidade e do campo, promovendo a redistribuio de renda, democratizando as decises inerentes ao assunto, atendendo s necessidades alimentares bsicas de toda a populao, protegendo os recursos naturais e o meio ambiente, e favorecendo a manuteno do homem no campo.

    Art. 75. So objetivos da poltica agrcola municipal:

    I - garantir o acesso do assalariado e pequeno produtor aos servios destinados s atividades agrcolas;

    II - promover o desenvolvimento do meio rural, garantindo educao, habitao, sade, transporte, eletrificao, cultura, lazer e saneamento bsico;

    III - aumentar a produo e a produtividade, assegurando a produo de alimentos em qualidade e quantidade suficientes;

    IV - gerar emprego no campo;

    V - contribuir para a organizao de pequenos produtores e assalariados, atravs do desenvolvimento de formas associativas e cooperativas.

    Art. 76. Na formulao da poltica agrcola, seus planos, projetos e oramentos, ser garantida a ampla participao de trabalhadores e produtores rurais, atravs de suas organizaes representativas, tais como sindicato e outros de cunho associativo e cooperativo.

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    Pargrafo nico - Ser criado por lei complementar o Conselho Agrcola Municipal, composto por representantes de rgos pblicos municipais, estaduais e federais ligados ao setor e com atuao no Municpio e organizao representativa de trabalhadores e pequenos produtores rurais, que ser o responsvel pela fiscalizao da poltica agrcola do Municpio.

    Art. 77. Compete ao Municpio e conjuntamente com rgos estaduais:

    I - atuar no levantamento de reas agrcolas ocupadas por posseiros, apoiando-os no caso de indivduos ou famlias que trabalhem diretamente a gleba, a fim de promover aes de proteo, legitimao e reconhecimento da posse e da propriedade da terra, usucapio especial, onde couber;

    II - atuar para realizao de c adastro geral da s propriedades rurais do municpio com indicao do uso do solo, produo, cultura agrcola e desenvolvimento cientfico e tecnolgico das unidades de produo;

    III - garantir a apresentao de servio de assistncia tcnica e extenso rural gratuitos, a beneficio dos pequenos e mdios produtores, aos trabalhadores rurais, suas famlias e suas organizaes;

    IV - promover condies de desenvolvimento de pesquisa agropecuria, visando a produo de alimentos com progresso tecnolgico voltado aos pequenos e mdios produtores;

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    V - fiscalizar e controlar o armazenamento e abastecimento do produto agropecurio e comercializao de insumos em todo o Municpio, inclusive agrotxico, exigindo a apresentao obrigatria de receiturio do agrnomo;

    VI - desenvolver programas de irrigao, drenagem e eletrificao rural;

    VII - instituir programa de ensino agrcola associado ao ensino no formal e educao para preservao do meio ambiente.

    Art. 78. Compete ao Municpio:

    I - celebrar convnios com entidades pblicas federais e estaduais e entidades privadas para implantao dos projetos especiais de reforma agrria;

    II - garantir a expanso das reas cultivadas atravs da produo e distribuio de mudas e sementes por uma Secretaria Municipal;

    III - abrir e manter conservadas as estradas vicinais no meio rural a fim de facilitar o transporte de pessoas e escoamento de produo agrcola;

    IV - garantir o escoamento da produo a fim de remunerar o produtor de forma justa e fornecer alimentos a preo acessvel ao consumidor, promovendo Mercados de Produtores, comprovadamente em atividade;

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    V - fazer levantamento de terras agricultveis, prximas s reas urbanas, adotando medidas com objetivo de preserv-las dos efeitos prejudiciais da expanso urbana.

    CAPTULO IV Da Ordem Social

    SEO I Disposies Gerais

    Art. 79. A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justia social.

    Art. 80. O Municpio assegurar, em seus oramentos anuais, a sua parcela de contribuio para financiar a seguridade social.

    Seo II Da Sade

    Art. 81. A sade direito de todos os muncipes e dever do Poder Pblico, assegurada mediante polticas sociais e econmicas que visem eliminao do risco de doenas e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

    Art. 82. Para atingir esses objetivos o Municpio promover:

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    63

    I - condies dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentao, educao, transporte e lazer;

    II - respeito ao meio ambiente e controle da poluio ambiental;

    III - direito informao e garantia de opo quanto ao tamanho da prole;

    IV - acesso universal e igualitrio de todos os habitante s do Municpio s aes e servios de promoo, proteo e recuperao da sade, sem qualquer discriminao.

    Art. 83. As aes de sade so de relevncia pblica, devendo sua execuo ser feita preferencialmente atravs de servios oficiais e, complementarmente, atravs de servios de terceiros.

    1 - As instituies privadas podero participar de forma complementar do Sistema nico de Sade, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

    2 - vedado ao municpio cobrar ao usurio pela prestao de servios de assistncia sade mantidos pelo Poder Pblico ou contratados com terceiros.

    3 - Visando melhoria do nvel dos servios prestados comunidade, exigido:

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    I - que os hospitais do Municpio organizem, atravs de seus centros de estudos, sesses clnicas semanais para discusso de casos clnicos, julgados de interesse cientifico;

    II - que os centros de estudos sejam dotados de equipamentos que possibilitem a realizao das sesses clnicas;

    III - a criao de vagas para residncia mdica nas diversas especialidades;

    IV - que os hospitais mantenham cursos de reciclagem, anualmente, para todos os profissionais de sade.

    Art. 84. So atribuies do municpio, no mbito do Sistema nico de Sade:

    I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substancias de interesse para a sade;

    II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade do trabalhador;

    III - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento bsico;

    IV - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao de substancias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

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    V - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

    VI - formular e implementar a poltica de recursos humanos na esfera municipal, de acordo com a poltica nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos;

    VII - universalizar a assistncia de igual qualidade , com acesso sade, respeitadas as peculiaridades e necessidades particulares da populao rural;

    VIII - prestar servios de sade, vigilncia sanitria e epidemiolgica, e outros de responsabilidade do sistema na rea rural do municpio;

    IX - promover treinamento de agentes de sade entre os habitantes da zona rural;

    X - garantir ao indivduo o direito de obter informaes e esclarecimentos sobre os assuntos pertinentes promoo, proteo e recuperao da sua sade e da coletividade;

    XI - celebrar consrcios intermunicipais para formao de sistemas municipais de sade;

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    XII - formular e implementar poltica de atendimento aos pacientes graves, atravs das Unidades de Terapia Intensiva e Centro de Tratamento de Queimados.

    1. - Os profissionais e servidores que atuaro no sistema de sade da zona rural devero ser prioritariamente moradores desta rea.

    2. - Ficam os hospitais do municpio obrigados a instalar enfermarias-isolamentos, para o atendimento de casos de doenas infecto-contagiosas, at que sejam removidos para unidades hospitalares prprias.

    Art. 85. Lei Complementar disciplinar:

    I - administrao do Fundo Municipal de Sade;

    II - criao do Conselho Municipal de Sade; III - convocao, anualmente, da Conferncia Municipal de Sade,

    objetivando avaliar a situao da sade no Municpio e as diretrizes gerais da Poltica sanitria municipal, com ampla representao da sociedade;

    IV - os critrios para cadastramento de doadores de rgos pela Secretaria Municipal de Sade, que lhes fornecer identificao especial garantidora de prioridade no atendimento mdico nas unidades de sade do municpio.

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    Art. 86. O Sistema nico de Sade no mbito do municpio ser financiado com recursos do Oramento Municipal, do Estado, da Unio, da Seguridade Social, alm de outras fontes.

    Pargrafo nico - O conjunto dos recursos destinados s aes e servios de sade no municpio constituem o Fundo Municipal de Sade, conforme dispuser a lei.

    Art. 87. O Municpio garantir assistncia integral a sade da mulher em todas as fases de sua vida atravs da implantao de Poltica adequada, assegurando:

    I - assistncia gestao, ao parto e ao aleitamento;

    II - fornecimento de recursos educacionais, cientficos e assistenciais, bem como acesso gratuito aos mtodos anticoncepcionais, esclarecendo os resultados, indicaes e contra-indicaes, vedada qualquer forma coercitiva ou indutiva por parte de instituies pblicas ou privadas;

    III - assistncia mulher em caso de aborto, provocado ou no, assim como em caso de violncia sexual.

    Pargrafo nico - O Municpio atuar em cooperao com o Estado e a Unio, visando proibio de exigncia de atestado de esterilizao e de teste de gravidez como condio para admisso ou permanncia no trabalho.

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    Art. 88. A administrao das unidades pblicas municipais de sade sero fiscalizadas de modo colegiado com a participao das Associaes de Moradores da regio onde a mesma estiver instalada.

    Seo III Da Assistncia Social

    Art. 89. O Municpio executar na sua circunscrio territorial, com recursos da seguridade social, consoante normas gerais federais, os programas de ao governamental na rea de assistncia social.

    1 - As entidades beneficentes e de assistncia social sediadas no municpio podero integrar os programas referidos no caput deste artigo.

    2 - A comunidade, por meio de suas organizaes representativas, participar na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis.

    3 - O municpio conceder incentivo s empresas que mantiverem orfanatos com escolas para crianas menores de 14 anos, sem lar.

    CAPTULO V Do Sistema Municipal de Ensino, da Cultura e do Desporto

    (Emenda Lei Orgnica n. 17, de 26/11/2002) Seo I

    Do Sistema Municipal de Ensino (Emenda Lei Orgnica n. 17, de 26/11/2002)

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    Art. 90 - A Educao, direito de todos e dever do Estado e da Famlia, promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, visa ao pleno desenvolvimento da pessoa e formao do cidado, ao aprimoramento da democracia e dos direitos humanos, eliminao de todas as formas de racismo e de discriminao, ao respeito dos valores e do primado do trabalho, afirmao do pluralismo e convivncia solidria a servio de uma sociedade justa, fraterna, livre e soberana.

    Art. 91 - O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios:

    I - igualdade de condies para o acesso e permanncia nas escolas;

    II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, vedada qualquer discriminao;

    III - pluralismo de idias e de concepes pedaggicas, e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino;

    IV - ensino pblico gratuito Para todos, em estabelecimentos oficiais

    V - valorizao dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, plano de carreira e Estatuto para profissionais da Educao;

    VI - gesto democrtica do ensino pblico, na forma da lei, atendendo s seguintes diretrizes:

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    a) participao da sociedade na formulao da poltica educacional e no acompanhamento de sua execuo;

    b) criao de mecanismo para prestao de contas sociedade da utilizao dos recursos destinados educao;

    c) participao de estudantes, professores, pais e funcionrios, atravs do funcionamento de conselhos comunitrios em todas as unidades escolares, com os objetivos de acompanhar o nvel pedaggico da escola e supervisionar o movimento financeiro e administrao da Unidade Escolar;

    VII - garantia do padro de qualidade, atravs de:

    a) convnios de assessoria do magistrio municipal com as universidades pblicas localizadas no Estado do Rio de Janeiro;

    b) intercmbio com as associaes de classe e as entidades de pesquisa do Estado;

    c) instalao de salas de leitura, salas de arte, quadra de esportes, teatro e/ou auditrio em todas as Unidades Escolares;

    d) livros de atualizao para os professores;

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    VIII - educao no diferenciada entre sexos, seja no comportamento pedaggico ou no contedo do material didtico;

    IX vinculao entre a educao escolar, o mundo do trabalho e as prticas sociais; e (Emenda Lei Orgnica n. 017, de 26 de novembro de 2002)

    X- valorizao da experincia extra-escolar, (Emenda Lei Orgnica n. 017, de 26 de novembro de 2002.)

    Art. 92. O dever do Municpio com a educao ser efetivado mediante garantia de:

    I - ensino pblico fundamental, obrigatrio e gratuito com o estabelecimento progressivo do turno nico;

    II - oferta obrigatria do ensino fundamental e gratuito, aos que a eles no tiverem acesso na idade prpria;

    III - atendimento educacional aos portadores de necessidades especiais por professores especializados;

    IV - atendimento especializado aos alunos superdotados, a ser implantado por legislao especifica;

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    V - atendimento obrigatrio gratuito em creches e pr-escolas de zero a seis anos de idade, adequado aos seus diferentes nveis de desenvolvimento, com prioridade para os portadores de necessidades especiais;

    VI - oferta do ensino a jovens e adultos, adequado s condies do educando; (Emenda Lei Orgnica n 017, de 26 de novembro de 2002)

    VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, atravs de programas suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e assistncia sade;

    VIII - liberdade de organizao dos alunos, professores, funcionrios e pais de alunos, sendo facultada a utilizao das instalaes do estabelecimento de ensino para as atividades das associaes e comunidade;

    IX - submisso, quando necessria, dos alunos matriculados na rede regular de ensino a testes de acuidade visual e auditiva, a fim de detectar possveis desvios de desenvolvimento;

    X - o ensino religioso, de matricula facultativa, constitui disciplina dos horrios normais das Escolas Municipais de Duque de Caxias, respeitada a opo religiosa dos alunos ou seus responsveis;

    XI - eleies diretas para direo de todas as instituies de ensino mantidas pelo Governo Municipal, de acordo com a lei complementar.

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    XII organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais do seu Sistema de Ensino, integrando-as s polticas e planos educacionais da Unio e dos Estados. (Emenda Lei Orgnica n. 017de 26 de novembro de 2002.)

    1 - A no oferta ou a oferta insuficiente do ensino obrigatrio e gratuito pelo Poder Pblico, importar responsabilidade da autoridade competente nos termos da lei.

    2 - Compete ao Poder pblico recensear, a cada dois anos, as crianas em idade escolar, com a finalidade de orientar a poltica de expanso da rede pblica e a elaborao do Plano Municipal de Educao.

    3 - Ao educando portador de deficincia fsica, mental ou sensorial, assegura-se o direito de matrcula na escola pblica mais prxima de sua residncia.

    Art. 93 - O ensino livre iniciativa privada, atendidas as seguintes condies:

    I - cumprimento das normas gerais da educao nacional;

    II - autorizao e avaliao de qualidade pelo Poder Pblico segundo normas dos Conselhos Federal, Estadual e Municipal de Educao;

    III - garantia pelo Poder Pblico de mecanismos de controle indispensveis necessria autorizao para a cobrana de taxas, mensalidades e quaisquer outros pagamentos;

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    IV - gratuidade no ensino fundamental ao educando excedente da rede pblica, no limite de 10% (dez por cento) do corpo discente do estabelecimento para as entidades sem fins lucrativos, e 5% (cinco por cento) para as demais.

    Art. 94 - O Municpio aplicar, anualmente, nunca menos de 35 % (trinta e cinco por cento) da receita de impostos, compreendidas as provenientes de transferncias da Unio e do Estado, na manuteno e desenvolvimento do ensino pblico. (Artigo alterado pela Emenda Lei Orgnica n 08, de 22 de maro de 1996)

    Art. 94. O Municpio aplicar anualmente, at 35% (trinta e cinco por cento) da receita de impostos, compreendidas as provenientes de transferncias da Unio e do Estado, na manuteno e desenvolvimento do ensino pblico. (Emenda Lei Orgnica n 08, de 22 de maro de 1996)

    1. - Os programas suplementares de alimentao e assistncia ao educando, no ensino fundamental, sero financiados com recursos provenientes de contribuies sociais e outras dotaes oramentrias.

    2. - A distribuio dos recursos pblicos assegurar prioridade ao ensino obrigatrio, nos termos dos Planos Nacional e Estadual de Educao, e garantir um percentual mnimo de 5 % (cinco por cento) para a educao especial, visando sua ampliao, aparelhamento das unidades e aperfeioamento dos profissionais da rea.

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    3. - No sero consideradas aplicao para manuteno e desenvolvimento do ensino aquelas relacionadas com obras de infra-estrutura urbana ou rural, mesmo que beneficiem a rede escolar.

    Art. 95. Os recursos pblicos municipais destinados educao sero dirigidos exclusivamente rede pblica de ensino.

    Art. 96. O Municpio, na elaborao de seus planos de educao, considerar os Planos Nacional e Estadual de Educao, visando articulao e o desenvolvimento do ensino, em seus diversos Nveis, e a integrao das aes do Poder Pblico, que conduzem a:

    I - erradicao do analfabetismo;

    II - universalizao do atendimento escolar;

    III - melhoria da qualidade de ensino;

    IV - formao para o trabalho.

    Pargrafo nico - Cumpre ao Municpio incentivar o setor empresarial a manter creches e pr-escolas para os filhos dos trabalhadores, desde o nascimento at os seis anos de idade, creches essas que faro parte do Sistema de Ensino do Municpio e sero fiscalizadas pelo rgo competente, definido em lei.

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    Art. 97 - Sero fixados contedos mnimos para o ensino de 1. grau, em complementao queles a serem fixados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, de modo a assegurar formao bsica comum a respeito dos valores culturais e artsticos do Municpio, nacionais e latino-americanos.

    1 - Dos programas a serem elaborados, constar obrigatoriamente a Histria do Municpio de Duque de Caxias.

    2 - Nas escolas situadas na zona rural, constar dos programas, ainda, a disciplina "Tcnicas Agrcolas".

    3 - A orientao sexual, de carter cientfico, ser ministrada, obrigatoriamente, em forma de palestras e conferncias regulares, aos pais e familiares dos alunos das Escolas Municipais de Educao Bsica, nas prprias escolas e nos postos de sade. (Emenda Lei Orgnica n. 017 de 26 de novembro de 2002)

    Art. 98. A lei dispor sobre a instalao de creches e escolas oficiais na construo de conjuntos habitacionais.

    Art. 99. Fica criado o Conselho Municipal de Educao, com atribuies a serem definidas em lei.

    Pargrafo nico - de competncia do Conselho Municipal de Educao a fiscalizao da verba destinada merenda escolar. (Revogado pela Emenda Lei Orgnica n. 017, de 26 de novembro de 2002)

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    Art. 100. Ao membro do magistrio municipal assegurada a acumulao de duas matrculas na rede pblica municipal, desde que comprove disponibilidade de horrio.

    Seo II Da Cultura

    Art. 101. O Municpio garantir a todos o pleno exerccio dos direitos artstico-culturais e o acesso s fontes da cultura municipal, estadual e nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais atravs de:

    I - atuao do Conselho Municipal de Cultura;

    II - articulao das aes governamentais no mbito da cultura, da educao, dos desportos, do lazer e das comunicaes, em intercmbio com as demais Secretarias;

    III - criao e manuteno de espaos pblicos, devidamente equipados de recursos humanos e materiais, adequados e acessveis populao para as diversas manifestaes culturais, inclusive de uso de prprios municipais, colocando as unidades escolares disposio da comunidade, abertas s iniciativas populares, fortalecendo as prticas culturais, vedada a extino de qualquer espao cultural pblico ou privado sem criao, na mesma rea, de espao equivalente;

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    IV - promoo e garantia do cumprimento de um calendrio anual de atividades culturais;

    V - promoo, mediante incentivos especiais ou concesso de prmios e bolsas, de atividades e estudos de interesse local, de natureza cientfica ou scio-econmica, histrica e artstico-cultural;

    VI - convnios de intercmbio e cooperao financeira com entidades pblicas ou privadas para o desenvolvimento da poltica cultural do Municpio;

    VII - incentivo ao intercmbio cultural com outros municpios, principalmente os da Baixada Fluminense;

    VIII - divulgao em prdios pblicos municipais, tais como escolas, hospitais, secretarias e demais rgos, das atividades artstico-culturais do municpio;

    IX - incentivar a produo de edies a preos populares, de estudos e pesquisas de natureza cientfica, scio-econmica e artstico-cultural do Municpio, com farta distribuio entre bibliotecas e escolas, casas de cultura e centros comunitrios do Municpio.

    Art. 102. Como forma de garantir intercmbio intermunicipal, a elaborao e implantao de calendrio de eventos artstico-culturais estabelecer em sua rotatividade a criao de plos artstico-culturais em todos os distritos.

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    Art. 103. Constitui patrimnio cultural municipal os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores da sociedade municipal, nos quais se incluem:

    I - os modos de criar, fazer e viver;

    II - as criaes artsticas, cientificas e tecnolgicas;

    III - as obras, objetos, documentos, edificaes e demais espaos destinados s manifestaes artsticas e culturais;

    IV - os conjuntos urbanos e os stios de valor histrico, paisagstico, artstico, arqueolgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico.

    1. - O Poder Pblico, com a colaborao da comunidade, promover e proteger o patrimnio cultural do Municpio de Duque de Caxias por meio de inventrio, registros, vigilncia, tratamento, desapropriao e de outras formas de acautelamento e preservao, impedindo a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outros bens de valor histrico, artstico ou cultural.

    2. - O Poder Pblico Municipal estudar, identificar, registrar e resgatar todos os documentos e os stios detentores de reminiscncias histricas e culturais dos antigos quilombos e da cultura tupinamb, assim como dos movimentos artstico-culturais populares contemporneos do Municpio.

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    3 - Os documentos de valor histrico-cultural, tero sua preservao assegurada, inclusive mediante recolhimento Biblioteca Pblica Municipal.

    4 - Cabe administrao pblica municipal, mediante avaliao do Conselho Municipal de Cultura, o incentivo para a produo e o conhecimento de bens e valores culturais.

    Art. 104. O Poder Pbico adotar critrios diferenciados para a concesso de alvars a empreendimentos culturais, em quaisquer pontos do Municpio.

    Art. 105. Compete ao Poder Pblico a criao de Centros de