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LEIRIA-FATIMA · 2013-04-18 · brações de Fátima, sobre os valores e os compromissos do Domin ... ções da fé vivemos as maravilhas de Deus". Neste ano, o nosso te ... o caminho

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LEIRIA-FATIMA Órgão Oficial da Diocese

Ano XI • N. o 32 • Maio-Agosto 2003

DIRECTOR AMÉRICO FERREIRA

CHEFE DE REDACÇÃO JOSÉ ALMEIDA SOUSA

ADMINISTRADOR HENRIQUE DIAS DA SILVA

CONSELHO DE REDACÇÃO BELMIRA DE SOUSA

JORGE GUARDA LUCIANO CRISTINO

MANUEL MELQufADES SAUL GOMES

PERIODICIDADE QUADRIMESTRAL

PROPRIEDADE E EDIÇÃO DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO SEMINÁRIO DIOCESANO DE LEIRIA

2410 LEIRIA • TELEF. 244832760

ASSINATURA ANUAL -12 Euros NÚMERO A VULSQ - 4 Euros

Actos Episcopais .......... ............................ .... ...... ........... 83

Linhas de Orientação Pastoral para 2003 I 2004...... ...... 88

Peregrinação aniversária a Fátima.......... ............ ........ 94

O Santo Padre agradece ...... ...... ........ ...... ............ ......... 95

Comunicado do Conselho Presbiteral........................... 96

Vida Eclesial ..... ................... ........ ............... ......... ......... 97

Escola de Formação de Leigos.. .............. ...................... 103

A inventariação do Património ArtEstico e Cultural Mó-

vel na Diocese de Leiria-Fátima.............................. 109

Bodas de Prata da Escola de Catequistas............ ........ 127

Santuário de Fátima (contas referentes ao ano 2002).. 131

Clonagem, Problemas Éticos ............ ........ . . . . . . . .. ........... 133

,<A minha Alma GlorificaI Enaltece o Senhor"............. 139

Nota Episcopal sobre os incêndios.................... ...... ...... 142

O chamamento e o renovamento.... .............. ................. 143

A cáritas e a animação pastora!................................... 150 Nova igreja dos Parceiros............... .............................. 153

A calamidade dos incêndios ........ ............ .......... ........... 154

Ofertórios feitos na Diocese de Leiria-Fátima durante

o ano de 2002........................................................... 155

ACTOS EPISCOPAIS SECRETARIADO DIOCESANO

DO ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS

Considerando ser necessário reconstituir o

SECRETARIADO DIOCESANO DO ENSINO DA IGREJA NAS ESCOLAS do 2.° e 3.° ciclos do ensino básico e do ensino se­cundário, tendo ouvido os Professores do ERMC e o Conselho Epis­copal, havemos por bem nomear a seguinte equipa responsável pelo referido Secretariado:

JAIME PEREIRA DA SILVA LuíSA MARIA DA SILVA MOREIRA PEDRO NUNO DA SILVA COELHO.

Este grupo de trabalho providenciará para que o ERMC nas escolas públicas e equiparadas se processe da melhor maneira sen­do assistido pelo Rev. P. JOSÉ MIRANTE CARREIRA FRAZÃO.

A presente nomeação é válida por três anos. Muito agradecemos à Equipa anterior e fazemos votos para

que o ERMC corresponda a todos os desafios e expectativas.

Leiria, 14 de Maio de 2003

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

PÁRoco DE OURÉM (N.a s.a DAS MISERICÓRDIAS)

Havemos por bem, na sequência do Decreto de 14 de Janeiro de 2003,

Nomear Pároco de Ourém (Nossa Senhora das Misericórdias) o Rev.do Pe. Armindo Castelão Ferreira, que entrará em exercício até ao dia 20 do mês de Julho do ano de 2003.

Até então continuará no ministério paroquial o Rev.do Pe. Dr. Horácio José Segura, SMM, a quem agradecemos tão generoso e solícito trabalho pastoral, fazendo votos para que possa continuar a ajudar-nos nesta Diocese de Leiria-Fátima.

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ACTOS EPISCOPAIS

Exortamos toda a comunidade paroquial a crescer e colaborar na vida da Igreja, em espírito sinodal e em comunhão com todos os homens.

Leiria, 6 de Junho de 2003

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

NOTA EPISCOPAL PARA O MÊs DE MAIO

L No "ano do rosário", o mês de Maio requer atenção especial. A Carta Apostólica do Papa (que está no 25." aniversário do seu pontificado e que perfaz 83 anos no dia 18) recomenda ardente­mente a oração na Família e pela Paz. O gesto dos nossos Bispos presidirem à recitação do rosário na capelinha das aparições de Fátima, com transmissão pele Rádio Renascença, é também um apelo. A nossa 72." peregrinação ao santuário de Fátima, em tem­po de trágica guerra, foi uma significativa Celebração da Vida e da Paz, num festivo Encontro de irmãos de todas as idades.

As comunidades (paroquiais e religiosas), bem com os movi­mentos de 'apostolado e espiritualidade, na nossa Diocese, têm fei­to sentir a necessidade da vida interior e a força da oração contemplativa. Neste mês de Maio todos somos convidados a reto­mar as "contas" do rosário, a fim de fortalecermos os elos da Vida, guiados pelos mistérios "luminosos", e caminhando decididamen­te com passos de Solidariedade e de Esperança.

2. A peregrinação internacional a Fátima será presidida pe­lo Sr. Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação da Causa dos Santos. O tema principal das homilias vai ser o 3." man­damento de Deus, e condensa-se na frase mestra que diz que "o dia do Senhor é o senhor dos dias", para sublinhar que devemos recu­perar a sacralidade da pausa semanal, de reencontro mais íntimo de cada um consigo mesmo, com os outros e com o Absoluto.

Os peregrinos de Fátima manifestam e realizam os diferen­tes itinerários da vida, e proclamam que todos os dias são tempo de salvação. Os que caminham a pé (com todos os cuidados, desde

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ACTOS EPISCOPAIS

os sapatos até aos reflectores) testemunham o sentido da caminha­

da, com etapas e relacionamentos de partilha, até à chegada, que é Sinal do mais Além.

Neste mês de Maio 2003, vamos todos, mais novos e mais ve­lhos, purificar a mente e o comportamento, à luz de Fátima, para que a Igreja e toda a Sociedade sejam uma Família. Na esperan­ça e na Paz.

Leiria, 20 de Abril de 2003, Solenidade da Páscoa.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

CARTAlMENSAGEM AOS DIRIGENTES E ATLETAS DOS CLUBES DESPORTIVOS

DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

Caríssimo:

Sei que o grupo de pastoral do desporto na minha Diocese es­tá a organizar para o próximo dia 1 de Maio, em Fátima, uma pro­va desportiva e um encontro de Atletas. Manifesto o meu apreço.

No mesmo dia teremos no Santuário da Cova da Iria muitos outros peregrinos; é também a 6." peregrinação nacional dos jo­vens acólitos. Tantas pessoas diferentes, na idade e nos sentimen­tos, mas a mesma dignidade humana, e a mesma fé cristã!

Este ano 2003, ano do rosário, estamos a reflectir, nas cele­brações de Fátima, sobre os valores e os compromissos do Domin­go, para que seja tempo de purificação e de paz. Também os Dirigentes e os praticantes do desporto saberão santificar o "dia do Senhor, que é o senhor dos dias"!

Efectivamente o desporto é uma festa; não pode atropelar princípios, nem regras; deve gerar harmonia, como escola de cres­cimento cultural e de bom relacionamento com os outros.

O desporto é exercício e serviço. O bom desportista, mesmo em competição, será sempre ganhador, na educação activa, contra os egoísmos. O desporto é hino à Liberdade, contrariando e vencendo "1i­berdades ilusórias" de preguiça, sexo, droga, intriga ou corrupção!

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ACTOS EPISCOPAIS

Sabemos e compreendemos que a prática desportiva está su­jeita a muitas tentações. A dimensão religiosa ajuda a completar a integralidade da educação e da vitória. Formulo votos para que Dirigentes e Desportistas optem sempre pela Verdade, na Liber­dade. Saudações amigas.

Leiria, 25 de Abril 2003.

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA

Bispo de Leiria-Fátima

CARTA PASTORAL AOS CATEQUISTAS

Estamos a CELEBRAR os 25 anos da ESCOLA DE CATE­QUISTAS da nossa querida Diocese de Leiria-Fátima.

É FESTA de acção de graças e de promessa! Saudamos os milhares de Catequistas que passaram pela Esco­

la. Manifestamos apreço e gratidão aos Dirigentes e Professores. Agradecemos a quantos generosamente colaboram nesta no­

bre e prioritária Missão profética da Igreja. A Diocese está empenhada e comprometida em prosseguir e

melhorar todos os meios e modos de EVANGELIZAÇÃO. O nosso SíNODO concluiu e sublinhou que A CATEQUESE

DEVE TER DINAMISMO PARA CRIAR O DESEJO DE CRES­CER NA FÉ (n.o 42).

A Catequese é formação permanente e Vida. Lembramos os que já partiram na esperança da ressurreição,

rezamos pelos Catequistas, fazendo votos para que Pais e Educado­res colaborem testemunhalmente a fazer crescer de maneira inte­gral e harmoniosa, e prometemos que a Diocese de Leiria-Fátima vai apoiar sempre mais e melhor todas as acções organizadas de Evangelização e Salvação.

Catequistas, Coragem. Que Deus Vos abençoe e recompense. E que Nossa Senhora nos ajude.

Leiria, 27 de Maio de 2003

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA

Bispo de Leiria-Fátima

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ACTOS EPISCOPAIS

NOTA DA SECRETARIA EPISCOPAL SOBRE AS INSCRIÇÕES NA E.R.M.C.

o Senhor Bispo manda lembrar que estamos em tempo de ins­crições na disciplina opcional de Educação Moral e Religiosa Ca­tólica (E.M.R.C.) para o ano lectivo 2003/2004.

Trata-se de uma oportunidade de crescimento mais harmonio­so, e de uma obrigação de corresponder às exigências da fé cristã.

A E.M.R.C. é diferente da Catequese, pois tem itinerário pró­prio e objectivos diferenciados. Completam-se.

A Catequese paroquial procura mais a celebração/caminhada dos compromissos baptismais, e a integração eclesial.

A E.M.R.C. apela aos grandes princípios éticos, para que o rumo da vida, nos tempos da família, da escola e da sociedade em geral, tenha sentido e seja fecundo.

O Senhor Bispo recomenda aos Educadores, e aos alunos com mais de 16 anos, que providenciem quanto à respectiva inscrição. Ao mesmo tempo declara toda a confiança e gratidão aos Senho­res Professores da E.M.R.C., que apoia e felicita.

Leiria, 9 de Junho de 2003

t SERAFIM DE SOUSA FERREIRA E SILVA Bispo de Leiria-Fátima

TRIBUNAL ECLESIÁSTICO

HORÁRIO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO

QUARTAS E QUINTAS-FEIRAS

DAS 14_30 ÀS 17 HORAS

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Linhas d e orientação pastoral para 2003/2004

"COMO EU VOS FIZ, , , FAZEI-O VOS TAMBEM" (Jo 13,15)

1. Motivo e finalidade

o Conselho Pastoral Diocesano aprovou um plano temático para 4 anos (200 1-2004), que, sucessivamente, toma por referên­cia para a acção pastoral diocesana cada uma das partes do Cate­cismo da Igreja Católica. Assim, nos dois anos passados, tivemos como temas "Deus gosta de falar com os homens" e "Nas celebra­ções da fé vivemos as maravilhas de Deus". Neste ano, o nosso te­ma centra-se na "Vida em Cristo" (III parte do Catecismo).

As Orientações Sinodais (n.·s 67 e 108) apontam a necessidade imediata de se fazer um plano diocesano de pastoral, que dê continui­dade e aplicação metódica e sistematizada às conclusões da reflexão sinodal, defina e aponte as metas, o caminho e os passos,' e constitua uma referência clara para a acção de todas as paróquias, serviços, mo­vimentos e comunidodes. Estas linhas de orientação pastoral são um passo, no caminho da experiência para a elaboração de um pla­no propriamente dito, para o qual, entretanto, já se está a trabalhar.

O referido Conselho apontou, também, que em cado ano pastoral, a partir do parte correspondente do Catecismo, os Serviços definam o tema e apresentem sugestões para que o mesmo seja desenvolvido. Cum­prindo o que foi aprovado pelo dito Conselho, tendo auscultado e reco­lhido as observações e os contributos dos serviços e dos movimentos da Diocese, propõem-se aqui o tema, os objectivos, as linhas de acção e algumas acções concretas para o próximo ano pastoral.

Estas linhas constituem a referência para os planos e pro­gramas de acção pastoral em toda a Diocese: nas paróquias, nas vigararias, nos movimentos e nos serviços. De igual forma, serão oportunamente aplicadas nas acções diocesanas comuns.

2. Tema: "Como Eu vos fiz, fazei-o vós também"

A frase surge no final do lava-pés e é dirigida por Jesus aos discípulos para que O imitem no serviço uns aos outros, como ex­pressão de amor. E um estilo de vida, a imitação de Cristo no ges-

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LINHAS DE ORIENTAÇÃO PASTORAL PARA 2003/2004

to do lava-pés, isto é, o amor fraterno a cada próximo. Como Ele próprio diz:

"O que fizestes ao mais pequenino dos meus irmãos, a Mim o fizestes" (Mt 25, 40). Trata-se, assim, de viver como o Senhor, que "passou fazendo o bem" (Act 10, 38) e deu a Sua vida por amor: "Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim" (Jo 13, 1).

O primeiro inciso do tema - "como Eu vos fiz" - convida-nos a olhar para Cristo e para o Seu exemplo aos discípulos. Conduz­-nos assim a reconhecer o amor que teve também para connosco, nomeadamente ao tomar-nos filhos de Deus e enriquecer-nos com a força do Espírito Santo, mediante a iniciação cristã. De um tal reconhecimento brota a gratidão, o louvor e o desejo sempre reno­vado de continuar a viver na comunhão com Ele.

O segundo inciso - "fazei-o vós também" - convida-nos a fa­zermos aos outros, sejam eles quem forem, como Cristo nos fez a nós, isto é, a amá-los até dar a vida, se necessário for. A vida cris­tã não pode deixar de ser generosa e aberta aos outros. Assim se realiza a missão de testemunhar Cristo no mundo.

O Catecismo da Igreja Católica introduz o tema da "Vida em Cristo", na sua terceira parte, com estas palavras, que bem comen­tam este mesmo tema: "Seguindo a Cristo e em união com Ele, os cristãos podem esforçar-se por ser imitadores de Deus, como filhos bem amados, e por proceder com amor, conformando os seus pensa­mentos, palavras e acções com os sentimentos de Cristo Jesus e se­guindo os Seus exemplos" (CIgC 1694).

Abordando o homem na sua dignidade de filho de Deus e a vi­da humana como vocação à bem-aventurança (felicidade), à liber­dade e à realização em sociedade, o Catecismo apresenta-nos os Mandamentos à luz única da caridade, que é a plenitude da Lei (cfr. CIgC 2055), inteiramente assumida por Cristo: "Na Sua prá­tica e na Sua pregação, Jesus confirmou a perenidade do decálo­go" (CIgC 2076).

A reflexão sobre esta terceira parte do Catecismo será uma preciosa ajuda neste ano pastoral, já que para o cristão o Decálo­go é a concretização de uma vida tal como Cristo a viveu, uma vi­da em perfeita união com Ele, que diz: "Sem Mim nada podeis fazer" (Jo 15, 5; cfr. CJgC 2074).

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LINHAS DE ORIENTAÇAO PASTORAL PARA 2003/2004

o tema, além de promover em cada pessoa uma vida em con­formidade com o exemplo e o Evangelho de Cristo, tem aplicação também à dimensão comunitária e eclesial. Assim, cada grupo, mo­vimento ou comunidade é chamado a desenvolver um estilo de vi­da inspirada em Cristo, o que implica, como salienta o Sínodo Diocesano, a comunhão fraterna no amor (OS, 49ss). Para concre­tizar o tema mencionado, a acção pastoral e apostólica, do nível diocesano ao paroquial, sem esquecer os movimentos, grupos e as­sociações, empenhar-se-á em "promover a comunhão" (OS, 60-72) e em "levar o amor de Deus a todos" (OS, 95-106).

O Ano do Rosário (a terminar) propõe-nos a meditação dos mistérios da vida de Cristo, para que O conheçamos cada vez me­lhor, e interiorizemos a Sua mensagem.

As iniciativas do Ano Agostiniano (projecto diocesano) serão, também, momentos privilegiados para captarmos das palavras e da vida de Santo Agostinho o exemplo de quem sempre procurou eS­sa "vida perfeita" e a veio a encontrar na pessoa de Jesus Cristo.

A recente Encíclica sobre a Eucaristia será, de igual forma, documento de especial inspiração para esta reflexão.

3. Objectivos

1. "Como eu vos fiz" - Conhecer como Cristo viveu e amou os homens

A partir da análise da vida e das acções concretas de Cristo, tentar perceber:

- Como concretiza a lei do Amor, para com Deus e para con­nosco; quais os seus ideais, prioridades e opções de vida; como se relaciona com os seus semelhantes; como encara o mundo e o ha­bita; de onde parte a força que o motiva e como a alimenta .. .

2. Assumir a vida de Cristo como modelo

A partir do conhecimento da vida de Cristo, adoptar esse mo­delo para si:

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LINHAS DE ORIENTAÇÃO PASTORAL PARA 20031200.

- Aceitar os seus ideais; tomar as suas prioridades; buscar a fonte e o alimento da sua força interior; relacionar-se com o mun­do e com os homens segundo a Lei do amor, como Cristo fez, actua­lizando a Sua mensagem ao nosso tempo . . .

3. "Fazei-o vós também" - Viver como Cristo e em Cristo

A partir das convicções assumidas, agir em conformidade:

- Levar uma vida digna do Evangelho de Cristo (cfr CIgC 1692), colocando-a ao serviço de Deus e dos irmãos, em todos os ambientes e situações (cfr. OS 73ss); anunciar Cristo com convic­ção, levando os cristãos a reconhecerem o dom de Deus que rece­beram pela fé . . .

4. Linhas de acção pastoral

- Apostar no anúncio da vida cristã como vida nova, vo­cação de santidade e força de transformação dos homens e da sociedade, de uma forma mais positiva e dinãmica.

- Celebrar a fé de uma forma mais intensa e participada, le­vando a vida concreta às celebrações e à oração e procurando que sejam fonte e alimento da vida cristã dos fiéis.

- Apostar numa acção social e caritativa que transmita de facto a entrega de vida pelos outros, para que sejam felizes neste mundo e aceitem a salvação oferecida por Cristo.

- Procurar meios criativos para aprofundar o conhecimen­to da III parte do Catecismo da Igreja Católica e da Encíclica sobre a Eucaristia.

- Examinar a nossa prática pastoral actual à luz da vida e do agir de Cristo e dos Seus dons pela graça da iniciação cristã.

- Aprofundar os laços de união fraterna no presbitério, para que a sua vida em comunhão seja o exemplo concreto da vi­da de Cristo perpetuada na vida da sua Igreja.

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LINHAS DE ORIENTAÇAO PASTORAL PARA 2003/2004

- Sensibilizar os agentes pastorais e apostólicos para exerce­rem o serviço do despertar de novas vocações sacerdotais e de consagração nos jovens e adolescentes.

- Aproveitar as ocasiões propicias que nos são oferecidas, por exemplo, aquando de pedidos de sacramentos e serviços pastorais, para acolher as pessoas e fazê-las sentirem-se amadas e com­preendidas.

- Valorizar o contributo dos grupos, movimentos e asso­ciações para o desenvolvimento da vida cristã e apostólica, pro­curando a colaboração pastoral nas iniciativas de cada um.

- As acções de formação, retiros e outras iniciativas a nível pa­roquial, vicarial e diocesano, ou dos movimentos (sem prejuízo das temáticas e sensibilidades específicas) deverão inserir-se na te­mática apontada para a Diocese, nomeadamente no contributo pa­ra um maior conhecimento da vida de Cristo.

- Aprofundar o conhecimento da figura, carisma e obra de S. Agostinho, co-padroeiro da Diocese (ver desdobrável do Ano Agostiniano).

5. Acções concretas

(Cabem aqui as propostas e projectos de cada serviço; seguem­-se alguns exemplos):

Na Peregrinação Diocesana a Fátima, colhendo o exem­plo de vida e o ensinamento de Santo Agostinho, fazer a via-sacra com textos de 5. Agostinho, além do já previsto no programa para o Ano Agostiniano.

Na celebração diocesana do Corpo de Deus, tomar este te­ma para os símbolos e textos.

- Valorizar o Dia da Diocese (Outubro) com um encontro de reflexão para os agentes pastorais, centrado na assimilação do te­ma e orientações pastorais para o novo ano.

- Aproveitar as tradições e iniciativas do Ano do Rosá­rio para fazer crescer nos fiéis o verdadeiro sentido da vida cristã como 'imitação' de Cristo, com a ajuda de Maria.

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LINHAS DE ORIENTAÇÃO PASTORAL PARA 200312004

- Incidir os cursos de formação permanente do clero so­bre a renovação espiritual e pastoral, a elaboração do projecto pas­toral diocesano e a procura de formas de comunhão no presbitério.

- A reflexão doutrinal e pastoral, nas reuniões vicariais do clero, incidirá sobre este tema, nomeadamente, sobre a III parte do Catecismo (cfr ClgC, 1697).

- O Centro de Formação e Cultura irá elaborar um guião de reflexão para os grupos sobre a III parte do Catecismo, onde se procurará evitar a usual linguagem 'moralista', para apresentar a vida cristã como graça e lei que se centra nos Mandamentos, vis­tos como vida de amor e não como 'imposições'.

- Desenvolver ou iniciar o itinerário da catequese de adul­tos, aproveitando, por exemplo, o "guião" de reflexão a publicar pelo Centro de Formação e Cultura.

- A Escola Teológica de Leigos tratará este tema nas suas Jornadas anuais.

- O Secretariado Diocesano da Educação Crista da In­fância e Adolescência centrará as suas acções de formação (es­cola, jornadas, etc.) nesta temática.

- O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil assimi­lará o tema proposto nas suas acções, levando aos jovens a men­sagem da "Vida em Cristo" com a linguagem e as metodologias que lhes são mais familiares.

- A Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde irá inse­rir este tema nos encontros de formação que estão programados para realizar em todas as vigararias.

- Os serviços da pastoral sócio-caritativa (Cáritas, pri­sões, ciganos, etc.) tentarão incrementar a sua acção, sensibilizan­do os fiéis para esta forma concreta de viver como Cristo, no cumprimento da sua orientação "fazei-o vós também

- A direcção diocesana das Obras Missionárias Pontifí­cias, mediante o projecto "ASA" (Acção Solidária com Angola), as semanas missionárias e outras iniciativas, propõe-se dinamizar as comunidades cristãs para o empenho de levar o Evangelho a to­dos os povos.

Leiria, 3 de Julho de 2003

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PEREGRINAÇÃO ANIVERSÁRIA DE MAIO A FÁTIMA

Mais uma vez, o Santuário de Fátima foi o centro das atenções de muitos milhares de católicos de todo o mundo. A peregrinação deste ano foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, o português que preside à Congregação Romana para a Causa dos Santos. Estavam presentes de­zenas, de peregrinações provindas dos quatro cantos do mundo para ve­nerar Nossa Senhora de Fátima. Destaque-se também a presença de um grupo de sacerdotes e bispos da Igreja Anglicana. o que constitui um si­nal muito louvável de proximidade fraterna entre Igrejas. No início da ce­lebração da Eucaristia procedeu-se à bênção do novo monumento aos beatos Francisco e Jacinta Marta, situado junto à colunata do lado Sul do Santuário. Este conjunto escult6rico vem substituir as imagens dos mes­mos pastorinhos que desde 13 de Maio de 2000, data da beatificação, até agora, ladeavam a torre da Basílica.

Momento importante da celebração e muito aplaudido pela multidão foi o da leitura da mensagem enviada aos peregrinos de Fátima pelo car­deal Ângelo Sodano, em nome do Papa João Paulo II, bem como o momen­to da leitura de um telegrama enviado pelo Bispo de Leiria-Fátima ao Papa, em nome de toda a multidão presente na Cova da Iria. Neste, o Senhor Bis­po assegurava a João Paulo II a oração dos peregrinos pelas suas intenções e saudava-o antecipadamente pelo seu próximo aniversário natalício.

Mensagem do Santo Padre aos peregrinos Emmo Senhor Cardeal Jo,é Saraiva Martins Prefeito da Congregação da. Causas do. Santo. Piazza Pio XII 10-00198 Roma

Informado da sua deslocação ao Santuário de Fátima a fim de presídir a peregrinação de Maio, neste Ano do Rosário, o Santo Padre confia�lhe uma palavra de estimulo e gratidão para os peregrinos e devotos de Nossa Senho­ra que - acolhendo o seu apelo materno - se encontram diariamente com ela na reza do Terço pelo qual .. a semana do cristão - tendo o Domingo ( Dia da Ressurreição) por charneira - se torna uma caminhada através dos mistérios da vida de Cristo para que Ele se afirme na vida dos seus discípulos como Se­nhor do Tempo e da HistórialO <RVM 3S) se incline misericordioso principa1� mente sobre as nações dilaceradas pela guerra ou provadas pela mi.séria e lhes conceda dias melhores. Exortando todos os peregrinos de Fátima a trilharem estas sendas de Paz sua Santidade o Papa João Paulo II envia-lhes a sua ben-ção apostólica.

'

Cardeal Angelo Bodano - Secretário de EBtado

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o SANTO PADRE AGRADECE Na sequência do telegrama de felicitações, a Secre­

taria de Estado do Vaticano enviou a seguinte carta, que transcrevemos:

Senhor D. Serafim,

Por ocasião do octogésimo terceiro aniversário natalício do Santo Padre, fez-lhe chegar uma mensagem de parabéns e bons votos dos peregrinos presentes no Santuário de Fátima em 12 e 13 de Maio passado, acompanhados de devota lembrança das suas in­tenções junto de Deus, pedindo ao Céu que Se comova de tantas atribulações e misérias humanas, mande o Espírito Santo e reno­ve a face da terra.

O Sumo Pontífice, tendo visto com apreço os votos formulados em prece por Vossa Excelência Reverendíssima e quantos aderi­ram à mensagem transmitida, encarregou-me de vir exprimir­-lhes a sua gratidão e confiança nas orações e sacrifícios que diariamente oferecem pelo Papa, consagrando estes momentos de sintonia com ele como as primícias da vida de cada um depostas no coração de Deus, Pai e Amante da vida. Sabendo que "é n'Ele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos" (Act 17, 28), Sua Santidade João Paulo II abraça em espírito a todos e conce­de--lhes, portadora das graças de que mais necessitam, a sua Bên­ção Apostólica.

Valho-me do ensejo para testemunhar-lhe a minha fraterna estima em Cristo Senhor.

t LEONARDO SANDRI Substituto

O Papa João Paulo II perfez 83 anos no dia 18 de Maio de 2003.

No dia 16 de Outubro de 2003 completará o 25.;° aniver-sário da sua eleição como Papa. _

No día 18 de Outubro haverá, em Lisboa, uma solene celebração comemorativa.

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COMUNICADO DO CONSELHO PRESBITERAL

o Conselho Presbiteral da Diocese de Leiria-Fátima reuniu-se em sessão ordinária, no passado dia 16 de Junho, em Leiria, para tra­tar do tema "Revigorar a esperança - O presbitério de Leiria-Fátima em reflexão", na sequência do trabalho feito nos diversos círculos sa­cerdotais da Diocese.

O ecónomo diocesano apresentou o relatório das contas gerais da Diocese e do Fundo Diocesano do Clero, relativas a 2002.

O vigãrio--geral deu a conhecer o estado dos trabalhos realizados pela equipa encarregada pelo nosso Bispo do estudo e elaboração do pro­jecto pastoral, a propor à Diocese em Outubro. O director da Escola de Formação Teológica de Leigos salientou o êxito obtido pelos novos cursos - Comunicação Social e Mensagem de Fátima - no ano lectivo de 2002--2003. Informou ainda que no próximo ano lectivo a escola vai descentra-lizar-se e iniciará um novo curso na Marinha Grande, Ourém e Leiria, com o objectivo de ajudar a preparar os formadores cristãos leigos.

Os representantes dos círculos sacerdotais apresentaram as con­clusões a que chegaram os diversos grupos, relativamente ao tema prin­cipal da reunião, o que motivou o diálogo e debate, dos quais se destacaram os seguintes aspectos: a vida actual do presbitério deve pau­tar-se por uma progressiva adequação aos tempos que correm, apro­veitando os sinais dos tempos como privilégio e oportunidade pastoral; a espiritualidade dos sacerdotes deve ser alimentada pela Eucaristia e pela Palavra de Deus, pela identificação com Cristo, pela experiência de fraternidade com padres e leigos nos serviços e comunidades locais, como forma de consolidar a vida sacerdotal; a vida da Diocese depende muito da imagem dos ministros de Deus, o que lhes lança apelos mui­to concretos: coerência e transparência nas suas atitudes, espírito de partilha da vida e dos bens com os outros membros do presbitério e com a Diocese, busca de formação adequada e actualizada, disponibilidade e interesse no acolhimento das pessoas e competência no serviço pres­tado ao povo de Deus.

Ficou bem vincada a necessidade de dar continuidade a esta refle­xão e o desejo de que o padre diocesano seja expressão cada vez mais transparente de Cristo e imagem duma Igreja viva e aberta, que ama e acolhe cada pessoa.

A próxima reunião ficou marcada para o dia 20 de Outubro e terá como tema principal a Visita Pascal na Diocese de Leiria-Fátima.

o Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral

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· VIDA ECLESIAL BODAS DE OURO SACERDOTAIS

Neste ano de 2003, três sacerdotes da nossa Diocese de Lei­ria-Fátima e um há 49 anos aqui residente, celebram 50 anos de ordenação. São· eles:

- Pe. Boaventura Domingos Vieira

- Mons. Cón. Henrique Fernandes da Fonseca

- Pe. Luís Kondor

- Pe. Manuel Pereira Júnior

A celebração comunitária de acção de graças pelo jubileu des­tes sacerdotes será, no Santuário de Fátima, no dia 19 de Setem­bro, às 1 1 horas, com todo o Presbitério sob a presidência de D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima.

Entretanto, no passado dia 18 de Julho, no Mosteiro de San­ta Clara, em Monte Real houve uma concelebração, mais íntima, promovida pelas Irmãs Clarissas.

PASTORAL JUVENIL

No passado dia 10 de Junho, os jovens da diocese de Leiria­-Fátima estiveram reunidos na "segunda Juvenália do ano". Um encontro da juventude, que teve uma tarde desportiva ou, corno lhe chama Paulo Adriano, do Secretariado da Pastoral Juvenil, um "espaço arejado, que pretende congregar os jovens através dos jo­gos tradicionais".

Para além deste momento lúdico, realizou-se também a As­sembleia Geral da XIS (Associação de Jovens da Diocese de Leiria­-Fátima), que serviu "para auscultar as ideias dos jovens que participam nas nossas actividades" - salientou Paulo Adriano. No cômputo geral, a "avaliação foi positiva" tendo em conta "que rea­lizámos grande parte do programa proposto". Apesar de "esperar­mos uma maior participação nalgumas actividades", os objectivos foram alcançados porque "deixámos sementes" - sublinha este ele­mento da Pastoral Juvenil de Leiria-Fátima.

Em relação ao trabalho de futuro, Paulo Adriano afirma que

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VIDA ECLESIAL

o labor essencial "passa por dar-lhes uma maior exigência e a ne­cessidade de ansiar por coisas mais sublimes". No fundo é "criar­-lhes a necessidade de serem mais exigentes consigo mesmos".

Ao nível de actividades para o próximo ano, Paulo Adriano destacou o Festival da Canção Jovem, a Peregrinação Diocesana Jovem à Fátima e o Fórum Jovem.

Como a diocese está a celebrar o Ano Agostiniano, o Secreta­riado da Pastoral Juvenil lançou um concurso - "Buscar-Te" -para promover os "talentos da nossa juventude".

De "A Voz do Domingo"

FESTA DO CORPO DE DEUS

De todas as comunidades da Diocese, foram milhares os fiéis que vieram participar nesta celebração, uma das mais significati­vas do ano pastoral.

A Eucaristia, presidida pelo Bispo diocesano, D. Serafim de Sou­sa Ferreira e Silva, voltou a ser celebrada no adro da Sé, depois de ter sido há alguns anos transferida para os jardins de S. Agostinho. As crianças que fizeram a 1.. comunhão desde o último Corpo de Deus, bem como os "lobitos" do Corpo Nacional de Escutas, foram acolhidos no largo da República, em frente à Câmara Municipal, on­de tiveram um programa próprio, seguindo-se a celebração da Eu­caristia na igreja dos franciscanos. Dali saíram, depois, para o Adro da Sé, juntando-se à grande assembleia à frente da procissão.

PROJECTO ASA :... Acção Solidária com Angola 2003

Pelo quarto ano consecutivo, a diocese de Leiria-Fátima en­viou um grupo de quatro voluntários a Angola, mais concretamen­te à cidade do Sumbe, num projecto com a duração de dois meses.

Esta iniciativa vem dar continuidade ao trabalho desenvolvi­do nos anos anteriores e tem em vista contribuir para uma apro­ximação entre as dioceses de Leiria-Fátima e Novo Redondo (Sumbe), com abertura para uma possível geminação.

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VIDA ECLESIAL

Os elementos que integram este projecto são leigos ainda es­tudantes ou já na vida activa. De forma voluntária e totalmente gratuita dão o tempo das suas férias ao serviço deste projecto, de­senvolvendo a sua missão na área que é específica de cada um.

A acção destes voluntários é desenvolvida junto de grupos lo­cais já devidamente organizados como professores ou outros que se organizam informalmente para acolher a formação que lhes é minis­trada. A intervenção também se dá em escolas do ensino básico.

Esta acção é feita tanto na cidade como nos bairros dos arre­dores desta, formados essencialmente por refugiados vindos do in­terior ao longo dos anos da guerra. Os interlocutores deste trabalho são não apenas as estruturas ligadas à Igreja, mas também outras ligadas ao ensino público e à sociedade civil.

É uma presença breve mas significativa que visa lançar as bases de uma colaboração mais estreita um m-iítuo enriquecimen­to das duas igrejas diocesanas. Alguns dos voluntários que vêm participando neste projecto perspectivam um regresso a Angola por um tempo mais longo, sendo esta presença de dois meses uma primeira experiência.

Como nos anos anteriores, já foi lançada uma campanha de an­gariação de bens com a finalidade de enviar um contentor que per­mita apoiar tanto a realização do projecto como também proporcionar alguma ajuda material junto de pessoas mais carenciadas tendo em conta a longa e marcante guerra de que Angola acaba de sair.

O envio do contentor é, por isso, uma forma de marcar a pre­sença solidária da nossa diocese junto de gente mais desfavoreci­da e um meio de proporcionar mais participação a todos aqueles que se queiram associar a esta iniciativa.

TRÊS NOVOS PADRES ORDENADOS NA FÁTIMA

P. Vítor Mira

O grande auditório do Centro Pastoral de Paulo VI encheu­-se, no sábado, dia 26 de Julho, com a peregrinação anual da Fa­mília Comboniana ao Santuário da Fátima.

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VIDA ECLESIAL

Mais de 2.500 pessoas participaram na Eucaristia da pere­grinação, que tinha três motivos de júbilo: a canonização do Bea­to Daniel Comboni, em 5 de Outubro próximo; a ordenação presbiteral de três missionários combonianos portugueses (João Costa, Joaquim Silva e Jorge Brites) e as bodas de prata de uma religiosa comboniana (Irmã Rosa).

Uma nota a registar é que, pela primeira vez desde a funda­ção do Centro Pastoral de Paulo VI, foi realizada naquele local uma celebração de ordenação sacerdotal.

Com estes três acontecimentos, o tema de fundo da peregri­nação à Fátima - "Mil vidas para a missão: com Daniel Comboni, santos e preparados, dispostos a partilhar a sorte com os mais po­bres e abandonados" - ganhou todo o sentido, ao ver-se a doação de jovens portugueses ao ideal missionário e à renovação da con­sagração de uma religiosa, assim como a presença dum Bispo com­boniano, do Brasil, que presidiu à celebração, e a presença do Bispo de Leiria-Fátima e de várias dezenas de sacerdotes.

Todo o ritual da ordenação foi marcado pela presença de vá­rios elementos africanos, desde o serem cobertos por panos tradi­cionais durante a prostração e canto das ladainhas, os motivos das suas vestes, com uma grande cruz e o mapa da África, com um co­ração (a África foi a grande paixão do fundador desta família reli­giosa), até a alguns cânticos e ritmos da liturgia.

O Pe. Jorge Miguel Pereira Brites é natural da Martinela, pa­róquia do Arrabal, e foi operador de computadores na "Gráfica de Leiria", onde deixou saudades e era muito estimado.

De "A Voz do Domingo"

Associação de Visitadores dos Estabelecimentos Prisionais de Leiria

"OS SAMARITANOS"

No ano pastoral que vai iniciar-se a Associação "Os Samari­tanos" tem programadas várias actividades no seu campo de acção, das quais destacamos:

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VIDA ECLESIAL

- Visita aos Pavilhões por parte dos Visitadores no dia dos Reis Magos e no Domingo de Pascoela, abrangendo também todo o pessoal de Serviço e os Senhores Guardas. Nesta acção entram outros Cristãos convidados além dos Visitadores;

- Representação Teatral da vida de Sto. Agostinho, S. João de Bosco, Frei Bartolomeu dos Mártires;

- Reuniões semanais nos Pavilhões; - Animação das Celebrações Eucarísticas, muitas vezes com

grupos corais vindos do exteriqr; - Adoração do Santíssimo Sacramento - Ocasionalmente; - Tempo de retiro para os Visitadores com a preocupação de

enriquecimento do Grupo com novos elementos. Todo este programa será executado em estreita ligação com

a Direcção do Estabelecimento e em cooperação com os Serviços de Educação e Reinserção;

O programa é comum a ambos os Estabelecimentos Prisio­·nais e à Zona Feminina do Estabelecimento Prisional Regional, embora com correspondentes adaptações;

P. Albino da Luz Carreira

PASTORAL DOS CIGANOS Programa de Actividades para 2003/2004

O nosso trabalho irá incidir preferencialmente sobre as ca­racterísticas e necessidades da comunidade cigana, à qual iremos dirigir-nos.

Não temos ouro nem prata, mas Jesus Cristo, a grande ne­cessidade do homem de hoje.

O lema orientador de Jesus Cristo é fazer "a vontade de meu pai que está nos céus".

O nosso trabalho de evangelização privilegiará os mandamen­tos da lei de Deus, a devoção a Maria e o amor à Eucaristia.

Tendo sempre presentes estes objectivos, propomo--nos:

1. - Pugnar pelos direitos dos ciganos, estabelecendo a ponte entre os detentores do poder local e as comunidades ciganas a quem dedicamos a nossa acção.

____________________________________________ 101

VIDA ECLESIAL

LI - Para procurar atingir esta meta, promoveremos acções de sensibilização adequadas.

2. - Prosseguir as nossas visitas quinzenais às famílias ciga­nas que são objecto da nossa preocupação, tendo em conta as suas necessidades específicas.

2.1- Para melhor concretizar este objectivo, aproveitaremos o cli­ma de bom relacionamento existente entre o nosso grupo e o dos ciga­nos, procurando incentivá-lo de acordo com o esquema que 'se segue:

a) - Inteirar-nos da realidade de cada família: número de fi­lhos, número de crianças em idade escolar, frequência ou ausên­cia escolar, situação das crianças relativamente ao sacramento do baptismo, situação económica, problemas de saúde .. .

b) - Iluminar esta realidade com alguns pontos de doutrina tirados dos temas escolhidos para este ano.

c) - Fazer-nos acompanhar de alguns géneros alimentícios, que serão distribuídos igualitariamente pelas diversas famílias.

d) - Promover celebrações ocasionais, nomeadamente por oca­sião dos Finados, Natal, Páscoa . . .

3. - Inserir os eventuais catequizandos nos centros de cate­quese existentes na paróquia, para evitar a segregação em que têm vivido e que nós temos alimentado. Para tanto, a equipa irá esta­belecer contactos com o pároco da Sé de Leiria, assim como com outros párocos que têm ciganos na sua Paróquia.

4. - Estabelecer contactos com os grupos de ciganos nómadaE que vão surgindo na nossa paróquia.

5. - Realizar um encontro anual com a comunidade cigana, convidando algumas autoridades civis e religiosas.

6. - Comemorar o dia do Cigano.

7. - Visitar ocasionalmente os ciganos presos.

Com este plano, tentamos alargar o espaço da nossa tenda conforme as palavras de Isaías (54,2): "Amplia o espaço da tua ten· da, desdobra o (eu constrangimento . . . "

A Direcçã(

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ESCOLA DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA DE LEIGOS

Diocese de Leiria - Fátima

ANO LECTIVO DE 2003 - 2004

* * *

Pensar a Fé - Iniciação Teológica (Novo Curso)

OBJECTIVOS

-Aproximar a Escola Teológica das Comunidades Paroquiais

- Prestar-lhes um serviço qualificado

- Promover a formação permanente dos agentes pastorais

- Oferecer a todos os interessados um espaço de iniciação à reflexão teológica

- Criar na Diocese um itinerário de formação teológica pro­gressivo e articulado:

1.0 nível: Pensar a Fé - Iniciação Teológica

2.° nível: Curso Geral de Teologia

DISCIPLINAS

1. Introdução à Bíblia

2. Introdução à Teologia

3. Introdução à História da Igreja

4. Introdução ao Mistério de Cristo

5. Introdução ao Mistério da Igreja

6. Introdução à Doutrina Social da Igreja

7. Introdução aos Sacramentos

8. Introdução ao Diálogo Fé e Cultura

103

ESCOLA DE FORMAÇAO TEOLÓGICA DE LEIGOS

Programa do Semestre I

Segundas-feiras

Introdução à Doutrina Social da Igreja

Dr. Luís Inácio João

21.00 h. - 23.00 h. - Marinha Grande

Outubro

Novembro

Dezembro

Janeiro

Fevereiro

13 20 27

3 10 17

1 15 22

5 12 19

2

Quartas-feiras

Introdução à Bíblia

Dr. Virgílio Antunes

24

26

21.00 h. - 23.00 h. - Sé de Leiria

Outubro 15 22 29

Novembro 5 12 19 26

Dezembro 3 10 17

Janeiro 7 14 21 28

Fevereiro 4

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ESCOLA DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA DE LEIGOS

Curso geral e Formação específica I. Curso Geral de Teologia

1 - Teologia Fundamental 2 - Introdução à Bíblia 3 - Antigo Testamento 4 - Novo Testamento 5 - Mistério de Deus (O Deus de Jesus Cristo) 6 - Cristologia (Quem és Tu, Senhor?) 7 - Eclesiologia (A Igreja Católica) 8 - Antropologia Teológica (Criados e Redimidos) 9 - Teologia Litúrgica (Reunidos no Senhor)

10 - Teologia Moral (Fé, Discernimento e Vida) 11 - Doutrina Social da Igreja. 12 - História da Igreja 13 - História das Religiões 14 - Fé e Mundo Contemporâneo 15 - Teologia Pastoral (Enviados pelo Senhor) 16 - Escatologia (A Caminho da Plenitude) 17 - Mariologia ("Eis a Tua Mãe")

II. Formação Específica

- Comunicaçâo Social - Actualidade da Mensagem de Fátima - Teologia da Vida Espiritual - Ordem, Paz e Felicidade em St.' Agostinho

III. Outras Iniciativas

Apresentação do Evangelho do ano: S. Lucas 30 de Novembro, 15hOO às 18hOO, - Ourém

Meditações sobre o mistério da Encarnação - 14 de Dezembro, 15h30- 17h30, Porto de Mós

Jornadas Teológicas: St.' Agostinho "leitor do nosso tempo" - 14-15 de Fevereiro de 2004, Seminário Dioc. de Leiria

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ESCOLA DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA DE LEIGOS

Programa Semestre I

Segundas-feiras

Teologia Pastoral - Dr. Adelino Guarda

19.00 h - 21.00 h

Outubro 6 13 20 27

Novembro 3 10 17 24

Dezembro 15

Janeiro 5 l2 19 26

Fevereiro 2 9

Quartas-feiras

Escatologia - Dr. Augusto Pascoa!

19.00 h - 21.00 h

Outubro 8 15 22 29

Novembro 5 l2 19 26

Dezembro 3 10 17

Janeiro 7 14 21 28

Fevereiro 2 9

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ESCOLA DE FORMAÇÃO TEOLÓGICA DE LEIGOS

Quintas-feiras

Teologia da Vida Espiritual

Frei Luís Oliveira

21.00 h. - 23.00 h.

Outubro 9 16 23 30

Novembro 6 13 20 27

Dezembro 4 n 18

Janeiro 8 15 22 29

Fevereiro

Matrículas

Por disciplina e por semestre.

É necessário

• Impresso próprio, disponível na Escola, na Sé de Leiria e na Paróquia da Marinha Grande

• Uma fotografia tipo passe, no acto da matrícula, (se pela primeira vez).

• Fotocópia de documento de habilitações literárias, (se pela primeira vez ou havendo alteração).

• 15 euros por uma disciplina

Alunos

- São alunos ordinários as pessoas com 16 ou mais anos e o 9.° ano de escolaridade ou equivalência.

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ESCOLA DE FORMAÇAo TEOLÓGICA DE LEIGOS

- São alunos ouvintes as pessoas com 16 ou mais anos, sem o 9.° ano de escolaridade.

Avaliações semestrais finais:

Último dia de aulas do semestre ou dia a marcar com os pro-fessores.

.

Inscrição As fichas de inscrição, disponíveis na paróquia da Marinha

Grande, Sé de Leiria e Escola de Formação Teológica de Leigos, devem ser enviadas até ao dia 03 de Outubro para:

Paróquia da Marinha Grande:

Cartório Paroquial

2430-247 MARINHA GRANDE

Tel: 244 567 477

Sé de Leiria:

Cartório Paroquial

2400-175 LEIRIA

Tel: 244 832 366

Escola de Formação Teológica de Leigos:

Seminário Diocesano de Leiria

2414-011 LEIRIA

Tel: 244 832 760

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A INVENTARIAÇÃO , ,

DO PATRIMONIO ARTISTICO E CULTURAL MÓVEL

NA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

Por decreto de 12 de Outubro de 1993, foi nomeada por D. Se­rafim de Sousa Ferreira e Silva, bispo de Leiria-Fátima, uma co­missão de inventário do património artístico e histórico da diocese de Leiria-Fátima: "Tendo presentes as repetidas recomendações para a conservação do património artístico e histórico da Igreja, bem como, pela negativa, episódicos descuidos, os diversos Conse­lhos e outros Serviços desta Diocese de Leiria-Fátima têm insis­tido para que seja feito um inventário, com todo O rigor científico, dos bens desta diocese particular. Para esse fim constituímos uma Comissão de trabalho que já começou a fazer o inventário cuida­doso do património cultural móvel, o que já fez em 13 paróquias, visitando todos os centros de culto e identificando, com registo e fotografia, os elementos da dita área de bens culturais móveis".

A comissão era constituída por: Mons. Cón. Dr. Manuel Lopes Perdigão, Mons. Cón. Henrique Fernandes da Fonseca, Cón. Dr. Américo Ferreira, Cón. Dr. Luciano Coelho Cristino, Pe. David Pe­drosa Gaspar, Dr. José da Silva Ruivo.

O Pe. David Pedrosa Gaspar não pôde participar nos traba­lhos, por falta de saúde, e o Dr. José da Silva Ruivo não os pôde acompanhar até ao fim, por motivos profissionais. Por motivos di­versos, um ou outro membro não pôde estar presente em algumas visitas. Na parte final dos trabalhos, acompanhou a equipa o Sr. José Almeida e Sousa, da secretaria episcopal.

Ainda antes da nomeação da comissão, começou a fazer-se, em Março de 1993, a planificação dos trabalhos, dirigida pelo Cón. Manuel Lopes Perdigão. Elaborou-se uma lista muito completa dos objectos a inventariar, lista que ainda foi aumentada no decor­rer dos trabalhos. Fez-se uma certa distribuição de "pelouros" dos elementos da equipa de inventariação: dois classificadores-descri­tores das peças de escultura, pintura, objectos litúrgicos, etc.); um

109

A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTlsTICO E CULTURAL

descritor da documentação arquivística e bibliográfica, manuscri­ta e impressa; um fotógrafo; um auxiliar.

Previamente, todos párocos da diocese foram prevenidos so­bre os trabalhos de inventariação, que, depois de devidamente clas­sificados, seriam postos à disposição de cada pároco. Com algum tempo de antecedência, foram acertadas as datas e horas das des­locações da equipa, e dadas algumas orientações práticas, de mo­do a que os trabalhos de campo decorressem sem perdas de tempo, e da melhor forma: o pároco deveria previamente contactar os con­selhos económicos das paróquias e as comissões das igrejas não pa­roquiais para alguns dos seus elementos estarem presentes no decorrer dos trabalhos.

Por opção, devido à escassez de tempo, decidiu-se proceder ape­nas à inventariação das peças antigas, isto é, as que tivessem mais de 30 anos (salvo algumas excepções). Os párocos eram, desde logo, convidados a elaborar um inventário mais minucioso de todos os ob­jectos existentes. Deviam elaborar uma lista de todos os lugares de culto existentes nas suas paróquias, mesmo os que não estivessem ao culto e informar sobre peças antigas, dispersas, na posse de par­ticulares, a qualquer título; juntar as imagens e outras peças a in­ventariar, mesmo as que já estivessem fora de uso, há muito tempo, e até as mutiladas, incompletas ou em pedaços, mesmo muito dani­ficadas; deslocá-las, se possível, dos locais de dificil acesso, desem­poeirá-las levemente. Foi fornecida previamente uma listagem bastante completa de peças a inventariar (esculturas, pinturas, gra­vuras, em quaisquer materiais ou técnicas, alfaias antigas, para­mentaria, guiões, bandeiras, pavilhões de sacrários, bordados ou de brocado, panos de seda e bordados antigos, mesmo de linho, cálices, patenas, píxides, relicários, custódias, castiçais, cruzes processio­nais ou de altar, peças de ouro e prata, como cordões, brincos, bro­ches; livros antigos: missais, rituais, sacramentários, breviários; livros de registo paroquial, rol de confessados, documentos da paró­quia ou das capelas, de confrarias e de outras associações de fiéis, mesmo já não existentes, livros de visitações, etc., etc.

Prepararam-se os instrumentos de trabalho: máquinas foto­gráficas; objectiva zoom e outras; filmes a cores em número sufi­ciente; tripé firme; panos de fundo para fotografar as imagens (um escuro para as imagens claras e um claro para as imagens ou ob-

1 1 0 ________________________________________ __

A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTíSTICO E CULTURAL

jectos escuros); armação de madeira com régua transversal para suspender os panos necessários; dois ou três apoios de madeira, para colocar as imagens de tamanhos diferentes; uma escada ou escadote; fitas métricas, etc.

Foi feita avaliação de custos: aquisição de materiais, desloca­ção e alimentação das pessoas.

Depois de consulta a instituições congéneres de outras dioce­ses, foram impressos milhares de fichas provisórias, nas quais constavam os seguintes dados:

Rosto: Espaço para uma prova fotográfica; n' de inventário; paróquia; localização; designação/assunto; época/data; matéria; marcas; dimensões (em centímetros): altura; perímetro, na cintu­ra e na base (esculturas); comprimento e largura (telas); n' da fo­to; n° do filme; n° do negativo.

Verso: Descrição (espaço amplo); estado de conservação; bi­bliografia.

Os trabalhos de campo iniciaram-se no dia 22 de Julho de 1993, com as visitas às paróquias de Vermoil, Meirinhas e Carni­de (concelho de Pombal), e terminaram na cidade de Leiria, no dia 24 de Janeiro de 2000, segundo um calendário que vai em anexo a este trabalho . .

Ao todo, fizeram-se 46 visitas, abrangendo todas as 74 paró­quias da diocese, isto é, uma média de 1,6 paróquias por visita, e 336 lugares de culto (dependentes da autoridade diocesana ou, me­diante prévio aviso, as entidades que aceitaram a inventariação), isto é, 7,3 por visita. De notar que muitas das peças inventariadas estavam guardadas nas residências paroquiais ou em outros lo­cais, para maior segurança. Em alguns casos, algumas peças es­tavam guardadas em bancos. Também foram inventariadas.

A Comissão do Inventário não procedeu à inventariação do património móvel do Santuário de Fátima nem dos lugares de cul­to ou outros da Cova da Iria, dependentes de congregações religio­sas ou de outras instituições. Quanto ao Santuário, já existe um inventário do património móvel, de interesse cultural ou não (ar­quivos, bibliotecas, colecções museológicas, gabinete de coleccio­nismos culturais), inventário que está a ser actualizado.

Ao todo, foram elaboradas 3.358 fichas, o que dá uma média de 73 fichas por saída, 45,4 por paróquia ou 10 por lugar de culto.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTISTICO E CULTURAL

Do total dessas 3.358 fichas, são de esculturas, 1.376; de al­faias religiosas, 1.145; de ourivesaria ou prataria, 947; de para­mentaria, 163; de pintura 74; de têxteis, 73; de cerãmica, 60; de talha, 59.

Do património arquivístico e bibliográfico, foi feito um pre­-inventário que ainda não está fichado nem devidamente classifi­cado.

Ainda em vida do presidente da comissão de inventário, foi feito um entendimento com O Centro do Património da Alta Estre­madura (CEPAE), em ordem a adoptar um modelo uniformizado na informatização das fichas deste património, trabalho que foi efectuado, e agora está a ser completado, especialmente no que respeita à revisão da atribuição de datas ou épocas; indicação de bibliografia, etc.

A ficha adoptada tem vários campos e sub-campos: tipo, re­colha, número da ficha, data da recolha, verificação, validação; des­crição específica; descrição geográfica; descrição cronológica; propriedade; utilização; tipo património cultural móvel; materiais e técnicas; dimensões; utilização; notas/fontes.

Um dos frutos felizes do inventário foi a realização de urna ex­posição, organizada pela Comissão de Arte e Património da Dio­cese de Leiria-Fátima, intitulada Santos da Casa, realizada na igreja de S. Pedro de Leiria, de 5 de Outubro a 13 de Novembro de 2002, com cerca de 40 esculturas de pedra de santos dos séculos XV e XVI. A base de selecção foram as cerca de 60 peças inventa­riadas pela comissão do inventário. De notar que nesta exposição não estiveram peças de escultura mariana da mesma época, que é muito mais abundante e que será objecto de uma outra exposi­ção, a realizar nos próximos anos. A exposição foi visitada por 2.036 pessoas.

Estão previstas outras exposições temáticas, nomeadamente uma sobre iconografia trinitária, no âmbito das celebrações do ano agostiniano, a realizar em 2004, 1650· aniversário do nascimento de S. Agostinho, co-padroeiro da diocese de Leiria-Fátima, por ser um dos maiores teólogos do mistério da Santíssima Trindade.

Numa comunicação, com data de 20 de Fevereiro de 2003, aos sacerdotes da Diocese de Leiria-Fátima, o Sr. D. Serafim de Sou­sa Ferreira e Silva enviou as "Normas Gerais sobre o Património

1 12 ________________________________________ __

A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ART!STICO E CULTURAL

Cultural" e informou que "o património móvel de maior valor ar­tístico e devocional da Diocese encontra-se inventariado", impor­tando agora "completar este trabalho com o inventário de cada comunidade, conforme o previsto nas mesmas Normas Gerais",

"Das fichas informatizadas, uma parte significativa das foto­grafias precisa de ser repetida" (ficaram sem qualidade, ou não fo­ram correctamente tiradas), o que está previsto ser feito agora, em suporte digital.

"O grupo de trabalho que irá fazer as fotografias e clarificar as dúvidas, fará também o inventário do património imóvel",

Luciano Cristina

Comunicação apresentada no Encontro Nacional dos Servi­ços Diocesanos de Bens Culturais, realizado em Fátima no dia 1 de Março de 2003, sob o tema "Da inventariação dos bens culturais da Igreja ao seu uso pastoral, a que se acrescenta o calendário dos trabalhos de inventariação.

Calendário da inventariação do património cultural móvel da Diocese de Leiria-Fátima

1993.07.22 - Paróquia das Meirinhas (Pombal) 1 - Igreja paroquial - São Francisco de Assis.

1993.07.22 - Paróquia de Vermoil (Pombal): 2 - Igreja paroquial (nova). 3 - Igreja paroquial (antiga). 4 - Capela da Ranha 5 - Capela dos Matos da Ranha. 6 - Capela de Santo António.

1993.07.22 - Paróquia de Carnide (Pombal): 7 - Igreja paroquial.

1993.09.27 - Paróquia de Serro Ventoso (Porto de Mós): 8 - Igreja paroquial. 9 - Capela de S. Silvestre.

____________________________________________ 1 1 3

A INVENTARIAçAO DO PATRIMÓNIO ARTlsTICO E CULTURAL

10 - Capela dos Casais dos Chãos. 11 -Capela da Bezerra. 12 - Capela do Chão das Pias.

1993.09.27 - Paróquia da Mendiga (Porto de Mós); 13 - Igreja paroquial.

1993.09.27 - Paróquia de Arrimal (Porto de Mós); 14 - Igreja paroquial (velha). 15 - Igreja paroquial (nova). 16 - Capela do Alqueidão. 17 - Capela do Arrabal.

1993.09.27 - Paróquia de S. Bento (Porto de Mós); 18 - Igreja paroquial. 19 - Capela da Chainça. 20 - Capela da Azelha. 21 - Capela da Cabeça das Pombas. 22 - Capela da Pia Carneira.

1993.09.27 - Paróquia da Serra de Santo António (Alcanena); 23 - Igreja paroquial.

1993.10.06 - Paróquia de Caxarias (Ourém); 24 - Igreja paroquial. 25 - Capela de Caxarias (antiga igreja paroquiaDo 26 - Capela da Barreira.

1993.10.06 - Paróquia de Casal dos Bernardos (Ourém); 27 - Igreja paroquial. 28 - Capela da Cacinheira - Santo António

1993.10.06 - Paróquia de Freixianda; 29 - Igreja paroquial. 30 - Capela da Perucha. 31 - Capela da Cumeada. 32 - Capela de S. Jorge. 33 - Capela do Arneiro. 34 - Capela da Charneca. 35 - Capela da Ramalheira.

1 1 4 __________________________________________ _

A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTíSTICO E CULTURAL

1993.10.06 - Paróquia da Ribeira do Fárrio (Ourém): 36 - Igreja paroquial 37 - Capela da Mata do Fárrio

1993.10.06 - Paróquia de Rio de Couros (Ourém): 38 - Igreja paroquial. 39 - Capela da Sandoeira. 40 - Capela do Casal Ribeiro. 41- Capela do Carvalhal.

1993.10.06 - Paróquia de Formigais (Ourém): 42 - Igreja paroquial - Casal da Igreja. 43 - Capela de Formigais. 44 - Capela da Botelha.

1993.12.15 - Paróquia do Olival (Ourém): 45 - Igreja paroquial (nova). 46 - Igreja paroquial (velha).

1993.11.10 - Paróquia das Colmeias (Leiria): 47 - Capela da Bouça. 48 - Capela da Igreja Velha. 49 - Igreja paroquial - Eira Velha.

1993.11.10 - Paróquia da Memória (Leiria): 50 - Igreja paroquial.

1993.11.10 - Paróquia de Albergaria dos Doze (Pombal): 51 - Igreja paroquial (nova). 52 - Igreja paroquial (antiga) (não visitada). 53 - Capela de Rugeágua. 54 - Capela da Gracieira.

1993.11.10 - Paróquia de S. Simão de Litém (Pombal): 55 - Igreja paroquial. 56 - Capela do AmaI.

1993.11.24 - Paróquia do Cercai (Ourém): 57 - Igreja paroquial. 58 - Capela do Ninho de Águia. 59 - Capela dos Vales.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTfSTICO E CULTURAL _____ _

1993.11.24 - Paróquia de Matas (Ourém): 60 - Igreja paroquial. 61 - Capela da Vesparia (nova). 62 - Capela da Vesparia (antiga).

1993.11.24 - Paróquia de Espite (Ourém): 63 - Capela da Cumieira. 64 - Capela da Freiria. 65 - Igreja paroquial. 66 - Capela de S. Paulo (Espite). 67 - Capela do Carvalhal. 68 - Capela do Arieiro - S. Bento.

1993.11.24 - Paróquia de Urqueira (Ourém): 69 - Igrej a paroquial. 70 - Capela do Amieiro. 71 - Capela do Resouro. 72 - Capela do Vale das Antas. 73 - Capela da Pederneira. 74 - Capela do Estreito (antiga). 75 - Capela do Estreito (nova).

1994.03.16 - Paróquias de Porto de Mós - S. João e S. Pedro: 76 - Capela do Bom Sucesso. 77 - Igreja paroquial de S. João. 78 - Igreja paroquial de S. Pedro. 79 -.Capela de Santo António. 80 - Capela de S. Miguel. 81 - Capela da Corredoura. 82 - Capela da Fonte do Oleiro. 83 - Capela da Ribeira de Cima. 84 - Capela do Tojal. 85 - Capela de N." Sr." dos Murtinhos (Cemitério) 86 - Capela do Livramento.

1994.03.16 - Paróquia de AIvados (Porto de Mós): 87 - Igreja paroquial.

1994.03.16 - Paróquia de AIcaria (Porto de Mós): 88 - Capela do Zambujal. 89 - Igreja paroquial.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTtSTICO E CULTURAL

1994.04.20 - Paróquia de Minde (Alcanena): 90 - Igreja paroquial. 91 - Capela de Santo António das Areias - Minde. 92 - Capela de S. Sebastião - Minde. 93 - Capela do Covão do Coelho. 94 - Capela de Capela do Vale Alto. 95 - Capela de Santa Ana.

1994.05.04 - Paróquia da Calvaria (Porto de Mós): 96 - Capela de S. Jorge. 97 - Igreja paroquial. 98 - Nicho da Calvaria de Baixo. 99 - Capela do Casal dos Relvas. 100 - Capela dos Casais dos Matos.

1994.05.04 - Paróquia de Pedreiras (Porto de Mós): 101 - Igreja paroquial (nova). 102 - Ig. paroq. (velha) (actualmente cap. mortuária). 103 - Capela da Cruz da Légua.

1994.05.04 - Paróquia de Aljubarrota - S. Vicente (Alcobaça): 104 - Igreja paroquial de S. Vicente.

1994.07.20 - Paróquia de Aljubarrota - S. Vicente (Alcobaça) (continuação): 105 - Capela de Nossa Senhora das Areias. 106 - Capela de S. João (Aljubarrota). 107 - Capela dos Casais de Santa Teresa. 108 - Capela da Ataíja de Cima. 109 - Capela da Ataíja de Baixo.

1994.05.04 - Paróquia de Aljubarrota - Nossa Senhora dos Prazeres (Alcobaça): 110 - Capela do Carrascal. 111 - Capela da Chaqueda. 112 - Capela da Lameira. 113 - Capela do Carvalhal. 114 - Capela dos Moleanos.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTtSTICO E CULTURAL

1994.05.18 - Paróquial do Juncal (Porto de Mós): 115 - Capela da Cumeira. 116 - Capela da Boieira. 117 - Capela da Cumeira. 118 - Igreja paroquial. 119 - Capela de S. Miguel do Peral. 120 - Capela do Vale de Água. 121 - Capela do Chão Pardo. 122 - Capela dos Casais Garridos. 123 - Capela do Andam. 124 - Capela de Picamilho.

1994.05.18 - Paróquia de Alpedriz (Alcobaça): 125 - Capela dos Montes. 126 - Igreja paroquial.

1994.06.15 - Paróquia de Alpedriz (Alcobaça) (continuação): 127 - Capela de Santo António. 128 - Capela da Ribeira do Pereiro.

1994.06.15 - Paróquia de Pataias (Alcobaça): 129 - Capela dos Pisões. 130 - Capela da Mélvoa. 131 - Igrej a paroquial. 132 - Capela do Cemitério. 133 - Capela das Paredes. 134 - Capela da Burinhosa. 135 - Capela da Martingança. 136 - Capela da Moita.

1994.07.20 - Paróquia de Mira de Aire (Porto de Mós): 137 - Capela do Covão da Carvalha. 138 - Capela de N." Sr." da Boa Morte - Mira de Aire 139 - Igreja paroquial (nova). 140 - Ig. paroq. (antiga) (transformada em museu).

1994.10.19 - Paróquia do Olival (Ourém) (continuação): 141 - Capela da Esperança (particular, sem culto). 142 - Capela da Conceição. 143 - Capela dos Tomaréis.

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------ ·A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTISTICO E CULTURAL

144 - Capela da Soutaria. 145 - Cap. da Qt.· dos Passos (particular, sem culto). 146 - Capela da Mossomodia (Quinta da S' da Guia)

(particular, sem culto). 147 - Capela da Barrocaria. 148 - Capela de Óbidos. 149 - Capela de Aldeia Nova.

1994.11.30 - Paróquia de Fátima (Ourém): 150 - Igreja paroquial. 151 - Capela de Nossa Senhora da Ortiga. 152 - Capela do Montelo. 153 - Capela de Boieiros. 154 - Capela da Maxieira. 155 - Capela do Casal Farto (particular). 156 - Capela da Giesteira. 157 - Capela da Moita Redonda.

Cova da Iria (não visitadas)

- Capela dos Padres do Coração de Maria - Capela das Dominicanas - Capela do Mosteiro de Pio XII - Rosário Perpétuo - Capela do Convento de Nossa Senhora do Rosário - Dominicanos - Capela do Seminário da Consolata - Capela do Seminário do Verbo Divino - Capela do Hotel do Verbo Divino - Capela do Colégio de S. Miguel - Capela do Carmelo de S. José - Capela da Domus Pacis (Exército Azul) - Capela dos Padres Monfortinos - Capela dos Padres Carmelitas (Descalços) - Capela do Beato Nuno (Carmelitas Calçados) - Capela das Concepcionistas - Capela das Doroteias - Capela do Colégio do Sagrado Coração de Maria - Capela das Filhas de Maria Mãe da Igreja - Capela das Filhas da Igreja

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A INVENTARIAçAO DO PATRIMÓNIO ARTlsTICO E CULTURAL

Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima: - Capelinha das Aparições - Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. - Capela de S. José. - Capela da Casa de Nossa Senhora do Carmo - Capela do Espírito Santo. - Capela de Nossa Senhora das Dores. - Capela do Imaculado Coração de Maria. - Capela dos Santos Anjos. - Capela do Sagrado Lausperene. - Capela da Sagrada Família. - Capela da Reconciliação. - Capela do Calvário Húngaro (Valinhos).

1994.12.14 - Paróquia de Ourém - Nossa Senhora das Misericórdias (Ourém): 158 - Igreja paroquial. 159 - Capela de Vilar dos Prazeres. 160 - Capela da Lagoa do Furadouro. 161 - Capela da Melroeira. 162 - Capela do Casal Branco. 163 - Capela do Sobral. 164 - Capela do Caneiro. 165 - Capela do Outeiro das Matas (nova). 166 - Capela do Outeiro das Matas (antiga). 167 - Capela do Sobral. 168 - Capela do Bairro.

1995.01.04 - Paróquia de Ourém - Nossa Senhora da Piedade (Ourém): 169 - Igreja paroquial. 170 - Capela dos Vilões. 171 - Capela do Alqueidão. 172 - Capela do Pinheiro. 173 - Capela do Vale Travesso.

1995.01.18 - Paróquia de Alburitel - (Ourém): 174 - Igreja paroquial. 175 - Capela de Nossa Senhora da Ajuda - Alburitel. 176 - Capela dos Toucinhos.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTlsTICO E CULTURAL

1995.01.18 - Paróquia de Seiça. (Ourém) 177 - Capela de Peras Ruivas. 178 - Capela da Valada. 179 - Capela das Fontainhas. 180 - Igreja paroquial. 181 - Capela da Quinta da Mota. 182 - Capela da Quinta da Olaia.

1995.06.14 - Paróquial de Gondemaria (Ourém): 183 - Igreja paroquial.

1995.06.14 - Paróquia de Atouguia (Ourém): 184 - Capela do Escandarão. 185 - Capela do Zambujal. 186 - Igreja paroquial. 187 - Capela das Fontainhas. 188 - Capela do Vale da Perra.

1995.07.15 - Paróquia de S. Mamede (Batalha): 189 - Capela do Areeiro. 190 - Capela da Perulheira. 191 - Igreja paroquial. 192 - Capela do Casal Vieiro. 193 - Capela do Vale das Barreiras.

1995.09.06 - Paróquia do Alqueidão da Serra (Porto de Mós): 194 - Igreja paroquial. 195 - Capela de Nossa Senhora da Tojeirinha

- Alqueidão da Serra 196 - Capela de Bouceiros. 197 - Capela de Casal Duro.

1995.09.27 - Paróquia do Reguengo do Fetal (Batalha): 198 - Igreja paroquial. 199 - Capela de Nossa Senhora do Fetal. 200 - Capela de Nossa Senhora da Consolação. 201 - Capela das Alcanadas. 202 - Capela das Torrinhas. 203 - Capela da Torre.

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A INVENTARIAçAo DO PATRIMÓNIO ARTíSTICO E CULTURAL _____ _

1995.10.18 - Paróquia da Batalha (Batalha): 204 - Mosteiro de Santa Maria da Vitória. 205 - Igreja da Misericórdia - (em recuperação). 206 - Igreja Matriz - Santa Cruz. 207 - Capela da Brancas. 208 - Capela da Cividade. 209 - Capela da Golpilheira. 210 - Capela do Senhor dos Aflitos - Golpilheira

1995.11.08 - Paróquia da Batalha (Batalha) (continuação): 211 - Capela da Rebolaria. 212 - Capela do Sobrado. 213 - Capela da Cela de Cima. 214 - Capela dos Casais dos Ledos. 215 - Capela e Mosteiro da Visitação (Faniqueira) 216 - Capela de Santo Antão. 217 - Capela da Jardoeira. 218 - Capela da Cela.

1995.11.22 - Paróquia das Cortes (Leiria): 219 - Igreja paroquial. 220 - Capelinha de Santo António. 221 - Capela da Reixida. 222 - Capela da Amoreira. 223 - Capela das Fontes. 224 - Capela de Famalicão. 225 - Capela de Nossa Senhora do Monte.

1995.12.06 - Paróquia da Azoia (Leiria): 226 - Igreja paroquial. 227 - Capela de Alcogulhe. 228 - Capela do Vale do Horto.

1995.12.06 - Paróquia da Barreira (Leiria): 229 - Igreja paroquial. 230 - Capela do Sobral. 231 - Capela do Telheiro.

1996.05.15 - Paróquia de Maceira (Leiria): 232 - Igreja paroquial

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTíSTICO E CULTURAL

233 - Capela de Santo Amaro - Maceira 234 - Cap. de N." Senhora da Barroquinha - Maceira 235 - Capela do Arnal. 236 - Capela do Vale Salgueiro. 237 - Capela da Costa do Cima. 238 - Capela da Costa de Baixo. 239 - Capela do Porto do Carro. 240 - Capela de Maceirinha. 241 - Capela de A-do--Barbas.

1996.05.29 - Paróquia de Maceira (continuação): 242 - Capela de Cavalinhos. 243 - Capela da Pocariça. 244 - Capela do Vale da Gunha. 245 - Capela de Maceira-Lis.

1996.05.29 - Paróquia da Marinha Grande (Marinha Grande): 246 - Igreja paroquial. 247 - Capela de S. Pedro de Muel. 248 - Capela de Nossa Senhora de Fátima (Afonso

Lopes Vieira). 249 - Capela da Garcia. 250 - Capela do Pilado. 251 - Capela da Amieira. 252 - Capela do Cemitério da Marinha Grande.

1996.06.19 - Paróquia de Santa Catarina da Serra (Leiria): 253 - Capela do Vale Sumo. 254 - Capela do Vale Tacão. 255 - Capela de São Guilherme. 256 - Igreja paroquial. 257 - Capela da Loureira. 258 - Capela da Chainça.

1996.07.03 - Paróquia da Caranguejeira (Leiria): 259 - Igreja paroquial. 260 - Capela de Santo António. 261 - Caldelas. 262 - Capela do Souto de Cima.

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A INVENTARIAÇAO DO PATRIMÓNIO ARTISTICO E CULTURAL

1996.07.03 - Paróquia de Arrabal (Leiria): 263 - Capela da Martinela. 264 - Capela do Freixial. 265 - Igreja paroquial. 266 - Capela do Soutocico.

1996.07.15 - Paróquial dos Milagres (Leiria): 267 - Igreja paroquial. 268 - Capela das Matas. 269 - Capela do Casal da Quinta. 270 - Capela das Figueiras.

1996.07.29 - Paróquia de Arcor (Leiria): 271 - Capela dos Barreiros. 272 - Igreja Paroquial. 273 - Capela do Casal dos Claros.

1996.07.29 - Paróquia da Bidoeira (Leiria): 274 - Igreja paroquial (antiga). 275 - Igreja paroquial (nova). 276 - Capela da Texugueira. 277 - Capela da Bidoeira de Baixo.

1996.07.29 - Paróquia da Boavista (Leiria): 278 - Igreja paroquial. 279 - Capela do Alqueidão.

1997.07.21 - Paróquia da Barosa (Leiria): 280 - Igreja paroquial (em reconstrução)

1997.07.21 - Paróquia de Parceiros (Leiria): 281 - Igreja paroquial. 282 - Capela de Pernelhas.

1996.07.29 - Paróquia da Boavista (Leiria): 283 - Igreja paroquial. 284 - Capela do Alqueidão.

1997.08.04 - Paróquia de Santa Eufémia (Leiria): 285 - Igreja paroquial. 286 - Capela de Casal Capitão.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTlsTICO E CULTURAL

1997.08.04 - Paróquia da Ortigosa (Leiria): 287 - Igreja paroquial. 288 - Capela de Riba de Aves. 289 - Capela da Lameira.

1998.04.29 - Capela da Bajouca (Leiria): 290 - Igreja paroquial.

1998.04.29 - Paróquia de Monte Redondo (Leiria): 291 - Capela do Casal Novo (nova). 292 - Capela do Casal Novo (antiga). 293 - Igreja paroquial. 294 - Capela da Sesmaria. 295 - Capela da Fonte Cova. 296 - Cap. do Grau (no território da dioc. de Coimbra)

1998.04.29 - Paróquia do Coimbrão. 297 - Capela da Ervideira. 298 - Capela do Pedrógão. 299 - Igreja paroquial.

1998.05.27 - Paróquia de Vieira de Leiria (Marinha Grande): 300 - Igreja paroquial. 301 - Capela da Praia. 302 - Capela da Passagem.

1998.05.27 - Paróquia de Carvide (Leiria): 303 - Igreja paroquial. 304 - Capela dos Moinhos (em construção)

1998.06.24 - Paróquia de Monte Real (Leiria): 305 - Igreja de Monte Real. 306 - Capela de Santa Rita de Cássia. 307 - Capela da Rainha Santa Isabel. 308 - Capela de S. João Baptista. 309 - Capela da Serra do Porto de Urso. 310 - Capela da Base Aérea.

1998.10.26 - Paróquia dos Marrazes (Leiria): 311 - Igreja paroquial. 312 - Capela dos Pinheiros. 313 - Capela da Gãndara dos Olivais.

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A INVENTARIAÇÃO DO PATRIMÓNIO ARTfsTICO E CULTURAL

314 - Capela do Janardo. 315 - Capela dos Marinheiros. 316 - Capela da Quinta da Matinha. 317 - Capela do Bairro das Almoinhas.

1999.05.24 - Paróquia dos Pousos (Leiria): 318 - Igreja paroquial. 319 - Capela do Vidigal.

1999.06.22 - Paróquia de Souto da Carpalhosa (Leiria): 320 - Igreja paroquial. 321 - Capela do Vale da Pedra. 322 - Capela de S. Miguel. 323 - Capela da Chã Laranjeira. 324 - Capela da Moita da Roda. 325 - Capela das Várzeas. 326 - Capela do Picoto. 327 - Capela de Arroteia. 328 - Capela da Carreira. 329 - Capela dos Conqueiros. 330 - Capela de Moita da Roda.

1999.09.20 e 27 - Paróquia da Sé de Leiria (Leiria): 331 - Sé de Leiria.

2000.01.10 -

2000.01.17 -

2000.01.24 -

332 - Igreja do Espírito Santo.

333 - Igreja de Nossa Senhora da Encarnação.

334 - Igreja da Misericórdia. 335 - Lar de N.' Sr.' da Encarnação (Misericórdia) 336 - Igreja de Santo Agostinho

Não visitadas: 337 - Convento de Santo António dos Capuchos 338 - Centro Pastoral Paulo VI 339 - Convento de S. Francisco (velho) 340 - Convento de S. Francisco (Portela) 341 - Igreja da Cruz da Areia - Santa Isabel

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BODAS DE PRATA DA ESCOLA DE CATEQUISTAS

Como começou a Escola de Catequistas

Introdução

Pediu-me o Padre Augusto Gonçalves para vir aqui relatar, bre­vemente, a génese da Escola Diocesana de Catequistas. Acedi, com gos­to, por dois motivos:

• Porque creio, ninguém ter dúvidas de que a criação da Escola Diocesana de Catequistas foi uma iniciativa altamente benéfica na for­mação dos catequistas da nossa diocese .

• E porque, que eu me lembre, nunca me referi expressamente a este assunto, em público, nem escrevi nada a tal respeito.

1 - Génese da Escola

É-me difícil falar da criação da Escola de Catequistas sem falar um pouco de mim e da minha passagem pelo Secretariado Diocesano da Catequese. Que me desculpem!

Em Setembro de 1970, foi-me confiada a animação do Secretaria­do Diocesano de Catequese, como então se designava. Substituía, assim, o Padre Manuel Lopes, pároco do Olival, que pedira insistentemente ao Sr. Bispo, D. João Pereira Venâncio, para ser dispensado deste trabalho.

Com a audácia, própria dos novos, tomei logo duas decisões: A de o Secretariado passar a distribuir os catecismos e demais ma­

terial catequético directamente às Paróquias, pelo facto de a percenta­gem dada ao Secretariado pela Gráfica de Leiria ser ridícula (apenas 5%) e não se dispor a dar mais.

A segunda. era a de promover no início do ano catequético um en­contro diocesano que fosse para todos os catequistas um grande des­pertar e lhes desse um forte alento na arrancada do novo ano de catequese. O primeiro Encontro Diocesano de Catequistas realizou-se no dia 15 de Novembro de 1970.

Cedo me apercebi de que a minha grande missão era a formação de catequistas. Usava-se. então, na formação destes o livro Curso de Iniciação Catequística, do Secretariado Diocesano de Catequese de Lis­boa. Ora, no decorrer do ano catequético 1970/1971 o Sr. Padre Henri­que Canas informou os Secretariados Diocesanos da Catequese da Zona

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BODAS DE PRATA DA ESCOLA DE CATEQUISTAS

Centro de que estava praticamente esgotado o livro do Curso de Inicia­ção e de que não fariam nova edição sem fazerem uma profunda revi­são do mesmo, o que ia demorar anos. Eu, que desejava tanto dar um novo impulso, na diocese, à formação de catequistas, não me podia con­formar com esta situação. Alguma coisa tinha de ser feito. E foi.

O ano pastoral 197V1972 foi um ano de intenso estudo e trabalho, pois foi o ano da criação do livro Mensageiros da Boa Nova que, aos pou­cos, ia sendo redigido, policopiado e dado. A primeira freguesia a rece­bê-lo foi Monte Redondo.

No ano seguinte, organizaram-se reuniões vicariais para a apre­sentação do Directório Catequístico Geral. Foi neste contexto, na apre­sentação dos Mensageiros da Boa Nova nas reuniões vicariais, que me apercebi melhor das insuficiências na minha preparação catequética e despertou em mim o desejo de ir estudar Pastoral Catequética em Paris.

Fiz urna primeira tentativa junto do Sr. Bispo, D. Alberto Cosme do Amaral, antes do início do ano lectivo 1974/1975, mas não resultou. Fiz nova tentativa no ano seguinte. O Sr. Bispo autorizava a minha ida desde que eu conseguisse alguém que assegurasse o trabalho do Secre­tariado, durante a minha ausência. Valeram-me os Padres Horácio Coe­lho Cristino e Agostinho Matias, que se dispuseram a fazê-lo - Deus sabe com quanta generosidade - durante todo o tempo em que estives­se em Paris, mas que eu continuaria com a responsabilidade do Secre­tariado. Fui para Paris, em Outubro de 1975, e durante todo o tempo da minha estadia em França, nunca mais me saiu da mente a preocu­pação com a formação dos nossos catequistas.

Tudo o que, no Instituto Católico de Paris, se dizia a respeito da for­mação de catequistas me interessava. Depressa tomei conhecimento da existência em França de escolas diocesanas de catequistas. Fui dedican­do uma especial atenção a estas escolas com que ia contactando, embo­ra indirectamente, ou seja, através de professores a elas ligados ou de colegas de estudo. Procurava saber quais os conteúdos nelas apresenta­dos e o modo como funcionavam. Aos poucos, fui-me convencendo da ne­cessidade da criação de uma escola, no género, na nossa diocese, e foi-se precisando em mim qual deveria ser o seu perfil, ritmo de encontros: �e­ria uma Escola com duas vertentes, uma mais teórica e uma outra mais prática, a funcionar de quinze em quinze dias, aos serões, das 21.00h às 23.00h, nos mesmos dias e horas da Escola dos Cursos de Cristandade, pois, desta maneira, facilitavam-se muito as deslocações. Ia partilhan­do todos estes meus pensamentos com os Padres Horácio e Agostinho. Os catequistas, que andam nestas lides da catequese há mais tempo - e estão aqui vários - recordam bem, certamente, a grande determinação,

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BODAS DE PRATA DA ESCOLA DE CATEQUISTAS

generosidade e capacidade de trabalho do Padre Horácio e a grande in­teligência e ponderação do Padre Agostinho. Assim, não foi preciso es­perar pelo meu regresso de Paris, e a Escola começou a funcionar, no ano 1977/1978, um ano antes de eu voltar à diocese.

II - Reconhecimento aos colaboradores e louvor a Deus

Peço licença para expressar publicamente o meu profundo reco­nhecimento aos grandes amigos Padres Horácio Coelho Cristina, pou­cos anos depois nomeado bispo auxiliar de Lisboa e que já partiu para o Pai, e Agostinho Matias. Aproveito também a ensejo para expressar o meu reconhecimento à Maria de Lurdes de Jesus Carvalho, hoje reli­giosa na Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Cora­ção de Jesus, que me acompanhou nos primeiros tempos, no Secretariado, à Maria Teresa Carvalho Brites e à Dra Belmira Louren­ço de Sousa. O meu reconhecimento ainda, às Irmãs do Bom Jesus, Isa­bel de Santa Face e Otília, todas da Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus que deram muito de si na for­mação de catequistas da nossa diocese, e a muitos outros Padres, Reli­giosas e Catequistas de quem recebi sempre o melhor apoio.

Louvo ao Senhor por tanto amor, dedicação e generosidade que me foi dado testemunhar durante os anos em que estive à frente do Secreta­riado. Louvo-O, especialmente, pela grande acção desenvolvida por esta Escola Diocesana de Catequistas, que foi certamente uma das mais be­las e fecundas iniciativas do nosso Secretariado Diocesano. Louvo-O por ter inculcado em nós - Padre Horácio, Agostinho e eu próprio - a vonta­de de ir por diante com a criação desta Escola Diocesana de Catequistas, porque, se há vinte e cinco anos se justificava a sua criação, ela se mos­tra, nos tempos que correm, ainda mais necessária, pois formar catequis­tas, é, hoje, mais urgente que nunca. E que alegria inunda todo o meu ser de homem e de padre, ao voltar a esta Escola catorze anos depois que a deixei, e poder contemplar esta plêiade maravilhosa de catequistas, mui­tos deles jovens!... Bendito seja Deus, hoje e para sempre!. . .

III - Mensagem para os Catequistas

Não posso terminar sem deixar para vós, caríssimos catequistas, uma mensagem de irmão mais velho e que, desde o seu primeiro ano de padre, sempre teve um grande amor à catequese, tal como vós tendes, também.

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BODAS DE PRATA DA ESCOLA DE CATEQUISTAS

Felizes sereis vós, Catequistas. se souberdes acolher. de maneira respeitosa e próxima, cada criança e adolescente e se os ouvirdes aten­ta e pacientemente até ao fim. Tais sementeiras não podem deixar de produzir frutos, e frutos abundantes.

Felizes sereis vós, Catequistas, se vos derdes de alma e coração as crianças e adolescentes, dedicando-lhes tempo e esforços: eles serão, no futuro, os continuadores da vossa missão e serão construtores de amanhãs mais humanos e fraternos.

Felizes sereis vós, Catequistas, se viverdes como lâmpadas acesas e se vos lançardes, com audácia e determinação, por caminhos novos, não vos deixando cair na mediocridade ou em lamentações estéreis.

Felizes sereis vós, Catequistas, se vos abalançardes pelos cami­nhos da santidade, convictos de que a santidade não só é possível em todo o tempo e circunstância, mas que ela é mais urgente que nunca, nesta sociedade indiferente, hedonista e secularizada.

Felizes sereis vós, Catequistas, se lançardes em cada dia, com re­novado ardor e entusiasmo, a semente à terra, sempre lembrados de que são uns os que semeiam, outros os que regam, outros os que colhem, mas que só Deus dá a vida e o crescix:nento. Porque hão-de os Catequis­tas ter a pretensão de colher sempre o fruto da sua sementeira? Ao ca­tequista basta a certeza de semear bom trigo, e não cizânia, no campo do Senhor. Não encontro melhores palavras que aquelas que me disse o meu primeiro vice-reitor do Seminário, o Dr. António Carreira Boni­fácio, quando na primeira quinzena de Janeiro de 1964 procurei junto dele uma palavra de luz e de ânimo, após ter sido indigitado para pá­roco do Coimbrão: "Tu vai. Procura semear. Não te preocupes com co­lher. Se não fores tu a fazê-Io, outros o farão. Agora, sem sementeira é que não há colheita possível." E trinta e nove anos depois, estas pala­vras estão vivas em mim, corno se as tivesse ouvido, hoje mesmo. Por isso, vo-las entrego, a cada um de vós, olhos nos olhos, a jeito de testa­mento: "Tu, tu e tu ... vai. Procura semear. Não te preocupes com colher. Se não fores tu a fazê-Io, outros o farão. Agora, sem sementeira é que não há colheita possível."

Para o Padre Augusto e Equipa do Secretariado Diocesano, nestas Bodas de Prata da criação da Escola Diocesana de Catequistas, vai a mi­nha última palavra, que só pode ser de um inequívoco e total apoio. Pra­za a Deus que, no futuro, esta Escola possa encontrar a mesma dedicação que mereceu por parte dos seus responsáveis desde a primeira hora da sua criação até aos dias de hoje!

Pe. Manuel dos Santos José

130 __________________________________________ __

SANTUÁRIO DE FÁTIMA RESUMO DAS CONTAS

REFERENTES AO ANO DE 2002

RECEITA ORDINÁRIA Valores em euros

Serviço de Alojamento . • • . . . . . . . . • • . .

Serviço de Administração:

Actividades Comerciais . . . . 914.180 € Ofertas . . . . . . . . . . . . . . . . 9.988.248 € Outras Receitas . . . . . . . . . 2.910.753 € Rendas de Prédios Urbanos 286.159 €

Total do Serviço de Administração

Serviço de Pastoral Litúrgica . . . . . • • • Serviço de Peregrinos . • • • • • . . . • • • • • . Serviço de Doentes . • • • • • • . . . . . . . . . . .

Total da Receita Ordinária • . . . • • .

RECEITA EXTRAORDINÁRIA

Serviço de Administração . . . • • • . . . . . •

DESPESA ORDINÁRIA

Reitoria . . . • • • • . . . . • . . • • . . . . . • . • . . . . Serviço de Ambiente e Construções . . . Serviço de Alojamento . . . . . . • • • . . . . . . Serviço de Associações . . . • • • • . . . . • • •

Serviço de Administração:

Fundo de Caridade . . . . . . . . 304.282 € Igreja em Portugal . . . . . . . . 435.000 € Conservação e Reparação . . 763.297 € Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 608.557 € Valinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.084 € Total do Servo de Administração • •

Serviço de Promoção e Preso Ambiente Serviço de Pastoral Litúrgica • • • • . . . •

1.215.104 €

14.099.339 €

12.871 € 75.639 € 10.193 €

15.413.147 €

374.831 €

41.321 € 78.972 €

1.097.908 € 22.957 €

2.173.220 €

249.254 € 480.602 €

____________________________________________ 131

SANTUÁRIO DE FÁTIMA ________________ �

Serviço de Peregrinos . . . . . . . . . . . . . . . Servo de Peregrinações Aniversárias . Serviço de Estudos e Difusão . . . . . . . . . Serviço de Doentes . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Total da Despesa Ordinária . . . . . .

DESPESA EXTRAORDINÁRIA

Reitoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Serviço de Ambiente e Construções:

Capelinha e Recinto . . . . . . . . . . . . . . . Igreja da Santíssima Trindade . . . . . . Outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Total do Serviço de Ambiente e Cons-truções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Serviço de Alojamento . . . . . . . . . . . . . . .

Serviço de Administração:

Terrenos e imóveis . . . . . . . . . . . . . . . . Edifícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fundo de Caridade . . . . . . . . . . . . . . . .

Total do Serviço de Administração

Serviço de Pastoral Litúrgica . . . . . . . . Serviço de Peregrinos . . . . . . . . . . . . . . . Serviço de Estudos e Difusão . . . . . . . . . Serviço de Doentes . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Total da Despesa Extraordinária .

Saldo geral do Santuário no ano de 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Em alojamento o Santuário ofereceu aos do-entes o equivalente a . . . . . . . . . . . . . .

273.583 16.099

188.946 41.837

4.664.699

162.333 €

61.125 € 580.656 €

12.903 €

754.684 €

47.536 €

157.803 € 270.367 €

80.255 € 986.976 € 268.870 €

1.764.272 €

23 230 € 3.080 € 9.240 €

453 €

2 764 827 €

8.358.451 €

175.789 €

Santuário de Fátima, 13 de Junho de 2003

132 _______________________________________ _

CLONAGEM, PROBLEMAS ÉTICOS

A Escola de Formação Teológica de Leigos, no âmbito da sua acção, tem efectuado várias jornadas sobre temas actuais e de in­teresse geral. No mês de Junho passado o tema em questão foi a problemática da Clonagem. Esta questão tem envolvido não só a comunidade científica em todo o mundo como tem provocado to­madas de posição dos mais diversos quadrantes sociais, políticos e religiosos.

Um dos temas abordados foi os problemas éticos que derivam da utilização da clonagem em seres humanos, para a exposição do qual foi convidado o Dr. Jorge Biscaia e cujo texto apresentado, pu­blicamos a seguir:

"A clonagem é no fundo a reprodução assexuada de mamífe­ros através duma técnica de transplantação celular ou nuclear pa­ra um ovócito cujo núcleo foi retirado.

Esta reprodução assim esquematicamente apresentada le­vanta como é evidente alguns problemas éticos fundamentais. A discussão ética prende-se antes de mais com o seu objectivo de ser uma clonagem para fins procreativos ou então de ter por finalida­de fins não procreativos. Esta última serviria unicamente para ob­tenção de células estaminais ou tronculares ou para simples experimentação fundamental.

Era bom recordar abreviadamente os passos da clonagem, que já certamente aqui foram apresentados, na medida em que eles podem ter importãncia para a nossa reflexão ética.

1 - Há uma célula somática, não germinativa - adulta ou fe­tal - que é reduzida à fase de totipotência.

2 - Um ovócito da mesma espécie a quem se retira por micro­cirurgia o núcleo.

3 - A fusão da célula totipotente com um ovócito sem núcleo através de descargas eléctricas (electroporação).

4 - Meio adequado onde se realizam as primeiras divisões ce­lulares até ao estádio de mórula ou blastocisto-140 células.

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CLONAGEM, PROBLEMAS ÉTICOS

5 - Implantação no útero de uma mãe hospedeira da mesma espécie. Seria este o caminho da clonagem dita para fins reprodu­tivos. No caso de não haver a implantação no útero as células en­tram em autólise. Contudo é possível retirar células isoladas (células vulgarmente chamadas de estaminais) dando origem a uma linha celular imortalizada.

6 - E assim estas células totipotentes podem dar origem a vá­rios tipos de células diferenciadas da ectoderme ,da mesoderme ou da endoderme ,podendo funcionar como bancos de órgãos.

7 - Porém há também células estaminais em órgãos adultos, medula óssea, sistema nervoso central e baço. Estas células são mais abundantes no sangue da placenta, no cordão umbilical e do embrião.

A simplicidade desta descrição não deve de modo algum esca­motear a enorme complexidade e a grande dificuldade de utilizar este método, principalmente para fins reprodutivos, na medida em que ele está cheio de insucessos, como de resto a clonagem que le­vou ao nascimento da ovelha Dolly, rapidamente envelhecida, bem exemplificou.

Por isso mesmo a clonagem reprodutiva, reprovada por to­das as instâncias mundiais, aparentemente não teria nenhum in­teresse científico e menos ainda interesse económico.

Contudo é evidente que há estranhas seitas, ou pretensos cien­tistas, que aparecem inúmeras vezes em sua defesa nas televisões e nas revistas de escândalos. Porém, ninguém até agora veio pro­var, com verificação independente, a real exiquibilidade económi­ca e científica da clonagem reprodutiva. Por outro lado a o aparecimento nos média ,que uns e outros assim obtiveram, repre­senta bem o que, transportadas que fossem as Tentações de Cristo para os tempos actuais, poderia ser hoje a 4." Tentação.

Diria o Diabo "Se me adorares dar-te-ei 10 minutos nas te­levisões de todo o mundo." Esta Tentação certamente que só não é referida na Bíblia ,porque este tipo de mediatização não era ain­da sequer sonhado, e por isso nunca teria sido incompreendida pe­los homens daquele tempo.

134 ________________________________________ __

CLONAGEM. PROBLEMAS ÉTICOS

Mas para além da inutilidade económica e científica deste ti­po de clonagem os seus problemas éticos são múltiplos.

Na clonagem reprodutiva há claramente uma tentativa de imitar o mito de Narciso como tão bem o descreveu numa conferên­cia em Marselha, François Mattei antigo Director do Centro de Bioética de Marselha e hoje Ministro da Saúde Francês.

Na realidade Narciso (Narkissos) enamorado da sua própria imagem acaba por deixar-se morrer. Embora a lenda fosse narra­da de vários modos conforme os seus autores Ovídio, Pausânias e lendas locais, por exemplo de Eubeia, o que Mattei quer significar é que o amor de si próprio é mortífero. (')

"Se é verdade que não se pode clonar nem a consciência de si próprio, nem a inteligência, o que subjaz à clonagem reprodutiva é o desejo de obter um outro si mesmo . . .

O argumento da biodiversidade que tem toda sua pertinência em Biología - a vida, para se manter e se propagar, precisa de uma gígantesca diversidade e diversificação - não parece relevante na ética , salvo se for considerado como reintrepertrado na base da própria ética, segundo a qual cada ser tem o direito de não ver a sua alteridade limitada à partida."

Mas, na procriação sexuada, não será a identidade limitada, à partida, pelo potencial genético dos pais?

"A diferença genética nunca é total e pode haver mesmo a pos­sibilidade de gémeos univítelinos praticamente iguais d ponto de vista genético .Mas o facto de ter dois pais (masculino e feminino) prova que a reprodução não é a reprodução do idêntico ao nível ge­nético e que o desejo humano é perverso quando procura amar uma imagem de si próprio.

Quando moralistas como Thevenót afirmam que um dos prin­cípios fundadores da ética é proibição da fusão, percebemos que a clonagem reprodutiva encarna do ponto de vista do desejo huma­no e do imagínário uma variante subtil da fusão psíquica. Neste sentido o clone é vítima do desejo consciente ou inconsciente de fu-

1. Mattei, Conferência no Congresso da AECEM de Marselha em 1999 e Michel Renaud - Cadernos de Bioética n." 22 de Abril de 2000. O clone humano pes­soa ou não pessoa.

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CLONAGEM. PROBLEMAS ÉTICOS

são por parte do ser clonante; ele não é querido por si próprio em função da alteridade inerente à sua identidade pessoal mas em vir­tude de ter nele um outro si próprio, cópia exacta do primeiro ('). "É evidente que a reprodução por clonagem atenta contra os direi­tos da criança de ter pais, masculino e feminino, e de possuir uma identidade genética pessoal embora tenhamos consciência de que não só não há um perfeito determinismo no código genético, mas também que a identidade pessoal é um conglomerado em que en­tram também a identidade psicológica, cultural, afectiva, pois não há pessoa sem o encontro com outras pessoas sejam elas familia­res ou não. Na realidade o filho não é um direito mas um dom. Um dom que se aceita mas que desde logo deve ser criado para a auto­nomia e para a liberdade que só pode existir se lhe for permitido ser um si próprio.

Para além da enorme instrumentalização que representa o ter sido produzido para ser uma impossível perpetuação de um ou­tro pode ser bem pior do que isso. O clone pode ter sido a tal pon­to degradado que foi pensado unicamente como mero banco de órgãos compatíveis, para um eventual transplante.

Porém o clone obtido com fins reprodutivos nunca poderá ser mais do que um gémeo assícrono já que ele provém duma célula na qual, apesar da sua redução à totipotência, continuarão marcados, na região telomérica dos cromossomas, os sinais do tempo já vivi­do, as marcas de uma geração anterior. No processo de regressão nuclear esta espécie de relógio biológico não volta ao ponto zero.

Por outro lado O Clone, à partida, nunca poderá ser um filho do amor que pressupõe a liberdade do outro, já que ele tem como fim servir ou ser, a imagem de si.

Como dizia novamente Michel Renaud, citando O extraordiná­rio livro de Ricoeur Sai -même COIDme un autre:

"Em vez da pessoa se apreender a si própria como um outro, a clonagem permite e perverte o sentido ético desta tese, na medi­da em que o eu procura apreender-se a si próprio um outro (indi­víduo), como um si próprio não outro",

2. Ibidem.

1 36 __________________________________________ __

CLONAGEM. PROBLEMAS ÉTICOS

Mas que dizer quanto aos problemas éticos da clonagem não reprodutiva aquela que é realizada unicamente para obter, atra­vés dela, células estaminais que sirvam para tratar doenças como Parkinson, Alzheimer ou outras ?

O primeiro problema a considerar é o de reflectirmos se a es­trutura embrionoide obtida pela clonagem que não se destina a re­produção, mas antes a ser utilizada para dela se extraírem células estaminais, é ou não um embrião humano.

Ora que é um embrião humano? No fundo, normalmente, é alguma coisa que resulta da fusão

de duas células que formarão assim um novo ser com um novo có­digo genético que caracteriza a espécie humana.

Essa fusão realiza-se habitualmente dentro das trompas. Porém, como todos hoje sabemos, o embrião pode eventual­

mente ser obtido por fecundação in vitro (fora do corpo materno) e aí evoluir até à fase de blastocisto, que uma vez introduzido no útero, se irá desenvolver até ao nascimento.

Mas acontece que muitos desses embriões, porque foram pro­duzidos em excesso, ficam no silêncio da arca de ultracongelação. A sua única relação com um outro reside na memória que deles têm os pais que sabem que possuem um filho, algures, na profun­didade do frio.

Uns, esquecidos por longos anos, serão condenados à destrui­ção. Um ou outro terá a possibilidade de que os pais genéticos ne­cessitem de uma nova gravidez e os utilizem. Poucos receberão uma adopção por um útero, de alguém que os deseje e ame como filhos. A maioria serão possivelmente utilizados para experimen­tação fundamental, antes de serem destruídos como restos inúteis.

Estes diferentes destinos ou este abandono não nos deve fa­zer esquecer que eles são antes de mais uma frágil vida humana que, uma vez colocada em situação de acolhimento uterino, reali­zará o projecto que desde sempre contém em si.

Ora o respeito pela vida não deve depender da sua pequenez, nem da sua dependência, nem sequer do tempo em que existiu, mas da dignidade intrínseca que ela contém em si mesma.

O tecido embrionoide resultante da clonagem, embora de rea­lização técnica mais complexa do que a fecundação in vitro não perde a sua origem humana. Todos sabemos que não provém di-

_________________________________________ 137

CLONAGEM, PROBLEMAS ÉTICOS

rectamente de gâmetas masculinos e femininos (e já discutimos a gravidade ética desse facto), mas nem por isso o seu código gené­tico deixa de ser um código genético próprio do homem, Também o facto de, nesse clone humano, se não pretender a implantação uterina, não afecta a sua qualidade intrínseca. Do mesmo modo, um embrião in vitro, criado a partir de gâmetas de um homem e de uma mulher ,mas destinado à experimentação, não perde a sua dignidade por esse razão única. Se porventura a sua criação se des­tinar unicamente à colheita de células estaminais não deixa de ser tão eticamente condenável como a instrumentalização de qualquer outra vida humana.

Esta reprovação ética da produção de embriões, por clonagem ou fecundação in vitro, unicamente para utilização de células es­taminais não depende por isso do seu fim como de eventual ajuda a uma pessoa doente a que se podem destinar. Penso que, de mo­do algum poderemos defender uma ética utilitarista, em que a dig­nidade da pessoa seja posta em segundo plano.

E isto é tanto mais importante, quanto mais pequena, quan­to mais dependente é essa pessoa e seja qual for o estado evoluti­vo em que ela se encontre.

O nosso olhar ao reconhecer o homem no mais pequeno reco­nhece a Humanidade de quem olha.

A nossa dignidade de humanos é também assim confirmada pela qualidade do nosso olhar sobre os outros."

Jorge Biscaia

Bibliografia

Archer, Luis - Novos Desafios da Bioética - Coordenação de Luis Archer, Jorge Biscaia, Michel Renaud e Walter Osswald -Porto Editora Outubro de 2001.

Renaud-Michel - Clone pessoa ou não pessoa - Cadernos de Bioética n.' 22 - Abril de 2000.

Ricoeur, Paul - Soi-même comme un autre - Editions Seui!. Paris 1990.

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«A MINHA ALMA GLORIFICA/ENALTECE

O SENHOR» Na peregrinação de 12-13 de Julho de 2003, a Fátima esteue

na presidência das celebrações oficiais o Sr. Cardeal James Fran­cis Stafford, que visitou pela segunda vez o Santuário (a primeira foi em 1955), tendo estado nos Valinhos e com a Ir. Lúcia.

Transcrevemos a homilia que fez no' dia 13, como segue:

L O Evangelho descreve a Visitação. A Nossa Mãe Bendita, Maria de Nazaré, deixa Nazaré à pressa. Ela visita a casa de sua parenta Isabel na Região montanhosa da Judeia, perto de Jerusa­lém. A partida súbita é o resultado da sua obediência às palavras do Anjo, que lhe tinha dado as seguintes instruções: "Também a tua parenta Isabel concebeu um filho na sua velhice e este é o sex­to mês daquela a quem chamavam estéril".

Ao entrar em casa de Isabel, Maria saúda-a. Diz o Evange­lho que, ao ouvir a saudação de Maria, o menino saltou de alegria no seio de Isabel. Notem bem cada palavra. Isabel foi a primeira a ouvir a voz de Maria, mas João foi o primeiro a ficar ciente do fa­vor divino; ele foi o primeiro a notar a presença de Jesus, o Salva­dor, no seio de Maria. Isabel ouviu de um modo natural, com os seus ouvidos. João saltou de alegria por causa do Mistério. Isabel vê Maria vir; mas João vê o Advento, a vinda do Senhor.

João, que é o maior dos profetas, vê e ouve mais perspicaz­mente que sua mãe. Ele saúda o príncipe dos profetas. E como não pode fazê-lo com palavras, salta no seio para mostrar a grandeza da sua alegria. Como interpretar este imenso mistério de João den­tro do seio materno a saltar de alegria na presença do seu Rei? Quemjá alguma vez conheceu tal arrebatamento de alegria antes de nascer? A graça fê-lo conhecer coisas que eram desconhecidas à natureza. Só a graça pode explicar tal fenómeno. Fechado no seio, o soldado reconheceu o seu Senhor e Rei que estava para nascer, a capa do seio materno não ocultou a sua visão mística. Porque João viu Jesus, não com os seus sentidos, mas com o seu espírito.

139

.A MINHA ALMA GLORIFICAlENALTECE O SENHOR.

o traçado das missões de quatro pessoas, de Maria e Jesus, de Isabel e João leva-nos a reconhecer a presença activa do Espí­rito Santo. O facto de Isabel rezar "com voz alta" as palavras de Ave-Maria, "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre" é, como sempre na Bíblia, o sinal de que Deus fala através da boca da mãe.

Toda a cena é uma única inspiração, contendo múltiplas ar­ticulações. O Espírito de Deus cai na vertical desde cima, nas re­lações horizontais entre as pessoas. É o Espírito quem motiva as relações entre os quatro, dando-lhes plenitude, profundidade, res­sonãncia. "Isabel ficou cheia do Espírito Santo", só depois de a criança ter saltado de alegria dentro dela. João já recebera a mis­são de ser escolhido percursor do Messias.

O verdadeiramente belo aqui é o facto de Isabel, pelo seu pró­prio fruto, perceber como é abençoado o fruto de Maria, e que é Ma­ria, e não ela, quem é por isso bendita, porque Maria acreditou no que lhe foi dito por parte do Senhor".

2. Isabel acrescenta, "Bendito é o fruto do teu ventre". Cristo é declarado ser o fruto do ventre de Maria. O corpo de Jesus é o fru­to procedente da própria substância da árvore, de sua Mãe .. . E to­do o fruto é da mesma natureza da árvore-mãe: daqui se segue que a Virgem Maria era da mesma natureza do Segundo Adão, seu Filho, que tira o pecado do mundo.

3. Maria responde a Isabel: "A minha alma glorifica o Senhor". Maria tinha ouvido que o fruto do seu corpo seria o prometido de Israel. Assim ela confirma que as maravilhas prometidas por Deus foram realizadas no seu corpo. Contudo a sua alma não será sem fruto perante Deus. Porque Maria oferecerá o fruto da sua vonta­de. Quanto mais ela serve este mistério que está dentro dela, mais ela glorifica Deus, que realiza nela estas maravilhas.

Mas o Senhor não pode receber aumentos e diminuições. En­tão como é possível que o Senhor possa ser enaltecido? Qual o sentido das palavras de Maria: "A minha alma glorifica o Se­nhor"?

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«A MINHA ALMA GLORIFICAlENALTECE O SENHOR,.

São Paulo diz na sua Carta aos Colossenses (1:15) que o Se­nhor nosso Salvador é a "imagem do Deus invisível". Também é verdade que a alma é feita à imagem de Deus para que a alma possa ser descrita como imagem da eterna Imagem que é o Se­nhor Deus. Assim é-nos possível glorificar ao Senhor, para fa­zer o Senhor crescer. Como? Quando, à semelhança daqueles que pintam imagens, fizermos a nossa alma grande em pensa­mento, palavra e acção, então a imagem de Deus será feita gran­de; e o próprio Senhor, cuja imagem é, será enaltecido na nossa alma.

4. Nos Evangelhos, Maria, a Mãe do Senhor, é conduzida por um mistério duplo; como serva, ela deseja desaparecer da vista, mas como portadora do Verbo de Deus, ela é destinada a vir em to­tal proeminência. "Todas as gerações me hão-de chamar bem­-aventurada". No "Magnificat" ela une--se a ambas as coisas: todas as gerações a proclamarão bem-aventurada e nunca deixarão de a admirar; mas ela própria olha só para Deus.

Esta é a mensagem de Maria em Fátima. Maria pede que os seus filhos façam reparação a Deus pelos seus pecados. Desde a altura em que começou a pedir insistentemente que a Igreja se preparasse para o Ano Santo, João Paulo II apelou à Igreja a fa­zer reparação pelos pecados dos católicos ao longo de séculos. Foi especialmente na Quaresma do Ano Santo que o Papa pediu per­dão e fez reparação pelos pecados do passado. Parte da sua inten­ção era para cumprir o desejo da Nossa Mãe bendita, Maria de Fátima. Por isso um dos frutos da nossa peregrinação a este san­tuário de Nossa Senhora é que nos decidamos a fazer reparação pe­los nossos próprios pecados e pelos pecados de todos os membros da Igreja.

Por isso pedimo--Vos, Santa Mãe: orai por nós, pecadores, ago­ra e na hora da nossa morte. Amen.

t Cardeal James Francis Stafford

Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos

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NOTA EPISCOPAL SOBRE OS INCÊNDIOS

Comunico que o Senhor Núncio Apostólico em Lisboa, Dele­gado do Papa em Portugal, telefonou a solidarizar-se com todos os que directa ou indirectamente sofreram e estão a sofrer com a tra­gédia dos incêndios.

Também eu me associo, com todo o empenho de cidadão e de cristão. Nesse sentido, tenciono simbolicamente celebrar a Missa das 11 horas do próximo Domingo, em Fátima por esta intenção.

Formulo votos para que aumente atempadamente a preven­ção e se intensifique adequadamente a vigilãncia, para que tais dramas, que não são totalmente inevitáveis, possam ser evitados ou atenuados.

Rezo para que os homens da ciência e do poder, em vez de construírem mísseis, ditos inteligentes e que são sempre loucos, de destruição e morte, queiram investir mais na promoção e defe­sa dos bens da natureza e da vida.

Manifesto apoio e aplauso aos milhares de bombeiros, militares e voluntários, que sacrificadamente têm lutado para o bem comum.

E rezo especialmente pelas vítimas mortais, porque a vida temporal tem acidentes e transforma-se, mas não acaba.

Leiria, 4 de Agosto de 2003.

t D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva

N. R- - A Presidência da Conferência Episcopal Portuguesa publicou em 6 de Agosto de 2003 uma nota, da qual salientamos:

"Há certamente, margem para novas políticas de estruturação e defesa das florestas. Mas nada substitui a responsabilidade pes­soal e o apreço de cada um por um bem que é de todos. Neste esfor­ço por criar uma nova atitude cultural, inspiradora de uma responsabilidade ética, todos devem participar e a Igreja não recusa o seu papel específico. O respeito e o apreço pela criação faz parte constitutiva da fé cristã. O Deus, a quem chamamos Pai e que nos sal­vou em Jesus Cristo é o mesmo que continuamente embeleza a nos­sa vida com o dom da criação. Possa Ele trazer o dom da consolação a todos os que, nestes dias, sofrem a angústia, o susto e o abandono",

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

o Dr. Horácio José Silva Lopes, Médico, da Comunidade Emanuel, fez uma recolecção (orientou) ao Clero no dia 7 de Abril, em Fátima. Possuímos o texto integral da reflexão que fez e foi mui· to apreciada.

A primeira parte versa o tema da vocação I opção. Transcreve· mos a segunda parte, que foca aspectos de tentações I contradições.

Uma coisa a que nos fomos habituando cada vez mais é o mé­todo de funcionamento da sociedade capitalista baseada no consu­mo e operando segundas leis de mercado.

Desde que a pessoa, na sua unicidade e santidade de vida, foi banida do centro da sociedade, o mundo roda sem qualquer orien­tação, movendo-se sem rumo num contexto desconhecido e cada vez mais dificil de objectivar.

O pior é que nós já assumimos como certos e apropriados de­terminados estereótipos de comportamentos, muito "estranhos" ao respeito pelo ser humano, mas de tal forma tornados comuns que já não nos fazem sequer pensar. Vejamos alguns, dos que me pa­recem ser os principais.

1. O consumismo

Pouco a pouco a Igreja Ce digo, com isto, cada um de nós, pes­soal e institucionalmente) foi fazendo aliança com o sistema capi­talista .. . Vamos integrando os processos de negociação de regalias e de reclamação de direitos, e deixando para segundo plano a pes­soa. Preocupam-nos os números, os subsídios, a efic*cia, os meca­nismos, as leis . . . mas sempre por boas razões: sempre pelo zelo pastoral e pela preocupação do bom funcionamento dos nossos pro­jectos e sistemas.

Assim, será a mesma Igreja que "proíbe) o trabalho renume­rado ao Domingo a que d* trabalho a dezanas de pessoas ao Do­mingo: desde as livrarias às casas religiosas . . . Acusamos os Hipermercados e as f*bricas por causa da ganância . . . e dizemos que em nós é "zelo pastoral"; mas não promovemos medidas de acompanhamento pastoral para essas mesmas pessoas depois.

143

o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

Usamos de dois pesos e duas medidas e ainda nos mostramos indispostos quando alguém parece querer levantar alguma objec­ção à nossa forma de funcionar e trabalhar. As injustiças Laborais estão aí, debaixo dos nossos olhos, praticados pela Santa Madre Igreja. E não vale a pena citar exemplos mais concretos.

Em todos nós, a vivência e a experiência destas formas de vio­lência (porque é assim que a nossa consciência acaba por as inter­pretar) provocam fracturas profundas e tomam o nosso ser fragmentado e desestruturado. E esta desestruturação contínua tem que ser reparada, sob o grave risco de poder causar a nossa própria destruição enquanto pessoas . . .

Há aqui, uma vez mais, um mecanismo demoníaco que con­segue voltar contra o homem aquilo que deveria ser a sua maior fonte de alegria.

O intuito muito próprio, o fundamento único da Igreja é o de continuar a missão do próprio Cristo até a consumação dos sécu­los . . . e é próprio do pai de toda a mentira fazer com que o exercí­cio pastoral se torne fonte de agressão, de violência e de ferida. Isto deve também fazer-nos pensar o quão necessário se toma criar lugares de acolhimento e ajuda aos feridos da vida, que foram atin­gidos pelos disparos do inimigo ao longo da jornada. Ajuda frater­na, humana, psicológica e espiritual.

2. O abandono da Pessoa como centro

O império do usar e deitar fora" implantou-se no mais profun­do da nossa maneira de ser e agir, e transformou-se numa rotina, moralmente justificada e eticamente integrada. Deixou de nos cau­sar estranheza e já não apela ao nosso sentido crítico.

Rapidamente, dos bens e serviços, esta mentalidade consumis­ta passou a dirigir-se ao próprio Homem. Cada vez mais se assiste ao sacrificio das pessoas para satisfazer as exigências dos postos e lugares, da produção e da eficácia, da economia e do mercado.

O mais grave é que esta forma de funcionar atinge também ca­da vez mais a pastoral. Esta deixa de estar centrada na pessoa a quem se dirige e de quem provém (que é o próprio Cristo, na pessoa de Je­sus e na dos que, hoje em dia, constituem o Seu corpo místico), para passar a estar centrada na tarefa, na realização, na instituição . . .

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

As pessoas, no ambito da própria pastoral, tornam-se descar­táveis .. . são seleccionadas mediante a moda e rejeitadas pela mo­da seguinte . . . E nós bem sabemos que fazemos mal (ou, enfim, ainda bem que algumas vezes sabemos!), mas não temos força su­ficiente para mudar o sistema. Por isso, ao fim de algum tempo, acabamos por integrar que o modus operandi é este .... e assumi-mos que o próprio Deus e a Igreja nos tratam assim .. .

Isto equivale a dizer que acreditamos que a escolha que recaiu sobre nós é inconstante. E quando Deus nos substitui por qualquer ou­tro, quando isso Lhe aprouver, lemos isso como uma rejeição: assumi­mos que passamos de preferido a preterido, de escolhido a rejeitado, e isso parece-nos normal (no sentido em que nos acostumamos a que o nosso funcionamento habitual com as pessoas na pastoral seja es­se). Como a nossa preocupação pastoral passou a ser o "tapa buracos" da fun,cão e do lugar e deixou de ser a perspectiva da caminhada penmanente da pessoa em busca do seu maior bem, não compreendemos que Deus nunca nos rejeita, antes sempre nos escolhe para outra coisa diferente ... para o nosso maior bem e dos nossos irmãos e da Igreja e do Mundo.

3. O segundo apelo e a resposta

o acumular dos anos e das experiências traz consigo, inevi­tavelmente, o cansaço e a fadiga. Começam a acumular-se elemen­tos estranhos nas "engrenagens", que aprofundam o sofrimento e perturbam o funcionamento. Tudo o que no início era espontaneo e jorrava da comunhão simples e próxima com Deus, por acção do Espírito, parece agora uma tarefa pesada e dificil, penosa para nós e para os outros. E fica-nos, por vezes, a sensação de ter que lutar com tudo e com todos para seguir adiante ... Então, nesta "noite es­cura da alma", abre-se à superficie a brecha há já muito escava­da subterraneamente, da dúvida e da incerteza, que se nos tornam insuportáveis.

O risco do desgaste é trazer à nossa vida a armadilha da mediocridade na santidade. Esta é uma etapa decisiva na vida cristã ... na vida espiritual. .. onde se joga uma bata· lha entre o campo da heroicidade na caridade e o da medio­cridade ... entre o campo da Cruz ou o de um certo conforto

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

(legítimo, mesmo!) ... entre a santidade ou uma fidelidade realmente honesta (mas não mais que isto!).

Aprender a ultrapassar com Cristo as sucessivas eta­pas do seu próprio crescimento em nós é tão fundamental quanto dar o primeiro passo na resposta ao Senhor, que é apenas e simplesmente uma destas etapas.

Perante esta profunda desconfiança e incerteza relativas ao nosso apelo e à escolha de Deus, várias possibilidades de respos­tas nos sâo patentes, e as escolhas variam conforme as pessoas e as circunstancias. Vejamos quais:

4. A desistência ... O abandono.

Estudos recentes quanto ao abandono do sacerdócio na Europa aponta para a incapacidade de gerir a desilusão como o principal res­ponsável pela falta de perseverança, sobretudo dos jovens padres.

A decisão de desistir não é uma coisa fácil de assumir. Embora nós nos consolemos entre nós dizendo que "desistir é próprio dos fra­cos", sabemos bem que somos injustos e falsos ao condenar de forma tão leviana tantos amigos, irmãos e companheiros que foram e são e serão muito melhores do que nós a todos os níveis (humano, intelec­tual, espirituaL). Só por desígnio da misericórdia divina podemos compreender que nós não tenhamos ficado na beira do caminho . . .

É necessário que aceitemos saber que também nós nos cansa­remos um dia . . . e que isto é normal e se repetirá vezes sem conta. E que assumamos que o-que menos necessitamos nesses momen· tos são palavras e conselhos pseudo-psico-espirituais, mas de um ombro e de um coração atento, que nos acolha e onde sabemos que sempre que procuramos encontraremos refúgio e abrigo . . . e seja para nós ícone e sacramento do Coração de Deus.

Neste ponto é de capital importância que nos decidamos a as­sumir até ao fim as consequências de ter escolhido seguir um Deus que não dispensa a mediação humana. Ser-nos-ia muito mais con­fortável ter apenas e exclusivamente o "canal directo" da relação pessoal com Deus, e dispensar o sacramento da Igreja, a teofania do outro·, a mediação que, sendo única e total e exclusiva e irrever­sivelmente feita pelo Cristo, continua por essa razão a fazer-se através do Seu corpo realmente vivo e presente que é a Igreja, no

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

seu todo colectivo e institucional, e na pessoa de cada um dos nos­sos irmãos e irmãs.

Há que pedir ao Espírito que dá a Vida e acolher de coração das mãos de Deus aqueles e aquelas que, por virtude da Sua infi­nita e providente bondade, Ele colocou no nosso caminho para se­rem as estrelas que vão conduzir-nos a Belém e ao Salvador. Não desperdicemos nenhuma destas estrelas, nem nos deixemos con­vencer que já não precisamos de guias.

Responder a Deus não equivale a cumprir o modelo de santi­dade que eu tenho na minha cabeça nem o plano que tracei no meu coração, mas a ser o que Ele quer de mim ... e isto implica sempre um aceitar que a grandeza do dom de Deus possa e queira assen­tar na fragilidade do nosso barro: a nossa vocação é a de ser Ho­mens de Deus, e dispostos a segui-Lo até ao fim.

5. O"carreirismo"

Embora a palavra seja "forjada" para a ocasião, compreen­dem do que estou a falar . . . e reconhecemos todos o significado prá­tico desta possibilidade de resposta, que é uma das estratégias de "sobrevivência" ao cansaço e à desilusão . . .

Vou acumulando títulos, diplomas, medalhas e reconheci­mentos, para estar certo de ter o meu lugar assegurado. Esta ati­tude é muitas vezes sustentada pelo funcionamento das estruturas pastorais, que parecem construídas para premiar car­reiras: as paróquias "topo de gama" onde só se chega já com mui­ta idade .. . e que, por vezes precisariam tanto de um pároco mais jovem e dinâmico, mesmo correndo o risco de uma mais deficitá­ria formação teológica e humana . . . . Os assentos nos Conselhos, as nomeações de responsabilidades pastorais, nos movimentos, nos Seminários, etc . . .

Cremos que mais importante que a pessoa, a missão ou o ca­risma, é a estrutura . . . e abrimos largamente a porta à injustiça e à desilusão. Porque este sistema de funcionamento desumaniza e destroi por dentro, substituindo a compaixão pela competição. Ga­nhamos o nosso lugar a pulso e fazemos dele uma recompensa e não um lugar de doação plena e simples e alegre e fraterna e con­fiante da nossa vida pelos outros.

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

6. A construção de uma vida paralela

Uma outra possibilidade de escapar ou resistir ou fazer face a es­te sofrimento é esta. Sem nunca faltar ao estrito cumprimento das nos­sas obrigações, vamos contudo criando uma série de pequenas e, por vezes, grandes coisas em paralelo, onde temos a certeza de ter reconhe­cimento e segurança: desde uma carreira política a uma carreira de pro­fessor (ou de estudante, para alguns!!!), ou de uma especialização em obras sociais ou em meios de comunicação .. . etc., etc . . Há aqui uma ten­tativa de equilibrar a Missão recebida com a Missão auto atribuida . . . que nos faz, invariavelmente, ficar com um pé na margem e outro na barca, sem nunca nos fazemos ao largo!!! Estas actividades trazem, ge­ralmente, reconhecimento e segurança de várias ordens (económica, de posi,cão social, de autoridade ... ), mas sempre há aqui uma compensa­ção afectiva que é buscada em primeiro lugar, sob outras designações.

Muitas vezes a criação de uma vida paralela causa tais ten­sões internas que acaba por nos cindir e fracturar, podendo mes­mo destruir-nos. Implícita ou explicitamente estamos também a passar a mensagem de uma vida a meio gás aos que nos rodeiam e connosco conVIvem .. .

7. A Radicalidade da Resposta

Para os que escolhemos seguir a Jesus não há outro caminho de salvação que não seja por Ele, numa adesão crescente e totalizante.

Assim, o caminho da vida em plenitude (ou seja, da santida­de) abre-se numa nova aceitação da eleição e numa nova respos­ta radical a Jesus Cristo: escolher de novo entre Jesus e o mundo, entre o primado da cruz e o do conforto.

É de primordial imporlancia que lembremos que de pouco ou nada serve deixar barcos e redes se, depois, viermos a desistir. De que serve começar se não decidimos ir até ao fim? Que felicidade, que plenitude nos pode trazer o sentimento de fracasso ou de demissão?

Aqui é, portanto, fundamental voltar á palavra proferida pela boca de Jesus Cristo, pedindo ao Espirito Santo a graça grande de a entendemos de forma bem profunda . . . É que também os Apósto­los estavam espantados com a dureza destas palavras . . . e com a du­reza do caminho, onde por mais que se encolha o camelo e se alargue

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o CHAMAMENTO E O RENOVAMENTO

o buraco da agulha os ricos não entrarão!!! (é o caminho dos conse­lhos evangélicos, o caminho cristão, comum a todos os baptizados em Cristo . . . ) Jesus afirma de fomma peremptória que este segui­mento Uaos Homens é impossível... mas a Deus tudo é possível".

À Sua imagem e semelhanc,a, podemos assentar a nossa vi­da sobre esta rocha fimme da confiança nEle e na Igreja, sabendo que nem ventos nem tempestades nem chuvas poderão atentar contra nós, pois o nosso coração estará seguro.

O único critério que me pode permitir aferir a forma como es­tou a responder a Deus é ter como referencial o Seu apelo sobre mim: a que me chama Deus? O que me diz sobre isso a Igreja?

Ora nós sabemos que o objectivo último da Igreja é a missão, a evangelização. Por isso, podemos aferir a forma como estamos a responder a Deus e a Igreja pela organização da minha vida em temmos da missão.

Alguns exemplos para pensarmos um pouco a esta luz a nos­sa doação e a nossa resposta:

- a estrutura Paroquial: quais as suas primeiras preocu­pações? Administrar, vigiar, chancelar? Velar pelo bom nome da Igreja? Ou acolher? Abriu-se? Mostrar-se? Sair? Atrair? Ser casa e abrigo? Ser farol?

- a Catequese: cumprimento escrupuloso do plano curricu­lar? Ou presença favorecedora da apropriação pessoal de cada uma das verdades salvadoras do Evangelho?

- as finanças: prevenção da bancarrota? Ou missão com os pobres?

- Dimensão mistagógica da liturgia? Ou cumprimento de um ritual de preceito?

- Etc . . . etc . . .

Sabemos que Deus nos dirá no final: "Eu dei-vos carismas de Apóstolos, e vós fizestes clubes de formação e estudo e (pouca) oração!"

Que fizemos nós do nosso ardor Missionário? Onde está o nosso Amor primeiro? Que o Espírito Santo de Deus nos desinstale e nos cu­re, dando--nos o sopro de vida que nunca nos foi retirado, mas que p0-de ter-se tornado mais apagado em nós. E que nos dê a graça de, novamente, nos apaixonarmos pelo Senhor e pela Sua missão, decidin­do de novo dar a vida toda para que este fogo arda e se ateie ao mundo.

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A CÁRITAS E A ANIMAÇÃO PASTORAL A Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima, para além das tarefas

mais específicas de alimentação, ajuda económica e de colónia de férias, promove significativa animação pastoral. Do relatório de actividades do ano de 2002, transcrevemos o que diz respeito a es­ta acção formativa, como segue:

1. Formação de Agentes

o II Encontro Nacional de Cáritas Paroquiais, promovido em Fátima pela Cáritas Portuguesa, bem como a Semana Nacional de Pastoral Social, também em Fátima, constituíram oportunidades únicas de formação nas áreas de acção social.

Foram, por isso, acontecimentos que mereceram da Cáritas Diocesana ampla divulgação junto das comunidades cristãs, em ordem à participação do maior número. Cinco dezenas de agentes de acção social da diocese puderam, por essas vias, crescer para uma intervenção mais comprometida e para um desempenho mais esclarecido.

o II Encontro Anual sobre Imigração levou também a Fátima alguns voluntáriosCasl do Centro Diocesano de Atendimento aos Migrantes, que funciona em Leiria no ãmbito do Secretariado Dio­cesano das Migrações.

2. Colaboradores em assembleia anual

Foi o V encontro anual. Voluntários, Cáritas Paroquiais ou ou­tros grupos e pessoas com uma mais estreita ligação à Cáritas, en­contraram-se no dia 17 de Fevereiro.

"Os imigrantes e os desafios novos à solidariedade dos cris­tãos", foi o tema que dominou as atenções dos 100 participantes. Coube à Dra. Maria do Rosário Farmhouse, do Serviço Jesuíta

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A eÁRITAs E A ANIMAÇAo PASTORAL

aos Refugiados, a apresentação do tema nas suas vertentes eco­nómica, social, cultural e religiosa. A acção contribuiu para um melhor conhecimento da pessoa imigrante, nas suas dificuldades e motivações, com destaque para os vindos do leste da Europa, visando tornar mais competente e esclarecido o apoio já presta­do por vários grupos. Foram também dados a conhecer ou escla­recidos alguns aspectos da legislação portuguesa reguladora do fenómeno migratório, e posta em destaque a obrigação de prestar apoio material humano a quem sofre privação ou necessidade, in­dependentemente da situação em que se encontra. Os participan­tes foram ainda sensibilizados para a integração dos imigrantes como o caminho mais seguro para a libertação das muitas amar­ras e violação dos direitos de que são vítimas, e para o desenvol­vimento de uma consciência social respeitadora dos direitos e garantias consagrados internacionalmente e contemplados na le­gislação portuguesa.

3. Entre as comunidades locais

A convite de diversos grupos paroquiais e outras associações, a Cáritas fez-se representar em iniciativas diversas, na sua maior parte festas de convívio, de aniversário de instituições, de home­nagem aos mais velhos, etc . .

Foi assim na Barreira, Bidoeira, Coimbrão, Cortes, Minde, Parceiros, Pataias, na Boavista num encontro inédito de convívio dos grupos paroquiais da área sócio-caritativa da Vigararia de Mi­lagres, na Assembleia Anual das Conferências de S. Vicente de Paulo, no Centro de Acolhimento em Leiria, na Associação Social Adventista, Junta de Freguesia de Leiria, Associação para o De­senvolvimento da Barreira, etc . .

Foram presenças sempre marcadas pela grande cordialidade que proporcionam à Cáritas o contacto mais próximo com as rea­lidades locais e a fazem partilhar dos dinamismos e realizações promovidas umas pelas comunidades cristãs, outras por iniciati­va da sociedade civil.

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A CÁRITAS E A ANIMAçAO PASTORAL

4. A partilha de bens no espaço público

Na sua Semana Nacional, de 24 de Fevereiro a 3 de Março, a Cáritas promoveu a habitual partilha de bens (vulgo peditório pú­blico), com o objectivo de reunir meios para a sua acção, mas tam­bém como gesto afirmativo da responsabilidade e de participação de cada um, como único caminho capaz de conduzir à solução dos problemas humanos.

A acção decorreu nos principais centros urbanos da área da diocese e os resultados são confirmativos dum sentimento de soli­dariedade bem enraizado e da confiança que grande número de pessoas continua a depositar na Cáritas.

Estiveram envolvidos nesta acção cerca de 200 voluntários/as, naturalmente com participações conformes à disponibilidade de cada um. Foi da parte de todos um esforço muito generoso e uma colaboração muito dedicada que tomaram possível os resultados alcançados.

5. Algumas actividades em agenda:

- xx Semana Nacional da Pastoral Social (Fátima), 8 a 12 de Setembro;

- 2.' Encontro Nacional de Cáritas Paroquiais (Fátima), 9 de Novembro;

- Assembleia das Conferências de S. Vicente de Paulo e Cá­ritas Paroquiais da Vigararia de Milagres (Boavista), 15 de No­vembro;

- Assembleia do Conselho Central de Leiria da Sociedade de S. Vicente de Paulo (Chãs), 24 de Novembro;

- Conselho Geral da Cáritas Portuguesa (Fátima), 23 e 24 de Novembro.

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NOVA IGREJA DOS PARCEIROS

No dia 10 de Agosto de 2003, foi inaugurada a nova igreja dos Parceiros, obra arquitectónica de Célio Cantante e sua filha Ale­xandra, sendo pároco o Rev. Pe. Adelino Rodrigues.

1. Em 28 de Dezembro de 1713, o Bispo de Leiria, D. Álvaro Abranches e Noronha, criou a freguesia dos Parceiros, sob a in­vocação de Nossa Senhora do Rosário, desmembrando-a da fre­guesia de S. Pedro - Leiria.

A igreja que tem servido até aos nossos dias, apresenta, na padieira da porta principal, a data de 1719 - o que nos leva a con­cluir que terá sido construída por essa altura, particularmente no que se refere ao corpo da igreja, que por sua vez terá sido objecto de diversas reparações. A capela-mor é mais antiga.

2. Em 1669 já havia uma ermida dedicada à Senhora do Ro­sário, no lugar (aldeia dos Parceiros, lugar este que já é conhecido no final do séc. XV

3. No interior da capela-mor, estão pinturas no tecto, agora restauradas a talhas nos altares, igualmente objecto de restauro. São belas. Quanto aos azulejos: os da capela-mor, julgam-se do séc. XVII; os do corpo da igreja, do séc. XVIII, com misturas dou­tras épocas.

4. Com esta ampliação, procurou-se preservar o antigo e criar um espaço moderno que proporcione mais dignidade nas ce­lebrações.

5_ As actuais obras, agora inauguradas, começaram em Ja­neiro de 2002.

6. Na parte nova foram colocados 12 grandes vitrais alusivos aos mistérios do Rosário e às aparições de Fátima.

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A CALAMIDADE DOS INCÊNDIOS

Na homilia, em Fátima, da Missa solene de 10 / B /2003, dis­se o Sr. Bispo:

"Perante a calamidade dos incêndios que afectam quase todo o hemisfério norte e especialmente Portugal, quisemos vir à Cova da Iria, berço da paz, para reflectir e rezar.

Sem dúvida, Fátima é um oásis de encontro e reconforto de cristãos que se comprometem viver a cidadania activa e praticar a solidariedade para além do tempo.

Sem contabilizar a tragédia dos fogos que já destruíram cen­tenas de mil hectares da floresta e fizeram sofrer tantas famílias .. . quisemos oferecer no altar da vida as nossas preocupações e as nossas promessas. A onda de calor e a vaga de incêndios, a todos nos afecta e interpela. Não devemos esquecer as dimensões religio­sa e cristã.

Por isso, quisemos simbolicamente subir à serra de Aire, no centro de Portugal, para fazer um exame de consciência e orar. Viemos em jeito de peregrinação para aquecer a fé coerente, e ro­bustecer a esperança, sem mais depressões, e com mais correspon­sabilidade.

E assim, rezamos pelas vítimas mortais, em sinal de memó­ria e de sufrágio, pois sabemos que a vida tem acidentes e trans­formações, mas cremos que não acaba nas cinzas e no pó.

Rezamos também, sobretudo na linha horizontal, por aque­les que foram mais prejudicados e sacrificados, e que possam sen­tir a efectiva amizade solidária.

Incluímos na nossa oração colectiva os familiares e os vizinhos daqueles que manifestam tendência pirómana ou selvática, para que exerçam vigilância e prevenção ... Neste longo capítulo situam­-se na linha da frente as autoridades, e as instituições, e os média.

Rezamos sinceramente aos homens das ciências e dos pode­res para que se invista mais na promoção integral dos bens da na­tureza e da vida.

Agradecemos aos bombeiros, militares e voluntários que sa­crificadamente lutam pela vida e pela paz. Aqui os representamos, na celebração da Fé e da Esperança.

Que Nossa Senhora de Fátima nos proteja. Amen!"

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OFERTÓRIOS FEITOS NA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

DURANTE O ANO DE 2002

Apesar de já ter sido enuiado o mapa de ca­

da peditório que a CEP estabelece para todas as

dioceses, é costume, e achamos oportuno, divul­

garmos o mapa geral e comparatiuo.

Imaginamos que a CEP uai reuer esta lista

de peditórios, assim como pressentimos que a no­

va concordata trará novidades.

Na questão das contas diocesanas e paro­

quiais é bom apostar na clareza.

Também sentimos que se caminha para a

recta clarificação do estatuto económico do Clero.

As contas das associações e dos serviços ou

secretariados costumam ser apresentadas à res­

pectiva instituição e à homologação da entidade

tutelar.

Segue-se o quadro, por ordem alfabética

das paróquias.

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PARÓQUIA UNIVERS. CÁRITAS CONTRIBUTO LUGARES COMUNIC. SANTO CATÓLICA PENITENCIAL SANTOS SOCIAIS PADRE

Albergaria dos Doze 139,37€ 14S,00€ 12S,SO€ 1 10,4S€ 123,2S€ 139,70€

Alburitel S4,OS€ 1 19,02€ 167,43€ 60,97€ 91 ,SS€ 108,08€

Alcaria 24,96€ 104,00€ 102,04€ O,OO€ 37,33€ 21 ,00€

Aljubarrota 13S,27€ 293,47€ 341,39€ 7S,00€ 122,96€ 1 37,79€

Alpedriz S9,S8€ 8/,71€ 181 ,98€ 20.S4€ 133,12€ 101,04€

Alq.da Serra 179,3()€ S42,46€ 1 .381,09€ 77,lS€ lS3,/S€ 218,lS€

Alvados 39,SO€ 12S,30€ SOO,OO€ O,OO€ 97,00€ 30,00€

Amor 206,DO€ 402,00€ S90,00€ 140,OO€ 194,00€ 270,00€

Arrabal 179,81€ 3S0,00€ 6S3,00€ 240,00€ 272,1 1 € 199,32€

Arrimal 1 1 4,26€ lS/,44€ 48S,00€ 8S,lS€ 138,00€ 13S,00€

Atouguia 140,/9€ 171,17€ 263,16€ 16/,62€ 102,77€ lS4,60€

Azoia O,OO€ 18S,OS€ O,OO€ 7S,00€ 87,S9€ 101,4S€

Bajouca 298,SO€ 682,6/€ 1 . 1 47,24€ 309,9S€ 2DO,2/€ 41 2,40€

Barosa 10S,DO€ 90,00€ toO,OO€ 4S,00€ 10S,00€ 80,00€

Barreira 142,00€ 227,00€ 27S,00€ toS,OO€ 126,00€ O,OO€

Batalha 332,70€ 843,90€ 1 .013,00€ 12S,00€ 340,00€ 35/,00€

Bidoeira O,OO€ 199,08€ 332,SO€ O,OO€ /O,OO€ O,DO€

Boavista O,OO€ 107,00€ lS6,92€ O,OO€ O,OO€ O,OO€

Calvaria 87,00€ lS3,00€ 29S,00€ 9S,00€ 12S,00€ 91 ,00€

Caranguejeira 369,43€ 698,27€ 1 . 1/S,/8€ 348,SS€ 406,76€ 498,99€

Carnide 1 1 2,00€ 12S,00€ 230,81€ 46,4S€ 10S,00€ O,OO€

Carvida 104,Sl€ 103,29€ 104,20€ 89,S/€ 99,27€ 67,OS€

C.Bernardos 14S,DO€ 2/S,SO€ 8S0,00€ 2S1,00€ 141 ,20€ 248,68€

Caxarias 21 4,94€ 732,40€ O,OO€ 361,27€ 304,34€ 2/4,2S€

Cereal 134,31€ 182,41€ 146,70€ lS0,00€ 1 1 1 , 1 1 € 83,8S€

Coimbrão 126,37€ 180,43€ 266,91€ 31 ,20€ lS8,39€ 91,41€

Colmeias 3DO,7S€ S6/,00€ 2.628,00€ 26S,6S€ 308,00€ 484,SO€

Cortes toO,OO€ 98,S2€ 80,64E 126,SO€ 168,48€ 84,/9E

Espile 101,DOE lS9,00E 3S0,00€ 200,00€ 48,OO€ O,OO€

Fátima /29,86€ 1 .817,02€ 2.4S/,/1€ 926,8S€ 478,2S€ 4/9, 1 1 €

Formigais 44,DO€ 80,00E 164,SO€ O,OO€ 40,00€ 7O,OO€

Freixianda 4S3,DO€ 774,SO€ 1 . 044,00€ 28S,92E 337,00€ lS0,00E

Gondemaria 49,88€ 100,00E lS0,00€ toO,OO€ /O,OOE O,OO€

Juncal lS4,90E 269,06E 179,84€ 1 1 3,93E 292,36€ 1 67,62€

Leiria 888,lSE 1 .36S,64€ 3.141 ,4/€ 808,9/E 1 . 197,39€ 98S,02€

Maceira 47S,09€ 1 .080,S/E 1.749,60€ lS0,00€ S88,S2€ S04,29€

Marinha Grande 439,88E 838,38€ 4S0,00€ 20/,41E S24,62€ 4S0,/8€

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MIGRAÇÕES IGREJA MISSÕES SEMINÁRIO TOTAIS TOTAIS DIOCESANA 2002 ".,

125,82€ O,oo€ O,OO€ O,OO€ 9OS,09€ 435 883$

O,OO€ 1 1 0,69€ 267,17€ 117,33€ 1 .096,29€ 180 095$

72,00€ 76,00€ 91 ,00€ 115,00€ 643,33€ 98800$

140,00€ 150,00€ 742,27€ 437,62€ 2.575,77€ 435095$

53,31€ 85,38€ 91 ,04€ 89,61€ 903,31€ 1 1 3 815$

246,22€ 197,52€ 621,25€ 282,15€ 3.899,04€ 726273$

85,50€ 80,00€ 1 1 5,00€ 1 10,00€ 1.182,3O€ 225605$

23O,00€ 23O,00€ 380,00€ 270,00€ 2.912,00€ 520 000$

249,00€ 239,37€ 445,00€ 287,59€ 3.115,20€ 504 735$

105,10€ 122,00€ 198,63€ 171 ,00€ 1.711 ,58€ 334 405$

186,22€ 156,48€ 210,20€ 222,81€ 1.775,82€ 2637085

156,20€ 212,16€ 201,17€ 175,57€ 1 .194,19€ 267745$

280,39€ 253,77€ 882,91€ 551,59€ 5.019,69€ 762 000$

90,00€ 105,00€ 150,OO€ 105,00€ 975,00€ 154 500$

145,00€ 147,00€ 255,00€ 218,00€ 1.640,00€ 269095$

361,50€ 340,00€ 1.041,00€ 470,10€ 5.224,20€ 1 046 783$

O,OO€ 138,OO€ 274,00€ O,oo€ 1.013,58€ 164 163$

93,00€ loo,oo€ 174,00€ 104,00€ 734,92€ 1 1 3 279$

95,00€ 103,00€ 160,00€ 106,00€ 1.310,00€ 229500$

530,45€ 504,3O€ 837,50€ 8õ9,26€ 6.239,29€ 1 024 459$

105,OO€ 13O,00€ 135,00€ 123,OO€ 1 .112,26€ 261 770$

42,50€ 94,45€ 64,41€ O,OO€ 769,25€ 193 255$

240,90€ 158,58€ 286,90€ 474,58€ 3.072,34€ 537 160$

379,27€ O,oo€ 365,13€ 357�8€ 2.988,88€ 831 450$

141,13€ 1 12,25€ 247,53€ 92,91€ 1.402,20€ 227 511$

280,89€ 194,59€ 213,26€ 238,18€ 1 .781,83€ 302 364$

254,OO€ 623,OO€ 2.481,OO€ 423,OO€ 8.334,90€ 1 052 375$

O,OO€ 101,35€ 224,70€ 254,31€ 1.239,29€ 201 362$

236,29€ 225,20€ 350,97€ 158,24€ 1.828,70€ 397434$

813,97€ 976,42€ 2.300,21€ 1.246,65€ 12.226,05€ 1 964 207$

150,00€ O,OO€ 131,50€ 105,OO€ 785,00€ 154 525$

509,66€ 254,OO€ 1.574,OO€ 785,OO€ 6.167,08€ 1 239234$

80,OO€ 73,62€ 122,19€ 75,00€ 820,69€ 134 385$

109,79€ 222,69€ 303,53€ 274,31€ 2.088,33€ 391 687$

1.085,93€ 1 . 144,55€ 1 .798,81€ 1 . 13O,29€ 13.546,22€ 2 705 564$

541,93€ 661 ,83€ 1.053,30€ 667,46€ 7.472,58€ 877438$

464,15€ 427,86€ 910,49€ 855,37€ 5.588,94€ 945 694$

____________________________________________ 1 5 7

PARóaUIA UNIVERS. CÁRlfAS CONTRIBUTO LUGARES COMUNIC. SANTO CATÓLICA PENITENCIAL SANTOS SOCIAIS PADRE

Marrazes 348,24€ 823,O8€ 1 .3S6,16€ 493,63€ 454,24€ 480,44€

Malas 66,CO€ 204,77€ lSO,CO€ ICO,CO€ 3S,CO€ O,CO€

Meirinhas 8S,CO€ 240,CO€ 180,CO€ 74,60€ 1 1 0,20€ 174,CO€

Memória 14S,SO€ 372,45€ I.076,15€ 155,60€ 180,CO€ 212,50€

Mendiga O,CO€ 76,80€ O,CO€ 40,CO€ 95,CO€ O,CO€

Milagres O,OO€ 240,50€ 531,CO€ O,CO€ 42,CO€ 88,72€

Minde 1 1 3,13€ 351 ,11€ 414,93€ 265,46€ 224,52€ 259,36€

Mira de Aire 119,49€ 254,50€ I.COO,CO€ O,CO€ 185,CO€ 148,CO€

Monte Real 97,OO€ 289,CO€ 165,CO€ 195,CO€ 233,75€ 163,CO€

Monte Redondo 201,96€ 4S9,61€ 1 .205,62€ 108,71€ 264,70€ 152,26€

Olival 65,CO€ 209,50€ 482,52€ 220,CO€ 106,19€ I 18,CO€

Ortigosa 159,08€ 385,12€ SOO,08€ 56,47€ 170,61€ 194,72€

Ourém · N.S. Miseric. 296,46€ 505,50€ 766,75€ 380,06€ 405,97€ O,CO€

Ourém · N.S. Piedade 177,OO€ 655,12€ 1.338,76€ 159,29€ 246,76€ 381,43€

Parceiros 190,CO€ 285,CO€ 860,CO€ 240,CO€ 190,CO€ 175,CO€

Pataias 376,86€ m,65€ 841,58€ 211 ,70 379,CO€ 365,42€

Pedreiras 106,CO€ 204,CO€ 387,CO€ 37,CO€ 114,CO€ 1S3,CO€

Porto de Mós 326,41€ 723,16€ 1 .207,44€ 173,13€ 487,25€ 402,64€

Pousas 177,69€ 307,72€ 144,46€ 171,9S€ 240,38€ 246, 1 1 €

Reg. de Pontes 120,04€ 256,87€ 398,54€ 1 1 8,CO€ I 72,CO€ lCO,04€

Reg. do Felal 135,50€ 238,CO€ S30,CO€ 84,CO€ 159,CO€ 198,CO€

Rib. do Fárrio 181 ,00€ 270,60€ 942,50€ 180,CO€ 220,50€ 327,95€

Rio de Couros 121 ,30€ 151,50€ 648,CO€ 140,CO€ 75,SO€ 146,CO€

St'. Catarina da Serra 239,70€ 672,27€ 883,63€ 2SO,CO€ 172,S7€ 67,49€

Santa Eufémia 130,00€ 378,65€ 467,00€ 66,00€ 217,OO€ 332,CO€

São Benlo 12,CO€ 13,CO€ 10,60€ 16�0€ 9,70€ 12,30€

São Mamede 284,CO€ 678,30€ 1.1S8,SO€ 227�€ 27S,22€ 247,25€

S.Simão Ulém 182,06€ 640,00€ 780,CO€ 175,00€ 165,CO€ 237,00€

Seiça 84, 1 1 € 161 ,96€ 371,74€ 165,64€ 172,95€ 184,5S€

SeITa de St.° António 20,30€ 3O,IO€ 21,20€ 17,20€ 33,IO€ 3O,40€

Serro Ventoso 62,15€ 75,O2€ 181,80€ 25,97€ 64,72€ 45,18€

Souto da Carpalhosa O,CO€ O,CO€ O,CO€ O,CO€ O,CO€ O,CO€

Urqueira 347,66€ 595,58€ 1.1 71 ,IO€ I 52,CO€ 361,71€ 273,12€

Vermoil 164,64€ 308,91€ 278,41€ 70,CO€ 184,84€ 256,OO€

Vieira Leiria O,CO€ 270,CO€ 9CO,CO€ 120,CO€ 211,CO€ 290,CO€

Sant.de Fátima 5.517,81€ 6.682,37€ 14.789,96€ 1.305,52€ 19.032,30€ 12.976,O7€

TOTAIS 17.914,24€ 32.714,98€ 59.430,84€ 12.390,43€ 33.590,07€ 26.605,82€

158 __________________________________________ __

MIGRAÇOES IGREJA MISSOES SEMINÁRIO TOTAIS TOTAIS DIOCESANA 2002 2001

370,97€ 583,40€ 1.589,17€ 750,91€ 7.250,24€ 954 047$

73,14€ 94,66€ 263,73€ 112,50€ 1 .109,90€ 246275$

220,OO€ 1 1 5,SO€ 203,OO€ 158,10€ 1.560,40€ 189,715$

290,OO€ 212,OO€ 1 .342,OO€ 248,OO€ 4.234,20€ 706845$

52,oo€ 45,OO€ 82,oo€ 51,OO€ 441,80€ 71 700$

O,OO€ 228,oo€ 367,50€ 255,oo€ 1 .752,72€ 281 960$

206,55€ 323,55€ 536,oo€ 415,6B€ 3.1 10,29€ 587 610$

200,44€ 200,oo€ 4B3,75€ 240,58€ 2.911 ,76€ 512 730$

495,40€ 303,30€ 368,80€ 257,15€ 2.567,40€ 396310$

329,16€ 247,27€ 563,67€ 872,75E 4.405,71 € 774 044$

65,36€ 106,55€ 225,35€ 187,57€ 1 .786,06€ 357452$

145,31€ 199,60€ 241,40€ 2B3,63€ 2.336,02€ 336 676$

35,33€ 174,82€ 1.451,17€ 296,B6€ 4.312,92€ 1 258 640$

279,58€ 415,99€ 720,29€ 588,05€ 4.942,27€ 898545$

loo,OO€ 190,00€ 310,00€ 235,oo€ 2.775,00€ 489 500$

361,73€ 392,O4€ 471 ,35€ 522,31€ 4.185,64€ 652394$

145,OO€ 142,OO€ 157,OO€ 245,oo€ 1.690,OO€ 366700$

409,12€ 450,81€ 762,82€ 584,91€ 5.537,69€ 748 685$

219,70€ 211 ,92€ 331,59€ 36B,34€ 2.419,86€ 378 785$

100,08€ 161 ,83€ 1 .310,38€ 343,15€ 3.080,93€ 420 820$

1 1 9,OO€ 214,00€ 232,00€ 206,OO€ 2.115,50€ 395718$

217,95€ 183,65€ 496,59€ 415,06€ 3.435,BO€ 600 985$

211,OO€ O,OO€ 321,10€ 270,OO€ 2.084,40€ 457 305$

O,OO€ 340,95€ 929,OO€ 649,00€ 4.204,61€ 670970$

195,OO€ 195,00€ 805,65€ 285,00€ 3.071,3O€ 504580$

13,70€ 21 ,20€ 146,90€ 20,80€ 276,40€ 50 220$

330,58€ 318,75€ 1.oo1 ,50€ 350,00€ 4.871 ,28€ 736 850$

370,OO€ 170,OO€ 333,64€ 322,24€ 3.374,94€ 746 165$

O,OO€ 165,6B€ 293,82€ 154,OO€ 1.754,45€ 362 777$

32,3O€ 34,10€ 31 ,50€ 39,10€ 289,3O€ 33926$

48,31€ 54,29€ 92,74€ 69,16€ 719,34€ 202 615$

O,OO€ O,OO€ 70,OO€ O,OO€ 70,00€ 1 0 000$

746,89€ 297,98€ 529,65€ 498,OO€ 4.973,69€ B35 379$

310,OO€ 22,50€ 369,99€ 292,20€ 2.457,59€ 361 310$

320,OO€ 266,00€ 334,00€ 304,00€ 3.015,OO€ 408 700$

18.722,34€ 21.104,96€ 30.685,92€ 7.104,79€ 137.922,O4€ 24 433604$

34.436,06€ 37,148,76€ 68,155,04€ 29,959,15€ 352.345,39€ 61 071 1021

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LEIRIA-FÁTIMA, publicação quadri­mestral, que arquiva decretos e pro­visões, divulga critérios e normas de acção pastoral e recorda etapas im­portantes da vida da Diocese.

Impresso na GRÁFICA DE LEIRIA

Depósito Legal N' 64587/93

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