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LEI 5.406 DE 16 DE DEZEMBRO DE 1969 Contém a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei: LIVRO I Disposições Preliminares Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre a organização da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e sobre o regime jurídico de seu pessoal. Art. 2º - A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais compõe-se dos órgãos policiais civis da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Art. 3º - A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais é subordinada à autoridade do Governador do Estado e organizada de acordo com os princípios da hierarquia e da disciplina. LIVRO II Objetivo, Estrutura Básica e Competências TÍTULO I Objetivo Art. 4º - Observadas as normas específicas e a competência da União, a Polícia Civil tem por objetivo, no território do Estado, o exercício das funções de: I - proteção à vida e aos bens; II - preservação da ordem e da moralidade pública; III - preservação das instituições político- jurídicas; IV - apuração das infrações penais, exercício da polícia judiciária e cooperação com as autoridades judiciárias, civis e militares, em assuntos de Segurança Interna. TÍTULO II Estrutura Básica Art. 5º - A Secretaria de Estado da Segurança Pública tem a seguinte estrutura básica: I - Órgãos de Assessoramento; II - Órgãos Superiores da Polícia; III - Órgãos de Apoio. Art. 6º - Os Órgãos de Assessoramento são: I - Gabinete do Secretário; II - Conselho Superior de Polícia Civil; III - Conselho Estadual de Trânsito; IV- Assessoria de Planejamento e Controle. Parágrafo único - O Conselho Superior da Polícia Civil poderá se subdividir, conforme regulamento, em órgãos específicos, entre eles os referentes ao regime disciplinar, à técnica policial e às impugnações de nomes de cidadãos indicados para cargos policiais. Art. 7º São Órgãos Superiores da Polícia Civil: I - Gabinete da Chefia da Polícia Civil; II - Superintendência de Investigações e Polícia Judiciária; III - Corregedoria-Geral de Polícia Civil; IV - Academia de Polícia Civil; V - Departamento de Trânsito de Minas Gerais; VI - Superintendência de Polícia Técnico- Científica; VII - Superintendência de Informações e Inteligência Policial; VIII - Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças. (Artigo com redação dada pelo art. 15 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010) Art. 8º - Observado o disposto nesta Lei, o Poder Executivo, por decreto, fixará a estrutura e as atribuições dos órgãos a que se referem os artigos 6º e 7º, bem como definirá aqueles compreendidos no item III, do art. 5º, para isso podendo: I - extinguir órgãos ou modificar-lhes a denominação, atribuição e subordinação; II - alterar a localização geográfica de órgãos; III - instituir novos órgãos, na medida da conveniência e interesse dos serviços policiais civis e visando à sua maior eficácia; IV - extinguir cargos e alterar-lhes a denominação e atribuições. Parágrafo único - Quando não houver cargos de direção e chefia em número e nível correspondentes aos órgãos da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o Poder Executivo, mediante mensagem à Assembléia Legislativa, solicitará sua criação. TÍTULO III Competências CAPÍTULO I Órgãos de Assessoramento SEÇÃO I Gabinete do Secretário Art. 9º - O Gabinete é o Órgão de assistência direta ao Secretário em matéria de representação social e política, de coordenação político- administrativa, de relações públicas e de orientação juridico-legal. SEÇÃO II

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LEI 5.406 DE 16 DE DEZEMBRO DE 1969

Contém a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

LIVRO I

Disposições Preliminares

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre a organização da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e sobre o regime jurídico de seu pessoal.

Art. 2º - A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais compõe-se dos órgãos policiais civis da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Art. 3º - A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais é subordinada à autoridade do Governador do Estado e organizada de acordo com os princípios da hierarquia e da disciplina.

LIVRO II

Objetivo, Estrutura Básica e Competências

TÍTULO I

Objetivo

Art. 4º - Observadas as normas específicas e a competência da União, a Polícia Civil tem por objetivo, no território do Estado, o exercício das funções de:

I - proteção à vida e aos bens;

II - preservação da ordem e da moralidade pública;

III - preservação das instituições político-jurídicas;

IV - apuração das infrações penais, exercício da polícia judiciária e cooperação com as autoridades judiciárias, civis e militares, em assuntos de Segurança Interna.

TÍTULO II

Estrutura Básica

Art. 5º - A Secretaria de Estado da Segurança Pública tem a seguinte estrutura básica:

I - Órgãos de Assessoramento;

II - Órgãos Superiores da Polícia;

III - Órgãos de Apoio.

Art. 6º - Os Órgãos de Assessoramento são:

I - Gabinete do Secretário;

II - Conselho Superior de Polícia Civil;

III - Conselho Estadual de Trânsito;

IV- Assessoria de Planejamento e Controle.

Parágrafo único - O Conselho Superior da Polícia Civil poderá se subdividir, conforme regulamento, em órgãos específicos, entre eles os referentes ao regime disciplinar, à técnica policial e às impugnações de nomes de cidadãos indicados para cargos policiais.

Art. 7º São Órgãos Superiores da Polícia Civil:

I - Gabinete da Chefia da Polícia Civil;

II - Superintendência de Investigações e Polícia Judiciária;

III - Corregedoria-Geral de Polícia Civil;

IV - Academia de Polícia Civil;

V - Departamento de Trânsito de Minas Gerais;

VI - Superintendência de Polícia Técnico-Científica;

VII - Superintendência de Informações e Inteligência Policial;

VIII - Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças.

(Artigo com redação dada pelo art. 15 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

Art. 8º - Observado o disposto nesta Lei, o Poder Executivo, por decreto, fixará a estrutura e as atribuições dos órgãos a que se referem os artigos 6º e 7º, bem como definirá aqueles compreendidos no item III, do art. 5º, para isso podendo:

I - extinguir órgãos ou modificar-lhes a denominação, atribuição e subordinação;

II - alterar a localização geográfica de órgãos;

III - instituir novos órgãos, na medida da conveniência e interesse dos serviços policiais civis e visando à sua maior eficácia;

IV - extinguir cargos e alterar-lhes a denominação e atribuições.

Parágrafo único - Quando não houver cargos de direção e chefia em número e nível correspondentes aos órgãos da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o Poder Executivo, mediante mensagem à Assembléia Legislativa, solicitará sua criação.

TÍTULO III

Competências

CAPÍTULO I

Órgãos de Assessoramento

SEÇÃO I

Gabinete do Secretário

Art. 9º - O Gabinete é o Órgão de assistência direta ao Secretário em matéria de representação social e política, de coordenação político-administrativa, de relações públicas e de orientação juridico-legal.

SEÇÃO II

Conselho Superior da Polícia Civil

Art. 10 - No exercício da supervisão dos órgãos da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o Secretário será assessorado pelo Conselho Superior da Polícia Civil, a que competirá, além do mais que lhe for designado em decreto:

I - opinar sobre a organização ou reorganização dos serviços policiais civis;

II - examinar ou elaborar atos normativos pertinentes ao serviço policial civil do Estado;

III - planejar o desenvolvimento dos serviços de Segurança e Ordem Pública no âmbito da Secretaria;

IV - examinar ou elaborar estudos sobre a alteração das normas relativas ao regime jurídico do pessoal da Polícia Civil;

V - opinar sobre localização de unidades da Polícia Civil e propor planos de lotação ou remanejamento de delegados de polícia;

VI - compatibilizar os critérios legais ou regimentais e elaborar a classificação dos servidores da Polícia Civil, para efeito de promoção;

VII - julgar, por delegação do Secretário ou solicitação do órgão de correição administrativa da Polícia Civil, as faltas cometidas por servidor policial civil, podendo, ainda, por delegação, impor penalidades, exceto demissão, e conhecer de recursos contra decisão sua;

VIII - estudar e propor inovações nos recursos técnicos e materiais aplicáveis à prevenção, verificação e apuração de delitos;

IX - julgar, por delegação do Secretário, a impugnação apresentada contra nomeação de delegados e subdelegados de polícia municipais e respectivos suplentes;

X - examinar e opinar sobre assuntos relacionados com o provimento e vacância dos cargos indicados no item anterior.

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Art. 11 - O Conselho Superior da Polícia Civil é presidido pelo Secretário de Estado da Segurança Pública e são seus membros:

I - os dirigentes dos Órgãos Superiores da Polícia Civil;

II - o dirigente da Assessoria do Planejamento e Controle;

III - um Delegado, designado Delegado-Assistente do Secretário, com a função de Coordenador do Conselho.

Parágrafo único. Poderá ter assento no Conselho Superior da Polícia Civil, até a data de sua aposentadoria, a critério do Governador do Estado, o Delegado-Geral de Polícia que tiver exercido o cargo de Chefe da Polícia Civil e que, quando exonerado, não houver preenchido os requisitos legais para a aposentadoria.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 42 da Lei Complementar nº 84, de 25/7/2005.)

SEÇÃO III

Conselho Estadual do Trânsito

Art. 12 - O Conselho Estadual do Trânsito é o órgão normativo, na Administração Estadual, para os assuntos designados ao Estado pela legislação federal sobre trânsito.

SEÇÃO IV

Assessoria de Planejamento e Controle

Art. 13 - A Assessoria de Planejamento e Controle é o órgão de planejamento administrativo da Secretaria, competindo-lhe a execução de serviços de organização racional de trabalho, orçamento e orientação, coordenação e controle financeiro.

CAPÍTULO II

Órgãos Superiores da Polícia Civil

SEÇÃO I

Superintendência de Polícia Judiciária e Correições

Art. 14 - A Superintendência de Polícia Judiciária e Correições exerce, em todo o território do Estado, a fiscalização dos trabalhos da Polícia Civil e demais repartições subordinadas à Secretaria de Estado da Segurança Pública, fixa normas gerais e especiais para a polícia judiciária a administrativa e realiza levantamento das estatísticas policiais, criminais e conexas, de interesse da Secretaria.

Parágrafo único - A Superintendência de Polícia Judiciária e Correições é dirigida pelo Corregedor Geral de Polícia.

SEÇÃO II

Superintendência do Policiamento Civil

Art. 15 - A Superintendência do Policiamento Civil é representada pelo conjunto de órgãos da Secretaria com atividades específicas de policiamento, inclusive as Delegacias Regionais de Polícia, a que incumbe, predominantemente, apurar as infrações penais e sua autoria, bem como presidir os atos processuais nos termos da legislação específica.

SEÇÃO III

Superintendência de Técnica Policial

Art. 16 - A Superintendência de Técnica Policial exerce a supervisão, no Estado, das atividades de Polícia Civil relacionadas com as perícias técnicas, identificação e medicina legal, bem como realiza pesquisas científicas destinadas ao seu aprimoramento.

SEÇÃO IV

Academia de Polícia Civil de Minas Gerais

Art. 17 - A Academia de Polícia Civil de Minas Gerais tem por finalidade ministrar cursos técnico-profissionais e de grau médio e superior aos servidores policiais, obedecida a legislação específica, bem como promover cursos, concursos, e exames de

seleção para o provimento de cargos de natureza estritamente policial civil.

CAPÍTULO III

Órgãos de Apoio

Art. 18 - Os Órgãos de Apoio se incumbem de atividades de administração de material, pessoal, patrimônio, contabilidade, finanças e serviços gerais e são estruturados, por Decreto, em base departamental.

TÍTULO IV

Atribuições

Art. 19 - O regulamento disporá sobre as atribuições do Secretário de Estado de Segurança Pública, dos titulares de cargos de direção e chefia da Secretaria de Estado da Segurança Pública e dos agentes policiais civis, incluindo as atribuições especiais enumeradas nos Capítulos deste Título.

(Vide art. 3º da Lei Delegada nº 101, de 29/1/2003.)

CAPÍTULO I

Corregedor Geral de Polícia

Art. 20 - São atribuições do Corregedor Geral de Polícia:

I - dirigir a Superintendência de Polícia Judiciária e Correições de modo que assegure a realização de seus objetivos;

II - expedir ordens e instruções de serviços às autoridades policiais e repartições da Secretaria da Segurança Pública;

III - avocar atribuições dos órgãos da Superintendência e a jurisdição de qualquer delegado, bem como quaisquer inquéritos para fins de correição;

IV - determinar as correições gerais e parciais e a inspeção das repartições da Secretaria;

V - avocar, quando necessário, em serviço de correição e sempre que constatar irregularidades de natureza grave, e atendendo à peculiaridade de cada caso, a competência de qualquer chefe de órgão da Secretaria de Estado da Segurança Pública, podendo assumir o exercício da respectiva chefia, a título precário, mediante aprovação do Secretário;

VI - impor, nos termos regulamentares, sem prejuízo da competência estatutária dos demais chefes, penas disciplinares a qualquer ocupante de cargo ou função de natureza estritamente policial e demais servidores da Secretaria, inclusive de chefias, exceto quanto aos componentes do Conselho Superior de Polícia e dirigentes superiores dos demais órgãos de assessoramento e de apoio, caso em que lhe cabe representar ao Secretário;

VII - ordenar a suspensão preventiva dos servidores da Secretaria de Estado da Segurança Pública, na forma de leis e regulamentos;

(Vide art. 51 da Lei nº 15301, de 10/8/2004.)

VIII - determinar a instauração de processos administrativos através das Comissões Permanentes Processantes ou designar os componentes das comissões especiais;

IX - decidir conflitos de jurisdição e competência entre autoridades que lhe sejam direta ou indiretamente subordinadas;

X - determinar o cancelamento das notas, inclusive as de ordem administrativa, as retificações de nome e a feitura de qualquer documento nos órgãos da Secretaria, cuja expedição não esteja claramente disciplinada em leis e regulamentos;

XI - praticar atos de Polícia Judiciária e Administrativa e deferi essa incumbência a qualquer delegado, por ordem do Secretário;

XII - atribuir a qualquer delegado a instauração de inquéritos e processos, sobre crimes e contravenções da competência de outra delegacia;

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XIII - ampliar a competência e jurisdição de qualquer delegado de polícia de carreira ou delegado especial para os casos de Polícia Judiciária, e, em caráter excepcional, do delegado municipal, para abranger municípios vizinhos, de forma a assegurar a continuidade de ação policial;

XIV - resolver, em grau de recurso, sobre despacho de autoridade policial que indeferir o pedido de abertura de inquérito, em nome do Secretário da Segurança Pública;

XV - opinar, necessariamente, sobre os atos normativos a serem submetidos ao Secretário, visando a ajustá-los a critérios unificados de orientação e ação policial civil;

XVI - propor ao Secretário a movimentação dos escrivães e escreventes e, em razão de sua função corregedora, a remoção de qualquer autoridade e demais servidores da Secretaria;

XVII - convocar, independente de requisição, qualquer autoridade policial ou servidor da Secretaria, para casos de correição, bem como deles exigir, imediata e diretamente, quaisquer informações julgadas necessárias.

Art. 21 - Dentre os chefes dos órgãos integrantes da Superintendência de Polícia Judiciária e Correições, o Corregedor Geral de Polícia indicará seus substitutos automáticos, em ordem de precedência, sendo-lhes reconhecida a condição de Subcorregedores, conforme se dispuser em regulamento.

CAPÍTULO II

Superintendente de Policiamento Civil

Art. 22 - São atribuições do Superintendente de Policiamento Civil:

I - avocar, quando necessário e atendendo às circunstâncias peculiares a cada caso, a competência de qualquer chefe de órgão que lhe for subordinado, podendo assumir o exercício da respectiva chefia a título precário e submetendo imediatamente seu ato à consideração e aprovação do Secretário;

II - avocar inquérito a cargo de qualquer autoridade policial que lhe for subordinada;

III - incumbir qualquer autoridade policial do Estado das diligências necessárias à apuração de infrações, ampliando inclusive a sua competência e jurisdição mediante aprovação do Secretário;

IV - decidir, sem prejuízo da competência do Corregedor Geral de Polícia, sobre o encaminhamento, a quem de direito, de inquéritos e processos cuja instauração determinar;

V - inspecionar, periodicamente, os órgãos policiais subordinados, mandando lavrar termo em que se consignem anotações sobre irregularidades porventura encontradas ou elogios cabíveis, comunicando as primeiras ao Corregedor Geral de Polícia;

VI - propor ao Secretário as medidas que julgar convenientes ao aperfeiçoamento dos serviços policiais;

VII - praticar atos de polícia judiciária e administrativa e exercer, em qualquer parte do Estado, por ordem do Secretário, as funções que lhe forem determinadas;

VIII - impor, nos termos regulamentares, sem prejuízo da competência estatutária dos demais chefes, pena disciplinar de suspensão a qualquer ocupante de cargo subordinado à Superintendência, inclusive a chefia;

IX - promover a distribuição do pessoal do Corpo de Detetives e propor ao Secretário a movimentação dos Delegados de Polícia, tendo em vista a necessidade do serviço.

CAPÍTULO III

Superintendência de Técnica Policial

Art. 23 - São atribuições do Superintendente de Técnica Policial:

I - superintender os serviços de técnica policial a cargo dos órgãos subordinados;

II - avocar, quando necessário e atendendo às circunstâncias peculiares a cada caso, a competência de qualquer chefe de órgão que lhe for subordinado, podendo assumir o exercício da respectiva chefia, a título precário, submetendo imediatamente seu ato à consideração e aprovação do Secretário;

III - propor ao Secretário as medidas que julgar convenientes ao aperfeiçoamento dos serviços técnico-policiais;

IV - impor, nos termos regulamentares, sem prejuízo da competência estatutária dos demais chefes, pena disciplinar de suspensão a qualquer ocupante de cargo subordinado à Superintendência, inclusive chefias;

V - promover a movimentação dos ocupantes das carreiras técnico-policiais entre os órgãos subordinados e as delegacias regionais de polícia, de acordo com a necessidade do serviço.

CAPÍTULO IV

Delegado de Polícia

Art. 24 - O Delegado de Polícia é a autoridade responsável pela direção e o regular funcionamento da unidade policial em que tenha exercício.

Art. 25 - Para o desempenho de suas funções, o Delegado de Polícia dispõe dos serviços técnico-científicos da Polícia Civil e dos servidores policiais a ele subordinados, podendo requisitar, quando necessário, o auxílio de elementos dos diversos órgãos policiais.

Art. 26 - Ao Delegado de Polícia, além das funções de direção, orientação, coordenação e controle das atividades atinentes aos serviços policiais afetos à unidade policial de sua jurisdição, compete:

I - supervisionar e fiscalizar o policiamento executado pelos órgãos da Polícia Civil, requisitando, quando for o caso, a quem de direito, as medidas necessárias à sua efetivação;

II - praticar atos tendentes à realização do bem-estar geral e à garantia das liberdades públicas, exercer vigilância constante sobre os que possam atentar contra o bem-comum e zelar pelo aprimoramento dos métodos e processos policiais;

III - avocar, quando conveniente, inquéritos presididos por autoridades que lhes forem subordinadas;

IV - autorizar e fiscalizar o funcionamento de casas de jogos e de diversões públicas;

V - determinar a captura de infratores, nos termos da legislação em vigor;

VI - zelar pelo entrosamento indispensável à atuação integrada de todos os órgãos da segurança interna, no âmbito de sua jurisdição.

(Vide Emenda à Constituição nº 82, de 14/4/2010.)

CAPÍTULO V

Delegado Regional de Polícia

Art. 27 - Compete ao Delegado Regional de Polícia, além das atribuições comuns ao delegado de Polícia:

I - dirigir, orientar, coordenar e controlar atividades pertinentes aos serviços executados por servidores policiais civis em sua região;

II - avocar, quando conveniente, inquéritos presididos por quaisquer autoridades policiais que lhe forem subordinadas;

III - assumir, a seu critério, a direção de qualquer Delegacia da Região, submetendo imediatamente o seu ato à consideração e aprovação do Secretário da Segurança Pública;

IV - cumprir e fazer cumprir ordens emanadas de seus superiores hierárquicos e das autoridades judiciárias;

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V - proceder, periodicamente ou sempre que necessário, a correições gerais e parciais nas delegacias subordinadas, de acordo com as instruções da autoridade corregedora.

Art. 28 - São subordinados ao Delegado Regional de Polícia, direta, funcional e hierarquicamente os delegados municipais e subdelegados e delegados de polícia de carreira que tenham exercício no território de jurisdição da respectiva Delegacia Regional.

Parágrafo único - A subordinação do oficial da Polícia Militar, no exercício da função de delegado especial, será apenas funcional, observado o disposto no artigo 655 e seus parágrafos, do Regulamento aprovado pelo Decreto número 11.636, de 29 de janeiro de 1969.

LIVRO III

Normas para a organização interna da Polícia Civil

TÍTULO I

Serviços Policiais Civis em geral

Art. 29 - A estrutura dos serviços dos Órgãos Superiores de Polícia Civil será estabelecida segundo as normas estatuídas nesta lei, para o atendimento dos objetivos correspondentes às atividades de administração específica, relacionadas com a Polícia Judiciária, o Policiamento Civil, de Ordem e Vigilância, a Polícia de Informações e Segurança e o Policiamento e Fiscalização de Trânsito.

Parágrafo único - Os serviços incumbidos do exercício de atividade de administração específica colocam-se sob orientação normativa e supervisão técnica do competente Órgão Superior de Polícia Civil, sem prejuízo de sua eventual subordinação a outro organismo, em função de estrutura administrativa.

Art. 30 - Os Órgãos Superiores de Polícia Civil e os Órgãos de Assessoramento devem permanecer liberados de rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos administrativos para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação e controle e no estabelecimento de normas, critérios e princípios que os serviços responsáveis pela execução sejam obrigados a respeitar.

Art. 31 - Os Órgãos de Apoio, comum a todos os órgãos, terão organização própria e direção administrativa centralizada.

Art. 32 - A execução das atividades de administração específica de Polícia Civil será preponderantemente descentralizada, local ou regionalmente, e da exclusiva responsabilidade do respectivo órgão.

Art. 33 - Em situação de emergência, o responsável por serviço ou ação policial poderá solicitar e deverá receber ajuda de policiais de qualquer órgão, independentemente de requisição, para execução de atos indispensáveis ao serviço, respondendo pelos abusos de autoridade que cometer.

Art. 34 - Os policiais de todos os Órgãos se apoiarão, mutuamente, no cumprimento de suas missões específicas, quer quanto ao concurso de ações, quer quanto à tronca de informações de interesse para os respectivos serviços.

Art. 35 - São princípios gerais para a coordenação dos serviços policiais, além de outros que decorram de análises objetivas, a natureza das funções e a procedência das ações.

Art. 36 - Os integrantes de qualquer órgão policial civil, postos à disposição das Delegacias de Polícia, ficarão subordinados, funcional e disciplinarmente, ao Delegado de Polícia respectivo, enquanto durar a relação.

Art. 37 - Na unidade policial, os órgãos que a servem deverão atuar integrada e harmonicamente em regime de colaboração permanente e recíproca, informando uns aos outros as diligências ou operações a se realizarem e evitando ações isoladas que prejudiquem a eficiência do serviço.

Parágrafo único - Considera-se unidade policial a área de jurisdição do Delegado de Polícia com os respectivos prédios,

equipamentos e serviços da Polícia Civil nela integrados ou postos à sua disposição.

CAPÍTULO I

POLÍCIA JUDICIÁRIA

Art. 38 - A Polícia Judiciária tem a seu cargo, precipuamente, a apuração das infrações penais, as investigações criminais e o auxílio à Justiça, no campo da aplicação da lei penal e processual, além dos registros e fiscalização de natureza regulamentar.

Art. 39 - Compete à Polícia Judiciária praticar todos os atos administrativos e policiais necessários ao desempenho de suas atribuições.

Art. 40 - A execução da Polícia Judiciária cabe, em todo o Estado, aos Delegados de Polícia, nos limites de suas jurisdições, sob orientação e coordenação das autoridades superiores.

Parágrafo único - Os atos da Polícia Judiciária serão fiscalizados direta ou indiretamente pelo Corregedor Geral de Polícia.

Art. 41 - A Polícia Judiciária compreende:

I - as diligências policiais e os atos de investigação de infrações penais (crimes e contravenções) e de identificação de seus autores e co-autores;

II - a triagem e a custódia de suspeitos de infrações penais;

III - a instauração e realização de inquéritos e processos de sua competência;

IV - lavratura de auto de prisão em flagrante;

V - cumprimento de mandados judiciais de prisão, busca, apreensão e demais ordens de Justiça;

VI - ação de presença nos recintos ou locais de possíveis ocorrências policiais, para as providências necessárias;

VII - os registros e atestados policiais e demais atos previstos no Código de Processo Penal ou em leis especiais.

§ 1º - No desempenho de suas atribuições, os delegados de polícia e seus auxiliares far-se-ão presentes nos recintos ou locais de possíveis ocorrências policiais, para o seu pronto atendimento, comparecerão ao local de crime e praticarão as diligências necessárias à apuração das infrações penais e à identificação de seus autores, realizando os inquéritos e processos de sua alçada, valendo-se, para tanto, dos serviços técnico-científicos e das perícias médico-legais previstas em lei e regulamento.

§ 2º - Ao Delegado de Polícia, como autoridade responsável pela direção e regular funcionamento da unidade policial, incumbe atender as partes, receber reclamações, solucionar ocorrências policiais de sua alçada, administrar a Delegacia, bem como requisitar, ao Comandante do Destacamento Policial da localidade, pessoal necessário às diligências policiais na esfera de suas atribuições.

CAPÍTULO II

POLICIAMENTO E FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

Art. 42 - O policiamento e fiscalização de trânsito têm como fins dirigir e disciplinar atividades regulares pelo Código Nacional de Trânsito, no Estado.

Art. 43 - São missões do policiamento e fiscalização de trânsito, além de outras previstas em leis e regulamentos:

I - a manutenção dos pontos de controle e patrulha do trânsito;

II - desenvolvimento de programa de educação junto ao público em geral, especialmente condutores de veículos e escolares;

III - a implantação da sinalização luminosa e estatigráfica;

IV - a vistoria nos veículos, para a verificação das condições mínimas de segurança a serem satisfeitas;

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V - verificação e autuação de infrações e apresentação do infrator à autoridade policial competente, quando for o caso;

VI - tomada de providências imediatas nos casos de acidentes e outras ocorrências;

VII - a coleta de dados para a organização do serviço e o mapeamento de informações relativas às principais causas dos acidentes.

§ 1º - As atividades do policiamento e fiscalização do trânsito serão exercidas por integrantes de todos os órgãos policiais, nos termos da legislação específica.

§ 2º - As missões referidas no artigo serão realizadas segundo a competência fixada na legislação pertinente e, quando for o caso, mediante convênio com autoridades federais e municipais.

CAPÍTULO III

POLICIAMENTO CIVIL DE ORDEM E VIGILÂNCIA

Art. 44 - O policiamento civil de ordem e vigilância tem por finalidade preservar a ordem pública e prevenir a prática de atos delituosos, bem como cooperar com as autoridades competentes nas atividades de repressão criminal no Estado.

Art. 45 - São missões de policiamento civil de ordem e vigilância:

a) a vigilância nas vias e logradouros públicos, urbanos e rurais;

b) a atuação em locais ou áreas específicas, onde se presume ser possível a perturbação da ordem;

c) a atuação repressiva, nos limites de sua competência, em caso de perturbação da ordem pública;

d) a prestação de socorros de urgência e emergência, até posterior atendimento pelos órgãos adequados.

Art. 46 - O policiamento civil de ordem e vigilância, modalidade que é de prestação de serviço policial, deve ser planejado em estreita ligação com o delegado de polícia responsável pela área correspondente, observado o planejamento relativo às missões gerais atribuídas aos órgãos policiais.

Art. 47 - A partir do momento em que executantes de qualquer policiamento de ordem e vigilância tomarem conhecimento de uma ocorrência que exija providência de caráter repressivo, os atos, diligências e demais medidas que o caso reclamar serão por eles praticados na qualidade de agentes da autoridade de polícia judiciária competente e segundo normas por ela estabelecidas.

Parágrafo único - Sob pena de responsabilidade, pessoas detidas e o que for apreendido em razão de ocorrência policial deverão ser de pronto, apresentados diretamente à autoridade referida neste artigo.

CAPÍTULO IV

POLÍCIA DE INFORMAÇÕES E SEGURANÇA

Art. 48 - A polícia de informações e segurança tem por finalidade exercer as atividades de informações e contra-informações que interessem à segurança e administração do Estado, bem como as da polícia preventiva e judiciária, referentes à ordem política e social, nos limites da competência do Estado.

Art. 49 - Compete à polícia de informações e segurança praticar todos os atos administrativos e policiais necessários ao cumprimento de sua missão.

Art. 50 - São missões da polícia de informações e segurança, além de outras previstas em lei ou regulamento:

I - manter entrosamento e estreita colaboração com as autoridades federais, do Serviço Nacional de Informações, das Forças Armadas e demais órgãos policiais deste e de outros Estados, no sentido da preservação da ordem pública e segurança interna;

II - cooperar na execução das medidas tendentes a assegurar a incolumidade física dos membros do governo e altas personalidades em visita ao Estado;

III - organizar e manter serviços de fichários e arquivos sobre antecedentes políticos e sociais de nacionais e estrangeiros;

IV - manter xadrezes destinados ao recolhimento de pessoas presas ou detidas por crimes da competência da polícia de informações e segurança.

Art. 51 - As atividades da polícia de informações e segurança serão exercidas por integrantes de todos os órgãos policiais, que forem postos à sua disposição, de acordo com as diretrizes traçadas pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, e se constituem, basicamente, no Departamento de Ordem Política e Social.

TÍTULO II

DIVISÃO TERRITORIAL, JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

Art. 52 - Para a administração dos serviços policiais civis, o Estado dividir-se-á em Regiões, Comarcas, Municípios e Distritos.

Parágrafo único - Quando os serviços policiais o exigirem, a área da sede do município poderá, também, ser subdividida em Distritos Policiais, através de ato do Secretário da Segurança Pública.

Art. 53 - As Regiões Policiais serão fixadas em portaria do Secretário de Estado da Segurança Pública.

Art. 54. As Delegacias de Polícia Civil de âmbito territorial e de atuação especializada são dirigidas por Delegados de Polícia de carreira, e as Delegacias Regionais de Polícia Civil e as Divisões de Polícia Especializada, por Delegado de Polícia de, no mínimo, nível Especial.

§ 1º A direção das Superintendências, dos Departamentos de Polícia Civil de âmbito territorial e atuação especializada, da Academia de Polícia Civil, do Departamento de Trânsito de Minas Gerais, da Corregedoria-Geral de Polícia Civil, do Instituto de Identificação, a Chefia de Gabinete da Polícia Civil e o cargo de Delegado Assistente do Chefe da Polícia Civil serão exercidos exclusivamente por Delegados-Gerais de Polícia, ressalvada a Superintendência de Polícia Técnico-Científica, cuja direção compete a ocupante de cargo de Médico-Legista ou de Perito Criminal que esteja em efetivo exercício e no último nível da carreira.

§ 2º A direção do Instituto de Medicina Legal e do Instituto de Criminalística serão exercidos, respectivamente, por Médico-Legista e por Perito Criminal que estejam em efetivo exercício e no último nível da carreira.

(Artigo com redação dada pelo art. 13 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

 Art. 55 - As Delegacias de Município e Subdelegacias de Distrito serão providas de acordo com o que dispõe o Decreto-Lei nº 2.105, de 25 de abril de 1947, ficando dispensada a exigência constante da letra "e", artigo 1º do referido Decreto-Lei.

§ 1º - Na medida das possibilidades orçamentárias do Estado o Governo adotará providências no sentido de substituir as autoridades de que trata este artigo por delegados de carreira.

§ 2º - Os delegados e subdelegados mencionados neste artigo ficam subordinados aos Delegados de Polícia das respectivas comarcas sendo os primeiros substitutos destes, em suas faltas e impedimentos, no âmbito do município da sede.

§ 3º - Os elementos policiais civis em serviço nas sedes municipais e nos distritos são subordinados aos respectivos delegados e subdelegados, no exercício de suas atribuições.

Art. 56 - Poderão ser designados Delegados Especiais os Delegados de Carreira aposentados e os Oficiais da Polícia Militar, da ativa, da reserva ou reformados.

Parágrafo único - A designação de Oficiais da Polícia Militar atenderá ao disposto no artigo 655 e seus parágrafos, do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 11.636, de 29 de janeiro de 1969.

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TÍTULO III

SERVIÇOS EM CONVÊNIO E AUXILIARES

 

Art. 57 - O Estado poderá exercer os serviços policiais de competência da União, que lhe foram conferidos por esta, mediante convênio.

LIVRO IV

ESTRUTURA DAS SÉRIES DE CLASSES POLICIAIS CIVIS

Art. 58 - Os cargos da Polícia Civil do Estado, de natureza estritamente policial, constantes dos anexos da presente Lei Orgânica, passam a integrar, com as respectivas composições por séries de classes, onde couberem, os Anexos da Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, com as respectivas modificações.

Art. 59 - Para os efeitos desta lei, consideram-se cargos de natureza estritamente policial os de:

a) Delegado de Polícia;

b) Médico-Legista;

c) Perito Criminal Especialista;

d) Perito Criminal;

e) Perito de Trânsito;

f) Pesquisador-Datiloscopista;

g) Escrivão de Polícia;

h) Escrevente de Polícia;

i) Detetive;

j) Guarda Civil;

l) Fiscal de Trânsito;

m) Identificador;

n) Auxiliar de Necropsia;

o) Vigilante Policial de Presídio;

p) Carcereiro.

Parágrafo único - Enquanto lotados na Secretaria de Estado da Segurança Pública e com seus ocupantes no efetivo exercício de serviços de natureza estritamente policial, cargos das séries de classes de Fotógrafo, Motorista e Rádio-Operadores serão equiparados aos relacionados no artigo, para todos os efeitos, desde que habilitados em cursos específicos ministrados pela Academia de Polícia.

Art. 60 - O ocupante de cargo de natureza estritamente policial, que exerça cargo de chefia ou direção de igual natureza, na Secretaria de Estado da Segurança Pública, perceberá as vantagens do cargo efetivo que ocupa, incidentes, segundo opção a qualquer tempo, sobre o valor do vencimento do cargo em comissão ou sobre o vencimento do cargo efetivo.

Parágrafo único - Enquanto não se fixar a estrutura e as atribuições dos cargos de Polícia Civil do Estado e, consequentemente, a natureza dos cargos de direção ou chefia, consideram-se de natureza policial, para os efeitos do artigo e demais desta lei, os cargos de chefia ou direção em unidades subordinadas aos Órgãos Superiores da Polícia Civil, bem como aos Órgãos de Apoio e Assessoramento.

TÍTULO ÚNICO

CAPÍTULO I

DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 61 - Ao Delegado de Polícia incumbe, além do exercício de funções na administração policial, a direção e a execução de

serviços de polícia judiciária, de vigilância e administrativa na unidade respectiva, nos termos desta lei e regulamentos.

CAPÍTULO II

MÉDICO-LEGISTA

Art. 62 - O Médico-Legista é o servidor policial que tem a seu cargo os exames macroscópicos, microscópicos e de laboratório, em cadáveres e em vivos, para determinação da "causa-mortis" ou da natureza de lesões e a conseqüente elaboração de laudos periciais.

CAPÍTULO III

PERITO CRIMINAL ESPECIALISTA

Art. 63 - O Perito Criminal Especialista é o servidor policial que tem a seu cargo a realização de exames e análises relacionados com a física, química e biologia legais, e de perícias grafotécnicas, inclusive em documentos vazados em idiomas estrangeiros, aplicados à criminalística.

CAPÍTULO IV

PERITO CRIMINAL

Art. 64 - O Perito Criminal é o servidor policial que tem a seu cargo o trabalho especializado de investigação e pesquisa policial, que consiste em examinar peças, apurar evidências ou colher indícios em locais de crimes ou acidentes, ou em laboratórios, visando a fornecer os elementos esclarecedores para a instrução de inquéritos policiais e processos criminais.

CAPÍTULO V

PERITO DE TRÂNSITO

Art. 65 - O Perito de Trânsito é o servidor policial que tem a seu cargo trabalhos técnicos, que consistem em realizar exames periciais destinados a apurar causas e responsabilidades em acidentes de trânsito.

CAPÍTULO VI

PESQUISADOR-DATILOSCOPISTA

Art. 66 - O Pesquisador-Datiloscopista é o servidor policial que tem a seu cargo a classificação, pesquisa e arquivamento de fichas datiloscópicas, bem como prestar auxílio de sua especialidade às perícias criminais.

Art. 67 - Os atuais ocupantes dos cargos de Perito Criminal que, anteriormente à Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, exerciam os cargos de Datiloscopista, serão enquadrados, por ato do Executivo, nas classes e níveis correspondentes da série de classes de Pesquisador-Datiloscopista.

Parágrafo único - aplica-se a regra do artigo ao Perito Criminal nomeado posteriormente à Lei 3.214, e que, à data da publicação desta lei, se encontrar prestando serviços de pesquisa datiloscópicas no Departamento de Identificação, há mais de seis meses.

CAPÍTULO VII

ESCRIVÃO DE POLÍCIA

Art. 68 - O Escrivão de Polícia é o servidor policial que tem a seu cargo o trabalho de elaboração dos inquéritos policiais e processos sumários e, quando necessário, execução de tarefas administrativas, guarda e conservação das instalações e pertences das Delegacias.

CAPÍTULO VIII

ESCREVENTE DE POLÍCIA

Art. 69 - O Escrevente de Polícia é o servidor policial que tem a seu cargo trabalhos que consistem em executar tarefas auxiliares, administrativas, de elaboração e preparação de inquéritos, sob a orientação do Escrivão de Polícia.

CAPÍTULO IX

DETETIVE

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Art. 70 - Detetive é o servidor policial que tem a seu cargo a investigação e coleta de elementos para elaboração de inquéritos e processos sumários, policiamento preventivo especializado, cumprimento de mandados, escolta de presos e investigação sobre paradeiros de pessoas desaparecidas.

CAPÍTULO X

GUARDA-CIVIL

Art. 71 - Ao Guarda civil incumbe o exercício de atividade de policiamento civil de ordem e vigilância, definidos nesta lei.

Parágrafo único - Mediante especificação em regulamento, a série de classes de Guarda-civil compreenderá cargos reservados, em número proporcional às necessidades do serviço, a homens e a mulheres, para atender às peculiaridades do policiamento geral e do policiamento feminino.

Art. 72 - Além da série de classes referida no artigo anterior, haverá na guarda-civil mais a seguinte, com as respectivas classes ascendentes:

Guarda-Civil Músico I;

Guarda-Civil Músico II;

Guarda-Civil Músico III;

Guarda-Civil Músico de Classe Especial.

CAPÍTULO XI

FISCAL DE TRÂNSITO

Art. 73 - Ao Fiscal de Trânsito incumbe, nos termos da legislação específica, fiscalizar a movimentação de veículos, a fim de manter a normalização do tráfego e verificar o cumprimento das leis e dos regulamentos de trânsito.

CAPÍTULO XII

IDENTIFICADOR

Art. 74 - O Identificador é o servidor policial que tem a seu cargo trabalho que consiste em tomar as impressões digitais para fins de identificação civil e criminal, inclusive de cadáveres, reclusos e dementes.

CAPÍTULO XIII

AUXILIAR DE NECRÓPSIA

Art. 75 - (Revogado pelo inciso II do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

Dispositivo revogado:

"Art. 75 - O Auxiliar de Necropsia é o servidor policial que, no serviço médico-legal, tem a seu cargo trabalho que consiste em auxiliar nas exumações, operação e dissecação, recomposição, suturas e pesagens de cadáveres, sob orientação imediata do médico, e em cuidar de limpeza e desinfeção dos locais e instrumentos de trabalho."

CAPÍTULO XIV

VIGILANTE DE PRESÍDIO

Art. 76 - O Vigilante de Presídio é o servidor policial que, prestando serviços em estabelecimentos penais subordinados à Secretaria de Estado da Segurança Pública, tem a seu cargo trabalho de vigilância, disciplina e movimentação de detentos.

Art. 77 - Os atuais Vigias que integram a série de classes previstas no Anexo II, da Lei 3.214, de 16 de outubro de 1964, lotados na Secretaria de Estado da Segurança Pública, em Serviço de Vigilância policial, serão classificados, por ato do Executivo, nas classes e níveis correspondentes da série de classes de Vigilante de Presídio.

Parágrafo único - Serão automaticamente suprimidos, no anexo II, da Lei 3.214, onde couber, os cargos vagos em decorrência da classificação de que trata este artigo.

CAPÍTULO XV

CARCEREIRO

Art. 78 - O Carcereiro é o servidor policial de classe singular que tem a seu cargo o recolhimento, movimentação, disciplina e vigilância de presos nas cadeias públicas, guarda de valores e pertences de detentos, escrituração dos livros de registros das carceragens e cuidados com a limpeza das celas e adjacências.

(Vide art. 1º da Emenda à Constituição nº 52, de 28/12/2001.)

LIVRO V

Estatuto do Servidor Policial

TÍTULO I

Ingresso na Polícia Civil

CAPÍTULO I

Aspirante

 Art. 79 - Todo candidato a cargo de natureza estritamente policial terá de ser previamente aprovado em curso ministrado pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

Art. 80 - São requisitos para matrícula em curso da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais:

I - ser brasileiro;

II - ter no mínimo dezoito anos;

(Inciso com redação dada pelo art. 13 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

III - estar no gozo dos direitos políticos;

IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;

V - ter procedimento irrepreensível;

VI - gozar de boa saúde física e mental, comprovada por:

a) avaliação psicológica, feita por meio de testes psicológicos;

b) exames biomédicos, visando comprovar a sanidade física;

c) exames biofísicos, feitos por meio de testes físicos específicos;

(Inciso com redação dada pelo art. 13 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

VII - possuir inteligência, aptidões específicas e personalidade adequada ao exercício profissional, apuradas em exame psicológico realizado pela Academia de Polícia;

VIII - ter sido habilitado, previamente, em concurso público de provas ou de provas e títulos realizado pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, ressalvadas as modalidades previstas nos artigos 112 e 114 desta lei;

(Inciso com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

IX - ter, no caso de candidato à carreira de Investigador de Polícia, habilitação ou permissão para dirigir veículo automotor, no mínimo, na categoria "B";

(Inciso com redação dada pelo art. 13 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

X - ter atendido a outras prescrições legais para determinados cargos; e

XI - satisfazer aos demais requisitos previstos em regulamentos ou em edital de concurso.

Parágrafo único - A inspeção médica de que trata o item VI deste artigo será realizada pelo órgão designado pela Academia de Polícia Civil.

Art. 81 - O candidato aprovado no concurso, até o limite das vagas existentes na inicial de série de classes, será matriculado, mediante prévia autorização do Governador do Estado, no curso próprio da Academia e, designado Aspirante, fará jus a uma bolsa de estudo, durante toda a realização do curso, equivalente

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a 50% (cinquenta por cento) do valor correspondente à remuneração atribuída à inicial da série de classes para a qual se tenha candidatado.

Parágrafo único. O aspirante a carreiras policiais civis que aceitar bolsa de estudo firmará termo de compromisso, obrigando-se a devolver ao Estado, em dois anos, pelo valor reajustado monetariamente na forma de regulamento, sem juros, o total recebido a esse título, bem como o montante correspondente ao valor dos serviços escolares recebidos, no caso de:

I - abandono do curso sem ser por motivo de saúde;

II - não tomar posse no cargo para o qual foi aprovado; ou

III - não permanecer na carreira pelo período mínimo de cinco anos após o término do curso, salvo se em decorrência de aprovação e posse em cargo de carreira da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 14 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010)

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 11180, de 10/8/1993.)

Art. 82 - O curso de Aspirante terá a duração de 6(seis) meses, sendo dividido em duas fases:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

a) fase de formação, em que o aspirante freqüentará, em regime de tempo integral, as aulas do curso;

b) fase de treinamento em que o Aspirante, sem prejuízo da freqüência às aulas do curso, prestará serviços às Delegacias e Departamentos, a fim de adquirir os ensinamentos práticos relacionados com as funções do cargo para o qual se tenha candidatado.

§ 1º - A critério do Secretário de Estado da Segurança Pública, a duração dos cursos poderá ser reduzida até 3(três) meses, de forma intensiva, observando-se a carga-horária mínima de 720(setecentos e vinte) horas-aula.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 6640, de 14/10/1975.)

§ 2º - O curso reduzido, na forma do § 1º, comportará atividades de classe e estágio profissionalizante, atribuindo-se nas atividades de classe um mínimo de 480(quatrocentos e oitenta) horas-aula.

(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 6640, de 14/10/1975.)

Art. 83 - Ao término das fases enumeradas no artigo anterior, o Aspirante será automaticamente inscrito ao concurso, para o provimento do cargo inicial da carreira para a qual se tenha candidatado e que se realizará no prazo de trinta dias.

Parágrafo único - O Aspirante que for considerado infreqüente a mais de vinte e cinco por cento das aulas dadas, por motivo de acidente em serviço, poderá fazer o concurso, desde que possa recuperar a instrução perdida, caso contrário, aguardará o início de outro curso.

Art. 84 - Em qualquer época, o Aspirante poderá ser sumariamente dispensado, por conveniência da Polícia Civil, independentemente de ter sofrido punição disciplinar.

Art. 85 - Constitui motivo para dispensa obrigatória e imediata do Aspirante a verificação das seguintes ocorrências:

a) tenha praticado duas transgressões disciplinares classificadas como faltas graves;

b) haja sido constatada incapacidade moral ou física ou profissional;

c) tenha sido considerado infreqüente ao serviço e às aulas ou tenha sido reprovado no curso ou concurso;

d) haja se envolvido, antes do ingresso na Academia ou durante o curso, em fato que o comprometa moral ou profissionalmente;

e) o que já houver cumprido sentença por crime aviltante ou tiver sido expulso de outro organismo policial e tenha omitido tais ocorrências no Boletim de Informações.

Art. 86 - O ensino, o treinamento, o recrutamento e a seleção de pessoal no âmbito da Secretaria de Estado da Segurança Pública, é privativo da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, ficando vedada a criação ou manutenção de quaisquer cursos por órgãos da mesma Secretaria, sob pena de responsabilidade dos seus chefes.

Parágrafo único - Os programas de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal serão executados após audiência do Instituto de Administração Pública, da Secretaria de Estado da Administração.

CAPÍTULO II

CONCURSO

Art. 87 - A primeira investidura em cargo da Polícia Civil, para pessoas estranhas aos quadros de funcionalismo público, ressalvadas as disposições contidas nos artigos 112 e 114 desta lei, far-se-á mediante concurso de provas realizado pela Academia de Polícia, dentre os Aspirantes habilitados nos respectivos cursos.

§ 1º - Para atender ao disposto no artigo, reservar-se-ão 50%(cinqüenta por cento) das vagas existentes na classe inicial de qualquer das séries de classes mencionadas no artigo 59 desta lei.

§ 2º - A modalidade de provimento de que trata o artigo tem preferência sobre as outras mencionadas nesta lei.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

Art. 88 - Realizado o concurso, será expedido pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais o certificado de habilitação, passando o aprovado a aguardar a competente nomeação.

CAPÍTULO III

NOMEAÇÃO

Art. 89 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação dos candidatos habilitados em concurso.

Art. 90 - Só o funcionário portador do certificado de conclusão do respectivo curso, mantido com esse fim pela Academia de Polícia, poderá ser nomeado para direção ou chefia de unidade subordinada aos Órgãos Superiores da Polícia Civil.

Art. 91 - A nomeação para cargos de chefia, a serem ocupados por delegados de polícia de carreira, obedecerá ao disposto no Título II, do Livro III, desta Lei Orgânica.

Art. 92 - Só poderão ser nomeados para o cargo de Inspetor Geral do Corpo de Detetives os Inspetores-Detetives; para o de Inspetor-Detetive, os Subinspectores de Detetives; e para o de Subinspetor de Detetives, os ocupantes da final da série de classes de Detetives; para o cargo de Inspetor Geral do Serviço do Corpo de Escrivães e Escreventes, os Chefes de Cartórios; e para o de Chefe de Cartório, os ocupantes da final da série de classe de Escrivães; para o cargo de Inspetor Geral da Guarda Civil, os Inspetores de Divisão de Policiamento; para o de Inspetor de Divisão de Policiamento, os Inspetores de Policiamento; para o cargo de Inspetor de Policiamento, os Subinspetores de Policiamento; e para o de Subinspetor de Policiamento, os ocupantes da final da série de classes de Guarda Civil; para os cargos de Inspetor Geral de Trânsito e Inspetor Auxiliar de Trânsito, os Chefes de Distrito de Trânsito; para o de Chefe de Distrito de Trânsito, os Fiscais de Turma de Trânsito; e para o de Fiscal de Turma de Trânsito, os de ocupantes da final da série de classes de Fiscais de Trânsito.

Parágrafo único - Quando os cargos de Chefia de que trata este artigo forem em número superior aos da classe final da respectiva carreira, os excedentes poderão ser providos por

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ocupantes da classe imediatamente inferior, obedecido o requisito do artigo 90.

CAPÍTULO IV

POSSE

Art. 93 – Só poderá ser empossado em cargo com atribuições e responsabilidades de natureza estritamente policial, quem, além do cumprimento das exigências previstas no artigo 80 desta lei e seu parágrafo único, houver atendido às condições especiais prescritas em outras leis e regulamentos para determinados cargos.

Art. 94 – O Aspirante a cargo de natureza estritamente policial, ao ser nomeado, deverá tomar posse imediatamente, podendo, no entanto, em casos justificados, a administração policial conceder-lhe prazo não superior a trinta dias para o ato.

CAPÍTULO V

EXERCÍCIO

Art. 95 – O exercício de nomeado para cargo de natureza estritamente policial terá início imediatamente à posse.

§ 1º - No caso de remoção ou promoção, o exercício terá início dentro do prazo de quinze dias, contados da data da publicação oficial do respectivo ato.

§ 2º - Quando a remoção ou promoção não importar em mudança de município, o policial deverá entrar em exercício no prazo de dois dias.

§ 3º - No interesse do serviço, o Secretário de Estado da Segurança Pública poderá determinar que o servidor assuma de imediato o exercício do cargo.

Art. 96 – Os servidores da Polícia Civil não poderão exercer funções diferentes daquelas para as quais foram nomeados.

Parágrafo único – Não se compreende na proibição deste artigo o exercício:

I – em cargo de direção da Polícia Federal, quando nomeado pelo Governo da União;

II – no Gabinete do Governador do Estado e do Secretário de Estado da Segurança Pública;

III – as funções de direção ou chefia em qualquer órgão policial da Secretaria de Estado da Segurança Pública;

IV – na Chefia da Polícia Rodoviária Estadual;

V – no Serviço Nacional de Informações;

VI – na Presidência da Comissão de Controle de Veículos Oficiais;

VII – em funções correlatas nas Corregedorias da Secretaria de Estado de Administração.

Art. 97 – Perderá as vantagens inerentes ao cargo o servidor policial que se afastar, por qualquer motivo, do serviço de natureza estritamente policial.

§ 1º - A determinação deste artigo não atinge os servidores mencionados nos itens II a VII do artigo 96 e os que servirem em qualquer setor técnico ou científico da administração policial.

§ 2º - A supressão das vantagens, nos casos de que trata este artigo, será automática e o funcionário que autorizar pagamento com a inobservância da respectiva determinação ficará obrigado a repor ao Estado a importância indevidamente paga.

Art. 98 – A freqüência aos cursos da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais é considerada como de efetivo exercício, para fins de aposentadoria e gratificação por tempo de serviço.

CAPÍTULO VI

ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 99 – O Policial aprovado e diplomado no concurso será submetido a estágio probatório de um ano, durante o qual serão apurados os seguintes requisitos:

(Caput com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

a. idoneidade moral;

b. pontualidade;

c. assiduidade;

d. disciplina; e

e. eficiência.

Parágrafo único - A apuração dos requisitos compete ao órgão a que se subordina o policial e deverá processar-se de modo a que a exoneração do servidor que não os satisfizer, possa ser feita antes de findo o período de estágio, por proposta do Conselho Superior da Polícia Civil.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

Art. 100 – O servidor sujeito a estágio probatório não poderá ser nomeado para cargo de provimento em comissão ou designação para exercício de função gratificada.

Art. 101 – A estabilidade do servidor que houver satisfeito os requisitos do estágio, não dependerá de qualquer novo ato.

TÍTULO II

PROMOÇÃO

Art. 102 – A promoção dos servidores ocupantes dos cargos de natureza estritamente policial obedecerá às normas especiais, a serem baixadas em regulamento pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, com aprovação do Governador do Estado.

Parágrafo único – As normas especiais de que trata este artigo prevalecerão, em qualquer caso, sobre as normas gerais baixadas para os demais cargos do funcionalismo público civil do Estado e estas somente serão aplicadas, subsidiariamente, quando não se conflitarem com aquelas.

Art. 103 - (Revogado pelo art. 7º da Lei Complementar nº 23, de 26/12/1991.)

Dispositivo revogado:

"Art. 103 – As promoções de que trata o artigo anterior serão realizadas, anualmente, nos meses de junho e dezembro."

Art. 104 – As promoções obedecerão a critérios de antigüidade, merecimento, ato de bravura e tempo de serviço, devendo ocorrer anualmente, nos meses de junho e dezembro.

(Artigo com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 74, de 8/1/2004.)

Art. 105 – Não poderá ser promovido por merecimento o candidato que:

I – estiver em exercício fora da Secretaria da Segurança Pública, salvo em serviço de caráter estritamente policial, ou os referidos no parágrafo único do artigo 96;

II – estiver afastado para tratar de interesses particulares;

III – tiver sofrido pena disciplinar de suspensão por mais de dez dias, nos doze meses anteriores à publicação da lista de promoção.

Art. 106 – As vagas para promoção por antigüidade serão deduzidas ao número necessário à promoção, que fica assegurada, do servidor policial civil que pratique ato de bravura.

§ 1º - Compreende-se por ato de bravura a prática de ação meritória excepcional, em que um ou mais policiais civis, em circunstâncias adversas, assumiram o risco de expor sua própria vida ou saúde no estrito cumprimento do dever funcional ou cívico.

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§ 2º - A promoção por ato de bravura implicará a freqüência de curso próprio, uma vez que o funcionário promovido permaneça na função.

Art. 107 – O interstício mínimo para a promoção é de dois anos, podendo ser reduzido à metade e até dispensado, desde que não haja, na classe, candidato com interstício completo, ou quando o número de vagas a serem preenchidas for superior ao número de candidatos com interstício completo.

Art. 108 – Para a promoção por merecimento, é requisito necessário a apresentação de certificado de conclusão do curso para esse fim mantido pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

Art. 109 – Serão promovidos por merecimento os Delegados de Polícia escolhidos pelo Chefe do Poder Executivo, entre os que figurarem em lista organizada pelo Conselho Superior da Polícia Civil.

Parágrafo único – A lista referida neste artigo, disposta em ordem alfabética, conterá tantos nomes quantas forem as vagas, mais dois.

Art. 110 – A classificação para promoção nas demais carreiras policiais civis será processada pelo Conselho Superior de Polícia Civil, que contará com tantas Comissões de Promoções quantas necessárias, com as atribuições que lhes forem determinadas em regulamento.

Art. 111 – Os policiais invalidados ou mortos, em conseqüência de lesões recebidas no exercício da função, serão promovidos à classe imediatamente superior, independentemente de vaga.

CAPÍTULO III

ACESSO

Art. 112 – Acesso é a elevação do servidor, cujo cargo integre classe singular ou série de classes de natureza policial, para o cargo inicial de qualquer das séries de classes mencionadas no artigo 59, mediante prova de seleção ou aprovação em curso de treinamento para esse fim instituído, na Academia de Polícia Civil, respeitada a habilitação profissional.

Parágrafo único - Além das condições fixadas neste artigo, são exigências para o acesso novos exames médico, psicológico e de capacidade física, a serem realizados em órgão oficial do Estado, por indicação da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

Art. 113 - Para o acesso será observado como reserva de cargos, o limite mínimo de 30% (trinta por cento), das vagas existentes na classe inicial de qualquer das séries de classes mencionadas no artigo 59 desta Lei.

(Artigo com redação dada pelo art. 9º da Lei nº 8181, de 30/4/1982.)

TÍTULO IV

TRANSFERÊNCIA

Art. 114 - Transferência é a movimentação de funcionários, mediante curso de treinamento e prova de seleção, realizados pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, respeitada a habilitação profissional.

§ 1º - A transferência somente poderá dar-se para o cargo inicial de qualquer das séries de classes referidas no artigo 59 desta lei.

§ 2º - Para atender ao disposto no artigo, reservar-se-ão 25%(vinte e cinco por cento) das vagas existentes na classe inicial de qualquer das séries de classes mencionadas no artigo 59 desta lei.

§ 3º - Ao curso de transferência poderão candidatar-se funcionários públicos da administração estadual direta.

§ 4º - Além das condições fixadas no artigo, são exigências para a transferência novos exames médico, psicológico e de capacidade física, a serem realizados por órgão oficial do Estado, indicado pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

§ 5º - No caso de não se candidatarem funcionários em número suficiente para o provimento das vagas destinadas à transferência, poderão, as restantes delas, ser providas por candidatos estranhos ao serviço público estadual, mediante concurso de provas realizado pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei nº 5980, de 11/9/1972.)

TÍTULO V

REMOÇÃO

Art. 115 – Os integrantes dos órgãos policiais só poderão ser removidos, de um município para outro:

I – a pedido;

II – por permuta;

III – com o seu consentimento, por escrito, após consulta prévia;

IV – no interesse do serviço policial e por

V – conveniência da disciplina.

Art. 116 – Nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior os Delegados de Polícia só poderão ser removidos mediante prévia sindicância regular e justificativa das providências, assegurando-se-lhes plena defesa no caso de lhe serem argüidas irregularidades, e depois de ouvido o Conselho Superior da Polícia Civil.

Art. 117 – O servidor policial, em regime de estágio probatório, poderá ser removido por interesse do serviço.

CAPÍTULO VI

APOSENTADORIA

Art. 118 – O ocupante de cargo de natureza estritamente policial será aposentado:

I – por invalidez;

II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade; e

III – voluntariamente, após trinta e cinco anos de serviço.

(Vide art. 1º da Lei Complementar nº 98, de 6/8/2007.)

Art. 119 – Os proventos da aposentadoria serão:

I – iguais ao vencimento e demais vantagens pecuniárias incorporadas àquele para esse efeito:

a. quando ocorrer a invalidez; e

b. quando, contando tempo de serviço público em geral para aposentadoria, após trinta e cinco anos de serviço, tiver pelo menos dez anos de serviço dedicados exclusivamente às atividades policiais;

II – qualquer alteração de vencimento e vantagens dos servidores policiais em atividade, em virtude de medida geral, será extensiva aos proventos dos inativos na mesma proporção.

(Vide art. 1º da Lei Complementar nº 98, de 6/8/2007.)

Art. 120 – A aposentadoria do servidor policial, por invalidez, dar-se-á mediante prévia inspeção médica, procedida com observância das normas próprias.

TÍTULO VII

FÉRIAS E LICENÇAS

Art. 121 – As férias e licenças para os servidores policiais civis processar-se-ão na forma de legislação comum ao funcionalismo público civil do Estado.

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Art. 122 – Quando razões de interesse público o exigirem, a autoridade competente poderá suspender a concessão ou determinar a interrupção do gozo de férias, que poderão ser iniciadas, cessados os motivos que determinaram a suspensão ou interrupção.

Art. 123 – A licença para tratamento de saúde ao servidor policial civil será concedida pelas chefias dos órgãos policiais a que pertença o servidor, mediante prévia inspeção médica procedida na conformidade de instruções a serem baixadas pelo Secretário da Segurança Pública.

TÍTULO VIII

REGIME DO TRABALHO POLICIAL

Art. 124 – Os ocupantes de cargos de natureza estritamente policial, mencionados no artigo 59 e os de cargos de chefia ou direção assim considerados nos termos do artigo 60, sujeitam-se ao expediente normal das repartições públicas estaduais e ao regime do trabalho policial civil, que se caracteriza:

I – pela prestação de serviço em condições adversas de segurança, com risco de vida, cumprimento de horários normais e irregulares, sujeito a plantões noturnos e a chamados a qualquer hora e dia, inclusive nos dias de dispensa do trabalho;

II – pela realização de diligências policiais em qualquer região do Estado ou fora dele.

TÍTULO IX

REMUNERAÇÃO

Art. 125 – A contraprestação pecuniária pelo exercício de cargo de natureza estritamente policial civil é a remuneração, que se compõe do vencimento e das vantagens previstas nesta lei.

Art. 126 – Vencimento é a retribuição pecuniária correspondente ao valor fixado em lei para o nível ou símbolo do cargo exercido.

Art. 127 – O ocupante de cargo de natureza estritamente policial somente poderá auferir as seguintes vantagens:

I – adicional pelo regime de trabalho policial civil;

(Vide art. 1º da Lei Delegada nº 45, de 26/7/2000.)

II – adicionais por tempo de serviço;

III – gratificação a título de:

a) magistério em curso de treinamento ou outro curso regularmente instituído na Academia de Polícia Civil de Minas Gerais;

b) trabalho técnico-científico, não decorrente das atribuições normais do cargo;

c) participação em banca examinadora de concurso;

d) ajuda de custo;

e) diárias;

f) participação em órgão de deliberação coletiva;

g) exercício de cargo de chefia ou direção;

h) gratificação por risco de contágio, nos termos da legislação própria;

i) gratificação de gabinete;

j) gratificação de tempo integral.

(Vide art. 8º da Lei nº 7922, de 23/4/1981.)

(Vide art. 5º da Lei nº 9769, de 31/5/1989.)

Parágrafo único – Com exceção dos adicionais por tempo de serviço das gratificações a título de ajuda de custo e a título de exercício de cargo de chefia, esta quando fixada em lei, as demais vantagens pecuniárias serão concedidas nos termos do regulamento.

Art. 128 – O adicional pelo regime de trabalho policial civil será fixado por decreto, em base de percentagem, igualitária ou

diferencialmente incidente sobre o vencimento atribuído ao cargo de natureza estritamente policial, permitindo-se a incorporação das gratificações atualmente existentes.

Parágrafo único – Salvo no caso da incorporação prevista no artigo, são mantidas as gratificações de tempo integral para os servidores que atualmente as percebem em cargos, inclusive de chefia, de natureza estritamente policial.

Art. 129 – Estende-se como gratificação a título de exercício de cargo de chefia ou direção, além de outras instituídas em lei, aquela decorrente da opção prevista no artigo 36, § 3º, da Lei n. 3.214, de 16 de outubro de 1964.

Art. 130 – Os proventos dos servidores aposentados em cargos de natureza estritamente policial não poderão exceder à remuneração percebida por servidor em atividade, ocupante de igual cargo e com o mesmo tempo de serviço com que se aposentou o inativo.

TÍTULO X

SUBSTITUIÇÃO

Art. 131 – A substituição de chefia dos órgãos policiais civis será feita com observância das normas baixadas para o funcionalismo público estadual, em geral, obedecido estritamente o princípio da hierarquia estabelecido nesta lei.

TÍTULO XI

ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR

Art. 132 – Ao policial civil será assegurada assistência médico-hospitalar, na forma regulamentar.

TÍTULO XII

PRISÃO ESPECIAL

Art. 133 – A prisão do policial civil obedecerá às prescrições da legislação sobre prisão especial.

TÍTULO XIII

PENSÃO ESPECIAL

Art. 134 – À família do servidor policial que falecer em conseqüência de acidente no desempenho de suas funções ou de ato por ele praticado no estrito cumprimento do dever, é assegurada uma pensão especial que não poderá ser inferior ao vencimento e demais vantagens que percebia à época do evento.

Parágrafo único – A pensão especial de que trata o artigo caberá, em partes iguais, à viúva, enquanto perdurar a viuvez, e aos filhos solteiros ou sem rendimentos próprios, válidos, até vinte e um anos de idade e será sempre reajustada nas mesmas bases do reajustamento que for concedido à remuneração do cargo equivalente.

TÍTULO XIV

INCOMPATIBILIDADES, IMPEDIMENTOS E SUSPENSÕES

Art. 135 – O exercício do cargo policial, no regime especial de trabalho, é incompatível com o de qualquer outro cargo, emprego ou atividade profissional remunerada.

Parágrafo único – Só é admissível a acumulação com um cargo de magistério ou atividade da mesma natureza, verificada, em qualquer caso, a inexistência de prejuízo para o serviço.

Art. 136 – A incompatibilidade dos integrantes dos órgãos policiais, por impedimento de parentesco e motivos de suspeição, será disciplinada em regulamento.

Parágrafo único – Enquanto não for baixado o regulamento de que trata este artigo, a incompatibilidade obedecerá à aplicação analógica da lei processual penal, normas regulamentares vigentes, bem como ao suplemento dos princípios gerais do direito.

Art. 137 – O exercício de qualquer cargo policial é incompatível com o de vereador ou funcionário municipal.

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§ 1º - Não poderá ser nomeado delegado de polícia, salvo prévia renúncia, o vereador à Câmara Municipal e seu respectivo suplente.

§ 2º - Salvo afastamento legal, não poderá candidatar-se a cargo eletivo de vereador qualquer ocupante de cargo de natureza estritamente policial.

TÍTULO XV

DECLARAÇÃO DE BENS

Art. 138 – A quem for nomeado para qualquer cargo de natureza policial será exigida, obrigatoriamente, declaração de bens e valores que possua, assim como os do seu cônjuge, se casado for.

Parágrafo único – A declaração será registrada na Superintendência de Polícia Judiciária e Correições.

Art. 139 – Desde que tenham ocorrido modificações que importem no aumento ou diminuição do patrimônio do declarante, ou, em qualquer caso, alienação, aquisição ou permuta de bens, será a declaração renovada pelo menos de dois em dois anos.

Parágrafo único – No caso de aposentadoria ou exoneração a pedido, será exigido, previamente, nova declaração de bens.

Art. 140 – A declaração compreende imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, jóias, títulos, ações e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais.

TÍTULO XVI

DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 141 – É permitido ao servidor policial requerer ou representar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, desde que o faça dentro das normas de urbanidade e em termos, observadas as seguintes regras:

I – nenhuma solicitação, qualquer que seja sua forma, poderá ser:

a) dirigida à autoridade incompetente para decidi-la; e

b) encaminhada, senão por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o servidor;

II – o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos argumentos e será sempre dirigido à autoridade que tiver expedido o ato ou proferido a decisão;

III – nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado;

IV – o direito de pedir reconsideração decai no prazo de vinte dias, contados da publicação do ato ou do conhecimento do fato, e deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias;

V – só caberá recurso quando houver pedido de reconsideração desatendido ou não decidido no prazo legal;

VI – o recurso será dirigido à autoridade a que estiver imediatamente subordinada a que tenha expedido o ato ou proferido decisão e, sucessivamente, na escala ascendente, às demais autoridades; e

VII – nenhum recurso poderá ser dirigido mais de uma vez à mesma autoridade.

Parágrafo único – Os prazos de recursos e demais normas disciplinares do direito de pleitear obedecerão à regulamentação própria, aplicando-se, subsidiariamente, os dispositivos atinentes ao funcionalismo público em geral.

TÍTULO XVII

REGIME DISCIPLINAR

Art. 142 – As disposições constantes deste título aplicam-se a todos os servidores no exercício de funções de natureza policial.

Art. 143 – A disciplina policial fundamenta-se na subordinação hierárquica e funcional, no cumprimento das leis, regulamentos e normas de serviços.

Art. 144 – Além de outros a serem enumerados em regulamentação, são princípios básicos da disciplina policial:

I – subordinação hierárquica;

II – obediência aos superiores;

III – respeito às leis vigentes e às normas éticas;

IV – cooperação e respeito às autoridades de corporações policiais diversas e de outros poderes ou Secretarias de Estado;

V – apuração ou comunicação à autoridade competente, pela via hierárquica respectiva, da prática de transgressão disciplinar;

VI – observância das condições e normas necessárias para a boa execução das atividades policiais;

VII – espírito de camaradagem e de cooperação, mesmo quando de folga o servidor policial;

VIII – atendimento ao público em geral dentro das normas de urbanidade e sem preferência.

Art. 145 – A hierarquia no serviço policial é fixada do seguinte modo:

I – Secretário de Estado da Segurança Pública;

II – Dirigentes dos Órgãos Superiores da Polícia Civil;

III – Chefe de Departamentos Policiais e unidades equiparadas;

IV – Delegados de Polícia, observado em ordem descendente, o escalonamento da série de classes correspondentes;

V – Médicos-Legistas, Peritos Criminais Especialistas, Inspetores Gerais e Chefes de Serviços Policiais;

VI – Ocupantes das demais chefias policiais, na escala descendente de níveis de vencimentos;

VII – cargos das demais classes policiais, segundo o mesmo critério consignado no item anterior.

Parágrafo único – Para desempate no grau de hierarquia, observar-se-á o seguinte:

I – em igualdade de cargo de chefia ou de classe, é considerado superior aquele que contar com mais antigüidade num ou noutro;

II – quando a antigüidade de cargo ou classe for a mesma, prevalecerá a do cargo ou classe anterior e assim, sucessivamente, até o maior tempo de serviço na classe e, por fim, de idade.

Art. 146 – As ordens superiores devem ser prontamente executadas, quando não sejam manifestamente ilegais, cabendo a responsabilidade a quem as determinar, respondendo o agente pelos excessos que cometer.

Parágrafo único – Quando a ordem parecer obscura ou de difícil entendimento, compete ao agente solicitar os esclarecimentos necessários, no ato de recebê-la.

Art. 147 – São deveres do servidor policial, observadas as suas atribuições, além dos que lhe cabem pelo cargo, os constantes dos regulamentos vigentes especiais, os das normas comuns a todos os funcionários e os que vierem a ser consignados em nova regulamentação.

Art. 148 – Além de outras proibições vigentes ou que constarão de regulamento, é vedado ao servidor policial:

I – participar de atividades político-partidárias, salvo se licenciado para tratar de interesses particulares;

II – exercer outras ocupações, em detrimento do exercício normal e imparcial de suas funções específicas;

III – recusar-se a aceitar encargos ao cargo ou função para os quais for designado;

IV – fomentar discussões ou antagonismo entre os integrantes das diferentes carreiras ou corporações policiais, a qualquer pretexto;

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V – aceitar presentes ou donativos por motivo de cumprimento de missão policial;

VI – censurar, através de veículos de divulgação, as autoridades constituídas ou criticar os atos da administração, ressalvado o trabalho de cunho doutrinário e que tenha sentido de colaboração e cooperação com esta;

VII – quebrar sigilo de assuntos policiais, de modo a prejudicar o andamento das investigações ou outros trabalhos policiais.

CAPÍTULO I

TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

Art. 149 – Toda ação ou omissão contrária às disposições e aos deveres do servidor policial, ainda que constitua infração penal, será considerada transgressão disciplinar.

Art. 150 – São transgressões disciplinares, além de outras enumeradas nos regulamentos dos órgãos policiais e das aplicáveis aos servidores públicos em geral:

I – concorrer para a divulgação, através da imprensa falada, escrita, televisionada, de fatos ocorridos na repartição, suscetíveis de provocar escândalo e desprestígio à organização policial;

II – indispor subordinados contra os seus superiores;

III – deixar de pagar dívidas legítimas ou assumir compromissos superiores às suas possibilidades financeiras, de modo a comprometer o bom nome da instituição;

IV – manter relações de amizade com pessoas de notórios e desabonadores antecedentes criminais ou apresentar-se publicamente com elas, salvo se por motivo de serviço;

V – transferir encargos que lhe competirem ou a seus subordinados, a pessoa estranha aos quadros da repartição, ressalvadas as exceções legais;

VI – faltar com a verdade, por má-fé ou malícia, no exercício de suas funções;

VII – utilizar-se do anonimato;

VIII – deixar de comunicar à autoridade competente, informações de que tenha conhecimento, sobre fatos que interessem à atuação policial, especialmente em casos de iminente perturbação da ordem pública;

IX – apresentar, maliciosa ou tendenciosamente, partes, queixas ou reclamações;

X – dificultar, retardar ou, de qualquer forma, frustrar o cumprimento de ordens legais da autoridade competente;

XI – permutar serviço sem expressa permissão da autoridade competente;

XII – abandonar o serviço para qual tenha sido designado;

XIII – atribuir-se qualidade ou posição de hierarquia policial diversas das que efetivamente lhe correspondem;

XIV – freqüentar, exceto em razão de serviço, lugares incompatíveis com o decoro da função policial;

XV – fazer uso indevido de arma ou equipamento que lhe haja sido confiado para o serviço;

XVI – submeter a maus-tratos, vexames ou a constrangimentos não autorizados em lei, preso sob sua guarda ou custódia, bem como usar de violência desnecessária no exercício das funções policiais;

XVII – permitir que presos conservem em seu poder instrumentos com que possam causar danos nas dependências em que estejam recolhidos, ferir-se ou produzir lesões em terceiros;

XVIII – omitir-se no zelo da integridade física ou moral de preso sob sua guarda;

XIX – desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de decisão ou ordem judicial ou da autoridade policial corregedora, bem como criticá-las;

XX – dirigir-se ou referir-se a superior hierárquico e autoridades públicas de modo desrespeitoso;

XXI – publicar, sem ordem expressa da autoridade competente, ou dar oportunidade que se divulguem, documentos oficiais, ainda que não classificados como reservados;

XXII – negligenciar no cumprimento de prazos para conclusão de inquéritos policiais e processos disciplinares, bem como no que toca às demais obrigações deles decorrentes;

XXIII – prevalecer-se, abusivamente, da condição de policial;

XXIV – negligenciar a guarda de objetos e valores que, em decorrência da função ou para o seu exercício, lhe tenham sido confiados, possibilitando, assim, que se danifiquem ou extraviem;

XXV – lançar em livros e registros oficiais dados intencionalmente errôneos, incompletos ou que possam induzir a erro, bem como inserir neles anotações indevidas;

XXVI – indicar ou insinuar nomes de advogados para assistir pessoa que figura em inquérito policial ou qualquer outro procedimento;

XXVII – em razão do serviço ou fora dele, desrespeitar ou maltratar superior hierárquico, mesmo que este não esteja, na ocasião, no exercício de suas funções;

XXVIII – ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;

XXIX – provocar a paralisação, total ou parcial, do serviço policial ou dela participar;

XXX – não desempenhar a contento, intencionalmente, ou por negligência, as missões de que for incumbido;

XXXI – faltar ou chegar atrasado ao serviço ou deixar de participar, com antecedência, à autoridade a que estiver subordinado, a impossibilidade do comparecimento, salvo por motivo justo;

XXXII – apresentar-se embriagado ou sob ação de entorpecente, em serviço ou fora dele;

XXXIII – entregar-se à prática de vícios ou atos atentatórios à moral e aos bons costumes;

XXXIV – cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa que não tenham apoio em lei; e

XXXV – deixar de atender imediatamente à convocação de autoridade policial corregedora, bem assim de prestar-lhe diretamente as informações solicitadas e julgadas necessárias.

SEÇÃO I

CLASSIFICAÇÃO

Art. 151 – As transgressões disciplinares classificam-se, segundo a intensidade de dolo ou do grau da culpa, em:

I – leves;

II – médias; e

III – graves.

Art. 152 – A classificação a que se refere o artigo anterior será feita pela autoridade competente para impor a penalidade, tendo em vista o fato, suas condições e os antecedentes pessoais do transgressor.

§ 1º - Só se torna necessária e eficaz a aplicação da pena quando dela advém benefício ao punido, pela sua reeducação, ou à classe a que pertence, pelo fortalecimento da disciplina e da justiça.

§ 2º - Será sempre classificada como grave a transgressão que for:

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I – de natureza infamante e desonrosa;

II – ofensiva à dignidade policial ou profissional;

III – atentatória às instituições ou à ordem legal;

IV – decorrente da prática de ação ou omissão deliberada, prejudicial ao serviço policial; e

V – contrária aos preceitos da hierarquia e de respeito à autoridade.

SEÇÃO II

CAUSAS E CIRCUNSTÂNCIAS QUE INFLUEM NO JULGAMENTO

 

Art. 153 – Influem no julgamento das transgressões as causas justificativas e as circunstâncias atenuantes e agravantes.

§ 1º - São causas justificativas:

I – ignorância, plenamente comprovada, quando não atente contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade;

II – motivo de força maior plenamente comprovado e justificado;

III – ter sido cometida a transgressão na prática de ação meritória, no interesse do serviço, da ordem ou do sossego público;

IV – ter sido cometida a transgressão em obediência a ordem superior;

V – ter sido cometida a transgressão em legítima defesa própria ou de outrem; e

VI – uso imperativo de meios violentos a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever; em caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina.

§ 2º - São circunstâncias atenuantes:

I – bom comportamento anterior;

II – relevância de serviços prestados;

III – falta de prática de serviço;

IV – ter sido cometida a transgressão em defesa própria, de outrem ou de seus respectivos direitos;

V – ter sido cometida a transgressão para evitar mal maior;

VI – ter sido de somenos importância a participação do indiciado na transgressão disciplinar;

VII – aceitável ignorância ou errônea compreensão das disposições legais e administrativas;

VIII – ter o transgressor procurado diminuir as conseqüências das faltas, antes da pena, reparando o dano; e

IX – ter o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade sindicante, de modo a facilitar a sua apuração.

§ 3º - São circunstâncias agravantes, quando não constituírem ou qualificarem outra transgressão disciplinar:

I – reincidência específica ou genérica;

II – mau comportamento anterior;

III – a prática simultânea ou a conexão de duas ou mais transgressões;

IV – concurso de dois ou mais agentes na prática de transgressão;

V – prática da transgressão durante a execução do serviço policial ou em prejuízo deste;

VI – abuso de autoridade ou poder;

VII – uso indevido de meios de coerção e intimidação;

VIII – coação, instigação ou determinação para que outro policial, subordinado ou não, pratique a transgressão ou dela participe;

IX – impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apuração de falta;

X – ter sido cometida a falta em presença de subordinados;

XI – ter sido praticada a transgressão com premeditação e;

XII – ter sido praticada a transgressão em lugar público;

§ 4º - Não haverá punição quando, no julgamento da transgressão, for reconhecida qualquer causa justificativa.

CAPÍTULO II

PENALIDADES

Art. 154 – São penas disciplinares:

I – repreensão;

II – suspensão;

III – multa;

IV – demissão;

V – demissão a bem do serviço público; e

VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Parágrafo único – A aplicação das penas administrativas não se sujeita à seqüência estabelecida neste artigo, mas é autônoma, segundo cada caso, e consideradas a natureza e a gravidade de infração e os danos que dela provierem para o serviço público.

Art. 155 – A pena de repreensão será aplicada por escrito e, em princípio, corresponderá às faltas de cumprimento de deveres e às transgressões consideradas de natureza leve.

Parágrafo único – Havendo dolo ou má-fé, as faltas de cumprimento de deveres são punidas com a pena de suspensão.

Art. 156 – A pena de suspensão, que não excederá de noventa dias, será aplicada no caso da falta grave ou de reincidência.

§ 1º - O servidor policial suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo.

§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão poderá converter essa penalidade em multa, na base de cinqüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, sendo o servidor, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.

Art. 157 – A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos em lei ou regulamentos.

Art. 158 – Será aplicada a pena de demissão, nos casos de:

I – abandono de cargo;

II – procedimento irregular de natureza grave;

III – ineficiência no serviço;

IV – aplicação indevida de dinheiros públicos;

V – ausência do serviço, sem causa justificável, por mais de quarenta e cinco dias, interpoladamente, durante um ano; e

VI – exercício de qualquer atividade remunerada, estando o servidor licenciado para tratamento de saúde.

§ 1º - Considerar-se-á abandono de cargo o não-comparecimento do servidor ao serviço, por mais de trinta dias consecutivos.

§ 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço só será aplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação.

Art. 159 – Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor policial que:

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I – for dado à incontinência pública e escandalosa, ao vício de jogos proibidos, à embriaguez habitual, bem como ao uso de substâncias entorpecentes que determine dependência física ou psíquica;

II – praticar crime contra a boa ordem, a administração pública e a Fazenda Estadual, ou previstos nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;

III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares;

IV – praticar insubordinação grave;

V – praticar, em serviço ou em decorrência deste, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo em legítima defesa;

VI – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio do Estado;

VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, direta ou indiretamente, em razão de cumprimento de missão policial;

VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de interesse ou os tenham na repartição do servidor, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;

IX – praticar qualquer crime que, pela sua natureza e configuração, seja considerado infamante, de modo a incompatibilizar o servidor para o exercício da função policial;

X – exercer advocacia administrativa;

XI – for contumaz na prática de transgressões disciplinares;

XII – praticar a usura em qualquer de suas formas;

XIII – incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o regime ou o serviço público; e

XIV – apresentar, com dolo, declaração falsa em matéria de abono familiar ou de outro qualquer benefício, sem prejuízo da responsabilidade civil e do procedimento criminal, que no caso couber.

Art. 160 – Será aplicada a pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade se ficar provado que o servidor policial inativo:

I – praticou, quando em atividade, falta grave e que é cominada nesta lei a pena de demissão ou de demissão a bem do serviço público;

II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública;

III – aceitou representação de Estado estrangeiro, sem prévia autorização do Presidente da República; e

IV – praticou, quando convocado para o exercício efetivo de funções policiais, nos termos legais e regulamentares, quaisquer transgressões puníveis com demissão a bem do serviço público.

CAPÍTULO III

COMPETÊNCIA PARA IMPOSIÇÃO DE PENALIDADES

Art. 161 – Para a aplicação das penalidades previstas no artigo 154, são competentes:

I – o Governador do Estado, em qualquer caso;

II – o Secretário da Segurança Pública, até a de suspensão por noventa dias;

III – o órgão disciplinar de Polícia Civil, até a de suspensão por sessenta dias;

IV – o Corregedor Geral de Polícia, até a de suspensão por trinta dias;

V – os Superintendentes, Diretor da Academia de Polícia, Diretor da Casa de Detenção "Antônio Dutra Ladeira" e Chefes de Departamentos, até a de suspensão por trinta dias;

VI – os Delegados Gerais de Polícia, Delegados de Polícia de Classe Especial e Delegados Regionais de Polícia, até a de suspensão por dez dias; e

VII – os demais Delegados de Polícia de Carreira, até a de suspensão por cinco dias.

Parágrafo único - A competência das autoridades referidas nos itens V, VI e VII deste artigo é limitada ao pessoal que lhes é diretamente subordinado.

CAPÍTULO IV

PRISÃO ADMINISTRATIVA E SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 162 – No curso do processo administrativo disciplinar poderão ser aplicadas, como medidas acessórias, a prisão administrativa e a suspensão preventiva, nos termos de lei e regulamentos.

§ 1º - A prisão administrativa e a suspensão preventiva não poderão exceder de noventa dias.

§ 2º- São competentes para a aplicação das medidas de que trata o parágrafo anterior:

I – o Secretário de Estado da Segurança Pública, quanto à prisão administrativa e à suspensão preventiva; e

II – o Órgão Disciplinar da Polícia Civil e o Corregedor Geral de Polícia, quanto à suspensão preventiva.

CAPÍTULO V

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I

INSTAURAÇÃO DO PROCESSO

Art. 163 – A aplicação do disposto neste capítulo se fará sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

Art. 164 – O procedimento administrativo para apuração das transgressões disciplinares dos servidores da Polícia Civil compreende os seguintes feitos:

I – sindicância administrativa; e

II – processo administrativo.

Art. 165 – Instaura-se processo administrativo ou sindicância, a fim de apurar ação ou omissão de servidor policial civil puníveis disciplinarmente.

Art. 166 – Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinar a pena de demissão.

Parágrafo único – O processo será precedido de sindicância, quando não houver elementos suficientes para se concluir pela existência da falta ou de sua autoria.

Art. 167 – Nos casos do art. 150, poder-se-á aplicar a pena pela verdade sabida, salvo se, pelas circunstâncias da falta, for conveniente instaurar-se sindicância ou processo.

Parágrafo único – Entende-se por verdade sabida o conhecimento pessoal e direto da falta por parte da autoridade competente para aplicar a pena.

Art. 168 – São competentes para determinar a instauração do processo administrativo as autoridade enumeradas no art. 161, até o item IV, inclusive, e, para determinar a instauração de sindicâncias, as autoridades enumeradas no mesmo artigo, até o número VII.

SEÇÃO II

SINDICÂNCIA

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Art. 169 – A sindicância meio sumário e, o quanto possível sigiloso, de verificação, será cometida a funcionário ou a comissão de funcionários, de condição hierárquica nunca inferior à do indiciado, ou à Comissão Processante Permanente a que se refere o art. 173 e seguintes.

Art. 170 – A Comissão ou o funcionário incumbido da sindicância, dando-lhe início imediato, procederá às seguintes diligências:

I – ouvirá testemunhas para esclarecimento dos fatos referidos na portaria ou despacho de designação, e, sempre que possível, o acusado; e

II – colherá as demais provas que houver, concluindo pela procedência ou não, da argüição feita contra o servidor.

Art. 171 – Poderão, a critério da autoridade superior, ser consideradas como meio sumário de verificação de falta disciplinar, e terão valor de sindicância administrativa, as provas colhidas contra o servidor policial civil em inquérito policial instaurado contra o mesmo e das quais resultem, também, responsabilidade administrativa a que caiba pena de suspensão.

Art. 172 – A critério da autoridade que o designar, o funcionário incumbido de proceder à sindicância poderá dedicar todo o seu tempo àquele encargo, ficando, em conseqüência e automaticamente, dispensado do serviço da repartição, durante a realização dos trabalho.

SEÇÃO III

COMISSÕES PROCESSANTES PERMANENTES

Art. 173 – Na Superintendência de Polícia Judiciária e Correições haverá Comissões Processantes Permanentes, destinadas a realizar os processos administrativos.

§ 1º - Os membros das Comissões Processantes Permanentes, serão designados pelo Secretário de Estado da Segurança Pública.

§ 2º - O disposto neste artigo não impede a designação de Comissões Especiais pelo Secretário, Corregedor Geral ou órgão disciplinar da Polícia Civil.

Art. 174 – As Comissões Processantes Permanentes serão constituídas de três servidores estáveis da Polícia Civil, devendo a sua presidência recair em Delegado de Polícia de Carreira.

Parágrafo único – Haverá tantas Comissões Processantes Permanentes quantas forem julgadas necessárias.

Art. 175 – Não poderá ser encarregado de proceder a sindicância, nem fazer parte da Comissão Processante Permanente, mesmo como secretário desta, parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive, do denunciante ou indiciado, bem como o subordinado deste.

Parágrafo único – Ao funcionário designado incumbirá, desde logo, comunicar, à autoridade competente, o impedimento que houver, de acordo com este artigo.

Art. 176 - Os membros das Comissões Processantes Permanentes, bem como os respectivos secretários, dedicarão todo o seu tempo aos trabalhos pertinentes aos processos administrativos e às sindicâncias de que forem encarregados, ficando dispensados de outros serviços da repartição durante todo o prazo da designação.

Parágrafo único – Nas comissões não permanentes, também compostas de três membros, somente por expressa determinação da autoridade que as designar, poderão seus integrantes ser afastados do exercício dos cargos, durante a realização do processo.

Art. 177 – As Comissões Processantes Permanentes e Especiais terão jurisdição em todo o Estado, para o bom desempenho de seus trabalhos.

CAPÍTULO VI

ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 178 – O processo administrativo terá a forma prevista neste capítulo, iniciando-se no prazo de oito dias, contados da data do ato que determinou sua instauração.

Art. 179 – É assegurado ao funcionário o direito de ampla defesa, podendo, pessoalmente ou por procurador, acompanhar todos os atos processuais, indicar e inquirir testemunhas, requerer juntada de documentos, vista dos autos em mãos da Comissão, e o mais que julgar necessário, observadas as normas processuais estabelecidas nesta lei.

§ 1º - Entende-se por direito de ampla defesa a oportunidade que se confere ao acusado de praticar todos os atos previstos no artigo anterior, na fase instrutória do processo.

§ 2º - A autoridade processante não será obrigada a suprir "ex-officio" a omissão do acusado na fase de que trata o parágrafo anterior.

Art. 180 – Na portaria que der início ao processo, o Presidente da Comissão ordenará a citação do acusado para se ver processar, até julgamento final, e nomeará um dos membros da Comissão para secretariar os trabalhos.

§ 1º - A citação do acusado será feita em mandado próprio e será instruída com a cópia da portaria inicial.

§ 2º - Se for desconhecido o paradeiro do acusado ou este se ocultar para evitar a citação, esta será feita com o prazo de dez dias, mediante edital publicado por cinco vezes seguidas no órgão oficial, findo o qual prosseguir-se-á no processo à sua revelia.

§ 3º - Será considerado revel o funcionário que, citado ou intimado para os atos processuais, deixar de comparecer ou de se fazer representar.

Art. 181 – Feita a citação, terá prosseguimento o processo, em sua fase de instrução, designando o Presidente dia e hora para o interrogatório do acusado e a inquirição de testemunhas, devendo este ser notificado a apresentar, caso queira, rol de testemunhas até o máximo de dez, no prazo de cinco dias.

Parágrafo único – Poderá o acusado, respeitado o limite previsto neste artigo, durante a fase instrutória, substituir as testemunhas ou indicar outras no lugar das que não comparecerem.

Art. 182 – Proceder-se-á à tomada de depoimentos das testemunhas arroladas pela Comissão e, a seguir, os das testemunhas indicadas pelo acusado.

§ 1º - Na audiência das testemunhas será dada a palavra ao defensor do acusado ou a este, para reperguntar às testemunhas.

§ 2º - Se o acusado ou seu defensor não comparecer, será designado o fato no respectivo termo.

§ 3º - O Presidente poderá indeferir as perguntas que não tiverem conexão com a falta, consignando-se no termo as que forem indeferidas.

§ 4º - Ocorrendo a necessidade do testemunho de servidores públicos ou militares, as respectivas solicitações deverão ser feitas a seus chefes ou comandantes imediatos.

Art. 183 – Durante a fase instrutória de processo, poderá o Presidente da Comissão ordenar toda e qualquer diligência que se lhe afigure conveniente, facultando-se ao acusado, nos termos do artigo 182, requerer o que for necessário à sua defesa, desde que não constitua recurso protelatório, prejudicial ao andamento normal dos trabalhos ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos em apuração.

Parágrafo único – O Presidente, entendendo descabida a pretensão do acusado, recusará a diligência em despacho fundamentado.

Art. 184 – É permitido à Comissão tomar conhecimento, na fase instrutória, de argüições novas que surgirem contra o acusado,

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caso em que este terá o direito de produzir contra elas as provas que tiver.

Art. 185 – Encerrada a fase instrutória, em que serão praticados os atos concernentes à prova, o acusado não mais poderá requerer diligências no processo e, dentro de quarenta e oito horas, deverá ser citado para apresentar, por escrito, as razões finais de sua defesa.

Parágrafo único – Terá o acusado o prazo de dez dias para apresentação da defesa a que se refere este artigo. Neste prazo lhe será dada vista dos autos em presença do secretário ou de qualquer dos membros da Comissão, no lugar do processo.

Art. 186 – No caso de revelia do acusado ou ainda de perda de prazo para apresentação de defesa, o Presidente nomeará um funcionário, sempre que possível bacharel em Direito, para produzi-la, na forma do artigo 185 e seu parágrafo único.

§ 1º - Neste relatório, a Comissão apreciará, em relação a cada acusado, separadamente, as faltas administrativas e irregularidades que lhe forem atribuídas, as provas colhidas no processo, e as razões da defesa, propondo, então, a absolvição ou a punição, indicando, neste caso, a pena que couber.

§ 2º - Deverá também a Comissão, em seu relatório, sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem de interesse do serviço público.

Art. 187 - Findo o prazo para a defesa e juntadas aos autos as peças que a contiverem, a Comissão, no prazo de dez dias, apreciará a prova e a defesa produzidas, representando o seu relatório.

Art. 188 – O processo administrativo deverá ser concluído no prazo de sessenta dias, a contar da citação do acusado.

§ 1º - Poderá a autoridade que determinou a instauração do processo prorrogar-lhe o prazo até mais sessenta dias, por despacho, em representação circunstanciada que lhe fizer o Presidente da Comissão.

§ 2º - O Secretário de Estado da Segurança Pública, em casos especiais e mediante representação do Presidente da Comissão, poderá autorizar nova e última prorrogação do prazo, por tempo não excedente ao do parágrafo anterior.

Art. 189 – Ultimado o processo e, recebendo os autos conclusos, a autoridade que houver determinado a sua instauração deverá proferir julgamento no prazo de trinta dias, prorrogaveis por igual período.

Parágrafo único – Se o processo não for julgado no prazo indicado neste artigo, o acusado, caso esteja suspenso preventivamente, reassumirá automaticamente o cargo ou função e aguardará em exercício o julgamento, salvo nos casos de prisão administrativa que ainda perdure e abandono de cargo ou função.

Art. 190 – Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las, justificadamente, dentro do prazo marcado para julgamento, à autoridade competente.

Art. 191 – As decisões serão sempre publicadas no órgão oficial, dentro do prazo de oito dias.

Art. 192 – O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão de ação penal ou civil.

Art. 193 – Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na apuração de verdade substancial ou, diretamente, na decisão do processo ou da sindicância, e os atos que forem declarados nulos não afetarão o processo em seu todo, mas tão somente a diligência que contenham.

CAPÍTULO VII

PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU FUNÇÃO

Art. 194 – No caso de abandono de cargo ou função, instaurado o processo e feita a citação, na forma dos artigos 168 e 180, comparecendo o acusado e tomadas as suas declarações, terá ele o prazo de cinco dias para oferecer defesa ou requerer a produção da prova que tiver, que só pode versar sobre força maior ou coação ilegal.

§ 1º - Observar-se-á, então, no que couber, o disposto nos artigos 182 e seguintes.

§ 2º - No caso de revelia, será designado pelo Presidente um funcionário para servir de defensor, observando-se o disposto na parte final deste artigo e, no que couber, o disposto nos artigos 182 e seguintes.

CAPÍTULO VIII

REVISÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 195 – Dar-se-á revisão dos processos findos, mediante recurso do punido, quando:

I – a decisão for contrária a textos expressos de lei ou à evidência dos autos;

II – a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos comprovadamente falsos ou errados; e

III – após a decisão, se descobrirem novas provas da inocência do punido ou de circunstâncias que autorizem pena mais branda.

§ 1º - Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados no artigo e que não vierem documentados de provas, serão indeferidos "in limine".

§ 2º - O pedido será sempre dirigido à autoridade que aplicou a pena ou que a tiver confirmado em grau de recurso.

§ 3º - Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.

Art. 196 – A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, não autoriza a agravação da pena.

Art. 197 – A revisão poderá ser pedida pelo próprio punido, ou procurador legalmente habilitado, ou, no caso de morte do punido, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Art. 198 – Não constitui fundamento para revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.

Art. 199 – A revisão será processada por Comissão Processante Permanente, ou, a juízo do Secretário de Estado da Segurança Pública, por Comissão Especial.

§ 1º - Será impedido de funcionar na revisão quem houver integrado a comissão de processo administrativo.

§ 2º - O Presidente designará um funcionário para secretariar a Comissão.

Art. 200 – Ao processo de revisão será apensado o processo administrativo ou sua cópia, marcando o Presidente o prazo de cinco dias para que o requerente junte as provas que tiver, ou indique as que pretenda produzir.

Art. 201 – Concluída a instrução do processo, será aberta vista ao requerente, perante o secretário da comissão, pelo prazo de dez dias, para apresentação de alegações.

Art. 202 – Decorrido esse prazo, ainda que sem alegações, será o processo encaminhado, com o relatório fundamentado da Comissão e dentro do prazo de quinze dias, à autoridade competente para julgamento.

Art. 203 – Será de trinta dias o prazo para esse julgamento, sem prejuízo das diligências que a autoridade entenda necessárias ao melhor esclarecimento do processo.

Art. 204 – Julgada procedente a revisão, a Administração determinará a redução ou cancelamento da pena.

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Art. 205 – Ao processo de revisão aplicam-se as regras cominadas no art. 178 e seguintes, no que couber.

LIVRO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 206 – A Reforma Administrativa da Secretaria de Estado da Segurança Pública, que se inicia com a presente lei, será realizada gradualmente, com a orientação seletiva para problemas existentes em órgãos e atividades afins.

§ 1º - Observadas as disposições constitucionais e as desta lei, para os efeitos do artigo, o Poder Executivo expedirá progressivamente os atos de reorganização, reestruturação, lotação, definição de competência, revisão de funcionamento e quantos outros se façam necessários ao processo da Reforma Administrativa.

§ 2º - Por força desta lei e à medida em que sejam expedidos os atos a que o parágrafo anterior se refere, considerar-se-ão revogadas as disposições legais que com aqueles atos forem colidentes ou incompatíveis.

§ 3º - O Secretário de Estado da Segurança Pública atribuirá à Fundação Escritório Técnico de Racionalização Administrativa - ETRA - mediante ajuste, o assessoramento necessário à preparação e execução dos atos exigidos pela reforma administrativa determinada por este artigo e nos termos da Lei nº 5.036, de 22 de novembro de 1968.

Art. 207 - Fica mantido o Departamento Médico da Polícia Civil, unidade específica de assistência médico-hospitalar e odontológica para os servidores ocupantes de cargos estritamente policial, bem como para os lotados nos órgãos de apoio e assessoramento, até que seja implantado o sistema de assistência Médico-Hospitalar da Administração Pública Estadual.

Art. 208 - O Poder Executivo adotará medidas para a organização de entidade, com autonomia administrativa e financeira, destinada à realização dos serviços de medicina de urgência, atualmente executados pelo Departamento do Pronto Socorro, para esse fim podendo:

I - celebrar convênios para a participação de municípios como instituidores ou mantenedores da entidade;

II - para uso da entidade, concluir obras de construção de hospital e doar terrenos, edificações, benfeitorias, equipamentos hospitalares, móveis e veículos atualmente ocupados ou utilizados pelo Departamento de Pronto Socorro, mediante especificação em decreto;

III - comprometer-se a subvencionar a entidade com recursos financeiros, até o valor total das dotações consignadas ao Departamento de Pronto Socorro no orçamento para o exercício de 1970 e nos limites fixados em orçamentos para os exercícios anteriores.

Art. 209 - Até que se cumpram as determinações desta lei no sentido da reforma estrutural da Secretaria de Estado da Segurança Pública e observadas as alterações que estabelece, prevalecerá a atual estrutura orgânica e correspondentes atribuições.

Art. 210 - Para efeito de nomeação para cargo de igual hierarquia, ficam dispensados da exigência estabelecida pelo art. 90 desta lei os atuais ocupantes de cargos de chefia ou direção de unidade ao nível de imediata subordinação aos Órgãos Superiores da Polícia Civil.

Art. 211 - Quando não contrárias às disposições desta lei, normas reguladoras do regime jurídico dos servidores civis do Poder Executivo aplicam-se, subsidiariamente, aos ocupantes de cargos de natureza estritamente policial.

Art. 212 - Os Anexos I e II, que fazem parte integrante desta lei, contêm a estrutura e a nova composição de classes do Serviço

de Segurança Pública e, em virtude deles, ficam alterados os Anexos I e II da Lei nº 3.214, de 16 de outubro de 1964.

Art. 213 - Ficam criados, para atendimento da estrutura da Secretaria de Estado da Segurança Pública:

I - no Anexo III, III.b., da Lei nº 3.214, de 16 de outubro de 1964, dois cargos de Assessor de Secretário de Estado;

II - no Anexo III, III.c., da Lei nº 3.214, de 16 de outubro de 1964;

a) quatro cargos de Chefe de Departamento e um de Diretor de Ensino Policial símbolo C-11;

b) quatorze cargos de Chefe de Serviço, símbolo C-8;

c) três cargos de Inspetor Geral da Guarda-Civil, símbolo C-8;

d) um cargo de Inspetor Auxiliar de Trânsito, símbolo C-7;

e) vinte e oito cargos de Chefe de Seção, símbolo C-6;

f) sessenta e dois cargos de Chefe de Cartório, símbolo C-6;

g) dez cargos de Inspetor de Detetives, símbolo C-6;

h) seis cargos de Inspetor de Divisão de Policiamento da Guarda-Civil, símbolo C-6;

i) dois cargos de Chefe de Distrito de Trânsito, símbolo C-6;

j) trinta cargos de Inspetor de Policiamento da Guarda-Civil, símbolo C-5;

l) um cargo de Diretor de Estabelecimento de Ensino Médio, símbolo C-5;

m) trinta cargos de Subinspetor de Detetives, símbolo C-5;

n) quarenta cargos de Subinspetor de Policiamento da Guarda-Civil, símbolo C-4;

o) vinte e cinco cargos de Fiscal de Turma de Trânsito, símbolo C-4;

p) um cargo de Secretário de Estabelecimento de Ensino Médio, símbolo C-4.

Art. 214 - Em caso de vacância, falta ou impedimento de seu ocupante efetivo, o cargo de Carcereiro será exercido por cidadão designado pelo Delegado de Polícia da respectiva jurisdição, mediante condições a serem estabelecidas em decreto.

Parágrafo único - Durante o exercício eventual e temporário do cargo de Carcereiro, o cidadão designado receberá a remuneração atribuída ao mencionado cargo.

Art. 215 - As autoridades policiais e os ocupantes de cargo de natureza estritamente policial, no exercício de suas atribuições, terão direito ao porte de armas de defesa, vedado o seu uso indevido ou o do equipamento que lhes haja sido confiado para o serviço.

Art. 216 - Identificação policial que atribua prerrogativas da Polícia Civil somente poderá ser concedida a quem, permanentemente, exerça cargo de natureza estritamente policial e, a juízo do secretário de Estado de Segurança Pública e sob sua responsabilidade, a quem exerça missões policiais especiais e temporárias, enquanto as exercer.

Art. 217 - Será fixado em decreto o valor da remuneração de aulas na Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

Art. 218 - Para os efeitos dos artigos 60, 118 e 119, será computado, como de natureza estritamente policial, o tempo de serviço exercido anteriormente a esta lei por ocupante de cargo daquela natureza em qualquer cargo de direção ou chefia dos órgãos policiais.

Art. 219 - As classes iniciais das séries de classes de Fotógrafo, Motorista e Rádio Operador, do Quadro Geral do Estado, são acrescidas de, respectivamente, 20 (vinte) 100 (cem)e 60 (sessenta) cargos, lotados na Secretaria de Estado da Segurança Pública.

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Art. 220 - Objetivando a integração e a harmonia dos diversos órgãos de segurança pública, fica o Poder Executivo autorizado a estruturar em decreto, o sistema de Segurança e Ordem Pública da Administração Estadual, estabelecendo as atribuições e o funcionamento coordenado dos organismos componentes.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo, o Governador do Estado constituirá uma comissão especial que se incumbirá da elaboração da minuta do respectivo decreto de estruturação.

Art. 221 - Para ocorrer às despesas da presente lei, fica o Poder Executivo autorizado a suplementar dotações orçamentárias, podendo, para tanto, anular total ou parcialmente dotações do orçamento em vigor.

Art. 222 - Revogam-se as disposições em contrário, entrando esta lei em vigor na data de sua publicação.

Mando portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir, tão inteiramente como nela se contém.

Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de dezembro de 1969.

ISRAEL PINHEIRO DAS ILVA

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DECRETO 43.279 DE 2003

Dispõe sobre a organização da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e dá outras providências.

 O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, tendo em vista o disposto no art. 8º da Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969 e na Lei Delegada nº 101, de 29 de janeiro de 2003,

DECRETA:

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

  Art. 1º - A Polícia Civil, órgão autônomo e permanente do Poder Público e subordinado ao Governador do Estado, é organizada pela Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969 e alterações, e pelo disposto neste Decreto.

§ 1º - Integram a área de competência da Polícia Civil o Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN-MG e o Conselho Superior de Polícia Civil, tendo como Presidente o Chefe de Polícia Civil.

§ 2º - Para os efeitos deste Decreto as expressões “Polícia Civil do Estado de Minas Gerais”, “Polícia Civil” e a sigla “PCMG” se eqüivalem.

CAPÍTULO II

Da Finalidade e das Competências

  Art. 2º - A Polícia Civil, órgão do sistema de defesa social, tem por finalidade a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, incumbindo-lhe, privativamente, ressalvada a competência da União:

I - o exercício da polícia judiciária, a investigação e a apuração das infrações penais, exceto as militares;

II - as atividades de Polícia técnico-científica, referente às funções de criminalística e de medicina legal, de processamento e arquivo de identificação civil e criminal;

III - o registro e licenciamento de veículo automotor e habilitação de condutor;

IV - a direção do inquérito policial, do termo circunstanciado de ocorrência e a apuração das infrações administrativas e criminais de seus servidores;

V - celebrar convênios de cooperação técnica e operacional entre o Estado e seus Municípios, visando ao desempenho das atribuições previstas na Lei Federal nº 9.503, de 23 de dezembro de 1997 de acordo com o Decreto nº 43.228, de 26 de março de 2003;

VI - o exercício de outras atribuições correlatas.

Parágrafo único - Considera-se de caráter técnico-científico toda a função de investigação do evento criminal, levando-se em conta seus aspectos de autoria e materialidade, inclusive os atos de escrituração em inquérito policial ou quaisquer outros procedimentos oficiais.

 CAPÍTULO III

Da Estrutura Orgânica

  Art. 3º - A Polícia Civil tem a seguinte estrutura orgânica:

I - Gabinete;

II - Conselho Superior de Polícia Civil;

III - Assessoria Técnica;

IV - Auditoria Setorial;

V - Assessoria de Apoio Administrativo;

VI - Assessoria de Comunicação Social;

VII - Assessoria de Atos;

VIII - Assessoria de Relações Sindicais;

IX - Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças;

X - Superintendência Geral de Polícia Civil;

XI - Academia de Polícia Civil;

XII - Corregedoria Geral de Polícia;

XIII - Coordenação Geral de Segurança;

XIV - Departamento de Trânsito de Minas Gerais;

XV - Coordenação de Apoio Aéreo;

XVI - Hospital da Polícia Civil.

CAPÍTULO IV

Da Direção Superior

  Art. 4º - A Direção Superior da Polícia Civil é exercida pelo Chefe da Polícia Civil, auxiliado pelo Chefe Adjunto da Polícia Civil.

Seção I

Do Chefe da Polícia Civil

  Art. 5º - O Chefe da Polícia Civil tem por atribuição dirigir o órgão autônomo Polícia Civil, competindo-lhe as atribuições cominadas ao Secretário de Estado da Segurança Pública na Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969 na forma da Lei Delegada nº 101, de 29 de janeiro de 2003, e outras que lhe forem conferidas em forma de legislação pertinente.

Parágrafo único - Ao Chefe da Polícia Civil são asseguradas a representação e as vantagens e direitos atinentes às prerrogativas de Secretário de Estado, conforme o art. 4º da Lei Delegada nº 101, de 29 de janeiro de 2003.

Seção II

Do Chefe Adjunto da Polícia Civil

  Art. 6º - O Chefe Adjunto da Polícia Civil tem por atribuição auxiliar o Chefe da Polícia Civil na Direção do órgão autônomo, competindo-lhe:

I - substituir o Chefe da Polícia Civil nos impedimentos eventuais;

II - coordenar e supervisionar a execução dos trabalhos das unidades da Polícia Civil;

III - participar como membro das reuniões do Conselho Superior de Polícia Civil;

IV - substituir o Chefe da Polícia Civil no Conselho Estadual de Trânsito;

V - exercer outras atribuições que lhe sejam delegadas, pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

Parágrafo único - Ao Chefe Adjunto da Polícia Civil são asseguradas a representação e as vantagens e direitos atinentes às prerrogativas de Secretário-Adjunto de Estado.

 

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Seção III

Do Delegado-Assistente do Chefe da Polícia Civil

  Art. 7º - O Delegado-Assistente tem por atribuição assistir o Chefe da Polícia Civil nos assuntos que lhe forem atribuídos, competindo-lhe:

I - exercer a chefia das atividades policiais civis atribuídas pelo Chefe da Polícia Civil;

II - elaborar o calendário de programações oficiais externas e sociais da Polícia Civil;

III - emitir parecer sobre assuntos de sua competência;

IV - promover, com o apoio da Assessoria de Comunicação Social, contatos com a imprensa em geral e outros veículos de publicidade e difusão, com o fim de divulgar assuntos específicos da Polícia Civil;

V - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 CAPÍTULO V

Do Conselho Superior de Polícia Civil

  Art. 8º - O Conselho Superior de Polícia Civil tem por finalidade assessorar o Chefe da Polícia Civil, seu presidente, nas questões relacionadas com a administração da Polícia Civil, sendo composto pelos seguintes membros:

I - Chefe Adjunto da Polícia Civil;

II - Delegado-Assistente do Chefe da Polícia Civil;

III - Superintendente-Geral de Polícia Civil;

IV - Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

V - Diretor-Geral da Academia de Polícia Civil;

VI - Corregedor-Geral de Polícia;

VII - Chefe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais;

VIII - Coordenador-Geral de Segurança.

Parágrafo único - Os membros do Conselho Superior são designados por Resolução do Chefe da Polícia Civil.

  Art. 9º - Ao Conselho Superior de Polícia Civil, além das atribuições previstas no art. 10, da Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969, compete:

I - sugerir projetos e planos de atuação de Polícia Civil;

II - examinar e propor a revisão dos atos normativos pertinentes ao serviço policial civil;

III - deliberar sobre a localização de unidades da Polícia Civil;

IV - propor planos de lotação ou remanejamento de servidores policiais;

V - estudar e propor inovações nos recursos técnicos de avaliação de resultados, visando à eficiência da atividade policial civil;

VI - propor a remoção de policial civil estável, depois de concluída sindicância ou processo administrativo com proposta de transferência “ex-ofício” por conveniência da disciplina, assegurada plena defesa;

VII - propor a remoção de policial civil estável no interesse do serviço policial;

VIII - praticar os demais atos necessários, visando assessorar o Chefe da Polícia Civil na administração da Polícia Judiciária.

§1º - Os atos de que tratam os incisos VI e VII são de competência exclusiva do Chefe da Polícia Civil.

§2º - As atas das reuniões do Conselho Superior serão publicadas em Boletim Interno, no prazo de cinco dias úteis, exceto nas hipóteses legais de sigilo.

 CAPÍTULO VI

Das Unidades Administrativas

Seção I

Do Gabinete

  Art. 10 - O Gabinete tem por finalidade prestar assessoramento direto ao Chefe da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - encaminhar, ao Chefe da Polícia Civil, os assuntos pertinentes às diversas unidades da Polícia Civil e articular o fornecimento de apoio técnico quando requerido;

II - planejar, dirigir e coordenar as atividades do Gabinete, mantendo controle e conferência dos documentos oficiais correspondentes aos atos administrativos despachados pelo Chefe da Polícia Civil;

III - exercer a representação do Chefe da Polícia Civil, quando designado;

IV - acompanhar projetos de interesse da Polícia Civil na Assembléia Legislativa do Estado;

V - organizar e publicar o Boletim Interno da Polícia Civil;

VI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção II

Da Assessoria Técnica

  Art. 11 - A Assessoria Técnica tem por finalidade prestar assessoramento ao Chefe da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - elaborar estudos por solicitação do Chefe da Polícia Civil;

II - elaborar instrumentos jurídicos, bem como encaminhar e acompanhar a sua tramitação;

III - proceder, em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e a unidade de planejamento da Secretaria, à elaboração de estudos e análises jurídicas que favoreçam a consecução da reforma e modernização do aparato organizacional setorial;

IV - cumprir e fazer cumprir orientações do Procurador-Geral do Estado;

V - interpretar os atos normativos a serem cumpridos pela Chefia da Polícia Civil, quando não houver orientação do Procurador-Geral do Estado;

VI - examinar, previamente, no âmbito da Chefia da Polícia Civil:

a) os textos de editais de licitação, como dos respectivos contratos ou instrumentos congêneres, a serem publicados e celebrados;

b) os atos de reconhecimento de inexigibilidade e de dispensa de licitação;

VII - fornecer à Procuradoria-Geral do Estado subsídios e elementos que possibilitem a defesa do Estado em juízo, bem como a defesa dos atos do Secretário e de outras autoridades da Secretaria;

VIII - exercer outras atividades correlatas.

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 Seção III

Da Assessoria de Atos

  Art. 12 - A Assessoria de Atos tem por finalidade auxiliar o Gabinete nos assuntos técnico-normativos, competindo-lhe:

I - prestar assessoria revisional de textos e atos normativos que venham a ser editados pelo Chefe da Polícia Civil;

II - manifestar sobre a viabilidade e aspectos técnicos de projetos de interesse da Polícia Civil, em trâmite no Legislativo;

III - proceder à leitura de publicações oficiais, e outras que forem necessárias, assinalando para controle e divulgação, os assuntos de interesse da Polícia Civil;

IV - preparar e providenciar a publicação dos atos oficiais do Chefe da Polícia Civil;

V - manter organizadas e atualizadas as normas pertinentes à Polícia Civil;

VI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção IV

Da Assessoria de Comunicação Social

  Art. 13 - A Assessoria de Comunicação Social tem por finalidade realizar as ações de comunicação social da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - assessorar a Chefia da Polícia Civil no relacionamento com a imprensa;

II - planejar e coordenar as entrevistas coletivas e atendimento às solicitações dos diversos órgãos da imprensa;

III - prestar assessoria nas áreas de relações públicas, jornalismo, publicidade e “marketing”;

IV - assistir o Chefe da Polícia Civil em seus pronunciamentos nos meios de comunicação;

V - promover, por designação do Chefe da Polícia Civil, contatos com os diversos órgãos de comunicação com o objetivo de acompanhar, selecionar, analisar e divulgar assuntos de interesse do público interno e externo da Polícia Civil;

VI - preparar a resenha diária de notícias de interesse da Polícia Civil;

VII - propor e supervisionar os eventos e promoções para divulgação das ações da Polícia Civil;

VIII - implementar as atividades do cerimonial afetas ao Gabinete;

IX - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

Seção V

Da Assessoria de Apoio Administrativo

  Art. 14 - A Assessoria de Apoio Administrativo tem por finalidade coordenar a execução do apoio administrativo no que se refere ao atendimento para com o Chefe da Polícia Civil, Chefe Adjunto, Delegado-Assistente, Chefe de Gabinete e assessorias, competindo-lhe:

I - encaminhar providências que garantam o suporte necessário, imediato e contínuo às atividades;

II - efetuar atendimentos por delegação do Chefe da Polícia Civil;

III - encaminhar e acompanhar a execução das providências solicitadas;

IV - deliberar sobre questões administrativas que afetem diretamente o Gabinete;

V - coordenar a organização da agenda do Chefe da Polícia Civil e demais autoridades lotadas no Gabinete;

VI - providenciar e acompanhar as atribuições atinentes à redação, digitação, arquivamento e outras que garantam o suporte imediato ao Chefe da Polícia Civil e demais autoridades;

VII - propor a escala de férias dos servidores lotados no Gabinete, garantindo que as áreas de atendimento sejam continuamente supridas;

VIII - manter organizadas as atividades da secretaria do Gabinete, protocolo geral, reprografia e da inspetoria de detetives de apoio ao Gabinete;

IX - representar a Chefia da Polícia Civil, quando designada;

X - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção VI

Da Assessoria de Relações Sindicais

  Art. 15 - A Assessoria de Relações Sindicais tem por finalidade promover articulações com as organizações de defesa dos direitos dos servidores da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - propor ações capazes de prevenir e dirimir conflitos;

II - manter permanente diálogo, estabelecendo canal de comunicação entre o Gabinete e os servidores da Polícia Civil, através de suas lideranças sindicais e analisando as peculiaridades de cada carreira;

III - levantar, analisar e controlar dados estatísticos de pessoal, elaborar relatórios gerenciais e estudos especiais com objetivo de manter o Chefe da Polícia Civil sempre informado;

IV - pesquisar e analisar as ambiências internas e externas;

V - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção VII

Da Auditoria Setorial

  Art. 16 - A Auditoria Setorial tem por finalidade assistir o Chefe da Polícia Civil no controle interno da legalidade dos atos a serem por ele praticados, bem como prestar assistência e orientar as demais unidades da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - exercer o controle interno dos atos de despesa em consonância com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, eficiência e economicidade;

II - zelar para que a função de auditoria operacional seja exercida em caráter permanente, de forma sistematizada e padronizada, por meio da utilização plena dos recursos técnicos e operacionais disponíveis;

III - acompanhar a implementação de providências recomendadas pela Auditoria Geral do Estado, Tribunais de Contas do Estado e da União e de auditorias independentes;

IV - exercer a fiscalização e o controle dos atos praticados pelas unidades administrativas da Polícia Civil, no que se refere à legalidade e oportunidade dos mesmos;

V - analisar e conferir os processos de prestação de contas;

VI - comprovar se as normas e os procedimentos estabelecidos asseguram, de modo razoável e oportuno, o

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cumprimento das diretrizes governamentais, das leis e dos regulamentos e de outras disposições obrigatórias, ouvida a Procuradoria-Geral do Estado, quando necessário;

VII - obedecer a orientação normativa emanada de unidade central a que esteja subordinada tecnicamente como unidade setorial de sistema estadual;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção VIII

Da Coordenação de Apoio Aéreo

  Art. 17 - A Coordenação de Apoio Aéreo tem por finalidade assegurar o cumprimento das normas operacionais e técnicas emanadas do Ministério da Aeronáutica, controlar e dirigir o emprego das aeronaves da Polícia Civil.

Parágrafo único - À Coordenação de Apoio Aéreo compete as atribuições designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 Seção IX

Da Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças

  Art. 18 - A Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças tem por finalidade assistir e manter sempre informado o Chefe da Polícia Civil quanto ao planejamento global, o orçamento, a modernização e a informação institucional, a contabilidade, a administração financeira bem como a gestão de recursos logísticos, tecnológicos e humanos, competindo-lhe:

I - assessorar o Chefe da Polícia Civil em assuntos de política institucional, observando suas determinações;

II - coordenar a elaboração do planejamento global do órgão, acompanhar e avaliar sua execução, bem como propor medidas que assegurem a consecução dos objetivos e metas estabelecidos;

III - coordenar a elaboração da proposta orçamentária anual do órgão e acompanhar sua efetivação e execução financeira;

IV - coordenar o sistema de administração de material, patrimônio e transportes oficiais;

V - coordenar as atividades de conservação e manutenção dos edifícios e instalações;

VI - gerir as atividades de suporte administrativo às atividades do órgão;

VII - elaborar o planejamento das atividades de desenvolvimento de recursos humanos e promover sua implementação;

VIII - gerir as atividades sócio-funcionais dos servidores;

IX - promover a modernização e a informação institucional;

X - elaborar e propor, em conjunto com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, instrumentos e mecanismos capazes de assegurar interfaces e processos para a constante capacidade inovativa da gestão e modernização do arranjo institucional do setor, face às mudanças ambientais;

IX - gerir as atividades de modernização do arranjo institucional setorial;

XII - cumprir a orientação normativa das unidades centrais a que esteja subordinada tecnicamente como unidade setorial de sistema estadual;

XIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

Art. 19 - A Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças tem a seguinte estrutura:

I - Comitê de Planejamento, Gestão e Finanças;

II - Secretaria;

III - Inspetoria de Detetives;

IV - Assessoria Ecumênica;

V - Assessoria de Administração;

VI - Assessoria de Apoio;

VII - Assessoria de Normatização;

VIII - Coordenação de Planejamento, Orçamento e Finanças:

a) Diretoria de Planejamento Setorial;

b) Diretoria de Orçamento;

c) Diretoria de Modernização Institucional;

d) Diretoria de Informática;

e) Diretoria de Administração Financeira;

f) Diretoria de Contabilidade;

g) Diretoria de Análise e Prestação de Contas;

IX - Coordenação de Recursos Humanos, Logísticos e Tecnológicos:

a) Diretoria de Documentação e História;

b) Diretoria de Recursos Humanos;

c) Diretoria de Administração e Pagamento de Pessoal:

1. Seção de Registro de Alterações;

2. Seção de Concessão de Vantagens;

3. Seção de Pagamento de Pessoal;

d) Diretoria de Gestão de Recursos Logísticos e Tecnológicos;

e) Diretoria de Material e Patrimônio:

1. Fábrica de Placas e Mobiliário “Montese”;

2. Divisão de Aquisição;

3. Almoxarifado Geral;

4. Seção de Engenharia e Manutenção;

5. Seção de Controle de Patrimônio;

6. Seção de Controle de Bens Apreendidos;

7. Zeladoria;

f) Diretoria de Transportes:

1. Divisão de Transportes:

1.1. Seção de Controle de Viaturas;

1.2. Seção de Controle de Combustíveis e Lubrificantes;

2. Divisão de Manutenção;

g) Diretoria de Telecomunicações:

1. Divisão de Operações de Telecomunicações;

2. Divisão Técnica:

2.1. Oficinas;

3. Divisão de Engenharia e Planejamento de Telecomunicações;

h) Diretoria de Contratos, Convênios e Serviços Gerais:

1. Divisão de Contratos e Convênios;

2. Divisão de Serviços Gerais.

 Subseção I

Page 24: Leis da PC MG

Do Comitê de Planejamento, Gestão e Finanças

  Art. 20 - O Comitê de Planejamento, Gestão e Finanças, órgão colegiado, composto pelos Coordenadores e Diretores, tem a finalidade de assessorar técnica, operativa e cientificamente a execução das atividades específicas da Superintendência e exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção II

Da Secretaria

  Art. 21 - À Secretaria do Gabinete do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças compete as atividades relacionadas com o atendimento, representação social e controle dos expedientes, e ainda exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente.

 Subseção III

Da Inspetoria de Detetives

  Art. 22 - A Inspetoria de Detetives tem a finalidade de articular, orientar e coordenar as atividades que lhe sejam determinadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças, inspecionar as atividades dos subordinados, executar mandados em geral e exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente.

 Subseção IV

Da Assessoria Ecumênica

  Art. 23 - A Assessoria Ecumênica é responsável pelos assuntos de ordem espiritual, competindo-lhe colaborar nos de ordem moral e social dos policiais civis, em conjunto com as Diretorias de Administração e Pagamento de Pessoal, de Recursos Humanos e exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção V

Da Assessoria de Administração

  Art. 24 - A Assessoria de Administração tem a finalidade de assistir o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças, as Coordenações e as Diretorias nas matérias de suas atribuições, competindo-lhe:

I - executar trabalhos de assessoramento técnico e auxiliar nas diversas áreas da Superintendência;

II - participar de grupos de trabalho responsáveis pela elaboração e execução de programas e projetos;

III - auxiliar na implantação e no acompanhamento das atividades programadas pela Superintendência;

IV - propor ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças medidas que visem assegurar o bom desempenho das atividades do órgão;

V - desenvolver atividades auxiliares relacionadas à administração dos recursos financeiros do Gabinete do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VI - manter o serviço de protocolo de documentação;

VII - supervisionar e coordenar o recebimento e a movimentação da correspondência geral da Superintendência, procedendo encaminhamento ao

Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças ou responsáveis pelo assunto;

VIII - proceder à distribuição dos serviços e encaminhamento às Diretorias;

IX - preparar processos, procedimentos e expedientes para despacho, instruindo-os quando necessário e acompanhar o andamento e tramitação interna ou externa, conforme determinação do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

X - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção VI

Da Assessoria de Apoio

  Art. 25 - A Assessoria de Apoio tem por finalidade coordenar a execução dos serviços de atendimento à Superintendência, Assessoria de Administração, Assessoria de Normatização, Assessoria Ecumênica, coordenações e diretorias, competindo-lhe:

I - encaminhar à Superintendência, Assessoria Técnica de Administração, Assessoria Técnica, Assessoria Ecumênica, coordenações e diretorias, providências que lhes garantam o suporte necessário, imediato e contínuo;

II - providenciar a publicação nos órgãos oficiais, que forem necessários, os atos de interesse da Superintendência e despachos;

III - proceder diariamente à divulgação das matérias publicadas no Diário Oficial da União, no Diário da Imprensa Oficial de Minas Gerais, no Boletim Interno e em outras publicações que forem necessárias;

IV - efetuar atendimentos por delegação do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

V - encaminhar as providências solicitadas e acompanhar sua execução, informando o resultado ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VI - executar as tarefas de apoio administrativo, relacionadas à digitação, datilografia e outras providências necessárias ao funcionamento do Gabinete do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VII - receber, registrar, arquivar e expedir a correspondência e outros expedientes;

VIII - assistir o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças no controle das atividades auxiliares de administração de pessoal, material;

IX - manter atualizados os registros de inventário;

X - cuidar, guardar e conservar as instalações do Gabinete;

XI - cumprir com as obrigações da Polícia Civil determinadas no contrato de prestação de serviços celebrado com a Associação Profissionalizante do Menor - ASSPROM;

XII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção VII

Da Assessoria de Normatização

  Art. 26 - A Assessoria de Normatização tem a finalidade de assessorar o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças em assuntos técnico-legislativos, competindo-lhe:

I - preparar relatórios, atas e pareceres sobre os atos e decisões das coordenações e diretorias, por determinação do Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

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II - pesquisar, organizar, manter arquivo e classificar documentos de legislação, jurisprudência, doutrina, publicações e quaisquer outros expedientes, com o respectivo ementário, que se relacionem com a Superintendência e outras unidades de interesse desta;

III - examinar anteprojetos de lei, decretos, resoluções, propostas de convênio, contrato, ajustes, termos aditivos, textos de editais de licitação e outros documentos correlatos de atribuição da Superintendência, emitindo pareceres ao Superintendente;

IV - propor a aplicação de penalidade aos contratantes inadimplentes;

V - acompanhar e arquivar as matérias do Diário Oficial da União e do Diário da Oficial do Estado de Minas Gerais, quanto aos assuntos de interesse da Superintendência;

VI - propor adequações ao trabalho da Superintendência de acordo com a legislação vigente;

VI - representar o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças, quando designada, em grupos de estudos sobre as atribuições das unidades da Polícia Civil;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção VIII

Da Coordenação de Planejamento, Orçamento e Finanças

  Art. 27 - A Coordenação de Planejamento, Orçamento e Finanças tem a finalidade de assessorar o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças no planejamento global, no orçamento, na modernização institucional e na informatização, bem como coordenar e executar as atividades de contabilidade, a administração financeira, a análise e a prestação de contas, no âmbito da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - coordenar a formulação e a operacionalização da política de ação da Polícia Civil, em sua área de atuação;

II - coordenar e consolidar o planejamento global da Polícia Civil, visando assegurar a eficácia de sua ação;

III - propor planos, programas e projetos compatibilizados com as diretrizes governamentais e acompanhar sua implantação;

IV - coordenar a elaboração anual do orçamento e as programações financeiras de desembolso;

V - propor e acompanhar a implantação de adoção de normas, sistemas e métodos de trabalhos para simplificação e racionalização de atividades;

VI - fornecer à Administração Superior subsídios destinados à fixação da política de ação da Polícia Civil;

VII - supervisionar e manter o intercâmbio permanente entre as Diretorias e entidades na sua área de competência;

VIII - realizar estudos, pesquisas e análises, visando à proposição de diretrizes, metas, programas e projetos prioritários;

IX - propor e planejar, coordenar, avaliar, controlar e fazer executar, quando designado pelo órgão central, projetos de reforma administrativa da Polícia Civil;

X - organizar e manter atualizados o registro e controle das atividades de reformas administrativas, em consonância com o órgão central;

XI - gerir as atividades de modernização, elaborando estudos que visem à organização administrativa, propondo medidas necessárias à sua efetivação;

XII - coordenar e orientar a elaboração do Cronograma de Desembolso das unidades da Polícia Civil;

XIII - observar e fazer observar as normas legais e regulamentares que disciplinam a arrecadação da receita e a realização da despesa pública, de acordo com a orientação normativa, supervisão técnica e fiscalização do órgão da administração central;

XIV - orientar, coordenar, controlar e inspecionar a execução financeira, observadas as normas legais e regulamentares;

XV - acompanhar a realização da contabilidade analítica;

XVI - fornecer às unidades competentes os elementos necessários ao acompanhamento da execução contábil e a prestação de contas do exercício financeiro;

XVII - sugerir a solicitação de abertura de créditos adicionais e participar, em conjunto com Coordenação de Planejamento e Gestão, da elaboração de estudos que visem à sua concretização;

XVIII - fornecer a Coordenação de Planejamento, mensalmente, e, sempre que solicitada, informações para acompanhamento da execução orçamentária de programas, projetos e atividades;

XIX - habilitar o Chefe da Polícia a transmitir, anualmente, ao Tribunal de Contas do Estado, o rol dos responsáveis por dinheiro, valores e bens públicos e, trimestralmente, as alterações havidas no período, bem como prestar esclarecimentos e informações solicitadas na forma legal;

XX - orientar a movimentação e controle dos fundos bancários;

XXI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 28 - A Diretoria de Planejamento Setorial tem a finalidade de formular e acompanhar a execução de planos, programas e projetos da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - elaborar, avaliar e acompanhar a execução de planos, programas e projetos que visem alcançar as metas estabelecidas pelo Chefe da Polícia Civil, inclusive nos aspectos físico-financeiros, em consonância com os planos gerais do Governo Estadual;

II - coletar, analisar, organizar e manter informações atualizadas para subsidiar a elaboração de trabalhos;

III - participar, juntamente com outros órgãos e entidades, da elaboração de programas e projetos;

IV - elaborar relatórios de atividades e realizações das unidades da Polícia Civil;

V - planejar e orientar a elaboração de projetos-padrão de unidades policiais;

VI - elaborar planos, programas e projetos que visem à captação de recursos externos para assegurar a aquisição de equipamentos, veículos e outros bens que se façam necessários ao desempenho da Polícia Civil;

VII - colaborar com as unidades administrativas da Polícia Civil, prestando-lhes informações e assessoria técnica;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 29 - A Diretoria de Orçamento tem a finalidade de coordenar a elaboração da proposta orçamentária anual, controlar, acompanhar e avaliar a execução orçamentária, assessorando a Superintendência, competindo-lhe:

I - elaborar a proposta orçamentária anual da Polícia Civil, bem como acompanhar e avaliar sua execução;

II - elaborar a programação orçamentária para liberação de recursos pelo órgão central do sistema de orçamento do Estado;

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III - elaborar propostas do plano plurianual de ação governamental e do plano anual de Governo, em conjunto com as demais diretorias;

IV - propor a solicitação de abertura de créditos adicionais;

V - executar e acompanhar o programa de descentralização orçamentária;

VI - elaborar planos de aplicação de recursos;

VII - controlar a liberação de recursos, visando otimizar e adequar a programação à disponibilidade orçamentária e financeira, efetuando os necessários ajustes orçamentários por meio de remanejamento de recursos e créditos adicionais;

VIII - formular diagnóstico sobre a situação orçamentária da Polícia Civil;

IX - prestar informações e orientar as unidades executoras, dando-lhes assistência para a execução das atividades relacionadas;

X - orientar e propor ações para o cumprimento das normas emanadas do sistema orçamentário e financeiro do Estado;

XI - manter o registro dos créditos orçamentários e adicionais permanentemente atualizados;

XII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 30 - A Diretoria de Modernização Institucional tem por finalidade coordenar, formular e implementar ações de modernização institucional visando ao desenvolvimento organizacional da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - propor e implementar projetos de mudanças organizacionais e de sistemas funcionais que promovam a modernização dos processos

e facilitem a consecução dos objetivos e metas da Polícia Civil;

II - acompanhar, de forma sistemática, a dinâmica de atuação da Polícia Civil, identificando necessidades de aperfeiçoamento institucional e sugerindo mudanças;

III - elaborar normas organizacionais de uso geral, analisar e propor a consolidação de instrumentos normativos de modernização de procedimentos, descentralização e racionalização administrativa;

IV - elaborar diagnósticos institucional e funcional da Polícia Civil, propor e coordenar projetos de desenvolvimento gerencial, treinamento técnico e operacional no âmbito da Polícia Civil;

V - sugerir, coordenar e acompanhar projetos e iniciativas de inovação no modelo de gestão e na modernização do arranjo institucional setorial, com vistas a garantir a manutenção desse processo face às condições e mudanças do ambiente;

VI - promover estudos e análises por meio da utilização de informações e dados disponíveis sobre o setor e o ambiente externo, visando garantir a constante capacidade institucional de redirecionamentos e mudanças, em função da sua eficiência e eficácia;

VII - projetar, elaborar, especificar e confeccionar, quando solicitado, os formulários, as representações gráficas e outros impressos, supervisionando sua impressão e reprodução;

VIII - elaborar propostas de alteração nos quadros de pessoal, para atender a modernização administrativa;

IX - elaborar estudos de “layout” e adequação de espaço físico;

X - colaborar e prestar informações às unidades da Polícia Civil, dando-lhes a necessária assistência em todos os trabalhos relacionados à modernização administrativa;

XI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 31 - A Diretoria de Informática tem por finalidade orientar, coordenar e supervisionar as atividades de informática, processamento de dados e desenvolvimento de tecnologias de informatização, competindo-lhe:

I - propor a política de informatização, a forma de gestão, o uso dos recursos informatizados e as metas de trabalho, em conjunto com as Diretorias de Planejamento Setorial, de Modernização Institucional com as demais unidades;

II - elaborar o Plano Diretor de Informática da Polícia Civil;

III - representar a Polícia Civil, quando designada, junto à Companhia de Processamento de Dados de Minas Gerais - PRODEMGE e a todos os demais órgãos e entidades, no que se refere às atividades abrangidas por sua competência;

IV - acompanhar as dotações orçamentárias, de sua pertinência, bem como administrar as solicitações de materiais de consumo destinados à informática;

V - dar suporte técnico as unidades interessadas, para que estas possam preservar e recuperar documentos e informações por meio de sistemas micrográficos;

VI - participar da elaboração de convênios relativos à informática, junto com a Diretoria de Contratos e Convênios;

VII - acompanhar, sugerir mudanças e controlar o recebimento das faturas relativas a serviços de processamento eletrônico de dados e de microfilmagem, prestados à Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças;

VIII - implantar e coordenar as atividades dos núcleos de informática nos setores da Polícia Civil, bem como colaborar com as unidades administrativas, prestando-lhes informações e assessoria técnica em trabalhos relacionados à competência da área;

IX - propor políticas e aprovar projetos para dimensionamento, aquisição e manutenção de equipamentos e recursos técnicos, atendendo às necessidades de informatização da Polícia Civil, em conjunto com a Diretoria de Material e Patrimônio;

X - propor e solicitar cursos de treinamento de pessoal necessários ao desenvolvimento e execução de serviços de processamento eletrônico de dados, microfilmagem e para uso dos sistemas informatizados, sob supervisão da Academia de Polícia Civil;

XI - alocar os equipamentos de processamento eletrônico de dados nas diversas unidades administrativas, controlando a sua utilização e movimentação, bem como estabelecer uso compartilhado dos equipamentos;

XII - atuar em conjunto com a Diretoria de Modernização Institucional, para o desenvolvimento de Sistemas, na identificação, avaliação e acompanhamento do nível de satisfação dos usuários dos recursos informatizados disponibilizados pela Polícia Civil;

XIII - controlar, guardar, armazenar, distribuir e zelar pelo patrimônio no que diz respeito à equipamentos e produtos de informática;

XIV - manter a Diretoria de Material e Patrimônio informada quanto as necessidades das unidades da Polícia Civil, bem como prestar informações sobre o patrimônio sob sua responsabilidade;

XV - montar e executar a manutenção preventiva e corretiva, efetuar reparos e instalar os sistemas operacionais, “hardwares” e “softwares”, atualizando sempre que possível, os componentes, periféricos, materiais de reposição e aplicativos de informática;

XVI - executar a configuração final das estações de trabalho, instalação e implantação de redes locais na capital e interior do Estado, efetuar o suporte técnico call center a usuários e à administração da rede;

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XVII - participar juntamente com a Diretoria de Material e Patrimônio, do processo de aquisição estabelecendo a especificação técnica de produtos e equipamentos, emitindo pareceres técnicos;

XVIII - dar suporte técnico aos bancos de dados da Polícia Civil;

XIX - interagir com as demais unidades da Polícia Civil;

XX - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintende de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 32 - A Diretoria de Administração Financeira tem a finalidade coordenar, orientar e executar as atividades de administração financeira da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - executar, controlar e avaliar as atividades relativas ao processo de realização da despesa pública e da execução financeira, observando as normas legais que disciplinam a matéria;

II - orientar, executar e controlar os serviços relacionados com a administração financeira da Polícia Civil, observada a legislação em vigor;

III - orientar e prestar informações às unidades executoras, dando-lhes assistência técnica para o empenhamento, a liquidação e o pagamento das despesas afetas a estas;

IV - movimentar e controlar as contas bancárias da Polícia Civil em acordo com a Coordenação de Orçamento e Finanças, prestando relatório mensal dessas atividades ao Superintende de Planejamento, Gestão e Finanças;

V - propor a aplicação dos recursos provenientes de quaisquer captações externas, nos termos legais;

VI - receber depósitos, fianças, cauções e outros recolhimentos atribuídos à Polícia Civil, prestando relatório mensal dessas atividades ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VII - zelar pelo cumprimento fiel da legislação e das normas sobre administração financeira;

VIII - executar o controle da despesa e de movimentação financeira, prestando relatório mensal dessas atividades ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

IX - manter o registro dos ordenadores de despesas, bem como dos responsáveis por dinheiro, valores e bens públicos;

X - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 33 - A Diretoria de Contabilidade tem por finalidade coordenar, orientar e executar as atividades de contabilidade da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - realizar o registro dos atos e fatos contábeis e administrativos;

II - exercer a análise e o controle contábil;

III - executar a escrituração contábil, elaborar balancetes mensais, demonstrações necessárias e os balanços da Polícia Civil, prestando relatório mensal dessas atividades ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

IV - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 34 - A Diretoria de Análise e Prestação de Contas tem a finalidade de analisar os processos de despesas da Polícia Civil, direta ou indiretamente, competindo-lhe:

I - acompanhar a execução financeira dos instrumentos legais, examinando, orientando e controlando os processos de prestações de contas das unidades da Polícia Civil, que deverão apresentar relatório mensal de seus gastos, e opinar quanto à sua aprovação;

II - examinar as tomadas de contas dos responsáveis pela execução do exercício financeiro;

III - averiguar a efetividade de realização da receita e da despesa;

IV - verificar se houve observância das disposições legais na criação ou extinção de direitos e obrigações;

V - verificar a eficiência e exatidão dos controles contábeis financeiros, orçamentários e operativos e examinar se o registro da execução dos programas e atividades obedece às disposições legais e às normas específicas em vigor;

VI - prestar assessoramento as unidades administrativas, visando à eficiência dos controles internos de forma a ser obtida a racionalização progressiva de seus programas e atividades;

VII - criar condições para assegurar a eficácia do controle externo;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 Subseção IX

Da Coordenação de Recursos Humanos, Logísticos e Tecnológicos

  Art. 35 - A Coordenação de Recursos Humanos, Logísticos e Tecnológicos tem por finalidade coordenar, acompanhar, controlar a execução, e avaliar as atividades de aquisição, desenvolvimento de recursos humanos, de administração de pessoal, de material e patrimônio, de transportes, telecomunicações, documentação, arquivo, contratos, convênios e serviços gerais e ainda, o monitoramento das ações relativas às solicitações e utilizações de recursos tecnológicos e logísticos, visando garantir a qualidade dos serviços prestados pela Polícia Civil, competindo-lhe:

I - coordenar a gestão, a adequação e receber os relatórios das demandas das unidades administrativas e policiais da Polícia Civil, relativas a recursos logísticos e tecnológicos, acompanhando a otimização dos processos;

II - exercer intercâmbio interinstitucional em assuntos de sua competência, a fim de colaborar com o desenvolvimento de ações integradas, promovendo avaliações e emitindo relatórios;

III - manter articulação com órgãos e entidades públicas e demais unidades administrativas e policiais da Polícia Civil nas questões relativas à sua área de atuação, além de orientá-las quanto à gestão das atividades de sua área de competência;

IV - elaborar diagnósticos, análises e avaliação do quadro institucional, visando indicar as mudanças necessárias ao aprimoramento da Polícia Civil;

V - elaborar o planejamento de atividades de desenvolvimento de recursos humanos;

VI - planejar e controlar a execução orçamentária e os recursos de apoio administrativo necessários ao bom andamento dos trabalhos das diretorias sob sua coordenação, em consonância com as diretrizes traçadas pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças;

VII - gerir as atividades sócio-funcionais dos servidores da Polícia Civil;

VIII - coordenar a gestão e a adequação da rede de unidades policiais civis, o planejamento e a caracterização das obras a serem executadas em prédios policiais, o aparelhamento e o suprimento das unidades administrativas e policiais, bem como demais ações de apoio institucional que lhe forem demandadas;

IX - assessorar o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças em assuntos de sua atribuição;

X - elaborar relatórios mensais de suas atividades, subsidiando o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

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XI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 36 - A Diretoria de Documentação e História tem por finalidade a gestão documental, arquivo geral, conservação e guarda de documentos, objetos, bens móveis e imóveis de valor histórico da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - elaborar Tabela de Temporalidade dos documentos da Polícia Civil;

II - orientar, coordenar, executar, supervisionar e gerir as atividades de arquivo administrativo e técnico da Polícia Civil, relativas à análise, avaliação e seleção dos documentos produzidos e acumulados nas diversas unidades;

III - identificar os documentos para guarda permanente e para a eliminação daqueles destituídos de valor probatório, obedecidas as diretrizes estabelecidas pelo Arquivo Público Mineiro e pelo Conselho Estadual de Arquivo-CEA;

IV - responsabilizar-se pela orientação sobre a preservação da documentação e informação institucional na área de atuação da Polícia Civil;

V - administrar o museu da Polícia Civil;

VI - propor a adequação de novas tecnologias de gestão, informação e guarda de documentos;

VII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 37 - A Diretoria de Recursos Humanos tem a finalidade de coordenar o planejamento, a implantação e a avaliação das ações referentes ao desenvolvimento dos recursos humanos da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - elaborar, em conjunto com a Diretoria de Planejamento Setorial e Academia da Polícia Civil, planos, programas e projetos de atividades de desenvolvimento de recursos humanos, promovendo suas implantações;

II - propor políticas e diretrizes relativas à administração de pessoal e da implantação do banco de potencial;

III - implantar e avaliar programas de desenvolvimento de recursos humanos na área técnica, administrativa, gerencial e organizacional em suas diversas modalidades, em conjunto com a Diretoria de Planejamento Setorial e Academia da Polícia Civil;

IV - identificar as necessidades da Instituição, elaborar diagnóstico com a finalidade de propor à Academia da Polícia Civil programas e projetos de capacitação;

V - sugerir à Academia da Polícia Civil a implantação de novas rotinas que visem ao aperfeiçoamento do servidor no desempenho de suas funções;

VI - coordenar e orientar a implantação de atividades sócio- funcionais dos policiais civis;

VII - propor normas e implementar programas de prevenção de acidentes de trabalho e de preservação da saúde física, emocional e ocupacional dos servidores, que contemplem avaliações relacionadas à ergonomia, condições de ambiente de trabalho, acompanhamento funcional e psicológico, em conjunto com o Hospital da Polícia Civil;

VIII - coordenar e executar as atividades referentes à seleção de estagiários, convênios de serviços voluntários e de trabalhadores mirins, em conjunto com as Diretorias afetas;

IX - propor, avaliar e implantar programas de reabilitação disciplinar, penal e social dos policiais civis licenciados, processando, punidos e absolvidos ou remanescentes de situação de risco emocional, em conjunto com a Academia de Polícia Civil e o Hospital da Polícia Civil;

X - elaborar propostas e coordenar a implantação de serviço social para assistência aos servidores e seus dependentes;

XI - elaborar e propor a implantação de programas preparatórios à aposentadoria, de orientação social, econômica e habitacional;

XII - propor a implantação de programas relacionados às atividades esportivas, culturais, de lazer e artes na Polícia Civil;

XIII - elaborar projeto em conjunto com a Diretoria de Planejamento Setorial para implantação e manutenção de creche e de apoio escolar aos menores de doze anos, filhos de servidores, sob orientação da Academia de Polícia Civil;

XIV - propor iniciativas de parcerias com organizações da comunidade nacional e internacional, com a finalidade de promover ações conjuntas com a Academia de Polícia Civil, voltadas para o desenvolvimento de recursos humanos;

XV - monitorar e avaliar o desempenho dos servidores estáveis em articulação com a Academia da Polícia Civil e a Corredeira Geral de Polícia Civil e serviços afins quando necessário;

XVI - formular, desenvolver e sugerir à Academia de Polícia Civil programas, projetos e ações de capacitação à distância, enfatizando o uso efetivo de novas tecnologias da informação e da comunicação;

XVII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 38 - A Diretoria de Administração e Pagamento de Pessoal tem por finalidade controlar e executar as atividades relativas à administração de pessoal, pagamento e orientação de seus direitos e deveres, competindo-lhe:

I - propor políticas e diretrizes para a administração de pessoal;

II - planejar, coordenar, acompanhar e avaliar as ações de administração de pessoal no âmbito da Polícia Civil, em consonância com as políticas e diretrizes de administração de pessoal do Estado;

III - coordenar, controlar e executar o pagamento de seus servidores ativos e inativos;

IV - examinar, registrar, classificar e processar dados e documentos relativos aos servidores;

V - propor e elaborar as normas para orientação da administração de pessoal e acompanhar seu cumprimento;

VI - manter organizado e atualizado o cadastro funcional, o quadro de pessoal e a relação dos cargos efetivos e comissionados;

VII - analisar, processar e informar expedientes e documentos relativos à concessão de direitos, vantagens e aposentadoria dos servidores;

VIII - integrar a Comissão de Avaliação Especial do Estágio Probatório da Polícia Civil;

IX - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 39 - A Diretoria de gestão de Recursos Logísticos e Tecnológicos tem por finalidade executar as ações relativas aos pedidos e utilizações dos recursos, competindo-lhe:

I - definir, gerenciar e implantar políticas de modernização tecnológica no âmbito da Polícia Civil;

II - receber os processos de solicitações de recursos;

III - avaliar a execução relativa a utilização dos recursos pelas unidades policiais civis;

IV - implantar e alimentar o Banco de Materiais e divulgar permanentemente os recursos materiais disponíveis;

V - elaborar e gerir dados estatísticos relativos ao sistema logístico;

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VI - gerir sistema de pesquisa relativo a novas tecnologias, em articulação com a Superintendência Central de Recursos Logísticos e Tecnológicos e com organismos de defesa social;

VII - elaborar estudos relativos ao aproveitamento de materiais e instalações físicas disponíveis da rede de unidades policiais civis, subsidiando a Diretoria de Modernização Institucional em projetos relativos à sua área de atuação;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 40 - A Diretoria de Material e Patrimônio tem por finalidade promover a gestão do sistema de administração patrimonial, mobiliário e imobiliário, material de consumo e contratação de serviços no âmbito da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - coordenar, executar e controlar as atividades relativas a compra, recebimento, guarda e fornecimento de material e acervo patrimonial da Polícia Civil;

II - propor e fornecer subsídios para elaboração de normas sobre administração de bens móveis e imóveis, e material de consumo, e zelar pela sua observância;

III - articular-se com unidades da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública, visando à elaboração da programação trimestral para aquisição de material de consumo e permanente destinado aos setores da Polícia Civil;

IV - elaborar orientação para especificação, identificação e catalogação de material de consuno, bem como analisar e avaliar o consumo de material das unidades administrativas da Polícia Civil, visando subsidiar a previsão de estoque;

V - planejar, coordenar e controlar a execução de inventário de materiais de consumo e permanente em almoxarifado e inventário de bens patrimoniais na Polícia civil, emitindo relatório mensal para o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VI - receber, controlar, guardar e restituir os bens apreendidos pelas unidades da Polícia Civil, que estejam sob sua custódia, interagindo com o Poder Judiciário, emitindo relatório mensal, quanto a estes bens, para o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

VII - executar a confecção de mobiliário e placas de veículos, bem como a manutenção de móveis e imóveis;

VIII - elaborar balancetes mensais e outros demonstrativos, bem como analisar e conferir as liquidações de despesas referentes ao órgão central, emitindo relatório mensal para o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

IX - coordenar e fiscalizar os serviços de engenharia e arquitetura;

X - promover a sistematização dos processos de aquisição de materiais, equipamentos e contratação de serviços, em diversas modalidades, na Polícia Civil, de acordo com a legislação vigente;

XI - cumprir as orientações emanadas de unidade central a que esteja subordinada tecnicamente como unidade setorial do sistema estadual;

XII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

  Art. 41 - À Fábrica de Placas e Mobiliário “Montese” compete:

I - produzir placas e plaquetas alfa-numéricas para os veículos em circulação no Estado;

II - manter controle diário de entrada de matéria-prima, de estoque de produtos semi-elaborados e de produção de placas e plaquetas;

III - providenciar a manutenção, recuperação e reposição do material permanente equipamentos e instalações de sua próprio uso;

IV - propor medidas que visem à ampliação e ao aprimoramento dos seus serviços;

V - utilizar seu equipamento para atender a outras necessidades da Secretaria, observada a disponibilidade;

VI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 42 - À Divisão de Aquisição compete:

I - tomar as providências necessárias para atendimento dos pedidos que lhes forem apresentados, nas melhores condições, qualidade e menor preço possível, ressalvadas as limitações de ordem legal;

II - promover as licitações necessárias ao suprimento das necessidades da Polícia Civil no que se refere a material de consumo e serviços de terceiros;

III - fornecer aos órgãos competentes os dados indispensáveis à realização da despesa dentro das normas legais em vigor.

Art. 43 - Ao Almoxarifado Geral compete:

I - manter estoque do material de uso freqüente, nos diversos setores da Polícia Civil;

II - manter atualizado o sistema de controle quantitativo e financeiro do material sob sua guarda;

III - zelar pelo material sob sua guarda, adotando as providências de proteção que se fizerem necessárias;

IV - coordenar as atividades de recebimento, aceitação, registro, guarda, controle e distribuição do material;

V - analisar, estatisticamente, o comportamento da movimentação do material, extraindo informações que permitam o aprimoramento dos procedimentos de gestão de estoque;

VI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 44 - A Diretoria de Transportes tem a finalidade de orientar, coordenar e controlar os serviços relacionados com a administração de transportes na Polícia Civil, competindo-lhe:

I - programar, coordenar, controlar e fiscalizar as atividades de transportes, de guarda e manutenção, conservação e recuperação dos veículos da Instituição;

II - fiscalizar o cumprimento das normas de uso e conservação de veículos;

III - registrar o movimento diário dos veículos;

IV - executar a manutenção, encaminhando as viaturas e motores à execução de serviços por terceiros, mediante autorização do superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças;

V - receber, controlar e sugerir a distribuição de veículos;

VI - controlar estoque, consumo e a distribuição de combustíveis e lubrificantes;

VII - colaborar na instrução da apuração da responsabilidade pelos danos materiais nos veículos, inclusive sugerindo a forma de ressarcimento;

VIII - receber, controlar, avaliar e dar encaminhamento, até a solução, às notificações de infrações de trânsito aplicadas aos veículos da frota;

IX - providenciar o recolhimento de veículos, peças e acessórios desnecessários e irrecuperáveis, após parecer técnico sobre a matéria;

X - manter almoxarifado de peças e acessórios;

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XI - interagir com as Diretorias de Planejamento Setorial, Modernização Institucional, Orçamento, Material e Patrimônio, elaborando estudos e propostas de padronização da frota de veículos da Polícia Civil, promovendo a racionalização do uso das viaturas e gastos em geral;

XII - manter registros próprios da Diretoria relativos ao pessoal, bens e serviços;

XIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 45 - À Divisão de Transportes compete:

I - exercer o controle da utilização de viaturas pelos diversos órgãos da Polícia Civil;

II - dar conhecimento a autoridade superior em casos de irregularidades na utilização de veículos da Polícia Civil;

III - receber, controlar e sugerir a distribuição dos veículos adquiridos para uso dos órgãos da Polícia Civil;

IV - manter atualizado o seguro obrigatório da frota de veículos da Polícia Civil;

V - providenciar, de ordem, o recolhimento de viaturas à garagem, fora do horário de trabalho;

VI - tomar as providências necessárias, decorrentes da autorização superior, para a saída de veículos em viagem;

VII - instruir, devidamente, os motoristas sobre providências a serem tomadas, em caso de abalroamento ou outro acidente.

Art. 46 - À Divisão de Manutenção compete:

I - promover a conservação e recuperação dos veículos da Polícia Civil;

II - manter almoxarifado de peças, acessórios e ferramentas;

III - levar ao conhecimento da Chefia do Departamento as irregularidades apuradas na utilização de peças, acessórios e serviços;

IV - providenciar, elaborando o respectivo laudo, a retirada de circulação de viaturas irrecuperáveis;

V - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 47 - A Diretoria de Telecomunicações tem por finalidade coordenar, orientar e executar os serviços de telecomunicações da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - providenciar a expansão e modernização dos equipamentos telefônicos, visando adequá-los às necessidades da Polícia Civil;

II - coordenar as atividades do tráfego de comunicações telefônicas, teleprocessamentos, telefotos, circuitos fechados de televisão, radiotelegráficas, radiotelefônicas, “fac-símile” e entre os sistemas de comunicação de outras unidades da Polícia Civil;

III - providenciar a conservação, manutenção e controle de custo de toda a aparelhagem de telecomunicações integrantes do patrimônio;

IV - proceder a direção, controle e coordenação das atividades relacionadas com a instalação, conservação, manutenção, laboratório técnico, conferência de equipamentos e materiais de telecomunicações da Polícia Civil;

V - planejar e elaborar projetos técnicos de engenharia de telecomunicações, segundo as metas estabelecidas pela Diretoria de Planejamento Setorial e demais unidades relacionadas;

VI - participar do planejamento e elaboração de projetos de engenharia civil, em conjunto com a Diretoria de Material e Patrimônio;

VII - participar em conjunto com a Diretoria de Material e Patrimônio, dos procedimentos licitatórios para estabelecer a especificação técnica de equipamentos de telecomunicações, emitir pareceres técnicos;

VIII - propor métodos para assegurar e controlar a padronização das instalações e manutenção dos sistemas de telecomunicações;

IX - proceder ao controle analítico do faturamento dos serviços contratados com empresas de telecomunicações;

X - emitir relatório mensal dos gastos das unidades da Polícia Civil, quanto aos serviços de telecomunicações;

XI - efetuar o controle operacional da telecomunicação, integrado ao órgão estratégico, responsável pela gestão da informação;

XII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 48 - À Divisão de Operações de Telecomunicações compete:

I - dirigir, controlar, coordenar e executar as atividades de operações dos sistemas de telecomunicação do Departamento de Telecomunicações;

II - manifestar e propor medidas quanto ao estabelecimento de normas e instruções que visem melhorar o rendimento e controle operacional das telecomunicações da Polícia Civil;

III - apresentar sugestões e pronunciar-se quanto à forma, adequação, duração e suspensão das ligações coordenadas com os sistemas de telecomunicação de outros órgãos de segurança, quando feitas por “links” ou troca de assinatura entre os sistemas;

IV - sugerir e opinar sobre a criação, ampliação, modificação e utilização de redes e sistemas de telecomunicações da Polícia Civil;

V - manter, em sua carga patrimonial, para pronto emprego operacional, unidades portáteis repetidoras móveis de telecomunicações, bem como controlar as redes móveis, quando autorizada;

VI - promover, registrar e controlar, com a colaboração da Divisão Técnica, as alternações de terminais dos sistemas de telecomunicações da Polícia Civil;

VII - conferir e controlar contas e faturas de fornecedores, relativas a serviços de telecomunicações, verificando sua exatidão em confronto com documentos de controle apropriados, estabelecidos pelo Departamento de Telecomunicações;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 49 - À Divisão Técnica compete:

I - dirigir, controlar, coordenar e executar atividades relacionadas com a instalação, conservação e manutenção de toda aparelhagem de telecomunicações da Polícia Civil;

II - dirigir e coordenar as atividades do laboratório técnico, monitorando o seu pessoal, sob orientação da Divisão de Engenharia de Planejamento de Telecomunicações;

III - controlar e manter registro dos equipamentos de rádio- comunicação existente nas unidades policiais, bem como de duas eventuais alterações;

IV - manifestar e sugerir quanto às modificações e modernização dos equipamentos de rádio e de seus sistemas irradiantes, integrantes do patrimônio da Polícia Civil;

V - manter controle de custo de manutenção dos equipamentos e serviços;

VI - participar da realização de testes e medições em laboratório e de campo;

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VII - conferir os equipamentos e materiais de telecomunicações, quando de seu recebimento pela Polícia Civil e acompanhar os serviços contratados pela mesma;

VIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 50 - Às Oficinas do Departamento de Telecomunicações compete a instalação e manutenção dos equipamentos de telecomunicações de propriedade da Polícia Civil.

Art. 51 - À Divisão de Engenharia e Planejamento de Telecomunicações compete:

I - planejar e elaborar projetos técnicos de engenharia de telecomunicações, segundo metas estabelecidas pelos órgãos e autoridades competentes;

II - participar do planejamento e da elaboração de projetos de engenharia civil que visem à edificação, modificação e remodelação de prédios da Polícia Civil, sempre que existirem sistemas de telecomunicações instalados ou em processos de instalação;

III - emitir, com base em testes e medições em laboratórios e de campo, efetuados pela Divisão Técnica, laudos relativos e equipamentos adquiridos e pretendidos para aquisição pela Polícia Civil;

IV - propor métodos para assegurar e controlar a padronização das instalações e manutenção dos sistemas de telecomunicações da Polícia Civil;

V - desenvolver pequenos projetos para implantação, modificação e modernização dos equipamentos de rádio e de seus sistemas irradiantes, integrantes do patrimônio da Polícia Civil;

VI - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 52 - À Diretoria de Contratos e Convênios e Serviços Gerais tem por finalidade a elaboração, o exame e a gestão de todos os contratos e convênios afetos à Polícia Civil, competindo-lhe:

I - gerenciar, controlar e fiscalizar o cumprimento dos contratos, zelando pela sua execução nos termos conveniados;

II - estabelecer normas referentes à tramitação de instrumentos de contratos, convênios, outros ajustes e zelar pela sua observância;

III - examinar, preparar, elaborar, gerir e controlar os contratos e convênios em geral das unidades da Polícia Civil;

IV - orientar os setores gerenciadores dos contratos, convênios e outros ajustes, quanto ao acompanhamento e gerenciamento da sua execução;

V - analisar, quanto à legislação, os pedidos de dispensa e inexigibilidade de licitação, encaminhar e acompanhar a tramitação dos processos;

VI - elaborar e acompanhar a tramitação dos contratos de locação, tendo em vista o cumprimento dos prazos previstos na legislação;

VII - encaminhar as informações solicitadas devidamente instruídas para apreciação das Secretarias de Estado de Governo, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, da Procuradoria-Geral do Estado e do Tribunal de Contas do Estado;

VIII - informar e dar suporte necessário ao Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças para que este possa habilitar o Chefe da Polícia a transmitir ao Tribunal de Contas do Estado, informações em questões relativas ao cumprimento de diligências relativas a contratos e convênios;

IX - acompanhar a legalização dos imóveis, junto ao órgão central;

X - exercer atividades de obtenção, preparo, visto e distribuição de cadernos de transporte de pessoas, mercadorias e bagagens;

XI - expedir e remeter os relatórios de suas atividades à Coordenação;

XII - examinar e preparar processos e expedientes relacionados com a conservação de bens imóveis, despesas com serviços de utilidade pública, fornecimento de alimentação a detentos do interior do Estado e atividades correlatas, e respectivos processos de pagamento;

XIII - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 53 - À Divisão de Contratos e Convênios compete:

I - receber, processar e encaminhar as minutas de contratos e convênios de interesse da Polícia Civil;

II - providenciar a publicação, nos órgãos oficiais que forem necessários, de extratos de instrumentos jurídicos e outros atos administrativos de sua competência;

III - elaborar, permanentemente, relatórios acerca da vigência dos contratos e dos convênios e informar às unidades gerenciadoras acerca da necessidade de aditamentos e outras providências;

IV - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

Art. 54 - À Divisão de Serviços Gerais compete:

I - coordenar e controlar as atividades de conservação e limpeza, subsidiando, inclusive, as atividades de infra-estrutura dos eventos da Polícia Civil;

II - propor, coordenar e implantar as normas necessárias ao desenvolvimento das atividades de serviços gerais da Polícia Civil;

III - coordenar a execução das atividades relativas à manutenção e conservação de bens móveis e imóveis, instalações, máquinas e equipamentos do órgão central;

IV - executar atividades de caráter transitório, necessárias ao bom desempenho dos serviços e que sejam designadas pelo Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças.

 CAPÍTULO VII

Da Superintendência Geral de Polícia Civil

  Art. 55 - A Superintendência Geral de Polícia Civil é a unidade responsável, perante o Chefe da Polícia Civil, pelo planejamento, coordenação, supervisão e execução das atividades de preservação da ordem pública, de segurança e de política judiciária nos termos da legislação em vigor.

Parágrafo único - A Superintendência Geral de Polícia Civil, poderá exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

CAPÍTULO VIII

Da Academia de Polícia Civil

  Art. 56 - À Academia de Polícia Civil compete promover o recrutamento, a seleção e o desenvolvimento dos recursos humanos da Polícia Civil, obedecendo a legislação específica.

Parágrafo único - A Academia de Polícia Civil poderá exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe de Polícia Civil por meio de resolução.

CAPÍTULO IX

Da Corregedoria Geral de Polícia

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  Art. 57 - Compete à Corregedoria Geral de Polícia praticar atos de correição no âmbito da Chefia de Polícia Civil, com vistas à regularidade dos trabalhos policiais e administrativos da Pasta, bem como fiscalizar as atividades policiais, assegurando sua conformidade com as disposições legais.

Parágrafo único - A Corregedoria Geral de Polícia poderá exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 CAPÍTULO X

Da Coordenação Geral de Segurança

  Art. 58 - A Coordenação Geral de Segurança - COSEG é a unidade responsável pelo estudo, planejamento, coordenação e supervisão de todas as atividades operacionais e de informações da Polícia Civil, competindo-lhe, ainda, preparar as diretrizes e ordens do Chefe da Polícia Civil no campo da segurança, com vistas a assegurar a eficiência operacional dos órgãos do Sistema de Segurança e Trânsito como um todo.

Parágrafo único - A Coordenação Geral de Segurança - COSEG poderá exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 CAPÍTULO XI

Departamento de Trânsito de Minas Gerais

  Art. 59 - O Departamento de Trânsito de Minas Gerais - DETRAN-MG é responsável pelo planejamento, coordenação, supervisão e execução das atividades de trânsito, nos termos da legislação em vigor.

Parágrafo único - O Departamento de Trânsito de Minas Gerais - DETRAN-MG poderá exercer outras atividades correlatas desde que obedeçam à legislação específica e sejam designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 CAPÍTULO XII

Do Hospital da Polícia Civil

  Art. 60 - O Hospital da Polícia Civil tem por finalidade prestar serviços hospitalares e ambulatoriais de natureza médico-odontológica, farmacológica e psicopedagógica aos seus beneficiados, tendo suas competências e atribuições definidas na Lei nº 11.724, de 30 de dezembro de 1994.

Parágrafo único - O Hospital da Polícia Civil poderá exercer outras atividades correlatas desde que obedeça a legislação específica e sejam designadas pelo Chefe da Polícia Civil por meio de resolução.

 CAPÍTULO XIII

Disposições Finais

  Art. 61 - As Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARIS, subordinam-se ao Chefe da Polícia Civil, vinculando-se, para fins de apoio administrativo e financeiro, ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais - DETRAN-MG de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e tendo em vista o Decreto nº 41.657, de 4 de maio de 2001.

  Art. 62 - A classificação e a remoção de delegado de polícia, compete exclusivamente ao Chefe da Polícia Civil.

Parágrafo único - A Classificação e a remoção dos demais servidores policiais e administrativos é de competência privativa

do Chefe da Polícia Civil, podendo ser delegada por meio de resolução.

Art. 63 - Fica delegada competência ao Chefe da Polícia Civil para, através de resolução, alterar e confeccionar o modelo da Carteira de Identidade Funcional, bem como disciplinar competência para sua expedição, quando necessário.

Art. 64 - Fica incluído no Decreto nº 36.033, de 14 de setembro de 1994, o Anexo II-H, contendo o quadro especial do Pessoal Administrativo da Polícia Civil, em virtude do disposto no parágrafo único, do art. 19 da Lei Delegada nº49, de 2 de janeiro de 2003.

Art. 65 - Os cargos de provimento efetivo, de que tratam os quadros I.1, III.1 e IV do Anexo I-P do Decreto nº 36.033, de 14 de setembro de 1994 - Secretaria de Estado de Segurança Pública, com as alterações posteriores, passam a compor o Anexo II-H Quadro Especial do Pessoal Administrativo da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

Parágrafo único - Aplica-se aos detentores de função pública da referida Secretaria os procedimentos adotados no “caput” do artigo, observando-se o art. 31 do Decreto nº 36.033, de 14 de setembro de 1994.

Art. 66 - Ficam lotados, no quadro especial dos cargos de provimento em comissão no quadro da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, na Unidade Administrativa-Gabinete, contido no Anexo XX - Secretaria de Estado de Defesa Social, do Decreto nº 43.187, de 10 de fevereiro de 2003, os cargos abaixo relacionados constantes do Anexo X - Secretaria de Estado de Governo, do quadro Gabinete Militar do Governador, do referido Decreto:

I - um cargo de Comandante de Avião, código EX24 GM05, símbolo 12/A, com sua nova codificação EX24 JD05;

II - um cargo de 1º Oficial de Aeronave, código EX25 GM03, símbolo 11/A, com sua nova codificação EX25 JD03.

Art. 67 - Ficam revogados:

I - os arts. 5º, 6º, 7º, 9º, 10, 12, 14 e 15 do Decreto nº 17.825, de 2 de abril de 1976;

II - o parágrafo único do art. 3º, do Decreto nº 13.013, de 23 de setembro de 1970;

III - os arts. 4º e 5º do Decreto nº 40.938, de 19 de fevereiro de 2000.

Art. 68 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

  Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 22 de abril de 2003; 212º da Inconfidência Mineira.

Aécio Neves - Governador do Estado

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DECRETO 43.852 DE 2004

Dispõe sobre a organização da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

  O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, e considerando o disposto no art. 8º da Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de l969 e as Leis Delegadas nº 49, de 2 de janeiro de 2003 e nº 101, de 29 de janeiro de 2003,

Decreta:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

  Art. 1º - À Polícia Civil, órgão autônomo e permanente do Poder Público, subordinada diretamente ao Governador do Estado e dirigida por Delegado de Polícia de carreira, incumbem com exclusividade, ressalvada a competência da União, o exercício das funções de polícia judiciária, a investigação e a apuração, no território do Estado, das infrações penais, exceto as militares, cabendo-lhe ainda a preservação da ordem e segurança públicas, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

§ 1º A Polícia Civil exerce privativamente as atividades de medicina legal e criminalística, de registro e licenciamento de veículo automotor e habilitação de condutor, bem como de processamento e arquivo de identificação civil e criminal, cabendo-lhe o cumprimento de suas funções institucionais.

§ 2º Integram a área de competência da Polícia Civil o Conselho Estadual de Trânsito - CETRAN-MG e o Conselho Superior de Polícia Civil, tendo como presidente o Chefe da Polícia Civil.

  Art. 2º - A Polícia Civil integra, para fins operacionais, a Secretaria de Estado de Defesa Social.

Parágrafo único. Os fins operacionais de que trata o caput se referem às ações para implementação das políticas públicas de defesa social, visando à execução integrada das atribuições autonomamente conferidas aos órgãos que compõem o sistema.

  Art. 3º - A investigação policial, além da finalidade processual penal e técnico-jurídica, tem caráter estratégico e tático sendo quem, devidamente consolidada, produz ainda, em articulação com o sistema de defesa social, subsidiariamente, indicadores concernentes aos aspectos sóciopolíticos, econômicos e culturais que se revelam no fenômeno criminal.

§ 1º - A ação investigativa compreende, no plano operacional, todo o ciclo da atividade policial civil pertinente à completa abordagem de notícia sobre infração penal.

§ 2º O ciclo completo da investigação policial inicia-se com o conhecimento da noticia de infração penal, por quaisquer meios, e se desdobra pela articulação ordenada, dentre outros aspectos, dos atos notariais e afetos à formalização das provas em inquérito policial ou outro instrumento legal, dos atos operativos de minimiação dos efeitos do delito e gerenciamento de crise dele decorrente, da pesquisa técnico-científica sobre a autoria e a conduta criminal, das atividades de criminalística e medicina legal e encerra-se com o exaurimento das possibilidades investigativas contextualizadas no respectivo procedimento.

§ 3º Considera-se de caráter técnico-científico toda função de investigação da infração penal, levando-se em conta seus aspectos de autoria e materialidade, inclusive os atos de escrituração em inquérito policial ou quaisquer outros procedimentos, instrumentos e atos oficiais.

CAPÍTULO II

DO FUNCIONAMENTO ORGANIZACIONAL

Art. 4º - A Polícia Civil possui em sua estrutura os seguintes níveis de administração:

I - Direção Superior;

II - Apoio Logístico; e

III - Atividades Finalísticas.

  Art. 5º - São unidades de Direção Superior da Polícia Civil:

I - Chefia da Polícia Civil; e

II - Conselho Superior de Polícia Civil.

§ 1º A direção Superior da Polícia Civil é exercida pelo Chefe da Polícia Civil, auxiliado pelo Chefe-Adjunto da Polícia Civil e pelo Conselho Superior de Polícia Civil.

§ 2º O Chefe da Polícia Civil e tem por atribuição dirigir a Polícia Civil, competindo-lhe as funções cominadas ao Secretário de Estado da Segurança Pública na Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969, nos termos da Lei Delegada nº 101, de 29 de janeiro 2003, e outras que lhe forem conferidas pela legislação.

§ 3º Ao Chefe da Polícia Civil são asseguradas a representação, as prerrogativas e as vantagens de Secretário de Estado em conformidade com o art. 7º da Lei nº 9.089, de 13 de setembro de 1985.

§ 4º As unidades de Direção Superior têm por finalidade a coordenação, proposição, deliberação, definição e execução das políticas de gestão institucional, tanto no que se refere aos aspectos logísticos quanto finalísticos da Polícia Civil, nos termos da legislação.

  Art. 6º - A unidade de apoio logístico é constituída pela Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças.

Parágrafo único. À Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças cabe executar o suporte administrativo-logístico para garantia da eficácia das atividades finalísticas da Polícia Civil, asssegurando o regular funcionamento de suas unidades, por meio dos recursos necessários ao exercício da polícia judiciária e da investigação criminal, nos termos da legislação.

Art. 7º - As unidades de atividades finalísticas da Polícia Civil compreendem o exercício das funções estratégicas e funções táticas, em conformidade com a seguinte estrutura:

I - unidades de funções estratégicas:

a) Corregedoria-Geral de Polícia Civil;

b) Academia de Polícia Civil;

c) Coordenação-Geral de Segurança; e

d) Departamento de Trânsito.

II - a unidade de funções táticas é constituída pela Superintendência-Geral de Polícia Civil.

§ 1º - As unidades de funções estratégicas são aquelas que exercem as seguintes atividades:

I - concepção, planejamento e acompanhamento educacional, doutrinário e operacional da atividade policial civil finalística e o desenvolvimento dos recursos humanos

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compreendendo o ensino, pesquisa, extensão e normalização técnico-científica das condutas profissionais;

II - correição, com o controle de qualidade dos serviços e a imposição, quando necessária, de penalidade aos servidores da Polícia Civil;

III - gestão de informações e inteligência, telecomunicações e informática, por meio da captação, análise, organização e difusão de dados e conhecimentos; e

IV - consecução das ações relativas ao controle de veículos automotores e seus condutores e, no âmbito das unidades de trânsito e correição, residualmente, a execução de investigações e polícia judiciária, nos termos da legislação.

§ 2º A unidade de funções táticas compete executar diretamente as atividades finalíticas pertinentes à investigação policial e polícia judiciária, realizando as etapas do ciclo completo da investigação policial de forma coerente com o planejamento estratégico, segundo as disposições normativas.

CAPÍTULO III

DA ESTRUTURA ORGÂNICA

Art. 8º - A Polícia Civil tem a seguinte estrutura orgânica:

I - Gabinete:

II - Conselho Superior de Polícia Civil;

III - Assessoria Jurídica;

IV - Assessoria de Atos;

V - Assesoria de Comunicação Social;

VI - Assessoria de Apoio Administrativo;

VII - Assessoria de Planejamento Institucional;

VIII - Auditoria Setorial;

IX - Hospital da Polícia Civil.

X - Superintendência-Geral de Polícia Civil:

a) Comitê Técnico-Operativo de Investigações Policiais

b) Coordenação de Investigações e Polícia Judiciária;

c) Superintendência de Polícia Técnico-Científica:

1. Instituto de Identificação;

2. Instituto de Criminalística;

3. Instituto Médico-Legal;

c) Superintendência Regional de Polícia Civil;

d) 1º Departamento de Polícia - Belo Horizonte;

e) 2º Departamento de Polícia - Contagem;

f) 3º Departamento de Polícia - Vespasiano;

g) Departamento de Investigações;

h) Departamento de Registro e Controle Policial;

i) Departamento Estadual de Operações Especiais;

XI - Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças:

a) Coordenação de Planejamento, Gestão e Finanças;

b) Assessoria de Administração;

c) Assessoria Ecumênica;

d) Comitê de Planejamento, Gestão e Finanças;

e) Diretoria de recursos Humanos;

f) Diretoria de Administração e Pagamento de Pessoal;

g) Diretoria de Modernização Institucional;

h) Diretoria de Orçamento;

i) Diretoria de Planejamento Setorial;

j) Diretoria de Contratos, Convênios e Serviços Gerais;

l) Diretoria de Análise e Prestação de Contas

m) Diretoria de Contabilidade;

n) Diretoria de Administração Financeira;

o) Diretoria de Material e Patrimônio;

p) Diretoria de Transportes;

q) Diretoria de Documentação e História.

XI - Academia de Polícia Civil:

a) Diretoria-Adjunta da Academia de Polícia Civil:

b) Instituto de Criminologia:

c) Escola Estadual “Ordem e Progresso”;

d) Congregação.

XII - Corregedoria-Geral de Polícia Civil:

a) Assessoria Jurídica;

b) Subcorregedoria-Geral de Polícia Civil;

c) 1ª Subcorregedoria de Polícia Civil;

d) 2ª Subcorregedoria de Polícia Civil;

e) 3ª Subcorregedoria de Polícia Civil;

f) 4ª Subcorregedoria de Polícia Civil;

g) 5ª Subcorregedoria de Polícia Civil;

XIII - Coordenação-Geral de Segurança:

a) Subchefia da Coordenação-Geral de segurança;

b) Diretoria de Informações e Inteligência Policial;

c) Diretoria de Telecomunicações;

d) Diretoria de Informática;

e) Diretoria de Estatística Criminal;

f) Diretoria de Análise Criminal;

XIV - Departamento de Trânsito de Minas Gerais:

a) Subchefia do Departamento de Trânsito;

b) Coordenação de Educação de Trânsito;

c) Coordenação de Operações Policiais;

d) Coordenação de Engenharia de Trânsito;

e) Coordenação de Administração de Trânsito;

f) Coordenação de Apoio Administrativo; e

f)Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.

  § 1º As competências das unidades administrativas, a que se refere este artigo, serão estabelecidas por resolução do Chefe da Polícia Civil, devendo estimular a cooperação, o planejamento sistêmico, a troca dinâmica de informações, a desburocratização, a eficiência, a eficácia, a desconcentração das atividades e o controle das ações para avaliação da performance policial.

§ 2º Ficam mantidas as unidades não modificadas por este Decreto, até a edição da resolução de que trata o § 1º, bem como a denominação dos cargos de provimento em comissão que integram quadro específico da Polícia Civil.

§ 3º A Divisão de Estatística do Instituto de Criminologia e a Coordenação de Apoio Aéreo do Gabinete da Chefia da Polícia Civil ficam subordinadas, respectivamente, à Diretoria de Estatística da Coordenação-Geral de segurança e à Superintendência-Geral de Polícia Civil.

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§ 4º O Instituto de Criminalística será dirigido por Perito Criminal, em atividade, no nível final da carreira.

  Art. 9º - A correlação entre as unidades administrativas estabelecidas neste Decreto e as constantes do art. 3º do Decreto nº 43.279, de 22 de abril de 2003 é a seguinte:

I - de Coordenação de Polícia Civil da Superintendência-Geral de Polícia Civil para Coordenação de Investigações e Polícia Judiciária;

II - de Superintendência Regional de Segurança Pública para Superintendência Regional de Polícia Civil;

III - de Superintendência de Polícia Metropolitana para:

a) 1º Departamento de Polícia - Belo Horizonte;

b) 2º Departamento de Polícia - Contagem; e

c) 3º Departamento de Polícia - Vespasiano.

IV - de Assessoria de Apoio da Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças para Coordenação de Planejamento, Gestão e Finanças;

V - de Centro de Recursos Humanos da academia de Polícia Civil para Diretoria-Adjunta da Academia da Polícia Civil;

VI - de Assessoria Técnica da Corregedoria-Geral de Polícia para Assessoria Jurídica da Corregedoria-Geral de Polícia Civil;

VII - de Coordenação de Informação da Coordenação-Geral de Segurança para Sub-chefia da Coordenação-Geral de Segurança VIII - de Diretoria de Gestão de recursos Logísticos e Tecnológicos da Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças para Diretoria de Análise Criminal da Coordenação Geral de Segurança; e

IX - de Divisão de Apoio administrativo do Departamento de Trânsito para Coordenação de Apoio Administrativo do Departamento de Trânsito.

CAPÍTULO IV

DO GABINETE DA CHEFIA DA POLÍCIA CIVIL

  Art. 10 - O Gabinete tem por finalidade prestar assessoramento direto ao Chefe da Polícia Civil, competindo-lhe:

I - encaminhar os assuntos pertinentes às diversas unidades da Polícia Civil e articular o fornecimento de apoio técnico, quanto requerido;

II - planejar, dirigir e coordenar as atividades no âmbito do Gabinete, mantendo o controle dos documentos oficiais correspondentes aos atos e despachos do Chefe da Polícia Civil;

III - acompanhar os projetos de interesse da Polícia Civil na Assembléia Legislativa;

IV - organizar e publicar o Boletim Interno da Polícia Civil;

V - preparar o expediente do Chefe da Polícia Civil para despacho com o Governador;

VI - manter diálogo com os servidores da Polícia Civil, estabelecendo permanente canal de comunicação entre as lideranças sindicais e o Gabinete; e

VII - exercer outras atividades que lhe forem delegadas na forma da legislação.

§ 1º O cargo de Chefe de gabinete da Polícia Civil é de recrutamento limitado aos Delegados de Polícia, em atividade, no níveo final da careira.

§ 2º Ao Chefe de gabinete atribui-se a supervisão, o acompanhamento e a articulação de unidades administrativas, mediante delegação de competência do Chefe da Polícia Civil, observadas as diretrizes estabelecidas por este, com vistas à eficácia do disposto neste artigo.

CAPÍTULO V

DO CHEFE-ADJUNTO DA POLÍCIA CIVIL

  Art. 11 - O Chefe-Adjunto da Polícia Civil tem por atribuição auxiliar o Chefe da Polícia Civil na direção do órgão autônomo Polícia Civil, competindo-lhe:

I - substituir o Chefe da Polícia Civil em suas ausências, afastamentos e impedimentos eventuais;

II - coordenar e supervisionar a execução dos trabalhos das unidades da Polícia Civil;

III - participar, como membro, das reuniões do Conselho Superior de Polícia Civil;

IV - substituir o Chefe da Polícia Civil no Conselho Estadual de Trânsito; e

V - exercer outras atribuições que lhe sejam delegadas pelo Chefe da Polícia Civil.

Parágrafo único. Ao Chefe-Adjunto da Polícia Civil são asseguradas a representação, as prerrogativas e as vantagens de Secretário-Adjunto de Estado.

CAPÍTULO VI

DO CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA CIVIL

  Art. 12 - O Conselho Superior de Polícia Civil tem por finalidade assessorar o Chefe da Polícia Civil nas questões relacionadas com a administração da Polícia Civil, e sua composição obedece ao disposto no art. 3º do Decreto nº 43.613, de 25 de setembro de 2003 e alterações.

  Art. 13 - Ao Conselho Superior de Polícia Civil, além das atribuições previstas no art. 10, da Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de l969, compete:

I - conhecer, fomentar, sugerir e deliberar sobre propostas de programas, planos e projetos, com vistas ao planejamento institucional e a atuação da Polícia Civil;

II - examinar a proposta para o planejamento orçamentário anual da Polícia Civil;

III - examinar e propor a revisão dos atos normativos pertinentes ao serviço policial civil;

IV - deliberar sobre a localização de unidades da Polícia Civil;

V - propor planos de lotação ou remanejamento de servidores da Polícia Civil;

VI - estudar e propor inovações nos recursos técnicos de avaliação de resultados, visando à eficiência da atividade policial civil;

VII - propor a remoção de policial civil estável, depois de concluída sindicância ou processo administrativo com proposta de transferência ex-oficio por conveniência da disciplina, assegurada plena defesa;

VIII - propor a remoção de policial civil estável no interesse do serviço policial; e

IX - praticar os demais atos necessários, visando assessorar o Chefe da Polícia Civil na administração da Polícia Judiciária.

§ 1º Os atos de que tratam os incisos VII e VIII são de competência exclusiva do Chefe da Polícia Civil.

§ 2º As atas das reuniões do Conselho Superior serão publicadas em Boletim Interno, no prazo de cinco dias úteis, exceto nas hipóteses legais de sigilo.

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CAPÍTULO VII

DO DELEGADO-ASSISTENTE DO CHEFE DA POLÍCIA CIVIL

  Art. 14 - O Delegado Assistente tem por finalidade assistir o Chefe da Polícia Civil nos assuntos que lhe forem atribuídos competindo-lhe:

I - exercer a chefia das atividades policiais civis atribuídas pelo Chefe da Polícia Civil;

II - elaborar o calendário de programações oficiais externas e sociais da Polícia Civil;

III - emitir parecer sobre assuntos de sua competência;

IV - promover, com o apoio da Assessoria de Comunicação Social, contatos com a imprensa em geral e outros veículos depublicidade e difusão, com o fim de divulgar assuntos específicos da Polícia Civil; e

V - exercer outras atividades correlatas, designadas pelo Chefe da Polícia Civil.

CAPÍTULO VII

DA SUPERINTENDÊNCIA-GERAL DE POLÍCIA CIVIL

  Art. 15 - A Superintendência-Geral de Polícia Civil é a unidade responsável, perante o Chefe da Polícia Civil, pelo planejamento, coordenação, supervisão e execução das atividades de investigações policiais, a preservação da ordem e da segurança pública e o exercício da polícia judiciária, em todo território do Estado, nos termos da legislação em vigor.

§ 1º Fica instituído o Comitê Técnico-Operativo de Investigações Policiais, na estrutura da Superintendência-Geral de Polícia Civil, a ser presidido pelo seu titular, como unidade destinada ao controle e gerenciamento permanente das ações operacionais, visando garantir a eficácia das normas técnicas pertinentes à execução do ciclo completo da investigação policial.

§ 2º As competências descritas no caput poderão ser detalhadas nos termos de resolução do Chefe da Polícia.

CAPÍTULO IX

DA SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO, GESTÃO E FINANÇAS

  Art. 16 - A Superintendência de Planejamento, Gestão e Finanças tem por finalidade a coordenação, orientação, avaliação e execução das atividades de planejamento setorial, orçamento, modernização institucional, contabilidade e administração financeira, bem como a gestão de recursos humanos, administração de pessoal, patrimônio, manutenção, transportes, gestão de documentos e de recursos logísticos.

Parágrafo único. As competências descritas no caput poderão ser detalhadas nos termos de resolução do Chefe da Polícia.

CAPÍTULO X

DA ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL

  Art. 17 - À Academia de Polícia Civil compete promover o recrutamento, a seleção e o desenvolvimento dos recursos humanos da Polícia Civil, obedecendo a legislação específica.

Parágrafo único. As competências descritas no caput poderão ser detalhadas nos termos de resolução do Chefe da Polícia.

CAPÍTULO XI

DA CORREGEDORIA-GERAL DE POLÍCIA CIVIL

  Art. 18 - À Corregedoria-Geral de Polícia Civil compete praticar os atos de correição gerais ou parciais no âmbito da Polícia Civil, com vistas à regularidade dos trabalhos policiais e administrativos do órgão, promovendo o controle de qualidade dos serviços da Polícia Civil, especialmente os da atividade-fim, zelando pela correta execução das etapas do ciclo completo da investigação policial, atuando, com exclusividade, preventiva e repressivamente, face às infrações disciplinares e penais praticadas por seus servidores.

Parágrafo único. As competências descritas no caput poderão ser detalhadas nos termos de resolução do Chefe da Polícia.

CAPÍTULO XII

DA COORDENAÇÃO-GERAL DE SEGURANÇA

  Art. 19 - A Coordenação-Geral de Segurança é a unidade responsável pelo planejamento, coordenação, execução e apoio às atividades de gestão de telecomunicações, informática, informações e inteligência policial no Âmbito da Polícia Civil.

  Art. 20 - A Coordenação-Geral de Segurança é a destinatária de dados e provedora imediata de conhecimentos em relação às unidades executoras da função tática, constituindo-se na unidade central de informações e inteligência destinadas ao suporte da atividade-fim da Polícia Civil, cabendo-lhe o que for disciplinado no regulamento e inclusive:

I - o comando da unidade executora das atividades de estatística, informática, radiofonia e telecomunicações de natureza policial, bem como a manutenção dos respectivos equipamentos e programas;

II - a direção estratégica de todos os bancos de dados em operação na Polícia Civil, seu desenvolvimento e análise, devendo zelar pela otimização e inter-relacionamento dos mesmos;

III - a articulação com os órgãos e unidades de informações e inteligência de outras instituições públicas e da esfera federal, com vistas à colaboração da Polícia civil no processo de defesa das autonomias do Estado e da soberania nacional; e

IV - a participação nas reuniões do Comitê Técnico-Operativo de Investigações Policiais.

CAPÍTULO XII

DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DE MINAS GERAIS

  Art. 21 - O Departamento de Trânsito de Minas Gerais, unidade da Polícia Civil e órgão executivo de trânsito do Estado, de funções estratégicas no âmbito das investigações criminais, é o responsável pelo registro e licenciamento de veículos, bem como o planejamento, direção, normatização, coordenação, controle, fiscalização, supervisão e execução das demais atividades e serviços relativos ao trânsito e à formação de condutores, nos termos da legislação em vigor.

Parágrafo único. O Departamento de Trânsito de Minas Gerais poderá exercer outras atribuições delegadas pelo Chefe da Polícia Civil.

CAPÍTULO XIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

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  Art. 22 - O Chefe da Polícia Civil procederá, após aprovação do Conselho Superior de Polícia Civil, a proposta para lotação setorial dos cargos de natureza estritamente policial civil visando à implementação do disposto no § 1º do art. 206 da Lei nº 5.406, de l969.

  Art. 23 - Fica o Chefe da Polícia Civil autorizado a instituir Departamentos de Polícia Civil do Interior, com vistas à integração geográfica das regiões de segurança pública, ao aperfeiçoamento do processo decisório, da atividade de supervisão e controle dos serviços policiais, da investigação criminal e da polícia judiciária no Estado.

  Art. 24. O Chefe da Polícia Civil poderá fixar:

I - o disciplinamento da implementação deste Decreto;

II - as atribuições gerais, distribuição e lotação dos cargos de provimento em comissão;

III - os critérios para distribuição do pessoal lotado na Polícia Civil; e

IV - o detalhamento de funcionamento, competência, atribuições e circunscrições das unidades que compõem a estrutura complementar da Polícia Civil estabelecidas neste Decreto.

  Art. 25 - Fica delegada competência ao Chefe da Polícia Civil para estabelecer e modificar os símbolos institucionais da Polícia Civil, alterar e confeccionar o modelo da Carteira de Identidade Funcional, bem como disciplinar a competência para sua expedição, quando necessário.

  Art. 26 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

  Art. 27 - Ficam revogados:

I - o Decreto nº 17.825, de 2 de abril de l976, mantendo-se em vigor o seu art. 4º até a edição do regulamento de que trata o § 1º do art. 8º naquilo que não contrariar este Decreto; e

II - os arts. 3º, 7º, 8º, 9º, 10, 15, 26, 27, 35, 39, 55 a 59 e 61 do Decreto nº 43.279, de 22 de abril de 2003.

  Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 11 de agosto de 2004; 216º da Inconfidência Mineira.

  Aécio Neves - Governador do Estado

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DECRETO 44.353 DE 2006

Contém o Regulamento do Plano de Carreira dos policiais civis do Estado de Minas Gerais, e dá outras providências.

 O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, e tendo em vista o disposto na Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969 e na Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005,

DECRETA:

 CAPÍTULO I

DO PLANO DE CARREIRA

 Art. 1º - O Plano de Carreira dos policiais civis do Estado de Minas Gerais rege-se pela Lei nº 5.406, de 16 de dezembro de 1969, pela Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005, e por este Decreto.

Art. 2º - O Plano de Carreira dos policiais civis representa a evolução funcional do servidor, diante do grau de complexidade e de responsabilidade inerentes ao cargo policial civil, e se desenvolve por meio dos institutos da promoção e da progressão.

CAPÍTULO II

DA PROMOÇÃO

 Art.3º - A promoção constitui-se na elevação hierárquica, gradual, sucessiva e regular do policial civil, em atividade, objetivando a evolução funcional para o nível imediatamente superior da carreira a que pertence.

Art. 4º - A promoção obedecerá aos seguintes critérios:

I - antigüidade;

II - merecimento;

III - tempo de serviço;

IV - ato de bravura;

V - invalidez;

VI - post mortem; e

VII - aposentadoria.

§ 1º - As promoções pelos critérios alternados de antigüidade e merecimento ocorrerão, anualmente, nos meses de junho e dezembro, na forma do disposto no edital de promoção, observados os §§ 2º e 3º do art. 15 da Lei Complementar nº 84, de 2005.

§ 2º - Os períodos previstos no § 1º aplicam-se para a promoção por ato de bravura.

§ 3º - As promoções por invalidez, post mortem e aposentadoria poderão ocorrer em qualquer época do ano e independem da existência de vagas.

§ 4º - A promoção por tempo de serviço ocorrerá nos períodos previstos no § 1º, retroagindo os seus efeitos, para todos os fins de direito, à data da implementação do período aquisitivo.

§ 5º - A promoção para o cargo de Delegado Geral de Polícia pelos critérios alternados de antigüidade e merecimento, além dos períodos previstos no § 1º, poderá ser realizada em qualquer época do ano, comprovada a existência de vaga, observado o contido nos arts. 12 a 15 e 16 a 19.

§ 6º - Os limites de vagas por níveis de promoções para as carreiras de Delegado de Polícia, Médico Legista e Perito Criminal são os constantes no Anexo I da Lei Complementar nº 84, de 2005.

§ 7º - As promoções para as carreiras de Agente de Polícia e Escrivão de Polícia obedecerão aos seguintes limites de vagas por níveis:

I - Agente de Polícia Nível Especial: 1.100;

II - Agente de Polícia Nível III: 1.250;

III - Agente de Polícia Nível II: 1.500;

IV - Agente de Polícia Nível I: 3.964;

V - Escrivão de Polícia Nível Especial: 200;

VI - Escrivão de Polícia Nível III: 330;

VII - Escrivão de Polícia Nível II: 450; e

VIII - Escrivão de Polícia Nível I: 898;

§ 8º - A promoção para a carreira de Auxiliar de Necropsia poderá ocorrer periodicamente de forma a concentrar os cargos no Nível Especial, em atendimento ao disposto no art. 36 da Lei Complementar nº 84, de 2005, até a respectiva extinção.

§ 9º - Os limites de que trata o § 7º não se aplicam para a promoção por tempo de serviço.

Art. 5º - Constituem requisitos necessários para as promoções a quaisquer níveis hierárquicos, no que couber, o disposto nos arts. 15 a 20 da Lei Complementar nº 84, de 2005.

Art. 6º - Os níveis de que trata este Decreto representam a estrutura hierárquica para a promoção e os graus demarcam as etapas de evolução funcional para a progressão no nível a que pertence o cargo.

Parágrafo único - A promoção independe da progressão e atenderá o disposto no art. 15 da Lei Complementar nº 84, de 2005.

Art. 7º - Não poderá concorrer à promoção, por qualquer critério, o policial civil que se encontrar nas seguintes situações:

I - licenciado para tratar de interesse particular;

II - cumprindo pena restritiva de liberdade, mesmo quando beneficiado pelo livramento condicional ou suspensão condicional da pena;

III - considerado ausente ou desaparecido;

IV - afastado ou suspenso preventivamente do serviço policial civil, em decorrência de decisão judicial ou de situações previstas e expressas em lei; e

V - exercendo funções diversas do seu cargo fora da Polícia Civil.

Parágrafo único - Excetuam-se da proibição contida neste artigo as situações descritas nos arts. 75 e 88 e seu parágrafo único, da Lei nº 869, de 5 de julho de 1952, e o exercício das funções em órgãos e entidades descritos no art. 96 da Lei nº 5.406, de 1969, por deliberação do Conselho Superior de Polícia Civil.

Seção I

Do Interstício

 Art. 8º - Somente poderá concorrer à promoção de que tratam os incisos I e II do art. 4º, o policial civil que contar com interstício de dois anos no respectivo nível a que pertence seu cargo, independentemente do grau em que se encontra posicionado, contados da última promoção.

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§ 1º - Não concorrera à promoção o servidor que se encontrar em estágio probatório, exceto quando decorrer dos critérios previstos IV, V e VI do art. 4º, dispensando-se, nestas situações, o contido no caput.

§ 2º - Findo o estágio probatório, considera-se atendido o disposto no caput.

Art. 9º - Por decisão do Conselho Superior de Polícia Civil, o interstício poderá ser reduzido à metade nos seguintes casos:

I - quando não houver no nível candidato com interstício completo; e

II - quando o número de vagas a serem preenchidas for superior ao número de candidatos com interstício completo.

Seção II

Da Vaga e Período

 Art. 10 - As promoções serão realizadas nos meses de junho e dezembro de cada ano, vedada a acumulação das vagas existentes para o período subseqüente à sua ocorrência, observado os critérios de contagem de tempo estabelecidos neste Decreto.

§ 1º - A apuração de vagas será feita, semestralmente, até 30 de abril e 30 de outubro, podendo ser alterada nos últimos trinta dias que antecederem à data da promoção.

§ 2º - Os termos previstos no § 1º aplicam-se para a contagem do tempo de serviço no nível e na carreira dos candidatos à promoção.

§ 3º - Na apuração de vagas para as promoções por antigüidade serão subtraídas do total apurado as correspondentes ao número necessário para a promoção por ato de bravura.

§ 4º - Cabe ao Conselho Superior de Polícia Civil, a partir da primeira quinzena dos meses de maio e novembro de cada ano, a prática dos atos e expedientes necessários à realização das promoções.

Seção III

Da Promoção por Antigüidade

 Art. 11 - Será promovido por antigüidade, em razão do princípio da hierarquia funcional, o policial civil mais antigo no nível a que pertence seu cargo e que atender às condições legais.

Parágrafo único - Caso o policial civil mais antigo no nível não atenda às condições legais, até a data da realização das promoções, o direito caberá, sucessivamente, ao inscrito na lista que satisfaça os requisitos legais.

Art. 12 - A antigüidade será apurada em dias e determinada pelo tempo líquido de efetivo exercício das funções no nível em que se encontra o servidor ou, no caso de promoção anterior, conforme o disposto nas regras transitórias deste Decreto, a partir da vigência do ato respectivo.

Art. 13 - Ocorrendo empate na classificação por antigüidade terá preferência, sucessivamente, o policial civil que se encontrar nas seguintes situações:

I - o mais antigo na carreira a que pertença;

II - o mais antigo no Serviço Público Estadual;

III - o que possua o maior número de cursos relacionados com a atividade policial;

IV - o que possua melhor posição na progressão de que trata o Capítulo III deste Decreto;

V - o que tiver registrado maior número de filhos de até vinte e um anos e, após essa idade, se comprovada a dependência econômica; e

VI - o de maior idade.

Parágrafo único - Os cursos de que trata o inciso III são os realizados ou reconhecidos pela Academia de Polícia Civil, conforme definido em ato do Chefe da Polícia Civil.

Art. 14 - Considera-se como de efetivo exercício, para efeito de antigüidade e desempate, os afastamentos previstos nos arts. 75 e 88 e seu parágrafo único, da Lei nº 869, de 1952, bem como no art. 96, da Lei nº 5.406, de 1969, por deliberação do Conselho Superior de Polícia Civil.

Seção IV

Da Promoção por Merecimento

 Art. 15 - A promoção por merecimento é a que resulta dos atributos positivos que distinguem o policial civil entre os demais do mesmo nível a que pertence e que, uma vez quantificados objetivamente na ficha de promoção, na forma do Anexo, passam a traduzir a sua capacidade para ascender hierarquicamente, como demonstração exemplar do exercício de suas funções durante a permanência no nível.

Art. 16 - Na apuração do merecimento deverá ser levado em conta, dentre outros, os elementos que permitam aferir as capacidades profissionais e qualificações pessoais do policial civil, considerada a avaliação de desempenho individual, inclusive a classificação no curso para esse fim realizado ou reconhecido pela Academia de Polícia Civil.

Art. 17 - A promoção pelo critério de merecimento observará as seguintes condições:

I - requerimento de inscrição pessoal firmado pelo candidato habilitado, com exposição fundamentada das razões, permitida a instrução com documentos;

II - remoção ex officio, se for o caso, para unidade diversa de sua lotação, no interesse da administração; e

III - comprovação da obtenção da pontuação necessária, nos termos do respectivo edital de promoção.

Art. 18 - Será promovido por merecimento o policial civil que, atendidos os requisitos necessários, obtiver aprovação por maioria absoluta do Conselho Superior de Polícia Civil.

Seção V

Da Promoção por Tempo de Serviço

 Art. 19 - Será promovido por tempo de serviço o policial civil que satisfizer ao disposto nos incisos I a IV do art. 16 da Lei Complementar nº 84, de 2005.

Art. 20 - À promoção por tempo de serviço aplicam-se os critérios de contagem de tempo de exercício das funções previstos neste Decreto.

Art. 21 - Considera-se suspensa a contagem de tempo de exercício das funções, pelo período correspondente, quando o servidor se encontrar nas situações descritas no art. 7º , e ainda:

I - faltas injustificadas ao serviço;

II - suspensão disciplinar; e

III - afastamento das funções específicas de seu cargo, excetuado os casos previstos como de efetivo exercício nas normas estatutárias vigentes e em legislação específica.

§ 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o afastamento ensejará a suspensão do período aquisitivo para a promoção, contando, nesta situação, o período anterior, desde que tenha sido concluída a respectiva avaliação periódica de desempenho individual.

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§ 2º - Da decisão que suspende o período aquisitivo cabe recurso, no prazo de dez dias úteis, para a autoridade superior à que praticou o ato, observado o disposto no § 3º, do art. 47.

Seção VI

Da Promoção por Ato de Bravura

 Art. 22 - A promoção por ato de bravura resulta da prática de ação meritória excepcional, em razão do exemplo positivo de coragem e audácia, dele emanado, ou da qualidade do resultado alcançado, em que um ou mais policiais civis, em circunstâncias adversas, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever funcional ou cívico, assumem o risco de expor a saúde ou a própria vida.

§ 1º - Não se aplica a promoção por ato de bravura quando a ação resultar em morte do servidor, bem como de negligência ou imprudência, por cuidarem estas últimas hipóteses de circunstâncias incompatíveis com o disposto no caput e corresponderem a considerações de natureza negativa.

§ 2º - O ato de promoção por ato de bravura retroage, para todos os fins e efeitos legais, à data do evento que lhe deu causa.

Art. 23 - O policial civil promovido por ato de bravura fica obrigado a freqüentar curso próprio, mantido pela Academia de Polícia Civil, desde que permaneça no exercício das funções.

Seção VII

Da Promoção por Invalidez

 Art. 24 - A promoção por invalidez é a concedida ao policial civil que tenha sofrido, no cumprimento de suas funções e no exercício da atividade policial, lesões que o torne incapacitado para o desempenho das atribuições do cargo.

Parágrafo único - O ato de promoção por invalidez retroage, para todos os fins e efeitos legais, à data do laudo médico declaratório da incapacidade.

Seção VIII

Da Promoção Post Mortem

Art. 25 - A promoção post mortem decorre da expressão póstuma de reconhecimento ao policial civil falecido nas seguintes situações:

I - em conseqüência de ferimento recebido em ações de investigação policial ou de promoção da ordem e segurança públicas, ou ainda, de doença, moléstia ou enfermidade contraída nessas situações, ou que nelas tenham a sua causa eficiente;

II - em acidente de serviço, in itinere ou em conseqüência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenha sua causa eficiente; e

III - se, ao falecer, tiver o nome incluído na lista de votação para promoção por merecimento, antigüidade ou tempo de serviço e satisfizer as condições prescritas neste Decreto.

§ 1º - O ato de promoção post mortem retroage à data do óbito, para todos os fins e efeitos legais.

§ 2º - Não se efetivará a promoção post mortem na hipótese de se apurar que o óbito ocorreu por negligência, imprudência ou em circunstâncias negativas, provocadas pelo policial civil falecido.

Seção IX

Da Promoção por Aposentadoria

 Art. 26 - O policial civil, em atividade, ocupante de cargo de nível intermediário da respectiva carreira que satisfizer os requisitos legais e requerer a aposentadoria voluntária, nos termos da legislação, terá direito a ser promovido ao nível imediatamente superior.

Parágrafo único - Os atos respectivos de promoção e aposentadoria serão publicados conjuntamente com efeitos retroativos à data do requerimento.

Seção X

Do Processamento das Promoções

 Art. 27 - Ao Conselho Superior de Polícia Civil compete o processamento das promoções dos policiais civis em conformidade com o disposto neste Decreto.

Parágrafo único - Cabe ao Conselho Superior de Polícia Civil a caracterização e o reconhecimento de situação que assegure o direito à promoção por ato de bravura, por invalidez e post mortem, após a conclusão de procedimento próprio, levado a efeito pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil.

Art. 28 - O Chefe da Polícia Civil, por aprovação do Conselho Superior de Polícia Civil, poderá instituir, por ato próprio, tantas Comissões de apoio à Secretaria Executiva quantas forem necessárias, para se incumbir da execução das atividades auxiliares de coleta de dados indispensáveis para a promoção.

Parágrafo único - As Comissões de que trata o caput serão integradas, conforme o caso, por servidores de cada uma das carreiras da Polícia Civil.

 Art. 29 - A Diretoria de Administração e Pagamento de Pessoal da Polícia Civil fornecerá os elementos necessários à instrução e organização das listas de promoção e os que forem solicitados pelo Conselho Superior de Polícia Civil e pelas Comissões a que se refere o art. 28.

Art. 30 - Os atos de promoção para o último nível da carreira de Delegado de Polícia e os atos de promoção por aposentadoria e ato de bravura são de competência do Governador do Estado.

§ 1º - Os atos de promoções por antigüidade, tempo de serviço, invalidez, post mortem e merecimento são de competência do Chefe da Polícia Civil.

§ 2º - As promoções por antigüidade, tempo de serviço, invalidez, post mortem, merecimento e ato de bravura ficam condicionadas à proposição do Conselho Superior de Polícia Civil.

Art. 31 - O Conselho Superior de Polícia Civil se valerá, para consecução de seus trabalhos, do resultado da avaliação de desempenho individual, competindo-lhe a organização da ficha de promoção.

Art. 32 - Na promoção por merecimento serão considerados os seguintes fatores:

I - o resultado da avaliação de desempenho individual; e

II - a aferição dos registros e atributos positivos ou negativos consignados na ficha de promoção.

Art. 33 - O total dos pontos da ficha de promoção será obtido subtraindo-se a soma dos pontos negativos dos pontos positivos.

Art. 34 - Dos resultados a que chegar o Conselho Superior de Polícia Civil no processamento das promoções, lavrar-se-ão atas, em livros próprios, onde ficarão registrados os pareceres finais.

Seção XI

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Dos Critérios de Contagem de Pontos para Promoção

 Art. 35 - A ficha de promoção destinada ao cômputo dos pontos que quantificam o mérito do policial civil será preenchida pela Secretaria Executiva do Conselho Superior de Polícia Civil ou pelas Comissões e obedecerá ao modelo estabelecido no Anexo.

§ 1º - Receberão valores numéricos positivos:

I - tempo de efetivo exercício das atribuições do cargo, no período aquisitivo do direito à promoção que venha a ser implementada e desde o ingresso na carreira;

II - curso policial realizado que assegure o direito à promoção que venha a ser implementada, conforme estabelecido em resolução do Chefe da Polícia Civil;

III - graduação em curso superior, pós-graduação lato sensu, stricto sensu e doutorado em ramo do conhecimento pertinente ao exercício das atribuições policiais civis, reconhecido e graduado conforme estabelecido em resolução do Chefe da Polícia Civil;

IV - condecoração e medalha instituídas pelos Poderes do Estado, no âmbito Federal, Estadual e Municipal, conferidas ao policial civil;

V - elogios a que se refere o art. 40; e

VI - contribuições de caráter técnico profissional;

§ 2º - Receberão valores numéricos negativos:

I - punição disciplinar definitiva no período aquisitivo do direito à promoção que venha a ser implementada;

II - condenação definitiva pela prática de crime doloso; e

III - falta de aproveitamento em curso realizado ou reconhecido pela Academia de Policia Civil.

Art. 36 - Atribuir-se-á a seguinte pontuação como tempo de efetivo exercício das funções do cargo:

I - 0,20 por semestre ou fração superior a noventa dias, na carreira de policial civil, desde a data da posse até a data de encerramento das alterações; e

II - 0,30 por semestre ou fração superior a noventa dias, no nível atual, desde a data da última promoção até a data de encerramento das alterações.

Art. 37 - Atribui-se aos cursos policiais, concluídos com aproveitamento e respectiva aprovação, a seguinte pontuação:

I - 0, 20, por curso de aperfeiçoamento ou equivalente; e

II - 0, 30, por curso de chefia ou equivalente;

§ 1º - Fica vedada nova avaliação dos cursos de que trata o caput, quando houverem sido considerados em promoção antecedente.

§ 2º - Quando o servidor possuir diversos cursos a que se refere o caput, a avaliação deverá ser limitada a um ponto.

Art. 38 - Aos cursos reconhecidos a que se refere o inciso III, do § 1º, art. 35, atribui-se, cumulativamente, a seguinte pontuação:

I - 0,20 na graduação com duração de até quatro anos; e

II - 0,50 na pós-graduação lato sensu, stricto sensu ou doutorado.

Parágrafo único. -Não será cumulativa a pontuação atribuída ao curso de graduação a que alude o inciso I, nos casos em que seja condição para o ingresso na carreira.

Art. 39 - Às condecorações e medalhas, quando instituídas pelos Poderes do Estado, no âmbito Federal, Estadual e Municipal, outorgadas ao policial civil, serão computados 0,10 ponto para cada distinção, limitada a cinco medalhas ou condecorações, podendo ser reapresentadas apenas quando o candidato não for promovido.

Art. 40 - Será destacado, com atribuição de ponto, cada elogio caracterizado pelas seguintes ações:

I - 0,20, para a ação de bravura no cumprimento do dever, descrita em elogio individual e assim julgada pelo Conselho Superior de Polícia Civil, que não tenha acarretado promoção por ato de bravura; e

II - 0,15, para a ação meritória de caráter excepcional, com riscos da própria vida, descrita em elogio individual e assim julgada pelo Conselho Superior de Polícia Civil.

Art. 41 - Na execução de trabalho de caráter técnico- profissional, previamente demandado ou aceito pela chefia superior, será atribuído 0,10 ponto para produção original de cunho científico, desde que aprovado pela unidade designada pela Chefia da Polícia Civil.

Art. 42 - Aos valores numéricos negativos serão atribuídos pontuação da seguinte forma:

I - punição disciplinar:

a) repreensão: 0,2;

b) suspensão até 30 dias: 0,4;

c) suspensão até 60 dias: 0,6;

d) suspensão até 90 dias: 0,8;

II - condenação definitiva pela prática de crime doloso: 0,50 para cada condenação transitada em julgado; e

III - falta de aproveitamento em curso policial: 0,50 para cada desligamento por falta de aproveitamento, por motivo disciplinar ou por reprovação no Curso de Aperfeiçoamento, Chefia ou equivalentes, a qualquer tempo do efetivo exercício.

CAPÍTULO III

DA PROGRESSÃO

 Art.43 - A progressão constitui-se na passagem sucessiva do ocupante de cargo policial civil, em atividade, do grau em que se encontra para o subseqüente, no mesmo nível da carreira a que pertence observado o disposto no parágrafo único, do art. 14, da Lei Complementar nº 84, de 2005.

§1º - As regras relacionadas ao efetivo exercício das funções do cargo, dispostas neste Decreto, para as promoções, aplicam-se para os efeitos da progressão.

§2º - A progressão ocorrerá a requerimento do interessado, em qualquer data do ano, após a implementação do período aquisitivo, contado do posicionamento do servidor no cargo de que trata a Lei Complementar nº 84, de 2005, por ato do Diretor de Administração e Pagamento de Pessoal.

§3º - Os efeitos da progressão devem ocorrer a partir da data do registro do requerimento, satisfeitos os requisitos de que tratam a Lei Complementar nº 84, de 2005.

§4º - A comprovação da participação e aprovação em atividades de aperfeiçoamento fica atribuída ao requerente, observado o disposto em resolução do Chefe da Polícia Civil.

Art.44 - A evolução de grau não implica em ascensão hierárquica.

Art.45 - Os graus de que tratam este Decreto referem-se à progressão e são os especificados no Anexo I da Lei Complementar nº 84, de 2005.

Art. 46 - Não terá direito à progressão o policial civil que se encontrar nas situações descritas no art. 7º.

Parágrafo único - As situações de suspensão da contagem de tempo de exercício das funções para a promoção por tempo de serviço, dispostas no art. 21, aplicam-se para os efeitos da progressão.

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CAPÍTULO IV

DOS RECURSOS NA PROMOÇÃO E PROGRESSÃO

 Art. 47 - Fica assegurado aos servidores policiais civis o direito de requerer, representar ou recorrer das decisões atinentes às promoções e progressões à autoridade imediata, em conformidade com o disposto neste Decreto.

§ 1º - O direito a que se refere o caput decai, na esfera administrativa, no prazo de sessenta dias, contado da publicação do ato ou, conforme o caso, do seu conhecimento.

§ 2º - Os requerimentos, representações e recursos devem ser instruídos com todos os elementos e documentos julgados necessários à manifestação da chefia imediata.

§ 3º - Fica assegurada a promoção ou progressão do policial civil preterido, após decisão que reconheça o seu direito.

§ 4º - O ato de promoção ou progressão a que se refere o § 3º, para todos os fins legais, tem efeito retroativo à data do direito preterido.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

 Art. 48 - Fica criada a Secretaria Executiva do Conselho Superior de Polícia Civil, como unidade complementar de sua estrutura, para suporte às promoções, cujo funcionamento e demais atribuições serão estabelecidos em ato próprio do Chefe da Polícia Civil.

Art. 49 - Para a promoção ou progressão, constatada a transformação de cargo, fusão de nível ou mudança de denominação, mediante lei, será computado, para todos os fins e efeitos, na nova situação, o tempo de efetivo exercício correspondente no cargo anterior que se encontrava, aplicando-se o mesmo critério, desde a assunção, para contagem de tempo na carreira.

§ 1º - Na ocorrência da hipótese prevista no caput serão promovidos por antigüidade, em primeiro lugar e sucessivamente, os policiais civis que eram ocupantes de cargos de classe superior da hierarquia funcional, na data da publicação da respectiva lei, observando-se o mesmo critério em ordem decrescente.

§ 2º - A contagem do interstício para a promoção dos ocupantes do cargo de Delegados de Polícia de Classe III, transformados em cargos de Delegado de Polícia de nível Especial, terá como termo inicial a data da última promoção, observado o disposto no § 1º.

§ 3º - O termo inicial, para o interstício, de forma análoga ao contido no § 2º, aplica-se para a promoção dos ocupantes do cargo de Carcereiro transformados em cargos de Agente de Polícia de Nível T.

Art. 50 - É nula a promoção ou progressão que tenha sido realizada sem a observância das regras dispostas neste Decreto ou que tenha ocorrido por erro ou fraude, com ou sem a participação do beneficiário.

Art. 51 - A Polícia Civil promoverá cursos para promoção e progressão e admitirá a homologação daqueles em que o servidor tenha obtido freqüência e aprovação necessárias, conforme a pertinência e a carga horária, nos termos de ato do Chefe da Polícia Civil.

Art. 52 - A promoção para o cargo de Delegado Geral de Polícia, pelo critério de merecimento, fica condicionada a realização e aprovação prévia em curso de pós-graduação lato sensu em gestão pública ou equivalente, assim que instituído pela Polícia Civil.

Parágrafo único - O curso de que trata o caput, oferecido para os admitidos mediante processo seletivo, será viabilizado pela Polícia Civil.

Art. 53 - A avaliação periódica de desempenho individual dos policiais civis ocorrerá com observância da Lei Complementar nº71, de 30 de julho de 2003, dos Decretos nº 43.672, de 4 de dezembro de 2003, e nº 43.764, de 16 de março de 2004, e em ato do Chefe da Polícia Civil.

§ 1º - A avaliação de que trata o caput, exigida para promoção e progressão, circunscreve-se à consumada até a data do requerimento do servidor e a que tenha sido submetido em conformidade com resolução do Chefe da Polícia Civil.

§ 2º - A resolução de que trata o caput conterá as hipóteses e procedimentos para concessão do Adicional de Desempenho, em conformidade com a Lei nº 14.693, de 30 de julho de 2003 e o Decreto nº 43.671, de 4 de dezembro de 2003.

Art. 54 - A Chefia da Polícia Civil editará os atos necessários ao estabelecimento das competências das unidades que integram a estrutura complementar da Polícia Civil para a implementação do disposto neste Decreto.

Art. 55 - Os atos referentes às promoções e progressões deverão ser publicados no Órgão Oficial dos Poderes do Estado para a produção dos respectivos efeitos.

Art. 56 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Superior de Polícia Civil, por meio de ato próprio editado pelo seu presidente.

Art. 57 - As primeiras promoções, após a edição deste Decreto, poderão ser realizadas, excepcionalmente, em qualquer período, até 15 de dezembro de 2006.

Art. 58 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 59 - Ficam revogados:

I - o Decreto nº 12.508, de 12 de março de 1970;

II - o Decreto nº 15.665, de 13 de agosto de 1973;

III - o art. 4º do Decreto nº 22.547, de 15 de dezembro de 1982;

IV - o Decreto nº 33.244, de 26 de dezembro de 1991; e

V - o Decreto nº 39.392, de 16 de janeiro de 1998.

 Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 19 de julho de 2006; 218º da Inconfidência Mineira e 185º da Independência do Brasil.

AÉCIO NEVES - Governador do Estado.

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LEI COMPLEMENTAR 84 DE 2005

Modifica a estrutura das carreiras policiais civis, cria a carreira de Agente de Polícia, cria cargos no Quadro de Pessoal da Polícia Civil e dá outras providências.

(Vide art. 23 da Lei Delegada nº 182, de 21/1/2011.)

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As carreiras policiais civis são as seguintes:

I - Delegado de Polícia;

II - Médico-Legista;

III - Perito Criminal;

IV - Escrivão de Polícia;

V - Investigador de Polícia.

(Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

(Vide art. 20 da Lei n° 18974, de 29/6/2010.)

Art. 2º A estrutura das carreiras de que trata o art. 1º desta Lei e o número de cargos de cada uma delas são os constantes do Anexo I.

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - carreira o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza e complexidade e estruturados em níveis e graus, escalonados em função do grau de responsabilidade e das atribuições da carreira;

II - cargo de provimento efetivo a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal, privativa de servidor público efetivo, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições e responsabilidades definidos em Lei e direitos e deveres de natureza estatutária estabelecidos em Lei complementar;

III - quadro de pessoal o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em comissão de órgão ou de entidade;

IV - nível a posição do servidor no escalonamento vertical dentro da mesma carreira, contendo cargos escalonados em graus, com os mesmos requisitos de capacitação e mesma natureza, complexidade, atribuições e responsabilidades;

V - grau a posição do servidor no escalonamento horizontal no mesmo nível de determinada carreira.

Art. 4º (Revogado pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"Art. 4º O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo de Agente de Polícia tem por atribuição as atividades integrantes da ação investigativa, para o estabelecimento das causas, circunstâncias e autoria das infrações penais, administrativas e disciplinares e:

I - o cumprimento de diligências policiais, mandados e outras determinações da autoridade superior competente, contribuindo na gestão de dados, informações e conhecimentos e na execução de prisões;

II - a execução de busca pessoal, de identificação criminal e datiloscópica de pessoas para captação dos elementos indicativos de autoria de infrações penais;

III - a execução das ações necessárias para a segurança das investigações, inclusive a custódia

provisória dos presos no curso dos procedimentos policiais, até o seu recolhimento na unidade responsável pela guarda penitenciária;

IV - a coleta de dados objetivos pertinentes aos vestígios encontrados em bens, objetos e locais de cometimento de infrações penais, inclusive em veículos, com a finalidade de estabelecer sua identificação, elaborando autos de vistoria, descrevendo suas características e condições, para os fins de apuração de infração penal;

V - a coleta de elementos objetivos e subjetivos para fins de apuração das infrações penais, administrativas e disciplinares.

§ 1º O conhecimento técnico-científico pertinente às funções de vistoria de veículos e às de identificação humana, de natureza biológica e antropológica, para fins da investigação criminal, será incorporado à formação dos servidores policiais civis e, especialmente, à formação dos Agentes de Polícia, dado o caráter especial e específico de sua função.

§ 2º As infrações administrativas e disciplinares de que trata o caput deste artigo são aquelas ocorridas no âmbito da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais."

Art. 5º As atribuições dos cargos de provimento efetivo que integram as carreiras policiais civis são essenciais, próprias e típicas de Estado, têm natureza especial e caráter técnico-jurídico-científico derivado da aplicação dos conhecimentos das ciências humanas, sociais e naturalísticas.

§ 1º O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo de carreiras policiais civis tem por competência o exercício das atividades integrantes da ação investigativa, para o estabelecimento das causas, circunstâncias, motivos, autoria e materialidade das infrações penais, administrativas e disciplinares.

§ 2º As atribuições específicas dos cargos das carreiras de que trata esta Lei Complementar são as constantes no Anexo IV.

§ 3º Para o desempenho de suas funções, o Delegado de Polícia disporá dos serviços e recursos técnico-científicos da Polícia Civil e dos servidores e policiais a ele subordinados, podendo requisitar, quando necessário, o auxílio de unidades e órgãos do Poder Executivo.

§ 4º A coleta de vestígios em locais de crime compete, com primazia, ao Perito Criminal, assegurada a máxima preservação por parte daqueles que primeiro chegarem ao local, o qual, depois de liberado, sujeita-se à análise dos Investigadores de Polícia para a obtenção de outros elementos que possam subsidiar a investigação criminal.

§ 5º O exercício das atribuições dos cargos integrantes das carreiras que compõem o quadro de provimento efetivo de servidores policiais civis é incompatível com qualquer outra atividade, com exceção daquelas previstas na legislação.

(Artigo com redação do art. 1º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 6º Os cargos das carreiras de que trata esta Lei são lotados no Quadro de Pessoal da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.

§ 1º São vedadas a mudança de lotação dos cargos das carreiras policiais civis e a transferência de seus ocupantes para os demais órgãos e entidades da administração pública.

§ 2º A cessão de ocupante de cargo das carreiras de que trata esta Lei somente será permitida para o exercício de cargo de provimento em comissão ou função gratificada, em conformidade com a legislação.

Art. 7º As carreiras policiais civis obedecem à ordem hierárquica estabelecida entre os níveis que as compõem, mantido o poder hierárquico e disciplinar do Delegado de Polícia, nos termos do

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art. 139 da Constituição do Estado, ressalvado aquele exercido pelos titulares de unidades na esfera da Superintendência de Polícia Técnico-Científica, do Instituto Médico-Legal, do Instituto de Criminalística e do Hospital da Polícia Civil. (Caput com redação dada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.) (Vide art. 21 da Lei n° 18974, de 29/6/2010.)

§ 1º A hierarquia e a disciplina são valores de integração e otimização das atribuições dos cargos e competências organizacionais pertinentes às atividades da Polícia Civil e objetivam assegurar a unidade técnico-científica da investigação policial.

§ 2º A hierarquia constitui instrumento de controle e eficácia dos atos operacionais, com a finalidade de sustentar a disciplina e a ética e de desenvolver o espírito de mútua cooperação em ambiente de estima, harmonia, confiança e respeito.

§ 3º A disciplina norteia o exercício efetivo das atribuições funcionais em face das disposições legais e das determinações fundamentadas e emanadas da autoridade competente, estimulando a cooperação, o planejamento sistêmico, a troca de informações, o compartilhamento de experiências e a desburocratização das atividades policiais civis.

§ 4º O regime hierárquico não autoriza imposições sobre o convencimento do servidor, desde que devidamente fundamentado, garantindo-lhe autonomia nas respostas às requisições.

§ 5º Para fins de construção das tabelas de vencimento básico das carreiras de que trata esta Lei, o princípio da hierarquia será gradativamente aplicado.

§ 6º Não há subordinação hierárquica entre o Médico-Legista, o Perito Criminal, o Escrivão de Polícia e o Investigador de Polícia. (Parágrafo acrescentado pelo art. 2º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 8º A carga horária semanal de trabalho dos ocupantes dos cargos das carreiras de que trata esta Lei Complementar é de quarenta horas, vedado o cumprimento de jornada em regime de plantão superior a doze horas. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

CAPÍTULO II

DAS CARREIRAS

Seção I

Do Ingresso

Art. 9º O ingresso em cargo das carreiras de que trata esta Lei depende de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos bem como em curso de formação desenvolvido pela Academia de Polícia - Acadepol -, na forma do edital do concurso, e dar-se-á no primeiro grau do nível inicial da carreira.

Parágrafo único - (Revogado pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"Parágrafo único. O ingresso na carreira de Agente de Polícia dar-se-á no nível I da carreira."

Art. 10. O ingresso em cargo das carreiras policiais civis de que trata esta Lei Complementar, a realizar-se conforme os requisitos previstos no art. 9º , depende da comprovação de habilitação mínima em nível:

I - superior, correspondente a graduação em Direito, para ingresso na carreira de Delegado de Polícia;

II - superior, correspondente a graduação em Medicina, para ingresso na carreira de Médico-Legista;

III - superior, conforme definido no edital do concurso público, para ingresso na carreira de Perito Criminal, Escrivão de Polícia I e Investigador de Polícia I.

Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Lei Complementar, considera-se nível superior a formação em educação superior,

que compreende curso ou programa de graduação, na forma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. (Artigo com redação dada pelo art. 1º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 11 - (Revogado pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"Art. 11. Não haverá ingresso na carreira de Auxiliar de Necropsia nem no nível T da carreira de Agente de Polícia."

Art. 12. O servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais que, em razão de concurso público posterior à publicação desta Lei, ingressar em cargo de carreira de que trata esta Lei, com jornada equivalente à do cargo de origem, cuja remuneração, incluídos adicionais, gratificações e vantagens pessoais, for superior à remuneração do cargo de carreira de que trata esta Lei, poderá perceber a diferença a título de vantagem pessoal nominalmente identificada, sujeita exclusivamente à revisão geral da remuneração dos servidores estaduais.

Parágrafo único. Para o cálculo da diferença prevista no caput deste artigo, não serão computados os adicionais a que se refere o art. 118 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado.

Seção II

Do Desenvolvimento na Carreira

Art. 13. O desenvolvimento do servidor nas carreiras de que trata esta Lei dar-se-á mediante progressão ou promoção.

Parágrafo único. O regulamento disporá sobre as regras de desenvolvimento do servidor nas carreiras policiais civis, observados os requisitos estabelecidos nesta Lei.

Art. 14. Progressão é a passagem do servidor do grau em que se encontra para o grau subseqüente, no mesmo nível da carreira a que pertence.

§ 1º A progressão do servidor posicionado até o penúltimo nível hierárquico da carreira está condicionada ao preenchimento dos seguintes requisitos:

I - encontrar-se em efetivo exercício;

II - ter cumprido o interstício mínimo de um ano de efetivo exercício no mesmo grau;

III - ter recebido avaliação periódica de desempenho individual satisfatória durante o período aquisitivo, nos termos do § 3º do art. 31 da Constituição do Estado. (Parágrafo renumerado pelo art. 3º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

§ 2º A progressão do servidor do grau "A" para o grau "B" do último nível hierárquico da carreira está condicionada ao preenchimento dos seguintes requisitos:

I - ter trinta anos de serviço;

II - ter cumprido um ano de efetivo exercício no referido nível;

III - ter recebido avaliação periódica de desempenho individual satisfatória no último nível da carreira;

IV - ter vinte anos de efetivo exercício na Polícia Civil do Estado de Minas Gerais;

V - ter requerido a aposentadoria, em caráter irretratável, e não se ter beneficiado da faculdade prevista no § 6º do art. 36 da Constituição do Estado. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

§ 3º Caso o policial civil posicionado no último nível da carreira decida beneficiar-se da faculdade prevista no § 6º do art. 36 da Constituição do Estado, será revogada a progressão, o mesmo ocorrendo caso não se efetive a aposentadoria devido ao não atendimento dos requisitos legais. (Parágrafo acrescentado pelo art. 3º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

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Art. 15. Promoção é a passagem do servidor do nível em que se encontra para o nível subseqüente, na carreira a que pertence.

§ 1º Fará jus à promoção o servidor que preencher os seguintes requisitos:

I - encontrar-se em efetivo exercício;

II - ter cumprido o interstício mínimo de dois anos de efetivo exercício no mesmo nível;

III - ter recebido no mínimo duas avaliações periódicas de desempenho individual satisfatórias desde a sua promoção anterior, nos termos das normas legais pertinentes e do § 3º do art. 31 da Constituição do Estado;

IV - comprovar participação e aprovação em atividades de aperfeiçoamento;

V - comprovar a escolaridade mínima exigida para o nível ao qual pretende ser promovido.

§ 2º A promoção nas carreiras de Delegado de Polícia, Médico Legista e Perito Criminal dependerá da existência de vagas.

§ 3º Os limites de vagas por nível para a promoção nas carreiras de Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia serão definidos na forma de regulamento. (Parágrafo com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

§ 4º O posicionamento do servidor no nível para o qual for promovido dar-se-á no primeiro grau cujo vencimento básico seja superior ao percebido pelo servidor no momento da promoção.

Art. 16. Fará jus a promoção especial o ocupante de cargo das carreiras de Investigador de Polícia e de Escrivão de Polícia que preencher os seguintes requisitos: (Caput com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

I - estar em efetivo exercício;

II - ter permanecido no nível da respectiva carreira pelo prazo mínimo de dez anos de efetivo exercício;

III - ter obtido resultado satisfatório nas avaliações de desempenho individual durante o período aquisitivo, nos termos do § 3º do art. 31 da Constituição do Estado;

IV - comprovar participação e aprovação em atividades de aperfeiçoamento.

§ 1º O disposto nos incisos III e IV não se aplica à primeira promoção por tempo de serviço, que ocorrerá automaticamente na data de publicação desta Lei.

§ 2º A promoção de que trata este artigo aplica-se a partir de julho de 2005.

Art. 17. Após a conclusão do estágio probatório, o servidor considerado apto será posicionado no segundo grau do nível de ingresso na carreira.

Art. 18. A contagem do prazo para fins da segunda progressão terá início após a conclusão do estágio probatório, desde que o servidor tenha sido aprovado.

Art. 19. Perderá o direito à progressão e à promoção o servidor que, no período aquisitivo:

I - sofrer punição disciplinar em que seja:

a) suspenso;

b) (Revogada pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"b) exonerado ou destituído de cargo de provimento em comissão ou função gratificada que estiver exercendo;"

II - afastar-se das funções específicas de seu cargo, excetuados os casos previstos como de efetivo exercício nas normas estatutárias vigentes e em legislação específica.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso II do caput deste artigo, o afastamento ensejará a suspensão do período aquisitivo para fins de promoção e progressão, contando-se, para tais fins, o período anterior ao afastamento, desde que tenha sido concluída a respectiva avaliação periódica de desempenho individual.

Art. 20. As atividades acadêmicas para o desenvolvimento do servidor na carreira a que pertence serão desenvolvidas pela Academia de Polícia Civil, podendo ser realizadas em parceria com a Escola de Governo da Fundação João Pinheiro e com outros organismos governamentais de âmbito estadual ou federal. (Artigo com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 20-A. Será adotado regime especial de aposentadoria, nos termos do art. 40, § 4º, incisos II e III, da Constituição Federal, para os ocupantes dos cargos de provimento efetivo que integram as carreiras policiais civis, cujo exercício é considerado atividade de risco. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 98, de 6/8/2007.)

Art. 20-B. O policial civil será aposentado voluntariamente, independentemente da idade:

I - se homem, após trinta anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, vinte anos de efetivo exercício nos cargos a que se referem os incisos I a V do art. 1º desta Lei Complementar;

II - se mulher:

a) após trinta anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, vinte anos de efetivo exercício nos cargos a que se referem os incisos I a V do art. 1º desta Lei Complementar; ou

b) após vinte e cinco anos de contribuição e de efetivo exercício nos cargos a que se referem os incisos I a V do art. 1º desta Lei Complementar. (Caput com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

§ 1º Para a obtenção do prazo mínimo de efetivo exercício nos cargos, poderá ser considerado o tempo de serviço prestado como militar integrante dos Quadros da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. (Parágrafo com redação dada pelo art. 4º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

§ 2º Os proventos do policial aposentado na forma do caput deste artigo corresponderão à totalidade da remuneração do cargo efetivo em que se deu a aposentadoria e serão revistos, na mesma proporção e data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo estendidos ao policial aposentado quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos a esses servidores, inclusive os decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria. (Artigo acrescentado pelo art. 1º da Lei Complementar nº 98, de 6/8/2007.)

CAPÍTULO II-A

DO ADICIONAL DE DESEMPENHO

Art. 20-C. O Adicional de Desempenho - ADE - constitui vantagem remuneratória, concedida mensalmente ao policial civil que tenha ingressado no serviço público após a publicação da Emenda à Constituição nº 57, de 15 de julho de 2003, ou que tenha feito a opção prevista no art. 115 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado e que cumprir os requisitos estabelecidos nesta Lei Complementar.

§ 1º O valor do ADE será determinado a cada ano, levando-se em conta o número de Avaliações de Desempenho Individual - ADIs - satisfatórias obtidas pelo policial civil, nos termos desta Lei Complementar.

§ 2º O policial civil da ativa, ao manifestar a opção de que trata o caput, fará jus ao ADE a partir do exercício subsequente, observados os requisitos previstos nesta Lei Complementar.

§ 3º A partir da data da opção pelo ADE, não serão concedidas novas vantagens por tempo de serviço ao policial civil, asseguradas aquelas já concedidas.

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§ 4º O somatório de percentuais de ADE e de adicionais por tempo de serviço na forma de quinquênio ou trintenário não poderá exceder a 90% (noventa por cento) do vencimento básico do policial civil.

§ 5º O policial civil poderá utilizar para fins de aquisição do ADE o período anterior à sua opção por esse adicional, que será considerado de resultado satisfatório, salvo o período já computado para obtenção de adicional por tempo de serviço na forma de quinquênio. (Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 20-D. São requisitos para a obtenção do ADE:

I - a estabilidade do policial civil;

II - o número de resultados satisfatórios obtidos pelo policial civil na ADI.

§ 1º Para fins do disposto no inciso II do caput, considera-se satisfatório o resultado igual ou superior a 70% (setenta por cento).

§ 2º O período anual considerado para aferição da ADI terá início no dia e no mês do ingresso do policial civil ou de sua opção pelo ADE.

§ 3º Na ADI será considerado fator de avaliação o aproveitamento em curso profissional realizado pela Academia de Polícia Civil.

§ 4º A regulamentação da ADI, no que se refere ao disposto no § 3º, poderá ser delegada ao Chefe da Polícia Civil. (Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 20-E. Os valores máximos do ADE correspondem a um percentual do vencimento básico do policial civil, estabelecido conforme o número de ADIs com resultado satisfatório por ele obtido, assim definidos:

I - para três ADIs com resultado satisfatório: 6% (seis por cento);

II - para cinco ADIs com resultado satisfatório: 10% (dez por cento);

III - para dez ADIs com resultado satisfatório: 20% (vinte por cento);

IV - para quinze ADIs com resultado satisfatório: 30% (trinta por cento);

V - para vinte ADIs com resultado satisfatório: 40% (quarenta por cento);

VI - para vinte e cinco ADIs com resultado satisfatório: 50% (cinquenta por cento);

VII - para trinta ADIs com resultado satisfatório: 60% (sessenta por cento).

§ 1º (VETADO)

§ 2º O policial civil que fizer jus à percepção do ADE continuará percebendo o adicional no percentual adquirido até atingir o número necessário de ADIs com resultado satisfatório para alcançar o nível subsequente definido nos incisos do caput deste artigo.

§ 3º O valor do ADE não será cumulativo, devendo o percentual apurado a cada nível substituir o percentual anteriormente percebido pelo policial civil.

§ 4º O policial civil que não for avaliado por estar totalmente afastado por mais de cento e vinte dias de suas atividades devido a problemas de saúde terá o resultado de sua ADI fixado em 70% (setenta por cento), enquanto perdurar essa situação.

§ 5º Se o afastamento previsto no § 4º for decorrente de acidente de serviço ou de moléstia profissional, o policial civil permanecerá com o resultado da sua última ADI, se este for superior a 70% (setenta por cento).

§ 6º Ao policial civil afastado parcialmente do serviço, dispensado por problemas de saúde, serão asseguradas, pelo

Chefe da Polícia Civil, condições especiais para a realização da ADI, observadas suas limitações.

§ 7º O policial civil afastado do exercício de suas funções por mais de cento e vinte dias, contínuos ou não, durante o período anual considerado para a ADI, não será avaliado, quando o afastamento for devido a:

I - licença para tratar de interesse particular, sem vencimento;

II - ausência, conforme a legislação civil;

III - privação ou suspensão de exercício de cargo ou função, nos casos previstos em lei;

IV - cumprimento de sentença penal ou de prisão judicial, sem exercício das funções;

V - exercício temporário de cargo público civil. (Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 20-F. O ADE será incorporado aos proventos do policial civil quando de sua aposentadoria, em valor correspondente a um percentual de seu vencimento básico, estabelecido conforme o número de ADIs com resultado satisfatório por ele obtido, respeitados os seguintes percentuais máximos:

I - para trinta ADIs com resultado satisfatório: até 70% (setenta por cento);

II - para vinte e nove ADIs com resultado satisfatório: até 66% (sessenta e seis por cento);

III - para vinte e oito ADIs com resultado satisfatório: até 62% (sessenta e dois por cento);

IV - para vinte e sete ADIs com resultado satisfatório: até 58% (cinquenta e oito por cento);

V - para vinte e seis ADIs com resultado satisfatório: até 54% (cinquenta e quatro por cento).

§ 1º O valor do ADE a ser incorporado aos proventos do policial civil quando da sua aposentadoria será calculado por meio da multiplicação do percentual definido nos incisos I a V do caput pela centésima parte do resultado da média aritmética simples dos resultados satisfatórios obtidos nas ADIs durante a carreira.

§ 2º Para fins de incorporação aos proventos dos policiais civis que não alcançarem o número de resultados satisfatórios definidos nos incisos do caput, o valor do ADE será calculado pela média aritmética das últimas sessenta parcelas do ADE percebidas anteriormente à sua aposentadoria ou à instituição da pensão. (Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 20-G. (VETADO). (Artigo acrescentado pelo art. 12 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

 

CAPÍTULO III

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 21. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da carreira de Delegado de Polícia, previstos no Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam transformados, na forma da correlação estabelecida no Anexo II:

a) trinta e oito cargos de Delegado de Polícia Classe Geral;

b) cento e trinta e um cargos de Delegado de Polícia Classe Especial;

c) duzentos e vinte cargos de Delegado de Polícia Classe III;

d) trezentos e nove cargos de Delegado de Polícia Classe II;

e) trezentos e oitenta e nove cargos de Delegado de Polícia Classe I;

II - ficam criados:

Page 47: Leis da PC MG

a) cinqüenta e cinco cargos de Delegado-Geral de Polícia;

b) quarenta e oito cargos de Delegado de Polícia II;

c) cento e dezenove cargos de Delegado de Polícia I.

Art. 22. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da carreira de Médico Legista, previstos no Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam transformados, na forma da correlação estabelecida no Anexo II:

a) treze cargos de Médico Legista Classe III;

b) trinta e nove cargos de Médico Legista Classe II;

c) oitenta e três cargos de Médico Legista Classe I;

II - ficam criados:

a) quatorze cargos de Médico Legista Especial;

b) trinta e nove cargos de Médico Legista III;

c) sessenta e dois cargos de Médico Legista II;

d) cento e catorze cargos de Médico Legista I.

Art. 23. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da carreira de Perito Criminal, previstos no Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam transformados, na forma da correlação estabelecida no Anexo II:

a) cinqüenta e cinco cargos de Perito Criminal Classe Especial;

b) duzentos e sessenta e um cargos de Perito Criminal Classe II;

c) duzentos e oitenta cargos de Perito Criminal Classe I;

II - ficam extintos dez cargos de Perito Criminal Classe I;

III - ficam criados:

a) onze cargos de Perito Criminal Especial;

b) oitenta cargos de Perito Criminal III.

Art. 24. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da classe de Escrivão de Polícia, previstos no Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam os mil quatrocentos e quarenta e sete cargos de provimento efetivo da classe de Escrivão de Polícia transformados, na forma da correlação estabelecida no Anexo II;

II - ficam criados quatrocentos e trinta e um cargos de provimento efetivo de Escrivão de Polícia.

Art. 25. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da carreira de Agente de Polícia, previstos no Anexo I, são realizados os seguintes procedimentos:

I - ficam os cargos de provimento efetivo das carreiras de Detetive, Identificador, Vistoriador de Veículos e Carcereiro, transformados em seis mil novecentos e vinte e três cargos de provimento efetivo de Agente de Polícia, na forma da correlação estabelecida no Anexo II;

II - ficam criados oitocentos e noventa e um cargos de provimento efetivo de Agente de Polícia.

Art. 26. Para a obtenção do número de cargos de provimento efetivo da carreira de Auxiliar de Necropsia, previstos no Anexo I, ficam os setenta e cinco cargos de Auxiliar de Necropsia transformados, na forma da correlação estabelecida no Anexo II.

Art. 27. A identificação dos cargos de provimento efetivo transformados, extintos e criados por esta Lei será feita em decreto.

Art. 28. Os servidores que, na data de publicação desta Lei, forem ocupantes dos cargos de provimento efetivo a que se referem os arts. 21 a 26 serão enquadrados na estrutura estabelecida no Anexo I, conforme a tabela de correlação constante no Anexo II.

Art. 29. Fica assegurado ao servidor que for enquadrado nos termos do art. 28, o direito previsto no art. 115 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado. (Vide art. 47 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)

Art. 30. As tabelas de vencimento básico das carreiras de que trata esta Lei serão estabelecidas em lei, observada a estrutura prevista no Anexo I.

Art. 31. Os servidores serão posicionados na estrutura das carreiras de que trata esta Lei na forma de decreto que levará em consideração:

I - a escolaridade do cargo de provimento efetivo transformado em cargo de carreira de que trata esta Lei;

II - o vencimento básico do cargo de provimento efetivo transformado em cargo de carreira de que trata esta Lei, percebido pelo servidor até a data de publicação do decreto a que se refere o caput.

§ 1º - As regras de posicionamento não acarretarão redução da remuneração percebida pelo servidor na data de publicação do decreto que as estabelecer.

§ 2º O ocupante da Classe III de cargo de provimento efetivo de Delegado de Polícia, transformado em cargo da carreira de que trata esta Lei, na forma do Anexo II, será posicionado, no máximo, até o grau B do Nível Especial da carreira de Delegado de Polícia.

§ 3º O texto do decreto que estabelecer as regras de posicionamento ficará disponível, para consulta pública, nos sítios da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e da Polícia Civil, na internet, durante, pelo menos, os quinze dias anteriores à data de sua publicação, após notícia prévia no órgão oficial de imprensa do Estado.

Art. 32. Os atos de posicionamento dos ocupantes de cargo de provimento efetivo decorrentes do enquadramento de que trata o art. 28 somente ocorrerão após a publicação da Lei que estabelecer a tabela de vencimento básico das carreiras a que se refere esta Lei, bem como do decreto a que se refere o art. 31.

§ 1º Os atos de posicionamento a que se refere o caput deste artigo somente produzirão efeitos após sua publicação.

§ 2º Enquanto não ocorrer a publicação dos atos de posicionamento de que trata o caput deste artigo, será mantido o valor do vencimento básico percebido pelo ocupante de cargo das carreiras de que trata esta Lei na data de publicação do decreto que estabelecer as regras de posicionamento, acrescido das vantagens previstas na legislação vigente.

§ 3º Enquanto não ocorrer a publicação dos atos de posicionamento de que trata o caput deste artigo, os ocupantes de cargos de provimento efetivo constantes do nível T da carreira de Agente de Polícia, a partir de fevereiro de 2005, perceberão vencimento básico correspondente ao nível I da carreira de Detetive vigente em fevereiro de 2005, respeitados os reajustes de que trata a Lei n.º 15.436, de 11 de janeiro de 2005.

§ 4º Os atos de posicionamento a que se refere o caput deste artigo serão formalizados por meio de resolução conjunta do Chefe da Polícia Civil e do Secretário de Estado de Planejamento e Gestão.

Art. 33. O cargo correspondente à função pública a que se refere a Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990, cujo detentor tiver sido efetivado em decorrência do disposto nos arts. 105 e 106 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado será transformado em cargo de carreira instituída por esta Lei, observada a correlação estabelecida no Anexo II.

§ 1º Os cargos resultantes da transformação de que trata o caput deste artigo serão extintos com a vacância.

§ 2º Aplicam-se ao detentor do cargo a que se refere o caput deste artigo as regras de enquadramento e posicionamento de que tratam os arts. 28 e 31.

Page 48: Leis da PC MG

§ 3º O detentor de função pública a que se refere a Lei nº 10.254, de 1990, que não tenha sido efetivado será enquadrado na estrutura das carreiras instituídas por esta Lei apenas para fins de percepção do vencimento básico correspondente ao nível e ao grau em que for posicionado, observadas as regras de enquadramento e posicionamento a que se referem os arts. 28 e 31 e mantida a identificação como "função pública", com a mesma denominação do cargo em que for posicionado.

§ 4º A função pública de que trata o § 3º deste artigo será extinta com a vacância.

§ 5º O quantitativo dos cargos a que se refere o § 1º deste artigo e das funções públicas de que trata o § 3º deste artigo é o constante no Anexo III.

Art. 34. O servidor aposentado em cargo de provimento efetivo transformado em cargo de carreira de que trata esta Lei será posicionado na estrutura das carreiras da referida Lei, apenas para fins de percepção do vencimento básico correspondente ao nível e ao grau em que for posicionado, observado o disposto em decreto e no art. 31.

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, a escolaridade de que trata o inciso I do art. 31 é a do cargo no qual se deu a aposentadoria.

Art. 35 - (Revogado pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"Art. 35. O nível T da carreira de Agente de Polícia extinguir-se-á com a vacância dos cargos dele integrantes."

Art. 36 - (Revogado pelo inciso I do art. 16 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Dispositivo revogado:

"Art. 36. Os cargos integrantes da carreira de Auxiliar de Necropsia ficam extintos com a vacância." (Vide art. 7º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Art. 37. Enquanto não ocorrer a publicação das tabelas de vencimento básico das carreiras policiais civis, serão aplicadas, para todos os efeitos, as tabelas previstas na legislação vigente, observado o disposto no edital do concurso público.

Art. 38. O art. 4º da Lei Delegada nº 101, de 29 de janeiro de 2003, fica acrescido do seguinte parágrafo único:

"Art. 4º.....................................................

Parágrafo único. O Chefe Adjunto da Polícia Civil terá prerrogativas, vantagens e representação de Secretário Adjunto de Estado.".

Art. 39. Fica extinto o Quadro Suplementar ao Quadro Específico de Provimento Efetivo da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, a que se refere a Lei Complementar nº 23, de 26 de dezembro de 1991.

§ 1º Os servidores policiais civis que até a data de publicação desta Lei integrarem o Quadro Suplementar de que trata o caput deste artigo serão reintegrados no Quadro Específico de Provimento Efetivo da Polícia Civil, a que se refere a Lei nº 6.499, de 4 de dezembro de 1974.

§ 2º A reintegração prevista no § 1º deste artigo será feita sem prejuízo do quantitativo de cargos das carreiras de que trata esta Lei.

§ 3º Os cargos ocupados pelos servidores reintegrados nos termos do § 1º deste artigo serão identificados e codificados em decreto e extintos com a vacância.

Art. 40. Os cargos de provimento em comissão e as funções de confiança da estrutura da Polícia Civil, ressalvados os cargos de Chefe de Polícia Civil e Chefe Adjunto de Polícia Civil, são privativos de servidores que:

I - estejam no nível final da respectiva carreira;

II - não tenham excedido em cinco anos o tempo exigido para a aposentadoria voluntária. (Artigo com redação dada pelo art. 2º da Lei Complementar nº 98, de 6/8/2007.)

Art. 41. (Vetado).

Art. 42. Fica acrescentado ao art. 11 da nº Lei 5.406, de 16 de dezembro de 1969, o seguinte parágrafo único:

"Art. 11...................................................

Parágrafo único. Poderá ter assento no Conselho Superior da Polícia Civil, até a data de sua aposentadoria, a critério do Governador do Estado, o Delegado-Geral de Polícia que tiver exercido o cargo de Chefe da Polícia Civil e que, quando exonerado, não houver preenchido os requisitos legais para a aposentadoria.".

Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 44. Ficam revogados os arts. 1º e 2º da Lei Complementar nº 23, de 26 de dezembro de 1991.

Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 25 de julho de 2005; 217º da Inconfidência Mineira e 184º da Independência do Brasil.

AÉCIO NEVES - GOVERNADOR DO ESTADO

 

 

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ANEXO I

Carga horária: 40 horas semanais (a que se referem os arts. 2º , 21 a 26, 28 e 30 da Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005)

ESTRUTURA DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS

I.1 - Estrutura da Carreira de Delegado de Polícia

Carga horária: 40 horas semanais

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Superior 508 I-A I-B I-C I-D I-E

II Superior 357 II-A II-B II-C II-D II-E

Especial Superior 351 Especial A Especial B Especial C Especial D Especial E

Geral Superior 93 Geral A 

Geral B   

 

I.2 - Estrutura da Carreira de Médico-Legista

Carga horária: 40 horas semanais

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Superior 197 I-A I-B I-C I-D I-E

II Superior 101 II-A II-B II-C II-D II-E

III Superior 52 III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Superior 14 Especial A 

Especial B   

 

I.3 - Estrutura da Carreira de Perito Criminal

Carga horária: 40 horas semanais

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Superior 280 I-A I-B I-C I-D I-E

II Superior 261 II-A II-B II-C II-D II-E

III Superior 80 III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Superior 66 Especial A 

Especial B   

 

I.4 - Estrutura da Carreira de Escrivão de Polícia

I.4.1 - Escrivão de Polícia I

Page 50: Leis da PC MG

Carga horária: 40 horas semanais

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Superior - I-A I-B I-C I-D I-E

II Superior  

II-A II-B II-C II-D II-E

III Superior  

III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Superior  

Especial A   

Especial B 

 I.4.2 - Escrivão de Polícia II

Carga horária: 40 horas semanais

(Vide § 1º do art. 9ºª da Lei complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Médio 1.878 I-A I-B I-C I-D I-E

II Médio  

II-A II-B II-C II-D II-E

III Médio  

III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Médio  

Especial A 

Especial B   

 I.5 - Estrutura da Carreira de Investigador de Polícia

I.5.1 - Investigador de Polícia I

Carga horária: 40 horas semanais

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

I Superior - I-A I-B I-C I-D I-E

II Superior  

II-A II-B II-C II-D II-E

III Superior  

III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Superior  

Especial A 

Especial B   

 I.5.2 - Investigador de Polícia II

(Vide Anexo III, § 3º do art. 7º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010

Nível

Nível de

EscolaridadeQuantidade Graus

       

Page 51: Leis da PC MG

T Fundamental 7.867 T-A T-B T-C T-D T-E

I Médio  

I-A I-B I-C I-D I-E

II Médio  

II-A II-B II-C II-D II-E

III Médio  

III-A III-B III-C III-D III-E

Especial Médio  

Especial A 

Especial B   

 

(Anexo com redação dada pelo Anexo I da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

(Vide art. 5º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

 

Page 52: Leis da PC MG

Anexo III

(a que se refere o § 5° do art. 33 da Lei Complementar n° ......., de ........ de........ de 2005)

Quantitativo de Funções Públicas e Cargos Resultantes de Efetivação pela Emenda à Constituição n° 49, de 2001

Órgão Carreira Quantitativo

Polícia Civil do Estado de Minas Gerais

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II" pelo art. 11 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/201.)

70

 

 

(a que se refere o § 1º do art. 7º da Lei Complementar nº 113, de 29 de junho de 2010)

TABELA DE CORRELAçãO DA CARREIRA DE INVESTIGADOR DE POLíCIA

Situação anterior à publicação desta lei  

Situação posterior à publicação desta lei  

Carreira Nível Carreira Nível

Auxiliar de Necropsia I

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

T

Auxiliar de Necropsia II

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

T

Auxiliar de Necropsia III

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

T

Auxiliar de Necropsia Especial

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

I

Investigador de Polícia II T

Investigador de Polícia II

(Item com expressão (agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

T

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

I

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

I

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

II

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

II

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

III

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por "investigador de Polícia II".)

III

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por Especial

Investigador de Polícia II

(Item com expressão "agente de polícia" substituída por Especial

Page 53: Leis da PC MG

"investigador de Polícia II".) "investigador de Polícia II".)

 

(Vide art. 11 da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

Page 54: Leis da PC MG

ANEXO IV

(a que se refere o § 2º do art. 5º da Lei Complementar nº 84, de 25 de julho de 2005)

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS CARGOS DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS

IV. 1 - Delegado de Polícia:

a) a direção da unidade da Polícia Civil em que esteja em exercício;

b) a orientação, a coordenação, o controle e a fiscalização dos serviços policiais civis no âmbito de sua circunscrição e das ações de investigação criminal para apuração de infração penal, com autonomia e independência, para a busca da verdade real;

c) a decisão sobre a lavratura do auto de prisão em flagrante;

d) a requisição, a quem de direito, das medidas necessárias à efetivação das investigações criminais e a representação pela decretação de prisões, pela expedição de mandados de busca e apreensão e a adoção de outras medidas cautelares no âmbito da polícia judiciária, observadas as disposições legais e constitucionais;

e) a presidência dos inquéritos policiais, a lavratura de termos circunstanciados de ocorrência e dos demais atos e procedimentos de natureza investigativa, penal ou administrativa previstos na legislação;

f) a expedição de intimações e a determinação para condução coercitiva de pessoas, na hipótese de não comparecimento sem justificativa, nos termos da legislação;

g) a definição pela formalização do ato de indiciamento, fundamentando a partir dos elementos de fato e de direito existentes nos autos;

h) a realização e a determinação da busca pessoal e veicular no caso de fundada suspeita de prática criminosa ou cumprimento de mandado judicial;

i) a promoção de ações para a garantia da autonomia ética, técnica, científica e funcional de seus subordinados no que se refere ao conteúdo dos serviços investigatórios, bem como a garantia da coesão da equipe policial e, quando necessário, a requisição formal de esclarecimentos sobre contradição, omissão ou obscuridade em laudos, relatórios de serviço e outros;

j) a efetivação de ações para a realização do bem-estar geral e a garantia das liberdades públicas e o aprimoramento dos métodos e procedimentos policiais, além da promoção da polícia comunitária e da mediação de conflitos que assegurem a efetividade dos direitos humanos;

l) a gestão para atualização de dados e informações pertinentes à unidade policial sob sua responsabilidade no âmbito dos sistemas em uso na Polícia Civil;

m) a decisão de avocar, quando conveniente e por ato motivado, inquéritos policiais e demais procedimentos presididos por Delegado de Polícia de hierarquia inferior;

n) a permanente articulação técnico-científica entre a prova objetiva e a prova subjetiva de que trata a legislação, para a maior eficiência, eficácia e efetividade

do ato investigativo, visando subsidiar eventual processo criminal;

o) o exercício da fiscalização relacionada à comercialização de produtos controlados e ao funcionamento de locais destinados às diversões públicas e a recepção e o acolhimento do aviso relativo à realização de reuniões e eventos sociais e políticos em ambientes públicos, nos termos do art. 5º , XVI, da Constituição da República;

p) a direção dos serviços de trânsito e a identificação civil e criminal no âmbito do Estado;

q) a determinação para captura de infratores e o cumprimento de alvarás de soltura;

r) a participação no planejamento para a atuação integrada dos órgãos de segurança e de justiça no âmbito de sua circunscrição.

IV.2 - Médico-Legista:

a) a realização de exames macroscópicos, microscópicos e de laboratório, em cadáveres e em vivos, para subsidiar a determinação da "causa mortis" ou da natureza de lesões;

b) a realização de exames e análises pertinentes à identificação antropológica de natureza biológica, no âmbito da medicina legal;

c) o diagnóstico, a avaliação e a constatação da situação de pessoa submetida a efeito de substância de qualquer espécie, além da avaliação do seu estado psíquico e psiquiátrico que vise ao esclarecimento que possa subsidiar a instrução de inquérito policial, procedimentos administrativos ou processos judiciais criminais;

d) o cumprimento de requisições médico-legais no âmbito das investigações criminais e do exercício da polícia judiciária, com a emissão dos respectivos laudos para viabilização de provas objetivas;

e) a sistematização dos correspondentes elementos objetivos no âmbito da medicina legal que subsidiem a apuração de infrações penais, administrativas e disciplinares, sob a garantia da autonomia funcional, técnica e científica a ser assegurada pelo Delegado de Polícia.

IV.3 - Perito Criminal:

a) a realização de exames e análises, no âmbito da criminalística, relacionados à física, química, biologia legal e demais áreas do conhecimento científico e tecnológico;

b) a análise de documentos, objetos e locais de crime de qualquer natureza para apurar evidências ou colher vestígios, ou em laboratórios, visando a fornecer elementos esclarecedores para a instrução de inquérito policial, procedimentos administrativos ou processos judiciais criminais;

c) a emissão de laudos periciais para determinação da identificação criminal por meio da datiloscopia, quiroscopia, podoscopia ou outras técnicas, com a finalidade de instruir procedimentos e formar elementos indicativos de autoria de infrações penais;

d) o cumprimento de requisições periciais pertinentes às investigações criminais e ao exercício da polícia judiciária, no que se refere à aplicação de conhecimentos oriundos

Page 55: Leis da PC MG

da criminalística, com a elaboração e a sistematização dos correspondentes laudos periciais para a viabilização de provas objetivas que subsidiem a apuração de infrações penais e administrativas;

e) o exame de elementos materiais existentes em locais de crime, com prioridade de análise, a orientação para abordagem física correspondente e a interação com os demais integrantes da equipe investigativa;

f) a constatação da idoneidade e da inviolabilidade de local, bens e objetos submetidos a exame pericial, sob a garantia da autonomia funcional, técnica e científica a ser assegurada pelo Delegado de Polícia.

IV.4 - Escrivão de Polícia:

a) a formalização dos atos e termos dos inquéritos policiais, dos termos circunstanciados de ocorrência e dos demais procedimentos administrativos, observadas as técnicas pertinentes;

b) a realização da guarda e da conservação de livros, procedimentos, documentos e objetos apreendidos no âmbito da polícia judiciária;

c) o exercício das atividades decorrentes da gestão científica de dados, informações e conhecimentos pertinentes à atividade investigativa e ao cumprimento de prisões;

d) a expedição de certidões acerca dos procedimentos policiais;

e) a certificação de autenticidade de documentos no âmbito da Polícia Civil;

f) o controle relacionado ao cumprimento de decisões na esfera da polícia judiciária, para efetividade das ações policiais, e à observância dos prazos e formas estabelecidos.

IV.5 - Investigador de Polícia:

a) o cumprimento de diligências policiais, mandados e outras determinações da autoridade superior competente, a análise, a pesquisa, a classificação e o processamento de dados e informações para a obtenção de vestígios e indícios probatórios relacionados a infrações penais e administrativas;

b) a realização de busca pessoal, de prisões, de obtenção de elementos para a identificação criminal, datiloscópica e antropológica de pessoas, no que se refere às características sociais e culturais que compõem a vida pregressa e o perfil do submetido à investigação criminal, para a captação dos elementos indicativos de autoria de infrações penais;

c) o desenvolvimento das ações necessárias para a segurança das investigações, inclusive a custódia provisória de pessoas no curso dos procedimentos policiais até o seu recolhimento na unidade responsável pela guarda penitenciária;

d) a captação e a interceptação de dados e informações pertinentes aos indícios e vestígios encontrados em bens, objetos e locais de cometimento de infrações penais, inclusive em veículos, com a finalidade de estabelecer a sua identificação, elaborando autos de vistoria e de constatação, descrevendo as suas características, circunstâncias e condições, para os fins de apuração de infração penal;

e) a sistematização de elementos e informações para fins de apuração das infrações penais, administrativas e disciplinares;

f) a formalização de relatórios detalhados sobre os resultados das ações policiais, diligências e providências cumpridas no curso das investigações;

g) a realização de inspeção, de operação e investigação policial, além da adoção de medidas de suporte para a realização de exames periciais e médico-legais, quando necessário, sob a coordenação e presidência do Delegado de Polícia."

(Anexo acrescentado pelo Anexo II da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)

(Vide art. 6º da Lei Complementar nº 113, de 29/6/2010.)