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20 D E S E T E MB R O D E 1 8 3 5 R E P U B L I C A R I O G R A N D E N S E ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 7ª EDIÇÃO TOMO II LEIS ESTADUAIS, REGIMENTOS E ESTATUTOS

LEIS ESTADUAIS, ESTATUTOS - tjrs.jus.br · Lei nº 14.750/2015 – Institui o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos estaduais titulares de cargos efetivos

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T R I B U N A L D E J U S T I Ç A

7ª EDIÇÃO

TOMO II

LEIS ESTADUAIS,REGIMENTOS E

ESTATUTOS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA

Porto Alegre, dezembro de 2015.

7ª EdiçãoTOMO II

20

DE

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TEMBROD

E1835

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LEIS ESTADUAIS,REGIMENTOS E

ESTATUTOS

DATAS DAS ATUALIZAÇÕES NA CONTRACAPA DO LIVRO

EXPEDIENTE

Publicação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul – Comissão de Biblioteca e de Jurisprudência e Conselho Editorial da Revista de Jurisprudência.

Capa: Marcelo Oliveira Ames – Departamento de Artes Gráfi cas – TJRS

Diagramação, Revisão e Impressão: Departamento de Artes Gráfi cas – TJRS

Tiragem: 500 exemplares

O conteúdo desta publicação é cópia dos arquivos constantes nos sites http://www1.tjrs.jus.br, http://www.al.rs.gov.br e

http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br.

Catalogação na fonte elaborada pelo Departamento de Biblioteca e de Jurisprudência do TJRS

Rio Grande do Sul. Leis estaduais, regimentos e estatutos. – 7. ed. – Porto Alegre : Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Artes Gráficas, 2015. 2 t.

Publicação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Comissão de Biblioteca e de Jurisprudência e Conselho Editorial da Revista de Jurisprudência. O conteúdo desta publicação é cópia dos arquivos constantes nos sites

http://www1.tjrs.jus.br, http://www.al.rs.gov.br e http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br (acesso em 05 ago. 2015); Estatuto da Magistratura - Lei n. 6.929 de 1975 (acesso em 17 set. 2015); Lei n. 14.750 de 2015 (acesso em 03 nov. 2015); Lei n. 14.751 de 2015 (acesso em 03 nov. 2015); A partir desta edição o t.2 passa a contar com as Leis Estaduais n. 14.699 de 2015, que constitui a Autoridade Central Estadual do Rio Grande do Sul para fins de Adoção; n. 14.750 de 2015, que institui o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos estaduais e n. 10.751 de 2015, que institui a Câmara de Conciliação de Precatórios.

Conteúdo: t. 1. Regimento de Custas; Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Justiça; Regimento Interno do Conselho da Magistratura; Regimento Interno do Conselho de Recursos Administrativos. t. 2. Estatuto dos Servidores da Justiça; Estatuto da Magistratura; Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul; Taxa Judiciária; Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN; Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul; Lei que Constitui a Autoridade Central Estadual do Rio Grande do Sul para fins de Adoção; Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos estaduais; Lei que institui a Câmara de Conciliação de Precatórios.

1. Rio Grande do Sul. Legislação. Magistrados. 2. Rio Grande do Sul. Legislação. Servidores. 3. Rio Grande do Sul. Legislação judiciária. 4. Rio Grande do Sul. Tribunal de Justiça. Legislação. 5. Brasil. Legislação. Magistrados. 6. Adoção. Autoridade Central. Legislação. I. Título.

CDU 34(816.5)(094.4)

ADMINISTRAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇAGESTÃO 2014-2015

PRESIDENTEDESEMBARGADOR JOSÉ AQUINO FLÔRES DE CAMARGO

1º VICE-PRESIDENTEDESEMBARGADOR LUIZ FELIPE SILVEIRA DIFINI

2º VICE-PRESIDENTEDESEMBARGADOR MANUEL JOSÉ MARTINEZ LUCAS

3º VICE-PRESIDENTEDESEMBARGADOR FRANCISCO JOSÉ MOESCH

CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇADESEMBARGADOR TASSO CAUBI SOARES DELABARY

COMISSÃO DE BIBLIOTECA E DE JURISPRUDÊNCIA

Des. Francisco José Moesch, Presidente

Des. Marco Antonio Angelo

Des. Roberto Sbravati

Des. Giovanni Conti

Des. Dilso Domingos Pereira

Desa. Ana Paula Dalbosco

CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA DE JURISPRUDÊNCIA

Des. Francisco José Moesch, Presidente

Desa. Matilde Chabar Maia, Coordenadora

Desa. Angela Terezinha de Oliveira Brito

Des. Gelson Rolim Stocker

Desa. Sandra Brisolara Medeiros, Coordenadora do Boletim Eletrônico de Ementas

Desa. Lizete Andreis Sebben

SUMÁRIO

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966 .............................................. 07

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975 ........................................................... 49

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul – Lei Complementar nº 10.098/1994 .............................................................. 95

Taxa Judiciária – Leis nos 7.221/1978 e 8.960/1989 ...................................................157

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979 ..........171

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980 ....203

Lei nº 14.699/2015 – Constitui a Autoridade Central Estadual do Rio Grande do Sul para fi ns de Adoção e dá outras providências .............................................................333

Lei nº 14.750/2015 – Institui o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos estaduais titulares de cargos efetivos – RPC/RS –, fi xa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo Regime Próprio de Previdência Social – RPPS/RS −, autoriza a criação de entidade fechada de previdência complementar denominada Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul – RS-Prev –, e dá outras providências ..................................................337

Lei nº 14.751/2015 – Institui a Câmara de Conciliação de Precatórios prevista no art. 97, § 8º, inciso III, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias − ADCT − da Constituição Federal ..............................................................................................349

ESTATUTO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA

LEI Nº 5.256, DE 2 DE AGOSTO DE 1966.

ESTATUTO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA – LEI Nº 5.256/1966

Livro IV - Estatuto dos Servidores da Justiça

Disposições preliminares (arts. 647 a 653) ............................................................. 11

Título I - Das situações funcionais ......................................................................... 12

Capítulo I - Do provimento, posse e vacância ......................................................... 12

Seção I - Normas gerais (arts. 654 a 659) ........................................................ 12

Seção II - Dos concursos (arts. 660 a 674) ....................................................... 13

Seção III - Da prova de habilitação (art. 675) .................................................... 15

Seção IV - Do provimento (art. 676) ................................................................ 16

Subseção I - Da nomeação (arts. 677 a 681) ................................................ 16

Subseção II - Da remoção (arts. 682 a 687) ................................................. 16

Subseção III - Da reintegração (arts. 688 a 690) .......................................... 17

Subseção IV - Da readmissão (art. 691) ...................................................... 18

Subseção V - Da reversão (art. 692) ........................................................... 18

Subseção VI - Do aproveitamento (art. 693) ................................................ 18

Subseção VII - Da transferência (art. 694) ................................................... 18

Subseção VIII - Da readaptação (art. 695) ................................................... 19

Seção V - Da vacância (art. 696) ..................................................................... 19

Subseção I - Da disponibilidade (arts. 697 e 698) ......................................... 19

Subseção II - Da aposentadoria (arts. 699 a 703) ......................................... 19

Subseção III - Da exoneração (art. 704) ...................................................... 21

Subseção IV - Da demissão (art. 705) ......................................................... 21

Capítulo II - Do exercício e do tempo de serviço ..................................................... 21

Seção I - Do exercício (arts. 706 e 707) ........................................................... 21

Seção II - Do tempo de serviço (arts. 708 a 711) ............................................... 22

Título II - Dos vencimentos e vantagens ................................................................ 23

Capítulo I ......................................................................................................... 23

Seção I - Dos vencimentos dos serventuários e funcionários da Justiça (arts. 712 a 715) ........................................................................................... 23

Seção II - Da remuneração dos auxiliares e empregados da Justiça (art. 716) ..................................................................................................... 24

Seção III - Das custas (arts. 717 e 718) ........................................................... 25

Capítulo II - Das vantagens pecuniárias (art. 719) .................................................. 26

Seção I - Das gratifi cações (arts. 720 a 724) ..................................................... 26

Seção II - Dos acréscimos qüinqüenais (arts. 725 a 727) .................................... 26

Seção III - Das diárias (art. 728) ..................................................................... 27

Seção IV - Do abono familiar (art. 729) ............................................................ 27

Seção V - Do auxílio funeral (art. 730).............................................................. 27

Seção VI - Da pensão (arts. 731 e 732) ............................................................ 28

Capítulo III - Das vantagens não pecuniárias (art. 733) ........................................... 28

Seção I - Das férias (arts. 734 a 737) .............................................................. 28

Seção II - Da licença para tratamento de saúde (art. 738) .................................. 29

Seção III - Da licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 739) ......... 29

Seção IV - Da licença para tratamento de interêsses particulares (arts. 740 e 741) ........................................................................................... 29

Seção V - Da licença-prêmio (art. 742) ............................................................. 29

Título III - Dos deveres, responsabilidades e limitações ........................................... 30

Capítulo I - Dos deveres (arts. 743 e 744) ............................................................. 30

Capítulo II - Das responsabilidades e limitações (arts. 745 a 751) ............................. 30

Título IV - Dos órgãos administrativos e da ação disciplinar (arts. 752 e 753) ............. 31

Seção I - Competência do Tribunal Pleno (art. 754) ............................................ 31

Seção II - Competência das Câmaras e Grupos Cíveis (art. 755) .......................... 31

Capítulo II - Da ação disciplinar ............................................................................ 31

Seção I - Das penas e sua aplicação (arts. 756 a 763) ........................................ 31

Seção II - Da sindicância (arts. 764 a 767) ....................................................... 33

Seção III - Do processo administrativo (arts. 768 a 775) .................................... 34

Seção IV - Dos atos e têrmos do processo administrativo (arts. 776 a 789) ........... 35

Seção V - Da suspensão preventiva (arts. 790 e 791) ......................................... 36

Seção VI - Dos recursos das penas disciplinares (art. 792) .................................. 36

Título V - Do direito de petição e do recurso dos atos administrativos ........................ 37

Capítulo I - Do direito de petição (arts. 793 e 794) ................................................. 37

Capítulo II - Dos recursos dos atos administrativos (art. 795) ................................... 37

Título VI - Disposições fi nais e transitórias ............................................................. 37

Capítulo I - Disposições fi nais (arts. 796 a 821) ...................................................... 37

Quadro I - Circunscrições judiciárias do sul do Rio Grande do Sul .............................. 40

Quadro Anexo nº II - Comarcas do Rio Grande do Sul ............................................. 43

1ª Entrância ...................................................................................................... 43

2ª Entrância ...................................................................................................... 45

3ª Entrância ...................................................................................................... 46

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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LEI Nº 5.256, DE 2 DE AGOSTO DE 1966.(PUBLICADA NO DOE Nº 32, DE 20 DE AGOSTO DE 1966)

LIVRO IVESTATUTO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 647 - Êste estatuto regula as normas peculiares aos serviços Judiciários do Estado, bem como o provimento e a vacância dos cargos e funções, os deveres e responsabilidades, direitos e vantagens dos servidores da Justiça.

Art. 648 - Os servidores da Justiça ocupam cargos e funções isolados, e se classifi cam por entrâncias, correspondentes às da Magistratura.

Art. 649 - Os servidores da Justiça formam as seguintes categorias e respectivas classes funcionais:

I - dos serventuários da Justiça:

a) os escrivães judiciais;

b) os escrivães distritais;

c) os ofi ciais extra-judiciais;

d) os tabeliães;

e) os ofi ciais dos registros públicos;

f) os ofi ciais dos registros especiais;

g) os ofi ciais dos registros de imóveis;

II - dos funcionários da Justiça:

a) os distribuidores;

b) os contadores;

c) os assistentes sociais;

d) os taquígrafos;

e) os auxiliares-datilógrafos;

f) os ofi ciais de justiça;

g) os porteiros de auditórios;

h) os comissários de menores;

i) os comissários de vigilância;

III - dos auxiliares da Justiça:

a) os ajudantes substitutos;

b) os subofi ciais;

c) os fi éis;

IV - dos empregados da Justiça:

Arts. 647 a 649

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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a) os escreventes;

b) os datilógrafos;

c) os fi charistas;

d) os seladores;

e) outros admitidos mediante contrato com o titular de ofício.

Art. 650 - O Tribunal de Justiça regulará a organização administrativa da Secretaria do Tribunal.

§ 1º - O diretor geral da Secretaria do Tribunal e os secretários do Conselho Superior da Magistratura e da Corregedoria Geral da Justiça, serão bacharéis em direito, nomeados em comissão.

§ 2º - Os demais servidores da Secretaria do Tribunal, no que lhes fôr aplicável, terão a sua situação funcional regulada por êste Código, em tudo o que não contrariar o Regi-mento Interno daquele órgão.

Art. 651 - Para atender as peculiaridades do serviço, a lei poderá dar organização buro-crática às varas especializadas, mediante proposta do Tribunal de Justiça, naquela não incluindo os servidores da Justiça que terão sua situação funcional regida por êste Código.

Parágrafo único - A criação dos cargos administrativos de que trata êste artigo, a fi xação dos vencimentos e vantagens, o sistema estatuário, bem como as atribuições estabelecidas aos respectivos ocupantes, obedecerão às normas legais aplicáveis ao funcionalismo civil do Estado.

Art. 652 - Denominam-se serviços de justiça as tarefas desempenhadas pelos servidores, em razão de cargo.

Art. 653 - Ofícios de justiça são as funções exercidas pelos serventuários.

TÍTULO IDAS SITUAÇÕES FUNCIONAIS

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO, POSSE E VACÂNCIA

SEÇÃO INORMAS GERAIS

Art. 654 - O ingresso na categoria de serventuários e de funcionários da Justiça far-se-á mediante concurso público; na dos auxiliares da Justiça, através de prova de habilitação; e na de empregado da Justiça, por escolha do titular do ofício ou função.

Art. 655 - São requisitos mínimos para o provimento inicial dos cargos de justiça:

I - ser brasileiro, com mais de dezoito anos e menos de quarenta anos, exceto os serven-tuários, cuja idade limite mínima será de vinte e um anos;

II - estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;

III - possuir honrada conduta;

Arts. 649 a 655

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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IV - possuir aptidão para o exercício do cargo;

V - reunir as condições especiais prescritas para a investidura;

VI - apresentar fôlha corrida judiciária;

VII - gozar de sanidade física e mental.

Parágrafo único - Os servidores da Justiça não estão sujeitos a limite de idade para o ingresso em outro serviço da Justiça.

Art. 656 - Os serventuários da Justiça investidos no cargo de conformidade com êste Có-digo são vitalícios e sòmente poderão perdê-lo por sentença judicial transitada em julgado.

Art. 657 - Os funcionários da Justiça admitidos mediante concurso são considerados es-táveis após dois anos de efetivo exercício, não podendo ser admitidos senão através de processo administrativo ou judicial.

Art. 658 - Os auxiliares da Justiça indicados pelo titular do serviço e admitidos mediante prova de habilitação são nomeados em estágio probatório e considerados estáveis após cinco anos de exercício das funções, não podendo ser demitidos senão mediante processo administrativo ou judicial em que lhes assegure ampla defesa.

§ 1º - A criação ou extinção dos cargos de auxiliar da Justiça dependerá de solicitação do titular do ofício ao Corregedor Geral, ouvido o diretor do fôro e observadas as prescrições estabelecidas pela Corregedoria.

§ 2º - O contrato, obrigatòriamente submetido à homologação do juiz diretor do fôro no prazo de dez dias contados do início da atividade do auxiliar, será feito por escrito, em quatro vias, das quais, após homologação, uma fi cará em poder do auxiliar, outra em poder do titular do serviço, a terceira arquivada na direção do fôro e a quarta será remetida à Corregedoria Geral da Justiça.

§ 3º - O serventuário ou funcionário que violar o prazo fi xado no parágrafo anterior fi cará sujeito a multa igual à remuneração do auxiliar nos dias excedentes do prazo, paga em sêlo inutilizado em fôlha do expediente de homologação do contrato.

Art. 659 - Os auxiliares da Justiça fi cam sujeitos ao regime funcional e disciplinar esta-belecido neste Código, bem como aos deveres e responsabilidades comuns aos demais servidores da Justiça no que lhes fôr aplicável, garantidos os direitos assegurados no art. 218 da Constituição do Estado.

SEÇÃO IIDOS CONCURSOS

Art. 660 - Logo que seja criado cargo nôvo, ou se verifi que vaga, não preenchida na forma do artigo 683, a autoridade competente abrirá concursos para seu provimento, expedindo--se no prazo de dez dias, edital de concurso, que deverá ser afi xado na sede da comarca, publicado uma vez no Diário da Justiça e reproduzido na imprensa local.

Parágrafo único - Findo o prazo qualquer cidadão poderá requerer a abertura de concurso.

Art. 661 - Não poderão inscrever-se os civilmente incapazes, os privados dos direitos po-líticos, os pronunciados por decisão irrecorrível, os condenados defi nitivamente por crime doloso e os demitidos a bem do serviço público.

Arts. 655 a 661

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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Art. 662 - O requerimento de inscrição será dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça ou, segundo o caso, ao diretor do fôro, com fi rma devidamente reconhecida e acompanhado dos documentos que comprovem as condições mínimas estabelecidas no art. 655, bem como as especiais fi xadas pelo órgão competente para cada caso.

Parágrafo único - A autoridade que presidir o concurso poderá solicitar as informações que julgar convenientes sôbre a idoneidade de qualquer candidato.

Art. 663 - Findo o prazo de inscrição, que será de quinze dias a contar da publicação no Diário da Justiça, a autoridade competente, nos têrmos do artigo anterior, comunicará o fato ao presidente do Conselho Superior da Magistratura.

Art. 664 - O Conselho Superior da Magistratura organizará o programa com matéria per-tinente às diferentes funções de uma mesma classe funcional, elaborará as questões a que deverão responder os candidatos e as remeterá ao presidente da comissão, em sobrecartas lacradas, que serão sorteadas e abertas na hora da prova, por um dos candidatos.

Parágrafo único - O Presidente do Conselho Superior da Magistratura providenciará na publicação do programa de que trata o artigo, no Diário da Justiça.

Art. 665 - No dia seguinte ao concurso a comissão reunir-se-á, para o julgamento das provas, a fi m de que a classifi cação dos candidatos possa ser ultimada no prazo máximo de dez dias.

Art. 666 - O concurso será prestado perante uma comissão examinadora, que se instalará após o encerramento das inscrições.

§ 1º - Quando a vaga ocorrer na Secretaria do Tribunal de Justiça, a comissão será cons-tituída na forma do Regimento Interno.

§ 2º - A comissão examinadora será constituída pelo diretor do fôro, que a presidirá, por um advogado e um agente do Ministério Público, escolhidos pelo Presidente.

Art. 667 - Instalada a comissão examinadora, o presidente mandará à publicação a lista dos candidatos, com nota de que, se alguém souber de impedimento legal ou moral relativo a qualquer concorrente, o oponha por escrito, com fi rma reconhecida, até quarenta e oito horas antes da realização do concurso.

Parágrafo único - A comissão apreciará secretamente, por livre convicção, as qualidades morais dos candidatos, em face dos impedimentos opostos ou dos que investigar de ofício, não admitindo ao concurso o que fôr considerado inidôneo para o exercício da função.

Art. 668 - Publicado o programa, o presidente da comissão examinadora mandará expedir edital, com o prazo de quinze dias, designando local, dia e hora para a realização do concurso.

Art. 669 - O concurso, constante de prova escrita teórico-prática, será prestado perante a comissão examinadora, no prazo de quatro horas, permitindo o uso de leis ou códigos não comentados.

Parágrafo único - A prova teórica, que constará no mínimo de uma dissertação e de dez perguntas, será manuscrita, e a prática, datilografada; constituindo também elemento de aferição da capacidade do candidato a correção de linguagem e a técnica de datilografi a.

Art. 670 - As provas serão numeradas e rubricadas pelos membros da comissão, e só identifi cáveis após atribuído o grau a cada uma, pelos julgadores.

§ 1º - Os concorrentes serão classifi cados, com a base média de pontos obtidos, num má-ximo de 100, cabendo de 50 a 70 à prova teórica e o restante à prova prática.

Arts. 662 a 670

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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§ 2º - Será inabilitado o candidato que obtiver média inferior a 50 pontos.

§ 3º - O Conselho Superior da Magistratura, em regulamento, ditará normas gerais para obtenção dêsses pontos.

§ 4º - Serão lavradas atas dos concursos, juntando-se cópia ao processo.)

§ 5º - A comissão terá o prazo máximo de trinta dias para classifi car os candidatos.

Art. 671 - Feita a classifi cação, o presidente da comissão mandará publicar em edital, pelo prazo de cinco dias, a relação dos candidatos aprovados, com a média das notas obtidas.

§ 1º - Neste prazo, o presidente admitirá recurso para o Conselho Superior da Magistratura, contra qualquer irregularidade do concurso, injustiça da classifi cação ou apreciação da idoneidade moral do candidato.

§ 2º - A decisão do Conselho que alterar o julgamento da banca será fundamentada.

Art. 671 - Tão logo concluída a correção das provas e conhecido o resultado dos recursos interpostos ao Conselho de Magistratura, relativos ao julgamento das inscrições, a comissão mandará publicar, por via de edital e nos termos do artigo 660, a relação dos candidatos com as respectivas notas obtidas e a classifi cação.

§ 1º - Desse resultado caberá recurso, ao Conselho da Magistratura, no prazo de cinco dias.

§ 2º - A decisão do Conselho, que alterar o julgamento da banca, será fundamentada.

§ 3º - Em caso de provimento de recurso, será expedido edital de reclassifi cação, nas mesmas condições do artigo 660.

Art. 672 - Findo o prazo do artigo anterior o presidente da comissão encaminhará ao Tribunal de Justiça a indicação do candidato a ser nomeado.

Art. 673 - Será nomeado o candidato melhor classifi cado; em igualdade de condições, terão preferência os servidores da Justiça; dentre êstes, sucessivamente, os auxiliares estáveis do serviço em que houver ocorrido a vaga, os servidores titulares de cargo da mesma classe funcional, os servidores com maior tempo de serviço prestado à Justiça e os candidatos com mais tempo de serviço público estadual.

Art. 674 - Os concursos para os serviços da Justiça serão válidos por dois anos, contados de sua homologação.

SEÇÃO IIIDA PROVA DE HABILITAÇÃO

Art. 675 - O Conselho Superior da Magistratura elaborará o programa remetendo-o ao Corregedor Geral da Justiça, que marcará a data da prova, e organizará as questões a serem sorteadas.

§ 1º - A comissão examinadora será constituída pelo diretor do fôro que a presidirá, um promotor de justiça e um advogado, competindo ao primeiro designar local, dia e hora para a realização das provas.

§ 2º - Considerar-se-á habilitado o candidato que obtiver média superior a 50 pontos.

§ 3º - Dessa decisão caberá recurso voluntário para o Conselho Superior da Magistratura, no prazo de dez dias.

Arts. 670 a 675

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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SEÇÃO IVDO PROVIMENTO

Art. 676 - Os cargos e funções, nos serviços da Justiça, serão providos por:

I - nomeação;

II - remoção;

III - reintegração;

IV - readmissão;

V - reversão;

VI - aproveitamento;

VII - transferência;

VIII - readaptação.

SUB-SEÇÃO IDA NOMEAÇÃO

Art. 677 - Os servidores da Secretaria do Tribunal de Justiça serão nomeados e empossados pelo Presidente, na forma do Regimento Interno daquele órgão.

Art. 678 - Os serventuários e os funcionários da Justiça serão nomeados pela autoridade competente, mediante concurso público, e os auxiliares através de prova de habilitação.

Art. 679 - Os servidores da Justiça investidos na função pública, por fôrça de nomeação, prestarão compromisso de bem desempenhar suas funções e tomarão posse perante o diretor do fôro.

§ 1º - Os servidores da Justiça não poderão tomar posse de seus cargos, sem apresentar, para deferimento de compromisso, o título de nomeação, laudo de inspeção de saúde e prova de estar em dia com as obrigações militares e eleitorais, dispensadas as duas últimas exigências, se tiverem sido satisfeitas por ocasiões do concurso.

§ 2º - Em caso de urgência, a autoridade que nomeou poderá autorizar a posse no cargo, independentemente da exibição do título, por meio de telegrama, fonograma ou ofício.

§ 3º - A posse nos cargos cujo exercício dependa de fi ança, caução ou outra garantia só se dará à vista da prova de ter sido a exigência efetivamente cumprida.

Art. 680 - A posse verifi car-se-á até quinze dias após a publicação do ato de nomeação no Diário da Justiça.

§ 1º - A autoridade competente para dar posse, por motivo justifi cado e a requerimento do interessado, poderá prorrogar o prazo por mais quinze dias.

§ 2º - A nomeação será tornada sem efeito, se a posse não se der dentro do prazo legal.

Art. 681 - Salvo motivo de fôrça maior, devidamente comprovado, os servidores deverão entrar em exercício dentro do prazo de quinze dias, contados da posse.

SUB-SEÇÃO IIDA REMOÇÃO

Art. 682 - A remoção nos serviços da Justiça é facultada, exclusivamente, ao serventuário e funcionário com mais de um ano de exercício no cargo ou função de que fôr titular.

Arts. 676 a 682

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

17

§ 1º - A remoção se operará na mesma entrância, dentro das respectivas categorias e para serviços da mesma natureza.

§ 2º - Por motivos da mesma natureza, entendem-se os desempenhos pelos servidores de uma mesma classe funcional.

§ 3º - A remoção dos escrivães distritais independerá de entrância.

§ 4º - Não se admitirá remoção sempre que o ajudante substituto estável requerer, no prazo de dez dias, a abertura de concurso.

§ 5º - É permitida a permuta entre auxiliares de ofícios da mesma natureza e entrância, com anuência dos respectivos titulares.

Art. 683 - Verifi cada a vaga, os servidores da mesma classe e entrância, dentro do prazo de dez dias, contados da data em que fôr publicada no Diário Ofi cial da Justiça o ato declara-tório da vacância, solicitarão remoção ao Presidente do Conselho Superior da Magistratura.

§ 1º - Os pedidos de remoção terão preferência sôbre os de aproveitamento.

§ 2º - No caso de criação de serviço de justiça, o prazo previsto neste artigo começará a fl uir da data da publicação do respectivo ato.

Art. 684 - A remoção será assegurada ao servidor mais antigo da classe, salvo pre-ferência por servidor de maior mérito, ou manifestação contrária da maioria absoluta do Conselho Superior da Magistratura, tudo com base em decisão fundamentada em critérios objetivos.

Parágrafo único - Para aferição do mérito, além das normas estabelecidas pelo Conselho Superior da Magistratura, tomar-se-á em conta sempre a fi cha funcional do servidor.

Art. 685 - A remoção por permuta, também admissível entre serventuários e funcionários da Justiça da mesma classe e entrância, dependerá de parecer prévio do Conselho Superior da Magistratura, que apreciará o pedido em função da conveniência do serviço.

§ 1º - Não será admitida a permuta, quando a um dos interessados faltar menos de cinco anos para tempo necessário a aposentadoria voluntária ou compulsória, ou quando o exame médico revelar que qualquer dos requerentes não está apto a continuar no exercício do cargo ou função pública.

§ 2º - A remoção por permuta de escrivães distritais, independente de entrância.

Art. 686 - O servidor da Justiça terá quinze dias de trânsito, com prorrogação por mais quinze a critério do Presidente do Tribunal de Justiça, para assumir o nôvo serviço, sob pena de a remoção fi car sem efeito.

Parágrafo único - O período de trânsito é considerado como de efetivo exercício.

Art. 687 - A remoção será feita às expensas do servidor, que receberá os livros e arquivos do cartório, independentemente de qualquer indenização, mediante tombamento, cujo têrmo constará de três vias datilografadas, visadas pelo juiz de direito diretor do fôro, dirigidas uma ao arquivo do cartório da Direção do Fôro e as outras aos interessados.

SUB-SEÇÃO IIIDA REINTEGRAÇÃO

Art. 688 - A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou judiciária passada em julgado, é o retôrno do servidor ao cargo, com ressarcimento dos vencimentos e

Arts. 682 a 688

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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vantagens deixadas de perceber em razão do afastamento, inclusive a contagem do tempo de serviço.

Parágrafo único - Quando o servidor receber custas ou emolumentos, êstes serão estimados de acôrdo com os proventos da aposentadoria.

Art. 689 - Achando-se ocupado o cargo ao qual foi reintegrado o servidor, o ocupante, se vitalício, será pôsto em disponibilidade remunerada, com os vencimentos correspondentes aos proventos da aposentadoria, ou aproveitado, se estável, em outros serviços da Justiça de igual categoria, com vencimento equivalente.

Art. 690 - O reintegrante deverá ser submetido a inspeção médica e, verifi cada a sua incapacidade para exercício do cargo, será aposentado na forma estabelecida neste Código.

SUB-SEÇÃO IVDA READMISSÃO

Art. 691 - A readmissão é o ato pelo qual o servidor exonerado volta aos serviços da Justiça, assegurada a contagem de tempo de serviço anterior apenas para efeito de estabilidade, acréscimos qüinqüenais e aposentadoria.

Parágrafo único - A readmissão fi cará sujeita a parecer favorável do Conselho Superior da Magistratura, a existência de vaga em serviço da mesma natureza, na entrância em que era classifi cado o servidor, a idade não superior a quarenta e cinco anos e à circunstância de não haver pedido de remoção para a função pretendida, nem ocorrência das hipóteses dos artigos 682 § 4º e 688 e seu parágrafo.

SUB-SEÇÃO VDA REVERSÃO

Art. 692 - A reversão é o retôrno do servidor aposentado ao cargo, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.

§ 1º - Havendo vaga, preenchível por concurso, na classe e entrância do interessado, a reversão far-se-á de ofício ou a pedido, mediante perecer favorável do Conselho Superior da Magistratura.

§ 2º - Não poderá reverter a atividade o servidor com idade superior a sessenta anos.

SUB-SEÇÃO VIDO APROVEITAMENTO

Art. 693 - O serventuário em disponibilidade remunerada, aquiescendo, poderá ser apro-veitado em outro cargo de Justiça, da mesma classe e entrância.

Parágrafo único - No prazo de validade do concurso e na ordem da classifi cação, poderá ser o candidato aproveitado, a critério do Conselho Superior da Magistratura, em cargo ou função equivalente àquele para o qual foi concursado, em comarca da mesma entrância.

SUB-SEÇÃO VIIDA TRANSFERÊNCIA

Art. 694 - Haverá transferência de uma para outra função de auxiliar da Justiça.

Arts. 688 a 694

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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§ 1º - Ocorrerá a transferência quando o auxiliar da Justiça passar para ofício de outra classe funcional.

§ 2º - A transferência se dará a pedido do interessado desde que:

a) haja função;

b) haja acôrdo do titular do ofício onde houver vaga.

§ 3º - O pedido de transferência será dirigido ao Conselho Superior da Magistratura, acom-panhado da declaração de acôrdo do titular do ofício onde houver vaga.

SUB-SEÇÃO VIIIDA READAPTAÇÃO

Art. 695 - O Conselho Superior da Magistratura proverá a respeito das condições e funções passíveis de readaptação.

SEÇÃO VDA VACÂNCIA

Art. 696 - Além da remoção, a vacância ocorrerá nos casos de:

I - disponibilidade;

II - aposentadoria;

III - exoneração;

IV - demissão;

V - transferência;

VI - readaptação;

VII - morte.

SUB-SEÇÃO IDA DISPONIBILIDADE

Art. 697 - O servidor vitalício em disponibilidade será classifi cado em quadro à parte, com vencimentos integrais ou com vencimentos iguais aos proventos da aposentadoria.

Parágrafo único - Será submetido às condições do artigo o serventuário da Justiça em disponibilidade por extinção de cargo.

Art. 698 - O servidor em disponibilidade continuará sujeito às proibições estabelecidas nesta lei.

SUB-SEÇÃO IIDA APOSENTADORIA

Art. 699 - Os servidores da Justiça serão aposentados:

I - compulsòriamente aos setenta anos de idade;

Arts. 694 a 699

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II - a pedido, com vencimentos integrais, após trinta e cinco anos de serviço público, ou após trinta anos, dos quais dez prestados em Serviço da Justiça;

III - a pedido ou compulsòriamente, por invalidez ou incapacidade para o serviço, em virtude de doença ou em conseqüência de acidente ou agressão não provocada, no exercício das funções, declarada a invalidez ou a incapacidade pelo Conselho Superior da Magistratura.

§ 1º - Independe de qualquer formalidade a aposentadoria compulsória por limite de idade, sendo integrais os proventos se o servidor contar vinte e cinco anos de efetivo exercício da função pública, e proporcionais a vinte anos, se conter menor tempo.

§ 2º - Nos casos do inciso III dêste artigo, o servidor será afastado do cargo com os res-pectivos vencimentos, até o prazo máximo de quatro anos; fi ndo êste prazo, se perdurar a incapacidade, será aposentado com vencimentos integrais.

Art. 700 - A aposentadoria compulsória por defeito moral deverá ser declarada pelo Con-selho Superior da Magistratura, na forma estabelecida no Regimento Interno, assegurada a mais ampla defesa ao interessado.

Parágrafo único - Na hipótese do artigo os proventos serão proporcionais ao tempo de serviço, mas nunca inferiores a um têrço dos vencimentos.

Art. 701 - Para atender os encargos de aposentadoria, deverão os servidores concorrer, obrigatòriamente, com a contribuição fi xa de quatro por cento, calculados:

I - se servidor enumerado no art. 714, I, letras a) a e), sôbre a própria remuneração ou sôbre os proventos da inatividade;

II - se servidor enumerado no art. 714, I, letras f) e g), sôbre a própria remuneração, acrescida de 50% ou sôbre os proventos da inatividade;

III - se servidor enumerado no art. 714, II e III, letras a) a e) e j), e no art. 808, de mesma categoria, sôbre a remuneração calculada tendo por base o maior vencimento atribuído a igual categoria da mesma entrância, acrescida de 50% ou sôbre os proventos da inatividade;

IV - se servidor enumerado no art. 714, III, letras f) a i), e no art. 808, da mesma categoria, sôbre a remuneração calculada tendo por base o maior vencimento atribuído a igual classe da mesma entrância, acrescida de 50% ou sôbre os proventos da inatividade;

V - se servidor auxiliar ou empregado, sôbre a própria remuneração, até o máximo da contribuição do titular do ofício ou função a que se ache vinculado.

Parágrafo único - As contribuições incidirão sôbre as gratifi cações adicionais e especiais e acréscimos qüinqüenais que integram, com o vencimento básico, a remuneração dos servidores.

Art. 702 - As contribuições estabelecidas no artigo anterior serão descontadas em fôlha ou recolhidas, mensalmente, às exatorias estaduais, até ao décimo quinto dia do mês seguinte ao vencido.

§ 1º - O não pagamento das contribuições, nos prazos pré-fi xados, sujeita os infratores à multa de dez por cento sôbre as quantias a recolher, mais os juros de doze por cento ao ano.

Arts. 699 a 702

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§ 2º - O servidor da Justiça que sem causa justifi cada e relevante deixar de fazer o reco-lhimento das contribuições a que está obrigado, durante três meses consecutivos, perderá o direito às vantagens instituídas por esta lei.

Art. 703 - Os servidores da Justiça serão aposentados com os proventos sempre iguais às remunerações que servirem de base à contribuição de que trata o art. 701.

Parágrafo único - Os servidores aposentados perceberão sempre proventos iguais à remu-neração que em qualquer época venham a perceber os servidores em atividade, respeitada a proporcionalidade de tempo de serviço, e calculada segundo os critérios básicos instituídos no art. 701.

SUB-SEÇÃO IIIDA EXONERAÇÃO

Art. 704 - A exoneração do servidor da Justiça dar-se-á a pedido ou, se funcionário ou auxiliar, quando não satisfi zer os requisitos do estágio probatório.

Parágrafo único - O servidor que estiver respondendo a processo administrativo ou judicial, sòmente poderá ser exonerado a pedido, depois da conclusão do processo e de reconhecida a sua inocência ou cumprida a pena que não importe em demissão.

SUB-SEÇÃO IVDA DEMISSÃO

Art. 705 - A demissão será aplicada como penalidade.

Parágrafo único - A demissão simples ou a bem do serviço público, segundo a natureza da falta praticada pelo servidor, na forma do Título IV, Capítulo II, dêste livro.

CAPÍTULO IIDO EXERCÍCIO E DO TEMPO DE SERVIÇO

SEÇÃO IDO EXERCÍCIO

Art. 706 - A contar da data de entrada em exercício, durante o período de dois anos, para os funcionários da Justiça e de cinco, para os auxiliares da Justiça, será apurada, respectivamente, pelo Conselho Superior da Magistratura ou pelo Corregedor Geral, a conveniência ou não da permanência do servidor no serviço Judiciário pela verifi cação dos seguintes requisitos:

a) idoneidade moral;

b) disciplina;

c) contração ao trabalho;

d) efi ciência;

e) discrição;

f) fi delidade.

Arts. 702 a 706

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§ 1º - O Presidente do Tribunal de Justiça, quanto à Secretaria daquele órgão, e o dire-tor do fôro, nos demais casos, apreciarão, pelo menos três meses antes do término do estágio probatório, cada um dos requisitos constantes do artigo, manifestando-se pela permanência ou dispensa do servidor.

§ 2º - Quando se tratar de auxiliar da Justiça, a apreciação dos requisitos do artigo, para efeito de exoneração do servidor, poderá ser provocada, dentro do prazo respectivo, pelo titular do serviço em que exercer às funções.

§ 3º - O servidor será exonerado quando o parecer fôr contrário à sua permanência no serviço.

Art. 707 - Após dois anos de exercício, os funcionários da Justiça admitidos por concurso, e depois de cinco, os auxiliares da Justiça admitidos por meio de prova de habilitação, gozam de estabilidade e não poderão ser demitidos senão mediante decisão condenatória, proferida em processo judicial ou administrativo em que se lhes assegure ampla defesa.

Parágrafo único - Os serventuários, desde a posse, só poderão ser demitidos mediante processo judicial.

SEÇÃO IIDO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 708 - A apuração do tempo de serviço, para efeito de gratifi cação, aposentadoria e outras vantagens atribuídas aos servidores, será feita em dias, convertidos em anos, con-siderados êstes anos de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 709 - Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos do artigo anterior, os dias em que o servidor estiver afastado em virtude de:

I - férias;

II - licença-prêmio;

III - casamento, até oito dias;

IV - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros ou irmãos;

V - exercício de função gratifi cada ou de cargo de provimento em comissão no serviço judiciário;

VI - desempenho de função pública eletiva;

VII - licença para tratamento de saúde;

VIII - licença por motivo de doença em pessoa da família;

IX - convocação para o serviço militar ou outros por lei obrigatórios;

X - prestação de concurso ou prova de habilitação para cargo estadual;

XI - disponibilidade remunerada, nos casos dêste Código;

XII - trânsito.

Art. 710 - Computar-se-á para efeito de aposentadoria, como tempo de serviço, o prestado pelo servidor da Justiça, nos casos previstos nos arts. 168 e 170 do Estatuto

Arts. 706 a 710

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dos Funcionários Públicos Civis do Estado e o referido na Lei nº 4.585, de 14 de outubro de 1963.

Parágrafo único - Para o mesmo efeito será contado em dôbro o tempo de licença-prêmio não gozada.

Art. 711 - É vedada a acumulação de tempo de serviço concorrente ou simultâneamente prestado em dois ou mais cargos ou funções.

TÍTULO IIDOS VENCIMENTOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

SEÇÃO IDOS VENCIMENTOS DOS SERVENTUÁRIOS E FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA

Art. 712 - Os serventuários e funcionários da Justiça perceberão vencimentos ou custas ou vencimentos e custas, segundo a natureza do serviço.

Art. 713 - Os vencimentos dos servidores da Justiça, pagos pelo Estado, serão fi xados de entrância para entrância com diferença não maior a quinze por cento, tomando-se por base os percebidos pelos servidores de 4ª entrância.

§ 1º - O aumento de uma classe de servidores, em determinada entrância, corresponderá sempre aumento automático em tôdas as demais entrâncias e classes.

§ 2º - Os escrivães criminais da 4ª entrância não poderão perceber vencimentos inferiores ao mais alto padrão pago pelo Estado.

§ 3º - Sempre que houver aumento para os demais funcionários públicos do Estado, serão aumentados, na mesma proporção, os servidores da Justiça.

Art. 714 - A remuneração das classes funcionais será a seguinte:

I - perceberão vencimentos:

a) os assistentes sociais;

b) os taquígrafos;

c) os auxiliares-datilógrafos;

d) os comissários de menores;

e) os comissários de vigilância;

f) os escrivães de menores;

g) os ajudantes substitutos dos ofi ciais judiciais e os subofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais.

II - perceberão sòmente custas:

a) os ofi ciais extrajudiciais;

b) os tabeliães;

c) os ofi ciais dos Registros Especiais;

Arts. 710 a 714

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d) os ofi ciais do Registro de Imóveis;

e) os ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas;

f) os ofi ciais do Registro de Títulos e Documentos;

g) os ofi ciais do Registro de Protesto de Títulos Mercantis;

h) os escrivães do Cível, da Fazenda Pública, e de Acidentes do Trabalho da Capital e do Cível de Pelotas.

III - perceberão vencimentos e custas:

a) os escrivães do Crime, Júri, Acidentes de Trânsito, de Família e Sucessões, da Pro-vedoria, da Direção do Fôro, de Execuções Criminais e de Falências e Concordatas, da Capital;

b) os escrivães do Cível e Crime da 2ª instância;

c) os escrivães judiciais;

d) os escrivães distritais;

e) os ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais;

f) os distribuidores;

g) os contadores;

h) os ofi ciais de justiça;

i) os porteiros de auditórios;

j) os ofi ciais dos Registros Públicos.

Art. 715 - Os porteiros e ofi ciais de justiça perceberão vencimentos não inferiores a 80% dos que forem pagos pelo Estado aos escrivães criminais na respectiva entrância, respei-tando o salário mínimo da região.

SEÇÃO IIDA REMUNERAÇÃO DOS AUXILIARES E EMPREGADOS DA JUSTIÇA

Art. 716 - Os serventuários e funcionários não poderão contratar auxiliar e empregado com remuneração inferior ao estabelecido na tabela abaixo, tomando por base os índices do salário-mínimo regional:

Entrância 1ª 2ª 3ª 4ª

Ajudante .................................................. 1,4 1,7 2 3 Escrevente ............................................... 1,1 1,2 1,4 2 Datilógrafo ............................................... 1 1,1 1,3 1,5

§ 1º - Sempre que houver alteração do salário mínimo regional será também alterado o salário dos servidores mencionados neste artigo, na mesma proporção.

Arts. 714 a 716

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§ 2º - À cada classe funcional existente na serventia correspondente igual salário.

§ 3º - A aquisição salarial não será obrigatória se entre as pessoas consideradas houver diferença de tempo de serviço superior a dois anos, apurado em qualquer das formas permitidas em direito.

§ 4º - Não prevalecerá o disposto no art. 2º, se o titular do ofício organizar quadro de carreira englobando quantos prestem serviço não eventual à serventia, para cada classe funcional, com promoções alternadas, por merecimento e por antigüidade.

§ 5º - A direção do fôro, em cada comarca, no prazo de sessenta dias desta lei, fi xará o número de escreventes e datilógrafos que comporá o quadro, que poderá ser alterado segundo as necessidades do ofício.

§ 6º - O preenchimento da função vaga ou criada far-se-á pelo critério preferencial entre os integrantes da classe imediatamente anterior.

§ 7º - Fica o titular do ofício ou função com a faculdade de indicar quem lhe aprouver à função de auxiliar se o candidato recrutado na forma do parágrafo anterior não lograr aprovação na prova de habilitação.

§ 8º - O quadro referido no § 4º, será obrigatório sempre que no ofício ou função houver mais de dois servidores da mesma classe.

§ 9º - Os demais auxiliares e empregados da Justiça perceberão a remuneração que con-vencionarem com o titular do serviço.

§ 10 - Nenhum empregado poderá perceber remuneração inferior ao salário mínimo regional.

§ 11 - O serventuário ou funcionário pagará, obrigatòriamente, a seus auxiliares e em-pregados um abono de família, em quantia igual à percebida pelos servidores públicos do Estado.

§ 12 - Para os efeitos dêste artigo, compreende-se na remuneração do auxiliar tanto o vencimento pago pelo Estado, como o pago pelo titular do serviço.

SEÇÃO IIIDAS CUSTAS

Art. 717 - As custas serão pagas pelas partes ao titular do ofício ou função e serão iguais em tôdas as entrâncias, respeitadas as disposições do Regimento de Custas Judiciais do Estado.

§ 1º - Os escrivães e os titulares de ofício ou função darão recibo das custas recebidas.

§ 2º - Os juizes das varas ou comarcas e os corregedores deverão proceder a suspensão imediata do servidor, logo à abertura do respectivo inquérito administrativo, em caso de inobservância do disposto neste artigo.

Art. 718 - Os servidores não terão direito a qualquer custa ou emolumentos, nos processos em que o pagamento caiba à Fazenda Estadual.

Arts. 716 a 718

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CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS

Art. 719 - Constituem vantagens pecuniárias dos servidores da Justiça:

I - gratifi cações;

II - acréscimos qüinqüenais;

III - diárias;

IV - abono familiar;

V - auxílio funeral;

VI - pensão.

SEÇÃO IDAS GRATIFICAÇÕES

Art. 720 - Nos serviços da Justiça haverá gratifi cação adicional por tempo de serviço.

Art. 721 - A gratifi cação adicional será concedida nos têrmos dos artigos 110 e 112 do Estatuto dos Funcionários Civis do Estado, calculada sôbre os vencimentos básicos ou sôbre os proventos de aposentadoria, acompanhando-lhes as oscilações.

Parágrafo único - No caso de serviço sujeito ao regime de percepção exclusivamente de custas, a gratifi cação adicional será calculada tomando-se por base os vencimentos dos escrivães de igual entrância.

Art. 722 - Aos escrivães distritais e aos ofi ciais de Justiça classifi cados em localidade de difícil provimento ou em comarcas ou varas onde a remuneração decorrente do regime de custas fôr defi ciente, poderá ser atribuída uma gratifi cação de até 20%, calculada sôbre a organização que perceber do Estado, mediante lista ofi cial organizada pelo Conselho Superior da Magistratura.

Art. 723 - Todo serventuário ou servidor da Justiça quando se aposentar, contando mais de quarenta e cinco anos de efetivo serviço público estadual e que não tiver ainda adquirido os 15% especiais de que trata a Lei nº 4.047, terá direito a incorporar aos seus vencimen-tos as vantagens decorrentes da aludida Lei, a contar da data em que deveria ocorrer a incorporação, tudo após as formalidades legais.

Parágrafo único - Êstes direitos e vantagens se estendem aos servidores aposentados em qualquer época, a partir da data da aposentadoria, desde que atendam aos pressupostos enumerados na citada lei e nos têrmos do artigo.

Art. 724 - Aos servidores do Tribunal do Júri da Capital é atribuída uma gratifi cação de 25%, calculada sôbre a remuneração que perceberem do Estado.

SEÇÃO IIDOS ACRÉSCIMOS QÜINQÜENAIS

Art. 725 - Ao servidor da Justiça é assegurado, de cinco em cinco anos do efetivo exercício, o acréscimo qüinqüenal de cinco por cento e até o máximo de trinta por cento, calculado sôbre o vencimento básico.

Arts. 719 a 725

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§ 1º - Na contagem do tempo de serviço para efeito de acréscimos qüinqüenais previstos neste estatuto, somente se computará até o máximo de um quinto de serviço público estranho ao Estado.

§ 2º - Computar-se-á, no entanto, integralmente, o tempo de serviço na Fôrça Expedi-cionária Brasileira na última guerra mundial, bem como o tempo de serviço prestado às autarquias do Estado e às emprêsas e instituições cujo patrimônio tenha sido ou venha a ser transferido ao Estado, ou transferido para a União e arrendado ao Estado, desde que dita transferência tenha encontrado o funcionário em exercício.

§ 3º - Computar-se-á integralmente o tempo de serviço prestado em município do Estado que conceda idêntica vantagem ou que a concedia quando do ingresso do funcionário no serviço estadual.

Art. 726 - O acréscimo qüinqüenal será sempre proporcional aos vencimentos ou proventos, e acompanhar-lhes-á as oscilações.

Art. 727 - No caso de acumulações remuneradas permitidas em lei, será tomado em con-ta, para os efeitos de acréscimos qüinqüenais, apenas o tempo de serviço prestado pelo serventuário em um dos cargos que exercer, calculando-se o acréscimo qüinqüenal sôbre o maior vencimento por êle percebido.

SEÇÃO IIIDAS DIÁRIAS

Art. 728 - O servidor da Justiça que se deslocar temporàriamente de sua comarca, em objeto de serviço, por determinação superior, terá direito a diárias, na proporção estabe-lecida para os funcionários públicos civis do Estado.

SEÇÃO IVDO ABONO FAMILIAR

Art. 729 - O abono familiar será concedido ao servidor da Justiça nas mesmas condições previstas para os demais funcionários públicos civis do Estado.

SEÇÃO VDO AUXILIO FUNERAL

Art. 730 - Ao cônjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros necessários do servidor da Justiça, será abonada importância equivalente a um mês do vencimento que o servidor percebia, para atender às despesas de funeral e de luto.

§ 1º - Se o servidor percebia apenas custas, a importância será correspondente a uma mensalidade, calculada de acôrdo com o pré-fi xado para a sua aposentadoria.

§ 2º - Na falta das pessoas enumeradas, quem houver custeado o funeral do servidor, será indenizado das despesas, até a quantia referida neste artigo.

§ 3º - A despesa correrá pela dotação própria do cargo, e o pagamento será efetuado pela respectiva repartição pagadora, mediante a apresentação da certidão de óbito e, no caso do parágrafo anterior, mais os comprovantes da despesa.

Arts. 725 a 730

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SEÇÃO VIDA PENSÃO

Art. 731 - Aos dependentes, viúva e fi lhos, do servidor que falecer, após ter contribuído para o Instituto de Previdência do Estado, é assegurado uma pensão nas mesmas con-dições previstas nos artigos 536 a 542 dêste Código.

Art. 732 - A contribuição dos servidores para o Instituto de Previdência do Estado incidirá sôbre a remuneração efetivamente percebida, independentemente de teto.

CAPÍTULO IIIDAS VANTAGENS NÃO PECUNIÁRIAS

Art. 733 - São vantagens não pecuniárias:

I - férias;

II - licença para tratamento de saúde;

III - licença por motivo de doença em pessoa da família;

IV - licença para tratamento de interêsses particulares;

V - licença prêmio.

SEÇÃO IDAS FÉRIAS

Art. 734 - Todos os servidores têm direito a trinta dias de férias individuais concedidas durante as férias forenses.

§ 1º - As férias serão concedidas pelo diretor do fôro, que designará o substituo, se o ser-vidor não tiver auxiliar de Justiça.

§ 2º - As férias poderão ser fracionadas, por necessidade do serviço, ou a requerimento do interessado, em dois períodos iguais.

§ 3º - O servidor que tiver suas férias suspensas por necessidade do serviço, poderá reuni--las, uma vez, às do ano imediato.

Art. 735 - Ao entrar em gôzo de férias o servidor comunicará ao diretor do fôro, seu en-derêço durante as mesmas.

Art. 736 - Perderá direito às férias o servidor que, no ano antecedente ao em que deveria gozá-las, tiver:

I - incorrido em mais de cinco faltas, não justifi cadas, ao trabalho;

II - gozado licença para tratar de interêsses particulares, por mais de vinte dias.

Art. 737 - Durante as férias o servidor terá direito ao vencimento do cargo, bem como, quando fôr o caso, à metade das custas.

Arts. 731 a 737

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Parágrafo único - Ao entrar em gôzo de férias, o servidor terá direito a receber, adiantada-mente, o seu vencimento ou remuneração.

SEÇÃO IIDA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 738 - A licença para tratamento de saúde será concedida ao servidor da Justiça, até trinta dias, pelo diretor do fôro e, por maior prazo, pelo Presidente do Tribunal de Justiça, à vista de laudo de inspeção de saúde, expedido pela Diretoria do Serviço Médico Judiciário, na Capital, e pelas unidades sanitárias, no interior do Estado.

Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, as normas previstas nos artigos 126 a 145, inclusive, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.

SEÇÃO IIIDA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 739 - O servidor da Justiça poderá obter licença não superior a noventa dias, com vencimentos integrais, por motivo de doença em pessoa de ascendente, descendente, côn-juge ou irmão, desde que indispensável sua assistência pessoal e permanente ao enfêrmo.

Parágrafo único - Concederá a licença o diretor do fôro onde estiver classifi cado o servidor, à vista de laudo de inspeção de saúde.

SEÇÃO IVDA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE INTERÊSSES PARTICULARES

Art. 740 - Após dois anos de efetivo exercício, o servidor poderá obter licença, sem ven-cimentos, para tratar de interêsses particulares.

§ 1º - A licença não poderá ultrapassar um ano e nem ser repetida dentro de dois anos seguintes ao seu término.

§ 2º - O presidente do Tribunal de Justiça é competente para conhecer do pedido, à vista de parecer do diretor do fôro da comarca onde estiver classifi cado o servidor.

§ 3º - O diretor do fôro, em caso de urgência, poderá conceder até trinta dias de licença, justifi cando a concessão perante o Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 4º - A licença poderá ser cassada pela autoridade que a concedeu, sempre que o inte-rêsse do serviço o exigir.

Art. 741 - A qualquer tempo o servidor poderá desistir da licença, informando por escrito ao diretor do fôro.

SEÇÃO VDA LICENÇA-PRÊMIO

Art. 742 - A licença-prêmio será concedida ao servidor da Justiça, nas mesmas condições previstas para os demais funcionários públicos civis do Estado.

Arts. 737 a 742

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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TÍTULO IIIDOS DEVERES, RESPONSABILIDADES E LIMITAÇÕES

CAPÍTULO IDOS DEVERES

Art. 743 - Além dos deveres comuns a todos os funcionários do Estado, os servidores da Justiça têm o dever especial de exercer com zêlo e dignidade as funções que lhes são atribuídas em lei, obedecendo às ordens de seus superiores hierárquicos, cumprindo a lei e observando fi elmente o Regimento de Custas.

Art. 744 - Aos servidores, com relação aos serviços da Justiça, cumpre:

I - permanecer em seus serviços todos os dias úteis durante as horas do expediente;

II - exercer pessoalmente suas funções, só podendo afastar-se do cargo em gôzo de licença ou férias, ou para exercer tarefa de interêsse público relevante;

III - facilitar às autoridades competentes a inspeção de seus serviços;

IV - não admitir que escreventes e demais auxiliares de seus cartórios sejam testemunhas instrumentais dos atos que lavraram;

V - dar às partes, independentemente de pedido, recibo discriminado de custas, e cotar, nos autos do processo, nos livros ou nos papéis que fornecer, a quantia recebida, parcela por parcela, correspondente a cada ato ou serviço realizado.

Parágrafo único - A falta de cumprimento das obrigações previstas neste artigo sujeita o servidor à multa de três dias da remuneração mensal, paga em selos estaduais, inutilizados em ofício dirigido ao diretor do fôro.

CAPÍTULO IIDAS RESPONSABILIDADES E LIMITAÇÕES

Art. 745 - O servidor da Justiça será responsável pela ação ou omissão que praticar e, se condenado o Estado ao ressarcimento do dano, indenizará aquêle à Fazenda do prejuízo que lhe tiver causado.

Art. 746 - Os serventuários e funcionários indicados no inciso I, e letras a) e b) do inciso II, do art. 649 poderão ter auxiliares da Justiça, competentes para, simultâneamente com o titular, praticar todos os atos do serviço, salvo os expressamente excluídos por lei.

Parágrafo único - Os servidores e os respectivos auxiliares são solidàriamente responsáveis pelos atos praticados nos serviços a seu cargo.

Art. 747 - Nenhum servidor poderá exercer suas funções fora da comarca ou distrito designado no título de nomeação.

Art. 748 - O servidor deverá residir na comarca onde fôr classifi cado e dela não se poderá ausentar, sem ser substituído e sem licença do diretor do fôro.

Art. 749 - É dever do servidor manter discrição sôbre os serviços a seu cargo, abstendo-se de comentar a matéria constante dos processos e papéis forenses, bem como o compor-tamento dos juízes, agentes do Ministério Público, servidores, partes e seus procuradores.

Arts. 743 a 749

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Art. 750 - Constitui obrigação do servidor tratar com atenção às partes, esclarecendo-as sôbre o andamento dos feitos; auxiliar o juiz no desempenho de sua missão; tratar e se fazer tratar com respeito; atender com urbanidade os advogados e agentes do Ministério Público, zelando pelo prestígio do cargo e da Justiça.

Art. 751 - É expressamente defeso ao servidor, durante as horas de expediente e nos locais de trabalho, exercer política partidária, e discuti-la com outros servidores ou com terceiros, bem como, por qualquer forma, intermediar, insinuar ou indicar patronos às partes que os devam constituir.

Parágrafo único - A contar do registro no órgão eleitoral competente, o servidor da Justiça que fôr candidato a qualquer função eletiva ou membro de diretório político, será pôsto em disponibilidade não remunerada, pelo período que durar o pleito ou o mandato.

TÍTULO IVDOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E DA AÇÃO DISCIPLINAR

Art. 752 - A administração e a disciplina nos serviços da Justiça, quanto aos servidores, serão exercidas pelo Tribunal Pleno, pelas Câmaras Reunidas, pelos grupos cíveis, pelas câmaras separadas, pelo Conselho Superior da Magistratura, pelo Presidente e pelo Vice--Presidente do Tribunal de Justiça, pelo Corregedor Geral e pelos juízes, nos têrmos da legislação federal ou pela forma prevista neste Código.

Parágrafo único - Nenhuma representação será arquivada de plano, salvo se manifesta-mente graciosa.

Art. 753 - A ação disciplinar visa ao regular funcionamento da Justiça, pela aplicação da lei em geral e em especial dos dispositivos dêste Código.

SEÇÃO ICOMPETÊNCIA DO TRIBUNAL PLENO

Art. 754 - Compete ao Tribunal Pleno exercer as atribuições administrativas que lhe forem conferidas pelo Regimento Interno, com relação aos servidores da Justiça da Secretaria do Tribunal, e pela legislação federal, quanto à disciplina no processo.

SEÇÃO IICOMPETÊNCIA DAS CÂMARAS E GRUPOS CÍVEIS

Art. 755 - As câmaras e os grupos têm a competência disciplinar prevista na lei federal e mais a que lhes atribuir o Regimento Interno do Tribunal.

CAPÍTULO IIDA AÇÃO DISCIPLINAR

SEÇÃO IDAS PENAS E SUA APLICAÇÃO

Art. 756 - Os servidores da Justiça estão sujeitos às seguintes penas disciplinares:

I - advertência;

Arts. 750 a 756

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II - censura;

III - multa;

IV - perda de vencimentos e tempo de serviço;

V - suspensão até sessenta dias;

VI - demissão;

VII - demissão a bem do serviço público.

Art. 757 - As penas do artigo anterior serão aplicadas:

I - a de advertência, verbalmente ou por escrito, nos casos de negligência;

II - a de censura na falta de cumprimento dos deveres funcionais, em virtude de ato rei-terado de negligência ou de procedimento público incorreto ou indecoroso, desde que a infl ação não seja punida com pena mais grave;

III - a de multa nos casos previstos neste Código e nas leis processuais;

IV - a de perda de vencimentos e de tempo de serviço, pelo reiterado retardamento dos feitos e corresponde aos dias excedidos;

V - a de suspensão quando a falta fôr intencional ou de natureza grave, bem como nos casos de reincidência em falta já punida com censura, e ainda nas hipóteses previstas nos artigos 642 e 799 do Código de Processo Penal;

VI - a de demissão nos casos de:

a) abandono de cargo, ou ausência do serviço, respectivamente, por mais de trinta dias consecutivos, ou de sessenta alternados, por ano sem licença da autoridade competente;

b) recebimento de quaisquer vantagens, em dinheiro ou não, nos feitos em que funciona-rem, além daquelas que lhes sejam devidas pelas partes;

c) indisciplina ou insubordinação reiteradas;

d) referência injuriosa, caluniosa ou difamatória à Justiça, autoridades públicas, às partes ou a seus advogados;

e) mais de duas suspensões passadas em julgado, no decurso de doze meses, ou cinco intercaladas, em qualquer tempo;

f) violação de segrêdo de Justiça.

VII - a de demissão a bem do serviço público nos casos de:

a) procedimento irregular, condenação judicial punida com reclusão, falta grave ou defeito moral, que incompatibilize o servidor para o desempenho do cargo;

b) a incontinência pública escandalosa, vício de jogos proibidos ou de embriaguez ha-bitual;

c) condenação a pena privativa de liberdade, por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente a função pública;

d) condenação, por outro crime, à pena de reclusão por mais de dois anos ou de detenção por mais de quatro.

Arts. 756 e 757

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Art. 758 - O servidor punido com pena de suspensão perderá todos os direitos e vantagens do exercício do cargo, exceto os vencimentos.

Parágrafo único - Quando o serviço público o exigir, a pena de suspensão poderá ser con-vertida em multa, até o máximo de cinco dias do vencimento do cargo ou função, pagos pelo servidor, em selos estaduais parceladamente, em três meses.

Art. 759 - A pena de demissão sòmente será imposta com fundamento em processo administrativo, ou em virtude de sentença judicial.

Art. 760 - Tôda pena imposta a servidor deverá ser comunicada ao Conselho Superior da Magistratura, para anotação na fi cha funcional.

Parágrafo único - O Conselho Superior da Magistratura, procederá um ofício nos casos da letra e) VI, do art. 757.

Art. 761 - O servidor que, sem causa justa, deixar de cumprir os prazos e formalidades legais fi cará sujeito às penas dos incisos I a III do art. 756, conforme a gravidade do prejuízo causado à Justiça, e no caso de reincidência, aplicar-se-á a punição prevista no inciso IV do mesmo artigo.

Art. 762 - São competentes para a aplicação das penas previstas no art. 756:

I - O Conselho Superior da Magistratura, nos casos previstos nos incisos VI e VII;

II - O Corregedor Geral, o diretor do fôro ou seu substituto legal nos casos dos incisos I a V;

III - O titular de vara ou seu substituto legal nos casos dos incisos I e IV.

§ 1º - O Conselho Superior da Magistratura só aplicará as penalidades previstas nos incisos VI e VII, após o processo administrativo de que trata êste Código.

§ 2º - VETADO.

§ 3º - O Corregedor Geral conhecerá, em grau de recurso, das decisões disciplinares dos juízes de primeira instância.

§ 4º - Das decisões originárias do Corregedor Geral caberá recurso para o Conselho Su-perior da Magistratura.

§ 5º - Das decisões originárias do Conselho da Magistratura, caberá pedido de reconside-ração.

Art. 763 - Nos casos dos incisos I a V do art. 756, quando confessada documentalmente provada ou manifestamente evidente a falta, a pena poderá ser aplicada, independente-mente de sindicância ou processo administrativo.

SEÇÃO IIDA SINDICÂNCIA

Art. 764 - A sindicância é obrigatória na esfera administrativa, quando houver qualquer representação sôbre a irregularidade ou falta do servidor, passível de suspensão ou, no caso do estágio probatório, de demissão.

Art. 765 - Cabe sindicância:

I - como preliminar do processo administrativo, nos casos dos incisos VI e VII do art. 756, quando a falta não se revelar evidente;

Arts. 758 a 765

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II - como condição da imposição das penas previstas nos incisos I a V do art. 756, exce-tuados os casos do art. 763.

Art. 766 - A sindicância poderá ser feita por juiz ou serventuário da Justiça.

Parágrafo único - O sindicante verifi cará as circunstâncias do fato, inquirindo, sem forma-lidades, o autor da representação, se houver, as testemunhas e o servidor, apreciará os documentos que possam esclarecer a infração, e de tudo dará conhecimento, em relatório sucinto, à autoridade que o nomeou.

Art. 767 - De posse do relatório e à vista das informações, a autoridade poderá determi-nar novas diligências e, afi nal, decidirá ou mandará instaurar o processo administrativo, se fôr o caso.

SEÇÃO IIIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 768 - As autoridades judiciárias, advogados e os agentes do Ministério Público, sem-pre que tiverem conhecimento de faltas funcionais, praticadas por servidor que possam determinar a aplicação das penas previstas no art. 756, inciso VI e VII, deverão comunicar, por escrito, ao Corregedor Geral da Justiça.

Parágrafo único - O juiz que não cumprir o disposto no artigo será punido com a pena de suspensão, até sessenta dias.

Art. 769 - O Corregedor Geral, à vista da comunicação de que trata o artigo anterior ou em virtude de representação, solicitará ao diretor do fôro, sindicância a respeito, suspendendo ou não preventivamente, até noventa dias, ao servidor indiciado, ou, desde logo, nomeará magistrado para instaurar o processo administrativo.

Art. 770 - O processo administrativo será promovido:

I - obrigatòriamente, quando a falta possa determinar a aplicação das penas previstas nos incisos VI e VII do artigo 756;

II - facultativamente, quando fôr o caso de imposição de pena de suspensão até sessenta dias.

Art. 771 - O processo administrativo será realizado por um magistrado, preferencialmente por juiz corregedor, designado pelo Corregedor Geral.

Art. 772 - O Corregedor Geral, ao baixar portaria, designará o juiz processante e mencio-nará o motivo do processo e o tempo em que deverá ser ultimado.

Art. 773 - O juiz processante designará servidor para exercer as funções de secretário.

Art. 774 - O Conselho Superior da Magistratura ou o Corregedor Geral, à vista do processo administrativo revelador do fato penal punível, remeterá os autos ao juiz diretor do fôro da comarca de origem, para os fi ns convenientes.

Art. 775 - Aplicam-se no processo administrativo as disposições da legislação penal, na matéria.

Arts. 765 a 775

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SEÇÃO IVDOS ATOS E TÊRMOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 776 - O processo administrativo será iniciado no prazo de três dias contados do re-cebimento da designação e concluído dentro de trinta dias, salvo prorrogação concedida pelo Corregedor Geral.

Parágrafo único - Sòmente por motivos excepcionais poderá ser autorizada mais uma prorrogação.

Art. 777 - Iniciando o processo, o juiz processante fará citar o indiciado, devendo cons-tar no respectivo mandato o resumo o fato a apurar o direito de constituir defensor e de arrolar testemunhas, em número não superior a cinco, bem como o dia, hora e local da audiência inicial.

§ 1º - Achando-se o indiciado ausente do lugar em que corre o processo, será citado por via postal, em carta como aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante.

§ 2º - Não sendo encontrado o indiciado ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação se fará por edital, com o prazo de dez dias, inserto duas vêzes no órgão ofi cial.

§ 3º - O prazo a que se refere o § 2º será contado da primeira publicação, certifi cando o secretário, no processo, as datas em que as publicações foram feitas.

Art. 778 - Feita a citação, sem que compareça o indiciado, o processo seguirá à sua revelia, com defensor designado pelo juiz.

Art. 779 - O indiciado tem direito de, pessoalmente ou por intermédio de defensor, assistir aos atos probatórios, requerendo o que julgar conveniente aos seus interêsses.

Parágrafo único - O juiz denegará requerimento impertinente ou manifestamente protelatório ou de nenhum interêsse para o esclarecimento de fato.

Art. 780 - No dia designado, o juiz ouvirá o representante e o prejudicado, se houver, e interrogará o indiciado, passando a inquirir as testemunhas.

Art. 781 - O juiz poderá determinar o afastamento do defensor que criar embaraços ou procurar prejudicar o andamento do processo.

Art. 782 - O indiciado dentro de dois dias, após o interrogatório, poderá requerer diligência, produzir prova documental e arrolar testemunhas.

§ 1º - Havendo no processo mais de um indiciado, o número de testemunhas de cada um não excederá de três.

§ 2º - Não encontradas as testemunhas de defesa, e não indicando o indiciado, no prazo de três dias, outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais têrmos do processo.

Art. 783 - A testemunha não poderá eximir-se de depôr, salvo nos casos previstos no Código de Processo Penal.

Art. 784 - Os servidores públicos arrolados como testemunhas serão requisitados aos respectivos chefes de serviço e os militares, ao comando a que estejam subordinados.

Arts. 776 a 784

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Art. 785 - Durante o processo poderá o juiz ordenar qualquer diligência que tenha requerida ou se lhe afi gure necessária ao esclarecimento do fato.

Parágrafo único - Havendo necessidade de concurso de técnicos ou peritos ofi ciais, a au-toridade processante os requisitará a quem de direito.

Art. 786 - É permitido ao juiz tomar conhecimento de argüições novas que surgirem contra o indiciado, caso em que êste poderá produzir outras provas em sua defesa.

Art. 787 - A fôlha de serviço do indiciado constará dos autos do processo.

Art. 788 - Encerrada a instrução o indiciado terá vista dos autos, em mãos do secretário, por três dias, para a apresentação de razões.

Art. 789 - Findo o prazo do artigo anterior, o juiz apresentará o seu relatório, no prazo de cinco dias.

§ 1º - No relatório, o juiz apreciará as irregularidades e faltas funcionais imputadas ao indiciado, as provas colhidas, as razões de defesa, propondo a absolvição ou a punição e, neste caso, indicará a pena a ser aplicada.

§ 2º - Poderá o juiz sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem necessárias.

§ 3º - Findo o processo, será remetido para julgamento, ao Corregedor Geral, ou ao Con-selho Superior da Magistratura, conforme o caso.

§ 4º - O órgão competente proferirá a decisão no prazo de dez dias.

SEÇÃO VDA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 790 - A pedido do juiz processante ou de ofício poderá o Corregedor Geral ordenar a suspensão preventiva do servidor, até noventa dias desde que a sua permanência no cargo possa prejudicar a investigação dos atos.

Parágrafo único - A suspensão preventiva poderá ser prorrogada.

Art. 791 - O servidor suspenso preventivamente terá direito a:

I - contagem do tempo de serviço relativo ao período de suspensão preventiva, quando do processo não resultar punição, ou quando esta se limitar às penas de advertência, censura ou de conversão da suspensão em multa;

II - contagem de tempo de serviço correspondente ao período de afastamento que exceder o prazo de suspensão, quando esta fôr a pena aplicada;

III - vencimentos do cargo ou função.

SEÇÃO VIDOS RECURSOS DAS PENAS DISCIPLINARES

Art. 792 - Da aplicação da pena disciplinar caberá recurso à autoridade imediatamente superior a que impôs a sanção.

§ 1º - O prazo de interposição de recurso é de cinco dias, a contar da data em que o inte-ressado tiver conhecimento da decisão.

Arts. 785 a 792

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§ 2º - O recurso será interposto, mediante petição fundamentada, à autoridade julgadora.

§ 3º - Se a decisão fôr mantida, o recurso subirá, no prazo de cinco dias, à autoridade competente, que o julgará dentro de dez dias.

§ 4º - Os recursos previstos neste estatuto terão efeito suspensivo, podendo a autoridade, em casos especiais, recebê-los com efeito meramente devolutivo, justifi cando, à instância administrativa superior, as razões da exceção.

TÍTULO VDO DIREITO DE PETIÇÃO E DO RECURSO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

CAPÍTULO IDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 793 - Ao servidor da Justiça é assegurado o direito de requerer, representar, recorrer e pedir a reconsideração de decisões, observado o disposto neste estatuto.

Art. 794 - Sempre que o servidor ingressar em juízo contra o Estado, deverá comunicar o fato ao Presidente do Conselho Superior da Magistratura.

CAPÍTULO IIDOS RECURSOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 795 - A autoridade judiciária que determinar medida administrativa é competente para reconhecer e decidir do pedido de reconsideração.

Parágrafo único - O pedido de reconsideração não tem efeito suspensivo e deverá ser apresentado até três dias depois do conhecimento do ato, para a sua decisão no prazo de dez dias.

TÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 796 - Os serventes admitidos na forma da lei, gozarão de todos os direitos e vantagens previstos neste estatuto, para os servidores da Justiça, no que lhes fôr aplicável.

Art. 797 - Ficam os titulares de ofícios de justiça, remunerados por custas, ou por custas e vencimentos, obrigados a fi liar a Instituto de Aposentadoria e Pensões, contribuindo como empregadores, a quantos com êles mantenham contrato de trabalho, homologado ou não.

Parágrafo único - Deverão ser fi liados também a Instituto de Aposentadoria e Pensões, todos quantos prestarem serviços aos órgãos judiciários mediante contrato de trabalho.

Art. 798 - VETADO.

Art. 799 - Enquanto os auxiliares e empregados da justiça não estiverem vinculados a entidade que assegure integralmente os direitos previdenciários, tais ônus caberão aos titulares dos ofícios e funções, admitido o desconto da contribuição até o máximo permi-tido em lei, para entidade previdenciária e assistencial criada pelos servidores da Justiça.

Arts. 792 a 799

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Parágrafo único - Ocorrendo a vinculação à entidade pública, cessará a contribuição de que trata o art. 701, desde que dessa mesma vinculação decorra o direito à aposentadoria.

Art. 800 - Nos casos omissos, aplicam-se aos servidores os demais estatutos dêste Código, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado e o Regimento Interno do Tribunal de Justiça.

Art. 801 - Os acréscimos qüinqüenais a que se refere o art. 725 são extensivos aos ser-vidores já aposentados à data desta lei, sem prejuízo das demais vantagens concedidas por êste Código.

Art. 802 - Não constitui direito adquirido a atribuição que fôr conferida aos titulares de ofício e demais serviços da Justiça, os quais poderão ser anexados ou desmembrados a qualquer tempo, segundo dispuser a lei.

Art. 803 - Onde houver serviço administrativo em vara especializada, a secretaria do órgão judiciário será dirigida por um funcionário nomeado em comissão, por indicação do juiz.

Art. 804 - Os empregados da Justiça serão considerados estáveis ao completarem dez anos de efetivo exercício.

Art. 805 - Os demais auxiliares da Justiça de que trata o art. 637, III, que contarem menos de dez anos de serviço, poderão requerer ao diretor do fôro a prestação de prova de habilitação, passando a estáveis, uma vez aprovados, se contarem ou vierem a contar cinco anos de serviços judiciários.

Parágrafo único - Solicitada a prestação de prova de habilitação e enquanto não julgada, o auxiliar da Justiça, que contar pelo menos cinco anos de exercício no ofício ou função será considerado como se fôra estável, não podendo ser demitido senão a pedido seu e nos casos estabelecidos neste Código.

Art. 806 - As justifi cações de tempo de serviço, administrativas ou avulsas, promovidas perante juiz de direito, em qualquer época anterior à vigência dêste Código, são válidas para todos os efeitos.

Art. 807 - Mediante justifi cação administrativa prestada perante a Corregedoria Geral da Justiça, poderá o servidor comprovar para todos os fi ns e efeitos, o tempo de serviço judiciário anterior à nomeação ou contrato.

Parágrafo único - A justifi cação estará condicionada sempre a um comêço de prova escrita, sendo admitida supletivamente prova pericial e testemunhal.

Art. 808 - Ficam assegurados aos atuais titulares dos ofícios da Fazenda Pública e Acidentes do Trabalho da Capital vencimentos e custas, bem como fi cam garantidos os direitos dos atuais avaliadores e depositários públicos, de perceberem remuneração de acôrdo com os critérios da legislação anterior, transformadas as gratifi cações em vencimentos.

Art. 809 - Os atuais ocupantes do cargo de servente, que ingressaram no Quadro dos Ser-viços Auxiliares do Tribunal de Justiça, por fôrça de Lei nº 3.777, de 6 de julho de 1959, e os contínuos são considerados efetivos no cargo, para todos os efeitos legais, ao contarem dez anos de função pública estadual, a qualquer título.

Art. 810 - As telefonistas, motoristas, contínuos e serventes do Poder Judiciário, que exerçam suas funções na primeira instância, sob regime de dois turnos, terão vencimentos

Arts. 799 a 810

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iguais aos atribuídos para cargos idênticos do Poder Executivo, acrescidos de horas suple-mentares correspondentes à diferença de horário que se verifi car na jornada de trabalho.

Art. 811 - São extensivos aos tradutores públicos que exerciam suas funções na vigência da Lei nº 1.008, de 12 de abril de 1950, as vantagens da aposentadoria, nos têrmos dêste Código.

Parágrafo único - Para os efeitos dêste artigo, os tradutores públicos recolherão em selos de aposentadoria as contribuições de sete por cento calculadas sôbre os proventos que lhes corresponderiam na aposentadoria durante os últimos cinco anos, passando a fazer mensalmente os recolhimentos posteriormente devidos.

Art. 812 - Respeitados os direitos das atuais domésticas, encarregadas do serviço de lim-peza e higiene, serão expedidas as apostilas, nas quais será declarada a estabilidade das que contarem mais de dez anos de serviço público ou cinco de efetivo exercício, quando admitidas mediante prova de habilitação.

§ 1º - Os atuais ocupantes dos cargos de servente do Tribunal do Júri, se estáveis, passa-rão à categoria de contínuo, respeitadas as vantagens que lhe conferiu a Lei 4.627, de 3 de setembro de 1963.

§ 2º - Êste direito é extensivo a todos os servidores, ainda que admitidos mediante contrato verbal, aprovado pelo diretor do fôro, pagos pelos cofres públicos com a verba de “Limpeza e Higiene”, ou outra qualquer, tendo prestado serviços a Justiça, efetivamente, cumprindo os deveres funcionais sob as ordens de autoridade judiciária.

Art. 813 - O servidor da Justiça, que perceber vencimentos pagos pelo Estado, que fi zer jús à aposentadoria voluntária e permanecer no exercício de seu cargo ou função, terá direito a gratifi cação especial de permanência em serviço, nos têrmos da lei concessiva de tal vantagem e a partir da vigência dêste Código.

Parágrafo único - Os direitos e vantagens conferidos neste artigo estendem-se aos servi-dores aposentados em qualquer época, desde que atendam aos pressupostos enumerados na citada lei.

Art. 814 - Será removida ou designada para a sede onde residir o marido, a funcionária pública casada com servidor da Justiça, sem prejuízo de quaisquer direitos e vantagens.

Parágrafo único - Não havendo vaga nos quadros da respectiva secretaria, será adida ou posta à disposição de qualquer serviço público estadual, e inexistindo êste, a de serviço público municipal.

Art. 815 - O diretor do fôro, por portaria da qual deverá dar ciência ao Corregedor Geral, na falta de ajudante substituto, deverá investir dessas funções aos auxiliares-datilógrafos.

Art. 816 - São proibidas nomeações interinas no serviço da Justiça ou contratos para cargo ou função de caráter permanente.

Art. 817 - Os concursos homologados na vigência da Lei nº 4.164, de 1961, cujos prazos de validade passam a ser de três anos, fi cam revigorados por noventa dias, contados da vigência dêste Código.

Art. 818 - Ficam isentos de custas judiciais os atos, papéis ou feitos relacionados com as varas de menores.

Art. 819 - Servirão de recurso para atender as despêsas desta lei as dotações orçamen-tárias próprias.

Arts. 810 a 819

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Nº de Sede Comarcas Abrangidas Município Sede

ordem de Pretorias 1ª Capital Pôrto Alegre

Viamão

Guaíba

Tapes

2ª Nôvo Hamburgo Nôvo Hamburgo Sapiranga

São Leopoldo Campo Bom

Esteio

Canoas

S. Sebastião do Caí

Montenegro

3ª Taquara Taquara Rolante

S. Francisco de Paula Gramado

Sto. Antônio Nova Petrópolis

Osório

Tôrres

Gravataí

Canela

4ª Caxias do Sul Caxias do Sul

Vacaria

Bom Jesus

Farroupilha

Antônio Prado

Flores da Cunha

Bento Gonçalves

Art. 820 - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 821 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO, em Pôrto Alegre, 2 de agôsto de 1966.

QUADRO ICIRCUNSCRIÇÕES JUDICIÁRIAS DO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

Arts. 820 e 821

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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Veranópolis

Garibaldi

5ª Santa Cruz do Sul Santa Cruz do Sul Arroio do Meio

Candelária Roca Sales

Sobradinho

Lajeado

Estrêla

Encantado

Venâncio Aires

Taquari

6ª Cachoeira do Sul Cachoeira do Sul General Câmara

Rio Pardo Triunfo

São Jerônimo

Encruzilhada do Sul

7ª Passo Fundo Passo Fundo Tapejara

Marau São José do Ouro

Guaporé

Lagoa Vermelha

Sananduva

Nova Prata

8ª Caràzinho Caràzinho Não-Me-Toque

Soledade Tapera

Espumoso

Sarandi

Nonoai

9ª Erechim Erechim Gaurama

Getúlio Vargas Aratiba

Marcelino Ramos

10ª Cruz Alta Cruz Alta Panambi

Palmeira das Missões Ibirubá

Frederico Westphalen Seberi

Quadro I

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

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Iraí

Tupanciretã

11ª Santo Ângelo Santo Ângelo Giruá

São Luiz Gonzaga Santo Augusto

São Borja

Cêrro Largo

Ijuí

12ª Santa Rosa Santa Rosa Pôrto Lucena

Três de Maio Santo Cristo

Criciumal

Três Passos

Tenente Portela

13ª Alegrete Alegrete

Uruguaiana

Quaraí

S. Francisco de Assis

Itaquí

14ª Santa Maria Santa Maria Faxinal do Soturno

São Pedro do Sul

Santiago

Jaguarí

General Vargas

São Sepé

Cacequi

Júlio de Castilhos

15ª Livramento Livramento

Rosário do Sul

São Gabriel

Dom Pedrito

16ª Bagé Bagé Lavras do Sul

Caçapava do Sul

Quadro I

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QUADRO ANEXO Nº IICOMARCAS DO RIO GRANDE DO SUL

1ª ENTRÂNCIA

Pinheiro Machado

17ª Pelotas Pelotas

São Lourenço

Camaquã

Canguçu

Piratini

18ª Rio Grande Jaguarão São José do Norte

Rio Grande Herval

Sta. Vitória do Palmar Pedro Osório

Arroio Grande

Nº de Comarcas Vara Sede de Pretorias Municípios sem serviços

ordem judiciários locais

1 Antônio Prado

2 Arroio Grande Pedro Osório

Herval do Sul

3 Bom Jesus

4 Cacequi

5 Candelária

6 Canela Canela

Gramado

Nova Petrópolis

7 Cêrro Largo G. das Missões

8 Crissiumal Humaitá

São Martinho

9 Espumoso

10 Esteio Sapucaia

Quadro I e Quadro Anexo nº II

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

44

11 Flôres da Cunha

12 Garibaldi

13 Gaurama

14 General Vargas

15 Getúlio Vargas Getúlio Vargas Campinas do Sul

Sertão

16 Herval do Sul

17 Ibirubá

18 Iraí Alpestre

19 Jaguari

20 Marau

21 Marcelino Ramos Machadinho M. de Almeida

Sev. De Almeida

22 Nonoai

23 Nova Prata Casca Nova Bassano

24 Panambi

25 Pinheiro Machado

26 Piratini

27 Sananduva Paim Filho

28 S. Francisco de

Assis

29 S. Fco. de Paula S. Fco. De Paula Cambará do Sul

30 São Marcos

31 São Pedro do Sul

32 São Sepé Formigueiro

33 Sobradinho

34 Tapes

35 Taquari

36 Tenente Portela

37 Três de Maio Horizontina Boa V. do Birucá

Tucunduva

38 Tupanciretã

Quadro Anexo nº II

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

45

2ª ENTRÂNCIA

Nº de Comarcas Vara Sede de Pretorias Municípios sem serviços

ordem judiciários locais

1 Caçapava do Sul

2 Camaquã

3 Encruzilhada do Dom Feliciano

Sul

4 Canguçu Canguçu

5 Encantado Encantado Anta Gorda

Santo Cristo Ilópolis

Putinga

6 Estrêla Bom Retiro

7 Farroupilha

8 F. Westphalen Seberi Erval Sêco

9 Gravataí

10 Guaíba Barra do Ribeiro

11 Guaporé Muçum

Serafi na Corrêa

12 Itaqui

13 Jaguarão

14 Júlio de Castilhos F. do Soturno Nova Palma

15 Lagoa Vermelha 1ª Lagoa Vermelha Cacique Doble

2ª S. José do Ouro Barracão

16 Osório Mostardas

17 Palmeira das P. das Missões Chapada

Missões

18 Quaraí

19 Rosário

20 Santa Rosa 1ª Pôrto Lucena Tuparendi

2ª Alecrim

Cândido Godoi

Quadro Anexo nº II

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

46

21 Sarandi Sarandi

22 Sta. Vit. do

Palmar

23 Santo Antônio

24 São Borja 1ª

25 S. Lourenço do

Sul

26 S. Sebastião do Feliz

Caí Portão

27 Tôrres

28 Três Passos Campo Nôvo

Redentora

29 Venâncio Aires

30 Veranópolis

31 Viamão

3ª ENTRÂNCIA

Nº de Comarcas Vara Sede de Pretorias Municípios sem serviços

ordem judiciários locais

1 Alegrete 1ª Alegrete

2 Bagé 1ª Lavras do Sul

3 Bento Gonçalves Bento Gonçalves C. Barbosa

4 Cachoeira do Sul 1ª Agudo

2ª Restinga

5 Canoas 1ª

6 Caràzinho Caràzinho Colorado

Quadro Anexo nº II

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

47

Não-Me-Toque

Tapera

7 Caxias do Sul 1ª São Marcos

8 Cruz Alta 1ª Panambí Santa Bárbara

2ª Ibirubá

9 Dom Pedrito

10 Erechim 1ª Sede São Valentim

2ª Aratiba Jacutinga

Gaurama Erval Grande

Viadutos

B. de Cotegipe

11 Ijuí 1ª

12 Lajeado

13 Livramento 1ª Livramento

14 Montenegro Salvador do Sul

15 N. Hamburgo 1ª Nôvo Hamburgo

2ª Sapiranga

Campo Bom

16 Passo Fundo 1ª Passo Fundo Tapejara

17 Pelotas 1ª

18 Rio Grande 1ª

19 Rio Pardo Rio Pardo

Quadro Anexo nº II

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966

48

20 Santa Cruz do Santa Cruz do Sul

Sul

21 Santa Maria 1ª Santa Maria

22 Santiago

23 Santo Ângelo 1ª Catuípe Catuípe

2ª Giruá

24 São Gabriel

25 São Jerônimo 1ª São Jerônimo Minas do Butiá

2ª General Câmara

Triunfo

26 São Leopoldo 1ª São Leopoldo Estância Velha

2ª Dois Irmãos

27 São Luiz Gonzaga 1ª

28 Soledade 1ª Àrvorezinha

Barros Cassal

29 Taquara Rolante Igrejinha

Três Coroas

30 Uruguaiana 1ª Uruguaiana

31 Vacaria 1ª Esmeralda

Quadro Anexo nº II

ESTATUTO DA MAGISTRATURA

LEI Nº 6.929, DE 2 DE DEZEMBRO DE 1975.

ESTATUTO DA MAGISTRATURA – LEI Nº 6.929/1975

Título I - Disposições preliminares (arts. 1º a 3º) .................................................... 53

Título II - Da carreira .......................................................................................... 53

Capítulo I - Do concurso de ingresso e da nomeação (arts. 4º a 18) .......................... 53

Capítulo II - Da posse e do exercício (arts. 19 a 25) ................................................ 66

Capítulo III - Dos magistrados (arts. 26 a 28) ........................................................ 67

Seção I - Da promoção (arts. 29 a 36) ............................................................. 68

Seção II - Da remoção (arts. 37 a 40) .............................................................. 70

Seção III - Da reintegração (art. 41) ................................................................ 72

Seção IV - Da readmissão (arts. 42 e 43) ......................................................... 72

Seção V - Da reversão (arts. 44 a 48) .............................................................. 73

Seção VI - Da disponibilidade (arts. 49 a 52) ..................................................... 73

Seção VII - Do aproveitamento (arts. 53 e 54) .................................................. 74

Seção VIII - Da aposentadoria (arts. 55 a 61) ................................................... 74

Capítulo IV - Dos vencimentos e vantagens pecuniárias ........................................... 75

Seção I - Dos vencimentos (arts. 62 a 65) ........................................................ 75

Seção II - Das vantagens pecuniárias (art. 66) .................................................. 77

Subseção I - Gratifi cação por tempo de serviço (arts. 67 e 68) ....................... 78

Subseção II - Qüinqüênios (art. 69) ............................................................ 78

Subseção III - Gratifi cações especiais (arts. 70 a 74) ..................................... 78

Subseção IV - Das indenizações (arts. 75 a 81) ............................................ 80

Subseção V - Do auxílio funerário (art. 82) ................................................... 82

Subseção VI - Da pensão (arts. 83 a 90) ...................................................... 82

Seção III - Das vantagens não pecuniárias ........................................................ 84

Subseção I - Das férias (art. 91) ................................................................. 84

Subseção II - Da licença para tratamento de saúde (arts. 92 a 94) .................. 84

Subseção III - Da licença para tratamento de interesses particulares (arts. 95 a 97) ......................................................................................... 84

Subseção IV - Da licença-prêmio (art. 98) .................................................... 85

Subseção V - Do afastamento para aperfeiçoamento (art. 99) ......................... 85

Capítulo V - Dos deveres, dos órgãos administrativos e da disciplina judicial ............... 85

Seção I - Dos deveres (arts. 100 a 102) ........................................................... 85

Seção II - Dos órgãos administrativos e da disciplina judicial (art. 103) ................ 86

Subseção - Das penas e da sua aplicação (arts. 104 a 108) ............................ 86

Seção III - Da ação disciplinar (arts. 109 a 115) ................................................ 88

Subseção I - Da sindicância (arts. 116 a 118) ............................................... 89

Subseção II - Do processo administrativo (arts. 119 a 133) ............................ 89

Subseção III - Do processo por abandono de cargo (art. 134) ......................... 91

Subseção IV - Do processo por acumulação proibida (arts. 135 e 136) ............. 91

Subseção V - Da suspensão preventiva (arts. 137 e 138) ............................... 91

Subseção VI - Dos recursos das penas disciplinares (art. 139) ........................ 92

Subseção VII - Da revisão do processo administrativo (arts. 140 a 147) ........... 92

Capítulo VI - Do direito de petição e dos recursos dos atos administrativos ................. 93

Seção I - Do direito de petição (art. 148) .......................................................... 93

Seção II - Dos recursos dos atos administrativos (arts. 149 a 153) ....................... 93

Título III - Disposições fi nais e transitórias (arts. 154 a 163) .................................... 93

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

53

LEI Nº 6.929, DE 02 DE DEZEMBRO DE 1975. (ATUALIZADA ATÉ A LEI N.º 14.693, DE 06 DE MAIO DE 2015)

Dispõe sobre o Estatuto da Magistratura.

ESTATUTO DA MAGISTRATURA

TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Este Estatuto regula o provimento, a vacância e o exercício dos cargos da magis-tratura e dos juízes temporários, bem como os seus vencimentos e vantagens, direitos, deveres e responsabilidades.

Art. 1º - Este Estatuto regula o provimento, a vacância e o exercício dos cargos da ma-gistratura e dos juízes temporários, bem como o subsídio, as vantagens, os direitos, os deveres e as responsabilidades. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 2º - São Magistrados:

a) os Desembargadores;

b) os Juízes de Alçada; (REVOGADO pela Lei n.º 14.235/13)

c) os Juízes de Direito;

c) os Juízes de Direito e os Juízes de Direito substitutos. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

d) os Juízes de Direito substitutos (art. 15). (SUPRIMIDO pela Lei n.º 7.288/79)

d) os Pretores. (Incluído pela Lei n.º 14.235/13)Parágrafo único - São Juízes temporários:

a) os Juízes Adjuntos;

b) os Juízes de Paz.

Parágrafo único - São Juízes temporários os Pretores e os Juízes de Paz. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Parágrafo único - São Juízes temporários os Juízes de Paz. (Redação dada pela Lei n.º 14.235/13)Art. 3º - Os magistrados gozarão das garantias estabelecidas na Constituição, e, os juízes temporários, das prerrogativas reguladas no presente Estatuto.

TÍTULO II

DA CARREIRA

CAPÍTULO I DO CONCURSO DE INGRESSO E DA NOMEAÇÃO

Art. 4º - O ingresso nos cargos da magistratura vitalícia far-se-á mediante concurso de provas e títulos, segundo o disposto na Constituição do Estado (art. 133), no presente Estatuto e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça.

Art. 4º - O ingresso nos cargos da magistratura de carreira far-se-á mediante concurso de provas e títulos, segundo o disposto na Constituição Federal, na Constituição do Estado, no presente Estatuto, no Regimento Interno e em regulamento aprovado pelo Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 4º - O ingresso nos cargos da magistratura de carreira far-se-á mediante concurso de provas e títulos, segundo o disposto na Constituição Federal e na Constituição do Estado, conforme regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Arts. 1º a 4º

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

54

Art. 5º - O prazo para inscrição no concurso será, no mínimo, de trinta (30) dias, e os editais respectivos serão publicados, pelo menos, três (3) vezes, uma, na íntegra, no órgão ofi cial, e duas, por extrato, em jornal diário da Capital, de larga circulação.

Parágrafo único - Do edital constará o número de vagas, as condições para a inscrição e os requisitos para o provimento, a matéria sobre que versarão as provas escrita e oral, bem como os títulos que o candidato poderá apresentar na segunda fase do concurso.

Art. 5º - O prazo para inscrição no concurso será no mínimo de trinta dias, e os editais respectivos serão publicados pelo menos três vezes, sendo uma, na íntegra, no órgão ofi cial, e as outras duas vezes por extrato, em jornal diário da Capital, de larga circulação. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 5º - O prazo para inscrição no concurso, o número de vagas, as condições para inscri-ção, os requisitos para o provimento do cargo, o programa do concurso e os títulos que o candidato poderá apresentar serão defi nidos no seu edital de abertura, conforme regula-mentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Parágrafo único - Constarão do edital o número de vagas, as condições para a inscrição, os requisitos para o provimento do cargo, as matérias sobre as quais versarão as provas escritas e orais, bem como os títulos que o candidato poderá apresentar. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Parágrafo único - Constarão do edital o número de vagas, as condições para inscrição, os requisitos para o provimento do cargo, o programa do concurso, bem como os títulos que o candidato poderá apresentar. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

Art. 6º - O requerimento de inscrição será encaminhado ao Presidente do Tribunal de Jus-tiça, e dele constarão nome, nacionalidade, data e lugar de nascimento, fi liação, estado civil, profi ssão atual e anteriores, lugar ou lugares onde exerceu a judicatura, a advocacia, o Ministério Público ou qualquer função pública, e será instruído com:

I - certidão de nascimento do candidato, comprobatória da idade mínima de vinte e três (23) anos e máxima de quarenta (40) anos, ou prova que o Tribunal julgue equivalente;

II - título de bacharel em Direito, devidamente registrado;

III - prova de achar-se no gozo e no exercício de seus direitos civis e políticos;

IV - prova de não registrar antecedentes criminais, exibindo folhas-corridas das Justiças Federal e Estadual, da Justiça Militar e da Polícia Federal e Estadual, devendo constar, se for o caso, certidão de arquivamento de inquérito ou processo em que o candidato haja sido indiciado ou denunciado;

V - prova de estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;

VI - o número do respectivo Cadastro de Pessoas Físicas, relativo ao Imposto de Renda.

§ 1º - Será de quarenta e cinco (45) anos o limite máximo de idade, se o candidato for funcionário público.

§ 2º - O limite máximo de idade, a que alude o parágrafo anterior, é verifi cado no dia da abertura do prazo de inscrição; o limite mínimo, referido no inciso I deste artigo, no dia do encerramento daquele prazo.

§ 3º - A folha-corrida (inciso IV) deve abranger todos os domicílios do candidato, desde os dezoito (18) anos de idade.

Art. 5º

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

55

§ 4º - Quando for o caso, o candidato indicará, obrigatoriamente, na petição, todos os cargos e atividades que exerceu, remunerados ou não, com ampla discriminação, para que possam ser colhidos os informes necessários.

Art. 6º - O processo seletivo constará de: (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

1) prova escrita preliminar; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

2) sindicância da vida pregressa e investigação social, inclusive entrevista com os candidatos; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

3) provas escritas; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

4) exame de sanidade física e mental, e exame psicotécnico; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

5) provas orais; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

6) prova de títulos. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 6º - O processo seletivo constará de: (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei nº 13.119/09)

1 - provas escritas; (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

2 - sindicância da vida pregressa do candidato; (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

3 - exames de sanidade física, psiquiátrica e de aptidão psicológica; (Redação dada pela Lei nº 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

4 - provas orais; (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei nº 13.119/09)

5 - entrevista dos candidatos; (Redação dada pela Lei nº 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

6 - prova de títulos. (Redação dada pela Lei nº 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

Parágrafo único - As provas escritas e as orais serão eliminatórias. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 13.119/09)

Art. 7º - Competirá ao Tribunal Pleno, em sessão secreta, da qual participará o represen-tante do Conselho Secional da Ordem dos Advogados, decidir, por maioria absoluta, de plano e conclusivamente, à vista do relatório oral do Presidente da Comissão de Concursos, a respeito da admissão dos candidatos, atendendo às suas qualidades morais e aptidão para o cargo, bem como efetuar o julgamento das duas fases do concurso, até fi nal classifi cação dos candidatos, tudo apreciado por livre convicção.

Parágrafo único - Excluir-se-ão, ainda que depois de realizadas as provas, os concorrentes a respeito dos quais se verifi car não preencherem as condições exigidas para a inscrição.

Art. 7º - A prova escrita preliminar será eliminatória e realizar-se-á perante a Comissão de Concurso, constando de questões sobre o idioma nacional e algumas das principais matérias do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 7º - A prova escrita preliminar será eliminatória e realizar-se-á perante a Comissão de Concurso, constando de questões sobre algumas das principais matérias do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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Parágrafo único - O conhecimento do idioma nacional será necessariamente aferido, conforme dispuser o Regulamento do Concurso. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 7º - São requisitos para o ingresso na carreira de Juiz de Direito: (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

a) ser brasileiro, com idade superior a 23 anos e inferior a 40 anos, sendo o limite máximo de idade verifi cado no dia da abertura do prazo de inscrição, e o limite mínimo no dia de encerramento do mesmo prazo; (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

b) a f) - ................................................................................................................ (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - Será de 45 anos o limite máximo de idade se o candidato for pretor. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 7º - Em substituição ao previsto no artigo 6º, o Conselho da Magistratura poderá adotar o seguinte procedimento seletivo: (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

1. fase preliminar, com provas estabelecidas no edital; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

2. fase intermediária, constituída de Curso de Preparação à Carreira da Magistratura, com avaliação de desempenho; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

3. fase fi nal, com provas de sentença provas orais e prova de títulos. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 1º - Durante o procedimento seletivo, serão ainda realizados, com caráter eliminatório: (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

a) sindicância sobre a vida pregressa do candidato; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

b) exames de sanidade física, psiquiátrica e de aptidão psicológica. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 2º - Na fase preliminar, serão classifi cados candidatos até o número previsto no edital. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 3º - A avaliação do desempenho na fase intermediária, que compreenderá a freqüência, o aproveitamento e a aptidão para o exercício da Magistratura, assim como as provas de sentença e as orais, será eliminatória, na forma do que dispuser o regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 4º - Os candidatos habilitados na fase preliminar do concurso de ingresso na Magistratura, em número não superior ao fi xado no edital, serão matriculados “ex offi cio” no Curso de Preparação à Carreira da Magistratura, ministrado pela Corregedoria-Geral da Justiça, com a colaboração da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul e supervisão da Comissão Examinadora. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 5º - O Curso de Preparação terá a duração mínima de dois meses, máxima de quatro meses, com validade por dois anos, contados da data do encerramento. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 6º - Os candidatos matriculados no curso, com dedicação exclusiva, farão jus à bolsa de estudo de valor correspondente a 50% (cinqüenta por cento) dos vencimentos de Juiz de Direito de entrância inicial; os demais perceberão 30% (trinta por cento). O benefício será

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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devido do início ao término do curso, cessando automaticamente no caso de cancelamento voluntário ou compulsório da matrícula. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 7º - O servidor público estadual aprovado na fase preliminar do concurso de ingresso na Magistratura tem direito, uma única vez, ao afastamento do serviço, para freqüentar o Curso de Preparação à Carreira da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 8º - Se o afastamento for concedido com prejuízo de vencimentos, o servidor fará jus à bolsa de estudo referida no parágrafo 6º. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

§ 9º - O Conselho da Magistratura expedirá regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

Art. 7º - Em substituição ao previsto no artigo 6º, o Conselho da Magistratura poderá adotar o seguinte procedimento: (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

1 - fase preliminar, com provas estabelecidas no regulamento do concurso; (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

2 - fase intermediária, constituída de Estágio de Avaliação para Ingresso na Carreira da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

3 - fase fi nal, com provas orais e prova de títulos. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 1º - Durante o procedimento seletivo, serão realizados, com caráter eliminatório: (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

a) sindicância sobre a vida pregressa do candidato; (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

b) exames de sanidade física, psiquiátrica e de aptidão psicológica. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 2º - Na fase preliminar, serão classifi cados os candidatos que alcançarem o grau mínimo estabelecido no regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 3º - O resultado da avaliação do desempenho na fase intermediária, que compreenderá a freqüência, o aproveitamento e a aptidão para o exercício da Magistratura, assim como o resultado das provas orais, serão eliminatórios, na forma que dispuser o regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 4º - Os candidatos habilitados na fase preliminar do concurso de ingresso na Magistratura, conforme os critérios fi xados no regulamento, serão matriculados em Estágio de Avaliação para Ingresso na Carreira da Magistratura, a ser ministrado pela Corregedoria-Geral da Justiça, com colaboração da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul e super-visão da Comissão de Concurso. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 5º - O estágio poderá ser desdobrado em mais de uma turma, na forma prevista no regulamento, com a duração mínima de dois meses. Determinado o desdobramento dos classifi cados em mais de uma turma, observada rigorosamente a ordem de classifi cação, cada um deles prosseguirá, de forma independente, no processo de seleção até fi nal ho-mologação. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 6º - Os candidatos matriculados no estágio farão jus à bolsa de estudos no valor mensal cor-respondente a 50% (cinqüenta por cento) dos vencimentos de Juiz de Direito de entrância inicial. O benefício será devido do início ao término do estágio, cessando automaticamente no caso de cancelamento voluntário ou compulsório da matrícula. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 7º - O servidor público estadual aprovado na fase preliminar do concurso de ingresso na Magistratura tem direito ao afastamento do serviço para freqüentar o Estágio de Avaliação para Ingresso na Carreira da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 8º - Se o afastamento for concedido com prejuízo de vencimentos, o servidor fará jus à bolsa de estudo referida no parágrafo 6º. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 9º - O Conselho da Magistratura expedirá o regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

§ 10 - O prazo de validade do estágio, uma vez julgado apto o candidato, será de 02 (dois) anos, contados de seu encerramento. (Redação dada pela Lei n.º 10.615/95)

Art. 7º - O processo seletivo constará das seguintes fases: (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

I - fase preliminar, com provas objetiva e dissertativa estabelecidas no regulamento do concurso; (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

II - fase intermediária, com provas de sentença e oral; (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

III - fase fi nal, com Curso de Formação para Ingresso na Carreira da Magistratura e prova de títulos. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 1º - Durante o procedimento seletivo, serão ainda realizados, com caráter eliminatório: (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

I - sindicância sobre a vida pregressa do candidato; (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

II - exames de sanidade física, psiquiátrica e de aptidão psicológica. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 2º - A critério da Comissão de Concurso, poderá ser realizada, sem caráter eliminatório, entrevista dos candidatos. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 3º - Na fase preliminar, serão classifi cados os candidatos que alcançarem o grau mínimo estabelecido no regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 4º - A critério da Comissão de Concurso, o número de candidatos em cada uma das pro-vas que compõe as fases do concurso poderá ser limitado no edital de abertura. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 5º - Os candidatos habilitados na fase preliminar do concurso, conforme os critérios fi xa-dos no regulamento, serão convocados para a realização da fase intermediária. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 6º - Os candidatos habilitados na fase intermediária do concurso, conforme os critérios fi xados no regulamento, serão matriculados no Curso de Formação para Ingresso na Carreira da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 7º - Os candidatos matriculados no Curso de Formação farão jus à bolsa de estudos, no valor mensal correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do vencimento a ser percebido pelo Juiz de Direito de entrância inicial. O benefício será devido do início ao término do Curso de Formação, cessando automaticamente no caso de cancelamento voluntário ou compulsório da matrícula. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 7º - Os candidatos matriculados no Curso de Formação farão jus à bolsa de estudos, no valor mensal correspondente a 50% (cinquenta por cento) do subsídio a ser percebido pelo Juiz de Direito de entrância inicial. O benefício será devido do início ao término do Curso de Formação, cessando automaticamente no caso de cancelamento voluntário ou compulsório da matrícula. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 8º - O servidor público estadual habilitado à fase fi nal do concurso tem direito ao afas-tamento do serviço para freqüentar o Curso de Formação para Ingresso na Carreira da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 9º - Se o afastamento for concedido com prejuízo de vencimento, o servidor fará jus à bolsa de estudos referida no § 7º. Se o afastamento for concedido sem prejuízo de ven-cimento e este for inferior ao valor da bolsa de estudos, o servidor poderá optar entre a bolsa de estudos ou o vencimento. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 10 - O resultado das provas escritas e das provas orais, assim como o resultado da avaliação do Curso de Formação para Ingresso na Carreira da Magistratura, que compreenderá a fre-qüência, o aproveitamento e a aptidão para o exercício da Magistratura, serão eliminatórios, na forma que dispuser o regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 11 - A prova de títulos terá caráter classifi catório. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

§ 12 - O Conselho da Magistratura expedirá o regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

Art. 7º - As provas do concurso serão estabelecidas no regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 1º - O número de candidatos em cada uma das provas que compõem o concurso poderá ser limitado no edital de abertura. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 2º - Além das provas previstas no regulamento, poderá ser realizado Curso de Seleção para Ingresso na Carreira da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 3º - Prevendo-se a realização do Curso de Seleção para Ingresso na Carreira da Magis-tratura, os candidatos matriculados no mencionado curso farão jus à bolsa de estudos, no valor mensal não inferior a 50% (cinquenta por cento) do subsídio a ser percebido pelo Juiz de Direito de entrância inicial. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 4º - O benefício previsto no § 3.º deste artigo será devido do início ao término do Curso de Seleção, cessando automaticamente no caso de cancelamento voluntário ou compulsório da matrícula. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 5º - Para frequentar o Curso de Seleção para Ingresso na Carreira da Magistratura, o servidor público estadual habilitado poderá requerer afastamento do serviço. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

§ 6º - Se o afastamento for concedido com prejuízo de vencimento, o servidor fará jus à bolsa de estudos referida no § 3.º deste artigo; se o afastamento for concedido sem prejuízo de vencimento e este for inferior ao valor da bolsa de estudos, o servidor poderá optar entre a bolsa de estudos ou o vencimento. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 8º - O concurso, precedido da realização de entrevistas dos candidatos, dividir-se-á em duas fases:

a) provas escritas e orais;

b) provas de títulos após o estágio de dois anos como Juiz Adjunto, ou, antecipadamente, no caso de o Tribunal de Justiça reduzir este prazo.

Art. 8º - São requisitos para o ingresso na magistratura de carreira: (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

a) ser brasileiro, com idade superior a vinte e cinco e inferior a quarenta anos, sendo o limite máximo de idade verifi cado no dia da abertura do prazo de inscrição e o limite mínimo no dia do encerramento do mesmo prazo; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 7º

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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a) ser brasileiro, com idade superior a vinte e quatro e inferior a quarenta anos, sendo o limite máximo de idade verifi cado no dia da abertura do prazo de inscrição e o limite mínimo no dia do encerramento do mesmo prazo; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

b) ser bacharel em Direito com título devidamente registrado; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

c) ter prática forense comprovada por exercício de cargo de Magistrado de carreira, Pretor ou Promotor de Justiça, durante um ano, ou pelo exercício efetivo da advocacia, com inscri-ção no quadro de advogados há mais de três anos; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

c) ter prática forense comprovada por exercício de cargo de magistrado, de carreira, pretor ou promotor público, durante um ano, ou pelo exercício efetivo da advocacia, com inscrição no quadro de advogados há mais de três anos, ou ainda título de habilitação em curso ofi cial de preparação para a magistratura, mantido ou reconhecido pelo Tribunal de Justiça do Estado e com o mínimo de 720 horas/aulas (Redação dada pela Lei n.º 7.520/81)

c) ter prática forense comprovada por exercício de cargo de magistrado, de carreira, pretor ou promotor público, durante um ano, ou pelo exercício efetivo da advocacia, com inscrição no quadro de advogados há mais de três anos, ou ainda título de habilitação em curso ofi cial de preparação para magistratura, mantido ou reconhecido pelo Tribunal de Justiça do Estado e com o mínimo de 720 horas/aulas. (Redação dada pela Lei n.º 7.554/81)

c) ter prática forense comprovada por exercício de cargo de magistrado, de carreira, pretor ou promotor público, durante um ano, ou pelo exercício efetivo da advocacia, com inscrição no Quadro de Advogados há mais de dois (2) anos, ou ainda título de habilitação em curso ofi cial de preparação para magistratura, mantido ou reconhecido pelo Tribunal de Justiça do Estado e com o mínimo de 720 horas/aulas. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

d) estar em dia com as obrigações militares e eleitorais; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

e) ter inscrição no cadastro de pessoas físicas da Secretaria da Receita Federal; (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

f) apresentar prova relativa aos antecedentes criminais. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Parágrafo único - Será de quarenta e cinco anos o limite máximo de idade, se o candidato for servidor público há mais de cinco anos. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 8º - Para os candidatos diplomados há mais de dois (2) anos, que exerçam cargo, emprego ou função pública que impeça o exercício da advocacia, é dispensado o requisito da prática forense. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 8º - São requisitos para o ingresso na carreira de Juiz de Direito: (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

a) ser brasileiro, com idade superior a vinte e três anos e inferior a quarenta e cinco anos, sendo o limite máximo de idade verifi cado no dia da abertura do prazo de inscrição, e o limite mínimo no dia de encerramento do mesmo prazo; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

a) ser brasileiro; (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

b) ser bacharel em Direito com título devidamente registrado; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

c) estar em dia com as obrigações militares e eleitorais; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

d) ter inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas da Secretaria da Receita Federal; (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

Art. 8º

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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d) ter inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas; (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

e) apresentar prova relativa aos antecedentes criminais. (Redação dada pela Lei n.º 10.069/94)

e) não apresentar antecedentes criminais; e (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

f) haver exercido atividade jurídica pelo período mínimo de 3 (três) anos, comprovada no momento da inscrição defi nitiva. (Incluído pela Lei n.º 13.119/09)

f) haver exercido atividade jurídica, conforme regulamentação, pelo período mínimo de 3 (três) anos, nos termos do art. 93, inciso I, da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 9º - Os candidatos, para efeito de nomeação, serão submetidos a exames médicos e psicológicos perante o Departamento Médico Judiciário.

Art. 9º - Para os candidatos diplomados há mais de três anos, que exerçam cargo, emprego ou função pública que impeça o exercício da advocacia, é dispensado o requisito da prática forense. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 9º - Para os candidatos diplomados há mais de dois (2) anos, que exerçam cargo, emprego ou função pública que impeça o exercício da advocacia, é dispensado o requisito da prática forense. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 9º - A inscrição ao concurso será requerida ao Presidente do Tribunal de Justiça, mas o requerimento processado e decidido pela Comissão de Concursos. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - A inscrição defi nitiva processar-se-á após a fase preliminar do concurso, conforme os critérios fi xados no regulamento. (Incluído pela Lei n.º 13.119/09)

Art. 9º - A inscrição no concurso será requerida ao Presidente do Tribunal de Justiça, nos termos da regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 10 - Findo o prazo de inscrição, será publicada, no órgão ofi cial, a relação nominal de todos os requerentes, devendo os magistrados informar, dentro de trinta (30) dias e em caráter reservado, o que souberem a respeito dos candidatos.

Parágrafo único - Essas informações, no mesmo prazo e pela mesma forma, poderão ser prestadas por quaisquer autoridades.

Art. 10 - A inscrição ao concurso será requerida ao Presidente do Tribunal de Justiça, mas deverá ser processada perante a Comissão de Concurso, que somente encaminhará os requerimentos dos candidatos aprovados na prova escrita preliminar. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 10 - A omissão voluntária pelo candidato de dados relevantes à sindicância de sua vida pregressa, constitui causa sufi ciente para o cancelamento da sua inscrição ou para sua demissão, durante os primeiros dois (2) anos de efetivo exercício do cargo. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 11 - O julgamento da primeira fase do concurso será feito com base no parecer da Comissão de Concursos, transmitido ao Plenário, oralmente, pelo seu Presidente, e o da segunda fase, após o pronunciamento em conjunto da mencionada Comissão e do Conselho Superior da Magistratura.

Parágrafo único - De conformidade com o resultado geral do julgamento da primeira fase do concurso, será enviada ao Governador do Estado relação nominal dos candidatos apro-vados, observada rigorosa ordem de classifi cação.

Arts. 8º a 10

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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Art. 11 - A omissão voluntária pelo candidato de dados relevantes à sindicância de sua vida pregressa é causa sufi ciente para o cancelamento da sua inscrição ou para sua demissão durante os primeiros dois anos do efetivo exercício do cargo. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 11 - Compete à Comissão de Concursos, com a participação e o voto do representante da Ordem dos Advogados do Brasil, o julgamento, em caráter defi nitivo e irrecorrível, dos pedidos de reconsideração e revisão de notas atribuídas nas provas escritas ou de títulos. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 11 - As decisões da Comissão de Concurso serão passíveis de recurso, nos termos da regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 12 - O concurso terá validade por dois (2) anos.

Parágrafo único - O candidato deverá ser nomeado dentro de dois (2) anos, contados da homologação de cada fase do concurso, o qual caducará para aquele que, havendo vaga, recusar a indicação para ser nomeado Juiz Adjunto, Juiz de Direito substituto ou Juiz de Direito.

Art. 12 - Competirá ao Tribunal de Justiça, em sessão secreta, com a participação do re-presentante do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados, decidir, por voto da maioria de seus integrantes, conclusivamente e por livre convicção, à vista de relatório oral do Presidente da Comissão de Concursos, a respeito da admissão dos candidatos, atendendo a suas qualidades morais e aptidão para o cargo. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 1º - Compete igualmente ao Tribunal o julgamento das provas, por livre convicção, até fi nal classifi cação dos candidatos, conforme dispuser o Regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 2º - Serão excluídos, ainda que depois de realizadas as provas, os concorrentes a cujo respeito se verifi car não preencherem as condições exigidas para a inscrição. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 12 - Compete ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, com a participação e o voto do representante da Ordem dos Advogados do Brasil, homologar o resultado fi nal do concurso, à vista de relatório apresentado pelo Presidente da Comissão de Concursos. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 1º - A exclusão de candidatos, ponderadas, inclusive, as suas qualidades morais, dependerá de pedido de destaque e do voto da maioria absoluta dos integrantes do Órgão Especial, na forma prevista no regulamento do concurso; (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 2º - Serão excluídos, por decisão do Órgão Especial, ainda depois de realizadas as provas e homologado seu resultado fi nal, os concorrentes a cujo respeito venha a ser comprovado não preencherem as condições objetivas e as qualidades morais exigidas para o ingresso na carreira. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 12 - Compete ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça, com a participação e o voto do representante da Ordem dos Advogados do Brasil, homologar o resultado fi nal do concurso, conforme regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 13 - A nomeação dos candidatos aprovados no concurso de provas far-se-á para os car-gos de Juiz Adjunto, sem especifi cação de comarca e pelo prazo de dois (2) anos, podendo esse prazo ser reduzido nos termos do art. 133 e seus parágrafos da Constituição Estadual.

Arts. 11 e 12

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Art. 13 - O concurso terá validade por dois anos contados da publicação do resultado fi nal, mas caducará para aquele que, havendo vaga, recusar a indicação para ser nomeado. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 13 - Homologado o resultado fi nal do concurso, será enviada, à autoridade competente, a relação nominal dos candidatos aprovados, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classifi cação. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - Havendo empate entre candidatos será preferido, na ordem de classifi -cação, o que exerça cargo de Pretor e, persistindo o empate, o mais idoso. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - Havendo empate na nota fi nal, deverá ser observada a forma de desem-pate prevista na regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 14 - Somente após o cumprimento do estágio, a que alude o artigo anterior, e aprovação na segunda fase do concurso, serão os candidatos nomeados Juízes de Direito, passando a ocupar o primeiro grau da carreira.

§ 1º - A indicação dos candidatos far-se-á, sempre que possível, em lista tríplice, organizada pela ordem de classifi cação.

§ 2º - Se houver mais de uma vaga a preencher, a lista será acrescida de tantos candidatos aprovados quantas forem as vagas a mais.

§ 3º - Havendo empate entre os candidatos, será preferido, em igualdade de condições com outros candidatos, o que contar maior tempo de serviço público.

Art. 14 - Apurado o resultado fi nal do concurso, será enviada ao Governador do Estado a relação nominal dos candidatos aprovados. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 1º - A indicação dos candidatos far-se-á, sempre que possível, em lista tríplice, organizada pela ordem de classifi cação. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 2º - Se houver mais de um cargo a preencher, a lista conterá, pela ordem de classifi cação, candidatos em número correspondente às vagas e mais dois, para cada vaga, sempre que possível. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 3º - Havendo empate entre os candidatos, será preferido, na ordem de classifi cação, o que exerça o cargo de Pretor e, persistindo o empate, o mais idoso. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 14 - O concurso terá validade por dois (2) anos contados da data da publicação do re-sultado fi nal, mas caducará para aquele que, havendo vaga, recursar a nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 14 - O concurso terá validade por até 2 (dois) anos contados da data da publicação do resultado fi nal, mas caducará para aquele que, havendo vaga, recusar a nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

Parágrafo único - O Tribunal Pleno, por seu Órgão Especial, poderá prorrogar, até o máximo de quatro (4) anos, o prazo de validade do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - O Tribunal Pleno, por seu Órgão Especial, poderá prorrogar 1 (uma) vez, por igual período, o prazo de validade do concurso. (Redação dada pela Lei n.º 13.119/09)

Art. 14 - Nos termos da regulamentação, o prazo de validade do concurso é de até 2 (dois) anos, contados da data da publicação da homologação do resultado fi nal, prorrogável, a critério do Tribunal, uma vez, por igual período, mas caducará para aquele que, havendo vaga, recusar a nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 14.693/15)

Arts. 13 e 14

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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Art. 15 - Se, realizado o concurso de títulos, for o número dos candidatos aprovados superior ao das vagas no primeiro grau da carreira, serão os excedentes nomeados Juízes de Direito substitutos, passando a integrar um quadro especial, e serão designados para exercer jurisdição nas situações previstas no Código de Organização Judiciária do Estado. (Vide Lei n.º 6.968/75)

Parágrafo único - As vagas do quadro de Juízes Adjuntos, em número correspondente ao do quadro especial de Juízes de Direito substitutos, só serão preenchidas à medida que os integrantes do mencionado quadro vierem a ser designados, como titulares, para jurisdi-cionar comarcas vagas de 1ª entrância.

Art. 15 - Se, realizado o concurso, for o número de candidatos aprovados superior ao das vagas, no primeiro grau da carreira, os excedentes poderão ser nomeados Juízes de Direito substitutos de 1ª entrância. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79) (Vide Lei n.º 8.638/88)

Art. 15 - As decisões da Comissão de Concursos, relativamente à recusa na admissão de candidatos, ao cancelamento de inscrição, à declaração de inaptidão física, mental ou psi-cológica e à classifi cação fi nal dos aprovados serão passíveis de recurso, no prazo de cinco (5) dias, ao Conselho da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei nº 14.693/15)

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura, com a participação e voto do representante da OAB, apreciará os recursos em caráter defi nitivo e fi nal no plano administrativo. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88) (REVOGADO pela Lei n.º 14.693/15)

Art. 16 - Das deliberações que importarem em recusa na admissão, cancelamento de inscrição, inabilitação nas provas e injustiça na classifi cação, em quaisquer das fases do concurso, caberá recurso, no prazo de cinco (5) dias, para o Tribunal Pleno, sem efeito suspensivo.

Art. 16 - Das deliberações que importarem em recusa na admissão, cancelamento de ins-crição, e injustiça na classifi cação, em qualquer das fases do concurso, caberá recurso, no prazo de 5 (cinco) dias, para o Tribunal Pleno, sem efeito suspensivo. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 16 - À nomeação como Juiz de Direito seguir-se-á o período bienal para a aquisição da vitaliciedade, procedendo-se, então, à avaliação do desempenho do Juiz e aos exames de adaptação psicológica ao cargo e às funções. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 1º - Compete à Corregedoria-Geral da Justiça avaliar o desempenho funcional do Juiz, remetendo, com sugestões e os laudos, os processos individuais ao Conselho da Magistratura, até 120 (cento e vinte) dias antes de fi ndar o biênio. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 2º - O Conselho da Magistratura, no prazo de 20 (vinte) dias, submeterá à decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça parecer sobre a idoneidade moral, conduta social, capacidade intelectual, adaptação ao cargo e às funções reveladas pelo magistrado, com valoração de sua atividade jurisdicional no período de exercício do cargo, e os laudos dos exames, opinando o Conselho quanto à aquisição ou não de vitaliciedade. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 3º - Se o parecer do Conselho da Magistratura for contrário à confi rmação do Juiz, ser-lhe-á concedida oportunidade de defesa, conforme dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 16

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 4º - O Órgão Especial declarará que o Juiz preenche as condições para aquisição da vita-liciedade ou, pelo voto de dois terços (17) dos seus integrantes, negar-lhe-á confi rmação na carreira. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 4º - O Órgão Especial declarará que o Juiz preenche as condições para a aquisição de vitaliciedade ou, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, negar-lhe-á confi rmação na carreira. (Redação dada pela Lei n.º 9.781/92)

§ 5º - Para a votação a que se refere o parágrafo anterior, no caso de ausência ou impedi-mento de Desembargadores, serão convocados, até a integração do número de 25 (vinte e cinco), na ordem decrescente de antigüidade, os Desembargadores que não componham o Órgão Especial. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

§ 6º - Os nomes dos não confi rmados serão, antes de fi ndo o biênio, comunicados à auto-ridade competente, para que seja expedido o ato de exoneração. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 17 - Quando a vaga no Tribunal de Justiça ou no Tribunal de Alçada, deva ser preenchida por advogado ou membro do Ministério Público, o Tribunal de Justiça, em sessão plenária, organizará lista tríplice, elegendo, por maioria absoluta, pessoas de notório merecimento e reputação ilibada, com dez (10) anos, pelo menos, de prática forense, e que reúnam os demais requisitos legais, exigindo-se, no tocante aos advogados, que estejam em efetivo exercício da profi ssão.

§ 1º - Poderão integrar a lista tríplice, para preenchimento da vaga no Tribunal de Justiça, os Juízes de Alçada da respectiva classe.

§ 2º - A lista tríplice será remetida ao Governador do Estado, para efeito de escolha e nomeação.

§ 3º - Findo o triênio, os Juízes de Paz e suplentes permanecerão no exercício de suas funções, até a posse dos novos titulares.

§ 4º - Para a recondução não prevalece o limite de idade previsto na letra e, segunda parte, do § 1º.

§ 5º - Na falta ou impedimento do suplente, a substituição recairá em juiz ou suplente de outro distrito do mesmo município, de acordo com a escala organizada pelo Diretor do Foro.

Art. 18 - Os Juízes de Paz e seus suplentes são nomeados pelo Governador do Estado, por três anos, mediante indicação do Diretor do Foro, facultada a recondução nas mesmas condições.

§ 1º - São requisitos para a investidura:

a) saber ler e escrever corretamente o idioma nacional;

b) ser notoriamente probo e de bons costumes;

c) estar em dia com suas obrigações militares e eleitorais;

d) ter residência na sede do distrito;

e) ter a idade mínima de vinte e um (21) anos ou a máxima de trinta e cinco (35) anos.

§ 2º - Não podem ser nomeados para o triênio, no mesmo distrito, parentes, consan-güíneos ou afi ns, em linha reta, até terceiro grau, inclusive.

§ 3º - Findo o triênio, os Juízes de Paz e suplentes permanecerão no exercício de suas funções, até a posse dos novos titulares.

Arts. 16 a 18

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§ 4º - Para a recondução não prevalece o limite de idade previsto na letra e, segunda parte, do § 1º.

§ 5º - Na falta ou impedimento do suplente, a substituição recairá em juiz ou suplente de outro distrito do mesmo município, de acordo com a escala organizada pelo Diretor do Foro.

CAPÍTULO IIDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 19 - A nomeação será tornada sem efeito se a posse não se verifi car dentro do prazo de quinze (15) dias a contar da data da publicação do ato de nomeação no Diário Ofi cial.

§ 1º - A autoridade competente para dar posse, poderá, por motivo justifi cado e a reque-rimento do interessado, prorrogar o prazo por mais quinze (15) dias.

§ 2º - O termo inicial do prazo, a que alude este artigo, será contado do dia em que deverá voltar ao serviço o magistrado ou juiz temporário que seja servidor público e se encontre em férias ou licenciado, exceto no caso de licença para tratamento de interesses particulares.

Art. 20 - Os Desembargadores e os Juízes de Alçada tomarão posse perante os respectivos Tribunais, se estiverem reunidos, ou perante seus Presidentes.

§ 1º - Os Juízes de Direito e os Adjuntos tomarão posse perante o Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 1º - Os Juízes de Direito e os Pretores tomarão posse perante o Presidente do Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 2º - Os Juízes de Paz e respectivos suplentes serão empossados pelo Diretor do Foro.

Art. 21 - Ao ser empossado, o magistrado ou juiz temporário prestará compromisso de bem e fi elmente desempenhar as suas funções, lavrando-se o respectivo termo.

Art. 21 - Ao ser empossado, o magistrado ou juiz temporário prestará o compromisso de bem e fi elmente desempenhar as funções de seu cargo, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição e as leis, lavrando-se o respectivo termo. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Parágrafo único - Antes da posse, será apresentada, pelo magistrado ou juiz temporário, a declaração pública de seus bens. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 22 - Os magistrados e os Juízes de Paz deverão entrar em exercício dentro do prazo de quinze (15) dias a contar da posse, salvo motivo de força maior devidamente comprovado. Os Juízes Adjuntos entrarão em exercício no dia imediato ao da posse, fi cando à disposição do Tribunal de Justiça para efeito do estágio previsto no Código de Organização Judiciária. Concluído este, terão o prazo de dez (10) dias para assumir a função para a qual forem designados, considerado esse prazo como período de trânsito.

Parágrafo único - Será declarada sem efeito a nomeação do magistrado ou juiz temporário que não entrar em exercício no prazo deste artigo.

Art. 22 - Os Juízes de Direito e os Pretores entrarão em exercício no dia imediato ao da posse, fi cando à disposição do Tribunal de Justiça para efeito do estágio previsto no Código de Orga-nização Judiciária do Estado, fi ndo o qual terão o prazo de dez dias para assumir as respectivas funções, considerado tal prazo como período de trânsito. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 1º - Os demais juízes integrantes de categorias não incluídas no “caput” do artigo deve-rão entrar em exercício dentro do prazo de quinze dias a partir da posse. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Arts. 18 a 21

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 2º - Salvo comprovado motivo de força maior será declarada sem efeito a nomeação do magistrado ou juiz temporário que não entrar em exercício nos prazos deste artigo. (Re-dação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 22 - Os Juizes de Direito entrarão em exercício no dia imediato ao da posse, fi cando à disposição do Tribunal de Justiça, para o efeito de participação em cursos de aperfeiçoa-mento, ministrados pela Escola Superior da Magistratura, com a colaboração da Corregedoria--Geral da Justiça, fi ndo o qual terão o prazo de trânsito de 10 (dez) dias para assumir a jurisdição. (Redação dada pela Lei n.º 8.708/88)

Art. 23 - A apuração de tempo de serviço na carreira será feita em dias.

Parágrafo único - Ao advogado nomeado Desembargador ou Juiz de Alçada computar-se-á, para todos os efeitos legais, o tempo de exercício da advocacia, devidamente comprovado.

Art. 24 - São considerados como de efetivo exercício os dias em que o juiz estiver afastado de suas funções em virtude de:

1) férias;

2) licença para tratamento de saúde;

3) licença por motivo de doença em pessoa da família;

4) licença-gestante;

5) licença-prêmio;

6) afastamento para aperfeiçoamento;

7) casamento, até oito dias;

8) luto por falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros ou irmãos, até oito dias;

9) convocação para o serviço militar ou outros serviços por lei obrigatórios;

10) prestação de concurso ou prova de habilitação para cargo de magistério ou livre docência de escola superior ou secundária;

11) disponibilidade remunerada;

12) realização de tarefa relevante do interesse da Justiça;

13) período de trânsito.

Art. 25 - Para efeito de percepção de vencimentos, a efetividade é atestada de conformidade com o que dispuser o Código de Organização Judiciária ou o Regimento Interno.

Art. 25 - Para efeito de percepção de subsídio, a efetividade é atestada de conformidade com o que dispuser o Código de Organização Judiciária ou o Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

CAPÍTULO III

DOS MAGISTRADOS

Art. 26 - Os Desembargadores ocupam o grau mais elevado da carreira da Magistratura, os Juízes de Alçada constituem entrância especial e os Juízes de Direito são classifi cados em quatro (4) entrâncias.

Arts. 22 a 25

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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Art. 26 - Os Desembargadores ocupam o grau mais elevado da carreira da Magistratura, os Juízes de Alçada constituem entrância especial e os Juízes de Direito são classifi cados em três entrâncias. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

Art. 27 - Os magistrados gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judiciária;

II - inamovibilidade, exceto por motivo de interesse público, na forma do § 2º do art. 113 da Constituição Federal;

III - irredutibilidade de vencimentos, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais, inclusive o de renda, e aos impostos extraordinários previstos no art. 22 da Constituição da República Federativa do Brasil.

III - irredutibilidade de subsídio, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais, inclusive o de renda, e aos impostos extraordinários previstos no art. 22 da Constituição da República Federativa do Brasil. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 28 - É vedado ao juiz, sob pena de perda do cargo judiciário:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo um cargo ou emprego de magistério e nos casos previstos na Constituição da República Federativa do Brasil;

II - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, porcentagens nos processos sujeitos a seu despacho e julgamento;

III - exercer atividade político-partidária;

IV - explorar, dirigir ou fi scalizar quaisquer empresas ou a elas associar-se, podendo, no entanto, ser acionista de sociedade anônima.

Parágrafo único - Aos Juízes de Paz aplica-se apenas a proibição contida no inciso III.

SEÇÃO I DA PROMOÇÃO

Art. 29 - A promoção dos Juízes de Direito operar-se-á de entrância para entrância, por antigüidade e por merecimento, alternadamente.

§ 1º - Somente após três (3) anos de exercício na respectiva entrância poderá o juiz ser promovido, salvo se não houver, com tal requisito, quem aceite o lugar vago; no caso de igual-dade, ter-se-á em conta, sucessivamente, a antigüidade na magistratura e no serviço público.

§ 2º - Tratando-se de promoção por antigüidade, o Tribunal de Justiça poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto da maioria absoluta de seus membros, repetindo-se a votação, considerados, nesse caso, os nomes que se seguirem, até fi xar-se a indicação.

§ 3º - O merecimento, também apurado na entrância, será aferido com prevalência de critério de ordem objetiva, na forma de regulamento baixado pelo Tribunal de Justiça, tomando--se em conta a conduta do juiz em sua vida privada, a sua operosidade no exercício do cargo, as demonstrações de cultura jurídica que houver dado, o aproveitamento em cursos de aperfeiçoamento, instituídos pelo Tribunal de Justiça ou organizados mediante convênio com universidades ofi ciais ou particulares; também constituirá fator objetivo, na aferição do merecimento do juiz, o número de vezes que tenha entrado em lista de promoção para a entrância em que esteja classifi cado ou para as anteriores.

§ 4º - No caso de vaga a ser preenchida por merecimento, será organizada lista tríplice, constituída pelos juízes que tiverem obtido maior votação. Para integrar a lista, o juiz deverá

Arts. 26 a 29

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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alcançar, no mínimo, número de votos correspondente à maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça. Se no primeiro escrutínio não fi car completa a lista, proceder-se-á a nova votação, seguindo-se, se necessário, terceiro escrutínio. Se, ainda assim, não se completar a lista, a votação será suspensa e renovada em sessões posteriores, até que possa ser organizada.

§ 5º - Se porventura se verifi car empate irremovível, ainda que se realize novo escrutínio, será incluído na lista o nome do juiz que tiver mais tempo de serviço na magistratura.

Art. 30 - O juiz promovido terá quinze (15) dias de trânsito, prorrogáveis, a critério do Presi-dente do Tribunal, por mais quinze (15), para assumir a nova comarca, sob pena de fi car sem efeito a promoção. Este período é considerado como de efetivo exercício na nova comarca.

Parágrafo único - O início do período de trânsito poderá ser adiado no interesse do serviço judiciário, a critério do Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 31 - O Conselho Superior da Magistratura poderá designar o juiz promovido para con-tinuar jurisdicionando, como substituto e por período certo, a comarca de que era titular, para que não entre em trânsito em época prejudicial ao serviço judiciário.

Art. 32 - A alteração de entrância da comarca não modifi cará a situação do juiz na carreira.

Art. 33 - A promoção de Juiz de Direito a Juiz de Alçada far-se-á por antigüidade e me-recimento, alternadamente, observado o disposto na Constituição do Estado (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 144, III).

§ 1º - No caso de promoção por antigüidade, que será apurada na 4ª entrância, o Tribunal de Justiça resolverá, preliminarmente, se deve ser indicado o juiz mais antigo e, se este for recusado pelo voto da maioria dos desembargadores, repetir-se-á a votação em relação ao imediato e, assim por diante, até fi xar-se a indicação (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 144, III).

§ 1º - No caso de promoção por antigüidade, que será apurada na entrância fi nal, o Tribunal de Justiça resolverá, preliminarmente, se deve ser indicado o juiz mais antigo e, se este for recusado pelo voto da maioria dos desembargadores, repetir-se-á a votação em relação ao imediato e, assim por diante, até fi xar-se a indicação (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 144, III). (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

§ 2º - O juiz recusado não perderá a colocação na lista de antigüidade, devendo o Tribunal considerar o seu nome sempre que se verifi car vaga a ser preenchida por aquele critério. Poderá o juiz, em tal condição, requerer aposentadoria, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, dentro de trinta (30) dias após cada recusa.

§ 2º - O juiz recusado não perderá a colocação na lista de antiguidade, devendo o Tribunal considerar o seu nome sempre que se verifi car vaga a ser preenchida por aquele critério. Po-derá o juiz, em tal condição, requerer aposentadoria, com subsídio proporcional ao tempo de serviço, dentro de 30 (trinta) dias após cada recusa. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 3º - No caso de vaga a ser preenchida por merecimento, observar-se-ão os parágrafos do art. 29, no que for pertinente, limitando-se a organização da lista aos Juízes de Direito de 4ª entrância.

§ 3º - No caso de vaga a ser preenchida por merecimento, observar-se-ão os parágrafos do art. 29, no que for pertinente, limitando-se a organização da lista aos Juízes de Direito de entrância fi nal. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

Art. 34 - A promoção a Desembargador far-se-á por antigüidade e merecimento, alter-nadamente, entre os Juízes de carreira, observado o disposto na Constituição do Estado (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 144, III).

Arts. 29 a 34

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 1º - No caso de promoção por antigüidade, que será apurada na entrância especial, o Tribunal de Justiça resolverá, preliminarmente, se deve ser indicado o juiz mais antigo; se este for recusado pelo voto da maioria dos Desembargadores, repetir-se-á a votação em relação ao imediato e, assim por diante, até fi xar-se a indicação (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 144, III).

§ 2º - O juiz recusado não perderá a colocação na lista de antigüidade, devendo o Tribunal considerar o seu nome sempre que se verifi car vaga a ser preenchida por aquele critério. Aplica-se ao juiz em tal condição o disposto no § 2º do artigo anterior.

§ 3º - No caso de merecimento, a promoção dependerá de lista tríplice, organizada pelo Tri-bunal de Justiça, com observância das normas contidas nos parágrafos do artigo anterior, no que forem aplicáveis, e composta de nomes escolhidos dentre os Juízes de qualquer entrância.

Art. 35 - Sempre que o Tribunal de Justiça enviar ao Governador lista de promoções por merecimento, comunicar-se-lhe-á o número de votos obtidos pelos escolhidos e as vezes que tenham entrado em lista.

Art. 36 - As indicações para promoção, pelos critérios de merecimento e antigüidade, serão feitas pelo Tribunal de Justiça, em sessão e escrutínio secretos.

SEÇÃO II

DA REMOÇÃO

Art. 37 - A remoção voluntária do Juiz de Direito, de uma comarca para outra da mesma entrância, ou de uma vara para outra da mesma sede, dependerá de pedido do interessado dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça e de decisão do Conselho Superior da Magis-tratura, que indeferirá a pretensão quando inconveniente para o serviço forense.

§ 1º - Os pedidos de remoção serão formulados no prazo improrrogável de dez (10) dias, contados da data em que for publicado no Diário da Justiça o ato declaratório da vacância.

§ 1º - Os pedidos de remoção ou reclassifi cação serão formulados no prazo improrrogável de 7 (sete) dias, quando se tratar de remoção ou reclassifi cação em comarca do interior, ou de 3 (três) dias, quando de reclassifi cação na comarca da Capital, contados da data em que for pu-blicado no Diário da Justiça o ato declaratório da vacância. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

§ 2º - Se nenhum dos juízes da mesma entrância pedir remoção, poderão fazê-lo os titu-lares das entrâncias superiores.

§ 3º - Com a remoção a pedido para entrância inferior, o juiz passará a ocupar, na lista de antigüidade, a posição relativa ao tempo de anterior exercício nessa entrância, percebendo os vencimentos a ela correspondentes, mas contará o tempo de serviço já prestado na entrância superior quando para esta for novamente promovido.

§ 3º - Com a remoção a pedido para entrância inferior, o juiz passará a ocupar, na lista de antiguidade, a posição relativa ao tempo de anterior exercício nessa entrância, percebendo o subsídio a ela correspondente, mas contará o tempo de serviço já prestado na entrância superior quando para esta for novamente promovido. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 4º - Ao considerar pedidos de remoção na Comarca da Capital, o Conselho Superior da Magistratura deverá levar em conta, primeiramente, a existência de Juízes Substitutos de Desembargador ou corregedores que, nos casos previstos no Regimento Interno, devam retornar à função judicante na 3ª entrância.

Arts. 34 a 37

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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§ 4º - Ao considerar pedidos de remoção na Comarca da Capital, o Conselho Superior da Magistratura deverá levar em conta, primeiramente, a existência de Juízes Substitutos de Desembargador ou corregedores que, nos casos previstos no Regimento Interno, devam retornar à função judicante na entrância intermediária. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

§ 5º - O juiz removido a pedido ou mediante permuta terá direito ao período de trânsito, salvo se a remoção ocorrer dentro da mesma comarca.

§ 6º - Quando vacante cargo de Juiz de Direito de 1ª entrância, não havendo pedido de remoção de Juiz titular de comarca da mesma entrância com o interstício legal, ou pedido de Juiz de entrância superior, poderá o Conselho da Magistratura, reconhecendo necessidade de serviço, considerar pedido de Juiz titular da mesma entrância sem aquele interstício. (Incluído pela Lei n.º 7.964/84)

§ 6º - Quando vacante cargo de Juiz de Direito de entrância inicial, não havendo pedido de remoção de Juiz titular de comarca da mesma entrância com o interstício legal, ou pedido de Juiz de entrância superior, poderá o Conselho da Magistratura, reconhecendo necessidade de serviço, considerar pedido de Juiz titular da mesma entrância sem aquele interstício. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

§ 7º - Se, na hipótese do parágrafo anterior, o pedido apreciado for de Juiz do último con-curso realizado, na vaga deste será classifi cado Juiz de Direito Substituto de 1ª entrância se houver. (Incluído pela Lei n.º 7.964/84)

§ 7º - Se, na hipótese do parágrafo anterior, o pedido apreciado for de Juiz do último concurso realizado, na vaga deste será classifi cado Juiz de Direito Substituto de entrância inicial se houver. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

Art. 38 - A remoção compulsória ou a disponibilidade, sempre motivadas por interesse público, atraso reiterado nos julgamentos ou baixa produtividade, poderá ser decretada, em escrutínio secreto, pelo voto de dois terços (2/3) dos membros efetivos do Tribunal de Justiça, mediante representação por escrito do Conselho Superior da Magistratura, do Procurador Geral da Justiça ou de qualquer Desembargador. Ao magistrado será assegu-rado o prazo de dez (10) dias para oferecer sua defesa.

§ 1º - Em caso de remoção compulsória, não havendo vaga, o juiz fi cará em disponibilidade até ser aproveitado na primeira que ocorrer.

§ 2º - Na remoção compulsória para inferior entrância, o juiz conservará sua categoria e vantagens correspondentes.

§ 3º - Se o juiz, removido compulsoriamente, não assumir, no prazo legal, a comarca para a qual foi transferido, responderá a processo por abandono de cargo, perdendo o direito à percepção de vencimentos e demais vantagens.

§ 3º - Se o juiz, removido compulsoriamente, não assumir, no prazo legal, a comarca para a qual foi transferido, responderá a processo por abandono de cargo, perdendo o direito à percepção de subsídio e demais vantagens. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 39 - Em caso de mudança da sede do juízo ou extinção da comarca, é facultado ao juiz deslocar-se para a nova sede ou requerer remoção para comarca de igual entrância ou, ainda, pedir disponibilidade com vencimentos integrais, assegurado, em qualquer caso, o direito de promoção por antigüidade ou merecimento.

Art. 39 - Em caso de mudança da sede do juízo ou extinção da comarca, é facultado ao juiz deslocar-se para a nova sede ou requerer remoção para comarca de igual entrância ou, ainda, pedir disponibilidade com subsídio integral, assegurado, em qualquer caso, o direito de promoção por antiguidade ou merecimento. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Arts. 37 a 39

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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Art. 40 - A remoção por permuta, admissível entre Juízes de Direito da mesma entrância, dependerá de aprovação prévia do Conselho Superior da Magistratura.

SEÇÃO III

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 41 - A reintegração, que decorrerá de sentença transitada em julgado, é o retorno do magistrado ou juiz temporário ao cargo, com ressarcimento dos vencimentos e vantagens deixados de perceber em razão do afastamento, inclusive a contagem de tempo de serviço.

§ 1º - Achando-se provido o cargo no qual foi reintegrado o juiz, o seu ocupante passará à disponibilidade remunerada, até ser aproveitado.

§ 2º - Se foi extinta a comarca ou mudada a sua sede, o juiz reintegrado, caso não aceite fi xar-se na nova sede ou em comarca de igual entrância, será posto em disponibilidade remunerada.

§ 3º - O juiz reintegrado será submetido a inspeção médica e, se julgado incapaz, será apo-sentado compulsoriamente, com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegração.

Art. 41 - A reintegração, que decorrerá de sentença transitada em julgado, é o retorno do ma-gistrado ou juiz temporário ao cargo, com ressarcimento do subsídio e das vantagens deixados de perceber em razão do afastamento, inclusive a contagem de tempo de serviço. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

SEÇÃO IV

DA READMISSÃO

Art. 42 - A readmissão é o retorno, ao quadro, de magistrado exonerado, assegurada a con-tagem do tempo de serviço anterior para efeito de promoção, gratifi cações e aposentadoria.

Art. 43 - São requisitos para a readmissão:

a) - existência de vaga em comarca de 1ª entrância;

b) - idade não superior a 45 anos à data do pedido;

c) - laudo médico favorável;

d) - parecer favorável do Conselho Superior da Magistratura e decisão do Tribunal Pleno, deferindo a pretensão.

Parágrafo único - A readmissão somente será concedida no grau inicial da carreira, quando não houver candidato aprovado em concurso, em condições de nomeação.

Art. 43 - São requisitos para a readmissão: (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

a) existência de vaga; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

b) idade não superior a 45 (quarenta e cinco) anos à data do pedido; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

c) laudo médico favorável; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

d) parecer favorável do Conselho da Magistratura e decisão do Tribunal Pleno deferindo a pretensão. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Parágrafo único - A readmissão será concedida na mesma entrância em que se encontrava o Magistrado quando exonerado, em vaga a ser preenchida pelo critério de merecimento,

Arts. 40 a 43

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

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ou, em se tratando de comarca de 1ª entrância, se não houver candidato aprovado em concurso em condições de nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Parágrafo único - A readmissão será concedida na mesma entrância em que se encontrava o Magistrado quando exonerado, em vaga a ser preenchida pelo critério de merecimento, ou, em se tratando de comarca de entrância inicial, se não houver candidato aprovado em concurso em condições de nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

SEÇÃO V

DA REVERSÃO

Art. 44 - A reversão é o reingresso do Juiz de Direito aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Art. 45 - A reversão far-se-á a pedido ou de ofício, em vaga preenchível por merecimento, na entrância em que se aposentou o magistrado.

Art. 46 - São requisitos para a reversão:

a) idade não superior a 50 anos;

b) laudo médico favorável;

c) parecer favorável do Conselho Superior da Magistratura e decisão do Tribunal Pleno, deferindo a pretensão.

Art. 47 - A reversão no grau inicial da carreira somente ocorrerá se não houver candidato aprovado em concurso, em condições de nomeação.

Art. 48 - O tempo de afastamento por aposentadoria só será computado para efeito de nova aposentadoria.

SEÇÃO VI

DA DISPONIBILIDADE

Art. 49 - O magistrado em disponibilidade remunerada será classifi cado em quadro especial, provendo-se imediatamente a vaga que ocorrer.

Art. 50 - A disponibilidade, no caso do art. 39, outorga ao magistrado o direito à percepção de vencimentos e vantagens, incorporáveis na forma da lei, e à contagem de tempo de serviço como se estivesse em exercício.

Parágrafo único - No caso do art. 113, § 2º, da Constituição da República Federativa do Brasil (art. 38), a disponibilidade será decretada com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

Art. 50 - A disponibilidade, no caso do art. 39, outorga ao magistrado o direito à percepção de subsídio e vantagens, incorporáveis na forma da lei, e à contagem de tempo de serviço como se estivesse em exercício. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Parágrafo único - No caso do art. 113, § 2.º, da Constituição da República Federativa do Brasil (art. 38), a disponibilidade será decretada com subsídio proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 51 - O magistrado em disponibilidade remunerada continuará sujeito às vedações constitucionais.

Parágrafo único - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para efeito de percepção de vencimentos e gratifi cações, quando decretada a disponibilidade.

Arts. 43 a 51

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Parágrafo único - O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para efeito de percepção de subsídio e gratifi cações, quando decretada a disponibilidade. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 52 - O magistrado será colocado em disponibilidade não remunerada na hipótese prevista no art. 96 e seu parágrafo único.

SEÇÃO VII

DO APROVEITAMENTO

Art. 53 - Aproveitamento é o retorno do magistrado em disponibilidade (arts. 38, § 1º, 39, 41, §§ 1º e 2º) ao exercício efetivo do cargo.

Art. 54 - No caso do artigo anterior, o magistrado será aproveitado na comarca que ocupou pela última vez, salvo se aceitar outra, da mesma entrância, ou superior, se tiver sido promovido.

Parágrafo único - Aplicar-se-á, no aproveitamento, o disposto no § 3º do art. 41.

SEÇÃO VIII DA APOSENTADORIA

Art. 55 - A aposentadoria será compulsória, aos setenta (70) anos de idade, ou por inva-lidez comprovada, e facultativa, após trinta (30) anos de serviço público, computados na forma da lei; em todos esses casos com vencimentos integrais (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 113, § 1º).

Parágrafo único - Poderá o juiz aposentar-se com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço nos casos dos arts. 33, § 2º, e 34, § 2º.

Art. 55 - A aposentadoria será compulsória, aos 70 (setenta) anos de idade, ou por invali-dez comprovada, e facultativa, após trinta 30 (trinta) anos de serviço público, computados na forma da lei; em todos esses casos com subsídio integral (Constituição da República Federativa do Brasil, art. 113, § 1.º). (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Parágrafo único - Poderá o juiz aposentar-se com subsídio proporcional ao tempo de serviço nos casos dos arts. 33, § 2.º, e 34, § 2.º. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 56 - A aposentadoria compulsória dos magistrados e juízes temporários, por limite de idade ou invalidez, poderá ser declarada pelo Tribunal de Justiça, de ofício ou a reque-rimento do Procurador Geral da Justiça, consoante o estabelecido no Regimento Interno.

Art. 57 - Para efeito de aposentadoria, será computado integralmente o tempo de serviço de qualquer natureza em cargo ou função federal, estadual e municipal, bem assim o pres-tado a entidades autárquicas, empresas ou instituições que tenham passado à condição de órgãos do Estado.

Art. 58 - Ao advogado ou agente do Ministério Público nomeado Desembargador ou Juiz de Alçada é exigido, para a aposentadoria voluntária, a efetividade mínima de dez (10) anos na 2ª instância . .... Vetado. (REVOGADO pela Lei n.º 7.057/76)

Art. 59 - Ao advogado nomeado Desembargador ou Juiz de Alçada computar-se-á, para os efeitos le-gais, o tempo de exercício da advocacia, devidamente comprovado. (REVOGADO pela Lei n.º 7.057/76)

Art. 60 - O processo de aposentadoria dos magistrados e juízes temporários de qualquer categoria ou instância tramitará na Secretaria do Tribunal de Justiça, conforme dispuser o Regimento Interno.

Arts. 51 a 60

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Art. 61 - Decretada a aposentadoria, os magistrados e Juízes Adjuntos passarão a perceber, sem interrupção, como proventos provisórios, a importância que percebiam na atividade, até que sejam fi xados os proventos defi nitivos.

Art. 61 - Decretada a aposentadoria, os magistrados e Pretores passarão a perceber, sem interrupção, como proventos provisórios, a importância que percebiam na atividade, até que sejam fi xados os proventos defi nitivos. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 1º - Os proventos do magistrado aposentado serão pagos na mesma ocasião em que os magistrados em atividade receberem os seus vencimentos, fi gurando em folha de paga-mento organizada pela Secretaria do Tribunal de Justiça.

§ 1º - Os proventos do magistrado aposentado serão pagos na mesma ocasião em que os magistrados em atividade receberem os seus subsídios, fi gurando em folha de pagamento organizada pela Secretaria do Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 2º - Os aumentos de vencimentos e gratifi cações concedidos aos magistrados e juízes adjuntos em atividade serão acrescidos aos proventos de inatividade, mediante cálculo efetuado pela Secretaria do Tribunal de Justiça determinado pelo seu Presidente “ex offi cio” ou por despacho em requerimento do interessado.

§ 2º - Os aumentos de vencimentos e gratifi cações concedidos aos magistrados e pretores em atividade serão acrescidos aos proventos de inatividade, mediante cálculo efetuado pela Secretaria do Tribunal de Justiça determinado pelo seu Presidente “ex offi cio” ou por despacho em requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 2º - Os aumentos de subsídio e gratifi cações concedidos aos magistrados em atividade serão acrescidos aos proventos de inatividade, mediante cálculo efetuado pela Secretaria do Tribunal de Justiça determinado pelo seu Presidente “ex offi cio” ou por despacho em requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

CAPÍTULO IV

DOS VENCIMENTOS E VANTAGENS PECUNIÁRIAS

SEÇÃO I DOS VENCIMENTOS

Art. 62 - Os vencimentos dos magistrados serão constituídos pela parte básica acrescida de representação mensal.

§ 1º - A parte básica dos vencimentos, corresponde a uma parcela estabelecida por lei.

§ 2º - Os Juízes Adjuntos terão seus vencimentos fi xados na forma deste artigo, excluída a representação mensal.

Art. 62 - Os vencimentos dos magistrados serão constituídos pela parte básica acrescida de representação mensal. (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

Parágrafo único - A parte básica dos vencimentos corresponde a uma parcela estabelecida por lei. (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

§ 1º - A parte básica dos vencimentos corresponderá a uma parcela que, somada à repre-sentação mensal e ao máximo de vantagens de tempo de serviço (arts. 67 e 69), assegure ao Desembargador remuneração equivalente à percebida, em espécie, a qualquer título, pelos membros da Assembléia Legislativa do Estado. (Redação dada pela Lei n.º 9.081/90)

§ 2º - A fi xação da parte básica dos vencimentos a que se refere o parágrafo anterior, dependerá de autorização legislativa, nos termos do artigo 95, V, “b”, da Constituição do Estado. (Redação dada pela Lei n.º 9.081/90)

Art. 61

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

76

Art. 62 - Vencimento do Magistrado é a retribuição pecuniária devida pelo exercício das atividades que lhe são próprias. (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

Parágrafo único - Vetado (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

Art. 63 - A parte básica dos vencimentos, prevista no artigo anterior, será fi xada com observância dos índices de escalonamento vertical abaixo:

1 - Desembargador ............................................................................................. 100

2 - Juiz de Alçada e Juiz da Corte de Apelação ............................................................95

3 - Juiz de Direito de 4ª entrância e Auditor de 2ª entrância ...................................... 90

4 - Juiz de Direito de 3ª entrância e Auditor de 1ª entrância ...................................... 85

5 - Juiz de Direito de 2ª entrância ......................................................................... 80

6 - Juiz de Direito de 1ª entrância e Juiz de Direito Substituto ................................... 75

7 - Juiz Adjunto ..................................................................................................70 (Vide art. 13 da Lei n.º 7.288/79)

Art. 63 - A parte básica dos vencimentos, prevista no artigo anterior, será fi xada com obser-vância dos índices de escalonamento vertical abaixo: (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

1 - Desembargador ......................................................................................... 100 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

2 - Juiz de Alçada e Juiz do Tribunal Militar ....................................................... 95 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

3 - Juiz de Direito de 4ª entrância e Juiz-Auditor de 2ª entrância ............................... 90 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

4 - Juiz de Direito de 3ª entrância e Juiz-Auditor de 1ª entrância.......................... 85 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

5 - Juiz de Direito de 2ª entrância .................................................................... 80 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

6 - Juiz de Direito de 1ª entrância e Juiz-Auditor Substituto ................................ 75 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

7 - Pretor ........................................................................................................ 60 (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

Art. 63 - A parte básica dos vencimentos, prevista no artigo anterior, será fi xada com obser-vância dos seguintes índices de escalonamento vertical: (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

1 - Desembargador.......................................................................................... 100 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

2 - Juiz de Alçada e Juiz do Trib. Militar ..................................................................95 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

3 - Juiz de Direito de entrância fi nal e Juiz-Auditor de 2ª entrância .......................90 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

4 - Juiz de Direito de entrância intermediária e Juiz-Auditor de 1ª entrância ..........85 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

5 - Juiz de Direito de entrância inicial, Juiz de Direito Substituto e Juiz-Auditor Substi-tuto......................................................................................................................80 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

Art. 62

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

77

6 - Pretor ........................................................................................................ 64 (Redação dada pela Lei n.º 8.838/89)

6 - Pretor ...........................................................................................................75 (Vide art. 2º da Lei n.º 9.081/90)

Art. 63 - Os vencimentos dos Magistrados obedecerão aos índices de escalonamento vertical abaixo: (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

1 - DESEMBARGADOR ...................................................................................... 100 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

1 - DESEMBARGADOR E JUIZ DO TRIBUNAL MILITAR ....................................... 100 (Redação dada pela Lei n.º 11.315/99)

2 - JUIZ DE ALÇADA E JUIZ DO TRIBUNAL MILITAR ............................................95 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95) (SUPRIMIDO pela Lei n.º 11.315/99)

3 - JUIZ DE DIREITO DE ENTRÂNCIA FINAL E JUIZ AUDITOR DE 2ª ENTRÂNCIA .............90 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

4 - JUIZ DE DIREITO DE ENTRÂNCIA INTERMEDIÁRIA E JUIZ-AUDITOR DE 1ª ENTRÂN-CIA..............................................................................................................85 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

5 - JUIZ DE DIREITO DE ENTRÂNCIA INICIAL, JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO E JUIZ AUDITOR SUBSTITUTO ...................................................................................... 80 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

6 - PRETOR ..................................................................................................... 75 (Redação dada pela Lei n.º 10.674/95)

Art. 64 - A representação mensal a que se refere o art. 62 é constituída de uma parcela equivalente a 20% da parte básica. (Vide Leis nos 7.615/81 e 7.851/83)

Art. 64 - A representação mensal a que se refere o art. 62 será a fi xada em lei. (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84) (Vide Leis nos 8.021/85, 8.515/88, 8.686/88 e 8.873/89) (REVOGADO pela Lei n.º 10.674/95)

Parágrafo único - O Pretor perceberá, a título de representação, percentual idêntico ao atribuído ao Juiz de Direito de primeira entrância. (Redação dada pela Lei n.º 7.919/84)

Parágrafo único - O Pretor perceberá, a título de representação, percentual idêntico ao atribuído ao Juiz de Direito de entrância inicial. (Vide Lei n.º 8.838/89) (REVOGADO pela Lei n.º 10.674/95)

Art. 65 - Os vencimentos são devidos pelo efetivo exercício do cargo, salvo as exceções previstas em lei.

Art. 65 - O subsídio é devido pelo efetivo exercício do cargo, salvo as exceções previstas em lei. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

SEÇÃO II DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS

Art. 66 - São vantagens pecuniárias:

1 - Gratifi cação por tempo de serviço;

2 - Qüinqüênios;

Arts. 63 a 66

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

78

3 - Gratifi cações especiais;

4 - Indenização;

5 - Auxílio funerário;

6 - Pensão aos dependentes.

SUBSEÇÃO I GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 67 - As gratifi cações adicionais de 15% e 25%, a que fazem jus os magistrados e Juízes Adjuntos, serão calculadas sobre os vencimentos, defi nidos no art. 62 e seus parágrafos, acrescidos dos qüinqüênios, a partir da data em que completarem, respectivamente, 15 e 25 anos de efetivo exercício no serviço público.

Art. 67 - As gratificações adicionais de 15% e 25%, a que fazem jus os magistra-dos e Pretores, serão calculadas sobre os vencimentos, definidos no art. 62 e seus parágrafos, acrescidos dos qüinqüênios, a partir da data em que completarem, res-pectivamente, 15 e 25 anos de efetivo exercício no serviço público. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 67 - As gratifi cações adicionais de 15% e 25%, a que fazem jus os magistrados e Pretores, serão calculadas sobre os vencimentos, defi nidos no art. 62 e seus parágrafos, a partir da data em que completarem, respectivamente, 15 e 25 anos de efetivo exercício no serviço público. (Redação dada pela Lei n.º 8.802/89)

Art. 68 - Para o efeito de concessão das gratifi cações adicionais será computado como tempo de serviço público o previsto no Estatuto do Funcionário Público Civil do Estado.

Parágrafo único - A gratifi cação adicional de 25% será concedida acrescentando-se mais 10% aos 15% já percebidos.

SUBSEÇÃO II QÜINQÜÊNIOS

Art. 69 - Por qüinqüênio de serviço público estadual, computado na forma do artigo anterior, os Juízes receberão uma gratifi cação de 10% sobre os vencimentos, no primeiro qüinqüênio, e de 5% nos subseqüentes, até o máximo de cinco (5) qüinqüênios.

Art. 69 - Os Juízes perceberão, por quinqüênio de serviço público estadual, computado na forma prevista pelo Estatuto do Funcionário Público Civil do Estado para a concessão das gratifi cações adicionais de 15% e de 25% (art. 110, §§ 2º, 3º e 4º; art. 165), uma grati-fi cação adicional de cinco por cento, até o máximo de sete qüinqüênios, que incidirá sobre os vencimentos do cargo exercido. (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

SUBSEÇÃO III

GRATIFICAÇÕES ESPECIAIS

Art. 70 - São gratifi cações especiais as atribuídas aos Juízes, em decorrência do exercício de funções ou cargos, bem como de situações defi nidas nas disposições subseqüentes.

Parágrafo único - São gratifi cações especiais:

1º) Gratifi cação de direção;

Arts. 66 a 70

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

79

2º) Gratifi cação de substituição;

3º) Gratifi cação por exercício em comarca de difícil provimento;

4º) Gratifi cação de função.

Art. 71 - A gratifi cação de direção é concedida aos magistrados a fi m de custear os gastos decorrentes do exercício das funções inerentes aos seus cargos.

Parágrafo único - A gratifi cação de direção será calculada sobre os vencimentos (art. 62), nas seguintes bases:

Parágrafo único - A gratifi cação de direção será calculada sobre o subsídio (art. 62), nas seguintes bases: (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

1º) 25% ao Presidente do Tribunal de Justiça;

2º) 20% ao Presidente do Tribunal de Alçada e ao Vice-Presidente do Tribunal de Justiça; (Vide Lei n.º 6.997/76)

3º) 18% ao Vice-Presidente do Tribunal de Alçada e ao Corregedor Geral da Justiça.

3º) 18% ao Vice-Presidente do Tribunal de Alçada, ao Corregedor-Geral da Justiça e ao Vice-Corregedor-Geral da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 10.780/96)

3º) 18% ao Corregedor-Geral da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

4º) 5% ao Juiz de Direito Diretor do Foro, nas comarcas providas de 6 (seis) ou mais varas, e aos Juizes Regionais de Menores. (Incluído pela Lei nº 7.964/84)

4º) 5%, ao Juiz de Direito Diretor do Foro nas comarcas dotadas de três (3) ou mais varas, aos Juízes Regionais de Menores, e aos Juízes de Direito com jurisdição cumulativa nos Juizados Adjuntos de Pequenas Causas (Lei n.º 8.124, de 10.01.86, arts. 5º e 19). (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

4º) 5% ao Juiz de Direito Diretor do Foro, nas Comarcas dotadas de três ou mais Varas, aos Juízes Regionais de Menores, aos Juízes de Direito com jurisdição cumulativa nos Jui-zados Adjuntos de Pequenas Causas e ao Juiz de Direito Orientador do Programa Disque Judiciário. (Redação dada pela Lei n.º 11.006/97)

Art. 72 - O magistrado ou Juiz Adjunto que, cumulativamente com a sua função na câmara, vara ou comarca de que é titular ou designado, exercer substituição em outra câmara, vara ou comarca perceberá, como gratifi cação de substituição, importância igual a um terço (1/3) dos vencimentos do seu cargo.

Art. 72 - O magistrado ou Pretor que, cumulativamente com a sua função na câmara, vara ou comarca de que é titular ou designado, exercer substituição em outra câmara, vara ou comarca perceberá, como gratifi cação de substituição, importância igual a um terço (1/3) dos vencimentos do seu cargo. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 72 - O magistrado que, cumulativamente com a sua função na câmara, vara ou comarca de que é titular ou designado, exercer substituição ou jurisdição residual em outra câmara, vara ou comarca perceberá, como gratifi cação de substituição, importância igual a 1/3 (um terço) do subsídio do seu cargo. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 1º - A referida gratifi cação é devida pelo exercício da jurisdição plena em outra vara ou comarca, ainda que os respectivos cargos não tenham sido providos por primeira vez.

Arts. 70 a 72

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

80

§ 2º - Ao magistrado, no exercício da jurisdição residual em comarca ou vara atendida por Juiz Adjunto, é assegurada a gratifi cação de um nono (1/9) dos seus vencimentos. (REVOGADO pela Lei n.º 14.419/14)

§ 3º - Em nenhum caso o substituto perceberá mais de duas (2) gratifi cações de substi-tuição, não compreendida, na restrição, a jurisdição residual prevista no § 2º deste artigo.

§ 3º - Em nenhum caso o substituto perceberá mais de 2 (duas) gratifi cações de substi-tuição. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 73 - Anualmente, na última sessão do mês de julho, o Conselho Superior da Magistra-tura organizará a relação das comarcas de difícil provimento, estabelecendo a gratifi cação de 10% a 20% sobre os vencimentos da respectiva entrância.

Art. 73 - Anualmente, na última sessão do mês de julho, o Conselho da Magistratura organizará a relação das comarcas de difícil provimento, estabelecendo a gratifi cação prevista no art. 4.º, § 2.º, da Lei n.º 7.356, de 1.º de fevereiro de 1980. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 74 - Percebem gratifi cação de função:

1º) Os membros do Conselho Superior da Magistratura, em importância igual a um trinta avos (1/30) dos vencimentos, por sessão a que comparecerem, até o máximo de cinco (5) sessões mensais. Igual gratifi cação perceberão os membros do Tribunal de Justiça ou do Tribunal de Alçada designados para integrar comissões permanentes ou temporárias, encarregadas do estudo de matéria especifi camente indicada. Em casos excepcionais, atendendo à natureza e urgência da matéria, o Tribunal Pleno poderá autorizar a realização de até sete (7) sessões mensais;

2º) Os Juízes de Direito substitutos de Desembargador, ou convocados pelo Tribunal de Justiça, os Juízes Corregedores e os juízes designados para o Gabinete do Presidente do Tribunal de Jus-tiça, em importância igual à diferença entre o vencimento do seu cargo e o de Desembargador;

2º) Os Juízes de Direito substitutos de Desembargador, ou convocados pelo Tribunal de Justiça, os Juízes Corregedores e os juízes designados para o Gabinete do Presidente do Tribunal de Justiça, em importância igual à diferença entre o subsídio do seu cargo e o de Desembargador; (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

3º) Os Juízes de Direito convocados para atuar no Tribunal de Alçada, em importância igual à diferença entre o vencimento do seu cargo e o de Juiz de Alçada.

SUBSEÇÃO IV

DAS INDENIZAÇÕES

Art. 75 - Indenização é o quantitativo concedido aos magistrados e juízes temporários para o ressarcimento de despesas impostas pelo exercício pleno de suas atribuições.

Art. 76 - São indenizações:

1º) Diárias;

2º) Ajuda de custo;

3º) Transporte.

Art. 77 - O magistrado ou juiz temporário que se deslocar de sua sede, em objeto de serviço, terá direito a diárias, antecipadamente pagas pelo órgão competente da localidade, mediante requisição.

§ 1º - A diária será igual a um quarenta avos (1/40) da parte básica dos vencimentos.

Arts. 72 a 76

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

81

§ 2º - Quando se tratar de descolamento para fora do Estado, o valor da diária correspon-derá ao quádruplo do previsto no parágrafo anterior.

§ 3º - Quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, a diária será paga por metade.

Art. 77 - O magistrado que se deslocar de sua sede, em objeto de serviço ou para atender interesse da Administração, terá direito a diárias disponibilizadas antecipadamente, mediante re-quisição ao órgão competente, conforme regulamentação. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 1º - A diária será de até 1/40 (um quarenta avos) do subsídio mensal. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 2º - Quando se tratar de deslocamento para fora do Estado, o valor da diária será multi-plicado por coefi ciente que não supere a 2,5. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 3º - Quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, a diária poderá ser limitada à metade. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 78 - Aos juízes, quando nomeados, promovidos ou removidos compulsoriamente, será paga ajuda de custo para ressarcimento das despesas de viagem, mudança e instalação, excetuadas despesas de transporte.

Parágrafo único - O valor da ajuda de custo corresponderá a:

1º) um (1) mês de vencimentos do cargo que deverá assumir, quando o juiz não possuir dependentes ou estes não forem superiores a três (3);

1º) 1 (um) mês de subsídio do cargo que deverá assumir, quando o juiz não possuir depen-dentes ou estes não forem superiores a 3 (três); (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

2º) dois (2) meses de vencimentos, quando o juiz possuir mais de três (3) dependentes.

2º) 2 (dois) meses de subsídio, quando o juiz possuir mais de 3 (três) dependentes. (Re-dação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 79 - A ajuda de custo será paga antecipadamente e restituída caso o ato venha a ser tornado sem efeito.

§ 1º - O pagamento será feito pelo órgão competente da comarca em que o juiz estiver em exercício, mediante a apresentação do ato respectivo.

§ 2º - Não terá direito a ajuda de custo o juiz com residência no local onde passar a exercer o cargo.

Art. 80 - O juiz, nomeado, promovido ou removido compulsoriamente, tem direito a trans-porte, por conta do Estado, para si e seus familiares e respectivas bagagens.

§ 1º - A utilização de automóvel ou aeronave dependerá de autorização do Presidente do Tribunal de Justiça ou, se for o caso, do Presidente do Tribunal de Alçada.

§ 2º - Quando as despesas de que trata este artigo forem feitas pelo juiz, inclusive com a utilização de automóvel próprio, será ele indenizado mediante arbitramento do Conselho Superior da Magistratura.

§ 3º - Ao licenciado para tratamento de saúde será concedido transporte, inclusive para acompanhante, se, por exigência do laudo médico, tiver de se deslocar da sede de seu cargo.

§ 4º - Aos pretores, em caso de transferência de comarca por interesse do serviço, será concedida ajuda de custo, para despesas de transporte e mudança, até o equivalente ao valor de seus vencimentos mensais. (Incluído pela Lei n.º 7.607/81)

Arts. 77 a 80

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

82

§ 4º - Aos pretores, em caso de transferência de comarca por interesse do serviço, será concedida ajuda de custo, para despesas de transporte e mudança, até o equivalente o valor de seu subsídio mensal. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 81 - A critério do Presidente do Tribunal de Justiça, pode ser arbitrada ajuda de custo e verba para despesas de transporte ao juiz, se conveniente ao serviço a remoção a pedido.

SUBSEÇÃO V

DO AUXÍLIO FUNERÁRIO

Art. 82 - Ao cônjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros do juiz, ainda que apo-sentado ou em disponibilidade, será paga, para atender às despesas de funeral e de luto, importância igual a um (1) mês dos vencimentos ou proventos que percebia o “de cujus”.

§ 1º - Na falta das pessoas enumeradas, quem houver custeado o funeral será indenizado da despesa feita, até o montante a que se refere este artigo.

§ 2º - A despesa correrá pela dotação própria, e o pagamento será efetuado pela repartição competente, mediante apresentação da certidão de óbito e, no caso do parágrafo anterior, dos comprovantes da despesa.

Art. 82 - Ao cônjuge sobrevivente e, em sua falta, aos herdeiros do juiz, ainda que aposentado ou em disponibilidade, será paga, para atender às despesas de funeral e de luto, importância igual a 1 (um) mês do subsídio ou proventos que percebia o “de cujus”. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

SUBSEÇÃO VI DA PENSÃO

Art. 83 - Aos dependentes do magistrado ou do Juiz Adjunto que falecer é assegurada uma pensão, constituída de uma parcela familiar, igual a 65% do valor da remuneração ou pro-ventos, e mais tantas parcelas iguais a 5% do valor da mesma remuneração ou proventos, quantos forem os dependentes do “de cujus”, até o máximo de sete (7).

Art. 83 - Aos dependentes do magistrado ou do Pretor que falecer é assegurada uma pensão, constituída de uma parcela familiar, igual a 65% do valor da remuneração ou proventos, e mais tantas parcelas iguais a 5% do valor da mesma remuneração ou proventos, quantos forem os dependentes do “de cujus”, até o máximo de sete (7). (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 84 - A importância total obtida na forma do artigo anterior será rateada em quotas iguais entre os dependentes com direito à pensão, existentes ao tempo da morte do magistrado ou Juiz Adjunto.

Art. 84 - A importância total obtida na forma do artigo anterior será rateada em quotas iguais entre os dependentes com direito à pensão, existentes ao tempo da morte do ma-gistrado ou Pretor. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Parágrafo único - As pensões já concedidas serão adaptadas aos critérios estabelecidos na presente Lei.

Art. 85 - É permitida, sem quaisquer restrições, a percepção cumulativa da pensão com vencimentos, remuneração ou salário, proventos de disponibilidade ou aposentadoria.

Parágrafo único - Ficam revogadas, e sem efeito, as opções de que tratava a letra “f” do art. 377 da Lei n.º 5.256, de 02.08.1966, assegurada, no caso de pensionista ex-servidor, a readmissão, a pedido do interessado, no prazo de sessenta (60) dias, a contar da vigência desta Lei.

Arts. 80 a 84

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

83

Art. 85 - É permitida, sem quaisquer restrições, a percepção cumulativa da pensão com subsídio, remuneração ou salário, proventos de disponibilidade ou aposentadoria. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 86 - A quota da pensão se extingue:

a) por morte do pensionista;

b) para a viúva, se casar novamente;

c) para o fi lho varão que completar a maioridade, salvo os inválidos ou incapazes, e ainda os que estejam freqüentando curso de ensino superior, até o limite de 25 anos;

c) para o fi lho varão que completar a maioridade, salvo o casos de invalidez permanente; (Redação dada pela Lei n.º 8.895/89)

d) para os pensionistas inválidos, se cessar a invalidez;

e) para a fi lha mulher que contrair matrimônio ou exercer atividade remunerada ou lucrativa.

e) para a fi lha mulher aos vinte e um anos, salvo os casos de invalidez permanente. (Re-dação dada pela Lei n.º 8.895/89)

Parágrafo único - Fica assegurado o direito à pensão às fi lhas desquitadas que não exerçam atividade remunerada ou lucrativa e cuja pensão alimentícia, se houver, não exceda ao triplo do valor do salário-mínimo vigente na região.

Parágrafo único - Não terão direito à pensão as fi lhas desquitadas, separadas judicialmente ou divorciadas. (Redação dada pela Lei n.º 8.895/89)

Art. 87 - Toda vez que se extinguir uma quota da pensão proceder-se-á a novo cálculo e a novo ra-teio de benefício na forma dos arts. 83 e 84, considerados apenas os pensionistas remanescentes.

Art. 88 - A pensão será, sempre que majorados os vencimentos da magistratura, revisada na mesma proporção.

Art. 88 - A pensão será, sempre que majorado o subsídio da magistratura, revisada na mesma proporção. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 89 - O Estado completará a diferença se a pensão, paga pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, não atingir o montante previsto nesta Lei.

Art. 90 - À família do magistrado ou Juiz Adjunto, falecido em conseqüência de acidente do trabalho, moléstia relacionada com a atividade profi ssional ou agressão não provocada, no exercício ou em decorrência de suas funções, uma vez reconhecidas tais circunstâncias pelo Conselho Superior da Magistratura, o Estado assegurará pensão sempre equivalente aos vencimentos e vantagens correspondentes ao cargo que o mesmo ocupava.

Art. 90 - À família do magistrado ou Pretor, falecido em conseqüência de acidente do trabalho, moléstia relacionada com a atividade profi ssional ou agressão não provocada, no exercício ou em decorrência de suas funções, uma vez reconhecidas tais circunstâncias pelo Conselho Superior da Magistratura, o Estado assegurará pensão sempre equivalente aos vencimentos e vanta-gens correspondentes ao cargo que o mesmo ocupava. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 90 - À família do magistrado, falecido em consequência de acidente do trabalho, moléstia relacionada com a atividade profi ssional ou agressão não provocada, no exercício ou em de-corrência de suas funções, uma vez reconhecidas tais circunstâncias pelo Conselho Superior da Magistratura, o Estado assegurará pensão sempre equivalente ao subsídio e às vantagens correspondentes ao cargo que o mesmo ocupava. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Arts. 85 a 90

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975

84

SEÇÃO III DAS VANTAGENS NÃO PECUNIÁRIAS

SUBSEÇÃO I DAS FÉRIAS

Art. 91 - Os magistrados e os Juízes Adjuntos gozarão férias anuais de sessenta (60) dias, em conformidade com as normas do Código de Organização Judiciária do Estado.

Art. 91 - Os magistrados e os Pretores gozarão férias anuais de sessenta (60) dias, em conformidade com as normas do Código de Organização Judiciária do Estado. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

§ 1º - Ao juiz, antes de entrar em férias, serão pagos os estipêndios a elas correspondentes, mediante requisição à repartição pagadora.

§ 2º - As férias não poderão ser acumuladas, salvo quando, por exigência do serviço eleitoral ou de serviço comum, o juiz não tiver podido gozá-las na devida oportunidade.

SUBSEÇÃO II

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 92 - A licença para tratamento de saúde será concedida aos Desembargadores e aos juízes com exercício na capital do Estado, por portaria do Presidente do Tribunal de Justiça e, aos Juízes de Alçada, pelo respectivo Presidente, à vista de laudo expedido pelo Depar-tamento Médico Judiciário; aos juízes com exercício nas comarcas do interior, também por portaria do Presidente do Tribunal de Justiça, à vista de laudo expedido por unidade sanitária ofi cial ou médico credenciado pelo Conselho Superior da Magistratura.

Art. 93 - O juiz poderá também obter licença por motivo de doença na pessoa de ascen-dente, descendente, cônjuge ou irmão, provando, porém, ser indispensável sua assistência pessoal ao enfermo.

Parágrafo único - Os Presidentes do Tribunal de Justiça ou do Tribunal de Alçada, quando for o caso, farão expedir a portaria, à vista do laudo de inspeção de saúde e das informações prestadas pelo juiz.

Art. 94 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida com remuneração in-tegral, até três (3) meses; excedendo este prazo, com desconto de um terço (1/3), até seis (6) meses; de seis (6) até doze (12) meses, com desconto de dois terços (2/3), e, sem remuneração, quando for por tempo superior.

SUBSEÇÃO III

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 95 - Após dois anos de efetivo exercício, poderá o magistrado obter licença, sem ven-cimentos, para tratar de interesses particulares.

§ 1º - A licença não poderá ultrapassar vinte e quatro (24) meses nem ser renovada antes de decorridos dois (2) anos de seu término.

§ 2º - Sempre que a licença for por prazo superior a seis (6) meses, prover-se-á a respectiva vaga.

§ 3º - A licença será negada quando prejudicial ao serviço.

Arts. 91 a 94

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§ 4º - Salvo motivo de imperiosa necessidade, a juízo do Presidente do Tribunal, o juiz deverá aguardar no cargo a decisão do pedido de licença.

§ 5º - Quando o interesse do serviço o exigir, a licença será cassada, precedendo parecer do Conselho Superior da Magistratura.

Art. 95 - Após dois anos de efetivo exercício, poderá o magistrado obter licença, sem subsídio, para tratar de interesses particulares. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 96 - O retorno do magistrado licenciado, por conclusão ou desistência da licença, dependerá de vaga preenchível por merecimento.

Parágrafo único - Inexistindo vaga, o magistrado será colocado em disponibilidade não remunera-da, até que aquela venha a ocorrer. Não se apresentando, aplica-se o disposto no artigo seguinte.

Art. 97 - Esgotado o prazo de licença ou verifi cada a situação prevista no artigo anterior e não se apresentando o magistrado, nos trinta (30) dias subseqüentes, será instaurado o competente processo por abandono de cargo, observado o que a respeito dispuser o Regimento Interno do Tribunal de Justiça e o presente Estatuto.

SUBSEÇÃO IV

DA LICENÇA-PRÊMIO

Art. 98 - Ao magistrado que, durante dez (10) anos ininterruptos, não se houver afastado do exercício de suas funções, é assegurado o direito de gozar licença-prêmio de seis (6) meses por decênio, com todas as vantagens do cargo como se nele estivesse em exercício.

§ 1º - Para os efeitos do presente artigo não se considerará interrupção do serviço o afastamento, nos casos do art. 24 ou por motivo de licença para tratamento de saúde, até doze (12) meses, ou por motivo de doença em pessoa da família, até seis (6) meses.

§ 2º - O tempo de licença-prêmio não gozado pelo magistrado será, mediante requerimento, contado em dobro, para os efeitos de aposentadoria, gratifi cações por tempo de serviço e qüinqüênios.

SUBSEÇÃO V

DO AFASTAMENTO PARA APERFEIÇOAMENTO

Art. 99 - O Conselho Superior da Magistratura poderá conceder ao magistrado licença, por tempo não superior a doze (12) meses e sem prejuízo de sua remuneração, para afastar-se da função, a fi m de freqüentar, no país ou no exterior, cursos ou seminários de aperfeiçoamento jurídico.

Parágrafo único - O ato concessivo da licença será baixado pelo Presidente do Tribunal.

CAPÍTULO V DOS DEVERES, DOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E DA DISCIPLINA JUDICIAL

SEÇÃO I DOS DEVERES

Art. 100 - São deveres dos juízes cumprir e fazer cumprir, com independência e exação, as disposições legais vigentes, acatar as decisões e recomendações dos órgãos superiores, manter ilibada conduta pública e particular, zelando pelo prestígio da Justiça e pela dignidade de sua função.

Art. 101 - Os juízes residirão obrigatoriamente na sede das respectivas comarcas, sob pena de remoção compulsória.

Arts. 95 a 101

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Parágrafo único - Os Juízes de Paz deverão residir na sede dos distritos, salvo casos espe-ciais, a critério do Diretor do Foro.

Art. 102 - São, ainda, deveres do juiz:

I - comparecer, nos dias de atividade forense, ao Fórum, observando o que, a respeito, dispuser o Código de Organização Judiciária;

II - permanecer na sede do território sob sua jurisdição, solicitando autorização para afas-tamento ao Presidente do Tribunal de Justiça;

III - tratar com urbanidade as partes, servidores e auxiliares da Justiça e atender, a qualquer momento, quando se tratar de assunto urgente, aos que o procurarem;

IV - presidir pessoalmente às audiências e aos atos para os quais se exigir a sua presença;

V - inspecionar, pelo menos anualmente, os cartórios do foro judicial e extrajudicial, reme-tendo à Corregedoria Geral da Justiça relatório da inspeção;

VI - exercer assídua fi scalização sobre seus subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

VII - não freqüentar lugares onde sua presença possa diminuir a confi ança na Justiça.

SEÇÃO IIDOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E DA DISCIPLINA JUDICIAL

Art. 103 - A administração e a disciplina, no Judiciário, são exercidas pelos vários órgãos do Poder, na forma prevista em seus Regimentos Internos, nesta Lei e no Código de Organização Judiciária.

Parágrafo único - Os órgãos judiciários, quando for o caso, representarão aos Conselhos Superior da Magistratura, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados e da Polícia.

SUBSEÇÃO

DAS PENAS E DA SUA APLICAÇÃO

Art. 104 - São penas disciplinares: I - advertência; II - censura;

III - multa;

IV - suspensão, até sessenta (60) dias;

V - demissão;

VI - demissão, a bem do serviço público.

Art. 105 - As penas do artigo anterior são aplicadas:

I - a de advertência, verbalmente ou por escrito, sempre de forma reservada, nas infrações leves ou nos casos de negligência;

II - a de censura, por escrito ou verbalmente, na falta de cumprimento de deveres, em virtude de ato reiterado de negligência, ou procedimento público incorreto ou indecoroso, desde que a infração não seja punida com pena mais grave;

III - a de multa, até o limite de um terço (1/3) dos vencimentos, no caso de retardamento injustifi cado de ato funcional ou de sua não realização ou, ainda, no de inobservância de outras prescrições legais;

Arts. 101 a 105

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IV - a de suspensão, quando a falta for de natureza grave, e, nos casos de reincidência, se já punida com censura;

V - a de demissão, nos casos de:

a) abandono de cargo, pela interrupção do exercício das funções por mais de trinta (30) dias consecutivos, salvo os casos previstos em lei;

b) ausência do serviço, sem causa justifi cada, por mais de sessenta (60) dias, intercala-damente, durante nove (9) meses;

c) violação das proibições previstas no art. 28;

VI - a de demissão, a bem do serviço público, nos casos de:

a) procedimento irregular, falta grave ou defeito moral que incompatibilize o juiz com o desempenho do cargo;

b) incontinência pública escandalosa, vícios de jogos proibidos ou de embriaguez habitual;

c) condenação à pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação do dever inerente à função pública;

d) condenação por outro crime nos casos que determinem a perda da função pública.

§ 1º - Os juízes, punidos com a pena de suspensão, perderão todos os direitos decorrentes da efetividade, salvo os vencimentos e vantagens pecuniárias, no caso dos magistrados.

§ 2º - A pena de demissão só será aplicada aos magistrados, nos casos de perda do cargo, em virtude de sentença judicial, e aos demais juízes, com fundamento em processo admi-nistrativo ou em virtude de sentença.

§ 3º - Deverão constar do assentamento individual dos juízes as penas que lhes forem impostas, vedada a publicação das mesmas, exceto nos casos de demissão, e proibido o fornecimento de certidão a terceiros.

Art. 106 - Os juízes que, sem justa causa, deixarem de atender a qualquer exigência, para cujo cumprimento seja marcado prazo certo, fi carão sujeitos às penas dos incisos I e II do art. 104 e, no caso de reincidência, às do inciso IV do mesmo artigo.

Art. 107 - São competentes para aplicação das penas disciplinares:

I - o Tribunal Pleno, aos Desembargadores, aos Juízes de Alçada e aos juízes com exercício em segunda instância, nos casos do art. 104, e aos magistrados e juízes temporários, nos casos dos incisos V e VI, do mesmo artigo, em virtude de processo judicial;

II - as Câmaras Reunidas, os Grupos Cíveis e as Câmaras Separadas, aos juízes de primeira instância, nos casos dos incisos I, II e III do art. 104;

III - o Conselho Superior da Magistratura, nos casos dos incisos V e VI do art. 104, quando se tratar de juiz temporário e resultar de processo administrativo, bem como, nos demais casos do mesmo artigo, em relação a magistrados de primeira instância e juízes temporários;

IV - o Corregedor Geral da Justiça, nos casos dos incisos I e II do art. 104, em se tratando de juízes de primeira instância e, ainda, nos casos dos incisos I a IV, do mesmo artigo, quando se tratar de juízes temporários;

V - o Diretor do Foro, nos casos dos incisos I e II do art. 104, quando se tratar de Juízes de Paz.

Parágrafo único - Quando for aplicada a pena de demissão ou a de demissão a bem do serviço público, caberá ao Governador do Estado expedir o ato respectivo.

Arts. 105 a 107

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Art. 108 - Os juízes e tribunais, sempre que, à vista dos autos ou papéis forenses, verifi ca-rem a existência de falta ou infração cometida pelos juízes, se não lhes couber a aplicação da pena, representarão ao órgão competente, para a devida apuração de responsabilidade.

SEÇÃO III

DA AÇÃO DISCIPLINAR

Art. 109 - O Conselho Superior da Magistratura, sempre que tiver conhecimento de irre-gularidades ou faltas funcionais, praticadas por Juiz de Direito ou juiz temporário, tomará as medidas necessárias à sua apuração.

Art. 110 - Nos casos dos incisos I e II do art. 104, quando confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente a falta, a pena poderá ser aplicada, independente-mente de sindicância ou processo administrativo.

Art. 111 - A sindicância terá lugar:

I - como preliminar no processo administrativo, nos casos dos incisos IV a VI do art. 104, quando a falta funcional não se revelar evidente;

II - como condição de imposição das penas previstas nos incisos I, II e III do art. 104, fora dos casos do art. 106, e da pena prevista no inciso IV do art. 104, aos juízes temporários.

Parágrafo único - A sindicância será realizada por uma comissão de Desembargadores, eleita pelo Tribunal Pleno, quando se tratar de Desembargador, Juiz de Alçada ou Juiz em exercício na 2ª instância; pelo Corregedor Geral da Justiça, quando o sindicado for Juiz de Direito; nos demais casos poderá ser realizada por Juiz Corregedor.

Parágrafo único - A sindicância será realizada por uma comissão de Desembargadores, eleita pelo Tribunal Pleno, quando se tratar de Desembargador, Juiz de Alçada ou Juiz de Direito em exercício na segunda instância; pelo Corregedor-Geral da Justiça, quando o sindicado for Juiz de Direito de entrância fi nal; nos demais casos poderá ser realizada por Juiz-Corregedor. (Redação dada pela Lei nº 9.266/91)

Art. 112 - O processo administrativo terá lugar, obrigatoriamente, quando a falta funcional ou disciplinar possa determinar qualquer das penas previstas nos incisos IV, V e VI do art. 104 aos magistrados, e nos incisos V e VI, do mesmo artigo, aos juízes temporários.

§ 1º - O processo será presidido pelo Corregedor Geral da Justiça, quando o indiciado for Juiz de Direito; nos demais casos, poderá ser realizado por Juiz Corregedor.

§ 2º - Quando o indiciado for Desembargador, Juiz de Alçada ou juiz em exercício na 2ª instância, o processo será dirigido por uma comissão constituída de três Desembarga-dores, eleita pelo Tribunal Pleno.

Art. 113 - Quando o fato contrário à disciplina constituir, em tese, violação à lei penal, o procedimento administrativo será enviado ao Ministério Público, podendo o juiz ser suspenso preventivamente nos termos desta Lei.

Parágrafo único - Arquivado o expediente ou julgada improcedente a acusação, por não constituir infração penal, o fato será apreciado no âmbito disciplinar.

Art. 114 - Qualquer pessoa ou autoridade poderá reclamar a apuração de responsabilidade de magistrado ou juiz temporário, mediante representação que não poderá ser arquivada de plano, salvo se for manifestamente infundada ou inepta.

Arts. 108 a 114

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§ 1º - Quando não apresentada por autoridade, a representação deve ter a fi rma reconhecida.

§ 2º - A decisão que determinar o arquivamento deverá ser fundamentada.

§ 3º - O processamento do expediente será sempre em caráter sigiloso.

Art. 115 - Na sindicância, como no processo administrativo, o impedimento e a suspeição reger-se-ão pelas normas da legislação comum.

SUBSEÇÃO I

DA SINDICÂNCIA

Art. 116 - A sindicância será instaurada por portaria, mediante representação ou de ofício, e será processada sigilosamente, observado o seguinte procedimento:

I - a autoridade sindicante ouvirá o indiciado e, a seguir, assinar-lhe-á o prazo de cinco (5) dias para produzir defesa, podendo apresentar provas e arrolar testemunhas até o máximo de cinco (5);

II - colhidas as provas, a autoridade sindicante submeterá o relatório ao órgão competente, para julgamento;

III - quando se tratar de falta defi nida nos incisos I, II, III e IV do art. 104, sendo magistrado o indiciado, o Conselho Superior da Magistratura decidirá, desde logo, sobre a punição ou remeterá o expediente, para esse fi m, ao órgão competente.

Art. 117 - A sindicância não deverá ultrapassar o prazo de trinta (30) dias, podendo, em casos excepcionais, este prazo ser prorrogado por igual período.

Art. 118 - O magistrado que houver procedido à sindicância não será designado para funcionar no processo administrativo.

SUBSEÇÃO II

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 119 - O processo administrativo será instaurado por determinação do Tribunal Pleno ou do Conselho Superior da Magistratura e deverá ser concluído no prazo de sessenta (60) dias, a partir da citação do indiciado.

§ 1º - Mediante requerimento motivado da autoridade processante, o prazo a que alude o artigo poderá ser prorrogado.

§ 2º - Em caso de falta ou impedimento da autoridade processante, será indicado substituto.

Art. 120 - A instrução, que será realizada em caráter sigiloso, guardará a forma prescrita na legislação processual penal.

Parágrafo único - Nos casos omissos, serão aplicáveis ao processo administrativo as regras gerais do Código de Processo Penal.

Art. 121 - Autuada a portaria ou o ato ordenatório da instauração do processo, com as peças que o instruírem, serão designados dia e hora para a audiência inicial.

§ 1º - A citação será feita pessoalmente, com o prazo mínimo de vinte e quatro (24) horas, devendo ser entregue ao indiciado contra-fé, da qual conste cópia da portaria ou ato ordenatório da instauração do processo.

§ 2º - Estando o indiciado em lugar incerto ou não sabido, a citação far-se-á por edital, com prazo de quinze (15) dias, publicado por três (3) vezes, em dias consecutivos, no órgão ofi cial.

Arts. 114 a 121

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§ 3º - O prazo, a que se refere o parágrafo anterior, será contado da primeira publicação, certifi cando o secretário, nos autos, as datas em que ocorreram as publicações e juntando os respectivos exemplares.

Art. 122 - No dia designado, serão inquiridos o representante e o prejudicado, se houver, e as testemunhas, e, em seguida, interrogado o indiciado, que se poderá fazer acompanhar de defensor.

Parágrafo único - O defensor do indiciado não poderá intervir ou infl uir no interrogatório.

Art. 123 - Ao indiciado, a contar do interrogatório, assinar-se-á o prazo de cinco (5) dias para o oferecimento de defesa, facultando-se-lhe a produção de provas, sendo que o número de testemunhas não poderá exceder de oito (8), a serem inquiridas em audiência subseqüente.

§ 1º - Havendo mais de um indiciado no processo, o número de testemunhas de cada um não excederá de cinco (5).

§ 2º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e se o indiciado, dentro de três (3) dias, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.

Art. 124 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado, prosseguir-se-á no processo, à sua revelia, dando-se-lhe defensor, ao qual será aberto o prazo para defesa.

Art. 125 - O indiciado, depois de citado, não poderá, sob pena de revelia, mudar de residência ou dela ausentar-se, por mais de três (3) dias, sem comunicar à autoridade processante o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 126 - O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de advogado, as-sistir aos atos probatórios que se realizarem perante a autoridade processante, requerendo o que julgar conveniente à sua defesa.

Parágrafo único - A autoridade processante, com ciência do indiciado, poderá indeferir reque-rimento manifestamente protelatório ou de nenhum interesse para o esclarecimento do fato.

Art. 127 - Durante a instrução, poderá a autoridade processante ordenar qualquer diligência necessária ao esclarecimento do fato.

Parágrafo único - No caso em que se faça mister o concurso de técnicos ou peritos ofi ciais a autoridade processante os requisitará de quem de direito.

Art. 128 - É permitido à autoridade processante tomar conhecimento de argüições novas que surgirem contra o indiciado, desde que relacionadas com o fato principal, caso em que este poderá produzir outras provas em sua defesa.

Parágrafo único - Em se tratando de fato novo, a autoridade processante comunicará a ocorrência à autoridade competente, instruindo-a devidamente.

Art. 129 - Os dados da fi cha funcional do indiciado constarão sempre dos autos do processo.

Art. 130 - Encerrada a instrução, o indiciado, por dois (2) dias, terá vista dos autos, em mãos do secretário, para apresentar alegações escritas no prazo de dez (10) dias.

Art. 131 - No relatório, a autoridade processante apreciará as irregularidades e faltas funcionais imputadas ao indiciado, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou a punição, e indicando, neste caso, a pena a ser aplicada.

Parágrafo único - É facultado à autoridade processante sugerir quaisquer outras providências que lhe parecerem necessárias.

Art. 132 - Recebendo o processo, a autoridade competente proferirá julgamento dentro do prazo de trinta (30) dias, prorrogável por igual período.

Arts. 121 a 132

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§ 1º - No prazo mencionado no artigo, poderá ser determinada a realização de diligências a serem cumpridas pela autoridade processante.

§ 2º - Quando a imposição da penalidade escapar à competência do órgão, o processo será encaminhado a quem de direito.

§ 3º - No caso de demissão de juiz temporário, o parecer do Conselho Superior da Magis-tratura é vinculativo.

§ 4º - A autoridade competente, à vista do processo administrativo revelador de fato que, se apurado em processo judicial, autorizaria a condenação do magistrado à perda do cargo, remeterá os autos ao órgão do Ministério Público para os fi ns de direito.

Art. 133 - A autoridade julgadora promoverá a expedição dos atos decorrentes do julga-mento, adotando as providências necessárias à sua execução.

Parágrafo único - Ressalvado o disposto no § 3º do art. 105, as decisões serão publicadas no Diário da Justiça, dentro do prazo de oito (8) dias.

SUBSEÇÃO III

DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO

Art. 134 - No caso de abandono de cargo, instaurado o processo e feita a citação na forma do art. 121, §§ 1º e 2º, serão tomadas as declarações do indiciado, marcando-se-lhe, após, o prazo de cinco (5) dias para efeito do disposto no art. 123.

§ 1º - No caso de revelia, será aplicada a norma do disposto no art. 124.

§ 2º - Observar-se-á, no que couber, o disposto nos arts. 120 e seguintes.

SUBSEÇÃO IVDO PROCESSO POR ACUMULAÇÃO PROIBIDA

Art. 135 - No caso de acumulação não permitida em lei, instaurado o processo, proceder--se-á na forma do art. 121 e seguintes.

Art. 136 - Verifi cada a acumulação proibida e provada a boa-fé, o juiz optará por um dos cargos.

§ 1º - Provada a má-fé, será o juiz temporário demitido do cargo judiciário, devolvendo o que indebitamente houver recebido. Em relação ao outro cargo ou função pública, será comunicada a infração à autoridade competente.

§ 2º - Em se tratando de magistrado, a demissão dependerá de sentença judicial, sem prejuízo do disposto no § 4º do art. 132, se for o caso.

SUBSEÇÃO V

DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 137 - O Tribunal de Justiça, em relação aos Desembargadores, Juízes de Alçada e juízes em exercício na 2ª instância, e o Conselho Superior da Magistratura, relativamente aos Juízes de Direito e juízes temporários, poderá ordenar a suspensão preventiva de magis-trado ou juiz temporário, até trinta (30) dias, desde que a sua permanência, no cargo, atente contra o decoro da magistratura ou possa ser prejudicial à apuração dos fatos.

Arts. 132 a 137

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Parágrafo único - A suspensão poderá ser prorrogada até sessenta (60) dias, fi ndos os quais cessarão os seus efeitos. Excepcionalmente, o Tribunal Pleno ou o Conselho Superior da Magistratura, con-forme o caso, poderá prorrogar a suspensão até a ultimação do processo administrativo, desde que necessária à salvaguarda do decoro da magistratura ou dos interesses da administração da Justiça.

Art. 138 - O magistrado ou juiz temporário terá direito:

I - à contagem de tempo de serviço relativo ao período de suspensão preventiva, quando do processo não resultar punição ou quando esta se limitar às penas de advertência ou censura;

II - à contagem de tempo de serviço correspondente ao período de afastamento excedente do prazo da suspensão, quando esta for a pena aplicada.

SUBSEÇÃO VI

DOS RECURSOS DAS PENAS DISCIPLINARES

Art. 139 - Das decisões que aplicarem penas disciplinares cabem os seguintes recursos, com efeito suspensivo:

a) se a pena for aplicada por Juiz de Direito (art. 107, V), ao Corregedor Geral da Justiça;

b) se for imposta pelo Corregedor Geral, o recurso será dirigido ao Conselho Superior da Magistratura;

c) se a decisão for, originariamente, do Conselho Superior da Magistratura, das Câmaras Reu-nidas, dos Grupos Cíveis ou das Câmaras Separadas, caberá recurso para o Tribunal Pleno;

d) se a decisão houver sido proferida pelo Tribunal Pleno, originariamente, caberá pedido de reconsideração ao mesmo órgão.

§ 1º - O prazo de interposição do recurso é de dez (10) dias, a contar da data em que o interessado tiver conhecimento da imposição da pena.

§ 2º - O recurso será interposto, mediante petição fundamentada, dirigida à autoridade julgadora, que o encaminhará ao órgão julgador de segundo grau, admitido o juízo de retratação nas hipóteses das alíneas a e b deste artigo.

SUBSEÇÃO VII

DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 140 - Admitir-se-á a revisão de processo fi ndo:

I - quando a decisão for contrária ao texto expresso de lei ou à evidências dos autos;

II - quando a decisão se fundar em depoimentos, exames ou documentos falsos ou inidôneos;

III - quando, após a decisão, forem apresentadas provas de inocência do interessado ou de circunstâncias que autorizem diminuição da pena.

Parágrafo único - Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados neste artigo serão indeferidos liminarmente.

Art. 141 - Da revisão não poderá resultar a agravação da pena.

Art. 142 - A revisão poderá ser pedida pelo próprio interessado e, quando falecido, pelo côn-juge, descendente, ascendente ou irmão, que se poderão fazer representar por procurador.

Art. 143 - A revisão será processada pelo próprio órgão que proferiu a decisão, na forma de seu regimento.

Arts. 137 a 143

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Art. 144 - O requerimento será autuado e apenso ao processo, marcando a autoridade competente o prazo de dez (10) dias para que o requerente junte as provas de suas alegações.

Art. 145 - Concluída a instrução do processo, dar-se-á vista dos autos ao requerente, em mãos do secretário, pelo prazo de dez (10) dias, para razões fi nais.

Art. 146 - Decorrido esse prazo, com as razões ou sem elas, o processo será submetido a julgamento.

Art. 147 - Julgada procedente a revisão a autoridade revisora poderá absolver o acusado, alterar a classifi cação da infração, modifi car a pena imposta ou anular o processo.

§ 1º - Aplica-se o disposto no art. 41 e seus parágrafos se a pena for a de demissão.

§ 2º - Nos demais casos de procedência de revisão, o requerente será ressarcido dos pre-juízos que houver sofrido.

CAPÍTULO VIDO DIREITO DE PETIÇÃO E DOS RECURSOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

SEÇÃO I DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 148 - É assegurado ao juiz o direito de requerer, representar, reclamar e recorrer, desde que se dirija, em termos, à autoridade competente.

Parágrafo único - Sempre que esse direito for exercitado fora do Poder Judiciário, o autor enviará cópia de sua petição à Corregedoria Geral da Justiça ou ao Conselho Superior da Magistratura.

SEÇÃO II

DOS RECURSOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 149 - Cabe recurso ou reexame para o Tribunal Pleno das decisões contrárias a per-muta, readmissão ou reversão de magistrado.

Art. 150 - Dos atos indeferitórios proferidos pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça e de Alçada caberá pedido de reconsideração.

Art. 151 - Os recursos previstos neste Capítulo não têm efeito suspensivo e, salvo dispo-sição em contrário, serão interpostos pelo interessado, no prazo de dez dias, contados da ciência da decisão ou da publicação do ato administrativo no Diário da Justiça.

Art. 152 - No prazo de trinta (30) dias da publicação no Diário da Justiça, caberá pedido de reexame para o Tribunal Pleno, relativamente a errônea classifi cação na lista de antigüidade.

Art. 153 - O direito de pleitear se exaure na esfera administrativa com o julgamento dos recursos e decisão das revisões previstas nesta Lei.

TÍTULO III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 154 - Aplicam-se aos magistrados e outros juízes, no que couber e não estiver regu-lado no presente estatuto, as normas do Estatuto do Funcionário Público Civil do Estado e da legislação estadual de caráter estatutário.

Arts. 144 a 154

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Art. 155 - Os magistrados e Juízes Adjuntos terão direito a porte de arma, comprovado pela carteira de identidade, expedida de acordo com o Decreto-lei Federal n.º 9.739, de 04 de setembro de 1946.

Art. 155 - Os magistrados e Pretores terão direito a porte de arma, comprovado pela carteira de identidade, expedida de acordo com o Decreto-lei Federal n.º 9.739, de 04 de setembro de 1946. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 156 - Aos magistrado e Juízes Adjuntos é devido o tratamento de “Excelência”.

Art. 156 - Aos magistrado e Pretores é devido o tratamento de “Excelência”. (Redação dada pela Lei n.º 7.288/79)

Art. 157 - O cônjuge de juiz, se for servidor estadual, será, se o requerer, removido ou designado para a sede da comarca onde o juiz servir, sem prejuízo de quaisquer vanta-gens ou direitos. Não havendo vaga, será adido ou posto à disposição de qualquer serviço público estadual.

Parágrafo único - Não incide o disposto neste artigo quando o cônjuge também for juiz.

Art. 158 - Vetado

Art. 158 - Aos pretores que houverem solicitado exoneração de cargo estadual exercido em caráter efetivo, a fi m de ingressarem como juízes temporários, bem como aos Juízes de Direito não confi rmados no estágio probatório, fi ca assegurado, ao término do prazo de sua investidura, se o requererem dentro de 90 dias, direito à readmissão no cargo anterior-mente titulado, na primeira vaga que vier a ocorrer. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 159 - Aplicam-se aos membros da Justiça Militar do Estado, no que couber, as dispo-sições deste Estatuto.

Art. 160 - Fica assegurada aos magistrados, inclusive inativos, a percepção cumulativa das gratifi cações adicionais de 15% e 25%, desde que tenham adquirido o direito respectivo na forma da legislação anterior.

Art. 161 - As despesas decorrentes da aplicação da presente Lei serão atendidas por verbas orçamentárias próprias.

Art. 162 - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 163 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 2 de dezembro de 1975.

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa.

Arts. 155 a 163

ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES

PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, DE 3 DE FEVEREIRO DE 1994.

ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098/1994

Título I - Das disposições preliminares (arts. 1º a 9º) ............................................ 101

Título II - Do provimento, promoção, vacância, remoção e redistribuição ................. 102

Capítulo I - Do provimento (art. 10) .................................................................... 102

Capítulo II - Do recrutamento e seleção ............................................................... 102

Seção I - Disposições gerais (art. 11) ............................................................. 102

Seção II - Do concurso público (arts. 12 a 15) ................................................. 103

Capítulo III - Da nomeação (art. 16) ................................................................... 103

Capítulo IV - Da lotação (art. 17) ........................................................................ 104

Capítulo V - Da posse (arts. 18 a 21) .................................................................. 104

Capítulo VI - Do exercício (arts. 22 a 27) ............................................................. 104

Capítulo VII - Do estágio probatório (arts. 28 e 29) ............................................... 106

Capítulo VIII - Da estabilidade (arts. 30 e 31) ...................................................... 107

Capítulo IX - Do regime de trabalho (arts. 32 a 34) ............................................... 107

Capítulo X - Da promoção (arts. 35 a 38) ............................................................ 107

Capítulo XI - Da readaptação (arts. 39 a 42) ........................................................ 108

Capítulo XII - Da reintegração (art. 43) ............................................................... 108

Capítulo XIII - Da reversão (arts. 44 a 48) ........................................................... 109

Capítulo XIV - Da disponibilidade e do aproveitamento .......................................... 109

Seção I - Da disponibilidade (arts. 49 e 50) ..................................................... 109

Seção II - Do aproveitamento (arts. 51 a 53) .................................................. 110

Capítulo XV - Da recondução (art. 54) ................................................................. 110

Capítulo XVI - Da vacância (arts. 55 a 57) ........................................................... 110

Capítulo XVII - Da remoção e da redistribuição ..................................................... 111

Seção I - Da remoção (arts. 58 e 59) ............................................................. 111

Seção II - Da redistribuição (art. 60) .............................................................. 111

Capítulo XVIII - Da substituição (art. 61) ............................................................. 111

Título III - Dos direitos e vantagens .................................................................... 112

Capítulo I - Do tempo de serviço (arts. 62 a 66) ................................................... 112

Capítulo II - Das férias (arts. 67 a 77) ................................................................. 113

Capítulo III - Do vencimento e da remuneração (arts. 78 a 84) ............................... 114

Capítulo IV - Das vantagens (arts. 85 a 88) ......................................................... 115

Seção I - Das indenizações (art. 89) .............................................................. 116

Subseção I - Da ajuda de custo (arts. 90 a 94) ........................................... 116

Subseção II - Das diárias (arts. 95 a 97) .................................................... 117

Subseção III - Da indenização de transporte (art. 98) .................................. 117

Seção II - Dos avanços (art. 99) .................................................................... 118

Seção III - Das gratifi cações e adicionais (art. 100) .......................................... 118

Subseção I - Da gratifi cação por exercício de função (arts. 101 a 103) ........... 118

Subseção II - Da gratifi cação natalina (arts. 104 a 106) ............................... 120

Subseção III - Da gratifi cação por exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas (arts. 107 a 109) ................................................................... 121

Subseção IV - Da gratifi cação por exercício de serviço extraordinário (arts. 110 a 112) .................................................................................... 121

Subseção V - Da gratifi cação por serviço noturno (art. 113) ......................... 122

Subseção VI - Da gratifi cação de permanência em serviço (art. 114) ............. 122

Subseção VII - Do adicional por tempo de serviço (arts. 115 a 117) .............. 123

Subseção VIII - Do abono familiar (arts. 118 a 120) .................................... 123

Seção IV - Dos honorários e jetons (arts. 121 e 122) ....................................... 124

Capítulo V - Das concessões ............................................................................... 124

Seção I - Das vantagens ao servidor estudante ou participante de cursos, congressos e similares (arts. 123 a 126) ......................................................... 124

Seção II - Da assistência a fi lho excepcional (art. 127) ..................................... 125

Capítulo VI - Das licenças .................................................................................. 125

Seção I - Disposições gerais (arts. 128 e 129) ................................................. 125

Seção II - Da licença para tratamento de saúde (arts. 130 a 134) ...................... 126

Seção III - Da licença por acidente em serviço (arts. 135 a 138) ........................ 127

Seção IV - Da licença por motivo de doença em pessoa da família (arts. 139 e 140) ......................................................................................... 127

Seção V - Da licença à gestante, à adotante e à paternidade (arts. 141 a 144) .... 128

Seção VI - Da licença para prestação de serviço militar (art. 145) ...................... 129

Seção VII - Da licença para tratar de interesses particulares (art. 146) ............... 129

Seção VIII - Da licença para acompanhar o cônjuge (arts. 147 e 148) ................ 129

Seção IX - Da licença para o desempenho de mandato classista (art. 149) .......... 130

Seção X - Da licença-prêmio por assiduidade (arts. 150 a 153) .......................... 130

Seção XI - Da licença para concorrer a mandato público eletivo e exercê-lo (arts. 154 a 156) ......................................................................................... 131

Seção XII - Da licença especial para fi ns de aposentadoria (art. 157) .................. 131

Capítulo VII - Da aposentadoria (arts. 158 a 166) ................................................. 132

Capítulo VIII - Do direito de petição (arts. 167 a 176) ........................................... 133

Título IV - Do regime disciplinar ......................................................................... 135

Capítulo I - Dos deveres do servidor (art. 177) ..................................................... 135

Capítulo II - Das proibições (art. 178) ................................................................. 136

Capítulo III - Da acumulação (arts. 179 a 182) ..................................................... 137

Capítulo IV - Das responsabilidades (arts. 183 a 186) ........................................... 137

Capítulo V - Das penalidades (arts. 187 a 197) ..................................................... 138

Título V - Do processo administrativo disciplinar ................................................... 142

Capítulo I - Das disposições gerais (arts. 198 a 200) ............................................. 142

Capítulo II - Da sindicância (arts. 201 a 203) ....................................................... 142

Capítulo III - Do afastamento preventivo (art. 204) .............................................. 143

Capítulo IV - Do processo administrativo disciplinar em espécie (arts. 205 a 223) ..... 143

Capítulo V - Do inquérito administrativo ............................................................... 146

Seção I - Das disposições gerais (arts. 224 a 227) ........................................... 146

Seção II - Dos atos e termos processuais (arts. 228 a 246) ............................... 146

Capítulo VI - Do processo por abandono de cargo ou por ausências excessivas ao serviço (arts. 247 e 248) .............................................................................. 150

Capítulo VII - Da revisão do processo (arts. 249 a 254) ......................................... 151

Título VI - Da previdência e assistência ao servidor (arts. 255 a 260) ...................... 151

Título VII - Da contratação temporária de excepcional interesse público (art. 261) .... 152

Título VIII - Das disposições gerais, transitórias e fi nais ......................................... 153

Capítulo I - Das disposições gerais (arts. 262 a 275) ............................................. 153

Capítulo II - Das disposições transitórias e fi nais (arts. 276 a 289) .......................... 154

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do RGS – Lei Complementar nº 10.098/1994

101

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.098, DE 3 DE FEVEREIRO DE 1994.(ATUALIZADA ATÉ A LEI COMPLEMENTAR N.º 13.925, DE 17 DE JANEIRO DE 2012)

Dispõe sobre o estatuto e regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta lei dispõe sobre o estatuto e o regime jurídico dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul, excetuadas as categorias que, por disposição constitucional, devam reger-se por estatuto próprio.

Art. 2º - Para os efeitos desta lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º - Cargo público é o criado por lei, em número certo, com denominação própria, consistindo em conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, me-diante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.

Art. 4º - Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais para a investidura, são de provimento efetivo e em comissão.

Art. 4º - Os cargos públicos estaduais, acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais para a investidura e aos estrangeiros na forma da Lei Complementar, são de provimento efetivo e em comissão. (Redação dada pela Lei n.º 13.763/11)

§ 1º - Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não serão organizados em carreira.

§ 2º - Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções gratifi cadas, com atribui-ções defi nidas de chefi a, assistência e assessoramento, serão exercidos por servidores do quadro permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profi ssionais, nos casos e condições previstos em lei.

Art. 5º - Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções de grau a grau, mediante aplicação de critérios alternados de merecimento e antigüidade.

Parágrafo único - Poderão ser criados cargos isolados quando o número não comportar a organização em carreira.

Art. 6º - A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo único - A investidura de que trata este artigo ocorrerá com a posse. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 7º - São requisitos para ingresso no serviço público:

I - possuir a nacionalidade brasileira;

II - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;

III - ter idade mínima de dezoito anos;

IV - possuir aptidão física e mental;

V - estar em gozo dos direitos políticos;

VI - ter atendido às condições prescritas para o cargo.

§ 1º - De acordo com as atribuições peculiares do cargo, poderão ser exigidos outros requisitos a serem estabelecidos em lei.

Arts. 1º a 7º

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do RGS – Lei Complementar nº 10.098/1994

102

§ 2º - A comprovação de preenchimento dos requisitos mencionados no “caput” dar-se-á por ocasião da posse. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 3º - Para efeitos do disposto no inciso IV do “caput” deste artigo será permitido o ingresso no serviço público estadual de candidatos portadores das doenças referidas no § 1º, do artigo 158 desta Lei, desde que: (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.836/02)

I - apresentem capacidade para o exercício da função pública para a qual foram selecionados, no momento da avaliação médico-pericial; (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.836/02)

II - comprovem, por ocasião da avaliação para ingresso e no curso do estágio probatório, acompanhamento clínico e adesão ao tratamento apropriado nos padrões de indicação cientí-fi ca aprovados pelas autoridades de saúde. (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.836/02)

Art. 8º - Precederá sempre, ao ingresso no serviço público estadual, a inspeção médica realizada pelo órgão de perícia ofi cial.

§ 1º - Poderão ser exigidos exames suplementares de acordo com a natureza de cada cargo, nos termos da lei.

§ 2º - Os candidatos julgados temporariamente inaptos poderão requerer nova inspeção médica, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data que dela tiverem ciência.

Art. 9º - Integrará a inspeção médica de que trata o artigo anterior, o exame psicológico, que terá caráter informativo. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legis-lativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

TÍTULO IIDO PROVIMENTO, PROMOÇÃO, VACÂNCIA, REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

Art. 10 - São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - readaptação;

III - reintegração;

IV - reversão;

V - aproveitamento;

VI - recondução.

CAPÍTULO IIDO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11 - O recrutamento é geral e destina-se a selecionar candidatos, através de concurso público para preenchimento de vagas existentes no quadro de lotação de cargos dos órgãos integrantes da estrutura organizacional do Estado.

Arts. 7º a 11

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do RGS – Lei Complementar nº 10.098/1994

103

SEÇÃO II DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 12 - O concurso público tem como objetivo selecionar candidatos à nomeação em cargos de provimento efetivo, podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do regulamento.

§ 1º - As condições para a realização do concurso serão fi xadas em edital, que será publi-cado no Diário Ofi cial do Estado e em jornal de grande circulação.

§ 2º - Não fi carão sujeitos a limite de idade os ocupantes de cargos públicos estaduais de provimento efetivo. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 3º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específi cos exigidos para o exercício do cargo.

§ 4º - Serão considerados como títulos somente os cursos ou atividades desempenhadas pelos candidatos, se tiverem relação direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo que os pontos a eles correspondentes não poderão somar mais de vinte e cinco por cento do total dos pontos do concurso.

§ 5º - Os componentes da banca examinadora deverão ter qualifi cação, no mínimo, igual à exigida dos candidatos, e sua composição deverá ser publicada no Diário Ofi cial do Estado.

Art. 13 - O desempate entre candidatos aprovados no concurso em igualdade de condições, obedecerá aos seguintes critérios:

I - maior nota nas provas de caráter eliminatório, considerando o peso respectivo;

II - maior nota nas provas de caráter classifi catório, se houver, prevalecendo a que tiver maior peso;

III - sorteio público, que será divulgado através de edital publicado na imprensa, com antecedência mínima de 3 (três) dias úteis da sua realização.

Art. 14 - O prazo de validade do concurso será de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período, no interesse da Administração.

Parágrafo único - Enquanto houver candidatos aprovados em concurso público com prazo de validade não expirado, em condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso para o mesmo cargo. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 15 - Às pessoas portadoras de defi ciência é assegurado o direito de concorrer nos concursos públicos para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com a defi ciência de que são portadoras.

Parágrafo único - A lei reservará percentual de cargos e defi nirá critérios de admissão das pessoas nas condições deste artigo.

CAPÍTULO III DA NOMEAÇÃO

Art. 16 - A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de candidato aprovado em concurso público para provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado;

Arts. 12 a 16

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104

II - em comissão, quando se tratar de cargo de confi ança de livre exoneração.

Parágrafo único - A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de clas-sifi cação dos aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.

CAPÍTULO IV DA LOTAÇÃO

Art. 17 - Lotação é a força de trabalho qualitativa e quantitativa de cargos nos órgãos em que, efetivamente, devam ter exercício os servidores, observados os limites fi xados para cada repartição ou unidade de trabalho.

§ 1º - A indicação do órgão, sempre que possível, observará a relação entre as atribuições do cargo, as atividades específi cas da repartição e as características individuais apresen-tadas pelo servidor.

§ 2º - Tanto a lotação como a relotação poderão ser efetivadas a pedido ou “ex-offi cio”, atendendo ao interesse da Administração.

§ 3º - Nos casos de nomeação para cargos em comissão ou designação para funções gra-tifi cadas, a lotação será compreendida no próprio ato.

CAPÍTULO V DA POSSE

Art. 18 - Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado.

§ 1º - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fl uir a partir do término do afastamento.

§ 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração específi ca.

§ 3º - No ato da posse, o servidor deverá apresentar declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

Art. 19 - A autoridade a quem couber dar posse verifi cará, sob pena de responsabilidade, se foram cumpridas as formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.

Art. 20 - Se a posse não se der no prazo referido no artigo 18, será tornada sem efeito a nomeação.

Art. 21 - São competentes para dar posse:

I - o Governador do Estado, aos titulares de cargos de sua imediata confi ança;

II - os Secretários de Estado e os dirigentes de órgão diretamente ligados ao chefe do Poder Executivo, aos seus subordinados hierárquicos.

CAPÍTULO VI DO EXERCÍCIO

Art. 22 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data da posse.

Arts. 16 a 22

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105

§ 1º - Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que não entrar em exercício no prazo estabelecido neste artigo.

§ 2º - Compete à chefi a imediata da unidade administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe exercício e providenciar nos elementos necessários à complementação de seus assentamentos individuais.

§ 3º - A readaptação e a recondução, bem como a nomeação em outro cargo, com a con-seqüente exoneração do anterior, não interrompem o exercício.

§ 4º - O prazo de que trata este artigo, para os casos de reintegração, reversão e aprovei-tamento, será contado a partir da publicação do ato no Diário Ofi cial do Estado.

Art. 23 - O servidor removido ou redistribuído “ex-offi cio”, que deva ter exercício em outra localidade, terá 15 (quinze) dias para entrar em exercício, incluído neste prazo, o tempo necessário ao deslocamento para a nova sede.

Parágrafo único - Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado do exercício do cargo, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.

Art. 24 - A efetividade do servidor será comunicada ao órgão competente mensalmente, por escrito, na forma do regulamento.

Parágrafo único - A aferição da freqüência do servidor, para todos os efeitos, será apurada através do ponto, nos termos do regulamento.

Art. 25 - O servidor poderá afastar-se do exercício das atribuições do seu cargo no serviço público estadual, mediante autorização do Governador, nos seguintes casos:

I - colocação à disposição;

II - estudo ou missão científi ca, cultural ou artística;

III - estudo ou missão especial de interesse do Estado.

§ 1º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outros órgãos da administração direta, autarquias ou fundações de direito público do Estado, para exercer função de confi ança.

§ 2º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de outras entidades da adminis-tração indireta do Estado ou de outras esferas governamentais, para o exercício de cargo ou função de confi ança.

§ 3º - Ficam dispensados da exigência do exercício de cargo ou função de confi ança, prevista nos parágrafos anteriores: (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

I - os afastamentos de servidores para o Sistema Único de Saúde; (Incluído pela Lei Com-plementar n.º 10.727/96)

II - os afastamentos nos casos em que haja necessidade comprovada e inadiável do serviço, para o exercício de funções correlatas às atribuições do cargo, desde que haja previsão em convênio. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

§ 3º - Do pedido de afastamento do servidor deverá constar expressamente o objeto do mesmo, o prazo de sua duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem.

§ 4º - Do pedido de afastamento do servidor deverá constar expressamente o objeto do mesmo, o prazo de sua duração e, conforme o caso, se é com ou sem ônus para a origem. (Renumerado pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

Arts. 22 a 25

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106

Art. 26 - Salvo nos casos previstos nesta lei, o servidor que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecutivos será demitido por abandono de cargo, com base em resultado apurado em inquérito administrativo.

Art. 27 - O servidor preso para perquirição de sua responsabilidade em crime comum ou funcional será considerado afastado do exercício do cargo, observado o disposto no inciso IV do artigo 80.

§ 1º - Absolvido, terá considerado este tempo como de efetivo exercício, sendo-lhe ressar-cidas as diferenças pecuniárias a que fi zer jus.

§ 2º - No caso de condenação, e se esta não for de natureza que determine a demissão, continuará afastado até o cumprimento total da pena.

CAPÍTULO VII

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 28 - Estágio probatório é o período de 2 (dois) anos em que o servidor, nomeado em caráter efetivo, fi cará em observação e durante o qual será verifi cada a conveniência ou não de sua confi rmação no cargo, mediante a apuração dos seguintes requisitos: (Vide art. 6.º da Emenda Constitucional Federal n.º 19/98)

I - disciplina;

II - efi ciência;

III - responsabilidade;

IV - produtividade;

V - assiduidade.

Parágrafo único - Os requisitos estabelecidos neste artigo, os quais poderão ser desdobrados em outros, serão apurados na forma do regulamento.

Art. 29 - A aferição dos requisitos do estágio probatório processar-se-á no período máximo de até 20 (vinte) meses, a qual será submetida à avaliação da autoridade competente, servindo o período restante para aferição fi nal, nos termos do regulamento.

§ 1º - O servidor que apresente resultado insatisfatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do artigo 54. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 2º - Antes da formalização dos atos de que trata o § 1º, será dada ao servidor vista do processo correspondente, pelo prazo de 5 (cinco) dias, para, querendo, apresentar sua defesa, que será submetida, em igual prazo, à apreciação do órgão competente. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 3º - Em caso de recusa do servidor em ser cientifi cado, a autoridade poderá valer-se de testemunhas do próprio local de trabalho ou, em caso de inassiduidade, a cientifi cação poderá ser por correspondência registrada. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Arts. 26 a 29

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107

CAPÍTULO VIII DA ESTABILIDADE

Art. 30 - O servidor nomeado em virtude de concurso, na forma do artigo 12, adquire estabilidade no serviço público, após dois anos de efetivo exercício, cumprido o estágio probatório. (Vide art. 6.º da Emenda Constitucional Federal n.º 19/98)

Art. 31 - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, ou mediante processo administrativo em que lhe tenha sido asse-gurada ampla defesa.

CAPÍTULO IX

DO REGIME DE TRABALHO

Art. 32 - O Governador do Estado determinará, quando não discriminado em lei ou regu-lamento, o horário de trabalho dos órgãos públicos estaduais.

Art. 33 - Por necessidade imperiosa de serviço, o servidor poderá ser convocado para cumprir serviço extraordinário, desde que devidamente autorizado pelo Governador. (Vide Lei Complementar n.º 11.649/01)

§ 1º - Consideram-se extraordinárias as horas de trabalho realizadas além das normais estabelecidas por jornada diária para o respectivo cargo.

§ 2º - O horário extraordinário de que trata este artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) da carga horária diária a que estiver sujeito o servidor.

§ 3º - Pelo serviço prestado em horário extraordinário, o servidor terá direito a remunera-ção, facultada a opção em pecúnia ou folga, nos termos da lei.

Art. 34 - Considera-se serviço noturno o realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, observado o previsto no artigo 113.

Parágrafo único - A hora de trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

CAPÍTULO X

DA PROMOÇÃO

Art. 35 - Promoção é a passagem do servidor de um grau para o imediatamente superior, dentro da respectiva categoria funcional.

Art. 36 - As promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreira, obedecerão aos critérios de merecimento e antigüidade, alternadamente, na forma da lei, que deverá assegurar critérios objetivos na avaliação do merecimento.

Art. 37 - Somente poderá concorrer à promoção o servidor que:

I - preencher os requisitos estabelecidos em lei;

II - não tiver sido punido nos últimos 12 (doze) meses com pena de suspensão, convertida, ou não em multa.

Art. 38 - Será anulado, em benefício do servidor a quem cabia por direito, o ato que for-malizou indevidamente a promoção.

Arts. 30 a 38

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Parágrafo único - O servidor a quem cabia a promoção receberá a diferença de retribuição a que tiver direito.

CAPÍTULO XI

DA READAPTAÇÃO

Art. 39 - Readaptação é a forma de investidura do servidor estável em cargo de atribuições e responsabilidades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, podendo ser processada a pedido ou “ex-offi cio”.

§ 1º - A readaptação será efetivada, sempre que possível, em cargo compatível com a aptidão do servidor, observada a habilitação e a carga horária exigidas para o novo cargo.

§ 2º - A verifi cação de que o servidor tornou-se inapto para o exercício do cargo ocupado, em virtude de modifi cações em sua aptidão vocacional ou no seu estado físico ou psíquico, será realizada pelo órgão central de recursos humanos do Estado que à vista de laudo médico, estudo social e psicológico, indicará o cargo em que julgar possível a readaptação.

§ 3º - Defi nido o cargo, serão cometidas as respectivas atribuições ao servidor em estágio experimental, pelo órgão competente, por prazo não inferior a 90 (noventa) dias, o que poderá ser realizado na mesma repartição ou em outra, atendendo, sempre que possível, às peculiaridades do caso, mediante acompanhamento sistemático.

§ 4º - No caso de inexistência de vaga, serão cometidas ao servidor as atribuições do cargo indicado, até que se disponha deste para o regular provimento.

Art. 40 - Se o resultado da inspeção médica concluir pela incapacidade para o serviço público, será determinada a aposentadoria do readaptando.

Art. 41 - Em nenhuma hipótese poderá a readaptação acarretar aumento ou diminuição da remuneração do servidor, exceto quando se tratar da percepção de vantagens cuja natureza é inerente ao exercício do novo cargo.

Parágrafo único - Realizando-se a readaptação em cargo de padrão de vencimento inferior, fi cará assegurada ao servidor a remuneração correspondente à do cargo que ocupava anteriormente.

Art. 42 - Verifi cada a adaptabilidade do servidor no cargo e comprovada sua habilitação será formalizada sua readaptação, por ato de autoridade competente.

Parágrafo único - O órgão competente poderá indicar a delimitação de atribuições no novo cargo ou no cargo anterior, apontando aquelas que não podem ser exercidas pelo servidor e, se necessário, a mudança de local de trabalho.

CAPÍTULO XII

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 43 - Reintegração é o retorno do servidor demitido ao cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua transformação, em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de prejuízos decorrentes do afastamento.

§ 1º - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

Arts. 38 a 43

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§ 2º - Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor fi cará em disponibilidade, obser-vado o disposto nos artigos 51 a 53.

§ 3º - O servidor reintegrado será submetido à inspeção médica e, verifi cada a incapaci-dade para o serviço público, será aposentado.

CAPÍTULO XIII DA REVERSÃO

Art. 44 - Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez, quando verifi cada, por junta médica ofi cial, a insubsistência dos motivos determinantes da apo-sentadoria.

§ 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição correspondente à situação funcional que detinha anteriormente à aposentadoria.

§ 2º - Ao servidor que reverter, aplicam-se as disposições dos artigos 18 e 22, relativas à posse e ao exercício, respectivamente.

Art. 45 - A reversão far-se-á, a pedido ou “ex-offi cio”, no mesmo cargo ou no resultante de sua transformação.

Art. 46 - O servidor com mais de 60 (sessenta) anos não poderá ter processada a sua reversão.

Art. 47 - O servidor que reverter não poderá ser aposentado antes de decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício, salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite defi nitivamente ou for invalidado em conseqüência de acidente ou de agressão não-provocada no exercício de suas atribuições.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo, não será computado o tempo em que o servidor, após a reversão, tenha se licenciado em razão da mesma moléstia.

Art. 48 - O tempo em que o servidor esteve aposentado será computado, na hipótese de reversão, exclusivamente para fi ns de nova aposentadoria.

CAPÍTULO XIVDA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

SEÇÃO IDA DISPONIBILIDADE

Art. 49 - A disponibilidade decorrerá da extinção do cargo ou da declaração da sua des-necessidade.

Parágrafo único - O servidor estável fi cará em disponibilidade até seu aproveitamento em outro cargo.

Art. 50 - O provento da disponibilidade será igual ao vencimento do cargo, acrescido das vantagens permanentes.

Parágrafo único - O servidor em disponibilidade será aposentado se, submetido à inspeção médica, for declarado inválido para o serviço público.

Arts. 43 a 50

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SEÇÃO IIDO APROVEITAMENTO

Art. 51 - Aproveitamento é o retorno à atividade do servidor em disponibilidade e far-se-á, obrigatoriamente, em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 52 - O órgão central de recursos humanos poderá indicar o aproveitamento do servidor em disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública estadual, na forma do regulamento.

Art. 53 - Salvo doença comprovada por junta médica ofi cial, será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO XVDA RECONDUÇÃO

Art. 54 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - obtenção de resultado insatisfatório em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante do cargo.

Parágrafo único - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, com a natureza e vencimento compatíveis com o que ocupara, observado o disposto no artigo 52. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

CAPÍTULO XVIDA VACÂNCIA

Art. 55 - A vacância do cargo decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - readaptação;

IV - aposentadoria;

V - recondução;

VI - falecimento.

Parágrafo único - A abertura da vaga ocorrerá na data da publicação da lei que criar o cargo ou do ato que formalizar qualquer das hipóteses previstas neste artigo.

Art. 56 - A exoneração dar-se-á:

I - a pedido do servidor;

II - “ex-offi cio”, quando:

a) se tratar de cargo em comissão, a critério da autoridade competente;

Arts. 51 a 56

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b) não forem satisfeitas as condições do estágio probatório.

Art. 57 - A demissão decorrerá de aplicação de pena disciplinar na forma prevista em lei.

CAPÍTULO XVII DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

SEÇÃO I DA REMOÇÃO

Art. 58 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou “ex-offi cio”, com ou sem mudança de sede:

I - de uma repartição para outra;

II - de uma unidade de trabalho para outra, dentro da mesma repartição.

§ 1º - Deverá ser sempre comprovada por junta médica, a remoção, a pedido, por motivo de saúde do servidor, do cônjuge deste ou dependente, mediante prévia verifi cação da existência de vaga.

§ 2º - Sendo o servidor removido da sede, dar-se-á, sempre que possível, a remoção do cônjuge, que for também servidor estadual; não sendo possível, observar-se-á o disposto no artigo 147.

Art. 59 - A remoção por permuta será processada a pedido de ambos os interessados, ouvidas, previamente, as chefi as envolvidas.

SEÇÃO II

DA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 60 - Redistribuição é o deslocamento do servidor com o respectivo cargo, de um quadro de pessoal ou entidade para outro do mesmo Poder, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos. (Vide Leis n.os 11.407/00 e 13.422/10)

§ 1º - Dar-se-á, exclusivamente, a redistribuição, para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, na forma da lei.

§ 2º - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, nos termos deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma do artigo 51.

§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos cargos defi nidos em lei como de lotação privativa. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

CAPÍTULO XVIII

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 61 - Os servidores investidos em cargos em comissão ou funções gratifi cadas terão substitutos, durante seus afastamentos ou impedimentos eventuais, previamente designados pela autoridade competente.

Arts. 56 a 61

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Parágrafo único - O substituto fará jus ao vencimento do cargo ou função na proporção dos dias de efetiva substituição iguais ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos, computáveis para os efeitos dos artigos 102 e 103 desta lei.

TÍTULO III

DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO IDO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 62 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, considerados estes como período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Art. 63 - Os dias de efetivo exercício serão computados à vista dos comprovantes de pagamento, ou dos registros funcionais.

Art. 64 - São considerados de efetivo exercício os afastamentos do serviço em virtude de:

I - férias;

II - casamento, até 8 (oito) dias consecutivos;

III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, madrasta ou padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias;

IV - doação de sangue, 1 (um) dia por mês, mediante comprovação;

V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para efeito de promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção por merecimento;

VIII - missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento houver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da retribuição pecuniária;

IX - deslocamento para nova sede na forma do artigo 58;

X - realização de provas, na forma do artigo 123;

XI - assistência a fi lho excepcional, na forma do artigo 127;

XII - prestação de prova em concurso público;

XIII - participação em programas de treinamento regularmente instituído, correlacionado às atribuições do cargo;

XIV - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família, com remuneração;

c) prêmio por assiduidade;

d) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada ou doença profi ssional;

Arts. 61 a 64

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e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

f) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por mereci-mento;

g) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo da retribuição;

XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante pronta comunicação à chefi a imediata;

XVI - participação de assembléias e atividades sindicais.

Parágrafo único - Constitui tempo de serviço, para todos os efeitos legais, o anteriormente prestado ao Estado pelo servidor que tenha ingressado sob a forma de contratação, admissão, nomeação, ou qualquer outra, desde que comprovado o vínculo regular.

Art. 65 - Computar-se-á integralmente, para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo:

I - de serviço prestado pelo servidor em função ou cargo público federal, estadual ou municipal;

II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares prestado durante a paz, computando--se em dobro o tempo em operação de guerra, na forma da lei;

III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, anterior ao ingresso no serviço público estadual;

IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à previdência social, observada a compensação fi nanceira entre os diversos sistemas previdenciários segundo os critérios estabelecidos em lei;

V - em que o servidor:

a) esteve em disponibilidade;

b) já esteve aposentado, quando se tratar de reversão.

Art. 66 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função em órgão ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas.

CAPÍTULO IIDAS FÉRIAS

Art. 67 - O servidor gozará, anualmente, 30 (trinta) dias de férias.

§ 1º - Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

§ 2º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3º - É facultado o gozo de férias em dois períodos, não inferiores a 10 (dez) dias con-secutivos.

Art. 68 - Será pago ao servidor, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.

Arts. 64 a 68

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§ 1º - O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor que o requerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido período.

§ 2º - Na hipótese de férias parceladas poderá o servidor indicar em qual dos períodos utilizará a faculdade de que trata este artigo.

Art. 69 - Durante as férias, o servidor terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo como se estivesse em exercício.

Art. 70 - O servidor que opere direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas, próximas a fontes de irradiação, terá direito, quando no efetivo exercício de suas atribuições, a 20 (vinte) dias consecutivos de férias por semestre, não acumuláveis e intransferíveis.

Art. 71 - Por absoluta necessidade de serviço e ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específi ca, as férias poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos anuais.

Art. 72 - As férias somente poderão ser interrompidas por motivos de calamidade públi-ca, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse público.

Art. 73 - Se o servidor vier a falecer, quando já implementado o período de um ano, que lhe assegure o direito a férias, a retribuição relativa ao período, descontadas even-tuais parcelas correspondentes à antecipação, será paga aos dependentes legalmente constituídos.

Art. 74 - O servidor exonerado fará jus ao pagamento da remuneração de férias propor-cionalmente aos meses de efetivo exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas.

Parágrafo único - O pagamento de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fi zer jus o servidor na forma prevista no artigo 69, desta lei, relativa ao mês em que a exoneração for efetivada.

Art. 75 - O servidor que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias de licença para tratar de interesses particulares ou para acompanhar o cônjuge, somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação fará jus a férias.

Art. 76 - Perderá o direito às férias o servidor que, no ano antecedente àquele em que deveria gozá-las, tiver mais de 30 (trinta) dias de faltas não justifi cadas ao serviço.

Art. 77 - O servidor readaptado, relotado, removido ou reconduzido, quando em gozo de férias, não é obrigado a apresentar-se antes de concluí-las.

CAPÍTULO III

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 78 - Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fi xado em lei.

Parágrafo único - Nenhum servidor receberá, a título de vencimento básico, importância inferior ao salário mínimo. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Arts. 68 a 78

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Art. 79 - Remuneração é o vencimento do cargo acrescido das vantagens pecuniárias estabelecidas em lei.

§ 1º - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível, sendo vedada vinculação ou equiparação para efeitos de remuneração de pessoal.

§ 2º - Não integram a remuneração, para os efeitos do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, as vantagens de que tratam o inciso II do artigo 85 e o inciso VIII do artigo 100. (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

Art. 80 - O servidor perderá:

I - a remuneração relativa aos dias em que faltar ao serviço;

II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas anteci-padas, iguais ou superiores a 60 (sessenta) minutos;

III - a metade da remuneração, na hipótese de conversão da pena de suspensão em multa;

IV - um terço de sua remuneração durante o afastamento do exercício do cargo, nas hipó-teses previstas no artigo 27.

Parágrafo único - No caso de faltas sucessivas, serão computados para efeito de desconto os períodos de repouso intercalados.

Art. 81 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma defi nida em regulamento.

Art. 82 - As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à quinta parte da remuneração ou provento.

Art. 83 - Terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar eventuais débitos com o erário, o servidor que for demitido ou exonerado.

Parágrafo único - A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa.

Art. 84 - O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.

CAPÍTULO IV

DAS VANTAGENS

Art. 85 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizações;

II - avanços;

III - gratifi cações e adicionais;

IV - honorários e jetons.

Arts. 79 a 85

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Art. 86 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Art. 87 - Salvo os casos previstos nesta lei, o servidor não poderá receber a qualquer título, seja qual for o motivo ou a forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou outras organizações públicas, em razão de seu cargo, nas quais tenha sido mandado servir.

Art. 88 - As vantagens de que trata o artigo 85 não serão incorporadas ao vencimento, em atividade, excetuando-se os avanços, o adicional por tempo de serviço, a gratifi cação por exercício de função e seus acessórios e a gratifi cação de permanência em serviço, nos termos desta lei.

Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo entende-se por acessórios dos cargos e funções de confi ança, a gratifi cação de representação, a qual se aplica, igualmente, as disposições do “caput” e parágrafo 1º dos artigos 102 e 103 desta lei, acrescida dos avanços e o adicional por tempo de serviço. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

Art. 88 - As vantagens de que trata o artigo 85 não são incorporadas ao vencimento, em atividade, excetuando-se os avanços, o adicional por tempo de serviço, a gratifi cação por exercício de função, a gratifi cação de representação e a gratifi cação de permanência em serviço, nos termos da lei. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 1º - A gratifi cação de representação por exercício de função integra o valor desta para os efeitos de incorporação aos vencimentos em atividade, de incorporação aos proventos de aposentadoria e para cálculo de vantagens decorrentes do tempo de serviço. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 2º - Aos titulares de cargos de confi ança optantes por gratifi cação por exercício de função já incorporadas nos termos da lei, é facultada a opção pela percepção da gratifi cação de representação correspondente às atribuições da função titulada. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 3º - Os servidores que incorporaram gratifi cação por exercício de função em atividade e os servidores inativos terão seus vencimentos e proventos revistos na forma estabelecida neste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

SEÇÃO I DAS INDENIZAÇÕES

Art. 89 - Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - transporte.

SUBSEÇÃO IDA AJUDA DE CUSTO

Art. 90 - A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalações do servidor que, no interesse do serviço, passe a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.

Arts. 86 a 90

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Parágrafo único - Correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagens, bagagens e bens pessoais.

Art. 91 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses de remuneração.

Art. 92 - Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 93 - Será concedida ajuda de custo ao servidor efetivo do Estado que for nomeado para cargo em comissão ou designado para função gratifi cada, com mudança de domicílio.

Parágrafo único - No afastamento para exercício de cargo em comissão, em outro órgão ou entidade da União, do Distrito Federal, dos estados ou dos municípios, o servidor não receberá ajuda de custo do Estado.

Art. 94 - O servidor fi cará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustifi cadamente, não se apresentar na nova sede, no prazo de 30 (trinta) dias.

SUBSEÇÃO IIDAS DIÁRIAS

Art. 95 - O servidor que se afastar temporariamente da sede, em objeto de serviço, fará jus, além das passagens de transporte, também a diárias destinadas à indenização das despesas de alimentação e pousada.

§ 1º - Entende-se por sede a localidade onde o servidor estiver em exercício em caráter permanente.

§ 2º - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.

§ 3º - Não serão devidas diárias nos casos de remoção a pedido, nem nas hipóteses em que o deslocamento da sede se constituir em exigência permanente do serviço.

Art. 96 - O servidor que receber diárias e, por qualquer motivo não se afastar da sede, fi ca obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único - Na hipótese de o servidor retornar à sede, em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no período previsto no “caput”.

Art. 97 - As diárias, que deverão ser pagas antes do deslocamento, serão calculadas sobre o vencimento, acrescido das vantagens permanentes, percebido pelo servidor que a elas fi zer jus, na forma do regulamento.

Art. 97 - As diárias, que deverão ser pagas antes do deslocamento, serão calculadas sobre o valor básico fi xado em lei e serão percebidas pelo servidor que a elas fi zer jus, na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

SUBSEÇÃO III

DA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 98 - Será concedida indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção, para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme previsto em regulamento.

Arts. 90 a 98

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SEÇÃO II DOS AVANÇOS

Art. 99 - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, o servidor terá concedido automaticamente um acréscimo de 5% (cinco por cento), denominado avanço, calculado na forma da lei. (Vide Lei Complementar n.º 10.795/96)

Parágrafo único - O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de serviço público em que permanecer em atividade, computado na forma dos artigos 116 e 117.

§ 1º - O servidor fará jus a tantos avanços quanto for o tempo de serviço público em que permanecer em atividade, computado na forma dos artigos 116 e 117. (Renumerado pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 2º - O disposto no “caput” e no parágrafo anterior não se aplica ao servidor cuja primeira investidura no serviço público estadual ocorra após 30 de junho de 1995, hipótese em que será observado o disposto no parágrafo seguinte. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 3º - Por triênio de efetivo exercício no serviço público, ao servidor será concedido automa-ticamente um acréscimo de 3% (três por cento), denominado avanço, calculado, na forma da lei. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

SEÇÃO III DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 100 - Serão deferidos ao servidor as seguintes gratifi cações e adicionais por tempo de serviço e outras por condições especiais de trabalho:

I - gratifi cação por exercício de função;

II - gratifi cação natalina;

III - gratifi cação por regime especial de trabalho, na forma da lei;

IV - gratifi cação por exercício de atividades insalubres, penosas ou perigosas;

V - gratifi cação por exercício de serviço extraordinário;

VI - gratifi cação de representação, na forma da lei;

VII - gratifi cação por serviço noturno;

VIII - adicional por tempo de serviço;

IX - gratifi cação de permanência em serviço;

X - abono familiar;

XI - outras gratifi cações, relativas ao local ou à natureza do trabalho, na forma da lei.

SUBSEÇÃO I

DA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE FUNÇÃO

Art. 101 - A função gratifi cada será percebida pelo exercício de chefi a, assistência ou assessoramento, cumulativamente ao vencimento do cargo de provimento efetivo.

Arts. 99 a 101

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Art. 102 - O servidor efetivo que contar com 18 (dezoito) anos de tempo de serviço computável à aposentadoria, se do sexo masculino ou 15 (quinze) anos, se do sexo feminino, e que houver exercido cargo em comissão, inclusive sob a forma de função gratificada, por 2 (dois) anos completos, terá incorporada, ao vencimento do cargo, como vantagem pessoal, a importância equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da função gratifi ca-da, a cada 2 (dois) anos, até o limite máximo de 100% (cem por cento), na forma da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Leis Complementares n.os 10.530/95 e 10.845/96)

§ 1º - Quando mais de uma função gratifi cada ou cargo em comissão houver sido exercido no período, será incorporado aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mínimo, por 1 (um) ano, ou quando não ocorrer tal hipótese, o valor da função que tenha desem-penhado por mais tempo. (Vide Lei Complementar n.º 10.248/94)

§ 2º - O funcionário que tenha exercido o cargo de Secretário de Estado, fará jus à incorporação do valor equivalente à gratifi cação de representação correspondente, na proporção estabelecida pelo “caput”, ressalvado o período mínimo de que trata o pará-grafo anterior, que será de 2 (dois) anos para esta situação. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Lei Complementar n.º 10.257/94)

§ 3º - O disposto no “caput” e nos parágrafos anteriores não se aplica ao servidor que não houver exercido cargo em comissão, inclusive sob a forma de função gratifi cada, até 30 de junho de 1995, hipótese em que será observado o disposto no parágrafo seguinte. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

§ 4º - O servidor efetivo que contar com dezoito (18) anos de tempo computável à apo-sentadoria e que houver exercido cargo em comissão, inclusive sob a forma de função gratifi cada, por dois (02) anos completos, terá incorporada ao vencimento do cargo, como vantagem pessoal, a importância equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da função gratifi cada. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

I - Quando mais de uma função gratifi cada ou cargo em comissão houver sido exercido no período, será incorporado aquele de maior valor, desde que desempenhado, no mínimo, por dois (02) anos, ou quando não ocorrer tal hipótese, o valor da função que tenha desempe-nhado por mais tempo; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

II - O servidor que tenha exercido o cargo de Secretário de Estado fará jus à incorporação do valor equivalente à gratifi cação de representação correspondente, nas condições esta-belecidas neste artigo; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

III - A cada dois (02) anos completos de exercício de função gratifi cada, que excederem a dois iniciais, corresponderá novo acréscimo de 20% (vinte por cento) até o limite de 100% (cem por cento), observada a seguinte correspondência com o tempo computável à aposentadoria: (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

a) 20 anos, máximo de 40% (quarenta por cento) do valor; (Incluído pela Lei Comple-mentar n.º 10.530/95)

b) 22 anos, máximo de 60% (sessenta por cento) do valor; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

c) 24 anos, máximo de 80% (oitenta por cento) do valor; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

Art. 102

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d) 26 anos, 100% (cem por cento) do valor. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

IV - A vantagem de que trata o “caput” deste parágrafo, bem como os seus incisos anteriores, somente será paga a partir da data em que o funcionário retornar ao exercício de cargo de provimento efetivo ou, permanecendo no cargo em comissão ou função gratifi cada, optar pelos vencimentos e vantagens do cargo de provimento efetivo, ou ainda, for inativado. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

V - O funcionário no gozo da vantagem pessoal de que trata esta Lei, investido em cargo em comissão ou função gratifi cada, perderá a vantagem enquanto durar a in-vestidura, salvo se optar pelas vantagens do cargo efetivo; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

VI - Na hipótese do inciso anterior, ocorra ou não a percepção da vantagem, terá continui-dade o cômputo dos anos de serviço para efeito de percepção dos vinte por cento a que se refere este parágrafo; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

VII - O cálculo da vantagem pessoal de que trata este parágrafo terá sempre em conta os valores atualizados dos vencimentos e as gratifi cações adicionais e, se for o caso, os avanços trienais e qüinqüenais; (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

VIII - O disposto neste parágrafo aplica-se, igualmente, às gratifi cações previstas no artigo 3º da Lei Complementar nº 10.248, de 30 de agosto de 1994, atribuídas a servidores efetivos ou estáveis. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.530/95)

Art. 103 - A função gratifi cada será incorporada integralmente ao provento do servidor que a tiver exercido, mesmo sob forma de cargo em comissão, por um período mínimo de 5 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) intercalados, anteriormente à aposentadoria, observado o disposto no § 1º do artigo anterior. (Vide Lei Complementar n.º 10.248/94)

SUBSEÇÃO IIDA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 104 - Será concedida ao servidor que esteja no desempenho de suas funções uma gratifi cação natalina correspondente a sua remuneração integral devida no mês de dezembro.

§ 1º - A gratifi cação de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que fi zer jus o servidor, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício, considerando-se as frações iguais ou superiores a 15 (quinze) dias como mês integral.

§ 2º - O pagamento da gratifi cação natalina será efetuado até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada exercício.

§ 3º - A gratifi cação natalina é devida ao servidor afastado de suas funções, sem prejuízo da remuneração e demais vantagens.

§ 4º - O Estado indenizará o servidor pelo eventual descumprimento do prazo de pagamento das obrigações pecuniárias relativas à gratifi cação natalina, cuja base de cálculo será o valor desta, deduzidos os descontos legais. (Incluído pela Lei Complementar n.º 12.021/03) (Vide Leis Complementares n.os 12.176/04, 12.392/05, 12.665/06 e 12.860/07)

§ 5º - A indenização referida no parágrafo anterior será calculada com base na variação da Letra Financeira do Tesouro do Estado – LFTE/RS, acrescida de 1% (um por cento)

Arts. 102 a 104

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ao mês e paga juntamente com o valor total ou parcial da referida gratifi cação, na forma estabelecida em decreto. (Incluído pela Lei Complementar n.º 12.021/03) (Vide lei Com-plementar n.º 12.176/04)

§ 5º - A indenização de que trata o parágrafo anterior será calculada com base na variação da Letra Financeira do Tesouro – LFT –, acrescida de 0,6123% (seis mil cento e vinte e três décimos de milésimo de um inteiro por cento) ao mês, “pro-rata die”, e paga juntamente com o valor total ou parcial da referida gratifi cação. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 12.860/07) (Vide Leis Complementares n.os 12.021/03 e 12.860/07)

Art. 105 - O servidor exonerado terá direito à gratifi cação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada na forma do § 1º do artigo anterior, sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 106 - É extensiva aos inativos a percepção da gratifi cação natalina, cujo cálculo incidirá sobre as parcelas que compõem seu provento.

SUBSEÇÃO IIIDA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE ATIVIDADES INSALUBRES, PERIGOSAS OU

PENOSAS

Art. 107 - Os servidores que exerçam suas atribuições com habitualidade em locais insa-lubres ou em contato com substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida, fazem jus a uma gratifi cação sobre o vencimento do respectivo cargo na classe correspondente, nos termos da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 1º - O servidor que fi zer jus às gratifi cações de insalubridade, periculosidade ou penosi-dade deverá optar por uma delas nas condições previstas na lei.

§ 2º - O direito às gratifi cações previstas neste artigo cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 108 - Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durarem a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, passando a exercer suas atividades em local salubre e em serviço compatível com suas condições.

Art. 109 - Os locais de trabalho e os servidores que operem com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único - Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses de exercício.

SUBSEÇÃO IVDA GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 110 - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 111 - A gratifi cação de que trata o artigo anterior somente será atribuída ao servidor para atender às situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo previsto no § 2º do artigo 33.

Arts. 104 a 111

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Art. 112 - O valor da hora de serviço extraordinário, prestado em horário noturno, será acrescido de mais 20% (vinte por cento).

SUBSEÇÃO VDA GRATIFICAÇÃO POR SERVIÇO NOTURNO

Art. 113 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (vinte por cento), obser-vado o disposto no artigo 34.

Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam quando o serviço noturno corresponder ao horário normal de trabalho.

SUBSEÇÃO VIDA GRATIFICAÇÃO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO

Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária, na forma do artigo 158, inciso III, alíneas “a” e “b”, e cuja permanência no desempenho de suas funções for julgada conveniente para o serviço público, poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratifi cação especial de 20% (vinte por cento) das importâncias que integrariam o provento da inatividade, na data de implementação do requisito temporal, enquanto permanecer em exercício.

§ 1º - A gratifi cação de que trata este artigo será incorporada aos vencimentos após de-corridos 5 (cinco) anos de sua percepção. (REVOGADO pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

§ 2º - A cada novo ano de exercício, após decorrido o prazo de que trata o parágrafo anterior, e mantidas as condições previstas no “caput”, deste artigo, o servidor fará jus à incorpo-ração de 4% (quatro por cento) da importância que integraria o provento da inatividade.

Parágrafo único - A gratifi cação de que trata este artigo será incorporada aos vencimentos, à razão de 4% (quatro por cento) ao ano, a partir do primeiro mês do quarto ano de sua percepção. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.727/96)

Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária com proventos inte-grais e cuja permanência no desempenho de suas funções for julgada conveniente e opor-tuna para o serviço público poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratifi cação especial de 35% (trinta e cinco por cento) do vencimento básico. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.942/03)

Parágrafo único - A gratifi cação de que trata este artigo, que tem natureza precária e transitória, será deferida por período máximo de dois anos, sendo admitidas renovações por igual período, mediante iniciativa da chefi a imediata do servidor e juízo de conveniên-cia e oportunidade do Governador. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.942/03)

Art. 114 - Ao servidor que adquirir direito à aposentadoria voluntária com proventos integrais e cuja permanência no desempenho de suas funções for julgada conveniente e oportuna para o serviço público estadual poderá ser deferida, por ato do Governador, uma gratifi cação de permanência em serviço de valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do seu vencimento básico. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 13.925/12)

§ 1º - Fica assegurado o valor correspondente ao do vencimento básico do Padrão 16 do Quadro Geral dos Funcionários Públicos do Estado, proporcional à carga horária, quando a aplicação do disposto no “caput” deste artigo resultar em um valor de gratifi cação infe-rior ao desse vencimento básico. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 13.925/12)

§ 2º - A gratifi cação de que trata este artigo tem natureza precária e transitória e não servirá de base de cálculo para nenhuma vantagem, nem será incorporada aos vencimen-tos ou proventos da inatividade. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 13.925/12)

Arts. 112 a 114

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§ 3º - A gratifi cação de que trata este artigo será deferida por um período máximo de dois anos, sendo admitidas renovações por igual período, mediante iniciativa da chefi a imediata do servi-dor, ratifi cada pelo Titular da Pasta a que estiver vinculado o órgão ou entidade, e juízo de conve-niência e oportunidade do Governador. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 13.925/12)

§ 4º - O servidor, a quem for deferida a gratifi cação de que trata o “caput” deste artigo, poderá ser chamado a prestar serviço em local diverso de sua lotação durante o período da concessão da gratifi cação de permanência em serviço. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 13.925/12)

SUBSEÇÃO VII DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 115 - O servidor, ao completar 15 (quinze) e 25 (vinte e cinco) anos de serviço públi-co, contados na forma desta lei, passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15% (quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento) calculados na forma da lei. (Vide Lei Complementar n.º 10.795/96)

Parágrafo único - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco porcento) fará cessar o de 15% (quinze por cento), anteriormente concedido.

§ 1º - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco porcento) fará cessar o de 15% (quinze por cento), anteriormente concedido. (Renumerado pela Lei Complementar n.º 10.795/96) (Declarada a inconstitucionalidade da Lei n.º 10.795/96 nas ADIs n.os 596161109 e 596103739)

Parágrafo único - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por cento) fará cessar o de 15% (quinze por cento), anteriormente concedido. (Dispositivo restaurado em virtude de de-claração de inconstitucionalidade da Lei n.º 10.795/96 nas ADIs n.os 596161109 e 596103739)

§ 2º - A vantagem de que trata este artigo não será mais concedida a partir da data de vigência desta Lei, nos percentuais de 15% ou de 25%, exceto aos que tenham imple-mentado, até a referida data, as condições de percepção. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.795/96) (Declarada a inconstitucionalidade da Lei n.º 10.795/96 nas ADIs n.os 596161109 e 596103739)

§ 3º - A gratifi cação adicional, a partir da data referida no parágrafo anterior, será concedida em percentual igual ao tempo de serviço em anos, à razão de 1% ao ano, computados até a data de vigência desta Lei, cabendo o pagamento somente ao implemento de 15 ou de 25 anos de tempo de serviço, respectivamente, considerando-se quando for o caso, para efeitos de percentual de concessão, fração superior a seis meses como um ano completo. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.795/96) (Declarada a inconstitucionalidade da Lei n.º 10.795/96 nas ADIs n.os 596161109 e 596103739)

Art. 116 - Para efeito de concessão dos adicionais será computado o tempo de serviço federal, estadual ou municipal, prestado à administração direta, autarquias e fundações de direito público.

Parágrafo único - Compreende-se, também, como serviço estadual o tempo em que o servidor tiver exercido serviços transferidos para o Estado.

Art. 117 - Na acumulação remunerada, será considerado, para efeito de adicional, o tempo de serviço prestado a cada cargo isoladamente.

SUBSEÇÃO VIIIDO ABONO FAMILIAR

Art. 118 - Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido abono familiar na razão de 10% (dez por cento) do menor vencimento básico inicial do Estado, pelos seguintes dependentes:

Arts. 114 a 118

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124

I - fi lho menor de 18 (dezoito) anos;

II - fi lho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja comprovadamente incapaz;

III - fi lho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, até a idade de 24 (vinte e quatro) anos;

IV - cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não perceba remuneração.

§ 1º - Quando se tratar de dependente inválido ou excepcional, o abono será pago pelo triplo.

§ 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, aos tutelados e aos menores que, mediante autorização judicial, estejam submetidos a sua guarda.

§ 3º - São condições para percepção do abono familiar que:

I - os dependentes relacionados neste artigo vivam efetivamente às expensas do servidor ou inativo;

II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do “caput” deste artigo seja comprovada mediante inspeção médica, pelo órgão competente do Estado.

§ 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores públicos, o direito de um não exclui o do outro.

Art. 119 - Por cargo exercido em acúmulo no Estado, não será devido o abono familiar.

Art. 120 - A concessão do abono terá por base as declarações do servidor, sob as penas da lei.

Parágrafo único - As alterações que resultem em exclusão de abono deverão ser comuni-cadas no prazo de 15 (quinze) dias da data da ocorrência.

SEÇÃO IV DOS HONORÁRIOS E JETONS

Art. 121 - O servidor fará jus a honorários quando designado para exercer, fora do horário do expediente a que estiver sujeito, as funções de:

I - membro de banca de concurso;

II - gerência, planejamento, execução ou atividade auxiliar de concurso;

III - treinamento de pessoal;

IV - professor, em cursos legalmente instituídos.

Art. 122 - O servidor, no desempenho do encargo de membro de órgão de deliberação coletiva legalmente instituído, receberá jeton, a título de representação na forma da lei.

CAPÍTULO VDAS CONCESSÕES

SEÇÃO IDAS VANTAGENS AO SERVIDOR ESTUDANTE OU PARTICIPANTE DE CURSOS,

CONGRESSOS E SIMILARES

Art. 123 - É assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuízo de sua remune-ração, nos seguintes casos:

I - durante os dias de provas fi nais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1º e 2º graus;

Arts. 118 a 123

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125

II - durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.

Parágrafo único - O servidor, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço, deverá comprovar perante a chefi a imediata as datas em que se realizarão as diversas provas e seu comparecimento.

Art. 124 - O servidor somente será indicado para participar de cursos de especialização ou capacitação técnica profi ssional no Estado, no País ou no exterior, com ônus para o Estado, quando houver correlação direta e imediata entre o conteúdo programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

Art. 125 - Ao servidor poderá ser concedida licença para freqüência a cursos, seminários, congressos, encontros e similares, inclusive fora do Estado e no exterior, sem prejuízo da remuneração e demais vantagens, desde que o conteúdo programático esteja correlacionado às atribuições do cargo que ocupar, na forma a ser regulamentada.

Parágrafo único - Fica vedada a concessão de exoneração ou licença para tratamento de inte-resses particulares ao servidor benefi ciado pelo disposto neste artigo, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida antes de decorrido período igual ao do afastamento.

Art. 126 - Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da Administração, é assegurada, na localidade da nova residência ou mais próxima, matrícula em instituição congênere do Estado, em qualquer época, independentemente de vaga.

Parágrafo único - O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge, aos fi lhos ou enteados do servidor, que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

SEÇÃO IIDA ASSISTÊNCIA A FILHO EXCEPCIONAL

Art. 127 - O servidor, pai, mãe ou responsável por excepcional, físico ou mental, em trata-mento, fi ca autorizado a se afastar do exercício do cargo, quando necessário, por período de até 50% (cinqüenta por cento) de sua carga horária normal cotidiana, na forma da lei.

CAPÍTULO VIDAS LICENÇAS

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 128 - Será concedida, ao servidor, licença:

I - para tratamento de saúde;

II - por acidente em serviço;

III - por motivo de doença em pessoa da família;

IV - à gestante, à adotante e à paternidade;

V - para prestação de serviço militar;

VI - para tratar de interesses particulares;

VII - para acompanhar o cônjuge;

Arts. 123 a 128

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126

VIII - para o desempenho de mandato classista;

IX - prêmio por assiduidade;

X - para concorrer a mandato público eletivo;

XI - para o exercício de mandato eletivo;

XII - especial, para fi ns de aposentadoria.

§ 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos VII, VIII e XI deste artigo.

§ 2º - Ao servidor nomeado em comissão somente será concedida licença para tratamento de saúde, desde que haja sido submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto e nos casos dos incisos II, III, IV, IX e XII.

Art. 129 - A inspeção será feita por médicos do órgão competente, nas hipóteses de licença para tratamento de saúde, por motivo de doença em pessoa da família e à gestante, e por junta ofi cial, constituída de 3 (três) médicos nos demais casos.

SEÇÃO IIDA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 130 - Será concedida, ao servidor, licença para tratamento de saúde, a pedido ou “ex--offi cio”, precedida de inspeção médica realizada pelo órgão de perícia ofi cial do Estado, sediada na Capital ou no interior, sem prejuízo da remuneração a que fi zer jus.

§ 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º - Poderá, excepcionalmente, ser admitido atestado médico particular, quando fi car com-provada a impossibilidade absoluta de realização de exame por órgão ofi cial da localidade.

§ 3º - O atestado referido no parágrafo anterior somente surtirá efeito após devidamente examinado e validado pelo órgão de perícia médica competente.

§ 4º - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de ser sustado o pagamento de sua remuneração até que seja cumprida essa formalidade.

§ 5º - No caso de o laudo registrar pareceres contrários à concessão da licença, as faltas ao serviço correrão sob a responsabilidade exclusiva do servidor.

§ 6º - O resultado da inspeção será comunicado imediatamente ao servidor, logo após a sua realização, salvo se houver necessidade de exames complementares, quando, então, fi cará à disposição do órgão de perícia médica.

Art. 131 - Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob pena de ser considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação constante do laudo.

Parágrafo único - A infringência ao disposto neste artigo implicará perda da remuneração, sujeitando o servidor à demissão, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, observado o disposto no artigo 26.

Art. 132 - Nas licenças por períodos prolongados, antes de se completarem 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, deverá o órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da doença, indicando se o caso é de:

Arts. 128 a 132

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127

I - concessão de nova licença ou de prorrogação;

II - retorno ao exercício do cargo, com ou sem limitação de tarefas;

III - readaptação, com ou sem limitação de tarefas.

Parágrafo único - As licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.

Art. 133 - O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da doença, devendo, porém, esta ser especifi cada através do respectivo código (CID).

Parágrafo único - Para a concessão de licença a servidor acometido de moléstia profi ssional, o laudo médico deverá estabelecer sua rigorosa caracterização.

Art. 134 - O servidor em licença para tratamento de saúde deverá abster-se do exercício de atividade remunerada ou incompatível com seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.

SEÇÃO IIIDA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 135 - O servidor acidentado em serviço será licenciado com remuneração integral até seu total restabelecimento.

Art. 136 - Confi gura-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, desde que relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo.

Parágrafo único - Equipara-se a acidente em serviço o dano:

I - decorrente de agressão sofrida e não-provocada pelo servidor no exercício das atribui-ções do cargo;

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 137 - O servidor acidentado em serviço terá tratamento integral custeado pelo Estado.

Art. 138 - Para concessão de licença e tratamento ao servidor, em razão de acidente em serviço ou agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, é indispensável a comprovação detalhada do fato, no prazo de 10 (dez) dias da ocorrência, mediante pro-cesso “ex-offi cio”.

Parágrafo único - O tratamento recomendado por junta médica não ofi cial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos necessários adequados, em instituições públicas ou por ela conveniadas.

SEÇÃO IVDA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 139 - O servidor poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascen-dente, descendente, enteado e colateral consangüíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser indispensável a sua assistência e esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.

Arts. 132 a 139

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128

Parágrafo único - A doença será comprovada através de inspeção de saúde, a ser procedida pelo órgão de perícia médica competente.

Art. 140 - A licença de que trata o artigo anterior será concedida:

I - com a remuneração total até 90 (noventa) dias;

II - com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias;

III - com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e não ultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;

IV - sem remuneração, no período que exceder a 365 (trezentos e sessenta e cinco) até o máximo de 730 (setecentos e trinta) dias.

Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a 30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.

SEÇÃO VDA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E À PATERNIDADE

Art. 141 - À servidora gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo da remuneração.

Art. 141 - À servidora gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)

Parágrafo único - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a inspeção médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.

Art. 142 - Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servi-dora lactante, durante o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime de trabalho obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno único. (REVOGADO pela Lei n.º 13.117/09)

Art. 143 - À servidora adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou da adoção, proporcional à idade do adotado:

I - de zero a dois anos, 120 (cento e vinte) dias;

I - de zero a dois anos, 180 (cento e oitenta) dias; (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)

II - de mais de dois até quatro anos, 90 (noventa) dias;

II - de mais de dois até quatro anos, 150 (cento e cinqüenta) dias; (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)

III - de mais de quatro até seis anos, 60 (sessenta) dias;

III - de mais de quatro até seis anos, 120 (cento e vinte) dias; (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)

IV - de mais de seis anos, desde que menor, 30 (trinta) dias.

Arts. 139 a 143

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IV - de mais de seis anos, desde que menor, 90 (noventa) dias. (Redação dada pela Lei nº 13.117/09)

Art. 144 - Pelo nascimento ou adoção de fi lho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 8 (oito) dias consecutivos.

Art. 144 - Pelo nascimento ou adoção de fi lho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 15 (quinze) dias consecutivos. (Redação dada pela Lei n.º 13.117/09)

SEÇÃO VIDA LICENÇA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO MILITAR

Art. 145 - Ao servidor convocado para a prestação de serviço militar será concedida licença, nos termos da legislação específi ca.

§ 1º - Concluído o serviço militar, o servidor reassumirá imediatamente, sob pena da perda de vencimento e, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias, de demissão por abandono do cargo, observado o disposto no artigo 26.

§ 2º - Quando a desincorporação se verifi car em lugar diverso do da sede, o prazo para apresentação será de 10 (dez) dias.

SEÇÃO VIIDA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 146 - Ao servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, poderá ser concedida licença para tratar de interesses particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.

§ 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.

§ 2º - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de imperiosa necessidade, devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-se como faltas os dias de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.

§ 3º - O servidor poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.

§ 4º - Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.

SEÇÃO VIII DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE

Art. 147 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo, estável, terá direito à licença, sem remuneração, para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, inde-pendentemente de solicitação própria, para outro ponto do Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo Federal, estadual ou municipal.

§ 1º - A licença será concedida mediante pedido do servidor, devidamente instruído, devendo ser renovada a cada 2 (dois) anos.

Arts. 143 a 147

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§ 2º - O período de licença, de que trata este artigo, não será computável como tempo de serviço para qualquer efeito.

§ 3º - À mesma licença terá direito o servidor removido que preferir permanecer no domicílio do cônjuge.

Art. 148 - O servidor poderá ser lotado, provisoriamente, na hipótese da transferência de que trata o artigo anterior, em repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou Fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com seu cargo.

SEÇÃO IXDA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 149 - É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato classista em central sindical, em confederação, federação, sindicato, núcleos ou dele-gacias, associação de classe ou entidade fi scalizadora da profi ssão, de âmbito estadual ou nacional, com a remuneração do cargo efetivo, observado o disposto no artigo 64, inciso XIV, alínea “f”.

Parágrafo único - A licença de que trata este artigo será concedida nos termos da lei.

SEÇÃO X DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 150 - O servidor que, por um qüinqüênio ininterrupto, não se houver afastado do exercício de suas funções terá direito à concessão automática de 3 (três) meses de licença-prêmio por assiduidade, com todas as vantagens do cargo, como se nele estivesse em exercício.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, não serão considerados interrupção da prestação de serviço os afastamentos previstos no artigo 64, incisos I a XV, desta lei.

§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alínea “b” e XV do artigo 64, somente poderão ser computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um período máximo de até 4 (quatro) meses, para tratamento de saúde do servidor e de até 2 (dois) meses por motivo de doença em pessoa de sua família, tudo por qüinqüênio de serviço público prestado ao Estado.

§ 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV, alínea “b”, e XV do artigo 64, somente serão computados, como de efetivo exercício, para os efeitos deste artigo, um período máximo de 4 (quatro) meses, para tratamento de saúde do servidor, de 2 (dois) meses, por motivo de doença em pessoa de sua família e de 20 (vinte) dias, no caso de moléstia do servidor, tudo por qüinqüênio de serviço público prestado ao Estado. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

§ 3º - O servidor que à data de vigência desta Lei Complementar detinha a condição de estatutário há, no mínimo, 1095 (um mil e noventa e cinco) dias, terá desconsideradas, como interrupção do tempo de serviço público prestado ao Estado, até 3 (três) faltas não justifi cadas verifi cadas no período aquisitivo limitado a 31 de dezembro de 1993. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

Art. 151 - A pedido do servidor, a licença-prêmio poderá ser:

Arts. 147 a 151

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I - gozada, no todo ou em parcelas não inferiores a 1 (um) mês, com a aprovação da chefi a, considerada a necessidade do serviço;

II - contada em dobro, como tempo de serviço para os efeitos de aposentadoria, avanços e adicionais, vedada a desconversão.

Parágrafo único - Ao entrar em gozo de licença-prêmio, o servidor terá direito, a pedido, a receber a sua remuneração do mês de fruição antecipadamente.

Art. 152 - A apuração do tempo de serviço normal, para efeito da formação do qüinqüênio, gerador do direito da licença-prêmio, será feita na forma do artigo 62 desta lei.

Art. 153 - O número de servidores em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa de trabalho.

SEÇÃO XIDA LICENÇA PARA CONCORRER A MANDATO PÚBLICO ELETIVO E EXERCÊ-LO

Art. 154 - O servidor que concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral.

Art. 155 - Eleito, o servidor fi cará afastado do exercício do cargo a partir da posse.

Art. 156 - Ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, fi cará afastado do cargo;

II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

§ 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor continuará contribuindo para o órgão da previdência e assistência do Estado, como se em exercício estivesse.

§ 2º - O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído “ex-offi cio” para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

SEÇÃO XII

DA LICENÇA ESPECIAL PARA FINS DE APOSENTADORIA

Art. 157 - Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor será considerado em licença especial remunerada, podendo afastar-se do exercício de suas atividades, salvo se antes tiver sido cientifi cado do inde-ferimento do pedido.

§ 1º - O pedido de aposentadoria de que trata este artigo somente será considerado após terem sido averbados todos os tempos computáveis para esse fi m.

§ 2º - O período de duração desta licença será considerado como tempo de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

Arts. 151 a 157

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CAPÍTULO VIIDA APOSENTADORIA

Art. 158 - O servidor será aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais, quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profi ssional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especifi cadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos integrais;

b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, se incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkison, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodefi ciência Adquirida – AIDS, e outros que a lei indicar, com base na medicina especializada.

§ 2º - Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das moléstias tipifi cadas no parágrafo anterior, fi ca vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de cassação de sua aposentadoria.

§ 3º - Nos casos de exercício de atividades previstas no artigo 107, a aposentadoria de que trata o inciso III, alíneas “a” e “c”, observará o disposto em lei específi ca.

§ 4º - Se o servidor for aposentado com menos de 25 (vinte e cinco) anos de serviço e menos de 60 (sessenta) anos de idade, a aposentadoria estará sujeita a confi rmação mediante nova inspeção de saúde, após o decurso de 24 (vinte e quatro) meses contados da data do ato de aposentadoria.

Art. 159 - A aposentadoria de que trata o inciso II do artigo anterior, será automática e declarada por ato, com vigência a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 160 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publi-cação do respectivo ato.

§ 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por licença para tratamento de saúde, num período não superior a 24 (vinte e quatro) meses.

Arts. 158 a 160

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§ 2º - Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o exercício do cargo, ou de se proceder à sua readaptação, será o servidor aposentado.

§ 3º - O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

Art. 161 - O provento da aposentadoria será revisto na mesma proporção e na mesma data em que se modifi car a remuneração dos servidores em atividade.

Parágrafo único - São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posterior-mente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transfor-mação ou reclassifi cação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 162 - O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias especifi cadas no § 1º do artigo 158, passará a per-ceber provento integral.

Art. 163 - Com prevalência do que conferir maior vantagem, quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior:

I - ao salário mínimo, observada a redução da jornada de trabalho a que estava sujeito o servidor;

II - a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade nos demais casos.

Art. 164 - O servidor em estágio probatório somente terá direito à aposentadoria quan-do invalidado por acidente em serviço, agressão não-provocada no exercício de suas atribuições, acometido de moléstia profi ssional ou nos casos especifi cados no § 1º do artigo 158 desta lei.

Art. 165 - As disposições relativas à aposentadoria aplicam-se ao servidor nomeado em comissão, o qual contar com mais de 5 (cinco) anos de efetivo e ininterrupto exercício em cargos de provimento dessa natureza.

Parágrafo único - Aplicam-se as disposições deste artigo, independentemente de tempo de serviço, ao servidor provido em comissão, quer titular de cargo de provimento efetivo, quer não, quando invalidado em conseqüência das moléstias enumeradas no § 1º do artigo 158, desde que tenha se submetido, antes do seu ingresso ou retorno ao serviço público, à inspeção médica prevista nesta lei, para provimento de cargos públicos em geral.

Art. 166 - O servidor, vinculado à previdência social federal, que não tiver nesta feito jus ao benefício da aposentadoria, será aposentado pelo Estado, na forma garantida por esta lei, permanecendo como segurado obrigatório daquele órgão previdenciário, até a imple-mentação das condições de aposentadoria, caso em que caberá ao Estado pagar somente a diferença, se houver.

CAPÍTULO VIIIDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 167 - É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e de representar, em defesa de direito ou legítimo interesse próprio.

Art. 168 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e enca-minhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Arts. 160 a 168

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Art. 169 - Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, à autoridade que houver prolatado o despacho, proferido a primeira decisão ou praticado o ato.

§ 1º - O pedido de reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a decisão ou o ato.

§ 2º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 170 - Caberá recurso, como última instância administrativa, do indeferimento do pedido de reconsideração.

§ 1º - O recurso será dirigido à autoridade que tiver proferido a decisão ou expedido o ato.

§ 2º - O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediata-mente subordinado o requerente.

§ 3º - Terá caráter de recurso, o pedido de reconsideração, quando o prolator do despacho, decisão ou ato, houver sido o Governador.

§ 4º - A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 171 - O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da ciência, pelo interessado, quando o despacho não for publicado.

Parágrafo único - Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou de recurso, o efeito da decisão retroagirá à data do ato impugnado.

Art. 172 - O direito de requerer prescreve em:

I - 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e cassação de aposentadoria ou de dis-ponibilidade, ou que afetem interesses patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando, por prescrição legal, for fi xado outro prazo.

§ 1º - O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

§ 2º - O pedido de reconsideração e o de recurso, quando cabíveis, interrompem a pres-crição administrativa.

Art. 173 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.

Art. 174 - A representação será dirigida ao chefe imediato do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a encaminhará a quem de direito.

§ 1º - Se não for dado andamento à representação, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, poderá o servidor dirigi-la direta e sucessivamente às chefi as superiores.

§ 2º - A representação está isenta de pagamento de taxa de expediente.

Art. 175 - Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 176 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado.

Arts. 169 a 176

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135

Parágrafo único - Entende-se por força maior, para efeitos do artigo, a ocorrência de fatos impeditivos da vontade do interessado ou da autoridade competente para decidir.

TÍTULO IVDO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDOS DEVERES DO SERVIDOR

Art. 177 - São deveres do servidor:

I - ser assíduo e pontual ao serviço;

II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;

III - desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas atribuições;

IV - ser leal às instituições a que servir;

V - observar as normas legais e regulamentares;

VI - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

VII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

VIII - atender com presteza:

a) o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para defesa da Fazenda Pública;

IX - representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;

X - zelar pela economia do material que lhe for confi ado e pela conservação do patrimônio público;

XI - observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confi ados;

XII - providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço residencial e sua declaração de família;

XIII - manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho;

XIV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

§ 1º - A representação de que trata o inciso XIV será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

§ 2º - Será considerado como co-autor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua apuração.

Arts. 176 e 177

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CAPÍTULO IIDAS PROIBIÇÕES

Art. 178 - Ao servidor é proibido:

I - referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da administração pública estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;

II - retirar, modifi car ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qual-quer documento ou objeto existente na repartição;

III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

IV - ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de embriaguez ou drogado ao serviço;

V - atender pessoas na repartição para tratar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades;

VI - participar de atos de sabotagem contra o serviço público;

VII - entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e locais de trabalho;

VIII - opor resistência injustifi cada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

IX - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

X - exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das defi nidas em lei ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefi a e as comissões legais;

XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por si ou como representante de outrem;

XII - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função de confi ança de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como exercendo cargo em comissão;

XIII - exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento ou instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se relacione com a fi nalidade da repartição em que esteja lotado;

XIV - manter sob sua chefi a imediata, em cargo ou função de confi ança, cônjuge ou parente até o segundo grau civil, ressalvado o disposto no artigo 267;

XV - cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desem-penho de encargos que competirem a si ou a seus subordinados;

XVI - coagir ou aliciar subordinados no sentido de fi liarem-se à associação profi ssional ou sindical, ou com objetivos político-partidários;

XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas;

XVIII - praticar usura, sob qualquer das suas formas;

Art. 178

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XIX - aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de país estrangeiro;

XX - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade do serviço público;

XXI - atuar, como procurador, ou intermediário junto a repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge;

XXII - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XXIII - valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;

XXIV - proceder de forma desidiosa;

XXV - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.

§ 1º - Não está compreendida na proibição dos incisos XII e XIII deste artigo a participa-ção do servidor na presidência de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.

§ 2º - Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por comprovado motivo de dependên-cia, o servidor deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico especializado.

CAPÍTULO IIIDA ACUMULAÇÃO

Art. 179 - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivo constitucional.

Art. 180 - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.

Art. 181 - O servidor detentor de cargo de provimento efetivo quando investido em cargo em comissão fi cará afastado do cargo efetivo, observado o disposto no artigo anterior. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 182 - Verifi cada a acumulação indevida, o servidor será cientifi cado para optar por uma das posições ocupadas. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Parágrafo único - Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem a manifestação optativa do servidor, a Administração sustará o pagamento da posição de última investidura ou admissão. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

CAPÍTULO IVDAS RESPONSABILIDADES

Art. 183 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e administrativamente.

Arts. 178 a 183

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Art. 184 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo à Fazenda Estadual ou a terceiros.

§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no artigo 82, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3º - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor nesta qualidade.

Art. 185 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 186 - As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes entre si, assim como as instâncias civil, penal e administrativa.

CAPÍTULO V DAS PENALIDADES

Art. 187 - São penas disciplinares: (Vide Lei Complementar n.º 11.487/00)

I - repreensão;

II - suspensão e multa;

II - suspensão; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

III - demissão;

IV - cassação de disponibilidade;

V - cassação de aposentadoria;

VI - multa. (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 1º - Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos delas resultantes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

§ 2º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não demande aplicação das penas previstas neste artigo, será o servidor advertido particular e verbalmente.

Art. 188 - A repreensão será aplicada por escrito, na falta do cumprimento do dever funcional ou quando ocorrer procedimento público inconveniente.

Art. 189 - A suspensão, que não poderá exceder a 90 (noventa) dias, implicará a perda de todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo e aplicar-se-á ao servidor:

I - na violação das proibições consignadas nesta lei;

II - nos casos de reincidência em infração já punida com repreensão;

III - quando a infração for intencional ou se revestir de gravidade;

Arts. 184 a 189

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IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em vista circunstância atenuante;

V - que atestar falsamente a prestação de serviço, bem como propuser, permitir, ou receber a retribuição correspondente a trabalho não realizado;

VI - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário;

VII - responsável pelo retardamento em processo sumário;

VIII - que deixar de atender notifi cação para prestar depoimento em processo disciplinar;

IX - que, injustifi cadamente, se recusar a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a de-terminação.

§ 1º - A suspensão não será aplicada enquanto o servidor estiver afastado por motivo de gozo de férias regulamentares ou em licença por qualquer dos motivos previstos no artigo 128.

§ 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão poderá ser conver-tida em multa na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o servidor a permanecer em exercício durante o cumprimento da pena.

§ 3º - Os efeitos da conversão da suspensão em multa não serão alterados, mesmo que ao servidor seja assegurado afastamento legal remunerado durante o respectivo período.

§ 4º - A multa não acarretará prejuízo na contagem do tempo de serviço, exceto para fi ns de concessão de avanços, gratifi cações adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) e licença-prêmio.

Art. 190 - Os registros funcionais de advertência, repreensão, suspensão e multa serão automaticamente cancelados após 10 (dez) anos, desde que, neste período, o servidor não tenha praticado nenhuma nova infração.

Parágrafo único - O cancelamento do registro, na forma deste artigo, não gerará nenhum direito para fi ns de concessão ou revisão de vantagens.

Art. 191 - O servidor será punido com pena de demissão nas hipóteses de: (Vide Lei Complementar n.º 10.981/97)

I - inefi ciência ou falta de aptidão para o serviço, quando verifi cada a impossibilidade de readaptação;

II - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;

III - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa própria ou de terceiros;

IV - abandono de cargo em decorrência de mais de 30 (trinta) faltas consecutivas;

V - ausências excessivas ao serviço em número superior a 60 (sessenta) dias, intercalados, durante um ano;

VI - improbidade administrativa;

VII - transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII a XXIV do artigo 178, conside-rada a sua gravidade, efeito ou reincidência;

Arts. 189 a 191

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VIII - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal gravidade que resulte em lesões pessoais ou danos de monta;

IX - incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;

X - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XI - aplicação irregular de dinheiro público;

XII - reincidência na transgressão prevista no inciso V do artigo 189;

XIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual;

XIV - revelação de segredo, do qual se apropriou em razão do cargo, ou de fato ou informa-ção de natureza sigilosa de que tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo-disciplinar;

XV - corrupção passiva nos termos da lei penal;

XVI - exercer advocacia administrativa;

XVII - prática de outros crimes contra a administração pública.

Parágrafo único - A demissão será aplicada, também, ao servidor que, condenado por decisão judicial transitada em julgado, incorrer na perda da função pública na forma da lei penal.

Art. 192 - O ato que demitir o servidor mencionará sempre o dispositivo legal em que se fundamentar.

Art. 193 - Atendendo à gravidade da falta, a demissão poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a qual constará sempre no ato de demissão fundamentado nos incisos X a XIV do artigo 191.

Art. 194 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o servidor só poderá ser exone-rado, a pedido, ou aposentado voluntariamente, depois da conclusão do processo, no qual tenha sido reconhecida sua inocência.

Parágrafo único - Excetua-se do disposto neste artigo o servidor estável processado por abandono de cargo ou por ausências excessivas ao serviço.

Art. 195 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que:

I - houver praticado, na atividade, falta punível com a pena de demissão;

II - infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 158;

III - incorrer na hipótese do artigo 53.

Parágrafo único - Consideradas as circunstâncias previstas no § 1º do artigo 187, a pena de cassação de aposentadoria poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de provento, até o máximo de 90 (noventa) dias-multa. (Incluído pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

Art. 196 - Para a aplicação das penas disciplinares são competentes:

I - o Governador do Estado em qualquer caso;

II - os Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de fundações de direito público e os titulares de órgãos diretamente subordinados ao Governador, até a de suspensão e multa limitada ao máximo de 30 (trinta) dias;

Arts. 191 a 196

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III - os titulares de órgãos diretamente subordinados aos Secretários de Estado, dirigentes de autarquias e de fundações de direito público até suspensão por 10 (dez) dias;

IV - os titulares de órgãos em nível de supervisão e coordenação, até suspensão por 5 (cinco) dias;

V - as demais chefi as, em caso de repreensão.

Art. 197 - A ação disciplinar prescreverá em:

I - 6 (seis) meses, quanto à repreensão;

II - 12 (doze) meses, nos casos de suspensão ou multa;

III - 18 (dezoito) meses, por abandono de cargo ou faltas sucessivas ao serviço;

IV - 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e demissão.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a fl uir a partir da data do conhecimento do ato por superior hierárquico.

§ 2º - Quando as faltas constituírem, também, crime ou contravenção, a prescrição será regulada pela lei penal.

Art. 197 - A aplicação das penas referidas no artigo 187 prescreve nos seguintes prazos: (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

I - em 6 (seis) meses, a de repreensão; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

II - em 12 (doze) meses, as de suspensão e de multa; (Redação dada pela Lei Comple-mentar n.º 11.928/03)

III - em 18 (dezoito) meses, as penas por abandono de cargo ou ausências não justifi ca-das ao serviço em número superior a 60 (sessenta) dias, intercalados, durante um ano; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

IV - em 24 (vinte e quatro) meses, a de demissão, a de cassação de aposentadoria e a de disponibilidade. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 1º - O prazo de prescrição começa a fl uir a partir da data do conhecimento do fato, por superior hierárquico. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 2º - Para o abandono de cargo e para a inassiduidade, o prazo de prescrição começa a fl uir a partir da data em que o servidor reassumir as suas funções ou cessarem as faltas ao serviço. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 3º - Quando as faltas constituírem, também, crime ou contravenção, a prescrição será regulada pela lei penal. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 4º - A prescrição interrompe-se pela instauração do processo administrativo-disciplinar. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

§ 5º - Fica suspenso o curso da prescrição: (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

I - enquanto não resolvida, em outro processo de qualquer natureza, questão prejudicial da qual decorra o reconhecimento de relação jurídica, da materialidade de fato ou de sua autoria; (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

Arts. 196 e 197

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II - a contar da emissão do relatório de sindicância, quando este recomendar aplicação de penalidade, até a decisão fi nal da autoridade competente; (Redação dada pela Lei Com-plementar n.º 11.928/03)

III - a contar da emissão, pela autoridade processante de que trata o § 4º do artigo 206, do relatório previsto no artigo 245, até a decisão fi nal da autoridade competente. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 11.928/03)

TÍTULO VDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 198 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público estadual ou prática de infração funcional é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios sumários ou processo administrativo disciplinar, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de se tornar co-responsável, assegurada ampla defesa ao acusado.

Art. 199 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto de averiguação, desde que contenham a identidade do denunciante e sejam formuladas por escrito, para fi ns de con-fi rmação da autenticidade.

Parágrafo único - Quando o fato narrado não confi gurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia deverá ser arquivada por falta de objeto material passível de ensejar qualquer punição consignada nesta lei.

Art. 200 - As irregularidades e as infrações funcionais serão apuradas por meio de:

I - sindicância, quando os dados forem insufi cientes para sua determinação ou para apontar o servidor faltoso ou, sendo este determinado, não for a falta confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente;

II - inquérito administrativo, quando a gravidade da ação ou omissão torne o autor passível das penas disciplinares de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, ou ainda, quando na sindicância fi car comprovada a ocorrência de irregularidades ou falta funcional grave, mesmo sem indicação de autoria.

CAPÍTULO IIDA SINDICÂNCIA

Art. 201 - Toda autoridade estadual é competente para, no âmbito da jurisdição do órgão sob sua chefi a, determinar a realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser con-cluída no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis, podendo ser prorrogado por até igual período.

§ 1º - A sindicância será sempre cometida a servidor de hierarquia igual ou superior à do implicado, se houver.

§ 2º - O sindicante desenvolverá o encargo em tempo integral, fi cando dispensado de suas atribuições normais até a apresentação do relatório fi nal, no prazo estabelecido neste artigo.

Art. 202 - O sindicante efetuará diligências necessárias ao esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável, ouvido, preliminarmente, o autor da representação e o servidor implicado, se houver.

Arts. 197 a 202

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§ 1º - Reunidos os elementos coletados, o sindicante traduzirá no relatório as suas conclusões gerais, indicando, se possível, o provável culpado, qual a irregularidade ou transgressão praticada e o seu enquadramento nas disposições da lei reguladora da matéria.

§ 2º - Somente poderá ser sugerida a instauração de inquérito administrativo quando, comprovadamente, os fatos apurados na sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso II do artigo 200.

§ 3º - Se a sindicância concluir pela culpabilidade do servidor, será este notifi cado para apresentar defesa, querendo, no prazo de 3 (três) dias úteis.

Art. 203 - A autoridade, de posse do relatório do sindicante, acompanhado dos elemen-tos que instruírem o processo, decidirá pelo arquivamento do processo, pela aplicação da penalidade cabível de sua competência, ou pela instauração de inquérito administrativo, se estiver na sua alçada.

Parágrafo único - Quando a aplicação da penalidade ou a instauração de inquérito for de autoridade de outra alçada ou competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância para apreciação das medidas propostas.

CAPÍTULO IIIDO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 204 - Como medida cautelar e a fi m de que o servidor não venha a infl uir na apuração da irregularidade ou infração funcional, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poderá determinar o afastamento preventivo do exercício das atividades do seu cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único - O afastamento poderá ser prorrogado por igual período, fi ndo o qual cessarão defi nitivamente os seus efeitos, mesmo que o processo administrativo disciplinar ainda não tenha sido concluído.

CAPÍTULO IVDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM ESPÉCIE

Art. 205 - O processo administrativo disciplinar é o instrumento utilizado no Estado para apurar responsabilidade de servidor por irregularidade ou infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação direta com o exercício do cargo em que se encontre efetivamente investido.

Art. 206 - O processo administrativo disciplinar será conduzido por comissão composta de 3 (três) servidores estáveis, com formação superior, sendo pelo menos um com titulação em Ciências Jurídicas e Sociais, designados pela autoridade competente, que indicará, dentre eles, o seu presidente.

§ 1º - O presidente da comissão designará, para secretariá-la, um servidor que não poderá ser escolhido entre os componentes da mesma.

§ 2º - Os membros da comissão não deverão ser de hierarquia inferior à do indiciado, nem estarem ligados ao mesmo por qualquer vínculo de subordinação. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Arts. 202 a 206

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§ 3º - Não poderá integrar a comissão, nem exercer a função de secretário, o servidor que tenha feito a denúncia de que resultar o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou parente do acusado, consangüíneo ou afi m, em linha reta ou colateral, até 3º grau.

§ 4º - Nos casos em que a decisão fi nal for da alçada exclusiva do Governador do Estado ou de dirigente máximo de autarquia ou fundação pública, o processo administrativo--disciplinar será conduzido por Procurador do Estado, na condição de Autoridade Proces-sante, observando-se, no que couber, as demais normas do procedimento. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.902/96)

§ 5º - Na hipótese anterior, será coletivo o parecer previsto no inciso IV do artigo 115 da Constituição Estadual, que deverá ser emitido também nos casos em que o processo for encaminhado à decisão fi nal de dirigente máximo de autarquia ou fundação pública. (In-cluído pela Lei Complementar n.º 10.902/96)

Art. 207 - A comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo absoluto e necessário à elucidação do fato, ou exigido pelo interesse da Administração.

Parágrafo único - As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.

Art. 208 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente, de mais de uma comissão, podendo esta ser incumbida de mais de um processo disciplinar.

Art. 209 - O membro da comissão ou o servidor designado para secretariá-la não poderá fazer parte do processo na qualidade de testemunha, tanto da acusação como da defesa.

Art. 210 - A comissão somente poderá deliberar com a presença absoluta de todos os seus membros.

Parágrafo único - A ausência, sem motivo justifi cado, por mais de duas sessões, de qualquer dos membros da comissão ou de seu secretário, determinará, de imediato, a substituição do faltoso, sem prejuízo de ser passível de punição disciplinar por falta de cumprimento do dever funcional.

Art. 211 - O processo administrativo disciplinar se desenvolverá, necessariamente, nas seguintes fases:

I - instauração, ocorrendo a partir do ato que constituir a comissão;

II - processo administrativo disciplinar, propriamente dito, compreendendo a instrução, defesa e relatório;

III - julgamento.

Art. 212 - O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não poderá exceder a 60 (sessenta) dias, contados da data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias de cunho excepcional assim o exigirem.

§ 1º - Sempre que necessário, a comissão desenvolverá seus trabalhos em tempo integral, fi cando seus membros e respectivo secretário, dispensados de suas atividades normais, até a entrega do relatório fi nal.

§ 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas, detalhando as deliberações adotadas.

Arts. 206 a 212

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Art. 213 - O processo administrativo disciplinar, instaurado pela autoridade competente para aplicar a pena disciplinar, deverá ser iniciado no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados da data em que for publicada a designação dos membros da comissão.

Art. 214 - Todos os termos lavrados pelo secretário da comissão, tais como, autuação, juntada, intimação, conclusão, data, vista, recebimento de certidões, compromissos, terão formas processuais, resumindo-se tanto quanto possível.

Art. 215 - Será feita por ordem cronológica de apresentação toda e qualquer juntada aos autos, devendo o presidente rubricar as folhas acrescidas.

Art. 216 - Figurará sempre, nos autos do processo, a folha de antecedentes do indiciado.

Art. 217 - No processo administrativo disciplinar, poderá ser argüida suspeição, que se regerá pelas normas da legislação comum.

Art. 218 - Quando ao servidor se imputar crime praticado na esfera administrativa, a autoridade que determinar a instauração do processo administrativo disciplinar providenciará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito policial.

Parágrafo único - Idêntico procedimento compete à autoridade policial quando se tratar de crime praticado fora da esfera administrativa.

Art. 219 - As autoridades administrativas e policiais se auxiliarão, mutuamente, para que ambos os inquéritos se concluam dentro dos prazos fi xados nesta lei.

Art. 220 - A absolvição do processo crime, a que for submetido o servidor, não implicará na permanência ou retorno do mesmo ao serviço público se, em processo administrativo disciplinar regular, tiver sido demitido em virtude de prática de atos que o inabilitem mo-ralmente para aquele serviço.

Art. 221 - Acarretarão a nulidade do processo:

a) a determinação de instauração por autoridade incompetente;

b) a falta de citação ou notifi cação, na forma determinada nesta lei;

c) qualquer restrição à defesa do indiciado;

d) a recusa injustifi cada de promover a realização de perícias ou quaisquer outras diligências convenientes ao esclarecimento do processo;

e) os atos da comissão praticados apenas por um dos seus membros;

f) acréscimos ao processo depois de elaborado o relatório da comissão sem nova vista ao indiciado;

g) rasuras e emendas não ressalvadas em parte substancial do processo.

Art. 222 - As irregularidades processuais que não constituírem vícios substanciais in-sanáveis, suscetíveis de infl uírem na apuração da verdade ou decisão do processo, não determinarão a sua nulidade.

Art. 223 - A nulidade poderá ser argüida durante ou após a formação da culpa, devendo fundar-se a sua argüição em texto legal, sob pena de ser considerada inexis tente.

Arts. 213 a 223

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CAPÍTULO VDO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 224 - O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização de todos os meios de prova em direito admiti-dos, podendo as mesmas serem produzidas “ex-offi cio”, pelo denunciante ou pelo acusado, se houver, ou a requerimento da parte com legitimidade para tanto.

Art. 225 - Quando o inquérito administrativo for precedido de sindicância, o relatório desta integrará a instrução do processo como peça informativa.

Parágrafo único - Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração prati-cada consta capitulada como ilícito penal, a autoridade competente providenciará no en-caminhamento de cópias dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 226 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, aca-reações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

§ 1º - A designação dos peritos deverá obedecer ao critério da capacidade técnica espe-cializada, observadas as provas de habilitação estabelecidas em lei, e só poderá recair em pessoas estranhas ao serviço público estadual, na falta de servidores aptos a prestarem assessoramento técnico.

§ 2º - Para os exames de laboratório, porventura necessários, recorrer-se-á aos estabe-lecimentos particulares somente quando inexistirem ofi ciais ou quando os laudos forem insatisfatórios ou incompletos.

Art. 227 - É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de procurador habilitado, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de provas periciais.

§ 1º - Só será admitida a intervenção de procurador, no processo disciplinar, após a apre-sentação do respectivo mandato, revestido das formalidades legais.

§ 2º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, me-ramente protelatórios, ou de nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.

§ 3º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimentos especializados de peritos.

SEÇÃO II

DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 228 - O presidente da comissão, ao instalar os trabalhos, autuará portaria e demais peças existentes e designará dia, hora e local para a audiência inicial, citando o indiciado, se houver, para interrogatório e acompanhamento do processo.

§ 1º - A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por via postal, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis da data marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua qualifi cação e a tipifi cação da infração que lhe é imputada.

Arts. 224 a 228

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§ 2º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá o fato ser certifi cado, à vista de, no mínimo, 2 (duas) testemunhas.

§ 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, a citação será feita por edital, publicada no órgão ofi cial por 3 (três) vezes, com prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da primeira publicação, juntando-se comprovante ao processo.

§ 4º - Quando houver fundada suspeita de ocultação do indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa, na forma dos arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil.

§ 5º - Estando o indiciado afastado do seu domicílio e conhecido o seu endereço em outra localidade, a citação será feita por via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento.

§ 6º - A citação pessoal, as intimações e as notifi cações serão feitas pelo secretário da comissão, apresentando ao destinatário o instrumento correspondente em duas vias para que, retendo uma delas, passe recibo devidamente datado na outra.

§ 7º - Quando o indiciado comparecer voluntariamente junto à comissão, será dado como citado.

§ 8º - Não havendo indiciado, a comissão intimará as pessoas, servidores, ou não, que, presumivelmente, possam esclarecer a ocorrência, objeto do inquérito.

Art. 229 - Na hipótese de a comissão entender que os elementos do processo são insufi cientes para bem caracterizar a ocorrência, poderá ouvir previamente a vítima ou o denunciante da irregularidade ou infração funcional.

Art. 230 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado, o processo prosseguirá à revelia, com defensor dativo designado pelo presidente da comissão, procedendo-se da mesma forma com relação ao que se encontre em lugar incerto e não sabido ou afastado da localidade de seu domicílio.

Art. 231 - O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por intermédio de defensor, a as-sistir aos atos probatórios que se realizarem perante a comissão, requerendo medidas que julgar convenientes.

Parágrafo único - O indiciado poderá requerer ao presidente da comissão a designação de defensor dativo, caso não o possuir.

Art. 232 - O indiciado, dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis após o interrogatório, poderá requerer diligência, produzir prova documental e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito).

§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas e o indiciado, dentro do prazo de 3 (três) dias úteis, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.

§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente, podendo ser promovida acareação, sempre que divergirem em suas declarações.

Art. 233 - As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo.

Parágrafo único - Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será remetida ao chefe da repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que procederá à inquirição.

Arts. 228 a 233

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Art. 234 - Serão assegurados transporte e diárias:

I - ao servidor convocado para prestar depoimento, fora da sede de sua repartição, na condição de denunciante, indiciado ou testemunha;

II - aos membros da comissão e ao secretário da mesma, quando obrigados a se des-locarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Art. 235 - O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apon-tamentos.

§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, se possível no mesmo dia, ouvindo--se previamente, as apresentadas pelo denunciante; a seguir, as indicadas pela comissão e, por último, as arroladas pelo indiciado.

§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou divergentes entre si, proceder-se-á à acareação dos depoentes.

§ 3º - Antes de depor, a testemunha será qualifi cada, declarando o nome, estado civil, profi ssão, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas.

Art. 236 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fi m de evitar-se que uma ouça o depoimento da outra.

Art. 237 - O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.

Art. 238 - A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos em lei penal.

§ 1º - Se arrolados como testemunha, o Governador do Estado, os Secretários, os dirigentes máximos de autarquias, bem como outras autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento será colhi-do em dia, hora e local previamente ajustados entre o presidente da comissão e a autoridade.

§ 2º - Os servidores estaduais arrolados como testemunhas serão requisitados junto às respectivas chefi as e, os federais e os municipais, bem como os militares, serão notifi cados por intermédio das repartições ou unidades a que servirem.

§ 3º - No caso em que as pessoas estranhas ao serviço público se recusem a depor perante a comissão, o presidente poderá solicitar à autoridade policial competente, providências no sentido de serem elas ouvidas na polícia, encaminhando, para tanto, àquela autoridade, a matéria reduzida a itens, sobre a qual devam ser ouvidas.

Art. 239 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica ofi cial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra.

Parágrafo único - O incidente de sanidade mental será processado em autos apartados e apensos ao processo principal, após expedição do laudo pericial.

Arts. 234 a 239

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Art. 240 - O indiciado que mudar de residência fi ca obrigado a comunicar à comissão o local onde será encontrado.

Art. 241 - Durante o curso do processo, a comissão promoverá as diligências que se fi zerem necessárias à elucidação do objeto do inquérito, podendo, inclusive, recorrer a técnicos e peritos.

Parágrafo único - Os órgãos estaduais atenderão com prioridade às solicitações da co-missão.

Art. 242 - Compete à comissão tomar conhecimento de novas imputações que surgirem, durante o curso do processo, contra o indiciado, caso em que este poderá produzir novas provas objetivando sua defesa.

Art. 243 - Na formação material do processo, todos os termos lavrados pelo secretário terão forma sucinta e, quando possível, padronizada.

§ 1º - A juntada de documentos será feita pela ordem cronológica de apresentação mediante despacho do presidente da comissão.

§ 2º - A cópia da fi cha funcional deverá integrar o processo desde a indiciação do servidor, bem como, após despacho do presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que permita a intervenção de procurador, se for o caso.

Art. 244 - Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o indiciado, ou seu defensor legalmente constituído, para, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da intimação, apresentar defesa por escrito, sendo-lhe facultada vista aos autos na forma da lei.

§ 1º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 2º - O prazo de defesa, excepcionalmente, poderá ser suprimido, a critério da comissão, quando esta a julgar desnecessária, face à inconteste comprovação da inocência do indiciado.

Art. 245 - Esgotado o prazo de defesa, a comissão apresentará, dentro de 10 (dez) dias, minucioso relatório, resumindo as peças essenciais dos autos e mencionando as provas principais em que se baseou para formular sua convicção.

§ 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do sindicado.

§ 2º - Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada antes da fl uência do prazo, contar-se-á o destinado à feitura do relatório a partir do dia seguinte ao da dispensa da apresentação.

§ 3º - No relatório, a comissão apreciará em relação a cada indiciado, separadamente, as irregularidades, objeto de acusação, as provas que instruírem o processo e as razões de defesa, propondo, justifi cadamente, a absolvição ou a punição, sugerindo, nesse caso, a pena que couber.

§ 4º - Deverá, também, a comissão, em seu relatório, sugerir providências tendentes a evitar a reprodução de fatos semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer outras que lhe pareçam de interesse do serviço público estadual.

Art. 246 - O relatório da comissão será encaminhado à autoridade que determinou a sua instauração para apreciação fi nal no prazo de 30 (trinta) dias.

Arts. 240 a 246

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§ 1º - Apresentado o relatório, a comissão fi cará à disposição da autoridade que houver instaurado o inquérito para qualquer esclarecimento ou providência julgada necessária.

§ 2º - Quando não for da alçada da autoridade a aplicação das penalidades e das provi-dências indicadas, estas serão propostas a quem de direito competir, no prazo marcado para julgamento.

§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para julgamento fi nal será de 20 (vinte) dias.

§ 4º - A autoridade julgadora promoverá a publicação em órgão ofi cial, no prazo de 8 (oito) dias, da decisão que proferir, expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará as providências necessárias a sua execução.

§ 5º - Cumprido o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á ciência da solução do processo ao autor da representação e à comissão, procedendo-se, após, ao seu arquivamento.

§ 6º - Se o processo não for encaminhado à autoridade competente no prazo de 30 (trinta) dias, ou julgado no prazo determinado no § 3º, o indiciado poderá reassumir, automatica-mente, o exercício do seu cargo, onde aguardará o julgamento.

CAPÍTULO VI

DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU POR AUSÊNCIAS EXCESSIVAS AO SERVIÇO

Art. 247 - É dever do chefe imediato conhecer os motivos que levam o servidor a faltar consecutiva e freqüentemente ao serviço.

Parágrafo único - Constatadas as primeiras faltas, deverá o chefe imediato, sob pena de se tornar co-responsável, comunicar o fato ao órgão de apoio administrativo da repartição que promoverá as diligências necessárias à apuração da ocorrência.

Art. 248 - Quando o número de faltas não justifi cadas ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou 60 (sessenta) intercaladas durante um ano, a repartição onde o servidor estiver em exercício promoverá sindicância e, à vista do resultado nela colhido, proporá:

I - a solução, se fi car provada a existência de força maior, coação ilegal ou circunstância ligada ao estado físico ou psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o aban-dono do cargo ou que possa determinar a justifi cabilidade das faltas;

II - a instauração de inquérito administrativo se inexistirem provas das situações mencio-nadas no inciso anterior, ou existindo, forem julgadas insatisfatórias.

§ 1º - No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar defesa.

§ 2º - Para aferição do número de faltas, as horas serão convertidas em dias, quando o servidor estiver sujeito a regime de plantões.

§ 3º - Salvo em caso de fi car caracterizada, desde logo, a intenção do faltoso em abando-nar o cargo, ser-lhe-á permitido continuar em exercício, a título precário, sem prejuízo da conclusão do processo.

§ 4º - É facultado ao indiciado, por abandono de cargo ou por ausências excessivas ao serviço, no decurso do correspondente processo administrativo disciplinar, requerer sua exoneração, a juízo da autoridade competente.

Arts. 246 a 248

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CAPÍTULO VIIDA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 249 - O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, uma única vez, a qual-quer tempo ou “ex-offi cio”, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justifi car a inocência ou inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º - O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem permite agravação da pena.

§ 2º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa de sua família poderá requerer revisão do processo.

§ 3º - No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser requerida pelo respectivo curador.

Art. 250 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 251 - O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente que, se a autorizar, encaminhará o pedido ao órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

Art. 252 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias de prazo para a conclusão dos trabalhos.

Art. 253 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade nos termos do artigo 246, no prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, durante o qual poderá determinar as diligências que julgar necessárias.

Art. 254 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor.

TÍTULO VI

DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA AO SERVIDOR

Art. 255 - O Estado manterá órgão ou entidade de previdência e assistência médica, odontológica e hospitalar para seus servidores e dependentes, mediante contribuição, nos termos da lei.

Art. 256 - Caberá, especialmente ao Estado, a concessão dos seguintes benefícios, na forma prevista nesta lei:

I - abono familiar;

II - licença para tratamento de saúde;

III - licença-gestante, à adotante e licença-paternidade;

IV - licença por acidente em serviço;

V - aposentadoria;

VI - auxílio-funeral;

VII - complementação de pensão.

§ 1º - Além das concessões de que trata este artigo, será devido o auxílio-transporte, correspondente à necessidade de deslocamento do servidor em atividade para seu local de trabalho e vice-versa, nos termos da lei.

Arts. 249 a 256

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152

§ 2º - O Estado concederá o auxílio-refeição, na forma da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 3º - A lei regulará o atendimento gratuito de fi lhos e dependentes de servidores, de zero a seis anos, em creches e pré-escola.

Art. 257 - O auxílio-funeral é a importância devida à família do servidor falecido, ativo ou inativo, em valor equivalente:

I - a um mês de remuneração ou provento que perceberia na data do óbito, considerados eventuais acúmulos legais;

II - ao montante das despesas realizadas, respeitando o limite fi xado no inciso anterior, quando promovido por terceiros.

Parágrafo único - O processo de concessão de auxílio-funeral obedecerá a rito sumário e concluir-se-á no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da prova do óbito, subordinando-se o pagamento à apresentação dos comprovantes da despesa.

Art. 258 - Em caso de falecimento de servidor ocorrido quando no desempenho de suas funções, fora do local de trabalho, inclusive em outro Estado ou no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos do Estado, autarquia ou fundação de direito público.

Art. 259 - Ao cônjuge ou dependente do servidor falecido em conseqüência de acidente em serviço ou agressão não-provocada, no exercício de suas atribuições, será conce-dida complementação da pensão que, somada à que perceber do órgão de Previdência do Estado, perfaça a totalidade da remuneração percebida pelo servidor, quando em atividade.

Art. 260 - Caberá ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul a concessão de benefícios e serviços, na forma prevista em lei específi ca.

Parágrafo único - Todo servidor abrangido por esta lei deverá, obrigatoriamente, ser contribuinte do órgão previdenciário de que trata este artigo. (Vide Lei Complementar n.º 10.776/96)

TÍTULO VIIDA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 261 - Para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a Admi-nistração estadual poderá efetuar contratações de pessoal, por prazo determinado, na forma da lei.

Parágrafo único - Para os fi ns previstos neste artigo, consideram-se como necessidade temporária de excepcional interesse público as contratações destinadas a:

I - combater surtos epidêmicos;

II - atender situações de calamidade pública;

III - atender a outras situações de urgência que vierem a ser defi nidas em lei.

Arts. 256 a 261

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TÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 262 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor público estadual.

Art. 263 - Poderão ser conferidos, no âmbito da administração estadual, autarquia e fun-dações de direito público, prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que possibilitem o aumento da produtividade e a redução de custos operacionais, bem como concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e louvor, na forma do regulamento.

Art. 264 - Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, fi cando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Parágrafo único - Os avanços e os adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) serão pagos a partir do primeiro dia do mês em que for completado o período de concessão.

Art. 265 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção fi losófi ca ou política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 266 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes dos defi nidos em lei ou regu-lamento, como próprio do seu cargo ou função, não decorre nenhum direito ao servidor, ressalvadas as comissões legais.

Art. 267 - É vedado às chefi as manterem sob suas ordens cônjuges e parentes até segundo grau, salvo quando se tratar de função de imediata confi ança e livre escolha, não podendo, porém, exceder de dois o número de auxiliares nessas condições.

Art. 268 - Serão assegurados ao servidor público civil os direitos de associação profi ssional ou sindical.

Art. 269 - Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e fi lhos, quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem no seu assentamento individual.

Parágrafo único - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união estável como entidade familiar.

Art. 270 - A atribuição de qualquer direito e vantagem, cuja concessão dependa de ato ou portaria do Governador do Estado, ou de outra autoridade com competência para tal, somente produzirá efeito a partir da data da publicação no órgão ofi cial.

Art. 271 - Os servidores estaduais, no exercício de suas atribuições, não estão su-jeitos a sanções disciplinares por crítica irrogada em quaisquer escritos de natureza administrativa.

Parágrafo único - A requerimento do interessado, poderá a autoridade suprimir as críticas irrogadas.

Art. 272 - O servidor que esteja sujeito à fi scalização de órgão profi ssional e for suspenso do exercício da profi ssão, enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade que envolva responsabilidade técnico-profi ssional.

Arts. 262 a 272

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154

Art. 273 - O Poder Executivo regulará as condições necessárias à perfeita execução desta lei, observados os princípios gerais nela consignados.

Art. 274 - O disposto nesta lei é extensivo às autarquias e às fundações de direito público, respeitada, quanto à prática de atos administrativos, a competência dos respectivos titulares.

Art. 275 - Os dirigentes máximos das autarquias e fundações de direito público poderão praticar atos administrativos de competência do Governador, salvo os indelegáveis, nas áreas de suas respectivas atuações.

CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 276 - Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta lei, na qualidade de servidores públicos, os servidores estatutários da Administração Direta, das autarquias e das fundações de direito público, inclusive os interinos e extranumerários, bem como os servidores estabilizados vinculados à Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide Lei n.º 11.129/98 e Lei Complementar n.º 10.248/94)

§ 1º - Os servidores celetistas de que trata o “caput” deverão manifestar, formalmente, no prazo de 90 (noventa) dias após a promulgação desta lei, a opção de não integrarem o regime jurídico por esta estabelecido. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 2º - Os cargos ocupados pelos nomeados interinamente e as funções correspondentes aos extranumerários e contratados de que trata este artigo, fi cam transformados em cargos de provimento efetivo, em classe inicial, em número certo, operando-se automaticamente a transposição dos seus ocupantes, observada a identidade de denominação e equivalência das atribuições com cargos correspondentes dos respectivos quadros de pessoal. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Declarada a inconstitucionalidade da expressão na ADI n.º 1150)

§ 3º - Nos órgãos em que já exista sistema de promoção para servidores celetistas, a transformação da respectiva função será para o cargo de provimento efetivo em classe correspondente. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, confor-me DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide ADI n.º 1150 que deu ao texto exegese conforme à Constituição Federal, a fi m de excluir de seu alcance as funções ou empregos relativos a servidores celetistas que não se submeteram ao concurso aludido no art. 37, inciso II da Constituição Federal, ou referido no § 1º do art. 19 do ADCT)

§ 4º Os cargos de provimento efetivo resultantes das disposições deste artigo, excetuados da norma de que trata o artigo 6º desta lei, serão extintos à medida que vagarem. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94) (Vide ADI n.º 1150 que deu ao texto exegese conforme à Constituição Federal, a fi m de excluir de seu alcance as funções ou empregos relativos a servidores celetistas que não se submeteram ao concurso aludido no art. 37, inciso II da Constituição Federal, ou referido no § 1º do art. 19 do ADCT)

§ 4º - Os cargos de provimento efetivo resultantes das disposições deste artigo, excetuados os providos na forma do artigo 6º, terão carreira de promoção própria, extinguindo-se à medida que vagarem, ressalvados os Quadros próprios, criados por lei, cujos cargos são providos no sistema de carreira, indistintamente, por servidores celetistas e estatutários. (Redação dada pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

Arts. 273 a 276

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155

§ 5º - Para efeitos de aplicação deste artigo, não serão consideradas as situações de fato em desvio de função. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 6º - Os contratados por prazo determinado terão seus contratos extintos, após o venci-mento do prazo de vigência. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 7º - Excepcionada a situação prevista no parágrafo 3º deste artigo, fi ca assegurada ao servidor, a título de vantagem pessoal, como parcela autônoma, nominalmente identifi cável, a diferença resultante entre a remuneração básica da função anteriormente desempenhada sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho e a do cargo da classe inicial da cate-goria funcional para a qual foi transposto. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

Art. 277 - São considerados extintos os contratos individuais de trabalho dos servidores que passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276, desta lei, fi cando--lhes assegurada a contagem do tempo anterior de serviço público estadual para todos os efeitos, exceto para os fi ns previstos no inciso I do artigo 151, na forma da lei. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 1º - O servidor que houver implementado o período aquisitivo que lhe assegure o direito a férias no regime anterior, será obrigado a gozá-las, imediatamente, aplicando-se ao período restante o disposto no § 2º deste artigo. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 2º - Para integralizar o período aquisitivo de férias regulamentares de que trata o § 1º do artigo 67, será computado 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício no regime anterior. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

§ 3º - O servidor que, até 31 de dezembro de 1993, não tenha completado o qüinqüênio de que trata o artigo 150 desta Lei Complementar, terá assegurado o cômputo desse período para fi ns de concessão de licença-prêmio, inclusive para os efeitos do inciso I do artigo 151 da mesma Lei. (Incluído pela Lei Complementar n.º 10.248/94)

Art. 278 - Os saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, dos servidores celetistas que passarem a integrar o regime jurídico na forma do artigo 276, desta lei, poderão ser sacados nas hipóteses previstas pela legislação federal vigente so-bre a matéria. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Parágrafo único - O saldo da conta individualizada de servidores não optantes pelo FGTS reverterá em favor do Estado ou da entidade depositante. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 279 - Aplicam-se as disposições desta lei aos integrantes do Plano de Carreira do Magis-tério Público Estadual, na forma prevista no art. 154 da Lei nº 6.672, de 22 de abril de 1974.

Art. 280 - As disposições da Lei nº 7.366, de 29 de março de 1980, que não confl itarem com os princípios estabelecidos por esta lei, permanecerão em vigor até a edição de lei complementar, prevista no art. 134 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 281 - A exceção de que trata o artigo 1º se estende aos empregados portuários e hidroviários, vinculados à entidade responsável pela administração de portos de qualquer natureza, hidrovias e obras de proteção e regularização, que continuarão a adotar o regi-me da Lei nº 4.860/65, a legislação trabalhista, a legislação portuária federal e a política nacional de salários, observado o quadro de pessoal próprio.

Arts. 276 a 281

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do RGS – Lei Complementar nº 10.098/1994

156

Art. 282 - A diferença de proventos, instituída pelo Decreto-Lei nº 1.145/46, estendida às autarquias pela Lei nº 1.851/52 e Ato 206/76 – DEPREC, aplica-se ao pessoal contratado diretamente sob regime jurídico trabalhista do Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais, vinculado à Previdência Social Federal. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Parágrafo único - A diferença de proventos será concedida somente quando o empregado satisfi zer os requisitos da aposentadoria pela legislação estadual em vigor e que sejam estáveis no serviço público, a teor do art. 19 do Ato das Disposições Transitórias da Consti-tuição Federal. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 283 - Os graus relativos aos cargos organizados em carreira a que se refere esta lei, enquanto não editada a lei complementar de que trata o art. 31 da Constituição do Estado, correspondem as atuais classes. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 284 - Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da Constituição Federal e da Constituição Estadual, o direito à livre organização sindical e os seguintes direitos, entre outros, dela decorrentes: (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto processual; (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até 01 (um) ano após o fi nal do mandato, exceto se a pedido; (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for fi liado, o valor das mensalidades e contribuições defi nidas em assembléia geral da categoria. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 285 - No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da promulgação desta lei, o Poder Executivo deverá encaminhar ao Poder Legislativo, projeto de lei que trate do quadro de carreira dos funcionários de escola. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 286 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.

Art. 287 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos suplementares necessários à cober-tura das despesas geradas por esta lei.

Art. 288 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a contar de 1º de janeiro de 1994. (Vetado pelo Governador e mantido pela Assembleia Legislativa, conforme DOE n.º 66, de 08/04/94)

Art. 289 - Ressalvados os direitos adquiridos, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, são revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 3 de fevereiro de 1994.

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa.

Arts. 282 a 289

TAXA JUDICIÁRIA

LEIS NOS 7.221, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1978, E 8.960, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1989.

TAXA JUDICIÁRIA

Lei nº 7.221, de 13 de dezembro de 1978 (arts. 1º a 14) ...................................... 161

Lei nº 8.960, de 28 de dezembro de 1989

Da incidência (art. 1º) ....................................................................................... 163

Do contribuinte (art. 2º) .................................................................................... 163

Do responsável (art. 3º) .................................................................................... 164

Das isenções (art. 4º) ....................................................................................... 164

Base de cálculo (arts. 5º e 6º) ........................................................................... 165

Da alíquota (art. 7º) ......................................................................................... 166

Do pagamento (arts. 8º a 10) ............................................................................ 168

Das disposições gerais (arts. 11 a 13) ................................................................. 169

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

161

LEI Nº 7.221, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1978.

Altera a Taxa Judiciária e dá outras providências.

SINVAL GUAZZELLI, Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 66, item IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - A taxa judiciária devida ao Estado será cobrada de acordo com a tabela e normas estabelecidas nesta Lei.

“Art. 2º - Nas causas em geral, de valor superior a 15 ORTEs, a Taxa Judiciária será cobrada me-diante a aplicação da alíquota de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) sobre o valor da causa.

Parágrafo único - O valor máximo cobrável, a título de Taxa Judiciária, não deverá exceder a 100 ORTEs. (art. 2º com redação dada pela L nº 8.097/85).

Art. 3º - Nos feitos cíveis de valor inestimável e nos processos criminais de ação privada, a Taxa Judiciária será cobrada sobre o valor correspondente a 50 ORTEs. (art. 3º com re-dação dada pela L nº 8.097/85).

Art. 4º - Nos processos criminais, quando o réu condenado não for pobre, será devida a taxa prevista no artigo anterior.

Parágrafo único - Nos processos criminais em que houver assistência à acusação, sendo o réu absolvido, competirá àquela o pagamento, por metade, da taxa estabelecida no art. 3º.

Art. 5º - A taxa será devida por metade nos feitos seguintes:

a) ações cautelares;

b) inventários e arrolamentos, quando o valor do monte-mor for inferior a 2.000 ORTEs;

c) procedimentos de jurisdição voluntária, não favorecidos por isenção;

d) pedidos de restituição, nos processos falimentares;

e) execução por título judicial;

f) ações sob rito sumaríssimo, de valor inferior a 50 ORTEs, quando propostas por pessoa natural. (art. 5º com redação dada pela L nº 8.097/85).

Art. 6º - Nas ações de separação ou divórcio, consensual ou judicial, a taxa devida será a prevista no art. 3º.

Parágrafo único - Nas causas a que alude o caput, quando houver partilha de valor patri-monial declarado, a taxa devida será a estabelecida para os inventários.

Art. 7º - Nas ações de acidentes do trabalho, a taxa será paga a fi nal, pelo condenado à indenização.

Art. 8º - A oposição, a reconvenção e a declaratória incidental pagarão a taxa prevista na tabela constante do art. 2º, sobre o valor declarado.

Art. 9º - Nos processos intentados pelo Ministério Público ou por pessoa de Direito Público, a taxa judiciária será devida pela parte contrária, quando vencida.

Arts. 1º a 9ºTaxa Judiciária – Lei nº 7.221/1978

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

162

Art. 10 - O valor da ORTE, para os efeitos desta Lei, será:

a) o vigente em dezembro do exercício anterior, para os meses de janeiro a junho;

b) o vigente em junho, para os meses de julho a dezembro”. (art. 10 com redação dada pela L 8.097/85)

Art. 11 - Nos processos em que o autor gozar do benefício da justiça gratuita, a taxa será paga a fi nal pelo vencido, se não tiver a mesma assistência.

Art. 12 - São isentos da taxa judiciária:

a) os pedidos de licença para a venda ou permuta de bens de menores ou incapazes;

b) os pedidos de levantamento de dinheiro em favor de menores, incapazes, benefi ciários de previdência social e viúvas de funcionários públicos;

c) as declarações de crédito em apenso aos processos de inventário, arrolamento e nos de falência;

d) os pedidos de “habeas-corpus”;

e) os procedimentos de nomeação ou remoção de tutores e curadores;

f) os procedimentos de apresentação de testamento;

g) as justifi cações para evitar o impedimento de que trata o art. 183, XIII, do Código Civil Brasileiro;

h) as prestações de contas de leiloeiros, corretores, tutores, curadores testamenteiros e inventariantes;

i) as ações de alimentos;

j) as habilitações de casamento;

l) as ações de desapropriação;

m) as ações populares;

n) os embargos de devedor.

Art. 13 - Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 14 - Esta Lei entrará em vigor a 1º de janeiro de 1979.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 13 de dezembro de 1978.

(DOE de 13.12.78 - v. L 8.881/89).

Arts. 10 a 14 Taxa Judiciária – Lei nº 7.221/1978

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

163

LEI Nº 8.960, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1989.(ATUALIZADA ATÉ A LEI Nº 13.379, DE 19 DE JANEIRO DE 2010)

Dispõe sobre a Taxa Judiciária.

DA INCIDÊNCIA

Art. 1º - O fato gerador da Taxa Judiciária é a prestação de serviços de natureza judiciária pelos órgãos do Poder Judiciário do Estado, compreendendo o processo de conhecimento, de execução, cautelar e os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa ou voluntária.

Parágrafo único - Considera-se ocorrido o fato gerador na data da propositura da ação.

Parágrafo único - Considera-se ocorrido o fato gerador na data da propositura da ação, exceto quando se tratar de inventário que se processe pela forma de arrolamento, hipó-tese em que se considera ocorrido o fato gerador na data da entrada do procedimento administrativo na Fazenda Pública Estadual, nos termos da legislação do Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD) instituído pela Lei nº 8.821, de 27 de janeiro de 1989, e Imposto de Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos (ITBI) previsto na Lei nº 7.608, de 29 de dezembro de 1981. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

Art. 1º - O fato gerador da Taxa Judiciária é a prestação de serviços de natureza judiciária pelos órgãos do Poder Judiciário do Estado, compreendendo o processo de conhecimento, inclusive a fase de cumprimento de sentença, de execução, cautelar e os procedimentos especiais de jurisdição contenciosa ou voluntária. (Redação dada pela Lei nº 12.765/07)

§ 1º - Considera-se ocorrido o fato gerador na data da propositura da ação. (Redação dada pela Lei nº 12.765/07)

§ 2º - Para os fi ns do disposto no Livro I, Título VIII, Capítulo X, do CPC, considera-se ocorrido o fato gerador na data do requerimento, pelo credor, de expedição do mandado de penhora e avaliação. (Redação dada pela Lei nº 12.765/07)

DO CONTRIBUINTE

Art. 2º - São contribuintes da taxa:

I - a pessoa que solicita a prestação do serviço mencionado no artigo 1º;

II - a parte contrária, se vencida, nos processos intentados pelo Ministério Público ou por pessoa de direito público;

III - a parte vencida, se não tiver sido benefi ciada com justiça gratuita, nos processo em que o autor tiver utilizado este benefício;

IV - o assistente da acusação, nos processos criminais em que o réu tiver sido ab-solvido;

V - o empregador, se condenado a pagar indenização, nas ações de acidente de trabalho.

Arts. 1º e 2º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

164

DO RESPONSÁVEL

Art. 3º - São solidariamente responsáveis pelo pagamento da taxa:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o respectivo fato gerador;

II - os escrivães e contadores judiciais, em relação à devida em decorrência de atos prati-cados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.

Parágrafo único - A responsabilidade de que trata o item II será elidida se o escrivão informar, por escrito, à Fiscalização de Tributos Estaduais, os elementos necessários à constituição do crédito tributário, desde que o faça antes de iniciada a ação fi scal.

DAS ISENÇÕES

Art. 4º - São isentos da Taxa Judiciária:

I - os pedidos de licença para a venda ou permuta de bens de menores ou incapazes;

II - os pedidos de levantamento de dinheiro em favor de menores, incapazes, benefi ciários da previdência social cuja principal fonte de renda decorra exclusivamente desta e viúvas de funcionários públicos;

III - as declarações de crédito em apenso aos processos de inventário, de arrolamento, de falência e de concordata;

IV - os pedidos de “habeas-corpus”;

V - os procedimentos de nomeação ou remoção de tutores e curadores;

VI - os procedimentos de apresentação de testamento;

VII - as justifi cações para evitar o impedimento de que trata o artigo 183, XIII, do Código Civil Brasileiro;

VIII - as prestações de contas de leiloeiros, corretores, tutores, curadores, testamenteiros e inventariantes;

IX - as ações de alimentos;

X - as habilitações de casamento;

XI - as ações de desapropriação;

XII- as ações populares;

XIII - os embargos do devedor;

XIV - as causas em geral com valor inferior a 50 Unidades Padrão Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul (UPF-RS);

XIV - as causas em geral com valor inferior a 300 Unidades Ficais de Referência (UFIR); (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

XIV - as causas em geral com valor inferior a 300 Unidades Padrão Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul (UPF-RS); (Vide Lei nº 11.561/00)

XV - as ações de adoção e guarda judicial de menores;

Arts. 3º e 4º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

165

XVI - as causas contempladas com a assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei Federal nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950. (Incluído pela Lei nº 9.520/92)

XVII - a impugnação prevista no art. 475-J, § 1º, do CPC. (Incluído pela Lei nº 12.765/07)

BASE DE CÁLCULO

Art. 5º - A base de cálculo da Taxa Judiciária é o valor da causa.

§ 1º - Nos processos de inventário, arrolamento, separações e divórcios, o valor da causa é a avaliação procedida pela Fazenda Pública Estadual ou avaliação judicial.

§ 1º - Nos processos de inventário e arrolamento, o valor da causa é a avaliação procedida pela Fazenda Pública Estadual ou avaliação judicial, expresso em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UPF-RS. (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

§ 1º - Nos processos de inventário, inclusive nos processados sob a forma de arrolamento, o valor da causa é a avaliação procedida pela Fazenda Pública Estadual ou avaliação judi-cial, expressa em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UFIR. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 1º - Nos processos de inventário, inclusive nos processados sob a forma de arrolamen-to, o valor da causa é a avaliação procedida pela Fazenda Pública Estadual ou avaliação judicial, expressa em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UPF. (Vide Lei nº 11.561/00)

§ 2º - Nas adjudicações, o valor da causa é a avaliação procedida pela Fazenda Pública Municipal ou avaliação judicial.

§ 2º - Nos processos de separação, divórcio e adjudicação, o valor da causa, expresso em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UPF-RS, é a avaliação judicial ou avaliação procedida: (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

§ 2º - Nos processos de separação, divórcio e adjudicação, o valor da causa, expresso em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UFIR, é a avaliação judicial ou avaliação procedida: (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 2º - Nos processos de separação, divórcio e adjudicação, o valor da causa, expresso em moeda corrente nacional e o seu equivalente em quantidade de UPF, é a avaliação judicial ou avaliação procedida: (Vide Lei nº 11.561/00)

a) pela Fazenda Pública Estadual, quando o imposto sobre a transmissão for de competência do Estado; ou (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

b) pela Fazenda Pública Municipal, quando o imposto sobre a transmissão for de competência do Município. (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

§ 3º - Na hipótese dos §§ 1º e 2º, o valor pago quando do ingresso em juízo, se inferior ao estimado, será complementado na forma do artigo 5º, não se constituindo o contribuinte em mora até o prazo previsto no artigo 7º.

§ 3º - Nas hipóteses dos parágrafos anteriores, se o valor pago quando do ingresso em juízo for inferior ao estimado, aquele será complementado na forma dos artigos 6º e 7º, não caracterizando mora se o pagamento da complementação for efetuado até o prazo previsto no artigo 8º. (Redação dada pela Lei nº 9.457/91)

Arts. 4º e 5º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

166

§ 4º - É considerada como base de cálculo a importância equivalente a 500 UPF-RS, nas seguintes hipóteses:

§ 4º - É considerada como base de cálculo a importância equivalente a 2.800 UFIR, na seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 4º - É considerada como base de cálculo a importância equivalente a 2.800 UPF, na se-guintes hipóteses: (Vide Lei nº 11.561/00)

a) nos feitos cíveis de valor inestimável e nos processos criminais de ação privada;

b) nas ações de separação ou divórcio, consensual ou litigioso, em que não existirem bens a serem partilhados;

c) nos processos criminais, quando o réu condenado não for pobre.

§ 5º - Nos processos criminais em que houver assistência à acusação, sendo o réu absolvido, a base de cálculo é a importância equivalente a 250 UPF-RS.

§ 5º - Nos processos criminais em que houver assistência à acusação, sendo o réu absolvi-do, a base de cálculo é a equivalente a 1.400 UFIR. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 5º - Nos processos criminais em que houver assistência à acusação, sendo o réu absolvido, a base de cálculo é a equivalente a 1.400 UPF. (Vide Lei nº 11.561/00)

§ 6º - Na apuração da base de cálculo referente a qualquer das hipóteses previstas nos parágrafos 1º e 2º, não serão considerados, quando houver, os valores venais relativos a roupas, a utensílios agrícolas de uso manual, bem como a móveis e aparelhos de uso doméstico. (Incluído pela Lei nº 9.803/92)

Art. 6º - Se o réu impugnar o valor da causa e a decisão judicial vier a acolher a impugnação, e na hipótese das avaliações previstas nos §§ 1º e 2º do artigo anterior, a Taxa Judiciária será:

I - complementada pelo contribuinte, se o valor atribuído na avaliação for superior ao atribuído à causa;

II - devolvida, a requerimento do contribuinte, se o valor da avaliação for inferior ao atri-buído à causa.

Parágrafo único - Na hipótese dos incisos I e II, o valor já pago a título de Taxa Judiciária será convertido em UPF-RS, tomando-se como base o valor desta no mês do pagamento, para abatimento no momento da complementação. (REVOGADO pela Lei nº 9.457/91)

DA ALÍQUOTA

Art. 7º - As alíquotas da Taxa Judiciária, nas causas em geral, são:

I - 0,6%, nas causas com valor acima de 50 e até 10.000 UPF-RS;

I - 0,6%, nas causas com valor acima de 300 e até 60.000 UFIR; (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

I - 0,6%, nas causas com valor acima de 300 e até 60.000 UPF; (Vide Lei nº 11.561/00)

II - 0,9%, nas causas com valor acima de 10.000 e até 20.000 UPF-RS;

II - 0,9%, nas causas com valor acima de 60.000 e até 120.000 UFIR; (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

II - 0,9%, nas causas com valor acima de 60.000 e até 120.000 UPF; (Vide Lei nº 11.561/00)

Arts. 5º a 7º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

167

III - 1,2%, nas causas com valor acima de 20.000 UPF-RS.

III - 1,2%, nas causas com valor acima de 120.000 UFIR. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

III - 1,2%, nas causas com valor acima de 120.000 UPF. (Vide Lei nº 11.561/00)

Parágrafo único - A Taxa Judiciária não excederá o equivalente a 1.000 UPF-RS, tomando--se por base o valor desta no mês do pagamento.

§ 1º - A Taxa Judiciária não excederá o equivalente a 1.000 UPF-RS, tomando-se por base o valor desta no mês do pagamento. (Renumerado pela Lei nº 9.457/91)

§ 1º - A Taxa Judiciária não excederá o equivalente a 5.700 UFIR, tomando-se por base o valor desta no mês do pagamento. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 1º - A Taxa Judiciária não excederá o equivalente a 5.700 UPF, tomando-se por base o valor desta no mês do pagamento. (Vide Lei nº 11.561/00)

§ 2º - O valor da Taxa Judiciária será obtido aplicando-se a alíquota respectiva sobre o valor da causa. (Incluído pela Lei nº 9.457/91)

§ 3º - Nas hipóteses em que o valor da causa é igual ao da avaliação, conforme o disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 5º, o valor da taxa devida, calculada nos termos do parágrafo anterior, será convertido em quantidade de UPF-RS, tomando-se por base o valor desta no mês da avaliação. (Incluído pela Lei nº 9.457/91)

§ 3º - Nas hipóteses referidas no “caput” do artigo anterior, o valor da Taxa Judiciária devida, calculada nos termos do parágrafo anterior, será convertido em quantidade de UPF-RS, tomando-se por base o valor desta no mês da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

§ 3º - Nas hipóteses referidas no “caput” do artigo anterior, o valor da Taxa Judiciária devida, calculada nos termos do parágrafo anterior, será convertido em quantidade de UFIR, tomando--se por base o valor desta no mês da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 3º - Nas hipóteses referidas no “caput” do artigo anterior, o valor da Taxa Judiciária de-vida, calculada nos termos do parágrafo anterior, será convertido em quantidade de UPF, tomando-se por base o valor desta no mês da avaliação. (Vide Lei nº 11.561/00)

§ 4º - Quando, por força do disposto no artigo anterior, deva haver complementação ou devolução do valor da taxa pago por ocasião da propositura da ação, o valor a ser complementado ou devolvido será igual à diferença entre o valor calculado nos ter-mos deste artigo e o valor já pago, sendo esta diferença convertida em quantidade de UPF-RS, tomando-se por base o valor desta no mês do pagamento. (Incluído pela Lei nº 9.457/91)

§ 4º - Quando, por força do disposto no artigo anterior, deva haver complementação ou devolu-ção do valor da taxa, pago por ocasião da propositura da ação, o valor a ser complementado ou devolvido será apurado multiplicando-se o valor da UPF-RS no mês do pagamento complementar ou da devolução pela diferença entre: (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

a) a quantidade de UPF-RS efetivamente devida, obtida nos temos dos parágrafos 2º e 3º; e (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

Art. 7º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

168

b) a quantidade de UPF-RS já paga, obtida pela conversão do valor pago, a título de Taxa Judiciária, em quantidade de UPF-RS, tomando-se por base o valor desta no mês em que se deu o pagamento. (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

§ 4º - Quando, por força do disposto no artigo anterior, deva haver complementação ou devo-lução do valor da taxa, pago por ocasião da ocorrência do fato gerador, o valor a ser comple-mentado ou devolvido será apurado, multiplicando-se o valor da UFIR no mês do pagamento complementar ou da devolução pela diferença entre: (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

§ 4º - Quando, por força do disposto no artigo anterior, deva haver complementação ou devolução do valor da taxa, pago por ocasião da ocorrência do fato gerador, o valor a ser complementado ou devolvido será apurado, multiplicando-se o valor da UPF no mês do pagamento complementar ou da devolução pela diferença entre: (Vide Lei nº 11.561/00)

a) a quantidade de UFIR efetivamente devida, obtida nos termos dos parágrafos 2º e 3º; e (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

a) a quantidade de UPF efetivamente devida, obtida nos termos dos parágrafos 2º e 3º; e (Vide Lei nº 11.561/00)

b) a quantidade de UFIR já paga, obtida pela conversão do valor pago, a título de Taxa Judiciária, em quantidade de UFIR, tomando-se por base o valor desta no mês em que se deu o pagamento. (Redação dada pela Lei nº 10.801/96) (Vide Lei nº 11.561/00)

b) a quantidade de UPF já paga, obtida pela conversão do valor pago, a título de Taxa Ju-diciária, em quantidade de UPF, tomando-se por base o valor desta no mês em que se deu o pagamento. (Vide Lei nº 11.561/00)

DO PAGAMENTO

Art. 8º - O contribuinte pagará a Taxa Judiciária:

I - na data da propositura da ação;

I - na data da propositura da ação, exceto quando houver pedido de assistência judiciária e este for indeferido, hipótese em que o prazo para pagamento da Taxa Judiciária será de 30 (trinta) dias, contado da data do indeferimento do pedido; (Redação dada pela Lei nº 10.801/96)

II - nas hipóteses de complementação do valor da taxa, seja em decorrência de impugna-ção do réu, seja em conseqüência de estimativa fi scal, dentro de 10 (dez) dias a contar da decisão judicial que fi xar o valor da causa.

III - na fase de cumprimento de sentença (Livro 1, Título VIII, Capítulo X, do CPC), na data do requerimento, pelo credor, de expedição do mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 12.765/07)

Parágrafo único - Não prevalecerá a norma do inciso II nos casos de dissolução da sociedade conjugal e nas transmissões de bens, títulos ou créditos decorrentes de sucessão legítima ou testamentária, quando o prazo será de 30 (trinta) dias contados da data em que transitar em julgado a sentença homologatória do cálculo.

Parágrafo único - Não prevalecerá o disposto no inciso II, nas dissoluções de sociedade conjugal, nas transmissões de bens, títulos ou créditos decorrentes de sucessão legítima ou testamentária e nas adjudicações, hipóteses em que o prazo para pagamento da Taxa Judiciária será de 30 (trinta) dias, contado da data da decisão judicial homologatória do cálculo. (Redação dada pela Lei nº 9.803/92)

Arts. 7º e 8º

Taxa Judiciária – Lei nº 8.960/1989

169

Art. 9º - Não prevalecerá a norma do inciso I do artigo anterior, devendo a Taxa Judiciária ser paga na data do trânsito em julgado relativo às seguintes causas:

I - nas ações de acidente do trabalho, quando a Taxa Judiciária será paga pelo condenado à indenização;

II - nas ações intentadas pelo Ministério Público ou por pessoa de direito público, quando a taxa será paga pela parte contrária, se vencida;

III - nas ações em que o autor gozar da justiça gratuita, quando a taxa será paga pelo vencido, se não tiver a mesma assistência;

IV - nas ações criminais, quando a taxa será paga pela assistência da acusação se o réu for absolvido.

Art. 10 - O pagamento da Taxa Judiciária será efetuado no Banco do Estado do Rio Gran-de do Sul ou na Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul, podendo o Secretário de Estado da Fazenda credenciar outras instituições fi nanceiras nas localidades onde não existirem agências dessas instituições fi nanceiras.

Parágrafo único - Quando o valor da Taxa Judiciária for entregue ao serventuário responsável pelo seu recolhimento aos cofres públicos no último dia útil do mês, considerar-se-á esse dia como a data do pagamento do tributo, ainda que o efetivo recolhimento à rede bancária seja efetuada no primeiro dia útil seguinte. (Incluído pela Lei nº 9.803/92)

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11 - Aplicam-se ao tributo de que trata esta Lei:

I - as disposições da Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, e alterações;

I - as disposições da Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, exceto na hipótese da devolução prevista no § 4º do art. 7º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 13.379/10)

II - supletiva ou subsidiariamente as disposições contidas no Código Tributário Nacional.

Art. 12 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 1990.

Art. 13 - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 28 de dezembro de 1989.

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa.

Arts. 9º a 13

LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA

NACIONAL – LOMAN

LEI COMPLEMENTAR Nº 35, DE 14 DE MARÇO DE 1979.

LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL – LOMAN – LEI COMPLEMENTAR Nº 35/1979

Título I - Do Poder Judiciário .............................................................................. 175Capítulo I - Dos Órgãos do Poder Judiciário (arts. 1º a 20) ..................................... 175Capítulo II - Dos tribunais (art. 21) ..................................................................... 178Capítulo III - Dos magistrados (arts. 22 a 24) ...................................................... 178Título II - Das garantias da Magistratura e das prerrogativas do magistrado ............. 180Capítulo I - Das garantias da Magistratura ........................................................... 180 Seção I - Da vitaliciedade (arts. 25 a 29) ........................................................ 180 Seção II - Da inamovibilidade (arts. 30 e 31) .................................................. 181 Seção III - Da irredutibilidade de vencimentos (art. 32) .................................... 181Capítulo II - Das prerrogativas do magistrado (arts. 33 e 34) ................................. 181Título III - Da disciplina judiciária ....................................................................... 182Capítulo I - Dos deveres do magistrado (arts. 35 a 39) .......................................... 182Capítulo II - Das penalidades (arts. 40 a 48) ........................................................ 183Capítulo III - Da responsabilidade civil do magistrado (art. 49) ............................... 184Capítulo IV - Do Conselho Nacional da Magistratura (arts. 50 a 60) ......................... 184Título IV - Dos vencimentos, vantagens e direitos dos magistrados ......................... 186Capítulo I - Dos vencimentos e vantagens pecuniárias (arts. 61 a 65) ...................... 186Capítulo II - Das férias (arts. 66 a 68) ................................................................. 187Capítulo III - Das licenças (arts. 69 a 71) ............................................................ 188Capítulo IV - Das concessões (arts. 72 e 73) ........................................................ 188Capítulo V - Da aposentadoria (arts. 74 a 77) ....................................................... 189Título V - Da Magistratura de carreira .................................................................. 190Capítulo I - Do ingresso (arts. 78 e 79) ............................................................... 190Capítulo II - Da promoção, da remoção e do acesso (arts. 80 a 88) ......................... 190Título VI - Do Tribunal Federal de Recursos .......................................................... 191Capítulo Único (arts. 89 e 90) ............................................................................ 191Título VII - Da Justiça do Trabalho ...................................................................... 193Capítulo Único (arts. 91 a 94) ............................................................................ 193Título VIII - Da Justiça dos Estados ..................................................................... 193Capítulo I - Da organização judiciária (arts. 95 a 98) ............................................. 193Capítulo II - Dos Tribunais de Justiça (arts. 99 a 107)............................................ 194Capítulo III - Dos Tribunais de Alçada (arts. 108 a 111) ......................................... 196Capítulo IV - Da Justiça de Paz (arts. 112 e 113) .................................................. 197Título IX - Da substituição nos tribunais (arts. 114 a 119) ...................................... 197Título X - Disposições fi nais e transitórias (arts. 120 a 147) .................................... 199

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979

175

Arts. 1º a 4º

LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL – LOMANLEI COMPLEMENTAR Nº 35, DE 14 DE MARÇO DE 1979.

Dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional.100

(Vide Decreto-lei nº 2.019, de 1983)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu san-ciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO IDO PODER JUDICIÁRIO

CAPÍTULO IDOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO

Art. 1º - O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos:

I - Supremo Tribunal Federal;

II - Conselho Nacional da Magistratura;

III - Tribunal Federal de Recursos e Juízes Federais;

IV - Tribunais e Juízes Militares;

V - Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - Tribunais e Juízos do Trabalho;

VII - Tribunais e Juízes Estaduais;

VIII - Tribunal e Juízes do Distrito Federal e dos Territórios.

Art. 2º - O Supremo Tribunal Federal, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, compõem-se de onze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Art. 3º - O Conselho Nacional da Magistratura, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, compõe-se de sete Ministros do Supremo Tribunal Federal, por este escolhi-dos, mediante votação nominal para um período de dois anos, inadmitida a recusa do encargo.

§ 1º - A eleição far-se-á juntamente com a do Presidente e Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, os quais passam a integrar, automaticamente, o Conselho, nele exer-cendo as funções de Presidente e Vice-Presidente, respectivamente.

§ 2º - Os Ministros não eleitos poderão ser convocados pelo Presidente, observada a or-dem decrescente de antigüidade, para substituir os membros do Conselho, nos casos de impedimento ou afastamento temporário.

§ 3º - Junto ao Conselho funcionará o Procurador-Geral da República.

Art. 4º - O Tribunal Federal de Recursos, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, compõe-se de vinte e sete Ministros vitalícios, nomeados pelo

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979

176

Arts. 4º a 11

Presidente da República, após aprovada a escolha pelo Senado Federal, salvo quanto à dos Juízes Federais, sendo quinze dentre Juízes Federais, indicados em lista tríplice pelo próprio Tribunal; quatro dentre membros do Ministério Público Federal; quatro dentre advogados maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e de reputação ilibada; e quatro dentre magistrados ou membros do Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 5º - Os Juízes Federais serão nomeados pelo Presidente da República, escolhidos, sempre que possível, em lista tríplice, organizada pelo Tribunal Federal de Recursos, dentre os candidatos com idade superior a vinte e cinco anos, de reconhecida idoneidade moral, aprovados em concurso público de provas e títulos, além da satisfação de outros requisitos especifi cados em lei.

§ 1º - Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constitui uma Seção Judiciária, que tem por sede a respectiva Capital, e Varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

§ 2º - Nos Territórios do Amapá, Roraima e Rondônia, a jurisdição e as atribuições come-tidas aos Juízes Federais caberão aos juízes da Justiça local, na forma que a lei dispuser. O Território de Fernando de Noronha está compreendido na Seção Judiciária do Estado de Pernambuco.

Art. 6º - O Superior Tribunal Militar, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, compõe-se de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presiden-te da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo três dentre Ofi ciais-Generais da Marinha, quatro dentre Ofi ciais-Generais do Exército e três dentre Ofi ciais-Generais da Aeronáutica, todos da ativa, e cinco dentre civis, maiores de trinta e cinco anos, dos quais três cidadãos de notório saber jurídico e idoneidade moral, com mais de dez anos de pratica forense, e dois Juízes Auditores ou membros do Ministério Público da Justiça Militar, de comprovado saber jurídico.

Art. 7º - São órgãos da Justiça Militar da União, além do Superior Tribunal Militar, os Juízes Auditores e os Conselhos de Justiça, cujos número, organização e competência são defi -nidos em lei.

Art. 8º - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, é composto de sete Juízes, dos quais três Ministros do Supremo Tri-bunal Federal e dois Ministros do Tribunal Federal de Recursos, escolhidos pelo respectivo Tribunal, mediante eleição, pelo voto secreto, e dois nomeados pelo Presidente da Repú-blica, dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Art. 9º - Os Tribunais Regionais Eleitorais, com sede na Capital do Estado em que tenham jurisdição e no Distrito Federal, compõe-se de quatro Juízes eleitos, pelo voto secreto, pelo respectivo Tribunal de Justiça, sendo dois dentre Desembargadores e dois dentre Juízes de Direito; um Juiz Federal, escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos, e na Seção Judiciária houver mais de um, e, por nomeação do Presidente da República, de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Art. 10 - Os Juízes do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais, bem como os respectivos substitutos, escolhidos na mesma ocasião e por igual processo, salvo motivo justifi cado, servirão, obrigatoriamente, por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

Art. 11 - Os Juízes de Direito exercem as funções de juízes eleitorais, nos termos da lei.

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Arts. 11 a 17

§ 1º - A lei pode outorgar a outros Juízes competência para funções não decisórias.

§ 2º - Para a apuração de eleições, constituir-se-ão Juntas Eleitorais, presididas por Juízes de Direito, e cujos membros, indicados conforme dispuser a legislação eleitoral, serão aprovados pelo Tribunal Regional Eleitoral e nomeados pelo seu Presidente.

Art. 12 - O Tribunal Superior do Trabalho, com sede na Capital da União e jurisdição em todo o território nacional, compõe-se de dezessete Ministros, nomeados pelo Presidente da República, onze dos quais, togados e vitalícios, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo sete dentre magistrados da Justiça do Trabalho, dois dentre advogados no exercício efetivo da profi ssão, e dois dentre membros do Ministério Público da Justiça do Trabalho, maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, e seis classistas e temporários, em representação paritária dos empregadores e dos trabalhadores, de conformidade com a lei, e vedada a recondução por mais de dois períodos de três anos.

Art. 13 - Os Tribunais Regionais do Trabalho, com sede, jurisdição e número defi nidos em lei, compõe-se de dois terços de Juízes togados e vitalícios e um terço de Juízes classistas e temporários, todos nomeados pelo Presidente da República, observada, quanto aos Juízes togados, a proporcionalidade fi xada no art. 12 relativamente aos Juízes de carreira, advo-gados e membros do Ministério Público da Justiça do Trabalho e, em relação aos Juízes classistas, a proibição constante da parte fi nal do artigo anterior.

Art. 14 - As Juntas de Conciliação e Julgamento têm a sede, a jurisdição e a composição de-fi nidas em lei, assegurada a paridade de representação entre empregadores e trabalhadores, inadmitida a recondução dos representantes classistas por mais de dois períodos de três anos.

§ 1º - Nas Comarcas onde não for instituída Junta de Conciliação e Julgamento, poderá a lei atribuir as suas funções aos Juízes de Direito.

§ 2º - Poderão ser criados por lei outros órgãos da Justiça do Trabalho.

Art. 15 - Os órgãos do Poder Judiciário da União (art. 1º, incisos I a VI) têm a organiza-ção e a competência defi nidas na Constituição, na lei e, quanto aos Tribunais, ainda, no respectivo Regimento Interno.

Art. 16 - Os Tribunais de Justiça dos Estados, com sede nas respectivas Capitais e jurisdição no território estadual, e os Tribunais de Alçada, onde forem criados, têm a composição, a organização e a competência estabelecidos na Constituição, nesta Lei, na legislação estadual e nos seus Regimentos Internos.

Parágrafo único - Nos Tribunais de Justiça com mais de vinte e cinco Desembargadores, será constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco mem-bros, para o exercício das atribuições administravas e jurisdicionais, da competência do Tribunal Pleno, bem como para uniformização da jurisprudência no caso de divergência entre suas Seções.

Art. 17 - Os Juízes de Direito, onde não houver Juízes substitutos, e estes, onde os houver, serão nomeados mediante concurso público de provas e títulos.

§ 1º - (Vetado.)

§ 2º - Antes de decorrido o biênio do estágio, e desde que seja apresentada proposta do Tribunal ao Chefe do Poder Executivo, para o ato de exoneração, o Juiz substituto fi cará automaticamente afastado de suas funções e perderá o direito à vitaliciedade, ainda que o ato de exoneração seja assinado após o decurso daquele período.

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Arts. 17 a 22

§ 3º - Os Juízes de Direito e os Juízes substitutos têm a sede, a jurisdição e a competência fi xadas em lei.

§ 4º - Poderão os Estados instituir, mediante proposta do respectivo Tribunal de Justiça, ou órgão especial, Juízes togados, com investidura limitada no tempo e competência para o julgamento de causas de pequeno valor e crimes a que não seja cominada pena de re-clusão, bem como para a substituição dos Juízes vitalícios.

§ 5º - Podem, ainda, os Estados criar Justiça de Paz temporária, compete para o processo de habilitação e celebração de casamento.

Art. 18 - São órgãos da Justiça Militar estadual os Tribunais de Justiça e os Conselhos de Justiça, cujas composição, organização e competência são defi nidos na Constituição e na lei.

Parágrafo único - Nos Estados de Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, a segunda instância da Justiça Militar estadual é constituída rolo respectivo Tribunal Militar, integrado por ofi ciais do mais alto posto da Polícia Militar e por civis, sempre em número ímpar, ex-cedendo os primeiros aos segundos em uma unidade.

Art. 19 - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, com sede na Capital da União, tem a composição, a organização e a competência estabelecidas em lei.

Art. 20 - Os Juízes de Direito e os Juízes substitutos da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, vitalícios após dois anos de exercício, investido mediante concurso público de provas e títulos, e os Juízes togados temporários, todos nomeados pelo Presidente da Re-pública, têm a sede, a jurisdição e a competência prescritas em lei.

CAPÍTULO IIDOS TRIBUNAIS

Art. 21 - Compete aos Tribunais, privativamente:

I - eleger seus Presidentes e demais titulares de sua direção, observado o disposto na presente Lei;

II - organizar seus serviços auxiliares, os provendo-lhes os cargos, na forma da lei; propor ao Poder Legislativo a criação ou a extinção de cargos e a fi xação dos respectivos vencimentos;

III - elaborar seus regimentos internos e neles estabelecer, observada esta Lei, a compe-tência de suas Câmaras ou Turmas isoladas, Grupos, Seções ou outros órgãos com funções jurisdicionais ou administrativas;

IV - conceder licença e férias, nos termos da lei, aos seus membros o aos Juízes e senven-tuários que lhes são imediatamente subordinados;

V - exercer a direção e disciplina dos órgãos e serviços que lhes forem subordinados;

VI - julgar, originariamente, os mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções.

CAPÍTULO IIIDOS MAGISTRADOS

Art. 22 - São vitalícios:

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Arts. 22 a 24

I - a partir da posse:

a) os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) os Ministros do Tribunal Federal de Recursos;

c) os Ministros do Superior Tribunal Militar;

d) os Ministros e Juízes togados do Tribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho;

e) os Desembargadores, os Juízes dos Tribunais de segunda instância da Justiça Militar dos Estados;

e) os Desembargadores, os Juízes dos Tribunais de Alçada e dos Tribunais de segunda instância da Justiça Militar dos Estados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

II - após dois anos de exercício:

a) os Juízes Federais;

b) os Juízes Auditores e Juízes Auditores substitutos da Justiça Militar da União;

c) os Juízes do Trabalho Presidentes de Junta de Conciliação e Julgamento e os Juízes do Trabalho Substitutos;

d) os Juízes de Direito da Justiça dos Estados e os Juízes Auditores da Justiça Militar dos Estados;

e) os Juízes de Direito e os Juízes substitutos da Justiça dos Estados e da do Distrito Federal e dos Territórios.

Parágrafo único - Os Juízzes a que alude o inciso II deste artigo, mesmo enquanto não ad-quirirem a vitaliciedade, não poderão perder o cargo senão por proposta do Triunal ou do órgão especial competente, adotada pelo voto de dois terços de seus membros efetivos.

d) os Juízes de Direito e os Juízes substitutos da Justiça dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, bem assim os Juízes Auditores da Justiça Militar dos Estados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 1º - Os Juízes mencionados no inciso II deste artigo, mesmo que não hajam adquirido a vitaliciedade, não poderão perder o cargo senão por proposta do Tribunal ou do órgão especial competente, adotada pelo voto de dois terços de seus membros efetivos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 2º - Os Juízes a que se refere o inciso II deste artigo, mesmo que não hajam adquirido a vitaliciedade, poderão praticar todos os atos reservados por lei aos Juízes vitalícios. (Re-dação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Art. 23 - Os Juízes e membros de Tribunais e Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções e no que es for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

Art. 24 - O Juíz togado, de investidura temporária (art. 17, § 4º), poderá ser demitido, em caso de falta grave, por proposta do Tribunal ou do órgão especial, adotado pelo voto de dois terços de seus membros efetivos.

Parágrafo único - O quorum de dois terços de membros efetivos do Tribunal, ou de seu órgão especial, será apurado em relação ao número de Desembargadores em condições

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Arts. 24 a 27

legais de votar, como tal se considerando os não atingidos por impedimento ou suspeição e os não licenciados por motivo de saúde.

TÍTULO IIDAS GARANTIAS DA MAGISTRATURA E DAS PRERROGATIVAS DO MAGISTRADO

CAPÍTULO IDAS GARANTIAS DA MAGISTRATURA

SEÇÃO IDA VITALICIEDADE

Art. 25 - Salvo as restrições expressas na Constituição, os magistrados gozam das garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.

Art. 26 - O magistrado vitalício somente perderá o cargo (vetado):

I - em ação penal por crime comum ou de responsabilidade;

II - em procedimento administrativo para a perda do cargo nas hipóteses seguintes:

a) exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função, salvo um cargo de magistério superior, público ou particular;

b) recebimento, a qualquer título e sob qualquer pretexto, de percentagens ou custas nos processos sujeitos a seu despacho e julgamento;

c) exercício de atividade politico-partidária.

§ 1º - O exercício de cargo de magistério superior, público ou particular, somente será permitido se houver correlação de matérias e compatibilidade de horários, vedado, em qualquer hipótese, o desempenho de função de direção administrativa ou técnica de esta-belecimento de ensino.

§ 2º - Não se considera exercício do cargo o desempenho de função docente em curso ofi cial de preparação para judicatura ou aperfeiçoamento de magistrados.

Art. 27 - O procedimento para a decretação da perda do cargo terá início por deter-minação do Tribunal, ou do seu órgão especial, a que pertença ou esteja subordinado o magistrado, de ofício ou mediante representação fundamentada do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público ou do Conselho Federal ou Secional da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 1º - Em qualquer hipótese, a instauração do processo preceder-se-á da defesa prévia do magistrado, no prazo de quinze dias, contado da entrega da cópia do teor da acusação e das provas existentes, que lhe remeterá o Presidente do Tribunal, mediante ofício, nas quarenta e oito horas imediatamente seguintes à apresentação da acusação.

§ 2º - Findo o prazo da defesa prévia, haja ou não sido apresentada, o Presidente, no dia útil imediato, convocará o Tribunal ou o seu órgão especial para que, em sessão secreta, decida sobre a instauração do processo, e, caso determinada esta, no mesmo dia distribuirá o feito e fará entregá-lo ao relator.

§ 3º - O Tribunal ou o seu órgão especial, na sessão em que ordenar a instauração do processo, como no curso dele, poderá afastar o magistrado do exercício das suas funções, sem prejuízo dos vencimentos e das vantagens, até a decisão fi nal.

§ 4º - As provas requeridas e deferidos, bem como as que o relator determinar de ofício, serão produzidas no prazo de vinte dias, cientes o Ministério Público, o magistrado ou o procurador por ele constituído, a fi m de que possam delas participar.

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Arts. 27 a 33

§ 5º - Finda a instrução, o Ministério Público e o magistrado ou seu procurador terão, su-cessivamente, vista dos autos por dez dias, para razões.

§ 6º - O julgamento será realizado em sessão secreta do Tribunal ou de seu órgão especial, depois de relatório oral, e a decisão no sentido da penalização do magistrado só será tomada pelo voto de dois terços dos membros do colegiado, em escrutínio secreto.

§ 7º - Da decisão publicar-se-á somente a conclusão.

§ 8º - Se a decisão concluir pela perda do cargo, será comunicada, imediatamente, ao Poder Executivo, para a formalização do ato.

Art. 28 - O magistrado vitalício poderá ser compulsoriamente aposentado ou posto em disponibilidade, nos termos da Constituição e da presente Lei.

Art. 29 - Quando, pela natureza ou gravidade da infração penal, se torne aconselhável o recebimento de denúncia ou de queixa contra magistrado, o Tribunal, ou seu órgão espe-cial, poderá, em decisão tomada pelo voto de dois terços de seus membros, determinar o afastamento do cargo do magistrado denunciado.

SEÇÃO IIDA INAMOVIBILIDADE

Art. 30 - O Juiz não poderá ser removido ou promovido senão com seu assentimento, manifestado na forma da lei, ressalvado o disposto no art. 45, item I.

Art. 31 - Em caso de mudança da sede do Juízo será facultado ao Juiz remover-se para ela ou para Comarca de igual entrância, ou obter a disponibilidade com vencimentos integrais.

SEÇÃO IIIDA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS

Art. 32 - Os vencimentos dos magistrados são irredutíveis, sujeitos, entretanto, aos im-postos gerais, inclusive o de renda, e aos impostos extraordinários.

Parágrafo único - A irredutibilidade dos vencimentos dos magistrados não impede os des-contos fi xados em lei, em base igual à estabelecida para os servidores públicos, para fi ns previdenciários.

CAPÍTULO IIDAS PRERROGATIVAS DO MAGISTRADO

Art. 33 - São prerrogativas do magistrado:

I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autori-dade ou Juiz de instância igual ou inferior;

II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especal competente para o julgamento, salvo em fl agrante de crime inafi ançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado (vetado);

III - ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à disposição do Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento fi nal;

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Arts. 33 a 36

IV - não estar sujeito a notifi cação ou a intimação para comparecimento, salvo se expedida por autoridade judicial;

V - portar arma de defesa pessoal.

Parágrafo único - Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime por parte do magistrado, a autoridade policial, civil ou militar, remeterá os respectivos autos ao Tribunal ou órgão especial competente para o julgamento, a fi m de que prossiga na investigação.

Art. 34 - Os membros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Federal de Recursos, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Superior do Trabalho têm o título de Ministro; os dos Tribunais de Justiça, o de Desembargador; sendo o de Juiz privativo dos outros Tribunais e da Magistratura de primeira instância.

TÍTULO IIIDA DISCIPLINA JUDICIÁRIA

CAPÍTULO IDOS DEVERES DO MAGISTRADO

Art. 35 - São deveres do magistrado:

I - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;

II - não exceder injustifi cadamente os prazos para sentenciar ou despachar;

III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;

IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.

V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;

VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustifi cadamente antes de seu término;

VII - exercer assídua fi scalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

Art. 36 - É vedado ao magistrado:

I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista;

II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou fi nalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;

III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.

Parágrafo único - (Vetado.)

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Arts. 37 a 45

Art. 37 - Os Tribunais farão publicar, mensalmente, no órgão ofi cial, dados estatísticos sobre seus trabalhos no mês anterior, entre os quais: o número de votos que cada um de seus membros, nominalmente indicado, proferiu como relator e revisor; o número de feitos que lhe foram distribuídos no mesmo período; o número de processos que recebeu em conse-qüência de pedido de vista ou como revisor; a relação dos feitos que lhe foram conclusos para voto, despacho, lavratura de acórdão, ainda não devolvidos, embora decorridos os prazos legais, com as datas das respectivas conclusões.

Parágrafo único - Compete ao Presidente do Tribunal velar pela regularidade e pela exatidão das publicações.

Art. 38 - Sempre que, encerrada a sessão, restarem em pauta ou em mesa mais de vinte feitos sem julgamento, o Presidente fará realizar uma ou mais sessões extraordinárias, destinadas ao julgamento daqueles processos.

Art. 39 - Os juízes remeterão, até o dia dez de cada mês, ao órgão corregedor competente de segunda instância, informação a respeito dos feitos em seu poder, cujos prazos para despacho ou decisão hajam sido excedidos, bem como indicação do número de sentenças proferidas no mês anterior.

CAPÍTULO IIDAS PENALIDADES

Art. 40 - A atividade censória de Tribunais e Conselhos é exercida com o resguardo devido à dignidade e à independência do magistrado.

Art. 41 - Salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem o magistrado não pode ser punido ou prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir.

Art. 42 - São penas disciplinares:

I - advertência;

II - censura;

III - remoção compulsória;

IV - disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;

V - aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço;

VI - demissão.

Parágrafo único - As penas de advertência e de censura somente são aplicáveis aos Juízes de primeira instância.

Art. 43 - A pena de advertência aplicar-se-á reservadamente, por escrito, no caso de ne-gligência no cumprimento dos deveres do cargo.

Art. 44 - A pena de censura será aplicada reservadamente, por escrito, no caso de reiterada negligência no cumprimento dos deveres do cargo, ou no de procedimento incorreto, se a infração não justifi car punição mais grave.

Parágrafo único - O Juiz punido com a pena de censura não poderá fi gurar em lista de promoção por merecimento pelo prazo de um ano, contado da imposição da pena.

Art. 45 - O Tribunal ou seu órgão especial poderá determinar, por motivo de interesse público, em escrutínio secreto e pelo voto de dois terços de seus membros efetivos:

I - a remoção de Juiz de instância inferior;

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Arts. 45 a 52

II - a disponibilidade de membro do próprio Tribunal ou de Juiz de instância inferior, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

Parágrafo único - Na determinação de quorum de decisão aplicar-se-á o disposto no pará-grafo único do art. 24. (Execução suspensa pela Res/SF nº 12/90)

Art. 46 - O procedimento para a decretação da remoção ou disponibilidade de magistrado obedecerá ao prescrito no art. 27 desta Lei.

Art. 47 - A pena de demissão será aplicada:

I - aos magistrados vitalícios, nos casos previstos no art. 26, I e II;

II - aos Juízes nomeados mediante concurso de provas e títulos, enquanto não adquirirem a vitaliciedade, e aos Juízes togados temporários, em caso de falta grave, inclusive nas hipóteses previstas no art. 56.

Art. 48 - Os Regimentos Internos dos Tribunais estabelecerão o procedimento para a apu-ração de faltas puníveis com advertência ou censura.

CAPÍTULO IIIDA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MAGISTRADO

Art. 49 - Responderá por perdas e danos o magistrado, quando:

I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar o ofício, ou a requerimento das partes.

Parágrafo único - Reputar-se-ão verifi cadas as hipóteses previstas no inciso II somente depois que a parte, por intermédio do Escrivão, requerer ao magistrado que determine a providência, e este não lhe atender o pedido dentro de dez dias.

CAPÍTULO IVDO CONSELHO NACIONAL DA MAGISTRATURA

Art. 50 - Ao Conselho Nacional da Magistratura cabe conhecer de reclamações contra membros de Tribunais, podendo avocar processos disciplinares contra Juízes de primeira instância e, em qualquer caso, determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de uns e outros, com vencimentos proporcionais ao tempo de Serviço.

Art. 51 - Ressalvado o poder de avocação, a que se refere o artigo anterior, o exercício das atribuições específi cas do Conselho Nacional da Magistratura não prejudica a competência disciplinar dos Tribunais, estabelecida em lei, nem interfere nela.

Art. 52 - A reclamação contra membro de Tribunal será formulada em petição, devidamente fundamentada e acompanhada de elementos comprobatórios das alegações.

§ 1º - A petição a que se refere este artigo deve ter fi rma reconhecida, sob pena de arqui-vamento liminar, salvo se assinada pelo Procurador-Geral da República, pelo Presidente do Conselho Federal ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil ou pelo Procurador-Geral da Justiça do Estado.

§ 2º - Distribuída a reclamação, poderá o relator, desde logo, propor ao Conselho o arqui-vamento, se considerar manifesta a sua improcedência.

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Arts. 52 a 57

§ 3º - Caso o relator não use da faculdade, prevista no parágrafo anterior mandará ouvir o reclamado, no prazo de quinze dias, a fi m de que, por si ou por procurador, alegue, que-rendo, o que entender conveniente a bem de seu direito.

§ 4º - Com a resposta do reclamado, ou sem ela, deliberará o Conselho sobre o arquiva-mento ou a conveniência de melhor instrução do processo, fi xando prazo para a produção de provas e para as diligências que determinar.

§ 5º - Se desnecessárias outras provas ou diligências, e se o Conselho não concluir pelo arquivamento da reclamação, abrir-se-á vista para alegações, sucessivamente, pelo prazo de dez dias, ao reclamado, ou a seu advogado, e ao Procurador-Geral da República.

§ 6º - O julgamento será realizado em sessão secreta do Conselho, com a presença de todos os seus membros, publicando-se somente a conclusão do acórdão.

§ 7º - Em todos os atos e termos do processo, poderá o reclamado fazer-se acompanhar ou representar por advogado, devendo o Procurador-Geral da República ofi ciará neles como fi scal da lei.

Art. 53 - A avocação de processo disciplinar contra Juiz de instância inferior dar-se-á me-diante representação fundamentada do Procurador-Geral da República, do Presidente do Conselho Federal ou Secional da Ordem dos Advogados do Brasil ou do Procurador-Geral da Justiça do Estado, oferecida dentro de sessenta dias da ciência da decisão disciplinar fi nal do órgão, a que estiver sujeito o Juiz, ou, a qualquer tempo, se, decorridos mais de três meses do início do processo, não houver sido proferido o julgamento.

§ 1º - Distribuída a representação, mandará o relator ouvir, em quinze dias, o Juiz e o órgão disciplinar que proferiu a decisão que deveria havê-la proferido.

§ 2º - Findo o prazo de quinze dias, com ou sem as informações, deliberará o Conselho Nacional da Magistratura sobre o arquivamento da representação ou avocação do processo, procedendo-se neste caso, na conformidade do §§ 4º a 7º do artigo anterior.

Art. 54 - O processo e o julgamento das representações e reclamações serão sigilosos, para resguardar a dignidade do magistrado, sem prejuízo de poder o relator delegar a instrução a Juiz de posição funcional igual ou superior à do indiciado.

Art. 55 - As reuniões do Conselho Nacional da Magistratura serão secretas, cabendo a um de seus membros, designado pelo Presidente, lavrar-lhes as respectivas atas, das quais constarão os nomes dos Juízes presentes e, em resumo, os processos apreciados e as decisões adotadas.

Art. 56 - O Conselho Nacional da Magistratura poderá determinar a aposentadoria, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, do magistrado:

I - manifestadamente negligente no cumprimento dos deveres do cargo;

II - de procedimento incompatível com a dignidade, a honra e o decoro de suas funções;

III - de escassa ou insufi ciente capacidade de trabalho, ou cujo proceder funcional seja incompatível com o bom desempenho das atividades do Poder Judiciário.

Art. 57 - O Conselho Nacional da Magistratura poderá determinar a disponibilidade de ma-gistrado, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, no caso em que a gravidade das faltas a que se reporta o artigo anterior não justifi que a decretação da aposentadoria.

§ 1º - O magistrado, posto em disponibilidade por determinação do Conselho, somente poderá pleitear o seu aproveitamento, decorridos dois anos do afastamento.

§ 2º - O pedido, devidamente instruído e justifi cado, acompanhado de parecer do Tribu-nal competente, ou de seu órgão especial, será apreciado pelo Conselho Nacional da

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Arts. 57 a 63

Magistratura após parecer do Procurador-Geral da República. Deferido o pedido, o apro-veitamento far-se-á a critério do Tribunal ou seu órgão especial.

§ 3º - Na Hipótese deste artigo, o tempo de disponibilidade não será computado, senão para efeito de aposentadoria.

§ 4º - O aproveitamento de magistrado, posto em disponibilidade nos termos do item IV do art. 42 e do item II do art. 45, observará as normas dos parágrafos deste artigo.

Art. 58 - A aplicação da pena de disponibilidade ou aposentadoria será imediatamente comunicada ao Presidente do Tribunal a que pertencer ou a que estiver sujeito o magistra-do, para imediato afastamento das suas funções. Igual comunicação far-se-á ao Chefe do Poder Executivo competente, a fi m de que formalize o ato de declaração da disponibilidade ou aposentadoria do magistrado.

Art. 59 - O Conselho Nacional da Magistratura, se considerar existente crime de ação pública, pelo que constar de reclamação ou representação, remeterá ao Ministério Público cópia das peças que entender necessárias ao oferecimento da denúncia ou à instauração de inquérito policial.

Art. 60 - O Conselho Nacional da Magistratura estabelecerá, em seu Regimento Interno, disposições complementares das constantes deste Capítulo.

TÍTULO IVDOS VENCIMENTOS, VANTAGENS E DIREITOS DOS MAGISTRADOS

CAPÍTULO IDOS VENCIMENTOS E VANTAGENS PECUNIÁRIAS

Art. 61 - Os vencimentos dos magistrados são fi xados em lei, em valor certo, atendido o que estatui o art. 32, parágrafo único.

Parágrafo único - À Magistratura de primeira instância da União assegurar-se-ão vencimen-tos não inferiores a dois terços dos valores fi xados para os membros de segunda instância respectiva, assegurados aos Ministros do Supremo Tribunal Federal vencimentos pelo menos iguais aos dos Ministros de Estado, e garantidos aos Juízes vitalícios do mesmo grau de jurisdição iguais vencimentos.

Art. 62 - Os Ministros militares togados do Superior Tribunal Militar, bem como os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, têm vencimentos iguais aos dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos.

Art. 63 - Os vencimentos dos Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios não serão inferiores, no primeiro caso, aos dos Secretários de Estado, e no segundo, aos dos Secretários de Governo do Distrito Federal, não podendo ultrapassar, porém, os fi xados para os Ministros do Supremo Tribunal Federal. Os Juízes vitalícios dos Estados têm os seus vencimentos fi xados com di-ferença não excedente a vinte por cento de uma para outra entrância, atribuindo-se aos da entrância mais elevada não menos de dois terços dos vencimentos dos Desembargadores.

§ 1º - Os Juízes de Direito da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios têm seus venci-mentos fi xados em proporção não inferior a dois terços do que percebem os Desembar-gadores e os Juízes substitutos, da mesma Justiça, em percentual não inferior a vinte por cento dos vencimentos daqueles.

§ 2º - Para o efeito de eqüivalência e limite de vencimentos previstos nesse artigo, são excluídas de cômputo apenas as vantagens de caráter pessoal ou de natureza transitória.

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Arts. 64 a 66

Art. 64 - Os vencimentos dos magistrados estaduais serão pagos na mesma data fi xada para o pagamento dos vencimentos dos Secretários de Estado ou dos subsídios dos mem-bros do Poder Legislativo, considerando-se que desater de às garantias do Poder judiciário atraso que ultrapasse o décimo dia útil do mês seguinte ao vencido.

Art. 65 - Além dos vencimentos, poderão ser outorgadas aos magistrados, nos termos da lei, as seguintes vantagens:

I - ajuda de custo, para despesas de transporte e mudança;

II - ajuda de custo, para moradia, nas Comarcas em que não houver residência ofi cial para Juiz, exceto nas Capitais;

II - ajuda de custo, para moradia, nas localidades em que não houver residência ofi cial à disposição do Magistrado. (Redação dada pela Lei nº 54, de 22.12.1986)

III - salário-família;

IV - diárias;

V - representação;

VI - gratifi cação pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral;

VII - gratifi cação pela prestação de serviço à Justiça do Trabalho, nas Comarcas onde não forem instituídas Juntas de Conciliação e Julgamento;

VIII - gratifi cação adicional de cinco por cento por qüinqüênio de serviço, até o máximo de sete;

IX - gratifi cação de magistério, por aula proferida em curso ofi cial de preparação para a Magistratura ou em Escola Ofi cial de Aperfeiçoamento de Magistrados (arts. 78, § 1º, e 87, § 1º), exceto quando receba remuneração específi ca para esta atividade;

X - gratifi cação pelo efetivo exercício em Comarca de difícil provimento, assim defi nida e indicada em lei.

§ 1º - A verba de representação, salvo quando concedida em razão do exercício de cargo em função temporária, integra os vencimentos para todos os efeitos legais.

§ 2º - É vedada a concessão de adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na pre-sente Lei, bem como em bases e limites superiores aos nela fi xados.

§ 3º - Caberá ao respectivo Tribunal, para aplicação do disposto nos incisos I e II deste artigo, conceder ao Magistrado auxílio-transporte em até 25% (vinte e cinco por cento), auxílio-moradia em até 30% (trinta por cento), calculados os respectivos percentuais sobre os vencimentos e cessando qualquer benefício indireto que, ao mesmo título, venha sendo recebido. (VETADO). (Parágrafo incluído pela Lei nº 54, de 22.12.1986) (Execução suspensa pela Resolução/SF nº 31, de 1993)

CAPÍTULO IIDAS FÉRIAS

Art. 66 - Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias, coletivas ou individuais.

§ 1º - Os membros dos Tribunais, salvo os dos Tribunais Regionais do Trabalho, que terão férias individuais, gozarão de férias coletivas, nos períodos de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho. Os Juízes de primeiro grau gozarão de férias coletivas ou individuais, conforme dispuser a lei.

§ 2º - Os Tribunais iniciarão e encerrarão seus trabalhos, respectivamente, nos primeiro e último dias úteis de cada período, com a realização de sessão.

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Arts. 67 a 72

Art. 67 - Se a necessidade do serviço judiciário lhes exigir a contínua presença nos Tribu-nais, gozarão de trinta dias consecutivos de férias individuais, por semestre:

I - os Presidentes e Vice-Presidentes dos Tribunais;

II - os Corregedores;

III - os Juízes das Turmas ou Câmaras de férias.

§ 1º - As férias individuais não podem fracionar-se em períodos inferiores a trinta dias, e somente podem acumular-se por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de dois meses.

§ 2º - É vedado o afastamento do Tribunal ou de qualquer de seus órgãos judicantes, em gozo de férias individuais, no mesmo período, de Juízes em número que possa comprometer o quorum de julgamento.

§ 3º - As Turmas ou Câmaras de férias terão a composição e competência estabelecidas no Regimento Interno do Tribunal.

Art. 68 - Durante as férias coletivas, nos Tribunais em que não houver Turma ou Câmara de férias, poderá o Presidente, ou seu substituto legal, decidir de pedidos de liminar em mandado de segurança, determinar liberdade provisória ou sustação de ordem de prisão, e demais medidas que reclamam urgência.

CAPÍTULO IIIDAS LICENÇAS

Art. 69 - Conceder-se-á licença:

I - para tratamento de saúde;

II - por motivo de doença em pessoa da família;

III - para repouso à gestante;

IV - (Vetado.)

Art. 70 - A licença para tratamento de saúde por prazo superior a trinta dias, bem como as prorrogações que importem em licença por período ininterrupto, também superior a trinta dia, dependem de inspeção por Junta Médica.

Art. 71 - O magistrado licenciado não pode exercer qualquer das suas funções jurisdicionais ou administrativas, nem exercitar qualquer função pública ou particular (vetado).

Parágrafo único - Salvo contra-indicação médica, o magistrado licenciado poderá proferir decisões em processos que, antes da licença, lhe hajam sido conclusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto como relator ou revisor.

§ 1º - Os períodos de licenças concedidos aos magistrados não terão limites inferiores aos reconhecidos por lei ao funcionalismo da mesma pessoa de direito público. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 2º - Salvo contra-indicação médica, o magistrado licenciado poderá proferir decisões em pro-cessos que, antes da licença, lhe hajam sido conclusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto como relator ou revisor. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

CAPÍTULO IVDAS CONCESSÕES

Art. 72 - Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de qualquer direito ou vantagem le-gal, o magistrado poderá afastar-se de suas funções até oito dias consecutivos por motivo de:

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Arts. 72 a 77

I - casamento;

II - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Art. 73 - Conceder-se-á afastamento ao magistrado, sem prejuízo de seus vencimentos e vantagens:

I - para freqüência a cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, a critério do Tribunal ou de seu órgão especial pelo prazo máximo de um ano;

I - para freqüência a cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, a critério do Tribunal ou de seu órgão especial, pelo prazo máximo de dois anos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

II - para a prestação de serviços, exclusivamente à Justiça Eleitoral.

III - para exercer a presidência de associação de classe. (Inciso incluído pela Lei Comple-mentar nº 60, de 6.10.1989)

CAPÍTULO VDA APOSENTADORIA

Art. 74 - A aposentadoria dos magistrados vitalícios será compulsória, aos setenta anos de idade ou por invalidez comprovada, e facultativo, após trinta anos de serviço público, com vencimentos integrais, ressalvado o disposto nos arts. 50 e 56. (Vide Lei nº 6.903, de 1981)

Parágrafo único - Lei ordinária disporá sobre a aposentadoria dos Juízes temporários de qualquer instância.

Art. 75 - Os proveitos da aposentadoria serão reajustados na mesma proporção dos aumentos de vencimentos concedidos, a qualquer título, aos magistrados em atividade.

Art. 76 - Os Tribunais disciplinarão, nos Regimentos Internos, o processo de verifi cação da invalidez do magistrado para o fi m de aposentadoria, com observância dos seguintes requisitos:

I - o processo terá início a requerimento do magistrado, por ordem do Presidente do Tri-bunal, de ofício, em cumprimento de deliberação do Tribunal ou seu órgão especial ou por provocação da Corregedoria de Justiça;

II - tratando-se de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomeará curador ao paciente, sem prejuízo da defesa que este queira oferecer pessoalmente, ou por procurador que constituir;

III - o paciente deverá ser afastado, desde logo, do exercício do cargo, até fi nal decisão, devendo fi car concluído o processo no prazo de sessenta dias;

IV - a recusa do paciente em submeter-se a perícia médica permitirá o julgamento baseado em quaisquer outras provas;

V - o magistrado que, por dois anos consecutivos, afastar-se, ao todo, por seis meses ou mais para tratamento de saúde, deverá submeter-se, ao requerer nova licença para igual fi m, dentro de dois anos, a exame para verifi cação de invalidez;

VI - se o Tribunal ou seu órgão especial concluir pela incapacidade do magistrado, comu-nicará imediatamente a decisão ao Poder Executivo, para os devidos fi ns.

Art. 77 - computar-se-á, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de exercício da advocacia, até o máximo de quinze anos, em favor dos Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos membros dos demais Tribunais que tenham sido nomeados para os lugares reservados a advogados, nos termos da Constituição federal.

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Arts. 78 a 81

TÍTULO VDA MAGISTRATURA DE CARREIRA

CAPÍTULO IDO INGRESSO

Art. 78 - O ingresso na Magistratura de carreira dar-se-á mediante nomeação, após concurso público de provas e títulos, organizado e realizado com a participação do Conselho Secional da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 1º - A lei pode exigir dos candidatos, para a inscrição no concurso, título de habilitação em curso ofi cial de preparação para a Magistratura.

§ 2º - Os candidatos serão submetidos a investigação relativa aos aspectos moral e social, e a exame de sanidade física e mental, conforme dispuser a lei.

§ 3º - Serão indicados para nomeação, pela ordem de classifi cação, candidatos em número correspondente às vagas, mais dois, para cada vaga, sempre que possível.

Art. 79 - O Juiz, no ato da posse, deverá apresentar a declaração pública de seus bens, e prestará o compromisso de desempenhar com retidão as funções do cargo, cumprindo a Constituição e as leis.

CAPÍTULO IIDA PROMOÇÃO, DA REMOÇÃO E DO ACESSO

Art. 80 - A lei regulará o processo de promoção, prescrevendo a observância dos critérios ele antigüidade e de merecimento, alternadamente, e o da indicação dos candidatos à promoção por merecimento, em lista tríplice, sempre que possível.

§ 1º - Na Justiça dos Estados:

I - apurar-se-ão na entrância a antigüidade e o merecimento, este em lista tríplice, sendo obrigatória a promoção do Juiz que fi gurar pela quinta vez consecutiva em lista de mereci-mento; havendo empate na antigüidade, terá precedência o Juiz mais antigo na carreira;

II - para efeito da composição da lista tríplice, o merecimento será apurado na entrância e aferido com prevalência de critérios de ordem objetiva, na forma do Regulamento baixado pelo Tribunal de Justiça, tendo-se em conta a conduta do Juiz, sua operosidade no exercício do cargo, número de vezes que tenha fi gurado na lista, tanto para entrância a prover, como para as anteriores, bem como o aproveitamento em cursos de aperfeiçoamento;

III - no caso de antigüidade, o Tribunal de Justiça, ou seu órgão especial, somente poderá recusar o Juiz mais antigo pelo voto da maioria absoluta do seus membros, repetindo-se a votação até fi xar-se a indicação;

IV - somente após dois anos de exercício na entrância, poderá o Juiz ser promovido, salvo se não houver, com tal requisito, quem aceite o lugar vago, ou se forem recusados, pela maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça, ou de seu órgão especial, candidatos que hajam completado o período.

§ 2º - Aplica-se, no que couber, aos Juízes togados da Justiça do Trabalho, o disposto no parágrafo anterior.

Art. 81 - Na Magistratura de carreira dos Estados, ao provimento inicial e à promoção por merecimento precederá a remoção.

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Arts. 81 a 89

§ 1º - A remoção far-se-á mediante escolha pelo Poder Executivo, sempre que possível, de nome constante de lista tríplice, organizada pelo Tribunal de Justiça e contendo os nomes dos candidatos com mais de dois anos de efetivo exercício na entrância.

§ 2º - A juízo do Tribunal de Justiça, ou de seu órgão especial, poderá, ainda, ser provida, pelo mesmo critério fi xado no parágrafo anterior vaga decorrente de remoção, destinando-se a seguinte, obrigatoriamente, ao provimento por promoção.

Art. 82 - Para cada vaga destinada ao preenchimento por promoção ou por remoção, abrir-se-á inscrição distinta, sucessivamente, com a indicação da Comarca ou Vara a ser provida.

Parágrafo único - Ultimado o preenchimento das vagas, se mais de uma deva ser provida por merecimento, a lista conterá número de Juízes igual ao das vagas mais dois.

Art. 83 - A notícia da ocorrência de vaga a ser preenchida, mediante promoção ou remo-ção, deve ser imediatamente veiculada pelo órgão ofi cial próprio, com indicação, no caso de provimento através de promoção, das que devam ser preenchidas segundo o critério de antigüidade ou de merecimento.

Art. 84 - O acesso de Juízes Federais ao Tribunal Federal de Recursos far-se-á por escolha do Presidente da República dentre os indicados em lista tríplice, elaborada pelo Tribunal.

Art. 85 - O acesso de Juízes Auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar ao Superior Tribunal Militarfar-se-á por livre escolha do Presidente da República.

Art. 86 - O acesso dos Juízes do Trabalho Presidentes de Juntas de Conciliação e Julgamen-to ao Tribunal Regional do Trabalho, e dos Juízes do Trabalho substitutos àqueles cargos, far-se-á, alternadamente, por antigüidade e por merecimento, este através de lista tríplice votada por Juízes vitalícios do Tribunal e encaminhada ao Presidente da República.

Art. 87 - Na Justiça dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios, o acesso dos Juízes de Direito aos Tribunais de Justiça far-se-á, alternadamente, por antigüidade e merecimento.

§ 1º - A lei poderá condicionar o acesso por merecimento aos Tribunais, como a promoção por igual critério, à freqüência, com aprovação, a curso ministrado por escola ofi cial de aperfeiçoamento de magistrado.

§ 2º - O disposto no parágrafo anterior aplica-se ao acesso dos Juízes Federais ao Tribunal Federal de Recursos.

Art. 88 - Nas promoções ou acessos, havendo mais de uma vaga a ser preenchida por merecimento, a lista conterá, se possível, número de magistrados igual ao das vagas mais dois para cada uma delas.

TÍTULO VIDO TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 89 - O Tribunal Federal de Recursos funciona:

I - em Tribunal Pleno;

II - em Seções de Turmas especializadas;

III - em Turmas especializadas.

§ 1º - Compete ao Tribunal Pleno processar e julgar:

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Arts. 89 e 90

a) os Juízes Federais, os Juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho e os da primeira instância da Justiça do Trabalho, bem como os membros dos Tribunais de Conta dos Estados e do Distrito Federal e os do Ministério Público da União, nos crimes comuns e nos de responsabilidade;

b) os mandados de segurança e habeas corpus contra ato de Ministro de Estado, do Dire-tor-Geral da Polícia Federal, do Presidente do próprio Tribunal ou de suas Turmas ou Seções;

c) os confl itos de jurisdição entre as Seções;

d) as revisões criminais e ações rescisórias de seus próprios julgados.

§ 2º - Compete, ainda, ao Tribunal Pleno:

a) uniformizar a jurisprudência em caso de divergência na interpretação do direito entre as Seções;

b) declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo;

c) eleger, pela maioria dos seus Ministros, em votação secreta, o Presidente, o Vice-Presi-dente e os membros do Conselho da Justiça Federal, com mandato de dois anos, vedada a reeleição;

d) exercer as funções administrativas que lhe forem atribuídas pela lei ou no Regimento Interno;

e) dar posse aos seus Ministros e aos titulares da sua direção.

§ 3º - O Vice-Presidente do Tribunal e o Corregedor-Geral da Justiça Federal participarão do Tribunal Pleno, também com as funções de relator e revisor.

§ 4º - Haverá no Tribunal Federal de Recursos duas Seções, constituídas, cada uma, pelos integrantes das Turmas da respectiva área de especialização, na forma estabelecida no Regimento Interno. As Seções serão presididas, uma pelo Vice-Presidente do Tribunal e a outra pelo Corregedor-Geral da Justiça Federal, que nelas terão apenas voto de qualidade.

§ 5º - A cada uma das Seções incumbirá processar e julgar:

a) os embargos infringentes ou de divergência das decisões das Turmas da respectiva área de especialização;

b) os confl itos de jurisdição relativamente, às matérias das respectivas áreas de especia-lização;

c) a uniformização da jurisprudência quando ocorrer divergência na interpretação do direito entre as Turmas que a integram;

d) os mandados de segurança contrato de Juiz Federal;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias dos julgados de primeiro grau, da própria Seção ou das respectivas Turmas.

§ 6º - Haverá no Tribunal Federal de Recursos seis Turmas especializadas compostas de quatro Ministros cada uma, votando apenas três deles, na forma prevista na lei ou no Regimento Interno.

§ 7º - O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça Federal não integrarão Turma, podendo a ela comparecer para julgar feitos a que estejam vinculados.

Art. 90 - O Regulamento Interno disporá sobre as áreas de especialização do Tribunal Federal de Recursos e o número de Turmas especializadas de cada uma das Seções bem assim sobre a forma de distribuição dos processos.

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Arts. 90 a 97

§ 1º - Com fi nalidade de abreviar o julgamento, o Regimento Interno poderá também prever casos em que será dispensada a remessa do feito ao revisor, desde que o recurso verse matéria predominantemente de direito.

§ 2º - O relator julgará pedido ou recurso que manifestamente haja perdido objeto, bem assim, mandará arquivar ou negará seguimento a pedido ou recurso manifestamente intem-pestivo ou incabível ou, ainda, que contrariar as questões predominantemente de direito, súmula do Tribunal ou do Supremo Tribunal Federal. Deste despacho caberá agravo, em cinco dias, para o órgão do Tribunal competente, para o julgamento do pedido ou recurso, que será julgado na primeira sessão seguinte, não participando o relator da votação.

TÍTULO VIIDA JUSTIÇA DO TRABALHO

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 91 - Os cargos da Magistratura do Trabalho são os seguintes:

I - Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;

II - Juiz do Tribunal Regional do Trabalho;

III - Juiz do Trabalho Presidente de Junta de Conciliação e Julgamento;

IV - Juiz do Trabalho substituto.

Art. 92 - O ingresso na Magistratura do Trabalho dar-se-á no cargo de Juiz do Trabalho substituto.

Art. 93 - Aplica-se à Justiça do Trabalho, inclusive quanto à convocação de Juiz de Tribunal Regional do Trabalho para substituir Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, o disposto no art. 118 e seu § 1º.

Art. 93 - Aplica-se à Justiça do Trabalho, inclusive quanto à convocação de Juiz de Tribunal Regional do Trabalho para substituir Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, o disposto no art. 118 desta lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

Parágrafo único - O sorteio, para efeito de substituição nos Tribunais Regionais do Trabalho, será feito entre os Juízes Presidentes de Junta de Conciliação e Julgamento da sede da Região respectiva.

Art. 94 - Aos cargos de direção do Tribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho aplica-se o disposto no art. 102 e seu parágrafo único.

TÍTULO VIIIDA JUSTIÇA DOS ESTADOS

CAPÍTULO IDA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

Art. 95 - Os Estados organizarão a sua Justiça com observância o disposto na Constituição federal e na presente Lei.

Art. 96 - Para a administração da Justiça, a lei dividirá o território do Estado em Comarcas, podendo agrupá-las em Circunscrição e dividi-las em Distrito.

Art. 97 - Para a criação, extinção e classifi cação de Comarcas, a legislação estadual esta-belecerá critérios uniformes, levando em conta:

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Arts. 97 a 100

I - a extensão territorial;

II - número de habitantes;

III - o número de eleitores;

IV - a receita tributária;

V - o movimento forense.

§ 1º - Os critérios a serem fi xados, conforme previsto no caput deste artigo, deverão orien-tar, conforme índices também estabelecidos em lei estadual, o desdobramento de Juízos ou a criação de novas Varas, nas Comarcas de maior importância.

§ 2º - Os índices mínimos estabelecidos em lei poderão ser dispensados, para efeito do disposto no caput deste artigo, em relação a Municípios com precários meios de co-municação.

Art. 98 - Quando o regular exercício das funções do Poder Judiciário for impedido por falta de recursos decorrente de injustifi cada redução de sua proposta orçamentária, ou pela não-satisfação oportuna das dotações que lhe correspondam, caberá ao Tribunal de Justiça, pela maioria absoluta de seus membros, solicitar ao Supremo Tribunal Federal a intervenção da União no Estado.

CAPÍTULO IIDOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Art. 99 - Compõem o órgão especial a que se refere o parágrafo único do art. 16 o Presidente, o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça e o Corregedor da Justiça, que exercerão nele iguais funções, os Desembargadores de maior antigüidade no cargo, respeitada a representação de advogados e membros do Ministério Público, e inadmitida a recusa do encargo.

§ 1º - Na composição do órgão especial observar-se-á, tanto quanto possível, a repre-sentação, em número paritário, de todas as Câmaras, Turmas ou Seções especializadas.

§ 2º - Os Desembargadores não integrantes do órgão especial, observada a ordem de-crescente de antigüidade, poderão ser convocados pelo Presidente para substituir os que o componham, nos casos de afastamento ou impedimento.

Art. 100 - Na composição de qualquer Tribunal, um quinto dos lugares será preenchido por advogados, em efetivo exercício da profi ssão, e membros do Ministério Público, to-dos de notário merecimento e idoneidade moral, com dez anos, pelo menos, de prática forense.

§ 1º - Os lugares reservados a membros do Ministério Público ou advogados serão preen-chidos, respectivamente, por membros do Ministério Público ou por advogados, indicados em lista tríplice pelo Tribunal de Justiça ou seu órgão especial.

§ 2º - Nos Tribunais em que for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente, preenchida por advogado e por membro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma Unidade.

§ 3º - Nos Estados em que houver Tribunal de Alçada, constitui este, para efeito de acesso ao Tribunal de Justiça, a mais alta entrância da Magistratura estadual.

§ 4º - Os Juízes que integrem os Tribunais de Alçada somente concorrerão às vagas no Tribunal de Justiça correspondente à classe dos magistrados.

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Arts. 100 a 104

§ 5º - Não se consideram membros do Ministério Público, para preenchimento de vagas nos Tribunais, os juristas estranhos à carreira, nomeados em comissão para o cargo de Procurador-Geral ou outro de chefi a.

Art. 101 - Os Tribunais compor-se-ão de Câmaras ou Turmas, especializadas ou agrupadas em Seções especializadas. A composição e competência das Câmaras ou Turmas serão fi xadas na lei e no Regimento Interno.

§ 1º - Salvo nos casos de embargos infringentes ou de divergência, do julgamento das Câmaras ou Turmas, participarão apenas três dos seus membros, se maior o número de composição de umas ou outras.

§ 2º - As Seções especializadas serão integradas, conforme disposto no Regimento Interno, pelas Turmas ou Câmaras da respectiva área de especialização.

§ 3º - A cada uma das Seções caberá processar e julgar:

a) os embargos infringentes ou de divergência das decisões das Turmas da respectiva área de especialização;

b) os confl itos de jurisdição relativamente às matérias das respectivas áreas de especialização;

c) a uniformização da jurisprudência, quando ocorrer divergência na interpretação do direito entre as Turmas que a integram;

d) os mandados de segurança contra ato de Juiz de Direito;

c) as revisões criminais e as ações rescisórias dos julgamentos de primeiro grau, da própria Seção ou das respectivas Turmas.

§ 4º - Cada Câmara, Turma ou Seção especializada funcionará como Tribunal distinto das demais, cabendo ao Tribunal Pleno, ou ao seu órgão especial, onde houver, o julgamento dos feitos que, por lei, excedam a competência de Seção.

Art. 102 - Os Tribunais, pela maioria dos seus membros efetivos, por votação secreta, elegerão dentre seus Juízes mais antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, os titulares destes, com mandato por dois anos, proibida a reeleição. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por quatro anos, ou o de Presidente, não fi gurará mais entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes, na ordem de antigüidade. É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleição.

Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica ao Juiz eleito, para completar período de mandato inferior a um ano.

Art. 103 - O Presidente e o Corregedor da Justiça não integrarão as Câmaras ou Turmas. A Lei estadual poderá estender a mesma proibição também aos Vice-Presidentes.

§ 1º - Nos Tribunais com mais de trinta Desembargadores a lei de organização judiciária poderá prever a existência de mais de um Vice-Presidente, com as funções que a lei e o Regimento Interno determinarem, observado quanto a eles, inclusive, o disposto no caput deste artigo.

§ 2º - Nos Estados com mais de cem Comarcas e duzentas Varas, poderá haver até dois Corregedores, com as funções que a lei e o Regimento Interno determinarem.

Art. 104 - Haverá nos Tribunais de Justiça um Conselho da Magistratura, com função dis-ciplinar, do qual serão membros natos o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor, não devendo, tanto quanto possível, seus demais integrantes ser escolhidos dentre os outros do respectivo órgão especial, onde houver. A composição, a competência e o funcionamento desse Conselho, que terá como órgão superior o Tribunal Pleno ou o órgão especial, serão estabelecidos no Regimento Interno.

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Arts. 105 a 108

Art. 105 - A lei estabelecerá o número mínimo de Comarcas a serem visitadas, anualmente, pelo Corregedor, em correição geral ordinária, sem prejuízo das correições extraordinárias, gerais ou parciais, que entenda fazer, ou haja de realizar por determinação do Conselho de Magistratura.

Art. 106 - Dependerá de proposta do Tribunal de Justiça, ou de seu órgão especial, a al-teração numérica dos membros do próprio Tribunal ou dos Tribunais inferiores de segunda instância e dos Juízes de Direito de primeira instância.

§ 1º - Somente será majorado o número dos membros do Tribunal se o total de processos distribuídos e julgados, durante o ano anterior, superar o índice de trezentos feitos por Juiz.

§ 2º - Se o total de processos judiciais distribuídos no Tribunal de Justiça, durante o ano anterior, superar índice de seiscentos feitos por Juiz e não for proposto o aumento de nú-mero de Desembargadores, o acúmulo de serviços não excluirá a aplicação das sanções previstas nos arts. 56 e 57 desta Lei.

§ 3º - Para efeito do cálculo a que se referem os parágrafos anteriores, não serão computados os membros do Tribunal que, pelo exercício de cargos de direção, não integrarem as Câmaras, Turmas ou Seções, ou que, integrando-as, nelas não servirem como relator ou revisor.

§ 4º - Elevado o número de membros do Tribunal de Justiça ou dos Tribunais inferiores de segunda instância, ou neles ocorrendo vaga, serão previamente aproveitados os em disponibilidade, salvo o disposto no § 2º do art. 202 da Constituição federal e no § 1º do art. 57 desta Lei, nas vagas reservadas aos magistrados.

§ 5º - No caso do parágrafo anterior, havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade, e, sendo este o mesmo, o de maior antigüidade, sucessivamente, na substituição e no cargo.

Art. 107 - É vedada a convocação ou designação de Juiz para exercer cargo ou função nos Tribunais, ressalvada a substituição ocasional de seus integrantes (art. 118). (Vide Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

CAPÍTULO IIIDOS TRIBUNAIS DE ALÇADA

Art. 108 - Poderão ser criados nos Estados, mediante proposta dos respectivos Tribunais de Justiça, Tribunais inferiores de segunda instância, denominados Tribunais de Alçada, observados os seguintes requisitos:

I - ter o Tribunal de Justiça número de Desembargadores igual ou superior a trinta;

II - haver o número de processos distribuídos no Tribunal de Justiça nos dois últimos anos, superado o índice de trezentos feitos por Desembargador, em cada ano;

III - limitar-se a competência do Tribunal de Alçada, em matéria penal, às infrações a que não seja cominada pena de reclusão (vetado) e, em matéria cível, a recursos nas ações relativas à locação e a acidentes do trabalho e à matéria fi scal, e nos concernentes a ações de procedimento sumaríssimo.

III - limitar-se a competência do Tribunal de Alçada, em matéria cível, a recursos: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

a) em quaisquer ações relativas à locação de imóveis, bem assim nas possessórias; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

b) nas ações relativas à matéria fi scal da competência dos Municípios; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

c) nas ações de acidentes do trabalho; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979

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Arts. 108 a 114

d) nas ações de procedimento sumaríssimo, em razão da matéria; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

e) nas execuções por título extrajudicial, exceto as relativas à matéria fi scal da competência dos Estados; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

IV - limitar-se a competência do Tribunal de Alçada, em matéria penal, a habeas corpus e recursos: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

a) nos crimes contra o patrimônio, seja qual for a natureza da pena cominada; (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

b) nas demais infrações a que não seja cominada a pena de reclusão, isolada, cumulativa ou alternadamente, excetuados os crimes ou contravenções relativas a tóxicos ou entorpe-centes, e a falência. (Alínea incluída pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Parágrafo único - Nos Estados em que houver mais de um Tribunal de Alçada, caberá pri-vativamente a um deles, pelo menos, exercer a competência prevista no inciso IV deste artigo. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Art. 109 - Nos casos de conexão ou continência entre ações de competência do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Alçada, prorrogar-se-á a do primeiro, o mesmo ocorrendo quando, em matéria penal, houver desclassifi cação para crime de competência do último.

Art. 110 - Os Tribunais de Alçada terão jurisdição na totalidade ou em parte do território do Estado, e sede na Capital ou em cidade localizada na área de sua jurisdição.

Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, aos Tribunais de Alçada, o disposto nos arts. 100, caput, §§ 1º, 2º e 5º, 101 e 102.

Art. 111 - Nos Estados com mais de um Tribunal de Alçada é assegurado aos seus Juízes o direito de remoção de um para outro Tribunal, mediante prévia aprovação do Tribunal de Justiça, observado o quinto constitucional.

CAPÍTULO IVDA JUSTIÇA DE PAZ

Art. 112 - A Justiça de Paz temporária, criada por lei, mediante proposta do Tribunal de Jus-tiça, tem competência somente para o processo de habilitação e a celebração do casamento.

§ 1º - O Juiz de Paz será nomeado pelo Governador, mediante escolha em lista tríplice, organizada pelo Presidente do Tribunal de Justiça, ouvido o Juiz de Direito da Comarca, e composta de eleitores residentes no Distrito, não pertencentes a órgão de direção ou de ação de Partido Político. Os demais nomes constantes da lista tríplice serão nomeados primeiro e segundo suplentes.

§ 2º - O exercício efetivo da função de Juiz de Paz constitui serviço público relevante e assegurará prisão especial, em caso de crime comum, até defi nitivo julgamento.

§ 3º - Nos casos de falta, ausência ou impedimento do Juiz de Paz e de seus suplentes caberá ao Juiz de Direito da Comarca a nomeação de Juiz de Paz ad hoc.

Art. 113 - A impugnação à regularidade do processo de habilitação matrimonial e a con-testação a impedimento oposto serão decididas pelo Juiz de Direito.

TÍTULO IXDA SUBSTITUIÇÃO NOS TRIBUNAIS

Art. 114 - O Presidente do Tribunal é substituído pelo Vice-Presidente, e este e o Corre-gedor, pelos demais membros, na ordem decrescente de antigüidade.

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979

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Arts. 116 a 118

Art. 115 - Em caso de afastamento a qualquer título por período superior a trinta dias, os feitos em poder do magistrado afastado e aqueles em que tenha lançado relatório como os que pôs em mesa para julgamento, serão redistribuídos aos demais membros da Câ-mara, Turma, Grupo ou Seção especializada, mediante oportuna compensação. Os feitos em que seja revisor passarão ao substituto legal. (Revogado pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

§ 1º - O julgamento que tiver sido iniciado prosseguirá, computando-se os votos já profe-ridos, ainda que o magistrado afastado seja o relator. (Revogado pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

§ 2º - Somente quando indispensável para decidir nova questão, surgida no julgamento, será dado substituto ao ausente, cujo voto, então, não se computará. (Revogado pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

Art. 116 - Quando o afastamento for por período igual ou superior a três dias, serão redis-tribuídos, mediante oportuna compensação, os habeas corpus, os mandados de segurança e os feitos que, consoante fundada alegação do interessado, reclamem solução urgente. Em caso de vaga, ressalvados esses processos, os demais serão atribuídos ao nomeado para preenchê-la.

Art. 117 - Para compor o quorum de julgamento, o magistrado, nos casos de ausência ou impedimento eventual, será substituído por outro da mesmo Câmara ou Turma, na ordem de antigüidade, ou, se impossível, de outra, de preferência da mesma Seção especializada, na forma prevista no Regimento Interno. Na ausência de critérios objetivos, a convocação far-se-á mediante sorteio público, realizado pelo Presidente da Câmara, Turma ou Seção especializada.

Art. 118 - A convocação de Juiz de primeira instância somente se fará para completar, como vogal, o quorum de julgamento, quando, por suspeição ou impedimento dos integrantes do Tribunal, não for possível a substituição na forma prevista no artigo anterior.

Art. 118 - Em caso de vaga ou afastamento, por prazo superior a 30 (trinta) dias, de membro dos Tribunais Superiores, dos Tribunais Regionais, dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais de Alçada, (Vetado) poderão ser convocados Juízes, em Substituição (Vetado) escolhidos (Vetado) por decisão da maioria absoluta do Tribunal respectivo, ou, se houver, de seu Órgão Especial: (Redação dada pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

§ 1º - A convocação far-se-á mediante sorteio público dentre:

I - os Juízes Federais, para o Tribunal Federal de Recursos;

II - o Corregedor e Juízes Auditores para a substituição de Ministro togado do Superior Tribunal Militar;

III - Os Juízes da Comarca da Capital para os Tribunais de Justiça dos Estados onde não houver Tribunal de Alçada e, onde houver, dentre os membros deste para os Tribunais de Justiça e dentre os Juízes da Comarca da sede do Tribunal de Alçada para o mesmo;

IV - os Juízes de Direito do Distrito Federal, para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;

V - os Juízes Presidentes de Junta de Conciliação o Julgamento da sede da Região para os Tribunais Regionais do Trabalho.

§ 2º - Não poderão ser convocados Juízes punidos com as penas previstas no art. 42, I, II, III e IV, nem os que estejam respondendo ao procedimento previsto no art. 27.

§ 3º - A convocação de Juiz de Tribunal do Trabalho, para substituir Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, obedecerá o disposto neste artigo.

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Arts. 118 a 128

§ 4º - Em nenhuma hipótese, salvo vacância do cargo, haverá redistribuição de processos aos Juízes convocados. (Incluído pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

Art. 119 - A redistribuição de feitos, a substituição nos casos de ausência ou impedimento eventual e a convocação para completar quorum de julgamento não autorizam a concessão de qualquer vantagem, salvo diárias e transporte, se for o caso.

TÍTULO XDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 120 - Os Regimentos Internos dos Tribunais disporão sobre a devolução e julgamento dos feitos, no sentido de que, ressalvadas as preferências legais, se obedeça, tanto quanto possível, na organização das pautas, a igualdade numérica entre os processos em que o Juiz funcione como relator e revisor.

Art. 121 - Nos julgamentos, o pedido de vista não impede votem os Juízes que se tenham por habilitados a fazê-lo, e o Juiz que o formular restituirá os autos ao Presidente dentro em dez dias, no máximo, contados do dia do pedido, devendo prosseguir o julgamento do feito na primeira sessão subseqüente a este prazo.

Art. 122 - Os Presidentes e Vice-Presidentes de Tribunal, assim como os Corregedores, não poderão participar de Tribunal Eleitoral.

Art. 123 - Poderão ter seus mandatos prorrogados, por igual período, o Presidente, o Vice--Presidente e o Corregedor que, por força de disposição regimental, estejam, na data da publicação desta Lei, cumprindo mandato de um ano.

Art. 124 - O magistrado que for convocado para substituir, na primeira Instância, Juiz de entrância superior, perceberá a diferença de vencimentos correspondente, durante o período de afastamento do titular, inclusive diárias e transporte, se for o caso.

Art. 124 - O Magistrado que for convocado para substituir, em primeira ou segunda instân-cia, perceberá a diferença de vencimentos correspondentes ao cargo que passa a exercer, inclusive diárias e transporte, se for o caso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986)

Art. 125 - O Presidente do Tribunal, de comum acordo com o Vice-Presidente, poderá delegar-lhe atribuições.

Art. 126 - O Conselho da Justiça Federal compõe-se do Presidente e do Vice-Presidente do Tribunal Federal de Recursos, e de mais três Ministros eleitos pelo Tribunal, com mandato de dois anos.

Parágrafo único - O Tribunal Federal de Recursos, ao elegar os três Ministros que integrarão o Con-selho, indicará, dentre eles, o Corregedor-Geral, bem como elegerá os respectivos suplentes.

Art. 127 - Nas Justiças da União, os Estados e do Distrito Federal e dos Territórios, poderão existir outros órgãos com funções disciplinares e de correição, nos termos da lei, ressalvadas as competências dos previstos nesta.

Art. 128 - Nos Tribunais, não poderão ter assento na mesma Turma, Câmara ou Seção, cônjuges e parentes consangüíneos ou afi ns em linha reta, bem como em linha colateral até o terceiro grau.

Parágrafo único - Nas sessões do Tribunal Pleno ou órgão que o substituir, onde houver, o primeiro dos membros mutuamente impedidos, que votar, excluirá a participação do outro no julgamento.

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Arts. 129 a 139

Art. 129 - O magistrado, pelo exercício em órgão disciplinar ou de correição, nenhuma vantagem pecuniária perceberá, salvo transporte e diária para alimentação e pousada, quando se deslocar de sua sede.

Art. 130 - Compete à Justiça Federal o processo e julgamento das ações decorrentes de acidentes do trabalho, quando o pedido tiver por objetivo o reconhecimento de doença profi ssional não incluída na relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistên-cia Social. O recurso cabível no caso será interposto para o Tribunal Federal de Recursos. (Revogado pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 1º - Continuam na competência da Justiça estadual o processo e julgamento das ações a ela distribuídas até seis meses após a entrada em vigor da presente Lei. (Revogado pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 2º - Nas Comarcas onde não houver Juiz Federal, ressalvadas as localizadas em Região Metropolitana onde não houver Seção Judiciária da Justiça Federal, os litígios relativos a acidentes do trabalho ou a doenças a eles equiparadas continuarão sendo processados o julgados pela Justiça estadual. (Revogado pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Art. 131 - Ao magistrado que responder a processo disciplinar fi ndo este, dar-se-á certidão de suas peças, se o requerer.

Art. 132 - Aplicam-se à Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, no que couber, as normas referentes à Justiça dos Estados.

Art. 133 - O Presidente do Supremo Tribunal Federal adotará as providências necessárias à instalação do Conselho Nacional da Magistratura no prazo de trinta dias, contado da entrada em vigor desta Lei.

Art. 134 - Concluídas as instalações que possam atender á nova composição do Tribunal Federal de Recursos, serão preenchidos oito cargos de Ministro, para completar o número de vinte e sete, nos termos do art. 4º, devendo o Presidente do Tribunal no prazo de trinta dias, tornar efetiva a reorganização determinada nesta Lei e promover, a adaptação do Regimento Interno às regras nela estabelecias.

Parágrafo único - As disposições dos arts. 115 e 118 da Lei Complementar nº 35, de 14 de março de 1979, não se aplicarão ao Tribunal Federal de Recursos, enquanto não forem preen-chidos os oito cargos de Ministro, para complementar o número de vinte e sete, nos termos previstos neste artigo. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Art. 135 - O mandato dos membros do Conselho Nacional da Magistratura eleitos no prazo do artigo anterior, com início da data da sua eleição, terminará juntamente com o do Presidente e do Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal eleitos em substituição aos atuais.

Art. 136 - Para efeito do aumento do número de Desembargadores, previsto no art. 106, § 1º, poderá ser computado o número de processos distribuídos durante o ano anterior, e que, por força desta Lei, passaram à competência dos Tribunais de Justiça.

Art. 137 - Os cargos de Desembargadores criados após a promulgação da Emenda Cons-titucional nº 7, de 13 de abril de 1977, e ainda não providos à data da vigência desta Lei, somente o serão uma vez satisfeito o requisito constante do art. 106, § 1º.

Art. 138 - Aos Juízes togados, nomeados mediante concurso de provas e ainda sujeitos a concurso de títulos consoante as legislações estaduais, computar-se-á, no período de dois anos de estágio para aquisição da vitaliciedade, o tempo de exercício anterior a 13 de abril de 1977.

Art. 139 - Dentro de seis meses contados da vigência desta Lei, os Estados adaptarão sua organização judiciária aos preceitos e aos constantes da Constituição federal.

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Arts. 139 a 142

§ 1º - Nos Estados em que houver Tribunal de Alçada, os Tribunais de Justiça observarão, quanto à competência, o disposto no art. 108, inciso III.

§ 1º - Nos Estados em que houver Tribunal de Alçada, os Tribunais de Justiça observarão quanto à competência o disposto no art. 108, incisos III e IV. (Redação dada pela Lei Com-plementar nº 37, de 13.11.1979)

§ 2º - Os Tribunais de Alçada conservarão, residualmente, sua competência para o processo e julgamento dos feitos e recursos que houverem sido recebidos em seus protocolos até a data da entrada em vigor desta Lei.

§ 2º - Os Tribunais de Justiça e os de Alçada conservarão, residualmente, sua competência, para o processo e julgamento dos feitos e recursos que houverem sido entregues, nas res-pectivas Secretarias, até a data da entrada em vigor da lei estadual de adaptação prevista no art. 202 da Constituição, ainda que não tenham sido registrados ou autuados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37, de 13.11.1979)

Art. 140 - Vencido o prazo do artigo anterior, fi carão extintos os cargos de Juiz substituto de segunda instância, qualquer que seja a sua denominação, e seus ocupantes, em dispo-nibilidade, com vencimentos integrais até serem aproveitados.

§ 1º - O aproveitamento far-se-á por promoção ao Tribunal de Justiça ou ao Tribunal de Alçada, conforme o caso, respeitado o quinto constitucional, alternadamente, pelos critérios de antigüidade e merecimento, e, enquanto não foi, possível, nas Varas da Comarca da Capital, de entrância igual à dos ocupantes aos cargos extintos.

§ 2º - No Estado do Rio de Janeiro, nas primeiras vagas que ocorrerem ou vierem a ser criadas no Tribunal de Justiça, ressalvada a faculdade do Governador, de prévio aproveita-mento dos atuais Desembargadores em disponibilidade (Emenda Constitucional nº 7/77, art. 202, § 2º) e observado o quinto constitucional, serão aproveitados os atuais Juízes de Direito substitutos de Desembargador, sem prejuízo da antigüidade que tiverem os demais Juízes de Direito de entrância especial, na oportunidade do acesso ao Tribunal.

§ 3º - Os Juízes substitutos dos Tribunais de Alçada do mesmo Estado serão aproveitados nas primeiras vagas que ocorrerem ou vierem a ser criadas em qualquer desses Tribunais, observados os mesmos critérios deste artigo.

§ 4º - Os Juízes que, na data da entrada em vigor desta Lei, estejam no exercício de função substituinte, mediante convocação temporária, reassumirão o exercício das Varas de que sejam titulares.

§ 5º - É, vedado o aproveitamento por forma diversa da prevista nos artigos anteriores, inclusive como assessor, assistente ou auxiliar de Desembargador ou de Juiz de Tribunal de Alçada.

Art. 141 - Independentemente do disposto no § 3º do art. 100 desta Lei, fi ca assegurado o acesso aos Tribunais de Justiça, pelo critério de antigüidade, de todos os Juízes de Direi-to que, à data da promulgação desta Lei, integrem a mais elevada entrância, desde que, segundo as disposições estaduais então vigentes, tenham igual ou maior antigüidade do que a daqueles que integram os Tribunais de Alçada ressalvada a recusa prevista no inciso III do art. 144 da Constituição federal.

Art. 142 - No Estado do Rio de Janeiro a aplicação do disposto no § 3º do art. 100 não poderá afetar a antigüidade que tiverem, na data da entrada em vigor desta Lei, os Juízes que atualmente compõem a entrância especial, entre os quais se incluem os Juízes que integram os Tribunais de Alçada.

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Arts. 143 a 147

Art. 143 - O disposto no § 4º do art. 100 não se aplica às vagas ocorrentes antes da data da entrada em vigor desta Lei.

Art. 144 - (Vetado.)

Parágrafo único - (Vetado.)

Art. 145 - As gratifi cações e adicionais atualmente atribuídos a magistrados, não previstos no art. 65, ou excedentes das percentagens e limites nele fi xados, fi cam extintos e seus valores atuais passam a ser percebidos como vantagem pessoal inalterável no seu quantum, a ser absorvida em futuros aumentos ou reajustes de vencimentos.

Parágrafo único - A absorção a que se refere este artigo não se aplica ao excesso decorrente do número de quinquênios e não excederá de vinte por cento em cada aumento ou reajuste de vencimento.

Art. 146 - Esta Lei entrará em vigor sessenta dias após sua publicação.

Art. 147 - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 14 de março de 1979; 128º da Independência e 91º da República.

ERNESTO GEISEL

Armando Falcão

Este texto não substitui o publicado no DOU de 14.3.1979

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

LEI Nº 7.356, DE 1º DE FEVEREIRO DE 1980.

CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – LEI Nº 7.356/1980

Livro I - Da Justiça comum (art. 1º) .................................................................... 209

Título I - Da divisão judiciária (arts. 2º a 4º) ........................................................ 209

Título II - Da organização judiciária ..................................................................... 210

Capítulo I - Dos órgãos judiciários (art. 5º) .......................................................... 210

Capítulo II - Da composição e competência dos órgãos judiciários ........................... 211

Seção I - Do Tribunal de Justiça (arts. 6º a 9º) ................................................ 211

Seção II - Do Tribunal Pleno (arts. 10 a 13) .................................................... 214

Seção III - Das Seções Cível e Criminal .......................................................... 217

Subseção I - Da Seção Cível (art. 14) ........................................................ 217

Subseção II - Das Turmas Especializadas (arts. 15 a 17) .............................. 218

Subseção III - Da Seção Criminal (art. 18) ................................................. 219

Subseção IV - Dos Grupos Criminais (arts. 19 e 20) .................................... 219

Subseção V - Dos Grupos Cíveis (arts. 21 a 23) .......................................... 221

Seção IV - Das Câmaras Separadas (arts. 24 e 25) .......................................... 223

Subseção I - Das Câmaras Cíveis Separadas (art. 26) .................................. 223

Subseção II - Das Câmaras Criminais Separadas (arts. 27 e 28) ................... 224

Seção V - Das Câmaras Especiais (art. 29) ...................................................... 225

Capítulo III - Dos órgãos de direção e fi scalização do Tribunal de Justiça .................. 225

Seção I - Da Presidência do Tribunal de Justiça (arts. 30 a 32) ........................... 225

Seção II - Das Vice-Presidências do Tribunal de Justiça (arts. 33 a 36) ................ 229

Seção III - Do Conselho da Magistratura (arts. 37 a 39).................................... 231

Seção IV - Da Corregedoria-Geral da Justiça (arts. 40 a 45) .............................. 237

Capítulo IV ...................................................................................................... 241

Seção I - Do Tribunal de Alçada (arts. 46 a 51) ................................................ 241

Subseção I - Da competência (art. 52) ...................................................... 245

Subseção II - Dos Grupos Criminais (arts. 53 a 55) ..................................... 247

Subseção III - Dos Grupos Cíveis e das Câmaras Separadas (art. 56) ............ 249

Subseção IV - Das Câmaras Cíveis Separadas (art. 57) ................................ 250

Subseção V - Das Câmaras Criminais Separadas (art. 58) ............................ 252

Subseção VI - Da Administração (arts. 59 a 62) .......................................... 252

Subseção VII - Disposições especiais (arts. 63 a 68).................................... 255

Capítulo V - Do Tribunal do Júri (arts. 69 a 71) ..................................................... 255

Capítulo VI - Dos Juízes de Direito (art. 72) ......................................................... 256

Seção Única (arts. 73 a 86)........................................................................... 256

Capítulo VII - Dos Pretores (arts. 87 e 88) ........................................................... 268

Capítulo VIII - Dos Juízes de Paz (art. 89)............................................................ 271

Título III - Dos serviços auxiliares da Justiça ........................................................ 271

Capítulo I - Da classifi cação (arts. 90 a 98) .......................................................... 271

Capítulo II - Das categorias e classes funcionais dos servidores da Justiça (arts. 99 e 100) ........................................................................................... 273

Seção I - Dos servidores do foro judicial (arts. 101 e 102) ................................ 273

Seção II - Dos servidores do foro extrajudicial (arts. 103 e 104) ........................ 274

Capítulo III - Da organização e atribuições dos servidores do foro judicial ................ 275

Seção I - Da organização (art. 105) ............................................................... 275

Seção II - Das atribuições ............................................................................. 275

Subseção I - Dos Escrivães (arts. 106 a 108) ............................................. 275

Subseção II - Dos Distribuidores (arts. 109 a 111) ...................................... 277

Subseção III - Dos Contadores Judiciários (arts. 112 e 113) ......................... 277

Subseção IV - Dos Ofi ciais Ajudantes (arts. 114 e 115) ................................ 278

Subseção V - Dos Ofi ciais Escreventes (art. 116) ........................................ 278

Subseção VI - Do Atendente Judiciário (art. 117) ........................................ 278

Subseção VII - Dos Ofi ciais de Justiça (arts. 118 e 119) ............................... 279

Subseção VIII - Dos Comissários de Menores (art. 120) ............................... 279

Subseção IX - Dos Comissários de Vigilância (art. 121) ................................ 279

Subseção X - Dos Depositários (art. 122) ................................................... 280

Subseção XI - Dos Assistentes Sociais Judiciários (art. 123) ......................... 280

Subseção XII - Dos Avaliadores (art. 124) .................................................. 280

Capítulo IV - Da organização e atribuições do foro extrajudicial ............................... 280

Seção I - Organização (art. 125) ................................................................... 280

Seção II - Das atribuições ............................................................................. 281

Subseção I - Dos Tabeliães (arts. 126 a 137) .............................................. 281

Subseção II - Dos Ofi ciais do Registro de Imóveis (arts. 138 e 139) .............. 282

Subseção III - Dos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais (art. 140) ... 283

Subseção IV - Dos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas (art. 141) ... 283

Subseção V - Dos Ofi ciais do Registro de Títulos e Documentos e Protestos Cambiais (arts. 142 e 143) ...................................................................... 283

Subseção VI - Dos Ofi ciais dos Registros Públicos (art. 144) ......................... 283

Subseção VII - Dos Ofi ciais dos Registros Especiais (art. 145) ....................... 284

Subseção VIII - Dos Ofi ciais Distritais e dos Ofi ciais de Sede Municipal (arts. 146 e 147) .................................................................................... 284

Subseção IX - Dos demais servidores do Foro Extrajudicial (art. 148) ............ 284

Subseção X - Disposições gerais (art. 149) ................................................. 285

Título IV - Dos impedimentos e incompatibilidades (arts. 150 a 154) ....................... 285

Capítulo I - Quanto aos servidores (arts. 155 a 157) ............................................. 286

Título V - Do funcionamento dos órgãos judiciários de primeira instância .................. 287

Capítulo I - Do expediente (arts. 158 a 160) ........................................................ 287

Capítulo II - Da distribuição (arts. 161 a 169) ...................................................... 288

Capítulo III - Das audiências (arts. 170 a 184) ..................................................... 289

Capítulo IV - Das férias ..................................................................................... 291

Seção I - Das férias do Tribunal de Justiça (art. 185) ........................................ 291

Seção II - Das férias forenses (arts. 186 a 188) ............................................... 291

Seção III - Das férias dos Juízes (art. 189) ..................................................... 292

Seção IV - Das férias dos servidores (arts. 190 a 194) ...................................... 292

Título VI - Da correição parcial (art. 195) ............................................................. 293

Título VII - Disposições diversas (arts. 196 a 198) ................................................ 293

Título VIII - Disposições fi nais e transitórias ......................................................... 294

Capítulo I - Disposições fi nais (arts. 199 a 222) .................................................... 294

Capítulo II - Disposições transitórias (arts. 223 a 229) .......................................... 299

Livro II - Da Justiça Militar ................................................................................. 300

Título I - Da divisão judiciária (art. 230) .............................................................. 300

Título II - Da organização judiciária ..................................................................... 301

Capítulo I - Dos órgãos judiciários (art. 231) ........................................................ 301

Capítulo II - Da composição e competência dos órgãos judiciários militares .............. 301

Seção I - Da composição do Tribunal Militar (arts. 232 e 233) ............................ 301

Seção II - Da competência do Tribunal (art. 234) ............................................. 302

Seção III - Da substituição do Tribunal (arts. 235 a 240) .................................. 304

Capítulo III - Dos órgãos de direção e fi scalização do Tribunal Militar ....................... 305

Seção I - Da Presidência do Tribunal Militar (art. 241) ...................................... 305

Seção II - Da Vice-Presidência do Tribunal (arts. 242 a 244) .............................. 306

Seção III - Da Corregedoria-Geral da Justiça Militar (art. 245) ........................... 307

Capítulo IV - Disposições comuns (art. 246) ......................................................... 307

Capítulo V - Da organização e competência dos Conselhos de Justiça ....................... 307

Seção I - Da organização dos Conselhos de Justiça (arts. 247 a 258) .................. 307

Seção II - Da competência dos Conselhos de Justiça (art. 259) .......................... 310

Seção III - Da Presidência dos Conselhos de Justiça (art. 260)........................... 311

Capítulo VI - Das auditorias ............................................................................... 311

Seção Única (arts. 261 e 262) ....................................................................... 311

Capítulo VII - Dos Juízes-Auditores ..................................................................... 312

Seção I - Da carreira de Juiz-Auditor (arts. 263 a 268) ..................................... 312

Seção II - Da competência dos Juízes-Auditores (art. 269) ................................ 313

Capítulo VIII - Da competência dos Juízes-Auditores substitutos ............................. 314

Seção Única (art. 270) ................................................................................. 314

Capítulo IX - Do Ministério Público ...................................................................... 315

Seção Única (art. 271) ................................................................................. 315

Capítulo X - Da Assistência Judiciária Ofi cial ......................................................... 315

Seção I (arts. 272 e 273) ............................................................................. 315

Seção II - Das atribuições dos Assistentes Judiciários (art. 274) ......................... 315

Capítulo XI - Dos Serviços Auxiliares da Justiça Militar ........................................... 316

Seção Única (art. 275) ................................................................................. 316

Capítulo XII - Dos Escrivães e Ofi ciais Escreventes ................................................ 316

Seção Única (arts. 276 a 280) ....................................................................... 316

Título III - Das disposições diversas .................................................................... 318

Capítulo I - Do compromisso, posse e exercício .................................................... 318

Seção Única (arts. 281 a 284) ....................................................................... 318

Capítulo II - Das incompatibilidades .................................................................... 319

Seção Única (art. 285) ................................................................................. 319

Capítulo III - Das substituições ........................................................................... 319

Seção Única (art. 286) ................................................................................. 319

Capítulo IV - Das licenças, férias e interrupções do exercício .................................. 320

Seção Única (arts. 287 a 290) ....................................................................... 320

Capítulo V - Da disciplina judiciária ..................................................................... 320

Seção Única (arts. 291 a 296) ....................................................................... 320

Título IV .......................................................................................................... 321

Capítulo Único - Disposições fi nais e transitórias (arts. 297 a 302) .......................... 321

Quadro nº 1 - Comarcas .................................................................................... 322

Quadro 1-A ..................................................................................................... 328

Quadro 1-B ..................................................................................................... 331

209

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

LEI N.º 7.356, DE 1º DE FEVEREIRO DE 1980.(ATUALIZADA ATÉ A LEI N.º 14.419, DE 3 DE JANEIRO DE 2014)

Dispõe sobre o Código de Organização Judiciária do Estado.

LIVRO IDA JUSTIÇA COMUM

Art. 1º - Este Código regula a divisão e a organização judiciárias do Estado, compreen-dendo a constituição, estrutura, atribuições e competência dos Tribunais, Juízes e Serviços Auxiliares da Justiça.

TÍTULO IDA DIVISÃO JUDICIÁRIA

Art. 2º - O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça comum, divide-se em Comarcas, Municípios e Distritos.

Art. 2º - O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça comum, divide-se em Distritos, Municípios, Comarcas e Comarcas integradas. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

§ 1º - Cada Comarca, que será constituída de um ou mais Municípios, terá denominação do Município que lhe serve de sede.

§ 1º - Cada comarca, que será constituída de um ou mais municípios, terá a denominação do município onde estiver sua sede. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

§ 2º - A Comarca de Porto Alegre, para efeitos de divisão judiciária e distribuição, compreende o Foro Centralizado e os Foros Regionais, sediados estes, respectivamente, no Passo da Areia e na Tristeza, com as delimitações constantes dos arts. 207, 208 e 209.

§ 2º - O Tribunal de Justiça, para os efeitos de comunicação de atos processuais e de rea-lização de diligências e atos probatórios, poderá reunir duas ou mais comarcas para que constituam uma comarca integrada, desde que próximas as sedes municipais, fáceis as vias de comunicação e intensa a movimentação populacional entre as comarcas contíguas. O Conselho da Magistratura, por ato normativo, disciplinará a matéria. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

§ 3º - Em cada Comarca far-se-á, em livro próprio, o registro de sua instalação, da entrada em exercício e afastamento defi nitivo dos Juízes, bem como de outros atos relativos ao histórico da vida judiciária, enviando-se cópias dos atos ao Tribunal de Justiça.

§ 3º - A Comarca de Porto Alegre, para os efeitos da divisão judiciária e distribuição, compreende o foro centralizado e os foros regionais de Sarandi e da Tristeza, estes com a competência prevista no art. 84, XIV e XV, e com jurisdição sobre a área delimitada por ato do Conselho da Magistratura. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

§ 3º - A Comarca de Porto Alegre, para os efeitos da divisão judiciária e distribuição, compreende o foro centralizado e os Foros Regionais, estes com a competência prevista

Arts. 1º e 2º

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

210

no art. 84, XIV e XV, e com jurisdição sobre a área delimitada por ato do Conselho da Magistratura. (Vide Lei n.º 8.131/86)

§ 4º - Em cada comarca far-se-á, em livro próprio, o registro de sua instalação, da entrada em exercício e afastamento defi nitivo dos juízes, bem como de outros atos relativos ao histórico da vida judiciária, enviando-se cópias dos atos ao Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 3º - A criação de novas Comarcas dependerá da ocorrência dos seguintes requisitos:

a) população mínima de vinte mil habitantes, com cinco mil eleitores na área prevista para a Comarca;

b) volume do serviço forense equivalente, no mínimo, a trezentos feitos, ingressados anualmente;

c) receita tributária mínima igual à exigida para a criação de Municípios no Estado.

Parágrafo único - O desdobramento de juízos ou a criação de novas Varas poderá ser feito por proposta do Tribunal de Justiça, quando superior a seiscentos o número de processos ajuizados anualmente.

Art. 4º - As Comarcas são classifi cadas em quatro entrâncias de acordo com o movimento forense, densidade demográfi ca, rendas públicas, meios de transporte, situação geográfi ca e outros fatores sócio-econômicos de relevância.

Art. 4º - As Comarcas são classifi cadas em três entrâncias de acordo com o movimento forense, densidade demográfi ca, rendas públicas, meios de transporte, situação geográfi ca e outros fatores sócio-econômicos de relevância. (Vide Lei n.º 8.838/89)

§ 1º - A classifi cação das Comarcas do Estado é a que consta do Quadro Anexo nº 1, com a indicação dos Municípios que as integram.

§ 2º - A classifi cação das Comarcas de difícil provimento é a constante do Quadro Anexo nº 2, que poderá ser alterado por proposta do Tribunal de Justiça, mediante provocação do Conselho da Magistratura.

§ 2° - As comarcas de difícil provimento serão fi xadas por ato do Conselho da Magistratura, fazendo jus à gratifi cação de 15% (quinze por cento) sobre o vencimento de seu cargo os magistrados no exercício da função. (Redação dada pela Lei n° 11.848/02)

§ 2° - As comarcas de difícil provimento serão fi xadas por ato do Conselho da Magistratu-ra, fazendo jus à gratifi cação de 15% (quinze por cento) sobre o subsídio de seu cargo os magistrados no exercício da função. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

§ 3º - O Conselho da Magistratura revisará anualmente, no primeiro trimestre, a lista das comarcas de difícil provimento, sem prejuízo da possibilidade de alteração a qualquer mo-mento, havendo interesse da administração. (Incluído pela Lei n° 11.848/02)

TÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

CAPÍTULO IDOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS

Art. 5º - São órgãos do Poder Judiciário do Estado, além dos que integram a Justiça Militar:

Arts. 2º a 4º

211

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

I - o Tribunal de Justiça;

II - o Tribunal de Alçada;

III - o Tribunal do Júri;

IV - os Juízes de Direito;

V - os Pretores;

VI - os Juízes de Paz.

Parágrafo único - A representação do Poder Judiciário compete ao Presidente do Tribunal de Justiça.

Art. 5º - São órgãos do Poder Judiciário do Estado, além dos que integram a Justiça Militar: (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

I - o Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

II - os Juízes de Direito; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

III - os Tribunais do Júri; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

IV - os Juizados Especiais; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

V - os Pretores; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

VI - os Juízes de Paz. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

CAPÍTULO IIDA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS

SEÇÃO IDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de trinta e um Desembargadores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado, tem toda a competência cível e criminal não atribuída ao Tribunal de Alçada. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por Advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal (art. 144, IV) e da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de 39 (trinta e nove) Desembargadores, com sede na Capital e jurisdição no território do Estado, tem toda a competência cível e criminal não atribuída ao Tribunal de Alçada. Um quinto (1/5) dos lugares do Tribunal será preen-chido por Advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de quarenta (40) Desembargadores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado, tem toda a competência cível e criminal não atribuída ao Tribunal de Alçada. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por Advogados e membros do Ministério Público, nos.; termos da Constituição Federal (art. 144, IV) (Vide Lei n.º 8.353/87)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de quarenta e oito (48) Desembargadores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado, tem toda a competência civil e criminal

Art. 5º

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

212

não atribuída ao Tribunal de Alçada. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por Advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 8.967/89)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de cinqüenta e dois (52) Desembargadores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado, tem toda a competência cível e criminal não atri-buída ao Tribunal de Alçada. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por Advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Vide Lei n.º 9.662/92)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça, constituído de cinqüenta e três (53) Desembargadores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado, tem toda a competência cível e criminal não atri-buída ao Tribunal de Alçada. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por Advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Vide Lei n.º 10.780/96)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça é constituído de cento e vinte e cinco (125) Desembarga-dores, com sede na Capital e Jurisdição no território do Estado. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 6° - O Tribunal de Justiça é constituído de 140 (cento e quarenta) Desembargadores, com sede na Capital e jurisdição no território do Estado. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 13.070/08)

Art. 6º - O Tribunal de Justiça é constituído de 170 (cento e setenta) Desembargadores, com sede na Capital e jurisdição no território do Estado. Um quinto dos lugares do Tribunal será preenchido por advogados e membros do Ministério Público, nos termos da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei n.º 14.411/13)

Art. 7º - São órgãos do Tribunal de Justiça:

I - o Tribunal Pleno;

II - as Câmaras Reunidas, Cíveis e Criminais;

II - as Turmas Cíveis Especializadas e as Câmaras Criminais Reunidas; (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

III - os Grupos de Câmaras Cíveis;

IV - as Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais;

IV - as Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais, e a Câmara de Férias; (Redação dada pela Lei n.º 8.665/88)

V - a Presidência e a Vice-Presidência;

VI - o Conselho da Magistratura;

VII - a Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 7° - São órgãos do Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

I - o Tribunal Pleno; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

II - os Grupos de Câmaras Criminais e os Grupos de Câmaras Cíveis; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

III - as Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais e as Câmaras de Férias; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Arts. 6º e 7º

213

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

III - as Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais e as Câmaras Especiais; (Vide Lei n.º 11.442/00)

IV - a Presidência e as Vice-Presidências; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

V - o Conselho da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

VI - a Corregedoria-Geral de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 8º - Divide-se o Tribunal em duas Seções: Criminal e Cível, constituída a primeira de três Câmaras e, a segunda, de quatro, designadas pelos primeiros números ordinais.

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinária ou extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis ou Criminais.

Art. 8º - Divide-se o Tribunal em 2 (duas) Seções: Criminal e Cível, constituída a primeira de 3 (três) Câmaras, e a segunda de 6 (seis) Câmaras, designadas pelos primeiros números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinária ou extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis ou Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 8º - Divide-se o Tribunal em duas (2) seções: Criminal e Cível, constituída a primeira de três (3) Câmaras e, a segunda de oito (8), designadas pelos primeiros números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 8.967/89)

Art. 8º - Divide-se o Tribunal em duas Seções: Criminal e Cível, constituída a primeira de quatro (4) Câmaras, e a segunda de oito (8) Câmaras, designadas pelos primeiros números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 9.662/92)

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinária e extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis ou Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 8.967/89)

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinária ou extraordináriamente, em Tribunal Pleno, em Turmas Especializadas, Câmaras Criminais Reunidas, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis ou Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 8º - Divide-se o Tribunal em duas (2) Seções: Criminal e Cível. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinária ou extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Grupos Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 9º - Compete ao Tribunal estabelecer em seu Regimento Interno, respeitados os precei-tos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do presente Código, a competência de suas Câmaras, Grupos, Seções ou outros órgãos, com funções jurisdicionais ou administrativas.

Art. 9º - Compete ao Tribunal estabelecer em seu Regimento Interno a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais ou administrativos (art. 93, II, da Constituição Estadual). (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 9º - Compete ao Tribunal estabelecer em seu Regimento Interno a competência, a composição e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais ou administrativos. (Redação dada pela Lei n.º 13.974/12)

Arts. 7º a 9º

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

214

SEÇÃO IIDO TRIBUNAL PLENO

Art. 10 - O Tribunal Pleno, funcionando em Órgão Especial (Constituição Federal, art. 144, V), é constituído por vinte e cinco Desembargadores, observada a ordem decrescente de antigüidade e respeitada, tanto quanto possível, a representação proporcional das Se-ções especializadas e do quinto constitucional, conforme dispuser o Regimento Interno. As suas sessões serão presididas pelo Presidente do Tribunal e, no seu impedimento, sucessivamente, pelo Vice Presidente ou pelo Desembargador mais antigo.

Art. 11 - É indispensável a presença de, no mínimo, dezessete membros para o funciona-mento do Tribunal em sessão plenária.

Parágrafo único -Para o julgamento a que se referem os incs. I, II e III, nº 1 e 2, h, do artigo seguinte, o Tribunal deverá funcionar, no mínimo, com vinte Desembargadores, substituídos, na forma prevista no Regimento Interno, os que faltarem ou estiverem impedidos.

Art. 11 - É indispensável a presença de, no mínimo, 17 (dezessete) membros para o fun-cionamento do Tribunal em sessão plenária. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Parágrafo único - Para os julgamentos a que se referem os incisos I, II e III, nº 1 e 2, alínea h, bem como os incisos VIII e IX do artigo seguinte, o Tribunal deverá funcionar, no mínimo, com 20 (vinte) Desembargadores, substituídos, na forma prevista no Regimento Interno, os que faltarem ou estiverem impedidos. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 12 - Ao Tribunal Pleno, em Órgão Especial, compete:

I - declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do Poder Público;

II - solicitar a intervenção federal no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 11, letras a, b e c, da Constituição da República Federativa do Brasil e nos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional;

III - processar e julgar originariamente:

1 - nos crimes comuns e nos de responsabilidade:

a) o Governador, os Secretários de Estado, os Deputados Estaduais, o Procurador-Geral da Justiça e o Procurador-Geral do Estado;

b) os membros do Tribunal de Alçada, do Tribunal Militar do Estado e os Juízes de primeira instância, bem como os agentes do Ministério Público Estadual, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

2 - os feitos a seguir enumerados:

a) os “habeas corpus”, quando o coator ou paciente for membro do Poder Legislativo, funcionário ou autoridade, cujos atos estejam diretamente submetidos à jurisdição do Tribunal de Justiça; quando se tratar de crime sujeito a essa mesma jurisdição em única instância; e quando houver perigo de se consumar a violência antes que outro Juiz possa conhecer do pedido;

b) os mandados de segurança contra atos:

- do Governador do Estado;

- da Assembléia Legislativa, de sua Mesa ou de seu Presidente, de suas Comissões e res-pectivos Presidentes;

Arts. 10 e 11

215

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

- do Tribunal de Contas ou de seu Presidente;

- administrativos, do próprio Tribunal de Justiça, das Câmaras Reunidas, dos Grupos, das Câmaras Separadas ou dos Presidentes desses órgãos;

- do Conselho da Magistratura ou de seu Presidente;

- do Corregedor-Geral da Justiça;

b) os mandados de segurança contra atos: (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Governador do Estado; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- da Assembléia Legislativa, de sua Mesa e de seu Presidente, de suas Comissões e res-pectivos Presidentes; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do próprio Tribunal de Justiça, e de seus Presidente e Vice-Presidente; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- das Câmaras Reunidas, dos Grupos, das Câmaras Separadas e respectivos Presidentes; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Tribunal de Contas e de seu Presidente; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

c) os confl itos de jurisdição de competência entre Seções do Tribunal ou Câmaras de dife-rentes Seções e, ainda, entre autoridades judiciárias e administrativas quando neles forem interessados o Governador, Secretários de Estado, Magistrados, Procurador-Geral da Justiça ou Procurador-Geral do Estado;

d) as habilitações nas causas sujeitas a seu conhecimento;

e) as ações rescisórias de seus acórdãos, bem como a execução de suas decisões;

f) a restauração de autos extraviados ou destruídos, relativos aos feitos de sua competência;

g) os pedidos de revisão e reabilitação, relativamente às condenações que houver proferido;

h) a representação do Procurador-Geral da Justiça por inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo municipal;

i) a uniformização da jurisprudência, no caso de divergência entre Seções, ou Câmaras de diferentes Seções;

IV - julgar:

a) a exceção da verdade nos processos por crime contra a honra em que fi gurem como ofendidas as pessoas enumeradas nas alíneas a e b, nº 1, III, após admitida e processada a exceção no juízo de origem;

b) as suspeições e impedimentos argüidos contra Desembargadores e o Procurador-Geral da Justiça;

c) os recursos previstos em lei contra as decisões proferidas nos processos da competência privativa do Tribunal e os opostos na execução de seus acórdãos;

d) os recursos de decisões do Relator que indeferir, liminarmente, pedido de revisão criminal nos feitos de sua competência;

e) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal, salvo quando o conhecimento do feito couber a outro órgão;

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

216

f) os recursos das decisões do Conselho da Magistratura, quando expressamente previsto;

g) o agravo regimental contra ato do Presidente e contra despacho do Relator, nos processos de sua competência;

h) os pedidos de reconsideração interpostos de decisões proferidas nos concursos para ingresso na judicatura;

h) os recursos de decisões proferidas nos concursos de ingresso na judicatura, quando seu conhecimento não couber, por lei ou norma regimental, à própria Comissão de Concursos ou outro órgão do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

i) o incidente de falsidade e o de insanidade mental do acusado, nos processos de sua competência;

j) os pedidos de revogação das medidas de segurança que tiver aplicado;

l) os pedidos de arquivamento de inquéritos formulados pelo Procurador-Geral da Justiça;

m) os recursos as penas impostas pelos Órgãos do Tribunal, ressalvada a competência do Conselho da Magistratura;

V - decretar medidas cautelares e de segurança, nos feitos de sua competência originária, cabendo ao Relator processá-las;

VI - impor penas disciplinares;

VII - representar, quando for o caso, ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Conselho Seccional da Ordem dos Advogados e à Procuradoria-Geral do Estado;

VIII - propor a perda do cargo e decretar a remoção ou disponibilidade de Magistrado, pelo voto de dois terços de seus Juízes efetivos (Constituição Federal, art. 113, § 3º), “quorum” que será apurado em relação ao número de Desembargadores em condições de votar, como tal se considerando os não atingidos por impedimento ou suspeição e os não licenciados por motivo de saúde;

IX - propor a demissão de Pretor, em caso de falta grave, obedecido o “quorum” previsto no inciso anterior.

Parágrafo único - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros poderá o Tribu-nal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Poder Público (Constituição Federal, art. 116)

Art. 12 - Ao Tribunal Pleno, além das competências previstas nas Constituições Federal e Estadual, cabe-lhe exercer as demais atribuições conferidas em lei e no Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 13 - Compete, ainda, ao Tribunal Pleno, em Órgão Especial:

I - eleger:

a) dentre os dez Juízes mais antigos do órgão (art. 10) o Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral da Justiça;

b) os membros do Conselho da Magistratura e respectivos suplentes;

c) os Desembargadores que integrarão as Comissões permanentes e as demais que forem constituídas;

Art. 12

217

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

d) os Desembargadores e Juízes de Direito para integrarem o Tribunal Regional Eleitoral e os respectivos suplentes;

II - elaborar o Regimento Interno e reformá-lo, bem como resolver as dúvidas surgidas na sua aplicação;

III - organizar os Serviços Auxiliares, propondo ao Poder Legislativo a criação, transformação ou extinção dos cargos e a fi xação dos respectivos vencimentos;

IV - propor ao Poder Legislativo alterações da divisão e organização judiciárias (Constituição Federal, art. 144, § 5º);

V - propor ao Governador do Estado a revisão dos vencimentos dos Desembargadores e dos demais Juízes;

VI - organizar as listas tríplices de Juízes, Advogados ou membros do Ministério Público, para o preenchimento de vagas, no próprio Tribunal, e no Tribunal de Alçada, bem como as de juristas para integrarem o Tribunal Regional Eleitoral;

VII - VETADO

VIII - propor a alteração do número de seus membros, do Tribunal de Alçada, do Tribunal Militar do Estado e dos Juízes de primeira instância;

IX - indicar Juízes de Direito a promoção por antigüidade ou merecimento, neste caso mediante lista tríplice, e os Juízes que por antigüidade, deverão ter acesso aos Tribunais de Justiça ou de Alçada;

X - autorizar a indicação ao Governador do Estado dos candidatos aprovados em concurso que devam ser nomeados Juízes de Direito e Pretores;

XI - conceder licenças e férias ao Presidente e demais Desembargadores;

XII - mandar riscar expressões desrespeitosas constantes de requerimentos, razões ou pareceres submetidos ao Tribunal;

XIII - representar a autoridade competente quando, em autos ou documentos de que co-nhecer, houver indício de crime de ação pública;

XIV - exercer as demais atribuições conferidas em lei, neste Código ou no Regimento Interno.

Art. 13 - Ao Tribunal Pleno, funcionando em Órgão Especial, compete-lhe exercer as atri-buições conferidas em lei e no Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

SEÇÃO IIIDAS SEÇÕES CÍVEL E CRIMINAL

SUBSEÇÃO IDA SEÇÃO CÍVEL

Art. 14 - A Seção Cível é constituída pelas Câmaras Cíveis Reunidas, pelos Grupos Cíveis e pelas Câmaras Cíveis Separadas.

Art. 14 - A Seção Cível é constituída pelas Turmas Especializadas, pelos Grupos Cíveis e pelas Câmaras Cíveis Separadas. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 13

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

218

Art. 14 - A Seção Cível é constituída pelos Grupos Cíveis e pelas Câmaras Cíveis Separadas, designados por números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

SUBSEÇÃO IIDAS CÂMARAS CÍVEIS REUNIDASDAS TURMAS ESPECIALIZADAS

(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 9.159/90)

Art. 15 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos Grupos Cíveis e, para o seu funcionamento, exige-se a presença de, no mínimo, treze Desembargadores, incluindo o Presidente.

Art. 15 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos Grupos Cíveis, e para seu fun-cionamento exige-se a presença de no mínimo 15 (quinze) Desembargadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 15 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos Grupos Cíveis e para o seu funcionamento exige-se a presença de, no mínimo, dezoito (18) Desembargadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 8.967/89)

Art. 15 - Os primeiro e segundo Grupos Cíveis constituem a Turma de Direito Público, enquanto que os terceiro e quarto Grupos Cíveis integram a Turma de Direito Privado, exigindo- se para seu funcionamento a presença de, no mínimo, 10 Desembargadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 16 - O Vice-Presidente do Tribunal de Justiça presidirá as sessões das Câmaras Cíveis Reunidas, substituído, em suas faltas ou impedimentos ocasionais, pelo Desembargador mais antigo presente.

Art. 16 - O 1º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça presidirá as sessões das Turmas Cíveis Especializadas, substituído, em suas faltas ou impedimentos ocasionais, pelo Desem-bargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 17 - As Câmaras Cíveis Reunidas compete:

I - processar e julgar:

a) os mandados de segurança contra atos dos Secretários de Estado, do Procurador-Geral da Justiça, do Procurador-Geral do Estado, do Conselho Superior do Ministério Público e do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, quando este atuar como órgão recursal relativamente ao Secretário da Fazenda;

a) os mandados de segurança contra atos do Conselho da magistratura e de seu Presidente, em matéria de natureza cível; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

b) os embargos infringentes opostos às suas decisões e às originárias dos Grupos Cíveis;

c) as ações rescisórias de seus acórdãos e dos Grupos Cíveis;

d) a restauração em feitos de sua competência, de autos extraviados ou destruídos;

e) a execução de sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência;

f) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento;

Art. 14

219

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

g) os confl itos de competência em que sejam interessados os Grupos Cíveis ou as Câmaras Cíveis Separadas;

II - julgar:

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;

b) o recurso de despacho denegatório de embargos infringentes de sua competência;

c) os recursos das decisões de seu Presidente ou do Presidente do Tribunal, nos feitos da competência do órgão;

d) os recursos das decisões do Relator, nos casos previstos em lei ou no Regimento Interno;

e) as suspeições e impedimentos, nos casos de sua competência;

III - uniformizar a jurisprudência cível, editando as respectivas súmulas;

III - uniformizar a jurisprudência cível, em matéria não sujeita à especialização de Grupos ou Câmaras, editando Súmulas, inclusive por via administrativa. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

IV - resolver as dúvidas de competência entre Câmaras do Tribunal de Alçada e Câmaras do Tribunal de Justiça, em matéria cível;

V - impor penas disciplinares;

VI - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado.

Art. 17 - A especialização das Turmas será defi nida no Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

SUBSEÇÃO IIIDA SEÇÃO CRIMINAL

Art. 18 - A Seção Criminal é constituída pelas Câmaras Criminais Reunidas e pelas Câmaras Criminais Separadas.

Art. 18 - A Seção Criminal é constituída pelos Grupos Criminais e pelas Câmaras Criminais Separadas. (Redação dada pela Lei n.º 10.051/94)

Art. 18 - A Seção Criminal é constituída pelos Grupos Criminais e pelas Câmaras Criminais Separadas, designadas por números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - A competência dos órgãos da seção criminal será defi nida no Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 10.051/94)

SUBSEÇÃO IVDAS CÂMARAS CRIMINAIS REUNIDAS

DOS GRUPOS CRIMINAIS(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 10.051/94)

Art. 19 - As Câmaras Criminais Reunidas compõem-se das três Câmaras Criminais Separa-das, exigindo-se, para o seu funcionamento, a presença de, no mínimo, nove Juízes. São

Art. 18

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

220

presididas pelo Desembargador mais antigo da Seção e, em suas faltas ou impedimentos, será substituído pelo mais antigo presente.

Art. 19 - As Câmaras Criminais Reunidas compõem-se das três (3) Câmaras Criminais Separadas, exigindo-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, nove (9) De-sembargadores, incluindo o Presidente. São presididas pelo 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, substituído, em suas faltas ou impedimentos pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 19 - As Câmaras Criminais reunidas compõem-se das quatro (4) Câmaras Criminais Separadas, exigindo-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, doze (12) Desembargadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 9.662/91)

Art. 19 - Os Grupos Criminais são formados, cada um, por duas (2) Câmaras Criminais Separadas; a 1ª e a 2ª compõem o 1º Grupo e a 3ª e a 4ª, o 2º Grupo, exigindo-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, sete (7) julgadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 10.051/94)

Art. 19 - Os Grupos Criminais são formados por duas (2) Câmaras Criminais Separadas e, excepcionalmente, por três Câmaras. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Exige-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, sete (7) julgadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Exige-se, para seu funcionamento, a presença de, no mínimo, cinco (5) Julgadores, incluindo o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

Art. 20 - Às Câmaras Criminais Reunidas compete:

I - processar e julgar:

a) os pedidos de revisão criminal;

a) os pedidos de revisão criminal, bem como, em matéria de natureza criminal, os manda-dos de segurança contra atos do Conselho da Magistratura e de seu Presidente; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

b) os recursos das decisões de seu Presidente, ou do Presidente do Tribunal, salvo quando seu conhecimento couber a outro órgão;

c) os pedidos de desaforamento;

d) os embargos de nulidade e infringentes dos julgados das Câmaras Criminais Separadas;

e) os confl itos de jurisdição e competência entre Câmaras do Tribunal de Justiça e os Con-selhos da Justiça Militar do Estado e os destes com o Tribunal de Alçada;

II - julgar:

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;

b) os recursos de decisão do Relator, que indeferir, liminarmente, o pedido de revisão cri-minal ou de interposição de embargos de nulidade e infringentes;

c) as suspeições e impedimentos, nos casos de sua competência, bem como a suspeição não reconhecida dos Procuradores da Justiça, com exercício junto às Câmaras Criminais Separadas;

Art. 19

221

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

III -aplicar medidas de segurança, em decorrência de decisões proferidas em revisão cri-minal;

IV -conceder, de ofício, ordem de “habeas-corpus” nos feitos submetidos ao seu conhe-cimento;

V -decretar, de ofício, a extinção de punibilidade nos termos do art. 61, do Código de Pro-cesso Penal;

VI - resolver as dúvidas de competência entre Câmaras do Tribunal de Alçada e Câmaras do Tribunal de Justiça, em matéria criminal;

VII - impor penas disciplinares;

VIII - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado.

Art. 20 - A sessão das Câmaras Criminais é presidida pelo 2º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 20 - As sessões dos Grupos Criminais serão presididas pelo 2º Vice-Presidente do Tri-bunal de Justiça, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 10.051/94)

Art. 20 - As sessões dos Grupos Criminais serão presididas por um dos Vice-Presidentes, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 20 - As sessões dos Grupos Criminais serão presididas pelo Desembargador mais antigo do Grupo, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

SUBSEÇÃO VDOS GRUPOS CÍVEIS

Art. 21 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a Primeira e a Segunda compõem o Primeiro Grupo e, a Terceira e a Quarta, o Segundo.

Art. 21 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a Primeira e a Segunda compõem o Primeiro Grupo, a Terceira e a Quarta, o Segundo Grupo, e a Quinta e a Sexta, o Terceiro Grupo. (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

Art. 21 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a primeira e a segunda compõem o primeiro grupo; a terceira e a quarta, o segundo grupo; a quinta e a sexta, o terceiro Grupo; e a sétima e a oitava, o quarto grupo. (Redação dada pela Lei n.º 8.967/89)

Art. 21 - Os Grupos Cíveis são formados por duas (2) Câmaras Cíveis Separadas e, excepcio-nalmente, por três Câmaras. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Exige-se a presença de, no mínimo, sete (7) Julgadores, incluindo o Presidente, para funcionamento dos Grupos Cíveis. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Exige-se a presença de no mínimo, cinco (5) Julgadores, incluindo o Pre-sidente, para o funcionamento dos Grupos Cíveis. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

Arts. 20 e 21

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222

Art. 22 - Exige-se a presença de, no mínimo, sete membros, incluindo o Presidente, para o funcionamento dos Grupos Cíveis. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 23 - Aos Grupos Cíveis compete:

I - processar e julgar:

a) as ações rescisórias dos acórdãos proferidos pelas Câmaras Separadas;

b) os embargos infringentes dos julgados das Câmaras Separadas;

c) a restauração, em feitos de sua competência, de autos extraviados ou destruídos;

d) a execução das sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência;

e) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento;

I - processar e julgar: (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

a) as ações rescisórias dos acórdãos proferidos pelas Câmaras Separadas; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

b) os mandados de segurança contra atos: (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Corregedor-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- dos Secretários de Estado; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Procurador-Geral de Justiça, do Colégio de Procuradores e de seu Órgão Especial, do Conselho Superior do Ministério Público e do Corregedor-Geral do Ministério Público; (Re-dação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Procurador-Geral do Estado; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

- do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, quando atuar como órgão recursal relati-vamente ao Secretário da Fazenda; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

c) os embargos infringentes dos julgados das Câmaras Separadas; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

d) a restauração de autos extraviados ou destruídos em feitos de sua competência; (Re-dação dada pela Lei n.º 7.964/84)

e) a execução das sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

f) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento; (Redação dada pela Lei n.º 7.964/84)

II - julgar:

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;

b) o recurso de despacho denegatório de embargos infringentes de sua competência;

c) as suspeições e os impedimentos, nos casos de sua competência;

d) os recursos das decisões de seu Presidente ou do Presidente do Tribunal, nos feitos da competência do órgão;

e) os recursos das decisões do Relator nos casos previstos em lei ou no Regimento Interno;

III - impor penas disciplinares;

IV - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado.

223

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

V - uniformizar a jurisprudência cível, em matéria sujeita à especialização por Grupos ou por Câmaras, aprovando as respectivas Súmulas, inclusive por via administrativa. (Incluído pela Lei n.º 7.964/84)

§ 1º - Os embargos infringentes e as ações rescisórias serão, nas hipóteses das alíneas a e b, do inc. I, distribuídos ao Grupo de que faça parte a Câmara prolatora do acórdão.

§ 2º - A escolha do Relator ou Revisor recairá, quando possível, em Juiz que não haja participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória (art. 533, § 2º, do Código de Processo Civil)

Art. 23 - Os Primeiro e Segundo Grupos Cíveis são presididos pelo 1º Vice-Presidente do Tribunal, e os Terceiro e Quarto Grupos Cíveis, pelo 2º Vice-Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 23 - As sessões dos Grupos Cíveis serão presididas por um dos Vice-Presidentes, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 23 - As sessões dos Grupos Cíveis serão presididas pelo Desembargador mais antigo do Grupo, substituído, em suas faltas ou impedimentos, pelo Desembargador mais antigo do presente. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

SEÇÃO IVDAS CÂMARAS SEPARADAS

Art. 24 - As Câmaras Separadas compõem-se de quatro Desembargadores, dos quais ape-nas três participarão do julgamento. São presididas pelo mais antigo presente e podem funcionar com três membros.

Art. 24 - As Câmaras Separadas compõem-se de quatro (04) Desembargadores, dos quais apenas três participarão do julgamento. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 24 - As Câmaras Separadas compõem-se de até 5 (cinco) Desembargadores, dos quais apenas 3 (três) participam do julgamento. São presididas pelo mais antigo presente e podem funcionar com pelo menos três membros. (Redação dada pela Lei n.º 13.974/12)

Art. 25 - Para completar o “quorum” mínimo de funcionamento da Câmara, no caso de impedimento ou falta de dois de seus membros, será designado Juiz de outra, pela forma prevista no Regimento Interno do Tribunal.

Art. 25 - Para completar o “quorum” mínimo de funcionamento da Câmara, no caso de im-pedimento ou falta de mais de dois (2) de seus membros, será designado Juiz de outra, pela forma prevista no Regimento Interno do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

Art. 25 - A substituição dos Desembargadores, nas suas atividades jurisdicionais, bem como o complemento ao ‘quorum’ mínimo de funcionamento da Câmara, na falta de membros sufi cientes, ou de julgamento, no caso de impedimento, far-se-ão pela forma prevista no Regimento Interno do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 13.974/12)

SUBSEÇÃO IDAS CÂMARAS CÍVEIS SEPARADAS

(REVOGADO PELA LEI N.º 13.974/12)

Art. 26 - Às Câmaras Cíveis Separadas compete:

I - processar e julgar:

Arts. 23 a 25

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a) os mandados de segurança contra atos dos Juízes de primeira instância e dos Procuradores da Justiça;

a) os mandados de segurança contra atos dos Juízes de 1º Instância, dos Procuradores de Justiça e do Conselho de Recursos Administrativos; (Redação dada pela Lei n.º 8.665/88)

b) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento;

c) a restauração, em feitos de sua competência, de autos extraviados ou destruídos;

d) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal de Justiça, nos feitos da competência do órgão;

e) os confl itos de competência entre Juízes de primeira instância ou entre estes e autoridades administrativas, nos casos que não forem da competência do Tribunal Pleno;

f) as ações rescisórias das sentenças dos Juízes de primeira instância;

g) os “habeas corpus”, quando a prisão for civil;

h) os pedidos de correição parcial;

II - julgar:

a) os recursos das decisões dos juízes de primeira instância;

b) os embargos de declaração opostos a seus acórdãos;

c) as exceções de suspeição e impedimento de juízes;

III - impor penas disciplinares;

IV - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado;

V - exercer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei ou no Regimento Interno.

Art. 26 - As Câmaras Cíveis Separadas são presididas pelo Desembargador mais antigo presente e podem funcionar com três (03) membros. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (REVOGADO pela Lei n.º 13.974/12)

SUBSEÇÃO IIDAS CÂMARAS CRIMINAIS SEPARADAS(REVOGADO PELA LEI N.º 13.974/12)

Art. 27 - Às Câmaras Criminais Separadas compete:

I - processar e julgar:

a) os pedidos de “habeas corpus”, sempre que os atos de violência ou coação ilegal forem atribuídos a Juízes de primeira instância, podendo a ordem ser concedida de ofício, nos feitos de sua competência;

b) a suspeição argüida contra Juízes de primeira instância;

c) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal de Justiça, nos feitos da competência do órgão;

d) os confl itos de jurisdição entre Juízes de primeira instância ou entre estes e autoridades administrativas, nos casos que não forem da competência do Tribunal Pleno;

e) os confl itos de jurisdição entre os Juízes de primeira Instância e os Conselhos de Justiça da Justiça Militar do Estado; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

f) os mandados de segurança contra atos dos Juízes criminais;

225

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g) os pedidos de correição parcial;

II - julgar:

a) os recursos das decisões do Tribunal do Júri e dos Juízes de primeira instância;

b) os embargos de declaração opostos a seus acórdãos;

III - ordenar:

a) o exame para verifi cação da cessação da periculosidade, antes de expirado o prazo mínimo de duração da medida de segurança;

b) o confi sco dos instrumentos e produtos do crime;

IV - impor penas disciplinares;

V - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado.

VI - exercer outras atribuições que lhes forem conferidas em lei ou no Regimento Interno.

Art. 27 - As Câmaras Criminais Separadas são presididas pelo Desembargador mais antigo presente e podem funcionar com três (03) membros. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (REVOGADO pela Lei n.º 13.974/12)

Art. 28 - A substituição dos Desembargadores, nas suas atividades jurisdicionais, far-se -á pela forma determinada no Regimento Interno do Tribunal. (REVOGADO pela Lei n.º 13.974/12)

SUBSEÇÃO IIISEÇÃO V

(RENUMERADO PELA LEI N.º 13.974/12)DISPOSIÇÕES COMUNSDA CÂMARA DE FÉRIAS

(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 8.665/88)DAS CÂMARAS ESPECIAIS(VIDE LEI N.º 11.442/00)

Art. 29 - Compete, ainda, ao Tribunal, por qualquer de seus órgãos exercer outras atribui-ções decorrentes de lei, não especifi cadas neste Código.

Art. 29 - Compete ao Tribunal Pleno, por assento regimental, instituir Câmara de Férias (art. 7º, IV), fi xando-lhe a composição, competência e normas de funcionamento. (Redação dada pela Lei n.º 8.665/88)

Art. 29 - Compete ao Tribunal Pleno, por assento regimental, instituir Câmaras Especiais (art. 7º, IV), fi xando-lhe a composição, competência e normas de funcionamento. (Vide Lei n.º 11.442/00)

CAPÍTULO IIIDOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

SEÇÃO IDA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 30 - A Presidência do Tribunal de Justiça é exercida por um Desembargador, eleito por dois anos, vedada a reeleição.

Arts. 29 e 30

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226

Parágrafo único - O mandato terá início no primeiro dia útil do mês de fevereiro.

Art. 31 - Vagando o cargo de Presidente, assumirá o Vice-Presidente, que completará o período presidencial. Dentro de dez dias, a contar da vaga, realizar-se-á a eleição do Vice---Presidente.

Art. 31 - Vagando o cargo de Presidente, assumirá o 1º Vice-Presidente, que completará o período presidencial. Dentro de dez (10) dias, a contar da vaga, realizar-se-á a eleição dos demais Vice-Presidentes. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Se o prazo que faltar para completar o período for inferior a um ano, os novos Presidente e Vice-Presidente poderão ser reeleitos para o período seguinte.

Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal, além da atribuição geral de representar o Poder Judi-ciário e de exercer a superintendência de todos os Serviços, compete:

Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal, além da atribuição geral de representar o Poder Judi-ciário e de exercer a supervisão de todos os seus serviços, compete: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal, além da atribuição maior de representar o Poder Ju-diciário e de exercer a supervisão de todos os serviços, compete: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

I - representar o Tribunal de Justiça;

II - presidir:

a) as sessões do Tribunal Pleno;

b) as sessões do Conselho da Magistratura;

III - preparar, durante as férias, os “habeas-corpus”, os mandados de segurança e as cor-reições parciais, exercendo as atribuições de Relator;

IV - administrar o Palácio da Justiça, no que será auxiliado pelo Vice-Presidente;

V - convocar:

a) as sessões do Tribunal Pleno;

b) as sessões extraordinárias do Conselho da Magistratura;

VI - designar:

a) o Desembargador que deverá substituir membro efetivo do Tribunal, nos casos de férias, licença ou vacância (art. 25);

b) os Juízes de Direito, indicados para exercer as funções de Juízes Corregedores;

c) ouvido o Conselho da Magistratura, os Pretores, como auxiliares de Varas ou Comarcas de qualquer entrância;

d) substituto especial aos Juízes de Direito, mediante sorteio, quando se verifi car falta ou impedimento dos substitutos da escala;

VII - conceder:

a) férias e licenças aos Juízes;

Arts. 30 e 31

227

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b) vênia para casamento, nos casos previstos no art. 183, XVI, do Código Civil;

c) ajuda de custo aos Juízes nomeados, promovidos ou removidos compulsoriamente;

d) ajuda para moradia aos Juízes;

e) prorrogação de prazo para os Juízes assumirem seus cargos, em caso de nomeação, promoção ou remoção;

f) licença aos funcionários da Secretaria e, quando superiores a trinta dias, aos servidores da Justiça;

VIII - organizar:

a) para submeter à aprovação do Tribunal Pleno, a tabela dos dias de festa ou santifi cados, segundo a tradição local;

b) anualmente, a lista de antigüidade dos Magistrados, por ordem decrescente, na entrância e na carreira;

c) a escala de férias anuais dos Juízes de Direito e Pretores, ouvido o Corregedor-Geral da Justiça;

d) a tabela de substituição dos Juízes de Direito, e submetê-la à apreciação do Conselho da Magistratura;

e) lista tríplice para nomeação de Juiz de Paz e suplente;

IX - impor:

a) a pena de suspensão, prevista no art. 642, do Código de Processo Penal;

b) multas e penas disciplinares;

X - expedir:

a) ordens de pagamento;

b) ordem avocatória do feito nos termos do art. 642, do Código de Processo Penal;

c) as ordens que não dependerem de acórdão ou não forem da privativa competência de outros Desembargadores;

XI - conhecer das reclamações referentes a custas relativas a atos praticados por servidores do Tribunal;

XII - dar posse aos Desembargadores, Juízes de Direito e Pretores;

XIII - fazer publicar as decisões do Tribunal;

XIV - requisitar passagens e transporte para os membros do Judiciário e servidores do Tribunal de Justiça, quando em objeto de serviço;

XV - promover, a requerimento ou de ofício, o processo para a verifi cação da idade limite ou da invalidez de Magistrado;

XVI - elaborar, anualmente, com a colaboração do Vice-Presidente e do Corregedor-Geral, a proposta orçamentária do Poder Judiciário e as de leis fi nanceiras especiais, atendido o que dispuser o Regimento Interno;

XVII - abrir concursos para provimento de vagas nos Serviços Auxiliares do Tribunal;

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

228

XVIII - VETADO;

XIX - encaminhar ao Conselho da Magistratura, devidamente instruídos com os pareceres do órgão competente, os expedientes relativos a servidores da Justiça de primeira instância ou dos Serviços Auxiliares do Tribunal, sujeitos a estágio probatório;

XIX - Apreciar os expedientes relativos a servidores da Justiça de primeira instância ou dos serviços auxiliares do Tribunal, com recurso para o Conselho da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

XIX - a) apreciar os expedientes relativos a servidores da Justiça de 1ª instância e dos Serviços Auxiliares do Tribunal, com recurso para o Conselho da Magistratura;

b) expedir os atos alusivos aos expedientes acima referidos. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

XIX - apreciar os expedientes relativos aos servidores de justiça de primeira instância e dos Serviços Auxiliares do Tribunal, inclusive os relativos às remoções, permutas, transferências e readaptações de servidores, expedindo os respectivos atos administrativos. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

XX - proceder correições no Tribunal de Justiça;

XXI - fazer publicar os dados estatísticos sobre a atividade jurisdicional do Tribunal;

XXII - propor ao Tribunal Pleno:

a) a abertura de concurso para ingresso na judicatura;

b) a reestruturação dos Serviços Auxiliares;

c) a reforma do Regimento Interno;

XXIII - apresentar ao Tribunal Pleno, na primeira reunião de fevereiro, o relatório dos tra-balhos do ano anterior;

XXIV - atestar a efetividade dos Desembargadores, abonar-lhes as faltas ou levá-las ao conhecimento do Tribunal Pleno;

XXV - delegar, quando conveniente, atribuições a servidores do Tribunal;

XXVI - votar no Tribunal Pleno, em matéria administrativa e nas questões de inconstitucio-nalidade, tendo voto de desempate nos outros julgamentos;

XXVII - relatar os processos de disponibilidade compulsória de Desembargadores e Juízes de Alçada;

XXVIII - despachar:

a) a petição de recurso interposto de decisões originárias do Conselho da Magistratura para o Tribunal Pleno;

b) durante as férias coletivas, os recursos extraordinários e os recursos ordinários de de-cisões denegatórias de “habeas-corpus”;

XXIX - julgar o recurso da decisão que incluir o jurado na lista geral ou dela o excluir;

XXX - executar:

a) as decisões do Tribunal Pleno, nos casos de sua competência originária;

b) as decisões do Conselho da Magistratura, quando não competir a outra autoridade;

229

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

XXXI - providenciar no cumprimento e execução das sentenças de Tribunais estrangeiros;

XXXII - encaminhar ao Juiz competente, para cumprimento, as cartas rogatórias;

XXXIII - suspender as medidas liminares e a execução das sentenças, nos mandados de segurança de competência dos Juízes de primeira instância;

XXXIV - justifi car as faltas dos Juízes de Direito e Pretores e do Diretor-Geral da Secretaria do Tribunal;

XXXV - nomear:

a) o Diretor-Geral da Secretaria do Tribunal e os titulares dos demais cargos de confi ança e dar-lhes posse;

b) os servidores do Quadro dos Servidores Auxiliares e dar-lhes posse;

XXXVI - expedir atos administrativos relativamente aos Magistrados, Juízes temporários e servidores da Justiça, em exercício ou inativados, bem como os relativos ao Quadro de Pessoal Auxiliar da Vara de Menores da Capital;

XXXVII - delegar ao Vice-Presidente, de acordo com este, o desempenho de atribuições administrativas;

XXXVIII - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas, inclusive, durante as férias, aquelas que competirem ao Vice-Presidente.

Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal de Justiça além da atribuição maior de representar o Poder Judiciário, de exercer a suprema inspeção da atividade de seus pares, de supervi-sionar todos os serviços de 2º Grau, compete-lhe exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei e no Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

SEÇÃO IIDA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DAS VICE-PRESIDÊNCIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA(REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.133/98)

Art. 33 - Juntamente com o Presidente e logo após a eleição deste, será eleito, pelo mesmo processo e prazo, o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça, vedada a reeleição.

Parágrafo único - A posse do Vice-Presidente dar-se-á na mesma sessão em que for em-possado o Presidente.

Art. 34 - Compete ao Vice-Presidente:

I - presidir:

a) as Câmaras Cíveis Reunidas e os Grupos Cíveis;

b) a distribuição dos processos no Tribunal, mandando abrir vista ao Ministério Público naqueles em que deva funcionar;

II - processar e julgar os pedidos de assistência judiciária, antes da distribuição e quando se tratar de recurso extraordinário;

III - julgar a renúncia e a deserção dos recursos interpostos para o Supremo Tribunal Federal;

Arts. 32 e 33

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

230

IV - relatar:

a) os confl itos de competência entre órgãos do Tribunal ou Desembargadores e de atribuição entre autoridades judiciárias e administrativas, quando da competência do Tribunal Pleno;

b) os processos de suspeição de Desembargador;

V - homologar desistência requerida antes da distribuição do feito e após a entrada deste na Secretaria;

VI - preparar:

a) os “habeas-corpus”, até a distribuição, requisitando informações, quando necessárias;

b) os pedidos de correição parcial;

VII - prestar informações nos pedidos de “habeas-corpus” ao Supremo Tribunal Federal. Se o pedido se referir a processo que esteja, a qualquer título, no Tribunal, será ouvido a respeito o Relator e sua informação acompanhará a do Vice-Presidente;

VIII - despachar:

a) petição de recurso extraordinário, decidindo sobre sua admissibilidade;

b) os atos administrativos referentes ao Presidente;

IX - colaborar com o Presidente na representação e na administração do Tribunal;

X - substituir o Presidente nas faltas e impedimentos e suceder-lhe no caso de vaga.

Parágrafo único - Na presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis, o 1º Vice-Presidente não será relator nem revisor, e votará somente quando houver empate. (Incluído pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 34 - Compete ao 1º Vice-Presidente, além de substituir o Presidente nas faltas e impedimentos e suceder-lhe no caso de vaga, exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas por lei ou Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 35 - Na Presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis, o Vice-Presidente não será Relator nem Revisor, e votará somente quando houver empate.

Art. 35 - Compete ao 2º Vice-Presidente: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

I - presidir as Câmaras Criminais Reunidas; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

II - presidir a Comissão de Concursos para cargos da judicatura; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

III - presidir a Comissão de Promoções da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

IV - presidir o Conselho de Recursos Administrativos, para o julgamento: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) dos recursos interpostos das decisões das Comissões de Concursos para o provimento de Cargos do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça e do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares da Justiça de primeiro grau, referentes a inscrições, inabilitação ou classifi cação dos candidatos; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 34

231

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

b) de outros recursos administrativos, conforme previsão regimental; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

V - nos limites de delegação do Presidente do Tribunal de Justiça, expedir atos adminis-trativos relativamente aos juízes temporários e servidores da justiça de primeiro grau, em exercício ou inativados; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VI - colaborar com o Presidente do Tribunal de Justiça na supervisão do Fundo de Reapa-relhamento do Poder Judiciário; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VII - colaborar com o Presidente do Tribunal de Justiça na representação e administração do Poder Judiciário; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VIII - substituir o 1º Vice-Presidente em suas faltas e impedimentos (art. 34) e suceder --lhe nos casos de vagas; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

IX - exercer outras atribuições que lhe sejam deferidas por lei ou norma regimental; (Re-dação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Parágrafo único - Na presidência das Câmaras Criminais Reunidas, o 2º Vice-Presidente não será relator nem revisor, e votará somente quando houver empate. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 35 - Compete ao 2º Vice-Presidente além de substituir o 1º Vice-Presidente em suas faltas e impedimentos e suceder-lhe nos casos de vaga, exercer outras atribuições que lhe sejam deferidas por lei ou norma regimental. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 35 - A regra do artigo anterior, na ordem sucessiva, aplica-se ao 2º, 3º e 4º Vice--Presidentes. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 35 - A regra do artigo anterior, na ordem sucessiva, aplica-se ao 2° e 3° Vice--Presidentes. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

Art. 36 - O Vice-Presidente, nas faltas e impedimentos, será substituído pelo Desembar-gador mais antigo do Tribunal.

Art. 36 - O 4º Vice-Presidente, nas faltas e impedimentos, será substituído pelo Desem-bargador mais antigo do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 36 - O 3° Vice-Presidente, nas faltas e impedimentos, será substituído por qualquer dos outros Vice-Presidentes. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

SEÇÃO IIIDO CONSELHO DA MAGISTRATURA

Art. 37 - O Conselho da Magistratura, órgão da disciplina da primeira instância, compõe-se dos seguintes membros:

Art. 37 - O Conselho da Magistratura, órgão maior de inspeção e disciplina na primeira instância, e de planejamento da organização e da administração judiciárias em primeira e se-gunda instâncias, compõe-se dos seguintes membros: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) Presidente do Tribunal de Justiça que o presidirá;

a) Presidente do Tribunal de Justiça, que o presidirá; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Arts. 35 a 37

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232

b) Vice-Presidente do Tribunal de Justiça;

b) 1º e 2º Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) Vice-Presidentes do Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 11.430/00)

c) Corregedor-Geral da Justiça;

c) Corregedor-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) Corregedor-Geral da Justiça e o Vice-Corregedor-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 11.430/00)

c) Corregedor-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

d) dois Desembargadores eleitos, em escrutínio secreto, pelo Órgão Especial, preferente-mente dentre os Desembargadores que não o integrem.

d) dois desembargadores eleitos, em escrutínio secreto, pelo Órgão Especial, pre-ferentemente dentre desembargadores que não o integrem. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

§ 1º - O mandato dos membros do Conselho é obrigatório e sua duração é de dois anos, vedada a reeleição.

§ 2º - Com os titulares referidos na alínea d, deste artigo, serão eleitos os respectivos suplentes, que os substituirão em suas faltas, licenças ou impedimentos.

§ 3º - O Presidente, nas votações, terá voto de qualidade.

§ 4º - Os presidentes das comissões do Tribunal, quando presentes às reuniões do Con-selho da Magistratura, terão voz nos assuntos de competência das respectivas comissões. (Incluído pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 38 - Ao Conselho da Magistratura compete:

I - julgar:

a) “habeas-corpus” requeridos a favor de menores de dezoito anos, quando a coação partir de autoridade judiciária;

b) em grau de recurso, as decisões dos Juízes de Direito e Pretores relativas a medidas aplicáveis a menores em situação irregular ou acusados de prática de fato defi nido como infração penal, nos termos da legislação especial bem como as proferidas em “habeas-corpus”;

c) os recursos das decisões de seu Presidente;

d) os recursos de penas disciplinares impostas, originariamente, pelo Corregedor-Geral da Justiça;

e) os recursos interpostos dos despachos dos Juízes que indeferirem pedidos de certidões;

f) os recursos interpostos das decisões das Comissões de Concursos para cargos do Quadro dos Servidores Auxiliares do Tribunal de Justiça, referentes às inscrições dos candidatos, bem como a sua inabilitação ou classifi cação;

g) os recursos das decisões administrativas do Presidente do Tribunal, relativas ao pessoal da Secretaria ou aos serviços desta;

Art. 37

233

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

g) os recursos das decisões administrativas do Presidente do Tribunal, relativas ao pessoal da Secretaria e aos servidores da Justiça em geral; (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

h) os recursos interpostos pelos Juízes de primeira instância e pelos servidores das decisões originárias do Corregedor-Geral;

i) os recursos das decisões das Comissões de Concursos para o provimento de cargos nos Serviços de Justiça e relativos à admissão e classifi cação dos candidatos;

II - apreciar:

a) os relatórios remetidos pelos Juízes de Direito e Pretores, fazendo consignar, nas res-pectivas fi chas individuais, o que julgar conveniente;

b) em segredo de Justiça, os motivos de suspeição de natureza íntima declarados pelos Desembargadores e Juízes;

III - decidir:

a) sobre a permanência ou dispensa de servidores da Justiça e dos Serviços Auxiliares do Tribunal, sujeitos a estágio probatório; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

a) sobre a especialização de varas privativas cíveis, em razão do valor da causa, do tipo de procedimento ou da matéria; (Redação dada pela Lei n.º 7.896/84)

b) sobre pedido de remoção, permuta, transferência ou readaptação de servidores da Jus-tiça; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

b) sobre serviço de plantão nos foros e atribuições dos respectivos juízes; (Redação dada pela Lei n.º 7.896/84)

c) sobre a demissão de Juiz de Paz;

c) sobre a demissão de Juiz de Paz. (Redação dada pela Lei n.º 7.896/84)

d) sobre serviço de plantão nos foros e sobre as atribuições dos respectivos juízes; (In-cluído pela Lei n.º 7.785/83)

d) observadas as normas legais, sobre as vantagens devidas a servidores em regime de substituição; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

e) sobre a modifi cação, em casos de manifesta necessidade dos serviços forenses, da ordem de prioridades no provimento, por promoção de varas em comarcas de 2ª e 3ª entrâncias. (Incluído pela Lei n.º 8.131/86)

IV - determinar:

a) correições extraordinárias, gerais ou parciais, a serem realizadas pelo Corregedor-Geral ou pelos Juízes Corregedores;

b) sindicâncias e instauração de processo administrativo, inclusive nos casos previstos no art. 198, do Código de Processo Civil;

c) quando for o caso, que não seja empossada pessoa ilegalmente nomeada para cargo ou função de Justiça;

V - elaborar:

a) o seu Regimento Interno, que será submetido a discussão e aprovação pelo Tribunal Pleno;

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

234

b) o Regimento de Correições;

c) o programa das matérias para os concursos destinados ao provimento dos cargos de Justiça e para as provas de verifi cação de capacidade intelectual previstas neste Código ou no Estatuto dos Servidores da Justiça;

VI - exercer:

a) a suprema inspeção e manter a disciplina na primeira instância;

b) quaisquer atribuições que lhe sejam conferias em lei, regimento ou regulamento;

VII - impor penas disciplinares;

VIII - opinar:

a) sobre a indicação de Juízes Corregedores;

b) sobre pedido de remoção ou permuta de Juízes de Direito e remoção de Pretores;

c) sobre a lotação e designação de Pretores; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

d) sobre propostas do Presidente para reorganização ou reforma dos Serviços da Secretaria;

e) sobre a readmissão, a reversão e o aproveitamento de servidores; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

f) sobre a demissão de Juiz de investidura temporária;

IX - organizar:

a) a tabela de substituição dos Juízes de Direito proposta pelo Presidente;

b) o prontuário dos Juízes e servidores da Justiça;

b) o prontuário dos Juízes; (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

c) planos de trabalho e de atribuição de competência para os Pretores;

d) anualmente, a revisão das Comarcas e Ofícios Distritais considerados de difícil provi-mento;

X - aprovar:

a) o Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Justiça e as emendas respectivas;

b) provimentos do Corregedor-Geral sobre atribuições dos servidores da Justiça, quando não defi nidas em lei ou regulamento;

XI - propor:

a) ao Tribunal Pleno, a perda do cargo, a remoção e a disponibilidade compulsória de Juízes;

b) ao Presidente, providências administrativas para os Serviços do Tribunal e da primeira instância;

XII - remeter:

a) em caráter secreto, ao Tribunal Pleno, relação classifi cada dos Juízes de Direito de entrância inferior em condições de integrar a lista tríplice, sempre que houver vaga a ser preenchida pelo critério de merecimento;

235

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

b) ao Tribunal Pleno, os dados constantes das fi chas individuais dos Juízes de Direito, quando se tratar de provimento dos cargos de Juiz de Alçada e de Desembargador pelos critérios de merecimento e antigüidade;

XIII - autorizar Juízes a residirem fora da Comarca.

Parágrafo único -Junto ao Conselho da Magistratura, para os julgamentos previstos no inc. I, alíneas a e b, ofi ciará o Ministério Público.

Art. 38 - Ao Conselho da Magistratura compete: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

I - exercer a suprema inspeção e manter a disciplina na primeira instância; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

II - apreciar, de ofício ou sob iniciativa das comissões do Tribunal, ou de desembargador, as propostas relativas ao planejamento: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) da organização judiciária; (Redação dada pela Lei nº 8.353/87)

b) dos serviços administrativos do Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) dos serviços forenses em primeira instância; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) da política de pessoal e respectiva remuneração; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

e) do sistema de custas; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

III - apreciar: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) os relatórios remetidos pelos juízes de direito e pretores, após exame dos mesmos na Corregedoria-Geral da Justiça, fazendo consignar nas respectivas fi chas individuais o que julgar conveniente; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) as indicações de juízes-corregedores; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) os pedidos de remoção ou permuta de juízes de direito e pretores; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) em segredo de justiça, os motivos de suspeisão por natureza íntima declarados pelos desembargadores e juízes; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

IV – remeter, em caráter secreto, ao Tribunal Pleno, sob proposta da Comissão de Promo-ções: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) a relação classifi cada dos juízes de direito em condições de integrar lista para a promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) indicação, com adequada motivação, dos juízes de direito considerados não aptos para a promoção por antigüidade; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

V - propor ao Tribunal Pleno a demissão, a perda do cargo, a remoção e a disponibilidade compulsória dos juízes; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VI –propor ao Tribunal Pleno a suspensão preventiva de juízes de primeira instância; (Re-dação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VII - determinar: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) correições extraordinárias, gerais ou parciais; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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b) sindicâncias e instauração de processos administrativos, inclusive nos casos previstos no art. 198 do Código de Processo Civil; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) quando for o caso, que não seja empossada pessoa ilegalmente nomeada para cargo ou função de Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

VIII - julgar: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) os “habeas corpus” requeridos a favor de menores de 18 anos, quando a coação partir de autoridade judiciária; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) em grau de recurso, as decisões dos juízes de direito e pretores relativas a medidas aplicadas a menores em situação irregular ou acusados de prática de fato defi nido como infração penal, nos termos da legislação especial, bem como as proferidas em “habeas corpus”; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) os recursos das decisões de seu Presidente; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) os recursos das decisões administrativas do Presidente ou Vice-Presidentes, relativas ao pessoal da Secretaria e aos servidores da primeira instância; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

e) os recursos das decisões originárias do Corregedor-Geral da Justiça, inclusive as que imponham penas disciplinares; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

IX - decidir: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) sobre a especialização de varas privativas, em razão do valor da causa, do tipo de pro-cedimento ou da matéria; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) sobre o serviço de plantão nos foros e atribuições dos respectivos juízes; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) observadas as regras legais, sobre o regime das vantagens devidas a servidores em regime de substituição; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) sobre a modifi cação, em caso de manifesta necessidade dos serviços forenses, da ordem de prioridades no provimento, por promoção, de varas em comarcas de segunda e terceira entrâncias; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) sobre a modifi cação, em caso de manifesta necessidade dos serviços forenses, da ordem de prioridades no provimento, por promoção, de varas em comarcas de entrâncias inicial e intermediária; (Vide Lei n.º 8.838/89)

e) sobre a prorrogação, observado o limite legal máximo, dos prazos de validade de concur-sos para o provimento de cargos nos Serviços Auxiliares da Justiça de primeiro e segundo grau; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

X - elaborar: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) o seu Regimento Interno, que será submetido à discussão e aprovação pelo Tribunal Pleno; (Redação dada pela Lei nº 8.353/87)

b) o Regimento de Correições; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

c) o programa das matérias para os concursos destinados ao provimento dos cargos de servidores de justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

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Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

XI – aprovar o Regimento Interno da Corregedoria-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

XII - organizar: (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

a) a tabela de substituição dos juízes de direito, sob proposta da Corregedoria-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

b) planos de trabalho e de atribuição de competência para os pretores, por proposta da Corregedoria-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

XIII - autorizar, excepcionalmente, juízes a residirem fora da comarca; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

XIV - exercer quaisquer outras atribuições que lhes sejam conferidas por lei, regimento ou regulamento. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Parágrafo único - Junto ao Conselho da Magistratura, para os julgamentos previstos no inciso VIII, letras a) e b), ofi ciará o Ministério Público. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

Art. 38 - Ao Conselho da Magistratura, além se exercer a suprema inspeção e manter a disciplina na primeira instância, compete-lhe as atribuições que lhe sejam conferidas por lei e norma regimental. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90) (Vide Lei n.º 9.840/93)

Art. 39 - Em casos especiais, e por tempo determinado, prorrogável a critério do órgão, poderá o Conselho declarar qualquer Comarca ou Vara em regime de exceção, designando um ou mais Juízes para exercerem, cumulativamente com o titular, a jurisdição da Comarca ou Vara.

Parágrafo único - Os feitos acumulados serão redistribuídos de conformidade com o que determinar o Conselho.

§ 1º - Os feitos acumulados serão redistribuídos de conformidade com o que determinar o Corregedor-Geral da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

§ 2º - Nas comarcas providas de mais de uma vara, o Corregedor-Geral da Justiça poderá determinar a temporária sustação, total ou parcial, da distribuição de novos feitos a varas em regime de exceção, ou sob acúmulo de serviços. (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

SEÇÃO IVDA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA

Art. 40 - A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão de fi scalização, disciplina e orientação administrativa, com jurisdição em todo o Estado, será exercida por um Desembargador, com o título de Corregedor-Geral, auxiliado por Juízes Corregedores:

Art. 40 - A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão de fi scalização, disciplina e orientação administrativa, com jurisdição em todo o Estado, será presidida por um Desembargador, com o título de Corregedor-Geral da Justiça, que será substituído por outro Desembarga-dor, com o título de Vice-Corregedor-Geral da Justiça, auxiliados por Juízes Corregedores. (Redação dada pela Lei n.º 10.780/96)

Art. 40 - A Corregedoria-Geral da Justiça, órgão de fi scalização, disciplina e orientação administrativa, com jurisdição em todo o Estado, será presidida por um Desembargador,

Arts. 38 a 40

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com o título de Corregedor-Geral da Justiça, auxiliado por Juízes-Corregedores. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

§ 1º - O Corregedor-Geral, eleito pelo prazo previsto para o mandato do Presidente (art. 30), fi cará afastado de suas funções ordinárias, salvo como vogal perante o Tribunal Pleno.

§ 1º - O Corregedor-Geral e o Vice-Corregedor-Geral, eleitos pelo prazo previsto para o mandato do Presidente (art. 30), fi carão afastados de suas funções ordinárias, salvo como Vogais perante o Tribunal Pleno. (Redação dada pela Lei n.º 10.780/96)

§ 1º - O Corregedor-Geral, eleito pelo prazo previsto para o mandato do Presidente (art. 30), fi cará afastado de suas funções ordinárias, salvo como vogal perante o Tribunal Pleno. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

§ 2º - O mandato é obrigatório, vedada a reeleição.

Art. 41 - O Corregedor-Geral será substituído em sua férias, licenças e impedimentos, pelo Desembargador que se lhe seguir em ordem de antigüidade.

Art. 41 - O Corregedor-Geral da Justiça será substituído em suas férias, licenças e impedi-mentos pelo Vice-Corregedor-Geral da Justiça, enquanto este será substituído pelo Desem-bargador que se lhe seguir em ordem de antigüidade, excluídos os que exercem funções no Tribunal Regional Eleitoral. (Redação dada pela Lei n.º 10.780/96)

Art. 41 - O Corregedor-Geral da Justiça será substituído em suas férias, licenças e impedi-mentos, pelo Desembargador que se lhe seguir em ordem de antigüidade, excluídos os que exercem funções administrativas no Tribunal ou que exercem funções no Tribunal Regional Eleitoral. (Redação dada pela Lei n.º 11.848/02)

Parágrafo único - O Regimento Interno do Tribunal de Justiça poderá conferir ao Vice -Corregedor-Geral da Justiça outras atribuições específi cas entre aquelas conferidas ao Corregedor-Geral da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 10.780/96) (REVOGADO pela Lei n.º 11.848/02)

Art. 42 - Se o Corregedor-Geral deixar a função, proceder-se-á à eleição de novo titular, que completará o período.

Parágrafo único - Se o prazo que faltar para completar o período for inferior a um ano, o novo Corregedor-Geral poderá ser reeleito para o período seguinte.

Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não su-perior a seis, que, por delegação, exercerão as suas atribuições relativamente aos Juízes das entrâncias inferiores e temporários e servidores da Justiça.

Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não su-perior a dez, que, por delegação, exercerão as suas atribuições relativamente aos Juízes das entrâncias inferiores e temporários e servidores da Justiça. (Vide Lei n.º 8.638/88)

Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não superior a dez (10) que, por delegação, exercerão suas atribuições relativamente aos Juízes em exercício na primeira instância e servidores da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 9.266/91)

Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não superior a quinze (15) que, por delegação, exercerão as suas atribuições relativamente aos Juízes em exercício na primeira instância e servidores da Justiça. (Vide Lei n.º 9.460/91)

Arts. 40 a 42

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Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não supe-rior a dezesseis (16) que, por delegação, exercerão as suas atribuições relativamente aos Juízes em exercício na primeira instância e servidores da Justiça. (Vide Lei n.º 10.973/97)

Art. 43 - O Corregedor-Geral será auxiliado por Juízes Corregedores, em número não superior a 17 (dezessete) que, por delegação, exercerão as suas atribuições relativamente aos Juízes em exercício na primeira instância e servidores da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 13.895/12)

§ 1º - Os Juízes Corregedores serão obrigatoriamente Juízes de Direito de quarta entrância e designados pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Conselho da Magistratura, por proposta do Corregedor-Geral.

§ 1º - Os Juízes Corregedores serão obrigatoriamente Juízes de Direito de entrância fi nal e designados pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Conselho da Magistratura, por proposta do Corregedor-Geral. (Vide Lei n.º 8.838/89)

§ 2º - A designação dos Juízes Corregedores será por tempo indeterminado, mas considerar-se-á fi nda com o término do mandato do Corregedor-Geral e, em qualquer caso, não poderão os mesmos servir por mais de quatro anos.

§ 3º - Os Juízes Corregedores, uma vez designados, fi cam desligados das Varas de que forem titu-lares, passando a integrar o Quadro dos Serviços Auxiliares da Corregedoria, na primeira instância.

§ 3º - Os Juízes Corregedores, uma vez designados, fi cam desligados das Varas, se forem titulares, passando a integrar o Quadro dos Serviços Auxiliares da Corregedoria, na primeira instância. (Vide Lei n.º 8.638/88)

§ 4º - Os Juízes Corregedores, fi ndo o mandato do Corregedor-Geral, ou em razão de dispensa ou do término do período de quatro anos, terão preferência na classifi cação nas Varas da Comarca da Capital e, enquanto não se classifi carem, atuarão como Juízes de Direito substitutos de quarta entrância.

§ 4º - Os Juízes Corregedores, fi ndo o mandato do Corregedor-Geral, ou em razão de dispensa ou do término do período de quatro anos, terão preferência na classifi cação nas Varas da Comarca da Capital e, enquanto não se classifi carem, atuarão como Juízes de Direito substitutos de entrância fi nal. (Vide Lei n.º 8.838/89)

§ 4º - Os Juízes-Corregedores que, ao assumirem, estiverem classifi cados, retornando à jurisdição, terão preferência para se classifi carem e, enquanto isso não ocorrer, atuarão como Juízes de Direito Substitutos de entrância fi nal. (Redação dada pela Lei n.º 13.312/09)

§ 5º - O Presidente do Tribunal de Justiça, por solicitação do Corregedor Geral, poderá designar, em caráter temporário, juízes substitutos de quarta entrância para, sob a deno-minação de Juízes Corregedores Adjuntos, prestarem serviços na Corregedoria, com as limitações da segunda parte do § 2º e sem a prerrogativa do § 4º, deste artigo. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83) (REVOGADO pela Lei n.º 8.638/88)

§ 6º - Os Juízes-Corregedores que não se encontrem classifi cados, retornando à jurisdição, terão preferência para se classifi car exclusivamente em relação aos magistrados mais modernos na entrância, ainda que sejam estes titulares de varas, e, enquanto isso não ocorrer, atuarão como Juízes de Direito Substitutos de entrância fi nal. (Incluído pela Lei n.º 13.312/09)

Art. 44 - Ao Corregedor-Geral incumbe a correição permanente dos serviços judiciários de primeira instância, zelando pelo bom funcionamento da Justiça, com as seguintes atribui-ções, além das constantes do Regimento Interno do Tribunal de Justiça:

I - elaborar o Regimento Interno da Corregedoria e modifi cá-lo, em ambos os casos com aprovação do Conselho da Magistratura;

Art. 43

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II - visitar, anualmente, no mínimo vinte Comarcas, em correição geral ordinária, sem prejuízo das correições extraordinárias, gerais ou parciais, que entenda fazer, ou haja de realizar por determinação do Conselho da Magistratura;

III - indicar ao Presidente Juízes de Direito de quarta entrância, para os cargos de Juízes Corregedores dos Serviços Auxiliares da Corregedoria;

III - indicar ao Presidente Juízes de Direito de entrância fi nal, para os cargos de Juízes Corregedores dos Serviços Auxiliares da Corregedoria; (Vide Lei n.º 8.838/89)

IV - organizar os serviços internos da Corregedoria, inclusive a discriminação de atribuições aos Juízes Corregedores e aos Assistentes Superiores de Correição;

V - exercer vigilância sobre o funcionamento dos Serviços da Justiça, quanto à omissão de deveres e à prática de abusos, especialmente no que se refere a permanência dos Juízes em suas respectivas sedes;

VI - superintender e orientar as correições a cargo dos Juízes Corregedores e de Direito;

VII - apresentar ao Conselho da Magistratura, até 15 de dezembro de cada ano, relatórios das correições realizadas no curso do ano e cópias dos provimentos baixados;

VIII - levar os relatórios dos Juízes de Direito e Pretores à apreciação do Conselho da Magistratura;

IX - expedir normas referentes aos estágios dos Juízes de Direito e Pretores;

X - conhecer das representações e reclamações relativas ao serviço judiciário, determi-nando ou promovendo as diligências que se fi zerem necessárias ou encaminhando-as ao Procurador-Geral da Justiça, ao Procurador-Geral do Estado e ao Presidente da Ordem dos Advogados, quando for o caso;

XI - mandar inspecionar anualmente pelo menos trinta Comarcas;

XII - requisitar, em objeto de serviço, passagens, leito e transporte;

XIII - autorizar os Juízes, em objeto de serviço, a requisitarem passagens em aeronave e a contratarem transporte em automóvel;

XIV - propor a designação de Pretores para servirem em Varas ou Comarcas;

XV - julgar sindicâncias e processos administrativos de sua competência, determinando as medidas necessárias ao cumprimento da decisão;

XVI - aplicar penas disciplinares e, quando for o caso, julgar os recursos das que forem impostas pelos Juízes;

XVII - determinar a realização de sindicância ou de processo administrativo, decidindo os que forem de sua competência;

XVIII - remeter ao órgão competente do Ministério Público, para os devidos fi ns, os pro-cessos administrativos defi nitivamente julgados, quando houver elementos indicativos da ocorrência de crime cometido por servidor;

XIX - julgar os recursos das decisões dos Juízes, referentes a reclamações sobre cobrança de custas e emolumentos;

XX - opinar, no que couber, sobre pedidos de remoção, permuta, férias e licenças dos Juízes de Direito e Pretores;

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XXI - baixar provimentos:

a) sobre as atribuições dos servidores, quando não defi nidas em lei ou regulamento;

b) estabelecendo a classificação dos feitos, para fins de distribuição na primeira ins-tância;

c) relativos aos livros necessários ao expediente forense e aos serviços judiciários em geral, organizando os modelos, quando não estabelecidos em lei;

d) relativamente à subscrição de atos por auxiliares de quaisquer ofícios;

XXII - examinar, ou fazer examinar, em correição, livros, autos e papéis fi ndos, determinando as providências cabíveis, inclusive remessa ao Arquivo Público ou Judiciário;

XXIII - autorizar o uso de livros de folhas soltas;

XXIV - dirimir divergências entre Juízes, nos casos a que alude o art. 39, deste Código;

XXV - relatar, no Tribunal Pleno, os processos de remoção e disponibilidade de Juízes de Direito;

XXVI - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regimento;

XXVII - opinar sobre a desanexação ou aglutinação dos ofícios que tiverem o Foro judicial e o extrajudicial, ... VETADO

XXVIII - propor ao Conselho da Magistratura a criação do serviço de plantão nos foros e a designação de juízes para o seu atendimento. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

XXIX - Encaminhar propostas de nomeação e decidir sobre pedidos de remoção, permuta, transferência e readaptação de servidores da Justiça de 1ª Instância. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

XXIX - opinar sobre pedidos de remoção, permuta, transferência e readaptação dos servi-dores de justiça de primeira instância; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

XXX - Designar, nas comarcas servidas por Central de Mandados, ouvido o Juiz de Direito Diretor do Foro, Ofi ciais de Justiça para atuar exclusivamente em determinadas Varas, e/ou excluir determinadas varas do sistema centralizado, atendidas as necessidades do serviço forense. (Incluído pela Lei n.º 8.638/88)

Art. 44 - Ao Corregedor-Geral além da incumbência da correição permanente dos serviços judiciários de primeira instância, zelando pelo bom funcionamento da Justiça, compete exercer as atribuições deferidas em lei e no Regimento Interno do Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 9.159/90)

Art. 45 - Das decisões originárias do Corregedor-Geral, salvo disposição em contrário, cabe recurso para o Conselho da Magistratura, no prazo de cinco dias, a partir do conhecimento da decisão pelo interessado.

CAPÍTULO IVSEÇÃO I

DO TRIBUNAL DE ALÇADA

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, é constituído de vinte e dois Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de quarta

Arts. 44 e 45

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entrância, Advogados e membros do Ministério Público, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Governador.

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído de vinte e nove Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de quarta entrância, Advogados e membros do Ministério Público, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Governador. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído de trinta e três (33) Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de quarta entrância, Advogados e membros do Ministério Público, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Governador. (Vide Lei n.º 8.099/85)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído de 37 Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de quarta entrância, Advogados e membros do Ministério Público, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Governador. (Vide Lei n.º 8.317/87)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído por quarenta e um (41) Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de entrância fi nal, Advogados e membros do Ministério Público, nomeados os primeiros pelo Presidente do Tribunal de Justiça e os advogados e membros do Ministério Público pelo Governador do Estado. (Vide Leis nos 8.833/89)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído por cinqüenta e três (53) Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de entrância fi nal, Advogados e membros do Ministério Público, nomeados os primeiros pelo Presidente do Tribunal de Justiça e os advogados e membros do Ministério Público pelo Governador do Estado. (Vide Lei n.º 9.189/91)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e Jurisdição em todo o território do Estado, é constituído por sessenta e cinco Juízes de Alçada, escolhidos dentre Juízes de entrância fi nal, Advogados e membros do Ministério Público, nomeados os primeiros pelo Presidente do Tribunal de Justiça e os advogados e membros do Ministério Público pelo Governador do Estado. (Vide Lei n.º 9.194/91)

Art. 46 - O Tribunal de Alçada, com sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, é constituído por setenta e dois Juízes de Alçada, escolhidos dentre juízes de quarta entrância, advogados e membros do Ministério Público, nomeados os primeiros pelo Presiden-te do Tribunal de Justiça e os advogados e membros do Ministério Público pelo Governador do Estado. (Redação dada pela Lei n.º 10.377/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 1º - Na composição do Tribunal de Alçada, um quinto dos lugares caberá a Advogados em efetivo exercício da profi ssão e a membros do Ministério Público, todos de notório me-recimento e idoneidade moral, com dez anos, pelo menos, de prática forense, e que serão indicados em lista tríplice. Os lugares respectivos serão preenchidos por Advogados, ou membros do Ministério Público, de tal forma que, sucessiva e alternadamente, os repre-sentantes de uma dessas classes supere os da outra em unidade.

§ 1º - Na composição do Tribunal de Alçada, um quinto dos lugares caberá a membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e a advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profi ssional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Recebidas as in-

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dicações, o Tribunal de Justiça formará lista tríplice, enviando-a ao Governador do Estado, que nos vinte (20) dias subseqüentes escolherá um de seus integrantes para nomeação. (Redação dada pela Lei n.º 8.833/89) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 2º - O número de membros do Tribunal de Alçada só poderá ser alterado mediante pro-posta do Tribunal de Justiça. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 3º - A escolha dos Juízes de Alçada, dentre os Juízes de Direito, Advogados e membros do Ministério Público, será feita pelo Tribunal de Justiça em sessão e escrutínio secretos. Quando a vaga a preencher for de Juiz de Direito, a escolha será feita, alternadamente, por antigüidade e merecimento, esta em lista tríplice, que será encaminhada ao Governador do Estado. Quando se tratar de vaga por antigüidade, o Tribunal de Justiça poderá, pelo voto da maioria absoluta do seu Órgão Especial, recusar o Juiz mais antigo, repetindo a votação para cada nome que se seguir até fi xar-se a indicação.

§ 3º - A escolha dos Juizes de Alçada, dentre os Juízes de Direito da entrância fi nal, será feita pelo Tribunal de Justiça em sessão e escrutínio secretos, alternadamente por anti-güidade e merecimento, esta em lista tríplice, sendo obrigatória a promoção do juiz que fi gure em lista por três vezes consecutivas ou cinco alternadas. No caso de promoção por antigüidade, o Tribunal de Justiça poderá, pelo voto de dois terços de seu Órgão Especial, conforme procedimento próprio, recusar o juiz mais antigo, repetindo-se a votação até fi xar--se a indicação. (Redação dada pela Lei n.º 8.833/89) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 4º - O Tribunal de Alçada constitui, para efeito de acesso ao Tribunal de Justiça, a mais alta entrância da Magistratura Estadual. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em sete Câmaras, quatro Cíveis e três Criminais, e funcionará, ordinária ou extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Reunidas Cíveis ou Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas Cíveis ou Criminais.

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em duas Seções, uma Cível e outra Criminal, cons-tituídas a primeira por quatro Câmaras e, a segunda, por três, designadas pelos primeiros números ordinais. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em duas Seções, uma Cível e outra Criminal, cons-tituídas por quatro (4) Câmaras cada uma, designadas pelos primeiros números ordinais. (Vide Lei n.º 8.099/85)

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em duas Seções, uma Cível e outra Criminal, constituídas por cinco Câmaras a Sessão Cível e por quatro Câmaras a Sessão Criminal, designadas pelos primeiros números ordinais. (Vide Lei n.º 8.317/87)

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em duas Seções, uma Cível e outra Criminal, cons-tituídas por seis Câmaras a Seção Cível e por quatro Câmaras a Seção Criminal, designadas pelos primeiros números ordinais. (Vide Lei n.º 8.833/89)

Art. 47 - O Tribunal de Alçada divide-se em duas Seções, uma Cível e outra Criminal, constituídas por nove (9) Câmaras a Seção Cível e por quatro Câmaras a Seção Criminal, designadas pelos primeiros números ordinais. (Vide Lei n.º 9.189/91) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - O Tribunal de Alçada funcionará, ordinária e extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

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Parágrafo único - O Tribunal de Alçada funcionará, ordinária e extraordinariamente, em Tribunal Pleno, Câmaras Criminais Reunidas, Grupos Cíveis e Câmaras Separadas, Cíveis e Criminais. (Vide Lei n.º 9.420/91)

Parágrafo único - O Tribunal de Alçada funcionará ordinária e extraordinariamente, em Tri-bunal Pleno, Grupos Cíveis ou Criminais e Câmaras Separadas Cíveis e Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará em sessão plena com o mínimo de quinze Juízes; as Câmaras Cíveis Reunidas, com o mínimo de nove Juízes; as Câmaras Criminais Reunidas com o mínimo de seis e as Câmaras Separadas só funcionarão com a totalidade de seus Juízes.

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em sessão plenária, com o mínimo de dezessete Juízes; em Câmaras Criminais Reunidas, com o mínimo de oito; em Câmaras Cíveis Reunidas, com o mínimo de doze; cada Grupo Cível com o mínimo de seis. As Câmaras Separadas compõem-se de quatro Juízes, dos quais apenas três participarão de cada julgamento, sob a Presidência do participante mais antigo. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em sessão plenária, com o mínimo de dezesse-te Juízes; em Câmaras Reunidas, Cíveis ou Criminais, com o mínimo de doze (12); cada Grupo Cível com o mínimo de seis. As Câmaras Separadas compõem-se de quatro Juízes, dos quais apenas três participarão de cada julgamento, sob a Presidência do participante mais antigo. (Vide Lei n.º 8.099/85)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em sessão plenária, com o mínimo de dezessete Juízes; em Câmaras Cíveis Reunidas, com o mínimo de quatorze (14) e em Câmaras Cri-minais Reunidas com o mínimo de doze (12); cada Grupo Cível com o mínimo de seis. As Câmaras Separadas compõem-se de quatro Juízes, dos quais apenas três participarão de cada julgamento, sob a Presidência do participante mais antigo. (Vide Lei n.º 8.833/89)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em sessão plenária, com o mínimo de dezessete Juízes; em Câmaras Cíveis Reunidas, com o mínimo de vinte (20) e em Câmaras Criminais Reunidas com o mínimo de doze (12); cada Grupo Cível com o mínimo de seis. As Câma-ras Separadas compõem-se de quatro Juízes, dos quais apenas três participarão de cada julgamento, sob a Presidência do participante mais antigo. (Vide Lei n.º 9.189/91)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em sessão plenária, com o mínimo de dezes-sete Juízes; em Câmaras Criminais Reunidas, com o mínimo de dez (10); cada Grupo Cível com o mínimo de seis (6) As Câmaras Separadas compõem-se de quatro Juízes, dos quais apenas três participarão de cada julgamento, sob a Presidência do participante mais antigo. (Vide Lei n.º 9.420/91)

Art. 48 - O Tribunal de Alçada funcionará, em Sessão Plenária, com o mínimo de dezes-sete (17) Juízes, cada Grupo Cível e Criminal com o mínimo de seis (6). As Câmaras Separadas compõem-se de quatro (4) juízes, dos quais apenas três (3) participarão de cada julgamento, sob a presidência do participante mais antigo. (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - No cômputo do “quorum” inclui-se o Presidente. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 49 - A substituição dos Juízes de Alçada, nas suas atividades jurisdicionais, far-se-á pela forma prevista no Regimento Interno do Tribunal. É obrigatória durante os primeiros sessenta dias, e, decorrido este período, será convocado o Juiz que se seguir na ordem respectiva.

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§ 1º - Nos órgãos onde houver substituição, não serão distribuídos feitos ao substituto.

§ 2º - Em caso de acúmulo de serviço e por determinação do Tribunal, qualquer das Câ-maras Separadas poderá ser colocada em regime de exceção, por tempo determinado, suscetível de prorrogação.

§ 3º - No regime de exceção, a Câmara será constituída por quatro membros mediante designação de Juiz pertencente a outra Câmara, da mesma ou da outra Seção.

§ 4º - O Regimento Interno disciplinará a forma de redistribuição dos processos.

Art. 49 - A substituição dos Juízes de Alçada, nas suas atividades jurisdicionais, bem como o regime de exceção nas Câmaras Separadas, obedecerá ao disposto no Regimento Interno do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 50 - O Tribunal de Alçada suspenderá as sessões de seus órgãos jurisdicionais durante os períodos de férias coletivas, que serão os mesmos do Tribunal de Justiça.

Art. 50 - O Tribunal Pleno, funcionando em Órgão Especial, é constituído por vinte juízes, observada a ordem decrescente de antigüidade e o quinto constitucional e respeitada, tanto quanto possível, a representação proporcional das Seções, Cível e Criminal e do quinto constitucional, conforme dispuser o Regimento Interno. As suas sessões serão presididas pelo Presidente do Tribunal e, no seu impedimento, sucessivamente, pelo Vice--Presidente ou pelo Juiz mais antigo. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Parágrafo único - Compete ao Órgão Especial a matéria constante dos incisos III e seguintes do artigo 52. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Art. 50 - O Tribunal de Alçada funcionará em Sessão Plenária, ou em Órgão Especial cons-tituído por vinte (20) Juízes, observada a ordem decrescente de antigüidade e o quinto constitucional e respeitada, tanto quanto possível, a representação proporcional das Se-ções, Cível e Criminal, e do quinto constitucional, conforme dispuser o Regimento Interno. As suas sessões serão presididas pelo Presidente do Tribunal e, no seu impedimento, sucessivamente, pelo Vice-Presidente ou pelo Juiz mais antigo. (Redação dada pela Lei n.º 8.099/85) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 1º - À Sessão Plenária compete a matéria constante dos incisos I e II do art. 52 e realizar sessões solenes. (Redação dada pela Lei n.º 8.099/85) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

§ 2º - Ao Órgão Especial compete a matéria constante dos incisos III e seguintes do art. 52. (Redação dada pela Lei n.º 8.099/85) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Art. 51 - Não terá o Tribunal de Alçada atuação administrativa sobre os Juízes de Direito ou Pretores, cumprindo-lhe, todavia, por qualquer de seus órgãos, comunicar ao Presidente do Tribunal, ao Conselho da Magistratura e ao Corregedor-Geral da Justiça, para os devidos fi ns, os méritos ou as faltas que na apreciação de recursos observar. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

SUBSEÇÃO IDA COMPETÊNCIA

Art. 52 - Compete ao Tribunal de Alçada, funcionando em Tribunal Pleno:

Art. 52 - Compete ao Tribunal de Alçada, funcionando em Tribunal Pleno ou em Órgão Es-pecial: (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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I - eleger o Presidente e o Vice-Presidente em votação secreta, dentre os seis Juízes mais antigos do colegiado;

I - eleger o Presidente e o Vice-Presidente em votação secreta, dentre os dez Juízes mais antigos do colegiado; (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - eleger os demais órgãos de direção; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - elaborar o Regimento Interno; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - organizar os seus Serviços Auxiliares, provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Poder Legislativo a criação ou a extinção de cargos e a fi xação dos respectivos vencimentos (Constituição Federal, art. 115, II); (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

V - conceder licenças e férias aos seus membros; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VI - declarar, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público; para esse julgamento, o Tribunal funcionará com dezessete juízes, no mínimo.

VI - declarar, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VII - processar e julgar originariamente: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) as habilitações incidentes nas causas sujeitas ao seu conhecimento; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) os embargos de declaração apresentado às suas decisões; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) os mandados de segurança contra atos administrativos do próprio Tribunal, de seu Pre-sidente, de suas Câmaras ou de seus Juízes, nos feitos de sua competência; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) os embargos infringentes de seus julgados e os opostos na execução de seus acórdãos; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) as ações rescisórias de seus acórdãos e as respectivas execuções; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VIII - julgar: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os recursos das penas disciplinares impostas pelos órgãos do Tribunal a funcionários; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) os recursos contra imposição de penas disciplinares aplicadas pelo Presidente aos fun-cionários; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) as dúvidas sobre distribuição e ordem de serviço; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) as suspeições ou impedimentos nos casos pendentes de sua decisão; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) os agravos de decisões do Presidente ou do Relator, nos feitos de sua competência; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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IX - impor penas disciplinares aos servidores da Justiça, na forma da lei e nos casos de sua competência originária ou recursal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

X - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XI - suscitar, perante o órgão competente do Tribunal de Justiça, as dúvidas de compe-tência. (REVOGADO pela Lei n.º 7.607/81)

XI - instituir Câmaras de Férias, Cível e Criminal, fi xando-lhes em assento regimental a composição, competência e normas de funcionamento. (Incluído pela Lei n.º 8.665/88) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

SUBSEÇÃO IIDAS CÂMARAS REUNIDAS

DOS GRUPOS CRIMINAIS (REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 10.404/95)

Art. 53 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos dois Grupos Cíveis e as Câ-maras Criminais Reunidas pelas três Câmaras Criminais Separadas, sendo presididas pelo Presidente ou Vice-Presidente da Tribunal os quais, em suas faltas ou impedimentos, serão substituídos pelo Juiz mais antigo presente.

Art. 53 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos 1º, 2º e 3º Grupos Cíveis, e as Câmaras Criminais Reunidas pelas três Câmaras Criminais Separadas, sendo presididas pelo Presidente ou Vice-Presidente da Tribunal os quais, em suas faltas ou impedimentos, serão substituídos pelo Juiz mais antigo presente. (Vide Lei n.º 8.833/89)

Art. 53 - As Câmaras Cíveis Reunidas são constituídas pelos Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Grupos Cíveis, sendo presididas pelo Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal, os quais, em suas faltas ou impedimentos, serão substituídos pelo juiz mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 9.189/91)

Art. 53 - As Câmaras Criminais Reunidas são constituídas pelas quatro (04) Câmaras Criminais Separadas, sendo presididas pelo Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal, os quais, em suas faltas ou impedimentos, serão substituídos pelo Juiz mais antigo presente. (Redação dada pela Lei n.º 9.420/91)

Art. 53 - Os Grupos Criminais são formados, cada um, por duas (2) Câmaras Criminais Separadas: a 1ª e a 2ª compõem o 1º Grupo e a 3ª e a 4ª, o 2º Grupo. (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 1º - Aos Grupos Criminais, que serão presididos pelo Presidente ou Vice-Pre-sidente do Tribunal compete: (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

I - processar e julgar os pedidos de revisão criminal; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

II - julgar: (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

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b) os recursos de decisão do Relator, que indeferir liminarmente o pedido de revisão cri-minal ou de embargos de nulidade e infringentes; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

c) os embargos de nulidade e infringentes dos julgados das Câmaras Criminais Separadas; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

d) as suspeições e os impedimentos, nos casos da sua competência; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

III - aplicar medidas de segurança, nas decisões que proferirem em virtude de revisão; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

IV - conceder, de ofício, ordem de “habeas corpus” nos feitos submetidos à sua deliberação; (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

V - impor penas disciplinares. (Redação dada pela Lei n.º 10.404/95) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 54 - Às Câmaras Cíveis Reunidas compete: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

I - processar e julgar: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os embargos infringentes opostos às suas decisões e às originárias dos Grupos Cíveis; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) as ações rescisórias dos seus acórdãos e dos Grupos Cíveis; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos de sua competência; (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) a execução de sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência; (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) os confl itos de competência em que sejam interessados os Grupos Cíveis ou as Câmaras Separadas; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - julgar: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os embargos de declaração; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) o recurso de despacho denegatório de embargos infringentes de sua competência; (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) os recursos das decisões de seu Presidente ou do Presidente do Tribunal, nos feitos da competência do órgão; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) os agravos das decisões do Relator, nos casos previstos em lei ou no Regimento Interno; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) as suspeições, nos casos pendentes de sua decisão; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - uniformizar a jurisprudência (Código de Processo Civil, arts. 476 e segs.); (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - impor penas disciplinares; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

V - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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Art. 55 - Às Câmaras Criminais Reunidas compete: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

I - processar e julgar: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os pedidos de revisão criminal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) os confl itos de jurisdição entre Câmaras Criminais do Tribunal; (REVOGADOpela Lei n.º 9.420/91)

II - julgar: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) os recursos de decisão do Relator, que indeferir liminarmente o pedido de revisão criminal ou de embargos de nulidade e infringentes; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) os embargos de nulidade e infringentes dos julgados das Câmaras Criminais Separadas; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) a suspeição não reconhecida dos agentes do Ministério Público com exercício junto às Câmaras Criminais Separadas; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - aplicar medidas de segurança, nas decisões que proferirem em virtude de revisão; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - conceder, de ofício, ordem de “habeas-corpus” nos feitos submetidos à sua deliberação; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

V - impor penas disciplinares; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VI - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, Superior do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e Procuradoria-Geral do Estado. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

SUBSEÇÃO IIIDOS GRUPOS CÍVEIS E DAS CÂMARAS SEPARADAS

Art. 56 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a primeira e a segunda compõem o primeiro Grupo e, a terceira e a quarta, o segundo. Cada Câmara Separada Cível ou Criminal compõe-se de três membros e é presidida pelo Juiz mais antigo.

§ 1º - Aos Grupos Cíveis, que serão presididos pelo Presidente ou Vice-Presidente do Tri-bunal compete:

I - processar e julgar:

a) as ações rescisórias dos acórdãos proferidos pelas Câmaras Cíveis Separadas;

b) os embargos infringentes dos julgados das Câmaras Cíveis separadas;

c) a restauração, em feitos de sua competência, de autos extraviados ou destruídos;

d) a execução das sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência;

e) as habilitações nas causas sujeitas ao seu julgamento;

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II - julgar:

a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;

b) o recurso de despacho denegatório de embargos infringentes de sua competência;

c) as suspeições e os impedimentos, nos casos da sua competência;

d) os recursos das decisões de seu Presidente ou do Presidente do Tribunal, nos feitos da competência do órgão;

e) os recursos das decisões do Relator, nos casos previstos em lei ou no Regimento Interno;

III - impor penas disciplinares ou representar, para o mesmo fi m, aos Conselhos da Magis-tratura, do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria--Geral do Estado;

§ 2º - Os embargos infringentes e as ações rescisórias serão, nas hipóteses das alíneas a e b, do inc. I, distribuídos ao Grupo que faça parte a Câmara prolatora do acórdão;

§ 3º - A escolha do Relator ou Revisor recairá, quando possível, em Juiz que não haja participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória (art. 533, § 2º, do Código de Processo Civil).

Art. 56 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a Primeira e a Segunda compõem o Primeiro Grupo, e a Terceira e a Quarta compõem o segundo Grupo. (Redação dada pela Lei n.º 7.601/81)

Art. 56 - Os Grupos Cíveis são formados, cada um, por duas Câmaras Cíveis Separadas; a primeira e a segunda compõem o primeiro Grupo, a terceira e quarta compõem o segundo Grupo e a quinta e a sexta compõem o terceiro Grupo. (Vide Lei n.º 8.833/89)

Art. 56 - Os Grupos Cíveis são formados por Câmaras Separadas: a Primeira e a Segunda compõem o Primeiro Grupo; a Terceira e a Quarta, o Segundo Grupo; a Quinta e a Sexta, o Terceiro Grupo; a Sétima, a Oitava e a Nona, o Quarto Grupo. (Redação dada pela Lei n.º 9.189/91) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 1º - O quorum mínimo de funcionamento dos Grupos Cíveis será estabelecido pelo Regime Interno do Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 9.189/91) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

§ 2º - Enquanto não instalada a nona Câmara Cível, o Quarto Grupo Cível será integrado pela Sétima e Oitava Câmaras Cíveis. (Redação dada pela Lei n.º 9.189/91) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

SUBSEÇÃO IVDAS CÂMARAS CÍVEIS SEPARADAS

Art. 57 - Às Câmaras Cíveis Separadas compete: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

I - processar e julgar, nos feitos de sua competência recursal: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os mandados de segurança contra atos dos Juízes de primeira instância; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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b) os confl itos de competência entre Juízes de primeira instância; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) as habilitações incidentes; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) a restauração de autos extraviados ou destruídos; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) os habeas corpus, quando a prisão for civil; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

f) as ações rescisórias de sentença de 1ª instância; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

g) os pedidos de correição parcial; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - julgar os recursos das decisões dos Juízes de primeira instância, na matéria cível a seguir discriminada: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) ações de procedimento sumaríssimo, em razão da matéria; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) ações possessórias; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) quaisquer ações relativas a locação de imóveis;

c) quaisquer ações relativas à locação de imóveis, inclusive arrendamento e parceria sobre imóveis; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) ações de acidentes de trabalho; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) execuções por título extrajudicial, exceto as relativas à matéria fi scal da competência do Estado;

e) ações de execução e as relativas à existência, validade e efi cácia de título executivo extrajudicial, exceto as pertinentes à matéria fi scal de competência do Estado; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

f) processos cautelares e embargos de terceiros referentes às ações especifi cadas nas letras anteriores;

f) ações relativas à matéria fi scal da competência dos municípios; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

g) processos cautelares e embargos de terceiros referentes às ações especifi cadas nas letras anteriores; (Renumerado pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

g) os embargos declaratórios opostos a seus acórdãos;

h) os embargos declaratórios opostos a seus acórdãos; (Renumerado pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

h) as suspeições ou os impedimentos dos Juízes, por estes não reconhecidos nos feitos de sua competência;

i) as suspeições ou os impedimentos dos Juízes, por estes não reconhecidos nos feitos de sua competência; (Renumerado pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - impor penas disciplinares, na forma da lei e nos casos de sua competência originária ou recursal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - representar quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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SUBSEÇÃO VDAS CÂMARAS CRIMINAIS SEPARADAS

Art. 58 - Às Câmaras Criminais Separadas compete: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

I - processar e julgar, nos feitos de sua competência recursal: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) os pedidos de “habeas corpus”; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) a suspeição de Juízes, por estes não reconhecida; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

c) os mandados de segurança contra atos dos Juízes criminais; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

d) os confl itos de jurisdição; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

e) os pedidos de correição parcial; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - julgar os recursos das decisões dos Juízes de primeiro grau e “habeas corpus”: (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) nos crimes contra o patrimônio, seja qual for a natureza da pena cominada; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) nas demais infrações a que não seja cominada pena de reclusão isolada, ou cumulativa, ou alternativamente, excetuados os crimes ou contravenções relativas a tóxicos ou entor-pecentes, e a falência. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - ordenar, nos casos de sua competência recursal: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) o exame para verifi cação da cessação da periculosidade, antes de expirado o prazo mí-nimo de duração da medida de segurança; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) o confi sco dos instrumentos e produtos do crime; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - impor penas disciplinares, na forma da lei e nos casos de sua competência originária ou recursal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

V - representar, quando for o caso, aos Conselhos da Magistratura, do Ministério Público, Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil e à Procuradoria-Geral do Estado. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

SUBSEÇÃO VIDA ADMINISTRAÇÃO

Art. 59 - A Presidência do Tribunal de Alçada é exercida por um de seus Juízes, eleito por dois anos, vedada a reeleição. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - O mandato terá início no dia cinco de abril ou no primeiro dia útil seguinte.

Parágrafo único - O mandato terá início no 1º dia útil do mês de fevereiro. (Redação dada pela Lei n.º 8.099/85) (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 60 - Ao Presidente do Tribunal de Alçada compete, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Regimento Interno: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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I - representar o Tribunal de Alçada; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - presidir as sessões plenárias, as Câmaras Cíveis e Criminais Reunidas e os Grupos Cíveis; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

III - presidir a distribuição dos processos no Tribunal, mandando abrir vista ao Ministério Público naqueles em que deva funcionar; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IV - votar nas questões de inconstitucionalidade e em matéria administrativa, tendo voto de desempate nos demais casos; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

V - relatar os recursos administrativos referentes a servidores da Secretaria do Tribunal; (REVOGADO pela Lei nº 9.420/91)

VI - decidir da admissibilidade, ou não, do recurso extraordinário; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VII - julgar a renúncia e a deserção dos recursos interpostos, quando não preparados oportunamente; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

VIII - homologar desistências, requeridas antes da distribuição do feito às Câmaras e após sua entrada na Secretaria; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

IX - prestar informações nos pedidos de “habeas corpus” ao Supremo Tribunal Federal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

X - conhecer das reclamações, referentes a custas e emolumentos, nos casos submetidos à decisão do Tribunal de Alçada ou relativamente a atos praticados por servidores do Tribunal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XI - interpretar o Regimento Interno, com recurso para o Tribunal Pleno; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XII - dar posse aos Juízes de Alçada; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XIII - atestar a efetividade dos Juízes de Alçada; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XIV - conceder licenças e férias aos funcionários dos Serviços Auxiliares do Tribunal; (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XV - preparar, durante as férias, os “habeas corpus”, os mandados de segurança e as cor-reições parciais, exercendo as atribuições de Relator; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XVI - convocar as sessões extraordinárias da Comissão Administrativa; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XVII - designar, na forma do Regimento: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) o Juiz de Alçada que deverá substituir membro efetivo do Tribunal nos casos de férias, licenças ou vacância; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) o Juiz de Alçada que deve integrar Câmara em regime de exceção; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XVIII - fazer publicar as decisões do Tribunal e os dados estatísticos sobre sua atividade jurisdicional; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XIX - requisitar passagens, leito e transporte para os Juízes de Alçada e servidores, quando em objeto de serviço; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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XX - elaborar, anualmente, com a colaboração do Vice-Presidente, a proposta orçamentária do Tribunal de Alçada e as de leis fi nanceiras especiais, atendido o que dispuser o Regimento Interno; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXI - abrir concursos para provimento de vagas nos Serviços Auxiliares do Tribunal; (RE-VOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXII - proceder a correições no Tribunal de Alçada; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXIII - propor ao Tribunal Pleno: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) a reestruturação dos Serviços Auxiliares; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) a reforma do Regimento Interno; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXIV - apresentar ao Tribunal Pleno, na primeira reunião de abril, o relatório dos trabalhos do ano anterior: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXV - delegar, dentro de sua competência, atribuições a servidores do Tribunal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXVI - executar as decisões do Tribunal, nos casos de sua competência originária; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXVII - justifi car as faltas do Diretor-Geral da Secretaria do Tribunal; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXVIII - nomear: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

a) o Diretor-Geral da Secretaria do Tribunal e os titulares dos demais cargos de confi ança e dar-lhes posse; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

b) os servidores do Quadro dos Serviços Auxiliares e dar-lhes posse; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXIX - delegar, ao Vice-Presidente, com a anuência deste, o desempenho de funções ad-ministrativas; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

XXX - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas, nos termos do Regimento In-terno. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Parágrafo único - A atestação da efetividade do Presidente do Tribunal de Alçada será for-malizada pelo Vice-Presidente. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Art. 61 - Juntamente com o Presidente e logo após a eleição deste, será eleito, pelo mes-mo processo e prazo, dentre os Juízes de Alçada, um Vice-Presidente, vedada a reeleição. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Parágrafo único - A posse do Vice-Presidente dar-se-á na mesma sessão em que for em-possado o Presidente. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Art. 62 - Ao Vice-Presidente compete: (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

I - substituir o Presidente na sua falta ou impedimento e suceder-lhe em caso de vaga; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

II - presidir as Câmaras Cíveis e Criminais Reunidas e os Grupos Cíveis na falta do Presi-dente; (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

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III - colaborar com o Presidente na representação e administração do Tribunal, podendo distribuir-se, em Regimento, as atividades administrativas. (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

SUBSEÇÃO VIIDISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 63 - Nos casos de conexão ou continência entre ações de competência do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Alçada, prorrogar-se-á a do primeiro, o mesmo ocorrendo quan-do, em matéria penal, houver desclassifi cação para crime de competência do último, com recurso do Ministério Público. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 64 - As dúvidas de competência entre Câmaras do Tribunal de Alçada e Câmaras do Tribunal de Justiça serão solucionadas pelas Câmaras Cíveis ou Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça, conforme a natureza da matéria e mediante provocação do Tribunal de Alçada.

Art. 64 - As dúvidas de competência entre Câmaras do Tribunal de Alçada e Câmaras do Tribunal de Justiça, serão solucionadas pelas Câmaras Cíveis Reunidas ou Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça, conforme a natureza da matéria, e mediante provocação da própria Câmara do Tribunal de Alçada ou do Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81) (REVOGADO pela Lei n.º 9.420/91)

Art. 65 - Os atos administrativos, referentes aos Juízes de Alçada, serão expedidos pelo Presidente do Tribunal de Justiça, no que concerne à sua carreira de Magistrado. Todavia, os atos administrativos, concernentes à atuação no Tribunal de Alçada, serão da competência do Presidente deste último, inclusive os relativos aos Juízes oriundos do Ministério Público e da classe dos Advogados. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 66 - De ofício ou mediante representação do Tribunal de Alçada, promoverá o Tribunal de Justiça, por seu Presidente, o processo para verifi cação de incapacidade dos Juízes de Alçada, nos termos da lei. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 67 - Atuarão junto ao Tribunal de Alçada órgãos do Ministério Público. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 68 - O Tribunal de Alçada terá atribuições administrativas apenas no que concerne à organização de sua própria Secretaria. (REVOGADO pela Lei n.º 11.133/98)

CAPÍTULO VDO TRIBUNAL DO JÚRI

Art. 69 - Na sede de cada Comarca funcionará um Tribunal do Júri, com a organização e as atribuições estabelecidas em lei, com jurisdição em todo seu território.

Art. 70 - O Tribunal do Júri, em reuniões ordinárias, instalar-se-á:

I - na Comarca de Porto Alegre, dentro dos dez primeiros dias úteis dos meses de março a dezembro;

II - na sede das demais Comarcas, dentro dos dez primeiros dias úteis de março, junho, setembro e novembro.

Art. 69

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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Art. 70 - O Tribunal do Júri, em reuniões ordinárias, reunir-se-á: (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

I - na Comarca de Porto Alegre, mensalmente, de fevereiro a dezembro; (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

II - na sede das demais comarcas, nos meses de março, maio, julho, setembro, novembro e dezembro. (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

§ 1º - Quando, por motivo de força maior, não for convocado o Júri na época determinada, a reunião efetuar-se-á no mês seguinte.

§ 2º - No caso do parágrafo anterior, o Juiz mandará notifi car as partes e tornará público, por edital, a não realização da reunião na época prevista.

§ 3º - Nas Comarcas do interior do Estado, o sorteio dos jurados far-se-á até quinze dias antes da data designada para a instalação dos trabalhos, sendo que, na Capital, esse prazo será de dez dias.

Art. 71 - Em circunstâncias excepcionais, o Júri reunir-se-á, extraordinariamente, por iniciativa do Juiz de Direito ou por determinação das Câmaras Criminais Reunidas ou Se-paradas, de ofício ou por provocação do interessado.

CAPÍTULO VIDOS JUÍZES DE DIREITO

Art. 72 - A jurisdição da Comarca será exercida por Juiz de Direito.

SEÇÃO ÚNICA

Art. 73 - Aos Juízes de Direito compete:

I - a jurisdição do Júri e, no exercício dela:

a) organizar o alistamento dos jurados e proceder, anualmente, à sua revisão;

b) instruir os processos da competência do Júri, pronunciando, impronunciando ou absol-vendo, sumariamente, o réu;

c) presidir o Tribunal do Júri, exercendo as atribuições estabelecidas na respectiva le-gislação;

d) admitir ou não os recursos interpostos de suas decisões e das do Tribunal do Júri, dando--lhes o seguimento legal;

e) decidir, de ofício ou por provocação, os casos de extinção da punibilidade nos processos da competência do Júri;

f) remeter ao órgão da Fazenda Pública do Estado certidão das atas das sessões do Júri para a inscrição e cobrança de multa imposta a jurados faltosos, após decididas as justifi cações e reclamações apresentadas;

II - a jurisdição criminal, em geral, e, especialmente:

Arts. 70 a 73

257

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a) o processo e julgamento dos funcionários públicos nos crimes de responsabilidade, bem como os daqueles delitos ou infrações que, segundo lei especial, sejam de sua competência privativa;

b) a execução das sentenças do Tribunal do Júri e das que proferir;

c) resolver sobre os pedidos de concessão de serviço externo a condenados e cassar-lhes o benefício;

c) resolver sobre os pedidos de concessão de serviço externo a condenados e cassar-lhes o benefício; ordenar a fi scalização do cumprimento das condições impostas aos benefi ciados por suspensão condicional da pena e por livramento condicional, e aos sentenciados sujeitos a penas restritivas de direitos; (Vide Lei n.º 8.151/86)

d) remeter, mensalmente, à Vara das Execuções Criminais, na Capital do Estado, fi chas individuais dos apenados, após o trânsito em julgado das sentenças criminais;

e) proceder ou mandar proceder a exame de corpo de delito, sem prejuízo das atribuições da autoridade policial;

f) fi scalizar, periodicamente, os presídios e locais de prisão ... VETADO ... mantidos ou administrados pelo Estado, para verifi car a situação dos detidos, tomando as providências à soltura dos que se encontrarem detidos ou recolhidos ao arrepio da lei e para a apuração das responsabilidades pelas prisões ilegais;

III - processar e julgar:

a) a justifi cação de casamento nuncupativo; as impugnações à habilitação e celebração do casamento; o suprimento de licença para sua realização, bem como o pedido de autorização para o casamento, na hipótese do art. 214, do Código Civil;

b) as causas de nulidade ou de anulação de casamento, separação judicial e divórcio;

c) as ações de investigação de paternidade;

d) as causas de interdição e quaisquer outras relativas ao estado e capacidade das pessoas;

e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento, ao dote, aos bens parafernais e às doações antenupciais;

f) as causas de alimentos e as relativas à posse e guarda dos fi lhos menores, quer entre os pais, quer entre estes e terceiros e as de suspensão, extinção ou perda do pátrio poder;

g) as nomeações de curadores, tutores e administradores provisórios, nos casos previstos nas alíneas d e f, deste inciso; exigir-lhes garantias legais; conceder-lhes autorização, quando necessário; tomar-lhes conta, removê-los ou destituí-los;

h) o suprimento de outorga de cônjuges e a licença para alienação, oneração ou sub -rogação de bens;

i) as questões relativas à instituição e extinção do bem de família;

j) todos os atos de jurisdição voluntária e necessária à proteção da pessoa dos incapazes ou à administração de seus bens;

l) os feitos referentes às ações principais, especifi cadas neste inciso, e todos os que delas derivarem ou forem dependentes;

Art. 73

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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m) as causas de extinção do pátrio poder, nos casos previstos em lei;

IV - processar e julgar:

a) os inventários e arrolamentos; as arrecadações de bens de ausentes ou vagos e de herança jacente; a declaração de ausência; a posse em nome do nascituro; a abertura, a homologação e o registro de testamentos ou codicilos; as contas dos inventariantes e testamenteiros; a extinção de fi deicomisso;

b) as ações de petição de herança, as de partilha e de sua nulidade; as de sonegação, de doação inofi ciosa, de colação e quaisquer outras oriundas de sucessão legítima ou testamentária;

c) os feitos referentes às ações principais, especifi cadas neste inciso, e todos os que delas derivarem ou forem dependentes;

V - processar e julgar:

a) as ações de acidente do trabalho;

b) as ações fundadas na legislação do trabalho, nos locais em que as Juntas de Conciliação e Julgamento não tiverem jurisdição;

c) os feitos a que alude o § 3º, do art. 125, da Constituição da República Federativa do Brasil, sempre que a Comarca não seja sede de Vara do juízo federal;

VI - processar e julgar os pedidos de restauração, de extinção de usufruto, de suprimento, retifi cação, nulidade e cancelamento de registros públicos; a especialização de bens em hipoteca legal ou judicial; os feitos referentes às ações principais constantes deste inciso, e todos os que delas derivarem ou forem dependentes;

VII - resolver as dúvidas suscitadas pelos servidores da Justiça, nas matérias referentes às suas atribuições, e tudo quanto disser respeito aos serviços dos registros públicos; or-denar a realização de todos os atos concernentes aos registros públicos que não possam ser praticados de ofício;

VIII - exercer atividade administrativa e disciplinar sobre os ofícios extrajudiciais, sem prejuízo das atribuições do Juiz Diretor do Foro;

IX - exercer as atribuições constantes da legislação especial de menores, incumbindo -lhe, especialmente, adotar todas as medidas protetivas relativamente aos menores sob sua jurisdição;

X - processar e julgar os pedidos de legitimação adotiva;

XI - processar e julgar;

a) as falências e concordatas;

b) os feitos de natureza civil e comercial, não especifi cados nos incisos anteriores;

c) os feitos atinentes às fundações;

XII - cumprir cartas rogatórias, em geral, e cartas precatórias da Justiça Militar e da Federal, nas Comarcas em que estas não tenham órgão próprios;

XIII - requisitar, quando necessários, autos e livros fi scais recolhidos ao Arquivo Público;

Art. 73

259

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XIV - exercer, salvo em Porto Alegre, as atribuições defi nidas na legislação federal, ati-nentes ao registro de fi rmas e razões comerciais e ao comércio de estrangeiros;

XV - exercer o direito de representação e impor a pena disciplinar, quando couber, nos termos do art. 121, da Lei Federal nº 4.215, de 27.4.63;

XVI - aplicar as penas referidas no art. 74, inc. IX, alínea e;

XVII - remeter, mensalmente, ao Corregedor-Geral da Justiça, relação dos processos con-clusos para sentença, dos julgados e dos que ainda se acharem em seu poder;

XVIII - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.

Parágrafo único - Nas comarcas onde houver mais de uma Vara, qualquer Juiz criminal tem competência para conhecer de pedidos de “habeas corpus” fora das horas de expediente, fazendo-se, oportunamente a compensação na distribuição.

§ 1º - Nas comarcas onde houver mais de uma Vara, qualquer Juiz criminal tem competên-cia para conhecer de pedidos de “habeas corpus” fora das horas de expediente, fazendo-se, oportunamente a compensação na distribuição. (Renumerado pela Lei n.º 7.660/82)

§ 2º - Ao Juiz com competência na Vara das Excecuções Criminais, em cuja comarca exista prisão que mantenha, em cumprimento de pena, réus oriundos de outras comarcas, competirão também quanto a estes as atribuições e a jurisdição previstas neste Código, ressalvado o caso do artigo 84, XIII, e as previstas no Código de Processo Penal. (Incluído pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 74 - Aos Juízes de Direito, no exercício da Direção do Foro, compete, privativamente:

I - exigir garantia real ou fi dejussória, ou seguro fi delidade, nos casos previstos em lei; (REVOGADO pela Lei n.º 7.785/83)

I - apreciar os pedidos de homologação de acordos extrajudiciais, independentemente de prévia distribuição e de termo, para constituição de título executivo judicial (Lei Federal n.º 7.244, de 07-11-84, art.55). (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

II - designar, quando for o caso, servidor para substituir o titular de outro serviço ou função ou para exercer em regime de exceção, as atribuições que lhes forem conferidas;

III - organizar a escala de substituição dos Juízes de Paz, dos Ofi ciais de Justiça e, ainda, dos Escrivães que, fora do expediente normal, devam funcionar nos pedidos de “habeas corpus”;

IV - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros de folhas soltas dos Ofícios da Justiça proi-bido o uso de chancela; nas comarcas TRIprovidas de mais de uma Vara, esta atribuição competirá a todos os Juízes, mediante distribuição;

V - visar os livros e autos fi ndos, que devam ser recolhidos ao Arquivo público;

VI - tomar quaisquer providências de ordem administrativa, relacionadas com a fi scaliza-ção, disciplina e regularidade dos serviços forenses, procedendo, pelo menos anualmente, à inspeção nos cartórios;

VII - requisitar aos órgãos policiais licenças para porte de arma, destinadas aos Serviços da Justiça;

VIII - cumprir as diligências solicitadas pelas Comissões Parlamentares de Inquérito, desde que autorizadas pelo Presidente do Tribunal de Justiça;

Arts. 73 e 74

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IX - atender ao expediente forense e administrativo e, no despacho dele:

a) mandar distribuir petições iniciais, inquéritos, denúncias, autos, precatórias, rogató-rias e quaisquer outros papéis que lhes forem encaminhados e dar-lhes o destino que a lei indicar;

b) rubricar os balanços comerciais na forma da Lei de Falências;

c) expedir alvará de folha-corrida, observadas as prescrições legais;

d) praticar os atos a que se referem as leis e regulamentos sobre serviços de estatística;

e) aplicar, quando for o caso, aos Juízes de Paz e servidores da Justiça, as penas discipli-nares cabíveis;

f) gerir as verbas que forem autorizadas à Comarca, destinadas a despesas pequenas de pronto pagamento, e gastos com material de consumo, serviços e outros encargos, pres-tando contas à autoridade competente; (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

X - processar e julgar os pedidos de justiça gratuita, formulados antes de proposta a ação;

XI - designar servidor da Justiça para conferir e consertar traslados de autos para fi ns de recurso;

XII - dar posse, deferindo o compromisso, aos Juízes de Paz, suplentes e servidores da Justiça da Comarca, fazendo lavrar ata em livro próprio;

XIII - atestar, para efeito de percepção de vencimentos, a efetividade própria e a dos Juízes de Direito das demais Varas, dos Pretores e dos servidores da Justiça da Comarca;

XIII - atestar, para efeito de percepção de subsídio e de vencimentos, a efetividade própria e a dos Juízes de Direito das demais Varas, dos Pretores e dos servidores da Justiça da Comarca; (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

XIV - indicar, para efeito de nomeação, Juízes de Paz e suplentes, por intermédio do Tri-bunal de Justiça;

XV - conceder férias aos servidores da Justiça, justifi car-lhes as faltas, decidir quanto aos pedidos de licença, até trinta dias por ano, e informar os de maior período;

XVI - expedir provimentos administrativos;

XVII - requisitar o fornecimento de material de expediente, móveis e utensílios neces-sários ao serviço judiciário;

XVIII - determinar o inventário dos objetos destinados aos Serviços da Justiça da Comarca, fazendo descarregar os imprestáveis e irrecuperáveis, com a necessária comunicação ao órgão incumbido do tombamento dos bens do Poder Judiciário;

XIX - propor a aposentadoria compulsória dos Juízes de Paz e dos servidores da Justiça;

XX - requisitar, por conta da Fazenda do Estado, passagens e fretes nas empresas de trans-porte, para servidores da Justiça, em objeto de serviço, bem como para réus ou menores que devam ser conduzidos;

XXI - comunicar, imediatamente, à Corregedoria-Geral da Justiça vacância de cargos ou serventias da Justiça;

XXII - remeter, anualmente, no primeiro trimestre, ao Conselho da Magistratura relatório do movimento forense e da vida funcional dos servidores da Justiça na Comarca, instruindo-o com mapas fornecidos pelos cartórios;

Art. 74

261

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XXIII - solicitar ao Conselho da Magistratura a abertura de concursos para o provimento dos cargos de Justiça da Comarca, presidindo-os;

XXIV - nomear servidor “ad hoc”, nos casos expressos em lei;

XXV - providenciar na declaração de vacância de cargos;

XXVI - opinar sobre o estágio probatório dos servidores, com antecedência máxima de cento e vinte dias;

XXVII - opinar sobre pedido de licença de servidores para tratar de interesses particulares e concedê-la até trinta dias, em caso de urgência, justifi cando a concessão perante o Pre-sidente do Tribunal de Justiça;

XXVIII - cassar licença que haja concedido;

XXIX - verifi car, mensalmente, o cumprimento de mandados, rubricando o livro competente;

XXX - comunicar ao Conselho da Magistratura a imposição de pena disciplinar;

XXXI - presidir as comissões de inquérito, quando designado, e proceder a sindicâncias;

XXXII - fi scalizar os serviços da Justiça, principalmente a atividade dos servidores, cumprindo-lhe coibir que:

a) residam em lugar diverso do designado para a sede de seu ofício;

b) se ausentem, nos casos permitidos em lei, sem prévia transmissão do exercício do cargo ao substituto legal;

c) se afastem do serviço durante as horas de expediente;

d) descurem a guarda, conservação e boa ordem que devem manter com relação aos autos, livros e papéis a seu cargo onde não deverão existir borrões, rasuras, emendas e entrelinhas não ressalvados;

e) deixem de tratar com urbanidade as partes ou de atendê-las com presteza e a qualquer hora, em caso de urgência;

f) recusem aos interessados, quando solicitarem, informações sobre o estado e andamento dos feitos, salvo nos casos em que não lhes possam fornecer certidões, independente-mente de despacho;

g) violem o sigilo a que estiverem sujeitas as decisões ou providências;

h) omitam a cota de custas ou emolumentos à margem dos atos que praticarem, nos pró-prios livros ou processos e nos papéis que expedirem;

i) cobrem emolumentos excessivos, ou deixem de dar recibo às partes, quando se tratar de cartório não ofi cializado, ainda que estas não exijam, para o que devem manter talão próprio, com folhas numeradas;

j) excedam os prazos para a realização de ato ou diligência;

l) deixem de recolher ao Arquivo Público os livros e autos fi ndos que tenham sido visados para tal fi m;

m) neguem informações estatísticas que lhes forem solicitadas pelos órgãos competentes e não remetam, nos prazos regulamentares, os mapas do movimento de seus cartórios;

n) deixem de lançar em carga, no protocolo, os autos entregues a Juiz, Promotor ou Advogado;

Art. 74

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o) freqüentem lugares onde sua presença possa afetar o prestígio da Justiça;

p) pratiquem, no exercício da função ou fora dela, atos que comprometam a dignidade do cargo;

q) negligenciem, por qualquer forma, no cumprimento dos deveres do cargo;

XXXIII - efetuar, de ofício ou por determinação do Corregedor-Geral, a correição nos serviços da Comarca, da qual remeterá relatório à Corregedoria, juntamente com os provimentos baixados, depois de lavrar, no livro próprio, a súmula de suas observações, sem prejuízo das inspeções anuais que deverá realizar;

XXXIV - solucionar consultas, dúvidas e questões propostas por servidores, fi xando- lhes orientação no tocante à escrituração de livros, execução e desenvolvimento dos serviços, segundo as normas gerais estabelecidas pela Corregedoria-Geral da Justiça;

XXXV - conhecer e decidir sobre a matéria prevista no inc. VII, primeira parte, do artigo anterior;

XXXVI - exercer outras atribuições que lhes forem conferidas em lei ou regulamento.

Parágrafo único - O Juiz de Direito Diretor do Foro poderá delegar parte das atribuições aci-ma previstas a outro Magistrado. A delegação, acompanhada de concordância do Magistrado indicado, será submetida ao Corregedor-Geral da Justiça. (Incluído pela Lei n.º 10.720/96)

Art. 75 - Nas Comarcas providas de duas ou mais Varas, competirá ao Conselho da Magis-tratura, mediante prévia indicação do Corregedor-Geral da Justiça, designar, anualmente, o Juiz que exercerá a Direção do Foro, permitida a recondução. Essa designação poderá ser alterada a qualquer tempo, considerados a conveniência do serviço e o interesse do Poder Judiciário.

§ 1º - Esgotado o prazo a que se refere este artigo, o Juiz prosseguirá no exercício da função até ser reconduzido ou substituído;

§ 2º - Ao Juiz designado para a Direção do Foro competem as atribuições previstas no art. 74, além das que pertencerem, especifi camente, à Vara de que for titular.

§ 3º - Nas comarcas com duas ou mais Varas, a atribuição de realizar inspeções e correi-ções, nos respectivos cartórios (art. 74, VI e XXXIII),competirá, também aos Juízes que estiverem na sua jurisdição, reunindo-se as atas na Direção do Foro, para as anotações no livro próprio, e remessa dos relatórios à Corregedoria Geral. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

Art. 76 - Nas Comarcas providas de duas Varas, entre elas serão distribuídos todos os feitos, cabendo, privativamente:

I - Ao Juiz da Primeira Vara, com as atribuições do art. 73, inc. I, e as execuções cri-minais, com as atribuições das alíneas a, b, c, d, e f, do inc. II, do art. 73, e da alínea b, do inc. XIII, do art. 84;

II - ao Juiz da Segunda Vara, a jurisdição de Menores, com as atribuições do inc. IX, do art. 73.

Art. 77 - Nas Comarcas providas de três Varas, observado o disposto no artigo anterior, cabe, privativamente:

I - ao Juiz da Primeira Vara, a jurisdição do Júri, com as atribuições do art. 73, inc. I;

II - ao Juiz da Segunda Vara, a jurisdição de Menores, com as atribuições do inc. IX, do art. 73;

Arts. 74 a 77

263

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III - ao Juiz da Terceira Vara, as Execuções Criminais, com as atribuições das alíneas a, b, c, e d, do inc. II, do art. 73, e da alínea b, do inc. XIII, do art. 84.

Art. 78 - Quando a Comarca for provida de quatro Varas, duas se denominarão Criminais e duas, Cíveis, numeradas, respectivamente, Primeira e Segunda, com as atribuições se-guintes, além da distribuição respectiva da restante matéria Criminal ou Cível;

Art. 78 - Salvo disposição especial, quando a Comarca for provida de quatro (4) Varas, duas (2) se denominarão Criminais e duas (2) Cíveis, numeradas, respectivamente, 1ª e 2ª, com as atribuições seguintes, além da distribuição respectiva da restante matéria criminal ou cível: (Redação dada pela Lei n.º 11.419/00)

I - ao Juiz da Primeira Vara Criminal, as atribuições do art. 76, inc. I;

II - ao Juiz da Segunda Vara Criminal, as atribuições do art. 76, inc. II.

Art. 79 - Salvo disposição especial, nas Comarcas providas de cinco ou seis Varas, a com-petência será assim distribuída:

I - Primeira e Segunda Varas Criminais e, se for o caso, a Terceira, com a jurisdição crime em geral;

II - Primeira, Segunda e Terceira Varas Cíveis, com a jurisdição cível em geral.

II - 1ª, 2ª e 3ª Varas Cíveis e, se for o caso, a 4ª, com a jurisdição cível em geral. (Vide Lei n.º 9.880/93)

Parágrafo único - Ao Juiz da Primeira Vara Criminal competem, privativamente, as atribui-ções do art. 76, inc. I, e, ao Juiz da Segunda Vara Criminal, as do mesmo artigo, inc. II.

Art. 80 - Salvo disposição especial, nas Comarcas providas de sete ou oito Varas, a com-petência será assim distribuída:

I - Primeira, Segunda e Terceira Varas Criminais, com a jurisdição crime em geral;

II - Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Varas Cíveis e, se for o caso, a Quinta, com a jurisdição cível em geral.

§ 1º - Ao Juiz da Primeira Vara Criminal compete, privativamente, a jurisdição do Júri (art. 73, I); ao Juiz da Segunda Vara, a jurisdição de Menores e, ao Juiz da Terceira Vara, a matéria referente às Execuções Criminais.

§ 2º - A matéria cível será distribuída, sem especifi cação, entre os Juízes das Varas Cíveis.

Art. 81 - Na Comarca de Novo Hamburgo, haverá seis Juízes de Direito, com a competência assim distribuída: (Vide Leis nos 7.785/83 e 8.865/88)

Art. 81 - Na Comarca de Novo Hamburgo, haverá dez (10) Juízes de Direito, com a com-petência assim distribuída: (Redação dada pela Lei n.º 9.880/93)

I - ... VETADO ...jurisdição crime em geral, ... VETADO ...

II - ... VETADO ...a jurisdição cível em geral; (Vide Lei n.º 9.880/93)

III - um Juiz substituto.

Art. 82 - Na Comarca de Caxias do Sul haverá oito Juízes de Direito, com a competência assim distribuída: (Vide Lei n.º 7.896/84)

Arts. 77 a 81

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264

Art. 82 - Na Comarca de Caxias do Sul haverá doze (12) Juízes de Direito, com a compe-tência assim distribuída: (Redação dada pela Lei n.º 9.880/93)

I - dois, nas Varas Criminais, denominadas Primeira e Segunda com a jurisdição crime em geral, cabendo privativamente ao Juiz da Primeira Vara a jurisdição do Júri e ao da Segunda Vara a jurisdição de Menores e Execuções Criminais;

II - quatro, nas Varas Cíveis, denominadas de Primeira a Quarta, com a jurisdição cível em geral;

II - sete (7) nas Varas Cíveis, denominadas de 1ª a 7ª, com a jurisdição cível em geral; (Redação dada pela Lei n.º 9.880/93)

III - um, na Vara de Família e Sucessões, com as atribuições do art. 73, incs. III e IV;

IV - um Juiz substituto.

Art. 83 - Na Comarca de Pelotas haverá onze Juízes de Direito, com a competência assim distribuída: (Vide Leis nos 7.550/81 e 8.320/87)

Art. 83 - Na Comarca de Pelotas haverá quatorze (14) Juízes de Direito, com a competência assim distribuída: (Redação dada pela Lei n.º 9.880/93)

I - um, na Primeira Vara Criminal, com a competência exclusiva do Júri, Menores e Execuções Criminais;

II - três, nas Varas Criminais, denominadas de Segunda, Terceira e Quarta, com a compe-tência criminal em geral;

III - cinco, nas Varas Cíveis, denominadas de Primeira a Quinta, com a jurisdição cível em geral;

III - seis (6), nas Varas Cíveis, denominadas de 1ª a 6ª, com a jurisdição cível em geral; (Redação dada pela Lei n.º 9.880/93)

IV - um, na Vara de Família e Sucessões, com as atribuições do art. 73, incs. III e IV;

V - um Juiz substituto.

Art. 84 - Na Comarca de Porto Alegre, haverá noventa e um Juízes de Direito assim dis-tribuídos:

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá 97 Juízes de Direito, assim distribuídos: (Re-dação dada pela Lei n.º 7.785/83)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá noventa e nove (99) juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 8.151/86)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá cento e um (101) juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 8.420/87)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá cento e trinta e seis (136) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 8.638/88)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá cento e trinta e sete (137) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 8.915/89)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá cento e quarenta e um (141) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 9.460/91)

Arts. 82 e 83

265

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Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre, haverá cento e quarenta e seis (146) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Redação dada pela Lei n.º 9.840/93)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre haverá cento e oitenta (180) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Vide Lei n.º 10.973/97)

Art. 84 - Na comarca de Porto Alegre, haverá 218 (duzentos e dezoito) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Redação dada pela Lei n.º 13.164/09)

Art. 84 – Na comarca de Porto Alegre, haverá 219 (duzentos e dezenove) Juízes de Direito, assim distribuídos: (Redação dada pela Lei n.º 13.895/12)

I - um, na Vara da Direção do Foro, com as atribuições dos incs. I a XXXVI, inclusive, do art. 74, e, ainda, o de cumprir cartas rogatórias e precatórias para inquirição daquelas pessoas que gozam de privilégio legal;

I - um (1), na Vara da Direção do Foro, com as seguintes atribuições: (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

a) as dos incisos I a XXXVI, inclusive, do art. 74; (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

b) cumprir cartas rogatórias, e as precatórias para inquirição daquelas pessoas que gozam de privilégio legal; (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

c) cumprir as cartas precatórias de citação e de intimação cíveis e criminais; (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

d) decretar, independentemente de distribuição, a extinção da punibilidade relativamente a inquéritos policiais por delitos culposos, remetidos a juízo com os prazos prescricionais evidentemente vencidos. (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

I - um, designado na forma do artigo 75, para exercer a função de Diretor do Foro, com as atribuições previstas nos incisos I a XXXII, inclusive, do artigo 74, e outras que lhe forem estabelecidas por ato do Conselho da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 10.050/94)

II - dezesseis, nas Varas Cíveis, denominadas de Primeira a Décima Sexta, com as atribui-ções do art. 73, inc. XI, letra b;

II - trinta e dois, nas Varas Cíveis, denominadas de 1ª a 16ª, com as atribuições do artigo 73, XI, letra b; (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

III - dois, na Vara de Falências e Concordatas, denominados de primeiro e segundo Juiz, com as atribuições do art. 73, inc. XI, letra a;

IV - oito, nas Varas de Família e Sucessões, denominadas de Primeira a Oitava, com as atribuições do art. 73, incs. III e IV;

V - dois, nas Varas dos Feitos da Fazenda Pública Estadual, denominadas de Primeira e Segunda, com competência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul, suas autarquias, empresas públicas, fundações de direito público e sociedades de economia mista;

V - quatro, nas Varas dos Feitos da Fazenda Pública, denominadas de Primeira a Quarta, com competência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre, ou suas autarquias, empresas públicas, fundações de direito público e so-ciedades de economia mista, bem como naqueles em que forem partes outros municípios e suas entidades, quando ajuizadas no Foro da Capital. (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

V - seis (6), nas Varas da Fazenda Pública, denominadas de 1ª a 6ª , com competência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre, ou

Art. 84

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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suas autarquias, empresas públicas, fundações de direito público e sociedades de econo-mia mista, bem como naqueles em que forem partes outros municípios e suas entidades, quando ajuizadas no Foro da Capital. (Vide Lei n.º 8.638/88)

V - onze (11), nas Varas da Fazenda Pública, denominadas de 1ª a 6ª, com competência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre, ou suas autarquias, empresas públicas, fundações de direito público e sociedades de eco-nomia mista, bem como naqueles em que forem partes outros municípios e suas entidades, quando ajuizadas no Foro da Capital. (Vide Lei n.º 9.840/93)

V - dezesseis (16), nas Varas da Fazenda Pública, denominadas de 1ª a 8ª, com compe-tência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre, ou suas autarquias, empresas públicas e fundações de direito público, bem como naqueles em que forem partes outros municípios e suas entidades, quando ajuizados no Foro da Capital; (Redação dada pela Lei n.º 11.984/03)

V - trinta e dois (32), nas Varas da Fazenda Pública, denominadas de 1ª a 16ª, com com-petência nos feitos em que for parte o Estado do Rio Grande do Sul e o Município de Porto Alegre, ou suas autarquias, empresas públicas e fundações de direito público, bem como naqueles em que forem partes outros municípios e suas entidades, quando ajuizados no Foro da Capital; (Redação dada pela Lei n.º 13.164/09)

VI - dois, nas Varas dos Feitos da Fazenda Pública Municipal, denominadas de Primeira e Segunda, com competência nos feitos em que for parte o Município de Porto Alegre ou suas autarquias, empresas públicas, fundações de direito público e sociedades de economia mis-ta, bem como naqueles em que forem partes outros Municípios e suas entidades, quando ajuizadas no Foro da Capital; (REVOGADO pela Lei n.º 7.607/81)

VII - um, na Vara de Acidentes do Trabalho, com as atribuições do art. 73, inc. V, bem como cumprir precatórias cíveis, ressalvado o disposto no art. 109;

VIII - um, na Vara dos Registros Públicos, com as atribuições do art. 73, incs. VI e VII;

IX - um, na Vara de Menores, com jurisdição em todo o território do Município de Porto Alegre, com as atribuições do art. 73, inc. IX, e, especifi camente, executar as sentenças proferidas por Juízes do interior do Estado, referentes a menores, quando o internamento ocorrer em estabelecimento localizado nesta Capital, bem como exercer a atividade admi-nistrativa pertinente ao Juizado;

IX - Dois (2), na Vara de Menores, com jurisdição em todo o território do Município de Porto Alegre, denominados de primeiro e segundo Juiz, com atribuições do artigo 73, inciso IX, distribuídas entre ambos e, especifi camente, mais as seguintes: (Redação dada pela Lei n.º 8.915/89)

a) Ao primeiro Juiz, a atividade administrativa; (Redação dada pela Lei n.º 8.915/89)

b) Ao segundo Juiz, a execução das sentenças proferidas pelos Magistrados do interior do Estado, referentes a menores, quando o internamento ocorrer em estabelecimento locali-zado na Capital; (Redação dada pela Lei n.º 8.915/89)

X - quinze, nas Varas Criminais, denominadas de Primeira a Décima Quinta, com a competência criminal em geral, exceto as atribuições privativas, estabelecidas neste artigo;

Art. 84

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X - quatorze (14), nas Varas Criminais, denominadas de 1ª a 14ª, com a competência criminal em geral, exceto as atribuições privativas, estabelecidas neste artigo; (Vide Lei n.º 9.485/91)

XI - três, nas Varas de Acidentes de Trânsito, denominadas de Primeira, Segunda e Terceira, com competência criminal privativa;

XII - dois, na Vara do Júri, com as atribuições do art. 73, inc. I, cabendo privativamente ao primeiro Juiz as atribuições da letra a;

XII - quatro (4), nas 1ª e 2ª Varas do Júri, com as atribuições do art.73, inc. I, cabendo privativamente ao 1º Juiz de cada Vara as atribuições da letra “a”; (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87)

XIII - um, na Vara das Execuções Criminais, ... VETADO ... competindo-lhe:

XIII - dois (2), na Vara das Execuções Criminais e Corregedoria de Presídios, competindo--lhes: (Vide Lei n.º 8.151/86)

a) exercer as atribuições do art. 73, inc. II, letras b e c, deste Código, e as previstas no Código de Processo Penal, com relação aos sentenciados da Capital e aos do interior, reco-lhidos a estabelecimentos nela localizados e nas Penitenciárias do Jacuí, Mariante, e Colônia Penal, ressalvada a competência do Presidente do Tribunal de Justiça;

b) inspecionar, periodicamente, os estabelecimentos mencionados na letra anterior, para fi scalizar o cumprimento das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança;

c) realizar, pelos menos uma vez por mês, audiências em cada um dos estabelecimentos penitenciários sujeitos à sua jurisdição, onde disporá de gabinete apropriado e em condução fornecida pela Corregedoria-Geral da Justiça.

XIV - sete, nas Varas Cíveis Regionais, denominadas de Primeira a Sétima, com a jurisdição cível em geral, excetuada a privativa das Varas da Fazenda Pública, Falências e Concordatas, Acidentes do Trabalho, Registros Públicos e Menores;

XIV - oito (8) nas varas cíveis regionais, com a jurisdição cível em geral, excetuada a privativa das varas da Fazenda Pública, Falências e Concordatas, Acidentes do Trabalho, Registros Públicos e Menores; (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

XIV - nove (9) nas varas cíveis regionais, com a jurisdição cível em geral, excetuada a privativa das varas da Fazenda Pública , Falências e Concordatas, Acidentes de Trabalho, Registros Públicos e Menores; (Vide Lei n.º 8.151/86)

XIV - doze (12) nas Varas Cíveis regionais, com a jurisdição cível em geral, excetuada a privativa das varas da Fazenda Pública , Falências e Concordatas, Acidentes de Trabalho, Registros Públicos e Menores; (Vide Lei n.º 8.638/88)

XV - três, nas Varas Criminais Regionais, denominadas de Primeira a Terceira, com a ju-risdição crime em geral, excetuada a privativa das Varas do Júri e Execuções Criminais;

XV - oito (8) nas varas criminais regionais, com a jurisdição crime em geral, excetuada a privativa das varas do Júri e Execuções Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

XV - oito (08) nas Varas Criminais Regionais, com a jurisdição crime em geral, excetuada a privativa das Varas do Júri, Execuções Criminais e de Acidentes de Trânsito. (Redação dada pela Lei n.º 9.266/91)

Art. 84

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XV - nove (09) nas Varas Criminais Regionais, com a jurisdição crime em geral, excetuada a priva-tiva das Varas do Júri, Execuções Criminais e de Acidentes de Trânsito; (Vide Lei n.º 9.485/91)

XVI - seis, com a designação de Juízes Corregedores, nos Serviços Auxiliares da Corregedoria;

XVI - dez (10), com a denominação de Juízes Corregedores, nos Serviços Auxiliares da Corregedoria; (Vide Lei n.º 8.638/88)

XVI - quinze (15), com a denominação de Juízes Corregedores, nos Serviços Auxiliares da Corregedoria. (Vide Lei n.º 9.460/91)

XVI - dezesseis (16), com a denominação de Juízes-Corregedores, nos Serviços Auxiliares da Corregedoria. (Vide Lei n.º 10.973/97)

XVI - dezessete (17), com a denominação de Juízes-Corregedores, nos Serviços Auxiliares da Corregedoria; (Redação dada pela Lei n.º 13.895/12)

XVII - vinte Juízes substitutos, com as seguintes atribuições:

XVII - trinta (30) Juízes Substitutos, com as seguintes atribuições: (Vide Lei n.º 8.638/88)

a) substituir os titulares das Varas, nos seus impedimentos, férias, licenças, ou, ainda, em casos de vacância;

b) jurisdicionar, cumulativamente com o titular, a Vara submetida a regime de exceção;

c) julgar os processos que lhes forem redistribuídos, quando não estiverem no exercício de substituição;

d) jurisdicionar o serviço de plantão. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

Art. 85 - Transitada em julgado a sentença condenatória, o Juiz determinará a remessa imediata dos autos ao Juizado das Execuções Criminais, passando à disposição deste os respectivos sentenciados. Igual providência tomará o Juiz do interior, no que concerne aos apenados referidos na letra a, do inc. XIII, do art. 83 fi cando em cartório traslado das peças essenciais, referidas no art. 603, do Código de Processo Penal, dos autos remetidos.

Art. 86 - No caso de cumulação de pedidos da competência de Juízes de diferentes Varas, prevale-cerá sobre a das Cíveis a competência das Varas privativas e, na concorrência destas, a preferência será regulada na seguinte ordem: feitos da Fazenda Pública e Família e Sucessões; na concorrência entre as Varas de Família e Sucessões e Menores, prevalecerá a competência da primeira.

CAPÍTULO VIIDOS PRETORES

Art. 87 - A competência dos Pretores limitar-se-á:

I - processar e julgar as seguintes causas cíveis, de valor não excedente a cinqüenta vezes o maior valor de referência, vigente à data do ajuizamento da demanda, ressalvadas as de competência privativa dos Juízes de Direito:

a) processos de conhecimento sob rito comum;

b) processos de execução por títulos extrajudiciais, previstos no art. 585, itens I e IV, do Código de Processo Civil;

Arts. 84 a 86

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c) ações de despejo de prédios urbanos e rurais, e de consignação em pagamento relativas a aluguéis ou arrendamentos;

d) ações fundadas em contratos de alienação fi duciária;

e) processos de execução e processos cautelares relacionados com as ações referidas nos itens anteriores;

f) processos de execução, processos cautelares e embargos de terceiro relacionados com as ações referidas nos itens anteriores;

II - processar e julgar as contravenções, bem como os crimes a que sejam cominadas penas de detenção e/ou multa;

III - executar as sentenças criminais que proferirem, salvo onde houver juízo privativo;

IV - arbitrar e conceder fi anças, nos feitos de sua competência;

V - cumprir precatórias, salvo nos feitos de competência privativa do Juiz de Direito.

VI - decidir os pedidos de gratuidade da Justiça, nos feitos de sua competência;

VII - auxiliar o Juiz de Menores, conforme dispuser o Conselho da Magistratura;

VIII - na ausência ou impedimento do Juiz de Direito titular da Comarca ou Vara, deter-minar a distribuição de petições iniciais cíveis e de inquéritos ou denúncias criminais, bem como proferir, em casos urgência, despachos de mero expediente em causas cíveis não compreendidas no item I;

IX - autenticar, por delegação do Juiz de Direito, livros de ofícios judiciais e extrajudiciais;

X - exercer, na ausência do Juiz de Direito e em casos urgentes, atribuições administra-tivas a este reservadas, excluída a expedição de provimento e a adoção de decisões ou providências que possam aguardar o pronunciamento do Magistrado titular ou substituto;

XI - exercer atividade censória, nos processos de sua competência.

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura, por proposta da Corregedoria-Geral da Justiça, poderá estabelecer, nos limites da competência prevista no presente artigo, planos de trabalho individuais ou coletivos, observadas as peculiares necessidades da Comarca ou Vara.

Art. 87 - A competência dos pretores limitar-se-á a: (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

I - processar e julgar as seguintes causas cíveis, de valor não excedente a cinqüenta vezes o maior valor de referência, vigente à data do ajuizamento da demanda, ressalvadas as de competência privativa dos Juízes de Direito: (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

I - processar e julgar as seguintes causas cíveis, de valor não excedente a cinqüenta (50) vezes o salário mínimo, vigente à data de ajuizamento da demanda, ressalvadas as de competência dos Juízes de Direito; (Redação dada pela Lei n.º 9.177/90)

I - processar e julgar as seguintes causas cíveis de valor não excedente a 60 (sessenta) vezes o salário mínimo vigente à data de ajuizamento da demanda, ressalvadas as de competência dos Juízes de Direito: (Redação dada pela Lei n.º 11.984/03)

a) Processos de conhecimento sob rito comum; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

b) Processos de execução por títulos extrajudiciais, previstos no art. 585, I e IV, do Código de Processo Civil; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

Art. 87

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c) ações de despejo de prédios urbanos e rurais e de consignação em pagamento relativas a aluguéis ou arrendamentos; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

c) ações de despejo de prédios urbanos e rurais; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

d) ações fundadas em contrato de alienação fi duciária; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

d) ações de consignação em pagamento; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

e) processos de execução, processos cautelares e embargos de terceiro relacionados com as ações referidas nos itens anteriores; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

e) ações fundadas em contrato de alienação fi duciária; (Redação dada pela Lei n.º 8.353/87)

f) processos de execução, processos cautelares e embargos de terceiro relacionados com as ações referidas nos itens anteriores; (Incluído pela Lei n.º 8.353/87)

II - processar inventários e arrolamentos de qualquer valor e julgar os de valor não superior a 500 valores de referência, sempre ressalvado o exame de disposições testa-mentárias, questões de estado ou qualquer matéria de alta indagação; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

II - processar inventários e arrolamentos de qualquer valor e julgar os de valor não superior a mil (1.000) salários mínimos, sempre ressalvado o exame de disposições tes-tamentárias, questões de estado ou qualquer matéria de alta indagação; (Redação dada pela Lei n.º 9.177/90)

III - processar e julgar as contravenções, bem como os crimes a que sejam cominadas penas de detenção e/ou multa; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

IV - processar, até o encerramento da instrução, os crimes a que seja cominada pena de reclusão, quando a comarca ou vara estiver em regime de substituição; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

V - executar as sentenças criminais que proferirem, salvo onde houver juízo privativo; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

VI - arbitrar e conceder fi anças, nos feitos de sua competência; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

VII - cumprir precatórias, salvo nos feitos de competência privativa do Juiz de Direito; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

VIII - decidir os pedidos de gratuidade da Justiça, nos feitos de sua competência; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

IX - auxiliar o Juiz de Menores, conforte dispuser o Conselho da Magistratura; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

X - proferir despachos de expediente nas causas em geral, inclusive nas de valor superior a cinqüenta vezes o maior valor de referência, quando a comarca ou vara estiver em regime de substituição; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

X - proferir despachos de expediente nas causas em geral, inclusive nas de valor superior ao referido nos incisos I e II deste artigo, quando a Comarca ou Vara estiver em regime de substituição; (Redação dada pela Lei n.º 9.177/90)

Art. 87

271

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XI - autenticar, por delegação do Juiz de Direito, livros de ofícios judiciais e extrajudiciais; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

XII - exercer, quando a comarca ou vara estiver em regime de substituição, atribuições administrativas, conforme dispuser provimento da Corregedoria-Geral da Justiça; (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

XIII - exercer atividade censória, nos processos de sua competência. (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura, por proposta da Corregedoria-Geral da Justiça, poderá estabelecer, nos limites da competência estabelecida no presente artigo, planos de trabalho individuais ou coletivos, observadas as peculiaridades e necessidades da comarca ou vara.

Art. 88 - No caso de impedimento ou falta do Pretor, o Conselho da Magistratura disporá sobre sua respectiva substituição.

CAPÍTULO VIIIDOS JUÍZES DE PAZ

Art. 89 - Em cada zona do registro civil e nos Distritos, haverá um Juiz de Paz, a quem competirá presidir o ato do casamento civil.

§ 1º - O Juiz de Paz terá dois suplentes, denominados de primeiro e segundo.

§ 2º - Aos Juízes de Paz dos Distritos rurais e das sedes de Municípios sem serviços judi-ciários instalados competirá também:

I - conciliar as partes, que, espontaneamente, recorrerem ao seu juízo, vedada a cobrança de quaisquer custas ou emolumentos por esta intervenção;

II - nomear e compromissar promotores “ad hoc” para afi ciar nas habilitações de casamento, quando se fi zer necessário.

TÍTULO IIIDOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

CAPÍTULO IDA CLASSIFICAÇÃO

Art. 90 - Os Serviços Auxiliares da Justiça são constituídos pelos ofícios que integram o Foro judicial e o extrajudicial e, bem assim, os das Secretarias dos Tribunais de Justiça e de Alçada.

Art. 90 - Os Serviços Auxiliares da Justiça são constituídos pelos ofícios que integram o Foro Judicial e o Extrajudicial e, bem assim, o das Secretarias do Tribunal de Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 91 - Os ofícios do Foro Judicial, pelos quais tramitam os processos de qualquer na-tureza, compreendem:

Arts. 87 a 91

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1º) Cartórios privativos de Varas Criminais;

2º) Cartórios privativos de Varas Cíveis;

3º) Cartórios privativos de Varas Especializadas;

4º) Cartórios Judiciais não Privativos;

5º) Cartórios de Distribuição;

6º) Cartórios de Contadoria;

7º) Cartórios de Distribuição e Contadoria.

Art. 92 - Os ofícios do Foro Extrajudicial nos quais são lavradas as declarações de vontade e executados os atos decorrentes da legislação sobre registros públicos compreendem:

1º) Tabelionatos;

2º) Ofícios do Registro de Imóveis;

3º) Ofícios do Registro Civil das Pessoas Naturais;

4º) Ofícios do Registro Civil das Pessoas Jurídicas;

5º) Ofícios do Registro de Títulos e Documentos;

6º) Ofícios de Protestos Cambiais;

7º) Ofícios dos Registros Públicos;

8º) Ofícios dos Registros Especiais;

9º) Ofícios Distritais.

Art. 93 - A organização e classifi cação dos Serviços Auxiliares dos Tribunais de segunda instância são defi nidos nos respectivos Regimentos Internos e Regulamentos.

Art. 93 - A organização e classifi cação dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça são defi nidos nos respectivos Regimento Interno e Regulamentos. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 94 - A cada Vara corresponderá um cartório, privativo ou não, com as atribuições correspondentes à competência do respectivo Juiz.

Art. 95 - Nas Comarcas que disponham de quatro ou mais Varas, a estas corresponderão o número de cartórios e sua denominação, os quais terão serviços privativos de acordo com os das respectivas Varas.

Art. 96 - Nas Varas Regionais e nas Comarcas do interior do Estado, as atribuições de Contador e Distribuidor serão reunidas num só cartório.

Parágrafo único - Nos Ofícios Distritais, quando for o caso, as atribuições do Contador fi cam a cargo do respectivo ofi cial.

Art. 97 - Sob a denominação de Ofício dos Registros Públicos podem ser reunidos em um só Ofício o Registro de Imóveis, o Registro Civil das Pessoas Naturais e das Pessoas Jurídicas, o de Títulos e Documentos e o de Protestos Cambiais.

Art. 98 - Sob a denominação de Ofício dos Registros Especiais podem ser reunidos o Re-gistro Civil das Pessoas Jurídicas, o de Títulos e Documentos e o de Protestos Cambiais.

Arts. 91 a 98

273

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CAPÍTULO IIDAS CATEGORIAS E CLASSES FUNCIONAIS DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA

Art. 99 - Considerada a classifi cação dos ofícios e o âmbito das respectivas atribuições funcionais, três são as categorias de servidores:

a) servidores judiciais;

b) servidores extrajudiciais;

c) servidores de categoria especial.

Parágrafo único - Gozam de fé pública, sendo denominados serventuários, os titulares de ofícios do Foro judicial e extrajudicial, os Ofi ciais Ajudantes, os Ofi ciais de Justiça e, quando em substituição ou se juramentados, os Ofi ciais Escreventes.

Art. 100 - Na categoria especial fi cam reunidos os funcionários cujas atribuições não di-gam respeito, diretamente, à atividade judicial, bem como os de categoria administrativa da Vara de Menores.

SEÇÃO IDOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL

Art. 101 - Nos ofícios enumerados no art. 91, serão lotados os seguintes servidores:

1º) Escrivão;

2º) Distribuidor;

3º) Contador Judiciário;

4º) Distribuidor-Contador;

5º) Ofi cial Ajudante;

6º) Ofi cial Escrevente;

7º) Atendente Judiciário; (Vide Lei n.º 9.074/90)

8º) Ofi cial de Justiça;

9º) Comissário de Menores; (Vide Lei n.º 10.720/96)

10º) Comissário de Vigilância;

11º) Assistente Social Judiciário.

Art. 102 - Na Comarca da Capital, as funções gratifi cadas de Depositário Judicial e Avalia-dor Judicial serão exercidas por servidores judiciais, designados pelo Juiz Diretor do Foro.

Parágrafo único - Nas Comarcas do interior do Estado, as funções previstas neste artigo serão exercidas, em cada processo, por pessoas nomeadas e compromissadas pelo Juiz do feito, que lhes arbitrará remuneração.

Art. 102 - As funções gratifi cadas de Depositário Judicial e de Avaliador Judicial serão exer-cidas por servidor judicial, designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, sob proposta fundamentada do Juiz de Direito Diretor do Foro. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Arts. 99 a 102

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274

§ 1º - Na comarca de Porto Alegre, haverá uma função gratifi cada de Depositário Judicial e uma função gratifi cada de Avaliador Judicial; nas demais comarcas, haverá uma função gratifi cada de Depositário-Avaliador Judicial. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

§ 2º - Em casos excepcionais, tendo em vista a natureza do bem ou direito a ser avaliado, ou do bem a ser depositado, a função de Avaliador ou de Depositário poderá ser exercida por pessoa nomeada e compromissada pelo Juiz do feito, que lhe arbitrará a remuneração. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

SEÇÃO IIDOS SERVIDORES DO FORO EXTRAJUDICIAL

Art. 103 - Os servidores do Foro extrajudicial são os titulares dos ofícios enumerados no art. 92 e os funcionários auxiliares nomeados em conformidade com a lei de ofi cialização das serventias.

Art. 103 - São servidores do Foro Extrajudicial: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

I - sob regime ofi cializado: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

1 - os registradores públicos, assim compreendidos: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

a) Ofi ciais do Registro de Imóveis; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

b) Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

c) Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

d) Ofi ciais do Registro de Títulos e Documentos; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

e) Ofi ciais de Protestos de Títulos Cambiais; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

f) Ofi ciais dos Registros Públicos; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

g) Ofi ciais dos Registros Especiais; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

2 - os Ofi ciais Ajudantes de Registros Públicos; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

3 - os Ofi ciais Escreventes do Foro Extrajudicial; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

4 - os Atendentes do Foro Extrajudicial; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

II - sob o regime privatizado de custas: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

1 - Tabeliães; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

2 - Ofi ciais Distritais e Ofi ciais de Sede Municipal. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Art. 104 - Os auxiliares do Foro extrajudicial, nas serventias não ofi cializadas, serão admitidos pelos titulares dos respectivos ofícios, na condição de empregados, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, mediante contrato homologado pelo Diretor do Foro e aprovado pelo Corregedor-Geral da Justiça.

Parágrafo único - Os servidores titulares destes ofícios extrajudiciais (art. 92) poderão indicar ajudantes, escolhidos entre auxiliares previstos neste artigo, os quais serão designados pelo Juiz Diretor do Foro, depois de submetidos à prova de habilitação e aprovação pelo Corregedor-Geral da Justiça, com as seguintes atribuições:

Arts. 102 a 104

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I - praticar, simultaneamente com o ofi cial, os atos concernentes ao ofício, ressalvados os da competência privativa do titular;

II - substituir o titular em suas férias, faltas e impedimentos e responder pelo ofício em caso de vacância.

CAPÍTULO IIIDA ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL

SEÇÃO IDA ORGANIZAÇÃO

Art. 105 - Os Ofícios e serviços do Foro judicial são ofi cializados e os respectivos cargos isolados, de provimento efetivo, serão providos mediante concurso público, obedecidos os critérios e exigências da lei.

Parágrafo único - As taxas e custas previstas em lei serão recolhidas aos cofres do Estado.

SEÇÃO IIDAS ATRIBUIÇÕES

SUBSEÇÃO IDOS ESCRIVÃES

Art. 106 - Aos Escrivães, privativos ou não, incumbe:

Art. 106 - Aos Escrivães incumbe: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

1 - chefi ar, sob a supervisão e direção do Juiz, o cartório em que estiver lotado;

2 - escrever, observada a forma prescrita, todos os termos dos processos e demais atos praticados no juízo em que servirem;

3 - atender às audiências marcadas pelo Juiz e acompanhá-lo nas diligências;

4 - elaborar diariamente, na Comarca da Capital e naquelas em que houver órgão de publi-cação dos atos ofi ciais (Código de Processo Civil, arts. 236 e 237), a nota de expediente, que deve ser publicada, afi xando também uma cópia em local público;

5 - zelar pela arrecadação da taxa judiciária, custas e demais exigências fi scais e outros valores recebidos, providenciando no seu depósito em estabelecimento devidamente autorizado;

5 - zelar pela arrecadação da taxa judiciária, custas e demais exigências fi scais e outros quaisquer valores devidos pelas partes, expedindo as guias para o respectivo depósito, diretamente pela parte ou seu procurador, em estabelecimento autorizado. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

6 - preparar, diariamente, o expediente do Juiz;

7 - ter em boa guarda os autos, livros e papéis de seu cartório;

8 - recolher ao Arquivo Público, depois de vistos em correição, os autos, livros e papéis fi ndos;

Arts. 104 a 106

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276

9 - manter classifi cados e em ordem cronológica todos os autos, livros e papéis a seu cargo, organizando e conservando atualizados índices e fi chários;

10 - entregar, mediante carga, a juiz, Promotor ou Advogado, autos conclusos ou com vista;

11 - remeter à Corregedoria-Geral da Justiça, ao fi m de cada bimestre, demonstrativo do movimento forense do seu cartório;

12 - fornecer certidão, independentemente de despacho, do que constar nos autos, livros e papéis do seu cartório, salvo quando a certidão se referir a processo:

a) de interdição, antes de publicada a sentença;

b) de arresto ou seqüestro, antes de realizado;

c) formado em segredo de Justiça (Código de Processo Civil, art. 155);

d) penal, antes da pronúncia ou sentença defi nitiva;

e) especial, contra menor;

f) administrativo, de caráter reservado;

13 - extrair, autenticar, conferir e consertar traslados;

14 - autenticar reproduções de quaisquer peças ou documentos de processos;

15 - manter e escriturar o livro Protocolo-Geral e os demais livros de uso obrigatório;

16 - certifi car, nas petições, o dia e hora de sua apresentação em cartório;

17 - realizar todos os atos que lhes forem atribuídos pelas leis processuais, por este Có-digo, e em resoluções do Conselho da Magistratura e da Corregedoria-Geral da Justiça;

18 - fi scalizar e zelar pela freqüência e observância dos horários, com relação aos demais servidores do cartório.

§ 1º - Nos casos previstos no inc. 12, os Escrivães e os Ofi ciais não poderão fornecer informações verbais sobre o estado e andamento dos feitos, salvo às partes e a seus procuradores.

§ 2º - As certidões, nos casos enumerados no inc. 12, somente serão fornecidos mediante petição deferida pelo Juiz competente.

§ 3º - Do indeferimento, sempre fundamentado, caberá recurso voluntário para o Conselho da Magistratura.

Art. 107 - Quando não puder realizar intimação fora do cartório, o Escrivão, au-torizado pelo Juiz, extrairá mandado para que a diligência seja efetuada por Oficial de Justiça.

Art. 108 - O expediente administrativo do Diretor do Foro, as cartas rogatórias, as precatórias para citação, notificação, intimação e para inquirição das pessoas a quem a lei confere o privilégio de indicar local e hora para serem inquiridas, bem como a expedição de Alvará de folha-corrida, serão atendidos na Comarca de Porto Alegre pelo Escrivão da Vara da Direção do Foro, e, nas do interior do Estado, pelo Escrivão designado.

Arts. 106 a 108

277

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SUBSEÇÃO IIDOS DISTRIBUIDORES

Art. 109 - Aos Distribuidores incumbe a distribuição dos feitos, observadas as seguintes normas:

I - cada feito será lançado na ordem rigorosa de sua apresentação, não podendo ser reve-lado a quem caberá a distribuição;

II - além do registro dos feitos no livro respectivo serão organizados índices alfabéticos, facultando o uso de fi chário ou computador;

III - os livros dos Distribuidores obedecerão aos modelos estabelecidos pela Corregedoria--Geral da Justiça.

Art. 110 - No Foro Centralizado da Comarca de Porto Alegre haverá dois Distribuidores, que utilizarão o serviço de computação de dados.

§ 1º - Ao primeiro incumbe a distribuição das causas cíveis, comerciais, da Fazenda Pública e de outras que lhes sejam dependentes.

§ 2º - Ao segundo incumbe a distribuição dos feitos de família e sucessões, criminais e a de outros que lhes sejam dependentes.

Art. 110 - No foro centralizado e nos foros regionais da comarca de Porto Alegre, bem como nas comarcas do interior de maior movimento forense, será utilizado na distribuição o serviço de computação de dados. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Art. 111 - Junto às Varas Regionais do Passo da Areia e da Tristeza haverá, em cada uma dessas regiões, um Contador-Distribuidor (art. 96)

Art. 111 - Junto a cada uma das Varas Regionais da Tristeza, do Sarandi, do Alto Petró-polis e do Partenon haverá um cargo de Distribuidor-Contador (art. 96). (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

SUBSEÇÃO IIIDOS CONTADORES JUDICIÁRIOS

Art. 112 - Aos Contadores Judiciários incumbe:

I - contar salários, emolumentos e custas judiciais, de acordo com o respectivo Regimento, expedindo guias de recolhimento, ao Tesouro do Estado, quando for o caso;

II - proceder ao cômputo de capitais, seu rendimento e atualização, juros, penas conven-cionais, multas e honorários de Advogado;

III - proceder aos cálculos de liquidação de impostos e taxas;

IV - proceder a todos os cálculos aritméticos que nos feitos se tornem necessários;

V - lançar esboços de partilha;

VI - remeter, mensalmente, às entidades de classe, contempladas em lei, as quantias recolhidas, bem como o mapa demonstrativo, conferido pelos Escrivães respectivos, observadas as determinações da Corregedoria-Geral da Justiça.

Arts. 109 a 112

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278

Art. 113 - Nenhum processo será encaminhado à segunda instância ou poderá ter a execução iniciada, sem que o Juiz haja visado a respectiva conta de custas.

SUBSEÇÃO IV DOS OFICIAIS AJUDANTES

Art. 114 - Os Ofi ciais Ajudantes podem, concomitantemente com o Escrivão, Distribuidor ou Contador Judiciário, praticar todos os atos do ofício.

Art. 115 - Compete, ainda, aos Ofi ciais Ajudantes exercer, em substituição, as funções do titular do cartório, em suas faltas e impedimentos ou, no caso de vaga, até o seu provimento.

SUBSEÇÃO VDOS OFICIAIS ESCREVENTES

Art. 116 - Aos Ofi ciais Escreventes incumbe: (Vide Lei n.º 8.353/87)

I - auxiliar o Juiz, inclusive realizando pesquisas de jurisprudência e doutrina;

II - substituir o Escrivão, quando designado, desde que não haja Ofi cial Ajudante ou este esteja impedido;

III - atuar nas audiências, datilografando os respectivos termos;

IV - datilografar sentenças, decisões e despachos;

V - exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz ou pelo titular da serventia.

Parágrafo único -Na Comarca da Capital e nas de terceira entrância, a função do item I será exercida privativamente por um Ofi cial Escrevente indicado pelo Juiz titular da Vara.

§ 1º - Na Comarca da Capital e nas de terceira entrância, a função do item I será exercida por Ofi cial Escrevente da Vara, mediante indicação do respectivo Juiz titular. (Redação dada pela Lei n.º 7.785/83)

§ 1º - Na Comarca da Capital e nas de entrância intermediária, a função do item I será exercida Ofi cial Escrevente da vara, mediante indicação do respectivo Juiz titular. (Vide Lei n.º 8.838/89)

§ 2º - O Ofi cial Escrevente poderá ser designado para exercer a função de Ofi cial Ajudante, desde que este cargo, criado em Lei, esteja vago ou seu titular licenciado por prazo supe-rior a trinta dias, vedada mais de uma designação para cada ofício judicial. A designação prevista neste parágrafo não pode ser cumulada com a referida no parágrafo anterior. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

SUBSEÇÃO VIDOS ATENDENTES JUDICIAISDO ATENDENTE JUDICIÁRIO

(VIDE LEIS NOS 7.785/83 E 9.074/90)

Art. 117 - Aos Atendentes Judiciais incumbe:

Arts. 113 a 116

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Art. 117 - Aos Atendentes Judiciários incumbe: (Vide Lei n.º 7.785/83)

I - executar os serviços de expediente e de atendimento e exercer as funções de protoco-lista, arquivista, datilógrafo e estafeta;

II - exercer outras atribuições que lhes forem atribuídas pelo Juiz ou Chefe do Cartório.

SUBSEÇÃO VIIDOS OFICIAIS DE JUSTIÇA

Art. 118 - Aos Ofi ciais de Justiça incumbe:

I - realizar, pessoalmente, as citações e demais diligências ordenadas pelos Juízes;

II - lavrar certidões e autos das diligências que efetuarem, bem como afi xar e desafi xar editais;

III - cumprir as determinações dos Juízes;

IV - apregoar os bens que devam ser arrematados, assinando os respectivos autos;

V - cumprir as demais atribuições previstas em lei ou regulamento.

§ 1º - Quando, em virtude de execução por título judicial ou extrajudicial, o devedor, cita-do para pagamento, o atender, o Ofi cial de Justiça que efetuar o recebimento deverá, de imediato, recolher as importâncias recebidas ao cartório em que tramita o feito, portando, por fé, o respectivo ato.

§ 2º - A infração ao disposto no parágrafo anterior sujeita o servidor à pena de multa, ou de suspensão em caso de reincidência.

Art. 119 - Em suas faltas e impedimentos, os Ofi ciais de Justiça serão substituídos, se-gundo escala ou designação do Diretor do Foro e, não sendo isso possível, por quem o Juiz do feito nomear “ad hoc”.

SUBSEÇÃO VIIIDOS COMISSÁRIOS DE MENORES

(VIDE LEI N.º 10.720/96)

Art. 120 - Aos Comissários de Menores incumbe proceder a todas as diligências previstas na legislação especial de menores e executar as determinações do respectivo Juiz.

SUBSEÇÃO IXDOS COMISSÁRIOS DE VIGILÂNCIA

Art. 121 - Aos Comissários de Vigilância incumbe:

I - proceder a todas as investigações relativas aos sentenciados colocados em serviços de utilidade pública, informando ao Juiz das Execuções Criminais sobre o cumprimento das obrigações a eles impostas;

II - fi scalizar o cumprimento das condições impostas aos liberados condicionais e aos be-nefi ciados por suspensão condicional da pena;

III - cumprir as determinações do Juiz das Execuções Criminais.

Arts. 117 a 120

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Art. 121 - Aos Comissários de Vigilância incumbe: (Redação dada pela Lei n.º 8.151/86)

I - proceder pessoalmente a todas as investigações relativas aos sentenciados colocados em trabalho externo, tanto em serviços ou obras públicas da Administração direta ou indireta como em entidades privadas, informando ao Juiz das Execuções Criminais e Corregedoria de Presídios sobre o cumprimento das obrigações a eles impostas; (Redação dada pela Lei n.º 8.151/86)

II - fi scalizar pessoalmente o cumprimento das condições impostas aos liberados condicionais e aos benefi ciados por suspensão condicional da pena; (Redação dada pela Lei n.º 8.151/86)

III - fi scalizar pessoalmente o cumprimento, pelo sentenciado, das penas restritivas de direi-tos enumeradas no artigo 43 do Código Penal ou em outras leis penais, informando ao Juiz das Execuções Criminais e Corregedoria de Presídios; (Redação dada pela Lei n.º 8.151/86)

IV - atender a outros encargos que lhes forem cometidos por lei ou regulamento e cum-prir as determinações e mandados do Juiz das Execuções Criminais. (Redação dada pela Lei n.º 8.151/86)

SUBSEÇÃO XDOS DEPOSITÁRIOS

Art. 122 - Aos servidores ou pessoas designadas ou nomeadas depositários (art. 102) incumbe a guarda, conservação e administração dos bens que lhes forem confi ados, observando o que a respeito dispuser a legislação processual, regulamentos e provimentos.

SUBSEÇÃO XIDOS ASSISTENTES SOCIAIS JUDICIÁRIOS

Art. 123 - Aos Assistentes Sociais Judiciários incumbe pesquisar, estudar e diagnosticar os problemas sociais nos feitos que, a critério do Juiz, o exijam.

SUBSEÇÃO XIIDOS AVALIADORES

Art. 124 - Aos Avaliadores (art. 102) incumbem as atribuições que lhes são conferidas pelas leis processuais.

CAPÍTULO IVDA ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO FORO EXTRAJUDICIAL

SEÇÃO IORGANIZAÇÃO

Art. 125 - As funções dos titulares de ofício do Foro extrajudicial serão exercidas por ofi ciais públicos, ocupantes de cargos isolados de provimento efetivo, mediante concurso público.

Arts. 121 a 124

281

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Art. 125 - As serventias do foro extrajudicial são ofi cializadas, excetuados os Tabelionatos e os Ofícios Distritais e de Sede Municipal, e os respectivos cargos isolados, de provimento efetivo, serão providos mediante concurso público, obedecidos os critérios e exigências da lei. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Parágrafo único - As taxas e custas previstas em lei serão recolhidas aos cofres do Estado, salvante as custas devidas aos tabeliães e aos Ofi ciais Distritais e de Sede Municipal. (Re-dação dada pela Lei n.º 8.131/86)

SEÇÃO IIDAS ATRIBUIÇÕES

SUBSEÇÃO IDOS TABELIÃES

Art. 126 - Aos Tabeliães compete:

I - lavrar instrumentos públicos;

II - extrair, por meio datilográfi co ou reprográfi co, certidões de instrumentos públicos e de documentos arquivados;

III - autenticar, mediante conferência com os respectivos originais, cópias reprográfi cas;

IV - autenticar com sinal público e raso os atos que expedir em razão de ofício;

V - reconhecer letras, fi rmas e chancelas;

VI - aprovar testamentos cerrados;

VII - tirar, conferir e concertar públicas-formas.

Parágrafo único - As públicas-formas passadas por um Tabelião serão conferidas e concer-tadas por outro e onde houver um só, por outro ofi cial designado.

Art. 127 - Integra a atividade notarial, no plano profi ssional:

I - avaliar a identidade, capacidade e representação das partes;

II - aconselhar, com imparcialidade e independência, a todos os integrantes da relação negocial, instruindo-os sobre a natureza e as conseqüências do ato que pretendem realizar;

III - redigir, em estilo correto, conciso e claro, os instrumentos públicos, utilizando os meios jurídicos mais adequados à obtenção dos fi ns visados;

IV - apreciar, em negócios imobiliários, a prova dominial.

Art. 128 - O Tabelião, como autor do instrumento público, não está vinculado a minutas que lhe forem submetidas, podendo revisá-las ou negar-lhes curso.

Art. 129 - É facultado ao Tabelião realizar, ante repartições públicas em geral e registros públicos, todas as gestões e diligências necessárias ou convenientes ao preparo ou à efi -cácia dos atos notariais.

Art. 130 - É livre às partes a escolha do Tabelião.

Arts. 125 a 130

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282

Art. 131 - Os Tabeliães poderão, salvo na lavratura dos testamentos, tomar declarações de pessoas que não saibam falar o vernáculo, se eles e as testemunhas do ato conhecerem o idioma do declarante, portando por fé o serventuário essa circunstância e a afi rmação das testemunhas de estar a intenção daquele traduzida com exatidão no texto lavrado em língua nacional.

Art. 132 - As declarações das pessoas, cujo idioma não for conhecido do Tabelião e das testemunhas, só serão tomadas depois de traduzidas por tradutor público e, se não houver, por intérprete nomeado pelo Diretor do Foro.

Art. 133 - Os atos relativos às disposições testamentárias são privativos do Tabelião.

Art. 134 - Incumbe ao Tabelião:

I - remeter, logo após sua investidura, ao Tribunal de Justiça, à Corregedoria-Geral da Justiça, ao Registro de Imóveis de sua Comarca e às Secretarias de Justiça e da Fazenda fi cha com sua assinatura e sinal público, incumbindo igual obrigação aos seus Ofi ciais--Ajudantes;

II - manter fi chário de cartões de autógrafos;

III - manter, pelo patronímico das partes, fi chário dos atos lavrados;

IV - exigir o prévio pagamento dos impostos devidos em atos notariais;

V - consignar, em livro próprio, a aprovação de testamentos cerrados;

VI - comunicar ao ofício imobiliário competente as escrituras de constituição de dote;

VII - lançar em livro privativo, por transcrição ou arquivamento de próprio documento, as procurações e as autorizações judiciais aludidas em atos notariais, nestes referindo apenas o número do respectivo registro;

VIII - recolher ao Arquivo Público, após vistos em correição, os livros fi ndos;

IX - guardar sigilo profi ssional, não só sobre os fatos referentes ao negócio mas também em relação a confi dências feitas pelas partes, ainda que estas não estejam diretamente ligadas ao objeto do ajuste.

Art. 135 - O Tabelião que infringir os deveres de seu ofício responderá pessoalmente por todos os danos a que der causa.

Art. 136 - O Tabelião só pode lavrar atos de sua atribuição dentro do território do Município para o qual foi nomeado.

Art. 137 - Os livros do Tabelionato obedecerão a modelos uniformes estabelecidos pelo Corregedor-Geral da Justiça, a quem também incumbirá autorizar o uso de livros de folhas soltas.

SUBSEÇÃO IIDOS OFICIAIS DO REGISTRO DE IMÓVEIS

Art. 138 - Aos Ofi ciais do Registro de Imóveis compete exercer as atribuições que lhes são conferidas pela legislação sobre Registros Públicos e outras leis especiais.

Arts. 131 a 138

283

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Art. 139 - A cada Município corresponderá um Ofício do Registro de Imóveis, autônomo ou aglutinado a outros ofícios.

Art. 139 - Nas comarcas compostas por mais de um município, o Ofício do Registro de Imóveis da sede da comarca, constituído isoladamente ou integrado em Ofício dos Regis-tros Públicos, abrangerá toda a área territorial da mesma comarca. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

SUBSEÇÃO IIIDOS OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Art. 140 - Aos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais incumbe as funções que lhes são atribuídas pela legislação sobre Registros Públicos.

SUBSEÇÃO IVDOS OFICIAIS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

Art. 141 - Aos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Jurídicas incumbe as funções que lhes são atribuídas pela legislação sobre Registros Públicos.

SUBSEÇÃO VDOS OFICIAIS DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E PROTESTOS CAMBIAIS

Art. 142 - Aos Ofi ciais do Registro de Títulos e Documentos incumbe:

I - exercer as atribuições que lhes são conferidas pela legislação sobre registros públicos e outras leis especiais;

II - praticar os atos relacionados com o protesto de títulos mercantis onde não houver ofi ciais privativos.

Art. 143 - Aos Ofi ciais de Protesto de Títulos Cambiais incumbe:

I - processar o apontamento e protesto das letras e títulos mercantis que lhes forem apre-sentados na forma da lei;

II - fornecer certidões e executar os demais atos do ofício, segundo a legislação vigente.

SUBSEÇÃO VIDOS OFICIAIS DOS REGISTROS PÚBLICOS

Art. 144 - Aos Ofi ciais dos Registros Públicos incumbe as funções que são atribuídas aos Ofi ciais do Registro de Imóveis, do Registro Civil das Pessoas Naturais e Jurídicas, de Títulos e Documentos, inclusive Protestos de Títulos Cambiais.

Art. 144 - Aos Ofi ciais dos Registros Públicos incumbe as funções que são atribuídas aos Ofi ciais do Registro de Imóveis, do Registro Civil das Pessoas Naturais e Jurídicas, de Títulos e Documentos. (Redação dada pela Lei n.º 12.766/07)

Arts. 139 a 144

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284

SUBSEÇÃO VIIDOS OFICIAIS DOS REGISTROS ESPECIAIS

Art. 145 - Aos Ofi ciais dos Registros Especiais incumbe as funções que são atribuídas aos Ofi ciais de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, de Títulos e Documentos, inclusive Protestos de Títulos Cambiais.

SUBSEÇÃO VIIIDOS OFICIAIS DISTRITAIS

DOS OFICIAIS DISTRITAIS E DOS OFICIAIS DE SEDE MUNICIPAL(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 8.131/86)

Art. 146 - Nos Distritos e Subdistritos, haverá um Ofício Distrital, nos termos da Lei.

Art. 146 - Nos distritos onde for aconselhável, pela difi culdade de comunicações ou maior intensidade do serviço, poderão ser criados Ofícios Distritais. Os Ofi ciais Distritais exercerão, na área territorial correspondente ao seu ofício, as funções próprias dos Tabeliães, exce-tuadas as do artigo 133, e as dos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Art. 147 - Os Ofi ciais Distritais exercerão, na área territorial correspondente ao seu ofício, as funções próprias dos Tabeliães, excetuadas as do art. 133, e as dos Ofi ciais do Registro Civil das Pessoas Naturais.

Art. 147 - Quando elevado o distrito à categoria de município, o Ofi cial Distrital adotará a denominação de Ofi cial de Sede Municipal, sem alteração de sua situação funcional, pas-sando a exercer, salvo resolução em contrário do Conselho da Magistratura, também as funções próprias dos Ofi ciais dos Registros Especiais. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Parágrafo único - Se a intensidade do serviço o exigir, a juízo do Conselho de Magistratura, o Ofi cio de Sede Municipal será desdobrado em Tabelionato e Ofício dos Registros Públicos, cabendo ao titular o direito de opção, no prazo de 30 (trinta) dias, presumindo-se, no si-lêncio, a opção pelo Tabelionato. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

SUBSEÇÃO IXDISPOSIÇÕES DIVERSAS

DOS DEMAIS SERVIDORES DO FORO EXTRAJUDICIAL(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 8.131/86)

Art. 148 - As atribuições dos servidores da Justiça, quando não defi nidas em lei, e a relação dos livros necessários ao seu expediente serão especifi cados em provimento da Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 148 - Aos demais servidores do Foro Extrajudicial incumbe: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

I - aos Ofi ciais Ajudantes: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

a) praticar, simultaneamente com o titular, os atos concernentes à Serventia exceto os da competência privativa do Ofi cial; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

b) substituir o titular, em suas férias, faltas ou impedimentos, e responder pelo Ofício em caso de vacância; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Arts. 145 a 148

285

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II - aos Ofi ciais Escreventes do Foro Extrajudicial: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

a) escrever ou datilografar atos do Ofício, atender interessados e exercer outras atribuições compatíveis que lhes forem cometidas pelo Juiz Diretor do Foro ou pelo titular da serventia; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

b) executar a digitação para processamento eletrônico de dados e fornecimento de documentos e certidões; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

c) substituir o titular, quando designado, nos casos de falta ou impedimento de Ofi cial Ajudante; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

d) exercer a função de Ofi cial Ajudante, quando designado, desde que este cargo, criado em lei, esteja vago ou seu titular licenciado por mais de 15 dias, vedadas designações em número superior ao de cargos de Ofi cial Ajudante; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

III - aos Atendentes do Foro Extrajudicial: (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

a) executar os serviços comuns de expediente e de atendimento dos interessados, e exercer funções de protocolista, arquivista, datilógrafo e estafeta; (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

b) exercer outras atribuições que lhes forem cometidas pelo Juiz Diretor do Foro ou pelo titular da serventia. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

SUBSEÇÃO XDISPOSIÇÕES GERAIS

(INCLUÍDO PELA LEI N.º 8.131/86)

Art. 149 - Nenhum livro poderá ser utilizado sem que seja previamente autenticado pelo próprio servidor mediante a lavratura do termo de abertura, numeração e rubrica de todas as suas folhas.

Parágrafo único - Aos Juízes incumbe o dever de fi scalizar o cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 149 - As atribuições dos servidores da Justiça do Foro Judicial e Extrajudicial, naquilo que não estiver defi nido em lei, serão especifi cadas em provimento do Conselho da Magis-tratura. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

§ 1º - A Corregedoria-Geral da Justiça disporá sobre os livros necessários ao expediente das serventias da Justiça do Foro Judicial e Extrajudicial. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

§ 2º - Nenhum livro poderá ser utilizado sem que seja previamente autenticado pelo próprio servidor mediante termos de abertura e encerramento, e rubrica de todas as suas folhas. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

TÍTULO IVDOS IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES

Art. 150 - O Magistrado que, por motivo de incompatibilidade, fi car impedido de exercer as suas funções poderá ser posto à disposição da Corregedoria-Geral da Justiça, até ser aproveitado, consoante o disposto no Estatuto da Magistratura.

Arts. 148 a 150

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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Art. 151 - Na mesma Comarca não poderão funcionar como Juízes os cônjuges, ascen-dentes e descendentes, consangüíneos ou afi ns, irmãos ou cunhados, durante o cunhadio.

§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica às Comarcas providas de cinco ou mais Varas.

§ 2º - Igual impedimento se verifi cará com relação ao Agente do Ministério Público e Advogado domiciliado na Comarca.

§ 3º - Exceto em atos ou processos administrativos ou de jurisdição graciosa dos Tribunais, não poderão funcionar, conjuntamente, como Juízes, em Tribunal Pleno, cônjuges e parentes consangüíneos ou afi ns em linha reta, bem como em linha colateral até o terceiro grau; o primeiro dos membros mutuamente impedidos, que votar, excluirá a participação do outro.

§ 4º - Nos Tribunais, não poderão ter assento na mesma Câmara, em Grupos de Câmaras Cíveis e em Câmaras Reunidas, Juízes com os impedimentos antes referidos.

Art. 152 - Verifi cada a coexistência de Juízes na situação prevista nos arts. 150 e 151, “caput”, terá preferência, em relação aos demais:

I - o vitalício;

II - se ambos vitalícios, o que tiver mais tempo de serviço na Comarca;

III - se igual o tempo, o mais antigo no serviço público.

Parágrafo único - A preferência estabelecida nos casos dos incs. II e III não aproveitará àquele que tiver dado causa à incompatibilidade.

Art. 153 - Em todos os casos previstos neste Capítulo e nos Códigos de Processo, o Juiz deverá dar-se por suspeito ou impedido e, se não o fi zer, poderá ser recusado por qualquer das partes.

Art. 154 - Poderá o Juiz dar-se por suspeito se afi rmar a existência de motivo de natureza íntima que, em conseqüência, o iniba de julgar.

CAPÍTULO IQUANTO AOS SERVIDORES

Art. 155 - Nenhum servidor da Justiça poderá funcionar juntamente com o cônjuge ou parente, consangüíneo ou afi m, em linha reta ou colateral até o terceiro grau:

I - no mesmo feito ou ato judicial;

II - na mesma Comarca ou Distrito, quando entre as funções dos respectivos cargos existir dependência hierárquica.

§ 1º - Igual impedimento se verifi cará quando o procurador de alguma das partes ou o Agente do Ministério Público estiver, para com o Escrivão do feito, na mesma relação de parentesco, consangüíneo ou afi m.

§ 2º - As incompatibilidades previstas neste artigo não se observam entre os servidores da Justiça e seus auxiliares.

Art. 156 - Verifi cada a coexistência de servidores da Justiça na situação prevista neste Capítulo, terá preferência em relação aos demais:

Arts. 151 a 156

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Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

I - o vitalício;

II - se ambos vitalícios, o que tiver mais tempo de serviço na Comarca ou Distrito;

III - se igual o tempo, o mais antigo no serviço público.

Parágrafo único - A preferência estabelecia nos incs. II e III não aproveitará àquele que tiver dado causa à incompatibilidade.

Art. 157 - O servidor da Justiça vitalício ou estável que, por motivo de incompatibilidade, for privado do exercício de suas funções terá sua situação regulada no Estatuto dos Ser-vidores da Justiça.

TÍTULO VDO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

CAPÍTULO IDO EXPEDIENTE

Art. 158 - Os Juízes são obrigados a cumprir expediente diário no Foro, pelo menos durante um dos turnos, designando horário para o atendimento das partes.

§ 1º - Ao assumir o exercício de suas funções na Comarca, o Juiz anunciará, por edital, a hora de seu expediente, procedendo da mesma forma, com antecedência de trinta dias, sempre que entender alterá-la, comunicando, em ambos os casos, ao Corregedor-Geral da Justiça.

§ 2º - Em caso de urgência, Juízes e servidores são obrigados a atender às partes a qual-quer hora, ainda que fora dos auditórios e cartórios.

§ 3º - Na Capital do Estado, o Conselho da Magistratura, atendendo à natureza do serviço, poderá estabelecer normas especiais para o expediente dos Juízes.

Art. 159 - No decurso do expediente do Foro, não podem os servidores da Justiça, salvo para cumprir diligências, afastar-se dos respectivos cartórios ou ofícios, que devem per-manecer abertos durante os horários que lhes são prescritos, sujeitando-se os infratores às penalidades previstas em lei.

§ 1º - O Juiz pode determinar a prorrogação do expediente de qualquer cartório ou ofício, quando a necessidade do serviço assim o exigir.

§ 2º - Não haverá expediente forense aos sábados, exceto para a prática de atos indispen-sáveis à ressalva de direitos.

§ 3º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao Registro Civil das Pessoas Naturais, que funcionará também aos domingos até o meio-dia, afi xando o titular, após esta hora, na parte externa do prédio, indicação do local onde pode ser encontrado.

§ 4º - Os pontos facultativos que a União, o Estado ou os Municípios decretarem não pre-judicarão quaisquer atos da vida forense.

Art. 160 - Será o seguinte o horário do expediente forense, assim na Capital como nas Comarcas do interior do Estado:

I - Foro judicial:

Arts. 156 a 160

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- manhã: das 8,30 h às 11,30 h

- tarde: das 13,30 h às 18,30 h

II - Foro extrajudicial:

- manhã: das 8,30 h às 11,30 h

- tarde: das 13,30 h às 18 h.

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura poderá determinar, quando conveniente, horário para atendimento exclusivo de serviços internos de cartórios judiciais ou ofícios extrajudiciais.

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura poderá determinar, quando conveniente: (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

a) horário para atendimento exclusivo de serviços internos de cartórios judiciais ou ofícios extrajudiciais; (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

b) horário corrido para ofícios extrajudiciais da Comarca da Capital ou de comarcas de entrância intermediária, mantido o mesmo total de horas de expediente. (Redação dada pela Lei n.º 8.638/88)

b) horário corrido para os ofícios extrajudiciais. (Redação dada pela Lei n.º 10.405/95)

CAPÍTULO IIDA DISTRIBUIÇÃO

Art. 161 - A distribuição tem por fi nalidade a igualdade do serviço forense entre os Juízes e entre os servidores, bem como o registro cronológico e sistemático de todos os feitos ingressados no Foro.

Art. 162 - A classifi cação dos feitos cíveis e criminais, para fi ns de distribuição, será feita através de provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça.

Art. 163 - A distribuição será obrigatória, alternada e rigorosamente igual, entre Juízes, órgãos do Ministério Público, servidores de ofícios da mesma natureza, Ofi ciais de Justiça e, quando for o caso, entre os Avaliadores.

§ 1º - O despacho ordinatório da distribuição será proferido por qualquer Juiz competente para conhecer da causa.

§ 2º - Na Comarca de Porto Alegre, as distribuições poderão ser feitas com a utilização do serviço de computação de dados.

§ 3º - Em caso de urgência, a distribuição poderá ser feita a qualquer hora, independen-temente da expedição de guias pelo Distribuidor, operando-se, oportunamente, a devida compensação.

Art. 164 - A distribuição por dependência, nos termos da lei processual, determinará a compensação.

§ 1º - A distribuição de inquéritos policiais e queixas-crimes, referentes a indiciado que anteriormente haja sido condenado ou esteja sendo processado, ou indiciado em outro

Arts. 160 a 164

289

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

inquérito, caberá por dependência à Vara onde houver tramitado o primeiro feito, com oportuna compensação.

§ 2º - Quando fi gurarem dois ou mais réus, a distribuição far-se-á à Vara em que tiver havido decisão condenatória ou, não havendo, proceder-se-á segundo o estabelecido no parágrafo anterior.

Art. 165 - Registrada a distribuição, os papéis serão entregues ao Escrivão mediante recibo.

§ 1º - Sempre que o órgão do Ministério Público denunciar pessoas, além dos indiciados já anotados na distribuição, ou aditar a denúncia, o Escrivão, antes de remeter os autos ao Juiz, levará o feito ao Distribuidor, para que sejam averbados os nomes dos novos acusados.

§ 2º - No crime, qualquer decisão fi nal passada em julgado deverá ser averbada na distri-buição, mediante despacho do Juiz do feito.

§ 3º - O Escrivão levará o feito ao Distribuidor, para averbação, quando a concordata se transformar em falência; quando, no curso do inventário, se abrir sucessão do cônjuge so-brevivente ou de herdeiros; em todos os casos em que ocorrer intervenção de terceiros ou quando, em qualquer fase do processo, surgir litisconsórcio, ativo ou passivo, não previsto ao tempo da distribuição.

Art. 166 - Quando o Juiz se declarar incompetente, determinará a redistribuição.

Art. 167 - Uma vez distribuído, o processo só terá baixa na distribuição se ocorrer a proce-dência das exceções de incompetência, impedimento ou suspeição do Juiz, ou julgamento de confl ito de jurisdição ou de competência.

Parágrafo único - Nos casos deste artigo, proceder-se-á à compensação.

Art. 168 - Serão averbados, na distribuição, todos os casos de extinção do processo, ainda que não ocorra julgamento do mérito.

Art. 169 - Será fornecida, pelo Distribuidor, certidão negativa, sempre que não constar lançamento contra a pessoa interessada, ou das averbações, se verifi car ter sido ela isenta de culpa.

Parágrafo único - O alvará de folha-corrida será fornecido à vista de certidões do Distribuidor e do Escrivão das Execuções Criminais.

§ 1º - O alvará de folha-corrida será fornecido à vista de certidões do Distribuidor e do Escrivão das Execuções Criminais. (Renumerado pela Lei n.º 7.785/83)

§ 2º - Na comarca da capital e naquelas que dispuserem do sistema de computação de dados, os alvarás de folha corrida serão expedidos pelo próprio sistema, mediante consulta ao banco de dados, sendo autenticados por servidor habilitado. (Incluído pela Lei n.º 7.785/83)

CAPÍTULO IIIDAS AUDIÊNCIAS

Art. 170 - As sessões, as audiências e o expediente do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Alçada regular-se-ão pelos respectivos Regimentos Internos.

Arts. 164 a 169

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290

Art. 170 - As sessões, as audiências e o expediente do Tribunal de Justiça regular-se-ão pelo Regimento Interno. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 171 - As audiências e sessões dos Juízes de primeira instância serão públicas, salvo nos casos previstos em lei ou quando o interesse da Justiça determinar o contrário.

Art. 172 - As audiências e sessões realizar-se-ão nos edifícios ou locais para este fi m des-tinados, salvo deliberação em contrário, do Juiz competente, por motivo justifi cado, além dos casos previstos em lei.

Art. 173 - Nenhum menor de dezoito anos poderá assistir à audiência ou sessão de Juiz ou Tribunal, sem permissão do Magistrado que a presidir.

Art. 174 - As audiências dos Juízes realizar-se-ão em todos os dias de expediente, sempre que o exigir o serviço, sem outra interrupção que a resultante das férias forenses.

Parágrafo único - Os atos ocorridos nas audiências, inclusive as sentenças prolatadas, poderão ser registrados em aparelhos de gravação ou mediante taquigrafi a, para posterior transcrição datilográfi ca, precedendo autorização do Corregedor-Geral da Justiça.

Parágrafo único - Os atos ocorridos nas audiências, inclusive as sentenças prolatadas, pode-rão ser registrados em aparelhos de gravação ou mediante taquigrafi a ou estenotipia, para posterior transcrição, precedendo autorização do Corregedor-Geral da Justiça. (Redação dada pela Lei n.º 11.053/97)

Art. 175 - As correições e inspeções não interrompem as audiências, devendo os Escrivães, se necessário, praticar os atos ou termos em livro especial formalizado, para lançamento posterior nos livros competentes.

Art. 176 - O início e o fi m das audiências, bem como o pregão das partes, serão anunciados em voz alta pelo Ofi cial de Justiça ou por quem o Juiz determinar.

Art. 177 - No recinto dos Tribunais e nas salas de audiências, haverá lugares especiais destinados a servidores, partes, Advogados e mais pessoas cujo comparecimento seja obrigatório.

Art. 177 - No recinto dos Tribunais e nas salas de audiências, haverá lugares especiais destinados a servidores, partes, advogados e mais pessoas cujo comparecimento seja obrigatório. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 178 - Durante as audiências, o Agente do Ministério Público sentará à direita do Juiz, o mesmo fazendo o patrono do autor e este; à esquerda, tomarão assento o Escrivão, o patrono do réu e este, fi cando a testemunha à frente do Juiz.

Parágrafo único - Na mesa, o lugar do Juiz será destacado dos demais.

Art. 179 - Durante a audiência ou sessão, os Ofi ciais de Justiça devem conservar-se de pé, à disposição do Juiz, para executar suas ordens.

Art. 180 - Salvo o caso de inquirição de testemunhas ou permissão do Juiz, os servidores, as partes, ou quaisquer outras pessoas, excetuados o Agente do Ministério Público e os Advogados, manter-se-ão de pé enquanto falarem ou procederem alguma leitura.

Art. 181 - Nas audiências ou sessões dos Tribunais, os Juízes, os espectadores e as pessoas enumeradas no artigo anterior devem apresentar-se convenientemente trajadas.

Parágrafo único - Os espectadores poderão permanecer sentados, devendo levantar-se sempre que o Juiz o fi zer em ato de ofício.

Arts. 170 a 180

291

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

Art. 181 - Nas audiências ou sessões do Tribunal, os Juízes, os espectadores e as pessoas enumeradas no artigo anterior devem apresentar-se convenientemente trajadas. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Art. 182 - As pessoas presentes às audiências e sessões deverão conservar-se descobertas e em silêncio, evitando qualquer procedimento que possa perturbar a serenidade e faltar ao respeito necessário à administração da justiça.

§ 1º - Os Juízes poderão aplicar aos infratores as seguintes penas:

a) advertência e chamamento nominal à ordem;

b) expulsão do auditório ou recinto do Tribunal.

§ 2º - Se a infração for agravada por desobediência, desacato ou outro fato delituoso, ordenará o Juiz a prisão e a autuação do infrator, a fi m de ser processado.

Art. 183 - Sem consentimento do Juiz ou do Escrivão, ninguém poderá penetrar no recinto privativo do pessoal do Tribunal ou do Juízo.

Art. 184 - Compete aos Juízes a polícia das audiências ou sessões e, no exercício dessa atribuição, tomar todas as medidas necessárias à manutenção da ordem e segurança no serviço da Justiça, inclusive requisitar força armada.

CAPÍTULO IVDAS FÉRIAS

SEÇÃO IDAS FÉRIAS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA E DE ALÇADA

DAS FÉRIAS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA(REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 11.133/98)

Art. 185 - Os membros dos Tribunais de Justiça e de Alçada gozarão férias coletivas de 2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho.

Art. 185 - Os membros do Tribunal de Justiça gozarão férias coletivas de dois (2) a trinta e um (31) de janeiro e de dois (2) a trinta e um (31) de julho. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

Parágrafo único - Os Tribunais de Justiça e de Alçada iniciarão e encerrarão seus trabalhos, respectivamente, no primeiro e último dias úteis de cada período, com a realização de sessão.

Parágrafo único - O Tribunal de Justiça iniciará e encerrará seus trabalhos, respectivamen-te, no primeiro e último dias úteis de cada período, com a realização de sessão. (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

SEÇÃO IIDAS FÉRIAS FORENSES

Art. 186 - É de férias forenses, previstas exclusivamente para a primeira instância, o mês de janeiro.

Parágrafo único - Excluem-se das férias forenses os Ofícios Extrajudiciais.

Arts. 181 a 186

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292

Art. 187 - Não se suspenderão no período de férias forenses:

I - os feitos criminais com réu preso ou na iminência de prescrição, os pedidos de prisão preventiva e os de “habeas corpus”;

II - todos os atos ou feitos que a lei federal autorizar ou determinar que se pratiquem ou prossigam durante tal período.

Art. 188 - No período de férias forenses poderá o Conselho da Magistratura fi xar horário especial para o funcionamento dos cartórios.

SEÇÃO IIIDAS FÉRIAS DOS JUÍZES

Art. 189 - Os Juízes de Direito e Pretores gozarão férias anuais de sessenta dias, trinta dos quais deverão coincidir, preferentemente, com as férias forenses.

§ 1º - O Presidente do Tribunal de Justiça providenciará para que o maior número possível de Juízes goze o primeiro período de férias no mês de janeiro.

§ 2º - As férias não poderão ser fracionadas por tempo menor de trinta dias e so-mente poderão acumular-se por imperiosa necessidade de serviço e pelo máximo de dois meses.

§ 3º - Anualmente, o Presidente do Tribunal de Justiça fará publicar a escala de férias dos Juízes, de acordo com as preferências manifestadas e as necessidades do serviço. A escala só será alterada por motivo excepcional. Na Capital, os Juízes titulares de Varas preferem aos substitutos.

SEÇÃO IVDAS FÉRIAS DOS SERVIDORES

Art. 190 - Os servidores do Foro judicial gozarão férias anuais de trinta dias, preferen-temente no período de férias forenses, alternando-se, porém, as dos titulares com as de seus Ofi ciais Ajudantes.

Parágrafo único - As férias dos demais servidores dependerão de escala aprovada pelo Diretor do Foro.

Art. 191 - Os servidores do Foro extrajudicial gozarão férias individuais, conforme tabela organizada pelo titular do ofício, observando-se, quanto à substituição, o disposto neste Código.

Art. 192 - As férias dos servidores judiciais serão concedidas pelo Diretor do Foro, obser-vando-se, quanto à distribuição, o disposto no artigo anterior.

Art. 193 - A escala de férias dos servidores judiciais poderá ser alterada por motivo excepcional, a critério do Diretor do Foro.

Art. 194 - Ao entrar em gozo de férias, o servidor judicial comunicará à Direção do Foro seu endereço durante as mesmas.

Arts. 187 a 194

293

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TÍTULO VIDA CORREIÇÃO PARCIAL

Art. 195 - A correição parcial visa à emenda de erros ou abusos que importem na inversão tumultuária de atos e fórmulas legais, na paralisação injustifi cada dos feitos ou na dilatação abusiva de prazos, quando, para o caso, não haja recurso previsto em lei.

§ 1º - O pedido de correição parcial poderá ser formulado pelos interessados ou pelo órgão do Ministério Público, sem prejuízo do andamento do feito.

§ 2º - É de cinco dias o prazo para pedir correição parcial, contado a partir da data em que o interessado houver tido ciência, inequivocamente, do ato ou despacho que lhe der causa.

§ 3º - A petição deverá ser devidamente instruída com documentos e certidões, inclusive a que comprove a tempestividade do pedido.

§ 4º - Não se tomará conhecimento de pedido insufi cientemente instruído.

§ 5º - O Magistrado prestará informações no prazo de dez dias; nos casos urgentes, estando o pedido devidamente instruído, poderão ser dispensadas as informações do Juiz.

§ 6º - A correição parcial, antes de distribuída, será processada pelo Presidente do Tri-bunal de Justiça ou do Tribunal de Alçada, que poderão exercer as seguintes atribuições do Relator:

§ 6º - A correição parcial, antes de distribuída, será processada pelo Presidente do Tribunal de Justiça ou por um de seus Vice-Presidentes, que poderá exercer as seguintes atribuições do Relator: (Redação dada pela Lei n.º 11.133/98)

a) deferir liminarmente a medida acautelatória do interesse da parte ou da exata admi-nistração da justiça, se relevantes os fundamentos do pedido e houver probabilidade de prejuízo em caso de retardamento, podendo ordenar a suspensão o feito.

b) rejeitar de plano o pedido, se intempestivo ou defi cientemente instruído, se inepta a petição, se do ato impugnado houver recurso ou se, por outro motivo, for manifestamente incabível a correição parcial.

TÍTULO VIIDISPOSIÇÕES DIVERSAS

Art. 196 - Para fi ns de verifi cação, os titulares de ofícios extrajudiciais depositarão, men-salmente, na Direção do Foro, as folhas de pagamento, acompanhadas dos respectivos recibos, bem como o comprovante do recolhimento, ao Instituto Nacional de Previdência Social e ao Instituto de Previdência do Estado, das contribuições estabelecidas em lei.

Art. 197 - Os Ofi ciais do Foro extrajudicial deverão escriturar a receita e despesa em livro próprio, devidamente visado pelo Diretor do Foro, encaminhando à Corregedoria-Geral da Justiça extrato mensal do movimento, até o décimo dia do mês seguinte ao vencido.

Art. 198 - Nenhum livro ou processo fi ndo será recolhido ao Arquivo Público antes de examinado em correição e sem o “visto” de quem o haja fi scalizado.

Arts. 195 a 198

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294

TÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 199 - São criadas as seguintes Comarcas de primeira entrância: VETADO ...Coronel Bicaco, Porto Xavier e Santo Antônio das Missões.

Art. 199 - São criadas as seguintes Comarcas de entrância inicial: VETADO ...Coronel Bicaco, Porto Xavier e Santo Antônio das Missões. (Vide Lei n.º 8.838/89)

Art. 200 - A Comarca de Coronel Bicaco compreende os Municípios de Coronel Bicaco, Braga e Redentora; a de Porto Xavier, o Município de Porto Xavier; a de Santo Antônio das Missões, o Município de Santo Antônio das Missões; ... VETADO.

Art. 201 - São elevadas de entrância:

a) as Comarcas de Cerro Largo, Sapucaia do Sul, ... VETADO.... e Veranópolis, de pri-meira para segunda; (Vide Lei n.º 8.838/89, que substitui as expressões “1ª entrância” e “2ª entrância” por “entrância inicial”)

b) a Comarca de Palmeira das Missões, de segunda para terceira;

b) a Comarca de Palmeira das Missões, de inicial para intermediária; (Vide Lei n.º 8.838/89)

c) VETADO

d) VETADO

e) VETADO

f) VETADO

Art. 202 - VETADO

Art. 203 - Os Municípios do Estado que não forem sede de Comarca serão jurisdicionados na conformidade do Quadro Anexo n.º 1.

Parágrafo único - O Conselho da Magistratura, no interesse da administração da Justiça, poderá modifi car o Quadro Anexo, desde que não implique mudança da sede da Comarca.

Art. 204 - Os Juízes de Direito Substitutos de entrância intermediária, lotados nas Co-marcas com cinco (5) ou mais Varas, quando não estiverem no exercício de substituição, ou servindo em regime de exceção, poderão ser designados para exercer, cumulativamente com o titular, jurisdição em Vara Cível da Comarca, ou para substituir Juízes de Comarcas próximas.

Parágrafo único - É assegurado ao Juiz Substituto de terceira entrância preferência para a classifi cação em Vara vacante da Comarca onde é substituto. (REVOGADO pela Lei nº 8.420/87)

Art. 205 - São criadas as seguintes Varas e Comarcas abaixo discriminadas:

Alvorada - a Segunda Vara;

VETADO

Arts. 199 a 205

295

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

Caxias do Sul - a Quarta Vara Cível e a Vara de Família e Sucessões;

Frederico Westphalen - a Segunda Vara;

Gravataí - a Terceira Vara;

Guaíba - a Segunda Vara;

Ijuí - a Terceira Vara;

Novo Hamburgo - VETADO - Vara ... VETADO

... e a ... VETADO ... Vara Criminal;

Palmeira das Missões - a Terceira Vara;

Passo Fundo - a Terceira Vara Cível e a Terceira Vara Criminal;

Pelotas - a Vara de Família e Sucessões e a Quarta Vara Criminal;

Santa Maria - a Quarta Vara Cível e a Vara ... VETADO.

Santiago - a Segunda Vara;

São Borja - a Terceira Vara;

São Leopoldo - Primeira Vara Criminal e Segunda Vara Criminal;

São Sebastião do Caí - a Segunda Vara;

Sapucaia do Sul - a Segunda Vara.

Art. 206 - Na Comarca de Porto Alegre:

I - São criados:

a) as Sétima e Oitava Varas de Famílias e Sucessões, o Segundo Juizado da Vara de Falências e Concordatas, a Décima Quinta Vara Criminal e o Segundo Juizado da Vara do Júri;

b) os cartórios das Sétima e Oitava Varas de Família e Sucessões e o da Décima Quinta Vara Criminal;

c) com a denominação de Ofício do Registro de Imóveis da 5ª Zona e Ofício do Registro de Imóveis da 6ª Zona, dois Ofícios do Registro de Imóveis;

d) Vetado

II - São transformados:

a) quatro (4) cargos de Juiz Substituto de Juiz de Alçada em cargos de Juiz de Direito, a serem lotados nas Sétima e Oitava Varas de Família e Sucessões, no Segundo Juizado da Vara do Júri e na Décima Quinta Vara Criminal;

b) seis (6) cargos de Juiz de Direito Substituto em cargos de Juiz Corregedor de primeira instância.

Art. 207 - As Primeira, Segunda, Terceira, Quarta e Quinta Varas Cíveis Regionais e as Primeira e Segunda Varas Criminais Regionais, com a competência respectiva prevista no art. 84, incs. XIV e XV, deste Código, têm jurisdição na seguinte área territorial do Município de Porto Alegre: (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Arts. 205 e 206

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

296

Passo da Areia, tendo as seguintes delimitações:

Desde as margens do Rio Guaíba, pela Rua São Pedro (inclusive), Rua Américo Vespúcio (inclusive), Rua Dom Pedro II (inclusive), Avenida Carlos Gomes (exclusive), Rua Alam. Coelho Neto (exclusive), Praça Japão (exclusive), Rua 14 de Julho (exclusive), até Rua Lí-bero Badaró (inclusive), seguindo desta, por uma linha reta e seca, em direção sul na divisa do “Country Club” até a Av. Nilo Peçanha (exclusive), Rua Genº Barreto Viana (exclusive), até entroncamento com a Av. Protásio Alves (inclusive), seguindo por esta até o Passo do Dornelles, divisa com o Município de Alvorada, por esta, direção norte, descendo o Arroio do Feijó, ate encontrar as margens do Rio Gravataí, descendo este rio, que faz divisa do Município de Porto Alegre com o Município de Gravataí, até o Rio Guaíba. (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 208 - As Sexta e Sétima Varas Cíveis Regionais e a Terceira Vara Criminal Regional, com a competência respectiva prevista no art. 84, incs. XIV e XV, deste Código, têm jurisdição na seguinte área territorial do Município de Porto Alegre: (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Tristeza, tendo as seguintes delimitações:

Das margens do Rio Guaíba, na altura do entroncamento da Av. Padre Cacique com Av. Praia de Belas, por uma linha reta e seca, em direção sudeste, até o Belvedere Rui Ramos (exclusive), seguindo em linha reta e seca, em direção sul, até o entroncamento da Av. Jacuí (inclusive) com a Av. Divisa (inclusive), por esta, pela Rua Ursa Maior (inclusive) até a esquina da Rua Arapei (inclusive), direção leste, daí, por uma linha reta e seca, direção nordeste, até a Rua Orfanatrófi o (inclusive), pela Rua Sepé Tiaraju (inclusive), direção sul, pela Praça Guia Lopes (inclusive), pela Av. Teresópolis (inclusive), pela Rua Lindolfo Boehl (inclusive), até a Estrada dos Alpes (inclusive), seguindo por esta, até a junção com a Estrada Salater (inclusive), daí, por uma linha reta e seca, direção sudeste, até o entroncamento da Rua Sarmento Barata (inclusive) com a Av. Prof. Oscar Pereira (exclusive), seguindo por esta, pelo Beco do Boqueirão (exclusive), pela Estrada do Rincão (exclusive), até a junção com a Estrada Otávio Frasca; continuando pela Estrada do Rincão (inclusive), Estrada João Antônio da Silveira ( inclusive), até a divisa com o município de Viamão, por esta, direção sul, até a desembocadura do Arroio Chico Barcelos no Rio Guaíba. (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 209 - A Área Jurisdicional dos Serviços Forenses Centralizados da Capital tem as se-guintes delimitações: (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Desde a margem do Rio Guaíba, pela Rua São Pedro (exclusive), Rua Américo Vespúcio (exclusive), Rua Dom Pedro II (exclusive), Av. Carlos Gomes (inclusive), Rua Alam. Coelho Neto (inclusive), Praça Japão (inclusive), Rua 14 de Julho (inclusive), ate a Rua Líbero Badaró (exclusive), seguindo desta, por uma linha reta e seca, direção sul, na divisa do “Country Club” até a Av. Nilo Peçanha (inclusive), Rua Genº Barreto Viana (inclusive), até o entroncamento com a Av. Protásio Alves (exclusive), seguindo por esta até o Passo do Dornelles, divisa com o Município de Viamão, por esta, direção sul, até encontrar a Estrada João Antônio Silveira (exclusive), seguindo por esta, Estrada do Rincão (exclusive), até a junção com a Estrada Otávio Frasca, continuando pela Estrada do Rincão (inclusive), pelo Beco do Boqueirão (in-clusive), Av. Prof. Oscar Pereira (inclusive), até o entroncamento da Rua Sarmento Barata (exclusive), daí, por uma linha reta e seca, direção noroeste, até a junção com a Estrada Salater (exclusive), com a Estrada dos Alpes (exclusive), seguindo por esta, pela Rua Lin-

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Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

dolfo Boehl (exclusive), pela Av. Teresópolis (exclusive), pela Praça Guia Lopes (exclusive), pela Rua Sepé Tiaraju (exclusive), daí, por uma linha reta e seca em direção sudoeste, até a Rua Orfanatrófi o (exclusive), pela Rua Arapei (exclusive), pela Rua Ursa Maior (exclusive), no entroncamento da Av. Jacuí (exclusive), com Av. Divisa (exclusive), seguindo em linha reta e seca, direção norte, até o Belvedere Rui Ramos (inclusive), daí, em linha reta e seca em direção noroeste, até o entroncamento da Av. Praia de Belas com a Padre Cacique, na margem do Rio Guaíba. (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 210 - Os serviços técnicos do Juizado de Menores da Capital poderão ser utilizados por outros Juízes ou Varas, mediante requisição ao Juiz de Menores.

Art. 211 - O Registro Imobiliário da Comarca de Porto Alegre dividir-se-á em seis (6) Zonas, denominadas Primeira, Segunda, Terceira, Quarta, Quinta e Sexta Zonas, com as delimitações territoriais a serem fi xadas em lei especial.

Parágrafo único - Enquanto não for traçada a delimitação referida neste artigo, manter -se-á a estabelecida no art. 245, da Lei nº 3.119, de 14.02.57.

Art. 212 - Os Ofícios de Protestos de Títulos Cambiais, na Comarca de Porto Alegre, poderão ter sede em qualquer local do Município.

Art. 213 - As delimitações territoriais das Zonas do Registro Civil das Pessoas Naturais, da Comarca de Porto Alegre, permanecem segundo o disposto na resolução de 26.08.70, do Tribunal Pleno (COJE), ... vetado.

Art. 214 - São transformados:

I - Na Comarca de Novo Hamburgo:

a) as Primeira, Segunda e Terceira Varas em Primeira, Segunda e Terceira Varas Cíveis;

b) os Primeiro, Segundo e Terceiro Cartórios em Primeiro, Segundo e Terceiro Cartórios Cíveis;

II - Na Comarca de São Leopoldo:

a) as Primeira, Segunda e Terceira Varas em Primeira, Segunda e Terceira Varas Cíveis;

b) os Primeiro, Segundo e Terceiro Cartórios em Primeiro, Segundo e Terceiro Cartórios Cíveis.

Art. 215 - São criados os seguintes cartórios:

a) na Comarca de Pelotas, o cartório da Quarta Vara Criminal e o Cartório da Vara de Fa-mília e Sucessões;

b) na Comarca de Caxias do Sul, o Cartório da Quarta Vara Cível e o Cartório da Vara de Família e Sucessões;

c) na Comarca de Santa Maria, o Cartório da Quarta Vara Cível e o Cartório da Vara ... VETADO.

d) na Comarca de São Leopoldo, os Cartórios da Primeira e Segunda Varas Criminais;

e) na Comarca de Novo Hamburgo, o ... VETADO ... Cartório Criminal e o ... VETADO ... Cartório ... VETADO.

f) na Comarca de Passo Fundo, o Terceiro Cartório Criminal e o Terceiro Cartório Cível;

g) na Comarca de Gravataí, o Terceiro Cartório;

Arts. 210 a 215

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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h) na Comarca de Ijuí, o Terceiro Cartório;

i) na Comarca de Palmeira das Missões, o Terceiro Cartório;

j) na Comarca de São Borja, o Terceiro Cartório;

l) na Comarca de Guaíba, o Segundo Cartório;

m) na Comarca de Frederico Westphalen, o Segundo Cartório;

n) na Comarca de Santiago, o Segundo Cartório;

o) na Comarca de Sapucaia do Sul, o Segundo Cartório;

p) na Comarca de São Sebastião do Caí, o Segundo Cartório;

q) na Comarca de Alvorada, o Segundo Cartório;

r) nas Comarcas de Arvorezinha, Cel. Bicaco, Porto Xavier, e Santo Antônio das Missões, os respectivos Cartórios.

Art. 216 - A 1ª e 2ª Zonas do Registro Civil das Pessoas Naturais da Comarca de Canoas são divididas pela linha que, partindo da divisa com o Município de Cachoeirinha, segue pela estrada respectiva até alcançar a Rua Santos Ferreira, prosseguindo por esta até a esquina da Rua Monte Castelo, por onde vai até a esquina da Rua Santa Maria e por esta até encontrar o leito da linha férrea da Rede Ferroviária Federal S.A., que se dirige para a Rua Santa Maria, seguindo por este leito até o limite do Município, fi cando a 1ª Zona ao Norte, e a 2ª Zona ao Sul.

Art. 217 - Na Comarca de Pelotas, inalterada a divisão estabelecida pelo Decreto nº 5.622, de 22.06.34, quanto à divisão da área rural, as 1ª e 2ª Zonas do Ofício do Registro de Imóveis passam a ter como linha divisória o traçado que parte da confl uência do Canal do Pepino (Av. 27 de Junho) com o Canal do Rio São Gonçalo, seguindo por aqueles até atin-gir o prolongamento da Rua Dr. Cassiano, continuando por esta rua até alcançar o Canal do Arroio Santa Bárbara e daí até o prolongamento previsto na Av. Bento Gonçalves, até atingir a BR-116 no entroncamento com a BR-293.

Art. 217 - Na Comarca de Pelotas as demarcações das linhas divisórias das circunscrições imobiliárias dos registros de imóveis relativos às 1ª e 2ª Zonas passam a ser as constantes do quadro anexo, que é parte integrante desta Lei. (Redação dada pela Lei n.º 10.195/94)

Art. 218 - Independentemente das atribuições previstas no art. 73, II, f, a qualquer Juiz com jurisdição criminal ou de menores é assegurado o livre e permanente acesso, sem restrição alguma, aos presídios e quaisquer outros locais de detenção ou internamento, mantidos ou administrados pelo Estado.

Art. 219 - Nos casos de vacância, fi cam estatizados os cartórios e os ofícios extrajudiciais, sujeitos ao regime de custas, ... VETADO.

Art. 219 - Nos casos de vacância, fi cam estatizados os cartórios e os ofícios extrajudiciais, sujeitos ao regime de custas, salvo provimento por remoção, permuta ou promoção. (Redação dada pela Lei n.º 7.455/80)

Art. 219 - Nos casos de vacância, fi cam estatizados os Cartórios Judiciais e os Ofícios de Registradores Públicos que ainda estiverem sujeitos ao regime de custas privatizadas, salvo, quanto a estes últimos, se houver provimento por remoção ou permuta. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Arts. 215 a 219

299

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

Parágrafo único - São ressalvados, na comarca da Capital, os casos de provimento por remoção, a critério do Conselho de Magistratura e desde que o servidor interessado conte mais de dez anos de exercício na respectiva classe funcional. (Redação dada pela Lei n.º 8.131/86)

Art. 220 - Os servidores de primeira, segunda e terceira entrâncias, com cinco (5) ou mais anos de serviço no mesmo cartório ou ofício extrajudicial, poderão ser removidos, a pe-dido, para igual serventia de Comarca de entrância imediatamente superior, a critério do Conselho Superior da Magistratura.

Art. 220 - Os servidores de entrâncias inicial e intermediária, com cinco (5) ou mais anos de serviço no mesmo cartório ou ofício extrajudicial, poderão ser removidos, a pedido, para igual serventia de Comarca de entrância imediatamente superior, a critério do Conselho Superior da Magistratura. (Vide Lei n.º 8.838/89)

§ 1º - Os ofi ciais Escreventes e Ofi ciais de Justiça, com cinco ou mais anos de serviço numa mesma entrância, poderão ser removidos, a pedido, para igual cargo na entrância imediatamente superior. (Incluído pela Lei n.º 7.660/82)

§ 2º - VETADO

§ 2º - Os Ofi ciais Ajudantes em cartório ofi cializado, que contarem com mais de dez (10) anos de serviço como Oficial Ajudante, com nota de merecimento, poderão ser promovidos, a critério do Conselho da Magistratura, para cargo vacante de titular de igual serventia em comarca da mesma ou de inferior entrância, desde que satisfeitos os requisitos de instrução e habilitação funcional. (Redação dada pela Lei n.º 8.420/87) (Vide Lei n.º 8.708/88)

Art. 221 - As disposições desta lei, que impliquem em aumento de despesa ou extinção de serventias ou ofício serão objeto de lei especial.

Art. 222 - Passam a denominar-se Escrivães os atuais Ofi ciais Judiciais; Ofi ciais Ajudantes, os atuais Ofi ciais Judiciais Ajudantes; Distribuidores, os atuais Ofi ciais Judiciais Distribui-dores; Contadores Judiciais, os atuais Ofi ciais Judiciais Contadores; Ofi ciais Escreventes, os atuais Auxiliares Judiciais.

CAPÍTULO IIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 223 - É facultado, durante o prazo de cinco (5) anos a contar da data desta lei, a remoção dos Escrivães e Ofi ciais Extrajudiciais de primeira, segunda e terceira entrâncias para a segunda, terceira e quarta entrâncias se, na prazo de validade do Concurso prestado para provimento de cargos de entrância superior, tiverem sido nomeados para cargo de Comarca daquelas entrâncias.

Art. 223 - É facultado, durante o prazo de cinco anos, a contar da data desta lei, a remoção dos Escrivães, Ofi ciais Extrajudiciais, Ofi ciais Escreventes e Ofi ciais de Justiça de Primeira, Segunda e Terceira entrâncias para igual cargo em entrância superior, desde que o concurso a que se submeteram tenha abrangido a entrância superior respectiva. (Redação dada pela Lei n.º 7.660/82)

Art. 223 - É facultado, durante o prazo de cinco anos, a contar da data desta lei, a re-moção dos Escrivães, Ofi ciais Extrajudiciais, Ofi ciais Escreventes e Ofi ciais de Justiça de

Arts. 219 a 223

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

300

entrâncias inicial e intermediária para igual cargo em entrância superior, desde que o concurso a que se submeteram tenha abrangido a entrância superior respectiva. (Vide Lei n.º 8.838/89)

Art. 224 - Nas Comarcas em que, por motivo de aumento de número de vagas, houverem sido instalados cartórios privativos, fi ca ressalvado, aos titulares das extintas serventias do Cível e Crime, o direito de remoção para os novos cartórios.

Art. 225 - VETADO.

Art. 226 - É assegurado ao titular de ofício que for desmembrado ou desanexado o direito de optar, com sua situação ressalvada nos termos do “caput” do art. 206 da Constituição Federal, por qualquer dos ofícios resultantes de desmembramento ou desanexação.

Art. 227 - Salvo opção em contrário, a estatização prevista no art. 219 não abrange os servidores extrajudiciais que estiverem, na data desta lei, no pleno exercício dos cargos de titulares de ofícios vagos, cujos cartórios e ofícios pelos quais respondem somente serão estatizados após a vigência da Lei Complementar a que se refere o § 1º, do art. 206, da Constituição Federal.

Art. 228 - Ressalvado o direito de opção pelo regime estatizado, vencerão apenas custas os Escrivães do Cível e Crime de Comarcas em que estas Varas, em razão desta lei ou de anteriores resoluções do Tribunal, passaram ou passam a ser privativas do Cível.

Art. 229 - Os mandatos do Presidente do Tribunal de Justiça, do Vice-Presidente e do Corregedor-Geral da Justiça, eleitos em dezembro de 1979, terão início no primeiro dia útil do mês de março de 1980 e fi ndarão a dois de fevereiro de 1982.

LIVRO IIDA JUSTIÇA MILITAR

TÍTULO IDA DIVISÃO JUDICIÁRIA

Art. 230 - O território do Estado do Rio Grande do Sul, para efeito da administração da Justiça Militar, divide-se em três circunscrições judiciárias.

§ 1º - Cada circunscrição judiciária terá uma auditoria com território de jurisdição fi xado em Lei.

§ 2º - As Auditorias, em número de três, serão classifi cadas em duas entrâncias e nume-radas ordinalmente, segundo a respectiva ordem de criação.

§ 3º - A Primeira Auditoria, com sede em Porto Alegre, é de segunda entrância, a Segunda e Terceira, com sede respectivamente, em Santa Maria e Passo Fundo, são de primeira entrância.

Art. 230 - O território do Estado do Rio Grande do Sul, para efeito da administração da Justiça Militar, divide-se em três circunscrições judiciárias. (Redação dada pela Lei n.º 7.706/82)

§ 1º - Cada circunscrição judiciária terá uma auditoria, exceto a primeira, que terá duas, todas com o território de jurisdição fi xado em lei (quadro anexo). (Redação dada pela Lei n.º 7.706/82)

Arts. 223 a 230

301

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§ 2º - A Primeira e a Segunda Auditorias, com sede em Porto Alegre, são classifi cadas em segunda entrância; a terceira e a quarta auditorias, com sede respectivamente em Passo Fundo e em Santa Maria, são de primeira entrância. (Redação dada pela Lei n.º 7.706/82)

TÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

CAPÍTULO IDOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS

Art. 231 - São órgãos da Justiça Militar do Estado:

I - O Tribunal Militar;

II - Os Juízes Auditores;

III - Os Juízes Auditores Substitutos;

IV - Os Conselhos de Justiça.

CAPÍTULO IIDA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS MILITARES

SEÇÃO IDA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL MILITAR

Art. 232 - O Tribunal Militar, com sede na Capital e jurisdição no território do Estado, compõe-se de sete Juízes, sendo quatro militares e três civis, todos de investidura vitalícia, nomeados pelo Governador do Estado, ... vetado ...

§ 1º - A nomeação de Juiz Militar será feita dentre coronéis da ativa, pertencentes ao Quadro de Ofi ciais Combatentes da Brigada Militar e, após nomeados, relacionados em Quadro Especial.

§ 2º - A nomeação dos Juízes Civis será feita dentre Juízes Auditores, membros do Ministério Público e Advogados de notório saber jurídico e ilibada reputação, com mais de 35 vetado ... anos de idade, ... vetado.

§ 3º - VETADO

§ 3º - No Tribunal Militar, um dos juízes será, obrigatoriamente, escolhido dentre os Juízes Auditores. (Redação dada pela Lei n.º 7.706/82)

§ 4º - É vedada aos Juízes Militares e Civis do Tribunal Militar a aposentadoria volun-tária antes de completados cinco anos de efetivo exercício no cargo. (REVOGADO pela Lei n.º 7.660/82)

§ 5º - O número de membros do Tribunal Militar só poderá ser alterado por proposta do Tribunal de Justiça.

§ 6º - O Tribunal terá um Presidente e um Vice-Presidente eleitos dentre seus membros efetivos, por dois anos, vedada a reeleição, na forma da lei.

Arts. 230 a 232

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

302

§ 6º - O Tribunal terá um Presidente, um Vice-Presidente e um Corregedor-Geral da Justiça Militar do Estado, eleitos dentre seus membros efetivos, por dois anos, vedada a reeleição. (Redação dada pela Lei n.º 12.377/05)

Art. 233 - As decisões do Tribunal Militar, quer judiciais, quer administrativas, serão sempre dadas em sessão plena, por maioria de votos, ressalvados os casos de “quorum” especial.

SEÇÃO IIDA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

Art. 234 - Compete ao Tribunal Militar do Estado:

I - eleger o seu Presidente e Vice-Presidente, dar-lhes posse e, bem como aos seus mem-bros, deferir-lhes o compromisso legal;

II - elaborar o seu Regimento Interno, modifi cá-lo ou reformá-lo, organizar os seus serviços auxiliares e prover-lhes os cargos na forma da lei, bem como propor a criação ou a extinção de cargos e a fi xação dos respectivos vencimentos;

III - conceder licenças e férias, nos termos da lei e do Regimento Interno, aos seus mem-bros e demais Juízes, bem como expedir atos administrativos aos servidores que lhes forem subordinados;

IV - baixar instruções para realização de concurso de Juiz Auditor e servidores da Justiça Militar;

V - propor, nos casos previstos em lei, em escrutínio secreto, a perda do cargo e decretar a remoção ou a disponibilidade de Juiz Auditor, pelo voto de dois terços dos seus membros efetivos (art. 12, VIII), assegurando-lhe defesa, e proceder da mesma forma quanto à disponibilidade de qualquer de seus membros;

VI - processar e julgar originariamente:

a) os mandados de segurança contra atos administrativos do próprio Tribunal ou de seu Presidente;

b) os coronéis da Brigada Militar do Estado; (REVOGADO pela Lei n.º 8.763/88)

c) o “habeas corpus”, nos casos previstos em lei;

d) a revisão de seus julgados e dos de primeira instância;

e) os ofi ciais da Brigada Militar para decretação da perda de posto e da patente, por indignidade ou incompatibilidade para o ofi cialato;

f) os pedidos de correição parcial;

g) os procedimentos para decretação da perda de cargo ou disponibilidade de seus membros e demais Magistrados da Justiça Militar do Estado (arts. 26 e 27, da Lei Com-plementar nº 35/79);

h) a reclamação, para preservar a integridade de competência ou assegurar a autoridade do seu julgado;

VII - julgar:

Arts. 232 a 234

303

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a) os embargos às suas decisões, nos casos previstos em lei;

b) as apelações e os recursos de decisões ou despachos de Juízes inferiores, nos casos previstos em lei;

c) os incidentes processuais, nos termos da lei processual militar;

d) os recursos de penas disciplinares aplicadas pelo próprio Tribunal, seu Presidente ou Juiz Auditor;

e) os recursos de despacho do Relator, previstos na lei processual militar ou no Regimento Interno;

VIII - decidir os confl itos de competência de Conselhos de Justiça e de Juízes Auditores entre si, ou entre estes e aqueles, bem como os de atribuições entre autoridade adminis-trativa e judiciária, militares;

IX - restabelecer, mediante avocatória, a sua competência quando invadida por Juiz inferior;

X - conceder desaforamento de processo;

XI - resolver, por decisão sua ou despacho do Relator, nos termos da lei processual militar, questão prejudicial surgida no curso do processo submetido ao seu julgamento, com a determinação das providências que se tornarem necessárias;

XII - determinar as medidas preventivas e assecuratórias previstas na lei processual mi-litar, em processo originário, ou durante o julgamento de recurso, em decisão sua ou por intermédio do Relator;

XIII - decretar a prisão preventiva, revogá-la ou estabelecê-la, por decisão sua, ou por intermédio de Relator, em processo originário, ou mediante representação de encarregado de inquérito policial militar, em que se apure crime de indiciado sujeito a seu julgamento, em processo originário;

XIV - conceder ou revogar menagem ou liberdade provisória por decisão sua ou do Relator em processo originário;

XV - aplicar medida provisória de segurança, por decisão sua ou do Relator, em processo originário;

XVI - determinar a restauração de autos extraviados ou destruídos, nos termos da lei processual militar;

XVII - remeter ao Procurador-Geral da Justiça ou à autoridade competente, para o pro-cedimento legal cabível, cópia de peças ou documentos constantes de processo sob seu julgamento, quando, em qualquer deles, verifi car a existência de crime, que deva ser apurado;

XVIII - apreciar representação que lhe seja feita pelo órgão do Ministério Público, Conselho de Justiça, ou Juiz Auditor, no interesse da Justiça Militar;

XIX - determinar, quando julgar necessário, correição geral ou especial em auditoria ou cartório judicial;

XX - determinar a instauração de sindicância ou inquérito administrativo, sempre que julgar necessário;

XXI - decidir, em sessão secreta, a classifi cação ou promoção de Juiz Auditor, a fi m de ser feita a nomeação ou a promoção pelo Governador do Estado;

Art. 234

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304

XXII - elaborar, alterar e modifi car o Regulamento dos Serviços Auxiliares da Justiça Militar do Estado;

XXIII - elaborar e aprovar as propostas orçamentárias, anual e plurianual, da Justiça Militar, e todas as alterações que se fi zerem necessárias durante a sua execução (art. 1º, a, da Lei n.º 6.717, de 12.07.74) (no D.O.E. consta erroneamente 12 de junho de 1974);

XXIV - autorizar a expedição de todos os atos administrativos que acarretem aplicação de dotações orçamentárias, inclusive os relativos a vencimentos, vantagens, gratifi ca-ções, diárias e passagens (art. 1º, b, da Lei n.º 6.717, de 12.07.74) (no D.O.E. consta erroneamente 12 de junho de 1974);

XXIV - autorizar a expedição de todos os atos administrativos que acarretem aplicação de dotações orçamentárias, inclusive os relativos a vencimentos e subsídio, vantagens, grati-fi cações, diárias e passagens; (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

XXV - autorizar o afastamento, para fora do território do Estado, do Presidente, ou de qualquer membro do Tribunal, em objeto de serviço ou de representação;

XXVI - praticar todos os demais atos da sua competência, por força de lei ou do Regimento Interno do Tribunal, inclusive baixar atos administrativos relativamente aos seus Magistrados e servidores.

SEÇÃO IIIDA SUBSTITUIÇÃO NO TRIBUNAL

Art. 235 - O Presidente do Tribunal será substituído nas suas licenças, faltas ou impedimentos, pelo Vice-Presidente e, este, pelos demais membros, na ordem decrescente de antigüidade.

Parágrafo único - A antigüidade do Juiz, no Tribunal, se regula: (a) pela posse; (b) pela nomeação; e (c) pela idade.

Art. 236 - Em caso de afastamento, a qualquer título, de Juiz, por período superior a trinta dias, os feitos em seu poder e aqueles em que tenha lançado relatório, como os que pôs em mesa para julgamento, serão redistribuídos aos demais membros do Tribunal, mediante oportuna compensação.

§ 1º - O julgamento que tiver sido iniciado prosseguirá, computando-se os votos já profe-ridos, ainda que o Magistrado afastado seja o Relator.

§ 2º - Somente quando indispensável para decidir nova questão surgida no julgamento, será dado substituto ao ausente, cujo voto, então, não se computará.

Art. 237 - Serão redistribuídos, mediante oportuna compensação, os “habeas corpus”, os mandados de segurança e os feitos que, consoante fundada alegação do interessado, reclamem solução urgente, sempre que o afastamento do Juiz for por período igual ou superior a três dias.

Art. 238 - Em caso de vaga, ressalvados os processos referidos no artigo anterior, os demais serão atribuídos ao nomeado para preenchê-la.

Art. 239 - Para compor o “quorum” de julgamento, o Juiz, nos casos de ausência, suspei-ção ou impedimento eventual, será substituído na forma prevista no Regimento Interno.

Art. 240 - A redistribuição de feitos, a substituição nos casos de ausência ou impedimento eventual e a convocação para completar o quorum de julgamento não autorizam a con-cessão de qualquer vantagem, salvo diárias e transporte, se for o caso.

Arts. 234 a 240

305

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CAPÍTULO IIIDOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO TRIBUNAL MILITAR

SEÇÃO IDA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL MILITAR

Art. 241 - Compete ao Presidente do Tribunal Militar:

I - presidir às sessões do Tribunal, apurando o vencido, e, bem assim, não consentindo interrupções nem uso da palavra a quem não houver sido concedida;

II - manter a regularidade dos trabalhos do Tribunal, mandando retirar da sala das sessões as pessoas que perturbarem a ordem e autuá-las no caso de desacato ao Juiz, a órgão do Ministério Público, Assistente Judiciário ou funcionário do Tribunal;

III - corresponder-se com as autoridades públicas sobre todos os assuntos que se rela-cionem com a administração da Justiça Militar;

IV - representar o Tribunal nas solenidades e atos ofi ciais;

V - dar posse e deferir o compromisso legal a Juiz Auditor e ao Diretor-Geral da Secretaria do Tribunal;

VI - atestar a efetividade dos Juízes e dos Juízes Auditores;

VII - proferir voto nas questões judiciais e, no caso de empate, declarar, a favor do réu, decisão que importe aplicação de pena, ou não, bem como, a favor do paciente, decisão em pedido de “habeas corpus” (art. 435, parágrafo único, do Código de Processo Penal Militar) e nos processos de embargos (arts. 538 a 541, do Código de Processo Penal Militar);

VII - proferir voto em matéria administrativa e nas questões de inconstitucionalidade, tendo somente voto de desempate nos demais julgamentos; (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

VIII - proferir voto, com caráter de qualidade no caso de empate, nas questões adminis-trativas, exceto em recurso de decisão sua;

IX - decidir questões de ordem suscitadas por Juiz, pelo Procurador da Justiça ou por Advogado, ou submetê-las ao Tribunal, se a este couber a decisão;

X - fazer comunicações ao Tribunal, em sessão secreta ou não, que entender necessárias;

XI - convocar sessão extraordinária, secreta ou não, do Tribunal, quando entender neces-sário, ou convertê-la em secreta, nos casos previstos em lei ou no Regimento Interno;

XII - suspender a sessão, se assim entender necessário, para ordem nas discussões e resguardo da sua autoridade;

XIII - conceder a palavra ao Procurador da Justiça e, pelo tempo permitido no Regimento Interno, a Advogado que funcione no feito, podendo, após advertência, cassar-lhes a pala-vra, no caso de emprego de linguagem desrespeitosa ao Tribunal, à autoridade judiciária ou administrativa;

XIV - zelar pelo funcionamento regular da Justiça Militar e perfeita exação das autoridades judiciárias e funcionários, no cumprimento dos seus deveres, expedindo as portarias, re-comendações e provimentos que entender convenientes;

Art. 241

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306

XV - determinar sindicância ou instauração de inquérito administrativo, quando julgar necessário;

XVI - providenciar no cumprimento dos julgados do Tribunal por autoridade judiciária ou administrativa a que incumba fazê-lo;

XVII - providenciar na execução da sentença, nos processos de competência originária do Tribunal;

XVIII - decidir sobre o cabimento de recurso extraordinário e, no caso de deferimento, mandar encaminhá-lo ao Supremo Tribunal Federal, nos termos da lei;

XIX - aplicar penas disciplinares da sua competência, reconsiderá-las, relevá-las ou revê-las;

XX - julgar desertos e renunciados, por simples despacho, os recursos de pena disciplinar que aplicar, quando não interpostos no prazo legal;

XXI - determinar as providências necessárias para a realização de concurso, de acordo com as instruções expedidas pelo Tribunal, nomeando os examinadores;

XXII - assinar os atos de nomeação dos cargos, cujo provimento pertencer ao Tribunal;

XXIII - assinar, com os Juízes, os acórdãos do Tribunal e, com o Secretário, as atas das suas sessões, depois de aprovadas;

XXIV - conhecer de reclamação escrita de interessado, em caso que especifi car, rela-tivamente a atendimento por funcionário do Tribunal, em serviço que lhe couber pela natureza do cargo;

XXV - conhecer e decidir “ad referendum” do Tribunal, durante as férias deste, pedido de “habeas corpus”, ouvido o órgão do Ministério Público (art. 470, § 2º, do Código de Processo Penal Militar);

XXVI - expedir salvo-conduto a paciente, em caso de “habeas corpus” preventivo concedido, ou para preservação da liberdade;

XXVII - requisitar força policial para garantia dos trabalhos do Tribunal ou dos seus Juízes, bem como para garantia do exercício da Justiça Militar;

XXVIII - requisitar ofi cial para acompanhar ofi cial condenado, quando este estiver no Tribunal, após o julgamento, tendo em atenção o seu posto, a fi m de ser apresentado à autoridade militar competente;

XXIX - convocar, mediante autorização do Tribunal, para as substituições necessárias, ofi ciais e Juízes Auditores, de acordo com a lei.

SEÇÃO IIDA VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL

Art. 242 - Compete ao Vice-Presidente:

I - suceder o Presidente nos casos de vaga, e substituí-lo nos casos de licença ou impedi-mentos temporários, na forma estabelecida no Regimento Interno;

Arts. 241 e 242

307

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

II - exercer, cumulativamente, as funções de Corregedor da Justiça Militar; (REVOGADO pela Lei n.º 12.377/05)

III - atestar a efetividade e despachar os atos administrativos referentes ao Presidente.

Art. 243 - O exercício do cargo de Vice-Presidente não impede que o seu titular seja con-templado na distribuição de processos e funcione como Juiz.

Art. 244 - O Vice-Presidente poderá ser eleito para o período seguinte, no caso de sucessão do Presidente por prazo inferior a um ano.

SEÇÃO IIIDA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA MILITAR

Art. 245 - A Corregedoria-Geral da Justiça Militar, órgão de fi scalização e orientação, com jurisdição em todo o território do Estado, regulada no Regimento Interno do Tribunal Militar, além das funções de correição permanente dos serviços judiciários e administrativos das Auditorias, terá as atribuições previstas no Código de Processo Penal Militar (art. 498).

Parágrafo único - As atribuições previstas no “caput” deste artigo serão da competência do Juiz eleito como Corregedor-Geral da Justiça Militar do Estado. (Incluído pela Lei n.º 12.377/05)

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES COMUNS

Art. 246 - Compete, ainda, ao Tribunal, por qualquer de seus órgãos, exercer outras atri-buições não especifi cadas neste Código, decorrentes de lei.

CAPÍTULO VDA ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA

SEÇÃO IDA ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA

Art. 247 - Os Conselhos de Justiça têm as seguintes categorias:

I - Conselho Especial de Justiça, para processar e julgar ofi ciais;

II - Conselho Permanente de Justiça, para processar e julgar os acusados que não sejam ofi ciais;

III - Conselho de Justiça nas Unidades ou organizações equivalentes, para o julgamento de deserção de praças.

§ 1º - Os Conselhos Especiais de Justiça serão constituídos do Juiz Auditor e de quatro Juízes Militares, sob a presidência de um Ofi cial Superior, de posto mais elevado que o dos demais Juízes, ou de maior antigüidade, no caso de igualdade de posto.

§ 2º - Os Conselhos Permanentes de Justiça serão constituídos do Juiz Auditor, de um Ofi cial Superior, como Presidente, e de três Ofi ciais, Capitães ou Tenentes.

Arts. 242 a 247

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

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§ 3º - Os Conselhos de Justiça nas Unidades ou organizações equivalentes serão constituídos por um Capitão como Presidente, e dois Ofi ciais de menor posto, sendo Relator o que seguir em posto ao Presidente. Servirá de Escrivão um Sargento designado pela autoridade que houver nomeado o Conselho.

§ 4º - O Tribunal Militar poderá determinar o sorteio de Conselhos Especiais ou Permanentes que funcionarão com o Juiz Auditor substituto, sem prejuízo dos que estejam funcionando com o Juiz Auditor titular.

Art. 248 - Os Juízes Militares que integrarem os Conselhos Especiais serão de posto superior ao do acusado, ou de maior antigüidade, quando do mesmo posto.

Art. 249 - Os Juízes Militares dos Conselhos Especiais ou Permanentes serão sorteados dentre Ofi ciais incluídos nas listas organizadas pela Brigada Militar e trimestralmente re-metidas a cada auditoria, até o dia cinco do último mês do trimestre.

§ 1º - O Conselho Especial de Justiça será constituído para cada processo e se dissolverá depois de concluídos os seus trabalhos, reunindo-se novamente, por convocação do Juiz Auditor, se sobrevier nulidade do processo ou do julgamento, ou diligência determinada pelo Tribunal Militar.

§ 2º - O Conselho Permanente de Justiça, uma vez constituído, funcionará durante três meses consecutivos.

§ 3º - Se, na convocação, estiver impedido de funcionar algum dos Juízes, será sorteado outro Ofi cial, para substituí-lo.

Art. 250 - Os Conselhos Especiais ou Permanentes funcionarão na sede das auditorias, salvo casos especiais, por motivo relevante de ordem pública ou de interesse da Justiça e pelo tempo indispensável, mediante deliberação do Tribunal Militar.

Art. 251 - Os Conselhos de Justiça nas Unidades e organizações equivalentes funcionarão por um trimestre, sendo-lhes submetidos, sucessivamente, os processos de deserção, cujos acusados tenham sido capturados ou se tenham apresentado.

§ 1º - Os Juízes, nesses Conselhos, serão nomeados, segundo escala previamente organi-zada, pelos respectivos Comandantes de Unidades ou Chefes de organizações equivalentes. Os Conselhos funcionarão na Unidade ou Estabelecimento em que servir o acusado.

§ 2º - Caso não haja, na Unidade ou organizações equivalentes, Ofi ciais em número sufi ciente para a constituição do Conselho, será o desertor julgado na Unidade ou organizações equi-valentes, mais próximas em que puder ser formado o Conselho, a critério do Comandante--Geral da Brigada Militar. Para esse efeito será o acusado transferido ou mandado adir a uma daquelas organizações, até ser julgado a fi nal.

§ 3º - Qualquer dos Juízes, que funcione em Conselho de Justiça julgador de deserção, poderá ser substituído pela autoridade nomeante, quando o exigirem os interesses do serviço militar, e mediante a necessária justifi cação.

Art. 252 - Os Conselhos de Justiça podem instalar-se ou funcionar com a maioria de seus membros, sendo obrigatória, porém, a presença do Juiz Auditor nos Conselhos Especiais e Permanentes.

Parágrafo único - Na sessão de julgamento, exige-se o comparecimento e voto de todos os Juízes.

Arts. 247 a 252

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Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

Art. 253 - Excepcionalmente, por falta de Ofi ciais da ativa, poderão fi gurar nas listas Ofi ciais da reserva, independente de convocação para o serviço ativo, para comporem os Conselhos Especiais ou Permanentes.

§ 1º - Sorteado que for o Ofi cial da reserva para compor os Conselhos a que se refere o artigo, é irrecusável o desempenho da função, aplicando-se-lhe, no caso, o que preceitua o art. 257 a partir da data do sorteio.

§ 2º - As alterações que se verifi carem nas relações devem ser comunicadas, mensalmente, à Auditoria competente, inclusive a existência de novos Ofi ciais em condições de servirem como Juízes.

§ 3º - Não sendo remetida, no devido tempo, a relação de Ofi ciais, os Juízes serão sorteados pela relação do trimestre anterior, consideradas as alterações que ocorrerem.

§ 4º - Não serão incluídos na relação:

I - o Comandante-Geral e os Ofi ciais de seu gabinete;

II - o Chefe e Subchefe do Estado Maior;

III - o Chefe e Ofi ciais da Casa Militar do Governador, bem como os assistentes militares das Presidências dos Poderes;

IV - os Ofi ciais do Quadro de Professores da Academia da Polícia Militar.

Art. 254 - O sorteio do Conselho Especial de Justiça será feito pelo Juiz-Auditor, na pre-sença do Promotor Público, e do acusado, se estiver preso, em audiência pública (art. 403, do Código de Processo Penal Militar)

§ 1º - O sorteio dos Juízes para o Conselho Permanente de Justiça será realizado, pela mesma forma, até o dia dez do último mês do trimestre anterior.

§ 2º - O resultado do sorteio dos Juízes constará dos autos do processo e de ata lavrada pelo Escrivão, em livro próprio, assinada pelo Juiz-Auditor e pelo Promotor Público, e será comunicado à autoridade militar competente para providenciar na apresentação dos Ofi ciais sorteados à sede da Auditoria, no prazo de cinco dias.

§ 3º - O Ofi cial que houver integrado o Conselho Permanente de Justiça de um trimestre, não será sorteado para o Conselho seguinte, salvo se, para a constituição deste último, houver insufi ciência de Ofi ciais.

Art. 255 - Os Juízes Militares dos Conselhos de Justiça fi carão dispensados, nos dias de sessão, dos serviços militares.

Art. 256 - Se for sorteado Ofi cial que esteja no gozo de férias regulamentares ou no desempenho de Comissão ou serviço fora da sede da Auditoria e, por isso, não possa comparecer à sessão de instalação do Conselho, será sorteado outro que o substituirá defi nitivamente.

§ 1º - Será também substituído, de modo defi nitivo, o Ofi cial que for preso, responder a inquérito, a processo ou entrar em licença para tratamento de saúde.

§ 2º - Tratando-se de nojo ou gala, o Ofi cial sorteado em substituição de outro servirá pelo tempo da falta legal do substituto. No caso de suspeição, porém, substituirá o Juiz impedido somente no processo em que aquela ocorrer.

Arts. 253 a 256

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Art. 257 - O Ofi cial que, sem justa causa, deixar de comparecer a qualquer sessão de Conselho de Justiça, sofrerá a perda das vantagens funcionais do dia correspondente à falta, mediante desconto em folha de pagamento à vista de comunicação do Juiz--Auditor ao Comando-Geral, ou Comandante de Área de Policiamento, ou Diretor de Diretoria, ou Comandante de Unidade ou organização equivalente em que estiver servindo o faltoso.

§ 1º - Se faltar o Juiz-Auditor, sem justa causa, ser-lhe-á feito idêntico desconto, por ordem do Presidente do Tribunal, após comunicação do Presidente do Conselho.

§ 2º - No caso de falta do Promotor Público ou do Assistente Judiciário, será feita comu-nicação ao Procurador-Geral da Justiça ou ao Procurador-Geral do Estado, pelo Presidente do Tribunal, para os devidos fi ns.

Art. 258 - Havendo co-réus no mesmo processo, servirá de base à constituição do Conselho a patente do acusado de maior posto.

§ 1º - Se a acusação abranger Ofi cial e praça, ou civil, haverá um só Conselho Especial de Justiça, perante o qual responderão todos os acusados.

§ 2º - Aplica-se a mesma regra em se tratando de assemelhado a Ofi cial, ou de praça.

SEÇÃO II DA COMPETÊNCIA DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA

Art. 259 - Compete aos Conselhos Especiais e Permanentes de Justiça:

I - processar e julgar os delitos previstos na legislação penal militar ou em lei especial, ressalvada a competência privativa do Tribunal Militar, e a dos Conselhos de Unidades e organizações equivalentes;

II - decretar a prisão preventiva do denunciado, revogá-la ou restabelecê-la;

III - converter em prisão preventiva a detenção de indiciado, ou ordenar-lhe a soltura, desde que não se justifi que a sua necessidade;

IV - conceder menagem e liberdade provisória, bem como revogá-las;

V - decretar medidas preventivas e assecuratórias, nos processos pendentes do seu julgamento;

VI - declarar a inimputabilidade de indiciado ou de acusado nos termos da lei penal militar, quando, no inquérito ou no curso do processo, tiver sido verifi cada aquela condição, me-diante exame médico-legal;

VII - decidir as questões de direito ou de fato, suscitadas durante a instrução criminal ou o julgamento;

VIII - ouvir o órgão do Ministério Público, para se pronunciar na sessão a respeito de questões suscitadas;

IX - praticar os demais atos que lhes competirem por força da lei processual penal militar.

Parágrafo único - Compete aos Conselhos de Justiça nas Unidades e organizações equiva-lentes a instrução criminal e o julgamento de praças graduadas, ou não, e praças especiais, conforme o art. 247, III, desta lei.

Arts. 257 a 259

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SEÇÃO IIIDA PRESIDÊNCIA DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA

Art. 260 - Compete ao Presidente dos Conselhos Especiais ou Permanentes de Justiça:

I - abrir as sessões, presidi-las e apurar o vencido;

II - nomear Assistente Judiciário ao acusado que não indicar defensor e curador ao ausente ou incapaz;

III - manter a regularidade dos trabalhos de instrução e julgamento dos processos, man-dando retirar da sala da sessão as pessoas que perturbarem a ordem e autuá-las, no caso de desacato a Juiz, Promotor Público, Assistente Judiciário ou servidor;

IV - conceder, pelo tempo legal, a palavra ao Promotor Público, ou Assistente, e ao defen-sor, podendo, após advertência, cassar-lhes a palavra, no caso do emprego de linguagem desrespeitosa ao Conselho ou à autoridade judiciária ou administrativa

V - impedir o uso de armas por parte dos presentes às sessões;

VI - resolver questões de ordem suscitadas pelas partes ou submetê-las à decisão do Con-selho, ouvido, na ocasião, o órgão do Ministério Público ou o defensor do acusado;

VII - receber os recursos interpostos, no curso da instrução ou do julgamento do processo, e as apelações, enquanto o Conselho não houver encerrado a sessão;

VIII - mandar constar da ata da sessão os incidentes nela ocorridos;

IX - mandar proceder, ao início da cada sessão, à leitura da ata de sessão anterior.

Parágrafo único - São extensivas ao Presidente do Conselho de Justiça nas unidades e organizações equivalentes, no que couber, as atribuições previstas nos n.º I a VI e VIII, deste artigo.

CAPÍTULO VIDAS AUDITORIAS

SEÇÃO ÚNICA

Art. 261 - Cada Auditoria terá um Juiz-Auditor, um Promotor Público, um Assistente Judiciário, um Escrivão, um Ofi cial Escrevente e demais auxiliares constantes do quadro previsto em lei.

Parágrafo único - O horário de trabalho das Auditorias será fi xado por resolução do Tribunal Militar.

Art. 261 - Em cada Auditoria serão lotados um (1) cargo de Juiz Auditor, um (1) cargo de Juiz-Auditor Substituto, um (1) cargo de Escrivão, um (1) cargo de Ofi cial-Ajudante, um (1) cargo de Ofi cial de Justiça e os cargos de Ofi cial Escrevente e de Servente constantes de quadro próprio de lotação. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

Parágrafo único - Os quadros de lotação e o horário de expediente das Auditorias serão estabelecidos por resolução do Tribunal Militar. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

Arts. 260 e 261

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Art. 262 - As Auditorias fi cam investidas de jurisdição plena, no âmbito de seu território, sobre todos os militares da Brigada Militar, as pessoas que lhe são assemelhadas e todos quantos fi quem sujeitos a processo e julgamento da competência da Justiça Militar do Estado, nos termos da lei.

CAPÍTULO VIIDOS JUÍZES-AUDITORES

SEÇÃO IDA CARREIRA DE JUIZ-AUDITOR

Art. 263 - A carreira de Juiz-Auditor compreende: Juiz-Auditor Substituto, como inicial, Juiz-Auditor de primeira entrância e Juiz-Auditor de segunda entrância.

Art. 263 - A carreira de Juiz-Auditor compreende: (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

a) Juiz do Tribunal Militar; (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

b) Juiz-Auditor de 2ª entrância; (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

c) Juiz Auditor de 1ª entrância; (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

d) Juiz-Auditor Substituto. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

Art. 264 - O ingresso na carreira de Juiz-Auditor Substituto far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, realizado pelo Tribunal, com a participação da Ordem dos Ad-vogados do Brasil.

Art. 264 - O ingresso na carreira far-se-á em cargo de Juiz-Auditor Substituto, mediante concurso público de provas e títulos, realizado pelo Tribunal Militar com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

Parágrafo único - Os cargos de Juiz Auditor de primeira e segunda entrâncias serão providos, alternadamente, por promoção, pelo critério de merecimento e de antigüidade, de Juízes--Auditores Substitutos e de Juízes-Auditores de primeira entrância, respectivamente, estes com interstício mínimo de dois anos na entrância (Constituição Federal, art. 144, inc. II)

Art. 265 - Poderão inscrever-se no concurso, para o cargo de Juiz Auditor Substituto, doutores ou bacharéis em direito, brasileiros natos, com idade não inferior a vinte e cinco anos nem superior a quarenta anos, salvo se o candidato for ocupante de cargo público estadual de provimento efetivo, hipótese em que este limite será de quarenta e cinco anos.

§ 1º - Competirá no Tribunal, em sessão secreta e pela maioria absoluta de seus membros, decidir, de plano e conclusivamente, a respeito da admissão de candidatos, atendendo às qualidades morais e aptidões para o cargo, bem como efetuar o julgamento das duas fases do concurso, até fi nal classifi cação dos candidatos, tudo apreciado por livre convicção.

§ 2º - O concurso terá a validade de dois (2) anos e os candidatos nele aprovados serão nomeados pelo Governador do Estado, segundo a ordem classifi cação.

§ 2º - O concurso terá validade de dois (2) anos, prorrogável por igual tempo a critério do Tribunal Militar, e os candidatos nele aprovados serão nomeados pelo Governador do Estado, segundo ordem de classifi cação. (Redação dada pela Lei n.º 7.607/81)

Arts. 262 a 265

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Art. 266 - O Juiz-Auditor Substituto, mesmo enquanto não adquirir a vitaliciedade, na forma constitucional, não perderá o cargo senão por proposta do Tribunal, adotada pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus membros efetivos.

Parágrafo único - Apresentada a proposta de exoneração ao Governador do Estado, o Juiz--Auditor Substituto fi cará, automaticamente, afastado de suas funções (art. 17, § 2º, da Lei Complementar n.º 35, de 14.3.79)

Art. 267 - Os Juízes-Auditores residirão, obrigatoriamente, na sede da respectiva Audito-ria, cabendo-lhes nela comparecer, diariamente, nos horários estabelecidos por resolução do Tribunal.

Parágrafo único - Os Juízes-Auditores Substitutos terão sua sede onde for designado pelo Tribunal, através de resolução. (REVOGADO pela Lei n.º 8.763/88)

Art. 268 - Em caso de vacância de cargo de Juiz-Auditor, sem a possibilidade de provê -lo, na forma do art. 264, parágrafo único, o Juiz-Auditor Substituto, ainda não vitalício, assumirá a jurisdição plena da Auditoria até se verifi carem as condições para provimento do cargo. (REVOGADO pela Lei n.º 8.763/88)

Parágrafo único - Ocorrendo vagas de Juiz-Auditor de primeira entrância, em número su-perior ao de cargos de Juiz-Auditor Substituto, abrir-se-á, imediatamente, concurso para provimento de igual número de cargos para Juiz-Auditor Substituto. (REVOGADO pela Lei n.º 8.763/88)

SEÇÃO IIDA COMPETÊNCIA DOS JUÍZES-AUDITORES

Art. 269 - Compete ao Juiz-Auditor:

I - substituir, por convocação do Presidente do Tribunal Militar, Juiz Civil, para completar, como vogal, “quorum” de julgamento;

II - decidir sobre o recebimento de denúncia, pedido de arquivamento ou devolução do inquérito ou representação;

III - relaxar ou manter, por despacho fundamentado, a prisão que lhe for comunicada por autoridade encarregada das investigações policiais;

IV - decretar ou não, por despacho fundamentado, a prisão preventiva de indiciado em inquérito, a pedido do respectivo encarregado;

V - requisitar, das autoridades civis ou militares, as providências necessárias ao andamento do processo e esclarecimento do fato;

VI - requisitar a realização de exames e perícias;

VII - determinar as diligências necessárias ao esclarecimento de processo;

VIII - nomear peritos;

IX - relatar os processos nos Conselhos de Justiça e redigir, no prazo de oito dias, as sen-tenças e decisões;

X - proceder, em presença do Promotor Público, e do réu, quando for o caso, ao sorteio dos Conselhos;

Arts. 266 a 269

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XI - expedir mandados de prisão e alvarás de soltura;

XII - decidir sobre o recebimento dos recursos interpostos;

XIII - executar as sentenças, exceto as proferidas em processo originário do Tribunal Militar, salvo delegação deste;

XIV - renovar, de seis em seis meses, junto às autoridades competentes, diligências para a captura de condenados;

XV - comunicar imediatamente à autoridade a que estiver subordinado o acusado as decisões a este relativas;

XVI - decidir pedido de livramento condicional;

XVII - remeter ao Tribunal Militar, dentro do prazo de dez dias, os autos de inquéritos ar-quivados ou processos julgados, dos quais não hajam sido interpostos recursos;

XVIII - apresentar ao Presidente do Tribunal Militar, até o dia cinco de janeiro, o relatório dos trabalhos da Auditoria, no ano anterior;

XIX - aplicar penas disciplinares aos funcionários lotados nas Auditorias;

XX - instaurar inquéritos administrativos, quando entender necessário ou tiver ciência de irregularidades praticadas por funcionários lotados nas Auditorias;

XXI - dar cumprimento às normas legais sobre a escrituração de carga e descarga de material;

XXII - remeter à Corregedoria, mensalmente, a relação dos processos em andamento na auditoria, com justifi cativa de eventuais atrasos, tendo em vista o que preceitua o art. 390, do Código de Processo Penal Militar;

XXIII - praticar os demais atos que, em decorrência da lei, forem de sua atribuição.

CAPÍTULO VIIIDA COMPETÊNCIA DOS JUÍZES AUDITORES SUBSTITUTOS

SEÇÃO ÚNICA

Art. 270 - O Juiz Auditor Substituto tem a mesma competência dos Juízes Auditores e a atribuição de substituí-los, mediante designação da Presidência do Tribunal Militar.

§ 1º - O Juiz Auditor, por designação da Presidência, mediante plano de trabalho elaborado pela Corregedoria-Geral, poderá exercer sua competência cumulativamente com a do ti-tular da auditoria em regime de exceção, e assumirá a jurisdição plena quando este entrar em férias, licença ou, por qualquer razão, estiver afastado do cargo.

§ 2º - O Juiz Auditor Substituto, quando não estiver exercendo substituição ou regime de exceção, fi cará à disposição do Tribunal Militar.

Art. 270 - O Juiz-Auditor Substituto tem a mesma competência dos Juizes-Auditores, exercendo-a cumulativamente com a do titular da respectiva Auditoria, e assumindo a inteira jurisdição da mesma nos casos de vacância do cargo de Juiz-Auditor, ou de férias, licenças ou afastamentos do titular. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

Arts. 269 e 270

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Parágrafo único - A distribuição de atribuições será regulada através de planos de trabalho elaborados pela Corregedoria-Geral e aprovados pelo Tribunal. (Redação dada pela Lei n.º 8.763/88)

CAPÍTULO IXDO MINISTÉRIO PÚBLICO

SEÇÃO ÚNICA

Art. 271 - O Ministério Público, junto ao Tribunal Militar, será representado por um Procurador da Justiça e, perante as auditorias, por Promotores Públicos, todos da carreira do Quadro da Procuradoria-Geral da Justiça e terão as atribuições previstas na lei processual penal militar, na Lei Orgânica do Ministério Público Estadual e demais leis que disciplinam a atividade de tais agentes.

CAPÍTULO XDA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA OFICIAL

SEÇÃO I

Art. 272 - A defesa das praças da Brigada Militar, nos processos criminais a que forem submetidas, será feita obrigatoriamente por Assistente Judiciário, salvo se o acusado, por iniciativa própria, constituir Advogado.

Art. 273 - Os Assistentes Judiciários serão designados pelo Procurador-Geral do Estado, mediante solicitação do Presidente do Tribunal Militar, para servir nas auditorias.

SEÇÃO IIDAS ATRIBUIÇÕES DOS ASSISTENTES JUDICIÁRIOS

Art. 274 - Ao Assistente Judiciário incumbe:

I - nos processos a que respondem praças:

a) acompanhar-lhes todos os termos até fi nal sentença;

b) arrazoá-los e fazer a defesa oral do acusado, perante os Conselhos de Justiça;

c) arrolar testemunhas, inquiri-las e reinquiri-las, bem como requerer diligências e informações;

d) interpor recursos e requerer as medidas legais cabíveis, inclusive oferecer embargos a acórdãos do Tribunal Militar;

e) apelar, obrigatoriamente, das sentenças condenatórias, nos processos de deserção;

f) requerer revisão criminal;

g) requerer suspensão da pena ou livramento condicional, nos casos previstos em lei;

h) requerer a extinção da punibilidade ou a reabilitação, bem como impetrar “habeas corpus”;

Arts. 270 a 274

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II - em quaisquer processos, servir de curador ou defensor, quando nomeado pelo presidente do Conselho ou pelo Juiz Auditor;

III - representar ao Conselho de Justiça ou ao Juiz Auditor, quanto ao cumprimento de suas decisões ou despachos, em benefício de praças, ou para a proteção destas, nos termos da lei, quando presas ou sujeitas a prisão, em decorrência de processo criminal.

CAPÍTULO XIDOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA MILITAR

SEÇÃO ÚNICA

Art. 275 - Os Serviços Auxiliares da Justiça Militar do Estado, constituídos pela Secretaria do Tribunal Militar e pelos cartórios das Auditorias, são organizados por resolução (art. 13, da Lei n.º 6.357, de 16.12.71)

§ 1º - A Organização administrativa e funcionamento da Secretaria do Tribunal Militar, bem como as atribuições de seus servidores, serão fi xados em regulamento.

§ 2º - A Secretaria do Tribunal Militar será exercida pelo Diretor-Geral, bacharel em Direito, nomeado em comissão ou sob a forma de função gratifi cada nos termos da lei.

§ 3º - Haverá em cada Auditoria um cartório, com os funcionários constantes do quadro previsto em lei.

§ 4º - Os Escrivães e os Ofi ciais Escreventes, bem como os seus substitutos, e os Ofi ciais de Justiça, no exercício dos seus cargos, têm fé pública nos atos de ofício.

§ 5º - A mesma fé têm os atos dos demais auxiliares efetivos do cartório, quando subscritos pelo respectivo escrivão ou substituto em exercício.

§ 6º - O regime de trabalho e o horário de expediente dos serviços auxiliares são regulados em lei (art. 6º, da Lei n.º 6.357, de 16.12.71)

CAPÍTULO XIIDOS ESCRIVÃES E OFICIAIS ESCREVENTES

SEÇÃO ÚNICA

Art. 276 - São atribuições do Escrivão:

I - estar presente no cartório durante o expediente;

II - ter em boa guarda os autos e papéis a seu cargo e os que, por força do ofício, receber das partes;

III - conservar o cartório em boa ordem e classifi car por espécie, número e ordem crono-lógica, os autos e papéis a seu cargo, quer em andamento, quer arquivados;

IV - redigir, em forma legal e de modo legível, manuscrita ou datilografi camente, os ter-mos do processo, mandados, precatórias, depoimentos, atas das sessões dos Conselhos e demais atos próprios de seu ofício;

Arts. 274 a 276

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V - diligenciar no cumprimento de decisões ou despachos de Conselho de Justiça ou Juiz Auditor, para notifi cação ou intimação das partes ou interessados, testemunhas, Advogados e ofendido, a fi m de comparecerem em dia, lugar e hora determinados, no curso do pro-cesso, bem como cumprir quaisquer outros atos que lhe incumbam, por dever de ofício;

VI - lavrar procuração “apud acta”;

VII - prestar às partes interessadas informações verbais, que lhe forem pedidas, sobre processos em andamento, salvo no caso de se proceder em segredo de justiça;

VIII - fornecer, independentemente de despacho, certidões, “verbo ad verbum”, ou nar-ratórias, quando requeridas por Advogado ou órgão do Ministério Público, e não versarem sobre assunto sigiloso;

IX - acompanhar o Juiz Auditor nas diligências de ofício;

X - numerar e rubricar as folhas dos autos e quaisquer peças deles extraídas;

XI - manter atualizada e lançar em livro próprio a relação de todos os móveis e utensílios do cartório;

XII - providenciar no registro das sentenças e decisões dos Conselhos de Justiça e do Juiz Auditor;

XIII - anotar, por ordem alfabética, os nomes dos réus condenados e a data da condenação, bem como a pena aplicada e a sua terminação;

XIV - anotar, em ordem cronológica, a entrada dos processos e sua remessa à instância superior ou a outro juízo, bem como as devoluções que tiverem ocorrido;

XV - providenciar para que o cartório seja provido dos livros classifi cadores, fi chas e demais materiais necessários à boa guarda e à ordem dos processos;

XVI - distribuir o serviço do cartório entre Escreventes juramentados e demais auxiliares, fi scalizando-o e representando ao Juiz Auditor sobre irregularidades que ocorrerem, em prejuízo do andamento do processo ou da boa ordem do serviço, desde que as suas deter-minações não sejam obedecidas;

XVII - fornecer ao Juiz Auditor, de seis em seis meses, a relação dos processos parados na cartório;

XVIII - providenciar na correspondência administrativa do cartório;

XIX - remeter anualmente ao Juiz Auditor, até o dia cinco de janeiro, relatório das ativi-dades do cartório.

Parágrafo único - O Escrivão, assim como os Ofi ciais Escreventes juramentados, são dire-tamente subordinados ao Juiz Auditor perante o qual servirem.

Art. 277 - Incumbe ao Ofi cial Escrevente juramentado:

I - comparecer à hora marcada às audiências e estar presente no cartório, durante o ex-pediente:

II - auxiliar o Escrivão, podendo, neste caráter, ser encarregado de todo o serviço do car-tório, inclusive exercer as atribuições a que se refere o n.º IV, do artigo anterior, sendo os atos referendados pelo Escrivão;

Arts. 276 e 277

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

318

III - lavrar procuração “apud acta”, quando estiver funcionando em audiência.

Art. 278 - Incumbe aos demais auxiliares do cartório exercer as atribuições pertinentes aos seus cargos, que lhes forem determinadas pelo Juiz Auditor ou distribuídas pelo Escrivão.

Art. 279 - Aos Ofi ciais de Justiça incumbe:

I - fazer, de acordo com a lei processual penal militar, as citações por mandado, bem como as notifi cações e intimações de que forem encarregados;

II - dar contra fé, bem como certidão, dos atos e diligências que tiverem cumprido;

III - lavrar autos e efetuar prisões, bem como medida preventiva ou assecuratória, que haja sido determinada por Conselho de Justiça ou Juiz Auditor;

IV - convocar pessoas idôneas que testemunhem atos de seu ofício, quando a lei o exigir;

V - executar as ordens do Presidente do Conselho de Justiça e do Juiz Auditor;

VI - apregoar a abertura e o encerramento das sessões do Conselho de Justiça;

VII - fazer a chamada das partes e testemunhas;

VIII - passar certidão de pregões e a fi xação de editais;

IX - auxiliar o serviço nas auditorias pela forma ordenada pelo Juiz Auditor ou pelo Escrivão.

Art. 280 - Em suas faltas e impedimentos, os Ofi ciais de Justiça serão substituídos por quem o Juiz Auditor nomear “ad hoc”.

TÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS

CAPÍTULO IDO COMPROMISSO, POSSE E EXERCÍCIO

SEÇÃO ÚNICA

Art. 281 - Aplicam-se aos Magistrados e aos servidores da Justiça Militar do Estado, quanto ao compromisso, posse e exercício, o que dispõem o Estatuto da Magistratura e o Estatuto dos Servidores da Justiça, respectivamente. Os Magistrados ou funcionários da Justiça Militar não poderão tomar posse e entrar em exercício sem que hajam prestado o compromisso de fi el cumprimento dos seus deveres e atribuições.

Art. 282 - Será registrada, obrigatoriamente, em seguida do termo de posse, a indicação dos bens e valores que constituírem o patrimônio do nomeado.

Art. 283 - Os Juízes, os Juízes Auditores, os Assistentes Judiciários, o Secretário do Tribu-nal, os Escrivães e os Ofi ciais de Justiça usarão, nas sessões e audiências, os vestuários e insígnias estabelecidos no Regimento Interno do Tribunal Militar.

Art. 284 - São competentes para dar posse:

Arts. 277 a 284

319

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

I - O Tribunal Militar aos seus Juízes;

II - O Presidente do Tribunal aos Juízes Auditores, seus respectivos substitutos, Diretor--Geral e demais funcionários do Tribunal;

III - Os Juízes Auditores aos funcionários lotados nas auditorias.

CAPÍTULO IIDAS INCOMPATIBILIDADES

SEÇÃO ÚNICA

Art. 285 - Não podem servir conjuntamente Juízes, Agentes do Ministério Público, Advogados e Escrivães que tenham entre si parentesco consangüíneo ou afi m em linha ascendente ou descendente ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, por vínculo de adoção.

Parágrafo único - No caso de nomeação, a incompatibilidade se resolve antes da posse, contra o último nomeado ou contra o menos idoso, se a nomeação for da mesma data; depois da posse, contra o que lhe deu causa, e, se a incompatibilidade for imputada a ambos, contra o mais moderno.

CAPÍTULO IIIDAS SUBSTITUIÇÕES

SEÇÃO ÚNICA

Art. 286 - Os Juízes, Juízes Auditores e funcionários dos serviços auxiliares da Justiça Militar serão substituídos nas suas licenças faltas ou impedimentos:

I - o Presidente do Tribunal, pelo Vice-Presidente e, na falta deste, pelo Juiz mais antigo;

II - os Juízes Militares, por Ofi ciais da Brigada Militar, do mais alto posto, mediante convo-cação na forma do item XXIX, do art. 241;

III - os Juízes Civis, por Juízes Auditores;

IV - os Juízes Auditores, pelos seus substitutos legais;

V - o Presidente do Conselho Especial ou Permanente, pelo Ofi cial imediato em posto ou antigüidade;

VI - os Juízes do Conselho Especial ou Permanente, mediante sorteio;

VII - o Presidente e os Juízes do Conselho de Justiça de Unidades e organizações equiva-lentes, por Ofi cial designado pelo Comandante da Unidade ou Chefe da Organização;

VIII - os Escrivães, por Ofi cial Escrevente e este, por outro auxiliar do ofício, mediante designação do Juiz Auditor.

Parágrafo único - A convocação do Juiz, a que se referem os itens II e III, far-se-á para completar como vogal o “quorum” de julgamento.

Arts. 284 a 286

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

320

CAPÍTULO IVDAS LICENÇAS, FÉRIAS E INTERRUPÇÕES DO EXERCÍCIO

SEÇÃO ÚNICA

Art. 287 - As licenças serão concedidas:

I - pelo Tribunal Militar, aos seus Juízes e aos Juízes Auditores, mediante pedido escrito, encaminhado por intermédio do Presidente;

II - pelo Presidente do Tribunal, aos funcionários dos serviços auxiliares, mediante pedido escrito.

Parágrafo único - Os requerimentos para licença de tratamento de saúde deverão ser ins-truídos com laudo da junta médica de saúde da Brigada Militar, facultando-se ao Tribunal proceder às diligências que entender cabíveis.

Art. 288 - Os Juízes do Tribunal gozarão sessenta dias de férias coletivas, nos períodos de dois a trinta e um de janeiro e de dois a trinta e um de julho.

§ 1º - Os Juízes Auditores e os Juízes Auditores Substitutos gozarão dois meses de férias individuais, de uma só vez ou em períodos de trinta dias, sendo um deles, para os titulares, preferentemente, no mês de janeiro ou de julho.

§ 2º - O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal terão direito a férias individuais de sessenta dias, na forma regulada no Regimento Interno.

§ 3º - É vedada a acumulação de férias ou a sua conversão em tempo de serviço.

Art. 289 - Qualquer interrupção de exercício, seja qual for o motivo que a ocasione, será comunicada, por escrito, ao Presidente do Tribunal.

Art. 290 - Em casos não previstos neste Capítulo, quanto a licenças, férias ou interrupções do exercício, aplicam-se as disposições da legislação especial reguladora do assunto.

CAPÍTULO VDA DISCIPLINA JUDICIÁRIA

SEÇÃO ÚNICA

Art. 291 - Aos Juízes do Tribunal, aos Juízes Auditores, bem como aos servidores da Justiça Militar do Estado, aplicam-se, respectivamente, disposições constantes do Esta-tuto da Magistratura e do Estatuto dos Servidores da Justiça, no pertinente à disciplina judiciária.

Art. 292 - O processo administrativo por infração de que possa resultar demissão será instaurado por determinação do Tribunal Militar.

Art. 293 - As infrações disciplinares dos Promotores Públicos, Assistentes Judiciários, perante autoridade judiciária ou no curso do processo, serão comunicadas ao Procurador--Geral da Justiça e ao Procurador-Geral do Estado, para os fi ns de direito.

Art. 294 - São competentes para aplicação das penas:

Arts. 287 a 294

321

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

I - o Tribunal Militar, aos seus membros e aos Juízes Auditores;

II - o Presidente do Tribunal Militar, ao Diretor-Geral e aos funcionários dos serviços auxi-liares, salvo o caso do item seguinte;

III - o Juiz Auditor, aos servidores que lhe são subordinados, nos casos de advertência e censura.

Art. 295 - O membro do Tribunal, Juiz Auditor ou servidor a quem tiver sido imposta pena disciplinar, poderá recorrer, pedindo reconsideração ou relevação.

Art. 296 - Os recursos para o Tribunal Militar, das decisões que aplicarem penas discipli-nares, serão interpostos dentro do prazo de cinco dias, contados da intimação.

TÍTULO IV

CAPÍTULO ÚNICODISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 297 - A Corte de Apelação da Justiça Militar passa a denominar-se Tribunal Militar.

Art. 298 - VETADO

Art. 299 - Serão criados, na Justiça Militar do Estado, dois cargos de Juiz Auditor Substituto, com os vencimentos de Juiz de Direito de primeira entrância.

Parágrafo único - Para o provimento destes cargos deverão ser indicados, em lista tríplice, se possível, candidatos aprovados em concurso público já realizado para o provimento de cargo de Juiz Auditor.

Art. 299 - Serão criados, na Justiça Militar do Estado, dois cargos de Juiz Auditor Subs-tituto, com o subsídio de Juiz de Direito de primeira entrância. (Redação dada pela Lei n.º 14.419/14)

Art. 300 - VETADO

Art. 301 - O Tribunal Militar, no prazo de sessenta dias, baixará o Regulamento dos Serviços Auxiliares da Justiça Militar do Estado, adaptado a esta lei.

Art. 302 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 1º de fevereiro de 1980.

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa.

Arts. 294 a 302

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

322

QUADRO N.º 1VETADO Comarcas

(PREVISTAS)

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

VETADO

Alvorada - - 2

Antônio Prado - - 1

Arroio de Meio 1 Nova Bréscia 1

Arroio Grande - - 1

VETADO

Bom Jesus - - 1

Butiá - - 1

Cacequi - - 1

Campo Bom - - 1

Campo Novo 1 São Martinho 1

Campo Real 1 Victor Graeff 1

Candelária - - 1

Canela - - 1

Casca 4 Ciríaco, David Canabarro,

Paraí e Nova Araçá 1

Coronel Bicaco 2 Braga e Redentora 1

Criciumal 1 Humaitá 1

Herval - - 1

Espumoso - - 1

Estância Velha 2 Dois Irmãos e Ivoti 1

Faxinal do Saturno 3 Agudo, Dona Francisca e 1

Nova Palma

Flores da Cunha - - 1

Quadro nº 1

323

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

Gaurama 3 Mariano Moro, Severiano

de Almeida e Viadutos 1

General Câmara - - 1

Giruá - - 1

Gramado - - 1

Horizontina 1 Tucunduva 1

Ibirubá 1 Colorado 1

Irai 2 Alpestre e Planalto 1

Jaguari - - 1

Lavras do Sul - - 1

Marau - - 1

Marcelino Ramos 2 Machadinho e

Maximiliano de Almeida 1

Mostardas - - 1

Nonoai - - 1

Nova Petrópolis - - 1

Panambi 1 Condor 1

Pedro Osório - - 1

Pinheiro Machado - - 1

Piratini - - 1

Porto Xavier - - 1

Sananduva 2 Paim Filho e Ibiaçá 1

Santa Bárbara do Sul - - 1

Santo Antônio das Missões - - 1

Santo Augusto 1 Chiapeta 1

Santo Cristo 2 Alecrim e Porto Lucena 1

São Francisco de Assis - - 1

Quadro nº 1

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

324

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

São José do Norte - - 1

São José do Ouro 2 Barracão e Cacique Doble 1

São Marcos - - 1

São Pedro do Sul - - 1

São Sepé 1 Formigueiro 1

São Vicente do Sul 1 Mata 1

Sapiranga - - 1

Seberi 2 Erval Seco e Rodeio Bonito 1

Tapejara - - 1

Tapera 1 Selbach 1

Tapes - - 1

Tenente Portela 1 Miraguaí 1

Tramandaí - - 1

Triunfo - - 1

VETADO

Caçapava do Sul 1 Santana da Boa Vista 1

Canguçu - - 1

Cerro Largo 3 Guarani das Missões,

Roque Gonzales e São Paulo 1

das Missões

Encantado 2 Muçum e Roca Sales 2

Encruzilhada do Sul 1 Dom Feliciano 1

Esteio - - 2

Estrela 1 Bom Retiro 1

Farroupilha - - 1

Frederico Westphalen 3 Caiçara, Palmitinho

e Vicente Dutra 2

Quadro nº 1

325

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

Garibaldi 1 Carlos Barbosa 1

Getúlio Vargas 1 Sertão 1

Guaíba 1 Barra do Ribeiro 2

Guaporé 2 Anta Gorda e Serafi na Corrêa 1

Itaqui - - 1

Jaguarão - - 1

Júlio de Castilhos - - 1

Lagoa Vermelha 1 Ibiraiaras 2

Nova Prata 1 Nova Bassano 1

Osório - - 2

Quaraí - - 1

Rosário do Sul - - 1

Santa Vit. do Palmar - - 1

Santiago - - 2

Santo Antônio da Patrulha - - 1

São Franc. de Paula 1 Cambará do Sul 1

São Lourenço do Sul - - 1

São Sebastião do Caí 2 Feliz e Portão 2

Sapucaia do Sul - - 2

Sarandi 4 Constantina, Liberato

Salzano, Ronda Alta

e Rondinha 1

Sobradinho 1 Arroio do Tigre 1

Taquara 3 Igrejinha, Rolante e 2 Três Coroas

Taquari - - 1

Torres - 1

Quadro nº 1

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

326

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

Três de Maio 2 Boa Vista do Buricá

e Independência 1

Três Passos - - 2

Tupanciretã - - 1

Venâncio Aires - - 1

Veranópolis - - 1

VETADO

Alegrete - - 2

Bagé - - 4

Bento Gonçalves - - 2

Cachoeira do Sul 1 Restinga Seca 3

Camaquã 1 Dom Feliciano 2

Canoas - - 7

Carazinho - - 2

Cruz Alta 1 Pejuçara 3

Dom Pedrito - - 1

Erexim 7 Aratiba, Itatiba do Sul,

São Valentim, Jacutinga,

Barão do Cotegipe, Erval

Grande e Campinas do Sul 4

Gravataí 1 Cachoeirinha 3

Ijuí 2 Augusto Pestana e 3 Ajuricaba

Lajeado 1 Cruzeiro do Sul 2

Montenegro 1 Salvador do Sul 2

Novo Hamburgo - - 5

Palmeira das Missões 1 Chapada 3

Passo Fundo - - 6

Quadro nº 1

327

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

COMARCAS N.º MUNIC. JURISD. VARAS

Rio Pardo - - 2

Santana do Livramento - - 2

Santa Cruz do Sul 1 Vera Cruz 2

Santa Rosa 3 Campinas das Missões,

Cândido Godói e

Tuparendi 2

Santo Ângel 1 Catuípe 3

São Borja - - 3

São Gabriel - - 2

São Jerônimo 1 Arroio dos Ratos 2

São Leopoldo - - 5

São Luiz Gonzaga 3 Bossoroca, Caibaté e

São Nicolau 2

Soledade 2 Barros Cassal e 2

Fontoura Xavier

Uruguaiana - - 3

Vacaria 1 Esmeralda 3

Viamão - - 3

VETADO

Porto Alegre 91 Juízes

Caxias do Sul - - 7

Pelotas - - 10

Rio Grande - - 5

Santa Maria - - 7

Quadro nº 1

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

328

QUADRO 1-A

N.º COMARCA VARAS E N.º DE JUÍZES

JUÍZES DE DIREITO

1 Porto Alegre Direção do Foro 1

1ª Vara Cível 1

2ª Vara Cível 1

3ª Vara Cível 1

4ª Vara Cível 1

5ª Vara Cível 1

6ª Vara Cível 1

7ª Vara Cível 1

8ª Vara Cível 1

9ª Vara Cível 1

10ª Vara Cível 1

11ª Vara Cível 1

12ª Vara Cível 1

13ª Vara Cível 1

14ª Vara Cível 1

15ª Vara Cível 1

16ª Vara Cível 1

1ª Vara Criminal 1

2ª Vara Criminal 1

3ª Vara Criminal 1

4ª Vara Criminal 1

5ª Vara Criminal 1

6ª Vara Criminal 1

7ª Vara Criminal 1

Quadro 1-A

329

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

N.º COMARCA VARAS E N.º DE JUÍZES

JUÍZES DE DIREITO

8ª Vara Criminal 1

9ª Vara Criminal 1

10ª Vara Criminal 1

11ª Vara Criminal 1

12ª Vara Criminal 1

13ª Vara Criminal 1

14ª Vara Criminal 1

15ª Vara Criminal 1

1ª Vara de Família e Sucessões 1

2ª Vara da Família e Sucessões 1

3ª Vara da Família e Sucessões 1

4ª Vara da Família e Sucessões 1

5ª Vara da Família e Sucessões 1

6ª Vara da Família e Sucessões 1

7ª Vara da Família e Sucessões 1

8ª Vara da Família e Sucessões 1

1ª Vara da Fazenda Pública Estadual 1

2ª Vara da Fazenda Pública Estadual 1

1ª Vara da Fazenda Pública Municipal 1

2ª Vara da Fazenda Pública Municipal 1

1ª Vara de Acidentes de Trânsito 1

2ª Vara de Acidentes de Trânsito 1

3ª Vara de Acidentes de Trânsito 1

Vara de Acidentes do Trabalho 1

Vara dos Registros Públicos 1

Quadro 1-A

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

330

N.º COMARCA VARAS E N.º DE JUÍZES

JUÍZES DE DIREITO

Vara do Júri 2

Vara de Menores 1

Vara de Execuções Criminais 1

Vara de Falências e Concordatas 2

1ª Vara Cível Regional 1

2ª Vara Cível Regional 1

3ª Vara Cível Regional 1

4ª Vara Cível Regional 1

5ª Vara Cível Regional 1

6ª Vara Cível Regional 1

7ª Vara Cível Regional 1

1ª Vara Criminal Regional 1

2ª Vara Criminal Regional 1

3ª Vara Criminal Regional 1

Juízes Substitutos 20

Juízes Corregedores 6

91

Quadro 1-A

331

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980

QUADRO 1-B

COMARCAS DE DIFÍCIL PROVIMENTO

3ª entrância 2ª entrância 1ª entrância

entrância entrância entrância

intermediária inicial inicial

(Vide Lei n.º 8.838/89) (Vide Lei n.º 8.838/89) (Vide Lei n.º 8.838/89)

São Borja Itaqui Marcelino Ramos

São Gabriel Quaraí Mostardas

São Luiz Gonzaga Santa Vit. do Palmar Nonoai

Cruz Alta

Dom Pedrito

VETADO

(Quadros restantes)

Legislação compilada pelo Gabinete de Consultoria Legislativa.

Quadro 1-B

LEI Nº 14.699, DE 10 DE JUNHO DE 2015.

CONSTITUI A AUTORIDADE CENTRAL ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL PARA FINS DE ADOÇÃO

E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Lei nº 14.699/2015

335

LEI Nº 14.699, DE 10 DE JUNHO DE 2015.

(publicada no DOE n.º 109, de 11 de junho de 2015)

Constitui a Autoridade Central Estadual do Rio Grande do Sul para fi ns de Adoção e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - Fica criada a Autoridade Central Estadual doRio Grande do Sul para fi ns de Ado-ção, órgão do Poder Judiciário Estadual, permanente e autônomo, não jurisdicional, com a incumbência de fazer cumprir as normas da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, concluída em Haia, em 29 de maio de 1993, e aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo n.º 1, de 14 de janeiro de 1999, e promulgada pelo Decreto n.º 3.087, de 21 de junho de 1999, bem como orientar, fi scalizar e, no que couber, executar a aplicação do disposto nos arts. 50, 51, 52, 52-A, 52-B, 52-C e 52-D da Lei Federaln.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

Art. 2º - A Autoridade Central Estadual é composta por 6(seis) membros, todos com di-reito a voto:

I - o Corregedor-Geral da Justiça, que exercerá a função de Presidente e terá voto de qualidade;

II - 1 (um) Juiz-Corregedor, indicado pelo Corregedor-Geral da Justiça, que exercerá a função de secretário executivo;

III - 2 (dois)Desembargadores que não detenham competência para julgamento de pro-cessos de adoção internacional, cujos nomes serão indicados pelo Presidente do Tribunal de Justiça e aprovados pelo Conselho da Magistratura;

IV - 1 (um) membro do Ministério Público atuante no 2.º grau, indicado pela sua instituição;

V - 1 (um) membro da Defensoria Pública atuante no 2.º grau, indicado pela sua instituição.

§ 1º - O exercício do mandato junto à Autoridade Central Estadual não será remunerado a qualquer título, constituindo serviço público relevante e prioritário, conforme disposto no art.227 da Constituição Federal.

§ 2º - O exercício de mandato por Desembargador junto à Autoridade Central Estadual não implicará o afastamento das funções jurisdicionais.

§ 3º - Os membros da Autoridade Central Estadual considerar-se-ão designados até o tér-mino do mandato do Corregedor-Geral da Justiça, mas continuarão a exercer suas funções até a indicação de seus substitutos, permitida a recondução.

§ 4º - A Autoridade Central Estadual considerar-se-á legitimamente instalada com a pre-sença de pelo menos3(três) de seus membros.

Art. 3º - Incumbe ao Corregedor-Geral da Justiça representar a Autoridade Central Es-tadual perante outras instituições e apreciar as questões de natureza urgente, mediante ratifi cação posterior do plenário.

Arts. 1º a 3º

Lei nº 14.699/2015

336

Parágrafo único - A função de representação poderá ser delegada a qualquer dos integrantes do órgão colegiado.

Art. 4º - As demais normas acerca das competências, atribuições e funcionamento da Autoridade Central Estadual serão defi nidas no seu Regimento Interno, o qual será submetido à aprovação do Conselho da Magistratura.

Art. 5º - A Autoridade Central Estadual contará com apoio técnico-administrativo, caben-do ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul a designação dos servidores que exercerão essa função.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 10 de junho de 2015.

Arts. 3º a 7º

LEI Nº 14.750, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015.

INSTITUI O REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR PARA OS SERVIDORES PÚBLICOS

ESTADUAIS TITULARES DE CARGOS EFETIVOS – RPC/RS –, FIXA O LIMITE MÁXIMO PARA A

CONCESSÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES PELO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL –

RPPS/RS −, AUTORIZA A CRIAÇÃO DE ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DENOMINADA FUNDAÇÃO DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – RS-PREV –, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

LEI COMPLEMENTAR Nº 14.750, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015.

Capítulo I - Do Regime de Previdência Complementar (arts. 1º a 3º) ....................... 341

Capítulo II - Da Entidade Fechada de Previdência Complementar. ............................ 342

Seção I - Da Criação da Entidade (art. 4º) ...................................................... 342

Seção II - Da Organização da RS-Prev (arts. 5º a 10) ....................................... 343

Seção III - Da Gestão dos Recursos Garantidores (arts. 11 e 12) ....................... 344

Seção IV - Das Disposições Gerais (arts. 13 a 16) ............................................ 344

Capítulo III - Dos Planos de Benefícios ................................................................ 345

Seção I - Das Linhas Gerais dos Planos de Benefícios (arts. 17 a 20) .................. 345

Seção II - Da Manutenção da Filiação (art. 21) ................................................ 346

Seção III - Do Participante sem Patrocínio (art. 22) .......................................... 346

Seção IV - Das Contribuições (arts. 23 e 24) ................................................... 347

Seção V - Das Disposições Especiais (arts. 25 a 27) ......................................... 347

Capítulo IV - Do Controle e da Fiscalização (arts. 28 e 29) ..................................... 347

Capítulo V - Das Disposições Finais e Transitórias (arts. 30 a 36) ............................ 348

Lei nº 14.750/2015

341

LEI COMPLEMENTAR Nº 14.750, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015.

(publicada no DOE n.º 198, de 16 de outubro de 2015)

Institui o Regime de Previdência Complementar para os servidores públicos estaduais titulares de cargos efetivos – RPC/RS –, fi xa o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo Regime Próprio de Previdência Social – RPPS/RS −, autoriza a criação de en-tidade fechada de previdência complementar denominada Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul – RS-Prev –, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

CAPÍTULO I DO REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Art. 1º - Fica instituído, nos termos desta Lei Complementar, o Regime de Previdência Complementar − RPC/RS – para os servidores públicos titulares de cargos efetivos do Estado do Rio Grande do Sul, de suas autarquias e fundações de direito público.

Parágrafo único - O Regime de Previdência Complementar de que trata esta Lei Complemen-tar, de caráter facultativo, observa o disposto nos arts. 40, §§ 14, 15 e 16, e 202, ambos da Constituição Federal, além da legislação específi ca.

Art. 2º - Aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social – RGPS −, de que trata o art. 201 da Constituição Federal, às aposenta-dorias e às pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul − RPPS/RS – aos servidores, inclusive os membros de Poder, titulares de cargos efetivos que:

I - ingressarem no serviço público a partir da data da publicação do ato de instituição do RPC/RS, independentemente de sua adesão ao plano de benefícios;

II - tenham ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do RPC/RS, nele tenham permanecido sem perda do vínculo efetivo, e ao RPC/RS adiram me-diante prévia e expressa opção, conforme previsto no § 16 do art. 40 da Constituição Federal;

III - sejam oriundos de outro ente da Federação no qual tenha sido instituído regime de previdência complementar, na forma dos §§ 14 e 15 do art. 40 da Constituição Federal, anteriormente ao ingresso de tais servidores e que venham a vincular-se ao RPPS do Estado do Rio Grande do Sul após o ato de instituição do RPC/RS.

§ 1º - O servidor público ocupante de cargo efetivo não alcançado pela vigência de outro regime de previdência complementar a que se referem os §§ 14 e 15 do art. 40 da Cons-tituição Federal que, sem descontinuidade, for exonerado de um cargo de provimento efe-tivo para investir-se em outro, somente fi cará sujeito ao disposto no “caput” deste artigo mediante prévia e expressa opção de adesão ao RPC/RS.

§ 2º - O prazo para a opção de que trata o inciso II do “caput” deste artigo será de 12 (doze) meses, contados da data da publicação do ato de instituição do RPC/RS, e o exercício dessa opção será irrevogável e irretratável.

Arts. 1º e 2º

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Art. 3º - Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se por:

I - patrocinador: o Estado do Rio Grande do Sul, por meio dos Poderes Executivo, Legisla-tivo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública e das autarquias e fundações de direito público, bem como os municípios que aderirem a plano de benefícios, nos termos do art. 30 desta Lei Complementar;

II - participante: o servidor público titular de cargo efetivo, inclusive o membro do Poder Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e da Defensoria Pública, e o servidor público titular de cargo efetivo dos municípios que aderirem ao plano de be-nefícios administrado pela RS-Prev;

III - assistido: o participante ou o seu benefi ciário em gozo de benefício de prestação continuada;

IV - contribuição: os valores vertidos ao plano de benefícios pelos participantes e pelo pa-trocinador, com o objetivo de constituir as reservas que garantam os benefícios contratados e custear as despesas administrativas da RS-Prev; e

V - plano de benefícios: o conjunto de obrigações e direitos derivados das regras do regula-mento defi nidoras do custeio e dos benefícios de caráter previdenciário complementar, que possui patrimônio próprio, independência patrimonial, contábil e fi nanceira com relação aos demais planos de benefícios previdenciários complementares administrados pela RS-Prev, inexistindo solidariedade entre os planos.

CAPÍTULO II DA ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

SEÇÃO I DA CRIAÇÃO DA ENTIDADE

Art. 4º - Fica autorizada a criação, por ato do Poder Executivo, da entidade fechada de previdência complementar denominada Fundação de Previdência Complementar do Ser-vidor Público do Estado do Rio Grande do Sul – RS-Prev –, com a fi nalidade de administrar e executar planos de benefícios de caráter previdenciário, nos termos das Leis Complementares Federais n.os 108 e 109, de 29 de maio de 2001.

§ 1º - A RS-Prev, fundação de natureza pública, sem fi ns lucrativos, terá personalidade jurídica de direito privado, sede e foro na Capital do Estado e gozará de autonomia admi-nistrativa, fi nanceira, patrimonial e gerencial.

§ 2º - Em atenção à sua natureza pública, deverá a RS-Prev:

I - submeter-se à legislação federal sobre licitações e contratos administrativos na atividade--meio;

II - realizar concurso público para a contratação de pessoal, exceto para aqueles de pro-vimento por livre nomeação ou de emprego temporário, cuja admissão dar-se-á por meio de processo seletivo, respeitados os princípios constitucionais da administração pública e observadas as peculiaridades da gestão privada; e

III - publicar anualmente, na imprensa ofi cial ou em sítio ofi cial da administração pública estadual, seus demonstrativos contábeis, fi nanceiros, atuariais e de benefícios, sem prejuízo do fornecimento de informações aos participantes e aos assistidos dos planos de benefícios previdenciários complementares e aos órgãos regulador e fi scalizador das entidades de previdência complementar.

Arts. 3º e 4º

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SEÇÃO II DA ORGANIZAÇÃO DA RS-PREV

Art. 5º - A estrutura organizacional da RS-Prev será constituída de Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, nos termos de seu estatuto, observadas as disposições do Código Civil Brasileiro, das Leis Complementares Federais n.os 108/01 e 109/01, e das leis e atos normativos federais e estaduais pertinentes.

§ 1º - O Conselho Deliberativo, órgão máximo da estrutura organizacional, é responsável pela defi nição da política geral de administração da RS-Prev e de seus planos de benefícios.

§ 2º - O Conselho Fiscal é o órgão de controle interno da RS-Prev.

§ 3º - A Diretoria-Executiva é o órgão responsável pela administração da RS-Prev, em consonância com a política de administração planejada pelo Conselho Deliberativo.

Art. 6º - A composição do Conselho Deliberativo, integrado por até 6 (seis) membros, e do Conselho Fiscal, integrado por até 4 (quatro) membros, será paritária entre representantes eleitos pelos participantes e assistidos e representantes indicados pelo patrocinador.

§ 1º - Os membros do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal representantes dos pa-trocinadores serão indicados pelo Governador do Estado, em aprovação conjunta com os chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública, na forma do estatuto da RS-Prev.

§ 2º - A presidência do Conselho Deliberativo será exercida por um dos representantes dos patrocinadores, mediante sua indicação, na forma prevista no estatuto da RS-Prev, que terá, além do seu, o voto de qualidade.

§ 3º - A presidência do Conselho Fiscal será exercida por um dos representantes dos par-ticipantes e assistidos, na forma prevista no estatuto da RS-Prev, que terá, além do seu, o voto de qualidade.

§ 4º - Os requisitos previstos nos incisos I a IV do art. 20 da Lei Complementar Federal n.º 108/01 estendem-se aos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da RS-Prev.

Art. 7º - A Diretoria Executiva será composta, no máximo, por 6 (seis) membros, conforme seu patrimônio e número de participantes, na forma prevista no estatuto da RS-Prev, nomeados pelo presidente do Conselho Deliberativo, por indicação deste colegiado, observados os requisitos mínimos do art. 20 da Lei Complementar Federal n.º 108/01.

§ 1º - Compete ao Conselho Deliberativo, mediante decisão fundamentada, a exoneração de membros da Diretoria Executiva, observado o disposto no estatuto da RS-Prev.

§ 2º - A remuneração e as vantagens de qualquer natureza dos membros da Diretoria Executiva serão fi xadas pelo Conselho Deliberativo em valores compatíveis com os níveis prevalecentes no mercado de trabalho para profi ssionais de graus equivalentes de formação profi ssional e de especialização, observado o limite fi xado no § 7.º do art. 33 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.

§ 3º - A remuneração mensal dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal será fi xada por ato do Conselho Deliberativo em até 15% (quinze por cento) e 10% (dez por cento), respectivamente, do valor da remuneração do Diretor-Presidente da RS-Prev.

§ 4º - Nos 12 (doze) meses seguintes ao término do exercício da função, o ex-membro da Diretoria Executiva estará impedido de prestar, direta ou indiretamente, independente-mente da forma ou natureza do contrato, qualquer tipo de serviço às empresas do sistema fi nanceiro que implique a utilização das informações a que teve acesso em decorrência da função exercida, sob pena de responsabilidade civil e penal.

Arts. 5º a 7º

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Art. 8º - O regime jurídico de pessoal da RS-Prev será o previsto na legislação trabalhista.

Art. 9º - A RS-Prev manterá, na sua página na internet, informações atualizadas conten-do o quadro de pessoal, com indicação de cargos, ocupantes e remuneração, conforme disciplinado em seu estatuto.

Art. 10 - Aos membros da Diretoria Executiva incidem as vedações previstas no art. 21 da Lei Complementar Federal n.º 108/01.

SEÇÃO III DA GESTÃO DOS RECURSOS GARANTIDORES

Art. 11 - Por decisão do Conselho Deliberativo, poderão ser criados:

I - um Comitê Gestor para cada plano de benefícios complementares; e

II - um Comitê de Investimentos.

§ 1º - O Comitê Gestor é o órgão responsável pela defi nição da estratégia das aplicações fi nanceiras e acompanhamento do respectivo plano de benefícios previdenciários da RS-Prev, inclusive por meio da apresentação de propostas e sugestões, observadas as diretrizes fi xadas pelo Conselho Deliberativo e pelo Comitê de Investimentos, conforme previsto no estatuto.

§ 2º - O Comitê de Investimentos é o órgão responsável por assessorar a Diretoria Executiva na gestão econômico-fi nanceira dos recursos administrados pela RS-Prev, conforme disposto no estatuto.

§ 3º - Os membros do Comitê Gestor e do Comitê de Investimentos, que deverão comprovar experiência em suas áreas, não poderão integrar o Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal ou a Diretoria Executiva, e terão seus deveres e responsabilidades fi xados no estatuto da RS-Prev.

Art. 12 - A gestão das aplicações dos recursos da RS-Prev poderá ser própria, por entidade autorizada e credenciada ou mista.

§ 1º - Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se:

I - gestão própria: as aplicações realizadas diretamente pela RS-Prev;

II - gestão por entidade autorizada e credenciada: as aplicações realizadas por intermédio de instituição fi nanceira ou de outra instituição autorizada nos termos da legislação vigente para o exercício profi ssional de administração de carteiras; e

III - gestão mista: as aplicações realizadas em parte por gestão própria e em parte por gestão por entidade autorizada e credenciada.

§ 2º - A defi nição da composição e dos percentuais máximos de cada modalidade de gestão constará na política de investimentos dos planos de benefícios a ser fi xada anualmente pelo Conselho Deliberativo.

SEÇÃO IV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13 - O Conselho Deliberativo instituirá código de ética e de conduta, inclusive com regras para prevenir confl ito de interesse e proibição de operações dos dirigentes com as partes relacionadas, cabendo ao Conselho Fiscal assegurar o seu cumprimento.

Parágrafo único - O código de ética e conduta deverá ter ampla divulgação entre conselhei-ros, dirigentes, empregados e, especialmente, entre participantes e assistidos.

Arts. 8º a 13

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Art. 14 - A administração da RS-Prev observará os princípios norteadores da administração pública, notadamente o da efi ciência e o da economicidade, devendo adotar mecanismos de gestão operacional que maximizem a utilização de recursos de forma a otimizar o aten-dimento aos participantes e assistidos e diminuir as despesas administrativas. § 1º - As despesas administrativas referidas no “caput” deste artigo serão custeadas na forma do regulamento dos planos de benefícios complementares, observado o disposto no “caput” do art. 7.º da Lei Complementar Federal n.º 108/01, e fi carão limitadas aos valores estritamente necessários à sustentabilidade do funcionamento da RS-Prev. § 2º - O montante de recursos destinados à cobertura das despesas administrativas será revisado ao fi nal de cada ano, para o atendimento do disposto neste artigo.Art. 15 - A RS-Prev será mantida integralmente por suas receitas, oriundas das contri-buições dos participantes, assistidos e patrocinadores, dos resultados fi nanceiros de suas aplicações e de doações e legados de qualquer natureza, observado o disposto no § 3.º do art. 202 da Constituição Federal. Art. 16 - Cada patrocinador será responsável pelo recolhimento de suas contribuições e pelo repasse à RS-Prev das contribuições descontadas dos participantes a ele vinculados, observado o disposto nesta Lei Complementar e no estatuto. Parágrafo único - As contribuições devidas pelos patrocinadores deverão ser pagas de forma centralizada pelos respectivos Poderes do Estado, pelas autarquias e fundações de direito público, pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Defensoria Pública, e correrão à conta de suas respectivas dotações orçamentárias.

CAPÍTULO III DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

SEÇÃO I DAS LINHAS GERAIS DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS

Art. 17 - Os planos de benefícios da RS-Prev serão criados por ato do Conselho Deliberativo.

§ 1º - Os patrocinadores defi nidos no art. 3.º poderão solicitar a criação de plano de previdência complementar para os participantes a eles vinculados, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias da data da autorização para o funcionamento da RS-Prev pelos órgãos regulador e fi scalizador das entidades fechadas de previdência complementar, ou quando da celebração de convênio de adesão com a entidade, quando for o caso.

§ 2º - Até que seja criado plano de previdência complementar específi co para determinado grupo de participantes, na forma do § 1.º deste artigo, será oferecido um dos planos de previdência complementar destinado a servidores do Poder Executivo a todos os partici-pantes, assegurada a transferência para o plano próprio quando implantado.

Art. 18 - Os planos de benefícios da RS-Prev serão estruturados na modalidade de con-tribuição defi nida, nos termos da regulamentação estabelecida pelo órgão regulador das entidades fechadas de previdência complementar, e fi nanciados de acordo com os planos de custeio previstos pelo art. 18 da Lei Complementar Federal n.º 109/01, observadas as disposições da Lei Complementar Federal n.º 108/01.

§ 1º - Sem prejuízo do disposto no § 3.º do art. 18 da Lei Complementar Federal n.º 109/01, o valor dos benefícios programados será calculado de acordo com o montante do saldo da conta acumulado pelo participante, devendo o valor do benefício ser anualmente ajustado ao referido saldo, na forma prevista no regulamento do respectivo plano de benefícios previdenciários complementares.

Arts. 14 a 18

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§ 2º - Os benefícios não programados serão defi nidos no regulamento dos respectivos planos, devendo ser assegurados, pelo menos, os decorrentes dos eventos invalidez e morte, que poderão ser contratados externamente ou assegurados pelos próprios planos de benefícios previdenciários complementares, com custeio específi co para sua cobertura.

§ 3º - A concessão dos benefícios de que trata o § 2.º deste artigo aos participantes ou assistidos pela entidade fechada de previdência complementar é condicionada à concessão do benefício pelo RPPS.

Art. 19 - Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante e de assistido, assim como os de elegibilidade, de forma de concessão, de cálculo e de paga-mento dos benefícios deverão constar do regulamento dos respectivos planos, observadas as disposições das Leis Complementares Federais n.os 108/01 e 109/01, e a regulamentação do órgão regulador das entidades fechadas de previdência complementar.

Art. 20 - Os planos de benefícios não poderão receber aportes patronais a título de serviço passado.

SEÇÃO II DA MANUTENÇÃO DA FILIAÇÃO

Art. 21 - Poderá permanecer fi liado aos respectivos planos de benefícios o participante:

I - cedido a outro órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive suas empresas públicas e so-ciedades de economia mista;

II - afastado ou licenciado do cargo efetivo temporariamente, com ou sem recebimento de remuneração;

III - que optar pelo benefício proporcional diferido ou autopatrocínio, na forma do regula-mento do plano de benefícios.

§ 1º - Os regulamentos dos planos de benefícios contemplarão as regras para a manutenção do seu custeio, observada a legislação aplicável.

§ 2º - O patrocinador arcará com a sua contribuição somente quando a cessão, o afastamento ou a licença do cargo efetivo implicar ônus para o Estado, suas autarquias e fundações de direito público.

SEÇÃO III DO PARTICIPANTE SEM PATROCÍNIO

Art. 22 - Considera-se participante sem patrocínio aquele que, por receber remuneração inferior ao limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, por não mais manter vínculo com o patrocinador ao qual esteve originalmente vinculado ou por qualquer outra razão especifi cada em lei, não tem direito à contrapartida do patrocinador e opta por con-tribuir para o RPC/RS.

Parágrafo único - O participante sem patrocínio não contribuirá para o fundo de cobertura dos benefícios não programados e o plano de benefícios poderá prever a contratação externa dos benefícios decorrentes dos eventos invalidez e morte, ao qual o participante poderá, facultativamente, aderir.

Arts. 18 a 22

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SEÇÃO IV DAS CONTRIBUIÇÕES

Art. 23 - As contribuições do patrocinador e do participante incidirão sobre a parcela da remuneração que exceder o limite máximo a que se refere o art. 2.º desta Lei Complementar, observado o disposto no inciso XI do art. 37 da Constituição Federal.

§ 1º - Para efeitos desta Lei Complementar, considera-se remuneração:

I - o valor do subsídio do participante;

II - o valor dos vencimentos, do soldo ou do salário do participante, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, incorporadas ou incorporáveis, e, mediante opção expressa do servidor, das parcelas remuneratórias não incorporáveis, excluídas:

a) o salário-família e as parcelas indenizatórias como diárias, ajuda de custo, ressarcimento de despesas de transporte e auxílio alimentação, dentre outras;

b) o abono de permanência.

§ 2º - Na hipótese de contribuição do participante sobre parcelas remuneratórias não in-corporáveis, não haverá contrapartida do patrocinador.

Art. 24 - A alíquota da contribuição do patrocinador será igual à do participante, observado o disposto no regulamento do plano de benefícios, e não poderá exceder o percentual de 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento).

§ 1º - A alíquota de contribuição do participante será por ele defi nida, observado o disposto no regulamento do plano de benefícios e no respectivo plano de custeio.

§ 2º - Além da contribuição normal de que trata o “caput” deste artigo, o regulamento poderá admitir o aporte de contribuições extraordinárias, sem aporte correspondente do patrocinador.

SEÇÃO V DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 25 - O plano de custeio previsto no art. 18 da Lei Complementar Federal n.º 109/01 discriminará o percentual da contribuição do participante e do patrocinador, conforme o caso, para cada um dos benefícios previstos nos respectivos planos, observado o disposto no art. 6.º da Lei Complementar Federal n.º 108/01.

Art. 26 - A RS-Prev manterá controle das reservas constituídas em nome do participante, registrando contabilmente as contribuições deste e as do patrocinador.

Art. 27 - Durante a fase de percepção de renda programada e atendidos os requisitos estabelecidos no plano de benefícios previdenciários complementares, o assistido poderá portar as reservas constituídas em seu nome para entidade de previdência complementar ou companhia seguradora autorizada a operar planos de previdência complementar, com o objetivo específi co de contratar plano de renda vitalícia, observado o disposto no § 2.º do art. 33 da Lei Complementar Federal n.º 109/01.

CAPÍTULO IV DO CONTROLE E DA FISCALIZAÇÃO

Art. 28 - A supervisão e a fi scalização da RS-Prev e de seus planos de benefícios compe-tem ao órgão fi scalizador das entidades de previdência complementar, sem prejuízo das competências constitucionais do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.

Arts. 23 a 28

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§ 1º - A constituição e o funcionamento da RS-Prev, a aplicação de seu estatuto, os regu-lamentos dos planos de benefícios, os convênios de adesão e suas respectivas alterações, assim como as retiradas de patrocínio, dependerão de autorização dos órgãos regulador e fi scalizador das entidades fechadas de previdência complementar.

§ 2º - A competência exercida pelo órgão fi scalizador das entidades fechadas de previdência complementar não exime os patrocinadores da responsabilidade pela supervisão e fi scali-zação sistemática das atividades da RS-Prev, cujos resultados deverão ser encaminhados àquele órgão.

Art. 29 - Aplica-se, no âmbito da RS-Prev, o regime disciplinar previsto no Capítulo VII da Lei Complementar Federal n.º 109/01.

CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 30 - É facultada aos municípios do Estado do Rio Grande do Sul a adesão, na qualidade de patrocinadores, aos planos de benefícios específi cos da RS-Prev, nos termos do estatuto da entidade, observado o disposto no art. 13 da Lei Complementar Federal n.º 109/01, desde que prestadas as garantias sufi cientes ao pagamento das contribuições.

Parágrafo único - A adesão prevista no “caput” deste artigo abrangerá necessariamente todos os servidores públicos vinculados ao regime próprio de previdência social do muni-cípio, de suas autarquias e fundações.

Art. 31 - Na primeira investidura dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da RS-Prev, o Go-vernador do Estado designará os membros que deverão integrá-los em caráter provisório.

Parágrafo único - O mandato dos conselheiros de que trata o “caput” deste artigo será de 2 (dois) anos, durante os quais será realizada eleição direta para que os participantes e assistidos elejam os seus representantes e os patrocinadores indiquem os seus represen-tantes, nos termos da Lei Complementar Federal n.º 108/01.

Art. 32 - Fica o Estado do Rio Grande do Sul autorizado, em caráter excepcional, no ato de criação da RS-Prev, a promover aporte no valor de até R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais), a título de adiantamento de contribuições, necessário ao regular funcionamento inicial da entidade.

Art. 33 - Considera-se como ato de instituição do RPC/RS, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, a autorização de funcionamento da RS-Prev, concedida pelo órgão fi scali-zador das entidades fechadas de previdência complementar.

Parágrafo único - O RPC/RS, de caráter facultativo, incide aos servidores que ingressarem no serviço público estadual a partir do ato referido no “caput” deste artigo, de acordo com o disposto no art. 2.º, e aos atuais servidores somente mediante prévia e expressa opção.

Art. 34 - Até que se estabeleçam as condições necessárias à instituição da RS-Prev, es-pecialmente de escala, poderá o Estado do Rio Grande do Sul, por ato do Poder Executivo, por intermédio de convênio de adesão, criar plano de benefícios previdenciários a ser administrado por entidade fechada de previdência complementar existente, de natureza pública, observado o disposto no § 15 do art. 40 da Constituição Federal.

Art. 35 - Aplicam-se ao RPC/RS as disposições da Lei Complementar Federal n.º 108/01, e, no que com esta não colidir, da Lei Complementar Federal n.º 109/01.

Art. 36 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de outubro de 2015.

Arts. 28 a 36

LEI Nº 14.751, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015.

INSTITUI A CÂMARA DE CONCILIAÇÃO DE PRECATÓRIOS PREVISTA NO ART. 97, § 8º,

INCISO III, DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS − ADCT −

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Lei nº 14.751/2015

351

LEI Nº 14.751, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015.

(publicada no DOE n.º 198, de 16 de outubro de 2015)

Institui a Câmara de Conciliação de Precatórios prevista no art. 97, § 8º, inciso III, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias − ADCT − da Constituição Federal.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º - Fica instituída a Câmara de Conciliação de Precatórios prevista no art. 97, § 8.º, inciso III, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias − ADCT − da Constituição Federal, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 2º - Compete à Câmara de Conciliação, que será coordenada pela Procuradoria-Geral do Estado, compor, mediante acordo direto com os credores, o pagamento de precatórios devidos pelo Estado do Rio Grande do Sul, suas autarquias e fundações.

Parágrafo único - À conciliação será destinado o percentual de 50% (cinquenta por cento) dos recursos de que tratam os §§ 1.º e 2.º do art. 97 do ADCT.

Art. 3º - A conciliação, mediante ato de convocação do credor do precatório devidamente publicado no Diário Ofi cial do Estado, será provocada pela Procuradoria-Geral do Estado e observará os seguintes parâmetros:

I - obediência rigorosa à ordem cronológica de inscrição do precatório;

II - pagamento com redução de até 40% (quarenta por cento) do valor do precatório, observados os critérios defi nidos no Regimento Interno de que trata o art. 6.º desta Lei;

III - possibilidade de pagamento parcelado, em prazo não superior a 2 (dois) anos, para precatório cujo valor obtido após a redução prevista no inciso II deste artigo exceda a 1/3 (um terço) dos recursos repassados mensalmente ao Poder Judiciário previstos no art. 97, § 2.º e § 8.º, inciso III, do ADCT;

IV - incidência dos descontos legais sobre o valor conciliado; e

V - quitação integral da dívida objeto da conciliação e renúncia a qualquer discussão acerca dos critérios de cálculo do percentual apurado e do valor devido.

Art. 4º - Será preservada a ordem cronológica do precatório não conciliado.

Art. 5º - Uma vez formalizado, o instrumento de conciliação será levado à chancela do Procurador-Geral do Estado e à homologação do Juízo responsável pelo pagamento do precatório do respectivo tribunal.

Parágrafo único - A homologação é condição para o cumprimento das condições avençadas no acordo.

Art. 6º - A organização e os procedimentos relacionados à atuação da Câmara de Conci-liação de Precatórios serão regulados por Regimento Interno aprovado em Resolução do Procurador-Geral do Estado.

Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 15 de outubro de 2015.

Arts. 1º a 7º

ATUALIZAÇÕES

LEIS ESTADUAIS,

REGIMENTOS E ESTATUTOS

http://www.tjrs.jus.brhttp://www.al.rs.gov.br

http://www.legislacao.sefaz.rs.gov.br

NESTE TOMO:

Estatuto dos Servidores da Justiça – Lei nº 5.256/1966 – Atualizado até 05-08-15

Estatuto da Magistratura – Lei nº 6.929/1975 – Atualizado até 17-09-15

Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul –

Lei Complementar nº 10.098/1994 – Atualizado até 05-08-15

Taxa Judiciária – Leis nº 7.221/1978 e 8.960/1989 – Atualizada até 05-08-15

Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN – Lei Complementar nº 35/1979 – Atualizada até

05-08-15

Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul – Lei nº 7.356/1980 – Atualizado

até 05-08-15

Lei nº 14.699/2015 – Atualizada até 05-08-15

Lei nº 14.750/2015 – Atualizada até 03-11-15

Lei nº 14.751/2015 – Atualizada até 03-11-15

s