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 i UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE ZOOTECNIA Maurício Vargas da Silveira VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA QUANTIFICATIVA DE ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS EM PROPRIEDADE ASSISTIDA PELO PROGRAMA RIO DE LEITE AQUIDAUANA 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SULUNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA

CURSO DE ZOOTECNIA

Maurício Vargas da Silveira

VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA QUANTIFICATIVA DE ADOÇÃO DETECNOLOGIAS EM PROPRIEDADE ASSISTIDA PELO PROGRAMA RIO DE LEITE

AQUIDAUANA

2010

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Maurício Vargas da Silveira

VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA QUANTIFICATIVA DE ADOÇÃO DETECNOLOGIAS EM PROPRIEDADE ASSISTIDA PELO PROGRAMA RIO DE LEITE

Orientador: Prof. Msc. Andre Rozemberg Peixoto Simões

AQUIDAUANA

2010

Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado como requisito parcial para aobtenção do título de Zootecnista, pelo Cursode Zootecnia da Universidade Estadual deMato Grosso do Sul

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado a minha mãe Maria Dolores e ao meu pai Mauro, pois sem eles eu

não haveria chegado até aqui.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois ele está acima de tudo.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul pela formação acadêmica.

Ao meu orientador professor Msc. Andre Rozemberg Peixoto Simões, pela ajuda e

orientação na execução deste trabalho e durante os dois anos que fui estagiário do

Programa Rio de Leite.

Ao Programa de Capacitação Técnica Aplicada a Pecuária Leiteira PCTA-PL -“Programa Rio de  Leite”, ao professor Dr. Marcus Vinicius Morais de Oliveira e aos

técnicos que passaram pelo Programa (Valdecir, Hugo e Omar), pois aprendi muito com

eles.

Ao meu amigo Antenor, que me auxiliou muito na execução deste projeto. Aos

meus amigos Willian, Rodrigo Magri e Eduardo que também me auxiliaram nas atividades

acadêmicas.

Ao meu tio Luiz Carlos que em vários momentos colaborou no transporte duranteos 2 anos que participei do Programa. Ao meu tio Durval (Médico Veterinário) que me

ensinou vários conhecimentos técnicos.

Aos meus pais pelo apoio financeiro, a minha namorada Jacqueline pelo apoio

moral, aos meus irmãos e todos aos membros da minha família que de alguma forma me

ajudaram e incentivaram.

E a todos os meus amigos de graduação que de alguma forma contribuíram para o

meu desenvolvimento moral e pessoal.

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RESUMO

Uma das grandes dificuldades para o desenvolvimento da atividade leiteira no

Estado de Mato Grosso do Sul, é a falta de técnicos especializados. Baseado nessa

realidade foi criado na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul - UEMS - UnidadeUniversitária de Aquidauana, o Programa de Capacitação Técnica Aplicada a Pecuária

Leiteira PCTA-PL - “Programa RIO DE LEITE” - com o objetivo de capacitar técnicos e

alunos para a transferência de tecnologias para produtores de leite de Aquidauana e região.

Desta forma, baseado na necessidade de acompanhamento das ações de inovação

tecnológica propostas pelo Programa RIO DE LEITE, o presente trabalho teve como

objetivo geral, quantificar de duas formas a evolução da adoção de tecnologias em uma

propriedade leiteira. Como objetivo específico, propôs-se a validar a MetodologiaQuantificativa de Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras desenvolvida por

Simões et al. (2010) com simultânea comparação com os resultados finalísticos ou

tradicionais. Para o desenvolvimento deste trabalho foram executados dois tipos de

avaliações na propriedade acompanhada. A primeira, denominada de avaliação finalística

ou tradicional, visou fazer a análise econômica da atividade conforme a metodologia de

cálculo estabelecida por Matsunaga et al. (1976) e a análise de alguns dos indicadores de

desempenho zootécnico. A segunda, denominada de não finalística, ou não tradicional,

visou à quantificação do processo de inovação tecnológica da propriedade assistida, nesse

caso, utilizou-se a metodologia elaborada por Simões et al. (2010).

Os resultados da Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias,

complementam e validam os resultados obtidos pela metodologia finalística, pois não foi

observado nenhum conflito entre eles. Os resultados positivos encontrados em todos os

itens da metodologia não finalística ajudaram a validar a expressiva variação positiva

obtida pela metodologia finalística e tradicional a qual é baseada nos indicadores de

eficiência econômica e indicadores de desempenho zootécnico. Concluiu-se que a

Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras tem a

vantagem de ser prática e fácil de ser utilizada quando comparada a Metodologia

Finalística ou Tradicional. A utilização da Metodologia Quantificativa de Adoção de

Tecnologias em Propriedades Leiteiras vinculando aos resultados da Metodologia

Finalística, contribuiu na identificação dos pontos negativos, e servira como ferramenta

para que os técnicos consigam solucionar problemas de maneira mais eficaz e eficiente, já

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que terá em mãos uma lista com 158 sub-itens para serem implantados, melhorados ou

aprimorados na propriedade.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 -Indicadores de Avaliação do Desempenho Zootécnico e suavariação percentual......................................................................... 19

Tabela 02 -Indicadores de Eficiência Econômica da atividade leiteira(R$/ano) para os anos de 2008 e 2009, e suavariação.......................................................................................... 20

Tabela 03 -Indicadores de Eficiência Econômica (R$/litro) obtidos em toda aatividade leiteira para os anos de 2008 e 2009, e suavariação......................................................................................... 20

Tabela 04 -Indicadores de Eficiência Econômica (R$/litro) obtidos somentecom a produção de leite para os anos de 2008 e 2009, e sua

variação......................................................................................... 21

Tabela 05 -

Resultado comparativo da aplicação da metodologia propostapara os Itens de avaliação no período de 2008 à 2009, em umaescala de 0 a 3 e percentuais........................................................ 24

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SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................

2 REVISÃO DE LITERATURA 

2.1 Perfil da Produção de Leite no Brasil e Mato Grosso Do Sul ............

vi

1

2

2.2 Produção de Leite com Base em Pastagens ......................................... 5

2.3 Necessidade de Planejamento e Controle da Atividade Leiteira ....... 8

2.4 Importância da Transferência de Tecnologia ......................................  9

2.5 Indicadores de Desempenho ..................................................................  10

3  MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Descrição da Propriedade .....................................................................  12

3.2 Descrição das Avaliações ....................................................................... 13

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

4.1 Avaliação da Propriedade pela Metodologia Finalística .................... 

4.2 Avaliação da Propriedade pela Metodologia Quantificativa de

Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras ..................................

4.3 Vinculação dos Resultados ...................................................................

17

23

32

5 CONCLUSÕES ...............................................................................................

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................

7 ANEXOS .........................................................................................................

33

34

37

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1  INTRODUÇÃO

A globalização, a abertura de novos mercados, a modernização dos processos de

abertura da economia, a integração regional, a liberação de preços e a concorrência com os

produtos de outros países, são os desafios que caracterizam as novas tendências e

perspectivas que afetam o mercado em todo o mundo. Isso gera a necessidade de buscar

estratégias para uma produção de leite sustentável a curto, médio e longo prazo.

A redução do número de produtores, a especialização da atividade, a demanda de

produtos lácteos de qualidade, a concentração industrial, o grande crescimento do leite

longa vida e o aumento da concorrência e competitividade de outras regiões são pontos

fundamentais que exigem novas atitudes para a produção de leite (MARCONDES, 2004).

Essas ações atitudes tornam indispensável à utilização de tecnologias nas

propriedades leiteiras, como: animais de potencial produtivo adequado, espécies

forrageiras melhoradas e a adoção de técnicas racionais de manejo. Somente após a

implantação e evolução dessas tecnologias, haverá a possibilidade da condução de sistemas

de produção de leite tecnicamente viáveis, economicamente rentáveis e ecologicamente

sustentáveis.

O principal foco do sistema de produção de leite é otimizar o uso dos recursos

disponíveis para maximizar o lucro, ou seja, harmonizar a produção de leite de alta

qualidade com o mínimo de impactos negativos sobre a saúde do animal e o meio ambiente(SEMMELMANN, 2007). Portanto, não pode-se afirmar que existe um sistema ideal de

produção para todas as situações, pelo fato de que, a escolha do sistema mais adequado

esta condicionada à disponibilidade dos fatores terra, capital e mão de obra.

Assim sendo, os desafios impostos ao segmento pelas mudanças estruturais,

operacionais e quantitativas, na respectiva cadeia produtiva, tornam imprescindível a

adoção de estratégias orientadas para assegurar uma maior eficiência e a permanência na

atividade. A esse conjunto de ações, quando percebida como algo novo pelos produtores,dá-se o nome genérico de Inovação Tecnológica que, segundo o manual da Pesquisa de

Inovação Tecnológica  –   PINTEC, do IBGE, significa “introdução no mercado de um

produto (bem ou serviço) novo ou substancialmente aprimorado ou pela introdução na

empresa de um processo novo ou substancialmente aprimorado”. 

O estado de Mato Grosso do Sul tem uma participação de aproximadamente 2,6%

da produção nacional de leite, sendo que esta posição não tem se alterado nos últimos 14

anos. Estados pouco expressivos no contexto nacional, como Rondônia, Pará, Mato Grosso

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e Santa Catarina também apresentaram incrementos significativos na produção de leite,

sendo aproximadamente 307, 176, 158 e 128% respectivamente (IBGE, 2006). Uma das

grandes dificuldades para o desenvolvimento desta atividade é a falta de técnicos

especializados em pecuária leiteira.

Baseado nessa realidade foi criado na Universidade Estadual do Mato Grosso doSul - UEMS - Unidade Universitária de Aquidauana, o Programa de Capacitação Técnica

Aplicada a Pecuária Leiteira PCTA-PL - “Programa RIO DE LEITE” - com o objetivo de

capacitar técnicos e alunos para a transferência de tecnologias para produtores de leite de

Aquidauana e região.

Desta forma, baseado na necessidade de acompanhamento das ações de inovação

tecnológica propostas pelo Programa RIO DE LEITE, o presente trabalho teve como

objetivo geral, quantificar de duas formas a evolução da adoção de tecnologias em umapropriedade leiteira.

Como objetivo específico, propôs-se a validar a Metodologia Quantificativa de

Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras desenvolvida por Simões et al. (2010)

com simultânea comparação com os resultados finalísticos ou tradicionais.

2  REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Perfil da Produção de Leite no Brasil e Mato Grosso Do Sul

No ano de 2008 o Brasil foi o sexto maior produtor de leite, com 4,77% da

produção mundial (FAO, 2010). Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, o

“Brasil produziu em 2008, 27,1 bilhões de litros de leite (aumento de 5,5% sobre o volume

registrado em 2007), com 21,6 milhões de vacas ordenhadas, apresentando uma média de

1.277 litros/vaca/ano” (IBGE, 2010).

Segundo o IBGE (2006), a produção de leite no Brasil está majoritariamente

concentrada em estabelecimentos com área de até 200 hectares. Nestes grupos de área

originam-se 81,8% da produção nacional. Nota-se também que os estabelecimentos com

área inferior a 20 hectares são responsáveis por 56,6 % da produção nacional de leite, o

que deixa clara a importância destes produtores no cenário da pecuária leiteira.

O sistema de criação denominado tradicional é o mais encontrado no Brasil, este

sistema caracteriza-se por índices zootécnicos inadequados, baixo volume de leite

produzido, sazonalidade marcante na produção de leite, utilização extensiva de pastagens,

uso incorreto de capineiras, pouco capital investido em máquinas e equipamentos; bem

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como instalações inadequadas e sanidade precária do rebanho. A ordenha manual uma vez

ao dia, o resfriamento do leite pouco eficiente e com baixa qualidade microbiológica, a

utilização de animais azebuados e alta utilização de mão-de-obra familiar são outros

fatores que colaboram com os baixos índices zootécnicos (PRADO, 1999 e PEREIRA,

2001 citados por SILVA Jr. et. al., s/d).De acordo com Camargo e Ribeiro (2005), nas propriedades leiteiras,

principalmente as de cunho familiar, o insumo que mais falta é a informação sobre como

produzir leite de uma maneira simples, porém com conceitos técnicos, de modo rentável e

ambientalmente sustentável. O não emprego de muitas práticas básicas e consagradas

ocorre em quase a totalidade das propriedades familiares.

Segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal em 2008, embora Mato Grosso do

Sul tenha o terceiro maior número efetivo de bovinos com aproximadamente 25 milhões decabeças, sua produção de leite é relativamente baixa, ocupando 12º lugar no ranking

nacional. Com produção de aproximadamente 496 milhões, o que representa 2,3% da

produção nacional e com 522 mil vacas ordenhadas, apresentou uma média de 950

litros/vaca/ano (IBGE, 2010).

O sistema de produção de leite é predominantemente em regime de pastejo, com

suplementação volumosa e concentrada na seca. A baixa qualidade do pasto, a

estacionalidade da produção de forragens e a degradação do solo são os principais desafios

para produtores da região.

Para os produtores, o problema geral está no preço de comercialização do produto,

embora tenham outros problemas com a dificuldade no transporte em virtude da má

conservação das estradas, mão-de-obra de baixa qualificação, ausência de políticas

públicas para o setor, altos custos na aquisição de insumos, vulnerabilidade do mercado a

entrada de produtos importados, falta de orientação técnica e de estudos mais aprofundados

no setor (MICHELS et al., 2003).

Para a indústria, os principais problemas são referentes à aquisição da matéria

prima básica, por conta da sazonalidade de produção, dificuldades logísticas e inadequação

do insumo a padrões mínimos de qualidade. A falta de qualidade de matéria-prima é um

problema generalizado, as condições higiene/limpeza e qualificação de mão-de-obra são

extremamente relevantes, tanto na qualidade do produto quanto no processo.

(FIGUEIREDO NETO et al., 2007).

Segundo Michels et al. (2003), o Estado de Mato Grosso do Sul pode ser dividido

em 8 bacias leiteiras (FIGURA 1): Bacia de Aquidauana, Centro-Norte, Bacia do Bolsão,

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Campo Grande, Nova Andradina, Dourados, Glória de Dourados e a Bacia do Cone Sul.

Fernandes e Gomes (2001) afirmam que, a pecuária leiteira no Estado de Mato Grosso do

Sul é uma atividade complementar à pecuária de corte, sendo 70% do leite produzido

proveniente de rebanhos não especializados de aptidão mista ou de corte e conduzida

principalmente de maneira extensiva.

FIGURA 01. Bacias leiteiras do Estado de Mato Grosso do Sul (MICHELS et al., 2003).

Na Microrregião de Aquidauana a produção de leite é oriunda basicamente de gado

misto ou de corte. Este contexto genético explica parte da baixa produtividade em relação

aos fatores de produção e, conseqüentemente, a baixa competitividade da atividade leiteira.

Todavia, os assentamentos da região possuem potencialidade para produção de leite, poisesta atividade é mais recomendada para pequenas propriedades.

A atividade leiteira sempre foi incentivada como atividade de subsistência e para

fixação do homem no campo, porém, além de sua importância social, a produção leiteira é

uma atividade econômica importante no agronegócio de Mato Grosso do Sul (MICHELS

et al., 2003).

Desta forma, o sistema de produção de leite praticado no estado deverá passar por

um processo de mudança para sua sobrevivência enquanto atividade econômica. Em um

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sistema de produção leiteiro, dentre os principais elementos a serem considerados para um

aumento da produtividade são as pastagens, genética e o manejo do rebanho.

2.2 Produção de Leite com Base em Pastagens

É impossível estabelecer para o país, um modelo ideal, único e padronizado para a

produção de leite, uma vez que a grande diversidade das condições edafoclimáticas,

sociais, culturais e econômicas propicía e justifica a presença de diferentes sistemas de

produção (SANTOS e JUCHEM, 2001).

O sistema de produção é definido a partir de diversos fatores, tais como área

disponibilizada, tecnologia empregada, recursos humanos e financeiros utilizados e o

resultado econômico-financeiro desejado. Segundo Aguiar (1998), diferentes sistemas de

produção apresentam custos e lucro diferentes.

Brito et al. (2009), afirma que de todas as tecnologias disponíveis, a produção de

leite em regime de pastejo é a mais complexa, havendo necessidade de entendimento e

manipulação correta da complicada interação solo, planta, clima, animal aliada a ação do

homem.

O processo de intensificação da produção de leite implica no emprego de

forrageiras de elevada capacidade de produção de matéria seca e boa qualidade nutricional.

Dentre as forrageiras cultivadas no Brasil para produção de leite, destacam-se as espécies:

Pennisetum purpureum cultivares Napier, Cameroom e Pioneiro; Panicum maximum

cultivares Tobiatã, Tanzânia e Mombaça; Cynodon sp. cultivares Estrela, Coast-Cross e

Tifton sp e a   Brachiaria brizantha cultivares Marandu, Xaraés, Piatã e MG-5

(MAGALHÃES et al., 2007).

Do ponto de vista da alimentação do rebanho, o pasto é o mais barato de todos os

alimentos para se produzir e utilizar, constituindo-se num sistema de produção que requer

menores investimentos e menor gasto com mão-de-obra; além deste sistema ter menorimpacto sobre o meio ambiente do que os sistemas confinados, pelo fato de emitirem

menor quantidade de gases do efeito estufa (ÁLVARES, 2001).

Boas pastagens reduzem a necessidade de suplementação dos animais,

principalmente durante a época das chuvas. O uso de pastagens de boa qualidade é

econômico, não só pela redução na compra de concentrados cujos preços são elevados,

mas também pela diminuição da mão-de-obra, uma vez que o próprio animal colhe a

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forragem, evitando, portanto, necessidade de gastos com essa operação (AROEIRA et al.,

2004).

A exploração de alto potencial de produção das plantas forrageiras como as do

gênero Cynodon sp., quando manejadas corretamente, apresentam um potencial de

fornecimento de nutrientes para produções de até 12 kg de leite/vaca/dia sem o uso derações concentradas (SANTOS et al., 2003).

Segundo Assis et al. (2005), de acordo com o conjunto de características adotadas,

pode-se classificar a produção de leite em regime de pastejo em 3 diferentes sistemas,

sendo estes: sistema extensivo, sistema semi-intensivo e sistema intensivo.

No sistema extensivo, o pastejo de lotação é contínuo e se caracteriza pela

utilização da pastagem sem descanso durante todo o ano, ou durante várias estações,

podendo ser com um número de animais fixo ou variável ao longo do ano, com produçãode até 1.200 litros de leite por vaca ordenhada/ano, de acordo com a disponibilidade de

forragem.

As propriedades que adotam esse sistema possuem pastagens formadas por

forrageiras de porte baixo, estoloníferas ou semiprostradas, como a maioria das plantas

  Brachiaria spp (decumbens, humidicola, ruziziensis, etc.), elas são utilizadas de forma

extremamente intensiva, pois não tem um período de descanso para recuperação, sendo

assim, a capacidade de suporte não passa de 1,5 UA/ha (AGUIAR, 2003).

No caso do sistema semi-intensivo, a produção de leite por vaca ordenhada/ano

pode variar de 1.200 a 2.000 litros, neste sistema se a forragem fornecida não suprir as

exigências nutricionais para a produção individual de cada vaca lactante, esta receberá

suplementação concentrada de acordo com o mérito produtivo (período da chuva – 1 Kg de

ração para cada 3 litros acima do atendido pela pastagem; período da seca  – 1 Kg de ração

para cada 2,5 litros acima do atendido pela pastagem).

Neste sistema é fornecida a suplementação volumosa no período de menor

crescimento do pasto. O pastejo no sistema semi-intensivo é do tipo rotacionado, onde a

pastagem é subdividida em um número variável de piquetes, que são utilizados um após o

outro, podendo ser também com carga fixa ou variável (AGUIAR, 2003).

Ele é baseado no princípio de que um período de descanso favorece a produção de

forragem, permitindo o desenvolvimento de raízes, perfilhos e reservas orgânicas. Assim,

as gramíneas cespitosas de intenso perfilhamento e que apresentam precoce alongamento

de caule e rápida elevação de meristema apical, como as forrageiras das espécies Panicum

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maximum (colonião, tanzânia, mombaça) e Pennisetum purpureum (capim elefante), são

melhores adaptadas a este sistema (SOUZA, 2003).

A mesma característica é valida para o sistema intensivo, que se diferenciam da

semi-intensiva pela maior adoção de tecnologias como a correção e adubação dos solos e,

na sua maioria, a utilização de irrigação da pastagem, permitindo que o nível de produçãode forragem seja alto. Conseqüentemente, as taxas de lotação são superiores a 2,0 UA/ha,

pois é possível controlar o nível de desfolha e evitar o consumo da rebrota que ocorre em

poucas horas após a desfolha, impedindo a redução do vigor da rebrota (ASSIS et al,

2005).

Os animais utilizados no sistema intensivo apresentam um maior potencial

produtivo devido a grande composição genética de gene europeu, chegando a produzir

acima de 4.500 litros de leite por vaca ordenhada/ano. Conseqüentemente, o sistema dispõede uma suplementação volumosa composta de silagem, feno e um maior fornecimento de

concentrado (SOUZA, 2003).

Normalmente, a adoção do sistema de pastejo rotacionado permite alcançar um

aumento na lotação animal que varia de 25 a 100%, devido basicamente ao aumento da

eficiência da colheita da forragem pelos animais e à uniformidade de pastejo (AGUIAR,

2003).

Tanto no sistema semi-intensivo quanto no intensivo, a determinação da quantidade

de forragem disponível em cada piquete define a capacidade de suporte da área, indicando

quantos e quando os animais devem entrar e sair de determinado piquete, a fim de que

façam um bom proveito e não prejudiquem o desenvolvimento da planta (LOPES, 2003).

O período de ocupação do piquete vai depender do ritmo de crescimento das

plantas forrageiras e da estrutura disponível. Devendo ser mais curto, um dia de ocupação,

apenas em sistemas de uso super intensivo da pastagem, podendo chegar até a uma semana

(MAGALHÃES, 2007).

O período de descanso é o tempo necessário para a planta voltar a crescer e está em

função da espécie forrageira. Resíduos mais baixos devem ser utilizados em sistemas com

altos níveis de adubação, para permitir a entrada de luz na base da touceira como forma de

estimular o perfilhamento basal, e mais alto em sistemas sem adubação ou com baixos

níveis de fertilizantes, para causar menos stress à planta já que as condições de rebrota não

são tão favoráveis (AGUIAR, 1998).

Na implantação do sistema de pastejo rotacionado, deve-se dar preferência à

confecção de piquetes com forma quadrada ou retangular, sendo que o comprimento não

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deve ultrapassar em três vezes a medida da largura, pois assim os piquetes serão pastejados

mais uniformemente (AGUIAR, 1998).

Objetivando diminuir custos de implantação, as fontes de água e sal mineral, além

da sombra, devem ficar situadas em uma única área (área de lazer), que é comum a todos

os piquetes e deve ficar em uma posição estratégica, permitindo que os animais andem omínimo possível para ter acesso a ela. As divisões de pastagens devem ser feitas com

cercas eletrificadas, que possuem um custo de implantação bem abaixo das cercas

convencionais (MATOS, 1997).

2.3 Necessidade de Planejamento e Controle da Atividade Leiteira

A necessidade de analisar economicamente a atividade leiteira é importante, pois,

com isso, o produtor passa a conhecer e utilizar, de maneira inteligente e econômica, os

fatores de produção (terra, trabalho e capital) e, a partir daí, localizar os pontos de

estrangulamento para depois concentrar esforços gerenciais e administrativos a fim de

obter sucesso na atividade (LOPES e CARVALHO, 2000).

Segundo Oliveira et al. (2005), para a atividade leiteira tornar-se competitiva e

estabelecer-se em determinada região, os fatores produtivos devem ser explorados com a

máxima eficiência, de forma adequada e economicamente viável, tornando a propriedade

uma empresa rentável. Sendo assim, avaliar o desempenho econômico da pecuária leiteira

permite identificar possíveis entraves ao seu desenvolvimento e falhas na administração,

fornecendo subsídios à tomada de decisões.

Para se atingir tal objetivo deve-se investigar e analisar as ferramentas gerenciais

existentes, detectar em quais aspectos as mesmas são incompatíveis às necessidades do

pequeno produtor e propor um novo sistema de gestão de planejamento e custeio adequado

à realidade regional (MARION e SEGATTI, 2005).

Todo planejamento, seja estratégico, gerencial e operacional, deve ser flexível parareceber as adaptações de acordo com as influências dos fatores internos e externos da

empresa rural. Andrade (1985), citado por Marion e Segatti (2005), define e exemplifica

com clareza, os três níveis de planejamento na empresa rural:

1. O planejamento estratégico prevê a ação da empresa em face às variáveis do

ambiente através de uma análise global. Considera o longo prazo e procura definir o que, e

quanto produzir. Para a elaboração do planejamento mostra-se necessário considerar os

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objetivos da empresa rural, as variáveis do ambiente, as condições internas da empresa

rural e as possíveis alternativas estratégicas.

2. O planejamento gerencial define as formas para a captação e alocação de

recursos a serem aplicados na produção, bem como, a distribuição dos produtos. O

gerencial vai definir aspectos referentes ao aproveitamento de parte das construções;capacitar e despertar a motivação nos funcionários do setor; elaborar orçamentos e

cronograma de trabalho; definir um sistema de registro e controle.

3. O planejamento operacional é direcionado para as condições internas da

empresa, define as tarefas a serem executadas, a forma de execução e as pessoas

responsáveis pelas mesmas, prevendo cada exploração individualmente. O operacional vai

acompanhar diariamente a rotina de manejo; efetuar diariamente os controles de

nascimentos, morte e inseminações; manter controle da alimentação, visando ao aumentoda produtividade e preencher as fichas de controle.

Após estabelecer os objetivos deverão ser definidas as estratégias para alcançar as

metas propostas no projeto. Definido o projeto, as metas e as estratégias a serem seguidas,

a próxima etapa é a implantação das estratégias que deverão ser executadas pelos gerentes,

técnicos e funcionários da propriedade (BARBOSA e SOUZA, 2007).

Além da necessidade de planejamento, o produtor deve obter lucros advindos da

melhoria na gerência da propriedade através de ações diretas nas gestões Econômica,

Estratégica, de Recursos e Ambiental, além de promover melhorias do processo produtivo

através de ações diretas nas Instalações, Manejos Produtivo, Sanitário, Nutricional e de

Ordenha. Deve ainda, investir na capacitação e motivação da mão-de-obra bem como na

aplicação de uma tecnologia social com vista à melhoria das condições de vida do

trabalhador, pois possibilita a manutenção deles na cadeia produtiva do leite com um

produto de qualidade (SIMÕES et al., 2010).

Para auxiliar os técnicos a visualizar as melhorias necessárias na gerência da

propriedade foi elaborada por Simões et al. (2010) a Metodologia Quantificativa de

Adoção de Tecnologias, a qual quando utilizada promove um maior controle das ações

necessárias para a atividade leiteira.

2.4 Importância da Transferência de Tecnologia

A falta de conhecimento técnico dos produtores vem gerando uma condição de

ausência de competitividade com as condições de mercado globalizado. Como seqüelas

dessa realidade instalam-se sistemas de produção muitas vezes extrativistas e predatórios,

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responsáveis por baixos índices zootécnicos e disseminação de doenças e parasitas. Eles

não apresentam sustentabilidade levando os produtores à falência ou à baixa de qualidade

de vida e como conseqüência, a degradação do meio ambiente, o desemprego e o êxodo

rural.

Sendo assim, torna-se evidente a necessidade de gerar alternativas tecnológicas quecontribuam para a redução dos custos de produção, criando oportunidades para os

produtores pertencentes à cadeia produtiva do leite. Umas das formas de melhorar esta

situação é criando programas para promover a capacitação de técnicos e produtores, como

exemplo, o Programa de Capacitação Técnica Aplicada a Pecuária Leiteira PCTA-PL -

“Programa RIO DE LEITE” da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) -

Unidade Universitária de Aquidauana.

A tecnologia é um dos principais fatores determinantes para a manutenção de umsistema produtivo, ou seja, com base na tecnologia utilizada e dependendo do meio, se

transforma um sistema de produção sustentável ou não, eficiente a ponto de se manter a

atividade produtiva, seja em caráter familiar ou mesmo empresarial. Neste sentido, a

tecnologia deve ser incorporada e, orientada por um planejamento sistêmico, onde todas as

partes do todo sejam complementares e realmente necessárias (ALEIXO e SOUZA, 2001).

2.5 Indicadores de Desempenho

Os indicadores de desempenho são variáveis que captam de maneira mais ampla

possível o impacto de ações em todos os níveis da empresa. Os indicadores devem ser

medidos no início do trabalho de diagnóstico, durante a implantação das ações e no final

do período de planejamento, possibilitando assim, a correção de eventuais desvios e a

verificação do alcance das metas traçadas (FIGUEIRÓ, 2008).

a) Indicadores de Desempenho Econômico

Verificar como os recursos empregados em um processo de produção estão sendo

pagos, possibilitando, também, verificar como se comporta a rentabilidade da atividade,

comparada a outras alternativas de investimentos (BRITO et al., 2009).

Analisar os custos de produção de uma empresa agrícola é tarefa fundamental a

uma boa administração. Pelo estudo sistemático dos custos incorridos na produção do leite,

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pode o produtor (empresário) fixar diretrizes e corrigir distorções, possibilitando a

sobrevivência do sistema de produção de leite em um mercado cada vez mais competitivo

e exigente (BRITO et al., 2009). 

- Margem Bruta (MB): em termos absolutos é a diferença entre a receita total e o

custo operacional efetivo (COE). Também pode ser expressa em termos percentuais(MB%), dividindo-se seu valor absoluto pela receita e multiplicando-se por 100. É o

montante que vai remunerar os fatores fixos da atividade tais como terra, animais,

benfeitorias, máquinas e a mão-de-obra familiar. O COE compõem-se dos desembolsos

efetivamente realizados na condução da atividade, exceto a mão-de-obra familiar e a

depreciação (OLIVEIRA et al., 2001).

Se o valor da margem bruta for positivo, ou seja, se estiver superior ao custo

operacional efetivo, é sinal de que a atividade consegue pagar as despesas diretas com osinsumos, e sobreviverá, pelo menos, a curto prazo. Se o valor da margem bruta for

negativo, ou seja, se estiver inferior aos custo operacional efetivo, significa que a atividade

é antieconômica, ou seja a receita é inferior as despesas diretas. Nesse caso, no curto prazo,

se o produtor abandonar esta atividade, estará minimizando seus prejuízos, ficando sujeito

apenas aos custos fixos que continuarão a existir (FIGUEIRÓ, 2008).

- Margem Líquida (ML): em termos absolutos é a diferença entre receita total ou

renda bruta e o custo operacional total (COT) ou, também, pode ser expressa em termos

percentuais ML(%), dividindo-se seu valor absoluto pela receita e multiplicando-se por

100. Portanto, a ML(%) indica a percentagem que restou de cada R$1,00 de receita após a

dedução de todos os custos. É o resíduo que remunera o capital investido na atividade

leiteira. O COT é o custo de reposição do capital efetivamente empregado, uma vez que os

investimentos já foram realizados. É o COE mais a mão-de-obra familiar e a depreciação

(OLIVEIRA et al., 2001).

Se a margem líquida da atividade for positiva, pode-se concluir que a atividade é

estável, tem possibilidade de expansão e tem possibilidades de se manter por longo prazo;

Se o valor da margem líquida for igual a zero, a propriedade estará no ponto de equilíbrio e

em condições de refazer, no longo prazo, seu capital fixo; Se a margem líquida for

negativa, mas em condições de suportar o custo operacional efetivo, significa que o

produtor poderá continuar produzindo por um determinado período, embora com o

problema de descapitalização (FIGUEIRÓ, 2008).

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- Taxa Mensal de Retorno Sobre o Investimento (%): é o percentual resultante da

divisão entre a ML e o capital investido sem ou com terra. Indica quanto a empresa ganha

para cada R$100,00 de capital investido (OLIVEIRA et al., 2001).

- Resultado (lucro ou prejuízo): o resultado é a diferença entre as receita total (RT)

e os custo, adotando-se a estrutura do custo total (CT), o resultado pode ser calculado coma seguinte fórmula (FIGUEIRÓ, 2008):

 Resultado (Lucro ou prejuízo) = receita total (RT) - custo total (CT) 

b) Indicadores de desempenho Zootécnico:

- Produtividade: representa a quantidade de litros de leite produzido por unidade de

fatores fixos, por exemplo: Litros/vaca total/dia, Litro/vaca lactação/dia, Litros/vaca/ano

ou Litros/ha/ano. A produtividade da vaca está intimamente ligada a outros fatores, como:

genética, alimentação, sanidade, manejo de ordenhas, gestão administrativa, estágio da

curva de lactação, idade, individualidade, clima, habilidade do ordenhador, taxa de

mortalidade, intervalo de partos, época de parição, período seco e estado corporal

(KREUTZ, 1988 citado por KRUG, 2001).

- Produção: definida pela quantidade média mensal de leite vendida ou auto-

consumida na forma fluida ou na forma de derivados expressos na quantidade equivalente

de litros de leite (Litros/dia, Litros/mês, Litros/ano) (OLIVEIRA et al., 2001).

- Eficiência do Rebanho (Relação Vacas em Lactação/Total de Vacas): é o

percentual de vacas em lactação em relação ao total de vacas (secas e em lactação) no

rebanho (OLIVEIRA et al., 2001).

3  MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Descrição da Propriedade

A propriedade avaliada está localizada na colônia do Pulador, no município de

Anastácio a 10 km de Aquidauana, ou seja, ela faz parte da Bacia Leiteira de Aquidauana.

Possui área de 43,22ha totalmente destinada à atividade leiteira. Quando começou a ser

assistida pelo Programa RIO DE LEITE, refletia a tendência natural do estado que é a de

produção de gado de corte em sistema extensivo de criação, com rebanhos mistos, de baixa

produtividade e sendo a produção de leite considerada um subproduto da atividade.

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O proprietário reside no local e executa as atividades da propriedade com o auxílio

de um funcionário. O sistema adotado já era o de ordenha mecânica, mas praticada

somente uma vez ao dia e com bezerro ao pé. Após a ordenha, o leite é transportado em

tambores de 50 litros, até um tanque de refrigeração, onde fica estocado enquanto aguarda

a coleta pelo laticínio. De acordo com a Instrução Normativa nº 51 DE 18/09/2002, o leiteproduzido nesta propriedade é classificado como tipo C.

Não utilizava a técnica de inseminação artificial e o touro era da raça Nelore.

Possuía pastagens de baixa qualidade predominando as espécies  Brachiaria decumbens e

  Brachiaria humidicola. Possuía área de capineira, somente com cana-de-açúcar

(Saccharum officinarum) em quantidade insuficiente para atender todo o rebanho. Todos

esses fatores geravam como conseqüência a baixa produtividade, que em 2007 era de 3,1

litro/vaca/dia.A disponibilidade de água é por meio de reservatório mantido por poços artesianos,

além de possuir 2 açudes. A relação de máquinas, equipamentos, acessórios, benfeitorias,

forrageiras (pastagens e capineiras) e a descrição do rebanho para os anos de 2008 e 2009,

estão especificados nos ANEXOS 2 a 11.

3.2 Descrição das Avaliações

Para o desenvolvimento deste trabalho foram executados dois tipos de avaliações

na propriedade acompanhada pelo Programa RIO DE LEITE. A primeira, denominada de

avaliação finalística ou tradicional, visou fazer a análise econômica da atividade conforme

a metodologia de cálculo estabelecida por Matsunaga et al. (1976) e a análise de alguns dos

indicadores de desempenho zootécnico (produção média de leite - Litros/dia, Litros/mês,

Litros/ano; produtividade das vacas - Litros/vaca/dia, Litros/vaca total/dia e eficiência do

rebanho) entre os anos de 2008 e 2009.

Cabe destacar que, embora o Programa RIO DE LEITE tenha iniciado oacompanhamento e as orientações para a propriedade em questão no ano de 2007, os dados

deste ano não foram utilizados nesta avaliação, pois ocorreram dificuldades na coleta das

informações o que resultou em análises incompletas e inconsistentes. Em 2008, o produtor

introduziu um controle gerencial mais efetivo na atividade, o que possibilitou iniciar o

processo de análise técnica e econômica. A segunda, denominada de não finalística, ou não

tradicional, visou à quantificação do processo de inovação tecnológica da propriedade

assistida, nesse caso, utilizou-se a metodologia elaborada por Simões et al. (2010).

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A Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras

disponibiliza uma planilha eletrônica onde são inseridos 13 “Itens”, os quais pretendem

abranger os principais procedimentos de gestão da atividade leiteira, a saber: Gestão

Econômica; Gestão Estratégica; Controle Zootécnico; Gestão de Recursos; Gestão

Ambiental; Instalações; Manejo Reprodutivo; Sanidade; Nutrição e Alimentação; Produçãode Volumoso; Pastagens; Manejo de Bezerras e Manejo de Ordenha. A cada Item são

acrescentados “Sub-itens” que variam em número de 6 a 23, perfazendo um total geral de

158, descritos no Anexo 1.

Cada Sub-item recebe um conceito inicial e outro final que varia num intervalo de 0

a 3, onde zero significa “não faz/não possui”, 1 significa “faz de maneira

ineficiente/incompleta”, 2 significa “faz de forma moderada/possui quase completo” e o

maior significa “faz com perfeição/possui completo”. Para eliminar ao máximo asubjetividade da avaliação do técnico na hora de aplicar os conceitos, deve ser utilizada

uma tabela intitulada “Guia de Preenchimento dos Indicadores de Tecnologia” que

descreve com precisão o significado de cada conceito de cada Sub-item (FIGURA 02). É

importante destacar que a planilha eletrônica desta avaliação na ocasião do preenchimento

não deve ser entendida como um questionário para o produtor, mas sim como um

questionário sobre o que o técnico visualiza na propriedade.

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FIGURA 02. Modelo da Planilha “Guia de Preenchimento dos Indicadores de Tecnologia”.Fonte: Simões et al. (2010).

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Para calcular as notas iniciais e finais de cada Sub-item, estes recebem uma

ponderação (peso) com o objetivo de hierarquizar o seu grau de importância dentro de cada

Item. O resultado do somatório das notas calculadas de cada Sub-item é uma nota inicial e

outra final para cada Item, sendo que esta varia em uma escala de 0 a 3 (QUADRO 01).

Cada nota encontrada é transformada em resultados percentuais, onde, 100% equivale anota máxima (3), conforme o ANEXO 01.

QUADRO 01  –  Modelo de planilha utilizada para o cálculo das notas inicial e finallevando em consideração os respectivos pesos em cada item. Fonte: Simões et al. (2010).

ItensConceito Peso Nota Total

Início Final Início Final Início Final Início Final

1 Gestão Econômica

1.1 Projeção de Investimentos - 2,00 0,13 0,13 - 0,250,13 1,00

1.2 Fluxo de caixa projetado - - 0,13 0,13 - -

1.3 Projeção dos custos de produção - 1,00 0,13 0,13 - 0,13

1.4Projeção dos indicadores dedesempenho econômico - - 0,13 0,13 - -

1.5 Inventário anual 1,00 1,00 0,13 0,13 0,13 0,131.6 Fluxo de caixa - 2,00 0,13 0,13 - 0,251.7 Custos de produção - 1,00 0,13 0,13 - 0,13

1.8 Avaliação econômica - 1,00 0,13 0,13 - 0,13

3 Controle Zootécnico3.1 Identificação individual (brinco) - 2,00 0,15 0,15 - 0,30 0,31 2,29

3.2

Controle zootécnico individual

(Fichas e/ou planilhas eletrônicas) - 2,00 0,16 0,16 - 0,323.3 Controle leiteiro individual - 2,00 0,16 0,16 - 0,32

3.4Controle leiteiro - produção diáriatotal 1,00 3,00 0,16 0,16 0,16 0,48

3.5

Utiliza os indicadores zootécnicoscomo ferramenta de tomada dedecisão - 1,00 0,12 0,12 - 0,12

3.6 Acesso a novas tecnologias 1,00 3,00 0,15 0,15 0,15 0,45

3.7 Organização de arquivos - 3,00 0,10 0,10 - 0,30

Finalmente, procede-se o somatório das notas inicial e final de todos os Itens para

encontrar uma nota final para a propriedade estudada. A diferença quantitativa entre as

notas final e inicial evidencia, tanto em cada Item, quanto na avaliação geral da

propriedade, a adoção ou abandono de medidas de inovação tecnológica. Os conceitos e

notas obtidos são colocados em um quadro comparativo e ilustrados sob forma de gráfico

para melhor visualização da variação entre a nota inicial e final (TABELA 05).

Os conceitos, notas e percentuais iniciais foram tomados no começo do ano de

2008 e os conceitos, notas e percentuais finais foram tomados no final do ano de 2009, ou

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seja, após três anos de transferência de tecnologia a propriedade assistida (obs.: a

propriedade foi inserida no Programa em 2007).

4  RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Avaliação da Propriedade pela Metodologia Finalística

O diagnóstico do sistema de produção, com base nos dados de 2008 constatou uma

produção de 116,1 litros/dia, com produtividade de 5,1 litros/vaca/dia e 46% de eficiência do

rebanho - Relação percentual do número total de vacas em lactação pelo total de vacas

(TABELA 01). Conforme a metodologia de cálculo estabelecida por Matsunaga et al.

(1976), foram executados os cálculos dos indicadores de eficiência econômica para a

propriedade avaliada entre os anos de 2008 e 2009, os valores que serviram como basepara os cálculos estão demonstrado nos ANEXOS 2 A 11.

Em 2008 o lucro ficou em R$ - 0,12/litro; a Margem Bruta (MB) e a Margem

Líquida (ML) ficaram em R$ 15.200,12 e R$ 197,54 respectivamente. A propriedade teve

em 2008 um prejuízo na ordem de R$ - 8.633,15, ou seja, a atividade não conseguiu pagar

o custo oportunidade das máquinas, benfeitorias, forrageiras e rebanho, portanto, neste ano

a atividade não foi economicamente atrativa (TABELA 02). Com base nesta situação, o

programa intensificou ainda mais o processo de transferência de tecnologias para tentar

reverter o prejuízo econômico evidenciado.

Para adequar as instalações, utilizou-se grande parte do material disponível na

propriedade, bem como as estruturas ociosas pré-existentes, a exemplo do bezerreiro

coletivo, além da improvisação de um depósito de concentrados e sal mineral e de um

espaço destinado à farmácia.

Com o auxílio dos técnicos, alunos e estagiários do Programa RIO DE LEITE o

produtor identificou todo o rebanho, bem como passou a registrar rotineiramente o

Controle Mensal do Rebanho e da Produção de Leite. Implantou também o preenchimento

dos formulários previstos tais como, Fluxo de Caixa Mensal, Controle e Pesagem Leite,

Controle Reprodutivo, entre outros.

Com a orientação técnica, ele passou a executar duas ordenhas diárias,

principalmente após perceber o quanto era importante a segunda ordenha para ajudar a

cobrir os custos; segundo Brito et al. (2009), a adoção de mais de uma ordenha diária

implica em 15% a mais na produção de leite em média, o que resulta em maior

lucratividade. Em sociedade com vizinhos de propriedade também participantes do

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Programa RIO DE LEITE, adquiriu os materiais e equipamentos necessários para a

implantação da técnica de inseminação artificial, além de adquirir um touro para repasse

com genética superior ao que existia na propriedade.

Executou reforma de pastagens e construiu algumas divisões, que foram

insuficientes para a execução do sistema de pastejo rotacionado. Aumentou a área de cana-de-açúcar para ser utilizado como volumoso suplementar na época da seca, além de

implantar uma área de Capim Elefante (Pennisetum purpureum cv. Napier). Melhorou o

manejo de ordenha com a implantação da técnica de desinfecção dos tetos, as quais são

denominadas pré dipping (antes da ordenha) e pós dipping (após da ordenha e quando o

bezerro já está desmamado). Iniciou a desmama precoce dos animais reduzindo para 90 a

120 dias de idade.

Com a implantação da técnica de pesagem do leite, conseguiu identificar econseqüentemente descartar as vacas de baixo potencial. Após o descarte adquiriu

melhores matrizes leiteiras com a finalidade de aumentar a produção e melhorar o rebanho

de maneira imediata. O produtor participou de dias de campo, cursos e treinamentos

proporcionados pelo Programa RIO DE LEITE.

A transferência de tecnologias foi realizada por alunos e técnicos credenciados pelo

Programa RIO DE LEITE com uma freqüência semanal e direcionadas para a realidade da

fazenda.

Basicamente nessas visitas foram realizados os seguintes serviços e recomendações

técnicas: Diagnóstico técnico e econômico da atividade, Planejamento a longo prazo;

Verificações periódicas das instalações, equipamentos e pastagens, quanto aos aspectos

produtivos e sanitários; Medição, mapeamento e redistribuição da área destinada à

produção com as respectivas recomendações; Diagnósticos de gestação; Coleta de dados

de produção; Coleta de dados do Fluxo de Caixa; Tratamentos de animais doentes;

Implantação de controles zootécnicos; Modificações imediatas e provisórias nas

instalações e manejo.

Após três anos de trabalho, o resultado do sistema de produção, referente ao ano de

2009 constatou uma produção de 223 litros/dia, com produtividade de 7,2 litros/vaca/dia e

4,6 litros/vaca total/dia. A eficiência do rebanho aumentou para 63,1%, ou seja, diminuiu a

ociosidade (TABELA 01). Neste ano o Lucro passou a ser positivo, registrando um valor

de R$ 10.756,52 (TABELA 02).

Considerando um período de lactação de 305 dias, houve uma produção de 1.555,5

litros/vaca/ano e 2.196,0 litros/vaca/ano, para os anos de 2008 e 2009 respectivamente, ou

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seja, ambos foram acima da média nacional de 950 litros/vaca/ano registrada em 2008 pelo

IBGE.

Na TABELA 01, observa-se uma variação positiva em todos os indicadores de

desempenho zootécnico analisados. Apesar da expressiva evolução, para que a atividade possa

atingir a meta proposta pelo Programa RIO DE LEITE, há muito que melhorar principalmentenos indicadores de produtividade litros/vaca/dia, litros/vaca total/dia. A meta para a

produtividade provavelmente só será alcançada após a propriedade implantar as tecnologias

pertinentes ao manejo de pastagens, pelo fato desta ser a principal fonte de alimento do

rebanho e onde o produtor tem mais resistência em aceitar as recomendações.

TABELA 01. Indicadores de Avaliação do Desempenho Zootécnico e sua variação percentual.

INDICADORES DE

DESEMPENHO ZOOTÉCNICO 2008 2009

VARIAÇÃO

2008-2009 (%) METAProdução (litros/ano) 41597,0 81392,4 95,7 109500,0

Produção (litros/mês) 3466,4 6782,7 95,7 9125,0

Produção (litros/dia) 115,5 226,1 95,7 300,0

Produtividade (litros/vaca/dia) 5,1 7,2 41,2 15,0

Produtividade (litros/vaca total/dia) 2,3 4,6 100,0 10,3

Eficiência do Rebanho (%)* 46,0 63,1 37,3 75,0* Relação percentual do número total de vacas em lactação pelo total de vacas.

Na TABELA 02, o Custo Operacional Efetivo (COE) aumentou em 30% mas a

Margem Bruta (MB), Margem Líquida (ML) e Lucro (L) aumentaram mais do que isso,mostrando que o aumento do COE leva a ganhos de produção em magnitudes mais que

proporcionais. Portanto, se o produtor tivesse atendido a recomendação de fornecimento de

ração concentrada por mérito produtivo para as vacas em lactação haveria uma maior

produtividade, já que o custo por litro produzido não sofreria grandes alterações.

Os valores de margem bruta (MB) para os dois anos analisados pelo fato de ambos

serem positivos, definem a atividade com sendo viável em curto prazo, pois paga o COE.

Já a margem líquida (ML) sendo positiva para os dois anos, define a atividade como sendoviável em longo prazo, pois cobre as despesas com o COE, a mão-de-obra familiar e as

depreciações das máquinas, acessórios, benfeitorias e das forrageiras (TABELA 02).

O lucro tornou-se positivo no ano de 2009, deixando a atividade economicamente

atrativa, pois consegue pagar todo o custo total. A taxa de retorno de capital (TRC) com e

sem terra para o ano de 2008 tem valores abaixo de 6% ao ano (taxa de juros considerada

para os cálculos), o que define a atividade como não sendo economicamente atrativa. Já

para o ano de 2009 a TRC com terra foi abaixo de 6% ao ano, definindo por meio deste

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indicador como a atividade não sendo economicamente atrativa; no mesmo ano a TRC sem

terra obteve um valor de 13%, ou seja, foi superior a 6%, definindo a atividade como sendo

economicamente atrativa (TABELA 02).

TABELA 02. Indicadores de Eficiência Econômica da atividade leiteira (R$/ano) para os anos

de 2008 e 2009, e sua variação.INDICADORES ECONÔMICOS 2008 2009 VARIAÇÃO 2008-2009 (%)

Receita Total (RT) 30.487,46 55.322,40 81,5

Custo Operacional Efetivo (COE) 15.287,34 19.908,88 30,2

Custo Operacional Total (COT) 30.289,92 35.362,77 16,7

Custo Total (CT) 39.120,62 44.565,87 13,9

Margem Bruta (MB) 15.200,12 35.413,52 133,0

Margem Líquida (ML) 197,54 19.959,63 10003,9

Lucro (L) -8.633,15 10.756,52 224,6Taxa de Retorno de Capital (TRC)com terra 0,05% a.a. 5,4% a.a. 9834,1Taxa de Retorno de Capital (TRC)sem terra 0,13% a.a. 13,0% a.a. 9595,0

Na TABELA 03, observa-se para o ano de 2008 o valor do Custo Total (CT) foi

maior que o da Receita Total (RT), o que resulta em um lucro negativo. No ano de 2009

apesar de se observar valores menores para CT e RT, o resultado do indicador Lucro é um

valor positivo de R$ 0,13. Este Lucro do ano de 2009 demonstra a importância em se

manter uma escala de produção, pois o custo total apesar de em termos absolutos

apresentar um valor maior, quando transformado em R$/litro apresenta um valor menor

por conta da maior produção (Litros/ano).

TABELA 03. Indicadores de Eficiência Econômica (R$/litro) obtidos em toda a atividadeleiteira para os anos de 2008 e 2009, e sua variação.INDICADORES ECONÔMICOS 2008 2009 VARIAÇÃO 2008-2009 (%)

Receita Total (RT) 0,73 0,68 -7,26

Custo Operacional Efetivo (COE) 0,37 0,24 -33,44

Custo Operacional Total (COT) 0,73 0,43 -40,33

Custo Total (CT) 0,94 0,55 -41,78Margem Bruta (MB) 0,37 0,44 19,07

Margem Líquida (ML) 0,005 0,25 5063,75

Lucro (L) -0,21 0,13 163,68

Na TABELA 04, observa-se o resultado somente da produção de leite, ou seja,

excluindo a atividade de cria e recria dos animas. Estes valores de receitas e custos são os

mais representativos do sistema de produção de leite nos anos de 2008 e 2009. Brito et al.

(2009), afirma que quando o custo total for igual ou inferior a R$ 0,25 por litro de leite

produzido, a atividade terá chegado a um equilíbrio ótimo do sistema de produção, pois

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estará produzindo uma quantidade que levará a custo mínimos, portanto, sendo o custo

total igual a R$ 0,45 por litro de leite para o ano de 2009 , ele está muito acima do desejado

para que ocorra este equilíbrio.

TABELA 04. Indicadores de Eficiência Econômica (R$/litro) obtidos somente com a

produção de leite para os anos de 2008 e 2009, e sua variação.INDICADORES ECONÔMICOS 2008 2009 VARIAÇÃO 2008-2009 (%)

Receita Total (RT) 0,42 0,56 32,82

Custo Operacional Efetivo (COE) 0,21 0,20 -4,68

Custo Operacional Total (COT) 0,42 0,36 -14,55

Custo Total (CT) 0,54 0,45 -16,62

Margem Bruta (MB) 0,21 0,36 70,53

Margem Líquida (ML) 0,003 0,20 7295,33

Lucro (L) -0,12 0,11 191,20

Em 2009 a propriedade se tornou mais especializada para a produção de leite; essamaior especialização pode ser visualizada nas FIGURAS 03 e 04. Comparando as

FIGURAS 03 e 04, observa-se um aumento expressivo no percentual de participação da

venda de leite em relação à receita total. Um dos motivos para este expressivo aumento, foi

que no ano de 2009 o produtor efetuou uma taxa de descarte menor que o recomendado em

um rebanho estabilizado (25%) com o intuito de aumentar o rebanho.

O outro motivo foi o valor recebido por litro de leite, que no ano de 2008 foi de R$

0,44 e no ano de 2009 foi de R$ 0,54 em média, ou seja, os 10 centavos a maismultiplicado pela produção (Litros/ano) que foi aproximadamente 2 vezes maior. Os

valores comparativos dos preços recebidos por litro de leite entre os anos de 2008 e 2009

podem ser visualizados na FIGURA 05.

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FIGURA 03. Percentual de Participação da Venda do Leite e da Venda de Animais em relaçãoà Receita Total (RT) no ano de 2008.

FIGURA 04. Percentual de Participação da Venda do Leite e da Venda de Animais em relaçãoà Receita Total (RT) no ano de 2009.

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FIGURA 05. Valores comparativos dos preços recebidos por litro de leite entre os anos de2008 e 2009. Fonte: Dados da Pesquisa.

4.2 Avaliação da Propriedade pela Metodologia Quantificativa de Adoção de

Tecnologias em Propriedades Leiteiras

A propriedade leiteira foi avaliada, inicialmente no começo do ano de 2008. Foram

atribuídos conceitos de 0 a 3 a cada sub-item e calculou-se ponderadamente as notas para

os itens. Esses números foram transformados em percentuais que refletiam, na fase inicial,

o estado em que a propriedade se encontrava antes da implantação das Inovações

Tecnológicas preconizadas pelo Programa RIO DE LEITE e na fase final, o ponto a que

chegaram com relação às mesmas Inovações. O período de tempo transcorrido entre aavaliação inicial e a final foi de dois anos.

Desta forma, nota-se que a propriedade evoluiu em todos os itens de avaliação,

gerando um resultado de acréscimo de 34 pontos percentuais na adoção de tecnologias

(TABELA 05 e FIGURA 06). Atingir 100% nos itens significa que a propriedade alcançou

conceito máximo dentro dos parâmetros pré-estabelecidos pela Metodologia Quantificativa

de Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras. A partir deste ponto, novos

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parâmetros devem ser criados para permitir a continuidade da mensuração da evolução da

adoção de inovações tecnológicas.

TABELA 05. Resultado comparativo da aplicação da metodologia proposta para os Itensde avaliação no período de 2008 à 2009, em uma escala de 0 a 3 e percentuais.

TOTAL PONTOSPERCENTUAIS PONTOSPERCENTUAISITENS Início Final Início Final Evolução

Gestão Econômica 0,13 1,00 4,17% 33,33% 29,20%Gestão Estratégica 0,50 2,00 16,67% 66,67% 50,00%Controle Zootécnico 0,31 2,29 10,33% 76,33% 66,00%Gestão de Recursos 0,22 1,22 7,33% 40,67% 33,30%Gestão Ambiental 0,72 0,90 24,00% 30,00% 6,00%Instalações 0,52 1,50 17,33% 50,00% 32,70%Manejo Reprodutivo 0,08 1,52 2,67% 50,67% 48,00%Sanidade 1,66 2,20 55,33% 73,33% 18,00%

Nutrição e Alimentação 0,76 1,75 25,33% 58,33% 33,00%Produção de volumoso 0,58 1,80 19,33% 60,00% 40,70%Pastagens 0,88 1,76 29,33% 58,67% 29,30%Manejo de Bezerras 0,56 1,62 18,76% 54,00% 35,30%Manejo de Ordenha 1,49 2,09 46,67% 69,67% 23,00%PONTUAÇÃO FINAL 0,69 1,65 23,00% 54,85% 34,00%

FIGURA 06. Resultado comparativo da aplicação da metodologia proposta para os Itens deavaliação no período de 2008 à 2009, em uma escala de 0 a 3 e percentuais.

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A seguir serão discutidos os resultados de evolução de cada item avaliado pela

Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras, podendo

os conceitos inicial e final para cada sub-item avaliado serem visualizados no ANEXO 01.

4.2.1 - Item Gestão EconômicaNa propriedade não havia cálculo dos custos de produção, fluxo de caixa, projeção

de fluxo de caixa, projeção dos custos de produção, inventário anual e avaliação

econômica; além da projeção de investimentos que era executada de forma desordenada.

Ao final, o item gestão econômica apresentou uma melhoria de 29,20 pontos percentuais.

Pode-se afirmar que, essa pequena evolução observada é devida ao fato que, a

gestão econômica é baseada no fluxo de caixa (receitas e despesas), onde muitas vezes o

produtor, apesar de orientado pelo técnico, não consegue visualizar a importância docontrole desses dados.

4.2.2 – Item Gestão Estratégica

Neste item, os técnicos do Programa RIO DE LEITE fizeram um levantamento

topográfico da propriedade e apresentaram uma proposta de divisão das áreas,

especialmente das pastagens de modo a auxiliar o produtor a entender as modificações

sugeridas no planejamento inicial de transferência de tecnologia.

Com o consentimento do produtor, definiu que a raça utilizada na propriedade seria

a Girolando (¾ Holandês ¼ Gir), a qual, se respeitado as exigências de manejo alimentar,

higiênico e sanitário, poderia alcançar uma média diária de produção, de 300 litros, tanto

no período seco quanto chuvoso, destacando-se a produtividade das vacas que seria de 15

litros de leite por dia, ou seja, seriam aproximadamente 20 vacas em lactação. Propôs ainda

uma taxa de lotação para a área total da propriedade, e o dimensionamento do rebanho

depois de estabilizado.

Este item foi o que apresentou a segunda maior evolução entre as avaliações inicial

e final (50,00 pontos percentuais).

4.2.3 – Item Controle Zootécnico

Este item foi o que mais evolui, de acordo com a TABELA 05 (66,00 pontos

percentuais). Esta expressiva evolução pode ser explicada pelo fato de que, o produtor vem

de uma cultura de criação de bovinos de corte, onde não se importavam com esse controle.

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Assim, após o acompanhamento do Programa RIO DE LEITE em sua propriedade,

houve a implantação desses registros, e com o auxílio dos técnicos, alunos e estagiários,

efetuou-se a identificação individual dos animais por meio de brinco (FIGURA 07),

realizou-se controle zootécnico individual por meio de fichas e planilhas eletrônicas, bem

como o registro do controle leiteiro individual via pesagem do leite em intervalos de 15dias, o registro da produção diária total de leite e a organização desses arquivos.

Com isso o produtor passou a entender a importância desse controle, e que é

possível utilizar esses indicadores zootécnicos como ferramenta para tomada de decisão,

especialmente no descarte de animais menos produtivos.

FIGURA 07. Identificação dos animais por meio de brinco. Fonte: Arquivo pessoal.

4.2.4 – Item Gestão de Recursos

No decorrer dos anos avaliados, o produtor passou a adequar o número de

funcionários a função e carga horária, a adequar o número de máquinas, a melhor delegar

as responsabilidades, a orientar os funcionários quanto a higiene pessoal e saúde e comprar

insumos em conjunto com outros produtores. É pertinente ressaltar o interesse do produtor,

pois quando o Programa RIO DE LEITE promoveu cursos de capacitação e treinamento,

ele sempre esteve a disposição para receber informação sobre as tecnologias.

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O resultado da evolução deste item, apesar de gerar um valor de 33,00 pontos

percentuais, ainda tem muito a ser melhorado, pelo fato que dos 14 sub-itens, 6 obtiveram

nota igual a 0 nas avaliações inicial e final, sendo estes listados no ANEXO 01.

4.2.5 - Item Gestão AmbientalDe acordo com os parâmetros estabelecidos pela Metodologia Quantificativa de

adoção de Tecnologias em Propriedades Leiteiras, não houve significativa melhora entre os

conceitos inicial e final. Dos 13 sub-itens avaliados, 6 obtiveram nota igual a 0 nas

avaliações inicial e final, estes são listados no ANEXO 01. Todavia, o produtor sempre

evitou fornecer água aos animais a beira de córregos e rios, e adotou medidas para evitar a

erosão do solo, como a construção de curvas de nível nas áreas destinadas as pastagens. Ao

final, o item apresentou uma evolução de 6,00 pontos percentuais. 

4.2.6 - Item Instalações

A maioria das instalações utilizadas foram adaptações das existentes visando

adequar à legislação vigente.

No decorrer dos anos avaliados, o produtor não construiu sala de espera, sala de

armazenagem de leite e não construiu cobertura para o brete. Do total dos 23 sub-itens, 5

não evoluíram e continuaram sendo classificados entre insuficiente, moderado e ótimo.

Para os sub-itens que tiveram evolução, apenas a utilização dos bebedouros e o uso

adequado de cerca elétrica merecem destaque, pois alcançaram o nível ótimo; no restante

dos subitens a evolução variou para insuficiente ou moderada (ANEXO 01).

Ao final, o item apresentou uma evolução de 32,70 pontos percentuais. 

4.2.7 – Item Manejo Reprodutivo

O manejo reprodutivo merece destaque especial, pois as características reprodutivas

são as mais importantes para a eficiência econômica do sistema de produção.

Apesar das orientações do Programa RIO DE LEITE, o produtor não inseminou as

novilhas e conseqüentemente não utilizou sêmen sexado, mais recomendado para essa

categoria. Ele também apresentou resistência quando foi solicitado para que executasse o

controle dos dados, para posteriormente obter a avaliação da eficiência reprodutiva como

% de prenhes, taxa de natalidade, número de doses de sêmen/prenhes, intervalo de partos,

idade a primeira cria, sendo os dados coletados de maneira inconsistente e desorganizados,

não permitindo assim fazer uma avaliação correta.

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Os sub-itens que evoluíram de não observado (nota igual a 0) para insuficiente

(nota igual a 1) foram:

- Controle de peso das novilhas que estão entrando em reprodução executado de

forma visual;

- Avaliação dos escores corporais das vacas, não efetuado pelos técnicos e alunospor falta de motivação;

Os subitens que evoluíram de não observado (nota igual a 0) para moderado (nota

igual a 2) foram:

- Controle reprodutivo com observação de cio; anotações da data da cobertura;

utilização de quadros reprodutivos que indicam a data provável de parto; controle da data

prevista de secagem e anotação da data do dia do parto;

- Encerramento da lactação 60 dias antes do parto, recomendado para que a vacarecupere a condição corporal, regenere os tecidos secretores de leite que se encontram

desgastados e produza maior quantidade de colostro, alimento este essencial para a

sobrevivência do bezerro nos primeiros dias de vida;

- Diagnóstico de gestação, quando possível é executado 60 dias após a inseminação

ou cobertura;

- Piquete maternidade, por falta de acompanhamento das vacas no terço final de

gestação, algumas vezes as vacas não eram levadas para parir no piquete maternidade, e

assim não era possível observar o parto;

O sub-item que apresentou maior evolução foi o de inseminação artificial, o qual

foi implantado após o produtor receber treinamento do Programa RIO DE LEITE e os

devidos auxílios para a implantação desta tecnologia.

Apesar de todas as dificuldades comentadas, este item obteve uma evolução de

48,00 pontos percentuais.

4.2.8 – Item Sanidade

Este item obteve uma pequena melhoria de 18,00 pontos percentuais.

O produtor já vacinava regularmente o rebanho para a prevenção de aftosa, raiva,

clostridiose e brucelose. Foi efetuado pelo Programa RIO DE LEITE a coleta de sangue

para o exame de brucelose nas vacas e no touro (FIGURA 08).

Houve melhoria no sub-item vermifugação, a qual passou a ser feita em épocas

estratégicas sob acompanhamento do Médico Veterinário do Programa RIO DE LEITE.

Observou-se também melhoria no controle de ectoparasitas e na utilização de antibiótico

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específico para vaca seca no término da lactação. Porém, nunca fez análise de OPG (exame

de fezes para contagem de ovos por grama em 5-10% do rebanho) e o

biocarrapaticidograma .

FIGURA 08. Médico Veterinário do Programa RIO DE LEITE efetuando a coleta desangue. Fonte: Arquivo pessoal.

4.2.9 – Item Nutrição e Alimentação

O produtor ainda tem dificuldade em separar o rebanho em lotes por idade peso e

produção, por conta da falta de estrutura física (divisão das pastagens e disponibilidade de

água). Fornece suplementação volumosa (cana-de-açúcar e napier) no período seco,

adicionando a esta, uma fonte de nitrogênio suplementar (uréia com sulfato de amônia).Ainda não pesa a suplementação volumosa que será fornecida ao lote de animais, e

nem fornece ração concentrada para vacas em lactação por mérito produtivo. Quando a

ração concentrada é fornecida por categoria, sendo o balanceamento de nutrientes

inadequado e abaixo da quantidade diária exigida por animal. Já a mistura mineral na

maioria das vezes é fornecida de acordo com o exigido pela categoria e em quantidade

adequada.

Ao final, o item apresentou uma melhoria de 33,00 pontos percentuais.

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4.2.10 – Item Produção de Volumoso Suplementar

Apesar de não ser cumprido o planejamento proposto pelo Programa RIO DE

LEITE, a área de capineira aumento consideravelmente (cana-de-açúcar e capim napier),

lembrando que esta será a mais importante fonte de suplementação volumosa na época da

seca. Apesar de existir a área com fonte de volumoso suplementar, esta se for exigida emum ano com período seco rigoroso pode não atender a necessidade do rebanho.

Antes da implantação da capineira fez a amostragem representativa da área de

cultivo, bem como a correção de acidez do solo com calcário, todavia, apesar de

recomendado a área não foi adubada. As espécies utilizadas foram adequadas ao nível de

produtividade do rebanho e o plantio adequado as condições climáticas, foi executado o

controle de pragas e invasoras.

Houve uma considerável melhora na produção de volumoso no períodoconsiderado. Ao final, o item apresentou uma melhoria de 40,70 pontos percentuais.

4.2.11 – Item Pastagens

Este item é um dos mais importantes no planejamento inicial de transferência de

tecnologia proposto pelo Programa RIO DE LEITE, pelo fato que como o sistema de

produção utilizado na propriedade é basicamente a pasto, e este interfere diretamente na

produção de leite, afetando assim a rentabilidade da atividade.

No planejamento, recomendou-se a divisão da área de pastagem utilizada pelas

vacas em lactação, em 13 piquetes de 0,9 hectares, para que houvesse um período de

utilização de 3 dias e um período de descanso de 35 dias em cada piquete, o produtor

mostrou resistência em aplicar esta tecnologia, portanto a mesma ainda não foi implantada.

No decorrer dos anos, o produtor passou a fazer a amostragem do solo e enviar para

análise laboratorial, com isso o técnico do programa passou a fazer a recomendação de

calagem e adubação. Apesar da recomendação, ele não fez a adubação necessária nas

pastagens.

Passou a utilizar uma gramínea de médio potencial produtivo, a  Brachiaria

brizantha cultivar Marandu. Quando o produtor faz reforma de pastagens, utiliza uma

quantidade de sementes acima do recomendado pelo técnico, sendo ineficiente o controle

de pragas e invasoras após o plantio.

O manejo de pastagens é executado de forma ineficiente, pois como citado

anteriormente, o produtor não fez a divisão dos piquetes conforme o recomendado, como

este tipo de gramínea utilizado não suporta pastejo contínuo, esta propriedade executa

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freqüentemente a reforma de pastagens. Além disso, o produtor não sabe utilizar

corretamente a prática de diferimento de pastagem.

Ao final, o item apresentou uma melhoria de 29,30 pontos percentuais.

4.2.12 – Item Produção de BezerrasApesar deste item ter obtido uma razoável evolução, ainda tem muito que melhorar,

como as bezerras serão as futuras vacas do rebanho é importante que a criação seja

explicada da melhor forma possível.

O produtor não observou corretamente se os bezerros recém-nascidos estavam

ingerindo colostro. Não forneceu aleitamento artificial e não retirou as tetas extras

(supranumerárias) das bezerras. Neste item a única técnica que é bem aplicada é a da cura

de umbigo.A maioria dos sub-itens avaliados foram implantados após as recomendações do

Programa RIO DE LEITE e foram executados de forma moderada, sendo estes listados a

seguir:

- Abrigo protegido e bem drenado, o ideal é dividir os bezerros em lotes de idades,

mas somente os recém-nascidos foram separados em outro abrigo;

- Fornecimento de água;

- Fornecimento de volumoso com folhas mais novas do capim Napier;

- Fornecimento de concentrado foi efetuado, porém em quantidade insuficiente para

as exigências dos animais;

- O controle de consumo é o subitem mais deficiente, pois os alimentos sólidos

eram fornecidos de forma coletiva;

- A mochação foi executada, mas não seguiu um padrão de idade. Além disso

quando executada a descorna algumas bezerras já estavam começando a fixar o chifre na

base do crânio, ocasionando maior estresse nos animais;

- A desmama precoce foi executada acima da idade preconizada pelo Programa

RIO DE LEITE;

- Pelo fato de não possuir balança para pesagem de bovinos, o peso dos bezerros foi

estimado por fita barimétrica, uma fita métrica especial que indica através de medições da

circunferência torácica, em centímetros, o peso vivo da bezerra;

Ao final, o item apresentou evolução de 35,30 pontos percentuais.

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4.2.13 – Item Manejo de Ordenha

Este item é dependente da higiene do proprietário e do funcionário.

O proprietário ainda não executa sozinho o teste de mastite via CMT; Califórnia

Mastite Teste.

A propriedade possuiu equipamentos para coar e balança para pesagem do leite.Apesar da ordenha ser mecânica o ordenhador sempre utiliza banco preso a cintura para

fazer os ajustes das teteiras, e não se fornece alimento para as vacas quando estão sendo

ordenhadas.

Subitens que não apresentaram evolução, mantendo-se na categoria moderada:

- Limpeza da sala antes e após a ordenha era efetuada na maioria das vezes;

- A Ordem de ordenha era feita, deixando as vacas com mastite para serem

ordenhadas por último;- A vestimenta dos ordenhadores e a higiene pessoal ainda têm muito que melhorar;

Os subitens higiene dos tetos (pré e pós-dipping), papel toalha e caneca telada,

foram atendidos de forma ineficiente. O manejo para secar a vaca passou a ser classificado

a um conceito moderado (nota = 2) de acordo com a Metodologia proposta por Simões et

al., 2010. Os sub-itens que evoluíram para o conceito ótimo foram a limpeza de

equipamentos e vasilhames, o número de ordenhas por dia, que passou a ser duas e o

resfriamento do leite, enviado ao tanque resfriador imediatamente após a ordenha.

Este item, manejo de ordenha, ainda tem muito que melhorar, mas apesar disso

apresentou uma evolução de 23,00 pontos percentuais.

4.3 Vinculação Dos Resultados

Os resultados da Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias,

complementam e validam os resultados obtidos pela metodologia finalística, pois não foi

observado nenhum conflito entre eles.Os resultados positivos encontrados em todos os itens da metodologia não

finalística ajudaram a validar a expressiva variação positiva obtida pela metodologia

finalística e tradicional a qual é baseada nos indicadores de eficiência econômica e

indicadores de desempenho zootécnico.

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5  CONCLUSÕES

A Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias em Propriedades

Leiteiras tem a vantagem de ser prática e fácil de ser utilizada quando comparada a

Metodologia Finalística ou Tradicional.

A utilização da Metodologia Quantificativa de Adoção de Tecnologias em

Propriedades Leiteiras vinculando aos resultados da Metodologia Finalística, contribuiu na

identificação dos pontos negativos, e servira como ferramenta para que os técnicos

consigam solucionar problemas de maneira mais eficaz e eficiente, já que terá em mãos

uma lista com 158 sub-itens para serem implantados, melhorados ou aprimorados na

propriedade.

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7  ANEXOSANEXO 01

CONCEITO INICIAL E FINAL PARA CADA SUBITEM AVALIADO. 

ITENSConceito

Início Final

1 Gestão Econômica1.1 Projeção de Investimentos 0,00 0,251.2 Fluxo de caixa projetado 0,00 0,001.3 Projeção dos custos de produção 0,00 0,131.4 Projeção dos indicadores de desempenho econômico 0,00 0,001.5 Inventário anual 0,13 0,131.6 Fluxo de caixa 0,00 0,251.7 Custos de produção 0,00 0,13

1.8 Avaliação econômica 0,00 0,13

TOTAL 0,13 1,00

2 Gestão Estratégica Início Final

2.1 Mapa topográfico - Matriz de uso da terra 0,17 0,332.2 Projeção da produção total de leite (período seco e chuvoso) 0,17 0,332.3 Projeção da produtividade por vaca/dia em 305 dias (período seco e chuvoso) 0,00 0,332.4 Definição da raça ou cruzamento 0,17 0,502.5 Definição da taxa de lotação 0,00 0,17

2.6 Dimensionamento do rebanho estabilizado (evolução do rebanho) 0,00 0,33

TOTAL 0,50 2,00

3 Controle Zootécnico Início Final

3.1 Identificação individual (brinco) 0,00 0,303.2 Controle zootécnico individual (Fichas e/ou planilhas eletrônicas) 0,00 0,323.3 Controle leiteiro individual 0,00 0,32

3.4 Controle leiteiro - produção diária total 0,16 0,483.5 Utiliza os indicadores zootécnicos como ferramenta de tomada de decisão 0,00 0,123.6 Acesso a novas tecnologias 0,15 0,45

3.7 Organização de arquivos 0,00 0,30

TOTAL 0,31 2,29

4 Gestão de Recursos Início Final

4.1Adequação do nº de funcionário à função e carga horária (Matriz de atividadesda mão-de-obra) 0,00 0,16

4.2 Delegação de responsabilidades 0,00 0,164.3 Contrato formal de trabalho (carteira de trabalho e/ou prestação de serviço) 0,00 0,004.4 Recolhimento da previdência social (parte do empregador) 0,00 0,00

4.5 Recolhimento de FGTS 0,00 0,004.6

Segurança no trabalho (orientação de EPI e medidas de segurança paramanipular materiais 0,14 0,14

4.7 Capacitação e treinamentos (tecnologias de produção) 0,00 0,164.8 Orientação de higiene pessoal e saúde 0,00 0,164.9 Facilitação ao acesso a educação (empregado e família) 0,00 0,00

4.10 Moradia adequada 0,00 0,14

4.11Adequação do nº máquinas à função e carga horária (Matriz de uso demáquinas e equipamentos) 0,08 0,16

4.12 Registro de uso de máquinas 0,00 0,004.13 Controle de estoque 0,00 0,00

4.14 Compra em conjunto de insumos 0,00 0,14

TOTAL 0,22 1,22

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5 Gestão Ambiental Início Final

5.1 Licenciamento ambiental 0,00 0,005.2 Área de preservação permanente 0,00 0,005.3 Área de reserva legal (atende a % mínima e tem averbação em cartório) 0,00 0,005.4 Manutenção da vegetação nativa (área de encosta e ciliar) 0,00 0,005.5 Não faz queimadas ou possui autorização do IBAMA para fazer 0,30 0,30

5.6 Evita que os animais bebam água na beira de córregos e rios 0,24 0,24

5.7Capacitação em educação ambiental (conscientização dos funcionários eproprietários) 0,06 0,06

5.8 Descarte adequado de resíduos 0,06 0,065.9 Tríplice lavagem das embalagens de agrotóxiocos 0,00 0,00

5.10 Retorno de embalagens vazias ao posto de coleta 0,00 0,085.11 Coleta seletiva de lixo e destino do lixo 0,00 0,005.12 Adota medidas para evitar erosão do solo 0,00 0,10

5.13 Manejo de dejetos 0,06 0,06

TOTAL 0,72 0,90

6 Instalações Início Final

6.1 Instalações adequadas à legislação - MAPA (CBQL, IN.51 etc) 0,00 0,126.2 Localização do estábulo (fácil acesso, sentido Leste-Oeste, etc) 0,04 0,04

6.3Galpão de insumos - ração, sal, feno etc. (localização, umidade, ventilação,evita pássaros e roedores) 0,02 0,02

6.4 Galpão de máquinas, equipamentos e ferramentas 0,02 0,046.5 Sala de espera 0,00 0,006.6 Sala de ordenha 0,06 0,126.7 Sala de leite (armazenagem do leite) 0,00 0,006.8 Sala de equipamentos de ordenha 0,00 0,086.9 Sala de medicamentos e produtos veterinários 0,00 0,02

6.10 Curral de alimentação 0,00 0,126.11 Curral de manejo 0,06 0,12

6.12 Brete coberto 0,00 0,006.13 Balança para pesar animais 0,00 0,066.14 Tronco de contenção 0,00 0,006.15 Embarcadouro com o último lance na horizontal 0,06 0,06

6.16Utiliza materiais adequados na confecção de currais, bretes, embarcadouros etc(mourões sem farpas, retiradas de pontas de pregos e parafusos, etc) 0,08 0,08

6.17 Uso adequado de cerca elétrica (aterramento, isolamento e voltagem) 0,00 0,126.18 Utiliza arame liso nas cercas convencionais 0,02 0,046.19 Bebedouros (quantidade, qualidade, localização e limpeza do bebedouro) 0,04 0,126.20 Cochos de sal cobertos (quantidade e qualidade) 0,00 0,126.21 Cochos para suplementação cobertos (quantidade e qualidade) 0,04 0,08

6.22 Bezerreiro (localização, abrigos individuais) 0,00 0,066.23 Áreas sobreadas para descanso dos animais nas diferentes categorias 0,08 0,08

TOTAL 0,52 1,50

7 Manejo Reprodutivo Início Final

7.1 Controle reprodutivo (cio, cobertura, gestação, secagem, parto) 0,00 0,247.2 Controle de peso das novilhas que estão entrando em reprodução 0,00 0,127.3 Avaliação dos escores corporais 0,00 0,087.4 Encerra a lactação 60 dias antes do parto 0,00 0,167.5 Sêmem sexado (em novilhas) 0,00 0,007.6 Inseminação Artificial 0,00 0,367.7 Diagnóstico de gestação 0,00 0,20

7.8 Piquete maternidade 0,00 0,20

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7.9 Observação do parto 0,08 0,16

7.10Avaliação da eficiência reprodutiva (% de prenhes, taxa de natalidade, nº dosesde sêmem/prenhes, Intervalo de parto, idade 1ª cria) 0,00 0,00

TOTAL 0,08 1,52

8 Sanidade Início Final

8.1 Aftosa 0,30 0,30

8.2 Raiva 0,30 0,308.3 Clostridiose 0,24 0,248.4 Brucelose 0,30 0,308.5 Exame de tuberculose 0,00 0,128.6 Vermifugação 0,10 0,208.7 Análise de OPG 0,00 0,008.8 Biocarrapaticidograma 0,00 0,008.9 Controle de ectoparasitas 0,10 0,30

8.10 Eliminação de carcaças 0,16 0,168.11 Calendário sanitário 0,10 0,10

8.12 Uso de antibiótico específico no término da lactação 0,06 0,18

TOTAL 1,66 2,20

9 Nutrição e Alimentação Início Final

9.1 Separação do rebanho em lotes (idade, peso e produção) 0,12 0,24

9.2Suplementação volumosa para o período seco (cana, capim elefante, silagem,feno, banco proteína) 0,13 0,26

9.3Utiliza nitrogênio suplementar na cana-de-açúcar (mistura uréia+sulfato deamônia, amiréia, farelo de soja e etc.) 0,00 0,36

9.4 Pesagem dos alimentos volumosos (quantidade adequada ao n° de animais) 0,00 0,00

9.5Fornecimento de ração concentrada para vacas em lactação por méritoprodutivo 0,00 0,00

9.6Ração concentrada por categoria (balanceamento dos nutrientes e quantidadeadequada ao n° de animais) 0,13 0,26

9.7Mistura mineral por categoria (balanceamento dos minerais e quantidadeadequada ao n° de animais) 0,26 0,39

9.8 Disponibilidade de água nos bebedouros (quantidade e qualidade) 0,12 0,24

TOTAL 0,76 1,75

10 Produção de volumoso suplementar Início Final

10.1Produz volumoso para o período seco do ano (capineira, silagem, feno, bancode ptn) 0,10 0,30

10.2Dimensionamento das áreas de acordo com a necessidade do rebanho eprodutividade da forrageira suplementar 0,00 0,08

10.3 Amostragem de solo (representativa da área de cultivo) 0,00 0,1810.4 Análise do solo 0,00 0,1610.5 Correção de acidez com base na análise de solo 0,00 0,16

10.6 Adubação com base na análise de solo (plantio, cobertura e manutenção) 0,00 0,0010.7 Regulagem das máquinas 0,18 0,1810.8 Uso de espécies adequadas ao nível de produtividade do rebanho 0,10 0,2010.9 Época de plantio adequada as condições climáticas 0,06 0,18

10.10 Controle de pragas 0,00 0,1610.11 Controle de invasoras 0,06 0,0610.12 Época de colheita adequada as condições fisiológicas da planta (silagem e feno) 0,00 0,06

10.13 Manejo adequado da capineira (capim elefante e cana-de-açúcar) 0,08 0,08

TOTAL 0,58 1,80

11 Pastagens Início Final

11.1 Dimensionamento das áreas para pastejo em função do rebanho (nº de piquetes) 0,00 0,09

11.2 Amostragem de solo (representativa da área de cultivo) 0,00 0,15

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11.3 Análise do solo 0,00 0,1411.4 Correção de acidez com base na análise de solo 0,00 0,1011.5 Época de plantio adequada as condições climáticas 0,07 0,2111.6 Regulagem de máquinas 0,15 0,1511.7 Adubação com base na análise de solo (plantio, cobertura e manutenção) 0,00 0,0011.8 Uso de gramíneas de elevado potencial 0,09 0,18

11.9 Quantidade adequada de sementes ou mudas no plantio 0,14 0,1411.10 Controle de pragas 0,00 0,1011.11 Controle de invasoras 0,07 0,07

11.12Manejo da pastagem (período de pastejo/período de descanso e ajuste da taxade lotação) 0,09 0,09

11.13 Evita o uso de fogo como manejo 0,27 0,27

11.14 Utiliza a prática de diferimento de pastagem 0,00 0,07

TOTAL 0,88 1,76

12 Manejo de Bezerras Início Final

12.1 Ingestão de colostro 0,10 0,1012.2 Cura de umbigo 0,30 0,3012.3 Abrigo individual protegido de corrente de vento e terreno com boa drenagem 0,00 0,1212.4 Aleitamento artificial 0,00 0,0012.5 Fornecimento de água 0,08 0,1612.6 Fornecimento de volumoso 0,00 0,1812.7 Fornecimento de concentrado 0,00 0,1812.8 Controle de consumo (leite, ração concentrada e volumoso) 0,00 0,1012.9 Retiradas de tetas extras 0,00 0,00

12.10 Mochação 0,00 0,1212.11 Desmama precoce 0,00 0,20

12.12 Pesagem dos animais 0,08 0,16

TOTAL 0,56 1,62

13 Manejo de Ordenha Início Final

13.1 Limpeza da sala antes de iniciar a ordenha 0,10 0,1013.2 Ordem de ordenha 0,10 0,1013.3 Vestimentas do ordenhador (utensílios pessoais) 0,10 0,1013.4 Higiene pessoal (mãos, unhas, cabelo etc) 0,14 0,1413.5 Higiene dos tetos (pré-dipping e pós-dipping quando houver) 0,00 0,0713.6 Papel toalha 0,00 0,0513.7 Caneca telada ou fundo negro 0,00 0,0613.8 California Mastite Teste CMT 0,00 0,0013.9 Equipamento adequado para coar o leite (peneira de metal ou nylon) 0,15 0,15

13.10 Limpeza de equipamentos e vasilhames 0,14 0,2113.11 Manejo para secar vaca 0,00 0,10

13.12 Limpeza da sala após o término da ordenha 0,10 0,1013.13 Número de ordenhas/dia 0,05 0,1513.14 Resfriamento do leite 0,07 0,2113.15 balança para pesar leite 0,15 0,1513.16 Não fornecimento de alimento para as vacas na hora da ordenha 0,15 0,1513.17 Estimula as vacas a ficarem em pé após a ordenha (alimentação) 0,00 0,10

13.18 Banco para ordenha preso a cintura 0,15 0,15

TOTAL 1,40 2,09

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ANEXO 02

Custo, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) das máquinas,equipamentos e acessórios utilizados na atividade leiteira no ano de 2008.

ESPECIFICAÇÕES

VALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

(R$)

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS (R$)

Picadeira de forragens 5.000,00 500,00 15 300,00 165,00Carroça 500,00 50,00 7 64,29 16,50

Ordenhadeira mecânica 2.500,00 250,00 15 150,00 82,50

Veículo (Gol) 23.000,00 2.300,00 20 1.035,00 759,00

Balança de pesar leite 25,00 2,50 2 11,25 0,83

Moto com carretinha 8.000,00 800,00 15 480,00 264,00

Bomba d’água 1.000,00 100,00 10 90,00 33,00

Balança de pesar leite 32,00 3,20 5 5,76 1,06

Balde para bezerros 45,00 4,50 5 8,10 1,4910 cochos de sal mineral (tambor

de plástico) 250,00 25,00 3 75,00 8,25Laço 30,00 3,00 3 9,00 0,99

Brincador 45,55 4,56 5 8,20 1,50CUSTO TOTAL (R$) 40.427,55 4.042,76 2.236,59 1.334,11

DEPRECIAÇÃO ANUAL (R$) 2.236,59TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%REMUNERAÇÃO DOCAPITAL MÉDIO (R$) 1.334,11

ANEXO 03

Custo, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) das benfeitoriaspara a atividade leiteira no ano de 2008.

ESPECIFICAÇÕESVALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

(R$)

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS(R$)

Mangueiro 20.000,00 0 20 1.000,00 600,00

Sala de ordenha 10.000,00 0 20 500,00 300,00

Bezerreiro individual 2.100,48 0 20 105,02 63,01

Cercas para criação leiteira 15.875,00 0 20 793,75 476,25Casa do Proprietário 40.000,00 0 30 1.333,33 1.200,00

Caixa d'água 16.000,00 0 10 1.600,00 480,00

Abrigo Coletivo para bezerros 500,00 0 15 33,33 15,00

Silo Pequeno 178,00 0 1 178,00 5,34

Mini-Deposito 484,00 0 20 24,20 14,52

Reservatório de água 105,00 0 15 7,00 3,15CUSTO TOTAL (R$) 105.242,48 5.574,64 3.157,27

DEPRECIAÇÃO ANUAL (R$) 5.574,64TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%

REMUNERAÇÃO DOCAPITAL MÉDIO (R$) 3.157,27

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ANEXO 04

Custo Total, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) dasForrageiras (pastagem e capineira) para a atividade leiteira no ano de 2008.

ESPECIFICAÇÕESVALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS(R$)

Formação do Canavial (1,4 ha) 1.932,00 0 8 241,50 57,96Formação do Napier (0,4 ha) 475,20 0 8 59,40 14,26

Formação da Pastagem (39,92 ha) 28.626,63 0 15 1.908,44 858,80

CUSTO TOTAL (R$) 31.033,83 - - 2.209,34 931,01

DEPRECIAÇÃO ANUAL (R$) 2.209,34

TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%

REMUNERAÇÃO DO CAPITALMÉDIO (R$)

931,01

ANEXO 05

Custo Total e Remuneração do Capital Médio (custo oportunidade) do rebanho leiteiro noano de 2008.

ESPECIFICAÇÕESVALOR INICIAL

(R$)VIDAÚTIL

JUROS(R$)

Custo Total do rebanho 56.800,00 8 anos 3.408,00

TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%

REMUNERAÇÃO DO CAPITAL MÉDIO (R$) 3.408,00

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ANEXO 06

Custo total, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) dasmáquinas, equipamentos e acessórios utilizados na atividade leiteira no ano de 2009.

ESPECIFICAÇÕES

VALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

(R$)

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS(R$)

Picadeira de forragens 5.000,00 500,00 15 300,00 165,00Carroça 500,00 50,00 7 64,29 16,50

Ordenhadeira mecânica 2.500,00 250,00 15 150,00 82,50

Veículo (Gol) 23.000,00 2.300,00 20 1.035,00 759,00

Balança de pesar leite 25,00 2,50 2 11,25 0,83

Moto com carretinha 8.000,00 800,00 15 480,00 264,00

Bomba d’água 1.000,00 100,00 10 90,00 33,00

Balança de pesar leite 32,00 3,20 5 5,76 1,06

Balde para bezerros 45,00 4,50 5 8,10 1,4910 cochos de sal mineral

(tambor de plástico) 250,00 25,00 3 75,00 8,25Laço 30,00 3,00 3 9,00 0,99

Brincador 45,55 4,56 5 8,20 1,50Aparelho de choque para cercaelétrica 72,00 7,20 10 6,48 2,38

Tubulação de bebedouros 220,00 22,00 10 19,80 7,26

CUSTO TOTAL (R$) 40.719,55 4.071,96 2.262,87 1.343,75

DEPRECIAÇÃO ANUAL(R$) 2.262,87TAXA DE JUROS ANUAL(%) 6%

REMUNERAÇÃO DOCAPITAL MÉDIO (R$) 1.343,75

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ANEXO 07

Custo total, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) dasbenfeitorias para a atividade leiteira no ano de 2009.

ESPECIFICAÇÕESVALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

(R$)

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS(R$)

Mangueiro 20.000,00 0 20 1.000,00 600,00Sala de ordenha 10.000,00 0 20 500,00 300,00

Bezerreiro individual 2.100,48 0 20 105,02 63,01

Cercas para criação leiteira 15.875,00 0 20 793,75 476,25

Casa do Proprietário 40.000,00 0 30 1.333,33 1.200,00

Caixa d'água 16.000,00 0 10 1.600,00 480,00

Abrigo Coletivo para bezerros 500,00 0 15 33,33 15,00

Mini-Deposito 484,00 0 20 24,20 14,52

Reservatório de água 105,00 0 15 7,00 3,15Componentes de cerca elétrica

(isoladores)

170,44 0 15 11,36 5,11

CUSTO TOTAL (R$) 105.244,92 5.401,67 3.157,35

DEPRECIAÇÃO ANUAL (R$) 5.401,67TAXA DE JUROS ANUAL(%) 6%REMUNERAÇÃO DOCAPITAL MÉDIO (R$) 3.157,35

ANEXO 08

Custo Total, depreciação e remuneração do capital médio (custo oportunidade) dasForrageiras (pastagem e capineira) para a atividade leiteira no ano de 2009.

ESPECIFICAÇÕESVALORINICIAL

(R$)

VALORFINAL

VIDAÚTIL(anos)

DEPRECIAÇÃO(R$)

JUROS(R$)

Formação do Canavial (1,4 ha) 1.932,00 0 8 241,50 57,96

Formação do Napier (0,4 ha) 475,20 0 8 59,40 14,26

Formação da Pastagem (39,92 ha) 28.626,63 0 15 1.908,44 858,80

CUSTO TOTAL (R$) 31.033,83 - - 2.209,34 931,01

DEPRECIAÇÃO ANUAL (R$) 2.209,34

TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%

REMUNERAÇÃO DOCAPITAL MÉDIO (R$)

931,01

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ANEXO 09

Custo Total e Remuneração do Capital Médio (custo oportunidade) do rebanho leiteiro noano de 2009.

ESPECIFICAÇÕESVALOR

INICIAL (R$)VIDAÚTIL

JUROS (R$)

Custo Total do rebanho 62.850,00 8 anos 3.771,00

TAXA DE JUROS ANUAL (%) 6%REMUNERAÇÃO DO CAPITAL MÉDIO (R$) 3.771,00

ANEXO 10

Quantidade de animais no rebanho e seus respectivos valores para o ano de 2008.CATEGORIA ANIMAL UNIDADE QUANTIDADE

(R$)VALOR

UNITÁRIO(R$)

TOTAL(R$)

Reprodutor Cabeças 1 800,00 800,00

Vaca em lactação Cabeças 23 950,00 21850,00

Vaca seca Cabeças 27 750,00 20250,00

Fêmeas até 12 meses Cabeças 12 200,00 2300,00

Fêmeas de 12 a 24 meses Cabeças 11 300,00 3300,00

Fêmeas de 24 a 30 meses Cabeças 10 600,00 6000,00

Macho até 12 meses Cabeças 12 200,00 2300,00

Macho de 12 a 24 meses Cabeças 0 450,00 0,00

Macho de 24 a 36 meses Cabeças 0 0,00 0,00

QUANTIDADE TOTAL - ANIMAIS PRODUÇÃO  95

VALOR TOTAL DO REBANHO 56.800,00

ANEXO 11

Quantidade de animais no rebanho e seus respectivos valores para o ano de 2009.CATEGORIA ANIMAL UNIDADE QUANTIDADE

(R$)VALOR

UNITÁRIO (R$)TOTAL (R$)

Reprodutor Cabeças 1 800,00 800

Vaca em lactação Cabeças 31 950,00 29450

Vaca seca Cabeças 18 750,00 13500

Fêmeas até 12 meses Cabeças 16 200,00 3100

Fêmeas de 12 a 24 meses Cabeças 15 300,00 4500

Fêmeas de 24 a 30 meses Cabeças 14 600,00 8400Macho até 12 meses Cabeças 16 200,00 3100

Macho de 12 a 24 meses Cabeças 0 0 0

Macho de 24 a 36 meses Cabeças 0 0 0

QUANTIDADE TOTAL - ANIMAIS PRODUÇÃO 101

VALOR TOTAL DO REBANHO  62850,00