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LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II ENGENHARIA QUÍMICA
Néstor Alejandro Gómez Puentes 13/09/2011
Eduardo Prado Baston 20/09/2011
Prática 3 - Leito Fixo e Leito Fluidizado
1. Objetivo
Operar o equipamento de leito fluidizado por líquido;
Determinar a partir dos dados experimentais a perda de carga no leito e a
velocidade mínima de fluidização.
2. Teoria
Na indústria química, freqüentemente, são utilizados equipamentos onde um
fluido escoa através de partículas sólidas. Essas partículas sólidas agem como um
obstáculo à passagem deste fluido, ocasionando uma queda de pressão, devido ao
atrito, que aumenta com o aumento da velocidade. Quando se aumenta ainda mais
a velocidade do fluido, os canais de passagem formados pelo mesmo aumentam e
as partículas sólidas ficam mais separadas, iniciando a fluidização do leito de
sólidos.
Os processos de fluidização nas industrias são aplicados principalmente a
processos físicos, tais como: secagem, mistura, granulação, filtração, destilação,
reatores heterogêneos, aquecimento e resfriamento.
3. Metodologia Experimental
3.1. Aparato Experimental
A Figura 1 apresenta um esboço do leito fluidizado por líquido com seus acessórios.
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Figura 1 - Leito Fluidizado. 1) Coluna do leito fluidizado com esferas de vidro, tubo
central de acrílico; 2) sonda de pressão; 3) válvula agulha "D" para a retirada de ar
das linhas de pressão; 4) conjunto moto-bomba; 5) duto de sucção da bomba; 6)
válvula gaveta "E" da linha de recalque da bomba; 7) flange com a tela suporte do
leito de esferas e tomadas de pressão da base do leito, acima da tela de suporte; 8)
válvula agulha "F" da tomada de pressão acima da tela de suporte do leito; 9)
tanque com água; 10) tubo em "U" com tetracloreto de carbono para estudo da
perda de carga do leito; 11) válvula agulha "G" do manômetro com tetracloreto de
carbono e 12) retorno da água para o tanque, ponto de tomada da vazão.
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3.2 - Procedimento Experimental
a. Inicialmente coloque o plugue elétrico na tomada após verificar a voltagem;
b. Coloque no leito uma massa de esferas de vidro entre 150 e 200 g;
c. Ligue a bomba e abra a válvula conectada na saída da mesma (uma vazão
exagerada pode deslocar o fluido do manômetro para fora do mesmo);
d. Retire as bolhas de ar de toda as tubulações e anote a altura da sonda. Para
retirar o ar dos dutos siga o método a seguir:
1. Fixe a sonda de pressão, por exemplo, com a base da sonda a 30 cm
da tela de suporte do leito de esfera;
2. Feche todas as válvulas (ATENÇÃO - as válvulas são de agulha e
necessitam de POUCO aperto para fechar. A válvula "E" é de gaveta;
3. Ligue a bomba;
4. Abra lentamente a válvula "E" até que a água passe pela base da
sonda e preencha totalmente a coluna do leito. Feche a válvula "E";
5. Abra totalmente a válvula "G" do tubo em "U" e abra lentamente a "D"
para retirar o ar dos dutos tomando cuidado para que o tetracloreto de
carbono não saia do tubo em "U". Acompanhe a saída do ar pela base
da sonda;
6. Fecha a válvula "D" e, em seguida, a "G". ATENÇÃO: a válvula "D"
deve ser fechada antes que a "G" para não pressurizar a linha e retirar
o tetracloreto do tubo em "U". Abra a válvula "F" e desligue a bomba.
A unidade está pronta para as medidas da perda de carga do leito e,
para isto, ligue a bomba e abra lentamente a válvula gaveta "E";
7. Após as medidas de pressão em função da vazão abra totalmente a
válvula "G" do manômetro com o tetracloreto antes de desligar a
bomba para que este fluido não saia do tubo em "U".
e. Feche a válvula na saída da bomba e a abra lentamente até a fluidização do
leito;
f. Marque no tubo em "U" do P do distribuidor a diferença de nível do
tetracloreto no ponto que inicia a fluidização. Divida esta diferença de nível
em 3 partes até a vazão zero ( duas vazões com leito fixo e uma no ponto de
início da fluidização). Marque outras duas vazões acima do ponto de início da
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fluidização (perda de carga praticamente constante) e um ponto com as
esferas acima da sonda (queda na perda de carga);
g. Feche a válvula da saída da bomba;
h. Provoque uma vibração no leito (com CUIDADO) para recompactar os
sólidos;
i. Meça para cada um dos seis pontos na operação de expansão do leito
(aumentando-se a vazão):
1) A altura da coluna de tetracloreto de carbono no tubo em "U" do P do
distribuidor (htetra). Meça cada uma das vazões (massa por unidade de
tempo);
2) A altura da coluna de tetracloreto de carbono no tubo em "U" do leito
(P);
3) A altura do leito (L);
4) A temperatura da água.
j. Anote o tipo de fluidização: particulada ou agregativa;
k. Repita as medidas do passo anterior para a contração do leito diminuindo-se
a vazão para obter h'tetra, P' e L';
l. Retire as esferas do leito e determine a altura da coluna de tetracloreto do
tubo em "U" do P di distribuidor para os seis pontos se for de interesse o
estudos do comportamento do distribuidor;
m. Abra totalmente a válvula (G) do manômetro com tetracloreto, desligue a
bomba e esgote a água da unidade;
n. Meça o diâmetro das esferas e o diâmetro interno do leito (Di).
4 - Cálculos e Análise dos Resultados
1. A partir dos dados obtidos, construa:
1.1 A curva da perda de carga do leito (P) em função da velocidade superficial
(u);
1.2 A curva do log P em função de u;
1.3 A curva da altura do leito (L) em função da velocidade superficial (u);
2. Determine, a partir das curvas obtidas nos itens 1, 2 e 3:
2.1 A velocidade mínima de fluidização (umf);
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2.2 A porosidade mínima de fluidização (mf);
2.3 A altura mínima de fluidização (Lmf);
2.4 A perda de carga mínima de fluidização;
2.5 A PMF pelo balanço de forças e pela equação de Ergun;
3. Determine a partir das correlações:
3.1 A velocidade mínima de fluidização (umf);
3.2 A porosidade mínima de fluidização (mf);
3.3 A altura mínima de fluidização (Lmf);
3.4 A perda de carga mínima de fluidização;
3.5 Verifique o tipo de fluidização.
4. Fazer a memória de cálculo e colocar em anexo.
5 - Bibliografia
[1] FOUST, A. S. WENZEL, L. A., CLUMP, C. W, MAUS, L., ANDERSEN, L. B.
Princípios das Operações Unitárias. Segunda edição. LTC, 1982.
[2] McCABE, W., SMITH, J. and HARRIOT, P. Unit Operations of Chemical
Engineering. 4ª Ed. New York, McGraw-Hill, 1985.