Leitura: Conceito e características Processo interactivo entre o leitor

Oficina temática nº4 O Ensino da Leitura: A Compreensão Textual

Agrupamento

de Escolas

de Abraveses

Direcção Regional de Educação do Centro O formador residente:

António Marcelino Fernandes

15 de Dezembro de 2009

1A compreensão leitora

António Marcelino

Questões organizadoras desta oficina temática1 - Enquadramento teórico

• Objectivos desta sessão temática

• Questões para pensar, reflectir e provocar… “O que é ler para cada um de nós?”

• O que precisam saber os professores no ensino da compreensão leitora

• Abordagem ao conceito de compreensão leitora.

• Determinantes do seu sucesso e aspectos que a dificultam

• Modelo de compreensão leitora segundo J. Giasson

• Variáveis leitor, texto e contexto

• Abordagem pedagógica antes, durante e após a leitura

• As várias tipologias textuais.

2 - Oficina de desenvolvimento da compreensão leitora• Em simultâneo com a abordagem à tipologia textual, apresentação de alguns

exercícios práticos e propostas de actividades enquadradas nessa abordagempedagógica da compreensão textual.

A compreensão leitoraAntónio Marcelino

2

Questões para pensar, reflectir e provocar…

• O que é ler para cada um de nós?

• Será que a abordagem ao tema “compreensão leitora” épertinente ? Porquê?

• Será que o facto de o professor fazer perguntas e maisperguntas é, por si só, factor relevante para o aluno ter umamelhor compreensão leitora?

• Será que a simples repetição do acto de ler um texto, só porsi, favorece a sua compreensão?

• Como é que, habitualmente, promovemos a compreensão daleitura na nossa turma?


António Marcelino

No ensino da leitura e compreensão de textos, o

professor deve:

• Conhecer o processo de desenvolvimento da aprendizagem da leitura e da escrita.

• Acreditar que todas as crianças podem aprender a ler.

• Avaliar continuadamente o progresso das crianças na leitura.

• Conhecer e usar diversas abordagens no ensino da leitura.

• Proporcionar às crianças materiais e textos variados.

• Dialogar antecipadamente com as crianças sobre o tema do texto que irão ler equal o objectivo daquela leitura.

• Proporcionar actividades que desenvolvam o léxico.

• Utilizar e ensinar explicitamente estratégias para abordar a cada tipologia detexto.

(Blair, Rupley Nichols, 2007) - Brochura PNEP – Compreensão de textos


António Marcelino

Processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro

reconstrói o significado do segundo. A extracção do significado e a

consequente apropriação da informação veiculada pela escrita são os

objectivos fundamentais da leitura, dependendo do nível de

compreensão atingido, do conhecimento prévio que o leitor tem sobre o

assunto e o tipo de texto em presença.

competência básica na sociedadeprocesso complexo e a longo termoexige ensino directoprolonga-se e aprofunda-se ao longo da vida

Leitura: Brevíssima abordagem ao conceito e características(Para aprofundar tema, cf. diapositivos 5 a 10 da Oficina Temática anterior)

A Língua Materna na Educação Básica 1997, p.27) e Brochura PNEP

Leitura


António Marcelino

• Quem lê, vê mais; sonha mais; decide melhor; governa melhor; escrevemelhor.

• Poucos são os actos que valorizamos e que praticamos que não possamser melhorados com mais leitura.

• Recomendar a leitura de livros é tão importante e tão inútil comorecomendar que se beba muita água.

• É bom leitor quem transformou o acto de ler numa necessidade e numinstinto primários.

• Ler às crianças durante os seus primeiros anos de vida, ajuda-as a crescernão só intelectualmente como do ponto de vista da compreensão domundo.

• Quem nunca leu ou quem leu muito pouco, não conhece nem o mundoem que vive nem os mundos que podemos sonhar.

Somos o que lemos a)

a)Ricardo Antunes ESEV - PNEP6

A compreensão leitoraAntónio Marcelino

Frases simples e bonitas ou pontos chave na compreensão leitora?

“A essência da leitura é a construção do significado de um textoescrito e aprender a compreender textos é o grande objectivodo ensino da leitura.”Sim-Sim (2007: 7)

“Ler não é um jogo, mas uma actividade cognitiva ecompreensiva enormemente complexa, na qual intervêm opensamento e a memória.” (Pedro Cerrillo,inAzevedoetal.,2006:33).

“ Ler, é em primeiro lugar, produzir sentido.” Rachel Cohen et Hélèn Gilabert(1992)

“ É ser capar de extrair as inferências autorizadas por um texto ede lhe dar alma, é recriar ou criar o significado de umamensagem até aí implícita.” Bomboir (1970)


António Marcelino

Durkin (1986) citado por Giasson (1993) identifica bem oproblema do ensino da compreensão na leitura, quando diz:

• “Seria difícil encontrar alguém que não esteja de acordo com aafirmação de que ler e compreender são sinónimos. No entanto,só há pouco tempo é que os investigadores e os professoresorientaram os seus esforços para o ensino da compreensão naleitura. Antes, parecia crer-se que o facto de fazer perguntassobre o conteúdo do texto, levava os alunos a compreendê-lomelhor. Esta posição teve como consequência pedagógica incitaros professores a avaliar constantemente na aula o que não foraensinado. Outro resultado desta concepção foi fazer ver que omelhor meio de resolver os problemas de compreensão erafazer perguntas adicionais.”


António Marcelino

Constatação… Solé (1992) e Colomer Camps (1991) referem que, com poucas variações, a

sequência didáctica típica do ensino da leitura obedece ao seguinte

esquema:

O professor escolhe o texto do livro, um aluno lê um fragmento, os restantes

seguem a leitura no livro;

Se comete algum erro de oralização, o professor corrige directamente ou

delega noutro aluno;

Uma vez oralizado o texto, o professor formula perguntas sobre o texto e os

alunos respondem;

Eventualmente, formula questões gramaticais a partir do texto


António Marcelino

«…cada vez se está mais consciente de que o ensino dacompreensão deve ir mais longe do que o simples facto dese fazerem perguntas ou de se mandarem repetiractividades de leitura aos alunos. […] admite-se hoje que oaluno deve ser activo: nenhuma aprendizagem se faz bemsem a participação do discípulo.»

(Giasson, 1993: 48)


António Marcelino

11As Leituras do João, 3º ano.

Gailivro (2005)

Como se tem trabalhado a compreensão da leitura!!!

11A compreensão leitora António MarcelinoA compreensão leitora

António Marcelino

Será um bom exemplo de compreensão leitora?

Língua Portuguesa 4º ano,

Liv. Arnado (2006)

12A compreensão leitora António MarcelinoA compreensão leitoraAntónio Marcelino

Diapositivo cedido por Ricardo Antunes ESEV, PNEP


António Marcelino

Diapositivo cedido por Ricardo Antunes ESEV, PNEP


António Marcelino

Determinantes das dificuldades de compreensão leitoraSegundo (Sim-Sim, 2007: 10)

• O conhecimento prévio que o leitor tem sobre o tema;

• O (des)conhecimento de vocábulos utilizados no texto.


António Marcelino

Confusão no que se refere às exigências da tarefa

Problemas de memória

Pobreza de vocabulário

Deficiências na descodificação

Conhecimentos prévios escassos

Desconhecimento e/ou falta de domínio de

estratégias de compreensão

Escasso controlo da compreensão

Escasso interesse pela tarefa

Auto-estima baixa

Factores causadores de problemas na compreensão da leitura.

Segundo (Citoler, 1996)


António Marcelino

Habilidade para recordar informação

verbal

Raciocínio verbal que permite

ao leitor “ler entre linhas”

Adequado conhecimento

acerca das diferentes convenções da

escrita através do

texto (humor,

diálogo…)

Familiaridade com a estrutura

semântica e sintáctica, que ajuda a prever

a relação entre

as palavras

Adequados conhecimentosprévios acercados domínios representados

no texto

Adequadoentendimentodas palavras

usadas no texto

Uma boa compreensão na leitura está relacionada,na perspectiva de Lyon (2003), com:


António Marcelino

Modelo da compreensão da leitura (Giasson, 1993:21)

O que o leitor é (os seus conhecimentos e atitudes)

O que o leitor fazdurante a leitura (habilidades a que ocorre, processos de leitura que utiliza)

Tópico mais importante deste vector e que condiciona os outros dois

Forma/estrutura Modo como o autor arrumou as ideias do texto

Conceitos, conhecimentos e vocabulário que o autor decidiu transmitir

Compreende elementos exteriores ao texto e estruturas e processos de leitura, mas que influenciam a compreensão do texto.

Intenção e interesse pelo texto

As intervenções do professor, dos colegas,…

O tempo disponível, o barulho, …

Quanto mais interligadas estiverem estas 3 variáveis, melhor será a compreensão.


António Marcelino

A variável leitor - Vamos abordá-la um pouco mais, pois achamos que

é a variável onde o professor deve colocar maior enfoque.

Características que o leitor possui, independentemente da situação de leitura

Dizem respeito ao recurso às habilidades necessárias para abordar o texto, aodesenrolar das actividades cognitivas durante a leitura. Estes processos sãosimultâneos (e não sequenciais).

Há processos orientados para a compreensão dos elementos da frase, outrospara a procura de coerência entre as frases, outros para construir um modelomental do texto ou uma visão de conjunto que permitirá ao leitor captar oselementos essenciais e levantar hipóteses, integrar o texto nos seusconhecimentos anteriores,…


António Marcelino

A variável leitor - Processos de Leitura

• Serve para compreender ainformação contida numa frase

• Efectuam ligações entre asproposições ou as frases

• Orientam-se para a compreensãoglobal do texto, para as conexõesque permitem fazer do texto umtodo coerente

• Permitem aos leitores ir além dotexto, efectuar inferências

• Geram a compreensão epermitem ao leitor adaptar-se aotexto e à situação


António Marcelino

A variável leitor - estruturas cognitivas

Conhecimentos sobre a Língua

Conhecimento fonológico

◦ Capacidade de distinção de fonemas próprios da Língua Materna

Conhecimentos sintácticos

◦ Ordem das palavras na frase

Conhecimentos semânticos

◦ Conhecimento do sentido das palavras e relação entre elas

Conhecimentos pragmáticos

◦ Saber em uso


António Marcelino

Conhecimentos sobre o mundo

A variável leitor - estruturas cognitivas

Conhecimentos prévios da criança / leitor são cruciais paraa compreensão do texto

◦ Compreensão da leitura não se pode dar se não houvernada com que o leitor possa relacionar a nova informaçãodada pelo texto

Alunos com conhecimentos anteriores mais desenvolvidosretêm mais informação e compreendem-na melhor


António Marcelino

A variável leitor - estruturas afectivas

• Atitude geral face à leituraSempre que confrontado com o jogo de compreensão da leitura (+ ou -)

• Interesses face à leitura e aos interesses desenvolvidos peloleitor

Segundo o grau de afinidade entre o tema do texto e os interesses

específicos do leitor, este vai interessar-se: muito, pouco ou nada

• Outros aspectos: capacidade de arriscar; auto imagem comoleitor; medo do insucesso,…


António Marcelino

Leitura com base no contexto

Amarelo

Azul

Vermelho

Rosa

Verde

Branco

Cinzento

Exercício que, de forma simples, nos remete para aimportância do contexto na compreensão leitora


António Marcelino

A variável texto

• Classificação de textos segundo:

Intenção do autor – o autor pode querer persuadir, informar,distrair, relatar,… Nesta lógica podem incluir-se os génerostextuais / tipos de texto. (cf. brochura pág. 15)

Forma / estrutura do texto – forma como as ideias seorganizam num texto

Conteúdo – remete para o tema, para os conceitosapresentados no texto.

a) Julgamos ser importante que o professor conheça e trabalhe com os seus alunos asdiferentes tipologias textuais, visto cada uma necessitar de uma estratégia própria na suaabordagem quer pelo professor quer pelo aluno, uma vez que os leitores se comportam demaneira diferente consoante o texto apresentado cf. diapositivo 34 em diante


António Marcelino

Modelo geral de intervenção na leitura

Giasson, 1993, pág.57

Com o objectivo de colocar o aluno nas melhores condições para acompreensão do texto, o professor deverá facilitar/promover nosalunos a utilização, de modo integrado, de um conjunto de estratégiaspreviamente ensinadas. Assim, atendendo às variáveis atrás focadas,um modelo de ensino deverá ser do tipo intervenção antes – durante- depois da actividade de leitura.


António Marcelino

Em síntese: Quatro importantes pilares que concorrem para a compreensão da leitura

• automatização na identificação de palavras

• conhecimento da língua de escolarização

• a experiência individual de leitura

• as experiências e o conhecimento do Mundo– Cf. pág. 12 Brochura


António Marcelino

Não existe leitura se não existir uma expectativa, uma pergunta, uma

questão, antes da interacção com o texto. Jean Foucambert (1976)

• Antes de iniciar a leitura: (Pré-leitura)

• Explicitar o objectivo da leitura do texto (Para que vou ler?...);

• Activar o conhecimento anterior sobre o tema (O que sei sobre isto?);

• Antecipar conteúdos com base no título e imagens, no índice do livro, etc. (O que é que esta gravura me faz lembrar?...);

• Filtrar o texto para encontrar chaves contextuais (indícios gráficos e marcas tipográficas) – (Que palavras estão a negrito ou sublinhadas?...).


António Marcelino

Sim Não

Sei para que vou ler?

Percebi pelo título qual é o assunto do texto?

Revi o que já sei sobre o assunto?

Lista de auto verificação para antes da leitura


António Marcelino

Durante a leitura:

• Fazer uma leitura selectiva;

• Prestar deliberadamente atenção ao que se lê;

• Usar chaves contextuais sobre o texto (É uma história? Um poema?...);

• Ajustar a velocidade de leitura, consoante a dificuldade do texto;

• Ler de novo cada parágrafo e procurar a informação nova (O que diz aqui denovo?);

• Criar uma imagem mental (ou mapa mental) do que foi lido (associações,experiências sensoriais – cheiros, sabores – sentimentos, etc.);

• Sintetizar, à medida que se avança na leitura do texto;

• Adivinhar pelo contexto o significado de palavras desconhecidas;

• Se necessitar, usar materiais de referência (dicionários, enciclopédias...);

• Parafrasear partes do texto;

• Sublinhar e tomar notas, durante a leitura.


António Marcelino

• Formular questões sobre o lido e tentar responder;

• Confrontar as previsões feitas com o conteúdo dotexto;

• Discutir com os colegas sobre o que foi lido;

• Reler.

Depois da leitura: Pós-leitura


António Marcelino

Sim Não

Compreendi o sentido global do texto?

Consigo dizer o que aprendi com este texto?

Percebi todas palavras do texto?

Aprendi palavras novas com o texto?

Tomei notas sobre algumas partes do texto?

Já reli o texto?

Fiquei com vontade de saber mais sobre o assunto

do texto?

Apetece - me falar do texto que li a alguém?

Lista de auto-verificação para depois da leitura


António Marcelino

TIPO

DE

TEXTOS

Narrativoo

Instrucionais

Informativo

Poesia

Teatro

Banda desenhada

Biografias

Textos epistolares

Listagens

Obter informações.

Usufruir do prazer de leitura. (Histórias, contos, lendas)

Realizar algo de acordo com os procedimentos enunciados. (receitas, bulas)

Usufruir do prazer da linguagem poética e simbólica.

Usufruir do prazer da leitura.

Usufruir do prazer da leitura.

Aprender algo sobre a vida de alguém.

Estabelecer contacto com alguém (cartas, mensagens, e-mail).

É um texto não compositivo que visa aceder a informação organizada categoricamente.

33A compreensão leitoraAntónio Marcelino

Texto Narrativo

É uma descrição de eventos, baseado em experiências, ocorridas ouficcionadas por quem escreve ou conta e descritos de acordo comuma organização estrutural que permite a antecipação de quemouve ou lê.

( Grasser, Golding & Long 1991)

As principais

componentes

da narrativa

são:

As personagens.

O contexto espacial e temporal.

A existência de problemas, conflitos ou complicações.

A trama, ou série de episódios descritos segundo uma

estrutura discursiva que provocam a resolução da complicação.

Objectivo da narrativa

Provocar no leitor ou ouvinte respostas emocionais (surpresa, curiosidade,

medo, satisfação).

Actividades – Brochura (A compreensão de textos) pág. 38 à 48.


António Marcelino

Brochura PNEP

Que solução?

Qual é o

objectivo

central?

Personagens: Quem?

Contextos:

Onde e quando

Aconteceu?

Qual é o problema,

conflito ou

complicação?

Que acontecimentos ou episódios são importantes na história?1.2.3.4.


António Marcelino

exposição:Era uma vez (tempo) um dragão feroz (personagem) que vivia numa caverna sobranceira a uma aldeia (espaço) e que amedrontava toda a gente (situação inicial).

elemento desencadeador:Um dia este dragão caiu a um lago e perdeu a capacidade de lançar chamas. Já não podia assustar os aldeões, lançando fogo em

direcção a eles.

complicação:O dragão receava que a gente da aldeia viesse à sua caverna para o caçar (reacção); queria muito voltar a produzir fogo (objectivo). Assim correu para o restaurante mexicano mais próximo, pediu o taco mais picante, o chili mais forte e uma forte dose de piripiri. Engoliu tudo isto e soprou (tentativa).

resolução:Ué! O fogo jorrou! O dragão podia de novo lançar chamas.

fim:Voltou para a sua caverna e viveu feliz para sempre a aterrorizar os aldeões com as suas maravilhosas chamas. Giasson (1993)

Exemplificação com um texto narrativo


António Marcelino

PRANCHA DE HISTÓRIAS

1_________________________________

__________________________________

2

Era uma vez _______________

____________________________________________________

3

Um dia __________________

_______________________

________________________________________________________

4

__________________________________________________________________________________________

5

_

_____________________________

_________________________________________________________

6

A partir daquele dia _______________

______________________________________________________________

Retirado da brochura PNEP

Ver brochura pág. 40

Desenha em cada quadrado uma imagem e escreve em baixo um pequeno texto, respeitando as seguintes indicações:1 – escreve o título da história e do autor2 – diz onde e quando se passou a história e indica as personagens3 – conta um acontecimento importante no início da história – problema que surgiu.4 – conta um acontecimento importante no meio da história5 – conta um acontecimento importante no final da história 6 – apresenta um final para a história


António Marcelino

Título: ________________________________________________________________

A história passa-se ______________________________________________________

______________________________________________________________________

________________________________________________________________ é uma

personagem que ________________________________________________________

______________________________________________________________ surge um

problema quando ________________________________________________________

___________________________________________________________. Depois disso

___________________________________________________________. Em seguida

___________________________________________________________. O problema

resolve-se quando _______________________________________________________

______________________________________________________________________.

Por fim ________________________________________________________________

Adaptada de Woods por Giasson (1993)

Ficha de registo para a actividade


António Marcelino

Exemplo de concretização pedagógica das 3 grandes partes do texto narrativo



António Marcelino

Ensinar a compreensão de textos narrativos Estratégias que:

• visem uma compreensão global de todo o texto ou de partes específicasdo mesmo (capítulos, parágrafos, frases, expressões, palavras) einterligações entre as partes específicas;

• desenvolvam a interpretação, o relacionamento entre a compreensão dotexto e a experiência individual do leitor;

• contemplem a análise da estrutura intratextual (organização e forma:como se ligam os capítulos, numa obra, ou os parágrafos num texto; comoexpressa o autor a passagem do tempo; como são caracterizadas aspersonagens; quais as palavras que melhor descrevem algo, etc.);

• explorem o tema central, as personagens principais, os acontecimentosdeterminantes, os pequenos detalhes;

• tomem em linha de conta todos os elementos da narrativa, eventos,personagens, contextos espacial e temporal, conflitos e a sua resolução;

• explorem o significado mais profundo do texto (subjacente ou explícito),através da discussão colectiva, para que as crianças aprendam acerca davida, delas próprias e do poder da leitura de boas obras.


António Marcelino

Textos

informativos /

expositivos

Não ficcionais que descrevem, explicam e transmitem informação factual ou opiniões sobre um determinado assunto

Estratégias para a compreensão da leitura de textos informativos / expositivos


António Marcelino

O ensino da compreensão de textos informativos ( expositivos ou explicativos)

O ensino da compreensão deste tipo de texto implica ensinar

estratégias que ajudem:

a reconhecer a estrutura do texto;

a mobilização do conhecimento prévio sobre o tema;

a identificar o tema central e o seu desenvolvimento;

a escolher os aspectos mais salientes para o objectivo da leitura.

o ensino do vocabulário presente no texto;

o questionamento com vista à construção de um modelo mental do texto;

a sintetização da informação

Brochura PNEP


As estratégias específicas de ensino da compreensão de um texto informativo devem contemplar…

• a mobilização do conhecimento prévio sobre o tema;

• o ensino de vocabulário específico presente no texto;

• o ensino de estratégias de mapeamento visual da estrutura do texto e da relação entre as ideias expostas;

• o questionamento com vista à construção de um modelo mental do texto;

• a sintetização da informação;


António Marcelino

a) Pedir a um aluno para ler o título do texto

b) Perguntar aos alunos se acham que é um texto de ficção(uma história) ou não e pedir-lhes razões quejustifiquem a sua opinião

c) Pedir para “adivinharem” o assunto abordado no texto ejustificarem a sua opinião

d) Incentivar os alunos a dizerem o que sabem sobre oassunto e o que gostariam de aprender

Pré -LeituraPré-leitura


António Marcelino

• Identificação e desenvolvimento do tema central

• Domínio estrutura: descrição; causa/efeito; problema/solução; da sequência; comparação/contraste

Objectivos de leitura: compreender, recordar e poder verbalizar o lido.

Foco de ensino de leitura:

Baseado num diapositivo de Inês Sim-Sim 46A compreensão leitora

António Marcelino

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://utilidades.blogs.sapo.pt/arquivo/livros.jpg&imgrefurl=http://utilidades.blogs.sapo.pt/arquivo/912214.html&usg=__wFWGtD-Ila23GsC9rfeVSpSRnYI=&h=220&w=268&sz=25&hl=pt-PT&start=17&itbs=1&tbnid=oxbu5EbrO9UxzM:&tbnh=93&tbnw=113&prev=/images?q=alunos+com+livros&gbv=2&hl=pt-PT&sa=G

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://utilidades.blogs.sapo.pt/arquivo/livros.jpg&imgrefurl=http://utilidades.blogs.sapo.pt/arquivo/912214.html&usg=__wFWGtD-Ila23GsC9rfeVSpSRnYI=&h=220&w=268&sz=25&hl=pt-PT&start=17&itbs=1&tbnid=oxbu5EbrO9UxzM:&tbnh=93&tbnw=113&prev=/images?q=alunos+com+livros&gbv=2&hl=pt-PT&sa=G

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.dompedrov.com/wp-content/uploads/melhores-livros3.jpg&imgrefurl=http://www.dompedrov.com/campanha-pilhas-de-livros/&usg=__dKBhGAh_GaTJSlXkofcfk5ZTde4=&h=278&w=280&sz=23&hl=pt-PT&start=3&itbs=1&tbnid=khJYlTG3UvKowM:&tbnh=113&tbnw=114&prev=/images?q=alunos+com+livros&gbv=2&hl=pt-PT&sa=G

Como suporte à discussão colectiva poderá ser usada

uma ficha individual de registo, orientadora da actividade

Eu penso que é um texto ____________________ porque ________________

________________________________________________________________ .

Eu acho que o texto é sobre ___________________ porque ______________

________________________________________________________________ .

O que sei sobre o assunto O que gostava de saber

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

Pré -LeituraPré-leitura


António Marcelino

a) Apresentar aos alunos uma lista de expressões extraídas do texto.

b) Em pequenos grupos de trabalho, pedir aos alunos que relacionem asdiferentes expressões e antecipem o assunto do texto

c) Cada grupo apresenta a sua proposta sobre o conteúdo do texto,explicando as associações de ideias ou conceitos que a justificam

d) Discussão colectiva sobre as propostas apresentadas

e) Distribuição do texto e leituras em pequenos grupos

Pré-leitura e Leitura


António Marcelino

Exemplo de uma ficha de registo

O que sabia

sobre o assunto

O que aprendi

com o texto

O que não

percebi bem

O que gostava

ainda de saber

Onde posso

procurar mais

informações


António Marcelino

Exemplo de mapeamento visual de um texto informativo com uma estrutura descritiva (A morsa)‏

a morsa é um animal

vive nos mares frios e gelados

tem dentes caninos muito grandes

pode pesar mais de 1.000 kg

pode medir mais de 4m pode viver mais de 30 anos

os caninos servem para se defender, para se alimentar e para se içar no

gelo

Baseado num diapositivo da DR. Inês Sim-Sim


António Marcelino

A leitura de poesia alimenta o gosto pela sonoridade da língua (rima, ritmo, som das palavras — aliterações e onomatopeias), pelo poder da linguagem

(sentido literal, sentido figurativo) e pelo uso da linguagem poética e simbólica.O ensino da leitura de poesia implica encorajar as crianças:

- a ler poesia;- a desenvolver a compreensão da leitura de poemas; - a treinar a leitura em voz alta e em coro; - a memorizar e a recitar poesia; - a explorar o ritmo e as sonoridades da língua - a desenvolver o raciocínio metafórico.

Poesia

Tal como na leitura de textos de teatro, a repetição monitorizada da leituraoralizada e expressiva de poesia, afecta positivamente a compreensão e afluência.


António Marcelino

PoesiaAs Estratégias específicas de ensino da compreensão de um poema devem incluir:

a leitura do poema em voz alta pelo professor;

a releitura em coro (professor/alunos);

a explicação de palavras desconhecidas ou de um segundo sentido da palavra;

a escolha antecipada do poema pelo professor (com humor, nonsense, alusivoa uma data ou tópico, com diálogos...);

Poesia

a partilha de leitura…

a realização de actividades com base no poema;

a associação de sentimentos, emoções e sensações;


António Marcelino

O Vento

Por mais que tente, o vento não consegue adormecerse não tiver nada para ler. Seja uma folha de tília,de bambu ou buganvília. É por isso que o ventoarrasta folhas consigo, até encontrar um abrigo, onde possa adormecer.- arrastou até a folha,onde eu estava a escrever!

Jorge Sousa Braga, Herbário, Lisboa, Assírio e Alvim, 2002

Actividade A


António Marcelino

a) Ilustração individual do poema, aproveitando, por exemplo, as imagens das plantas (tília, bambu, buganvília) vistas num dicionário ilustrado e na Internet, ou fazendo a colagem de folhas secas de árvores. A representação do vento a dormir, num abrigo, é um elemento visual muito forte que deve ser contemplado, bem como a folha do próprio poema a ser levada pelo vento.

Conversão de imagens poéticas em ilustrações do poema

Texto — O Vento

b) Apreciar, em conversa de grande grupo, as diferentes estratégias de ilustração seleccionadas pelos alunos.


António Marcelino

Actividade : Explorar o ritmo e as sonoridades da

língua

Sensibilizar para aspectos formais da construção do poema

a) Após leitura, os alunos copiamo poema, utilizando uma cor para os nomes e outro para os verbos que se repetem no poema. Exemplo:

Por mais que tente, o ventonão consegue adormecerse não tiver nada para ler. Seja uma folha de tília,de bambu ou buganvília.

É por isso que o ventoarrasta folhas consigo, até encontrar um abrigo,onde possa adormecer- arrastou até a, folhaonde eu estava a escrever!


António Marcelino

Trocadilhar

Era uma vez um livroque, arrastado pelo vento,saiu do seu lugarficando com as palavras de pernas para o ar.Entontecidas, passarama querer dizercoisas que ninguémqueria perceber.Saiu dos trilhose perdeu-se em trocadilhos.Tornou-se o livro de trocadilhar,de cabeça para baixopara nos baralhar,sentidos às avessasno seu jeito de brincar.

José Jorge Letria. O Livro das Rimas Traquinas. Terramar Ed.

Actividade B


António Marcelino

Era uma vez um _________que, arrastado pelo________,saiu do seu lugarficando com as _________de pernas para o ar.Entontecidas, passarama querer dizer__________que ninguémQueria ___________.Saiu dos trilhose perdeu-se em __________.Tornou-se o livro De____________ de ____________para baixopara nos_________,Sentidos___________no seu jeito de_______.

Completa com as palavras do poema.


António Marcelino

Exemplo de uma tabela de registo das palavras repetidas e das rimas

Palavras/sons repetidos Número do verso

vento 1.º e 6.º

tília


António Marcelino

Exemplo de um biopoema


As estratégias específicas de ensino da leitura de um texto de teatro devem contemplar:

exploração da compreensão do texto e da prática cénica

• do vocabulário, do papel (idade, influência e função)

de cada personagem;

• das interacções entre personagens;

• do uso do discurso directo e das indicações cénicas;

• das relações entre a história e o espaço cénico.

leitura oralizadapela turma

• treino de falas, de escuta de deixas, de entradas atempadas;

• treino de voz, de expressão e de gestos, de acordo com a personagem.

recitação leitura em coro


António Marcelino

Textos Instrucionais (pág. 81 e 82 da brochura)

• Os textos instrucionais fazem parte da vida quotidiana. Em

muitos casos, a informação de que necessitamos encontra-se

formatada em esquemas, diagramas, gráficos e tabelas,

acompanhados de pequenos textos ou simplesmente de

frases ou palavras em funções explicativas.


António Marcelino

A compreensão da leitura de textos instrucionais

Conjunto de processos

cognitivos

procurar

A atenção selectiva

isolar destacar agrupar categorizar


António Marcelino

Conhecer o objectivo da tarefa;

Ler cada etapa das instruções;

Realizar sequencialmente cada

etapa;

Reler cada etapa sempre que tiver

dúvidas;

Verificar no final se foi cumprido o

objectivo inicial.

O ensino da compreensão deste

tipo de texto deve incluir:


António Marcelino

Perguntas sobre o produto e sobre o processo

• Perguntas de avaliação (sobre o produto)– Perguntas sobre as quais se fazem apenas juízos de certo ou

errado. (Em que lugar se passa a história? Como estava vestido o…? )

• muitas das questões realizadas não contribuem para o ensino da

compreensão, ou para o desenvolvimento da atitude crítica do aluno.

• “Qual‏a‏utilidade‏de‏um‏leitor‏compreender‏um‏texto,‏se‏for‏incapaz‏de‏ser‏crítico‏

face‏a‏esse‏mesmo‏texto?”‏‏- Giasson (1993:191)

Independentemente dos textos a trabalhar , sabemos que o narrativo éo mais explorado na escola, há que ter muito cuidado com o tipo dequestionamento que se vai fazer.

Retirado de um diapositivo do Prof. Ricardo ESEV 64A compreensão leitora

António Marcelino

• Perguntas de ensino (sobre o processo) - Perguntas que fazem evoluir o aluno nas suas habilidades de

compreensão.

– Levam o aluno a reflectir sobre a maneira como chegou a uma resposta.

• Incidem, portanto, sobre o processo utilizado pelo aluno quando este responde à pergunta.

– O‏que‏te‏faz‏dizer‏que‏…?

– Neste‏parágrafo,‏o‏que‏significa…?

– O que é que te permitiu prever o que aconteceu?

– O que te faz gostar deste texto?

– O que te faz dizer que este texto é imaginário?

– Porque é que o título foi bem escolhido?

– …


António Marcelino

O ensino de estratégias de compreensão de textos deve permitir que, no final do 1º ciclo do Ensino Básico, a criança seja capaz de : Inês Sim Sim (2007)

• Apreender o sentido global de um texto;

• Identificar o tema central e aspectos acessórios;

• Distinguir entre ficção/não ficção; causa/efeito; facto/opinião;

• Localizar informações específicas e usá-las para cumprir instruções;

• Sintetizar partes do texto;

• Reconhecer os objectivos do escritor;

• Compreender inferências, mobilizando informações textuais implícitas e explícitas e conhecimentos exteriores ao texto;

• Relacionar a informação lida com conhecimentos exteriores ao texto;

• Extrair conclusões do que foi lido;

• Seguir instruções escritas para realizar uma acção;

• Inferir o significado de uma palavra desconhecida com base na estrutura interna e no contexto;

• Utilizar estratégias de monitorização da compreensão;

• Ler, autonomamente, pequenas obras integrais adequadas ao interesse da faixa etária em questão.


António Marcelino

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Aprendizagens relevantes desta sessãoNota: Este diapositivo será elaborado no final da sessão com a

síntese feita pelos formandos)

A compreensão leitoraAntónio Marcelino 67

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Leitura: Conceito e características Processo interactivo entre o leitor