lendas e folclore

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Introduo A lenda do lobisomem tem, provavelmente, origem na Europa do sculo XVI, embora traos desta lenda apaream em alguns mitos da Grcia Antiga. Do continente europeu, espalhou-se por vrias regies do mundo. Chegou ao Brasil atravs dos portugueses que colonizaram nosso pas, a partir do sculo XVI. Este personagem possui um corpo misturando traos de ser humano e lobo. De acordo com a lenda, um homem foi mordido por um lobo em noite de lua cheia. A partir deste momento, passou a transforma-se em lobisomem em todas as noites em que a Lua apresenta-se nesta fase. Caso o lobisomem morda outra pessoa, a vtima passar pelo mesmo feitio. A lenda no Brasil No Brasil (principalmente no serto), a lenda ganhou vrias verses. Em alguns locais dizem que o stimo filho homem de uma sucesso de filhos do mesmo sexo, pode transforma-se em lobisomem. Em outras regies dizem que se uma me tiver seis filhas mulheres e o stimo for homem, este se transformar em lobisomem. Existem tambm verses que falam que, se um filho no for batizado poder se transformar em lobisomem na fase adulta. Conta a lenda que a transformao ocorre em noite de Lua cheia em uma encruzilhada. O monstro passa a atacar animais e pessoas para se alimentar de sangue. Volta a forma humana somente com o raiar do Sol. Curiosidade: - De acordo com a lenda, um lobisomem s morre se for atingido por uma bala ou outro objeto feito de prata

Lenda brasileiraNo Brasil existem muitas verses dessa lenda, variando de acordo com a regio. Uma verso diz que a stima criana em uma sequncia de filhos do mesmo sexo tornar-se- um lobisomem. Outra verso diz o mesmo de um menino nascido aps uma sucesso de sete mulheres. Outra, ainda, diz que o oitavo filho se tornar a fera. Em algumas regies, o Lobisomem se transforma meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada. Como o nome diz, metade lobo, metade homem. Depois de transformado, sai noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem. Em algumas localidades diz-se que eles tm preferncia por bebs no batizados. O que faz com que as famlias batizem suas crianas o mais rpido possvel. J em outras dizse que ele se transforma se espojando onde um jumento se espojou e dizendo algumas palavras do livro de So Cipriano e assim podendo sair transformado comendo

porcarias at que quase se amanhea retornando ao local em que se transformou para voltar a ser homem novamente. No interior do estado de Rondnia, o lobisomem aps se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitrios at o amanhecer para voltar a ser humano. Caso contrrio ficar em forma de besta at a morte. O escritor brasileiro Joo Simes Lopes Neto escreveu assim sobre o lobisomem: "Diziam que eram homens que havendo tido relaes impuras com as suas comadres, emagreciam; todas as sextasfeiras, alta noite, saam de suas casas transformados em cachorro ou em porco, e mordiam as pessoas que a tais desoras encontravam; estas, por sua vez, ficavam sujeitas a transformarem-se em Lobisomens" [1] H tambm quem diga que um oitavo filho que tem sete irms mais velhas se torna lobisomem ao completar treze anos. Tambm dizem que o stimo filho de um stimo filho se tornar um lobisomem. A lenda do lobisomem muito conhecida no folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens so temidos por quem acredita em sua lenda. Algumas pessoas dizem que alm da prata o fogo tambm mata um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e no metade lobo metade homem.

Algumas lendas tambm dizem que se um ser humano for mordido por um lobisomem, e no o encontrar a cura at a 12 badalada desse mesmo dia, ficar lobisomem para toda a eternidade. No interior do estado de So Paulo, divisa com Minas Gerais, est localizada a cidade de Joanpolis, capital mundial do Lobisomem, com o maior nmero de avistamentos da fera registrados em uma s cidade at hoje e quando se questionava acerca da razo da existncia de tal coisa, as respostas eram algo unnimes: "As palavras dos batizados eram outras..." e mencionava-se as razes j ditas na lenda brasileira. Por vezes, quando as pessoas vinham de uma festa ou convvio, ou simplesmente vinham da horta, a p ou de carroa, e estamos a falar h 30 ou 40 anos atrs (ou mais), no raras vezes era ouvido um som repetitivo, como um trovo constantemente a tronar, de longe e associava-se isso aos lobisomens. Desde h alguns anos para c que no se ouve falar de um caso desses, mas ainda perduram na memria as histrias que nos contavam em pequenos, como a do homem que conversava com os seus amigos no caf, e deixa escapar: "Como me custa subir a serra da Ladeira de noite, com ps de porco".

Lobisomen

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Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho homem, esse menino ser um Lobisomem. Tambm o ser, o filho de mulher amancebada com um Padre. Sempre plido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porm, logo que ele completa 13 anos, a maldio comea. Na primeira noite de tera ou sexta-feira, depois do aniversrio, ele sai noite e vai at um encruzilhada. Ali, no silncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua. Da em diante, toda tera ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrs. Nessa noite, ele visita, 7 partes da regio, 7 ptios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, aoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante. Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar trs Ave-Marias para se proteger. Para quebrar o encanto, preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabea. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela tambm vira Lobisomem.

Fonte: sitededicas.uol.com.br

Lobisomem

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Imagem fictcia do lobisomem.

O lobisomem um dos mais populares monstros fictcios do mundo. Suas origens se encontram na mitologia grega, porm sua histria se desenvolveu na Europa. A lenda do lobisomem muito conhecida no folclore brasileiro, sendo que algumas pessoas, especialmente aquelas mais velhas e que moram nas regies rurais, de fato crem na existncia do monstro. A figura do lobisomem de um monstro que mistura formas humanas e de lobo. Segunda a lenda, quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho homem, esse ltimo filho ser um Lobisomem. Quando nasce, a criana plida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas de lobisomem aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de tera ou sexta-feira aps seu 13 aniversrio, o garoto sai noite e no silncio da noite, se transforma pela primeira vez em lobisomem e uiva para a Lua, semelhante a um lobo. Aps a primeira transformao, em todas as noites de tera ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da regio, 7 ptios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, aoita os cachorros e desliga todas as luzes que v, alm de uivar de forma aterrorizante. Quando est quase amanhecendo, o lobisomem volta a ser homem. Segundo o folclore, para findar a situao de lobisomem, necessrio que algum bata bem forte em sua cabea. Algumas verses da histria dizem que os monstros tm preferncia por bebs no batizados, fazendo com que as famlias batizem suas crianas o mais rpido possvel.

Caipora um Mito do Brasil que os ndios j conheciam desde a poca do descobrimento. ndios e Jesutas o chamavam de Caiara, o protetor da caa e das matas. um ano de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das rvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caador que mate por prazer. muito poderoso e forte.

Seus ps voltados para trs serve para despistar os caadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o v, perde totalmente o rumo, e no sabe mais achar o caminho de volta. impossvel captur-lo. Para atrair suas vtimas, ele, s vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. tambm chamado de Pai ou Me-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os ndios Guaranis ele o Demnio da Floresta. s vezes visto montando um Porco do Mato. Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui h certos demnios, a que os ndios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes aoites e ferindo-os bastante". Os ndios, para lhe agradar, deixavam nas clareiras, penas, esteiras e cobertores. De acordo com a crena, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de Fumo para agrad-lo, no caso de cruzar com Ele.

Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Me do Mato, Caiara, Caapora, Anhanga, etc. Origem Provvel: oriundo da Mitologia Tupi, e os primeiros relatos so da Regio Sudeste, datando da poca do descobrimento, depois tornou-se comum em todo Pas, sendo junto com o Saci, os campees de popularidade. Entre o TupisGuaranis, existia uma outra variedade de Caipora, chamada Anhanga, um ser maligno que causava doenas ou matava os ndios. Existem entidades semelhantes entre quase todos os indgenas das amricas Latina e Central. Em El Salvador, El Cipito, um espirto tanto da floresta quanto urbano, que tambm tem as mesmos atibutos do Caipora. Ou seja ps invertidos, capacidade de desorientar as pessoas, etc. Mas, este El Cipito, gosta mesmo de seduzir as mulheres. Conforme a regio, ele pode ser uma mulher de uma perna s que anda pulando, ou uma criana de um p s, redondo, ou um homem gigante montado num porco do mato, e seguido por um cachorro chamado Papa-mel. Tambm, dizem que ele tem o poder de ressuscitar animais mortos e que ele o pai do moleque Saci Perer. H uma verso que diz que o Caipora, como castigo, transforma os filhos e mulher do caador mau, em caa, para que este os mate sem saber.voltar ao topo

Boi Tat um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia quase cego, noite v tudo. Diz a lenda que o Boitat era uma espcie de cobra e foi o nico sobrevivente de um grande dilvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e l ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. Desde ento anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabea e persegue os viajantes noturnos. s vezes ele visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil chamado de "Cumadre Fulzinha". Para os ndios ele "Mba-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios.

Dizem ainda que ele o esprito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incndios. A cincia diz que existe um fenmeno chamado Fogo-ftuo, que so os gases inflamveis que emanam dos pntanos, sepulturas e carcaas de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento.

Nomes comuns: No Sul; Baitat, Batat, Bitat (So Paulo). No Nordeste; Batato e Biatat (Bahia). Entre os ndios; Mba-Tata. Origem Provvel: de origem Indgena. Em 1560, o Padre Anchieta j relatava a presena desse mito. Dizia que entre os ndios era a mais temvel assombrao. J os negros africanos, tambm trouxeram o mito de um ser que habitava as guas profundas, e que saa a noite para caar, seu nome era Biatat. um mito que sofre grandes modificaes conforme a regio. Em algumas regies por exemplo, ele uma espcie de gnio protetor das florestas contra as queimadas. J em outras, ele causador dos incndios na mata. A verso do dilvio teve origem no Rio Grande o Sul. Uma verso conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar escurido da caverna onde ficou preso aps o dilvio, outra verso, conta que ele, procura restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume dos mesmos, razo pela qual tem os olhos to grandes e incandescentes.

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Mula sem cabea Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, em noites escuras, pode haver aparies da Mula-Sem-Cabea. Tambm se algum passar correndo diante de uma cruz meia-noite, ela aparece. Dizem que uma mulher que namorou um padre e foi amaldioada. Toda passagem de quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta. Ento, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar algum chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabea, na verdade, de acordo com quem j a viu, ela aparece como um animal inteiro, forte, lanando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro. Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. s vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de bruos no cho e esconder Unhas e Dentes para no ser atacado. Se algum, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto ser desfeito e a Mula-Sem-Cabea, voltar a ser gente, ficando livre da maldio que a castiga, para sempre Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabea, Padre-sem-cabea, Malora (Mxico),

Origem Provvel: um mito que j existia no Brasil colnia. Apesar de ser comum em todo Brasil, variando um pouco entre as regies, um mito muito forte entre Gois e Mato Grosso. Mesmo assim no exclusivo do Brasil, existindo verses muito semelhantes em alguns pases Hispnicos. Conforme a regio, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. H casos onde para evitar que sua amante pegue a maldio, o padre deve excomung-la antes de celebrar a missa. Tambm, basta um leve ferimento feito com alfinete ou outro objeto, o importante que saia sangue, para que o encanto se quebre. Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. Em Santa Catarina, para saber se uma mulher amante do Padre, lana-se ao fogo um ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita no queimar, ela . importante notar que tambm, algumas vezes, o prprio Padre que amaldioado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabea, e sai assustando as pessoas, ora a p, ora montado em um cavalo do outro mundo. H uma lenda Norte americana, O Cavaleiro sem Cabea, que lembra muito esta variao. Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz branca gravada no pelo. Pode ou no ter cabea, mas o que se sabe de concreto que a Mula, mesmo uma amante de Padre.

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A Iara Os cronistas dos sculos XVI e XVII registraram essa histria. No princpio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No sculo XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de gua doce ou salgada, conta histrias de moos que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram afogados de paixo. Ela deixa sua casa no fundo das guas no fim da tarde. Surge magnfica flor das guas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vtimas. Quando a Me das guas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o ndio Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das guas. Resistiu. No saiu da canoa, remou rpido at a margem e foi se esconder na aldeia. Mas enfeitiado pelos olhos e ouvidos no conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. Uiara j o esperava cantando a msica das npcias. Tapuia se jogou no rio e sumiu num mergulho, carregado pelas mos da noiva. Uns dizem que naquela noite houve festa no cho das guas e que foram felizes para sempre. Outros dizem que na semana seguinte a insacivel Uiara voltou para levar outra vtima. Origem: Europia com verses dos Indgenas, da Amaznia.voltar ao topo

Cobra grande uma das mais conhecidas lendas do folclore amaznico. Conta a lenda que em numa tribo indgena da Amaznia, uma ndia, grvida da Boina (Cobra-grande, Sucuri), deu luz a duas crianas gmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a me jogou as duas crianas no rio. L no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irm era muito perversa. Prejudicava os outros animais e tambm s pessoas. Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por mat-la para pr fim s suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as guas para levar uma vida normal na terra. Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que algum tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na cabea at sair sangue. Ningum tinha coragem de enfrentar o enorme monstro. At que um dia um soldado de Camet (municpio do Par) conseguiu libertar Honorato da maldio. Ele deixou de ser cobra d'gua para viver na terra com sua famlia. Origem: Mito da regio Norte do Brasil, Par e Amazonas.voltar ao topo

Vitria Rgia Os pajs tupis-guaranis, contavam que, no comeo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trs das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Cu. Nai, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a histria. Ento, noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo cu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperana que esta a visse. E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia no not-la e dava para ouvir seus soluos de tristeza ao longe. Em uma noite, a ndia viu, nas guas lmpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moa, imaginando que a lua havia chegado para busc-la, se atirou nas guas profundas do lago e nunca mais foi vista. A lua, quis recompensar o sacrifcio da bela jovem, e resolveu transform-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no cu. Transformou-a ento numa "Estrela das guas", que a planta Vitria Rgia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas s abrem noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. Origem: Indgena. Para eles assim nasceu a vitria-rgia.

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Saci Perer A Lenda do Saci data do fim do sculo XVIII. Durante a escravido, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianas com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil origem Tupi Guarani. Em muitas regies do Brasil, o Saci considerado um ser brincalho enquanto que em outros lugares ele visto como um ser maligno. uma criana, um negrinho de uma perna s que fuma um cachimbo e usa na cabea uma carapua vermelha que lhe d poderes mgicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Perer, que pretinho, O Trique, moreno e brincalho e o Saur, que tem olhos vermelhos. Ele tambm se transforma numa ave chamada Matiaper cujo assobio melanclico dificilmente se sabe de onde vem. Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranas nas crinas dos cavalos, etc. Diz a crena popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele no atravessa crregos nem riachos. Algum perseguido por ele, deve jogar cordas com ns em sem caminho que ele vai parar para desatar os ns, deixando que a pessoa fuja. Diz a lenda que, se algum jogar dentro do redemoinho um rosrio de mato bento ou uma peneira, pode captur-lo, e se conseguir sua carapua, ser recompensado com a realizao de um desejo. Nomes comuns: Saci-Cerer, Saci-Trique, Saur, Matimperer, Matintaperera, etc. Origem Provvel: Os primeiros relatos so da Regio Sudeste, datando do Sculo XIX, em Minas e So Paulo, mas em Portugal h relatos de uma entidade semelhante. Este mito no existia no Brasil Colonial. Entre os Tupinambs, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a se chamar Saci-perer, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de uma s perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. Tambm de acordo com a regio, ele sofre algumas modificaes: Por exemplo, dizem que ele tem as mos furadas no centro, e que sua maior diverso jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros dizem que ele faz isso com uma moeda. H uma verso que diz que o Caipora, seu Pai. Dizem tambm que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir noite para planejarem as travessuras que vo fazer. Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece acompanhado de uma horrvel megera, ora sozinho, ora como uma ave.voltar ao topo

O negrinho do pastoreio O Negrinho do Pastoreio uma lenda meio africana meio crist. Muito contada no final do sculo passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravido. muito popular no sul do Brasil.

Nos tempos da escravido, havia um estancieiro malvado com negros e pees. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recm-comprados. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra to grande no menino que ele ficou sangrando. Voc vai me dar conta do baio, ou ver o que acontece, disse o malvado patro. Aflito, ele foi procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo. Na volta estncia, o patro, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vtima, tomou um susto. O menino estava l, mas de p, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no cho pedindo perdo, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mo da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha. Origem: Fim do Sculo XIX, Rio Grande do Sul.voltar ao topo

Papa figo O Papa Figo, ao contrrio dos outros mitos, no tem aparncia extraordinria. Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um velho esquisito que carrega um grande saco s costas. Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca de suas vtimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os artifcios para atrair as vtimas, todas crianas claro, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar pblico ou em portas de escolas, parques, ou mesmo locais desertos. Depois de atrair as vtimas, estas so levadas para o verdadeiro Papa-Figo, um sujeito estranho, que sofre de uma doena rara e sem cura. Um sintoma dessa doena seria o crescimento anormal de suas orelhas. Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrvel doena ou maldio, o Papa-Figo, precisa se alimentar do Fgado de uma criana. Feito a extrao do fgado, eles costumam deixar junto com a vtima, uma grande quantia em dinheiro, que para o enterro e tambm para compensar a famlia. Origem: Mito muito comum em todo meio rural. Acredita-se que a inteno do conto era para alertar as crianas para o contato com estranhos, como no conto de Chapeuzinho Vermelho.

O Saci um personagem brasileiro mitolgico1 que habita o imaginrio popular brasileiro principalmente no interior do pas onde ainda se mantm o hbito dos mais velhos, de contarem histrias aos mais jovens nas tranqilas e claras noites de lua. Representado atualmente pela figura de um menino negro de uma s perna que possui um gorro vermelho na cabea e traz sempre um cachimbo na boca. De Norte a Sul do Brasil, alm do nome, so vrias tambm as definies e representaes atuais que se

tem dele. No nordeste, de uma forma geral ele segue a representao antes descrita que a mais conhecida atualmente e a mais popular. No Sul e Sudeste h algumas variaes. No Rio Grande do Sul, por exemplo, ele retratado como um menino negro perneta de gorro vermelho que se diverte atormentando a vida dos caminhoneiros e aventureiros que gostam de viajar. Deixandoos areados ele os faz perder o destino. Ranos culturais europeus podem ter influenciado o Saci em Minas Gerais onde ganhou acessrios como: um basto, lao ou cinto, que usa como a vara de condo das fadas europias (site: http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/saci.html). J em So Paulo, apesar de manter essas mesmas caractersticas bsicas ele possui um bon em lugar do gorro.

De onde vem o (s) Saci (s)?Segundo a crena popular os Sacis vivem setenta e sete anos e se originam do bambu. Aps sete anos de gestao dentro do gomo do bambu ele sai para uma longa vida de travessuras e quando morre se metamorfoseia em cogumelos venenosos ou em orelhas de pau. Quem do interior ou j foi ao campo a passeio deve ter visto alguma vez, uma espcie de cogumelo que se forma nos troncos das rvores e que se parece com uma orelha. isso que os matutos chamam de orelha de pau.

As principais caractersticasApesar das inmeras definies dessa famosa entidade folclrica algumas caractersticas so mais presentes e recorrentes nas descries do Saci. Sabe-se que em geral: - um ser que vive nas matas; - extremamente misterioso; - negro, pequeno e possui apenas uma perna; - usa um capuz vermelho e um cachimbo; - no possui plos no corpo; - no possui rgos para urinar ou defecar; - s tem trs dedos em cada mo; - possui as mos perfuradas; - adora assoviar e ficar invisvel; - vive com os joelhos machucados, resultado das travessuras; - tem o domnio dos insetos que atormentam o homem: mosquitos, pernilongos, pulgas, etc.; - fuma em um pito e solta fumaa pelos olhos; - adora fazer travessuras; - pode, em momentos de bom humor ajudar a encontrar coisas perdidas; - gira em torno de si feito um pio e provoca redemoinhos; - pode ser malvado e perigoso; - adora encantar as criancinhas faze-las perder-se na mata;

Saci: malvado ou apenas peralta?

Entre todas essas caractersticas uma unnime: sua personalidade travessa. Algumas pessoas acreditam que ele mau outros dizem que ele apenas um garoto traquino que adora fazer pequenas travessuras, mas sem o intuito de fazer o mal, apenas de se divertir. Seja como for diz a lenda que ele muito peralta. Adora assustar os animais, prend-los, criar situaes embaraosas para as pessoas, esconder objetos, derrubar e quebrar as coisas, entre outras danaes. Diz a lenda que ele no apenas um brincalho ou um esprito mau. Tratar-se-ia de um exmio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e razes da floresta. Se algum precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorizao do Saci, pois entrando sem permisso cair inevitavelmente em suas armadilhas.

Como escapar do Saci?Algumas pessoas afirmam que o nico meio de driblar o negrinho espalhando cordas ou barbantes amarrados pelo caminho. Assim ele se ocuparia em desatar os ns, dando tempo da pessoa fugir de sua perseguio. O Saci tambm tem medo de crregos e riachos, por isso, atravessar um pode ser uma alternativa, pois o Saci no consegue fazer a travessia. Mas o nico meio de controlar um Saci, segundo o mito, tirando-lhe o gorro e prendendo-o em uma garrafa. Para isso necessrio jogar uma peneira ou um rosrio bento em um redemoinho. S dessa forma se pega um Saci. Uma vez preso e sem o gorro que lhe d poderes ele far tudo que for mandado. As origens Diante de todas essas informaes fica a pergunta: onde teria nascido a lenda do Saci? Os estudos sobre o folclore brasileiro apontam a origem indgena quando falam da lenda do Saci. Esse mito teria surgido na regio Sul do Brasil durante o perodo colonial, por vota do final do sculo XVIII, por ocasio das Misses. A alcunha pela qual o Saci mais popularmente conhecido Saci-Perer, mas seu nome originalmente era Yaci-Yater de origem Tupi Guarani. De acordo com a regio do Brasil ele pode, porm, ser conhecido por uma variedade de apelidos. O dicionrio Aurlio traz as seguintes variaes de nomes do Saci: Saci-cerer, Saciperer, Matimperer, Martim-perer (AURLIO, 2005). Alm dessas denominaes Martos e Aguiar (2001, p. 75) apontam ainda: saci-saura, saci-sarer, saci-siriri, saci-taperer ou saci-trique. Por ser considerado por alguns um perito na arte da transformao em aves, o negrinho travesso recebe ainda nomes de passarinhos nos quais se transforma, como por exemplo: matitaper, matintapereira, sem-fim, entre outros (ibidem, p. 75). Na regio s margens do Rio So Francisco ele conhecido pela alcunha de Romo ou Romozinho.

A metamorfose do SaciQuando surgiu, o saci foi representado por um curumim2 endiabrado, de uma perna s e de rabo. Suas traquinagens tinham como objetivo atrapalhar a entrada dos intrusos na

mata, ou seja, no territrio indgena. Era provavelmente uma forma encontrada pelos nativos de resguardar seu territrio da invaso dos indesejados homens brancos. A figura original do Saci garoto ndio sofreu alteraes por ocasio da insero, na cultura brasileira, de elementos africanos e europeus, trazidos para c pelos negros escravos importados da frica e pelos colonizadores. Ao chegarem a terras brasileiras trazendo seus prprios mitos e difundindo-os entre os que aqui habitavam, africanos e europeus provocaram uma mescla de caractersticas das trs culturas, assim, a lenda do saci ganhou elementos novos. O Saci se transformou em um garoto negro de caractersticas fsicas africanas. Alguns acreditam que a ausncia da perna se deveu a uma perda sofrida em uma disputa de capoeira, luta praticada pelos negros africanos. Tambm ganhou um cachimbo, tpico dos costumes africanos. Da cultura europia ganhou um elegante barrete vermelho que reza a lenda, a fonte de seus poderes mgicos. Concluso Apesar de todo o encanto dessa lenda e desse personagem. Mesmo com a resistncia em alguns lugares da cultura de contar histrias, o que se percebe hoje a desvalorizao da cultura oral e o enfraquecimento desses costumes a cada dia. Alguns fatores, porm tm contribudo para que o Saci no se apague da memria de nosso povo e facilitado o acesso de mais pessoas a essa lenda que integra o patrimnio literrio e cultural brasileiro. Graas criatividade de escritores brasileiros como: Maurcio de Souza, Monteiro Lobato e Ziraldo, esse personagem viajou do campo para as grandes metrpoles e at mesmo para o exterior atravs de suas obras. Monteiro Lobato, escritor conhecido do pblico infantil, foi o primeiro a lembrar o Saci. Nas dcadas de 1970 e 1980 o personagem apareceu nas histrias do Stio do Pica-Pau Amarelo e o personagem ficou conhecido em todo o Pas. Este , talvez, o escritor que mais difundiu esse personagem, primeiro atravs da obra escrita e depois atravs da obra televisionada, que hoje tem alcance internacional, levando nosso personagem ao conhecimento do mundo. Maurcio de Souza, criador da turma da Mnica, tambm incluiu o Saci nas suas histrias em quadrinho, principalmente nas do personagem Chico Bento, que um matuto da roa. Outro que imortalizou o Saci em sua obra foi Ziraldo com a criao da turma do Perer, que tambm alcanou as telas da televiso. Alm do impulso dado pela literatura, outro fato importante foi a criao, em 2005, pelo governo brasileiro, do dia nacional do Saci, que deve ser comemorado dia 31 de outubro. Essa idia surgiu com o intuito de minimizar a importncia que se d comemorao do dia das bruxas3, reduzindo assim, a influncia de culturas importadas e favorecendo a valorizao da cultura e do folclore nacionais.