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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROJETO DE GRADUAÇÃO
ANÁLISE TÉCNICA DE CONDIÇÕES DE PARALELISMO ENTRE TRANSFORMADORES
LEONARDO POMPEU MEDEIROS MARTINS JUNIOR
VITÓRIA – ES MARÇO/2008
LEONARDO POMPEU MEDEIROS MARTINS JUNIOR
ANÁLISE TÉCNICA DE CONDIÇÕES DE PARALELISMO ENTRE TRANSFORMADORES
Parte manuscrita do Projeto de Graduação do aluno Leonardo Pompeu Medeiros Martins Junior, apresentado ao Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo, para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
VITÓRIA – ES MARÇO/2008
LEONARDO POMPEU MEDEIROS MARTINS JUNIOR
ANÁLISE TÉCNICA DE CONDIÇÕES DE PARALELISMO ENTRE TRANSFORMADORES
COMISSÃO EXAMINADORA: ___________________________________ Prof. Dr. Wilson Correia Pinto de Aragão Filho Orientador ___________________________________ Prof. Dr. Domingos Sávio Lyrio Simonetti Examinador ___________________________________ Prof. Dr. Paulo José Melo Menegáz Examinador
Vitória - ES, 11 de março, 2008
4
DEDICATÓRIA
Para meus pais que me acompanharam em toda a jornada de estudos, apoiaram-
me nos momentos mais difíceis e estiveram sempre presentes durante as vitórias, ou
seja, ajudaram nos momentos de aflições e posteriormente ficaram felizes ao meu lado
nos momentos de superações. Ao meu grande irmão e amigo que ficou ao meu lado
grande parte do curso e que sempre esteve presente mesmo quando ficou distante.
Dedico também a minha atenciosa namorada que sempre me apoiou nos
estudos, acreditando no meu sucesso, elogiou o meu esforço, e soube compreender
desde o início o quanto era importante chegar até este momento.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente tenho de agradecer ao professor Aragão por ter acreditado na
realização deste projeto.
Devo agradecer especialmente a dois profissionais da Escelsa pela atenção e
colaboração para compor este projeto: o engenheiro eletricista Leonardo Pompeu
Medeiros Martins e o engenheiro eletricista José Romeu Dellacqua.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Circuito paralelo .......................................................................................... 16
Figura 2 - Circuito paralelo em pu ............................................................................... 18
Figura 3 - Gráfico 1 ..................................................................................................... 42
Figura 4 - Gráfico 2 ..................................................................................................... 43
Figura 5 - Gráfico 3 ..................................................................................................... 44
Figura 6 - Gráfico 4 ..................................................................................................... 44
Figura 7 - Circuito a ser analisado ............................................................................... 47
Figura 8 - Circuito a ser analisado em pu .................................................................... 47
7
LISTA DE QUADROS
Quadro 1– Dados do transformador a ser instalado
...................................................37
Quadro 2– Dados do transformador
existente............................................................38
Quadro 3- Relações de transformação com comutação no sentido inverso...............39
Quadro 4 - Impedâncias percentuais a 75º
C..............................................................41
Quadro 5 - Impedâncias percentuais necessárias para a análise
................................45
Quadro 6 - Pior caso entre as relações de transformação do Quadro
3......................45
Quadro 7 - Dados disponíveis.....................................................................................55
8
SIMBOLOGIA
I b : corrente no secundário do transformador 1
I b'
: corrente no secundário do transformador 2
IC : corrente circulante nos secundários dos transformadores
I L : corrente na carga
I N1: corrente nominal do transformador 1
I N2 : corrente nominal do transformador 2
IT : corrente nominal total ( transformador 1 mais transformador 2 )
SB = potência nominal tomada como base
St : potência aparente nominal total (transformador 1 mais transformador 2)
s N1 : potência aparente nominal do transformador 1 por fase
S N2: potência aparente nominal do transformador 2 por fase
V b : tensão no secundário do transformador 1
V b' : tensão no secundário do transformador 2
V b1 = tensão tomada como base no primário dos transformadores
V b2 = tensão tomada como base no secundário dos transformadores
V NP : tensão nominal do lado primário
V NS : tensão nominal do lado secundário
9
V N1 = tensão instantânea (em funcionamento) do lado primário do
transformador 1 em volts
V N 2 = tensão instantânea (em funcionamento) do lado secundário do
transformador 1 em volts
V N
'
1 = tensão instantânea (em funcionamento) do lado primário do
transformador 2 em volts
V N
'
2 = tensão instantânea (em funcionamento) do lado secundário do
transformador 2 em
Z (pu): impedância percentual do transformador 1 tomada como base, de
tensões iguais nas derivações de ensaio e potência base igual a 15 (MVA)
Z’(pu): impedância do transformador 2 tomada como base, de tensões iguais
nas derivações de ensaio e potência base igual a 15 (MVA)
Z1: impedância percentual do transformador 1, ou seja, na sua própria base
Z 2 : impedância percentual do transformador 2, ou seja, na sua própria base
θ 1∠ : ângulo da impedância do transformador 1
θ 2∠ : ângulo da impedância do transformador 2
β 1∠ : ângulo da corrente do transformador 1
β 2∠ : ângulo da corrente do transformador 2
α A∠ : ângulo da tensão no lado primário
α B∠ : ângulo da tensão no lado secundário
10
GLOSSÁRIO
11
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ........................................................................................................... 4
AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 5
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 6
LISTA DE QUADROS ................................................................................................ 7
SIMBOLOGIA ............................................................................................................. 8
GLOSSÁRIO .............................................................................................................. 10
SUMÁRIO .................................................................................................................. 11
RESUMO .................................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO GERAL ....................................................................................... 14
2 RELAÇÃO ENTRE IMPEDÂNCIAS DE TRANSFORMADORES EM
PARALELO ............................................................................................................... 15
2.1 Introdução: ........................................................................................................ 15
2.2 Formulação algébrica: ....................................................................................... 15
2.3 Conclusões: ....................................................................................................... 23
3 SUBDIVISÃO DE CARGA EM TRANSFORMADORES COM MESMA
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO .................................................................... 24
3.1 Introdução: ........................................................................................................ 24
3.2 Exemplo numérico: Três transformadores com potências nominais diferentes
e impedâncias percentuais diferentes: ..................................................................... 29
3.3 CONCLUSÕES: ............................................................................................... 35
4 ESTUDO DE UM CASO: CONSIDERAÇÕES PARA A ANÁLISE DE
PARALELISMO ENTRE TRANSFORMADORES COM DERIVAÇÕES DE
TENSÃO DIFERENTES .......................................................................................... 36
4.1 Introdução: ........................................................................................................ 36
4.2 Estudo analítico de um caso prático: ................................................................ 36
4.3 Conclusões: ....................................................................................................... 59
5 FERRAMENTA COMPUTACIONAL ................................................................ 61
5.1 Introdução: ........................................................................................................ 61
5.2 Exemplos numéricos realizados através das planilhas: .................................... 61
12
5.3 Conclusões: ....................................................................................................... 74
6 CONCLUSÕES FINAIS: ....................................................................................... 75
ANEXO 1 .................................................................................................................... 77
ANEXO 2 .................................................................................................................... 79
ANEXO 3 .................................................................................................................... 82
ANEXO 4 .................................................................................................................... 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 91
13
RESUMO
O objetivo do presente projeto de graduação é apresentar alguns estudos que
permitam fazer uma avaliação prévia para utilização de transformadores disponíveis e
com características diferentes, para atender a um aumento de carga emergencial em
uma determinada área atendida por uma subestação.
São realizados estudos que apresentam métodos de cálculo que permitem
determinar facilmente a subdivisão das correntes, e, consequentemente, das cargas em
transformadores, quando ligados em paralelo, com potências e impedâncias diferentes,
mas com mesma identidade de relação de transformação. Existe ainda uma análise
técnica da viabilidade de paralelismo entre transformadores com relação de
transformação diferente, todavia esta prática certamente reduz a capacidade total do
conjunto de transformadores em paralelo, como será apresentado, porém em alguns
casos pode ser economicamente conveniente optar pela realização deste procedimento.
Essa análise será apresentada através do estudo de um caso prático abordando a teoria
de “corrente circulante”.
14
1 INTRODUÇÃO GERAL
Devido a um aumento de carga emergencial em uma determinada área
atendida por uma subestação, supõe-se que o transformador existente não consiga
suprir esse aumento. E se já existir um transformador com características diferentes,
tais como potências, impedâncias, derivações de tensão (também conhecidas através
do nome de “taps”) e aspectos construtivos, então surge a necessidade de analisar a
possibilidade de operação em paralelismo em condições não convencionais, já que se
trata de dois transformadores com propriedades diferentes.
Porém a literatura que aborda o assunto sobre transformadores não apresenta
um estudo que permite fazer uma avaliação prévia para utilização de transformadores
com características diferentes com suas eventuais conseqüências. Espera-se, portanto,
que este material sirva como fonte de orientação confiável para mostrar as
possibilidades de paralelismo entre transformadores com aspectos diferentes e suas
eventuais conseqüências.
Logo, a partir deste estudo, pode-se aproveitar a utilização de um
transformador já existente para atender a esta necessidade citada acima e
consequentemente evitar a compra de um novo transformador semelhante para atender
a esta emergência.
15
2 RELAÇÃO ENTRE IMPEDÂNCIAS DE TRANSFORMADORES EM
PARALELO
2.1 Introdução:
Será conduzido adiante, antes de apresentar os cálculos para a determinação da
repartição da carga total entre transformadores que funcionam em paralelo, uma
formulação matemática mais engenhosa, quando comparada com aquela que será
apresentada mais tarde, que demonstra a condição necessária entre as impedâncias de
transformadores ligados em paralelo a fim de que eles possam fornecer as suas
respectivas potências nominais. Esta demonstração se faz necessária, a fim de
introduzir o assunto que será abordado, evidenciando uma condição importante para o
estudo de paralelismo entre transformadores.
2.2 Formulação algébrica:
Sejam dois transformadores trifásicos com igualdade entre os ângulos de
defasamento entre secundário e primário, igualdade de sentido de rotação das fases nos
secundários e mesma relação de tensões, portanto, a fim de simplificar o estudo do
paralelismo, será considerado apenas o estudo de uma fase do conjunto, como se os
transformadores fossem monofásicos. Considerando então as grandezas nominais por
fase: potências s N1 e S N2 , e impedâncias Z1•
e Z 2•
nas respectivas bases de
potências.
Será apresentado a seguir na Figura 1 uma ilustração simples do circuito em
paralelo dos transformadores com suas respectivas potências e as tensões do lado
primário e secundário.
16
Z1
Z2
VNP VNS
S1N
= +ST S1N S2N
S2N
Figura 1 - Circuito paralelo
Considerem-se as seguintes bases:
S BASE = s N1
V PRIMÁRIOBASE− = V NP (fase-neutro)
V SECUNDÁRIOBASE− = V NS (fase-neutro)
Supõe-se que os transformadores serão capazes de desenvolver suas respectivas
potências nominais. Então as correntes de cada transformador serão representadas (em
pu) da seguinte forma:
I N1•
= VS
NP
N1 β 1∠ A
I BASE = VS
NP
N1 A
17
I N1•
= II
BASE
REAL = VS
NP
N1 β 1∠ .
SV
N
NP
1
= 1 β 1∠ pu
I N1•
= 1 β 1∠ pu (1)
I N2•
= VS
NP
N2 β 2∠ A
I N2•
= II
BASE
REAL = VS
NP
N2 β 2∠ .
SV
N
NP
1
= SS
N
N
1
2 β 2∠ pu
I N2•
= SS
N
N
1
2 β 2∠ pu (2)
As tensões no lado primário e no lado secundário, considerando os
transformadores submetidos às tensões nominais, respectivamente serão (em pu):
•
vNP = V
VNP
NP α 1∠ = 1 α 1∠ pu (3)
•
vNS = V
VNS
NS α 2∠= 1 α 2∠ pu (4)
As impedâncias dos transformadores (em pu), ficarão da seguinte forma:
z1•
= Z1 θ 1∠ pu (5)
z2•
= Z2 θ 2∠ .
SS
N
N
2
1 pu (Mudança de base para impedância) (6)
Utilizando-se as grandezas apresentadas acima, pode-se escrever as equações
das correntes, através da Lei de Ohm, da seguinte forma, como apresenta a Figura 2.
18
I N1•
=
Z
V V nsnp
1•
•−
•
=
Z1
29,011•
∠−∠ αα pu (7)
I N2•
=
Z
V V nsnp
2•
•−
•
= S N
S N
Z12.
2
29,011•
∠−∠ αα pu (8)
Daí pode-se igualar as equações de I N1.
: (1) e (7), e de I N2.
:(2) e (8) , e
fazer-se a seguinte comparação:
)8()7(
)2()1(=
=∠
∠
β
β
21
2
1 1
SS
N
N SS
ZZ
N
N
2
1
1
2 .•
•
19
SS
N
N
2
1 )( 21 ββ −∠ = S
S
Z
Z
N
N
2
1
11
22 .θ
θ∠
∠
θ
θ
11
22
∠
∠
Z
Z = 1 )21( ββ −∠
ZZ
1
2 )12( θθ −∠ = 1 )21( ββ −∠
Podem ser feitas as seguintes considerações:
ZZ
1
2 = 1 ∴ Z 1 = Z 2 (em pu)
e
θ 2 - θ 1 = ββ 21
− (9)
Agora será demonstrada a relação dos ângulos θ 2 e θ 1.
Pode-se escrever a equação da potência total entregue à carga da seguinte
forma:
•St =
•
V NS . IT*•
pu
•St = 1 α 2∠ . IT
*•
pu
Mas sabe-se que:
I T*•
= II NN*
2*
1
••
+
20
e como já foi mostrado:
I N1•
= 1 β 1∠ pu (1)
I N2•
= SS
N
N
1
2 β 2∠ pu (2)
Então tem-se:
I T*•
= 1 β−∠1 +
SS
N
N
1
2 β 2−∠
Então pode-se reescrever a equação da potência total:
•St = 1 α 2∠ . [ 1 β−∠
1 +
SS
N
N
1
2 β 2−∠ ] pu (10)
E também pode-se escrever •St (pu) de forma direta, assim:
•St =
SS
N
t1
•
pu (11)
Substituindo-se a equação (11) na equação (10), tem-se:
SS
N
t1
•
= 1 α 2∠ . [ 1 β−∠ 1 +
SS
N
N
1
2 β 2−∠ ]
21
S t•
= s N1 )12( βα −∠ + S N2)22( βα −∠ (12)
Condição de potências nominais:
St•
= δ∠+ )21( SS NN (13)
Daí iguala-se a equação (12) com a equação (13):
s N1 )12( βα −∠ + S N2)22( βα −∠ = δ∠+ )21( SS NN
Definindo-se:
βα 12 − = θ A
βα 22 − = θ B
Retoma-se então podendo reescrever:
s N1 θ A∠ + S N2 θ B∠ = δ∠+ )21( SS NN
O desenvolvimento desta equação está apresentado no Anexo 1, onde o
resultado é:
)( θθ BACOS − = 1
Continuando, para que isso seja verdade, então:
θθ BA =
22
Mas foi definido que:
βα 12 − = θ A
βα 22 − = θ B
Então resulta em:
βα 12 − = βα 22 −
β 1 = β 2
Mas, conforme foi considerado na primeira parte tem-se:
θ 2 - θ 1 = ββ 21− (9)
Daí:
ββ 21− = 0
θ 2 - θ 1 = 0
Logo:
θ 2 = θ 1
E como os módulos Z1 e Z 2 já foram considerados iguais, então se conclui
finalmente que:
θθ 2211 ∠=∠ ZZ ( impedâncias percentuais nas respectivas bases)
23
Esse resultado apresentado acima é analisado por meio da utilização da planilha
do Excel que é apresentada no capítulo 5 - página 58.
2.3 Conclusões:
Então, para que dois transformadores com potências nominais s N1 e S N2 ,
sejam capazes de desenvolver suas potências nominais, é necessário que suas
impedâncias percentuais tenham módulos e ângulos iguais nas suas respectivas bases.
Cabe ressaltar que, em termos práticos, a componente resistiva das impedâncias de
transformadores de potência é muito pequena comparada com a componente reativa.
Desta forma, a impedância é normalmente tratada como uma reatância pura, ficando
assim com ângulo igual a 90º . Daí, a conclusão alcançada a partir desta dedução é um
ponto muito importante, principalmente a que se refere à igualdade dos módulos entre
as impedâncias. Será apresentado a seguir, a partir de métodos de cálculo, a
comprovação desta importância aqui citada.
24
3 SUBDIVISÃO DE CARGA EM TRANSFORMADORES COM MESMA
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO
3.1 Introdução:
Para uma situação ideal de ligação em paralelo de transformadores trifásicos
de mesmas freqüências nominais, é naturalmente viável o paralelismo nos casos onde
sejam satisfeitas determinadas condições, que são as seguintes:
1- Identidade de relação de transformação;
2- Identidade dos ângulos de defasamento entre secundários e primários;
3- Identidade do sentido de rotação das fases nos secundários;
4- Valores percentuais das impedâncias com pouca diferença entre si.
A situação ainda mais ideal verificar-se-ia se existisse não somente a
igualdade perfeita dos mencionados valores percentuais das impedâncias, mas
também, em separado, aquelas dos componentes ôhmicos e reativos, ou seja, da
igualdade entre os ângulos das impedâncias, como foi demonstrado no capítulo
anterior.
A primeira condição justifica-se pelo fato que, se não forem iguais as relações
de transformação, isto é, se os enrolamentos não estiverem previstos para as mesmas
tensões, com referência às linhas primária e secundária, apareceriam correntes de
circulação entre os enrolamentos em paralelo, para compensar, mediante quedas nas
impedâncias internas, as diferenças entre as forças eletromotrizes de cada
transformador e a tensão comum aos bornes de todos eles, respectivamente nos
primários e nos secundários. Estas correntes de circulação compor-se-iam
vetorialmente com a corrente de utilização, originando então diferenças notáveis na
carga própria de cada transformador e com resultado final de reduzir
consideravelmente a capacidade total do conjunto de transformadores em paralelo.
25
Porém, há casos onde a análise mais aprofundada da viabilidade de paralelismo entre
transformadores pode permitir tal procedimento, todavia esta prática certamente, como
já foi citado, reduzirá a capacidade total do conjunto de transformadores em paralelo. 0
que se pretende alcançar com este estudo é aproveitar a utilização de um
transformador já existente para atender a uma necessidade e consequentemente evitar a
compra de um novo transformador semelhante para atender a esta emergência. Essa
análise será apresentada no próximo capítulo através do estudo de um caso prático.
A necessidade de que sejam garantidas a segunda e a terceira condições é
óbvia, pois as tensões dos enrolamentos homólogos de transformadores em paralelo
devem estar em fase e em concordância de sentido de rotação. Para que isto se
verifique, como é sabido, as conexões internas dos transformadores devem pertencer
ao mesmo grupo.
Quanto à quarta condição, se não for atendida, será perdida uma parte
considerável da potência nominal instalada, não se conseguindo portanto, o
aproveitamento integral.
Os métodos de cálculo que serão expostos a seguir permitem determinar
facilmente a subdivisão das correntes, e, consequentemente, das cargas em
transformadores com mesma relação de transformação, funcionando em paralelo.
As correntes de carregamento nominais (plena carga) de dois transformadores
ligados em paralelo podem ser representadas da seguinte forma:
Potência de carregamento do transformador 1:
I NVS N * 1.11 =
I NI NZS N . * 1. 1.11 =
IZS N N2
1.11 =
26
Potência de carregamento transformador 2:
I NVS N * 2.22 =
I NI NZS N . * 2. 2.22 =
IZS N N2
2.22 =
Dividindo-se as equações das potências encontram-se as seguintes relações:
I
I
ZZ
SS
N
N
N
N
22
21
2
1
2
1 .=
ZZ
SS
I
I
N
N
N
N
1
2
2
1
22
21
.=
Quanto à corrente de saída do conjunto dos dois transformadores, ou seja, a
corrente de carga, será fasorialmente:
III ac 21arg•••
+=
Ao variar I CARGA , as correntes de I 1 e I 2 não corresponderão mais às
correntes de plena carga, todavia variarão proporcionalmente com I CARGA e, na mesma
proporção, variarão as quedas de tensão nas impedâncias internas, mantendo-se porém
constante o ângulo entre as correntes I 1 e I 2 .
Então generalizando para quaisquer valores de correntes de carregamento de n
transformadores em paralelo pode-se formular um sistema de n equações com n
incógnitas:
IIIII N =++++ ...321
27
A equação apresentada acima é de caráter fasorial: a determinação das n
correntes resulta portanto, analiticamente muito laboriosa implicando a solução de um
sistema de n equações com números complexos.
Um modo mais simples e rápido de enfrentar o problema é o de atribuir valor
unitário à corrente nominal de um dos transformadores (por exemplo, o de potência
nominal maior) do conjunto em paralelo e determinar proporcionalmente as
intensidades correspondentes aos outros transformadores. Todas estas intensidades,
diretamente proporcionais às verdadeiras sob quaisquer condições de carga, podem ser
somadas geometricamente, com procedimento analítico, tendo presente que os ângulos
que formam entre si são os mesmos que aqueles das quedas ôhmicas de curto-circuito.
00,11 =I (pu) (transformador 1 escolhido como base)
ISS
ZZI 2
11
2
2
12 ..= (pu)
ISS
ZZI 2
11
3
3
13 ..= (pu)
............................................
ISS
ZZI N
NN
21
1
1 ..= (pu)
Logo, para qualquer intensidade que se atribua ao primeiro transformador
(cuja corrente recebeu convencionalmente o valor unitário), se poderão deduzir as
intensidades que circularão nos outros, mediante simples proporcionalidade. Os
ângulos de defasamento permanecerão, em todo caso, os mesmos das sobre citadas
quedas ôhmicas.
É importante destacar que os valores de impedância e potência apresentados
nas equações de cada transformador estão em suas respectivas bases. Logo, quando for
escolhido o transformador que servirá como base do sistema do conjunto de
28
transformadores, consequentemente os outros ligados em paralelo deverão refletir seus
valores para a base escolhida (transformação de bases). O resultado fica da seguinte
forma:
Valores do transformador 1 (escolhido como base do sistema):
SS N11 =
ZZ PU )(11 =
Valores do transformador 2:
SS N22 =
ZZ PU )(22 =
SSZZ
N
NPUBASENOVAPU
2
1)(2)(2 .= (transformação da base do transformador 2 para a
base do sistema)
E da mesma forma pode-se deduzir as equações acima para mais
transformadores em paralelo. Finalmente as equações de proporcionalidade já
refletidas para a base do sistema (transformador 1) resultam em:
00,11 =I (pu) (transformador 1 escolhido como base)
ISS
ZZ
ISS
SS
ZZ
IN
N
N
N
N
N 212
1
22
(%)2
(%)121
1
2
1
2
(%)2
(%)12 .... == (pu)
ISS
ZZ
ISS
SS
ZZ
IN
N
N
N
N
N 212
1
23
(%)3
(%)121
1
3
1
3
(%)3
(%)13 .... == (pu)
............................................
ISS
ZZ
ISS
ZZ
IN
NN
NN
NN
NN
212
1
2
(%)
(%)121
1(%)
(%)1 .... == (pu)
Será apresentado um único exemplo numérico que tornará perfeitamente claro
o que foi enunciado acima [1].
29
3.2 Exemplo numérico: Três transformadores com potências nominais diferentes
e impedâncias percentuais diferentes:
Dados do transformador 1:
z1 = 4,5 %
S N1 = 300 kVA
V NP = 13,8 kV
V NS = 220/127 V
Dados do transformador 2:
z2 = 4,0 %
S N2 = 225 kVA
V NP = 13,8 kV
V NS = 220/127 V
Dados do transformador 3:
z3 = 3,5 %
S N3 = 150 kVA
V NP = 13,8 kV
V NS = 220/127 V
Dados da carga:
675=SCARGA kVA (somatório das potências nominais dos transformadores)
92,0. =pf
30
Utilizando-se a proporcionalidade pode-se atribuir o valor unitário à
intensidade de corrente do Transformador 1 por possuir a maior potência, assim os
valores de impedância e potência desse transformador servirão como base.
Resultando-se as seguintes relações:
00,11 =I
1.300225.
0,45,4.. 2
2
2212
1
22
(%)2
(%)12 == I
SS
ZZ
IN
N = 0,7955
5669,01.300150.
5,35,4.. 2
2
2212
1
23
(%)3
(%)13 === I
SS
ZZ
IN
N
Então a repartição das correntes (e das cargas) nos três transformadores
efetuar-se-á de acordo com a proporcionalidade:
5669,0:7955,0:00,1 321 === III
Os transformadores possuem impedâncias percentuais com módulos
diferentes. Serão considerados também ângulos de impedância diferentes. Por causa do
nível de potência dos transformadores, será escolhida uma faixa de valores percentuais
das resistências em relação às impedâncias, de 15 a 25%, pois são valores geralmente
considerados para transformadores com essas potências.
( ) ( ) ( ) 00525,0035,0.15,0.15,01 === ZTR
=R2 ( ) ( )( ) 009,0045,0.2,0.2,0 ==ZT
( ) ( ) ( ) 01375,0055,0.25,0.25,03 === ZTR
( ) 02975,0)035,0).(85,0(.85,01 === ZTX
( ) 036,0)045,0).(8,0(.8,02 === ZX T
( ) 04125,0)055,0).(75,0(.75,03 === ZTX
31
Os ângulos para cada impedância são:
67,500525,002975,0
1==βtg º99,79
1=∴β
º96,754009,0036,0
22=∴== ββtg
º57,71301375,004125,0
33 =∴=== ββtg
Logo as projeções são:
( ) 1738,01=βCOS 9848,0)(
1=βSEN
2425,0)(2=βCOS 9701,0)(
2=βSEN
( ) 3162,03=βCOS 9487,0)(
3=βSEN
Respeitando as proporcionalidades pode-se atribuir que no transformador 1
circula uma corrente de 1 pu, no transformador 2 circulará 0,7955 pu e no
transformador 3 circulará 0,5669 pu. Então, utilizando-se os valores das projeções
tem-se:
No eixo X:
( ) 1738,0)1738,0).(1(. 111 === βCOSII X
( ) 1929,0)2425,0).(7955,0(2.22 === βCOSII X
( ) 1793,0)3162,0).(5669,0(3.33 === βCOSII X
Total: 5459,0=I X pu
No eixo Y:
32
( ) 9848,0)9848,0).(1(1.11 === βSENII Y
( ) 7717,0)9701,0).(7955,0(2.22 === βSENII Y
( ) 5378,0)9487,0).(5669,0(. 333 === βSENII Y
Total: 2943,2=I Y pu
( ) ( ) 3584,22943,25459,0 2222 =+=+= III YXTOTAL pu
º15,760557,46501,06366,2
=∴== ββtg
( ) 2394,0=βCOS
( ) 9709,0=βSEN
Deve-se atender a uma carga de 675=SCARGA kVA e 92,0. =pf , então a
corrente de linha demandada pela carga será de:
42,1771220.31000.675
==I CARGA A
Para obter tal intensidade dever-se-iam carregar os três transformadores com
as seguintes intensidades de corrente:
12,7513584,21.42,1771. 1
1 ===IIIITOTAL
TCARGA A
51,5973584,27955,0.42,1771. 2
2 ===IIIITOTAL
TCARGA A
81,4253584,25669,0.42,1771. 3
3 ===IIIITOTAL
TCARGA A
Utilizando-se do mesmo procedimento a subdivisão da potência efetuar-se-ia
do seguinte modo:
33
21,2863584,21.1000.6751 ==S kVA
68,2273584,27955,0.1000.6752 ==S kVA
25,1623584,25669,0.1000.6753 ==S kVA
Em termos percentuais, cada transformador referindo-se à sua respectiva
potência nominal, resulta em:
Valor percentual (transformador 1) = 300
21,286 = 95,41 %
Valor percentual (transformador 2) = 225
68,227 = 101,18 %
Valor percentual (transformador 3) =150
25,162 = 108,17 %
Observa-se neste caso que o transformador 3 resultaria em uma sobrecarga de
8,17 % sobre sua capacidade nominal, enquanto o transformador 2 resultaria 1,18 % de
sua capacidade nominal, e o transformador 1 também utilizaria 95,41 % de sua
capacidade nominal.
O transformador 3, neste caso, pode funcionar com esta sobrecarga, porém a
fim de evitar qualquer sobrecarga deve-se aproveitar o conjunto limitadamente a uma
potência de carga de:
1503584,25669,0
3 == SS CARGA .1000
=SCARGA 624 kVA
34
Então aproximadamente deve-se limitar: =SCARGA 624 (kVA), daí a mesma
seria assim repartida:
59,2643584,21.6241 ==S kVA
48,2103584,27955,0.6242 ==S kVA
1503584,25669,0.6243 ==S kVA
Em termos percentuais, cada transformador referindo-se à sua respectiva
potência nominal, resulta em:
Valor percentual (transformador 1) = 300
59,264 = 88,19 %
Valor percentual (transformador 2) = 225
48,210 = 93,55 %
Valor percentual (transformador 3) = 150150 = 100 %
Observa-se que como as impedâncias percentuais são diferentes em módulo,
para que não sobrecarregasse o transformador 3, foi necessário limitar a potência de
carregamento, consequentemente o conjunto dos transformadores ficou subutilizado,
tornando-se aproveitável somente:
6,92150225300
15048,21059,264=
++++
==−P
PPTOTAL
UTILIZADAUTILIZADOERCENTUAL %
Ou seja, tornam-se aproveitáveis 92,6 % da capacidade nominal do conjunto
dos transformadores (este mesmo exemplo numérico é analisado por meio da
utilização da planilha do Excel que está apresentada no Anexo 3).
35
3.3 CONCLUSÕES:
Observa-se, no exemplo numérico apresentado, onde as impedâncias
percentuais são diferentes em módulo, para que não houvesse qualquer tipo de
sobrecarga em um transformador isoladamente, no caso o transformador 3, foi
necessário limitar a potência da carga. Consequentemente o conjunto dos
transformadores ficou subutilizado, tornando-se aproveitáveis 92,6 % da capacidade
nominal do conjunto de transformadores.
Além das considerações acima, se as relações de transformação dos
transformadores são diferentes, o estudo técnico da viabilidade de paralelismo fica
muito mais laborioso. Um estudo para este caso será apresentado no próximo capítulo.
36
4 ESTUDO DE UM CASO: CONSIDERAÇÕES PARA A ANÁLISE DE
PARALELISMO ENTRE TRANSFORMADORES COM DERIVAÇÕES
DE TENSÃO DIFERENTES
4.1 Introdução:
Será realizada a análise das condições de carregamento de dois
transformadores operando em paralelo em regime permanente, sob os aspectos da
“corrente circulante”, devido a diferença entre as derivações de tensão (também
conhecidas através do nome de “taps”) e também sob o aspecto das diferenças entre
suas impedâncias percentuais.
Serão apresentados adiante os dados técnicos dos transformadores: a potência
nominal e a potência de sobrecarga (com ventilação forçada) de cada um, assim como
as respectivas derivações de tensão.
4.2 Estudo analítico de um caso prático:
No Quadro 1 são apresentadas as características técnicas do transformador a
ser instalado (T1). E no Quadro 2 são apresentadas as características técnicas do
transformador existente (T2).
37
Quadro 1– Dados do transformador a ser instalado
TRANSFORMADOR 1
Potência
Nominal
Com ventilação forçada
15 MVA
20 MVA
DERIVAÇÕES
Lado primário (kV) Lado secundário (kV)
151, 800
150, 075
148, 350
146, 625
144, 900
143, 175
141, 450
139, 725 69
138, 000 34, 5
136, 275
134, 550
132, 825
131, 100
129, 375
127, 650
125, 925
124, 200
FONTE: [2]
Nota-se que no transformador que será instalado (T1), para o lado o qual foi
estabelecido sendo o primário, existem dezessete pontos de derivação. Como no lado
38
secundário existem dois pontos de derivação: 69 ou 34,5(kV), e a carga é atendida no
lado de baixa tensão em 34,5 kV, portanto o último ponto de derivação será o
utilizado.
Quadro 2– Dados do transformador existente
TRANSFORMADOR 2
Potência
Nominal
Com ventilação forçada
15 MVA
20 MVA
DERIVAÇÕES
Lado primário (kV) Lado secundário (kV)
37, 950
37, 519
37, 088
36, 656
36, 225
35, 794
35, 363
138 34, 931
69 34, 500
34, 069
33, 678
33, 206
32, 775
32, 344
31, 913
31, 481
31, 050
FONTE: [2]
39
Existem dois pontos de derivação no lado primário: 138 ou 69 (kV), e este
lado é alimentado através de uma linha de transmissão de 138kV, portanto o ponto de
derivação utilizado é o de 138kV. Já no lado secundário existem dezessete pontos de
derivação
Então construtivamente existe uma importante diferença entre os
transformadores: enquanto o T2 possui dezessete derivações de tensão no lado
secundário, o T1 possui dezessete derivações de tensão no lado primário.
O objetivo é aproximar-se do caso ideal, ou seja, obter-se a igualdade entre as
relações de transformação entre os dois transformadores. Portanto será necessário que
os comutadores das derivações de tensão “varram” os pontos de derivação em sentido
inverso, pois desta forma a diferença entre as relações de transformação será
minimizada. Essa situação está apresentada através do Quadro 3.
Quadro 3- Relações de transformação com comutação no sentido inverso
TRAFO 1
TRAFO 2
DIFERENÇA PERCENTUAL
ENTRE A MAIOR E A MENOR
RELAÇÃO ( % )
5,348,151 =4,4
050,31138 =4,4444 PΔ =
4,44,44444,4 − =1, 009
5,34075,150 =4,35
481,31138 =4,3836 PΔ =
35,435,43836,4 − =0, 772
5,3435,148 =4, 30
913,31138 =4,3243 PΔ =
3,43,43243,4 − =0, 5651
5,34625,146 =4,25
344,32138 =4,2666 PΔ =
25,425,42666,4 − =0, 3906
5,34900,144 =4,20
775,32138 =4,2105 PΔ =
2,42,42105,4 − =0, 2500
(Ponto 1)
5,34175,143 =4,15
206,33138 =4,1559 PΔ =
15,415,41559,4 − =0, 1422
40
5,34450,141 =4,10
678,33138 =4,0976 PΔ =
0976,40976,41,4 − =0, 0586
5,34725,139 =4,05
069,34138 =4,0506 PΔ =
05,405,40506,4 − =0, 0148
5,34000,138 =4,00
500,34138 =4,0000
PΔ = 0 (Derivação central)
5,34275,136 =3,95
931,34138 =3,9506 PΔ =
95,395,39506,3 − =0, 0152
5,34550,134 =3,90
363,35138 =3,9024 PΔ =
9,39,39024,3 − =0, 0615
5,34825,132 =3,85
794,35138 =3,8554 PΔ =
85,385,38554,3 − =0, 1403
5,34100,131 =3,80
225,36138 =3,8095 PΔ =
8,38,38095,3 − =0, 2500
(Ponto 2)
5,34375,129 =3,75
656,36138 =3,7647 PΔ =
75,375,37647,3 − =0, 3920
5,34650,127 =3,70
088,37138 =3,7209 PΔ =
7,37,37209,3 − =0, 5649
5,34925,125 =3,65
519,37138 =3,6781 PΔ =
65,365,36781,3 − =0, 7699
5,34200,124 =3,60
950,37138 =3,6364 PΔ =
6,36,36364,3 − =1, 011
FONTE: [2]
Observando os dados relativos aos transformadores escolhidos para análise,
pode-se observar no Quadro 3 que, a partir da derivação central, em ambos os
sentidos, a diferença percentual entre a maior relação e a menor relação aumenta (está
indicado pelas setas), portanto nas derivações mais distantes do ponto central
encontram-se os pontos onde existe a maior diferença entre as relações de
transformação dos transformadores. Apesar das derivações de tensão do transformador
permitirem uma variação de ± 10% em relação à tensão nominal (31,05kV – 34,5kV –
41
37,95kV derivação no secundário de T2 e 124,2kV – 138kV – 151,8kV derivação no
primário de T1,), a Resolução 505 da ANEEL estabelece um limite de ± 5 (%) para
uma linha de transmissão com nível de tensão abaixo de 230kV (como é uma linha de
transmissão de 138 kV que alimenta o primário dos transformadores em paralelo,
então esse caso pertence ao grupo citado na resolução) [3]. Portanto, o limite das
derivações de tensão será reduzido (entre -5% e +5%). Desta forma, os casos que
provocam um maior desequilíbrio de potências entre transformadores são os pontos
representados pelas linhas onde os números estão assinalados em negrito no Quadro 3.
E entre os dois pontos citados acima, dar-se-á maior destaque para aquele ponto onde
há uma maior diferença entre as impedâncias percentuais; porque, como já foi
apresentado em estudos anteriores, a relação entre as impedâncias percentuais dos
transformadores em paralelo é uma característica determinante para a resposta dos
transformadores quanto ao carregamento. A seguir então será identificado o ponto que
apresenta a maior diferença entre as impedâncias percentuais.
Têm-se como dados disponíveis os valores das impedâncias percentuais em
três pontos: nas relações de transformação nas derivações centrais de tensão e nos dois
pontos extremos, como está apresentado no Quadro 4.
Quadro 4 - Impedâncias percentuais a 75º C
TRAFO 1 TRAFO 2
151, 8 / 34,5 kV: 9,83 % 138 / 37,95 kV: 9,88 %
138,0 / 34,5 kV: 9,57 % 138 / 34,5 kV: 9, 65 %
124, 2 / 34,5 kV: 9,40 % 138 / 31,05 kV: 9, 67 %
FONTE: [2]
Para possuir o valor das impedâncias percentuais nos pontos desejados de cada
transformador (ponto 1 e ponto 2) dever-se-á realizar uma regressão linear e através de
interpolação calculam-se os valores das impedâncias percentuais nos pontos desejados,
conforme é apresentado a seguir.
42
Análise do ponto 1:
Cálculo da impedância percentual do TRAFO 1:
1388,1511389,144
57,983,957,91
−−
=−−Z
7,91 =Z (%)
5,34900,144 =4,20
775,32138 =4,2105 PΔ =
2,42,42105,4 − =0, 2500
(Ponto 1)
43
Cálculo da impedância percentual do TRAFO 2:
05,315,34775,325,34
65,967,965,92
−−
=−−Z
66,92 =Z (%)
Análise do ponto 2:
5,34100,131 =3,80
225,36138 =3,8095 PΔ =
8,38,38095,3 − =0, 2500
(Ponto 2)
44
Cálculo da impedância percentual do TRAFO 1:
2,1241382,1241,131
4,957,94,91
−−
=−−Z
485,91 =Z (%)
45
Cálculo da impedância percentual do TRAFO 2:
5,3495,375,34225,36
65,988,965,92
−−
=−−Z
765,92 =Z (%)
No ponto 1 foram encontradas as seguintes impedâncias
percentuais: 7,91 =Z (%) e 66,92 =Z (%), enquanto que no ponto 2 foram encontradas
as impedâncias percentuais: 485,91 =Z (%) e 765,92 =Z (%) ). No ponto 2 existe a
maior diferença entre as impedâncias percentuais, então esse ponto será analisado. Os
valores encontrados das impedâncias percentuais para o ponto 2 estão apresentados no
Quadro 5.
Quadro 5 - Impedâncias percentuais necessárias para a análise
Impedância percentual do TRAFO 1 9,485 (%)
Impedância percentual do TRAFO 2 9,765(%)
FONTE: [2]
Portanto o ponto 2 é aquele que será analisado (as relações de transformação
estão apresentadas no Quadro 6).
Quadro 6 - Pior caso entre as relações de transformação do Quadro 3
Relação de transformação do TRAFO 15,341,131 =3,80
Relação de transformação do TRAFO 2225,36
138 =3,8095
FONTE: [2]
46
Após a apresentação dos dados técnicos dos transformadores, da condição
entre as relações de transformação entre eles e os valores das impedâncias percentuais,
então será iniciada a análise sob o aspecto da corrente circulante baseada nas figuras 3
e 4, onde estão representados os lados primário e secundário com as respectivas
tensões nominais e instantâneas de cada transformador, as correntes de carregamento
de cada transformador, a corrente circulante entre os transformadores e a corrente de
carga.
47
FONTE: [4]
48
Utilizando-se os elementos do circuito da Figura 4, tomados como valores-
base: VVS bbB e 21, ; e os elementos do circuito da Figura 3, representando os valores
nominais, pode-se então escrever os elementos do circuito, em pu, da seguinte forma:
As tensões em pu do lado primário e do lado secundário para o transformador
1, respectivamente, são:
)(1
11 pu
VVV
b
Nn = e
VVV
b
Nn
2
22 = pu (14)
As tensões em pu do lado primário e do lado secundário para o transformador
2, respectivamente, são:
)(1
'1'
1 puVVV
b
Nn = e
VVV
b
Nn
2
'2'
2 = pu (15)
A impedância em pu considerando a tensão no lado secundário do
transformador 1:
( ) ( ) ( )( )22
2
2
2 ..1 VZVVZZ n
b
N pupupu•••
=⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛= (16)
A impedância em pu considerando a tensão no lado secundário do
transformador 2:
( ) ( ) ( )( )2'2
2
2
'2 .. ''
2 VZVVZZ n
b
N pupupu•••
=⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛= (17)
Relação de tensão do transformador 1 utilizando as tensões em pu:
49
nVV
n
n
12
1 1=
Relação de tensão do transformador 2 utilizando as tensões em pu:
nVV
n
n
2'
2
1 1'=
Do circuito da Figura 4, têm-se:
Corrente no secundário do transformador 1:
ZZ
VbVbL
ZZ
Zb II
21
'
21
2 .•
+•
•−
•
•+
••
•
+=••
III CLb•••
+=∴ 1 (18)
Corrente no secundário do transformador 2:
ZZ
V bV bL
ZZ
Zb II
21
'
21
1' .•
+•
•−
•
•+
••
•
−=••
III CLb•••
−=∴ 2' (19)
A relação de transformação do transformador 1 também pode ser escrita
como:
V
VVVn
p
bn
n•
•
==1
21 ∴ VnV pb
••
= .1 (20)
50
A relação de transformação do transformador 2 também pode ser escrita
como:
V
VVVn
p
b
n
n
'
''
1
'
22 •
•
== ∴ VnV pb'.'
2
••
= (21)
Pode-se substituir as equações apresentadas acima na equação da corrente
circulante nos secundários dos transformadores, podendo-se então reescrever:
IC•
=
ZZ
VbVb
21
'
•+
•
•−
•
• = ( )nnVZZ
p 21..1
21
−+
•
••
Já estabelecidos os valores-base, com posse dessa equação da corrente
circulante e conhecendo-se as impedâncias percentuais de cada transformador (dados
de placa), a tensão do lado primário (tensão de alimentação) e as relações de
transformação dos transformadores que representa a maior diferença possível para o
caso a ser analisado (Quadro 4), pode-se calcular o valor da corrente circulante.
Valores tomados como base:
Sb = 20 (MVA)
Vb1 = 138 (kV)
Vb2 = 34,5 (kV)
51
Dados do Transformador 1:
R.T: 34,5 / 131,1 kV
Z (pu) = 9,485 %
Dados do Transformador 2:
R.T: 36,225 / 138 kV
Z` (pu) = 9,765 %
Daí utilizando-se a equação (16) para o Transformador 1:
09485,0)1.(09485,0 21 jZ ==•
pu
E a equação (17) para o Transformador 2:
1077,0)05,1.(09765,0 22 jZ ==•
pu
As relações de transformação ficam, no transformador 1:
05263,1138
1,1315,34
5,34
1
21 ===
VVn
n
n
52
e no transformador 2:
05,1138
1385,34
225,36
'1
'2
2 ===VVn
n
n
Considerando-se o mesmo valor, em pu, para a tensão no lado primário,então:
05,1=•
V p pu
Agora pode-se calcular a corrente circulante, que é o fator em questão para o
estudo:
IC•
= ( )nnVZZ
p 21..
21
1−
+
•
••
( )05,105263,1.05,1.1077,009485,0
1−
+=
•
jjIC
0136,0jIC =•
pu
Nota-se aqui, nesta análise, que a corrente tem um valor de apenas 1,36 (%) da
corrente de carga dos transformadores. O paralelismo é viabilizado.
Verificar-se-ão agora os carregamentos máximos permitidos nos
transformadores, para isso alguns valores referentes à carga podem ser escolhidos:
uma carga com fator de potência 0,9 (indutivo) e ainda uma sobre tensão na carga de 5
%, porque é um valor máximo permitido, de acordo com a Resolução 505 da ANEEL,
a qual já foi citada. Consideram-se então os dados de carga para realizar os cálculos:
53
Tensão na carga, como referência:
º005,1 ∠=•
V L pu
Ângulo da carga:
( ) º84,259,0 −=∴= ϕϕCOS
Portanto, sobre a corrente da carga, não se sabe seu módulo:
84,25−∠=•
II LL pu
O Transformador 1 ficará mais carregado que o Transformador 2, por possuir
menor impedância e devido ao sentido da “corrente circulante” calculada
anteriormente. Assim tem-se a corrente que circula no secundário do Transformador 1
sendo:
θθ ∠=∠=•
I
III
base
máximaalnobb
min pu
( )
( )θθθ ∠=∠=∠=
•
95238,0225,365,34
10.5,34.310.20
10.225,36.310.20
3
6
3
6
I b pu
Como foi definida como referência a tensão na carga: º005,1 ∠=•
V L pu, então
ainda não se sabe como ficará a tensão no lado primário, ficando apenas representada
como:
54
β∠=•
VV pp pu
Como já foi apresentado, a equação da corrente no secundário do
transformador 1 pode ser escrita como:
ZZ
V bV bL
ZZ
Zb II
21
'
21
2 .•
+•
•−
•
•+
••
•
+=••
(19)
Com o propósito de formar um sistema que permita encontrar o valor de
I L•
(corrente que poderá ser disponibilizada para a carga), então escrever-se-á equação
do nó 1 (indicado na Figura 4), pois dessa forma se relacionará as correntes de
carregamento dos transformadores com a corrente da carga:
03
1=∑
=ZZI
I b'•
+ I b•
- I L•
= 0
0
12
'=−+
•
••
••••−−
IZ
VV
Z
VVL
LbLb (22)
Substituindo as equações (20) e (21) (equações que relacionam as tensões no
secundário com as tensões no primário através das reações de transformação) em (19)
e (22), têm-se:
( )nnIIZZ
V pL
ZZ
Zb 21..
2121
2 −+=•
+••
+•
•
••••
(23)
55
0
1
1
2
2 ..=−+
•
••
••••−−
IZ
VVn
Z
VVnL
LpLp (24)
Para o sistema apresentado acima têm-se os seguintes valores já
conhecidos, conforme está apresentado no Quadro 7.
Quadro 7 - Dados disponíveis
Tensão na carga em pu (sobrecarga de
+ 5%) º005,1 ∠=
•
V L
Corrente na carga º84,25−∠=
•
II LL
Corrente no lado secundário para o
transformador 1 θ∠=
•
95238,0I b
Tensão no lado primário β∠=
•
VV pp
Impedância do Transformador 2 em
pu 1077,02 jZ =
•pu
Impedância do transformador 1 em pu09485,01 jZ =
•pu
Relação de transformação para o
transformador 1
05263,11 =n
Relação de transformação para o
transformador 2
05,12 =n
FONTE: [2]
Portanto as incógnitas são: θ , I L e β∠V p . Substituindo-se os dados
disponíveis, resumidos no Quadro 7, na equação (23) tem-se os cálculos a seguir:
56
( )nnIIZZ
V pL
ZZ
Zb 21..
2121
2 −+=•
+••
+•
•
••••
(23)
)05,105263,1(1077,009485,0
º84,25.1077,009485,0
1077,095238,0 −+
∠+−∠
+=∠
jjjjj V
I pL
βθ
)(012984,0)º84,25.5317,095238,0 ( βθ ∠−−∠=∠ VI pL j (23)
Substituindo-se os dados, resumidos no Quadro 7, na equação (24) tem-se os
cálculos a seguir:
0
1
1
2
2 ..=−+
•
••
••••−−
IZ
VVn
Z
VVnL
LpLp (24)
º84,2509485,0
05,1).(05263,1
1077,0
05,1)(.05,1−∠=+
−∠−∠I
j
V
j
VL
pp ββ
-j9,7493.( β∠V p ) + j9,7493 –j11,0978.( β∠V p ) + j11,07 = 84,25−∠I L
-j20,8471.( β∠V p ) = -j20,8193 + º84,25−∠I L
β∠V p = 0,9987 + j0,047968. ( 84,25−∠I L º) (24)
Levando-se (24) em (23), tem-se:
)) 25,84º-( j0,047968. + 0,9987(012984,0)º84,25.5317,095238,0 I( L∠−−∠=∠ jI Lθ
Como uma incógnita se trata de um ângulo, pode-se manipular essa equação
acima através de Trigonometria para auxiliar na resolução. Esse desenvolvimento
encontra-se no Anexo 2. O resultado será:
º54,26−=θ
57
º84,257784,1 −∠=•
I L pu
Retornando-se à equação (24) para encontrar β∠V p (a tensão no lado
primário do transformador 1), tem-se:
β∠V p = 0,9987 + j0,047968. ( 84,25−∠I L º) (24)
β∠V p = 0,9987 + j0,047968. ( 84,257784,1 −∠ º)
β∠V p = º2389,40387,1 ∠ pu
Pode-se então finalmente calcular, com mais precisão do que o cálculo
realizado anteriormente porque aqui está sendo considerada a condição de carga, qual
o módulo e ângulo da corrente circulante:
IC•
= ( )nnVZZ
p 21..1
21
−+
•
••
IC•
= ( )05,105263,1.2389,40387,1.1077,009485,0
1−∠
+ jj
IC•
= º76,850135,0 −∠ pu
Com o valor da corrente circulante pode-se verificar se a corrente que circula
pelo secundário do transformador 1 é efetivamente: θ∠•
I b = º54,2695238,0 −∠=•
I b ,
utilizando-se então a equação seguinte:
III CLb•••
+= 1 e sabe-se que II L
ZZ
ZL
••
•+
•
•
= .
21
21
58
Então:
III CL
ZZ
Zb
•••
+=•
+•
•
.
21
2
76,850135,0)84,257784,1.(1077,009485,0
1077,0−∠+−∠
+=
•
jjj
I b
º54,269524,0 −∠=•
I b pu
Ainda, para o transformador 1, pode-se encontrar outros valores como:
VnV pb••
= .1 =1,05263. º2389,40387,1 ∠ = º2389,40934,1 ∠ pu
I L1•
= I L
ZZ
Z •
•+
•
•
.
21
2 = º84,259456,0 −∠ pu
Com o valor da corrente circulante pode-se encontrar também a corrente que
circula pelo secundário do transformador 2:
III CLb•••
−= 2' e sabemos que I L2
•
= I L
ZZ
Z •
•+
•
•
.
21
1
Então:
III CL
ZZ
Zb
•••
−=•
+•
•
.
21
1'
76,850135,0)84,257784,1.(1077,009485,0
09485,0' −∠−−∠+
=•
jjj
I b
59
=•
I b' º03,258261,0 −∠ pu
Para o transformador 2, pode-se encontrar outros valores como:
VnV pb
••
= .2' =1,05. º2389,40387,1 ∠ = º2389,40906,1 ∠ pu
I L2•
= I L
ZZ
Z •
•+
•
•
.
21
1 = 84,258328,0 −∠ º pu
As potências desenvolvidas nos transformadores ficam da seguinte forma:
=S DORTRANSFORMA 1 V L•
. Ib*•
=( º005,1 ∠ ). º54,269524,0 ∠
=S DORTRANSFORMA 1º54,260,1 ∠ pu
=S DORTRANSFORMA 10,1 . 10.20 6 = 20 MVA
=S DORTRANSFORMA 2 V L'•
. Ib´*•
=( º005,1 ∠ ).( 03,258261,0 ∠ )
=S DORTRANSFORMA 2 03,258674,0 ∠ º pu
=S DORTRANSFORMA 2 8674,0 . 10.20 6 =17,35 MVA
=SCARGA V L•
.( I L1•
+ I L2•
)*. º005,1 ∠= ( º84,259456,0 ∠ + 84,258328,0 ∠ )
=SCARGA º84,258673,1 ∠ pu
=SCARGA 8673,1 34,3710.20 6 = MVA
4.3 Conclusões:
Dos resultados obtidos, pode-se concluir que o paralelismo entre os
transformadores é viável, desde que o comutador do transformador 1 caminhe no
sentido de aumentar (em relação à derivação Central), enquanto que no transformador
60
2 caminhe no sentido de diminuir e vice-versa, com o objetivo de se obter nas
derivações correspondentes, relações de transformação as mais próximas possíveis (no
caso, o máximo é 0,25% de diferença percentual).
Como pôde ser observado, o fator preponderante na redução da potência total
a ser fornecida pelos transformadores, é a diferença entre suas impedâncias
percentuais. Esta redução para o caso analisado pode chegar até:
(%)100.40
34,371(%)100.121
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡⎟⎠⎞
⎜⎝⎛−=
⎥⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
+−=Δ
SSS
NN
CARGAR = 6,65(%)
Ou seja, há uma redução de no máximo 6,65(%) da potência disponível nos
Transformadores em análise. Este valor tende a diminuir à medida que derivações de
tensão mais próximas da derivação central sejam solicitadas, visto que neste ponto,
diminuem tanto a diferença entre suas impedâncias quanto os efeitos da “Corrente
Circulante”.
61
5 FERRAMENTA COMPUTACIONAL
5.1 Introdução:
Através do método de proporcionalidade que foi apresentado no capítulo três,
aproveitou-se esse algoritmo e elaborou-se uma planilha eletrônica com o objetivo de
calcular como ficaria a distribuição da carga entre três transformadores ligados em
paralelo com mesma relação de transformação, mas com quaisquer potências e
impedâncias percentuais, permitindo assim calcular outros casos de maneira mais
rápida.
Foram elaboradas também, em separado, utilizando-se o mesmo procedimento
de cálculos apresentados no capítulo quatro duas planilhas eletrônicas complementares
que permitem obter-se a distribuição de carga.
5.2 Exemplos numéricos realizados através das planilhas:
Utilizando-se a primeira planilha eletrônica será analisado o caso de três
transformadores em paralelo, com mesma relação de transformação, para atender a
uma carga que solicite as potências nominais dos transformadores. Os transformadores
possuem potências nominais diferentes, mas com os módulos e ângulos das
impedâncias percentuais iguais. O objetivo aqui é utilizar a planilha eletrônica para
comprovar o que foi demonstrado através da dedução matemática do capítulo dois, e
ao mesmo tempo orientar o uso da mesma para que possa ser aplicada para outros
casos quaisquer.
Os quadros apresentados a seguir foram retirados da planilha - TRAFOS COM MESMA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO.xls
Ao lado direito das primeiras células, são os locais onde devem ser inseridos
os dados de entrada: características de cada transformador do conjunto que funcionará
em paralelo e características da carga.
62
DADOS DO TRANSFORMADOR 1:
IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 4,5POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 300
PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 15
DADOS DO TRANSFORMADOR 2: IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 4,5POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 225PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 15
DADOS DO TRANSFORMADOR 3: IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 4,5POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 150PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 15
POTÊNCIA DA CARGA ( kVA ): 675TENSÃO DE LINHA DA CARGA ( V ): 220
Nesta célula seguinte deve ser colocado o número 3 caso sejam três
transformadores em paralelo.
CASO SEJAM TRÊS TRANSFORMADORES EM PARALELO, COLOQUE NA
CÉLULA À DIREITA O NÚMERO 3. SE NÃO, SERÃO
CONSIDERADOS OS DADOS DOS TRANSFORMADORES 1 E 2 . 3
63
Nas células apresentadas a seguir são exibidos os cálculos utilizados através da
metodologia de proporcionalidade que foi vista no capítulo três.
CÁLCULOS-METODOLOGIA DA PROPORCIONALIDADE
Escolha das bases de potência (foi escolhido aquele transformador de maior
potência) e de impedância. Esses valores a seguir representam uma referência para o
cálculo de proporcionalidade.
Valor base (maior potência) (kVA) 300Impedância referência (pu) 4,5
Atribui-se o valor unitário (1 pu) à intensidade de corrente do transformador de
maior potência, aqui no caso é o transformador 1 (base de referência), e juntamente com as
relações entre as potências e impedâncias, calcula-se as intensidades de correntes dos
outros dois transformadores em relação ao transformador 1.
Corrente do Transformador 1 (pu) 1Corrente doTransformador 2 (pu) 0,75Corrente doTransformador 3 (pu) 0,5
Com a relação entre a resistência e a impedância de cada transformador (dado de
entrada) tem-se o cosseno do ângulo da impedância de cada transformador. Então, para se
calcular a intensidade de corrente correspondente ao eixo real (em pu) de cada
transformador, multiplica-se cada parcela de intensidade de corrente de cada
transformador, em pu (dados localizados acima) pelo respectivo cosseno do ângulo da
impedância. Depois soma-se estas parcelas para obter-se o valor total de corrente no eixo
das abscissas - eixo X.
64
Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 1 0,173785334Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 2 0,173785334Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 3 0,173785334I1 (EIXO X) (pu) 0,173785334I2 (EIXO X) (pu) 0,130339I3 (EIXO X) (pu) 0,086892667
Itotal (EIXO X) (pu) 0,391017001
Com a relação entre a resistência e a impedância de cada transformador (dado de
entrada), pode-se encontrar a relação entre a reatância e a impedância, daí tem-se o seno do
ângulo da impedância de cada transformador. Então para se calcular a intensidade de
corrente correspondente ao eixo imaginário (em pu) de cada transformador, multiplica-se
novamente cada parcela de intensidade de corrente, em pu, pelo respectivo seno do ângulo
da impedância. Depois soma-se estas parcelas para obter-se o valor total de corrente no
eixo das ordenadas (eixo Y).
Seno do ângulo de impedância TRAFO 1 0,984783559Seno do ângulo de impedância TRAFO 2 0,984783559Seno do ângulo de impedância TRAFO 3 0,984783559I1 (EIXO Y) (pu) 0,984783559I2 (EIXO Y) (pu) 0,738587669I3 (EIXO Y) (pu) 0,492391779Itotal (EIXO Y) (pu) 2,215763007
Com os valores totais das correntes correspondentes aos eixos X e Y, calcula-se a
corrente total .
Com os dados da carga calcula-se a intensidade de corrente solicitada pela mesma.
Itotal (pu) 2,25Icarga (A) 1771,415599
Se, durante a utilização do método matemático de proporcionalidade, nenhum
valor de potência nominal de qualquer transformador for ultrapassado, então o resultado do
carregamento será apresentado na parte a seguir: corrente e potência de carregamento de
cada transformador e ainda o percentual de potência utilizado em relação ao valor nominal
de potência de cada transformador. Se isso acontecer, então, na última linha, na célula à
65
direita, a seguinte mensagem estará escrita: “RESULTADO JÁ FOI APRESENTADO”.
Porém, como acontece neste caso, se algum valor de potência nominal de qualquer
transformador for ultrapassado, então o resultado será apresentado mais adiante e a
seguinte mensagem localizada na última linha, na célula à direita, indicará isso:
“RESULTADO ABAIXO”.
RESULTADOS DOS CARREGAMENTOS DOS TRANSFORMADORES SE NÃO HOUVER
SOBRECARREGAMENTO EM NENHUM DELES
De posse da corrente de carga, corrente total e mais os valores em pu das
intensidades de corrente no lado secundário (carga) de cada transformador, então pode-se
calcular o carregamento de corrente de cada transformador.
CORRENTE DE CARREGAMENTO TRANSFORMADOR 1 ( A ): 787,2958216 TRANSFORMADOR 2 ( A ): 590,4718662 TRANSFORMADOR 3 ( A ): 393,6479108
De posse da potência de carga, corrente total e mais os valores em pu das
intensidades de corrente de cada transformador, pode-se calcular o carregamento de
potência de cada transformador, já que os valores referentes às correntes podem ser
utilizados para o cálculo das potências.
POTÊNCIA DE CARREGAMENTO TRANSFORMADOR 1 ( kVA ): 300 TRANSFORMADOR 2 ( kVA ): 225 TRANSFORMADOR 3 ( kVA ): 150
Em termos percentuais, cada transformador referindo-se à sua respectiva potência
nominal carrega-se em:
66
CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T1) ( % ) 100
CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T2) ( % ) 100CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T3) ( % ) 100
Nota-se que não há uma sobrecarga em nenhum transformador.
Verifica-se que devido à igualdade entre os módulos e ângulos das impedâncias
dos transformadores, não existe uma sobrecarga em nenhum deles e consequentemente é
utilizado integralmente toda a capacidade total de potência do conjunto de
transformadores, conforme a apresentação da dedução do capítulo dois .
Agora será utilizada a planilha eletrônica que analisa os casos onde os
transformadores possuem diferentes relações de transformação (com derivações de tensão
distintas). Serão preservadas as características dos dois transformadores utilizados no
estudo do caso particular do capítulo quatro, e acrescentado mais um terceiro
transformador com características diferentes dos outros dois:
Os quadros apresentados a seguir forma retirados da planilha - TRAFOS COM
CORRENTE CIRCULANTE.xls
As primeiras células do lado direito são os locais onde devem ser inseridos os
dados de entrada, nesta análise necessita-se de mais detalhes das características de cada
transformador do conjunto que funcionará em paralelo. Aqui também existe uma célula
onde deve ser colocado o número 3 caso sejam três transformadores em paralelo.
INSIRA OS DADOS DE ENTRADA NAS COLUNAS À DIREITA DAS
CÉLULAS EM VERMELHO.
A RESPOSTA DO CARREGAMENTO DOS TRANSFORMADORES SERÁ
GERADA NO FINAL DA PLANILHA 2
67
DADOS DO TRANSFORMADOR 1 DADOS DO TRANSFORMADOR 2 MENOR IMPEDÂNCIA
"TAP" PRIMÁRIO (kV) 131,1 "TAP" PRIMÁRIO (kV) 138"TAP" SECUNDÁRIO (kV) 34,5 "TAP" SECUNDÁRIO (kV) 36,225
Z1 (pu) 9,485 Z2 (pu) 9,765
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 34,5
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 36,225
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 36,225
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 38,036
DADOS DO TRANSFORMADOR 3
"TAP" PRIMÁRIO (kV) 131,1 "TAP" SECUNDÁRIO (kV) 34
Z3 (pu) 9,83
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
NÚMERO DE TRANSFORMADORES EM PARALELO
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 34
CASO SEJAM TRÊS TRANSFORMADORES EM PARALELO, POR FAVOR DIGITE 3 AO LADO 3
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 35,7
Adiante os valores-base devem ser escolhidos e inseridos, assim como as
características disponíveis da carga.
VALORES-BASE CARGA
POTÊNCIA (MVA) 20
TENSÃO MÁXIMA, EM PU, QUE ALIMENTA A CARGA VL (pu): 1,05
TENSÃO NO PRIMÁRIO (kV) 138 FATOR DE POTÊNCIA 0,9
TENSÃO NO SECUNDÁRIO (kV) 34,5 CARGA INDUTIVA? SIM
68
A seguir serão apresentadas várias células que foram necessárias para a realização
dos cálculos a partir do algoritmo utilizado no capítulo quatro. A seguir estão
apresentados os primeiros cálculos realizados.
CÁLCULOS INICIAIS
TRANSFORMADOR 1 Tensão no primário (pu) 0,95 Relação de transformação (n1): 1,05263Tensão no secundário (pu) 1 Z1 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,09485 TRANSFORMADOR 2 Tensão no primário (pu) 1 Relação de transformação (n2): 1,05Tensão no secundário (pu) 1,05 Z2 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,10766 TRANSFORMADOR 3 Tensão no primário (pu) 0,95 Relação de transformação (n3): 1,0374Tensão no secundário (pu) 0,98551 Z2 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,09547
Mais adiante é apresentada a formação da equação da corrente de carregamento no
secundário do transformador 1.
69
Carregamento dos transformadores em paralelo
CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 EQUAÇÃO (Itotal1 = Icarga1 +Icirculante2 + Icirculante3):
ÂNGULO DA CARGA (EM RADIANOS) 0,45102681 ÂNGULO DA CARGA (EM GRAUS) 25,8419328
ÂNGULO DA CARGA CORRIGIDO DEVIDO À CARACTERÍSTICA DA CARGA (INDUTIVA, CAPACITIVA OU RESISTIVA): -25,841933
MÓDULO MÁXIMO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO NO SECUNDÁRIO DO TRANSFORMADOR 1 (EM PU) 0,95238095 DIVISOR DE CORRENTE PARA PARCELA DA CARGA 0,34788502
PARTE REAL DO DIVISOR DE CORRENTE 0,31309651
PARTE IMAGINÁRIA DO DIVISOR DE CORRENTE -0,15164
CORRENTE CIRCULANTE ENTRE TRANSFORMADORES 1 E 2 0,01299487 CORRENTE CIRCULANTE ENTRE TRANSFORMADORES 1 E 3 0,08015668
Aplicando a Lei de Kirchoff para corrente no nó 1 (acima da carga, representado
na Figura 4), consegue-se relacionar as mesmas variáveis que foram obtidas na equação
da corrente de carregamento no secundário do transformador 1.
EQUAÇÃO DO NÓ DA CARGA PARTE IMAGINÁRIA, ACOMPANHA A TENSÃO NO PRIMÁRIO -31,716694
PARTE IMAGINÁRIA, TERMO ISOLADO -31,82118
PARTE IMAGINÁRIA 0,03152914 PARTE REAL 1,0032943
Agora o sistema já está composto por duas equações, onde uma pode ser
substituída na outra (como foi realizado na página 51).
70
ISOLANDO A TENSÃO DO PRIMÁRIO (EQUAÇÃO DO NÓ DA CARGA) E SUBSTITUINDO-O NA EQUAÇÃO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO
TRANSFORMADOR 1
1º PARCELA 0,00040972 FATOR 1-2º MEMBRO -
0,093458
2º PARCELA 0,00252727 1º PARCELA FATOR 3 -
0,000179
FATOR 2-2º MEMBRO 0,350822 2º PARCELA FATOR 3 -
0,001102
FATOR 2-2º MEMBRO PARTE REAL 0,3157398 3º PARCELA FATOR 3 -
0,151640
SOMA -
0,152920
TERMO ISOLADO -
0,093458
ISOLAMENTO DO COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 0,33152679
ISOLAMENTO DO SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 2:
-0,160566
TERMO ISOLADO -
0,098131
É possível formar uma equação com duas incógnitas, e como uma dessas
incógnitas se trata de um ângulo, juntamente com lei trigonométrica fundamental, por
exemplo, pode-se obter os valores de θ e módulo de I L , como foi realizado no Anexo 2.
APLICANDO A LEI TRIGONOMÉTRICA sen^2(x) + cos^2(x) = 1
IL^2 0,13569138IL 0,03151306TERMO ISOLADO (Lei trigonométrica = 1) -0,9903702 MÓDULO DA CORRENTE DE CARGA 2,5879841 -2,8202248
COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 0,85798607
COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1
71
SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 -0,513673SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1
ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 (EM RADIANOS) -0,5394602ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 (EM GRAUS) -30,908795
Retornando-se à equação do nó, encontra-se a tensão no lado primário.
RETORNANDO À EQUAÇÃO DO NÓ PARA ENCONTRAR A TENSÃO NO LADO PRIMÁRIO
PARTE REAL 1,03886152 PARTE IMAGINÁRIA 0,07343721 MÓDULO DA TENSÃO NO PRIMÁRIO 1,04145393 ÂNGULO EM RADIANOS 0,07057269 ÂNGULO EM GRAUS 4,04351751
Agora pode-se calcular a corrente circulante:
CORRENTE CIRCULANTE DO TRAFO 1 PARA O TRAFO 2 0,0135336 PG 52 DO TRAFO 1 PARA O TRAFO 3 0,08347949 TOTAL 0,09701305 É VIÁVEL O PARALELISMO ? SIM ÂNGULO EM GRAUS -85,956482 PARTE REAL 0,00684079 PARTE IMAGINÁRIA -0,0967716
Com posse da corrente circulante, então finalmente são calculados os valores
necessários para se obter o carregamento dos três transformadores.
TRANSFORMADOR 1 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,0962673 ÂNGULO 4,04351751
72
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,90032089
CORRENTE DE CARREGAMENTO NO SECUNDÁRIO DO TRANSFORMADOR 1 0,952381
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933 ÂNGULO EM GRAUS -30,90879PARTE REAL 0,8102888 PARTE REAL 0,8171296PARTE IMAGINÁRIA -0,3924408 PARTE IMAGINÁRIA -0,489212
TRANSFORMADOR 2 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,09352663 ÂNGULO 4,04351751
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,79320203
CORRENTE DE CARREGAMENTO- DIVISOR DE CORRENTE ( PARA 3 TRANSFORMADORES EM PARALELO) 0,3064942
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,793202ÂNGULO -25,84193
PARTE REAL 0,71388182 PARTE REAL 0,7138818PARTE IMAGINÁRIA -0,3457487 PARTE IMAGINÁRIA -0,345749
CORRENTE DE CARREGAMENTO ( PARA 2 TRANSFORMADORES EM PARALELO) CORRENTE CIRCULANTE 0,0135336
PARTE REAL 0,70704103 ÂNGULO -85,95648PARTE IMAGINÁRIA -0,2489772 PARTE REAL 0,0009543MÓDULO 0,74959767 PARTE IMAGINÁRIA -0,0135ÂNGULO EM RADIANOS -0,3385797 ÂNGULO EM GRAUS -19,399188 PARTE REAL 0,7129275 PARTE IMAGINÁRIA -0,332249
MÓDULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO 0,7865462
ÂNGULO EM RADIANOS -0,436108 ÂNGULO EM GRAUS -24,98715
TRANSFORMADOR 3 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,08037936 ÂNGULO 4,04351751
73
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,89446119
CORRENTE DE CARREGAMENTO- DIVISOR DE CORRENTE ( PARA 3 TRANSFORMADORES EM PARALELO) 0,3456208
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,8944612
ÂNGULO -25,84193 PARTE REAL 0,8050151 PARTE IMAGINÁRIA -0,389887
CORRENTE CIRCULANTE 0,0834795 ÂNGULO -85,95648 PARTE REAL 0,0058865 PARTE IMAGINÁRIA -0,083272 PARTE REAL 0,7991286 PARTE IMAGINÁRIA -0,306615
MÓDULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO 0,8559318
ÂNGULO EM RADIANOS -0,366364 ÂNGULO EM GRAUS -20,99114
Então o carregamento dos três transformadores são apresentados:
RESPOSTA DOS CARREGAMENTOS STRAFO 1 (EM PU) 1 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 30,9087947 STRAFO 1 (EM MVA) 20 STRAFO 2 (EM PU) 0,82587354 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 24,9871473 STRAFO 2 (EM MVA) 16,5174707 TRANSFORMADOR SUPORTA STRAFO 3 (EM PU) 0,89872835 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 20,9911368 STRAFO 3 (EM MVA) 17,9745671 TRANSFORMADOR SUPORTA SCARGA (EM PU) 2,71738331 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 25,8419328 SCARGA (EM MVA) 54,3476661
Observa-se que os transformadores possuem em conjunto uma capacidade de 60
74
(MVA), porém devido à presença da corrente circulante e à diferença entre suas
impedâncias percentuais, a capacidade total ficou limitada à aproximadamente 54,35
(MVA), o que corresponde a utilização de aproximadamente 90,58 (%). 5.3 Conclusões:
A partir do caso calculado através da primeira planilha - Trafos com mesma
relação de transformação.xls, onde os transformadores em paralelo possuem os módulos
das impedâncias percentuais diferentes, pode-se concluir o seguinte: pouco importa a
diferença entre os ângulos das impedâncias entre os transformadores; na prática, essa
diferença, por maior que seja, não permitirá um sobrecarregamento isolado de algum
transformador do conjunto, porque a corrente de carga repartir-se-á em proporção
quadrática com as potências nominais respectivas, independentemente do valor da carga e
do seu fator de potência. Portanto quando um deles alcançar a sua capacidade nominal, os
outros também a terão alcançado. A partir do ponto em que a carga demandar uma
potência superior à capacidade nominal do conjunto, não haverá um desbalanceamento, ou
seja, um transformador sendo mais carregado que o outro, então o conjunto alcançará, ao
mesmo tempo, uma sobrecarga que a proteção de cada transformador permitirá ser
alcançada sem que danifique o equipamento.
Com a possibilidade de calcular o paralelismo entre três transformadores através
da segunda planilha, foi adicionado mais um transformador ao conjunto de dois
transformadores do caso estudado no capítulo 4-Trafos com corrente circulante.xls. Como
era esperado, a corrente circulante aumentou, mas as diferenças entre as relações de
transformação ainda não foram suficientes para impedir a possibilidade de paralelismo. É
claro que à medida que essas diferenças entre as relações de transformação aumentem,
alcançar-se-á um ponto em que a corrente circulante será tão elevada que, a partir deste
ponto, não será mais viável o paralelismo. Mas nota-se que ainda neste caso, o fator
preponderante na redução da potência a ser fornecida pelos transformadores, é a diferença
entre suas impedâncias.
75
6 CONCLUSÕES FINAIS:
Se as impedâncias percentuais dos transformadores ligados em paralelo são
diferentes em módulo, para que não ocorra qualquer tipo de sobrecarga em um
transformador isoladamente, será sempre necessário limitar a potência de carregamento,
consequentemente o conjunto dos transformadores ficará subutilizado, tornando-se
aproveitável apenas uma parte da capacidade nominal do conjunto de transformadores.
Esta situação, onde os transformadores têm impedâncias percentuais com módulos
diferentes, sempre estará presente na prática, mesmo quando os transformadores são
considerados idênticos, pois sempre haverá uma pequena diferença entre suas impedâncias,
consequentemente, na possibilidade de paralelismo, sempre haverá um subaproveitamento
da capacidade nominal do conjunto de transformadores.
No caso analisado, a viabilidade de paralelismo entre transformadores com “taps”
diferentes, foi aceita, desde que atendida à nova lógica de funcionamento do comutador
para os transformadores com características diferentes, com o objetivo de se obter nos
“taps” correspondentes, relações de transformação as mais próximas possíveis ( no caso, o
máximo é 0,25% de diferença percentual). Ou seja, o estudo através do conceito de
“corrente circulante”, permitiu a viabilidade do paralelismo no caso dos dois
transformadores em paralelo de diferentes tipos de fabricante, aspectos construtivos dos
“taps” e impedâncias. Ainda foi realizado o mesmo estudo para o caso de três
transformadores em paralelo através da utilização da planilha, e pôde-se manter a
viabilidade de paralelismo, já que ainda foi possível a aproximação dos valores das
relações de transformação dos transformadores.
Como pôde ser observado para todos os casos analisados, o fator preponderante na
redução de potência a ser fornecida pelos transformadores em paralelo é a diferença entre
suas impedâncias. Para os casos de transformadores com aspectos construtivos bem
diferentes, como comutação dos “taps”, quando se é possível minimizar as diferenças entre
as relações de transformação, pode-se então realizar uma análise prévia a partir da planilha
para saber como ficará o carregamento de cada transformador quando o objetivo for o
paralelismo.
A utilização das planilhas foi um meio mais rápido encontrado para criar uma
76
ferramenta computacional capaz de calcular a distribuição da carga de transformadores
ligados em paralelo com aspectos diferentes tais como potências, impedâncias e derivações
de tensão, a fim de analisar a viabilidade do paralelismo para casos que, devido a aumento
de carga emergencial, o transformador em funcionamento não consiga mais suprir a uma
nova demanda de carga. Portanto a utilização de um transformador disponível para
funcionar em paralelo com aquele já existente pode eventualmente suprir a esse acréscimo
de carga, então a medida é economicamente mais conveniente pois evita a compra de um
novo transformador similar àquele que já estava em funcionamento.
Uma sugestão de continuação do projeto seria a criação de um programa com uma
interface mais clara e amigável que facilitasse a utilização do programa pelo usuário
(engenheiros e/ou técnicos da área).
77
ANEXO 1
Desenvolvimento algébrico da equação do capítulo 1
s N1 θ A∠ + S N2 θ B∠ = δ∠+ )21( SS NN
s N1 COS (θ A)+ j s N1 SEN (θ A
) +S N2COS (θ B
) + jS N2SEN (θ B
) =
( s N1 + S N2) COS (δ ) + j ( s N1 + S N2
) SEN (δ )
( s N1 COS (θ A)+S N2 COS (θ B
))+j( s N1 SEN (θ A)+S N2 SEN (θ B
))
= ( s N1 + S N2) COS (δ ) + j ( s N1 + S N2
) SEN (δ )
Igualando-se separadamente as partes reais das partes imaginárias têm-se:
( s N1 COS (θ A)+S N2 COS (θ B
)) = ( s N1 + S N2 ) COS (δ )
( s N1 SEN (θ A)+S N2 SEN (θ B
)) = ( s N1 + S N2 ) SEN (δ )
Elevando-se ao quadrado as equações acima resulta-se em:
)()()(2)( 22
221
22
1 θθθθ BNBANNAN COSSSSCOSS COSCOS ++ =
)(2122)( δCOSSS NN+
)()()(2)( 22
221
22
1 θθθθ BNBANNAN SENSSSSENS SENSEN ++ =
)(2122)( δSENSS NN+
Somando-se as equações acima tem-se:
)]()([ 222
1 θθ AAN SENCOSS + + )()(2 21 θθ BANNCOSCOSSS +
)()(221 θθ BANN
SENSENSS + )]()([ 222
2 θθ BBN SENCOSS + =
)]()().[2( 222
221
2
1 δδ SENCOSSSSS NNNN+++
S N
2
1 + SS NN 212 [ )()( θθ BACOSCOS + )()( θθ BA
SENSEN ]+S N
2
2 =
SSSS NNNN
2
221
2
1 2 ++
78
SS NN 212 )( θθ BACOS − = SS NN 212
)( θθ BACOS − = 1
79
ANEXO 2
Desenvolvimento algébrico da equação do capítulo 3
)) 25,84º-( j0,047968. + 0,9987(012984,0)º84,25.5317,095238,0 I( L∠−−∠=∠ jI Lθ
Isolando-se a parte real da equação, tem-se:
)) -25,84º(( 0,0006228. ))º84,25(.5317,0.95238,0 I( LCOSCOSCOS I L +−=θ
IL 0,0005605. .4785,0.95238,0 += I LCOSθ
I LCOS .47909,0.95238,0 =θ
I LCOS .50305,0=θ
Isolando a parte imaginária da equação, tem-se:
)) -25,84º(.(j 0,0006228. + 129670,0))º84,25(..5317,0.95238,0 I( L SENjSENSENj jI L −−=θ
IL 6.j0,0002714 - 012967,0.23175,0.95238,0 jjSENj I L −−=θ
( )95238,0
012967,0.23202,0 +−= I LSENθ
( )013615,0.24362,0 +−= I LSENθ
Se θ então possui o cosseno positivo e o seno negativo, significa que este
ângulo pertence ao 4º quadrante, para continuação dos cálculos pode-se retirar o sinal
negativo do seno:
Utilizando-se então a conhecida equação para encontrar uma solução, resulta:
1)( )( 22 =+ θθ COSSEN
80
1).25306,0()000185,0.006634,0.05935,0( 22 =+++ III LLL
099981,0.006634,0.31241,0 2 =−+ II LL
)31241,0.(22494,1006634,0 ±
−=I L
)31241,0.(2
1179,1006634,0 ±−=I L
7784,1=I L
Tem-se I L , então pode-se encontrar θ substituindo na equação do cosseno ou
seno:
I LCOS .50305,0=θ
7784,1).50305,0(=θCOS
8946,0=θCOS
E
( )013615,0.24362,0 +−= I LSENθ
( )013615,0)7784,1.(24362,0 +−=θSEN
44687,0−=θSEN
Lembrando-se que θ pertence ao quarto quadrante, então:
º54,26−=θ
Daí tem-se:
º54,26−=θ
81
º84,25−∠=•
II LL
º84,257784,1 −∠=•
I L (pu)
82
ANEXO 3
Planilha 1 –TRAFOS COM MESMA RELAÇÃO DE
TRANSFORMAÇÃO.xls
INSIRA OS DADOS DOS TRANSFORMADORES E OS DADOS DA CARGA ( NÃO É NECESSÁRIO O FATOR DE POTÊNCIA ) NA
COLUNA À DIREITA DAS CÉLULAS EM VERMELHO: DADOS DO TRANSFORMADOR 1:
IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 4,5 POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 300
PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 5 DADOS DO TRANSFORMADOR 2: IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 4 POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 225 PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 10 DADOS DO TRANSFORMADOR 3: IMPEDÂNCIA PERCENTUAL ( % ): 3,5 POTÊNCIA NOMINAL ( kVA ): 150PERCENTUAL DA RESISTÊNCIA EM RELAÇÃO À IMPEDÂNCIA ( % ): 15 POTÊNCIA DA CARGA ( kVA ): 675 TENSÃO DE LINHA DA CARGA ( V ): 220
CASO SEJAM TRÊS TRANSFORMADORES EM
PARALELO, COLOQUE NA CÉLULA À DIREITA
O NÚMERO 3. SE NÃO, SERÃO CONSIDERADOS OS DADOS DOS
TRANSFORMADORES 1 E 2 . 3
CÁLCULOS-METODOLOGIA DA PROPORCIONALIDADE
Valor base (maior potência) (kVA) 300Impedância referência (pu) 4,5 Corrente do Transformador 1 (pu) 1
83
Corrente doTransformador 2 (pu) 0,795495129 Corrente doTransformador 3 (pu) 0,56694671 Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 1 0,052558833 Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 2 0,110431526 Cosseno do ângulo de impedância TRAFO 3 0,173785334 I1 (EIXO X) (pu) 0,052558833 I2 (EIXO X) (pu) 0,087847741 I3 (EIXO X) (pu) 0,098527023
Itotal (EIXO X) (pu) 0,238933597 Seno do ângulo de impedância TRAFO 1 0,998617829 Seno do ângulo de impedância TRAFO 2 0,993883735 Seno do ângulo de impedância TRAFO 3 0,984783559 I1 (EIXO Y) (pu) 0,998617829 I2 (EIXO Y) (pu) 0,79062967 I3 (EIXO Y) (pu) 0,558319798 Itotal (EIXO Y) (pu) 2,347567297 Itotal (pu) 2,359695209Icarga (A) 1771,415599
RESULTADOS DOS CARREGAMENTOS DOS TRANSFORMADORES SE NÃO HOUVER
SOBRECARREGAMENTO EM NENHUM DELES
CORRENTE DE CARREGAMENTO TRANSFORMADOR 1 ( A ): 750,6967815 TRANSFORMADOR 2 ( A ): 597,1756329 TRANSFORMADOR 3 ( A ): 425,6050701
POTÊNCIA DE CARREGAMENTO TRANSFORMADOR 1 ( kVA ): 286,0538927 TRANSFORMADOR 2 ( kVA ): 227,5544782 TRANSFORMADOR 3 ( kVA ): 162,1773132 CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T1) ( % ) 95,35129756
CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T2) ( % ) 101,1353236 CARREGAMENTO EM RELAÇÃO AO VALOR NOMINAL (T3) ( % ) 108,1182088 MAIOR VALOR PERCENTUAL 108,1182088 Percentual utilizado do conjunto (%) (2 TRAFOS) 97,83016588 Percentual utilizado do conjunto (%) (3 TRAFOS) 100,1163976
84
TOTAL DE POTÊNCIA DO CONJUNTO (2) (kVA): 513,6083709 TOTAL DE POTÊNCIA DO CONJUNTO (3) (kVA): 675,7856841 SOBRECARREGAMENTO ? SIM RESULTADO ABAIXO ATENDE À CARGA?
RESULTADOS DOS CARREGAMENTOS DOS TRANSFORMADORES
PARA EVITAR O SOBRECARREGAMENTO DE ALGUM TRANSFORMADOR
Potência nominal do transformador sobrecarregado
T1 T2 T3 150
Potência limitada da carga 624,3166692
POTÊNCIA DE CARREGAMENTO TRANSFORMADOR 1 ( kVA ) 264,5751311 TRANSFORMADOR 2 ( kVA ) 210,468228 TRANSFORMADOR 3 ( kVA ) 150 Valor percentual (T1) (%) 88,19171037 Valor percentual (T2) (%) 93,54143467 Valor percentual (T3) (%) 100 Percentual utilizado do conjunto (%) (2 TRAFOS) 90,48444935 Percentual utilizado do conjunto (%) (3 TRAFOS) 92,59901616 TOTAL DE POTÊNCIA DO CONJUNTO (kVA): 624,3166692 ATENDE À CARGA? NÃO
85
ANEXO 4
Retirado da planilha - TRAFOS COM CORRENTE CIRCULANTE.xls
INSIRA OS DADOS DE ENTRADA NAS COLUNAS À DIREITA DAS CÉLULAS EM VERMELHO.
A RESPOSTA DO CARREGAMENTO DOS TRANSFORMADORES SERÁ GERADA NO FINAL DA PLANILHA 2
DADOS DO TRANSFORMADOR 1 DADOS DO TRANSFORMADOR 2
MENOR IMPEDÂNCIA "TAP" PRIMÁRIO (kV) 131,1 "TAP" PRIMÁRIO (kV) 138 "TAP" SECUNDÁRIO (kV) 34,5 "TAP" SECUNDÁRIO (kV) 36,225
Z1 (pu) 9,485 Z2 (pu) 9,765
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 34,5
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 36,225
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 36,225
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 38,036
DADOS DO TRANSFORMADOR 3
"TAP" PRIMÁRIO (kV) 131,1 "TAP" SECUNDÁRIO (kV) 34
Z3 (pu) 9,83
POTÊNCIA DE SOBRECARGA (VENTILAÇÃO FORÇADA) (kVA): 20000
NÚMERO DE TRANSFORMADORES EM PARALELO
TENSÃO NOMINAL DO SECUNDÁRIO (kV) : 34
CASO SEJAM TRÊS TRANSFORMADORES EM PARALELO, POR FAVOR DIGITE 3 AO LADO 3
TENSÃO DE SOBRECARGA NO SECUNDÁRIO (kV) 35,7
VALORES-BASE CARGA
POTÊNCIA (MVA) 20
TENSÃO MÁXIMA, EM PU, QUE ALIMENTA A CARGA VL (pu): 1,05
TENSÃO NO PRIMÁRIO (kV) 138 FATOR DE POTÊNCIA 0,9
86
TENSÃO NO SECUNDÁRIO (kV) 34,5 CARGA INDUTIVA? SIM
CÁLCULOS INICIAIS
TRANSFORMADOR 1 Tensão no primário (pu) 0,95 Relação de transformação (n1): 1,05263 Tensão no secundário (pu) 1 Z1 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,09485 TRANSFORMADOR 2 Tensão no primário (pu) 1 Relação de transformação (n2): 1,05 Tensão no secundário (pu) 1,05Z2 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,10766 TRANSFORMADOR 3 Tensão no primário (pu) 0,95 Relação de transformação (n3): 1,0374 Tensão no secundário (pu) 0,98551 Z2 referido para o secundário-lado da carga (pu-na nova base) 0,09547
Carregamento dos transformadores em paralelo
CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 EQUAÇÃO (Itotal1 = Icarga1 +Icirculante2 + Icirculante3):
ÂNGULO DA CARGA (EM RADIANOS) 0,45102681 ÂNGULO DA CARGA (EM GRAUS) 25,8419328
ÂNGULO DA CARGA CORRIGIDO DEVIDO À CARACTERÍSTICA DA CARGA (INDUTIVA, CAPACITIVA OU RESISTIVA): -25,841933
MÓDULO MÁXIMO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO NO SECUNDÁRIO DO TRANSFORMADOR 1 (EM PU) 0,95238095 DIVISOR DE CORRENTE PARA PARCELA DA CARGA 0,34788502
PARTE REAL DO DIVISOR DE CORRENTE 0,31309651
PARTE IMAGINÁRIA DO DIVISOR DE CORRENTE -0,15164
87
CORRENTE CIRCULANTE ENTRE TRANSFORMADORES 1 E 2 0,01299487 CORRENTE CIRCULANTE ENTRE TRANSFORMADORES 1 E 3 0,08015668
EQUAÇÃO DO NÓ DA CARGA PARTE IMAGINÁRIA, ACOMPANHA A TENSÃO NO PRIMÁRIO -31,716694
PARTE IMAGINÁRIA, TERMO ISOLADO -31,82118
PARTE IMAGINÁRIA 0,03152914 PARTE REAL 1,0032943
ISOLANDO A TENSÃO DO PRIMÁRIO (EQUAÇÃO DO NÓ DA CARGA) E SUBSTITUINDO-O NA EQUAÇÃO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO
TRANSFORMADOR 1 1º PARCELA 0,00040972 FATOR 1-2º MEMBRO -0,0934582º PARCELA 0,00252727 1º PARCELA FATOR 3 -0,000179FATOR 2-2º MEMBRO 0,350822 2º PARCELA FATOR 3 -0,001102FATOR 2-2º MEMBRO PARTE REAL 0,3157398 3º PARCELA FATOR 3 -0,151640 SOMA -0,152920 TERMO ISOLADO -0,093458
ISOLAMENTO DO COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 0,33152679
ISOLAMENTO DO SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 2: -0,160566
TERMO ISOLADO -0,098131
APLICANDO A LEI TRIGONOMÉTRICA sen^2(x) + cos^2(x) = 1
IL^2 0,13569138IL 0,03151306TERMO ISOLADO (Lei trigonométrica = 1) -0,9903702 MÓDULO DA CORRENTE DE CARGA 2,5879841 -2,8202248
COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 0,85798607
COSSENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1
88
SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 -0,513673SENO DO ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1
ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 (EM RADIANOS) -0,5394602ÂNGULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO DO TRANSFORMADOR 1 (EM GRAUS) -30,908795
RETORNANDO À EQUAÇÃO DO NÓ PARA ENCONTRAR A TENSÃO NO LADO PRIMÁRIO
PARTE REAL 1,03886152 PARTE IMAGINÁRIA 0,07343721 MÓDULO DA TENSÃO NO PRIMÁRIO 1,04145393 ÂNGULO EM RADIANOS 0,07057269 ÂNGULO EM GRAUS 4,04351751
CORRENTE CIRCULANTE DO TRAFO 1 PARA O TRAFO 2 0,0135336 PG 52 DO TRAFO 1 PARA O TRAFO 3 0,08347949 TOTAL 0,09701305 É VIÁVEL O PARALELISMO ? SIM ÂNGULO EM GRAUS -85,956482 PARTE REAL 0,00684079 PARTE IMAGINÁRIA -0,0967716
TRANSFORMADOR 1 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,0962673 ÂNGULO 4,04351751
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,90032089
CORRENTE DE CARREGAMENTO NO SECUNDÁRIO DO TRANSFORMADOR 1 0,952381
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933 ÂNGULO EM GRAUS -30,90879PARTE REAL 0,8102888 PARTE REAL 0,8171296PARTE IMAGINÁRIA -0,3924408 PARTE IMAGINÁRIA -0,489212
89
TRANSFORMADOR 2 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,09352663 ÂNGULO 4,04351751
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,79320203
CORRENTE DE CARREGAMENTO- DIVISOR DE CORRENTE ( PARA 3 TRANSFORMADORES EM PARALELO) 0,3064942
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,793202ÂNGULO -25,84193
PARTE REAL 0,71388182 PARTE REAL 0,7138818PARTE IMAGINÁRIA -0,3457487 PARTE IMAGINÁRIA -0,345749
CORRENTE DE CARREGAMENTO ( PARA 2 TRANSFORMADORES EM PARALELO) CORRENTE CIRCULANTE 0,0135336
PARTE REAL 0,70704103 ÂNGULO -85,95648PARTE IMAGINÁRIA -0,2489772 PARTE REAL 0,0009543MÓDULO 0,74959767 PARTE IMAGINÁRIA -0,0135ÂNGULO EM RADIANOS -0,3385797 ÂNGULO EM GRAUS -19,399188 PARTE REAL 0,7129275 PARTE IMAGINÁRIA -0,332249
MÓDULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO 0,7865462
ÂNGULO EM RADIANOS -0,436108 ÂNGULO EM GRAUS -24,98715
TRANSFORMADOR 3 MÓDULO DA TENSÃO NO SECUNDÁRIO 1,08037936 ÂNGULO 4,04351751
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,89446119
CORRENTE DE CARREGAMENTO- DIVISOR DE CORRENTE ( PARA 3 TRANSFORMADORES EM PARALELO) 0,3456208
ÂNGULO EM GRAUS -25,841933
CONTRIBUÇÃO PARA A CORRENTE DE CARGA 0,8944612
ÂNGULO -25,84193
90
PARTE REAL 0,8050151 PARTE IMAGINÁRIA -0,389887 CORRENTE CIRCULANTE 0,0834795 ÂNGULO -85,95648 PARTE REAL 0,0058865 PARTE IMAGINÁRIA -0,083272 PARTE REAL 0,7991286 PARTE IMAGINÁRIA -0,306615
MÓDULO DA CORRENTE DE CARREGAMENTO 0,8559318
ÂNGULO EM RADIANOS -0,366364 ÂNGULO EM GRAUS -20,99114
RESPOSTA DOS CARREGAMENTOS STRAFO 1 (EM PU) 1 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 30,9087947 STRAFO 1 (EM MVA) 20 STRAFO 2 (EM PU) 0,82587354 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 24,9871473 STRAFO 2 (EM MVA) 16,5174707 TRANSFORMADOR SUPORTA STRAFO 3 (EM PU) 0,89872835 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 20,9911368 STRAFO 3 (EM MVA) 17,9745671 TRANSFORMADOR SUPORTA SCARGA (EM PU) 2,71738331 CONJUGADO DO ÂNGULO (EM GRAUS) 25,8419328 SCARGA (EM MVA) 54,3476661 RENDIMENTO DO CONJUNTO DE TRANSFORMADORES 0,99735059
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ONESTI, Álvaro. Distribuição-consumo: Subdivisão da carga em
transformadores em paralelo. Mundo Elétrico, p. 26-30, 1973
[2] Energias do Brasil. ESCELSA. Dados dos transformadores da
Subestação Guarapari. Departamento de Engenharia. Divisão de Engenharia Básica
e Tecnologia de Equipamentos.
[3] Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Resolução 505. Brasil, 26
de novembro de 2001.
[4] MARTIGNONI, Alfonso. Transformadores. 1ª Edição. Porto Alegre:
Editora Globo, 1973.