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Olá, meus amigos e amigas!

Olá, meus amigos e amigas!

Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito

bom tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos

concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de

qualidade para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso

objetivo e preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma

vaga, e estar entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os

principais concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA)

(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL

(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc),

POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos

elaborando aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para

que possamos gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas,

como engenharia agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil,

engenharia elétrica, arquitetura etc.

ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO

O curso Da TRANSPETRO compõem-se de sete aulas em pdf

totalmente explicadas contemplando vários exercícios de concursos

anteriores visando o treinamento do candidato, esse material objetiva ser a

única fonte do aluno contemplando toda a matéria solicitada no edital

Emater - Mg. Então, não precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro

material. Em caso de dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado

INTRODUÇÃO

www.agronomiaconcursos.com.br

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aos professores, no qual você pode entrar em contato, quando julgar

necessário, para esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão

claros ou precisam de um aprofundamento. O site foi feito pensando em

você, para que alcance seus sonhos, passar em um bom concurso. Para

isso precisamos de excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas

específicas, hoje temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está

lacuna.

Acompanhe nossa página no Facebook com as novidade no mundo dos

concurso.

Agronomia concursos

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APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na

Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG

(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas

Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o

Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o

mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui

professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e

forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou

professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos

para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,

olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura

de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando

projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou

responsável pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa

Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente

bancário pelo sistema COPAN.

Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização

agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 –

agronomia, Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui

reprovado em outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na

Emater-MG, onde estou até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se

o nosso ponto de encontro, nosso espaço de estudo para gabaritar todas

as provas de agronomia. Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos

que os alunos que adquirirem nossos cursos avaliem-nos no final, para que

possamos melhorar a linguagem e os temas que não ficarem tão claros.

Espero que vocês também aprovem e gostem do nosso material, e que ele

possa ajudar na sua aprovação!

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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?

ANÁLISE DO EDITAL

Vamos analisar nosso edital e montar um cronograma de aula.

PROFISSIONAL DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR

Ecologia e ecossistemas brasileiros. Noções de meteorologia e climatologia.

Noções de hidrologia. Noções de geologia e solos. Qualidade do ar, poluição

atmosférica e controle de emissões. Qualidade da água, poluição hídrica e

tecnologias de tratamento dos efluentes. Qualidade do solo e da água

subterrânea, gerenciamento de resíduos sólidos, remediação de solos e de

água subterrânea. Legislação ambiental. Economia ambiental. Política

ambiental e desenvolvimento sustentável. Avaliação de impactos

ambientais, riscos ambientais e valoração de danos. Gestão ambiental.

Planejamento ambiental, vocação e uso do solo, urbanismo. Meio ambiente

e sociedade. Gestão integrada de meio ambiente, saúde e segurança

industrial. RESÍDUOS SÓLIDOS E CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS: Qualidade do solo e da água subterrânea; Requisitos da

norma ABNT NBR 10004/2004; Gerenciamento interno de resíduos:

caracterização, inventário, coleta, acondicionamento, armazenamento,

licenciamento e métodos de aproveitamento; Gerenciamento externo:

transporte, manifesto e tratamento e disposição; Tecnologias de

tratamento e disposição final de resíduos sólidos; tecnologias de

remediação de solos e águas subterrâneas. RECURSOS HÍDRICOS E

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EFLUENTES LÍQUIDOS: Abastecimento e tratamento de água; Qualidade da

água: parâmetros de qualidade e padrões de potabilidade; Poluição hídrica:

por matéria orgânica, tóxica, por nutrientes, por óleo, por micro-

organismos patogênicos e térmica; LEGISLAÇÃO: classificação dos corpos

d’água superficiais e descarga de efluentes em corpos receptores; Gestão,

processos e tecnologias de tratamento de efluentes líquidos para descarte

e/ou reuso: processos físicos, químicos e biológicos. EMISSÕES

ATMOSFÉRICAS E MUDANÇAS DO CLIMA: Características física e química

da atmosfera; Qualidade do ar: Conceitos e padrões; Poluição atmosférica

e características dos principais poluentes atmosféricos legislados no Brasil;

Limites de emissões de poluentes atmosféricos; Tecnologias de controle e

abatimento de emissões; Aquecimento Global e mudanças do clima.

PRINCÍPIOS DE GESTÃO AMBIENTAL: Requisitos de Sistema de Gestão

Ambiental segundo a NBR ISO 14.001:2004; Avaliação de desempenho

Ambiental segundo a NBR-ISO 14.031:2004; Noções de Desenvolvimento

Sustentável; RESPONSABILIDADE SOCIAL: Definições, características,

escopo, e política da norma ABNT NBR 16001:2012. LEGISLAÇÃO

AMBIENTAL APLICADA (LEIS, DECRETOS, PORTARIAS, RESOLUÇÕES

CONAMA): Lei nº 6.398/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA),

seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providências; Art. 6º - Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA;

Decreto nº 99.274/1990; CONAMA nº 001/1986; Regulamentação para os

Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA); CONAMA nº 357/2005,

CONAMA nº 410/2009 e nº 430/2011 – Conhecer as condições e padrões

de lançamento de efluentes; Processo de licenciamento ambiental; Gestão

das Condicionantes de licenciamento ambiental; Processo de licenciamento

de atividades de exploração, perfuração e produção de óleo e gás, refino e

transporte de produtos de petróleo; Lei Federal nº 9.605/1998 e suas

alterações; Lei Federal nº 9.985/2000 e suas alterações; Lei Federal nº

9.966/2000 e suas alterações; Lei Federal nº 9.433/1997 e suas

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alterações; Lei Federal nº 12.305/2010 e suas alterações; Resolução

CONAMA nº 358/2005 – Resíduos de Saúde; Resolução CONAMA nº

381/2006. FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA: Ecossistemas: Conceitos,

estrutura, classificação, tipos de ecossistemas brasileiros; Ciclos

biogeoquímicos; Dinâmica das populações; ELEMENTOS DE CIÊNCIAS DO

AMBIENTE: Noções de Geologia; Noções de Pedologia; Química ambiental;

Noções de Hidrogeologia; Noções de Geografia/Cartografia; Noções de

Hidrologia; Noções de Limnologia; Noções de Meteorologia e Climatologia;

Meio ambiente, sociedade e noções de Sociologia e de Antropologia;

Planejamento ambiental, planejamento territorial, urbanismo, vocação e

uso do solo; PRINCÍPIOS DE ANÁLISE, AVALIAÇÃO E GERENCIAMENTO DE

RISCOS: Inspeção de segurança; Técnicas de análise de risco: APR e

HAZOP. PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS:

Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências

Ambientais com Produtos Químicos Perigosos - P2R2. Decreto Federal nº

5.098/2004 e suas alterações; Decreto Federal de 8.127/2013 – Plano

Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas

sob Jurisdição Nacional; Resolução CONAMA nº 398/2008 e suas

alterações; Resposta à contingência em acidentes com hidrocarbonetos

líquidos e gasosos; Sistema de comando de incidentes: Princípios, funções,

estrutura e recursos; Decreto nº 4.339/2002 – Biodiversidade. Elaboração

de Memoriais Descritivos para contratos de Meio Ambiente.

Assim, vamos montar nosso cronograma.

Cronograma das aulas

AULA CONTEÚDO DATA

Aula 0 NOÇÕES DE PEDOLOGIA

28/02/2018

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Aula 1 NOÇÕES DE PEDOLOGIA II

03/03/2018

Aula 2 NOÇÕES DE GEOGRAFIA|CARTOGRAFIA

09/03/2018

Aula 3

Ecossistemas: Conceitos, estrutura,

classificação, tipos de ecossistemas

brasileiros; Ciclos biogeoquímicos; Dinâmica

das populações; Decreto nº 4.339|2002 –

Biodiversidade. Economia ambiental

16/03/2018

Aula 4

RECURSOS HÍDRICOS E EFLUENTES

LÍQUIDOS: Noções de Hidrologia; Noções de

Limnologia, Abastecimento e tratamento de

água; Qualidade da água

23/03/2018

Aula 5

RESÍDUOS SÓLIDOS E CONTAMINAÇÃO DE

SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, RESOLUÇÃO

N° 357|2005, Nº 410|2009, Nº 430|2011

30/03/2018

Aula 6

NOÇÕES DE METEOROLOGIA E

CLIMATOLOGIA, EMISSÕES ATMOSFÉRICAS E

MUDANÇAS DO CLIMA

06/03/2018

Aula 7

PRINCÍPIOS DE GESTÃO AMBIENTAL,

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

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A ciência do solo possui subdivisões ou especializações, com várias

especialidades relacionadas com os estudos dos solos, a maior parte

visando soluções de problemas práticos. A ciência do solo estuda os

aspectos de formação, as funções, os componentes do solo, relacionando

com os demais componentes dos ecossistemas. Desde forma, a Ciência do

Solo desenvolveu-se através da contribuição de profissionais das mais

diversas áreas entre elas a Química, Física, Geologia, Biologia, Geografia,

Agronomia e outras.

Assim, o termo edafologia derivado do grego edaphos = terra ou

terreno é algumas vezes usado como sinônimo de pedologia aplicada ao

estudo do solo, pode ser visto como o meio onde se cultivam as plantas,

portanto, mais ligado à Agronomia. Desta forma, a Edafologia estuda o solo

do ponto de vista de sua utilização pelas plantas, ou seja, estuda a relação

solo-planta. No Brasil, a ciência do solo subdividiu-se em várias outras sub-

áreas do conhecimento denominadas: Fertilidade, Química, Física,

Microbiologia, Manejo Agrícola do Solo, etc.

A Fertilidade do Solo que está inserida na edafologia tem

preocupação com a capacidade da camada mais superficial, onde se

concentra a maior parte das raízes das plantas cultivadas, para suprimento

de nutrientes essenciais, para constatação desta necessidade de nutriente

utilizamos os "testes de análise química do solo", desenvolvidos para dar

indicações relacionadas às necessidades de correção da acidez e fertilização

do solo que serão cultivado.

A pedologia também faz parte da Ciência do Solo, o nome vem do grego

e do latim ped ou pedon (terra onde se pisa) e logos (estudo). Trata-se de um

termo erudito, criado para designar o ramo do conhecimento das Ciências

Naturais que estuda os solos, seu objeto de estudo, o qual apresenta

características próprias que o distingue dos outros elementos da paisagem,

INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO SOLO

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assim pedologia trata dos estudos relacionados com a identificação, a

formação, a classificação e o mapeamento dos solos. Desta forma, o pedólogo

interessa-se tanto pela camada superficial como também pelas demais e

procura entender a sua formação através da pedogênese. Ele considera o solo

como um objeto em si próprio, não se preocupando de imediato com

aplicações práticas, desta forma, o solo é algo dinâmico que teve sua formação

iniciada a partir de uma rocha que se desagregou mecanicamente e se

decompôs quimicamente, até formar um material solto que, com o passar do

tempo, se espessou, modificando-se e individualizando-se. Desta forma, o

conceito de solo, nome que origina-se do Latim solum significa suporte,

superfície, base. A concepção de solo depende do conhecimento adquirido a

seu respeito, de acordo com o modelo conceitual que ele representa nas

diferentes atividades humanas seja na área de engenharia civil na construção

de uma casa ou prédio, para o engenheiro de minas, analisando um detrito

que recobre as rochas e os minerais; para os agrônomos, a camada superficial

da litosfera que sustenta as plantas. O solo tem sido estudado e interpretado

de diferentes maneiras a medida que os conhecimentos do homem evoluem.

Para a Ciência do Solo o importante ir além de uma conceituação

simplista, definindo o que vem a ser um solo ou o solo. As definições são as

mais variedades, e no primeiro momento não parece surgir duvidas quando

ao conceito, mas a tarefa de defini-lo tem se mostrado árdua, baseando na

grande variedade de definições sugeridas ao longo da história da referida

ciência. Tomando por base Marcos (1982), não é possível conseguir uma

definição universalmente aceita, ou que satisfaça a todos não existindo

uma definição totalmente verdadeira ou falsa, apropriada ou não, no

entanto algumas definições são mais aceitas devido a sua apresentação em

congressos, ou por ser mais utilizadas por cientistas renomados. Assim,

podemos conceituar o solo como sendo ―Uma coleção de corpos naturais

que ocupam porções da superfície da Terra, que sustentam plantas e que

têm propriedades definidas ao efeito integrado do clima e organismos,

atuando sobre o material de origem; este efeito é condicionado pelo relevo

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durante períodos de tempo‖ (SOIL SURVEY STAFF, 1951), esta outra

definição de VIERA (1975) ―Solo é a superfície inconsolidada que recobre as

rochas e mantêm a vida animal e vegetal da Terra. É constituído de

camadas que diferem pela natureza física, química, mineralógica e

biológica, que se desenvolvem com o tempo sob a influência do clima e da

própria atividade biológica‖.

A EMBRAPA (1999), não poderia deixar de dar a sua contribuição

dizendo que solo ―É uma coleção de corpos naturais, constituído de partes

sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais

minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do manto superficial das

extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e podem ser

vegetados na natureza, onde ocorrem. Ocasionalmente podem ter sido

modificados por atividades humanas...‖.

―Assim, sendo difícil formular uma definição que seja universalmente

aceita, o problema da definição do solo permanecerá sem solução,

acrescenta United States Department (1975)‖:

“Uma vez que não se pode se distinguir com precisão, em todas as

situações, entre o que é e o que não é parte do solo, uma definição breve,

precisa e geral é, talvez, impossível.”

Na Pedologia, o solo tem sido estudado, interpretado e definido

diferentemente, ―à medida que os conhecimentos sobre a sua

complexidade evoluíram‖, por isso uma tentativa de definição hoje é muito

mais difícil que no passado. Contudo, podem ser destacadas, através da

observação das definições ou conceituações sugeridas ao longo da referida

ciência, características importantes e propriedades que contribuíram de

forma significativa para a compreensão do solo, sendo o solo assim

caracterizado:

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a) Como meio para o desenvolvimento das plantas

b) Corpos naturais organizados e sendo produto da alteração de

materiais orgânicos e minerais.

c) Com capacidade de armazenar e transformar resíduos.

Também podemos notar diversas definições de solo, ao longo

da trajetória da Pedologia. Assim, Beck et al. (2000) define o solo como

―corpo natural da superfície terrestre, constituído de materiais minerais e

orgânicos resultantes das interações dos fatores de formação (clima,

organismos vivos, material de origem e relevo) através do tempo, contendo

matéria viva e em parte modificado pela ação humana, capaz de sustentar

as plantas, de reter água, de armazenar e transformar resíduos e suportar

as edificações.‖ Através deste conceito TZAPINCO, 1994, nos diz que

podemos medir o nosso nível de responsabilidade com a natureza e com os

nossos semelhantes, cuidando e cultivando com mais responsabilidade o

nosso solo, preservando o ambiente e a fonte de nosso sustento.

Deste modo, vemos que solo e estudado e utilizado como base para

cultivo de plantas a muito tempo, tendo isso ocorrido nos primórdios da

humanidade, sendo isso comprovado por meio de escritos que datam o ano

2500 a.C. que menciona sobre a fertilidade da terra, Heródoto 2000 a.C. e

Teofrasto 3000 a.C. também deixaram registros sobre fertilidade do solo.

Entre os romanos vários escritos foram deixados sobre o tema sendo

condensado por Petrus Crescentuis, em 1240, em um livro intitulado "De

Agriculture Vulgare". No século XVIII apareceu a teoria fisiológica de

Mitscherlich dizendo que o solo era um mero reservatório passivo de

nutriente as plantas, considerando o solo como um objeto estático, só

como sustentáculo das raízes.

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No início do século XIX esse conceito foi rejeitado com o aparecimento da

teoria Húmica de A. Von Thaer que dizia serem apenas as substâncias

orgânicas responsáveis pela fertilidade do solo, esta teoria foi abandonada,

mais hoje se sabe que em parte é verdadeira. Com o surgimento da teoria

mineral de Justus Von Liebig, em 1840, foi determinado que as substâncias

minerais do solo é que fazem a alimentação das plantas através da entrada

no metabolismo vegetal. Logo em seguida Humphreey Davy apoiou a teoria

de Liebig reconhecendo a importância da rocha matriz para a fertilidade do

solo, não sabendo explicar como uma rocha poderia formar tipo de solo

diferentes. Com Carl Sprengel de 1830-1840 apareceram os conceitos de

que o solo é função da influência do clima e dos seres vivos.

Segundo Vasilí V. Dokuchaev, em 1887, após observações de solos

na Rússia nas diversas latitudes estabeleceu relação entre o clima e a

genesis e a evolução do solo, falhando no fator clima, onde deu mais

ênfase a ele em detrimentos dos demais fatores, estabelecendo a primeira

classificação de solo denominada de classificação climática, sendo essa

definição modificada por Nikolai M. Sibirtizev, discípulo de Dokuchaev, onde

propôs a classificação dos solos dividida em três zonas climáticas sendo:

solos zonais, intrazonais e azonais. Agora, são estabelecidos o estudo do

solo a partir do conhecimento do perfil. Em 1917, Wiegner definiu o solo

como um sistema disperso obedecendo as leis químicas de dispersão

considerando o solo como um corpo ativo e não mais estático. Marbut

estabeleceu em três metros a profundidade do perfil de um solo, o que

determinou contestação por ser a profundidade variável em diferentes

solos. G. Milne, em 1935, efetuando pesquisas nas colônias inglesas

mostrou existir agentes erosivos que atacaram a rocha produzindo

depósitos de materiais estabelecendo também a importância do relevo na

formação do solo.

Assim, a pedologia notabilizou-se como ciência por volta da segunda

metade do século XIX, estudando o solo como um verdadeiro e peculiar

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corpo vivo da natureza, e o pedólogo passa a ver o solo como um objeto

completo de estudos básico-aplicados, usando método cientifico de

induções e deduções sucessivas, sendo o solo uma coleção de corpos

naturais dinâmicos, que contem matéria viva, resultante da ação do clima e

da biosfera sobre a rocha, cuja transformações se realiza durante certo

tempo e é influenciada pelo tipo de relevo.

A consideração da pedogênese como sendo o desenvolvimento do solo

permitiu uma tipologia e uma cartografia de solos mais racionais do que

aquela baseada sobre uma razão experimental. Assim, o solo não é mais visto

como um material, resíduo da transformação de rochas, mas como uma

entidade natural, passando a ser considerado um corpo da natureza,

independente e variável, evoluindo ao longo do tempo sofrendo influência

dos fatores de diferenciação: as rochas, os climas, a topografia, os seres

vivos, a idade do solo. O solo é dotado de historicidade e de geograficidade

(BOULAINE, 1989, p. 5).

Conforme Boulaine (1989), no decênio 1980–1990 a ciência do solo

se depara com um duplo problema onde há a vulgarizar dos conhecimentos

adquiridos em colocar à disposição a todas as possibilidades que existem,

de melhorar consideravelmente o funcionamento dos solos e, em

consequência, a produção agrícola e o controle dos casos, ainda

numerosos, onde a fragilidade do solo como um recurso não renovável,

manifestando por meio de técnicas ancestrais que necessitam ser corrigidas

como a erosão, salinidade, fertilidade, dentre outras por meio de técnicas

modernas ainda mal dominadas.

Assim, a organização da informação sobre solos permitiu a

elaboração de sistemas classificatórios agrupando segundo suas

semelhanças, reconhecendo suas características e suas limitações e

servindo de base para o planejamento de uso da terra, surgindo aqui no

Brasil, o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999, p.

1).

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Agora, devido à grande ênfase dada ao estudo do solo para a

produção de alimentos, ela passa quase que integralmente ao âmbito das

instituições de ensino e pesquisa ligadas ao desenvolvimento agrícola.

Assim dentre os diversos conceitos de solo destacamos os seguintes:

1 - O SOLO COMO MEIO PARA O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS

O conceito vulgar, do solo ser a capa mais superficial do Globo terrestre,

tão antiga como a própria humanidade. As múltiplas guerras existentes,

desde os tempos idos, sempre visaram à suas conquistas sendo que dele

que retiramos a nossa subsistência e onde construímos nossos lares.

Assim, podemos ver os diversos conceitos de solo começando por ser um

meio para o desenvolvimento das plantas sendo este conceito o mais

antigo de solo, provavelmente desenvolvido a partir do momento em que a

humanidade passou a cultivar plantas para sua subsistência, marcados por

evidências arqueológicas indicam o início da agricultura há cerca de 7000

anos antes de Cristo na Mesopotâmia e há 6500 anos depois de Cristo no

México, com o objetivo de produção e alimento alimentos e fibras.

2 - O SOLO COMO REGOLITO

Também podemos conceituar o solo como regolito, compreendendo

como sendo a porção superior da crosta terrestre a litosfera, mais

precisamente a porção superior do regolito (Figura 1). O regolito é o

material solto, constituído de rocha alterada e solo, que ocorre acima da

rocha consolidada. A rocha alterada constitui o material de origem do solo,

surgindo daí a designação do solo conforme a rocha que lhe deu origem

como exemplo temos o solo de granito, solo de basalto, solo de arenito,

etc. O solo é visualizado como sinônimo de regolito ou rocha alterada pela

maioria dos geólogos e engenheiros civis, sendo caracterizado de acordo

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com sua adequação ou não para mineração, material de construção ou

suporte para edificações.;

3 - O SOLO COMO CORPO NATURAL ORGANIZADO

Nesta visão temos o solo como um corpo natural, organizado de tal

forma que o clima e os organismos são fatores ativos que atuam durante

determinando tempo e em certas condições de relevo sobre o material de

origem, que é o fator de resistência, sendo essas características

visualizadas no perfil de solo, que consiste numa seção vertical que se

estende da superfície até uma determinada profundidade do solo. O

reconhecimento de que o solo não é apenas o resultado da alteração das

rochas, mas sim o produto das interações entre a Litosfera, atmosfera,

hidrosfera e a biosfera, surgiu no final do século XIX, através dos estudos

do geólogo russo V.V. Dokuchaev (1846-1903), e pode ser resumido na

seguinte equação:

S = f (mo, cl, r, o, t )

Onde podemos definir o solo (S) como sendo a função das interações

entre os fatores ambientais material de origem (mo), clima (cl), relevo (r),

organismos vivos (o), atuando ao longo do tempo (t)" (fig 1 e 2).

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Fig 1: fatores de formação do solo

Dentre destes fatores ambientais naturais (mo, cl, r, o) inclui-se a

ação humana como fator antropogênico atuando na alteração, degradação

e construção do solo. Isto significa que qualquer material natural ou

artificial, depositado pela ação humana, como exemplo um aterro, que

seja capaz de suportar o desenvolvimento de plantas, também é

considerado como solo.

Fig 2. solos e os fatores de formação

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Assim, a probabilidade de combinação destes fatores ambientais (mo,

cl, r, o) implicam numa grande diversidade de tipos de solos, surgindo a

necessidade de um sistema de classificação, que possibilite sua

identificação no terreno e o mapeamento da sua distribuição geográfica.

Assim, a formação ou gênese do solo é chamada de pedogênese e os

processos de formação do solo são processos pedogenéticos.

4 - O SOLO COMO SISTEMA ABERTO

O solo sendo considerado como um sistema aberto, coloidal e frágil

nos ajuda a entender os processos que ali ocorrem, compreendendo a

continuidade dos fenômenos, da possibilidade de ganhos e perdas, tanto de

matéria como de energia, da necessidade de atuação com cautela na

adição de insumos e dos ciclos dos elementos químicos num ciclo contínuo

atmosferasolo-hidrosfera. O termo coloidal induz o pensamento da

reatividade físicoquímica dos íons ou moléculas com os coloides orgânicos e

inorgânicos do solo, gerando diferentes possibilidades de formas de

nutrientes em se misturar no solo e sua capacidade para lixiviação,

relaciona-se com sua disponibilidade e fitotoxicidade as plantas.

Assim, considerando o solo como frágil isto se relaciona com a vida

do solo, envolvendo a biociclagem de nutrientes, a síntese de compostos

orgânicos com capacidade de solubilização-quelação de nutrientes, a

fixação biológica de nitrogênio, o armazenamento de nutrientes na

biomassa, etc.

Surge assim, o geoecossistema sendo o compartimento terrestre

onde se dão as interações entre o solo, os organismos que nele vivem, o

relevo, a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera, não se esquecendo que, um

sistema consiste num todo organizado, formado por um conjunto de

componentes interdependentes que atuam integradamente, de maneira

que a alteração de um componente afeta os demais. Desta forma, os

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geoecossistemas e solos são sistemas abertos, sendo o solo um sistema

dinâmico, constantemente perturbado por forças internas e externas (fig.

4).

Fig. 4 - solo como sistema aberto

GEOLOGIA

A geologia, do grego geo, terra e logos, estudo é a ciência que estuda a crosta

terrestre, seus processos internos e externos e sua evolução através do

estudo das rochas, seu mecanismo de formação, as alterações que está

experimentando desde sua origem.É objeto da Geologia são o estudo dos

agentes de formação e transformação das rochas, seja químico, físico e

biológico da composição e disposição das rochas na crosta terrestre. Sobre a

crosta terrestre, visualizando a terra do espaço e um globo azulado e branco

de aspectos variados, dependendo de sua cobertura de nuvens. A importância

de seu conhecimento reside ao interno da Terra possibilitando conhecer

melhor a origem das rochas. Sendo a Terra a um esferoide achatado nos polos

e dilatado no equador devido ao movimento de rotação, possuem

aproximadamente 6400 km de raio.

A maior parte dos conhecimentos que se tem sobre o interior da Terra

vem da utilização dos meios indiretos (Figura 5), assim, dos 6300 km que

separam a superfície terrestre do seu núcleo, conseguiu-se perfurar pouco

mais que 0,1%, ou seja cerca de 7 km, desta forma as rochas mais profundas

que conhecemos provem de erupções vulcânicas, sem que, no entanto, se

possa afirmar sua exata profundidade. Os bolsões magmáticos donde se

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originam as lavas não se encontram a profundidades superiores a 30 km.

Tendo em vista que o estudo do interior da Terra é complexo, devido ao

aumento da temperatura e da pressão com a profundidade, os dados que

permitem conhecer o interior da Terra podem ser obtidos de forma direta,

através de métodos diretos, ou de forma indireta, através de métodos

indiretos.

Sobre os estudos, realizados através de método diretos, embora

importantes, fornecem-nos informações que abrangem apenas uma zona

superficial do interior da Terra de uma forma direta, sendo esses métodos os

afloramentos rochosos que existem no interior da Terra surgindo também à

superfície. Os furos E sondagens, sendo um recurso dispendioso que pode

chegar a nos dar informações até aos 12km de profundidade a atingindo

vários quilômetros de profundidade, permitem obter dados de zonas mais

profundas da crosta terrestre, os materiais expelidos pelos vulcões apesar de

ocorrer alterações no magma na sua ascensão, ainda é possível tirar

conclusões sobre a composição químico-mineralógica dos materiais que

constituem o interior da Terra, pode conhecer o interior da Terra até

aproximadamente os 200km.

Embora o magma, material que lhe dá origem, existente na astenosfera

não corresponda exatamente ao que se observa nos materiais vulcânicos, os

vulcanólogos podem aferir o que se passa no interior. Por vezes, o material ao

ascender na chaminé vulcânica arrasta consigo porções de rocha arrancadas

na sua passagem que resistiram à fusão, são os xenólitos que nos dão

informações preciosas dos materiais existentes no interior e por ultimo as

grutas e minas fornecendo dados até aos 4km de profundidade. Em

Driefontein, na África do Sul temos uma mina de ouro com 3300 metros de

profundidade

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Fig. 5: métodos diretos

Agora veremos os métodos indiretos de estudo que se afere o que

se passa no interior da Terra. Confinados à observação direta até aos

12km de profundidade, o restante do interior é conhecido através da

Geofísica (ondas sísmicas, gravimetria, geotermia, geomagnetismo) e da

Astronomia (fig. 6).

Fig. 6 – métodos indiretos

Astronomia - partindo-se do princípio que o sistema solar se formou todo ao

mesmo tempo e que teve a sua origem na nébula, é de esperar que todos os

astros do sistema têm composição semelhante. Quando um meteorito embate

na superfície terrestre é analisado a sua composição. Se o material que

constitui o meteorito difere muito da composição da superfície, deduz-se que

o material presente no meteorito vem de uma parte mais interna de um astro

que se fragmentou. Desta forma podemos aferir a composição do interior da

Terra pela observação de meteoritos. Com o avanço da astronomia, novas

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tecnologias estão a dispor do homem. Através dos satélites, sabemos

exatamente a forma da Terra, podemos calcular o perímetro, o volume,

etc. Ondas Sísmicas - A propagação das ondas sísmicas e a sua velocidade

refletem diferentes estados físicos e composição diferente no interior da

Terra. Através da sismologia, determinamos profundidades a que se

encontram as camadas, e o estado físico dos materiais que elas

atravessam.

Gravimetria - Qualquer corpo na superfície terrestre é atraído pela força e

atração do interior da Terra. Como a superfície da Terra é irregular a força

gravítica é variável de local para local. Existem anomalias gravimétricas que

nos indicam materiais mais ou menos densos no interior da crosta.

Densidade - A densidade é uma medida que se calcula a partir da relação

massa e do volume. A massa volúmica da Terra é aproximadamente

5,5g/cm3. As rochas da superfície são menos densas, apresentam uma

massa volúmica cerca de 2,8g/cm3. Ora este facto permite-nos aferir que

as rochas do interior da Terra serão muito mais densas no interior.

Geomagnetismo (Paleomagnetismo) - A Terra apresenta um campo

magnético que é da responsabilidade do núcleo (ferro e níquel). As lavas

basálticas que são ricas em ferro (magnetite) quando consolidam os seus

minerais magnéticos cristalizam com a orientação do campo magnético da

Terra na altura da sua formação. Com o estudo do paleomagnetismo têm-

se verificado que o campo magnético da Terra se tem alterado.

Atualmente o campo magnético da Terra está próximo do Polo Norte

Geográfico a que se chama polaridade normal, mas, no passado, já

esteve próximo do polo sul geográfico - polaridade inversa.

Geotermia - Através e métodos diretos conclui-se que há medida que

caminhamos para o interior da Terra de 33 a 34 metros a temperatura

aumenta 1ºC (GRAU GEOTÉRMICO) o que implica que existe um

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GRADIENTE GEOTÉRMICO, ou seja, uma variação de temperatura com a

profundidade.

NATUREZA E PROPRIEDADES DO NÚCLEO

Como sabemos o planeta Terra é subdividido em três principais

camadas a crosta terrestre, o manto e o núcleo (fig. 7). Vamos

compreender cada estrutura desta.

Fig. 7 - Estrutura interna da Terra

O NÚCLEO

O núcleo da Terra e formado por materiais submetidos a elevadas

pressões até pouco tempo, os cientistas acreditavam que a temperatura do

centro da Terra era de 5.000ºC, mas, em 2013, descobriu-se que essa

temperatura é, na verdade, de 6.000ºC, mil a mais do que o estimado. A

análise das ondas sísmicas permite reconhecer no núcleo duas partes com

propriedades distintas sendo a primeira o núcleo interno de composição sólida,

e com raio de cerca de 1.250 km o fato de o núcleo ser sólido deve-se ao fato

de a pressão ser extremamente elevada, algo em torno de três milhões de

vezes maior do que a pressão atmosférica no nível do mar. Alguns

argumentam que o núcleo interno pode estar na forma de um único cristal de

ferro. Já o núcleo líquido deve ser composto de ferro líquido e níquel líquido (a

combinação é chamada NIFE), com traços de outros elementos.

Estima-se que realmente seja líquido, pois não tem capacidade de

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transmitir certas ondas sísmicas e que são captadas por um aparelho chamado

de sismógrafo, o mesmo que mede a intensidade dos terremotos.

A convecção desse núcleo líquido, associada a agitação causada pelo

movimento de rotação da Terra, seria responsável por fazer aparecer o

campo magnético terrestre, através de um processo conhecido como teoria

do dínamo. Evidências recentes sugerem que o núcleo interno da Terra

pode girar mais rápido do que o restante do planeta, a cerca de 2 graus

por ano. Tanto entre a crosta e o manto como entre o manto e o núcleo

existem zonas intermediárias de separação, as chamadas descontinuidades

conhecidas respectivamente de Mohorovicic e a de Gutenberg (fig 8).

Fig 8 – Camadas da terra e suas descontinuidade

Vamos exercitar!!

1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 201

Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades

no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de

propagação das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade

denominada Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada

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de Moho. Essa descontinuidade está localizada entre o (a)

A. núcleo interno e o núcleo externo.

I. núcleo externo e o manto inferior.

II. manto inferior e o manto transicional.

III. crosta e o manto superior.

IV. crosta oceânica e a crosta terrestre.

SOLUÇÃO

V.

Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre a

crosta e o manto

Manto ou envoltório intermediário

O manto envolve o núcleo sob a forma de camadas de densidade

cada vez menores em direção a superfície. Situado entre o núcleo e a

crosta terrestre, inicia-se em média, a 35 km de profundidade e estende-se

até 2.900 km. A estrutura do manto tem sido igualmente estudada através

da interpretação das ondas derivadas dos abalos sísmicos. O manto

compreende duas partes cujo limite de separação encontra-se a 1000 km

de profundidade. Com o aumento da pressão, o manto superior apresenta

grandes mudanças na composição e na natureza mineralógica. O Manto

inferior, por outro lado, torna-se gradualmente mais denso com a

profundidade. O manto superior tem influência direta e importante sobre a

dinâmica da crosta terrestre. Supostamente nele estão localizadas as

células de correntes de convecção, que fazem com que materiais quentes

das grandes profundidades subam em direção a superfície, espalhando-se

lateralmente e retornando, posteriormente, as profundidades do manto.

No manto superior, entre as profundidades de 50 e 250 km, situa-se

uma região muito quente, onde as rochas se encontram próximas do ponto

de Fusão. Esta região e fraca do ponto de vista mecânico, e constitui a

RESPOSTA D

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fonte dos magmas (rochas fundidas moveis) que penetram na crosta

terrestre, nas intrusões, ou extravasam na superfície terrestre através dos

vulcões. O manto superior e formado de rochas densas de coloração

escura.

A CROSTA

A crosta terrestre e uma camada relativamente fina, com 20 a 30 km

de espessura, em média. Existem dois tipos fundamentais de crosta:

continental e oceânica. Trinta por cento (30%) da crosta terrestre e

formada por terras emersas. A parte emersa e constituída principalmente

pela crosta continental, enquanto que, nos 70% restantes, predomina a

crosta oceânica. A crosta continental e mais espessa do que a oceânica.

Sua espessura, em média, e de 35 a 40 km, podendo, entretanto, atingir

de 60 a 70 km debaixo das grandes cadeias de montanhas. A crosta

oceânica possui espessura média de 6 km. Esta, em comparação com a

continental, e bem mais simples, apresentando composição mais uniforme

e estrutura disposta em camadas, enquanto que a composição química -

mineralógica da crosta continental e muito variada e de estrutura

complexa.

A camada superior, menos densa, constitui a camada granítico

metamórfica, com abundância de sílica e alumina, donde sua denominação

de crosta siálica ou, simplesmente, referida pela sigla SIAL caracteriza os

continentes. E formada por 92% de rochas ígneas e metamórficas e 8% de

rochas sedimentares. Na região central existe uma zona de fusão. A parte

inferior da crosta terrestre e formada por rochas mais densas ricas em

silício e magnésio, sendo conhecida pela sigla SIMA representando os

fundos oceânicos. A composição exata da camada inferior da crosta e

desconhecida. Supõem-se ser composta de anfibolito, gabro e eclogito (fig

9).

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Fig. 9 - divisões da camada da terra (sial e sima)

Fig. 10- composição da estrutura da terra

Desta forma, a crosta terrestre e composta de várias partes ou placas

que sobrenadam o manto, Nessa movimentação, existem zonas onde as

placas estão se afastando umas das outras e que são preenchidas por novo

material proveniente do interior do manto. Em determinadas zonas, as

placas colidem produzindo deformações, resultando formação de fossas

tectônicas, dobramento de espessas camadas de sedimentos, falhamentos,

formação de cordilheiras etc. São os denominados movimentos tectônicos.

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MINEROLOGIA E A PETROLOGIA

Como víamos acima a terra tem a forma arredondada e é formada de

camadas, a mais externa, chamada litosfera, é a mais importante, porque é

a sede da maior parte dos fenômenos que interessam ao homem. Ela tem

60100 km de espessura e é constituída de 3 tipos de rochas as

magmáticas, sedimentares e metamórficas.

A quase totalidade destas rochas são constituídas de espécies

minerais. Como exemplo os granitos que são rochas magmáticas formados

por quartzo, argilas, Magnesita, zirconita, etc. O mármore que são rochas

metamórficas são formados por calcita, dolomita, etc. Desta forma, a

litosfera é formada quase inteiramente de espécies minerais. Agora,

veremos a importância da mineralogia podendo conceituá-la como sendo

uma ciência que estuda as espécies minerais sendo de suma importância

para o estudo da Petrologia, geologia e solos.

Os MINERAIS são as unidades constituintes das rochas e são

definidos como sendo sólidos homogêneos, naturais, que apresentam

arranjo atômico ordenado e com composição química definida. Assim, cada

espécie mineral se caracteriza por apresentar quantidades definidas e

proporcionais de determinados elementos químicos. Estes elementos, por

sua vez, se arranjam no espaço de uma maneira organizada e regular, que

se constitui no chamado arranjo cristalino.

O arranjo atômico ordenado e a composição química definida

conferem a um mineral a sua homogeneidade, ou seja, física e

quimicamente ele se constitui em uma única fase, possuindo um conjunto

diagnóstico de propriedades. Assim, a forma, a clivagem e a absorção

seletiva da luz, entre outras, são propriedades físicas dos minerais e

refletem a sua estrutura interna regular, enquanto a dissolução em ácidos

reflete a composição química dos minerais.

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As espécies minerais são substâncias naturais provenientes de

processos inorgânicos definidos e apresentando composição da qual

participa um ou mais elementos químicos. As rochas se constituem de um

ou da reunião de dois ou mais minerais apresentando arranjo atômico

ordenado e composição química definida (fig. 11). O número de minerais

conhecidos é muito grande, contudo, poucas são as espécies presentes na

maioria das rochas, particularmente nas rochas ígneas. Os minerais de

rochas e aqueles constituindo o material de formação de solos podem ser

divididos em dois grupos: primários e secundários. Não obstante, é

necessário dar ênfase ao número relativamente pequeno de minerais

primários constituintes das rochas ígneas, através dos quais se originam

grupos numerosos de minerais secundários.

Assim, podemos definir os Mineral primário como sendo o mineral

presente nas rochas magmáticas ou metamórficas, que permanece no perfil do

solo bem desenvolvido por ser resistente ao intemperismo. Estes minerais

são, portanto, formados a altas temperaturas e/ou pressão. O Mineral

secundário é o Mineral resultante da decomposição parcial de um outro

mineral, tendo estrutura essencialmente herdada ou formado a partir da

solubilização de outros minerais.

Os minerais secundários podem ser formados a partir da solubilização

dos minerais primários, durante o processo do intemperismo destes, as

mais baixas temperaturas. Entre os minerais primários deve ser ressaltada

a importância dos silicatos, por constituírem o maior número das espécies

presentes em rochas ígneas e na maioria dos solos.

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Fig 11: uma rocha e sua composição

Vamos exercitar!!!

2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE - 201

Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação

dos solos.

A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de

minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários

maior que a dos primários.

o Errado

o certo

SOLUÇÃO

Esta parte deve ser estudada e revisada, nada

deve ser negligenciada pelo concursando,

observe uma questão cobrada pela CESPE UNB,

no edital da FUB aplicada em 2016. O estudo

dos minerais e intemperismo deve ser

profundo, caso contrário corre se o risco de

perder uma questão na hora da prova.

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Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar

nem uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito

acima os minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se

transformam mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais

que sofrem intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os

minerais secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão

origem a solutos que podem ser precipitados no local ou distante da área

fonte. Já os minerais primários que sofrem mais a ação do intemperismo

físico e resistem ao intemperismo químico, dão origem a partículas de

vários tamanhos conhecidos como resistatos. Assim a reação de hidratação

que é a adição de moléculas de água na rocha ou no mineral através da

atração entre os dipolos das moléculas de água e as cargas elétricas não

neutralizadas das superfícies transforma em um novo mineral. Assim, o

nome correto do processo e hidratação e não hidrolise.

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS

Densidade (d): É o número que expressa a razão entre o peso do mineral e o

peso de um mesmo volume de água, indicando quantas vezes um certo

volume do mineral é mais pesado que o mesmo volume de água. A densidade

depende principalmente da composição química do mineral em questão.

Dureza (D): é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao

risco feito com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o

sulco do risco poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior

a ponta aguda, o sulco será fino e pouco profundo.

Essa Propriedade está diretamente ligada à estrutura do cristal,

aumentando com a densidade de empacotamento dos íons como exemplo

temos o diamante, ou aumenta com a diminuição do tamanho dos íons –

RESPOSTA ERRADO

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calcita (3) e magnesita (4,5). A dureza é uma propriedade física muito útil

na identificação de minerais. A determinação da dureza é feita

qualitativamente utilizando instrumentos simples como um canivete ou um

prego, ou usando-se a Escala de Mohs, sendo essa uma coleção de dez

minerais de referência, comuns, constituindo em uma escala numérica

arbitrária para a comparação da dureza relativa entre os minerais (fig.

12).

Fig 12: Escala de Mohs

A lâmina de aço de um canivete e o vidro riscam minerais com dureza

até 5, inclusive. A unha risca minerais de dureza ≤ 2.

Vamos exercitar!

3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010

De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?

(A) Gipsita

(B) Talco

(C) Fluorita

(D) Calcita

(E) Ortoclásio

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SOLUÇÃO

Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem

crescente

Talco D – 1

Gipsita D – 2

Calcita D – 3

Fluorita D – 4

Ortoclásio D – 6

HÁBITO: O formato com que o mineral é encontrado pode ser útil na sua

identificação e algumas vezes até diagnóstico. Está relacionado ao sistema

de cristalização ou ausência de cristalização em materiais amorfos é a

configuração externa do mineral (forma) ou do conjunto de indivíduos da

mesma espécie mineral (agregado). Alguns minerais apresentam formas e

agregados muito característicos tais como as micas (lâminas), a pirita

(cubos), os asbestos (forma capilar, agregado fibroso), etc.

Para que um mineral desenvolva faces, são necessárias algumas

condições, como por exemplo, tempo e espaço para crescer. Isso explica

porque os minerais nas rochas normalmente apresentem formas

irregulares e raras faces planas.

Clivagem: Quando um mineral se rompe ao longo de planos de fraqueza

quando aplicada uma força adequada. Pode ocorrer segundo uma ou várias

direções e gerar superfícies de qualidade variável (mais, ou menos lisas).

Destacam-se a clivagem excelente em uma direção da muscovita (mica

branca), a clivagem perfeita em três direções não ortogonais da calcita, a

clivagem boa em duas direções e má em uma direção dos feldspatos.

RESPOSTA E

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Denomina-se fratura é a maneira de como o mineral se quebra quando

não apresenta planos de clivagem. Vidros e substâncias amorfas apresentam

fraturas. Alguns minerais têm fraturas muito características, como é o caso da

fratura conchoidal do quartzo. Assim, podemos dividir fratura em:

Fratura irregular: muitos minerais apresentam, não sendo uma

propriedade diagnóstica. Ex. turmalina.

Fratura conchoidal: consiste em superfícies lisas e côncavas, semelhantes

ao interior de uma concha. Ex. quartzo, opala, calcedônia, obsidiana.

Fratura denteada ou serrilhada: metais nativos (ouro, prata, cobre).

Faces de clivagem são diferenciadas de faces de crescimento por se

repetirem várias vezes no espécime mineral, e por se apresentarem em

geral mais lisas e brilhantes.

Cor e Brilho: Estas duas propriedades estão relacionadas à absorção e/ou

reflexão da luz pelos minerais. A cor resulta da absorção seletiva de

comprimentos de onda da luz branca pelos minerais. Normalmente a cor é

variável para uma mesma espécie mineral. A cor variável, em alguns

casos, dá origem a variedades do mineral, tais como as variedades azul

(azurita) e amarelo (pirita) do crocoida (vermelha) (fig. 13 )

Fig 13 –cor dos minerais

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O brilho está relacionado com a quantidade de luz que o mineral

reflete. O brilho é determinado de forma descritiva, caracterizando-se dois

grupos principais: os minerais que apresentam brilho metálico, e aqueles

que não o apresentam brilho, considerados como não metálico, sendo que

neste segundo grupo, que engloba a maior parte dos minerais, o brilho é

descrito por analogia a substâncias comuns: vítreo (do vidro), adamantino

(do diamante), resinoso, sedoso, gorduroso ou graxo, nacarado (da

pérola), ceroso, terroso, etc. Agora podemos identificar também a cor do

traço, sendo a cor do pó do mineral quando riscado numa placa de

porcelana (fig. 14).

Fig 14 –mineral sendo riscado em pedaço de porcelana

Desta forma, é muito característico em algumas espécies minerais,

por exemplo os óxidos hematita (avermelhado), goethita (amarelado) e

magnetita (preto). O traço é determinado utilizando-se a parte fosca de

uma placa de porcelana branca, sobre a qual fricciona-se o mineral e

observa-se a cor do pó que representa o traço na porcelena. É importante

observar que a porcelana tem dureza 6, assim, não se determina os traços

de minerais com dureza acima de 6.3

Vamos exercitar!!

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TÉCNICO(A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR / GEOLOGIA - 2010

As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e

das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos

minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica

indicada na 2a coluna.

I – cor

II – clivagem

III - Fratura

IV - Dureza

V - Densidade

P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral

Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante

R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão

S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um

mineral Estão corretas as associações

(A) I – P , II – R , III – Q , IV – S.

(B) I – P , II – Q , III – S , IV – R.

(C) I – Q , II – S , IV – R , V – P.

(D) II – S , III – Q , IV – R , V – P.

(E) II – R , III – P , IV – S , V – Q.

SOLUÇÃO

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Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua

correlação:

Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou reflexão da luz

pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que produzem cor são

produtos da interação de ondas luminosas com elétrons. ( Q - Relacionada

à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência de carga e aos

efeitos da radiação ionizante ).

Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir

segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza

entre átomos em um mineral).

Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.

Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco

feito com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à

abrasão). Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de

um mesmo volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é

característica para cada mineral, e depende basicamente de dois fatores:

os elementos químicos que constituem o mineral e a maneira como estes

elementos estão arranjados dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais

diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral).

Nossa resposta e a letra:

RELAÇÃO DA ESTRUTURA MINERAL COM O INTEMPERISMO E

ÍNDICE DE INTEMPERISMO

Temos conhecimento que a susceptibilidade de um mineral ao intemperismo,

em igualdade de condições físicas, é em função de sua estrutura atômica.

Assim, os minerais do solo podem ser agrupados em ordem de estabilidade ou

RESPOSTA C

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de susceptibilidade à intemperização. Dessa maneira, é proposto um modelo

para determinar o grau de intemperização de um solo, para prever a reserva

natural de nutrientes dos solos, para obter informações generalizadas a

respeito das propriedades do solo (tais como, propriedades físicas e químicas,

em função do tipo de argilo-minerais), para avaliar os efeitos das diversas

condições ambientais na formação do solo e prever o efeito e contribuição dos

minerais presentes no material inicial do solo.

Como há uma grande diferença na superfície específica e consequente

reatividade dos minerais separa-se as partículas minerais do solo em duas

classes de tamanho:

a) areia-silte e

b) argila.

A sequência de estabilidade para fração argila será tratada no assunto

referente à argila. Goldich (1938) ordenou vários minerais em ordem

decrescente de suas velocidades de intemperização, (figura 2.3). Esse arranjo

de estabilidade de Goldich indica que os minerais das rochas ígneas formadas

por último, são mais estáveis nas temperaturas ordinárias do que os

minerais formados em estágio precoce de cristalização. A sequência de

GOLDICH é a mesma encontrada nas séries de reações de BOWEN.

Na série descontínua ou ferro magnesiana (Figura 2.3.), que vai

desde a olivina até as micas biotita e muscovita, verifica-se um aumento de

ligação dos tetraedros de silício dos minerais, com um consequente

aumento da estabilidade (de cima para baixo). Assim, temos o grupo da

olivina (Mg,Fe)2SiO4, menos estável, por ser formado de tetraedros isolados

(nesossilicatos). No quartzo (SiO2), todos os átomos de oxigênios são

compartilhados com mais de um silício, formando uma ligação tetraédrica

complexa (tectossilicatos), sendo, portanto o mineral mais estável.

Verificase também uma diminuição no conteúdo de bases facilmente

hidrolisáveis do topo à base.

Na série contínua ou dos plagioclásios (Fig. 15) que vai desde os

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plagioclásios cálcicos até os plagioclásios sódicos e potássicos, a diminuição

da estabilidade dos minerais se deve a um decréscimo no número de

tetraedros de alumina, do topo à base. Por isso, o ortoclásio ou feldspato-K

(KAlSi3O8) é mais estável que o plagioclásio (CaAl2Si2O8).

Fig. 15 – sequência de intemperização dos minerais, serie de Bowen.

Outros fatores, além do grau de união e o número de tetraedros de

alumina, que parecem afetar a estabilidade dos minerais são os seguintes:

1º - A presença de ferro ferroso ou outros cátions que podem se oxidar

durante o intemperismo, reduz muito a estabilidade estrutural, pois ao

oxidarse, algum cátion deve abandonar a estrutura para manter a

neutralidade eletrostática do arranjo cristalino. Na realidade, a presença de

Fe2+

nos minerais é um dos fatores mais importantes que contribuem para

a sua instabilidade frente ao intemperismo

2º - Quanto mais intimamente estão agrupados os oxigênios ao redor do

cátion, em posições que não sejam as tetraedrais, isto é, quanto menor for

o volume ocupado pelos íons, mais estável é o mineral.

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O contraste de resistência entre a olivina e a zirconita é um exemplo

mais surpreendente do efeito de compacto da agrupação. Assim, a olivina,

um dos minerais menos resistentes, tem uma cela unitária com um volume

de 291 Å, ao passo que a zirconita, um dos minerais mais resistentes, tem

uma cela unitária que contém o mesmo número de oxigênio que a olivina,

mas ocupa um volume de somente 231 Å.

3º - O fato de que há espaços vazios em certas partes da estrutura está

intimamente relacionado com o compacto de agrupação. Os espaços vazios

não somente reduzem as forças eletrostáticas que mantêm a estrutura

unida, como também servem de ponto de entrada e saída ao interior de

uma partícula de cristal, portanto, servem para acelerar as reações. De

acordo com HURT (1971), a alterabilidade dos minerais pode sintetizar-se

nos seguintes grupos:

a) ultraestáveis: rutilo, zirconita, turmalina;

b) estáveis: leucoxeno, muscovita, clorita, hematita (não estável em

condições de redução);

c) semiestáveis: apatita, monazita, estaurolita, silimanita, cianita, grupo de

epidoto;

d) não estáveis: biotita, magnetita, (instável em baixas condições

oxidantes), ilmenita, hornblenda, augita, olivina. Barshad (1959) utiliza

minerais específicos na avaliação do grau intempérico de um solo em

relação com sua gênese.

Os minerais também são classificados em essenciais e acessórios. Os

essenciais, dispostos na Série de Bowen (Figura 15), são aqueles cuja

presença e teor são importantes para a classificação das rochas. Os

acessórios são aqueles que, ocasionalmente, podem estar presentes nas

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rochas. Os minerais primários presentes nos solos são habitualmente

estudados pela Série de Bowen.

CONSTITUIÇÃO MINERALÓGICA DA LITOSFERA

A análise química das principais rochas existentes na litosfera e

o cálculo aproximado das proporções em que elas ocorrem, permitem

o conhecimento da sua composição química média (tabela 1).

Assim, estes oito elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Na, k e Mg) combinamse

entre si, formando os minerais das rochas mais comuns, e o mais importante

deles e a do silício com o oxigênio dando origem ao grupo dos silicatos. O

mais abundante deles e o feldspato, formando 60% dos minerais da crosta.

Quando a combinação e feita com Al e K, tem o nome de ortoclasio mineral

característico dos granitos. Quando Na, Ca e Al se combinam com o radical

SiO2, o mineral e denominado plagioclásio, ocorrendo principalmente nos

basaltos. Não havendo elemento algum se combinar com SiO2, este e

cristalizado com o quartzo, mineral mais frequente nas rochas

sedimentares, ocorrendo na proporção de 12% na crosta terrestre.

Juntamente com o ortoclasio mais uma pequena porcentagem de mica, o

quartzo forma as rochas graníticas, as mais abundantes do SIAL. Os

minerais citados ricos em silício e alumínio são denominados sálicos.

Se a combinação der com o magnésio e ferro, as vezes acompanhado

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de cálcio, tais silicatos recebem a designação de máficos, ocorrendo mais

comumente nas rochas basálticas, associados aos plagioclasios. Constitui o

grupo dos anfibólios e piroxênios, formando 16% dos minerais. A

variedade preta de mica, a biotita, enquadra-se entre as maficos por sua

riqueza em Fe e Mg, responsaveis pela coloração; a mica clara, chamada

moscovita (silicato de alumínio e potássio), e um mineral sálico

Vamos exercitar!!

4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 201

A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:

(A) silicatos e carbonatos.

(B) sulfatos e elementos.

(C) elementos e óxidos.

(D) sulfatos e carbonatos.

(E) sulfetos e óxidos.

SOLUÇÃO

Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,

formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação mais

importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos silicatos.

Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos minerais da

crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande importância

no contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos

dos silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais mais importantes

encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio. Os principais

minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos como material

de origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos, Rochas comuns,

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extremamente abundantes e disseminadas, como granitos, diabásios,

basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são quase inteiramente

constituídos de silicatos.

COMPOSIÇÃO DA ROCHA

A rocha pode ser definida simplesmente como um agregado de um ou

mais minerais. O termo agregado significa que os minerais se apresentam

misturados mas mantendo as suas propriedades individuais.

As rochas podem ser identificadas pelo tipo de mineral que as integra:

Mineral essencial: o mineral caracteriza um tipo de rocha, como por

exemplo, o granito que é constituído pelo quartzo, micas e

feldspatos;

Minerais acessórios: revelam condições especiais de cristalização;

Minerais secundários: aparecem na rocha depois de sua formação, ou

seja, são formados da alteração de outros minerais

Assim, existem dois grupos de minerais que possuem grande importância no

contexto agronômico como constituintes de rochas e de solos: grupos dos

silicatos, grupo dos óxidos e hidróxidos.Desta forma, os minerais divide-se em

dois grandes grupos sendo os minerais silicatados e os não-silicatados. Os

minerais silicatados, representado pelo elemento silício, está presente em

93% dos minerais que constituem as rochas. Os minerais não silicatados

não têm o silício como seu constituinte, representando aproximadamente,

7% dos minerais da crosta terrestre, uma presença bastante reduzida,

RESPOSTA C

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sendo pouca a sua relevância no grupo dos silicatos na constituição das

rochas

ESTRUTURA DOS SILICATOS

Veremos agora, alguns minerais de importância no estudo dos solos, tanto

sob o ponto de vista da gênese quanto do seu emprego como fertilizantes e

corretivos; os quais denominaremos o grupo dos silicatos e

aluminossilicatos de Fe, MG, Ca, Na e K, que pela ação do intemperismo

dão origem aos solos, tornando-se assim elementos importantes ao nosso

estudo. Na realidade, todos os cátions que aparecem na Tabela 1, e muitos

outros cátions presentes em quantidades menores na crosta terrestre,

existem também em algumas espécies de silicatos. Os cátions que se

encontram em um determinado silicato dependem em grande parte da

estrutura atômica do mineral. Similarmente, a susceptibilidade do mineral à

intemperização serão também em função da estrutura atômica. Desta

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forma a base de sustentação dos silicatos é o tetraedro de silício – (SiO4)-4

(fig. 16).

Fig. 16 - Um tetraedro isolado

A estrutura real que se forma dependerá da maneira como estas

unidades estão ligadas entre si. Os tetraedros de SiO4 podem existir como

unidades independentes estão unidos por cátions, ou os quatro oxigênios

podem estar ligados com outros íons silício para formar cadeias, anéis ou

estruturas reticulares. Assim, podemos dividir os silicatos conforme a fig.

17

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Fig. 17 – divisão dos silicatos

NESOSSILICATOS:

Os Nesossilicatos são silicatos formados por simples tetraedros de sílica,

que estão isolados em um empacotamento denso, dependente do tamanho

do(s) cátion(s) intersticiais. A relação de Si:O é de 1:4 e por conta deste

empacotamento denso, os minerais desta classe geralmente obtêm alta dureza

e densidade. Os principais grupos que constituem os nesossilicatos são: Grupo

da Fenaquita, Olivina é o mais comum destes minerais tendo por fórmula (Mg,

Fe)2 SiO4, da Granada, Zircão, Aluminossilicatos e da Humita. (Klein & Dutrow,

2008 Manual of Mineral Science).

SOROSSILICATOS

Esta classe caracteriza-se pelos grupos tetraédricos duplos, isolados,

onde dois tetraedros SiO4 são unidos por um dos oxigênio comum a dois

tetraedros. A razão entre silício e oxigênio resultante é de 2:7. São

conhecidos mais de 70 minerais deste grupo, raros na maioria. Há dois

grupos principais dos sorossilicatos, o grupo do epidoto e da vesuvianita.

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CICLOSSILICATOS

Nos ciclossilicatos os tetraedros de sílica estão agrupados em forma

de anéis, com uma proporção de silício e oxigênio de 1:3. Os principais

minerais desta classe são berilo, turmalina e cordierita.

INOSSILICATOS

Nos Inossilicatos, os tetraedros de sílica estão agrupados em cadeias,

que podem estar isoladas, com uma relação de Si:O de 1:3, ou unidas lado

a lado com uma relação de Si:O de 4:11. Dois importantes grupos

formadores de rochas dos inossilicatos são os piroxênios de cadeia simples

e as anfíbolas de cadeias duplas. As propriedades físicas, como cor brilho e

dureza, são semelhantes entre esses dois grupos, assim como os cátions

presentes são os mesmos. Além das diferenças estruturais, nas anfíbolas

há a presença de hidroxila em sua estrutura, o que caracteriza esse mineral

com uma densidade e índices de refração menores em relação com os

piroxênios. (Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science).

FILOSSILICATO

Os filossilicatos tem como principal características a clivagem bem

evidente, hábito em placa ou lamelar, baixa dureza e densidade, e podem

apresentar flexibilidade ou elasticidade nas lamelas clivadas. A estruturação

dos tetraedros de sílica é muito parecida com folhas, que compartilham três

dos quatro átomos de oxigênio (O) com tetraedros vizinhos, por isso o nome

filossilicato, significando silicatos ―em folha‖. A relação de sílicio:oxigênio (

Si:O) sendo de 2:5, com a incorporação de hidroxilas no retículo cristalino. Os

principais grupos desta classe mineral são: As micas, os Argilominerais, grupo

da Serpentina e da Clorita. (Klein & Dutrow, 2008 Manual of Mineral Science)

TECTOSSILICATOS

Os Tectossilicatos correspondem as espécies minerais mais abundantes

na litosfera da qual constituem cerca de 75%, ocorrendo praticamente todas

as rochas e em todos os solos. Os tetraedros de sílica estão agrupados de

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modo a compartilhar todos os quatro oxigênio (O), com tetraedros vizinhos,

com uma relação sílicio:oxigênio (Si:O) de 1:2, formando assim, silicatos em

rede. Os minerais desse grupo são classificados de acordo com a intensidade

de substituição de Si por Al e de acordo com o cátion existente para o

equilíbrio do excesso de carga negativa. Assim são quatro os principais

grupos dos tectossilicatos:, quartzo (SiO2), os Feldspatos, fedspatóides e

zeólitas.

Quartzo

O quartzo (SiO2), é a variedade cristalina da sílica, cristalizando-se

em várias formas polimórficas ou seja, a mesma substância química que

existe sob duas ou mais formas fisicamente distintas. O quartzo é um dos

minerais mais abundantes da crosta terrestre, sendo constituinte principal

de muitas rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares. Sua

importância agrícola não se deve a sua qualidade como fornecedor de

nutriente as plantas e sim como constituinte dos solos, resistindo ao

intemperismo ou alterações nas condições normais dos solos, sendo

encontrado principalmente nas frações mais grosseiras dos solos. Seus

cristais individualmente são prismáticos, sua dureza é elevada e sua

densidade é de 2,65.

Feldspatos

O feldspato originado do alemão feld = campo + spath = pedra

referindo-se a um grupo de minerais de aluminossilicato do tipo AB4O8 (

A=Ca, Na, K e B=Al, Si), com uma relação de sílicio:oxigênio (Si:Al),

variando de 3: 1 a 1 : 1, Os feldspatos apresentam uma boa clivagem e as

suas cores são geralmente é constante, servindo como um bom critério

para indicação do tipo de mineral existente. Quimicamente os feldspatos se

dividem em três grupos: "feldspatos potássios, feldspatos calcossódicos

(plagioclásios) e feldspatos báricos que são de ocorrência rara (fig.18).

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Fig. 19 - divisão dos feldspatos

Os feldspatos potássicos e os plagioclásios são muito comuns em

rochas magmáticas, sendo também frequente em rochas sedimentares e

metamórficas. São fonte primária de potássio (K) e cálcio (Ca) para plantas

e organismos do solo, por isso e importante considerar sua presença no

solo ao avaliar a fertilidade natural dos solos. A Figura 20 temos uma

figura representando os campos de estabilidade dos diferentes tipos de

feldspatos.

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Figura 20. Campos de estabilidade dos diferentes tipos de feldspatos. Área em

cinza: não tem presença de feldspato; área em azul: feldspato estável em baixas

temperaturas; área em rósea: feldspato estável em altas temperaturas.

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b0/

Feldspar_stability.jpg.

FELDSPATÓIDES

Os feldspatóides possuem teor de silício mais baixo que o dos feldspatos

30 a 40 % sendo que a substituição de silício (Si) por alumínio (Al) maior,

formando ambientes pobres em silício e ricos em íons alcalinos. A nefelina é

mais comum nesse grupo, caracterizada pela composição (Na, K)AISiO4. Está

associada normalmente às rochas alcalinas, sendo comum em fonolitos,

sienitos e alguns basaltos. A leucita (KAISi2O6) é um feldspatóide rico em

potássio. A sodalita (Na4(AISiO4)3CI) é rica em sódio e cloro. Geralmente, este

grupo é pouco estável e muito sujeito à alteração por intemperismo.

ZEÓLITAS

Constitui uma grande família de alumino-silicatos hidratados de

metais alcalinos e alcalino-terrosos com uma rede de ânions tridimensional

infinitamente alargada e com relação atômica O:Al+Si+2. As espécies

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apresentam marcantes semelhanças quanto às composições químicas e

modo de ocorrência, possuem dureza entre 3,5 e 5,5 e densidade relativa

entre 2 e 2,4. Uma outra propriedade importante das zeólitas é a troca de

base ou a troca de cátions, que ocorre quando passa uma solução aquosa

através dos canais; nesse processo os íons em solução podem ser trocados

por íons da estrutura.

Vamos exercitar!!

12 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA - 2012

Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos

de potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser

representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,

assinale a alternativa correta.

a) Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do

triângulo.

b) Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.

c) Anortita é um exemplo de feldspato potássico.

d) Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.

e) Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.

SOLUÇÃO

Podemos ir direto para a resposta que e a letra realmente eles ocupam o

vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra e os

fedspatos não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A

sanidina e o ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é

triclínico.

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Agora vamos classificar as rochas, segundo a origem, em três grupos:

Magmáticas

sedimentares

metamórficas

As primeiras são as mais importantes, constituindo 95% do volume

de toda a crosta. No entanto, as sedimentares ocupam maior área, ou

sejam, 75% da superfície terrestre. As metamórficas se enquadram entre

as sedimentares, pois, na maior parte, são derivadas de antigos

sedimentos. Já se fez menção da diferença entre a constituição da crosta

terrestre nas regiões continentais e oceânicas. Naquelas, predominam as

rochas da família dos granitos; nos fundos oceânicos, as rochas basálticas.

Das rochas continentais graníticas, a maioria e formada em profundidade,

em corpos denominados batólitos, caracterizados pelas grandes

dimensões (centenas de quilômetros quadrados). São relativamente raras

as rochas de composição graníticas formadas em superfície, sob a forma de

lava. Por outro lado, considerando-se as rochas de composição basáltica,

verifica-se o contrário: são raras as formadas em profundidade, sendo as

de origem vulcânica as mais comuns. Sabendo-se que o sima, de

constituição basáltica, forma o assoalho dos oceanos, e que os blocos

continentais sialicos (graníticos) flutuam nesse substrato, admite-se que as

rochas graníticas tenham origem nas basálticas. Por um processo

multimilenário de separação gravitativa dos minerais ferromagnesianos

mais densos, que afundariam, deixando por cima um resíduo silicoso mais

leve, formar-se-iam as rochas graníticas após a consolidação.

Vamos dar uma pausa aqui, na próxima aula falaremos mais sobre

pedologia do solo. Àte lá

RESPOSTA A

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BONS ESTUDOS

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1 - Petrobras - Técnico de Exploração - Geologia-CESGRANRIO - 2011

Informações geofísicas demonstram que existem algumas descontinuidades

no interior da Terra, identificadas por anomalias na velocidade de

propagação das ondas sísmicas, sendo a primeira descontinuidade

denominada Descontinuidade de Mohorovicic, mais comumente chamada

de Moho. Essa descontinuidade está localizada entre o (a) A. núcleo interno

e o núcleo externo.

A - núcleo externo e o manto inferior.

B - manto inferior e o manto transicional.

C - crosta e o manto superior.

D - crosta oceânica e a crosta terrestre.

SOLUÇÃO

Conforme falado acima, a descontinuidade de Mohorovicic ocorre entre

a crosta e o manto

2 - Engenheiro Agrônomo – FUB – CESPE – 2016

Julgue os itens a seguir, relativos à gênese, à morfologia e à classificação

dos solos.

A reação de hidrólise no intemperismo químico auxilia a transformação de

minerais primários em secundários, sendo a densidade dos secundários

maior que a dos primários.

o Errado

o Certo

RESPOSTA D

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SOLUÇÃO

Essa questão tem o intuito de alertar o estudante a não desprezar

nem uma parte do edital, veremos intemperismo na aula 01, como foi dito

acima os minerais mostram resistências diferentes intemperismo. Uns se

transformam mais rapidamente, outros são mais resistentes. Os minerais

que sofrem intemperismo químico dão origem a novos minerais que são os

minerais secundários que são mais estáveis ao novo ambiente ou dão

origem a solutos que podem ser precipitados no local ou distante da área

fonte. Já os minerais primários que sofrem mais a ação do intemperismo

físico e resistem ao intemperismo químico, dão origem a partículas de

vários tamanhos conhecidos como resistatos. Assim a reação de hidratação

que é a adição de moléculas de água na rocha ou no mineral através da

atração entre os dipolos das moléculas de água e as cargas elétricas não

neutralizadas das superfícies transforma em um novo mineral. Assim, o

nome correto do processo e hidratação e não hidrolise.

3 - Geólogo - IBGE – CESGRANRIO - 2010

De acordo com a Escala de Mohs, qual o mineral de maior dureza?

(A) Gipsita

(B) Talco

(F) Fluorita

(G) Calcita

Ortoclásio

SOLUÇÃO

RESPOSTA ERRADO

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Utilizando a escala de Mohs temos assim a dureza dos minerais em ordem

crescente

Talco D – 1

Gipsita D - 2

Calcita D – 3

Fluorita D - 4

Ortoclásio D – 6

4 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e

das suas características estruturais. Associe as propriedades físicas dos

minerais apresentadas na 1a coluna com a respectiva característica

indicada na 2a coluna.

VI - Cor

VII - Clivagem

VIII - Fratura

IX - Dureza

X - Densidade

P - Mais diretamente relacionada à proximidade de átomos em um mineral

Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante

R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão

S - Relacionada a planos de fraqueza entre átomos em um

mineral Estão corretas as associações

RESPOSTA E

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(F) I – P , II – R , III – Q , IV – S.

(G) I – P , II – Q , III – S , IV – R.

(H) I – Q , II – S , IV – R , V – P.

(I) II – S , III – Q , IV – R , V – P.

(J) II – R , III – P , IV – S , V – Q.

SOLUÇÃO

Vamos ver qual e o significa cada propriedade destas e fazer sua

correlação: Cor – Esta propriedade estão relacionadas à absorção e/ou

reflexão da luz pelos minerais. A maior parte dos mecanismos que

produzem cor são produtos da interação de ondas luminosas com elétrons.

(Q - Relacionada à presença de íons metálicos, fenômenos de transferência

de carga e aos efeitos da radiação ionizante ).

Clivagem - é a propriedade que alguns minerais apresentam de se partir

segundo superfícies planas e paralelas. (Relacionada a planos de fraqueza

entre átomos em um mineral)

Fratura - à maneira irregular de um mineral se quebrar.

Dureza - é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito

com uma ponta aguda.(R - Relacionada à resistência dos minerais à abrasão)

Densidade - é a relação entre o peso do mineral e o peso de um mesmo

volume de água destilada à 4°C A densidade relativa é característica para

cada mineral, e depende basicamente de dois fatores: os elementos

químicos que constituem o mineral e a maneira como estes elementos

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estão arranjados dentro da estrutura cristalina.. (P - Mais diretamente

relacionada à proximidade de átomos em um mineral).

Nossa resposta é:

A maioria dos minerais de minério pertencem aos grupos dos:

A ) silicatos e carbonatos.

B)sulfatos e elementos.

C) elementos e óxidos.

D) sulfatos e carbonatos.

E) sulfetos e óxidos. SOLUÇÃO

Os minerais variam na sua composição desde elementos químicos,

em estado puro ou quase puro, e sais simples a silicatos complexos com

milhares de formas conhecidas.

Os oito elementos principais (O, Si, Al, Fe..) combinam-se entre si,

formando os minerais das rochas mais comuns, sendo que a combinação

mais importante e a do silício com o oxigênio que dá origem ao grupo dos

silicatos. Sendo o mais abundante é o feldspato, que forma 60% dos

minerais da crosta. Existem dois grupos de minerais que possuem grande

importância no contexto agronômico como constituintes de rochas e de

solos: grupos dos silicatos e grupo dos óxidos e hidróxidos. Os minerais

mais importantes encontrados na natureza são os óxidos de ferro e titânio.

Os principais minerais constituintes de rochas e, portanto, significativos

como material de origem de solos, pertencem ao grupo dos silicatos,

RESPOSTA C

5 - Técnico em Exploração– Geologia - PETROBRAS - CESGRANRIO - 2010

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Rochas comuns, extremamente abundantes e disseminadas, como

granitos, diabásios, basaltos, arenitos, quartzitos, gnaisses e outras são

quase inteiramente constituídos de silicatos.

Para explicar a gênese de um solo, podemos nos valer tanto do

entendimento da influência de fatores de formação quanto da manifestação

de processos pedogenéticos. Em relação aos processos pedogenéticos, é

correto afirmar que:

A - sua intensidade é determinada por fatores que agem localmente, como

clima e manejo do solo.

B - não são afetados pelos agentes do intemperismo.

C - são específicos para cada tipo de solo e podem ser entendidos como um

conjunto de reações que ocorrem internamente em um perfil do solo.

D - determinam, além da sequência de horizontes e outras características

morfológicas importantes, a mineralogia de um solo. E - são pouco

afetados pelo clima de uma região.

SOLUÇÃO

O solo, que é um corpo trimensional, forma-se pela ação dos fatores

de formação e dos processos pedogenéticos. O conhecimento pedogênese é

importante para a compreensão do padrão da distribuição dos diversos

solos na paisagem. Enquanto que a dessilicatização como conseqüência do

alto grau de intemperismo é o principal processo pedogenético do horizonte

B latossólico dos Latossolos, a dispersão da argila no horizonte A e

posterior acúmulo no horizonte B textural (migração de argila) é típica dos

Argissolos, e dos Luvissolos com esse tipo de horizonte subsuperficial.

RESPOSTA C

6 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC - 2006

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7 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Considere as descrições a seguir.

I. São elementos ou compostos químicos com composição definida, cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos.

II. Esse termo é usado para descrever uma associação de minerais que, por diferentes motivos geológicos, acabam ficando intimamente unidos.

I e II são, respectivamente,

A. sal e minério.

B. mineral e rocha.

C. sedimento e crosta.

D. magma e aglomerado.

E. solo e montanha.

SOLUÇÃO

Minerais são compostos químicos quase sempre inorgânicos e presentes na

forma sólida. Costumam ser homogêneos e subclassificados conforme suas

diferentes propriedades, tais como textura, dureza, opacidade, brilho, cor,

entre outras. Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral.

Essas nada mais são do que um mineral agrupado em grande quantidade,

como é caso do quartzito, que é formado apenas por quartzo.

rocha – corresponde a um agregado de minerais. Portanto, os minerais são

apenas composições que estruturam as rochas. Um exemplo é o granito,

em que uma de suas variações apresenta uma composição de quartzo,

mica e feldspato.

As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam

conforme a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas. As

sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão

de restos de rochas preexistentes (sedimentos); as ígneas surgem a partir

RESPOSTA C

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da solidificação do magma tanto na superfície (extrusivas) quanto no

interior da Terra (intrusivas); e as rochas metamórficas surgem do

metamorfismo de outras rochas anteriormente existentes, em que essas se

modificam sem antes se transformarem em magma ou sedimentos.

8 - SEE/SP - Professor II - Área Geografia - (VUNESP) - 2012

Dentre as formas de classificação das rochas que formam a crosta

terrestre, uma das principais é a genética, na qual as rochas são agrupadas

de acordo com o seu modo de formação na natureza. Dessa forma,

classificam-se as rochas como:

A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma rocha

preexistente no estado sólido.

B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do magma na

superfície por meio do vulcanismo.

C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos de

rochas metamórficas e/ou sedimentares.

D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado líquido sob

a crosta terrestre.

E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos compostos

solúveis presentes nas rochas metamórficas.

SOLUÇÃO

RESPOSTA B

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As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam

conforme a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas. As

sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta pressão

de restos de rochas preexistentes (sedimentos);

As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na

superfície (extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas);

Vamos analisar cada alternativa

A. metamórficas aquelas que resultam da transformação de uma

rocha preexistente no estado sólido.

As rochas metamórficas surgem do metamorfismo de outras rochas

anteriormente existentes, em que essas se modificam sem antes se

transformarem em magma ou sedimentos. Item certo

B. sedimentares aquelas formadas pela deposição repentina do

magma na superfície por meio do vulcanismo.

As sedimentares formam-se a partir da cimentação ou junção sob alta

pressão de restos de rochas preexistentes (sedimentos);

C. magmáticas aquelas formadas pela compactação de fragmentos

de rochas metamórficas e/ou sedimentares.

Rochas magmáticas, ou ígneas, se originam no interior da Terra,

produto da solidificação do magma pastoso. O magma é composto de uma

substância fluida, de fundição parcial ou total, formada por uma fusão

completa de silicatos, silícios e elementos voláteis, como por exemplo ,

vapor d´água, cloretos, hidrogênio, flúor e outros. É uma rocha muito

resistente, e também das mais antigas, matéria prima do embasamento

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rochoso dos continentes. Entre as mais abundantes rochas magmáticas

temos o granito e o diabásio. Parte dessas rochas formam-se toda vez que

ocorrem erupções vulcânicas que expelem lava pela superfície, renovando

assim a quantidade das mesmas no ambiente. A alternativa está incorreta.

Este tipo de rocha pode se solidificar tanto quando atinge a superfície ou

quando ainda está no interior da Terra. Por esse mesmo motivo, podemos

classificá-las em rochas intrusivas ou extrusivas.

D. ígneas (quentes) aquelas que ainda se encontram em estado

líquido sob a crosta terrestre.

As ígneas surgem a partir da solidificação do magma tanto na superfície

(extrusivas) quanto no interior da Terra (intrusivas); item incorreto

E. graníticas aquelas formadas pela erosão e lixiviação dos

compostos solúveis presentes nas rochas metamórficas.

As rochas graníticas são rochas magmáticas, plutónicas,

constituídas essencialmente por quartzo e feldspato (feldspato alcalino

e/ou plagioclase).

Podem ocorrer moscovite, biotite e/ou anfíbola, como minerais

característicos, assim como outros minerais em quantidade acessória

(apatite, zircão, esfena, magnetite, etc.).

As rochas graníticas originam-se por cristalização em profundidade de

um magma rico em sílica (SiO2). Dado o seu enriquecimento em sílica,

designa-se por magma ácido (SiO2 > 66%). Então item errado, pois o

processo correto formação das rochas graníticas e cristalização.

RESPOSTA A

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9 - Técnico em mineração – DNPM - MOVENS – 2010

Segundo Dana & Hurlbut (1981), um mineral possui clivagem quando,

aplicando-se uma força adequada, ele se rompe de modo a produzir

superfícies planas definidas, assinale a opção INCORRETA

(A) A clivagem depende da estrutura do cristal e ocorre somente

paralelamente aos planos dos átomos.

(B) A clivagem ocorre a partir do rompimento de um cristal entre planos de

átomos, sendo uma propriedade direcional, e qualquer plano paralelo

através do cristal é um plano de clivagem potencial.

C – A clivagem é uma propriedade que ocorre sempre paralela às faces, ou

às faces possíveis, do cristal, pois tanto as faces como a clivagem refletem

a mesma estrutura cristalina.

D – A clivagem é uma propriedade sempre consistente com a simetria;

assim, quando se desenvolve uma direção de clivagem octaédrica, isto

implica que devem haver três outras direções semelhantes a ela.

E - Quando sujeitos a tensão ou pressão, alguns minerais desenvolvem

planos de menor resistência estrutural ao longo dos quais podem se

romper, produzindo a clivagem

SOLUÇÃO

Os minerais são sensíveis à pressão/tensão, por acaso se os átomos

de um cristal forem submetidos a pressões muito elevadas, as ligações

entre os átomos podem quebrar-se. Os átomos reorganizam-se em novos

minerais que são estáveis quando submetidos a altas pressões. No interior

da Terra, as rochas estão sujeitas a dois tipos de tensão: a tensão

litostática e a tensão não litostática. Então aqui submetido a tensão e

pressão forma novo mineral é não clivagem

RESPOSTA E

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10 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de

minerais. A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente.

A dureza, uma das propriedades físicas dos minerais, caracteriza-se

pela facilidade com que o mineral é quebrado.

o Errado

o Certo

SOLUÇÃO

Dureza é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito

com uma ponta aguda, caso o mineral tenha baixa dureza o sulco do risco

poderá ser profundo e bem nítido, caso a dureza seja maior a ponta aguda,

o sulco será fino e pouco profundo.

11 - Técnico em Exploração I – Geologia - PETROBRAS - CESPE2007

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de

minerais. A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente.

O quartzo é um mineral cuja característica principal é a de ser facilmente

destruído nos processos de intemperismo das rochas que o contêm.

o Errado

o Certo

RESPOSTA ERRADO

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SOLUÇÃO

O intemperismo é o conjunto de alterações físicas (desagregação) e

químicas (decomposição) que as rochas sofrem quando ficam expostas na

superfície da Terra. É um processo importante porque é o início de um

processo maior que continua com a erosão e a deposição do material por ele

formado, com a posterior diagênese, que leva à formação das rochas

sedimentares, o quartzo é muito resistente ao intemperismo, não sendo fácil

sua destruição pelos processos de intemperismo.

Mineralogia é o ramo da Geologia que estuda a composição, a estrutura, a

aparência, a estabilidade, os tipos de ocorrência e as associações de

minerais. A respeito desse assunto, julgue o item subseqüente.

Os principais minerais formadores das rochas são representados por

silicatos — os mais abundantes da crosta terrestre —, carbonatos — de

cálcio ou magnésio —, óxidos, sulfetos e sulfatos.

o Errado

o Certo

SOLUÇÃO

Item Certo, os silicatos constituem a mais importante classe mineral,

representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40% dos

minerais comuns. Esses minerais constituem aproximadamente 95% do

volume da crosta terrestre, sendo:

· 59,5% representados por feldspato;

RESPOSTA ERRADO

12 - Técnico em Exploração – Geologia - PETROBRAS – CESPE - 2007

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· 16,8% por anfibólios e piroxênios;

· 12% por quartzo;

· 3,8% pelas micas – argilas; e

· Os outros minerais (silicatos e não silicatos) ± 7,9%.

13 - PCDF - Geologia - FUNIVERSA – 2012

Feldspatos correspondem a silicatos de alumínio que contêm átomos

de potássio, sódio, cálcio e magnésio. A série de feldspatos pode ser

representada por um diagrama triangular. Com relação a esse mineral,

assinale a alternativa correta.

A - Ortoclásio, albita e anortita são os minerais que ocupam os vértices do

triângulo.

B - Ortoclásio é um exemplo de feldspato cálcico.

C - Anortita é um exemplo de feldspato potássico.

D - Plagioclásios referem-se a uma série de feldspatos sodicopotássicos.

E - Feldspatos cristalizam-se em um sistema único, o monoclínico.

SOLUÇÃO

Podemos ir direto para a resposta que é a letra A realmente eles ocupam o

vértice do triangulo, conforme a figura 4, com relação a letra E, os

fedspatos não se cristalizam em uma única estrutura por exemplo A

sanidina e o ortoclásio são monoclínicos; o feldspato plagioclásio é

triclínico.

RESPOSTA CERTO

RESPOSTA A

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14 - Especialista em Recursos Minerais – Geologia - DNPM - MOVENS - 2010

Geofísica é a ciência que aplica os princípios físicos ao estudo da Terra.

Existe uma ampla gama de métodos de levantamentos geofísicos e, para

cada um, há uma propriedade física operativa à qual o método é sensível. A

respeito da geofísica, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou

Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.

I – A sísmica mede tempos de percurso de ondas sonoras refletidas e

refratadas, e sua propriedade física operativa é a densidade e módulos

elásticos, os quais determinam a velocidade de propagação de ondas.

II – A gravimetria mede variações espaciais da força do campo

gravitacional da Terra e tem como propriedade física operativa a

densidade.

III – A magnetometria mede variação da força do campo geomagnético e

possui como propriedades físicas operativas a suscetibilidade magnética e a

remanescência.

A sequência correta é:

(A) V, F, V.

(B) V, V, F.

(C) F, V, V.

(D) F, F, V.

(E) V, V, V.

SOLUÇÃO

Métodos Sísmicos

As ondas sísmicas que percorrem o interior da Terra são registradas na

superfície por sismógrafos, sendo posteriormente analisadas e

interpretadas segundo modelos físicos e geológicos para a obtenção da

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PEDOLOGIA

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estrutura existente em subsuperfície, seja em nível local de alguns metros

de profundidade ou global.

Gravimetria

Equipamentos muito sensíveis chamados gravímetros conseguem medir a

variação na aceleração de gravidade produzida pela distribuição da massa

em subsuperfície. Os dados levantados depois de processados e analisados

podem fornecer informações sobre a distribuição de massa no interior

terrestre, tanto em nível local como global;

Magnetometria

É uma técnica que utiliza a informação do campo magnético terrestre para

a investigação das estruturas em subsuperfície. O campo magnético

terrestre induz nas rochas e estruturas geológicas um campo magnético

secundário, que se sobrepõe ou se contrapõe ao campo principal.

14 - Especialista em Recursos Minerais – Geologia - DNPM - MOVENS - 2010

15 - Especialista em Recursos Minerais – Geologia - DNPM - MOVENS - 2010

No que se refere à aplicação dos métodos geofísicos, que está condicionada

ao parâmetro mensurável pelo método, julgue os itens abaixo e, em

seguida, assinale a opção correta.

I – Para a exploração de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), os

métodos geofísicos mais apropriados são a sísmica, a gravimetria, a

magnetometria e subsidiariamente o método eletromegnético.

II – Para a exploração de depósitos minerais metalíferos, os métodos

geofísicos mais apropriados são a magnetometria e métodos

eletromagnético e elétrico.

RESPOSTA E

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III – Para a exploração de água subterrânea, os métodos geofísicos são

eletroresistividade, sísmica e subsidiariamente a gravimetria e o georadar

(GPR)

IV – Para a investigação de áreas para a construção/ engenharia (ou

geologia aplicada à engenharia civil), os métodos geofísicos mais

apropriados são eletroresistividade, sísmica, GPR e subsidiariamente a

gravimetria e a magnetometria.

Estão certos os itens

(A) I, II, III e IV.

(B) I, II e III, apenas.

(C) I e II apenas.

(D) I e III, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

SOLUÇÃO

Métodos geofísicos fazem parte de um leque de ferramentas

investigativas indispensáveis à prospecção de óleo e gás, seja em qualquer

nível de detalhe, ou econômico, desejável. Este leque de ferramentas é

popularmente denominado de Geofísica de Petróleo. Métodos

gravimétricos, magnéticos, elétricos, de imagem, de ressonância, sônicos e

sísmicos têm crescido em suas importâncias e oferecido respostas

qualitativas cada vez mais decisivas, principalmente aquelas relacionadas

a fatores de redução de riscos e incertezas na perfuração de poços.

Magnetometria, a gravimetria, a sísmica de refração, a sísmica de

reflexão, os métodos eletrorresistivos e os eletromagnéticos foram

amplamente utilizados quando a procura por petróleo e o mapeamento de

jazidas minerais nas décadas de 60 e 70 tiveram o seu auge no Brasil.

Com o desenvolvimento tecnológico inserido em nosso dia a dia a

partir da utilização de microcomputadores, esta ciência se desenvolveu

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através da modernização de seus equipamentos e do surgimento de novos

métodos. Atualmente a geofísica é uma ciência multidisciplinar que além de

auxiliar em estudos geológicos (mineração, petróleo e hidrogeologia),

possui também aplicabilidade em áreas como engenharia civil, meio

ambiente e arqueologia.

Alguns métodos geofísicos vêm sendo utilizados para detectar e

monitorar a contaminação gerada por líquidos percolados dos depósitos de

resíduos industriais e urbanos. Devido às características químicas desses

resíduos, que normalmente se refletem em alterações na condutividade

elétrica no local onde estão dispostos, utilizam-se principalmente os

métodos elétricos com bons resultados (Benson et al., 1982). Portanto, o

método da eletrorresistividade, que se mostra eficiente e de baixo custo

operacional, caracteriza uma ferramenta adequada ao estudo de áreas de

disposição de resíduos, principalmente em países em desenvolvimento,

como o Brasil, onde os problemas ambientais gerados por essa atividade

são grandes. No entanto, a integração com outros métodos geofísicos pode

fornecer informações importantes e também diminuir o problema da

ambiguidade na interpretação dos dados.

Assim, com o desenvolvimento tecnológico inserido em nosso dia a

dia a partir da utilização de microcomputadores, esta ciência se

desenvolveu através da modernização de seus equipamentos e do

surgimento de novos métodos. Atualmente a geofísica é uma ciência

multidisciplinar que além de auxiliar em estudos geológicos (mineração,

petróleo e hidrogeologia), possui também aplicabilidade em áreas como

engenharia civil, meio ambiente e arqueologia.

Em síntese, consiste na aplicação dos métodos da física-matemática na

análise de diversos problemas relacionados com a propagação e

espalhamento de ondas elásticas e eletromagnéticas na terra.

Métodos Sísmicos

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As ondas sísmicas que percorrem o interior da Terra são registradas na

superfície por sismógrafos, sendo posteriormente analisadas e

interpretadas segundo modelos físicos e geológicos para a obtenção da

estrutura existente em subsuperfície, seja em nível local de alguns metros

de profundidade ou global.

Sísmica de reflexão

Método de prospecção baseado nas reflexções das ondas sísmicas geradas

artificialmente na superfície do terreno.

Sísmica de refração Método de prospecção sísmica baseado no registro

das primeiras quebras das ondas frontais, geradas por meio da detonação

de uma carga de dinamite na superfície do terreno.

GPR - O GPR (Radar de Penetração no solo), conhecido no Brasil como

"Georadar", é um método geofísico de imageamento da subsuperfície que

utiliza um pulso elétrico para gerar ondas eletromagnéticas, que por sua

vez são irradiadas para a subsuperfície através de uma antena emissora. A

transmissão desse sinal depende das propriedades elétricas do meio

(condutividade elétrica e permissividade

dielétrica) sob condições de altas

frequências (10 - 2.500 MHz), que são

principalmente controladas pelo conteúdo

do fluido presente no solo. Este pulso é

refletido e difratrado, tanto pelas

estruturas geológicas, quanto por feições

anômalas enterradas (dutos, tanques de

armazenamento, fundações, etc). As

ondas refletidas e difratadas são recebidas

através de uma antena denominada

receptora colocada na superfície. Uma

série de medidas são realizadas ao longo de uma linha , quando dispostas

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graficamente lado a lado formam uma imagem de muito alta resolução,

tanto lateral quanto vertical da subsuperfície. (Porsani, 1999).

Segundo Osvaldo de Oliveira Duarte, GPR é um método de

prospecção baseado na reflexão das ondas de radar nas interfaces

dielétricas do subsolo. As freqüências utilizadas (de 20 a 200 MHz)

permitem obter imagens com resolução maior do que a qualquer outro

método geofísico.

O alcance vertical do GPR varia desde alguns centímetros, em

sedimentos com alto conteúdo de argila, até algumas centenas de metros

em rochas como granito, areias e cascalhos. No gelo, vai além de três

quilômetros. (Dicionário Enciclopédico Inglês-Português de Geofísica e

Geologia - Ed. Petrobras/SBGf).

O método GPR possui uma grande versatilidade de aplicação,

podendo ser utilizado para realizar mapeamento de integridade de

estruturas de concreto, determinação de interferências (tubulações

enterradas), mapeamentos geológicos (determinação de zonas de

fraturamento, mudança de litologia, profundidade do topo rochoso),

batimetria (fundo de rios e lagos), etc.

Métodos Potenciais

A gravimetria e a magnetometria, também chamados métodos potenciais,

permitem o reconhecimento e mapeamento de grandes estruturas

geológicas que não aparecem na superfície.

Gravimetria

Equipamentos muito sensíveis chamados gravímetros conseguem medir a

variação na aceleração de gravidade produzida pela distribuição da massa

em subsuperfície. Os dados levantados depois de processados e analisados

podem fornecer informações sobre a distribuição de massa no interior

terrestre, tanto em nível local como global;

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Magnetometria

Os magnetômetros são equipamentos muito sensíveis que medem na

superfície o magnetismo gerado no interior da Terra, fornecendo

informações sobre as estruturas rochosas presentes em subsuperfície que

possuem propriedades magnéticas;

Métodos Elétricos

Método de levantamento realizado na superfície ou próximo da superfície,

que mede o campo elétrico natural ou induzido. Inclui os métodos

eletromagnético, polarização induzida, magnetotelúrico, resistividade e

potencial espontâneo.

Eletromagnético (EM)

Método eletromagnético consiste num conjunto de técnicas de prospecção

nas quais campos elétricos e/ou magnéticos da Terra (naturais ou

artificiais) são utilizados para o mapeamento de certos atributos das rochas

(resistividade, permeabilidade ou permitividade). (Duarte, Dicionário...)

Polarização induzida

Método de prospecção elétrica que envolve a medida do decaimento da

voltagem induzida no terreno, após a corrente de excitação ser desligada.

(Duarte, Dicionário...)

Magnetotelúrico

Método para mapear as variações de resistividade dos corpos de

subsuperfície com base nas medidas do campo magnético e das correntes

telúricas, que são correntes elétricas naturais da Terra que fluem como

correntes contínuas ou de freqüência muito baixa, amoldando-se às

grandes linhas tectônicas de subsuperfície. (Duarte, Dicionário...)

Resistividade

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Método de prospecção que mede a resposta do subsolo a um campo

elétrico artificial gerado na superfície do terreno. Para tanto, uma forte

corrente elétrica é injetada no solo por meio de dois eletrodos designados

como A e B, sendo o campo elétrico resultantes analisado por um par de

eletrodos denominados M e N. (Duarte, Dicionário Enciclopédico)

Potencial espontâneo

Diferença de potencial elétrico eu aparece, naturalmente, entre dois pontos

quaisquer do terreno ou do interior de um poço, causada por fenômenos

eletroquímicos do material.

Método gamaespectométrico

Método de análise química baseado no nível de energia dos raios gama

emitidos pela formação, depois da mesma ter sido bombardeada por

neutrons de alta energia. A identificação dos elementos baseia-se no fato

de que cada um deles emite raios gama com um nível específico de

energia. A partir destes dados, pode-se estimar a saturação de

hidrocarbonetos, salinidade, porosidade e argilosidade da formação.

(Duarte, Dicionário Enciclopédico)

Métodos radiométricos

A aplicação de técnicas nucleares permite determinar a distribuição de uma

série de elementos presentes nos minerais e rochas que formam a Terra.

Entre os elementos químicos presentes nesses minerais, os elementos

radioativos naturais despertam interesse especial por seu valor econômico

e estratégico e pela sua utilidade nos métodos geocronológicos (métodos

que permitem calcular a idade de determinada rocha ou mineral), através

da razão isotópica entre os vários elementos radioativos, como o urânio, o

tório e o potássio, e suas séries radioativas.

Geofísica de poço

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Os perfis de poços são usados principalmente na prospecção de petróleo e

de água subterrânea. Eles têm sempre como objetivo principal, a

determinação da profundidade e a estimativa do volume da jazida de

hidrocarboneto ou do aquífero.

Para fazer uma perfilagem em um poço, são usadas diversas ferramentas

(sensores) acopladas a sofisticados aparelhos eletrônicos. Estes sensores

são introduzidos poço adentro, registrando, a cada profundidade, as

diversas informações relativas às características físicas das rochas e dos

fluidos em seus insterstícios (poros).

As ferramentas utilizam diversas características e propriedades das rochas,

que podem ser elétricas, nucleares ou acústicas. Com os sensores elétricos,

detecta-se, por exemplo, a resistividade das rochas e a identificação das

mesmas se dá através de comparações dos valores obtidos na perfilagem

com os valores das resistividades de diversas rochas conhecidas e

determinadas em testes de laboratório.

Com os sensores nucleares, detecta-se a intensidade de radioatividade das

rochas e dos fluidos em seus poros, podendo-se inferir a composição

mineralógica das mesmas. Com as ferramentas acústicas, ultra-sons são

emitidos em uma ponta da ferramenta a intervalos regulares e detectados

em sensores na outra ponta.

O tempo que o sinal sonoro levou para percorrer esta distância fixa e

conhecida (chamado de tempo de trânsito) através da parede do poço (ou

seja, pela rocha) é medido e gravado no perfil. O geofísico, mais tarde,

compara estes tempos de trânsito com os tempos determinados em

laboratório para rochas de composições conhecidas, inferindo, desta

maneira, as composições mineralógicas das rochas atravessadas pelo poço

e determinando suas profundidades.

RESPOSTA A

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Junior, José Marques: Nobile, Fabio Olivieri de GEOLOGIA E MINERALOGIA

Bahia, Victor Gonçalves - minerologia e petrologia - coopesal - UFLA

http://geolab7.webnode.com/minerais/silicatos/nesossilicatos/ acessado 23

de fevereiro de 2017

http://geofisicabrasil.com/noticias/60-algoritmos.html acesso 23/01/2018

BIBIOGRAFIA:

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BIBLIOGRAFIA