Leslie Davis Guccione - Jogo de Sedução (Desejo 37)

8/17/2019 Leslie Davis Guccione - Jogo de Sedução (Desejo 37)

http://slidepdf.com/reader/full/leslie-davis-guccione-jogo-de-seducao-desejo-37 1/103

Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccione

Confissões de um sedutor...Lindsey Major me pediu um emprego na agência de publicidade. Ela tem boas

qualificações para o trabalho e excelentes para a minha cama! preciso descobrirpor que" quando est# para ceder" Lindsey sempre $ai embora" como se ti$esse algomais importante para fa%er do que ficar comigo.

... E de uma mãe solteira...ei que Marco &'(bru%%i seria um amante mara$ilhoso. Mas eu n)o posso pensar

s no pra%er. Marco gosta da $ida de solteiro" e eu tenho três pequenas ra%ões parae$it#*lo+ todas elas me chamam de ,mam)e,!




!uerida leitoraLindsey" a protagonista de -ogo de eduç)o" $i$e um problema bastante comum

entre as mulheres. -o$em" $i$a e com três filhos para criar" ela n)o quer desistir da

felicidade que um grande e $erdadeiro amor ainda pode lhe oferecer. Mas como saberse o homem por quem ela se sente atra/da n)o $ai abandon#*la quando souber daexistência das crianças0 1omo saber se Marco n)o a quer apenas em sua cama para ospra%eres do amor" sem as responsabilidades0

Este 2 um romance atual e emocionante tal qual a prpria $ida+ uma histria deamor" pra%er e d$idas...

"o#erto $ellegrinoEditor

1opyright 3 4556 by Leslie &a$is 7uccione8riginalmente publicado em 4556 pela ilhouette 9oo:s

&i$is)o da ;arlequin Enterprises Limited.<odos os direitos reser$ados" inclusi$e o direito de reproduç)o total ou parcial"

sob qualquer forma"Esta ediç)o 2 publicada atra$2s de contrato com a ;arlequin Enterprises Limited"

<oronto" 1anad#.ilhouette" ilhouette &esire e o colofao s)o marcas registradas da ;arlequin

Enterprises 9.=.

<odos os personagens desta obra s)o fict/cios.>ualquer semelhança com pessoas $i$as ou mortas ter# sido mera coincidência.

%&tulo original' Major &istractions<raduç)o+ 1l#udia ant'(na Martins

1opyright para a l/ngua portuguesa+ 4556 1?@1AL8 &8 L?=@8 L<&(.

E&?<8@( B8=( 1AL<A@(L uma di$is)o do 1/rculo do Li$ro Ltda.(l. Ministro @ocha (%e$edo" C6D * 1E F464F*5F4

)o aulo * * 9rasilGotocomposiç)o+ 1/rculo do Li$ro ?mpress)o e acabamento+ 7r#fica 1/rculo.

Leslie Davis Guccione mora atualmente em ittsburgh" ensil$Hnia. &epois de$inte anos no campo" em &uxbury" Massachusetts" ela e a fam/lia est)oexperimentando a $ida na cidade. (l2m de escre$er romances" Leslie 2 autorapremiada de li$ros infantis e ju$enis.

(




C)$*%+L, -C)$*%+L, -

I =ocê est# mal mesmo0 uxa" que droga! B)o" claro que n)o" $olte para a cama.<udo bem" n)o tem problema.... =ou pensar num jeito. =ocê me conhece" eu sempre doua $olta por cima. I Lindsey Major limpou uma mancha branca de maquiagem de palhaçodo fone e recolocou*o no gancho.

I empre que tento fa%er alguma coisa" o destino me arma uma arapuca Iresmungou.

(jeitou os cachos de cabelos roxos e fitou as mangas sanfonadas cor de fcsiaenquanto tamborila$a com os dedos numa caixa de papel)o fechada. ela porta do

escritrio da <rês &esejos" $ia que a grande inauguraç)o ia a todo $apor. 8s pais e ascrianças excitadas examina$am as prateleiras da loja" repletas de li$ros" jogoseducacionais e brinquedos manufaturados. ( loja fora montada na metade da antigaestaç)o ferro$i#ria de &orset Mills" &elaJareK uma construç)o antiquada" com telhadode mansarda" que abriga$a tamb2m a agência de correios. Logo aps o seu casamento"Lindsey morara ali perto.

&orset Mills fica$a na encru%ilhada de duas estradas nas montanhas" entre acidade de ilmington e o $ale do rio 9randyJineK uma regi)o f2rtil" com fa%endas ealgumas estradas particulares. 8utrora" os moinhos da fam/lia &orset mo/am cereais

para fa%er farinha" como centenas de outros nas margens do rio 9randyJine.&orset 1ourt era um conjunto de casas para os trabalhadores dos moinhos" beira do rio" con$ertido" em 456F" num condom/nio fechado particular. ;a$ia lista deespera para se adquirir uma casa ali. @aramente eram colocadas $enda no mercadoimobili#rioK normalmente" a transmiss)o se da$a de pai para filho" ou por $enda direta.8 nome de -onathan @ussell consta$a da lista h# dois anos quando Lindsey se casaracom ele. >uando se separaram" na prima$era do ano anterior" os mesmos contatosha$iam conseguido para -onathan um apartamento menor" mas igualmente requintado" junto reser$a florestal que margea$a a propriedade. Ele morara ali at2 a morte.

Lindsey ainda sofria com aquelas lembranças" agra$adas agora pelos problemasprofissionais.I Eu de$ia saber que era um mau press#gio I murmurou" olhando pela janela.

8s telhados de ardsia das casas do condom/nio eram $is/$eis ao norte. =irou*se eafastou os pensamentos desagrad#$eis. I 8 shoJ precisa continuar.

<amborilou com os dedos sobre a coxa tentando pensar num plano alternati$o. 8shoJ iria continuar" como a sua $ida continuara. ?ria pensar em algo.

Em comemoraç)o ocasi)o" bandeirinhas tremula$am na frente do pr2dio. ($asta plataforma de madeira seria usada para a apresentaç)o de Lindsey. 8

estacionamento de cascalho fora transformado em local para piquenique" com mesas erefrigerantes. Gam/lias ansiosas por di$ertir*se lota$am o espaço.





Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionepelas densas pestanas tamb2m escuras e pelo ar curioso. Lindsey apertou*lhe a m)o"captou um olhar de surpresa e esperou.

Marco olhou para a palma da m)o e $iu um pedaço de chiclete.I Muito boa! >ue outros truques $ocê tem a/0

I B)o sou m#gica. <rabalho com bonecos e histrias.I <em uma multid)o l# fora. &e$e estar quase pronta para entrar em cena.I (inda n)o. I Engoliu em seco e decidiu seguir seu instinto. I 8 que $ocê quer

para atuar numa representaç)o comigo0I Estou recebendo propostas de um palhaço0I P" na $erdade 2 isso mesmo. Estou desesperada.I B)o sabia que eu era t)o atraente assim!Lindsey aproximou*se e tentou se acalmar" esperando soar mais confiante do

que se sentia.

I Estou com um problem)o. Minha scia acabou de ligar e di%er que est#doente. 1omida estragada. Ela atua mais como NescadaO" sabe. I Lindsey encostou am)o na camisa dele" quase o tocando. I 1omo $ê" entre a sua camisa e o meu traje" osroxos e $ermelhos combinam perfeitamente. Em termos de cores" j# nos acertamos.

Marco recuou um passo.I 8h" n)o" nada disso!Lindsey acariciou*lhe ousadamente os cabelos nas têmporas. I Am pouco de

#gua aqui produ%ir# cachos fabulosos. 7ostaria que fossem cor de la$anda" mascastanhos ser$em. ode usar meus tênis" Est)o cheios de jornal amassado nas pontas.

I &esta $e%" ela lhe cutucou o trax. Ele parecia atQnito.I B)o. into muito que a sua parceira esteja doente" mas n)o sou palhaço. ei

que $ai dar um jeito" encontrar outra pessoa" sei l#.I B)o h# tempo! I 8 desespero e a anonimidade da maquiagem e do traje

da$am*lhe uma aud#cia que Lindsey n)o sabia possuir. egurou no braço dele e desejoupoder se lembrar de seu sobrenome. I r... Marco" sei mo$er os marionetes" s quepreciso de outro palhaço para atuar comigo. osso impro$isar quase tudo o que 9etsyfaria. preciso do seu corpo.

I Meu corpo!

I P" o seu corpo! ei todo o di#logo" todos os gestos.I >uanto a isso" n)o tenho d$idas...I B)o me faça corar" sen)o toda esta maquiagem $ai escorrer.I &epois desta atuaç)o" imagino que corar n)o faça parte do seu repertrio!

7ostaria de ajudar" mesmo" mas tenho outro encontro s quatro horas. (l2m disso" n)otenho jeito com crianças. B)o sei nada sobre como di$ertir crianças. I Marco olhoupela janela. I E h# d%ias desses terr/$eis pirralhos a/ fora.

Lindsey baixou a cabeça e olhou para o ch)o" sacudindo os tênis.I <odos esperando que seus corações inocentes sejam quebrados pelo palhaço

mal$ado que n)o quer aparecer.Marco riu.

/




I rimeiro $ocê me canta" depois $em com essa histria de culpa...I Eu n)o esta$a cantando $ocê!I uplicou pelo meu corpo!I reciso de algu2m para contracenar comigo" s isso.

I Ase um dos garotos como parceiro.I P comum demais. =ai estragar o efeito!I =ocê 2 muito persuasi$a.I B)o o suficiente" ao que parece.Ele riu de no$o.I Est# me deixando de coraç)o partido" mas n)o posso ajudar mesmo. Esse

encontro...I (cabaremos antes das quatro" prometo. I Lindsey piscou com suas pestanas

falsas de quase três cent/metros de comprimento e o fitou intensamente. 8 espanto

dele transformou*se em di$ertimentoK n)o parecia con$encido" entretanto. I recisoque tudo saia perfeito.I B)o sou ator!I Eu tamb2m n)o" na maior parte do tempo. I <entou falar s2rio" sabendo qu)o

rid/cula de$ia estar parecendo. I ou redatora free*lanceK escre$o anncios efolhetos" faço relações pblicas. Gui contratada pela Mendenhall R Lipton para fa%eresta apresentaç)o. 9atalhei meses para conseguir isso. P dif/cil trabalhar com ela" 2muito exigente" mas paga bem. ( agência dela 2 uma das melhores. <rabalho com essesbonecos" mas ganho o p)o escre$endo. e falhar hoje" n)o $ou ter chance de conseguir

um trabalho de $erdade.I Ela pode construir ou destruir a sua reputaç)o0I 8 trabalho de free*lance depende de referências e indicações. =amos di%er

que a minha situaç)o financeira poderia melhorar bastante atra$2s de (mandaMendenhall. I Lindsey tomou*lhe o braço de no$o" esperando que a seriedade em sua$o% contrabalançasse sua aparência. I Eu ia me encontrar com ela na semana que $em"ia ser entre$istada para um cargo de redatora. que ela saiu em $iagem" uma misturade $iagem de negcios e lua de mel. &e repente" resol$eu se casar de no$o com o ex*marido.

I Eu sei.I (manda partiu antes de me dar o emprego ou de me $er representar"

infeli%mente. Entende" $ocê pode ajudar a sal$ar esta representaç)o. (nne 9ec:ford$ai contar a ela que minha atuaç)o $aleu as despesas. ei que tudo isso parece rid/culoe que n)o 2 o tipo de pedido que costuma receber. (credite em mim" n)o costumopedir a estranhos que façam o papel de palhaço. E que estou desesperada. 8u quase Iacrescentou" passando a m)o nos cabelos" embaraçada com a sbita seriedade de seutom e o pHnico na $o%.

I B)o $ai começar a chorar" $ai0I 1horar0 1laro que n)o.

0






C)$*%+L, --C)$*%+L, --

I (gora" faça pose de mach)o. I 8 murmrio rouco de Lindsey Major re$ela$acerto sotaque sulista. &esta $e% fora no ou$ido direito de Marco" e" de no$o" abalaracompletamente o seu sistema ner$oso. 1om a plat2ia rindo e batendo palmas" Marcorespirou fundo" estufou o peito e ergueu os punhos.

(tuar num teatrinho para crianças era a ltima coisa que Marco desejaria fa%erno fim de semana. <inha um encontro para jogar tênis s quatro horas e um monte deencomendas de desenhos para fa%er depois. &e repente" um carneirinho*marionetecomeçou a dançar sobre seu ombro direito" interrompendo*lhe os pensamentos. (

seguir" outro marionete passou a subir*lhe pelas costelas procura do b2e*b2e*b2eque Lindsey fa%ia junto ao seu ou$ido. entia a respiraç)o dela junto ao queixo" o quelhe deixa$a a pele toda arrepiada. Mantinha*se im$el.

Enquanto ela narra$a sua histria fant#stica" o carneirinho dança$a sobre oscachos naturais de seus cabelos. 1achos! 1omo sempre" naquela manh)" passara umbom tempo tentando li$rar*se deles... s para que os dedos com bolinhas pintadas deLindsey Major o massageassem com #gua da torneira at2 $irarem um mar de ondas!

I B)o s)o t)o fant#sticos quanto a minha peruca roxa" mas $)o ser$ir Idissera ela. ( cabeça dele fer$era durante o episdio todo.

>uando Lindsey terminara de lhe aplicar a maquiagem de palhaço" Marco julgaraha$er perdido a $o%. ua cabeça $ibra$a com mil sensações" do topo ao queixo.(gora" no momento em que as crianças grita$am ,$i$as, para o boneco que

esta$a chegando ao seu trax" um pra%er inoportuno e injustificado percorreu todo oseu corpo. 8 toque do palhaço $inha de todos os lugares ao mesmo tempo e depois denenhum lugar" deixando um rastro de sensações que acalma$am e pro$oca$am aomesmo tempo. <rinta fam/lias esta$am sentadas sua frente $endo as palhaçadasdela. (gradeceu aos c2us pela brisa prima$eril que lhe entrou pelas mangas da camisa"dando*lhe al/$io.

I Gaça uma re$erência I disse*lhe a $o%" ao ou$ido esquerdo.Ele se inclinou e a operadora dos marionetes os fe% irem subindo pela suaespinha at2 chegarem ao cabelo. &a cintura ao pescoço" uma sensaç)o de pra%er opercorreu. Gicou reclinado enquanto Lindsey tira$a os marionetes da m)o e tamb2mfa%ia uma re$erência a seu lado. 8s p2s descalços dela sa/ram por baixo do laço dascalças. Marco $iu o esmalte roxo das unhas do p2. Bum impulso" segurou*lhe a m)o esorriu para a plat2ia" consciente de que ela se $irar# para fit#*lo" com os olhos a%uisbem abertos sob as pestanas falsas.

( cada ,bra$o!, da plat2ia" inclina$am*se juntos. ( cada $e%" o aperto de m)o

entre eles fica$a mais forte.I Eles adoraram a gente I sussurrou Marco. Ela o fitou no$amente e" quando aplat2ia começou a se dispersar" seguiu para a loja.

7






I Begcios0 I <entou ser objeti$o. I <udo bem!I >ue encontro 2 este que $ocê tem para as quatro horas0I <ênis.I =ocê tamb2m cobre esportes0

I Esportes0 B)o" jogo uma $e% por semana. I Lindsey Major o atordoa$a. B)oera nada al2m de um monte de la$anda e roxo" maquiagem de palhaço" calças fofas em)os ligeiras em lu$as de marionetes. B)o conhecia o seu rosto" nem o corpo" n)o seriacapa% de reconhecê*la sem o traje de palhaço. 8 pra%er de seu toque era quaseertico. Marco esta$a con$encido de que Lindsey sabia disso.

I =ocê tem um cart)o comercial0 I perguntou ele" para manter a con$ersa.I ara negcios0I <em alguma outra coisa em mente0I 1laro que n)o.

Mais uma $e%" Marco se surpreendeu. Gicou ainda mais agitado por n)oconseguir $er*lhe o rosto" decifrar*lhe a express)o. ?sto o fa%ia sentir*setransparente" adolescente. 8lhou para o dedo anular dela" sabendo que a falta dealiança poderia se de$er apresentaç)o" no entanto... 8 charme dela esta$a a pontode derreter*lhe as ltimas reser$as. eu jeito %ombeteiro o desafia$aK adeterminaç)o o impressiona$a.

I 9oa sorte como escritora I conseguiu di%er*lhe enquanto apanha$a o cart)oque ela lhe entrega$a. reparou*se para partir.

I 8brigada. I 8 tom era sua$e. or baixo das pestanas espessas" os olhos a%uis

cintilaram outra $e%. Era tudo o que ele conhecia dela.I Lindsey" hou$e um mal*entendido.I Espero que n)o tenha tomado o meu... esforço persuasi$o... como outra coisa+

eria bem embaraçoso!I ?sso pode esperar. reciso explicar algo primeiro. =iraram*se ao ou$irem

algu2m bater porta.I rta. Major0 ou arah 9rant" do Morning BeJs. <iramos fotos timas. <em

tempo para uma entre$ista r#pida08 coraç)o de Marco pulou. Ge% uma careta quando o palhaço se $irou para ele.

I B)o entendo. -# dei uma entre$ista I falou Lindsey. Marco deu de ombros"en$ergonhado.

I Eu ia explicar isso agora mesmo. ou o diretor de arte da Mendenhall RLipton. 7ostaria que jantasse comigo e me desse a oportunidade de explicar tudo"depois do meu encontro das quatro horas.

I &iretor de arte da Mendenhall R Lipton0I E me deixou ficar falando" falando! em explicar!I Eu tentei. E quanto ao jantar" aceita0I 1laro que n)o!Marco olhou para o relgio.




I Ent)o o melhor que posso fa%er 2 afogar $ocê em pedidos de desculpas pelamanh). asse no escritrio para a sua entre$ista. =ou explicar tudo. Bo$e e meia" est#bem0

(ntes que o palhaço de nari% la$anda e olhos arregalados pudesse protestar"

Marco partiu.

(




C)$*%+L, ---C)$*%+L, ---

I B)o $ai se esquecer0 9eisebol s três e meia0 Lindsey beijou sua filhinha deoito anos de idade.

I Lexie" estarei de $olta quando chegar da escola.I ou (lex agora" mam)e. or que nunca se lembra0 1hega de apelido de bebê.I ara mim" $ocê 2 (lexandra Major @ussell" querida" n)o importa o apelido que

escolha.I Bo beisebol sou (lex" do mesmo jeito que $ocê 2 Major no trabalho.I <udo bem. =ou tentar me lembrar.

Gora uma escolha consciente usar o nome de solteira profissionalmente. LindseyMajor" escritora" publicit#ria" era f#cil de encontrar na lista telefQnica e nas p#ginasamarelas. Lindsey @ussell" m)e de três filhos" tinha uma existência separada"particular.

(o som familiar do Qnibus escolar se aproximando" Lindsey $irou*se para osgêmeos de seis anos+

I =amos l#" $amos l#" a carruagem est# chegando!I 8 que $ocê fe% de lanche0 I perguntou 9roo:e" beijando a m)e.I andu/che de chocolate e creme com salada de jujuba. 8s gêmeos torceram o

nari%. I 1erto. >uer di%er que 2 broto de feij)o" presunto ou coisa pior. or que agente s ganha essas coisas0 ( m)e de (ndy tern coloca sodas de $erdade no lanchedele e as maiores fatias de torta que j# $i.

Lindsey deu um ltimo beijo no filho.I -ustin" eu sou a sua m)e" n)o a m)e de (ndreJ.I 8ra" crianças I disse Lexie. I e $ocês dois comprassem talões para lanche

como qualquer criança normal" n)o precisa$am reclamar da porcaria dos sandu/ches damam)e.

8 ranger dos freios do Qnibus interrompeu a con$ersa. Lindsey ficou na frenteda casa at2 $er os três embarcarem. &epois trancou a casa e mudou de preocupações.( caminho de ilmington" teria preferido pensar no futuro projeto de ciência

dos gêmeos ou na m2dia de rebatidas de Lexie" ou melhor" de (lex. Em $e% disso"começou a pensar em Marco sei*l#*do*quê. &esde a tarde do dia anterior" quase n)oconseguira pensar em outra coisa.

Ele a deixara se abrir a respeito de (mandaK deixara*a falar sobre o quantoprecisa$a de um emprego" de seu desejo de causar boa impress)o. Lindsey cerrou osdentes. Lembrar dos ltimos cinco minutos do encontro com ele a deixa$a furiosa" uma

fria misturada humilhaç)o.(pesar disso" Marco era tamb2m o estranho que aparecera em seu $esti#rioimpro$isado" concordara com o seu plano arquitetado s pressas" deixara*a aplicar*lhe

((



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionemaquiagem de palhaço e transform#*lo num espet#culo para uma plat2ia de crianças epais. Mereceria o t/tulo de ,bom rapa%," a n)o ser pela cantada que lhe passara e porter se fingido de reprter. 1laro" n)o fora bem uma cantada" mas seria" se ela ti$essedeixado as coisas rolarem.

?sso a fe% lembrar*se da sensaç)o que ele lhe despertara desde o começo+ ale$e palpitaç)o" a aceleraç)o do pulso quando o espiara pela $idraça do escritrio. B)opodia culpar Marco por issoK fora algo $indo de seu prprio sistema respiratrio.

(ssocia$a essas sensações a Marco tanto quanto a fria" e tenta$a sepult#*lasassim que lhe $inham consciência. B)o costuma$a paquerar" nem sabia mais comofa%ê*lo. Squela altura da $ida" n)o ha$ia sentido nisso. (quela altura da $ida" n)o ha$iatempo.

>uase sa/ra de seu caminho de$ido aos en$ol$imentos. (gora três criançasdependiam de corpo e alma dela e de seu aguçado faro e habilidade para os negcios.

B)o seria um palhaço assistente de camisa ha$aiana e cabelos encaracolados que a iriatirar dos trilhos. Especialmente um que esta$a a ponto de lhe dar um cheque depagamento.

Lindsey ainda refletia sobre a situaç)o enquanto dirigia no tr#fego intenso dapraça @odney e $ira$a na esquina de toJman lace. ;a$ia peças faltando no quebra*cabeça de Marco" peças que teria preferido dispensar" se a lembrança dele n)o serecusasse a abandon#*la. B)o de$ia ter ficado andando com os marionetes em cimadele" como se ele fosse um objeto inanimado. assando pelo trax" pelos ombros" pelascostelas... o que 2 que ela esta$a pensando0

B)o esta$a pensando! (quele era o problema. Esforçara*se tanto para aapresentaç)o sair perfeita que se esquecera de tudo o mais. &e$eria ter seguido asugest)o dele e impro$isado com crianças da plat2ia. 8 que pensa$a estar fa%endo"quando lhe passara as m)os pelo cabelo" pelos cachos macios" como se esti$essefa%endo uma massagem no couro cabeludo" aplicando a maquiagem branca e depoistirando*a como se ele fosse um dos seus filhos com um bigode de suco de u$a0 oderiaculp#*lo por ter interpretado mal suas intenções0

Le$ou o carro at2 o estacionamento pri$ati$o atr#s do belo pr2dio de tijolos daMendenhall R Lipton. ;a$ia" era ineg#$el" algo de dom*juan em Marco abe*se*l#*do*

quê" na forma ousada como a ajudara" no jeito como a encara$a. (lgo que" durante$#rias horas" impedira Lindsey de se concentrar em qualquer outra coisa.

;a$ia homens namoradores de todos os tipos. 8 que a fa%ia pensar duas $e%esera que" desta $e%" ela ha$ia gostado. &esta $e%" a adrenalina correndo nas $eias e opulso acelerado eram os seus prprios.

I Gique fria I murmurou ao estacionar o carro.<rancou a porta e olhou para o relgio. <inha tempo o bastante para pegar o

cheque da M R L e depois seguir pela mesma rua at2 o pr2dio da Girst <rust" ondede$eria entregar o rascunho de 9ra$o" o boletim mensal que escre$ia para a 1ompanhiade Tpera do =ale do 9randyJine. 8 fato de ter um segundo encontro marcado lheda$a mais segurança. Gicaria com Marco apenas o tempo que fosse necess#rio.

(




( agência Mendenhall R Lipton era pequena" relati$amente no$a na regi)o epossu/a a fama de n)o contar com as ,estrelas, de egos gigantescos que costuma$ampo$oar esse tipo de agência. Embora Lindsey hou$esse estado na agência apenas uma$e%" para tratar do espet#culo de marionetes e do futuro emprego de redatora" n)o

deixara de notar a atmosfera calorosa e /ntima. 1omo free*lancer" sempre em buscade ser$iços bem remunerados" tolera$a as excentricidades dos executi$ospublicit#rios. Muitas $e%es" isso significa$a aceitar ser$iços de que n)o gosta$a dehomens de quem gosta$a menos ainda.

(o que sabia" a M R L era um $erdadeiro o#sis. (manda Mendenhall dera aentender que ha$ia falta de pessoal na M R L. Lindsey pretendia con$encer apresidenta ao mesmo tempo exigente e humana de que ela era a resposta a seusproblemas. (gora se sentia desconfort#$el ao pensar que" na ausência de (manda" eraa Marco que precisaria con$encer.

Uaren inters" a recepcionista" esta$a sentada na escri$aninha do sagu)o com$#rios escritrios abertos ao redor. areceu lembrar*se de Lindsey quando esta lhedisse o nome.

I >uero falar com Marco e receber o meu pagamento.I (h" a inauguraç)o da <rês &esejos! 8u$i di%er que $ocê deixou as crianças

encantadas.I Mesmo0 8brigada! Uaren riu.I 1laro" o seu assistente est# recebendo todos os cr2ditos. B)o sei como o

con$enceu a fa%er aquilo" mas gostaria de tê*lo $isto em aç)o. (quela camisa ha$aiana

horr/$el s ser$e mesmo para um palhaço! Lindsey baixou a $o%+I 1omo 2 mesmo o sobrenome dele0I &'(bru%%i. 1om dois %ês. B)o precisa cochichar. Ele pediu que o desculpasse"

foi tomar caf2 na confeitaria da esquina e j# $olta. ode aguardar no escritrio dele.Marco sor$ia o caf2 quent/ssimo ao entrar na agência central da M R L. 8 aroma

sedutor dos bolinhos quentes que carrega$a lhe da$a #gua na boca" embora a id2ia deoutra refeiç)o s pressas em sua prancha de desenho acrescentasse um toque defrustraç)o adrenalina que o mantinha aceso.

I Muito trabalho e pouco sal#rio I murmurou ao aproximar*se da escri$aninha

de Uaren.I &iga isso a outra! I retrucou Uaren. I =ocê tem $isitas.I Am cliente0 B)o" atroJs:i n)o! Eu falei para ele que o folheto s ficaria

pronto depois das três.I B)o 2 -ac: atroJs:i.I Ent)o quem 20Uaren arqueou uma sobrancelha.I e esta express)o 2 um coment#rio sobre a minha $ida particular" $ocê pegou

o bonde errado. &esde que (manda partiu" tenho me comportado como um $erdadeiromonge.

(3




Marco deu um passo para o lado para espiar o seu escritrio. Ama loira esta$aem p2 diante de sua prancha de desenho" esticando*se para $er mais de perto a s2riede esboços e rascunhos pregados no quadro de a$isos acima da prancha. eus cabeloscurtos" elegantes" contorna$am a orelha. Ama blusa rosa" decotada" aderia sua$emente

s cur$as que ele examinaria mais detalhadamente se Uaren n)o o esti$esse $igiando.( saia era reta" aberta atr#s na altura do joelho. Asa$a sapatos de salto baixo e"quando se ergueu na ponta dos p2s" Marco seguiu*lhe o contorno da panturrilha esentiu o trax pulsar mais forte.

I are de agir como se esti$esse numa galeria de arte ou coisa pior Icensurou*o Uaren.

Marco sorriu.I estou tentando descobrir quem 2. Este trabalho me deixa exausto" mas eu

me lembraria se algu2m como esta a/ ti$esse feito parte da minha $ida particular.

I alpite errado" &'(bru%%i. Marco olhou para o relgio.I Esta n)o pode ser Lindsey Major! I sussurrou. Uaren sorriu" pegou um l#pisatr#s da orelha e apontou*o para o escritrio dele.

I ( palhaça em pessoa. or que n)o apro$eita e doa a sua camisa ha$aiana paraa coleç)o de fantasias dela0

I Minhas roupas s)o a minha alma I replicou Marco" acariciando seu pulQ$er$erde e amarelo com a estampa de uma bananeira. eguiu em direç)o prancha dedesenhoK parou porta quando a $isitante se $oltou. eria ainda mais atraente seesti$esse sorrindo. Estendeu*lhe a caixa com bolinhos+

I 8i" como $ai0 uxe uma cadeira! abor morango ou farelo de a$eia0Lindsey olhou do pulQ$er dele para a escri$aninha bagunçada" depois para a

cadeira cheia de pap2is rascunhados.I <enho outro encontro. B)o" obrigada" n)o quero nada.I ( n)o ser o seu cheque.I Meu cheque e algumas explicações.Marco estudou*lhe a express)o" o que exigiu coragem" agora que ela o encara$a

abertamente. 8 olhar era daquele mesmo a%ul inconfund/$elK agora" contudo" $inha deum rosto despro$ido de m#scaras. ela express)o da boca e pelo que acontecera no dia

anterior" suspeita$a que o rubor em seu rosto fosse natural.I (s coisas ontem foram meio atropeladas" n)o foram0I Bunca lhe teria pedido que me ajudasse se soubesse quem $ocê era.I or que n)o0I E" com certe%a" n)o lhe teria feito confissões de modo t)o antiprofissional.I B)o foram bem confissões.I ( culpa foi minha" mas $ocê de$eria ter me falado quem era. =ocê me deixou

numa situaç)o constrangedora.Marco tentou se concentrar no que ela di%ia e n)o no pra%er de juntar a mulher

diante de si com a $o% e as m)os do palhaço que ha$iam eletri%ado cada cent/metro deseu corpo.

(/




I <entei" $erdade! (ntes que eu percebesse" $ocê esta$a me falando de(manda. <entei interromper" mas perdi a oportunidade. &epois que $ocê se abriu"teria sido embaraçoso contar*lhe quem eu era. =ocê teria uma crise ner$osa" eprecisa$a atuar num espet#culo.

I P esta a sua explicaç)o0I e os pap2is esti$essem in$ertidos" $ocê faria o mesmo.I <eria enganado $ocê0 &u$ido.I B)o pode me acusar de engan#*la. (ssim que entrei em seu escritrio" $ocê

partiu para cima de mim.I Esta$a desesperada.I P" desesperadamente persuasi$a. Ela perdeu o controle.I &o jeito quê $ocê fala" parece que 2 totalmente inocente. =ocê deixou que eu

pensasse...

I ensou o que quis. B)o hou$e nenhum dano. =ocê encontrou um assistente e oseu espet#culo foi um sucesso. al$ei o dia. =irei um heri" e $ocê foi um sucesso.I erdoe*me" mas n)o o considero heri. ;# mais coisas en$ol$idas e $ocê sabe

disso.I <oneladas de seduç)o" sem d$ida.I Espere s um minuto!I B)o precisa pedir desculpas. =ocê precisa$a de ajuda. eu plano funcionou.

Goi muito eficiente" $ocê 2 tima.Embora os olhos dela dardejassem" conseguiu sorrir.

I B)o ouse distorcer os fatos!I ara $ocê n)o ter de di$idir a culpa comigo0I er# que posso s pegar meu cheque e sair daqui sem ter de passar por uma

psican#lise completa0I =ou usar da boa e $elha franque%a+ n)o h# problema no fato de eu saber que

est# ansiosa para trabalhar conosco. B)o h# problema algum em saber que" quando$ocê deseja muito alguma coisa" recorre a meios extraordin#rios para obtê*la.

(0




C)$*%+L, -4C)$*%+L, -4

Marco remo$eu uma pilha de pap2is de rascunho de seu banco e o estendeu aLindsey. >uando ela" enfim" se sentou" ele segurou*lhe a m)o" sorrindo de suaexpress)o surpresa.

I (gora chega de unhas com bolinhas roxas.I (gora chega de um monte de coisas!I Estou notando um le$e sotaque sulino0I Est# mudando de assunto e entrando em detalhes pessoais.I =ocê fe% cafun2 no meu cabelo e passou os dedos em setenta por cento do

meu corpo. ?sto me d# o direito de entrar em questões pessoais.Marco esperou que o rubor dela se acentuasse. Lindsey continuou encarando*o.I assar a m)o em seu cabelo e caminhar pelo seu corpo foram sacrif/cios em

nome da minha segurança financeira.I Goi uma pergunta padr)o. empre pergunto aos palhaços a respeito de seu

sotaque. P da =irg/nia0 1arolina do Borte0I r. &'(brusso...I &'(bru%%i. 1om dois %ês. ode me chamar de Marco.I 1omo quiser. I Lindsey estancou" como se o jogo r#pido de perguntas e

respostas a deixasse esgotada. I @aleigh" na 1arolina do Borte. ?sto n)o tem nada a$er com a situaç)o. =im para c# quando acabei a escola e nunca mais sa/.I Escola de palhaços0Ela riu" mesmo sem querer.I L/ngua ?nglesa" na &u:e Ani$ersity. Marco assobiou.I Gale sobre os bonecos. <al$e% eu precise contrat#*los outra $e%.I 1omecei a trabalhar como $olunt#ria em &urham e no hospital da

uni$ersidade. &epois passei a trabalhar para aumentar minhas rendas.I >ue $em de textos free*lance.

I P. Espera$a que $ocê mencionasse isso no artigo que pensei que fosseescre$er quando se fe% passar por reprter.I =amos começar tudo de no$o...I B)o pode me culpar!I Estou pensando em culp#*la por $#rias coisas" mas isto n)o $em ao caso.

arah 9rant mencionou tudo isso. 8 artigo dela est# na seç)o de negcios de hoje.Excelente inauguraç)o" artes)os locais" brinquedos educati$os" o de sempre. Elaexaltou a sua apresentaç)o e destacou o fato da sua carreira ser a de redatora erelações pblicas. ;# uma legenda sob a foto de um menino numa mesa de piquenique

completamente fascinado. I Marco sorriu. I 1laro que ele podia estar fascinado pormim.IP o que $ocê gostaria de pensar.

(1




I recisa admitir que formamos uma tima dupla. B)o fa% mal que eu soubessedos seus objeti$os e aspirações. B)o h# mal algum em saber que $ocê adorariaintegrar a nossa agência. I ?nclinou*se sobre a escri$aninha. I ou o primeiro aadmitir que (manda 2 uma chefe exigente. E o seu jeito de conseguir o melhor das

pessoas.I 7ostaria muito que n)o mencionasse isto a ela quando $oltar. Gique $ontade"por outro lado" se quiser deixar este artigo na escri$aninha dela.

Ele riu.I =ou deixar" sim.I <enho outro compromisso. 7ostaria de receber meu cheque.I ode pegar com Uaren.I Ttimo. =ou sair do seu caminho.I B)o tenho muita certe%a de que a Mendenhall R Lipton a queira fora do

caminho.8 olhar satisfeito de Lindsey o fe% sorrir. 8 telefone tocou.I ense nisso e espere um instante. I Era uma gr#fica da cidade querendo

saber a respeito da capa de um folheto. Marco le$antou o dedo para Lindsey enquantoescuta$a" mas ela apontou para o relgio de pulso e saiu da sala.

Ss duas da tarde Lindsey" bastante agitada" sa/a da agência de seu banco na@odney quare e $olta$a a toJman lace. 8 $ento prima$eril sibilou" agitando as#guas" e ela registrou mentalmente que teria de colocar na mochila a jaqueta debeisebol de (lex. ela segunda $e% naquele dia" Uaren a condu%iu ao escritrio de

Marco.Ele esta$a de costas" sentado no banquinho" reclinado sobre a prancha de

desenho" trabalhando num projeto. Am auto*falante" no canto da sala" toca$a msicacl#ssica no $olume m#ximo. &epois de pigarrear e n)o receber resposta" Lindseyentrou e colocou a m)o no ombro dele. e isto o surpreendeu" Marco n)o demonstrou.

Lindsey" contudo" surpreendeu*se. ;a$ia uma familiaridade no gesto que n)o lheera habitual. B)o costuma$a analisar seu prprio comportamento e muito menos suasra%ões. 1ontudo" apesar dos protestos e negati$as" ha$ia um laço de intimidade entreeles que parecia natural.

Marco $irou o rosto e sorriu. ua express)o af#$el era uma mistura de surpresae satisfaç)o" a mesma express)o que obser$ara inmeras $e%es durante o espet#culoinfantil que ha$iam representado.

I Lindsey! Esta$a esperando $ocê. >uer que eu assine o seu cheque" n)o 20I =ocê sabia0 Entrei na fila do banco sem perceber que $ocê n)o ha$ia

assinado. Marco" se foi um de seus truques...I <ruque0I ara que eu $oltasse.I ara $ocê $oltar" era s eu lhe oferecer um emprego. &esta $e% Lindsey

corou" embaraçada com a falta de pro$as e as implicações de sua obser$aç)o.I &epois de ontem" n)o sei o que esperar de $ocê. &esculpe.

(7




I Gi% um sinal para $ocê enquanto fala$a ao telefone" di%endo para $ocê pegar ocheque com Uaren e tra%er para eu assinar. ensei que $ocê s esta$a indo ao banheiroou coisa parecida enquanto eu fala$a ao telefone. >uando percebi meu erro" $ocê j#ha$ia ido embora e" quando cheguei rua" j# ha$ia desaparecido de $ista. (onde $ocê

foi" ali#s0I @ua on%e. 8utro cliente.I 1ompetiç)o...I ( gente precisa comer.I 1erto. ?sto 2 algo que temos em comum. >ue tal jantarmos hoje" cedo0

oder/amos continuar esclarecendo nossos pontos de conflito.I B)o" obrigada. reciso ir para casa. Meu compromisso na 1ompanhia de Tpera

le$ou muito mais tempo do que eu planeja$a.I ( Tpera0 =ocê assiste s apresentações deles0

I Ss $e%es me d)o bilhetes de cortesia. =ocê 2 f) deles0I P um mal de fam/lia. ( Tpera est# no sangue dos &'(bru%%i!I =ou me lembrar disto. I Lindsey estendeu*lhe o cheque e tentou ignorar a

express)o encantada nos olhos dele.I 8 que $ocê fa% para a 1ompanhia de Tpera0I 9oletins informati$os" folhetos e" duas $e%es por ano" le$antamento de

fundos. >uebro todo o tipo de galho para eles. ;oje ti$e de fa%er umas mudanças deltima hora em folhetos" algumas re$isões e con$ersei sobre os e$entos que ser)oanunciados no prximo nmero. <rabalho bem maçante.

I ,B)o despre%e as tarefas cotidianas!, Este 2 o ditado fa$orito da fundadorada M R L. P o que nos ajuda a ir le$ando. B)o h# nada como o brilho e o esplendor dosucesso" desde que haja uma base slida de trabalho cotidiano.

I ei me $irar bem com as duas coisas.Ele riu.I (posto que sabe mesmo. I &e$ol$eu*lhe o cheque. I B)o $ai mesmo mudar

de id2ia sobre o jantar0I B)o" n)o mesmo.I >ue tal ent)o um almoço atrasado0 Lindsey sacudiu a cabeça.

I Existe um marido esperando0Lindsey conte$e a respiraç)o. B)o era" de modo algum" a primeira $e% que um

colega de trabalho mostra$a interesse pessoal por ela. Era o interesse que ela prpriasentia que a perturba$a.

I B)o" marido n)o.I >uer di%er que h# algu2m esperando.I B)o misturo minha $ida social com a profissional.I Est# me recusando por princ/pio" ent)o.Era f#cil recorrer queles princ/pios" j# que sempre trabalhara como autQnoma.

Gitou os c/lios espessos e sedutores sob aqueles olhos inquisiti$os. Marco olhou para och)o" para os sapatos dela ou para algum ponto nebuloso do carpete.

(2




I Ama mulher de princ/pios.I E como! Marco sorriu.I e eu n)o ti$esse condições de lhe oferecer um emprego" ha$eria

possibilidade de jantar comigo0

I Mas $ocê tem condições" Marco.I uponho que isto signifique que eu precise contrat#*la para $ê*la de no$o.8 coraç)o de Lindsey deu um salto. Mesmo assim" ela mante$e a compostura.I 1reio que sim.Marco riu baixinho" como se esti$esse surpreso consigo prprio.I rinc/pios.I E como!Marco tomou*lhe o cheque das m)os e assinou*o como o $ice*presidente da

companhia. (o de$ol$ê*lo" suas m)os se tocaram.

I ara ser franco" estou insistindo porque ontem eu ti$e uma impress)odiferente de $ocê" dada por $ocê mesma.I Enganou*se. Marco suspirou.I Eu esta$a enganado. isso0 Bada de ofensas morais" protestos rai$osos0I Eu precisa$a de sua ajuda e insisti com $ocê at2 conseguir. Gui incisi$a"

admito" e peço desculpas se interpretou mal meus moti$os. (gradeço pela sua ajuda noespet#culo e fico lisonjeada com o seu con$ite.

I Mas o que quer mesmo 2 o emprego.I 1laro!

I B)o tenho chance mesmo0I Marco" desconfio que $ocê j# te$e chances demais na $ida!>uando Lindsey saiu do escritrio" o riso de Marco a acompanhou.

(




C)$*%+L, 4C)$*%+L, 4

;a$ia dias" e aquele era um deles" em que Lindsey n)o conseguia decidir se a suasituaç)o como free*lancer lhe torna$a a $ida mais simples ou infinitamente maiscomplicada. Ss quatro e meia" ao ajoelhar*se e enfiar o su2ter pela cabeça de -ustin"pensou em trabalhar num escritrio em tempo integral. <er um patr)o lhe daria opra%er de concentrar*se em sua carreira por um dia inteiro" deixando as criançasnuma creche depois da escola.

<oda$ia" mesmo que encontrasse uma boa creche" ou Mary oppins" o que istoiria lhe custar estouraria o seu orçamento j# prec#rio. ensou num trabalho meio*

per/odo+ $oltaria para casa antes do Qnibus da escola e n)o precisaria de bab#. 8esquema atual era equi$alente a esse e a deixa$a exausta. Esta$a num beco sem sa/da.Era uma discuss)o mental que Lindsey tra$a$a consigo prpria regularmente.

Baquele dia" contudo" ha$ia um elemento extra a considerar e a reconsiderar. Marco&'(bru%%i a fa%ia sentir*se transparente como celofane" tal$e% com uma le$e cor euma certa textura" mas translcida. (queles olhos a transpassa$am" penetrandoatra$2s de brechas e atingindo recantos que" de repente" sentia necessidade deproteger.

( tens)o sexual Vn)o conseguia pensar em outro termo mais adequado para

descre$er o fenQmenoW se estabelecera assim que ele entrara na sala da loja. B)otinha como negar. abia que ele sentira. ?nfeli%mente" sabia que ele sabia que elatamb2m sentira. Esta$a indo atr#s de confus)o. (h" se pudesse $oltar a usar amaquiagem e as roupas de palhaço!

<erminou o dia assistindo ao final do treino de beisebol de (lexandra" enquantoos gêmeos brinca$am no playground ao lado. E$ita$a pensar em Marco. uas tardespertenciam aos filhos" era o tempo que mantinha li$re de ser$iços" encontros efantasias com diretores de arte. (queles momentos eram preciosos.

8 beisebol era a paix)o da filha mais $elha e sua firme determinaç)o de jogar

no time da liga infantil deixa$a o coraç)o de Lindsey apertado. Meia d%ia de garotasha$iam concordado em entrar no time" mas apenas uma aparecera" e fora designadapara outra equipe. &epois da primeira semana de treinos" Lexie insistira em serchamada de (lex. Ba segunda semana" dissera que queria que Lindsey fosse apenasle$#*la e busc#*la. Benhum membro da fam/lia de$eria ficar obser$ando*a treinar.

Lindsey ainda n)o sabia se o problema era falta de habilidade" de confiança oupro$ocações de algum menino que acha$a que as meninas nem de$eriam tentar jogarbeisebol. Mais uma preocupaç)o.

Ss cinco e meia" le$ou a pequena fam/lia de carro para casa. (ssim que chegou

ao passeio de casa" -ustin desamarrou o cinto de segurança e debruçou*se sobre oassento da frente.I >uero um uper Grango no jantar.




I Est# com sorte" -ustin" $amos comer frango no jantar.I B)o" m)e" eu quero o uper Grango+ ,=ai jantar0 Gique esperto! B)o fique a/

parado! uper Grango 2 que 2 o certo+ o melhor frango empanado!,.I =ocê anda $endo tele$is)o demais!

I ( m)e de (ndy tern compra toda noite quando $olta do trabalho.I anto &eus" todos os dias ela põe sodas e bolos na merenda e todas as noitescompra frango frito. Ele de$e ser o garoto mais feli% do primeiro ano!

I P o que eu falo para $ocê!(lex meneou a cabeça enquanto sa/am do carro.I B)o percebe que mam)e est# brincando" -ustin0 Ela acha que essas porcarias

estragam os nossos dentes e fa%em mal para o coraç)o.I ( nica coisa que fa% mal para o seu coraç)o 2 @yan ;ammell.I ?sto n)o 2 da sua conta" intrometido.

I ,entei do lado dele no banco durante meio turno. Goi o para/so!, Icantarolou -ustin" imitando*a" o que arrancou um grito de protesto de (lex. I ,Eleacha que Lexie 2 apelido de bebê" prefere (lex" ent)o de agora em diante eu sou(lex.,

I =ocê ficou me ou$indo falar no telefone" seu miser#$el! Mam)e" ele ficaxeretando quando con$erso com minhas amigas!

-ustin escancarou a porta do carro e saiu correndo pelo p#tio" com (lex atr#s.9roo:e n)o ligou para nada disso e atra$essou a rua" juntando*se a um grupo decrianças da $i%inhança.

I Entrem quando eu chamar I gritou Lindsey para quem quer que esti$esseescutando e" exausta" seguiu para a co%inha e para a galinha ensopada que ningu2mqueria comer.

S mesa" repreendeu -ustin e con$ersou a respeito do direito pri$acidade comtodos eles. Entretanto" decidiu deixar a quest)o a respeito do que @yan ;ammellsignifica$a para (lex para tempos mais calmos. Mudar de Lexie para (lex porque ummenino preferia... 8bser$ou a filha comendo por um instante e meneou a cabeça. Eracedo demais para encrencas com homens...

&epois do jantar" dos banhos" da liç)o de casa de (lex e da recusa da filha em

con$ersar sobre @yan" insistindo que tudo ia bem" do projeto de ciência dos gêmeos edas histrias de ninar... a noite chegara ao fim. -# eram quase de% horas quandoLindsey preparou um ch# de er$a doce e rumou para seu pequeno escritrio"antigamente um jardim de in$erno junto sala de estar.

( secret#ria eletrQnica esta$a piscando. (pertou o bot)o e surpreendeu*se coma satisfaç)o que lhe causou o som da $o% que pronuncia$a o seu nome.

I Lindsey0 P Marco. Ligue para mim quando puder. e for depois das seis liguepara a minha casa. P XXX*XX4Y. B)o durmo nunca.

&'(bru%%i" XXX. 8 prefixo era da %ona que inclu/a &orset Mills. Golheou a listatelefQnica de ilmington" curiosa para descobrir onde uma pessoa criati$a comoMarco &'(bru%%i poderia morar. &rst 1t. eu coraç)o se contraiu. Leu de no$o a

(



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccioneindicaç)o e mordeu os l#bios diante da dolorosa coincidência. Era o endereço docondom/nio de -onathan" &orset 1ourt. Lindsey n)o conseguia imaginar um executi$opublicit#rio de camisa ha$aiana morando no mesmo lugar que -onathan.

&iscou o nmero de Marco. Ba quarta chamada" espera$a que uma secret#ria

eletrQnica atendesse. Em $e% disso" ou$iu um ,alQ, um tanto %on%o.I Marco0'I Lindsey0 I eguiu*se um bocejo aud/$el.I (cordei $ocê0 =ocê disse no recado que n)o dormia nunca!I Am truque para fa%er $ocê ligar. Goi um longo dia. (cho que cochilei em cima

de um trabalho que trouxe para fa%er em casa. I ( $o% dele ficou mais clara. I >uebom que $ocê ligou! I Gicou um instante em silêncio" folheando alguns pap2is. I -# queo nico jeito de $er $ocê de no$o 2 lhe dar um emprego" estou lhe oferecendo um.

8 sujeito era demais" joga$a para ganhar!

I (cho que n)o s)o bem esses os m2todos que (manda emprega na direç)o daagência... I replicou Lindsey.I =ocê queria impressionar (mandaK agora ter# a oportunidade.I Marco!I =ocê precisa comer" est# precisando de dinheiro desesperadamente" lembra*

se0I 8 que est# me oferecendo0.I ?nfeli%mente" s trabalho.I Muito engraçadinho.

I Gomos contratados para fa%er a publicidade da 1omiss)o Municipal deEnergia esta tarde. (manda andou atr#s desse contrato o ano todo" comia e dormiapensando nisso" no projeto que precis#$amos elaborar.

I 1ontinue.I ;# duas semanas" (manda fe% uma apresentaç)o formal do projeto. Goi um

sucesso. Liguei para ela em eattle para dar as not/cias. (gora tenho que impression#*los colocando os primeiros projetos no papel o mais r#pido poss/$el. =amos precisar deuma redatora" 2 claro. =ocê preenche os requisitos.

I B)o de$eria fa%er esta oferta passar por (manda0

I ara falar a $erdade" a id2ia foi dela.I Mesmo0I -uro pela lasanha da minha m)e. odemos con$ersar sobre isso amanh)"

durante o almoço0I Eu n)o almoço.I Beste ramo de negcios todo mundo almoça. (lmoço de negcios" Lindsey.I reciso terminar um trabalho. (lmoçar interrompe o meu dia" le$a tempo

demais. reciso de tempo para escre$er. 8 m#ximo que posso fa%er 2 tomar caf2 damanh).

I Estou lhe contratando! Bunca lhe disseram que" em caso de oferta deemprego" 2 o $ice*presidente que d# as cartas0




I B)o sei se algu2m j# me disse isso.I Bingu2m toma caf2 da manh).I Eu tomo. I orriu diante do tom aborrecido da $o% dele.I Em que maldita hora0

I (ssim que salto da cama. >ue tal oito e meia0I &a manh)0I Eu $alho o esforço. are de reclamar" n)o est# sendo nada profissional! I

Lindsey suspirou diante da $elocidade daquele duelo $erbal. I Marco" mais uma coisa.e eu aceitar" $amos ter de estabelecer um pacto.

I Mais condições0Lutou contra a tentaç)o de mencionar o flerte e as insinuações. ?sto s traria

mais flertes e insinuações" ainda mais ao telefone. uspirou outra $e%.I Bada de condições. Gale*me do emprego.

I ela manh).I <udo bem. =ocê fa% o caf2" eu le$o os bolinhos. 8 riso dele ressoou junto aopescoço de Lindsey.

I >ue diabo" nada disso. =amos fa%er as coisas direito. 1af2 de escritrio ebolinhos de confeitaria s)o para encontros rotineiros de trabalho. Encontro $ocê nosal)o 9randyJine do ;otel &uont.

I elo amor de &eus" s pensei em tomar alguma coisa le$e no seu escritrio!B)o precisa ser num restaurante!

I Eu 2 que estou dando as cartas" lembra*se0

3




C)$*%+L, 4-C)$*%+L, 4-

Marco refreou outro bocejo enquanto obser$a$a Lindsey tomando seu caf2. 8%umbido das con$ersas em $o% baixa de executi$os e hspedes do hotel ressoa$a emtodo o sal)o. Lindsey olhou para o quadro de B.1. yeth" na parede mais prxima.Marco teria preferido jantar com ela no pub inglês do hotel. referiria con$ersas mais/ntimas a discussões sobre pra%os e tipos de letras. Mesmo assim" conseguira ir maislonge do que esperara.

Embora hou$esse chegado de% minutos antes da hora marcada" encontrara*aesperando por ele no sagu)o do hotel" cintilante como um raio de sol. Bada de tailleurs

de ar s2rio" nem pasta de executi$o. 1amisa amarelo*lim)o aberta na gola sobre calçasde gabardine cor creme. apato de couro de salto baixo e brinquinhos de prata" emargola. ( lu% incidia direto sobre sua cabeça e se dispersa$a em $#rios tons dourados.8 sorriso dela o fe% sorrir tamb2m" de um jeito meio sonolento.

I Bingu2m consegue estar assim t)o... radiante a esta hora da manh)! Iexclamou" ao receber da garçom o seu pedido.

I ( primeira impress)o 2 o que $ale! Mesmo que" de repente" $ocê comece a se$estir como um banqueiro" ser# da camisa ha$aiana que me lembrarei.

I e est# pensando na primeira impress)o" $ocê tamb2m j# deixou a sua" com

as suas unhas roxas e os tênis $erde*amarelos.I Lamento ha$er mencionado isto...I ?sto sem falar do nari% cor de la$anda.I 1ausou impress)o. Era o que eu queria.Ele queria contar*lhe qu)o profunda ha$ia sido a impress)o que lhe causaraK

como n)o conseguira deixar de pensar nela durante todo aquele domingo" at2 napartida de tênisK como a presença dela o ha$ia perturbado no escritrio $a%io depoisque sa/ra com o chequeK como o som sua$e das pala$ras que pronunciara ha$ia ficadoressoando em sua cabeça depois que ha$iam terminado de con$ersar ao telefone. Bo

entanto" Marco n)o era tolo" nem no pra%er nem nos negcios" e Lindsey Major erauma inst#$el mistura de ambos. (ssim" preferiu di%er+I uponho que" n)o importa o que aconteça" nunca $amos nos esquecer de nosso

primeiro encontro de negcios. I Marco passou a m)o pelo cabelo" depois alisou ocasaco esporti$o amassado.

I =ocê parece abatido esta manh). Bada de estampas ha$aianas" nembananeiras...

Marco alisou a gra$ata de seda que" a uma inspeç)o mais atenta" re$ela$a umaestampa de peixes multicoloridos" desde o n at2 a ponta.

I Am caf2 da manh) completo com uma cliente no sal)o 9randyJine pede algomais conser$ador.

/




I P claro I disse ela" irQnica" rindo de modo repentino e franco" t)o fortequanto a primeira x/cara de caf2 do dia.

ro$aram bolinhos ingleses com di$ersas gel2ias e frutas. Lindsey sorriu aolargar a x/cara de caf2. I &elicioso" mas uma perda de tempo. 1onte*me a histria

toda. I 8s doces s)o colombianos" sem d$ida preparados pelos magos da co%inha do&uont. 8s bolinhos caseiros tamb2m...

I B)o foi isto o que eu quis di%er. Marco bateu no peito.I ou um t/pico garoto de cidade" do norte de 9oston. obre a paix)o da

fam/lia pela pera" $ocê j# est# sabendo. <orcedor fan#tico do maior time de beiseboldo planeta" o 9oston @ed ox. Gormaç)o uni$ersit#ria pela (cademia de 9oston.Gormado em futebol americano pela Lehigh Ani$ersity.

I <amb2m n)o 2 isso. I >uase sem conseguir mais manter o ar s2rio" Lindsey

retirou um bloco e uma caneta da bolsa.I <udo sobre os negcios! (bra essa pasta que $ocê tem a/ sobre os joelhos.I =ocê s pensa em trabalho0I =amos falar de negcios" Marco.I e insiste...I ?nsisto" sim. Ele abriu a pasta.I 8 coordenador 2 um cara chamado Mar: &esmond" o diretor de relações

pblicas deles. =)o iniciar um programa de cinco anos de educaç)o para a preser$aç)oda energia e do meio*ambiente" projetos especiais $isando objeti$os espec/ficos. Ele

quer começar com um pacote sobre reciclagem para estudantes das escolas de&elaJare" pblicas e particulares. ara o primeiro grau estou planejando utili%arhistrias em quadrinho. I <irou as folhas com as histrias da pasta.

I Estes desenhos fa%em parte do projeto geral de (manda. Eles apro$aram aid2ia. (gora preciso de especificações para continuar os desenhos. ara o segundograu" usaremos os mesmos personagens num formato diferente.

I Mais texto.I P. =ocê escre$e tudo para os dois n/$eis" para juntar ao meu desenho.Lindsey afastou os pratos para o lado e começou a examinar tudo.

I arece promissor. e ti$er um pra%o ra%o#$el" posso pegar. ode meemprestar os desenhos por uns dias0 =ou começar amanh) noite" quarta*feira. <udobem se eu entregar na manh) de sexta0

Marco inclinou*se para frente.I ode produ%ir alguma coisa t)o r#pido assim0I Am rascunho0 1laro.I Estou impressionado.I ( gente precisa comer!I Goi o que $ocê falou. 7osto de escritores desesperados" bem magrinhos e

famintos. ?sso d# um toque especial ao seu trabalho.I >uem mais $ocê pensa em chamar para o ser$iço0

0




I Mais ningu2m" a n)o ser que $ocê n)o possa dar conta.I osso.I (lgum trabalho paralelo que $# atrapalhar0 Lindsey hesitou" mas respondeu+I B)o.

I E quanto aos prximos espet#culos com bonecos0I B)o $)o atrapalhar.I erguntei s por curiosidade.I ( seç)o infantil da biblioteca de 9ancroft ar:Jay quer que eu faça uma

apresentaç)o na tarde de domingo.Marco sorriu.I 1hame*me se precisar de um parceiro. &e repente" ela o fitou.I =ocê foi timo. I @apidamente" baixou a cabeça para os desenhos.Marco culpou a cafe/na pela batida acelerada do coraç)o. e j# existiu uma

mulher capa% de deixar um homem excitado pela manh)" esta$a sentada bem suafrente naquele momento. Bo decorrer daquela simples con$ersa" o tom de Lindseyha$ia ido do ronronar sedutor de gata ao mais franco e direto" e $ice*$ersa" numpiscar de olhos. ;esita$a quando ele acha$a que ia ser incisi$a e teima$a quando eleacha$a que ia ceder. <odo o corpo de Marco esta$a aceso" da cabeça aos p2s.

Lindsey continuou olhando para os desenhos" e Marco lhe entregou outroconjunto de ilustrações.

Examinou*os com o m#ximo cuidado.I Limpo" direto. 7osto do seu estilo.

I util" mas decidido.I ropicia diferentes n/$eis de leitura.I 8 meu estilo0 Ela sorriu.I 8s seus desenhos.Marco assentiu. Bada de con$ersa fiada. ( proposta que fi%era sobre a

biblioteca n)o lhe rendera mais que um erguer de sobrancelhas. Lindsey deu um ltimogole no caf2 enquanto Marco se inclina$a para pegar algumas notas de dinheiro napasta. >uando le$antou a cabeça" pegou*a obser$ando*o por sobre a x/cara. Era umar2plica do olhar cor de #gua*marinha sob falsas pestanas que recebera naquela tarde

de domingo. 8 olhar de Lindsey Major era aberto" sensual" incri$elmente sugesti$o.Menos de quarenta e oito horas antes" aquele olhar o ha$ia deixado hipnoti%ado. Maisuma $e%" tudo desapareceu num piscar de olhos" como se n)o passasse de outra desuas fantasias.

I =ou gostar deste ser$iço I declarou ela" enfim.I &u$ido que goste mais do que eu.Lindsey gemeu e passou a m)o no cabelo. <udo o que precisa$a fa%er era

terminar o seu anncio de r#dio de trinta segundos para a 1ompanhia de Tpera" paraent)o começar a trabalhar no projeto da M R L. Bada de inteligente lhe $inha cabeça" contudo+ nenhum jogo de pala$ras" nenhuma figura de linguagem. 7irou a

1



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionecadeira e olhou para a tela do computador" depois para a galeria de fotos da fam/lia naestante.

empre fi%era quest)o de n)o falar sobre seus filhos com colegas de trabalho"e Marco n)o iria ser uma exceç)o. Galar em infecções de ou$ido ou garganta para

profissionais solteiros ou sem filhos como (manda Mendenhall e Marco &'(bru%%i"como desculpa para um pra%o n)o cumprido" n)o lhe parecia correto" por mais quefossem coisas que" de fato" aconteciam. Misturar filhos com negcios n)o lhe pareciaprofissional" al2m de ser algo que um free*lancer de sexo masculino jamais faria.

Bo momento" todas as três crianças esta$am cheias de sade e na escola. B)opensara nelas" nem mesmo quando fitara distraidamente suas fotos. (inda assim" n)oconseguia se concentrar. 8 que lhe $inha mente a fa%ia resmungar e lutar contraimagens insistentes.

Lindsey Major" a profissional" era uma astuta julgadora de car#teres"

especialmente dos tipos criati$os e atraentes com que lida$a diariamente. 9em antesdo famigerado espet#culo de marionetes" o instinto e um exame nos projetos criati$osda Mendenhall R Lipton a ha$iam deixado ansiosa para trabalhar para eles.

Bunca lhe ocorrera que Lindsey @ussell" a mulher" teria de lutar contra suaprpria imaginaç)o antes de começar a trabalhar em seu computador. recisou afastara imagem de Marco &'(bru%%i" que continua$a emergindo de seu subconsciente.recisou li$rar*se da lembrança de sua $o% e de suas brincadeiras. recisou esquecerque dançara com os marionetes sobre sua espinha" seus cabelos e seu trax.

(lgo esta$a crescendo dentro dela" algo pelo qual continua$a a culpar o homem"

porque era inconceb/$el que pudesse emanar dela prpria. B)o era a primeira $e% quese sentia inexplica$elmente atra/da por um homem primeira $ista. Era isso o que maisa preocupa$a.

( $is)o de -onathan @ussell no compus da &u:e Ani$ersity fora uma mistura deadrenalina e palpitações" numa combinaç)o $ertiginosa que achara que duraria parasempre. -ulgara a si prpria t)o incorretamente quanto ao objeto de sua afeiç)o. uaintuiç)o feminina e a descarga de hormQnios eram uma combinaç)o fatal" que le$ara aodesastre e m#goa.

( $ida turbulenta que le$ara com -onathan" a separaç)o" a culpa" as

reconciliações" a dor com a sua morte" ha$iam sufocado o que restara de suasemoções. elo menos era o que pensa$a.

<rabalho era tudo o que queria+ a oportunidade de escre$er para (mandaMendenhall" e n)o a mistura de ousadia" talento e curiosidade irre$erente do diretorde arte da agência. Marco &'(bru%%i poderia fa%er uma roseira florescer com seucharme. Ama onda de desejo iniciou uma espiral lenta e certeira atra$2s de seu peitoat2 os seios se aquecerem sob a blusa de algod)o. Mesmo a ss em seu escritrio"Lindsey corou $iolentamente e le$antou*se. Goi at2 a janela e fitou os espinhos quesubiam pela cerca do $i%inho.

7




Ss cinco e meia daquela tarde" uma simples olhada nos ombros ca/dos e no andarhesitante de (lex ao separar*se de seus companheiros de equipe e entrar no carro foio bastante para Lindsey perceber o estado de esp/rito da filha.

I 8i" querida. 7ostaria que me deixasse $ir $er os seus jogos. 7osto de $er

$ocê jogar!I B)o h# nada para se $er" n)o sabia0 B)o sabe que eu sou a rainha*das*rebatidas*erradas0 I ( menina piscou furiosamente e enxugou as l#grimas com abarra da camisa do uniforme.

Lindsey se inclinou para abraç#*la" mas (lex a empurrou com o ombro e colocouo cinto de segurança.

I B)o preciso de nenhum abraço idiota. B)o sou nenhum bebê! quero ir paracasa" est# bem0

( rejeiç)o quase fe% com que Lindsey tamb2m desandasse. 1onseguiu ligar o

motor e sair do estacionamento.I =ou preparar um banho quentinho para $ocê. =ai ajudar.I =ocê sempre acha que sabe o que $ai ajudar! Bada $ai ajudar. ou p2ssima no

beisebol! B)o 2 coisa para garotas. Eu nunca de$eria ter começado!I (posto que 2 @yan ;ammell que chama $ocê de rainha*da*rebatida*errada I

gritou -ustin do assento traseiro. I (posto que foi ele que falou quê $ocê 2 p2ssima.I 1ale a boca!I 1ale a boca $ocê... Lexie...I Meu nome 2 (lex" seu imbecil!

I Mam)e" olha ela!I 1hega" $ocês dois!I Mam)e" diga alguma coisa! =ocê sempre me d# bronca quando eu mando calar

a boca! B)o $ai dar bronca nela0I 1hega! I Lindsey des$iou para a lateral da estrada e contou at2 de%. I (lex"

peça desculpas ao seu irm)o. ei que $ocê est# chateada.I B)o" n)o estou!I -ustin" tente entender. Mesmo os adultos di%em coisas que n)o querem

quando est)o %angados ou magoados.

I P" como $ocê e papai" e $eja s o que aconteceu I replicou o menino.Lindsey fechou os olhos e apertou a testa contra o $olante. ua garganta ardia

e os olhos do/am.I =eja s" $ocê fe% mam)e chorar! Lindsey engoliu em seco.I <udo bem. estou cansada e sem a menor $ontade de ser$ir de #rbitro

entre irm)os" s isso.-ustin continuou inclinado sobre o assento da frente.I 8 que 2 #rbitro!I rocure no dicion#rio quando chegarmos em casa. (gora ponha o cinto de

segurança e sente direitinho. =ocês dois fa%em com que eu pareça um disco riscado. ILindsey deu uma batidinha no joelho da filha. I <udo bem" (lex. -ustin" sei como se

2



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionesente a respeito da morte de seu pai. Goi um acidente de carro" querido" e n)o temnada a $er com o fato dele n)o morar mais conosco" ou com as nossas brigas.

I Bem com di%er coisas que ele n)o queria di%er" ou que $ocê n)o queria di%er.-# me falou um milh)o de $e%es I replicou -ustin l# de tr#s.

I E uma dessas $e%es espero que $ocê acredite.I Ele era bom em beisebol. oderia ter ajudado (lex.I P" poderia" e essa 2 uma das ra%ões pelas quais sentimos falta dele. (gora

$amos" sen)o n)o chegamos antes do Qnibus das escoteiras deixar 9roo:e em casa Ireplicou Lindsey" dando partida no carro outra $e%.




C)$*%+L, 4--C)$*%+L, 4--

I Marco" 2 Lindsey Major.I 8i! Lindsey! I ( surpresa" o contentamento e a expectati$a o in$adiram.

entou*se no sof#" preparando*se para o duelo $erbal que esta$a acostumado aassociar sua relaç)o com ela.

I P tarde demais para falarmos de negcios0I Bunca 2. Benhum problema" espero. I ;esitou diante da $o% embargada de

Lindsey. I 8 que foi" Lindsey0I Am p2ssimo dia. Estou exausta! &esculpe incomod#*lo em casa.

I B)o 2 culpa minha" espero.I B)o.I Est# muito atarefada" tentando terminar o outro trabalho antes do fim do

pra%o para começar o nosso0 e 2 isso" a Mendenhall R Lipton pode esperar. repareum chocolate quente e ponha os p2s para o alto. Ligue*me de manh). 8u melhor" me dêo seu endereço e eu dou uma passada a/.

I Estou bem" mesmo. I Ela suspirou e Marco apertou o fone contra o ou$ido"reclinando*se sobre as almofadas e tirando os mocassins.

I ( id2ia de entregar o projeto na sexta foi sua. Ase o fim de semana" se

precisar.I B)o" n)o 2 isso. Marco0 I ( $o% soou embargada outra $e%. eguiu*se umsuspiro ainda mais profundo.

I (bra*se comigo.I B)o. Eu n)o de$ia ter ligado neste estado de esp/rito. I Lindsey pigarreou. I

Espere um pouco. -# $olto.(fastou*se antes que ele pudesse responder. Marco esperou" perplexo"

preocupado e satisfeito ao mesmo tempo.I Marco0 I Lindsey interrompeu*lhe os de$aneios ao $oltar ao telefone.

I Estou aqui.(quilo a fe% suspirar de no$o. (ssoou o nari%.I 8brigada por esperar I falou" nitidamente por tr#s de um lenço.I (bra*se comigo I repetiu ele" morrendo de curiosidade. (quela mulher t)o

decidida a transmitir a imagem de independência esta$a" ob$iamente" lutando para serecompor. (quilo o deixa$a embaraçado. L#grimas de mulher sempre o perturba$am" ea imagem de Lindsey a ss numa escri$aninha" triste e deprimida" era t)o inesperadaque lhe do/a.

1ontrolou o impulso de dirigir a con$ersa. ?nconscientemente" acariciou a

almofada" como se pudesse confort#*la. assara a maior parte da tarde analisando a$i$a personalidade de Lindsey Major e sua b$ia necessidade de pri$acidade. B)o eratolo de pensar que ela iria confiar nele.

3




I 8brigada. -# s)o quase de% horas. Eu n)o de$ia ter ligado" s tenho uma ouduas perguntas.

I B)o de$ia trabalhar t)o tarde. 8 que foi que deixou $ocê t)o abatida0I Bada" nada. &esculpe" n)o de$ia ter ligado!

I B)o diga bobagens. =ocê n)o est# bem. 1onte*me por quê. I Marco olhoupara o relgio. I &iga*me o seu endereço e eu dou uma passada a/.?maginara o escritrio dela d%ias de $e%es desde a manh). Ss $e%es o $ia

simples" pr#tico" modernoK outras $e%es" abarrotado" bagunçado. Lindsey esta$asempre de amarelo" em tons creme e lim)o" como no sal)o do hotel.

I B)o" n)o. Estou bem" mesmo. <elefonei para perguntar sobre os seusdesenhos. Estou tendo problemas para interpretar o segundo e o terceiro quadrinhoda primeira folha" e a ltima tira do segundo. &e$ia ter dado uma olhada neles com$ocê antes de peg#*los. I 1onseguiu recuperar a firme%a habitual" embora esti$esse

nitidamente se controlando.I =ocê esta$a trabalhando nisso agora" est# com os desenhos a/0 P tarde paracomeçar algum trabalho hoje. osso ir a/ e interpretar os desenhos. er# uma $isitaestritamente profissional" em nome da M R L.

;ou$e uma longa pausa.I Eu n)o de$ia ter ligado. &eixei $ocê preocupado. (cha que $ou recusar o

ser$iço e que $ai ter de dar uma explicaç)o a (manda. B)o $ou deixar $ocê na m)o"Marco.

I &ê um jeito de n)o deixar mesmo!

I 1erto" chefe. I Lindsey conseguiu dar uma risada.I &e$ia fa%er isto com mais freqZência" sabia0 ( sua risada 2 fant#stica. Ama

das melhores que j# ou$i.I Marco...I E eu j# ou$i muitas!I =ocê n)o est# entendendo. Grancamente" n)o tem nada a $er com o ser$iço.Marco le$ou a almofada ao peito e puxou um assunto que sabia que Lindsey

jamais traria tona.I )o as finanças que a est)o preocupando0 =ocê sempre fala que precisa

comer. ( M R L poderia pagar*lhe uma parcela em adiantamento.<al$e% n)o hou$esse escritrio. <al$e% ela trabalhasse numa :itchenette

apertada em algum lugar. eu endereço na lista telefQnica di%ia apenas ilmington"&elaJare. 8 cart)o comercial Vele encontrara três nas ga$etas de (mandaW indica$auma caixa postal na regi)o suburbana de <alley$ille" a mesma de seu prefixo detelefone" na parte norte da cidade.

I B)o" obrigada" n)o 2 isso. queria lhe fa%er uma pergunta sobre seusdesenhos.

I ;# quanto tempo trabalha como autQnoma0I Marco" (manda j# me entre$istou.I esta$a curioso.

3(






I Eu0 Bunca!I ei quando uma mulher est# deprimida.I Marco...I ou um grande conhecedor de mulheres. 8rgulho*me de entender as

artimanhas femininas e seus ataques temperamentais.I 7rande conhecedor! B)o sou do tipo que tem artimanhas temperamentais" ouseja l# o que for.

I aiba que fui criado com três irm)s. &i$idi estdios com mulheres e uma $e%at2 um apartamento. E n)o existe colega de trabalho mais feminina do que (manda.(cho que j# basta para eu ganhar o diploma.

I (h" e deixe*me adi$inhar+ as mulheres com quem te$e romances ser$iram deps*graduaç)o. (s mulheres" em relaç)o a $ocê" s)o como mariposas em tomo de umalHmpada...

I >ue lisonjeiro! P esta a imagem que projeto0 Lindsey riu sarcasticamente.I B)o se preocupe com o que 2 que projeta. Esta con$ersa n)o era para serpessoal.

I 1riaturas fascinantes" todas $ocês.I Gascinantes ou n)o" se a oferta est# de p2" esta criatura precisa estar num

escritrio s oito e meia amanh) de manh). ode abrir o escritrio assim t)o cedo0I 8u Uaren ou eu iremos estender*lhe o tapete de boas $indas.

33






I ignor &'(bru%%i" n)o tenho a menor d$ida de que poderia quebrar at2 umiceberg" se ti$esse a oportunidade. (gora" se me scusa" gostaria de começar.oder/amos dar uma olhada nisto" por fa$or0

I Mal posso esperar!

Lindsey espalhou as folhas de desenho sobre a escri$aninha e colocou seu textoao lado. 8 sbito tom s2rio da $o% dele a fe% encar#*lo de no$o.I Eu tamb2m. (cho que $amos formar uma bela dupla!I Ent)o $amos l#.Ela abriu outro sorriso" desta $e% maior ainda. B)o pQde e$itar.Bo meio da manh) seguinte" as suspeitas de Marco se confirmaram. Eles

forma$am uma dupla fant#stica. Eram compat/$eis. imp#tico" ele lhe diria" se ti$essetido algum encorajamento. e ti$esse tido algum encorajamento" a teria beijado"pensa$a" em de$aneios erticos. (queles eram limites a serem preser$ados" contudo"

claramente traçados e ditados pelo respeito profissional" pelo bom senso e pelagratificante percepç)o de que seus instintos esta$am corretos+ Lindsey Major erauma excelente redatora.

&urante a manh) anterior" Lindsey demonstrara o sexto sentido que todoprofissional de uma equipe precisa$a ter para complementar o trabalho de outro.arecia entendê*lo e antecipar suas id2ias. ;a$iam progredido com tanta firme%a erapide% que ele propusera" para a fase seguinte do projeto" uma sess)o li$re decriaç)o atra$2s da troca de id2ias.

Estar ao lado de Lindsey" junto aos desenhos espalhados sobre a escri$aninha

de (manda" o fa%ia sentir*se criança de no$o" esfregando o p2 com meia num tapetede l) felpudo+ $erdadeiras fa/scas de eletricidade passa$am de um corpo a outro.

&urante a segunda manh)" Lindsey ria $ontade e o que ele $ia em seu olhar oencoraja$a" mesmo que ela n)o o fi%esse. &epois de meia hora de consultas" deixou*atrabalhando e $oltou prancha de desenho. 8s dois escritrios possu/am uma paredeem comum" e Marco perdeu longos momentos imaginando Lindsey do outro lado.

Ss on%e e meia ela bateu porta" que esta$a aberta" e estendeu*lhe uma folha.I ode dar uma olhada nisto0 =ou sair logo.I -ornada curta de trabalho!

I -ornada longa" na $erdade. <enho outros trabalhos a fa%er.Leu o texto com Lindsey ao lado. Ela recendia a uma colQnia sua$e cujo nome ele

n)o lembra$aK le$e" sedutora e bem ao estilo dela. Marco achou que n)o $alia a penacomentar nada a respeito" contudo" e lutou para se concentrar no texto.

I Est# bom I murmurou. I Ttimo I acrescentou" apontando com o l#pis parauma frase aqui e ali. Lança$a*lhe um olhar de $e% em quando e" quando lhe sorriu" elalhe retribuiu o sorriso.

Gicaram lado a lado $endo os desenhos e discutindo duas $ersões de umalegenda. Legendas! Ele mal conseguia se concentrar naquilo. >uando chegaram sltimas tiras" sentou no banco e olhou para o relgio.

30




I >ue tal um almoço antes de sair0 8s restaurantes $)o estar $a%ios. 1onheçoum restaurante italiano muito bom. (ssim $ou poder continuar a impressionar $ocêcom a minha fluência.

I Muito bom. Marco a encarou.

I (ssim0 B)o $ou precisar insistir durante horas e horas0I Estou faminta I replicou Lindsey" sorrindo.I =ocê 2 mesmo um mist2rio!I Marco &'(bru%%i! &esconfio que ficar sempre um passo sua frente $ai ser

um trabalho em per/odo integral!I 9ondade sua!( caminho do restaurante" Marco descre$eu os antepastos e sugeriu alguns de

seus fa$oritos. entaram*se numa mesa pequena" com toalha de linho" junto janela.1umprimentou o garçom que o saudou em italiano+

I 9uon giorno" Marco.I 9uon giorno" &ominic.I =uole mangiare alia caria0I Gale inglês" &om. Lindsey e eu queremos o de sempre. 8 garçom sorriu para

Lindsey.I Ele me fa% praticar o inglês" e eu o deixo praticar o italiano.I Ele 2 t)o bom quanto me falou0I erfeito.I (t2 que ponto $ocê 2 italiano0 I perguntou Lindsey a Marco enquanto eram

ser$idos.I 8s &'(bru%%i $ieram para os Estados Anidos por $olta de 4\5F" mas a fam/lia

de minha m)e $eio durante a guerra" de <rieste" na costa norte do (dri#tico" perto de=ene%a. Ela nos ensinou a falar italiano fluentemente. I &epois de uma pausa" Marcoperguntou+ I >uem lhe ensinou a falar francês fluentemente0

I 9atalhei durante três anos no segundo grau.I -# tentou escre$er seus textos mara$ilhosos em francês0I -# 2 bem dif/cil em inglês.I =ocê escre$e muito bem.

Marco mante$e a con$ersa centrada no trabalho durante todo o almoço"discutindo detalhes do projeto em que trabalha$am juntos. >ueria deix#*la $ontade"do mesmo jeito que ele se sentia. 8 entusiasmo de Lindsey pelo trabalho era a cha$epara que o di#logo flu/sse sem interrupções durante o antepasto e o minestrone.

I (cho que conseguiremos terminar na segunda de manh) I comentou Lindsey"terminando o caf2.

I ( gr#fica est# pronta. >uero le$ar as primeiras pro$as para eles na terça demanh) e começar os folhetos para o segundo grau. =ocê dispõe de tempo para mim nasemana que $em0

I Am pouco.I E$asi$a" como sempre!

31




I (cho que fa% parte da minha personalidade.Ele a fitou por sobre a x/cara que ela acabara de le$antar.I B)o no seu trabalho. 8 seu trabalho 2 claro" incisi$oK $ai direto ao ponto.I 8brigada. Eu me orgulho muito do que faço! Enquanto Lindsey fala$a" Marco

recostou*se na cadeira e saboreou o instante. >ueria mais daqueles olharescompartilhados e sorrisos insinuante.s. >ueria mais de sua $i$acidade e bom humor.Lindsey Major o fa%ia sentir*se bem como h# muito n)o se sentia. (pesar disso"conte$e*se. 8 desejo o empurra$a" como desde o instante em que ha$iamrepresentado juntos. 1edo demais" disse a si prprio pela cent2sima $e%. 1edo demais.?nconscientemente" suspirou e esforçou*se para $oltar ao assunto em quest)o.(dora$a escutar a pronncia sua$e e o le$e sotaque de Lindsey. (s pala$ras dela oatra$essa$am at2 os ossos e atingiam*lhe o coraç)o agitado.

&escobrira algo naquela mulher" algo que preenchia um espaço" um espaço que

antes n)o percebera estar ali" $a%io e esperando.Lindsey o fa%ia sentir*se seguroK concentrado em possibilidades e desejos quen)o conhecia.

I Marco0I &esculpe! 8 que esta$a di%endo0I Esta$a di%endo que o seu estilo de desenho 2 especial. -# tentou pintar0I Ss $e%es penso em ilustraç)o de li$ros. Li$ros de criança. (pesar de n)o

entender nada de crianças.I ?nspire*se na sua prpria infHncia.

I Goi tima. Ama fam/lia imensa.I Eles apoiaram a sua escolha profissional0I Bunca! 1oncordaram que eu fosse para a faculdade" mas queriam que eu fosse

engenheiro ou contador. Meu pai queria ter certe%a de que eu ia poder me sustentar.I 8 que $ocê consegue muito bem" com certe%a.I P" agora que trabalho com (manda. P uma sociedade que me d# uma bela

sensaç)o de segurança" pelo menos enquanto os negcios d)o certo.I E quando os free*lancers n)o causam problemas.I =ocê 2 das melhores que j# $i. Mais r#pida que a maioria" tamb2m.

Ela sorriu.I -# expQs os seus trabalhos fora do escritrio0I Ss $e%es.I >ue tipo de trabalho0I (cr/lico" leo. =endi alguns trabalhos na feira de 1lothesline certa $e%. -# fi%

algumas exposições indi$iduais em galerias da cidade e em 1hadds Gord.I <em algo planejado0.I Bada" ;# uma galeria em 1enter$ille ansiosa para exibir meus trabalhos.

(inda n)o ti$e tempo de organi%ar as coisas.I or fa$or" me a$ise quando for fa%er alguma exposiç)o. Ele arqueou a

sobrancelha.

37




I Am encontro0I 1omparecerei para brindar ao homem do momento!

32




C)$*%+L, -5C)$*%+L, -5

(lgumas horas depois" na prancha de desenho Marco sorria. ,1omparecerei parabrindar ao homem do momento!, ( r2plica lisonjeira de Lindsey ha$ia sido a ,deixa,perfeita para um con$ite. Ele" no entanto" começara a falar da infHncia" de comoadora$a ca$aleiros e castelos e de um poss/$el tema para ilustraç)o de li$ros. Elaescuta$a cada pala$ra com atenç)o e" por sua $e%" relatara sua prpria fantasia de umdrag)o" n)o t)o fero% e com escamas que n)o para$am de cair" procura de um castelocheio de nobres para assustar. 1on$ersaram como colaboradores" desen$ol$endotramas e temas" e o tempo todo ele a desejara apaixonadamente.

recisara pQr em aç)o todo o autocontrole que possu/a para n)o sugerir um jantar naquela noite" um cinema ou um piquenique. Em $e% disso" deixou a obser$aç)odela parar nos ares" satisfeito ao $er que Lindsey parecia desapontada diante da faltade resposta" certo de que ela o recusaria por princ/pio. <inha planos melhores paraLindsey+ conta$a com o fator surpresa.

Ss duas horas da tarde de domingo" Marco entrou p2 ante p2 na sala infantil da9iblioteca de 9ancroft ar:Jay e seguiu at2 a ala U*C" de ficç)o. ermaneceu ocultoentre pais e olhou para o palhaço do outro lado da sala. Ela se desloca$a" gloriosa" todacor*de*rosa e roxa" com os joelhos cercados de alunos fascinados. ( sala esta$a em

silêncio" a n)o ser pelos risos abafados das crianças que a imita$am.Ginalmente" as crianças irromperam em palmas" enquanto Marco espera$a esuspira$a. ela primeira $e%" n)o lutou contra as lembranças erticas do toque deLindsey em seu corpo. Am arrepio lhe percorreu a espinha e o calor espalhou*se pelascostelas. <oda$ia" n)o era mais uma excitaç)o despertada por uma estranha. (gora ode$aneio tinha um rosto" um riso e uma personalidade t)o definidas quanto seu toque.8 jeito e$asi$o da$a*lhe um ar ainda mais sedutor.

>uando as crianças se dispersaram" Marco se aproximou por tr#s dela.I arece que est# sem parceiro de no$o hoje I falou" subindo com os dedos

pelo meio de suas costas.&eparou com uma mancha la$anda quando ela se $irou.I 8 que foi0 I perguntou ela" espantada" sem qualquer sotaque sulino.I Lindsey0I 9etsy 8';are. Marco fe% uma careta.I ( parceira de Lindsey! 8 palhaço fran%iu o cenho.I 1onhece Lindsey0I 1onheço... 1laro! ( mulher relaxou.I >ue jeito de se apresentar! =ocê ficou chocado o bastante por ns dois. Ela

acabou de sair. (cabamos a representaç)o h# uns $inte minutos. Giquei dando umasaulas de pantomima para as crianças.

3




I &esculpe! B)o costumo... eja o que for que esteja pensando...I Marco seinterrompeu e praguejou em $o% baixa. I 7ostaria que n)o contasse isto a Lindsey.

I osso saber quem 2 $ocê0 Ele foi e$asi$o+I eu substituto.

Ama sobrancelha roxa se ergueu em resposta.Ss no$e horas da manh) de segunda*feira" Marco esta$a ocupado" inclinadosobre a prancha de desenho" sombreando um esboço com uma caneta cin%a.(companha$a uma canç)o famosa ao r#dio" finalmente conseguindo se concentrar emalgo que n)o fosse a sua nature%a impulsi$a e suas poss/$eis repercussões.

I Mulheres I resmungou" sabendo muito bem que era apenas uma que esta$a$irando a sua $ida de cabeça para baixo daquele jeito louco.

(o aplicar a ltima camada de sombra sobre a ilustraç)o" um sexto sentido fe%com que seus cabelos ficassem em p2. (ntes que pudesse se $irar ou terminar a letra

da canç)o" o toque de dedos subindo*lhe pela espinha contraiu seu corpo em docesespasmos de susto e excitaç)o.raguejou ao perder o equil/brio" riscando com a caneta o esboço t)o detalhado.

>uando se $irou" Lindsey fita$a" horrori%ada" o trabalho arruinado.I Marco" desculpe! 8lhe s o que fi%! I 1orou do pescoço s faces" afastando*

se para o outro lado da mesa. I queria fa%ê*lo experimentar seu prprio rem2dio!=ocê quase matou 9etsy de susto ontem. &esculpe! B)o queria...

Ele a beijou. 1omo se fosse a coisa mais natural do mundo" tomou*a nos braços ecobriu*lhe os l#bios com os seus. ( press)o dos seios contra seu trax fe% com que

ambos arque*jassem e aumentou o pra%er que ela lhe pro$oca$a. Marco a beijou comum ardor que a perturbou. entindo isso" abraçou*a com força.

I =ocê sabe mesmo fa%er o dia de um homem começar bem.I Marco... I Lindsey arquejou. I B)o queria que isto acontecesse! <em de

acreditar em mim. B)o podemos...I (gora j# foi. Meu &eus" Lindsey" estou morrendo de $ontade de beij#*la

desde aquela primeira tarde" desde a primeira $e% que senti o toque de suas m)os!I =ocê mal me conhece!I ei o que sinto" e sei bastante bem o que $ocê sente" tamb2m.

I 8 que sentimos n)o tem nada a $er com isto.Ele a beijou de no$o" com firme%a e de modo ainda mais intenso ao senti*la

retribuir. &eixou*a ir" contudo" quando ela se retraiu.I Lindsey" $ocê se cercou de tanto mist2rio que quase me le$a ao desespero"

mas conheço a sua força" o seu talento. 1onheço a sua personalidade" o seu esp/rito e"desde o in/cio" percebi o seu medo. I (o $ê*la piscar e tentar des$iar os olhos" Marcosegurou*lhe o queixo. I ei que est# lutando contra isto t)o intensamente quanto eu.

I B)o podemos fa%er isto.I B)o podemos nos beijar0 &esfrutar da companhia um do outro0 Lindsey

Major" se algum de ns ti$esse menos 2tica profissional" far/amos amor agora mesmo"em cima daquela escri$aninha" ou embaixo da minha prancha de desenho!

/




&esde o instante em que saiu do escritrio dele e refugiou*se no de (manda"Lindsey soube que o complicado relacionamento que ha$ia entre eles atingira um outropatamar. 8 olhar que Marco lhe lançou" a caminho da m#quina de caf2" o confirmou.B)o ha$ia traje de palhaço atr#s do qual se esconder" nem maquiagem pesada para

ocultar o rubor" nem roupas folgadas para encobrir o coraç)o disparado. ua reaç)oquele homem ha$ia sido assustadoramente instantHnea. 8 beijo fora a pro$a" e elepercebera. @etirou*se s pressas ao meio*dia.

Ba manh) de terça*feira" ao chegar" descobriu que ele sa/ra a trabalho. Baquarta" o mesmo+ Marco te$e encontros com clientes ou gr#ficas durante todo oper/odo de trabalho. Lindsey n)o iria perguntar a Uaren se aquilo era normal ou n)o.

Ba quinta*feira" Lindsey chegou esperando que aquilo se repetisse. 8 dia esta$aquente e o $ento lhe desarrumara o cabelo. Asa$a um jeans desbotado e camisa dealgod)o" aberta na gola. (s mangas de um su2ter cor*de*rosa esta$am amarradas

sobre os ombros.Marco esta$a junto prancha de desenho. ;a$ia tanto pra%er em sua surpresaque Lindsey estancou. 8 olhar dele era penetrante" sedutor. &e repente" ele lheacenou" saindo porta da sala. ?sto a fe% sorrir.

I 9om dia I falou Marco" chegando ao sagu)o. I Am pouco de leite" açcar nocaf20

I 1h#" de preferência com lim)o I respondeu ela" entrando no escritrio de(manda.

Marco a seguiu.

I >ue mudança!Lindsey largou a pasta na escri$aninha.I B)o posso deixar $ocê pensar que sou pre$is/$el.I re$is/$el n)o 2 uma das pala$ras que usaria para definir $ocê. osso sugerir

outras" se insistir.I or exemplo0I <alentosa" criati$a" independente...I 8brigada. P um excelente jui% de car#teres.I E$asi$a" t/mida. 1onfusa.

I Espere um instante!I ?ndefesa...I 1hega! >uero s a x/cara de ch#.Ele tocou*lhe o braço e puxou*lhe ternamente o n das mangas do su2ter.I Exatamente como eu.I Marco...I Esti$e fora do escritrio. ;# dias n)o ponho os olhos em $ocê. abe como me

sinto s de $ê*la de no$o0I B)o. I ( mentira fe% seu coraç)o disparar. abia exatamente como ele se

sentia.

/(




I ( adrenalina jorrando 2 uma tima sensaç)o. I 1olocou as mangas de $olta nolugar" ob$iamente encorajado pela cor que subia da camisa aberta s faces dela. I (n)o ser pelo fato de que nem consigo mais dormir direito e que $ocê arruinou a minhapartida de tênis na noite de segunda.

I B)o fi% nada disso.I Minha cabeça esta$a em outro lugar" falando de modo eufem/stico. Errosidiotas" duplas faltas" bolas perdidas... uma aps a outra. Lindsey recuou.

I Espero que o seu parceiro tenha lhe sugerido um longo banho frio.I <entei isso" tamb2m. ubmeti o meu corpo em chamas a uma ducha gelada"

mas n)o funcionou por muito tempo. 7ostaria de pensar que os seus dias n)o forammais calmos que os meus.

I Marco" n)o precisa falar assim ou pensar assim" ali#s I sussurrou" puxando*opara fora do campo de $is)o de Uaren.

I Estou muito bem" obrigada.I ( sua adrenalina est# se comportando0 I Marco riu em $o% baixa e gutural" oque quase a fe% perder o controle.

I Minha adrenalina n)o 2 da sua conta. <enho trabalhado" de tarde e de noitetamb2m" s $e%es.

I E n)o fica pensando em como podemos combinar negcios e pra%er0I Estas duas coisas n)o se misturam e $ocê sabe disso. (gora me traga o ch# e

$amos começar.I -# começamos. <rabalhe agora e $amos almoçar juntos de no$o. &ominic anda

perguntando por $ocê.Ela o fitou de olhos arregalados e sorriu de no$o.I 8 que foi0I =ocê 2 muito atraente" sabe. erturba a minha concentraç)o. 7ostaria que

n)o fosse t)o atraente.I Eu sou atraente0I P" Marco" $ocê 2" mas isso n)o quer di%er que $# acontecer alguma coisa

entre ns.

/




C)$*%+L, 5C)$*%+L, 5

Bo abado noite" terri$elmente atrasado" Marco bocejou ao entrar no sagu)ode &orset Mills. 8 pr2dio histrico fora reformado junto com os apartamentos e erausado para e$entos sociais e beneficentes. 8 cart)o com o seu nome" em caligrafiaperfeita" era o nico que restara sobre a mesa ao lado de um magn/fico arranjo deflores prima$eris. (manda e a generosidade de sua agência" pensou Marco" recolhendoo cart)o.

( M R L fornecera todos os arranjos florais para o jantar e o baile da reuni)oanual dos publicit#rios" e (manda o fi%era prometer que representaria a agência. Era

uma noite de contatos" sob o disfarce de um e$ento social" algo que teria preferidodeixar para a scia.( msica e o rumor das con$ersas que caracteri%a$am este tipo de reuni)o

ressoa$am" $indos das portas abertas do sal)o. 8 ru/do o fa%ia pensar em gansosgrasnando num campo de trigo.

I Marco &(bru%%i" Mendenhall R Lipton I murmurou" lendo o cart)o eenfiando*o no bolso de seu palet conser$ador" bem diferente do seu estilo habitual.&e$eria ter con$idado Lindsey para ir junto" deixando claro que era uma reuni)o denegcios. 8utro bocejo forçou*lhe os maxilares quando imaginou como seria passar a

noite inteira com ela e ainda fingindo que n)o se sentia atra/do por ela. >ue agonia!(ssim" trabalhara a tarde toda em sua prancha" decidido a recuperar aconcentraç)o" perdida com as fantasias a respeito de Lindsey Major.

(ntes de entrar no sal)o" Marco atra$essou o $elho piso de madeira at2 o ladodo pr2dio que da$a para o rio e um corredor deserto junto aos sanit#rios. (pesar doalarido dos con$idados" o murmrio do rio 9randyJine mo$endo a roda do moinho dolado de fora daquelas espessas paredes de tijolo era inconfund/$el. ( noite l/mpida eestrelada esta$a quente" tristemente romHntica. Marco parou janela e olhou para acorrente%a do rio em cheia" resplandecendo sob as lu%es pulsantes das casas ao redor.

8 artista que ha$ia dentro dele enquadrou automaticamente uma parte da roda imersaem sombras e uma faia reclinada sobre as #guas. ermaneceu ali" n)o de$ido paisagem" mas porque n)o tinha pressa de se misturar multid)o de colegas com quemcompetia diariamente.

I ;# alguma coisa l# fora que mereça um quadro0 I ( entonaç)o sua$e emelosa da $o% s suas costas era inconfund/$el e t)o facilmente reconhec/$el quantose esti$esse sua frente. Marco se $irou e deparou*se com Lindsey" com a cabeçareclinada" num meio sorriso" a menos de um metro de distHncia.

I B)o 2 poss/$el! I murmurou ele.

I Esta$a saindo do toalete feminino. (chei que $ocê me parecia familiar.(pesar do palet e da gra$ata! I assou a m)o sobre a manga dele. I Este$eescondido aqui a noite toda0

/3




I (cabei de chegar. I Marco tentou n)o olhar para ela. Lindsey prendera umlado do cabelo com uma presilha de $eludo negro. <raja$a algo enganosamente simples"que refletia as lu%es ao se mo$er. arecia estar toda em cetim $erde" com meias deseda. 8 decole era amplo e as longas mangas começa$am em balões nos ombros" e o

cinto era largo. &o queixo ao joelho" era toda esmeralda.I =ocê daria um timo modelo I afirmou Marco.I Exagerada0 Bunca sei achar o tom certo para essas coisas.I Est# perfeita.I 8brigada!I =ocê n)o disse que $inha aqui.I P" n)o disse.Marco esperouK Lindsey" entretanto" n)o acrescentou mais nada.I 8 seu $estido tem a cor perfeita para aquele drag)o I obser$ou Marco.

I &rag)o0 8 da sua histria0Ele fe% que sim com a cabeça e" mandando a boa educaç)o para o inferno"percorreu*a com os olhos.

I =ocê est# demais esta noite! Lindsey le$ou os dedos aos l#bios.I are com isso" Marco! Est# me deixando constrangida.I B)o percebe o que est# acontecendo entre ns0I 8 local est# cheio de colegas nossos! (qui 2 t)o imprprio quanto no

escritrio.I ei disso t)o bem quanto $ocê. Goi por isto que n)o a con$idei para $ir comigo.

&e qualquer jeito" foi uma bela surpresa encontr#*la. 8 que est# fa%endo aqui0I 8 mesmo que $ocê. ou membro do conselho" 2 claro" mas n)o planeja$a $ir e

nem me lembra$a que era hoje. que o diretor de relações pblicas da 1ompanhia de8pera me forçou a $ir.

IB)o sabia que $ocê podia ser forçada a alguma coisa.I sob certas circunstHncias. I Lindsey olhou em tomo do espaço $a%io e

disse" olhando pela janela+ I 8 que n)o se aplica ao final dos meus espet#culos combonecos. 9etsy me torturou a semana toda com perguntas.

I E da/0

I B)o tenho nada para contar a ela. I 8 silêncio baixou sobre eles enquantoobser$a$am as lu%es brincarem sobre a roda do moinho. Marco sentiu a tens)oaumentar quando seus ombros se tocaram.

&e repente" Lindsey pigarreou.I 8 jantar esta$a para ser ser$ido quando sa/.I =em comigo0 ode confiar em mim num sal)o cheio de gente. I Marco fe% um

gancho com o braço e quando Lindsey passou o braço atra$2s dele" deu*lhe umasbatidinhas. I Embora eu esti$esse esperando n)o poder confiar em $ocê.

( msica começou quando a sobremesa foi ser$ida. ( con$ersa ao jantar foraagrad#$el" embora um tanto artificial" como se Marco tentasse e$itar contro$2rsias.

//



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis GuccioneLindsey se concentrara na comida. Engolia uma bela colherada de sor$ete de frutasquando ele aproximou a cadeira.

I Bunca perdi uma $alsa.I 8 seu sor$ete $ai derreter.

I =ai se di$ertir. P s uma dança" Lindsey!B)o era s uma dança e ambos sabiam disso. Era um con$ite para quebrar a j#tênue barreira que ela continua$a a manter entre eles. Marco se le$antou e lheestendeu a m)o.

I e eu pisar ns seus p2s" a gente se senta de no$o I prometeu*lhe.Lindsey engoliu em seco e largou a colher.I Eu 2 que $ou pisar nos seus.I P um risco que terei de correr.&ançaram. Enquanto gira$am pela pista lotada" con$ersaram um pouco" depois

ficaram em silêncio. 8utra $e%" o silêncio. Lindsey era excelente dançarina" le$e"flex/$el e confiante.I Bada de bonecos desta $e% I disse Marco quando ela desli%ou o braço por

seu ombro.I 1ombinado.Marco a apertou com mais força e des$iou*a de um outro casal. Ela n)o recuou"

deixou*se ficar ali" t)o perto que os seios esfrega$am contra o trax m#sculo e osquadris chega$am a roçar contra os dele. Marco tentou pensar em algo le$e para falar"para n)o pensar no calor e no pra%er que irradia$am dela" mas n)o conseguiu.

Lindsey parou de tentar puxar con$ersa. Em $e% disso" dançaram" totalmenteen$ol$idos na dança" uma canç)o romHntica" da 2poca das big bands" depois outra.

I =ocê 2 timo I murmurou*lhe ao ou$ido.I <oda quarta*feira ha$ia baile no gin#sio de t. Margaret.I Ama das m)es da $i%inhança achou que precis#$amos experimentar as boas

coisas da $ida. 8brigada" sra. &el =ecchio" onde quer que esteja. E $ocê" ondeaprendeu a dançar0

I Bo clube @aleigh" nas tardes de quinta*feira. >uando o conjunto terminou as2rie de msicas" ele a fitou.

I B)o foi t)o ruim" foi0Lindsey olhou para os p2s e depois para Marco antes de responder+I Meus p2s continuam inteiros. I em explicações" pediu licença e foi para o

toalete feminino.Marco saiu do sal)o tamb2m" $oltando janela em frente qual a ha$ia

encontrado. >uando fincou os coto$elos na beirada para obser$ar o rio iluminado" elasurgiu e parou a seu lado. Ele se $irou para encar#*la. ( intensidade daquele olhar ofascinou. entiu o pulso acelerar e o corpo se enrijecer. ( $ontade louca de toc#*la oin$adiu.

?nclinou*se e beijou*a" forçando*se a manter o beijo torturantemente sua$e.or precauç)o" colocou as m)os nos bolsos.

/0




Lindsey suspirou e $oltou*se para o rio.I abia que isto iria acontecer.I 7ostaria que ti$esse me contado. ?sso me pouparia um monte de

preocupações. Lamento n)o tê*la beijado antes" quando a encontrei aqui.

I B)o de$ia ter feito isso" nem antes nem agora.I ;# um rio l# fora" com margens perfeitas para um passeio" e uma lua cheiapairando sobre as #r$ores.

I Eu $i a lua.I =ocê est# muito quieta.I P. (cho que 2 porque tem gente demais aqui.I Eu moro aqui ao lado. e eu prometer que n)o $ou fa%er nada al2m de

con$ersar" aceitaria tomar um caf2 comigo0Ela empalideceu" lembrando*se do endereço na lista telefQnica.

I =ocê mora em &orset 1ourt0I B)o fique t)o chocada. ei que n)o me enquadro no tipo. (manda arranjou olugar para mim. ( fam/lia dela tinha contatos. abe como 2" ligações antigas" de escolaou financeiras...

I P melhor eu n)o ir.I Ent)o $amos dar um passeio. estou querendo con$ersar. Em francês"

italiano ou inglês. =ocê escolhe.Lindsey sorriu.I B)o" obrigada. >uero ir para casa.

I Goi s um beijo!I B)o tem nada a $er com isso" Marco" ou quase nada.I E esse tempo todo pensei que eu era a ra%)o da sua introspecç)o romHntica

de hoje noite...I &esculpe por n)o ter sido boa companhia.I &eixe que eu julgue isso.I (cho melhor eu ir. Estou de carro.I =ou com $ocê at2 o carro.I Estou bem. =# terminar sua sobremesa!

I at2 o carro" Lindsey!I <udo bem. =ocê 2 mesmo muito persuasi$o.I P uma de minhas melhores qualidades.I 8 sor$ete $ai derreter!I B)o tem problema" eu tamb2m n)o estou em melhor situaç)o.

/1




C)$*%+L, 5-C)$*%+L, 5-

&esceram as escadas para a sa/da junto ao rio. Ama brisa fresca sopra$a das#guas. Lindsey estremeceu.

I <enho um rem2dio para isto.I B)o tenho d$idas de que tem. Marco passou o braço em torno dela.I Esse 2 o rem2dio0 I perguntou Lindsey.I &e quanto calor acha que $ai precisar0I 8 seu braço no meu ombro j# 2 o bastante.I >ue pena!

Benhuma press)o. Benhum fingimento. Lindsey esta$a perigosamente perto dafelicidade" apesar do lugar. (ndaram em silêncio pela trilha que separa$a a margem dorio dos quintais e portões das casas restauradas dos trabalhadores dos moinhos.>uando chegaram a uma fileira de bancos de granito" te$e uma forte sensaç)o de d2j$u. 1onte$e um estremecimento.

I (ha" tal$e% s um braço em torno do seu ombro n)o seja o bastante" afinal.oderia sugerir algo que gerasse mais calor0

8 humor terno de Marco quase a le$ou s l#grimas.I reciso ir! =ocê n)o iria entender.

I Gicaria surpreso de $er como eu entendo" uma $e% que falem comigo.I Marco" desculpe. =ocê 2 um amor mesmo" t)o romHntico. abe disso.I Mas... =ocê sempre tem um ,mas, na manga. I (ntes que ela protestasse"

Marco se inclinou e falou em $o% baixa ao seu ou$ido+ I Lindsey" isto poderia ter sidoum jantar calmo em algum lugar" depois do trabalho. =ocê poderia dançar em meusbraços sem um monte de colegas de trabalho trombando conosco.

I Mas ns somos colegas de trabalho" Marco.I B)o no s#bado noite.I &epois de toda noite de s#bado" h# uma manh) de segunda*feira.

I >ue ditado horr/$el!I Marco" uma noite de s#bado com $ocê" qualquer uma" iria pQr a perder todaesperança de... como di%er0 &e um trabalho simples" incisi$o e que $ai direto ao ponto"como $ocê disse na semana passada. abe t)o bem quanto eu que n)o podemosmisturar negcios com pra%er. 8 que acontece se um de ns ficar baixo astral e le$aro outro junto para baixo0

I =ocê 2 pragm#tica demais!I ou realista" e profissional.I Ama profissional que treme em meus braços. Ela se afastou.

I (fastar*se n)o adianta" tamb2m. Eu mesmo j# tentei.I 8 que sentimos... s)o s fa/scas. =ocê sabe disso!I )o as suas fa/scas que eu sinto" Lindsey.

/7




I (s descargas de hormQnio se acalmam" mais cedo ou mais tarde.I B)o quero que se acalmem! B)o quero que isso passe. e est# acontecendo

r#pido demais" $amos fa%er com que $# mais de$agar. =amos começar com um almoçoou um jantar" um passeio" um cinema" algo simples. Am piquenique" amanh). 8u outro

beijo" quem sabe0 I acrescentou Marco" sorrindo.Lindsey le$ou os dedos aos l#bios dele no$amente.I omos o que somos. B)o estrague o relacionamento que j# temos. Em

primeiro lugar" somos colaboradores. reciso disso" Marco" mais do que de... outracoisa.

Ele gemeu de le$e.I Esta outra coisa pode ser uma di$ers)o muito agrad#$el depois de um longo

dia de trabalho.I =ocê e eu temos prioridades diferentes. I Lindsey se afastou e continuou a

andar em direç)o ao carro" lutando contra o n que lhe bloquea$a a garganta.Marco chegou a seu lado outra $e% e colocou a m)o ternamente em seu ombro.I 8 problema n)o 2 s comigo" n)o 20 er# que eu me comportei como um idiota

esta noite" insistindo que sabia como $ocê se sentia" s porque sei o que quero0I =ocê se comportou bem. Goi at2 bastante lisonjeiro.I 8 tempo todo pensei que $ocê fica$a quieta porque esta$a lutando contra o

desejo louco e apaixonado de ceder aos seus impulsos mais baixos e me sedu%ir.Ela riu.I P mesmo dif/cil resistir a $ocê.

I >ual 2 o problema0 8 que 2 que $ocê acha que eu n)o $ou entender0I B)o quero con$ersar sobre minha $ida particular. =ocê $ai ter de aceitar que

n)o quero que os dois lados de minha $ida se misturem. <rabalhamos juntosotimamente. ( gente se d# bem. B)o podemos ser amigos" amigos de $erdade0

I &eixando a paix)o de lado" isso ns j# somos" sen)o n)o ter/amos orelacionamento que temos. en)o $ocê n)o teria ligado para mim chorando na primeirasemana em que nos conhecemos.

I <inha sido um dia dif/cil. Eu esta$a cansada.I B)o importa como $ocê classifique" ou se ignoraK o fato 2 que" j# naquela

noite" o que $ocê queria era o som da minha $o%" e eu fiquei feli% da $ida com isso.>uero que haja franque%a entre ns.

I e n)o puder ter mais nada" $ocê se contentaria com isso0I ?sto" se eu me contentaria ou n)o" n)o tem nada a $er com o que a aflige esta

noite. B)o est# s lutando contra o que sente por mim.Lindsey fitou a paisagem" banhada pelo luar.I Este lugar me tra% lembranças" s isso. ensei que ha$ia superado" sen)o n)o

teria $indo aqui esta noite.I (migos confiam um no outro. e foi um caso de amor que n)o deu certo" pode

me contar. Eu deixo $ocê ter tido alguns.I Marco...

/2




I =ocê n)o d# muitas pistas" mas presumo que seja di$orciada" apesar de n)oconseguir imaginar que algum homem sensato pudesse abrir m)o de $ocê.

I =ocê n)o entende.I Espero que tenha jogado o desgraçado no olho da rua se ele n)o a tratou bem.

I Marco... I Lindsey ergueu o rosto para as estrelas" piscando com força. Iou $i$a.Lindsey ficou im$el" ou$indo o som da corrente%a do rio. Marco rele$e a

respiraç)o. Lindsey sabia que ele procura$a as pala$ras certas a di%er.I P complicadoI prosseguiu Lindsey" ao $ê*lo permanecer em silêncio. I Bs

nos separamos por uns tempos" com o processo de di$rcio correndo. Eu esta$atentando uma reconciliaç)o.

I Lindsey...I Est# tudo bem.

I ;# quanto tempo foi isso0I Ga% quase dois anos que nos separamos. Ele morreu na prima$era passada. IEla percorreu a distHncia que falta$a at2 o carro e parou junto porta quando Marco aalcançou.

Marco le$ou a m)o ao rosto de Lindsey.I into muito.(o $ê*la concordar com um gesto de cabeça" segurou*lhe o rosto entre as m)os

e beijou*a. (o sentir os l#bios dele contra os seus" todas as boas intenções de Lindseyforam para o espaço. B)o ficara ali$iada com a #gua fria que deixara correr sobre

seus punhos no toalete" nem respirando fundo e enchendo bem os pulmões" nem com aresoluç)o de nunca repetir aquele erro. B)o ti$era al/$io desde aquele espet#culo"desde que $ira a express)o confusa de Marco &'(bru%%i e sentira o calor de seucorpo ao atuar como colaborador.

I ode começar a superar isso I sussurrou*lhe Marco. I B)o $# embora ainda.=ocê precisa con$ersar e eu preciso escutar" mais do que qualquer outra coisa. Giquecomigo um pouco mais. or fa$or" confie em mim" Lindsey!

( $o% dele era como um b#lsamo. ( noite esta$a s começando e a bab# s aespera$a meia*noite.

=eio*lhe" de sbito" a imagem da filha" (lex" com a lu$a de beisebol" cerrandoseu pequeno punho e apertando a bola contra o couro macio.

I ( bola precisa se encaixar direitinho I (lex lhe di%ia sempre. Bos braços deMarco" Lindsey se encaixa$a direitinho.

8 desejo dispersou a dor. (li esta$a ela" comprimida contra o carro" com a rodad'#gua e o rio sua frente e Marco sob o foco das lu%es. 8 cabelo e os olhos de Marcobrilha$am" e seu toque irradia$a um calor intenso.

I Mesmo se n)o hou$esse mais nada para nos separar" n)o sei se eu teria jeitopara a coisa.

I P s $ocê ser como 2" 2 s $ocê ser Lindsey. P s o que quero.

/




Marco ergueu as m)os e fechou*lhe as p#lpebras. Lindsey separou os l#bios eele beijou*lhe o rosto e a boca" depois aprofundou o beijo. 8u foi ela que aprofundou0Lindsey n)o sabia" nem queria saber. 9eijar Marco era uma liç)o sobre sua prpriasensualidade. Ele parecia mo$er*se em cHmera lenta junto com ela" esperando"

acumulando o desejo aos poucos. Ela acariciou*lhe os cabelos e ele a imitou"I 1ome sta0 I 9eijou*a de le$e. I 1omo $ocê se sente0 Mesmo em inglês" n)oha$ia pala$ras para descre$er o turbilh)o de emoções.

I 1omo respondo0I 9enissimo" gra%ie. 1he sorpresa! Lindsey fitou*lhe o rosto sombreado.I 8 que isto quer di%er0I Muito bem" obrigada. >ue surpresa!I (ssino embaixo!8s beijos recomeçaram" no queixo de Lindsey" na orelha. Ela arqueou*se e

apertou*lhe os ombros com as m)os" surpresa.I Eu sei I disse Marco" com ternura. I Eu sei.Marco preparou drinques e depositou*os sobre as almofadas do assento do sof#"

ao lado dela. ua cabeça fer$ilha$a de perguntas que n)o ousa$a formular" com medode que" se pressionada" ela fosse embora no meio da noite. Lindsey n)o lhe forneceumais do que fragmentos do passado" que ele escuta$a cheio de frustraç)o ecuriosidade. Mante$e a sala meia*lu% e a msica desligada enquanto Lindsey fala$a.Mais uma $e%" ela estremeceu.

I ?sto est# sendo duro para mim I murmurou.

I Eu sei.I >uero di%er isto I disse ela" fa%endo um gesto para indicar a sala toda. I

B)o sei se $ocê sabe que era aqui que -onathan e eu mor#$amos.Marco engasgou com o brandy.I Bo &orset0I Em toda a sua glria. </nhamos um apartamento de um quarto de frente para

o moinho. @ec2m*casados. ensei que duraria para sempre. &epois que nos separamos"-onathan sublocou uma dos apartamentos menores" do outro lado.

I E $ocê0

I =irei chefe de fam/lia. Mudamos para ]or: @oad" perto de 1oncord i:e.I 1omo foi que ele...I (cidente de carro.I ?maginei todo o tipo de coisas sobre $ocê" mas nunca teria imaginado isto. Gui

muito irre$erente" esse tempo todo0 Muito egocêntrico0I =ocê tem sido mara$ilhoso.B)o hou$e l#grimasK toda$ia" ela mudou de assunto e perguntou de seu passado"

tentando arrancar*lhe informações.Marco contou*lhe histrias sobre a escola de arte e a desapro$aç)o dos paisK

depois lhe mostrou o seu estdio impro$isado.

0




I Este 2 meu segundo escritrio" e 2 aqui que faço os trabalhos maisdi$ertidos. I Galou da $ida em 9oston e de sua sociedade com (manda" da fam/lia" dasirm)s e dos cunhados" sobrinhos e sobrinhas. Lindsey começou a relaxar" a examinardetalhes do ecl2tico estdio. egou um pincel" depois um papel de seda que re$estia

uma ilustraç)o. 8 tempo todo" obser$a$a*o de uma forma que fa%ia o sangue de Marcocorrer mais r#pido nas $eias.I Existiram muitas mulheres em sua $ida0I (lgumas.I -# se casou0I <odo mundo sabe que construir uma carreira no desenho e na propaganda 2

algo que ocupa tempo e energia demais. <inha a $aga id2ia de que iria fa%er algo arespeito quando chegasse aos trinta anos. Galta s um ano. (gora acho que ser# l#pelos trinta e cinco.

I =ocê parece do tipo familiar. ( casa cheia de filhos desenhando e pintando namesa da co%inha.I Eu0 Gilhos n)o est)o no topo da minha lista de prioridades. -# 2 bem dif/cil

lidar com as minhas prprias necessidades. =ocê me deixou em pHnico no dia em queme pediu para bancar o palhaço. B)o tinha a menor id2ia de como eles iriam reagir.

I (doraram $ocê.I (doraram $ocê. I Marco deixou as pala$ras pairarem entre eles e a $iu

baixar a guarda. ela primeira $e% desde que ha$iam entrado no apartamento" ele atocou. Entrelaçou os dedos com os dela e segurou*os contra o peito.

I Este quarto est# t)o cheio de... de $ocê" Marco.I P onde faço meus trabalhos mais criati$os.I P mesmo0Marco sentiu o maxilar se enrijecer" depois os ombros. Am forte calor passou

por suas costelas.I ;# outro quarto" do outro lado do corredor. L# tem uma cama" toda a

proteç)o de que precisamos e um homem que a deseja muito mais do que possaimaginar.

em di%er pala$ra" Lindsey le$ou as m)os dele aos seios.

I <em certe%a0 I sussurrou ele.I B)o tenho certe%a de mais nada.

0(




C)$*%+L, 5--C)$*%+L, 5--

I Geche os olhos I sussurrou Marco I e tente imaginar o quanto eu acho $ocêmara$ilhosa.

1omeçou a passar a ponta dos dedos sobre o tecido esmeralda do corpete deLindsey. 1ontornou a $olumosa macie% com o pulso. 1obriu*a com os dedos" e traçouc/rculos com os polegares em torno dos sens/$eis mamilos" enrijecendo*os. (o notarque o corpo de Lindsey respondia" fa/scas de desejo percorreram*lhe o corpo. Eracomo imagina$a que seria e" no entanto" muito al2m de tudo o que imaginara.

Marco se dete$e. Lembre*se disso" pensou. 7uarde isto consigo para uma noite

fria e melanclica daqui a cinqZenta anos. Lembre*se de como ela 2 bonita e de como 2bom estar com ela. Mesmo sob a lu% fraca $inda da lHmpada da mesa de desenho"percebeu o rubor nas faces de Lindsey e sentiu um sbito calor subindo pelo seuprprio queixo.

1om a respiraç)o pesada" Lindsey estremeceu" arqueando*se quando Marco apuxou para si" roçando contra ele o tecido esmeralda de seu $estido. Ele a abraçouforte" excitado.

I >uando foi sua ltima $e%" Lindsey0I B)o hou$e ningu2m al2m de -onathan.

8 coraç)o dele pulou diante da responsabilidade que reca/a sobre si.Lindsey abriu os olhos. 8 desejo tingira a sua /ris de um a%ul mais $i$o.I B)o senti nada por ningu2m at2 $ocê aparecer.I ?sso I declarou Marco" beijando*a I 2 a coisa mais estimulante que poderia

ter dito. quero o que $ocê quiser.I B)o h# d$ida de que $ou me arrepender disto na segunda*feira de manh)"

mas quero $i$er este momento" e quero $i$ê*lo com $ocê.Marco a le$ou at2 o outro quarto. &espiram um ao outro sob o retHngulo de lu%

que a lHmpada do corredor projeta$a no quarto escuro" incidindo sobre a cur$a dos

quadris de Lindsey e sobre a coxa de Marco.Ela ficou em silêncio" com o braço frente dos seios" em p2 diante dele. Marcoa ou$iu reter a respiraç)o. &e$agar" Lindsey baixou o braço e juntou as m)os" le$ando*as para a lu%.

I >uando eu era criança" acha$a que poderia segurar raios de luar. 9asta$aficar acordada at2 tarde" sair para o quintal e pegar um deles no gramado.

Lembre*se disso" pensou Marco de no$o. reser$e isso contra todos osmomentos tri$iais e mundanos que enchem a sua $ida. 8s seios dela balançaram aoagarrar a lu%. Ele fitou*lhe as palmas" os dedos afilados e sentiu $ontade de dar*lhe a

lua. (s m)os de Lindsey tremeram.I Lindsey" $ocê tem certe%a0

0




Ela estendeu*lhe as m)os" ainda trêmulas. eu sorriso era $acilante" os olhosarregalados em meio s sombras. &e repente" começou a caminhar com os dedos pelocorpo dele" subindo pela espinha" pelas costelas" num percurso familiar.

I<enho sim I respondeu.

I -# naquele dia" com os marionetes... I sussurrou ele. I (s suas m)os e osseus olhos...&e repente" Lindsey cerrou as m)os sobre o centro pulsante de Marco. 8

choque produ%ido por aquele toque" pela intimidade inesperada" acendeu o desejo deMarco de modo irresist/$el. 8 sangue afluiu*lhe aos quadrisK parou de falar e in$estiucontra ela. (o mesmo tempo" inclinou*se e beijou*lhe os seios.

Ela esta$a quente" oscilando de le$e" buscando instinti$amente o ritmo paraacompanh#*lo.

&eslocaram*se simultaneamente da lu% para as sombras" depois at2 a cama.

Marco fe% uma bre$e pausa para pegar a proteç)o de que iriam precisar na ga$eta damesinha*de*cabeceira. &urante longo tempo ficaram unidos" explorando" expandindo anecessidade que sentiam um do outro at2 que ele a colocasse embaixo de si. (sincronia era perfeita" a uni)o completa.

I Lindsey!I 1he sorpresa I sussurrou ela.@indo" Marco a beijou com loucura" abandonando*se ao pra%er f/sico. Lindsey se

ergueu para juntar*se a ele enquanto as sensações se espalha$am por seus corpos. Eletentou di%er*lhe pala$ras de amor em italiano" mas n)o conseguia nem pensar. (o se

mo$er" Lindsey parecia excitar*lhe cada terminal ner$oso.&e repente" ela o agarrou com força" arqueou*se e chamou*o. Marco $iu o pra%er

in$adindo*a" sentiu*a go%ando*o plenamente. Ela o puxou para si uma $e% mais e ent)o"de repente" era a $e% dele. (tingira aquilo que tanto ansiara desde o momento em quea conhecera. 8 êxtase o percorreu em ondas que se desenrola$am e cresciam comochamas. 8 pra%er incendiou*lhe o corpo e o coraç)o a um s tempo.

&epois" permaneceu im$el por um longo tempo" escutando a respiraç)o deambos. Lindsey suspirou e deslocou*se para a cur$a de seu braço. ( felicidade deMarco era t)o profunda quanto sua paix)o. 1ochilou. (cordou com um beijo no rosto.

I Estou indo.(briu os olhos. Lindsey esta$a em p2 ao lado da cama" ainda nas sombras" mas

completamente $estida. Estendeu o braço para detê*la.I B)o $ai coisa nenhuma! =olte para c# e fique comigo.I =ocê prometeu que n)o ha$eria nenhuma press)o! &urma de no$o. =ejo $ocê

no escritrio" segunda*feira.Ele ergueu o torso" apoiando*se no coto$elo" em estado de alerta.I egunda*feira0 8 que aconteceu com o dia de amanh)0 Am piquenique" pelo

menos" um passeio para algum lugar qualquer" at2 1hadds Gord" quem sabe0oder/amos ir a um dos museus de arte.

03




I reciso de tempo" Marco. reciso do dia de amanh) para colocar as coisas emordem na minha cabeça. B)o espero que $ocê entenda" mas tudo aconteceu t)o r#pido!<udo est# confuso. e se importa comigo" $ai me dar tempo para pensar sobre tudoisso.

I B)o est# me dando escolha" ent)o $# em frente" pense! I disse ele"relutante. I B)o $ou fingir que n)o me afeta $er $ocê ir embora depois de tudo o queaconteceu esta noite.

Lindsey acabou indo a um piquenique na tarde de domingo. Marco" toda$ia" n)ofoi con$idado. Ss três horas" depois de assistir ao jogo de beisebol de (lex" ela le$ouas crianças ao parque $i%inho" instalado no ltimo terreno baldio da esquina da ]or:@oad com a <oJer @oad" comprado e mantido pelas fam/lias que compunham aassociaç)o dos amigos do bairro. Bo playground" as crianças brinca$am com outrascrianças das ruas $i%inhas.

Enquanto brinca$am" Lindsey apoiou*se no tronco da faia cuja sombra abriga$a atoalha que estendera e o resto do lanche. ;# muito tempo" -onathan e ela ha$iamfeito parte da comiss)o de brinquedos do playground" e ha$iam comprado os balançose gangorras que ocupa$am uma #rea de areia no canto. Lindsey fechou os olhos" masn)o foi -onathan que surgiu por baixo de suas p#lpebras. 8 belo rosto e o corpo nu deMarco &'(bru%%i in$adiram seus de$aneios.

I Marco &'(bru%%i. I 9rincou com a combinaç)o melodiosa de s/labassussurrando o nome dele. I 1he sorpresa.

Gi%era amor com ele como se fosse a coisa mais natural do mundo. (poiou*se na

#r$ore e forçou*se a pensar no que ha$ia feito.1om os olhos fechados" o desejo iniciou sua $agarosa dança uma $e% mais. Marco

era uma ponte para emoções que quase esquecera existirem+ a $ertigem daexpectati$a" o pra%er de um elogio" a satisfaç)o que $inha da confiança. Ele a fa%iasentir*se bem. ua sinceridade era perigosamente atraente. Marco inspira$aconfiança. &esde o princ/pio. or que outra ra%)o lhe teria telefonado j# na primeirasemana" como se fosse um amigo ou um confidente0 or que outra ra%)o se entregaraa tudo o que ele lhe oferecia0 or que outra ra%)o esta$a agora apoiada contra uma#r$ore" de olhos fechados" relembrando tudo aquilo0

I >ual 2 a graça" mam)e08 som da $o% de 9roo:e sobressaltou Lindsey" fa%endo*a abrir os olhos.I 7raça0I =ocê est# a/ so%inha" rindo como se (lex ti$esse contado uma daquelas piadas

idiotas que ela conta.I Estou 20 I Lindsey corou.I =ocê est# bem0 Est# esquisita!I<udo bem" claro. egue uns biscoitos.9roo:e enfiou um na boca" encheu a m)o com outros e saiu correndo de $olta

aos amigos. B)o eram piadas idiotas que ha$iam feito Lindsey sorrir" de modo algum.

0/






I ei que fi% aquela jogada genial esta tarde. Giquei feli% que $ocê esta$a$endo. (cho que quero que $ocê assista aos meus jogos" afinal.

I Goi incr/$el!I (lguma $e% papai %ombou de $ocê" falando que $ocê n)o fa%ia bem alguma

coisa0I ?sso acontecia com o esqui. eu pai sempre quis que eu esquiasse melhor.(cho que s $e%es %omba$a de mim" sim.

I Espero que $ocê n)o arranje um monte de namorados agora. ( m)e de arah&ougherty tem um monte de namorados e arah precisa passar a noite com sua prima-2ssica porque a m)e sempre dorme fora. -2ssica 2 horr/$el. Ela tem seis anos eestraga as coisas de arah. recisam dormir no mesmo quarto. arah di% que umadroga.

I =ocê n)o 2 arah" querida" e eu n)o sou a m)e dela. B)o durmo fora de casa.

Goram interrompidas pelo ru/do de -ustin" que subira correndo as escadas esurgira porta.I -ill est# aqui. obrou s um pedaço de bolo e 9roo:e di% que 2 dela.Lindsey brandiu o indicador.I &iga a 9roo:e que 2 grande o bastante para cortar em três" e que s pode

comer depois do jantar. -# estou indo!

01




C)$*%+L, 5---C)$*%+L, 5---

Lindsey ficou diante da entrada do apartamento de Marco durante longosmomentos" refletindo" antes de tocar a campainha. Asa$a o mesmo jeans do começo dodia e s trocara a camisa" $estindo uma bem engomada. >ueria que ele pensasse queera s uma $isita casual.

(tr#s dela" o rio corria e e$oca$a lembranças" algumas distantes e dolorosas"outras recentes e erticas. ( mistura a deixa$a perturbada.

8s filhos ha$iam ficado com sua bab# preferida" -ill 1renshaJ" estudante daAni$ersidade de &elaJare que mora$a ali perto" na mesma rua. Mesmo assim" Lindsey

se sentira mal in$entando que precisa$a ir a um encontro de negcios na tarde dedomingo. Enquanto aguarda$a" busca$a um moti$o que justificasse suas ações.Marco abriu a porta com um ar terri$elmente espantado e" infeli%mente" mais

bonito do que nunca.I =ocê 2 cheia de surpresas!8s olhos escuros brilharam. 8 cabelo ainda esta$a com as pontas molhadas do

banho. Asa$a uma calça caqui e uma camisa folgada" com meias cin%a. 8 coraç)o delabateu forte ao $ê*lo. Lembrou*se das infinitas possibilidades que ele representa$a.

I 8i I falou Lindsey" sem conseguir pensar em nada mais inteligente. I Estou

interrompendo alguma coisa0I Meu ritmo card/aco normal0 1laro! Entre. I Marco estendeu o braço.Ela sacudiu a cabeça.I ?sso n)o 2 o que parece. =im para ter uma con$ersa com $ocê. &e$ia ter

telefonado" mas $ocê prometeu que n)o ha$eria nenhum tipo de press)o.1orno se os sentidos dela j# n)o esti$essem completamente despertos" assim

que cru%ou a porta foi assaltada por uma nu$em arom#tica $inda da co%inha. ( casacheira$a deliciosamente a molho agridoce.

I (bacaxi0

I (certou! Estou preparando um molho" acho que um toque feminino $iria bem.I elo cheiro" parece que est# indo muito bem.I E $ocê" como $ai0 acudiu a cabeça outra $e%.I B)o parei de pensar nem um minuto desde que sa/ daqui.I ensar nem sempre 2 saud#$el.I =ocê torna tudo mais dif/cil! <orna mais dif/cil para mim fa%er alguma coisa

al2m de sentir. 8 que aconteceu entre ns no s#bado noite... n)o $amos negar que foifant#stico" Marco" s que n)o 2... n)o 2... correto. rejudica a minha situaç)oprofissional com $ocê. I Ela des$iou os olhos ao $ê*lo cerrar o maxilar. I =ocê fa%

com que eu me sinta inst#$el. B)o sei quem sou quando estou com $ocê!;a$ia mais. Ensaiara a fala durante todo o caminho" ra%ões e mais ra%ões" etudo se e$apora$a ao olhar para ele. 1omo poderia explicar*lhe algo" se ela mesma n)o

07



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionese entendia0 or mais que desejasse que Marco entendesse suas responsabilidadespara com os filhos" com a sua $ida real" Lindsey queria" precisa$a mesmo" que elecontinuasse ignorando tudo aquilo" sentia que Marco de$ia ser separado de todo oresto.

Marco a interrompeu" encarando*a de modo intenso+I (ntes que continue a falar da sua situaç)o profissional" dê uma olhada no meuestdio.

B)o fe% nada al2m de colocar os braços sobre os ombros dela e empurr#*la dele$e naquela direç)o. (inda assim" seu calor era el2trico.

8 quarto esta$a igual noite anterior" exceto pela prancha de desenho. resonos quatro cantos" ha$ia um retHngulo de papel de alta qualidade" coberto com umintrincado desenho feito a bico de pena" incompleto. 8 esboço mostra$a a $ista de umacidade medie$al com muralhas e do drag)o $oador de Lindsey" com escamas cor de

esmeralda e asas $erde*lim)o e creme. ( criatura possu/a uma express)o e um brilhonos olhos familiares.ob as magn/ficas asas do drag)o ha$ia tudo o que ela descre$era de forma t)o

sucinta. 9andeiras tremulando em tendas" ca$aleiros trajando armadura de combatecompleta. Marco enchera o papel com nobres" damas" artes)os" camponeses" cachorrose ca$alos" todos comendo" $endendo mercadorias ou celebrando. (s cores pareciam umdesafio ao arco*/ris" tanto quanto o desenho era um desafio imaginaç)o.

I B)o est# terminado" 2 claro" mas... o que acha0 Am bolo se formara nagarganta de Lindsey.

I B)o posso acreditar! P not#$el!I P a sua histria.I P o seu desenho!Marco apontou para a rainha" que se parecia muito com Lindsey.I Eu0 I Lindsey olhou de perto para o $estido e o penteado" que exibia meia

d%ia de tons entre o amarelo e o dourado.Ele bateu no papel.I Estas s)o as cores da roupa que $ocê usa$a naquele primeiro dia. 8 drag)o 2

da cor do seu $estido no moinho.

I Marco" $ocê n)o de$ia...I Est# feito. -# começamos" Lindsey.Ela estancou de no$o ao locali%ar dois palhaços entretendo a multid)o. Esta$am

$estidos" da cabeça aos p2s" com o estampado e as cores roxas do seu traje depalhaço.

I omos ns0I Em $#rios lugares. 8 que acha que est# acontecendo dentro daquela tenda na

arena de combate0L#grimas brotaram*lhe no canto dos olhos e mil sensações a in$adiram. 8ndas

erticas a percorreram" libertas" finalmente" dos diques que erguera para contê*las.1orou instantaneamente.

02




Marco a abraçou" tornando*lhe imposs/$el negar o estremecimento e o desejo.9eijou*a na testa.

I Est# pior do que nunca" n)o 20 ior" porque s#bado noite foi t)o perfeito!( expectati$a intensificou seu pra%er e embaraço quando Marco se afastou

para fit#*la. Am olhar de puro contentamento se espalhou pelo rosto dele.I 8h" Lindsey I sussurrou. I 8h" querida" eu sei!Marco afastou o lençol e rolou para o lado quando a respiraç)o de Lindsey $oltou

ao normal. Ela esta$a quieta agora" num forte contraste com a tens)o m#xima depoucos minutos atr#s. &o corredor at2 o quarto" ha$iam brincado" trocado car/cias ebeijos at2 o desejo se tornar irresist/$el.

Ele sentira o coraç)o disparar contra o $olume dos seios dela. Lindsey lheretribu/ra cada car/cia at2 o momento em que o ritmo tomara seus corpos. Mais uma$e%" Lindsey o acompanhara nos mo$imentos" in$estindo contra ele e" juntos" ha$iam

feito a tens)o crescer" momento a momento" at2 o cl/max" ao qual chegaramsimultaneamente.Longos instantes depois" Lindsey passou a m)o pela cur$a dos quadris m#sculos e

traçou c/rculos lHnguidos com o polegar. Marco afastou*lhe o cabelo do rosto e beijou*a.

I =ocê fa% a gente se esquecer de tudo" Lindsey" a n)o ser do que 2 essencial.;a$ia uma camisa $ermelha de camurça nas costas da cadeira e ela a $estiu. Ele

obser$ou a lu% da lHmpada brincar sobre suas coxas nuas enquanto Lindsey sa/a emdireç)o ao estdio. >uando a fitou" a satisfaç)o foi t)o profunda que o fe% reter a

respiraç)o. >uando fa%ia amor com ela" era perigosamente f#cil esquecer tudo o queela passara" como fora dura a sua estrada" qu)o pouco ela lhe oferecia al2m da paix)o.8 corpo feminino respondia ao seu de um modo que desmentia o insistente clamor deLindsey por pri$acidade. (gora o que mais deseja$a eram as pala$ras dela" oreconhecimento de que ela lhe oferecia o mesmo que ele. (mor.

Marco $estiu o jeans e atra$essou o corredor" encontrando*a diante da pranchade desenho.

I Minha histria" com ilustrações suas I sussurrou Lindsey" como se tentasseentender o que acontecia.

Marco olhou para ela e sua camisa $elha" que lhe chega$a aos quadris" aberta nopescoço. egurou*lhe o rosto entre as m)os.

I ;# muitas coisas que fa%emos mara$ilhosamente bem juntos. descobrimosalgumas" por enquanto.

Lindsey encarou*o de olhos arregalados. Ele se perdeu naquele olhar" profundocomo uma noite sem lua" insond#$el" cheio de desejos que ela nunca re$elaria. 9eijou*ae insinuou as m)os por dentro da camisa. 8 jantar demorou" mas esta$a delicioso.

Ele n)o tocou no assunto at2 estarem lado a lado na pia" enxaguando os ltimospratos.

I Gique I pediu" com simplicidade.I B)o posso.

0




Marco largou o prato que segura$a.I omos timos parceiros no trabalho. Ga%emos amor como se nossa paix)o

fosse infinita. or que ent)o $ocê n)o...I B)o force a barra.

I e me desse algum moti$o decente" n)o forçaria.I Goi por isso que $im aqui esta noite" para lhe di%er que $ocê 2 irresist/$el.>ue isto 2 irresist/$el.

I E age como se ir para casa so%inha" para a sua cama fria" lhe desse algum tipode segurança0 B)o sabe o que $ejo quando olho para $ocê0 B)o sabe o que h# nos seusolhos" no seu corpo" quando eu lhe toco0

I 9asta!I B)o pode ser o bastante para $ocê! Bem para mim. ;# um moti$o e $ocê sabe

t)o bem quanto eu.

I B)o de$ia ter $indo aqui. &e$ia ter telefonado e falado por telefone" comoqualquer pessoa sensata!I 8ra" $amos" Lindsey! B)o $ai di%er que lamenta o que aconteceu" $ai0I B)o sei o que quero di%er. =ocê fa% com que eu mesma n)o me reconheça!

B)o entende que preciso manter certa distHncia de toda essa intensidade0I B)o" n)o entendo.( tens)o continuou ele$ada durante a segunda*feira. >uando Lindsey chegou

Mendenhall R Lipton na manh) seguinte" Marco esta$a cur$ado sobre a prancha dedesenho" tentando parecer completamente absorto no trabalho.

I Marco08 som de seu nome naquele le$e sotaque sulino aumentou*lhe a frustraç)o.

Mesmo assim" Marco ergueu a x/cara de caf2 em saudaç)o.I 9om dia.I 9om dia.Marco olhou para a escri$aninha de Uaren.I Escute" me desculpe. ei que $ocê acha que sabe o que est# fa%endo.Lindsey colocou as m)os sobre a prancha de desenho.I P exatamente esse o tipo de coisa que eu temia. B)o podemos...

Ele se inclinou para a frente e beijou*a com a prancha" um pote aberto decimento de borracha e uma folha de papel entre eles. 8 beijo foi interrompido pelobaque de $#rios l#pis caindo e rolando da mesa para o ch)o quando o coto$elo deLindsey esbarrou no porta*l#pis. Ela se ajoelhou para junt#*los" e Marco ajoelhou*se aseu lado.

I odemos sim! -# fi%emos. ?sso 2 mara$ilhoso! =ocê 2 mara$ilhosa. B)o somosas primeiras pessoas do mundo a misturar negcios e pra%er. I egurou*lhe o braço"encorajado pelo olhar que recebeu em resposta. I e estou forçando a barra" 2porque estou impaciente.

Lindsey le$ou os dedos aos l#bios de Marco.I Marco" isso n)o 2 con$ersa para se le$ar no escritrio.

1




I &eixe que eu julgue o que 2 apropriado ou n)o I replicou ele por entre osdedos dela. I odemos chegar em carros separados de manh)" se quiser.

I B)o almoço e n)o durmo fora de casa.Marco riu" apesar da tens)o" e le$antou*se" puxando*a consigo.

I -# abriu exceç)o no primeiro item. (gora chegou a hora de abrir umaexceç)o no segundo.I Bada disso.I B)o pode sair noite0I <udo est# acontecendo r#pido demais.I Entendo tudo o que $ocê passou. =ocê me deixa intrigado" com os seus

mist2rios...I B)o s)o mist2rios.I ( maior parte das mulheres...

I B)o sou como a maior parte das mulheres. abe t)o bem quanto eu queestamos $i$endo base de adrenalina pura e hormQnios desde o dia que nosconhecemos. =ocê j# te$e tudo o que eu tinha a oferecer.

Ele estremeceu.I reciso $oltar ao trabalho.I Mulheres I resmungou Marco pela quinta $e%" cur$ando*se sobre a mesa de

trabalho. Esta$a tenso como corda de $iolino e com uma dor de cabeça que o caf2 sfi%era piorar.

(ntes de sair" Lindsey ti$era a decência de lhe di%er que ia $oltar para casa

para trabalhar.I 9atendo em retirada I replicara ele" s se arrependendo ao final da tarde.

Ela mostrara ser a redatora perfeita" exatamente o que procura$a" exatamente o que(manda precisa$a.

( paix)o e a frustraç)o de$iam ser secund#rias diante desse importante fato.abia disso. e trabalhar em casa manti$esse o relacionamento nada profissional queha$ia entre eles separado de seu trabalho profissional" tudo bem.

8 dia esta$a nublado e sombrio" mas ao final da tarde o sol surgiu. ( regi)o todase cobrira de flores e Marco saiu do escritrio decidido a tirar $antagem disto.

Espontaneidade. ( mulher que era a prpria personificaç)o da espontaneidade iriareceber um pedido de desculpas junto com uma colher do seu prprio rem2dio.

1(




C)$*%+L, 5-4C)$*%+L, 5-4

]or: @oad era uma comunidade pitoresca de casinhas mais perto de ilmingtondo que de &orset Mills" mas do mesmo lado da cidade. Ele conhecia a rua e o carro deLindsey. 8 resto" iria descobrir.

ediu a Uaren que trancasse o escritrio e comprou um lanche na confeitariaantes de seguir para o norte pela 1oncord i:e" um pouco antes da hora do rush. (ssimque saiu da %ona comercial e entrou nas ruas do subrbio" s:atistas e crianças emtriciclos substitu/ram o tr#fego pesado. ]or: @oad fa%ia uma cur$a e cru%a$a outrasruas num mar de cerejeiras floridas.

I 8 subrbio em plena prima$era I falou" afastando as id2ias anteriores deque Lindsey pudesse $i$er num local de arquitetura de $anguarda" uma exceç)o emmeio ao subrbio. B)o ha$ia exceções. <odas as casas eram estreitas e iguais uma aoutra" com pequenas adaptações. ( uniformidade s era quebrada pela paisagem.

&esacelerou seu carro esporte $ermelho relu%ente e fe% a cur$a de ]or: @oad"procurando o familiar seda. Locali%ou*o no passeio de uma casa de tijolos brancos" nomesmo estilo das demais" e estacionou atr#s dele. ;a$ia uma bicicleta sua frente.

( porta mais prxima parecia dar na co%inha. >uando subiu ao alpendre" ou$iu oincessante %umbido de um apito. ( porta de tela esta$a entreaberta. 9ateu na

madeira do portal" que quase n)o ressoou.I Lindsey0 I 8 cheiro familiar e inconfund/$el de seu molho agridoce $inha dofog)o. odia $er a panela. I B)o acredito!

Ama fragrHncia quente se mesclou ao cheiro do molho. 9olinhos" tal$e%. 9ateude no$o e entrou.

I Lindsey0 P Marco!( resposta" se 2 que era uma resposta" $eio de tr#s.I 1om licença0 I ( porta de tela rangeu" e Marco se $irou. Am menino cuja

cabeça lhe batia cintura estendia*lhe um frasco de detergente. I Mam)e falou para

eu de$ol$er isto sra. @ussell. Mandou di%er que muito obrigado.I ra. @ussell0I ( m)e de (lex I replicou a criança" com timide%. I >uem mais poderia ser0

<em algo pronto no forno. B)o est# ou$indo o apito0I Eu n)o... Estou sim" obrigado I murmurou" enquanto o menino descia os

degraus de um pulo e sa/a correndo.Marco se $irou para o fog)o e remexeu no bot)o do controlador de tempo"

fa%endo o ru/do parar e abrindo o forno. <irou a bandeja de biscoitos do forno com aponta da camisa no mesmo instante em que a porta da sala de jantar se abria.

I Ei! 8 que est# fa%endo em nossa co%inha0 I perguntou uma menina decabelos desgrenhados com uniforme de beisebol" fulminando*o com os olhos.( bandeja de biscoitos retiniu quando Marco a largou em cima do fog)o.

1




I Estou procurando Lindsey Major" s que acho que entrei na casa errada. 9atiainda agora e chamei" mas o controlador de tempo do forno esta$a apitando. (cho queningu2m me escutou. 8s seus bolinhos est)o prontos.

I 9iscoitos.

I (h" sim" biscoitos. or acaso $ocê sabe qual 2 a casa de Lindsey Major0I Esta aqui.I Esta0I 1laro.Goram interrompidos por um grito estrondoso $indo do segundo andar.I P -ustin" l# em cima. Ele deu uma topada com o ded)o do p2 e est# fingindo

que $ai desmaiar ou coisa parecida. Mam)e est# tentando limpar o ferimento e ele ficaberrando como doido. P um imbecil. Bem saiu sangue! P um crianç)o. Mam)e memandou $ir desligar o forno I acrescentou" girando o bot)o.

I Lindsey Major 2 sua m)e0I Mais ou menos. P s o nome de trabalho dela. Ba $erdade ela se chamaLindsey @ussell" como ns. 1omo meu pai.

I 8 seu pai. Lindsey @ussell. I oa$a*lhe estranho. I ou Marco &'(bru%%i.Ela est# escre$endo textos para mim. -# falou em mim alguma $e%0

( menina deu de ombros e sacudiu a cabeça.I (cho que n)o. Ela escre$e para muita gente" como os caras da pera e os da

eletricidade. Est# escre$endo uma re$ista em quadrinhos para os da eletricidade.I ?sso" esse 2 o trabalho que ela est# fa%endo para mim!

I =ocê 2 o Mendenhall0I Mais ou menos. ode di%er a ela que estou aqui0 (ntes que Marco pudesse

acrescentar mais alguma coisa" a criança desapareceu sala de jantar adentro e gritou"nas escadas+

I Ei" m)e" tem um cara aqui chamado Mar: 9rucie Mendenhall ou coisa parecidaquerendo falar com $ocê!

Marco tentou juntar as peças do quebra*cabeças. <entou respirar fundo. (doce sensaç)o de expectati$a se dissipara" dando lugar confus)o e" depois" a umaperplexidade estonteante. Murmurou+

I Lindsey @ussell... ( menina reapareceu.I Mam)e falou para eu lhe di%er que sou (lex e contar do p2 de -ustin. Galei

que j# tinha contado. Ela falou que telefona para $ocê depois. Ela precisa me le$ar at2o campo do Myers" para o meu jogo.

I Ela est# precisando de ajuda0I B)o" obrigada.&esta $e%" a resposta lacQnica $eio da prpria Lindsey" que surgira atr#s da

filha. Era uma $ers)o desarrumada da mesma Lindsey que espera$a estar abraçandonaquele momento.

I =im pedir desculpas. abendo como $ocê gosta de gestos espontHneos" penseiem surpreendê*la I disse Marco. I (cho que a surpresa foi minha!

13




Lindsey cutucou o ombro da filha.I Estou enchendo a banheira para -ustin mergulhar o p2 antes de sairmos.I Ele $ai nos atrasar" mam)e!I B)o" querida" n)o $ai. uba e $eja que ele dê uma boa la$ada no ferimento. -#

estou subindo.(lex reclamou" mas obedeceu. (ssim que a menina subiu as escadas" Lindsey se$irou para Marco" irritada.

I =eio numa p2ssima hora! 2ssima mesmo. Galei a (lex para lhe di%er que lhetelefonaria mais tarde.

Marco assumiu um tom igualmente irritado.I Ela falou.I 9em" 2 isso a/. or fa$or" preciso terminar o jantar" cuidar de -ustin"

encontrar 9roo:e e sair daqui. Bada disso tem nada a $er com $ocê. or fa$or" n)o

faça o caos ficar maior ainda. I Ent)o colocou a m)o no ombro dele. I &esculpe! B)oqueria di%er isso. Bem sei mais o que di%er. =ocê" mais do que ningu2m" pode entender.I >uem 2 9roo:e0 8u n)o de$eria perguntar0I <enho três filhos" Marco. (lexandra" e mais -ustin e 9roo:e" gêmeos.I <rês! E todos eles $)o comer o meu molho agridoce!I ei que lhe de$o uma explicaç)o. =ou telefonar. ode acreditar.I 7êmeos0 I entiu como se algu2m hou$esse lhe dado um soco no estQmago.I Marco" $ocê e eu t/nhamos um relacionamento profissional. =ocê me

contratou para escre$er textos. &e$eria ter parado a/. 8 resto... 2...

I =ocê sabe t)o bem quanto eu que tudo começou com uma atraç)o incr/$el euma relaç)o m#gica" que a maioria das pessoas n)o consegue encontrar em toda a sua$ida.

I Gale baixo.I Eu senti isso quando a maquiagem de palhaço e aquele traje maluco escondia

$ocê inteira" exceto sua $o% e seus olhos. eus olhos" Lindsey" nunca mentiram paramim. Am olhar seu" um toque naquela tarde" e eu soube que $ocê sentiu cada momentode modo t)o profundo quanto eu.

I &ediquei grande parte de minha $ida adulta tentando preser$ar esse tipo de

sensaç)o num relacionamento. B)o durou. ou $elha o bastante para saber que essascoisas n)o duram.

I =ocê est# longe de ser uma mulher experiente. 1asou*se quando" na infHncia0I Marco" tenho quase trinta e um anos" quase dois anos mais do que $ocê"I E n)o tem nenhuma experiência al2m da $ida com -onathan Major e sem ele.I @ussell.I 1laro. Lindsey @ussell.I abe o que sinto por $ocê! Estamos $i$endo timos momentos juntos" mas n)o

h# necessidade de en$ol$er mais ningu2m nisso. <udo o que quero 2 o que temos"momento a momento.

Am choro cortante" seguido de um grito lamuriento" $eio do banheiro de cima.

1/






C)$*%+L, 54C)$*%+L, 54

I Marco I murmurou Lindsey. 1onte$e as l#grimas enquanto se senta$a nacolina e $ia (lex brincar com a bola durante o aquecimento. Embora -ustin hou$esseinsistido que esta$a ferido demais para tirar sua bicicleta do caminho" acabaraparando de mancar e juntando*se a 9roo:e e outras crianças no playground.

Lindsey pensou sobre o telefonema que teria de dar. Galaria a Marco sobre omolho agridoce. recisa$a de alguns assuntos le$es para atenuar a con$ersa que tantotemia. Ama m)o em seu ombro a fe% $oltar ao presente.

Marco sentou*se a seu lado com express)o nem um pouco bem*humorada. Bem

parecia ele mesmo.I Galei que telefonaria I disse ela" ainda olhando para os jogadores.I B)o sou do tipo que fica sentado esperando o telefone tocar. I ( $o% era t)o

#spera quanto antes" na co%inha de Lindsey.I Est# chateado porque n)o lhe contei sobre meus filhos.I ara começar" tem toda a ra%)o. Espera*se que um homem saiba que uma

mulher tem três filhos quando fa% amor com ela.I Eu faço gin#stica I replicou Lindsey.I B)o foi o que quis di%er. Gilhos" casa" $i%inhança... B)o tenho a menor id2ia de

quem $ocê 2. Estou en$ol$ido com uma mulher que le$a um tipo de $ida dupla. =ocê foie$asi$a desde que a conheci" s que esta tarde" foi demais" eu nunca poderia imaginar.I =ocê preferia assim.I &eixei como esta$a" porque pensei que o moti$o era o seu marido. ( pobre e

fr#gil Lindsey" de coraç)o partido... ( confiss)o que me fe% sobre -onathan malarranha$a a superf/cie do que $ocê 2.

Lindsey baixou a $o% de no$o.I 8 que h# de atraente em $ocê 2 o que $ocê 2" Marco. <em $inte e no$e anos

de idade" gosta de se di$ertir" 2 solteiro e desimpedido" apaixonado pela $ida. 1om

certe%a" aprecia exatamente o tipo de relacionamento que ha$ia entre ns. ILe$antou a m)o" fa%endo um gesto que abarca$a tudo em torno de si. I Bada a $ercom isso tudo.

Ele fitou os jogadores sem responder.I Marco" eu precisa$a de algo assim h# muito tempo" mas $ocê entende que

jamais poderia en$ol$er meus filhos em algo t)o tempor#rio. I 1olocou a m)o no braçodele. I Bingu2m" na face da terra" me conhece melhor do que $ocê.

I ?sto n)o quer di%er muita coisa. Lindsey" eu nem mesmo sei quem diabos $ocê2.

Marco des$iou os olhos da express)o magoada de Lindsey para os jogadoresdispersos praticando no campo. &epois de alguns instantes" n)o obtendo resposta"le$antou*se.

11




I (cho que esgotamos o assunto.&eixou*a sentada sobre a toalha e desceu a colina. Gitou o campo. <udo parecia

fora de foco" principalmente o relacionamento criado com base na seduç)o" na qu/micae no desejo" três elementos que o ha$iam en$ol$ido como se ele fosse um no$ato. E era

exatamente o que era. (pesar de todas as suas bra$atas e artimanhas" n)o passa$a deum nefito no que se referia ao coraç)o de uma mulher.I (quela mulher I resmungou.( Lindsey que conhecia era pouco mais do que um produto de sua imaginaç)o"

et2rea como algod)o*doce. B)o sabia quem ela era" e muito menos o que queria.1aminhou pesadamente" como se hou$esse chumbo em seu peito.

I Marco &'(bru%%i0@econheceu um dos t2cnicos" era o seu agente de seguros. 8 t2cnico le$antou a

prancheta que segura$a na m)o em saudaç)o.

I -a:e!I Este 2 o ltimo lugar em que espera$a encontrar $ocê! Marco deu de ombros.I -oguei beisebol no col2gio. ara falar a $erdade" esta$a tratando de negcios

com uma de nossas redatoras free*lancers" que tem uma filha na equipe. (lex" achoque 2 assim que se chama.

I 1laro" (lex @ussell. -# que est# aqui" que tal lançar a bola para ela0 Estoucom as m)os ocupadas e faltou um t2cnico hoje.

I B)o posso" -a:e. (cho que a m)e dela n)o...I at2 o jogo começar. Essa menina 2 fogo" mas alguns meninos jogam duro

com ela. Ela tem potencial" s precisa de pr#tica. &e% minutos. I Estendeu*lhe umalu$a e dirigiu*se a (lex. I =# praticar um pouco. Marco $ai lançar para $ocê.

(lex @ussell fitou*o de esguelha ao seguirem para uma #rea aberta.I Espero que consiga lançar melhor que minha m)e.I Ela n)o lança bem0I 2ssima! Meu pai era bom. Ele sempre me di%ia que seria meu t2cnico quando

eu ti$esse idade o bastante para entrar na sua liga.I into que ele n)o esteja mais aqui.( menina de oito anos mexeu em seu bon2.

I 1onhecia meu pai0I B)o. ua m)e me falou sobre ele.I =ocê consegue lançar bolas rasteiras0I osso tentar.I )o as piores para mim!I Ent)o $amos l#" eu $ou mandar algumas para $ocê. E as altas0I ou melhor com elas" se o sol n)o bater nos meus olhos.=inte minutos de jogo e Marco ainda esta$a l#" Bos inter$alos e enquanto n)o

era hora de (lex rebater" ele trabalha$a o lançamento" a pegada" a rebatida e" at2certo ponto" a atitude de (lex. Ela era t/mida" mas determinada" com um brilho nosolhos semelhante ao da m)e. empre que olha$a" Marco encontra$a Lindsey na colina"

17



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionecom a m)o esquerda na cintura e a direita protegendo os olhos. B)o se sentira t)oobser$ado desde o dia em que a conhecera.

M)e de três filhos. -ogou a bola para (lex.M)e de três filhos. (lex rebateu*a.

(lex" -ustin e 9roo:e. Marco jogou a bola.Lindsey" (lex" -ustin e 9roo:e. ( bola $oltou e atingiu*o nas canelas.S meia*noite" Marco se reclina$a sobre a prancha de desenho" $estindo uma

calça de pijama com suspensrios" misturando seu u/sque com gelo com o dedo. 8 le$eretinir dos cubos contra o $idro era o nico ru/do a perturbar o silêncio. 8 sono n)o$inha. B)o conseguia se sentir bem.

Ba prancha" os estranhos personagens riam" pisca$am e luta$am. &eu um gole nodrinque e le$antou o queixo para que o l/quido abrasante traçasse o seu caminho at2 oestQmago $a%io. egou um l#pis e fitou a camisa $ermelha de camurça. 1ontinua$a no

ch)o" onde Lindsey a largara. ;a$ia despido Lindsey" bot)o a bot)o. Estremeceu ebateu com o l#pis no abajur de metal. ;a$ia sido exatamente ali que ela ficara" com alu% e a sombra incidindo sobre ela como num quadro renascentista" dando*lhe tanto e...t)o pouco.

<rinta e um anos" três filhos... Estremeceu de no$o" mas de angstia" aquelasensaç)o que extingue o desejo. <erminou o drinque" espantado com a $elocidade comque algo que lhe dera tanto pra%er se transformara em perplexidade. 9ateu de no$ocom o l#pis no abajur e de$ol$eu o l#pis ao copo.

Ss no$e e meia da manh) seguinte" Marco recebeu no escritrio um telefonema

de Lindsey.I <elefonei para lhe di%er que $ou trabalhar em casa at2 o t2rmino do ser$iço.

&e$o terminar na quinta*feira tarde.I B)o precisa fa%er isso.I reciso" sim. &esesperadamente.I &istHncia...I Marco" sobre ontem...I (lex $enceu0I im. I Lindsey hesitou. I >uero con$ersar com $ocê sobre (lex.

I Ela tem timo braço e sabe girar bem. (l2m disso" 2 corajosa. &e$e ser duroser a nica menina na equipe.

I Ela se $ira bem.I 8u$i di%er que os meninos ficam %ombando dela s $e%es.I ?sso n)o 2 da sua conta.I Ent)o por que a colocou no meio da con$ersa0I Estou preocupada. (gora (lex est# di%endo que $ocê foi o respons#$el por

algumas pegadas boas que ela conseguiu. >uer que $ocê continue treinando*a.I Eu dei mesmo umas boas sugestões para ela.I ei disso" e agradeço muito" mas...

12




Iempre o ,mas,. -ogar beisebol umas duas $e%es por semana est# fora dequest)o0

I B)o quero en$ol$er meus filhos nisto.Marco olhou pela porta e $iu Uaren ocupada com alguns pap2is.

I Bo quê0I abe muito bem no quê. Em seja l# o que for que estamos fa%endo.I (inda estamos fa%endo0 >ue tal dar um nome ao que fa%emos0I B)o" obrigada. 8 que estou tentando di%er 2 que a coisa toda $ai seguir seu

curso e eles ser)o en$ol$idos. ara as crianças" apegar*se a algu2m 2 algo que podecausar mais problemas do que para os adultos" que j# s)o $eteranos nessas coisas.

I =ocê n)o tem muita experiência nesse tipo de coisa" pelo que me contou.I <enho toda a experiência de que preciso em termos de maternidade. =ocê 2

que 2 totalmente leigo.

Marco girou o l#pis.I <al$e% ,a coisa toda," como $ocê chama" j# tenha seguido o seu curso.( msica do r#dio do escritrio preencheu o silêncio da sala.I <al$e% I concordou Lindsey" por fim.9astante tempo depois de ha$er desligado" Marco continua$a olhando para a

parede. Ginalmente" praguejou e cortou o l#pis em dois.

1




C)$*%+L, 54-C)$*%+L, 54-

Lindsey desligou e deu*se ao luxo de chorar a $aler. Ensaiara e reensaiara aspala$ras. Bo banho" ao computador" ao preparar os lanches das crianças" todos os seusargumentos fa%iam sentido. &e$eria ter adi$inhado que ele desafiaria cada sentençaque lhe sa/sse da garganta ressequida. &e$eria saber que era imposs/$el obter umareaç)o submissa e equilibrada de Marco &'(bru%%i. 8 sujeito n)o era nem um poucoequilibrado. e fosse" ela n)o estaria en$ol$ida num caso como aquele. (ssoou o nari% eriu sarcasticamente.

I Am caso trrido" consumido pelas chamas I falou" em $o% alta.

;oras depois" o familiar ranger dos freios do Qnibus escolar atraiu*lhe aatenç)o e a forçou a concentrar*se em algo al2m de sua infelicidade. Em quest)o desegundos" -ustin" 9roo:e e (lex entraram aos tropeções na co%inha" famintos" comosempre. (s reflexões a respeito de seu teimoso diretor de arte teriam de esperar.&urante o resto da tarde" precisa$a enfrentar a $ida real+ ser$ir a comida" dar umaolhada nos pap2is da escola e atuar como #rbitro em discussões.

I E a/" Marco $ai nos encontrar no campo0 I perguntou (lex entre doisbiscoitos.

I Ele n)o pode. Est# muito ocupado. (lex pareceu desolada.

I =ocê pediu para ele0 Ele disse que podia ontem" antes de ir embora. Eu faleique ele disse que...I (lex" $ocê tem treinadores para isso.I B)o 2 o bastante!I Ent)o eu $ou treinar com $ocê no quintal" ou podemos pedir ao sr. 1renshaJ.I 9ele%a! (t2 $ocê sabe que 2 p2ssima em beisebol" mam)e. E s porque -ill 2

nossa bab# n)o quer di%er que o pai dela saiba jogar bem. (l2m disso" ele s chega dotrabalho de noite.

I (charemos algu2m.

I (posto que $ocê nem pediu a Marco. (posto que achou que ele ia di%er n)o"porque ele lhe d# trabalhos muito dif/ceis e $ocê n)o gosta dele.I Muito dif/ceis0I 8u$i $ocê chorando no seu escritrio ontem noite e xingando ele.I (lex!I e n)o 2 por isso 2 porque eu sou s uma garota idiota num time de garotos.I B)o 2 nada disso!I <udo bem!(lex saiu da co%inha e subiu as escadas batendo os p2s com força.

Lindsey le$ou um minuto arrumando as id2ias e foi atr#s de (lex. entou*se nabeirada da cama da filha.I B)o pode aceitar que s $e%es eu sei o que 2 melhor0

7




I =ocê acha que sabe o que 2 melhor" mas eu sei o que 2 que acontece.Lindsey tentou acalmar a inquietante mistura de ansiedade e desejo ao $er

Marco aproximar*se no campo do Myers. ( brisa agita$a*lhe os cabelos e a camisa. (camisa! 8 sujeito ti$era a aud#cia de $estir a camisa de camurça $ermelha que ela

$estira naquele domingo em que ha$iam feito amor" aquela que ele deixara jogada noch)o de seu estdio.Lindsey cru%ou os braços. 8s seios fremiam como se Marco esti$esse mexendo

nos botões de sua blusa. ( lembrança deu*lhe um arrepio nos locais por onde elepassara as m)os daquele jeito m#gico. &uas $e%es numa noite! uas faces ardiam com alembrança de como ela se mostrara insaci#$el. 8 calor aumentou medida que Marcose aproxima$a.

I 8brigada por $ir" por fa%er isso por (lex I conseguiu di%er.I Mudar de id2ia 2 t/pico das mulheres.

I &issemos um ao outro coisas que podem magoar.I =ocê fe% coisas que me magoaram. (dmito que n)o espera$a que metelefonasse de no$o hoje" ainda mais com um pedido desses.

I Minha filha parece pensar que $ocê lhe prometeu algo ontem.I E arriscou*se a incorrer na ira da m)e0 Gico lisonjeado que ela" ao menos" me

dê tanta importHncia. I =endo*a lançar*lhe um olhar preocupado" encarou*a nos olhos.I resumo que esse rubor em seu rosto queira di%er que reconheceu a camisa.Grancamente" com todo o calor que $ocê irradia$a" achei que iria encontrar um montede cin%as no local onde a deixamos.

Lindsey olhou em torno" desesperada.I B)o fale assim! (posto que resol$eu usar de propsito!I or quê08 rubor ficou ainda mais intenso.I &eixe para l#.Ele parecia realmente surpreso.I P uma das minhas camisas mais confort#$eis" uma das fa$oritas. Mas parece

que a deixa extremamente embaraçada. =ou lhe dar um conselho. >uando se en$ol$erem casos passionais e sem compromisso" n)o permita que a simples $is)o de uma

camisa a deixe t)o perturbada.I B)o estou perturbada.I ;# apenas uma emoç)o que poderia tra%er tanto rubor ao seu rosto. Eu sei.

=esti esta camisa ontem e o cheiro da sua colQnia era t)o forte que ti$e de la$#*la etomar um banho frio.

I >uer ter a decência de mudar de assunto0 Marco arreganhou os dentes.I =# para casa.I Muito obrigada. Espero que tenha entendido que 2 s desta $e%.I Estou bem a par das suas condições. Le$arei (lex de $olta no fim do treino.(ntes que Lindsey pudesse fa%er algo al2m de engasgar" Marco se $irou e saiu

correndo" chamando (lex para a #rea em diamante do campo de beisebol.

7(






(lex fe% uma careta.I Eu n)o de$ia ter dito isso. Mam)e esta$a xingando $ocê enquanto chora$a. Ela

n)o sabe que eu escutei. I (lex chutou o campo. I B)o $ai contar a ela que eu contei"$ai0 Ela ia ficar danada.

I rometo que n)o conto.I Ttimo! (gora pode me mandar umas bolas altas0I 1laro.Ss cinco e meia" colocou (lex" completamente exausta" no carro e le$ou*a de

$olta a ]or: @oad. ensou em le$#*la a uma lanchonete no caminho" mas achou que j#ha$ia recebido suficientes manifestações iradas de Lindsey naquele dia. (ssim" seguiudireto para ]or: @oad e parou o carro na frente da casa.

I 8brigada! I disse*lhe (lex.I =ocê 2 tima jogadora. =amos jogar de no$o um dia desses.

I >uando0I >uando0 I repetiu ele.( decepç)o se refletiu no rosto da menina.I (h" $ocê esta$a s sendo educado...I B)o" eu gostaria mesmo" mas o problema 2 a sua m)e. Ela 2 quem manda

nesses assuntos.I &roga!I E se eu entrar e pedir a ela0 (lex sacudiu a cabeça.I ( gente precisa pedir as coisas aos pais na hora certa. ode ser que 9roo:e

tenha aprontado alguma hoje ou coisa parecida. =ou pedir quando achar que 2 o melhormomento. Meu prximo treino 2 na quinta*feira.

Bo instante em que Marco da$a uma risada" -ustin abriu a porta da frente eatra$essou o gramado correndo.

I Aau" que carro fant#stico! Eu $i da janela do banheiro no dia em quemachuquei meu p2. 1ara" $ocê trouxe (lex para casa0

I <rouxe" e $ejo que o seu p2 de$e estar bem melhor.I Est# sim. P melhor $ocê sair da/" (lex.I B)o se meta onde n)o foi chamado I replicou (lex. -ustin se inclinou e olhou

de Marco para (lex.I Mam)e est# sabendo que $ocê $eio de carro com um sujeito que 2

praticamente um estranho0 &a ltima $e% ela n)o queria nem $ê*lo aqui no jardim.(lex parecia desolada.I Est# sendo mal*educado. Ele s est# com cimes I disse (lex a Marco"

ansiosamente.I Est# tudo bem" -ustin. ua m)e est# sabendo I respondeu" j# cansado de

con$ersas simultHneas" reclamações e explicações.Lindsey atra$essou o gramado correndo" chegou junto ao carro e colocou as

m)os nos ombros de -ustin.I 8brigada por tra%ê*la para casa.

73




I (rgh! I fe% o menino.I Est# $endo0 I sussurrou (lex. I =ocê n)o sabe de nada do que acontece.

8brigada" Marco!I 1hame*o de sr. &'(bru%%i" (lex.

I r. &'(bru%%i. 1omo quiser!Marco obser$ou o modo como (lex contorna$a a situaç)o. arecia intimidadadiante da m)e.

I abe" m)e" o sr. &'(bru%%i 2 um jogador fant#stico. &e$ia $er como euaprendi hoje. 8 treinador eterson acha que ele de$ia continuar me ajudando.

I (cha" 20I Bas quintas*feiras. P id2ia do treinador eterson.I 8 sr. &'(bru%%i 2 um homem ocupado" (lex.I &iga que $ai pensar no caso.

(lex lançou*lhe um sorriso" mas Lindsey suspirou e fitou*o com um arindecifr#$el enquanto ele da$a r2 no carro.I ( gente a$isa o senhor I disse (lex a Marco.I <elefone!@odou o motor em marcha lenta" ent)o achou que n)o fa%ia sentido esperar um

con$ite para ficar. Ela nunca o faria. artiu desejando poder ter le$ado -ustin para umpasseio ou ter obtido uma resposta definiti$a sobre o treino da quinta*feira. <inhaduas coisas que podia oferecer quelas crianças para preencher o $a%io que ha$ia emsuas $idas. 9ocejou ao $irar a esquina e decidiu que n)o era t)o ruim n)o ter sido

con$idado. Esta$a cansado" tamb2m" e ansia$a pela pa% e calma de &orset 1ourt.( id2ia de Lindsey chorando por ele n)o o abandonou a noite toda. <al$e% ela

esti$esse certa" e chegasse o dia em que a $is)o dela n)o lhe traria calor nem desejo"mas n)o chegara ainda. B)o quando um simples olhar lhe mostra$a o que ela" sentia.>ue pensasse que usara a camisa de propsito. >ue diabo" iria us#*la sempre que aencontrasse se achasse que a camisa poderia continuar a despertar uma reaç)o t)oapaixonada da parte dela. Era $erdade que a alegria lhe fora roubada" mas anecessidade que sentia dela era t)o profunda quanto na noite em que ha$iam trocadoaquele beijo perto do moinho.

7/




C)$*%+L, 54--C)$*%+L, 54--

Ba segunda*feira" o tempo se tornou inst#$el e começou a cho$er ao meio*dia.Lindsey acendeu a lu% do escritrio" tentando trabalhar em casa. (uto*analise"lembrança de con$ersas" arrependimento" perplexidade" tudo perturba$a suacapacidade de concentraç)o. Gicou feli% por ter sido honesta com Marco. Ele eramesmo irresist/$el. (t2 a id2ia de estar en$ol$ida com ele era irresist/$el. erdeuhoras em de$aneios" e o tempo todo uma $o%inha lhe di%ia+ ,entretanto" entretanto...,

( $ida com -onathan a ha$ia forçado a $i$er um dia de cada $e%. B)o errara aopensar que Marco era exatamente o que precisa$a... no momento. B)o podia negar que

enquanto manti$era suas $idas profissional e familiar separadas" o relacionamento como belo e irre$erente diretor de arte se funcionara no rem2dio" receitado por elaprpria" para o que a afligia. or mais ego/sta que ti$esse sido" sua $ida particular comMarco dera*lhe perspecti$as no$as e um entusiasmo que iluminara todos os outrosaspectos de sua $ida.

<amb2m n)o podia negar que h# meses n)o se sentia t)o $i$a" criati$a"sintoni%ada com a $ida. ;# meses n)o" h# anos. (nos e anos" sussurrou na sala $a%ia.

recisa$a reconhecer o fato de que Marco lhe e$oca$a uma magia de que n)o selembra$a mais. >uanto mais chega$a perto dele" mais entendia a si prpria e suas

prprias necessidades. <oda$ia" a cha$e desse mundo especial que constru/ra comMarco fora perdida. uas duas $idas n)o esta$am mais separadas. B)o era precisorefletir muito para concluir que a nica forma de manter a separaç)o era agir de modoincisi$o. 8 que era bom para ela n)o era necessariamente bom para três crianças quenecessita$am da figura de um pai. B)o tinha nenhuma intenç)o de inclu/*los numarelaç)o que n)o era baseada em nada al2m de descargas de hormQnios. oderia seruma no$ata no que se referia a en$ol$imentos" mas era esperta o bastante para saberque o belo" jo$em" criati$o e impetuoso diretor de arte n)o lhe oferecia uma segurançaduradoura.

I =ocê 2 que de$e dar as cartas I falou para si prpria" escutando a chu$abater no telhado e encobrir as janelas. recisa$a con$ersar" precisa$a que Marcoentendesse seus limites. <oda$ia" durante o dia" quando tinha a pri$acidade para falarsobre isso" Marco esta$a no escritrio com Uaren e com clientes. >uando Marco seencontra$a a ss em casa" ela precisa$a enfrentar três crianças. Bada seria discutido"estabelecido ou resol$ido num campo de beisebol ou num escritrio" e nenhum textobem elaborado e profissional iria sair de seu c2rebro at2 que resol$esse os assuntospriorit#rios.

&epois de receber as crianças ensopadas s três da tarde" contratou uma

adolescente das $i%inhanças para a tarde e para o in/cio da noite" e tentou trabalharininterruptamente. Ss cinco e meia" Lindsey juntou*se ao grupo" todos na co%inha

70



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionecortando cenouras e aipos para o jantar. 8lhou para o relgio. eu coraç)o começou abater acelerado" como sempre que disca$a o nmero de Marco na frente da bab#.

I or que precisa ir falar com ele de no$o0 or que ele n)o pode $ir aqui e mele$ar para passear0 I perguntou -ustin.

I ?sso seria apro$eitar*se dele.I >uando $ai $oltar para casa0I 8 mais cedo poss/$el. reciso terminar um trabalho.I =ocê n)o chama$a bab#s com os seus outros patrões. 8 sentimento de culpa a

fe% corar.I Eu sei" -ustin" eu sei. =ou tentar estar de $olta para lhe dar um beijo de boa

noite.(lex olhou para a cenoura.I >uando $ai decidir se ele pode ou n)o treinar comigo0

I B)o 2 uma boa id2ia I replicou Lindsey" apanhando a capa de chu$a.I Ele disse que podia.I Ele 2 muito ocupado" querida. <al$e% simplesmente n)o queira ferir os seus

sentimentos. B)o de$e colocar as pessoas contra a parede.9roo:e %ombou da irm).I (lex" ele 2 o patr)o da mam)e. ( gente n)o pede ao patr)o para jogar

beisebol com a gente" nem para le$ar a gente para passear de carro" -ustin.( menina de oito anos fran%iu o cenho.I Ele disse que queria me treinar. B)o esta$a s sendo educado.

Lindsey chegou em &orset 1ourt de guarda*chu$a" com aquela con$ersa aindaecoando em sua cabeça e o coraç)o batendo forte no peito. Marco abriu a porta aoprimeiro toque. Asa$a um jeans folgado e uma camisa delicada de algod)o com asmangas arregaçadas" traje bem semelhante ao que ela prpria escolhera para aocasi)o. <ra%ia um pincel atr#s da orelha.

I Macacos me mordam! I exclamou Marco" n)o ocultando a surpresa" emboramantendo uma express)o contida. I ( espontaneidade 2 um traço irresist/$el numamulher.

I Est# trabalhando...

I Entre e $eja.eguiu*o pelo corredor at2 o estdio" desta $e% bem iluminado. ( prancha de

desenho encontra$a*se armada" com o trabalho da comiss)o de energia" e a ilustraç)odo drag)o repousa$a sobre a mesa" acabada. Gicaram lado a lado obser$ando*a. Marcopermanecia im$el.

I Gicou bonita.I Ama das coisas que fi%emos juntos perfeitamente I afirmou" sem tentar

toc#*la. I Enquanto trabalha$a nela" n)o pude deixar de pensar que esta$a" de algumaforma" relacionada aos seus filhos. (gora que sei que $ocê tem filhos.

I Bs criamos histrias de ninar juntos. 8 drag)o t/mido tentando parecerfero% 2 uma das minhas fa$oritas.

71




Ele aquiesceu sem acrescentar nenhum coment#rio. Lindsey se encolheu toda.I =im aqui esperando que pud2ssemos con$ersar.I roblemas com o trabalho0I B)o. =ai estar pronto na quinta*feira" espero.

I 8 que sobrou para ser discutido0 ensei que todos os outros aspectos de sua$ida esta$am fora dos limites permitidos.Lindsey suspirou.I B)o quero que seja penoso. 8 que quero 2 uma $ida simples" sem

complicações.I &o jeito que est#$amos antes que eu descobrisse o grande segredo...I B)o espero que entenda. =ocê n)o 2 pai" n)o tem outras intromissões em sua

$ida. Mas um pouco de compreens)o n)o faria mal.I ?ntromissões. uponho que seja isto o que eu sou" tamb2m.

I Ama intromiss)o bem*$inda. (dorei o que hou$e entre ns. I Lindsey pegouuma borracha. I ?sto foi uma p2ssima id2ia. Bem sei o que queria di%er.I 8 que $ocê queria ou$ir0 Lindsey meneou a cabeça.I >ue pod/amos continuar0 >ue temos algo que $ale a pena manter0 I 1omo

ele n)o replicasse" Lindsey se $irou. I &e$eria ter telefonado. P b$io que $ocê esta$atrabalhando e eu interrompi.

Marco se inclinou sobre a mesa.I =ocê n)o tem sido nada al2m de uma interrupç)o e uma perturbaç)o desde

que pus os olhos em $ocê. 8u que $ocê pQs as m)os em mim. I @iu sua$emente. I -#

tomou uma decis)o sobre os meus treinos com (lex0I (cho que $ocê sabe a resposta.I Lindsey" se eu soubesse alguma resposta sobre algo relacionado a $ocê" j#

ficaria feli%.Lindsey hesitou.I Ela parece pensar que o meu trabalho 2 fa%er tudo para mago#*la.I &isse a ela que n)o ia me deixar trein#*la0I B)o pude!I &eu*lhe algum moti$o0

I Marco" n)o $ê o que est# acontecendo0I 1laro que $ejo o que est# acontecendo. Eu rompi o seu grande esquema"

apareci na sua casa e descobri sua $ida secreta. B)o estou pedindo para fa%er partedela. Bem estou certo de que tenha jeito para isso" mas n)o h# como $oltar atr#s.Est# feito. n)o me faça bancar o $il)o para (lex!

I Meus filhos n)o s)o problema seu. abe o quanto me esforcei para que iston)o acontecesse!

I &e$e ter sido cansati$o.or um longo instante" s se ou$iu o ru/do da chu$a na janela. ( tens)o era t)o

forte quanto a chu$a caindo l# fora.

77






I >uerida" Marco e eu trabalhamos junto e alguns dos projetos s)o bemdif/ceis. Ss $e%es preciso ir falar com ele. (l2m disso" somos amigos. P complicado"porque s $e%es os adultos n)o conseguem resol$er essas coisas direito" exatamentecomo as crianças.

I Ss $e%es s)o piores que as crianças!

7




C)$*%+L, 54---C)$*%+L, 54---

( semana de Marco custou a passar" em meio a uma lista intermin#$el deaborrecimentos" desde a tarefa entediante de re$isar cpias at2 o fato de seufornecedor local ha$er in$ertido a ordem das ilustrações e de um conjunto de tiposha$er sido colocado no local errado pela gr#fica. (manda telefonou e ele precisoureunir todas as suas forças para n)o re$elar frustraç)o na $o%. &eu parceira umaa$aliaç)o sincera do trabalho de Lindsey" descre$endo em detalhes seu talento esexto sentido no que se referia ao trabalho em equipe. 1onte$e*se para n)oacrescentar que a redatora era a mulher mais complicada e pro$ocante com quem j# se

en$ol$era.Ba quinta*feira" brigou com Uaren a respeito do pra%o de entrega de um relesfolheto e s depois de uma segunda x/cara de caf2 acabou pedindo desculpas.

I ;oje n)o 2 um de meus melhores dias I disse*lhe" ao passar por suaescri$aninha.

I B)o 2 uma de suas melhores semanas! =ocê precisa que (manda $olte" ouent)o Lindsey. &e$e ser uma das duas I resmungou Uaren" aceitando o pedido dedesculpas.

I >ue Lindsey0

Marco fe% uma careta ao $er o ar %ombeteiro de Uaren.I 8s homens s)o t)o transparentes... inceramente" Marco" para um homemque se orgulha de conhecer as mulheres" $ocê 2 totalmente ignorante a respeito doefeito que elas exercem em $ocê.

I ou imune a todas elas" especialmente aquelas com quem trabalho.I B)o acredito nisso nem um pouco" e nem $ocê. I Uaren deu*lhe as costas e

atendeu uma chamada ao telefone.1omo que para pro$ar que Uaren tinha ra%)o" Lindsey chegou s on%e e meia.

Marco ou$iu*a cumprimentar Uaren e o som daquela $o% atingiu*lhe diretamente a

espinha. Ele esta$a ao computador" $erificando gr#ficos na tela. 8 olhar que ela lhelançou era preocupado" cauteloso.I 1af20 I perguntou ele.I B)o" obrigada.I ente*se. Galo com $ocê num minuto.Lindsey" $estindo um su2ter $erde com mangas arregaçadas at2 os coto$elos e

calças amarelas" sentou*se na beirada da cadeira. 1ontinuando a trabalhar nocomputador" Marco sentiu o olhar perturbador de Lindsey sobre si. Bo entanto"quando se $irou para encar#*la" ela des$iou o olhar e" com um ar profissional"

estendeu*lhe uma pasta. <erminara todo o ser$iço" at2 a ltima linha.I osso deixar isso com $ocê. <elefone mais tarde" depois que ti$er aoportunidade de dar uma olhada.

2




I (gora 2 uma oportunidade t)o boa quanto qualquer outra. I 1omeçou a ler otrabalho. Ela se mante$e sentada" com as costas eretas" im$el. (qui e ali" Marco fa%iaum gesto de apro$aç)o com a cabeça. Esta$a excelente. I erfeito. (manda $aiadorar! =ou dar*lhe as boas no$as. Ela $ai querer $oltar correndo!

I 8brigada pelo elogio.I P s2rio! Am mês 2 tempo demais para ficar longe" mesmo que duas semanasda $iagem dela fossem a negcios. (manda precisa saber que sua intuiç)o a respeitode $ocê era correta. I Marco inclinou a cabeça. I =ocê n)o parece animada.

Lindsey suspirou.I abe" h# duas semanas eu lhe teria dito que este era o momento mais

importante de toda a minha $ida. Eu ia estar ner$osa ou" pelo menos" ansiosa.I E agora0I ( ansiedade $em de uma ra%)o totalmente diferente. Uaren bateu porta

aberta.I =ou almoçar. B)o esqueça de atender o telefone. >uer alguma coisa0Lindsey sacudiu a cabeça e Marco respondeu que ele mesmo iria sair" mais

tarde.I =ocê esta$a falando sobre a ansiedade I Marco lembrou a Lindsey assim que

Uaren saiu.I quis di%er que n)o esta$a ner$osa pelo trabalho. <rabalhamos bem juntos.

7ostaria que continu#ssemos.I <rabalhamos perfeitamente juntos! =ocê 2 excelente! B)o quero pQr isso a

perder. =ou lhe pagar por este trabalho" mas quero que continue trabalhando noprojeto da comiss)o de energia. <al$e% como contratada. =ocê e (manda podemnegociar quando ela $oltar. ense num sal#rio ra%o#$el.

I empre sou ra%o#$el I replicou Lindsey" le$antando*se. Marco sorriu pelaprimeira $e% e sacudiu a cabeça. <amb2m se le$antou e le$ou*a at2 a porta doescritrio.

I @a%o#$el n)o 2 o melhor adjeti$o para descre$ê*la.I E quais s)o os melhores0I ?nteligente" talentosa" organi%ada" educada...

I or fa$or" continue!I >uerida" $oluptuosa" torturante" frustrante...8 bom humor atenuou a tens)o. 8 ar entre eles faisca$a" cheio de expectati$a.

( ansiedade a que Lindsey se referira começou a dar pontadas no estQmago de Marco.Ele permaneceu estranhamente calmo e a estudou.

I B)o olhe para mim desse jeito! (ssim n)o consigo pensar.I ensar0 Eu n)o consigo pensar. o que consigo fa%er 2 me lembrar e

desejar tudo aquilo de no$o. =ocê 2 a mulher mais espontHnea que j# encontrei" masesse seu maldito ar de mist2rio" essa determinaç)o f2rrea" me assombra. B)o sei nemo que di%er" quanto mais o que pensar

Lindsey se apoiou contra a parede e suspirou.

2(




I >ue tal uma tr2gua0 8 pessoal da Tpera me deu ingressos para La 9ohetne"amanh) noite. 7ostaria de ir0

Marco le$ou as m)os parede" de ambos os lados da cabeça dela" e a encarou"olhos nos olhos.

I >uero.Marco esta$a t)o perto que os seios de Lindsey tocaram em seu trax. Ela seinclinou para a frente" quase o beijando ao murmurar+

I enti falta disso.8 h#lito de Lindsey roçou*lhe a boca e o cheiro de colQnia penetrou*lhe os

pulmões.I Mesmo0 I 8 tecido das camisas roçaram um contra o outro. ob a camisa

dela" o seio macio o pro$oca$a impiedosamente. I Mesmo0Marco fechou os olhos" o que piorou a situaç)o+ foi assaltado pela imagem de

Lindsey nua porta de seu quarto" segurando a lu% entre as m)os. &esli%ou as m)ossobre ela" sentindo a reaç)o f/sica instantHnea que tanto deseja$a" e brincou com oscabelos dela. Mesmo com o queixo trincado" um gemido escapou*lhe da garganta.

I (h" Lindsey! =ocê tem um jeito irresist/$el. >uero de $ocê tudo o que puderme dar. -uro que faria amor com $ocê agora mesmo" em p2.

I 9em que $ocê est# tentando! I Lindsey afastou*se um pouco" fa%endoe$identes tentati$as de normali%ar a respiraç)o. I Espere at2 amanh). Esterelacionamento se baseia no trabalho.

I 9eije*me. P a melhor base para qualquer coisa. I Empurrou*a contra a parede

de no$o e a beijou forte e profundamente at2 ou$i*la ofegar junto a si. Marco deixouque as sensações o percorressem da cabeça aos p2s. (quela mulher o excita$a comonenhuma outra. >uando" enfim" recuperou o fQlego" encarou*a. I exta*feira noite.<enho algumas condições.

I em exigências de que eu passe a noite com $ocê0I Bunca hou$e nenhuma exigência.I (gora pode entender que possuo três ra%ões perfeitamente leg/timas para

deix#*lo.I oderia entender antes" tamb2m" se ti$esse sido honesta.

I Ent)o $ocê entende.I >uanto a passar a noite" sim. 8 resto" n)o. B)o" n)o entendo! I ($ançou

contra ela" sussurrando as pala$ras junto a seus l#bios. I B)o entendo. (manh) noite $ou apanh#*la em casa e le$#*la de $olta.

I ?sto n)o 2 necess#rio.I &eixe que eu julgue o que 2 necess#rio. P o que quero de $ocê e n)o estou

pedindo muito. omos amigos e colegas de trabalho. Benhum desses relacionamentos$ai afetar os seus filhos s porque serei $isto sua porta.

I Marco" (lex j# anda me fa%endo perguntas. Ela escutou algumas con$ersas aotelefone e est# confusa. Eu n)o...

2




I Ent)o" pelo amor de &eus" pense nisso" Lindsey. P do maior interesse para osseus filhos que a $ejam como uma pessoa de três dimensões. =ocê trabalha" $ocêbrinca" $ocê tem colegas e amigos. Eles tamb2m. 8 que eles n)o precisam 2 de umam)e que sai de casa sorrateiramente para encontros clandestinos...

I Est# me fa%endo parecer terr/$el.I B)o $ou aparecer diante deles como o cara misterioso que le$a a m)e delesembora. ei como $ocê pensa. ro$a$elmente n)o lhes d# nenhuma explicaç)o" sbab#s. Ent)o" 2 pegar ou largar. asso l# s seis e meia. ?sso nos dar# tempo antes doespet#culo para um jantar calmo perto do teatro da Tpera ou" se preferir" uma r#pida$iagem de $olta minha casa para fa%ermos amor. =ocê 2 que escolhe. I Marco sorriudiante do brilho e da perturbaç)o nos olhos dela. I =ou at2 me $estir a car#ter.

I Mais alguma coisa0I Muitas" mas o resto pode esperar. (ssim teremos algo para discutir" j# que

$ou estar cansado do trabalho e que o resto da sua $ida est# proibido para mim. 1omominha m)e diria" 1osi.I 1osi0 <radu%a" por fa$or.Ele terminou com um gesto tipicamente italiano" misturando um dar de ombros e

um gesto de cabeça.I P isso a/. Est# decidido.(s preocupações maternais de Lindsey substitu/ram o sorriso em seu rosto ao

abrir a porta s seis horas e $inte e cinco minutos da tarde de sexta*feira. -ustin" quebrinca$a na rua com um grupo de amigos" $eio $oando de bicicleta para o jardim e

agora escuta$a atentamente cada pala$ra de Marco enquanto ambos olha$am para ocarro.

1om Lindsey obser$ando*os" $iraram*se e andaram juntos em direç)o casa"-ustin sujo de poeira e lama dos p2s cabeça e Marco impec#$el" de terno preto comuma camisa a%ul celeste e gra$ata. 8 modo como as roupas lhe ca/am bem" queresti$esse num campo de beisebol ou em meio a centenas de amantes da msica deilmington era impressionante. eus olhos escuros" emoldurados por c/lios espessos"cintila$am.

Lindsey" parada porta com o $estido $erde esmeralda que usara junto ao

moinho" sorriu ao $er que" ao reconhecê*lo" a express)o de Marco se alterou.I =eja quem est# aqui" mam)e!I 8i" Marco.I >ue surpresa" hein" mam)e!Marco olhou do menino para a m)e do menino.I B)o falou que eu $inha0I -ustin" -ill est# na co%inha com suas irm)s. I =irou*se para Marco. I P claro

que eles sabiam que eu ia sair.I =ocê s se esqueceu de mencionar alguns detalhes...(lex" 9roo:e e a bab# apareceram atr#s de Lindsey. (lex examinou a ambos

minuciosamente.

23




I 8ra" aposto que $ocês n)o est)o indo trabalhar. Marco enfiou as m)os nosbolsos.

I Eu esta$a passando por aqui e resol$i con$idar sua m)e para ir pera.I Tpera0 (rgh! Gique aqui" 2 melhor. I -ustin se $irou para a m)e. I (/ $ou

poder dar um passeio de carro. or fa$or" deixe eu pedir para ele.I B)o querido. (gora caia fora. -ustin olhou para os dois.I Est)o muito chiques" os dois. Est)o namorando0 9roo:e deu*lhe um cutuc)o.I B)o seja idiota. Mam)e n)o namora. Lindsey sorriu.I Ba $erdade" estou le$ando Marco pera. que $amos no carro dele.8 coment#rio final $eio de -ill+I ra. @ussell" disse que as crianças poderiam comer sor$ete depois do jantar0I &epois do jantar e dos banhos. I &eu um beijo em -ustin e passou as ltimas

instruções. &epois" finalmente" acompanhou Marco at2 o carro. (ssim que entrou e

sentou*se" jogou a cabeça para tr#s. I B)o foi esta a recepç)o que planejei.I Mesmo com $estido de festa $ocê n)o disse a eles que eu $inha apanh#*la!<al$e% de$esse ir at2 a esquina e me encontrar embaixo de uma #r$ore!

I B)o $amos entrar em detalhes.I B)o $ou me arriscar a arruinar a noite. P esse ,sra. @ussell, que me deixa

louco. B)o consigo me acostumar. Grancamente" n)o sei como consegue. B)o que elesn)o sejam timas crianças. P que parece cansati$o demais.

I ( recompensa $ale o sacrif/cio I replicou.I em d$ida!

I B)o precisa ser sarc#stico.I B)o era sarcasmo. esta$a puxando con$ersa sobre um assunto que

desconheço completamente e que $ocê n)o est# com $ontade de discutir. P um poucocedo para cortar minha cabeça. I =irou*se para ela ao dar a partida. I Especialmentecom este $estido" daquela noite.

I >ue noite0I ensei que se lembraria do $estido que usou numa noite t)o especial. 1laro

que" nos melhores momentos" $ocê n)o o esta$a usando. osso sugerir que sigamosdireto para &orset 1ourt e re$i$amos o momento0

I refiro o jantar" sr &'(bru%%i.I P... 8utro apetite a ser satisfeito..

2/




C)$*%+L, 5-5C)$*%+L, 5-5

1hegaram a um pequeno restaurante francês nas fronteiras da cidade e foramcondu%idos a uma mesa isolada. (judando*a a sentar*se" desli%ando a m)o pela mangade seu $estido" Marco foi assaltado pelas lembranças. ( primeira $e%. (s imagens oin$adiram. ( sensaç)o do $estido dela ao dançarem" a macie% sob suas palmas ao beij#*la" a sua$idade de pele de Lindsey" quente como ela prpria. entiu um calor no rostoao perceber o quanto aquelas lembranças o excita$am.

Lindsey" contudo" fran%ia o cenho" com dor na cabeça e nas costas.I <rabalhei muito no jardim hoje I explicou. I E estou me sentindo culpada.I 1ulpada0

Lindsey bebericou o aperiti$o.I B)o adianta fingir que esse relacionamento tem sido t)o f#cil quanto penseique seria.

I B)o 2 da sua personalidade di$idir a $ida em compartimentos" por mais quequeira me con$encer de que 2. =ocê 2 uma mulher fabulosa" Lindsey" mas lhe falta umelemento fundamental capa% de pre$enir dores de cabeça. E dores nas costas"tamb2m" pelo que sei.

I er# que este 2 o momento certo para um serm)o0I B)o teria puxado este assunto se n)o ti$esse passado aqueles poucos

instantes com seus filhos quando fui apanh#*la. or que 2 que eu $ejo tudo claro e $ocên)o0I Meus filhos...I 8s seus filhos querem respostas! >uerem poder confiar em mim.I Marco!I Eles est)o confusos. >uem" diabos" eu sou para $ocê0 Eles querem respostas"

e se n)o receberem" $)o usar a imaginaç)o. >uero que $ocê confie em mimK assim" elestamb2m confiar)o.

I 1onfiar em $ocê para o quê0

I ara começar" deixe que eu treine (lex duas $e%es por semana sem ameaçarnosso relacionamento nem a estabilidade dela. B)o pode dar a ela um moti$o ra%o#$elpara n)o deixar que eu a treine" ent)o ela n)o $ai entender a ra%)o de eu n)o ir.

I Galei que $ocê tinha outros compromissos.I Ent)o $ocê mentiu.I Marco!I Estou falando s2rio" Lindsey. Eu te quero mais do que a qualquer outra mulher

que j# conheci" mas n)o $ou ser$ir de barreira entre $ocê e (lex.I B)o $ê o que est# acontecendo0

I 8 que $ejo 2 uma menina desapontada que est# passando maus bocados semra%)o alguma. <udo o que ela sabe 2 que o cara com quem sua m)e trabalha n)o querlançar uma bola para ela algumas $e%es por semana. 8 que eu falei na outra noite era

20



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Gucciones2rio. B)o $ou deixar que $ocê me transforme no $il)o da histria. =ocê n)o $ai mentira ela por minha causa. enti o impacto da sua mentira. &i.

Lindsey esfregou a testa e pegou um garfo de salada. (s l#grimas brotaram*lhedos olhos e ela praguejou em $o% baixa.

I B)o chore! quero que pense a respeito.I Em teoria" tudo parece perfeito. <entei mantê*lo afastado porque"francamente" esta$a fa%endo algo em que n)o queria que eles... se intrometessem"bisbilhotassem. 1landestino era a pala$ra certa.

I B)o seja dura consigo mesma.I exo sem nenhum tipo de compromisso... Estou en$ergonhada de mim mesma.I Lindsey" n)o somos adolescentes irrespons#$eis. <omamos precauções.

Benhum de ns tem nenhum...Ela apertou*lhe o braço.

I or fa$or" lembre*se de onde estamos.I 1omo o oposto do lugar onde desej#$amos estar0 =ocê est# querendo di%erque este 2 um tipo de comportamento impulsi$o" de alto risco0 Mesmo que se li$re demim" n)o sei se $ai conseguir se li$rar de si mesma. <al$e% esteja na hora deperguntarmos a ns mesmos exatamente o que queremos desse relacionamento. =ocêd# a impress)o de estar totalmente satisfeita com a situaç)o atual" e insiste emmantê*la" na $erdade.

I <udo aconteceu t)o r#pido! Mal ti$e tempo de pensar.I B)o sei se analisar o caso adiantaria. I Marco ficou preocupado ao $ê*la

morder o l#bio. I =ocê est# bem0I recisamos con$ersar sobre isso.I 1erto" mas $ocê parece estar sentindo dores. iorou0 Lindsey apertou*lhe o

braço de no$o.I (chei que ha$ia forçado as costas" mas est# doendo demais.8 suor brotou sobre os l#bios dela. Marco ajudou*a a le$antar*se.I =ou le$#*la para casa.Ela concordou com um gesto de cabeça.I (cho que 2 melhor. into muito. I &urante o tempo que le$aram para

explicar tudo ao garçom" Lindsey passou a apertar o braço de Marco com força e afalar entre dentes cerrados. I (cho que para casa n)o adianta. ode me le$ar aohospital0 <i$e um desses ataques quando esta$a gr#$ida dos gêmeos. B)o h# nada piorno mundo!

I Lindsey! =ocê est# gr#$ida0 Est# tendo um aborto0Ela sacudiu a cabeça. I edra nos rins.Marco chegou ao jardim da casa da ]or: @oad s de% e meia naquela noite e

ficou sentado por um longo instante com a cabeça apoiada ao $olante. &iscutir comLindsey Major" redatora teimosa" combati$a e criati$a n)o era nada comparado adiscutir com Lindsey @ussell" m)e de três filhos" doente. Gicara a seu lado narecepç)o" procurara informações em sua carteira sobre o seu seguro de sade. Ela

21



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccioneaperta$a*lhe o braço com uma força terr/$el" e a dor que demonstra$a o deixaraabalado. 8 tempo todo" continuara ditando instruções" insistindo para que as anotasse.Bo bolso dele ha$ia um pedaço de papel rasgado com garranchos quaseincompreens/$eis.

-ill 1renshaJ9etsy 8';are cinto de segurança-ustin+ $itaminas(lex+ jogo de beisebol s#b. 4C hs. bolinhos para a reuni)o de escoteiros de

9roo:eB)o du$idara nem por um minuto que ela teria acrescentado meia d%ia de

outros itens" se o analg2sico n)o a ti$esse derrubado. Ele ficara at2 falar com om2dico" cujos prognsticos foram simples. Lindsey seria internada e ficaria at2 que apedra fosse eliminada. Gariam alguns testes" depois um exame urolgico completo"

quando se sentisse melhor. Marco saiu do hospital com o $estido $erde ao braço e assand#lias de couro na m)o.(gora olha$a para a casa. Ama lHmpada ilumina$a a porta da frente e ha$ia lu%es

na sala de estar. Am brilho p#lido sa/a da $idraça da porta dos fundos" por ondeentrara na primeira $e% para tirar os biscoitos do forno e onde (lex lhe perguntaraquem ele era e o grito de -ustin ressoara desde o banheiro.

]or: @oad... (quela casinha significa$a muito mais na $ida de Lindsey do que eleprprio...

8 amor por Lindsey Major @ussell o in$adiu" t)o profundo e intenso como uma

ereç)o.Marco acordou num sobressalto" com o coraç)o disparado. 8 sono demorara a

chegar" mas acabara $indo" e agora ele abria os olhos" completamente desorientado.Ama mancha desfocada começou a tornar a forma de (lex" -ustin e 9roo:e. Esta$amtodos petrificados ao p2 da cama da m)e" fitando*o.

I 8i! I Marco sentou*se" le$ando o acolchoado consigo.I 8nde est# nossa m)e0 I perguntou -ustin.I 8nde est# -ill0 I perguntou sua gêmea.(lex apenas le$antou o $estido $erde" com o rosto p#lido. Marco esfregou o

cabelo e os olhos enquanto escolhia as pala$ras.I ua m)e est# bem. Ela te$e um ataque de pedra nos rins e est# no hospital.8 l#bio inferior de 9roo:e começou a tremer.I 1rianças" 2 $erdade" ela est# bem. =ou le$ar $ocês para $ê*la. I Explicou"

com toda e simplicidade e calma poss/$eis" em termos que achou que eles fossementender" o que acontecera e como ela esta$a se sentindo. (parentemente" funcionou"porque o l#bio de 9roo:e $oltou ao normal. I ( noite passada" depois que ti$e certe%ade que sua m)e esta$a bem" $im para falar com -ill e $er se ela poderia tomar contade $ocês por alguns dias.

8 l#bio de 9roo:e começou a tremer de no$o.I 8s 1renshaJ est)o indo para ( =irg/nia hoje! Ela nos contou.

27




Marco assentiu.I 1ontou para mim" tamb2m. ois 2" $ocês est)o com sorte+ em $e% de -ill"

ficar)o comigo. I Bingu2m pareceu muito satisfeito. I -ustin" eu queria dormirnaquele seu $elho beliche" mas fiquei com medo de assust#*lo no meio da noite.

I >uando eu tinha sua a idade" queria ter um. que nunca me deram!I 8s adultos sempre contam histrias de quando eram crianças I murmurou(lex para 9roo:e" como se o coment#rio precisasse de explicaç)o.

Embora exausto" Marco conseguiu lançar*lhes um sorriso tranqZili%ador.I >ual 2 o programa de $ocês" depois de le$antarem0I -# le$antamos.I P" mais ou menos. =amos $er que horas s)o. I 8lhou para o relgio de

Lindsey" com olhos tur$os. I eis e quin%e. er# que n)o querem $oltar para a cama edormirem mais um pouco0 B)o mesmo0 9om" ent)o" $amos nos $estir.

I Bs comemos de pijama nos s#bados. I (ssistindo desenhos na tele$is)o.Marco assentiu e lutou contra a primeira crise de ansiedade.I 1omo este n)o 2 um s#bado comum" $ocês $)o ter um caf2 da manh)

diferente.I 8nde0I 8ra" na 1asa &'(bru%%i" 2 claro. =amos no meu carro" e com a capota

recolhida.I 7rande! I berrou -ustin. &e repente" perdeu o Hnimo.I ei o que est# pensando. ua m)e n)o $ai se importar" nessas circunstHncias.

I romete0I =amos telefonar para ela daqui a pouco. I eria muito arriscado n)o o fa%er.Marco mandou os três se $estirem e apro$eitou o momento para $oltar para

baixo das cobertas. Gitou as paredes claras" as fotografias" o romance na mesa decabeceira. 8 quarto de Lindsey" as coisas de Lindsey" a $ida de Lindsey. Gechou osolhos e encheu os pulmões com toda aquela intimidade. (s circunstHncias o ha$iam jogado no centro de tudo o que ela queria preser$ar parte" e Marco n)o possu/a amenor experiência" nada que lhe assegurasse que poderia e$itar mergulhar no maiscompleto caos. ( ansiedade fe% com que suas palmas suassem.

=estiu a camisa elegante" as calças do terno" as meias e os mocassins italianos eencontrou as crianças $estidas na frente do aparelho de <=. Ss sete e quin%e" ligoupara o ramal das enfermeiras do quarto de Lindsey no hospital" recebendo aconfirmaç)o de que ela esta$a acordada" embora com dores. <ransferiram a linhaK uma$o% sedada atendeu.

I (qui n)o 2 -ill I anunciou Marco" cheio de entusiasmo. &epois de umaexplicaç)o completa" Lindsey replicou que ele de$ia ter tentado 9etsy.

I 9rigue comigo quando esti$er saud#$el e em casa. B)o h# ra%)o para n)o medeixar cuidar disso. ei at2 fa%er biscoitos" em caso de necessidade.

I Marco" n)o quero $ocê a/ I replicou ela" em $o% trêmula. I B)o $ai conseguir.Eles $)o acabar com $ocê.

22




I 8u tal$e% gostem de mim. P o que $ocê mais teme!I Ligue para 9etsy!I 8 bando $ai ficar bem. Bs estaremos bem. ara falar a $erdade" gosto de

$ocê assim. Est# %on%a demais para brigar.

I asse o fone para (lex I murmurou Lindsey. Marco se reclinou no sof# eassistiu s crianças falando ao telefone" uma de cada $e%. ( aguda ansiedade de seusrostos diminuiu.

(inda assim" a realidade e a responsabilidade logo se abateram sobre ele. <irouos lençis da cama de Lindsey e $iu 9roo:e colocar lençis no$os enquanto explica$aque a massa pronta de bolo j# esta$a no refrigerador. Marco pegou a massa e ascrianças e tirou o carro esporte do passeio do jardim de Lindsey. <udo o que ela maispre%a$a no mundo encontra$a*se ali" bem preso com cintos de segurança" nos bancosde seu con$ers/$el $ermelho.

I <odos prontos para a a$entura0Eles olharam para seu rosto n)o barbeado em silêncio. eguiu para &orset Millsbem abaixo do limite m#ximo de $elocidade com o $ento soprando sobre os rostos dascrianças.

or mais que as crianças n)o prestassem atenç)o" Marco parou em todos osfaris $ermelhos" consciente de n)o estar barbeado nem penteado e estar usando acamisa da noite anterior.

(o estacionar em seu local habitual e desligar o motor" -ustin se le$antou nobanco traseiro.

I Ei! Era aqui que papai mora$a! (s garotas ficaram em silêncio.I uxa" esqueci disso. Escutem" se puderem esperar um minuto" $ou pegar

minhas coisas e $oltamos para a sua casa.I Eu quero $er a sua casa.I (cho que n)o...I Est# tudo bem I disse (lex. I B)o tem problema.Ba intimidade do banheiro pri$ati$o de seu quarto" Marco" de calç)o xadre%"

olha$a para seu reflexo abatido no espelho. (t2 o momento a manh) ha$ia sido uma$erdadeira corrida de obst#culos" e ele superara a todos. Bem sempre com elegHncia"

mas conseguira manter*se em p2.I Bada mal I murmurou no exato instante em que a porta se escancara$a.I Ei" amiguinho! I disse a -ustin" que ficou olhando para ele.I 9roo:e quer outra laranja.I &iga a ela para se ser$ir. <em mais na geladeira. >uando tirou o barbeador

da ga$eta" o menino esta$a de $olta.I =ocê se barbeia0I 1laro.I Mam)e barbeia as pernas.I (s mulheres fa%em isso. I Marco se inclinou. I P duro $i$er com todas essas

mulheres0

2




I Ss $e%es.I Eu tinha três irm)s e uma m)e. E um banheiro s" tamb2m.I 1aramba! I 8 menino a$ançou um passo. I =ocê tinha pai0I <inha. (inda tenho. P um grande sujeito.

I Meu pai deixa$a eu me barbear com ele quando eu fica$a com ele.Marco sentiu outra pontada de ansiedade.I (posto que sente falta dele.-ustin concordou com um gesto de cabeça.I ( gente fa%ia um monte de coisas legais quando eu fica$a com ele.I <al$e% possamos fa%er algumas coisas legais" tamb2m" enquanto esperamos

que sua m)e se recupere.-ustin ficou calado. &epois falou em $o% mais baixa+I Ela $ai mesmo $oltar para casa0

Marco ajoelhou*se e colocou os braços sobre os ombros finos de -ustin.I =ai" logo que puder. Ela est# doente" -us" mas $ai ficar boa.8 menino pestanejou.I Eu n)o iria mentir para $ocê! =amos $isit#*la" se pudermos" e $amos tra%ê*la

para casa quando esti$er boa.8 menino de seis anos de idade esfregou os olhos com a manga da camisa

enquanto Marco abria a ga$eta do toucador e tira$a um $elho barbeador. @emo$eu alHmina" abriu a m)o%inha de -ustin e deu*lhe uma boa esguichada de creme debarbear. egou uma cadeira no quarto e colocou o menino em p2 sobre ela.

I ode se barbear" amiguinho. P muito bom a gente ter companhia.I Mesmo0I Mesmo! I Gicaram lado a lado na frente do espelho. Marco ergueu o queixo e

passou o barbeador sobre o maxilar esticado" seguindo inconscientemente o h#bitorotineiro. ( seu lado" o menino imita$a cada gesto" at2 o final" ao aplicar loç)o ps*barba nas faces lisas.

I (s mulheres gostam de ns quando cheiramos bem I acrescentou Marco"tampando o $idro de loç)o.

-ustin pulou da cadeira e seguiu at2 a porta" onde parou.

I r. 9ru%%i" acha que algum dia $ai querer cheirar bem para minha m)e0Marco deu*lhe uma piscadela.I ode me chamar de Marco. =# comer outro p)o%inho doce.>uando -ustin saiu" Marco tirou o calç)o e entrou debaixo do chu$eiro. Ergueu

o rosto e pressionou os punhos contra os olhos num esforço intil de conter asemoções que continua$am a assalt#*lo.




C)$*%+L, 55C)$*%+L, 55

(ssim que $estiu as roupas limpas" Marco foi encontrar o bando inquieto em suasala de estar.

I reciso de algu2m que faça bolinhos" e acho que $ocês precisam $er o meuestdio.

(lex deu*lhe uma batidinha no coto$elo a caminho do estdio.I e $ai tomar conta de ns o dia todo" isto quer di%er que poder# treinar

beisebol comigo antes do meu jogo0I im" logo que terminarmos de fa%er os bolinhos para 9roo:e.

I B)o est# ocupado demais0 Mam)e disse...I Ela esta$a com receio que eu n)o fosse querer. I Ele se ajoelhou. I Eu querode $erdade" e tenho tempo.

(lex assentiu" em silêncio" e pegou a ilustraç)o dele. (rregalou os olhos.I Esta 2 a nossa histria do drag)o! Mam)e nos conta$a o tempo todo. ( gente

ajuda$a um pouco.I Ela me contou isso" tamb2m. <rabalhamos juntos.I =ocê 2 um artista fant#stico! =ocês poderiam fa%er um li$ro. Gicariam

famosos I acrescentou 9roo:e.

Ele riu e mostrou*lhes seu material" da mesa de lu% ao gesso para preparartelas. >uando chegou escri$aninha" retirou um maço de pap2is da ga$eta.I (lgum de $ocês consegue pensar em algu2m que fosse gostar de um cart)o

feito em casa desejando melhoras0Eles desenharam com uma determinaç)o que o emocionou. Marco deixou*os a ss

e foi la$ar a louça" estender a massa de bolinhos e pr2*aquecer o forno. assoutamb2m longos momentos fitando a janela sobre a pia.

I r. 9ru%%i0 Marco se $irou.I B)o seria mais f#cil me chamar de Marco" amiguinho0 -ustin concordou.

I oderia desenhar um drag)o para mim" para eu colocar no meu quarto0I 1laro" mas acho que $ou precisar de ajuda. Am sorriso iluminou o rosto domenino+

I ou bom com l#pis de cera!8utro telefonema ao hospital resol$eu a quest)o da programaç)o da tarde.

Lindsey eliminara a pedra" mas esta$a passando por uma bateria de testes que n)o lhedeixa$a tempo dispon/$el para $isitas. (inda assim" se tudo fosso bem" poderia ter altana hora do jantar. ;ora do jantar! &e manh)" o dia lhe parecera um poço sem fundoque precisa$a ser enchido. (gora n)o tinha certe%a se teria tempo para fa%er tudo o

que queria.Ele e 9roo:e" que trabalha$a em silêncio" assaram uma fornada de bolinhos"separando o suficiente para a sobremesa do almoço. Bos quarenta e cinco minutos que

(



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionese seguiram" as crianças terminaram os cartões e coloriram uma flHmula de ,bem*$inda, que Marco criara no computador. Embalaram os bolinhos e" assim que fecharama porta e sa/ram do apartamento" -ustin precipitou*se em direç)o ao carro.

I Eu $ou na frente desta $e% I gritou 9roo:e atr#s dele.

I B)o! 8s meninos $)o na frente" as meninas $)o atr#s. Marco enfiou umamaleta de lona com a parafern#lia" um su2ter e a lu$a de beisebol no porta*malasenquanto as crianças briga$am pelos assentos.

I <emos um longo caminho a percorrer" ent)o todos podem ter a sua $e%.(gora" a caminho de ]or: @oad".os meninos $)o na frente. I iscou para -ustin e olhoupor sobre o ombro. I 9roo:e $ai na frente quando formos para o jogo de (lex. E (lex$ai na frente quando $oltarmos para casa.

I =ai ser a segunda $e% de (lex! Marco hesitou e ligou o motor.I Ela 2 a mais $elha e" como 2 uma estrela do beisebol" merece. I <irou um

bon2 do 9altimore 8rioles do bolso traseiro e $estiu*o. I =ou usar o meu bon2 dasorte para treinar (lex esta tarde.( menina de oito anos sorriu para ele pelo espelho retro$isor.I E quando a gente for buscar mam)e" ela $ai para casa no banco da frente.I er# a nossa con$idada de honra I replicou Marco" seguindo em direç)o a

]or: @oad.( tarde esta$a agrada$elmente quente" com nu$ens esparsas ocultando

ocasionalmente o sol de maio. &ia perfeito para um piquenique" ele lhes dissera"surpreendendo*se com a reaç)o de entusiasmo quando sugeriu que fossem pegar

quatro caixinhas de uper Grango a caminho do campo da Liga ?nfantil.Escolheram o local na colina onde ele encontrara Lindsey em sua primeira $isita

ao campo do Myer. arecia fa%er semanas" s2culos" que conhecia aqueles trêsdiabinhos de cabelo curto. 8bser$ou*os comer" escutou a sua con$ersa. <odo oconstrangimento ha$ia desaparecido h# algumas horas" junto com a ansiedade. entia*se re$igorado" constantemente surpreso e bastante orgulhoso do modo como o dia sedesenrola$a.

I P melhor irmos treinar I disse (lex" assim que es$a%iaram as embalagens.Marco assentiu e deu instruções a 9roo:e e -ustin para que ficassem no

playground ou em qualquer outro lugar $ista. Mostrou*lhe o local onde ele e (lexestariam" atr#s do banco do lado leste do campo.

I =ou olhar para $ocês de dois em dois minutos. I Marco deu uma batidinha nacabeça de -ustin. I 1amisa $erde. E casaco a%ul I acrescentou" desta $e% batendo nacabeça de 9roo:e.

I Mam)e nunca fica preocupada.I =)o s onde ela deixa $ocês irem. I 1onte$e a $ontade de lhes di%er que

esta$a certo de que ela pro$a$elmente n)o fa%ia nada al2m de se preocupar" so%inhanum quarto de hospital" tendo pesadelos nos quais o diretor de arte da Mendenhall RLipton perdia seus filhos. I ou bem mais no$ato do que sua m)e nestas questões.ejam condescendentes.




I 8 que quer di%er isso0 I perguntou -ustin. Marco se inclinou e berrou+I ejam bon%inhos e façam o que eu mando!8s gêmeos deram risadinhas e sa/ram correndo em direç)o aos balanços. (ssim

que se juntaram s outras crianças" Marco $oltou a atenç)o a (lex. 1omeçou com bolas

altas. 8bser$ou a sua corrida. 8 uniforme dela era $ermelho" com a estampa dos9roo:field Motors s costas e seu nmero" ^. Marco pensou em sugerir a (manda quea M R L patrocinasse um time da Liga ?nfantil.

Lançou outra bola e ficou pensando at2 que ponto teria de contar o queacontecera a (manda" at2 que ponto aquela a$entura totalmente inesperada ficariae$idente para a scia assim que $oltasse ao escritrio na manh) de segunda*feira" paraa sua rotina de no$e horas de trabalho. ($entura. Marco pegou a bola de$ol$ida. (pala$ra n)o da$a nem uma p#lida id2ia da montanha*russa emocional em que seen$ol$era desde o fim de semana em que (manda partira.

Mandou uma bola rasteira a (lex e rebateu uma para o gramado. Locali%ou osgêmeos. 1amisa $erde" casaco a%ul" lembrou*se. =iu 9roo:e no alto da gangorra" -ustinnos pneus. &epois de mais de% minutos" o t2cnico oficial reuniu o time para treinarrebatidas. (lex saiu correndo para o quadrado do batedor" ent)o estancou.

I 8brigada I gritou a Marco. I =ocê 2 timo!I =ocê tamb2m" garota! I replicou Marco.1amisa $erde" casaco a%ul. =irou*se para $erificar onde esta$am os gêmeos

antes de tombar sobre a toalha estendida na colina. 1asaco a%ul. 9roo:e agorabrinca$a com duas meninas atr#s de uma mesa de piquenique tombada. 1amisa $erde"

camisa $erde... 8lhou para o menino loiro no escorregador. B)o era -ustin. Marco sele$antou num pulo. Mesma camisa" outro menino. eu coraç)o se contraiu. er# que$igiara o menino errado o tempo todo0 1om certe%a 9roo:e saberia alguma coisa.<entou se acalmar" passando os olhos por uma multid)o de crianças. 8 playgroundesta$a lotado" o que torna$a imposs/$el a locali%aç)o de um menino t)o pequeno.

1hegou at2 9roo:e na hora em que o jogo começa$a e foi apresentado aos;arringtons" pais dos seus amiguinhos" que assistiam ao jogo em cadeiras de armar.Esforçou*se para manter um tom de $o% normal.

I =iu o seu irm)o0

9roo:e lançou*lhe um olhar perplexo. B)o conseguiu a$ist#*lo entre as crianças.I <al$e% dentro dos pneus. I 1aminharam juntos por entre os brinquedos do

playground" chamando" perguntando e n)o encontrando nada.8 pHnico começou a crescer dentro de Marco. <enta$a se con$encer de que era

b$io que -ustin esta$a bem. Tb$io. ercorreu todo o playground e o campo debeisebol com os olhos" $endo (lex no banco com seus companheiros de equipe. Mandou9roo:e $oltar a brincar com as amigas" fa%endo*a prometer n)o sair dali" e penetrouna #rea arbori%ada que cerca$a o playground. (s outras fronteiras do playground eramum estacionamento e a rua" ambos claramente $is/$eis. Bada de camisa $erde. 8bosque n)o era muito amplo. odia $er os fundos das casas atra$2s das #r$ores. 8 que

3



Desejo n. 37Jogo de Sedução Leslie Davis Guccionen)o podia $er" nem ou$ir" era algum sinal do menino de seis anos que n)o deixara decomo$ê*lo um minuto sequer desde o amanhecer.

I -ustin0Bingu2m respondeu" exceto o murmrio das folhas e gritos distantes dos

jogadores e da torcida.I -ustin0&e% minutos depois" Marco saiu do pequeno bosque" tendo caminhado at2 os

muros das casas e $oltado. <entou pensar como uma criança de seis anos. <entoupensar como a m)e de uma criança de seis anos. 8 que Lindsey faria0 aiu correndo epediu a 9roo:e" em seu tom mais brando" para ficar com os ;arringtons por algunsminutos" explicando a situaç)o. 1orreu para o carro" com a intenç)o de andar pelasruas $i%inhas.

( dor da preocupaç)o e dos maus pressentimentos era pior do que qualquer

ansiedade" pior do que a angstia que sentira por Lindsey na noite anterior.1oncentrou*se na linha de carros parados sua frente e locali%ou o seu" estacionadoentre duas camionetes. 8 sol se refletia no capoK esta$a a três metros do p#ra*choquequando os raios do sol incidiram sobre cabelos loiros.

I -ustin! I Marco chegou ao con$ers/$el no instante em que o menino se ergueuno assento traseiro e piscou. I 8 que" em nome de &eus... aia j# da/!

8 menino ficou p#lido e ner$oso ao $ê*lo chegar pelo lado do carro. >uandoMarco o agarrou" sua express)o se desfe% em pa$or e irrompeu em soluçosarquejantes.

I Eu n)o quebrei nada!I =ocê quase me mata de susto! 8 que $eio fa%er aqui0 Eu lhe falei para ficar

onde eu pudesse $ê*lo! Gui at2 o bosque. Eu falei para $ocê... I Ginalmente" Marcosucumbiu ao peso de seu prprio pa$or e do terror que" ob$iamente" incutia em -ustin.

I Giquei com frio. =im buscar meu casaco I conseguiu sussurrar a criança. IB)o consegui encontrar 9roo:e nem $ocê em lugar algum. erdi $ocê. =ocê n)o esta$aem lugar algum. I 8s soluços o sufoca$am. I =ocê n)o esta$a! B)o toquei em nada! $im procurar meu casaco no banco de tr#s. sentei no seu carro. um pouquinho!

I Eu fui at2 o bosque procurar $ocê. I Marco n)o conseguiu pensar em mais

nada para di%er. Ent)o" abraçou*o com força e sentou*o na capota do carro. I Guiprocurar $ocê.

-ustin se inclinou para a frente e enterrou o rosto no trax de Marco.

/




C)$*%+L, 55-

Lindsey escutou*os antes de $ê*los. ( melodia familiar das $o%es ia aumentandode $olume medida que as crianças se aproxima$am" tagarelando" pelo corredor.

I (posto que ela est# dormindo.I B)o seja idiota. Ela est# nos esperando.I Mas ela est# doente de $erdade.I B)o est# mais. Marco disse que a pedra foi eliminada" n)o lembra0I (cha que $)o deixar ela guardar a pedra num $idro0I ( gente mal pode $er. Lembra a fotografia que Marco nos mostrou0 P s um

pontinho.I Marco falou para a gente ficar quieto. =ocê $ai estragar a surpresa!Lindsey sentou*se na beirada da cama e mordeu o l#bio ao ou$ir aqueles ,Marco"

Marco" Marco, da boca de todos os filhos. ( separaç)o" o fr#gil equil/brio que seesforçara tanto para manter entre as pessoas que lhe eram mais queridas ha$ia"ob$iamente" se dissol$ido. orriu diante daqueles sons que tanto ama$a" mas conte$e arespiraç)o ao pensar nas implicações.

I <udo bem" pessoal! (gora lembrem*se do que ensaiaram. (quela $o% familiar"de bar/tono" com um le$e sotaque de 9oston" fe% com que o pulso de Lindsey

disparasse" apesar de tudo.I urpresa! I sussurraram em un/ssono" aparecendo porta.Lindsey le$ou as m)os ao rosto" fingindo surpresa.I anto &eus! =ocês est)o limpos! (rrumadinhos! Gilhos de quem" $ocês s)o0I eus filhos" mam)e! I replicou 9roo:e.I Bada de jogo hoje0 Bada de playground0I Goi um grande jogo" mam)e. 7anhamos f#cil. eguei a bola mais alta que $ocê

j# $iu" com dois caras na base! I (lex entregou*lhe os cartões.-ustin estendeu seu ramo de flores do campo enroladas em papel de

floricultura.I Marco nos fe% tomar banho e a gente ficou bem limpinho" s isso! Bsmesmos fi%emos os cartões I acrescentou. I Marco ensinou a gente a fa%er. Elecomprou as flores l# embaixo. Galou que as garotas gostam dessas coisas. &eixou agente desenhar no estdio dele. Marco 2 um desenhista muito bom.

I Eu sei" querido.I Gi%emos os meus bolinhos" e comemos alguns no almoço.I <rouxemos roupas para $ocê I acrescentou (lex. I Marco esta$a todo

ner$oso e n)o queria mexer nas suas coisas" ent)o eu escolhi tudo. Eu sabia o que

pegar.Lindsey abriu os braços e puxou as crianças para perto. Ent)o" por sobre suascabeças" fitou Marco com l#grimas nos olhos.

0




I enti falta de $ocês!I Bs sentimos falta de $ocê. Eles sentiram falta de $ocê I acrescentou

Marco rapidamente.I <em mais surpresas em casa I a$isou -ustin.

I B)o se $ocê continuar abrindo o bico I replicou (lex.&epois de $estir o jeans" um de seus su2teres fa$oritos e o tênis" Lindsey foiliberada pelo hospital. Entrou no carro" sentando*se no banco da frente" e foibombardeada por perguntas. im" eliminara a pedra. im" tinha do/do um bocado. im"o rem2dio a fi%era sentir*se melhor e sim" esta$a cansada" mas muito" muito bem.

@ecebera as instruções habituais para aumentar a dose di#ria de #gua e marcaruma consulta com o urologista para acompanhamento. @ecebeu uma receita derem2dios contra a dor no caso de sofrer outro ataque. Explicou tudo isto em tomtranqZili%ador.

@eclinou*se no assento e respondeu s perguntas" escutou a descriç)o do jogode beisebol e uma histria enrolada sobre -ustin ter ido buscar um su2ter e terficado perdido no assento traseiro do carro de Marco. &urante todos esses relatos"Marco dirigia e fa%ia coment#rios e brincadeiras. <udo parecia estranha eperigosamente natural.

1hegaram a ]or: @oad ao crepsculo e foi ent)o que Lindsey percebeu que n)otinha a menor id2ia de qual seria o prximo passo. Ama despedida na porta de casa0=ejo*o segunda*feira no escritrio0 Gique para o jantar" depois $ocê $ai0 eus filhoscontinua$am a monopoli%ar a con$ersa.

I =ocê nunca $ai adi$inhar o que comemos no almoço. uper Grango! Marcocompra sempre. 8 fa$orito dele 2 o super tostado" tamb2m! E n)o adi$inha o que$amos ter para o jantar. Marco fa% o mesmo molho agridoce que $ocê" mam)e! Euajudei a fa%er I falou -ustin.

I ensei em ficar at2 eles irem para a cama. (chei que poderia ajudar um pouco$ocê I acrescentou Marco sua$emente enquanto as crianças se precipita$am emdireç)o casa" acendendo as lu%es ao entrarem.

Lindsey parou no alpendre da porta dos fundos.I B)o sei. B)o sei se 2 uma boa id2ia.

Mesmo ao crepsculo" a dor se estampou nas feições de Marco muitonitidamente. eus c/lios escuros interromperam um olhar penetrante.

I &e acordo com o seu modo de pensar" o estrago j# foi feito" Lindsey. 8slimites foram ultrapassados. into muito que sua bab# n)o esti$esse dispon/$el"aconteceu. eus filhos ficaram comigo hoje. 8 dia todo. Gi% o m#ximo para serindiferente" rude e completamente despre%/$el" s para manter a tal separaç)o que$ocê acha t)o importante. ro$a$elmente eles est)o loucos para que eu $# embora.

I Marco" n)o quis...I ei o que $ocê quis di%er. )o quase sete horas" seus filhos est)o morrendo

de fome. Entre e jante conosco. 1om eles. ode brigar comigo depois.I B)o quero brigar.

1




Ele se inclinou para a frente.I Ent)o" uma $e% em sua $ida" faça o que estou lhe di%endo" sen)o eu a beijo

aqui mesmo" na frente dos três.( casa recendia deliciosamente ao molho de Marco. 8 jantar foi ser$ido por

todos" um desfile de ador#$eis diabinhos correndo da co%inha para a mesa com arro%frito" $agens" er$ilhas e pedaços de carne com molho agridoce. ( mesa da sala de jantar esta$a arrumada" com um arranjo de flores feito por (lex ao centro. ;a$ia umaflHmula de ,9em*$inda ao lar" mam)e, em papel de computador pregada parede dasala de estar.

( con$ersa continuou centrada no dia que ha$iam passado com Marco. Lindseyou$iu tudo" $endo" com um aperto no coraç)o" que os filhos pareciam completamente $ontade com ele.

Ss oito e meia os quatro se reuniram em torno de Lindsey uma $e% mais e

insistiram em le$#*la para o quarto. Lençis e toalhas no$os e mais flores frescas nasua cabeceira... Ela n)o trocou de roupa" mas estendeu*se na cama" onde lhe ser$irama sobremesa com uma x/cara fumegante de ch# de er$a doce. or$eu*o escutando oru/do de louças e talheres que $inha l# de baixo+ Marco fi%era todos trabalharem.>uando apareceram de no$o" as três crianças esta$am arrumadas para irem para acama.

Lindsey foi com as meninas at2 o quarto delas" $iu*as entrando sob oscobertores" deu*lhes boa noite e beijou*as. (lex $irou*se para ela.

I Est# %angada porque Marco me treinou hoje0 Ele me ensinou muitas coisas.

Ele n)o 2 mau" se 2 disso que $ocê tem medo. Marco 2 timo" e falou que tem tempopara me treinar de no$o.

I B)o estou %angada. Estou muito grata por ele ter nos ajudado.I ?sso quer di%er que ele pode ajudar de no$o0I =amos $er.I &etesto quando os adultos di%em isso! empre quer di%er n)o!I >uer di%er que $amos $er. 9oa noite" querida.-ustin" em cima do banquinho" examina$a os dentes no espelho do banheiro.I Mais limpos do que est)o 2 imposs/$el" amiguinho I disse Marco" sentado na

beirada da banheira.I &esçam os dois" porque um tem de ir embora I disse Lindsey" obser$ando*os.I Eu me barbeei esta manh) I afirmou -ustin" examinando o queixo. I Marco

deixou eu usar o barbeador dele" como papai. assamos #gua cheirosa.I ( loç)o ps*barba de Marco0I P. I -ustin pulou do banquinho. I (cha que Marco cheira bem0Marco se le$antou.I Est# na hora de cair na cama" meu $elho. Lindsey suspirou com triste%a.I (t2 que ele n)o cheira mal.-ustin olhou para Marco.

7




I (s garotas gostam de #gua cheirosa" certo0 Lindsey $iu o filho segurar a m)ode Marco.

I Ele n)o pode dormir aqui0 <em espaço no meu quarto! Ele sempre quis dormirem beliches. &eixo ele dormir no meu esta noite. (t2 no de cima!

(s faces de Lindsey arderam.I (cho que n)o 2 uma boa" querido. (l2m disso" n)o 2 polido pedir coisas comoessa na frente de outras pessoas.

I Mas ele precisa dormir aqui para tomar conta de ns se $ocê ti$er de $oltarao hospital.

Marco olhou para Lindsey por sobre a cabeça do menino.I =amos l#" amiguinho" $ou colocar $ocê na cama. Estarei por pertoK qualquer

coisa" $ocê me telefona.(pagaram a lu% do quarto e seguiram para o beliche. Am drag)o cuspindo fogo e

perdendo escamas" desenhado a m)o" esta$a afixado ao quadro de a$isos sobre aescri$aninha.

2




C)$*%+L, 55--C)$*%+L, 55--

>uando a lu% do ltimo quarto das crianças foi apagada" Marco desceu as escadasatr#s de Lindsey. Esta$a exausto e começa$a a perceber o que as ltimas $inte e quatrohoras ha$iam significado.

I Eu $ou embora. (cho que de$o ir" s que antes precisamos con$ersar.I ;# muito a ser dito.eguiu*a at2 a sala de estar" permanecendo em p2.I Bunca planejei isso" Lindsey. Bunca esperei nem a metade do que aconteceu

hoje. =im aqui por $ocê" morto de medo" se quer saber a $erdade" me sentindo

totalmente desajeitado. B)o sei o que as crianças $)o lhe di%er quando eu n)o esti$erpor perto" mas aprendi tanto sobre mim mesmo quanto sobre eles.I Eles ficaram muito bem" 2 b$io" e eu lhe agradeço.I 1onheço $ocê" Lindsey Major. <enho certe%a de que ficou o dia todo

preocupada naquele quarto de hospital.I <em ra%)o. assei horas pensando" pensando sobre qu)o incri$elmente ego/sta

eu tenho sido. 8 que hou$e entre ns foi delicioso" mas eu me comportei como umaidiota de $inte anos que s pensa em si mesma. I 9aixou a $o% ainda mais e inclinou*sena direç)o dele. I atisfi% a minha sede" extingui o fogo" ou seja l# o que for que tenha

me feito agir de modo t)o ego/sta. Eu te quero como amigo e como colaborador" mas$ocê n)o pode ser s mais um que entra e sai na $ida de meus filhos. Eles n)o est)opreparados para isso.

I ?sso sempre acontece em situações como essa.I B)o com meus filhos. ?sto foi s um dia" um dia que $ocê pode deixar para

tr#s. 1rianças que $ocê pode deixar para tr#s. E se eles começarem a esper#*lo todofim de semana" todo jogo de beisebol0 Eles n)o merecem mais sofrimento.

8 cerne da $erdade penetrou na alma de Marco" que tentou ignorar a dor que lheaperta$a o coraç)o.

I (cho que eu de$eria me sentir lisonjeado porque $ocê est# di$idida entre ade$oç)o aos seus princ/pios e o seu desejo louco e apaixonado por mim.I @esol$i terminar com o que andamos fa%endo. ;# coisas em minha $ida que s)o

mais importantes do que... I ?nterrompeu*se" como que escolhendo as pala$ras. I &oque impulsos passional num escritrio" pelo amor de &eus.

I >ue impulsos0I =ocê sabe muito bem que impulsos. Encontros secretos em &orset 1ourt n)o

eram o bastante. =ocê quase... bem no seu escritrio... em p2! Marco" estou cheia dessecomportamento hedon/stico.

8 sbito foco da angstia de Lindsey" a lembrança de seu corpo contra o dela"dirigiu a circulaç)o de Marco para lugares em que preferia n)o pensar. 8 calor sbito ofe% corar. Era melhor nem comentar nada. <omou o rosto dela entre as m)os.




I (lgo t)o bom" que d# tanto pra%er a $ocê e a mim" de$e ter outras ra/%es al2mdo hedonismo. I 9eijou*a de le$e e recuou. I Lindsey" os seus filhos e a sua con$ersame deixaram exausto. =ou para casa" do jeito que $ocê queria. (manda chega amanh) eiremos trabalhar normalmente na segunda*feira. P bom eu estar em forma amanh) para

con$ersar com ela. 8 que falei a -ustin est# de p2+ qualquer coisa" 2 s telefonar.I 8brigada. I 8s olhos de Lindsey brilharam" enchendo*se de l#grimas.Embora um dia de tempestade combinasse melhor com o seu estado de esp/rito" o

domingo amanheceu ensolarado e com uma brisa agrad#$el. Lindsey mante$e a rotinahabitual" de irem juntos igreja e almoçarem em seguida. (s crianças brincaram com osamiguinhos da $i%inhança at2 as quatro horas" ent)o todos seguiram para a reuni)o dosescoteiros" com os bolinhos na m)o. 9roo:e comentou que n)o parecia justo que Marcon)o esti$esse l#" j# que ha$ia sido ele que os preparara.

8 dia terminou com banhos" histrias e três crianças exaustas caindo na cama.

-ustin foi o ltimo a ir para a cama" resmungando que gostaria de se barbear com Marcode no$o. Bs desejamos muitas coisas" respondeu ela para seus botões" beijando oscabelos do filho.

(prontou*se para dormir" $estindo uma camisola de algod)o cor*de*rosa" ser$iu*se de um copo de xere% e postou*se frente da tele$is)o" ainda sem conseguir afastara intromiss)o constante que lhe perturbara o dia todo.

Ama le$e pancada na porta da frente a fe% sentar*se com as costas retas. (oou$i*la repetir*se" atra$essou a curta distHncia e acendeu a lu% da frente. Marco&'(bru%%i" t)o atraente quanto no domingo em que o $ira pela primeira $e%" espera$a

sobre os degraus da entrada. <raja$a suas habituais calças caqui" com uma camisa a%ulde cambraia aberta sobre uma camisa ha$aiana. (quela ha$aiana. Lindsey le$ou as m)osao pescoço. (briu uma fresta.

8 olhar dele era s2rio.I P tarde demais para uma $isita0 abia quê $ocê n)o iria minha casa e esperei

at2 achar que as crianças esti$essem na cama.I Marco" n)o de$ia ter $indo. Ele olhou em tomo.I =i%inhos0I 8s $i%inhos n)o têm nada com isso.

I 1oraç)o disparado" pulso acelerado" suor nas palmas0 Ela abriu mais a porta.I elo amor de &eus" pare com isso!I Esta$a falando de mim. I >uase perdeu a fala ao $ê*la. I Espera$a que

pud2ssemos con$ersar.I -# n)o falamos o bastante0I (inda n)o. <entei con$ersar sobre as ltimas três semanas com (manda esta

manh). Ela queria saber como $ocê esta$a se saindo" 2 claro. Goi bem dif/cil. &epois ti$eum domingo normal" t/pico" para pensar. Meu &eus" eu me senti $a%io! <inha de in$entaralguma coisa para fa%er. Ent)o" $im con$ersar.

I -# con$ersamos.

(




I B)o" agora eu $ou falar e $ocê $ai ou$ir. I 1olocou as m)os nos ombros dela.KI=ocê esta$a certa em ficar preocupada ontem. <odos ns" a jogadora da Liga ?nfantil" agêmea t/mida" o menino tra$esso e eu... juntos! <i$emos bons momentos e suportamosmaus bocados" tamb2m. Eu lhes dei broncas quando achei que precisa$am e eles me

corrigiram quando cometi erros. Galta$a s uma peça no quebra*cabeças+ $ocê. 1laro" se$ocê esti$esse ali" nada daquilo teria acontecido.I =ocê n)o tem jeito com crianças. Goi o que me disse.I Esta$a errado" n)o me sa/ nada mal com as suas crianças..Lindsey estremeceu.I abe como me sinto! B)o pode me culpar! 1om certe%a $ocê $iu como eles s)o

$ulner#$eis.I 8 que $i" ontem" e que n)o me abandonou a noite toda e me fe% despertar esta

manh)" n)o foi a sua lembrança" pela primeira $e%" Goi a deles. I &e repente" ele tirou a

camisa externa e a jogou para ela. I ode $estir isso" se pretende ficar a/" respirandodesse jeito0Lindsey corou e colocou a camisa sobre os ombros" depois olhou para a escada.I =ai acordar as crianças. e $ai ser uma con$ersa pessoal" $amos para o meu

escritrio.1ondu%iu*o pela porta dupla ao jardim de in$erno" fechando as portas atr#s de si.I 1ostuma$a tentar imaginar o local onde $ocê trabalha$a" para onde $ocê ia

quando me deixa$a... ( mulher misteriosa" independente e solteira sem nenhumcompromisso ou responsabilidade... I Marco passou a m)o pela manga de sua camisa e

depois pelo rosto de Lindsey. I 8 que estou tentando di%er 2 que o que $i aqui foramtrês pessoas muito diferentes que necessitam de algumas respostas em suas $idas. Elesquerem mais do que s o dia de ontem. E eu tamb2m. >uero fa%er isso de no$o" nscinco juntos. Goi bom comermos juntos" brincarmos juntos. @imos muito. (inda precisode uma boa noite de sono" mas n)o $ou conseguir dormir at2 acertar tudo. =oltar para&orset Mills como se nada hou$esse mudado seria absurdo.

I -# est# tudo acertado entre ns!I Bada do que acertamos tem algo a $er com a sua $ida real. B)o saciamos

nenhuma sede" n)o extinguimos nenhum fogo. Eu te quero do mesmo jeito que antes. I

Marco acariciou*lhe os cabelos..I >uando a conheci" $ocê era a reali%aç)o de todas asfantasias que j# ti$e sobre mulheres. B)o exigiu nada" n)o pediu nada de mim al2m doque $ocê da$a. <udo foi perfeito no começo" para ns dois. B)o posso culp#*la por n)oquerer nenhuma responsabilidade" depois de tudo o que passou. Mas o fato 2 que $ocê 2respons#$el e eu tamb2m sou" um pelo outro e por aquelas crianças. or que diabos a$ida n)o 2 perfeita agora0 orque $ocê me ensinou algumas $erdades b#sicas sobre mimmesmo. Bingu2m jamais me atingiu como $ocê. =ocê me tra% uma necessidade" umaintensidade que se aprofunda a cada $e% que fa% amor comigo. ensei que estanecessidade $inha de algum lugar que eu nunca alcançaria" mas alcancei. Lindsey"descobri o lugar. Eu te amo. >uero amar todos $ocês.

I (mar0

((




I &o jeito que $ocê pode me amar" completamente" totalmente.I E se n)o der certo0 E se tomarmos decisões terr/$eis que possam afet#*los0.I -# est# dando certo! abe t)o bem quanto eu. P s abrir os olhos e esse seu

coraç)o aterrori%ado. 8 que $ocê planeja n)o 2 amor. <enho o seu corpo" mas preciso do

seu coraç)o" e o seu precisa do meu. I Marco sorriu. I ou a melhor coisa que j# lheaconteceu" e podemos fa%er isso dar certo. odemos fa%er com que três crianças sempai $ejam o equil/brio criado quando um homem e uma mulher se comprometem um com ooutro e com um futuro juntos.

I (mor.I (mor. &o tipo que começa agora e dura para sempre. &o tipo ,case*se comigo e

$i$amos feli%es para sempre,. ?sso existe. &o tipo que fa% a gente querer abraçar trêscriancinhas e mantê*las a sal$o" dar*lhes estabilidade. &o tipo que fa% a gente quererfa%er amor com a m)e deles... I Marco se inclinou e beijou*a com força" profundamente

I em p2!I Marco" 2 um compromisso muito s2rio I murmurou Lindsey" com os l#bioscolados aos dele.

I Estou preparado. -# esta$a antes. falta$a $ocê" e todos $ocês" me fa%erementender. =ocê tamb2m est# preparada" querida" 2 s abrir seus olhos e seu coraç)o.

I Eu te amo" Marco. (lex" 9roo:e e -ustin tamb2m te amam" eu acho. P isto oque me assusta.

I B)o $ou deix#*los na m)o!I (credito em $ocê.

1omeçou a brincar com os seios dela por sobre a camisola. 8s dois respira$am nomesmo ritmo.

I (manda n)o de$eria ser...I B)o diga nada a ela ainda. Bem uma pala$ra!I L# $em $ocê de no$o" dando ordens. I Marco suspirou.I <enho mais uma ordem. I ?nclinou*se para a esquerda e trancou a porta"

depois passou os braços em torno do pescoço de Marco e sussurrou+ I Em p2.Marco riu e inclinou*se para a direita" apagando a lu%. Lindsey sorriu ao ou$ir o

Documents

Leslie Davis Guccione - Jogo de Sedução (Desejo 37)