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Lição 9 – A irreverência destruiu Ananias e Safira. 30 de agosto de 2015. Texto Áureo. Atos 5.11 “E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas”. Verdade Aplicada. Deus conhece o interior da alma de cada ser humano, Ele jamais é injusto. Quando age com juízo, é porque viu o que nenhum de nós poderia ter visto. Objetivos da Lição. Alertar a Igreja quanto aos ardis de Satanás e frisar a importância do discernimento espiritual; Falar sobre a cultura orgulhosa e materialista do primeiro século, e a transformação produzida pelo Espírito Santo; Apresentar como o juízo pode surgir em meio à graça e o temor produzido pelo julgamento divino. Glossário. Discernir: Significa perceber, distinguir ou diferenciar; Baluarte: Uma fortaleza; Disseminar: Espalhar, propagar. Leituras Complementares. Segunda: Tg 1.15 Terça: Gl 6.7 Quarta: At 20.28-31 Quinta Pv 26.2 Sexta Ef 4.7 Sábado: Jr 17.10 Textos de Referência. Atos 5.3-5, 9 3 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? 4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. 9 Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.

Lição 9 - A Irreverência Destruiu Ananias e Safira

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Apostila liçao 9 Ananias e Safica

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Lição 9 – A irreverência destruiu Ananias e Safira.30 de agosto de 2015.

Texto Áureo.Atos 5.11“E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas”.

Verdade Aplicada.Deus conhece o interior da alma de cada ser humano, Ele jamais é injusto. Quando age com juízo, é porque viu o que nenhum de nós poderia ter visto.

Objetivos da Lição.Alertar a Igreja quanto aos ardis de Satanás e frisar a importância do discernimento espiritual;Falar sobre a cultura orgulhosa e materialista do primeiro século, e a transformação produzida pelo Espírito Santo;Apresentar como o juízo pode surgir em meio à graça e o temor produzido pelo julgamento divino.

Glossário.Discernir: Significa perceber, distinguir ou diferenciar;Baluarte: Uma fortaleza;Disseminar: Espalhar, propagar.

Leituras Complementares.Segunda: Tg 1.15Terça: Gl 6.7Quarta: At 20.28-31Quinta Pv 26.2Sexta Ef 4.7Sábado: Jr 17.10

Textos de Referência.Atos 5.3-5, 93 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?4 Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.9 Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.

O juízo sobre a vida de Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade

Hinos sugeridos.193, 304, 370

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Motivo de oração.Ore para que haja mais discernimento espiritual na Igreja.

Esboço da Lição.Introdução.1. A Graça é interrompida pelo juízo.2. Uma cultura orgulhosa e materialista.3. Lições de um juízo inesperado.Conclusão.

Introdução.Corremos grandes riscos quando tentamos aparentar ser o que não somos. Tal ação e denominada hipocrisia. É a dissimulação deliberada. É a tentativa de fazer as pessoas acreditarem que somos mais espirituais do que somos.

Lucas relata como viviam os irmãos na Igreja primitiva, eles viviam unidos de alma, todas suas atividades eram orientadas sob o impulso controlador do Espírito Santo, que direcionava todas as suas ações. Porém, em meio a essa harmonia, sempre há pessoas que não retém a lealdade em seus corações e que pode desestabilizar o clima de confiança na vida comunitária da Igreja. E geralmente isso sucede por meio da cobiça e da desonestidade. Assim foi o caso de Ananias e Safira; O nome de Ananias, que é um nome judeu bastante comum em Atos é provável que signifiquem “o Senhor é gracioso”. O nome Safira aparece uma só vez nas Escrituras e significa “formosa”. Esse casal desejava compartilhar da glória e da atitude recomendável de generosidade dos primitivos cristãos, mas na verdade, não eram generosos em seus corações. Quando venderam sua propriedade, de forma propositada ficaram com parte do valor da venda e decidem doar o restante para a Igreja, mas mentem dizendo que está entregando o valor total da venda adquirida. Eles queriam mostrar que eram generosos e almejavam seres elogiados pela Igreja, é provável que tiveram inveja de Barnabé e decidiram imitá-lo. Porém não possuíam a integridade e a honestidades de Barnabé, eram hipócritas e mentirosos, viviam de aparência e falácias, na verdade, eles não amavam a Deus, mas ao dinheiro.

- “quando tentamos aparentar ser o que não somos”, alguns tentam também mostrar ter o que não tem. Nesses últimos dias as pessoas preservam demasiadamente a imagem e por ela alguns mentem e escondem o verdadeiro eu.- “dissimulação deliberada”, dissimulação significa ocultar os verdadeiros sentimentos e deliberado é aquilo que é feito de propósito.- “fazer as pessoas acreditarem que somos mais espirituais do que somos”, esse foi o problema de Ananias e Safira, tentaram mostrar que tinham espiritualidade fazendo o que muitos crentes naquele tempo estavam fazendo, mas eles não eram tão espirituais em seus corações. Dessa forma o melhor é mostrarmos o que somos e não apresentar uma imagem. Precisamos nos preocupar mais com o conteúdo do que com a imagem.

1. A graça é interrompida pelo juízoEm tempos de grande avivamento, Satanás encontrou um meio de se infiltrar e lançar uma semente maligna na Igreja, para manchar sua credibilidade e conter seu avanço. Analisemos como nasceu o desejo desse casal, a providência divina e a sentença profética de Pedro.

A Igreja Primitiva compartilhava bens e propriedades como resultados da união trazida pelo Espírito Santo, a união, a generosidade e simpatia espiritual dos primeiros

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cristãos atraiam outros. Aquela estrutura organizacional apesar de não ser uma ordenança bíblica, nos ensina importantes princípios dignos de serem adotados. A disciplina imposta a Ananias e Safira pode até parecer que foi muito dura, mas foi correta, serviu para os demais crentes terem temor com a obra de Deus. É bom salientar que a Igreja estava começando seu ministério, portanto, tinha que ser exemplo de espiritualidade, fé, honestidade e reverência pela Doutrina de Jesus Cristo que comissionou a Igreja para proclamar o evangelho da graça. Assim, a disciplina ao casal Ananias e Safira foi justa. A história da Igreja não poderia ter iniciada sendo tolerante com o mau, a Igreja deve ser pura e santa desde o princípio e assim deve continuar. Não é porque estamos na Dispensação da Graça, que devemos fazer vista grossa para o pecado. A Igreja tem que ser cheia da “graça”, essa graça tem que ser valorizada, ela não é graça barata e sim cara, a graça não é sinônimo de irreverência e pecado. As pessoas estão procurando a graça de Deus para suas vidas e a Igreja é o lugar ideal para irradiar essa preciosa graça de Jesus, onde as pessoas após ouvir a mensagem da graça encontram a graça que tanto precisa para suas vidas.

- “um meio de se infiltrar”, essa é a especialidade do inimigo, a infiltração, ele tem a habilidade de se achegar sem ninguém perceber. A Igreja precisa de pessoas com visão espiritual para identificar essas infiltrações de Satanás.

1.1. Ananias e Safira.Lucas faz questão de relatar a oferta de Barnabé antes da oferta de Ananias e Safira (At 4.36,3 7). Seu intento é mostrar a motivação do casal, os quais buscavam reconhecimento entre os apóstolos. Ananias e Safira foram instigados por Satanás a buscarem glória humana e, tomados pelo orgulho, cederam e planejaram uma estratégia (At 5.3). Satanás sabe que não pode destruir a Igreja, por isso, tenta misturá-la perder a credibilidade (At 20.28-31.) 

Qual sua motivação e intentos ao fazer algo que julgas ser para Deus? O que causou a morte de Safira e Ananias não foi o fato de esconderem o valor e suas propriedades ou bens, mas, o que e como intentaram em seus corações ao depositarem a oferta.

Merece ser especialmente destacado para os alunos que Satanás sabe como enganar a mente e o coração dos membros da Igreja, e como os manipular de modo que sigam suas ordens, mesmo sendo cristãos sinceros (Ef 6.5-9). Devemos ter em mente que Ananias e Safira não foram condenados por roubar dinheiro de Deus, mas sim pela mentira arquitetada em seus corações. Eles não tinham obrigação alguma de ofertar qualquer valor pela propriedade vendida (At 5.4). A origem de seu pecado se deu pelo desejo de reconhecimento (At 5.4, 9), um pecado que, infelizmente, lhes custou a vida (Tg 1.15).

Depois de retratar a conduta exemplar de Barnabé, Lucas descreve a conduta avarenta de Ananias e Safira. Sem qualquer introdução, ele narra que esse casal decide vender um campo, levam o dinheiro aos apóstolos e os fazem saber que sua oferta corresponde ao valor total recebido pela venda da propriedade. Ananias e Safira pertencem à comunidade cristã de Jerusalém e juntos buscam louvor e admiração dos membros dessa comunidade. O que ele ressalta nesse relato é a intenção do casal ao ofertar a quantia da venda da propriedade, não estava entregando porque queria ajudar os irmãos necessitados, eles desejavam apenas os aplausos da comunidade e serem vistos como pessoas caridosas, estavam tentando enganar a Igreja. Observe alguns paralelos desse relato na Escritura do Antigo Testamento. Na pureza do Paraíso, Satanás entrou para instigar Eva a pecar contra Deus (Gn 3.1). O seu pecado afetou toda a raça humana. O pecado de Acã, (Js cap. 7)

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roubando de Deus, destruiu efetivamente a pureza moral de Israel. Desse modo o seu pecado afetou a cada israelita. De igual modo, a fraude de Ananias poderia ter destruído a pureza da igreja primitiva, demonstrada pela união, pelo amor e pela harmonia. Esses exemplos servem-nos como advertências para manter a pureza da Igreja.

- “a oferta de Barnabé”, professor(a), faça perguntas simples só para ver se os alunos leram a lição ou se entenderam. Aqui você pode perguntar: qual foi a oferta de Barnabé?- “buscavam reconhecimento entre os apóstolos”, quer dizer que eles buscavam reconhecimento diante das autoridades eclesiásticas. Hoje essas autoridades seriam os pastores e líderes, muitos tentam apresentar espiritualidade a esses homens.- “forma instigados por Satanás”, Satanás através de elementos externos tem acesso ao coaração humano. Ele influencia através de amizades, apelos midiáticos e outros eventos do cotidiano.- “planejaram uma estratégia”, na justiça dos homens, um crime premeditado tem muito mais peso na hora do julgamento do que aquele que ocorre de forma espontânea. Ananias e Safira premeditaram o iriam fazer e isso é grave.

1.2. A palavra de juízo.A igreja vivia um altíssimo nível espiritual naquele tempo e qualquer pessoa que fizesse parte dela não conseguira participar da comunhão por muito tempo sem que sua falsidade fosse percebida. A intervenção poderosa de Pedro condenou a raiz do pecado e manifestou um dom pouco ativado pelos cristãos em nossos dias: o dom de discernir os espíritos, que é a habilidade ou capacidade, dada por Deus, de se reconhecer a identidade, a personalidade e a condição dos espíritos em suas diferentes manifestações ou atividades. Ananias e Safira teriam se tornado pessoas influentes dentro da Igreja, caso Pedro não discernisse e a palavra de juízo os julgasse (1Co 12.1-11; 1Jo 4.1).

Comunique aos alunos que Pedro tinha o dom de discernimento espiritual. Ele foi informado pelo Espírito Santo que Ananias e Safira estavam mentindo. As palavras do apóstolo Pedro deixam bem claro que Ananias tinha completa liberdade para conservar ou vender sua propriedade conforme bem entendesse. Seu pecado se achava na sua mentira ao Espírito Santo e consistia, assim, não em dar uma mera parte do preço ao fundo comum, mas, sim, em alegar que o dinheiro representava a totalidade e não apenas parte do preço da propriedade. Nem sequer se tratava apenas de procurar enganar os líderes humanos da Igreja. Os líderes eram homens inspirados pelo Espírito e, portanto, eram os representantes de Deus.

Pedro era um discípulo guiado pelo Espírito Santo, ele tem o discernimento que é Satanás que está agindo no coração de Ananias. Foi por este motivo que Pedro faz a pergunta: “Ananias, por que Satanás encheu o seu coração?” (v.3). De experiência própria, Pedro sabe que Satanás o persuadiu a negar Jesus três vezes (Lc 22.31,32), e que Satanás colocou no coração de Judas Iscariotes a intenção de trair Jesus (Lc 22.3; Jo 13.2,27). Ele percebe que com o crescimento inicial da igreja, Satanás tenta criar devastação entrando no coração de um crente. Geralmente, quando Satanás vai a um crente para levá-lo a pecar, a pessoa é inteiramente responsável se lhe der permissão para entrar em sua vida. O casal desejava obter honra e glória para si mesmo e consequentemente estaria enganando a Igreja através de suas ações fraudulentas. Ananias e Safira agiram como se Deus não conhecesse as transações diárias da igreja e ignorasse a sua fraude. O crente deve estar consciente das investidas de Satanás e

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do poder que possui, embora este poder seja limitado, não podemos deixar ser persuadidos, temos que resistir a ele por meio da perseverança na fé (1 Pe 5.8,9).

- “sem que sua falsidade fosse percebida”, as atividades da igreja proporcionavam isso, eles viviam em comunidade e em constante oração, além da perseguição iminente. Só os crentes verdadeiramente espirituais conseguiam se adaptar a isso.- “o dom de discernir os espíritos”, esse dom é listado por Paulo em 1 Co 12.10 e já era conhecido de Pedro devido ao fato ocorrido em Mt 16.22,23. Esse dom consiste em conhecer a ação espiritual por trás das palavras e atitudes.- “teriam se tornado pessoas influentes dentro da Igreja”, hoje em dia, devido a muitas igrejas não terem esse dom, existem pessoas influentes em seus ministérios, mas com um coração mau como o de Ananias e Safira.

1.3. A providência divina.Enquanto os ataques do inimigo forem externos, a Igreja estará segura, mas, quando estes penetrarem em seu seio, esta ação deve ser cortada. A Igreja foi comprada com o precioso sangue de Jesus e o zelo de Deus está sobre ela (At 20.28; Ef 5.25). Satanás tem por finalidade destruí-la ou enfraquecê-la com sua mentira, porque uma Igreja sem poder é apenas mais uma religião no mundo (Jo 8.44; 10.10). Três qualidades distinguem a Igreja e, por isso, é vítima dos ataques inimigos. Primeiro, ela é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15), por isso é atacada com as mentiras de Satanás. Em segundo lugar, a Igreja é o templo de Deus, onde Ele habita (1Co 3.16), por isso, ele deseja se mudar para dentro dela para roubar sua perfeição. Por último, a Igreja é o exército de Deus e Satanás procura se infiltrar nela para seduzir o maior número possível de traidores (2Tm 2.1-5).

Explique para os alunos que este capítulo descreve um exemplo do julgamento pessoal de Deus (Hb 10.30, 31). Se Ananias e Safira tivessem julgado o próprio pecado, não teriam sofrido o julgamento de Deus (1Co 11.31). No entanto, ao concordarem em mentir, Deus teve de lidar seriamente com eles.

Lucas descreveu minuciosamente o cenário dos primeiros cristãos da Igreja primitiva. Essa harmoniosa vivência divina de fé e amor estava presente na nova Igreja como uma dádiva pura do alto, pelo poder do Espírito Santo. Mas infelizmente essa Igreja possui um inimigo mortal. Veja as palavras que Pedro escreveu, em tom de advertência: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8). Temos o desafio de manter continuamente a pureza da Igreja onde é manifestada a Palavra da Verdade. Porém infelizmente Satanás se infiltra dentro da Igreja através de falsos devotos a fim de desestruturar os fiéis e fazer que Igreja perca a credibilidade perante o mundo. No grupo desses devotos hipócritas, suas atitudes religiosas propiciam reconhecimento e honra, desviam o olhar para Deus preferindo os aplausos das pessoas! Essa é a hipocrisia sutil que ameaça permanentemente nossa vida de fé. É a partir dessa questão decisiva que precisamos ler o relato sobre Ananias e Safira, compreendendo assim o juízo severo que Deus executou naquela ocasião. Ele eliminou de forma eficaz a primeira hipocrisia consciente e intencional (que aos nossos olhos, foi muito aterrador como falamos de forma apressada). Contudo, essa atitude de Deus gerou o profundo temor que era vital justamente para essa primeira Igreja no contexto judaico, tão acostumado à hipocrisia.

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- “quando estes penetrarem em seu seio”, infelizmente é que mais o inimigo tem feito, ele tem entrado em muitos ministérios devido a tolerância com o erro. Para Satanás importa mais desviar as pessoas dentro das igrejas.- “o zelo de Deus está sobre ela”, zelo é o ciúme cuidadoso, Deus tem ciúme de Sua Igreja, cada igreja local está abrangida por esse ciúme, desde que a liderança esteja preocupada em agradar a Deus.- “é apenas mais uma religião no mundo”, ou mais uma instituição para fazer número a tantas outras.- “coluna e baluarte da verdade”, coluna é o que sustenta e baluarte é como uma fortaleza, dessa forma a Igreja sustenta e fortalece o mundo com a verdade. A humanidade está entrelaçada na mentira, mas a Igreja sustenta a verdade.- “ele deseja se mudar para dentro dela para roubar sua perfeição”, o inimigo não pode atingir a Deus, mas tenta afetar o que Deus ama, a Sua Igreja e os seus servos que congregam nela.- “o exército de Deus”, uma exército para combater as forças das trevas, mas os agentes de Satanás estão se infiltrando para aliciar alguns crentes, esses aqui são classificados como traidores.

2. Uma cultura orgulhosa e materialista.A nova vida produzida pelo Espírito Santo capacitava os primeiros cristão a viver em comunhão e a dividir seus bens para suprir a necessidade dos menos favorecidos. Esta atitude desafiava o espírito ambicioso dos moradores de Jerusalém, lugar onde o Espírito Santo imprimia em cada cristão um modelo de Cristo (1Co 11.1).

Era o início da Igreja, a comunidades cristãs viviam escondidas devidos as perseguições do império romano, mas, mesmo diante dos problemas internos e as perseguições externas que afligia a nova Igreja todos estavam juntos num só propósito, eles continuavam perseverantes na fé, havia união entre todos, o que possuía eram compartilhados a fim de suprir as necessidades dos outros. Todos continuavam firmes no ensino dos apóstolos, viviam em amizade uns com os outros, e se reuniam para as refeições e as orações. Os cristãos desta época tinham um sentimento de irmandade, caridade e fé, inegavelmente muito maior que o cristão de hoje. A cultura da nova Igreja era diferente de Israel. Jesus havia dito aos judeus que faria uma Nova Aliança com aqueles que lhe fossem fiéis (Mt 16.18, essa aliança foi selada com seu próprio sangue (Lc 22.20). Assim os líderes judeus cheio de orgulho, arrogância e interesse materialista ficaram com medo e tentaram impedir o avanço da Igreja. Mas, em meio a tudo isso. A Igreja de forma ousada manteve seu foco naquilo que era mais importante: divulgar as Boas Novas de Jesus Cristo.

- “a viver em comunhão e a dividir seus bens”, era um modelo parecido com o socialismo, onde todos eram igualados em suas posses e a pessoa é valorizada pelo que é e não pelo que possui.- “desafiava o espírito ambicioso dos moradores de Jerusalém”, a atitude de vender tudo e entregar para a comunidade cristã não era uma obrigação, mas provavelmente as pessoas que aceitavam a nova fé eram estimuladas pela atitude dos outros a fazerem o mesmo.

2.1. Uma cultura arrogante.Na época do derramamento do Espírito, Roma estava no poder e disseminava uma cultura de orgulho, arro0gância e materialismo, onde os oprimidos, as viúvas, órfãos e os pobres não tinham

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vez (Sl 9.6). Por toda a extensão do império encontravam-se monumentos e palácios que foram construídos para os heróis de guerra. Porém, não havia qualquer preocupação com os pobres (Sl 9.18). Do lado judeu, a cobiça e o orgulho também predominavam. Os líderes religiosos se inclinavam para a aquisição das riquezas e de propriedades (Ec 5.10; 1Tm 6.10). Enquanto isso os fariseus viviam de artimanhas legais para roubar as casas das viúvas. Assim, os órfãos eram abandonados e os desabrigados sofriam ofensas.

Esclareça para os alunos que a classe trabalhista era sabotada no salário. Não havia mais justiça, nem temor a Deus. Por todo Israel, a atitude predominante era a seguinte: “Cada um por si”. Não havia satisfação porque cobiçosamente se desejava mais e mais.

Os crentes se dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os necessitados. Como exemplo posi-tivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-11). A Igreja baseada na humildade se esforçava em manter-se íntegra e fiel a Doutrina dos apóstolos. Diferente da Igreja, nesta época Roma que mantinha o poder sobre Jerusalém, ostentava riqueza e orgulho, também os líderes religiosos cheio de ganância em manter-se no poder não se preocupava em ajudar as pessoas carentes. Dar esmola ao um pedinte seria para eles uma oportunidade de demonstrar diante das pessoas que eram caridosos, transmitiam uma falsa aparência de bondade, quando na verdade, eram hipócritas. De nada serve a riquezas se não estarem disposto a fazer a vontade do Senhor. Os irmãos da igreja primitiva nos ensinam ser zelosos pela fé, porém sem esquecer-se de ajudar os necessitados, pois cuidava dos pobres e das viúvas que não tinham mantimento. O trabalho assistencial foi considerado pelos apóstolos um "importante negócio" (At 6.3). Por isso houveram-se eles com diligência na escolha dos melhores homens para exercê-lo. Na Igreja de Cristo, o socorro aos necessitados também é visto como prioridade. Jamais podemos deixar-nos ser influenciados pela cultura arrogante de nossos dias. Como ministros de Cristo, temos prioridades: a oração e a proclamação da Palavra de Deus. Todavia, que jamais venhamos a descuidar das obras de misericórdia. O Mestre jamais deixou de saciar os famintos. Por que agiríamos nós diferentemente? É hora, portanto, de zelarmos pelo ministério cotidiano, para que o nome de Cristo seja exaltado e magnificado sempre.

- “Roma estava no poder”, Roma era império que dominava quase o mundo inteiro.- “uma cultura de orgulho, arrogância e materialismo”, a cultura mais marcante da época era a grega que se caracterizava pelo egocentrismo e hedonismo, esses são comportamentos materialistas.- “os oprimidos, as viúvas, órfãos e os pobres não tinham vez”, sabemos pelo Antigo Testamento que o cuidado com os órfãos e as viúvas faz parte da vontade de Deus.- “líderes religiosos se inclinavam para a aquisição das riquezas”, esses líderes eram os escribas, sacerdotes e os principais das sinagogas, alguns eram fariseus e outros saduceus.- “artimanhas legais para roubar as casas das viúvas”, esses líderes se apresentavam como auxiliadores espirituais, mas tinham outros interesses, Jesus os denunciou em Lc 20.46,47

2.2. Pregando sem palavras.

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Durante centenas de anos, os pobres haviam sido desprezados, mas, de repente, o Espírito Santo soprou uma qualidade de vida contagiante, onde as pessoas vendiam propriedades, compartilhavam suas alegrias e tinham tudo em comum (At 2.43-46). O mundo presenciou o surgimento de crentes que amavam uns aos outros, eram cheios de poder, não estavam presos a bens materiais e se preocupavam com os necessitados. O Espírito Santo queria que eles fossem uma carta lida, um testemunho vivo do amor de Deus para o mundo (2Co 3.2). Eles pregavam sem palavras, com atos.

Não esqueça de ressaltar para os alunos que foi exatamente esse clima que Ananias e Safira tentaram sabotar. Não custa entender porque perderam a vida. A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Ananias não agiu licitamente, pelo que inclui o verbo grego (nosphizomai) traduzido por reter (At 5.2, 3). Informe aos alunos que esse verbo no Novo Testamento só aparece aqui e em Tito 2.10 (traduzido por defraudar). “Reter” aqui é no sentido de “subtrair”. Esse mesmo verbo aparece em Josué 7.1, na Septuaginta, quando Acã tomou do “anátema” de Jericó.

Nossas ações falam mais que meras palavras, o que adianta falar e não fazer? Algum tempo quando estava fazendo curso na polícia militar de Brasília, havia escrito na parede da sala de aula a seguinte frase: “As palavras convencem, mas os exemplos arrastam”. Falar é fácil, difícil é ser exemplo e demonstrar o que falamos em ações práticas na nossa vida. Este é o desafio para cada um de nós, viver a verdade. Assim era os ensinos de Jesus Cristo, os discípulos tiveram a honra de conviver ao seu lado e aprender toda verdade. Seus ensinos era tão impactante que o povo "se admirava, porque ele os ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas" (Mc. 1.22). O fato de viver aquilo que ensinava também inspirava confiança naquilo que dizia. O povo viu corporificado no que Ele praticava aquilo que Ele queria que eles fizessem. Jesus influenciou seus discípulos para que colocassem em práticas tudo aquilo que foi ensinado. A Igreja de Cristo deve procurar viver essa realidade, proclamar a Palavra de Boas Novas, todavia, não esquecendo de dar bons testemunhos através  de nossas ações e atitudes (Mt 5.16; At 9.36; Ef 2.10). Que os crentes, pois, sobressaiamos igualmente pelas boas obras. Não alerta Tiago que a fé sem as obras é morta? (Tg 2.17). A assistência social na Igreja Cristã não pode ser á menosprezada.

- “uma qualidade de vida contagiante”, se referindo a vida em comunidade dos primeiros crentes, onde o pobre e o necessitado era atendido At 4.34 essa prática dos crentes contagiava a todos veja:“Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” At 2:47a porção sublinhada significa que todo o povo gostava dos crentes.- “crentes que amavam uns aos outros”, professor(a), convém lembrar aos alunos que essa é a marca de Cristo na vida de seus servos, veja:“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” Jo 13:35- “uma carta lida”, metáfora para representar a vida de um servo de Deus que é observado por todos e dessa forma passa a dar testemunho do que é servir a Deus, ou seja, pregando sem palavras.

2.3. Servindo com reservas.Muitas pessoas servem a Deus com reservas, não permitindo que o senhor preencha as áreas escuras de suas almas. Ananias e Safira não foram punidos por causa de um pedaço físico de

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terra, o juízo tem a ver com o território interno dos seus corações. Eles se rebelaram contra a verdade. Acreditaram que podiam servir a Deus e estar agarrados a alguma coisa. Pedro afirma que mentiram ao Espírito Santo (At 5.3). A ganância em seus corações foi a chave que deu acesso legal à entrada de Satanás e, com obstinada desobediência, permitiram que o inimigo enchesse seus corações (Pv 26.2; Ef 4.7).

É extremamente importante lembrar aos alunos que o preço de uma vida triunfante não é pequeno. Significa sujeitar a vida toda à Palavra de Deus, não deixando mais nenhum lugar escuro, nenhuma luxúria oculta ou rebelião. Não devemos dar espaço para Satanás entrar porque é tudo o que ele precisa para ganhar o direito de entrar e estabelecer uma base poderosa em nossos corações (Tg 4.7; 1Pe 2.13).

Pedro revela o âmago do pecado de Ananias. Ainda que de tempos em tempos Satanás influencie o coração de todos, no caso de Ananias ele enchera completamente o seu coração. Conseqüentemente, Ananias mentiu ao Espírito Santo, expulsou Deus de sua vida e pecou deliberadamente. Seu pecado, pois, não é apenas uma mentira, mas uma fraude total. Ele queria que a igreja acreditasse que estava doando dinheiro para agradar a Deus. Como Pedro coloca, ele não mentira aos homens, e sim, a Deus (v. 4). Paulo informa aos crentes de Corinto: “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 9.7). Quer dizer, Deus se alegra quando um crente dá de coração. Ele deseja que seus filhos dêem generosamente, sem compulsão. Ananias não era obrigado a doar nada para a Igreja, doando ele o valor, até poderia ficar com parte da quantia, desde que falasse a verdade, não ia ter nenhum problema. Observe as palavras de Pedro: “Enquanto a terra permanecia sem ser vendida, não era ela sua? ”E depois de ter sido vendida, não estava o dinheiro a sua disposição? ”Se Ananias tivesse sido honesto e direito, ele saberia que a propriedade e, depois de sua venda, o dinheiro, pertenciam-lhe enquanto permanecessem sob sua posse. Poderia fazer deles o que quisesse e não estava sob nenhuma obrigação. No entanto, permitiu que Satanás enchesse seu coração, recusou-se a adorar a Deus e fez do dinheiro o objeto de sua adoração. Ao servir a esse ídolo, ainda assim desejava o elogio do povo de Deus por sua generosidade dissimulada. Ele deveria saber que o homem não pode servir a dois senhores – a Deus e ao dinheiro (Mt 6.24; Lc 16.13).

- “servem a Deus com reservas”, servindo a Deus, mas reservando áreas para continuarem no erro.- “por causa de um pedaço físico de terra”, isso porque alguém pode pensar que a punição tivesse a ver com a herdade ou o valor que eles receberam.- “A ganância em seus corações”, O início do problema não foi a ganância e sim o menosprezo ao Espírito Santo. Eles não pareciam gananciosos pelo fato de terem entregue uma parte do valor, eles não tinham fé e não tiveram respeito ao Espírito Santo, Pedro chega a dizer que eles não precisariam ter entregue valor nenhum. At 5.4  Esse fato não serviu para mostrar a comunidade a importância de se entregar ofertas, mas sim o respeito ao Espírito de Deus.

3. Lições de um juízo inesperado.O testemunho que se espalhou por toda Jerusalém é a mensagem que o Espírito Santo desejava disseminar em todo o mundo. Somente o poder de Deus poderia suplantar aquele espírito de materialismo que há séculos asfixiava Israel.

As Escrituras revelam outros casos semelhantes, onde Deus puniu pecadores com mortes súbitas. Por exemplo, quando os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, apresentaram

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fogo estranho perante Deus, ele os atingiu com fogo e eles morreram no mesmo instante (Lv 10.1,2). Quando Uzá tentou segurar a arca de Deus colocada num carro de bois em vez de ser carregada pelos sacerdotes, Deus o atingiu e ele morreu ao lado da arca (2 Sm 6.7). O veredito de Deus contra Ananias e Safira resultou também em rápida execução. Essas punições de Deus por meio da pena de morte revelam uma verdade fundamental: o povo de Deus deve saber que existe para servi-lo e não vice-versa. Em todos os casos foi o próprio Deus que executa o juízo divino para aplacar o pecado. Da mesma forma, ele usa Pedro como porta-voz, mas o próprio Deus é quem mata Ananias. Por meio desse juízo “sobreveio grande temor a todos que tinham conhecimento desse fato. A vontade de Deus é que a Igreja permaneça pura e sem mácula. Foi preciso eliminar a culpa do pecado de Ananias, bem como a sua esposa, da comunidade dos cristãos primitivos. Se Deus tivesse permitido que esse pecado ficasse impune, a Igreja não teria nenhuma defesa contra a acusação de que ele tolerava engano contra si e seu povo. Agora, no início de seu ministério, a Igreja está livre dessa acusação.

3.1. Juízo em tempo de graça.Algumas pessoas confundem período de graça com ausência de santidade divina. Embora não sejam comuns tais juízos. Deus ainda os executa em nossos dias. Ninguém, exceto Deus, conheceu o que havia de tão horrendo no coração de Ananias e Safira. Todavia, não há dúvidas de que eles mexeram em casa de maribondo quando tentaram enganar a todos, inclusive a Deus (At 5.3, 4). Ananias significa “Deus é cheio de graça”, mas ele descobriu que Deus também é santo. Safira significa “bela” mas o pecado tornou seu coração repugnante. Um avivamento não nos isenta de ter no seio da Igreja pessoas com essa estirpe.

Explique para os alunos que, em tempos de grande avivamento, a presença de Deus é real e quando essa presença é real pode tanto salvar quanto matar (2Sm 6.6, 7). Ressalte para eles que, no mesmo lugar que se produzia a vida, Ananias e Safira encontraram a morte. Assim como Nadabe e Abiú e Uzá, eles foram irreverentes e a presença de Deus para eles agiu como juízo em vez de graça (Lv 10.1-5; 1Cr 13.9, 10).

A história da Igreja não poderia ter iniciada sendo tolerante com o mau, a Igreja deve ser local de pureza, imaculada desde o princípio ao fim. As pessoas estão carentes da graça de Deus para suas vidas e a Igreja tem que ser cheia da graça para irradiar a mensagem graciosa de Deus. O juízo de Deus aplicado a Ananias e Safira serviu para eliminar o engano dentro da Igreja. Após a morte de Ananias e Safira, Lucas relata o medo e o espanto do povo (veja 2.43; 5.11; 19.17). Os crentes que testemunharam a morte de Ananias na presença dos apóstolos ficaram cheios de espanto, e outros que ouviram a notícia por intermédio dessas testemunhas foram também tomados de santo temor. Todos entenderam a verdade de que “Deus exerce terrível vingança sobre os enganadores”.

- “período de graça com ausência de santidade divina”, isso porque na graça Deus executa pouco juízo como fazia no tempo da lei, fazendo com que alguns pensem que não precisam se preocupar com a santidade.- “Embora não sejam comuns tais juízos”, isso devido ao fato de o Senhor ser paciente e estar trabalhando em um propósito, salvar o ser humano. No Antigo Testamento havia uma lei e para que ela funcionasse deveria haver punição, mas no tempo da graça o que estar em destaque é a misericórdia de Deus. Não querendo dizer que não haverá juízo, basta lermos Apocalipse.

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- “mas ele descobriu que Deus também é santo”, a Bíblia afirma que “Deus não se deixa escarnecer” Gl 6.7 significa que se a pessoa fizer algo errado e não sofrer nenhuma consequência seria como zombar de Deus. O caso de Ananias e sua esposa é um modelo para aprendizado da Igreja, mas não pode ser tomado para se detalhar regras de ação de Deus. A verdade é que nem todos os que desrespeitam a Deus serão punidos da mesma forma ou descobertos com a mesma rapidez que eles foram.

3.2. O temor do Senhor.Vivemos tempos difíceis onde as pessoas misturam o santo com o profano, onde tudo é muito comum. Tempos em que se vive uma graça sem responsabilidade, onde o temos a Deus parece não fazer parte da vida de muitos cristãos. O que o Espírito Santo está tentando nos comunicar com o juízo sobre esse casal? Será que sabemos o que significa temor? Temor não é medo, é respeito, reverência! Eles tentaram enganar a Deus como se Deus fosse uma pessoa qualquer! Eles não precisavam dar nada, a propriedade lhes pertencia. Também não precisavam forjar valores. Era somente dizer: “eu quero dar isso!”. Morreram por querer aparentar o que não eram. Por isso, eles se tornaram exemplo para que todos vissem o quanto Deus é santo (Jó 28.28; Pv 1.7; 10.27).

Explique para os alunos que o motivo da ira de Deus se encontra nos versículos 3 e 4 – eles mentiram ao Senhor! Ananias e Safira venderam um terreno e afirmaram que o ofertaram o valor total da venda para ajudar os irmãos pobres. Eles queriam parecer pessoas generosas, mas, ao mesmo tempo, queriam ficar com uma parte do dinheiro. Decidiram mentir, dizendo que sua oferta foi o valor integral da venda do terreno. Reforce para eles que Deus não obrigou ninguém a vender terras ou a dar o valor total de suas propriedades. Pedro reconheceu o direito de Ananias e Safira de ficar com o seu terreno: “conservando-o, porventura, não seria teu? (At 5.4). Uma vez que decidiram vender, não foram obrigados a doar o valor total. Pedro acrescentou: “E, vendido, não estaria em teu poder?” (At 5.4). Ananias e Safira queriam o “crédito” por uma doação generosa, sem o sacrifício de perder todo o valor do terreno. Mentiram para Deus e para os homens e foram cobrados por essa infeliz atitude!.

Lucas relata que ouve “grande temor” por causa da morte de Ananias(v.5), as pessoas ficaram claramente com medo, no entanto, temor não trata somente de medo, temor também é sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus. A intervenção divina para fazer parar o engano dentro da igreja primitiva causa medo no coração de cada membro da igreja. Todos os que ouvem a respeito das mortes de Ananias e Safira percebem o juízo de Deus. Deveríamos entender que Deus não condena riquezas nem as pessoas opulentas. Ele pune aqueles que enganosamente tentam colocá-lo à prova fingindo ser doadores generosos, mas que, na realidade, roubam a Deus. O relato da morte de Ananias e Safira se espalharam por toda parte, levando a mensagem de que Deus não tolera engano e falsidade na Igreja. Portanto, o relatório continha sendo uma advertência a qualquer um que desejasse infiltrar-se na assembleia dos crentes com o propósito de enganar. O súbito juízo de Deus serviu como repressão e manteve a Igreja como um reduto da verdade e da integridade.

- “misturam o santo com o profano”, significa que praticam a obra de Deus e também as obras da carne, buscam ser crentes sem deixar seus velhos hábitos mundanos pecaminosos.

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- “em que se vive uma graça sem responsabilidade”, a velha pregação de que precisamos ter o coração transformado antes de mais nada, está sendo mal usada de forma diferente, porque as pessoas se preocupam somente com o coração, mas não se preocupam em mostrar com o seu comportamento, obras e atitudes aquilo que pregam ou que dizem acreditar.- “Temor não é medo, é respeito, reverência!”, por isso que Deus hoje em dia não está matando a todos que o desrespeitam, e olha que são muitos, se não haveria mortes quase todos os dias nas igrejas.- “eu quero dar isso!”, ninguém precisa ser grande ofertante ou o mais colaborador de todos, Deus que apenas que sejamos verdadeiros naquilo que somos.- “Morreram por querer aparentar o que não eram”, na verdade o motivo pelo qual morreram foi por desrespeitarem o Espírito Santo e o que motivou eles a isso foi essa vontade de mostrar o que não são.

3.3. Ananias e Safira foram salvos?A irreverência matou Ananias e Safira. No entanto, o grande questionamento é se foram ou não salvos. Segundo o que as Escrituras nos informam, poderíamos acreditar que não (1Co 6.9, 10; Ap 22.15). Todavia, o que convém é entendermos que Deus é soberano e não precisa dar explicação de Seus atos. Somente Ele viu realmente o que havia em seus corações e se agiu dessa forma é porque viu muito mais além daquilo que vemos (Jr 17.10).

Esclareça para os alunos que Pedro também lhes deu a oportunidade de dizer a verdade, ele apenas condenou a mentira. Entretanto, foi o Espírito de Deus que executou o julgamento (At 5.4-11; Gl 6.7). Ananias e Safira esperavam dar um pouco a Deus e receber crédito por muito. O seu esquema era desonesto e o julgamento de Deus foi rápido e severo. Não precisavam terminar dessa maneira. Esse é o preço da hipocrisia e da insensatez. Em vez de fama e sucesso, alcançaram a vergonha e o fracasso.

Nesse episódio, nota-se que tanto Ananias quanto Safira mentiu ao Espírito Santo (vs.3,4) e concordaram em tentar o Espírito de Deus (v.9). Apesar de não terem blasfemado contra o Espírito, deliberadamente colocaram-no à prova. Da mesma maneira como os israelitas que puseram Deus à prova morreram no deserto, assim também Ananias e sua mulher morreram. O escritor da Epístola aos Hebreus, comentando acerca da morte de um blasfemo, pergunta: “Julgai-vos, quanto maior castigo merecerá quem feriu os pés do Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual Ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça?” (Hb 10.29). E ele conclui: “terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (v.31). Ananias e Safira insultaram o Espírito Santo, mentiram-lhe, puseram-no à prova. Conseqüentemente, pereceram, se foram salvos ou não; isto pertence a Deus, mas, como relata o autor da revista, imagina-se que não tiveram essa maravilhosa graça.

- “Somente Ele viu realmente o que havia em seus corações”, em outras palavras, não podemos afirmar se foram salvos ou não.Conclusão.O juízo sobre a vida de Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade. A graça é a oportunidade para se viver retamente; o juízo é a resposta para quem se utiliza da graça para ser desonesto.

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O pecado que Ananias e Safira cometeram não foi simplesmente o da mesquinhez, por guardarem parte do dinheiro: eles tinham a liberdade de vender ou não sua propriedade; sendo vendida, eles poderiam dar quanto quisessem. O pecado deles foi mentir diante de Deus e de seu povo. Dizendo que deram a quantia total, quando, na verdade, guardaram parte para si; eles mentiram, a fim de parecerem mais generosos do que realmente eram. O apóstolo Pedro não faz nenhuma distinção entre Deus e o Espírito Santo. No versículo 3, ele declara que Ananias mentiu ao Espírito Santo e no versículo seguinte diz que Ananias mentiu a Deus. Portanto, Pedro identifica o Espírito Santo com Deus. Num versículo subseqüente (v. 9), ele menciona o Espírito do Senhor. Logo, para ele o Espírito Santo é Deus; é a terceira pessoa da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Tal pecado foi severamente julgado, porque a desonestidade, a cobiça e a avareza são destrutivas para a Igreja, pois impede que o Espírito Santo trabalhe eficazmente. Toda mentira é ruim, mas quando mentimos para tentar enganar a Deus e a seu povo sobre nosso relacionamento com Ele, destruímos nosso testemunho a favor de Cristo.

- “nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo”, ensina também que tentar enganar a igreja ou sua liderança é tentar enganar o Espírito Santo.

Questionário.1. O que é hipocrisia?R: A tentativa de fazer as pessoas crerem que somos o que não somos (Mt 7.5).

2. Quem encheu o coração de Ananias e Safira?R: Satanás (At 5.3).

3. Cite uma qualidade cristã daquele tempo.R: O desprendimento material (At 2.43-45).

4. O que significa temor?R: Respeito, reverência (At 2.43).

5. O que nos ensina o juízo sobre o casal?R: Ensina-nos que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade (At 5.3-5).