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IQuerido leitor, bem-vindo à Primeira Câmara do Instituto Gnosis Brasil.

A Primeira Câmara é composta de vinte e três conferências, onde se explica passo a passo, de forma introdutória, o mundo do conhecimento e do auto-conhecimento. Gnosis se traduz como “conhecimento”, em grego.

Na Antiga Grécia existiu um templo sagrado em Delfos que dizia na entrada: “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses!”. Explicando que todo o conhecimento universal e divino se encontra dentro do ser humano.

Estas vinte e três conferências serão teórico-práticas para que você possa ter as ferramentas para o autoconhecimento e lograr a felicidade autêntica, aquela que não vem de fora mas sim, dos valores do coração.

Introdução


SSua Origem

A Gnosis é o conhecimento de uma sabedoria transcendental e transfor-madora que ensina a humanidade a ver, ouvir e tocar todas as coisas que até o momento se apontavam como grandes mistérios e enigmas.

É uma verdadeira escola científi ca de iniciação à vida, que busca a transfor-mação do ser humano, pretende que cada homem mude seus princípios básicos e costumes, para que se converta em um homem verdadeiro.

É tão antiga quanto o homem e tão grande quanto o próprio espaço, pois detém o conteúdo de toda sabedoria e conhecimentos múltiplos de nosso planeta, dos mundos, sóis e galáxias que giram em suas rotas orbitais dentro do espaço sem limite.

A Gnosis como um estilo de vida, como uma fi losofi a, se fundamenta sobre uma concepção racional e científi ca do universo, como uma forma de viver para que o ser humano alcance um transformação física, psíquica, social e espiritual, que o permita conhecer-se a si mesmo, seus defeitos e virtudes.

A metodologia gnóstica ensina o “modus operandi” mediante o qual se pode ser assistido por forças superiores à mente. Na antiguidade se dizia: “Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo!”, isto chamava a atenção para a busca de um conhecimento superior. É claro que nisto há raras exceções atu almente, que devemos buscar com a “Lanterna de Diógenes”; Esses casos raros estão representados por homens verdadeiros como por exem-plo, Buda na Índia, Jesus de Nazaré, Hermes Trismegisto no Egito, Quetzalcoatl no México, etc.

Incontestavelmente, o conhecimento gnóstico sempre escapa às analises normais do raciocínio subjetivo. A Gnosis é destinada a aqueles aspirantes sinceros que verdadeiramente querem trabalhar e mudar.

Gnosis é a Doutrina da Síntese, a primeira ciência JANO ou JAINO e sua origem é tão antiga quanto o universo. A palavra JINA (a qual se torna a palavra Gnosis) não é senão a castelhanização da palavra latina. Sua verdadeira escrita deriva do persa e do árabe, não é Jina mas Djin ou Djinn e assim vemos empregada por muitos autores.

A Jana-Yana ou Gnosis, não é senão a Ciência de Jano ou seja, a Ciência do Conhecimento Iniciático e as variantes de seu nome são tais que há uma em cada idioma. Assim encontramos no vocábulo grego: Gnosis, que signifi ca “Sabedoria”.

A Gnosis é a Doutrina Síntese que deu origem a todos os movimentos e correntes fi losófi cas, científi cas, religiosas, artísticas, esotéricas, psicológicas e culturais.

Esta sabedoria é encontrada nos mistérios de Mitra, de Elêusis, no Herme-tismo, nos mistérios de Dionísio, de Hécate, da Grande Mãe, de Serápis, de Ci-


A literatura gnóstica não se trata de modo algum de um conhecimento qualquer. A Gnosis é um conhecimento dotado de um maravilhoso prestígio e muito poucos logram compreender este conhecimento. É transcendente do homem e do universo, compreensível mediante as faculdades de cognição do “Ser”.

A Gnosis é uma verdadeira Escola Científi ca de Regeneração que busca a transformação do ser humano, que pretende que cada homem mude seus princípios básicos e costumes, que se converta em homem verdadeiro.

Regenerar-se signifi ca voltar a gerar-se dentro de nós mesmos, como quem volta a criar um novo Cosmos.

Se alguém possui a Gnosis dos Grandes Mistérios Arcaicos é porque alguns homens muito santos lograram aproximar-se do dinamismo regulador do Ser, devido a sua lealdade doutrinária.

Sem uma prévia informação sobre “Antropologia Gnóstica”, seria algo mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das culturas Asteca, Maia, Egípcia, etc...

Os Códices Mexicanos, papiros egípcios, ladrilhos assírios, os Manuscritos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, assim como certos templos antiquíssimos, sagrados monólitos, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenários, etc., oferecem em sua profundidade simbólica um sentido gnóstico que defi nitiva-mente escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.

No transcurso da história existiram grandes escolas de regeneração por todo mundo. Estas escolas ensinavam de forma simples e oculta seus princípios e fundamentos.

A Ciência Gnóstica é a Doutrina da Nova Era de Aquário que iniciou-se em 1952. A Gnosis não se opõe a nenhuma Religião, Escola ou Sistema de ensinamento espiritual, devido a que afi rma que todas as religiões são “pérolas preciosas

beles, de Ísis, também no Orfi smo e Pitagorismo, nos livros Egípcios e Tibetanos...Os Setianos, Peratas, Carpocratianos, Nazarenos e Essênios são gnósticos. Os

mistérios Egípcios, Astecas, de Roma, Tróia e Cartago, de Elêusis, da Índia, dos Druidas, Pitagóricos, Kambires de Mitra y da Pérsia, etc., são em seu conjunto isso que nós chamamos de Gnosis ou gnosticismo.

A Autognosis ou reconhecimento autognóstico do próprio Ser, dada o aspecto antropológico do Pneuma ou Espírito, resulta algo decididamente salvador. Conhecer-se a si mesmo é ter logrado a identifi cação com seu próprio Ser divinal. Saber-se identifi car com seu próprio Pneuma ou Espírito, experi-mentar diretamente a identifi cação entre o conhecido e o conhecedor, é isso que podemos e devemos defi nir como Autognosis.

AA Gnosis frente ao conhecimento universal


A

engastadas no fi o de ouro da Divindade”.Embora é certo que devemos levar em conta que em nosso Sistema

Gnóstico existem elementos helenísticos orientais, assim como elementos da Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Palestina, Egito, etc., também contamos com os princípios Gnósticos perceptíveis nos sublimes cultos religiosos dos Nauatles, Toltecas, Zapotecas, Maias, Chibchas, Incas, Quéchuas, etc., da Indo-América.

A Gnosis é um funcionalismos muito natural da consciência; uma philosophia perennis et universalis, ou seja, uma fi losofi a perene e universal.”

Os princípios básicos da Grande Sabedoria Universal são sempre idênticos. Tanto Buda como Hermes Trismegisto, Quetzalcoatl ou Jesus de Nazaré, o Grande Kabir, etc., cada um entregou uma mensagem, mas todas contém os mesmos princípios cósmicos.

A Gnosis como sabedoria divina

Acreditamos fi rmemente que somente aquele que vivencia a Verdade é profundamente religioso. Aqueles que encarnaram a Verdade, fundaram grandes religiões e as Grandes Escolas de Mistérios. Lamentavelmente, com o tempo se vai perdendo o conhecimento puro, distorcendo os ensinamentos originais.

Não Há religião mais elevada que a Verdade .A experiência gnóstica permite autorrealizar-se integralmente, entenda-se

por autorrealização o harmonioso desenvolvimento de todas as possibilidades humanas. Não se trata de dados intelectuais. Tudo o que estes parágrafos estão dizendo traduz-se como experiência autêntica, vivida, real.

Não existe nas correntes gnósticas o dogma da predeterminação ortodoxa que nos engarrafa lamentavelmente em uma estreita concepção de Deus, do Conhecimento e da Verdade.

De fato, ao considerar os problemas mais amplos das diferentes humanidades e povos, indiscutivelmente encontramos que o centro nevrálgico de todo

Leonardo da Vinci (1452 – 1519)


ANas antigas escolas de mistérios da Grécia, Egito, Roma, Índia, Pérsia,

México, Peru, Assíria, Caldéia, etc., a psicologia sempre esteve ligada à Filosofi a, à Arte, à Ciência e à Religião.

A Gnosis tem seus princípios fundamentais, suas bases, sobre as quais se sustentam todo o Conhecimento. São quatro colunas principais, a saber:

Ciência: investiga o conhecimento de todas as coisas por seus princípios e causas, porque encerra o conteúdo de toda sabedoria e conhecimentos múl-tiplos do universo. Nestes estudos não estamos limitados ao mundo tridimen-sional de Euclides, porque se conhece a existência de uma quarta, quinta, sexta e sétima dimensões. Na Ciência começamos a penetrar na antiga Alquimia, a Ciência das Transformações, estudando Raimundo Lúlio, Nicolas Flamel, o Con-de Cagliostro, Saint Germain, Fulcanelli e sua Moradas Filosofais, Miguel de Nos-tradamus, por citar alguns alquimistas que buscam transformar o Chumbo em Ouro, mas aos ouvidos sábios é o Chumbo da Personalidade no Ouro do Espírito.

Há dois tipos de Doutrina: a do Olho e a do Coração. A Doutrina do Olho está relacionada com o intelecto e inclui todos os

conhe cimentos externos. A Doutrina do Olho, robustece a mente, a matéria, a morada do desejo; ela pensa, raciocina, tira conclusões e conduz a ação errada, tudo quer resolver por si mesma e não leva em conta para nada a voz do Mestre Interno. O Mestre Interno não pensa, nem raciocina, nem discute, sua voz é a voz da Intuição.

A Doutrina do Coração tem a ver com a Intuição, com a Consciência do Ser. O ensinamento gnóstico nos conduz ao conhecimento do corpo físico, a

alma e do espírito imortal.

A Arte, a Ciência, a Filosofi a e a Religiãocomo método de conhecimento

AA Doutrina do Olho e a Doutrina do Coração

problema é: a falta de Conhecimento ou a ausência da Verdade. A inquietante procura pela Verdade, tem levado através da História diferentes

raças e povos a buscá-la, dando origem a um campo autônomo de investigação e que tem recebido o nome de: Teoria do Conhecimento, ou mais diretamente: Gnoseologia.

Gnosis é uma sabedoria, um conhecimento de tipo superior de caráter esotérico, já que estuda a vida, o homem, o universo e os fenômenos inerentes a ele, não só do ponto de vista exotérico ou externo, através dos sentidos percepção externa, mas também do ponto de vista anímico-espiritual ou esotérico, por meio dos sentidos internos ou ocultos.


Por isso estudamos a Alquimia que nos ensinará a canalizar corretamente todas as energias de nosso corpo, como estudo científi co, bioenergético de nossa própria natureza interior.

Também estudamos a Cabala, que é a ciência dos Números que permitirá conhecer a vida que palpita detrás de cada número como entidade vivente, como geometria vivifi cante, como ensinou Pitágoras. A Cabala é uma palavra do hebreu antigo que signifi ca “receber” e através dela se pode conhecer a origem do homem e estudar comparativamente todas as teogonias e religiões existentes na Terra.

A Ciência nos permitirá penetrar no anfi teatro da Ciência Cósmica estudando a Astrologia, Astronomia, Antropologia e, sobretudo, a Ciência de Viver, que somente a conhecem aqueles que intrepidamente se lançam a conhecer-se a si mesmos.

Filosofi a: É o ensinamento que nos leva a refl etir sobre o porquê das coisas, quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que fazemos neste mundo tridimensional, por que nascemos, por que vivemos e por que razão morremos. A Filosofi a da momentanidade nos indica que o que estamos fazendo nestes momentos é o que mais vale, caso contrário caímos no sonho da Consciência, ou seja, realizando alguma atividade pensando em outra, o resultado é o equívoco. O verdadeiro fi lósofo procura, acima de todas as coisas, as respostas para os grandes enigmas da criação e da sua própria vida. Busca-se ser um fi lósofo na vida prática, diariamente vivida, executando todas as tarefas que normalmente realizamos, mas com consciência e sabendo que na vida estamos para aprender. “Ninguém é meu amigo ou inimigo. Todos são meus mestres”.

Arte: É a busca da beleza em todas suas manifestações. Este conhecimento universal deu origem a todas as formas de arte: escultura, pintura, música, poesia, letras, esportes sãos e equilibrados. Tudo isso que é de caráter espi ritual e ativa os centros superiores da pessoa e a faz entrar em uma harmonia profunda. O artista é aquele que além de conhecer a Arte Régia da natureza, de buscar em obras de arte, antigas peças que transmitam mais além do tempo verdades cósmicas, busca também ser um artista na vida, sabendo se comportar como bom cidadão, como bom fi lho, bom pai, mãe, etc., comportando-se ante a sociedade como um exemplo de cidadão, relacionando-se bem com a natureza e com os semelhantes e principalmente consigo mesmo.

Religião: O Ser revalorizando-se e conhecendo-se a si mesmo é a Autognosis; indubitavelmente esta última em si mesma é a Gnosis. O Autoconhecimento do Ser é um movimento suprarracional que depende dele, que nada tem a ver com o intelectualismo. Religião é uma palavra de origem latina: re-ligare que quer dizer re-ligar, ou seja, voltar a ligar. Mas, o que é que tem que voltar a unir? Bem, nossa consciência individual com a Consciência Cósmica.

A verdadeira religião se leva no coração, naquele homem e mulher que tenta unir-se novamente com o princípio que lhe deu a vida, o Tao entre os Taoistas, Tonanthiu entre os Astecas, o Demiurgo Arquiteto de Pitágoras, Alá para os


O

G

Através dos Estudos Gnósticos nos propomos a converter-nos em fi lósofos da vida, que é aquele que tem a capacidade de sobrepor-se às circunstâncias adversas que se lhe apresenta a existência. O verdadeiro fi lósofo é o que ama a sabedoria e sabe sacrifi car a dor, a fi m de encontrar a verdadeira felicidade.

mulçumanos, o Deus dos Cristãos, IAO dos Gnósticos Primitivos, o Imanifestado, o Ain dos Cabalistas, Brahma entre os Hindus, Rá no Egito, Zeus na Grécia, Júpiter em Roma, o Impronunciável, o Alento, o Todo-Poderoso, Aquele que não tem nome. Quando alguém se une novamente a este princípio inteligente que criou e organizou a vida usando a lei do três e a lei do sete, então este ser encontrou o que buscava, a eterna e perpétua felicidade que nunca se apaga.

Modus Operandi: latim, o modo de funcionamento.Diógenes: fi lósofo grego, foi exilado de sua cidade natal e transferido à Atenas, onde se converteu em discípulo de Aristóteles, o mais antigo discípulo de Sócrates. Ser: o Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o Próprio Ser: o Ser é o Divinal. A chispa imortal de todo ser humano, sem princípio nem fi m, terrivelmente divino.Consciência: as pessoas confundem a consciência com a inteligência ou com o intelecto e à pessoa muito inteligente ou muito intelectual, dão o qualifi cativo de muito consciente. Nós afi rmamos que a consciência no homem é, fora de toda dúvida e sem temor de nos enganar, uma espécie muito particular de apreensão de conhecimento interior totalmente independente qualquer atividade mental. A faculdade da consciência nos permite o conhecimento de si mesmo.Philosophia perennis et universalis: latim, fi losofi a perene e universal.

Objetivo do Curso

Glossário


EQuerido leitor, aqui fi naliza a presente lição, abrindo-se assim o Curso Gnóstico

da Primeira Câmara. Esta primeira lição mostra a necessidade de uma mudança radical e profunda em nós e a ferramenta para levar a cabo esta tarefa é o autoconhecimento.

Como temos visto, a Gnosis é um conhecimento que tem fundamentado e sustentado toda a sabedoria verdadeira e objetiva na história da humanidade, mostrando que os grandes mistérios do universo estão dentro de nós mesmos, por isso, há que se autoconhecer, eliminando de nós o falso e o subjetivo.

Em consequência, veremos na lição seguinte, Personalidade, Essência e Ego, o verdadeiro e o falso em nós, para assim começar a traçar a reta teórico-prática para lograr nossa autêntica felicidade.

Epílogo

As lições da Primeira Câmara vão nesta ordem de desenvolvimento:

01. O que é Gnosis

02. Personalidade, Essência e Ego

03. O Despertar da Consciência

04. O Eu Psicológico

05. Luz, Calor e Som

06. A Máquina Humana

07. O Mundo das Relações

08. O Caminho e a Vida

09. O Nível do Ser

10. O Decálogo

11. Educação Fundamental

12. A Árvore Genealógica das Religiões

13. Evolução, Involução e Revolução.

14. O Raio da Morte

15. Reencarnação, Retorno e Recorrência.

16. A Balança da Justiça

17. Os Quatro Caminhos

18. Diagrama Interno do Homem

19. Transformação da Energia

20. Os Elementais.

21. Os Quatro Estados de Consciência

22. A Iniciação

Ciclo de Conferências

Primeira Câmara

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