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licitação
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CURSO DE TEORIA E EXERCCIOS
ANALISTA DE ADMINISTRAO PBLICA DO TCDF
DIREITO ADMINISTRATIVO
Prof. Edson Marques
www.pontodosconcursos.com.br
Ol,
Bom dia. Hoje vamos estudar tema que certamente ser
cobrado em nosso concurso. Nesta aula vamos ver o seguinte:
AULA 06: 12 Licitaes. 12.1 Conceito, finalidades,
princpios e objeto. 12.2 Obrigatoriedade, dispensa,
inexigibilidade e vedao. 12.3 Modalidades. 12.4
Procedimento, revogao e anulao. 12.5 Sanes penais.
12.6 Normas gerais de licitao. 12.7 Prego. 12.8 Sistema
de registro de preos. 12.9 Legislao pertinente: Lei n
8.666/19993; Lei n 10.520/2002;
Ento, vamos ao que interessa.
Como se sabe, a Administrao Pblica no est livre para
fazer o que quiser. Sendo assim, a Constituio Federal lhe impe o
dever (obrigatoriedade) de, quando for contratar, empreender processo
de licitao pblica, ressalvado os casos autorizados por lei, conforme
determina o art. 37, inc. XXI, que assim dispe:
Ressalvados os casos especificados na legislao, as
obras, servios, compras e alienaes sero
contratados mediante processo de licitao pblica
que assegure igualdade de condies a todos os
concorrentes, com clusula que estabeleam obrigaes
de pagamento, mantidas as condies efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir
exigncias de qualificao tcnica e econmica
indispensveis garantia do cumprimento das
obrigaes.
Devemos lembrar que o art. 22, inciso XXVII, CF/88,
prescreve que compete privativamente Unio criar normas
gerais sobre licitaes e contratos, conforme o seguinte:
LICITAES
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XXVII Compete privativamente a Unio legislar sobre
normas gerais de licitao e contrataes, em todas as
modalidades, para as administraes pblicas diretas,
autrquicas e fundacionais da Unio, Estados, Distrito
Federal e Municpios, obedecido o disposto no art. 37,
XXI, e para as empresas pblicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, 1, III.
Observe, ento, que a competncia legislativa para
editar norma geral sobre licitaes e contratos da Unio, de
modo que Estados, DF e municpios devem seguir os ditames
estabelecidos em norma geral cabendo-lhes, no que lhes for especfico,
editar suas normas, complementando a norma geral.
Pois bem, no sentido de regulamentar o art. 37, inc. XIX,
CF/88, e tendo em vista o art. 22, inc. XXVII, a Unio editou a Lei n
8.666/93 que institui normas para licitaes e contratos da
Administrao Pblica.
Portanto, a Lei n 8.666/93 a norma geral sobre
licitaes e contratos a ser observada pela Administrao
Pblica, direta e indireta, de qualquer esfera de poder, seja da
Unio, dos Estados, do DF e dos Municpios.
Mas o que licitao?
De acordo com Hely Lopes Meirelles, licitao o
procedimento administrativo mediante o qual a Administrao
Pblica seleciona proposta mais vantajosa para o contrato de
seu interesse.
Para a profa. Di Pietro, licitao definida como sendo o
procedimento administrativo pelo qual um ente pblico, no exerccio da
funo administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem s
condies fixadas no instrumento convocatrio, a possibilidade de
formularem propostas dentre as quais selecionar e aceitar a mais
conveniente para a celebrao do contrato.
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Ento, para contratar obras, compras, servios ou
alienaes, a Administrao convoca interessados a fim de que
apresentem suas propostas, de modo que se possa selecionar e obter a
que lhe seja mais vantajosa.
Cumpre dizer, portanto, que a licitao no um ato,
um procedimento em que se conjugam vrios atos, com intuito de
permitir o maior nmero de participantes (licitantes) e para a
Administrao obter a proposta que lhe seja mais vantajosa.
Lembre-se: A licitao um procedimento.
No entanto, devemos ter cuidado com o expresso no
pargrafo nico do art. 4 da Lei n 8.666/93. que o referido artigo
dispe que o procedimento licitatrio previsto nesta Lei
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em
qualquer esfera da Administrao Pblica.
Trata-se do princpio do formalismo. E, em que pese essa
caracterizao legal, no se deve olvidar que a licitao um
procedimento formal.
Mas qual a finalidade da licitao? Ento, como se trata
de um procedimento prvio contratao, podemos dizer que licitao
tem dupla finalidade na medida em que de um lado busca selecionar
a proposta mais vantajosa para a Administrao, de outro visa
propiciar a igualdade de condies para que todos os interessados
participem do certame.
Contudo, com a edio da MP 495/2010, convertida na Lei
n 12.349/2010, que alterou o art. 3 da Lei n 8.666/93, temos mais
uma finalidade, qual seja: a promoo do desenvolvimento
nacional. Observe o art. 3 na sua nova redao:
Art. 3 A licitao destina-se a garantir a observncia do
princpio constitucional da isonomia, a seleo da
proposta mais vantajosa para a administrao e a
promoo do desenvolvimento nacional sustentvel e ser
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processada e julgada em estrita conformidade com os princpios
bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo
e dos que lhes so correlatos. (Redao dada pela Lei n
12.349, de 2010)
possvel dizer, portanto, que as finalidades estabelecidas
pelo procedimento licitatrio so, conforme disposto no art. 3 da Lei de
Licitaes: a) garantir o princpio da isonomia; b) selecionar a
proposta mais vantajosa; e, c) promover o desenvolvimento
nacional.
Princpios
Com efeito, na realizao de procedimento licitatrio a
Administrao dever observar uma srie de princpios que nortearo
seus atos. Nesse sentido, temos os princpios gerais administrativos,
assim como os princpios especficos da licitao, expressos e implcitos,
chamados de princpios bsicos.
Dentre os princpios especficos temos o da vinculao ao
instrumento convocatrio, do sigilo das propostas, do julgamento
objetivo e da adjudicao compulsria.
A Administrao Pblica na conduo do procedimento
licitatrio deve se orientar, de acordo com o art. 3 da Lei n 8.666/93,
pelos seguintes princpios bsicos:
Art. 3 A licitao destina-se a garantir a observncia do
princpio constitucional da isonomia, a seleo da proposta mais
vantajosa para a administrao e a promoo do
desenvolvimento nacional sustentvel e ser processada e
julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa,
da vinculao ao instrumento convocatrio, do
julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos.
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(Redao dada pela Lei n 12.349, de 2010)
Portanto, temos os seguintes princpios:
a) princpio da legalidade;
b) princpio da impessoalidade;
c) princpio da moralidade;
d) princpio da igualdade;
e) princpio da publicidade;
f) princpio da probidade administrativa;
g) princpio da vinculao ao instrumento convocatrio;
h) princpio do julgamento objetivo;
i) outros correlatos (veja que o rol exemplificativo)
Vejamos tais princpios:
O princpio da Legalidade (art. 4) estabelece que a
Administrao, bem como os participantes (licitantes), deve seguir
fielmente o procedimento traado na lei de regncia.
Hely Lopes Meirelles entende que se trata do princpio
do procedimento formal que determina a fiel observncia dos
procedimentos legais, conforme expresso no pargrafo nico do art. 4
da Lei de Licitaes e Contratos, que assim prev:
Art. 4
Pargrafo nico. O procedimento licitatrio previsto nesta lei
caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em
qualquer esfera da Administrao Pblica.
importante salientar que no se admite no mbito dos
procedimentos administrativos formalismo intil, ou seja, o excesso de
formalismo.
Princpio da impessoalidade corolrio do princpio da
igualdade, de modo que a Administrao deve ser imparcial, no
fixando regras tendenciosas, pautando-se por critrios objetivos,
negando-se favoritismos ou discriminaes por critrios subjetivos,
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velando pelo acesso amplo aos que tenham ou possam vir a ter
interesse no certame.
O princpio da moralidade impe Administrao e aos
participantes em geral a observncia aos padres ticos, o agir com
lealdade e boa-f, sob pena de responsabilizao administrativa, cvel e
penal.
Em consonncia ao princpio da moralidade est o
princpio da probidade administrativa que estabelece a
responsabilizao dos agentes, inclusive terceiros, por atos mprobos
nos termos da Lei n 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa),
assim como pela aplicao das sanes criminais estabelecidas nos
artigos 89 a 99 da Lei de Licitaes.
O princpio da igualdade ou isonomia, como
abordado, um dos fundamentos da licitao, com envergadura
constitucional, eis que a Constituio (art. 37, XXI) firma a necessidade
de tratamento isonmico entre os licitantes, vedando-se tratamento
discriminatrio, bem como o art. 3, 1, incs. I e II, da Lei de
Licitao e Contratos, que assim dispe:
Art. 3.
1 vedado aos agentes pblicos:
I admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocao,
clusulas ou condies que comprometam, restrinjam ou
frustrem o seu carter competitivo, inclusive nos casos de
sociedades cooperativas, e estabeleam preferncias ou
distines em razo da naturalidade, da sede ou domiclio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstncia impertinente ou
irrelevante para o especfico objeto do contrato, ressalvado o
disposto nos 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no
8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redao dada pela Lei n
12.349, de 2010)
II estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial,
legal, trabalhista, previdenciria ou qualquer outra, entre
empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a
moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando
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envolvidos financiamentos de agncias internacionais,
ressalvado o disposto no pargrafo seguinte e no art. 3o da Lei
no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
O princpio da publicidade impe o dever de dar ampla
divulgao ao certame, sendo, em regra, vedado o carter sigiloso dos
atos, inclusive sendo permitido o acesso aos particulares, tudo com o
intuito de se fiscalizar o cumprimento das determinaes legais e
afastar condutas ilcitas, impondo-se, ainda, o dever de motivao de
todas as decises proferidas em quaisquer das etapas.
Tais princpios, bom ressaltar, so os que orientam, de
forma geral, toda a Administrao Pblica, conforme art. 37, da CF/88.
H outros princpios, no entanto, que so mais especficos, ou seja,
aplicando-se somente licitao, como o caso da vinculao ao
instrumento convocatrio, sigilo das propostas, julgamento
objetivo, adjudicao compulsria.
Segundo o princpio da vinculao ao instrumento
convocatrio (vinculao ao edital), o edital a lei do certame,
ou seja, o instrumento para convocar, chamar, dar notcia aos
interessados acerca de determinado objeto pretendido pela a
Administrao, de modo que inclusive a vincula, como tambm vincula
os licitantes que devero observar as condies e requisitos que foram
fixados no instrumento convocatrio, durante todo o procedimento
licitatrio e na execuo do ajuste.
Assim, prev o art. 41 da Lei de Licitaes que a
Administrao no pode descumprir as normas e condies do edital, ao
qual se acha estritamente vinculada, sendo, pois, o julgamento das
propostas realizado com base no que estabelece o instrumento
convocatrio.
Art. 41. A Administrao no pode descumprir as normas
e condies do edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.
O princpio do julgamento objetivo determina que,
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nas anlises das propostas, sejam observados os critrios
objetivamente fixados no edital (denominados tipos de licitao: menor
preo, melhor tcnica, tcnica e preo ou maior lance ou oferta), sem
aferies subjetivas ou imprecises, evitando-se apreciaes
discricionrias na deciso acerca das propostas, conforme determina os
arts. 44 e 45, da Lei n 8.666/93.
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comisso levar em
considerao os critrios objetivos definidos no edital ou
convite, os quais no devem contrariar as normas e princpios
estabelecidos por esta Lei.
[...]
Art. 45. O julgamento das propostas ser objetivo, devendo a
Comisso de licitao ou o responsvel pelo convite realiz-lo
em conformidade com os tipos de licitao, os critrios
previamente estabelecidos no ato convocatrio e de acordo com
os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a
possibilitar sua aferio pelos licitantes e pelos rgos de
controle
A doutrina fala, ainda, em princpios licitatrios implcitos
especficos ou correlatos, tal como: competitividade, procedimento
formal, sigilo das propostas e adjudicao compulsria.
A competitividade seria, conforme destaca Celso
Bandeira de Mello, a obrigatoriedade de observncia do carter
competitivo do procedimento licitatrio, no se permitindo artimanhas
ou mecanismos para frustrar tal propsito.
O procedimento formal, conforme ressaltei quando da
abordagem do princpio da legalidade, a configurao de que a
licitao caracteriza-se como ato administrativo formal, ou seja, tem
seu rito e frmulas legalmente estabelecidas, alm de ser obrigatrio o
registro de seus atos documentadamente.
O princpio do sigilo das propostas que, muito embora
vigore o princpio da publicidade como regra, prev que as propostas
sero realizadas de forma sigilosa, evitando-se o conluio ou a fraude,
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mantendo-se o carter competitivo, sendo inacessvel at o momento
de abertura, que ser realizado em sesso pblica.
Finalmente, o princpio da adjudicao compulsria
segundo o qual o vencedor do certame tem direito subjetivo a que o
objeto da licitao lhe seja atribudo, de modo que veda eventual
contratao com outrem, caso a Administrao venha a contratar.
Nesse aspecto, de se observar, contudo, que a
adjudicao somente garantia de que a Administrao no
poder contratar com outrem seno com o prprio vencedor do
certame, ou seja, no significa que o licitante vencedor tenha direito
subjetivo contratao.
Modalidades
Sabemos que a licitao um procedimento
administrativo no qual a Administrao Pblica convoca os interessados,
com qualificao para tanto, para, dentre as propostas apresentadas,
selecionar a mais vantajosa.
Procedimento, portanto, se caracteriza como um modo ou
maneira de proceder, que, nos termos da Lei, denominado de
modalidade de licitao. Assim, a Lei n 8.666/93 prev as seguintes
modalidades de licitao: concorrncia, tomada de preo, convite,
leilo e concurso (art. 20).
preciso salientar que a Lei n 8.666/93, em seu artigo
22, 8, veda a criao ou a combinao de modalidades de
licitao. No entanto, devemos entender que tal vedao destinada
Administrao.
Inclusive a comprovao disso se deu com a edio da MP
2.026/2000, convertida na Lei n 10.520/02, que introduziu nova
modalidade denominada prego.
importante destacar, nesse sentido, que o Prego, muito
embora tenha sido criado por Medida Provisria (MP 2.026/2000), cuja
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inteno inicial era de ser utilizado apenas pela Unio, o que o tornava
inconstitucional j que modalidade de licitao se insere no mbito de
norma geral, com a converso da MP em Lei (Lei n 10.520/02),
estendeu-se seu uso a todos os entes polticos (Unio, Estados, DF e
Municpios).
Isso porque, como frisado, trata-se de modalidade de
licitao que norma de mbito geral, devendo, portanto, ser aplicada
a todos os entes federados, conforme art. 22, inc. XXVII, da CF/88.
Ento, repetindo, o prego se aplica a todos os entes federativos
(Unio, DF, estados-membros e municpios).
Com base nisso, temos as seguintes modalidades de
licitao:
Concorrncia Tomada de preo Convite Leilo Concurso Prego
A propsito, tome o devido cuidado com uma situao
especfica. Como assim? que a Lei de criao da Anatel (Lei n
9.964/01) estabeleceu mais uma modalidade, restrita quela Agncia,
que a consulta.
Cuidemos, ento, de cada uma dessas modalidades.
Porm, para no esquecer, vale dizer que a Lei de Licitaes elegeu um
critrio distintivo para as trs primeiras modalidades, ou seja, a
concorrncia, a tomada de preo e o convite definindo-as pelo
definindo-as pelo valor, como regra.
A concorrncia, de acordo com o art. 22, 1, da Lei de
Licitaes a modalidade de licitao entre quaisquer interessados
que, na fase inicial de habilitao preliminar, comprovem possuir os
requisitos mnimos de qualificao exigidos no edital para execuo de
seu objeto.
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modalidade utilizada para contrataes de grande vulto,
ou seja, para obras e servios de engenharia cujo valor seja superior a
1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil) e para outros bens e
servios cujos valores sejam superiores a 650.000,00 (seiscentos e
cinqenta mil).
No entanto, para alguns casos, independentemente do
valor, ser obrigatria a utilizao da concorrncia, tal como:
Concesso de servio pblico;
Concesses de obras ou servios (Parcerias Pblico-Privadas)
Concesses de direito real de uso;
Alienao bens imveis;
Licitaes internacionais;
Contratos de empreitada integral (art. 6);
Vale mencionar que a concorrncia, por ser procedimento
mais complexo, em que, inclusive, se pode verificar claramente todas as
fases, no tem limite mximo de valor e, ainda, poder substituir a
tomada de preo ou o convite.
Como assim? Significa dizer que nos casos em que
couber o convite, poder ser utilizada a tomada de preo e, em
qualquer caso, a concorrncia, ou seja, seria a concorrncia uma
espcie de modalidade superior a tomada de preo e ao convite,
conforme prev o art. 23, 4, da Lei de Licitaes:
Art. 23.
4 Nos casos em que couber convite, a Administrao poder
utilizar a tomada de preos e, em qualquer caso, a
concorrncia.
D-se uma especial ateno para os prazos nessa
modalidade. A propsito, o denominado intervalo mnimo, ou seja, o
prazo da abertura do certame at a apresentao das propostas, de
45 (quarenta e cinco) dias, no caso de licitao do tipo tcnica e
preo, melhor tcnica, ou ainda, quando for por empreitada
integral, e de 30 dias para licitaes tipo menor preo.
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A tomada de preo a modalidade de licitao entre
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as
condies exigidas para cadastramento at o terceiro dia anterior data
do recebimento das propostas, observada a necessria qualificao.
(art. 22, 2, Lei n 8.666/93)
modalidade utilizada para contrataes de valores
intermedirios, ou seja, para contratao de obras e servios de
engenharia de valores entre 150.000,00 (cento e cinquenta mil)
at 1.500.000,00 (um milho e quinhentos mil), e para outros
bens e servios de valores entre 80.000 (oitenta mil) at
650.000 (seiscentos e cinquenta mil).
Alm do valor, o que caracteriza a tomada de preo a
habilitao prvia, em razo do cadastramento, ou a possibilidade de
cadastramento at o terceiro dia anterior data de recebimento das
propostas.
admitida nas licitaes internacionais, como exceo
obrigatoriedade de utilizar a concorrncia, desde que a entidade ou
rgo licitante disponha de cadastro internacional de fornecedores e o
contrato esteja dentro do limite de valor fixado para essa modalidade.
O prazo de intervalo mnimo de 30 dias (critrios de
melhor tcnica ou tcnica e preo) e 15 dias (menor preo).
O convite , nos termos do art. 22, 3, da Lei de
Licitaes, a modalidade utilizada entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou no, escolhidos e convidados
em nmero mnimo de 3 (trs) pela unidade administrativa, a qual
afixar, em local apropriado, cpia do instrumento convocatrio e o
estender aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedncia de at 24 horas da
apresentao das propostas.
Percebam que aqui, os interessados sero convidados ou
escolhidos pela Administrao Pblica, em nmero mnimo de 3 (trs),
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mas qualquer cadastrado poder participar desde que manifeste-se at
24 horas da apresentao das propostas.
A convocao se dar por meio da chamada carta-convite.
que, nessa modalidade no haver o edital. Ento, o instrumento
convocatrio ser a carta-convite.
Destaca-se que o convite dever ter pelo menos trs
participantes. Entretanto, possvel que a carta-convite seja,
excepcionalmente, enviada para menos de trs cadastrados ou
interessados, quando houver limitao no mercado ou manifesto
desinteresse, e, assim, seja impossvel a obteno do nmero mnimo,
caso que dever estar devidamente justificado no processo, sob pena
de repetio do convite.
A propsito, quando houver mais de trs interessados na
praa, a cada novo convite para objeto idntico ou assemelhado, dever
obrigatoriamente a Administrao estender o convite a, no mnimo,
mais um interessado, enquanto existirem cadastrados que no
participaram das licitaes anteriores.
Essa modalidade utilizada para valores menores, nos
limites do art. 23, ou seja, at 150.000 (cento e cinquenta mil) no
caso de obras e servios de engenharia e at 80.000 (oitenta
mil) para outros bens e servios.
O intervalo mnimo ser, sempre, de 5 dias teis,
conforme prescreve o art. 21, 2, IV, da Lei de Licitaes.
importante ressaltar, novamente, que a cada novo
convite, no caso de existirem interessados na praa, preciso renovar
ou estender o convite a outros interessados que no participaram do
certame anterior.
O instrumento convocatrio, nesta modalidade, a
carta-convite que deve ser encaminhada aos licitantes convidados e
fixada em local acessvel ao pblico no prdio da Administrao, no se
exigindo, no entanto, publicao no dirio oficial ou em jornal de grande
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circulao.
Ademais, consoante estabelece o art. 23, 3, Lei n
8.666/93, possvel a utilizao do convite em licitaes internacionais
(mais uma exceo concorrncia), respeitados os valores para essa
modalidade, quando no houver fornecedor do bem ou servio no
Brasil.
Ento, podemos assim sintetizar:
I) Obras e servios de engenharia
a. Concorrncia [acima de 1,5 milhes]
b. Tomada de Preo [de 150mil at 1,5 milhes]
c. Convite [at 150mil]
II) Compras e outros servios
a. Concorrncia [acima de 650mil]
b. Tomada de Preo [de 80mil at 650mil]
c. Convite [at 80mil]
Tais valores, no entanto, quando se referirem a consrcios
pblicos, formados por at trs entes federativos, ser o dobro e,
quando formado por mais, ser triplicado. (8, art. 23)
O concurso modalidade de licitao em que se
estabelece uma disputa entre quaisquer interessados que possuam a
qualificao exigida, para a escolha de trabalho tcnico, cientfico ou
artstico, com a instituio de prmios ou remunerao aos vencedores
(art. 22, 4).
O intervalo mnimo a ser observado de 45 dias,
devendo ser observado que, nessa modalidade, a lei no estabelece os
critrios para julgamento, os quais devero ser fixados em regulamento
prprio.
A propsito, muita gente acredita que essa modalidade de
licitao a que se aplica no caso de processo seletivo para ingresso
em cargo pblico (concurso pblico). No tem qualquer relao. Veja
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que muito embora o nome seja o mesmo, CONCURSO, trata-se de
institutos distintos. Com efeito, no devemos confundir a modalidade
de licitao concurso que utilizada para trabalhos tcnicos,
cientficos ou artsticos, com concurso pblico.
Concurso pblico procedimento para selecionar pessoal
mais qualificado para preenchimento de cargo pblico de natureza
efetiva, no sendo, portanto, modalidade de licitao.
Destaco tambm que o concurso (modalidade licitatria)
, em regra, utilizado para contratao de servios tcnicos
profissionais especializados, quando no for o caso de inexigibilidade.
Art. 13.
1 Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitao, os
contratos para a prestao de servios tcnicos profissionais
especializados devero, preferencialmente, ser celebrados
mediante a realizao de concurso, com estipulao prvia de
prmio ou remunerao.
O leilo, conforme art. 22, 5, modalidade de licitao
entre quaisquer interessados para a venda de bens mveis inservveis
para a administrao ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienao de bens imveis decorrentes de
deciso judicial ou dao em pagamento (art. 19), a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliao.
Observe que no caso do art. 19, bens provenientes de
dao em pagamento ou derivados de procedimentos judiciais, a
modalidade poder ser o leilo ou a concorrncia, conforme art. 19,
inc. III, Lei n 8.666/93.
Art. 19. Os bens imveis da Administrao Pblica, cuja
aquisio haja derivado de procedimentos judiciais ou de dao
em pagamento, podero ser alienados por ato da autoridade
competente, observadas as seguintes regras:
I avaliao dos bens alienveis;
II comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;
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III adoo do procedimento licitatrio, sob a modalidade de
concorrncia ou leilo. (Redao dada pela Lei n 8.883, de
1994)
O intervalo mnimo de 15 dias, tendo como nico
critrio de seleo, o melhor lance.
Por fim, o prego modalidade de licitao aplicvel para
a aquisio de bens e servios comuns, que so aqueles cujos
padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado,
independente dos valores.
O prego independe do valor, cuida de modalidade
utilizada para contratao de bens e servios comuns.
Como disse, foi institudo pela Medida Provisria n
2.026/00, que estabelecia sua aplicao somente Unio e a seus
rgos, muito embora, j houvesse previso na Lei n 9.472/97 (lei das
agncias reguladoras) dessa modalidade de licitao, aplicvel somente
s agncias.
Nascida assim, a lei sobre o Prego, em ambas as
hipteses, foi severamente criticada, na medida em que modalidade de
licitao disposio que deva estar contida em norma de alcance
geral. Por isso, a Lei n 10.520/02 estendeu o alcance da nova
modalidade a todos os entes polticos, tencionando afastar a pecha de
inconstitucionalidade.
O prego est regulamentado, no mbito federal, pelo
Decreto 3.555/00, que estabeleceu a possibilidade de utilizao de
procedimento eletrnico, o qual se denominou prego eletrnico
(Decreto 5.450/05) a fim de se diferenciar do modelo tradicional em
que os interessados comparecem diretamente Administrao,
chamado de prego presencial.
O prego presencial a modalidade de licitao em que a
disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns feita em
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sesso pblica, por meio de propostas de preos escritas e lances
verbais.
O prego eletrnico modalidade de licitao, que
utilizao o tipo menor preo, e realizar-se- quando a disputa pelo
fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia em
sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela
internet.
O intervalo mnimo de 8 (oito) dias teis.
As principais caractersticas do prego, que inclusive se
deve homenagens, porque moralizadora, a inverso das fases de
habilitao e julgamento, sempre utilizao de licitao do tipo menor
preo e a viabilizao de sensvel reduo de preos ante a realizao
de lances verbais dos participantes na fase julgamento de propostas,
haver duas etapas, uma de abertura das propostas e classificao, e,
outra, referente aos lances, conforme o seguinte:
Art. 4. Lei 10.520/02
VIII no curso da sesso, o autor da oferta de valor mais
baixo e os das ofertas com preos at 10% (dez por
cento) superiores quela podero fazer novos lances
verbais e sucessivos, at a proclamao do vencedor;
IX no havendo pelo menos 3 (trs) ofertas nas condies
definidas no inciso anterior, podero os autores das melhores
propostas, at o mximo de 3 (trs), oferecer novos lances
verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preos oferecidos;
Finalmente, importante destacar que o Decreto n.
5.504/2005, estabelece, em seu artigo 1, 1, que nas licitaes
realizadas com a utilizao de recursos repassados pela Unio, para
aquisio de bens e servios comuns, ser obrigatrio o emprego da
modalidade prego, sendo preferencial a utilizao de sua forma
eletrnica.
Contratao direta (Dispensa e Inexigibilidade)
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Observa-se que a regra a obrigatoriedade de licitar,
sendo, pois, a licitao um procedimento prvio contratao. No
entanto, h hipteses em que a Lei afasta ou permite que seja afastada
a licitao, o que se denomina contratao direta, sendo os casos
de dispensa e inexigibilidade.
A dispensa de licitao ocorrer quando embora seja
possvel a competio algumas razes justificam que se deixe de
efetu-la.
Em tais casos, importante perceber que seria possvel
realizar a licitao, todavia, em razo de alguma situao prevista em
norma afastada ou dada permisso para que se afaste a licitao,
procedendo-se a contratao sem licitao (contratao direta).
Nesse sentido, segundo clssica lio de Hely Lopes
Meirelles, dizemos que h duas hipteses de dispensa, sendo:
a) Licitao dispensvel que ocorre quando h
discricionariedade em se dispensar ou no a licitao. Observa-se a
possibilidade de deflagrar o certame, contudo, h a possibilidade de no
utiliz-lo, cabendo a Administrao Pblica, motivadamente, dentro das
hipteses legais, avaliar se conveniente ou oportuno realizar o
procedimento licitatrio, dispensando-o se for o caso, conforme as
situaes elencadas no art. 24 da Lei n 8.666/93. Neste caso, a lei
autoriza a dispensa da licitao.
b) Licitao dispensada aquela em que se vislumbra a
possibilidade de se realizar o procedimento competitivo, todavia, a
prpria lei determina que se afaste, ou seja, no h margem de escolha
do administrador pblico, pois a prpria lei dispensa a licitao,
consoante art. 17 da Lei n 8.666/93. Neste caso, a lei determina a
dispensa de licitao.
Para entender tais situaes faamos uma singela
brincadeira. Imagine que voc esteja em um curso, e chegando sala
de aula o Professor diga assim: Olha, eu no fao chamada, ento
quem tiver interesse e quiser assistir a aula, que venha, quem no,
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fique em casa.
Veja que o Professor quis dizer o seguinte: cabe a voc
decidir se assiste ou no a aula, ou seja, que sua presena em sala
dispensvel. Significa, para o malsinado Professor, que sua presena
indiferente, tanto faz voc comparecer ou no.
De outro lado, imagine que outro Professor diga o
seguinte: A partir de hoje vocs esto dispensados e s voltem no dia
da prova que ser na data tal, quando nos encontraremos novamente.
Veja que neste caso, voc pode at querer ir s aulas, mas foi
dispensado, at porque no haver aula alguma.
Ento, s uma brincadeira! Mas serve para demonstrar
que h sensvel diferena entre licitao dispensada e licitao
dispensvel.
Na dispensada no h como licitar, isso porque a lei
determinou o afastamento do procedimento. No haver
licitao por determinao legal, muito embora fosse possvel
estabelecer uma competio.
Na dispensvel possvel licitar, mas cabe ao
Administrador, diante das situaes permitidas pela norma,
avaliar se conveniente ou oportuno realiz-la.
importante destacar, portanto, que os casos de
dispensa, ou seja, licitaes dispensveis e dispensadas esto
taxativamente previstos na Lei, ou seja, a Lei de Licitaes e Contratos
(Lei n 8.666/93) enumerou exaustivamente (numerus clausus) as
hipteses em que se admite a licitao dispensvel (art. 24) e quando
se aplica a dispensada (art. 17).
Ateno, todavia, para ter sempre a lei atualizada, pois
sempre so cobradas as alteraes mais recentes.
As hipteses de licitao dispensada esto elencadas no
art. 17 da Lei n 8.666/93, tambm taxativamente, e em sntese se
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refere alienao de bens mveis ou imveis, pela Administrao
Pblica, de modo que seria exceo regra da licitao por
concorrncia ou nos casos do art. 19, por concorrncia ou leilo.
Com efeito, os casos de licitao dispensada ocorrem,
em regra, em face de alienao, doao, permuta ou venda de
bens.
Assim, quando se tratar de alienao de bens imveis,
depender de autorizao legislativa para rgos da administrao
direta e entidades autrquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive
as entidades paraestatais1, de avaliao prvia e de licitao na
modalidade de concorrncia.
No entanto, ser dispensada a licitao nos casos de:
a) dao em pagamento;
b) doao, permitida exclusivamente para outro rgo ou
entidade da administrao pblica, de qualquer esfera de
governo, ressalvado o disposto nas alneas f, h e i;
c) permuta, por outro imvel que atenda aos requisitos
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura; ( entendese por investidura: I a
alienao aos proprietrios de imveis lindeiros de rea
remanescente ou resultante de obra pblica, rea esta
que se tornar inaproveitvel isoladamente, por preo
nunca inferior ao da avaliao e desde que esse no
ultrapasse a 50% (cinqenta por cento) do valor
constante da alnea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; II
a alienao, aos legtimos possuidores diretos ou, na
falta destes, ao Poder Pblico, de imveis para fins
residenciais construdos em ncleos urbanos anexos a
usinas hidreltricas, desde que considerados dispensveis
1 A Lei de Licitaes utilizou da expresso paraestatal para se referir s estatais, ouseja, empresas pblicas e sociedades de economia mista.
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na fase de operao dessas unidades e no integrem a
categoria de bens reversveis ao final da concesso).
e) venda a outro rgo ou entidade da administrao
pblica, de qualquer esfera de governo;
f) alienao gratuita ou onerosa, aforamento, concesso
de direito real de uso, locao ou permisso de uso de
bens imveis residenciais construdos, destinados ou
efetivamente utilizados no mbito de programas
habitacionais ou de regularizao fundiria de interesse
social desenvolvidos por rgos ou entidades da
administrao pblica;
g) procedimentos de regularizao fundiria de que trata o
art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976;
h) alienao gratuita ou onerosa, aforamento, concesso
de direito real de uso, locao ou permisso de uso de
bens imveis de uso comercial de mbito local com rea
de at 250 m (duzentos e cinqenta metros quadrados) e
inseridos no mbito de programas de regularizao
fundiria de interesse social desenvolvidos por rgos ou
entidades da administrao pblica;
i) alienao e concesso de direito real de uso, gratuita ou
onerosa, de terras pblicas rurais da Unio na Amaznia
Legal onde incidam ocupaes at o limite de quinze
mdulos fiscais ou mil e quinhentos hectares, para fins de
regularizao fundiria, atendidos os requisitos legais;
Importante destacar que na alienao de bens imveis
pela Administrao Pblica, que foram adquiridos em face de
procedimento judicial ou de dao de pagamento, poder ser feito, sem
autorizao legislativa, por ato da autoridade competente, aps prvia
avaliao e comprovada a necessidade ou utilidade da alienao,
mediante licitao, podendo ser utilizada a modalidade concorrncia ou
leilo.
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A propsito, os imveis doados para outro rgo ou
entidade da administrao pblica, de qualquer esfera de governo,
cessadas as razes que justificaram a sua doao, revertero ao
patrimnio da pessoa jurdica doadora, vedada a sua alienao pelo
beneficirio.
A Administrao tambm poder conceder ttulo de
propriedade ou de direito real de uso de imveis, dispensada licitao,
quando o uso destinarse:
I a outro rgo ou entidade da Administrao Pblica,
qualquer que seja a localizao do imvel;
II a pessoa fsica que, nos termos da lei, regulamento ou ato
normativo do rgo competente, haja implementado os
requisitos mnimos de cultura, ocupao mansa e pacfica e
explorao direta sobre rea rural situada na regio da
Amaznia Legal, definida no art. 1, 2, inciso VI, da Lei n
4.771, de 22 de setembro de 1965, superior a um mdulo fiscal
e limitada a reas de at quinze mdulos fiscais, desde que no
exceda mil e quinhentos hectares;
Neste ltimo caso, ficam dispensadas de autorizao
legislativa, porm submetemse aos seguintes condicionamentos:
I aplicao exclusivamente s reas em que a deteno
por particular seja comprovadamente anterior a 1 de
dezembro de 2004;
II submisso aos demais requisitos e impedimentos do
regime legal e administrativo da destinao e da
regularizao fundiria de terras pblicas;
III vedao de concesses para hipteses de explorao
nocontempladas na lei agrria, nas leis de destinao
de terras pblicas, ou nas normas legais ou
administrativas de zoneamento ecolgicoeconmico; e
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IV previso de resciso automtica da concesso,
dispensada notificao, em caso de declarao de
utilidade, ou necessidade pblica ou interesse social.
Essa hiptese s se aplica a imvel situado em zona rural,
no sujeito vedao, impedimento ou inconveniente a sua explorao
mediante atividades agropecurias, limitandose a reas de at quinze
mdulos fiscais, desde que no exceda mil e quinhentos hectares,
vedada a dispensa de licitao para reas superiores a esse
limite, e poder ser cumulada com o quantitativo de rea decorrente
da figura prevista na regularizao fundiria (art. 17, inc. I, alnea g),
at o limite de 500 hectares.
E, quando se tratar de bens mveis, a alienao
depender de avaliao prvia e de licitao, dispensada esta nos
seguintes casos:
a) doao, permitida exclusivamente para fins e uso de
interesse social, aps avaliao de sua oportunidade e
convenincia scioeconmica, relativamente escolha de
outra forma de alienao;
b) permuta, permitida exclusivamente entre rgos ou
entidades da Administrao Pblica;
c) venda de aes, que podero ser negociadas em bolsa,
observada a legislao especfica;
d) venda de ttulos, na forma da legislao pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por
rgos ou entidades da Administrao Pblica, em virtude
de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros rgos
ou entidades da Administrao Pblica, sem utilizao
previsvel por quem deles dispe.
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Para a venda de bens mveis avaliados, isolada ou
globalmente, em quantia no superior ao limite de R$ 650.000 (valor da
tomada de preo no caso de compras e outros servio), a Administrao
poder permitir o leilo.
Por outro lado, atualmente, teramos as seguintes
hipteses que ensejariam a licitao dispensvel:
Art. 24. dispensvel a licitao:
I para obras e servios de engenharia de valor at 10% (dez
por cento) do limite previsto na alnea "a", do inciso I do artigo
anterior, desde que no se refiram a parcelas de uma mesma
obra ou servio ou ainda para obras e servios da mesma
natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta
e concomitantemente; (Redao dada pela Lei n 9.648, de
1998)
II para outros servios e compras de valor at 10% (dez por
cento) do limite previsto na alnea "a", do inciso II do artigo
anterior e para alienaes, nos casos previstos nesta Lei, desde
que no se refiram a parcelas de um mesmo servio, compra ou
alienao de maior vulto que possa ser realizada de uma s
vez; (Redao dada pela Lei n 9.648, de 1998)
III nos casos de guerra ou grave perturbao da ordem;
IV nos casos de emergncia ou de calamidade pblica,
quando caracterizada urgncia de atendimento de situao que
possa ocasionar prejuzo ou comprometer a segurana de
pessoas, obras, servios, equipamentos e outros bens, pblicos
ou particulares, e somente para os bens necessrios ao
atendimento da situao emergencial ou calamitosa e para as
parcelas de obras e servios que possam ser concludas no
prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrncia da emergncia ou
calamidade, vedada a prorrogao dos respectivos contratos;
V quando no acudirem interessados licitao anterior e
esta, justificadamente, no puder ser repetida sem prejuzo
para a Administrao, mantidas, neste caso, todas as condies
preestabelecidas;
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VI quando a Unio tiver que intervir no domnio econmico
para regular preos ou normalizar o abastecimento;
VII quando as propostas apresentadas consignarem preos
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional,
ou forem incompatveis com os fixados pelos rgos oficiais
competentes, casos em que, observado o pargrafo nico do
art. 48 desta Lei e, persistindo a situao, ser admitida a
adjudicao direta dos bens ou servios, por valor no superior
ao constante do registro de preos, ou dos servios; (Vide
3 do art. 48)
VIII para a aquisio, por pessoa jurdica de direito pblico
interno, de bens produzidos ou servios prestados por rgo ou
entidade que integre a Administrao Pblica e que tenha sido
criado para esse fim especfico em data anterior vigncia
desta Lei, desde que o preo contratado seja compatvel com o
praticado no mercado; (Redao dada pela Lei n 8.883, de
1994)
IX quando houver possibilidade de comprometimento da
segurana nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
Presidente da Repblica, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X para a compra ou locao de imvel destinado ao
atendimento das finalidades precpuas da administrao, cujas
necessidades de instalao e localizao condicionem a sua
escolha, desde que o preo seja compatvel com o valor de
mercado, segundo avaliao prvia;(Redao dada pela Lei n
8.883, de 1994)
XI na contratao de remanescente de obra, servio ou
fornecimento, em conseqncia de resciso contratual, desde
que atendida a ordem de classificao da licitao anterior e
aceitas as mesmas condies oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto ao preo, devidamente corrigido;
XII nas compras de hortifrutigranjeiros, po e outros gneros
perecveis, no tempo necessrio para a realizao dos processos
licitatrios correspondentes, realizadas diretamente com base
no preo do dia; (Redao dada pela Lei n 8.883, de 1994)
XIII na contratao de instituio brasileira incumbida
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do
desenvolvimento institucional, ou de instituio dedicada
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recuperao social do preso, desde que a contratada detenha
inquestionvel reputao tico-profissional e no tenha fins
lucrativos;(Redao dada pela Lei n 8.883, de 1994)
XIV para a aquisio de bens ou servios nos termos de
acordo internacional especfico aprovado pelo Congresso
Nacional, quando as condies ofertadas forem manifestamente
vantajosas para o Poder Pblico; (Redao dada pela Lei n
8.883, de 1994)
XV para a aquisio ou restaurao de obras de arte e objetos
histricos, de autenticidade certificada, desde que compatveis
ou inerentes s finalidades do rgo ou entidade.
XVI para a impresso dos dirios oficiais, de formulrios
padronizados de uso da administrao, e de edies tcnicas
oficiais, bem como para prestao de servios de informtica a
pessoa jurdica de direito pblico interno, por rgos ou
entidades que integrem a Administrao Pblica, criados para
esse fim especfico;(Includo pela Lei n 8.883, de 1994)
XVII para a aquisio de componentes ou peas de origem
nacional ou estrangeira, necessrios manuteno de
equipamentos durante o perodo de garantia tcnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condio
de exclusividade for indispensvel para a vigncia da garantia;
(Includo pela Lei n 8.883, de 1994)
XVIII nas compras ou contrataes de servios para o
abastecimento de navios, embarcaes, unidades areas ou
tropas e seus meios de deslocamento quando em estada
eventual de curta durao em portos, aeroportos ou localidades
diferentes de suas sedes, por motivo de movimentao
operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
prazos legais puder comprometer a normalidade e os propsitos
das operaes e desde que seu valor no exceda ao limite
previsto na alnea "a" do incico II do art. 23 desta Lei: (Includo
pela Lei n 8.883, de 1994)
XIX para as compras de material de uso pelas Foras
Armadas, com exceo de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de manter a
padronizao requerida pela estrutura de apoio logstico dos
meios navais, areos e terrestres, mediante parecer de
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comisso instituda por decreto; (Includo pela Lei n 8.883, de
1994)
XX na contratao de associao de portadores de deficincia
fsica, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por
rgos ou entidades da Admininistrao Pblica, para a
prestao de servios ou fornecimento de mo-de-obra, desde
que o preo contratado seja compatvel com o praticado no
mercado. (Includo pela Lei n 8.883, de 1994)
XXI para a aquisio de bens e insumos destinados
exclusivamente pesquisa cientfica e tecnolgica com recursos
concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras
instituies de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para
esse fim especfico; (Redao dada pela Lei n 12.349, de
2010)
XXII na contratao de fornecimento ou suprimento de
energia eltrica e gs natural com concessionrio,
permissionrio ou autorizado, segundo as normas da legislao
especfica; (Includo pela Lei n 9.648, de 1998)
XXIII na contratao realizada por empresa pblica ou
sociedade de economia mista com suas subsidirias e
controladas, para a aquisio ou alienao de bens, prestao
ou obteno de servios, desde que o preo contratado seja
compatvel com o praticado no mercado. (Includo pela Lei n
9.648, de 1998)
XXIV para a celebrao de contratos de prestao de servios
com as organizaes sociais, qualificadas no mbito das
respectivas esferas de governo, para atividades contempladas
no contrato de gesto. (Includo pela Lei n 9.648, de 1998)
XXV na contratao realizada por Instituio Cientfica e
Tecnolgica ICT ou por agncia de fomento para a
transferncia de tecnologia e para o licenciamento de direito de
uso ou de explorao de criao protegida. (Includo pela Lei n
10.973, de 2004)
XXVI na celebrao de contrato de programa com ente da
Federao ou com entidade de sua administrao indireta, para
a prestao de servios pblicos de forma associada nos termos
do autorizado em contrato de consrcio pblico ou em convnio
de cooperao. (Includo pela Lei n 11.107, de 2005)
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XXVII na contratao da coleta, processamento e
comercializao de resduos slidos urbanos reciclveis ou
reutilizveis, em reas com sistema de coleta seletiva de lixo,
efetuados por associaes ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas fsicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder pblico como catadores de materiais reciclveis, com
o uso de equipamentos compatveis com as normas tcnicas,
ambientais e de sade pblica. (Redao dada pela Lei n
11.445, de 2007).
XXVIII (Vide Medida Provisria n 352, de 2007)
XXVIII para o fornecimento de bens e servios, produzidos ou
prestados no Pas, que envolvam, cumulativamente, alta
complexidade tecnolgica e defesa nacional, mediante parecer
de comisso especialmente designada pela autoridade mxima
do rgo. (Includo pela Lei n 11.484, de 2007).
XXIX na aquisio de bens e contratao de servios para
atender aos contingentes militares das Foras Singulares
brasileiras empregadas em operaes de paz no exterior,
necessariamente justificadas quanto ao preo e escolha do
fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da
Fora. (Includo pela Lei n 11.783, de 2008).
XXX na contratao de instituio ou organizao, pblica ou
privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestao de
servios de assistncia tcnica e extenso rural no mbito do
Programa Nacional de Assistncia Tcnica e Extenso Rural na
Agricultura Familiar e na Reforma Agrria, institudo por lei
federal. (Includo pela Lei n 12.188, de 2.010) Vigncia
XXXI nas contrataes visando ao cumprimento do disposto
nos arts. 3, 4, 5 e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de
2004, observados os princpios gerais de contratao dela
constantes. (Includo pela Lei n 12.349, de 2010)
XXXII na contratao em que houver transferncia de
tecnologia de produtos estratgicos para o Sistema nico de
Sade SUS, no mbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de
1990, conforme elencados em ato da direo nacional do SUS,
inclusive por ocasio da aquisio destes produtos durante as
etapas de absoro tecnolgica. (Includo pela Lei n 12.715, de
2012)
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1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste
artigo sero 20% (vinte por cento) para compras, obras e
servios contratados por consrcios pblicos, sociedade de
economia mista, empresa pblica e por autarquia ou fundao
qualificadas, na forma da lei, como Agncias
Executivas. (Includo pela Lei n 12.715, de 2012)
2o O limite temporal de criao do rgo ou entidade que
integre a administrao pblica estabelecido no inciso VIII
do caput deste artigo no se aplica aos rgos ou entidades que
produzem produtos estratgicos para o SUS, no mbito da Lei
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em
ato da direo nacional do SUS.
Por outro lado, quando h inviabilidade de competio
o procedimento licitatrio ser inexigvel, conforme previsto no art.
25, Lei 8.666/93, ou seja, quando no for possvel estabelecer
procedimento competitivo poder a Administrao proceder
contratao direta por inexigibilidade de licitao.
Destaca-se, ademais que a Lei elencou algumas situaes
de inexigibilidade, todavia, trata-se de enumerao exemplificativa, pois
em qualquer situao, ainda que no descrita na norma, que seja
invivel a competio, poder a Administrao proceder contratao
direta.
Observamos que a inexigilidade ocorre quando h
inviabilidade de competio, conforme previsto no art. 25, Lei
8.666/93, assim expresso:
Art. 25. inexigvel a licitao quando houver inviabilidade de
competio, em especial:
I para aquisio de materiais, equipamentos, ou gneros que
s possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivo, vedada a preferncia de
marca, devendo a comprovao de exclusividade ser feita
atravs de atestado fornecido pelo rgo de registro do
comrcio do local em que se realizaria a licitao ou a obra ou o
servio, pelo Sindicato, Federao ou Confederao Patronal,
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ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II para a contratao de servios tcnicos enumerados no art.
13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou
empresas de notria especializao, vedada a inexigibilidade
para servios de publicidade e divulgao;
III para contratao de profissional de qualquer setor
artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo,
desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio
pblica.
Dessa forma, a Lei de Licitaes estabelece que haver
inexigibilidade sempre que for invivel a competio, especialmente nas
seguintes situaes:
a) Para aquisio de materiais, equipamentos, ou gneros
que s possam ser fornecidos por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivo, vedada a preferncia de marca,
devendo a comprovao de exclusividade ser feita atravs de atestado
fornecido pelo rgo de registro do comrcio do local em que se
realizaria a licitao ou a obra ou o servio, pelo Sindicato, Federao
ou Confederao Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
b) para a contratao de servios tcnicos
profissionais especializados, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notria especializao, vedada a
inexigibilidade para servios de publicidade e divulgao;
Art. 25
1 Considera-se de notria especializao o profissional ou
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade,
decorrente de desempenho anterior, estudos, experincias,
publicaes, organizao, aparelhamento, equipe tcnica, ou de
outros requisitos relacionados com suas atividades, permita
inferir que o seu trabalho essencial e indiscutivelmente o mais
adequado plena satisfao do objeto do contrato.
Nesse sentido, dispe o artigo 13 da Lei de Licitaes o
que seriam servios tcnicos profissionais especializados,
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considerando os trabalhos relativos a:
a) estudos tcnicos, planejamentos e projetos
bsicos ou executivos;
b) pareceres, percias e avaliaes em geral;
c) assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias
financeiras ou tributrias;
d) fiscalizao, superviso ou gerenciamento de
obras ou servios;
e) patrocnio ou defesa de causas judiciais ou
administrativas;
f) treinamento e aperfeioamento de pessoal, e;
g)restaurao de obras de arte e bens de valor
histrico.
c) Para contratao de profissional de qualquer setor
artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde
que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio pblica.
Assim, quando no for possvel estabelecer procedimento
competitivo, destacando a Lei algumas situaes de forma
exemplificativa, ou seja, no exaustiva, ser inexigvel a licitao.
Cumpre esclarecer que, nesta situao, e em qualquer
dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem
solidariamente pelo dano causado Fazenda Pblica o
fornecedor ou o prestador de servios e o agente pblico
responsvel, sem prejuzo de outras sanes legais cabveis.
V-se, portanto, que as hipteses descritas na lei como
situaes configuradoras de licitao inexigvel, no afasta outras
hipteses semelhantes em que seja invivel a competio.
Procedimento
O procedimento licitatrio possui duas fases, uma fase
chamada interna e outra externa.
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Na fase interna, o procedimento de licitao ser
iniciado com a abertura do processo administrativo,
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a
autorizao respectiva, indicao sucinta de seu objeto e do
recurso prprio para a despesa, ao qual sero juntados
oportunamente todos os atos da administrao e dos licitantes,
conforme art. 38, Lei n 8.666/93.
Nessa fase elaborada a minuta do contrato, bem
como do edital, os quais so submetidos a exame e aprovao por
assessoria jurdica da Administrao.
Assim, nessa fase, em regra, sero realizados os
seguintes atos: Delimitao o objeto, elaborao de projeto bsico
(quando necessrio), realizao estimativa de valor (oramento),
previso de recursos oramentrios, apresentao de anlise da
viabilidade de competio (juntando-se coleta de preos e identificando
se h empresas no ramo), escolha do tipo e modalidade de licitao,
definio do cronograma, instaurao e constituio de comisso (se
no houver comisso permanente) e, por fim, determinao de
divulgao do instrumento convocatrio.
Dessa forma, quando publicado o edital ou o instrumento
convocatrio (convite= carta-convite) encerra-se a fase interna, e d-se
incio a fase externa.
A fase externa a fase que se inicia com a divulgao do
instrumento convocatrio (edital, em regra, ou a carta-convite). Aps
abertura da licitao teremos as seguintes fases: a) habilitao; b)
julgamento e classificao; c) homologao; d) adjudicao.
Habilitao a segunda etapa da fase externa,
conforme expresso no art. 27, e seguintes, da Lei de Licitaes. Trata-
se de fase em que se exige a comprovao da qualificao do licitante,
exigindo-se a seguinte documentao relativa habilitao jurdica,
qualificao tcnica, qualificao econmica-financeira,
regularidade fiscal e trabalhista, alm do cumprimento do
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disposto no art. 7, inc. XXXIII, da CF/88.
a) habilitao jurdica se d com a apresentao dos
documentos inerentes ao licitante, conforme art. 28, correspondendo
aos seguintes:
Art. 28.
I cdula de identidade;
II registro comercial, no caso de empresa individual;
III ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
devidamente registrado, em se tratando de sociedades
comerciais, e, no caso de sociedades por aes, acompanhado
de documentos de eleio de seus administradores;
IV inscrio do ato constitutivo, no caso de sociedades civis,
acompanhada de prova de diretoria em exerccio;
V decreto de autorizao, em se tratando de empresa ou
sociedade estrangeira em funcionamento no Pas, e ato de
registro ou autorizao para funcionamento expedido pelo rgo
competente, quando a atividade assim o exigir.
b) A qualificao tcnica a demonstrao de que o
licitante tem capacidade tcnica para executar o objeto licitado,
correspondendo aos seguintes documentos, conforme art. 30:
Art. 30.
I registro ou inscrio na entidade profissional competente;
II comprovao de aptido para desempenho de atividade
pertinente e compatvel em caractersticas, quantidades e
prazos com o objeto da licitao, e indicao das instalaes e
do aparelhamento e do pessoal tcnico adequados e disponveis
para a realizao do objeto da licitao, bem como da
qualificao de cada um dos membros da equipe tcnica que se
responsabilizar pelos trabalhos;
III comprovao, fornecida pelo rgo licitante, de que
recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou
conhecimento de todas as informaes e das condies locais
para o cumprimento das obrigaes objeto da licitao;
IV prova de atendimento de requisitos previstos em lei
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especial, quando for o caso.
c) A qualificao econmica-financeira diz respeito
capacidade econmica do licitante de suportar o nus da execuo do
contrato e eventuais prejuzos ou responsabilidade por danos, conforme
estabelece o art. 31, correspondendo s seguintes documentaes:
Art. 31.
I balano patrimonial e demonstraes contbeis do ltimo
exerccio social, j exigveis e apresentados na forma da lei, que
comprovem a boa situao financeira da empresa, vedada a sua
substituio por balancetes ou balanos provisrios, podendo
ser atualizados por ndices oficiais quando encerrado h mais de
3 (trs) meses da data de apresentao da proposta;
II certido negativa de falncia ou concordata expedida pelo
distribuidor da sede da pessoa jurdica, ou de execuo
patrimonial, expedida no domiclio da pessoa fsica;
III garantia, nas mesmas modalidades e critrios previstos no
"caput" e 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por
cento) do valor estimado do objeto da contratao.
d) Por fim, a regularidade fiscal e trabalhista a condio
da licitante em relao Fazenda Tributrio, ou seja, em relao ao
Fisco, bem como em relao Justia Trabalhista, sendo os seguintes
documentos, de acordo com o art. 29:
Art. 29. A documentao relativa regularidade fiscal e trabalhista,
conforme o caso, consistir em: (Redao dada pela Lei n 12.440,
de 2011) (Vigncia)
I prova de inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) ou no
Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);
II prova de inscrio no cadastro de contribuintes estadual ou
municipal, se houver, relativo ao domiclio ou sede do licitante,
pertinente ao seu ramo de atividade e compatvel com o objeto
contratual;
III prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e
Municipal do domiclio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na
forma da lei;
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IV prova de regularidade relativa Seguridade Social e ao Fundo de
Garantia por Tempo de Servio (FGTS), demonstrando situao regular
no cumprimento dos encargos sociais institudos por lei. (Redao dada
pela Lei n 8.883, de 1994)
V prova de inexistncia de dbitos inadimplidos perante a Justia do
Trabalho, mediante a apresentao de certido negativa, nos termos
do Ttulo VII-A da Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. (Includo pela Lei n
12.440, de 2011) (Vigncia)
bom enfatizar que o Certificado de Registro
Cadastral (CRC) substitui os documentos elencados na fase de
habilitao, permitindo agilidade do procedimento e uma consulta mais
rpida pela Administrao da regularidade do licitante.
A entrega de documentao fora do prazo estipulado no
dever ser recebida pela Comisso. Em caso de inobservncia dessas
exigncias o eventual licitante ser considerado inabilitado.
Em caso de pedido de desistncia, este somente ser
admitido at o julgamento das habilitaes, aps, no entanto, possvel
a desistncia por motivo justificado e se aceito pela Comisso (art. 43,
6)
Se todos os licitantes forem inabilitados (licitao
frustrada) a Comisso poder conceder o prazo de oito dias para
que promovam a regularizao, a fim de se salvar o
procedimento. (art. 48, 3), devendo ser observado que no
caso do convite tal prazo poder ser reduzido para at 3 dias.
A fase de julgamento e classificao ocorre quando se
encerra a habilitao. Assim, aqueles que foram habilitados tero
abertas suas respectivas propostas, devendo, todos os licitantes e
membros da Comisso rubricar tais envelopes, assim como se procede
com os envelopes da habilitao.
Sero desclassificadas as propostas que no observarem
as exigncias estabelecidas no instrumento convocatrio, assim como
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as consideradas exorbitantes e/ou irrisrias (inexeqveis), nos termos
do art. 48.
Nesta etapa devem ser utilizados os critrios objetivos
definidos no edital, sendo vedada a utilizao de qualquer elemento que
no esteja nele previsto e que possa violar a igualdade entre os
licitantes.
Os critrios para julgamento so: menor preo,
melhor tcnica, tcnica e preo e maior lance ou oferta (art. 46
da Lei de Licitaes). Trata-se, na verdade, de tipos de licitao.
As propostas sero avaliadas e aquelas consideradas
incompatveis sero desclassificadas (art. 44, 3 e art. 48). Observe,
no entanto, que se todas forem desclassificadas (licitao
frustrada) ser concedido novamente o prazo referido (8dias ou
3 dias no convite) para que regularizem suas propostas e
reapresentem.
A homologao ocorre aps a classificao dos licitantes
na ordem de suas propostas, sendo declarado vencedor aquele que
apresentar a proposta mais vantajosa, devendo a autoridade
competente homologar o certame e declar-lo vencedor.
Todavia, pode a Administrao revogar a licitao
por razes de interesse pblico decorrente de fato
superveniente ou anular o certame tendo em vista algum vcio
no procedimento, caso em que no haver obrigao de indenizar
(art. 49). Em todo caso, assegura-se o contraditrio e a ampla defesa.
Finalmente, a adjudicao compulsria a etapa que
finaliza o procedimento, momento em que se atribui ao vencedor do
certame licitatrio o objeto perseguido, conferindo ao vencedor o
direito de preferncia em relao a qualquer outro em hiptese de
contratao do objeto, vinculando-se ao proposto (art. 64, 3).
importante dizer que a adjudicao no assegura direito
lquido e certo contratao. Significa apenas que o adjudicado o
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vencedor daquele objeto licitado, que acaso venha a Administrao
contratar dever faz-lo com o adjudicado.
Nos termos do art. 15, inc. I, da Lei de Licitaes, as
compras, sempre que possvel, devero atender ao princpio da
padronizao, que imponha compatibilidade de especificaes tcnicas e
de desempenho, observadas, quando for o caso, as condies de
manuteno, assistncia tcnica e garantia oferecidas e ser
processadas atravs de sistema de registro de preos.
Sistema de Registro de Preo (SRP)
O Sistema de Registro de Preos (SRP) o conjunto
de procedimentos para registro formal de preos relativos prestao
de servios e aquisio de bens, para contrataes futuras, decorre da
previso contida no art. 15 da Lei de Licitaes e contratos, que assim
dispe:
Art. 15. As compras, sempre que possvel, devero:
I atender ao princpio da padronizao, que imponha
compatibilidade de especificaes tcnicas e de desempenho,
observadas, quando for o caso, as condies de manuteno,
assistncia tcnica e garantia oferecidas;
II ser processadas atravs de sistema de registro de
preos;
III submeter-se s condies de aquisio e pagamento
semelhantes s do setor privado;
IV ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessrias
para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando
economicidade;
V balizar-se pelos preos praticados no mbito dos rgos e
entidades da Administrao Pblica.
1 O registro de preos ser precedido de ampla
pesquisa de mercado.
2 Os preos registrados sero publicados
trimestralmente para orientao da Administrao, na
imprensa oficial.
3 O sistema de registro de preos ser regulamentado
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por decreto, atendidas as peculiaridades regionais,
observadas as seguintes condies:
I seleo feita mediante concorrncia;
II estipulao prvia do sistema de controle e
atualizao dos preos registrados;
III validade do registro no superior a um ano.
O SRP havia sido regulamentado, no mbito federal, pelo
Decreto n 3.931/01. No entanto, recentemente foi revogado pelo
Decreto n. 7.892/2013, que assim dispe:
Art. 1 As contrataes de servios e a aquisio de bens,
quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preos SRP, no
mbito da administrao pblica federal direta, autrquica e
fundacional, fundos especiais, empresas pblicas, sociedades de
economia mista e demais entidades controladas, direta ou
indiretamente pela Unio, obedecero ao disposto neste
Decreto.
O SRP traz as seguintes definies:
Sistema de Registro de Preos conjunto deprocedimentos para registro formal de preos
relativos prestao de servios e aquisio de
bens, para contrataes futuras;
Ata de registro de preos documentovinculativo, obrigacional, com caracterstica de
compromisso para futura contratao, em que se
registram os preos, fornecedores, rgos
participantes e condies a serem praticadas,
conforme as disposies contidas no instrumento
convocatrio e propostas apresentadas;
rgo gerenciador rgo ou entidade daadministrao pblica federal responsvel pela
conduo do conjunto de procedimentos para
registro de preos e gerenciamento da ata de
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registro de preos dele decorrente;
rgo participante rgo ou entidade daadministrao pblica federal que participa dos
procedimentos iniciais do Sistema de Registro de
Preos e integra a ata de registro de preos; e
rgo no participante rgo ou entidade daadministrao pblica que, no tendo participado
dos procedimentos iniciais da licitao, atendidos os
requisitos desta norma, faz adeso ata de registro
de preos.
Com efeito, no mbito do Distrito Federal
regulamentado pelo Decreto n 34.509/2013.
Decreto n 34.509/2013:
Art. 2 Para os efeitos deste Decreto so adotadas as seguintes
definies:
I - Sistema de Registro de Preos SRP: conjunto de
procedimentos relativos ao registro formal de preos da
prestao de servios e da aquisio de bens para contrataes
futuras;
II - Ata de Registro de Preos: documento vinculativo,
obrigacional, com caracterstica de compromisso para futura
contratao, em que se registram preos, fornecedores, rgos
participantes e condies a serem praticadas, conforme as
disposies contidas no instrumento convocatrio e nas
propostas apresentadas;
III - rgo Gerenciador: a Subsecretaria de Licitaes e
Compras (SULIC) da Secretaria de Estado de Planejamento e
Oramento e/ou rgo e/ou a entidade da Administrao
Pblica do Distrito Federal que esteja excepcionalizado do
regime de centralizao de licitaes, que ser responsvel pela
conduo do conjunto de procedimentos para o registro de
preos e pelo gerenciamento da ata de registro decorrente do
SRP;
IV - rgo Participante: rgo ou entidade da Administrao
Pblica Direta ou Indireta que participa do SRP e integra a sua
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respectiva ata at o limite de sua quota;
V - rgo ou Entidade no participante: rgo ou entidade da
Administrao Pblica que, por no ter participado do SRP ou
por j ter utilizado todo o saldo destinado a si, requer adeso
ata de registro de preos;
VI - Adeso: solicitao por parte de rgo no participante de
determinado SRP para usar a sua respectiva ata de registro de
preos na aquisio ou contratao de item que se encontre
registrado no sistema;
VII - Solicitao de Compras (SC): formulrio que contenha o
nome do fornecedor, informaes da ata de registro de preos,
quantidade solicitada e preo unitrio do item e o valor total da
solicitao;
VIII - Plano de Suprimentos (PLS): conjunto de procedimentos
necessrios para estimar a demanda de um determinado objeto
a ser registrado.
De acordo com o art. 3 do Decreto Federal, o SRF poder
ser adotado quando, pelas caractersticas do bem ou servio, houver
necessidade de contrataes frequentes; for conveniente a aquisio de
bens com previso de entregas parceladas ou contratao de servios
remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa; for
conveniente a aquisio de bens ou a contratao de servios para
atendimento a mais de um rgo ou entidade, ou a programas de
governo; ou quando, pela natureza do objeto, no for possvel definir
previamente o quantitativo a ser demandado pela Administrao.
Nesse sentido tambm o Decreto Distrital assim dispe:
Art. 3 O Sistema de Registro de Preos poder ser adotado
quando:
I - as caractersticas do bem ou servio ensejarem necessidade
de contrataes frequentes;
II - a aquisio de bens com previso de entregas parceladas ou
contratao de servios remunerados
por unidade de medida ou em regime de tarefa for conveniente;
III - a aquisio de bens ou a contratao de servios para
atendimento a mais de um rgo ou entidade, ou a programas
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de governo, for conveniente; ou
IV - a natureza do objeto impossibilitar a definio prvia do
quantitativo a ser demandado pela Administrao.
1 Independentemente da ocorrncia das situaes elencadas
no caput deste artigo, a Subsecretaria
de Licitaes e Compras da Secretaria de Estado de
Planejamento e Oramento poder adotar o Sistema de Registro
de Preos para contratao:
I - de bens ou servios de uso comum aos rgos e entidades;
ou
II - que contemple a demanda de mais de um rgo ou
entidade no mbito da Administrao Pblica Direta e Indireta
do Distrito Federal.
2 Na hiptese do 1, quando se tratar de objeto
diretamente vinculado s atividades finalsticas, o rgo
considerar a demanda das entidades que lhes so vinculadas.
De acordo com ambos os Decretos, o SRP poder adotar
a licitao na modalidade de concorrncia, do tipo menor preo ou,
excepcionalmente, a tcnica e preo, devidamente justificado e a
critrio do rgo gerenciador, e a modalidade prego, sempre
precedido de ampla pesquisa de mercado.
Decreto Federal
Art. 7 A licitao para registro de preos ser realizada na
modalidade de concorrncia, do tipo menor preo, nos termos
da Lei n 8.666, de 1993, ou na modalidade de prego, nos
termos da Lei n 10.520, de 2002, e ser precedida de ampla
pesquisa de mercado.
Decreto Distrital
Art. 9 A licitao para registro de preos ser realizada na
modalidade de concorrncia do tipo menor preo, ou na
modalidade de prego, e ser precedida de ampla pesquisa de
mercado.
1 O julgamento por tcnica e preo poder,
excepcionalmente, ser adotado, a critrio do rgo gerenciador
e mediante despacho fundamentado da autoridade mxima do
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rgo ou entidade.
2 Na licitao para registro de preos no necessrio indicar
a dotao oramentria, que somente ser exigida para a
formalizao do contrato ou de outro instrumento hbil, na
forma do art. 62 da Lei n 8.666, de 1993.
O prazo de validade da ata de registro de preos no ser
superior a doze meses, includas eventuais prorrogaes, de acordo
com os Decretos.
Decreto 7.892/2013 (Federal)
Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preos no
ser superior a doze meses, includas eventuais prorrogaes,
conforme o inciso III do 3 do art. 15 da Lei n 8.666, de
1993.
1 vedado efetuar acrscimos nos quantitativos fixados
pela ata de registro de preos, inclusive o acrscimo de que
trata o 1 do art. 65 da Lei n 8.666, de 1993.
Decreto 34.509/2013 (Distrital)
Art. 13. O prazo de validade da ata de registro de preos no
ser superior a doze meses, includas eventuais prorrogaes,
conforme o inciso III do 3 do art. 15 da Lei n 8.666, de
1993.
1 vedado efetuar acrscimos aos quantitativos fixados pela
ata de registro de preos, inclusive o que consta do 1 do art.
65 da Lei n 8.666, de 1993.
Dito isso, vamos s questes.
QUESTES COMENTADAS
1. (BIBLIOTECRIO FUB CESPE/2011) A obrigatoriedade de
licitao princpio expresso na Constituio Federal de 1988.
Comentrio:
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De fato, estabelece a Constituio Federal em seu art. 37,
inc. XXI, que Ressalvados os casos especificados na legislao, as obras,
servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de
licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes,
com clusula que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as
condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir
exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do
cumprimento das obrigaes, ou seja, trata-se do princpio da
obrigatoriedade de licitar.
Gabarito: Certo.
2. (ANALISTA ARQUIVOLOGIA MPU CESPE/2010) Os
rgos da administrao direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as
sociedades de economia mista e as demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela Unio, pelos estados,
pelo Distrito Federal e pelos municpios esto subordinados ao
regime dessa lei.
Comentrio:
Conforme art. 1, pargrafo nico, da Lei n 8.666/93,
subordinamse ao regime desta Lei, alm dos rgos da administrao
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as
empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas, direta ou indiretamente pela Unio, Estados, DF
e municpios.
Gabarito: Certo.
3. (BIBLIOTECRIO FUB CESPE/2011) Um rgo do
Ministrio Pblico estadual, ao realizar determinado certame
licitatrio, subordina-se, no que couber, s normas gerais de
licitao previstas na Lei n. 8.666/1993.
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Comentrio:
Nos termos do par. nico do art. 1, a Lei n 8.666/93
aplica-se aos rgos da Administrao direta. Assim, como o MPE um
rgo integrante da estrutura da Administrao direta dos Estados,
tambm est subordinado aos ditames dessa Lei.
Gabarito: Certo.
4. (ANALISTA JUDICIRIO TI TRT 10 REGIO
CESPE/2013) Uma entidade controlada indiretamente por
municpio da Federao que pretenda alugar um imvel para
nele funcionar estar dispensada da observncia das normas
gerais sobre licitaes e contratos administrativos impostas pela
lei em questo, devido ao fato de esta lei ser um diploma
federal, no alcanando, portanto, a esfera da municipalidade.
Comentrio:
De acordo com o par. nico do art. 1, a Lei n 8.666/93,
a Lei de licitaes aplica-se a todas as unidades federativas, a todos os
poderes, administrao pblica direta e indireta, bem como a
entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder pblico,
conforme o seguinte:
Art. 1 Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitaes e
contratos administrativos pertinentes a obras, servios,
inclusive de publicidade, compras, alienaes e locaes no
mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios.
Pargrafo nico. Subordinam-se ao regime desta Lei, alm dos
rgos da administrao direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as
sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e
Municpios.
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Gabarito: Errado.
5. (ANALISTA ADMINISTRATIVO IBAMA CESPE/2013) Um
dos objetivos da licitao, segundo o art. 3. da Lei n.
8.666/1993, garantir a promoo do desenvolvimento
nacional sustentvel.
Comentrio:
De acordo com o art. 3 da Lei, dentre os objetivos da
licitao h a garantia da promoo do desenvolvimento nacional
sustentvel.
Gabarito: Certo.
6. (ANALISTA JUDICIRIO TI TRT 10 REGIO
CESPE/2013) A licitao objetiva garantir o princpio