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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GECILAINE EUGÊNIA ALVES GISELE DE BRITO RACHEL DIAS DE FREITAS RESUMO SOBRE LICITAÇÃO

Aps Sergio Licitação

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resumo sobre licitação

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCEFACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

GECILAINE EUGÊNIA ALVES

GISELE DE BRITO

RACHEL DIAS DE FREITAS

RESUMO SOBRE LICITAÇÃO

GOVERNADOR VALADARES2016

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1 LICITAÇÃO

Licitação é um procedimento administrativo, que visa a escolher a

proposta mais vantajosa para a Administração. A obrigação de licitar está

consignada no art. 37, XXI, da Constituição Federal Brasileira, que fixou o

procedimento como compulsório para a contratação de obras, serviços,

compras e alienações, ressalvados os casos especificados na legislação. Tal

dispositivo constitucional foi regulamentado pela Lei n.º 8.666, de 21.06.1993.

Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração

indireta devem adaptar suas normas sobre licitações e contratos ao disposto na

Lei n.º 8.666/93. Por sua vez, as sociedades de economia mista, empresas e

fundações públicas e demais entidades controladas direta ou indiretamente

pelos entes federados, que têm a prerrogativa de editar regulamentos próprios,

estão, também, sujeitas às disposições da Lei n.º 8.666/93.

2 MODALIDADES DE LICITAÇÃO

2.1 Concorrência. É a modalidade que a administração se utiliza para as

aquisições e contratações de obras e serviços de grande porte. Quaisquer

interessados no seu objeto. O prazo para essa modalidade é de 30 dias para o

tipo menor preço e 45 dias para o tipo melhor técnica ou técnica e preço,

contados da publicação em Diário Oficial e Jornal de grande circulação.

2.2 Tomada de Preço: É a modalidade de licitação restrita aos interessados

previamente cadastrados ou que comprovou preencher as condições para

cadastramento até o 3º dia anterior da data de abertura das propostas. Sendo

15 dias para o tipo menor preço e 30 (trinta) dias para o tipo melhor técnica ou

técnica e preço, contados da publicação em Diário Oficial e Jornal de grande

circulação.

2.3 Convite: É a modalidade com procedimento mais simplificado dentre as

modalidades comuns de licitação. Os convidados, que não precisam ser

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cadastrados, e os interessados que devem necessariamente ser cadastrados,

e solicitem o edital no prazo de até 24h, antes da data de licitação. São 05

(cinco) dias úteis, contados a partir da expedição do convite ou ainda da efetiva

disponibilidade do edital.

2.4 Concurso: É a modalidade utilizada para escolha de trabalho técnico,

cientifico ou artístico, mediante a instituição de prêmios aos ou remuneração

aos vencedores. Os interessados que atendam os critérios constantes do

edital.

45 (quarenta e cinco) dias contados da publicação do edital na imprensa oficial.

2.5 Leilão: É a modalidade para venda de bens móveis inservíveis para

Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para

alienação de bens imóveis previstos no art.19, a quem oferecer o maior lance,

igual ou superior ao da avaliação. Qualquer interessado pode participar, são 15

(quinze) dias contados da publicação em Diário Oficial e Jornal de grande

circulação.

2.6 Pregão: É a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços

comuns, onde a disputa pelo o fornecimento se dá através de sessão pública,

por meio de propostas e lances, para a classificação e habilitação do licitante

que ofertou o menor preço. Quaisquer interessados poderão participar e terão

08 (oito) dias contados da publicação do edital.

3 TIPOS DE LICITAÇÃO

3.1 Menor preço

Conforme preceitua o Art. 45, § 1º, da Lei nº 8.666/93, a Licitação pelo

Menor Preço ocorre quando o critério de seleção requerer apresentação de

proposta de acordo com as especificações do Edital ou Convite e ofertar o

Menor Preço.

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3.2 Melhor técnica:

Tipo de licitação cujo critério de seleção da proposta mais vantajosa

para a Administração tem por base fatores de ordem técnica onde o órgão

contratante estabelece no ato convocatório as exigências de critérios técnicos

mínimos.

3.3 Técnica e preço

O critério de seleção da melhor proposta se faz pela média ponderada

das notas atribuídas à proposta técnica (PT) e à proposta de preço (PP), o que

implica dizer que nem sempre a proposta vencedora é a de menor preço.

3.4 Maior lance ou oferta

Quando utilizado o tipo de licitação maior lance ou oferta, o vencedor

será, dentre os licitantes qualificados, aquele que apresentar a proposta mais

vantajosa para a Administração, o maior lance ou a maior oferta. O Art. 45, §

1º, da Lei nº 8.666/93, conclui que a Licitação por Maior Lance ou Oferta ocorre

apenas nas hipóteses de:

Alienação de bens imóveis recebidos em pagamento;

Alienação de bens móveis inservíveis;

Alienação de bens móveis legalmente apreendidos;

Concessão de direito real de uso

4 DISTINÇÃO ENTRE A FASE INTERNA E A FASE EXTERNA

A licitação é dividida em 02 (duas) fases, uma interna, que acontece

antes da publicação do edital e uma externa, após a publicação do edital.

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A fase interna compõe-se por procedimentos formais, tais como

elaboração do edital, definição do tipo e modalidade de licitação.

4.1 Fase externa

Nesta fase os interessados em contratar com o poder público passam a

fazer parte do procedimento: a publicação do instrumento convocatório, a

habilitação, a classificação/ julgamento, a homologação e a adjudicação.

4.1.1 Publicação do edital/ carta convite

A publicação do instrumento convocatório é o meio de divulgação da

existência da licitação. Conforme o art.41, §1º da Lei 8.666/93, "Qualquer

cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por

irregularidade..." ,seu direito de participação permanece até o trânsito em

julgado da impugnação.

Habilitação: Nesta etapa, apura-se a idoneidade e capacidade dos licitantes

para executar o objeto do futuro contrato através da apresentação das

propostas e dos documentos.

Habilitação Jurídica: Por meio da habilitação jurídica averígua-se a capacidade

do licitante para exercer direitos e contrair obrigações.

- Pessoa física: cédula de identidade;

- Empresas individuais: registro comercial;

- LTDA: contrato social registrado na Junta Comercial;

- S/A: estatuto social registrado na Junta Comercial + documento de

eleição dos administradores;

- Sociedades civis: ato constitutivo registrado no cartório de registro de

pessoas jurídicas;

- Empresas estrangeiras: decreto de autorização e ato de registro ou

autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente.

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Regularidade fiscal

4.1.2 Qualificação técnica

O objetivo da averiguação da qualificação técnica é demonstrar que o

licitante tem aptidão para executar o objeto do futuro contrato. As exigências

que podem constar do edital são:

Documentação relativa a registro ou inscrição na entidade profissional

competente;

Comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e

compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da

licitação;

Indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico

adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação;

Qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se

responsabilizará pelos trabalhos;

Comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os

documentos;

Prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial (quando for

o caso).

4.1.3 Qualificação econômico-financeira

A qualificação econômico-financeira demonstra a capacidade do licitante

de suportar os encargos inerentes à execução do contrato pretendido. A lei

determina a apresentação dos seguintes documentos:

Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício

social, já exigíveis e apresentadas na forma da lei;

Certidão negativa de falência ou concordata (pessoa jurídica) ou

execução patrimonial (pessoa física);

Garantia, limitada a 1% do valor estimado da contratação;

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Relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem

diminuição da capacidade operativa ou absorção de sua disponibilidade

financeira.

4.1.4 Regularidade trabalhista

A apresentação de documentos que comprovem a regularidade

trabalhista é uma exigência introduzida pela Lei 9.854/99. O art. 27, V da Lei

8.666/93 remete à CR/88 quando dispõe sobre a necessidade de comprovação

do cumprimento do inc. XXXIII do art. 7º da CR/88.

4.1.5 A classificação

Antes do julgamento propriamente dito, é feita uma análise das

propostas apresentadas pelos licitantes habilitados para verificação de

viabilidade e/ou execução da contratação, assim como a conformidade da

proposta com o instrumento convocatório. De tal modo, há uma classificação

pela ordem de preferência, segundo critérios objetivos constantes do edital/

convite.

4.1.6 O julgamento

O julgamento baseia-se em critérios objetivos e públicos constantes no

ato convocatório (edital ou carta convite) e Lei 8.666/93 em seus arts. 43, 44 e

45. È realizado conforme o tipo de licitação, por isso a Lei 8.666/93

expressamente dispõe que existem tipos de licitação apenas para atingir a

finalidade do julgamento das propostas.

4.1.7 Homologação

É o ato de controle da autoridade hierarquicamente superior à

Comissão de Licitação que analisa todo o procedimento, inclusive em sua fase

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interna, para verificar se encontra-se em conformidade com as exigências

legais. Se a autoridade competente verificar algum vício de ilegalidade, anulará

o procedimento ou determinará seu saneamento, se cabível.

4.1.8 Adjudicação

A adjudicação é o ato final do procedimento administrativo de licitação.

Constitui o ato declaratório, pelo qual a mesma autoridade pública competente

para homologar, atribui de maneira formal ao vencedor do certame o objeto da

licitação.

5 PREGÃO

O pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços

comuns em que a disputa pelo fornecimento é feita em sessão pública, por

meio de propostas e lances, para classificação e habilitação do licitante com a

proposta de menor preço. Além disso, a definição da proposta mais vantajosa

para a Administração é feita através de proposta de preço escrita e, após,

disputa através de lances verbais. Após os lances, ainda pode haver a

negociação direta com o pregoeiro, no intuito da diminuição do valor ofertado.

O pregão foi instituído exclusivamente no âmbito da União, ou seja, só

pode ser aplicado na Administração Pública Federal, compreendidos os três

Poderes. Especificamente, alcança os mesmos órgãos e entidades da

Administração Federal sujeitos à incidência da Lei n.º 8.666/93: a

administração direta, as autarquias, as fundações, as empresas públicas e as

sociedades de economia mista.

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6.1 Bens e Serviços Comuns

Bens e serviços comuns são aqueles cujos padrões de desempenho e

qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de

especificações usuais no mercado. Trata-se, portanto, de bens e serviços

geralmente oferecidos por diversos fornecedores e facilmente comparáveis

entre si, de modo a permitir a decisão de compra com base no menor preço.

6.2 Etapa Competitiva

A etapa competitiva transcorre durante a sessão pública do pregão, que

consiste em evento no qual são recebidas as propostas escritas e a

documentação de habilitação, realizada a disputa por lances verbais e o seu

julgamento e classificação, seguido da habilitação da melhor proposta e,

finalmente, da proclamação de um vencedor.

6.3 Credenciamento

Os interessados devem comparecer no dia, hora e local previstos,

diretamente ou por seus representantes legais, que deverão se identificar e

comprovar possuírem os poderes exigidos para a formulação de propostas e

participação no pregão.

6.4 Recebimentos dos envelopes

Verificadas as credenciais de todos os presentes, é declarada aberta a

sessão pelo pregoeiro, que transcorrerá de forma ininterrupta até o

encerramento dos trabalhos.

São então recebidas as propostas dos licitantes e respectiva

documentação de habilitação, em dois invólucros separados, da seguinte

forma:

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1. Envelope contendo a proposta;

2. Envelope contendo a documentação de habilitação do

interessado.

Importante inovação trazida pelos procedimentos do pregão, a

comprovação documental de atendimento aos requisitos da habilitação só será

verificada no caso da proposta vencedora. Isto simplifica o processo, evitando

o exame demorado e trabalhoso de extensa documentação apresentada por

todos os participantes.

6.5 Abertura das Propostas e Classificação dos Licitantes de Melhor Oferta

Imediatamente após a sua entrega, os envelopes contendo as propostas

de preço são abertos. O pregoeiro faz a leitura dos envelopes com o preço

ofertado de cada participante, o qual será registrado no sistema informatizado e

projetado em tela, ou, alternativamente, será anotado em quadro-negro,

assegurando perfeita visualização e acompanhamento por todos os presentes.

Nesta etapa é realizada a classificação das propostas cujos licitantes

poderão participar da etapa de apresentação de lances verbais. A participação

só é permitida para aqueles ofertantes cujas propostas por escrito apresentem

valor situado dentro de um intervalo entre o menor preço oferecido e os

demais. O objetivo é estimular os participantes a apresentarem propostas

compatíveis com a realidade do mercado, punindo a tentativa de inflacionar

preços.

6.6 Lances Verbais

Nesta etapa, é franqueada a formulação dos lances verbais, que

necessariamente devem contemplar preços de valor decrescente em relação à

proposta por escrito de menor valor.

O pregoeiro convidará o participante selecionado que tenha apresentado

a proposta selecionada de maior valor, para dar início à apresentação de

lances verbais. Sempre que um licitante desistir de apresentar lance, ao ser

convidado pelo pregoeiro, será excluído da disputa verbal.

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6.7 Julgamento e Classificação Final

O pregoeiro procederá à classificação do último lance apresentado por

cada licitante, conforme ordenação crescente de preço. No caso de participante

que não tenha apresentado lance verbal, é classificada a proposta por escrito

apresentada inicialmente. Da mesma forma, na hipótese de não haver

apresentação de lance verbal pelos participantes, o pregoeiro classificará as

propostas por escrito.

Realizada a classificação das propostas, a de menor valor será então

examinada em relação a sua aceitabilidade. O pregoeiro poderá negociar

diretamente com o licitante, visando obter reduções adicionais de preço. Não

há obrigação de aceitar proposta cujo valor seja excessivo em relação à

estimativa de preço previamente elaborada pela Administração.

O exame de aceitabilidade também considera a compatibilidade da

proposta com os requisitos definidos no edital, relativamente a:

1. Prazos de fornecimento;

2. Especificações técnicas;

3. Parâmetros de desempenho e de qualidade.

6.8 Habilitação

A fase de habilitação tem lugar depois de classificadas as propostas e

realizado seu julgamento, identificada aquela de menor preço.

Sendo assim, a habilitação ocorre depois do julgamento da proposta de

menor preço ofertada. Será examinada tão somente a documentação do

vencedor da etapa competitiva entre preços. O exame constará de verificação

da documentação relativa a:

1. Habilitação jurídica;

2. Qualificação técnica;

3. Qualificação econômico-financeira;

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4. Regularidade fiscal; e conformidade com as disposições constitucionais

relativas ao trabalho do menor de idade.

A habilitação jurídica e a qualificação técnica e econômico-financeira

obedecerão aos critérios estabelecidos no Edital.

A regularidade fiscal deverá ser verificada em relação à Fazenda

Nacional, a Seguridade Social e o FGTS. Os fornecedores regularmente

cadastrados no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores -

SICAF, estão dispensados de apresentar os documentos de habilitação

jurídica, de qualificação econômico-financeira e de regularidade fiscal. Neste

caso, o pregoeiro procederá à consulta ao SICAF, que contém registros

relativos a estas exigências de habilitação.

O exame da documentação ou a consulta ao SICAF podem resultar na

impossibilidade de habilitação do licitante que tenha apresentado a melhor

proposta de preço. Neste caso, deverão ser examinados em seguida, os

documentos de habilitação do segundo colocado, conforme a classificação e

assim sucessivamente, até que um licitante atenda às exigências de

habilitação.

6.9.1 Indicação do Vencedor

Será declarado vencedor do pregão o licitante que tiver apresentado a

proposta classificada de menor preço e que subsequentemente tenha sido

habilitado. Qualquer participante pode recorrer, assim que for declarado o

vencedor. Não ocorrendo imediata manifestação acompanhada da explicitação

dos motivos, será configurada a preclusão do direito de recurso.

6.9.2 Recurso

A apresentação de recurso não se conclui durante a sessão do pregão.

A manifestação necessariamente explicitará motivação consistente, que será

liminarmente avaliada pelo pregoeiro, o qual decidirá pela sua aceitação ou

não. Admitido o recurso, o licitante dispõe do prazo de 3 dias para

apresentação do recurso, por escrito, que será disponibilizado a todos os

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participantes em dia, horário e local previamente comunicados, durante a

sessão do pregão. Os demais licitantes poderão apresentar contra razões em

até 3 dias, contados a partir do término do prazo do recorrente. A decisão

sobre recurso será instruída por parecer do pregoeiro e homologada pela

Autoridade Competente responsável pela licitação. O acolhimento do recurso

implica tão somente na invalidação daqueles atos que não sejam passíveis de

aproveitamento.

6.9.3 Adjudicação e Homologação

A adjudicação do licitante vencedor será realizada pelo pregoeiro, ao

final da sessão do pregão, sempre que não houver manifestação dos

participantes no sentido de apresentar recurso.

Ocorrendo a interposição de recurso, a adjudicação ou o acatamento do

recurso será realizado pela Autoridade Competente, depois de transcorridos os

prazos devidos e decididos os recursos. A homologação da licitação é de

responsabilidade da Autoridade Competente e só pode ser realizada depois de

decididos os recursos e confirmada a regularidade de todos os procedimentos

adotados.

7 A Contabilidade Pública e a Licitação

A Lei n° 8.666/93 “Lei de Licitações e Contratos Administrativos”, de 21

de junho de 1993, alterações posteriores e a lei n° 10.520 “Lei do Pregão”, de

17 de julho de 2002, constituem a legislação básica sobre licitações para a

Administração Pública.

A Lei 8.666/93 determina a obrigatoriedade da realização de licitações

para aquisição de bens e serviços, também define as formas ou modalidades

que estas devem ser realizadas, em função do valor dos bens e serviços, no

entanto a partir de sua publicação os valores não sofreram qualquer reajuste o

que às vezes torna o processo desnecessário e ainda mais demorado à

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Administração Pública.

A Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos

administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade,

compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios. De acordo com a Lei 8.666/93, a

celebração de contratos com terceiros na Administração Pública deve ser

precedida de licitação, ressalvadas as hipóteses de dispensa e de

inexigibilidade de licitação.

7.1 CONTABILIDADE PÚBLICA

A Contabilidade Aplicada à Administração Pública seja na área Federal,

Estadual, Municipal ou no Distrito Federal, tem como carro chefe a Lei 4.320,

de 17 de março de 1964, que estatui normas gerais de direito financeiro para

elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos

Municípios e do Distrito Federal. A Contabilidade Pública registra a previsão da

receita e a fixação da despesa, estabelecida no Orçamento Público e

aprovadas para o exercício, escritura a execução orçamentária da receita e da

despesa, faz a comparação entre a previsão e a realização das receitas e

despesas, controla as operações de crédito, a dívida ativa, os valores, os

créditos e obrigações, revela as variações patrimoniais e mostra o valor do

patrimônio. A aplicação de recursos públicos, provenientes do Tesouro, ainda

que de diferentes origens, se faz dentro de uma programação específica e está

sujeita a controles formais, obrigatórios, dos sistemas de controle interno e

externo; sua contabilização, consequentemente, deve seguir um modelo que

assegure uma padronização, adequada (PISCITELLI, 2004, p. 21). A

contabilidade pública é uma especialidade da contabilidade, que baseada em

normas próprias, está voltada ao registro, ao controle e à avaliação do

patrimônio público e suas respectivas variações abrangendo aspectos

orçamentários, financeiros e patrimoniais constituindo valioso instrumento para

o planejamento e o controle da administração governamental.

Uma das matérias-primas da administração para a tomada de decisões,

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controle e avaliação de desempenho da organização e de suas atividades nos

aspectos econômico e financeiro é a informação a ser gerada pela

contabilidade, onde será encontrado o processo gerador de que necessita para

mencionados fins.

A informação contábil deverá atender a dois tipos de usuários, o interno

e o externo. O usuário interno é o próprio poder executivo, prefeito, secretarias

e demais órgãos municipais já o usuário externo é o contribuinte ou usuário do

serviço municipal, o Tribunal de Contas do Estado ou da União, o Conselho ou

Tribunal de Contas dos Municípios e demais entidades ou pessoas que

transacionam com o Município. A informação, nesse contexto, obedecerá

rigidamente aos princípios que orientam os procedimentos de contabilidade,

inclusive para elaboração das demonstrações que são exigidas pela lei.

A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF atribui a contabilidade pública

funções de controle orçamentário e financeiro, garantindo-lhe um caráter mais

gerencial.Com a LRF, as informações contábeis passaram a interessar não

apenas à administração pública e aos seus gestores, a sociedade passa a

tornar-se participante do processo de acompanhamento e fiscalização das

contas públicas, mediante os instrumentos que a LRF incorpora para esta

finalidade.

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