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1 Engenharia Civil Atividade Pratica Supervisionada Alvenaria Estrutural Jonas da Silva Breve RA: A6331F1 Turma:ECR601 Daniel Luiz Rocha RA: T610CE6 Turma:ECR601 Braulio Roberto R.A: A6921h4 Turma: EC5P01

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Engenharia Civil

Atividade Pratica Supervisionada

Alvenaria Estrutural

Jonas da Silva Breve RA: A6331F1 Turma:ECR601

Daniel Luiz Rocha RA: T610CE6 Turma:ECR601

Braulio Roberto R.A: A6921h4 Turma: EC5P01

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Sumário 1 - Historia e Conceitos básicos da Alvenaria Estrutural ............................................................... 3

2 - Blocos e Tipos de tijolos ........................................................................................................... 6

3-Tipos de amarração .................................................................................................................... 9

4- Patologia em Alvenaria Estrutural ........................................................................................... 12

5- Conforto Ambiental e Sustentabilidade .................................................................................. 17

6-CONFORTO TÉRMICO ............................................................................................................... 17

7-CONFORTO LUMÍNICO (LUZ) .................................................................................................... 17

7-CONFROTO ACÚSTICO .............................................................................................................. 18

8-CONFORTO VISUAL ................................................................................................................... 18

8-Dados das Obra e Imagens da Visita Tecnica ........................................................................... 19

Bibliografia ................................................................................................................................... 23

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1 - Historia e Conceitos básicos da Alvenaria Estrutural

“A eficiência da indústria de Construção Civil é tão importante para a nação como o é para o industrial individualmente. Uma indústria eficiente se caracteriza por um reduzido volume de desperdício dos recursos localmente disponíveis, de toda ordem: materiais, humanos, energéticos, financeiros, temporais.” (SABBATINNI-2007)

”Processos nos quais as técnicas organizacionais utilizadas nas indústrias manufatureiras são empregadas na construção, sem que disto resultem mudanças radicais nos métodos de produção em uso" [Foster,1973]. Processos que incorporam princípios de planejamento e controle tendo como objetivo: eliminar desperdícios de mão de obra e materiais; aumentar a produtividade; planejar o fluxo de produção e centralizar e programar as decisões [Taralli, 1984].

A alvenaria estrutural é usada desde a antiguidade, porém hoje alcança maior racionalização uma vez que existe visão sistêmica do processo, onde os projetistas compatibilizam os demais subsistemas: instalações, caixilharia, vedações, tornando sua produção altamente industrializada, permitindo ainda a redução da utilização de fôrmas, armaduras e produção excessiva de entulhos. Uma obra de alvenaria bem planejada destaca-se pela total ausência de “rasgos” nas paredes para as instalações elétricas e hidro-sanitárias e também pela inexistência de retrabalhos. A alvenaria estrutural foi o principal material de construção até o início do século XX, sendo utilizada desde a Antiguidade, quando foram erguidas as pirâmides do Egito. Podem ser citadas várias construções com esse sistema construtivo, a exemplo da Muralha da China (215 a.C.), Coliseu em Roma (82 d. C.), mostrado na Figura 1, e as catedrais de Toledo (1226 a 1493) e Notre Dame (1163). Um exemplo marcante desse tipo de edificação é o edifício Monadnock Building, construído em Chicago, entre 1889 e 1891, com 16 andares, 65 m de altura e a espessura das paredes do térreo era de 1,80 m mostrado na Figura 2. Se o mesmo fosse construído nos dias de hoje, suas paredes somente precisariam ter 30 cm de espessura. (FRANCO,2009)

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Segundo CAMACHO (2006), conceitua-se de Alvenaria Estrutural o processo construtivo no qual, os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria, sendo os mesmos projetados, dimensionados e executados de forma racional em um sistema que alia alta produtividade com economia, desde que executado de maneira correta.

Para Sabbatini (2002) é um específico modo de se construir edifícios que se caracterizam por empregar como estrutura suporte paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras, por também serem dimensionados segundo métodos de cálculo racionais e de confiabilidade determinável e ter um alto nível de organização de produção de modo a possibilitar projetos e construção racionais.

Este tipo de processo construtivo também é chamado de alvenaria auto portante, pois são destinadas a absorver as cargas das lajes e sobrecarga, sendo necessário para o seu dimensionamento à utilização da NBR 10837 e NBR 8798, observando que sua espessura nunca deverá ser inferior a 14,0 cm (espessura do bloco) e resistência à compressão mínima fbk ±4,5 MPa. (NASCIMENTO, 2002). De acordo com a ABNT NBR-10837 (1989), alvenaria estrutural não-armada de blocos vazados de concreto é “aquela construída com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, não sendo esta última considerada na absorção dos esforços calculados”. Por outro lado, a alvenaria estrutural armada de blocos vazados de concreto, de acordo com a mesma referência, é “aquela construída com blocos vazados de concreto, assentados com argamassa, na qual certas cavidades são preenchidas continuamente com graute, contendo armaduras envolvidas o suficiente para absorver os esforços calculados, além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de amarração”.

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Segundo relata PRUDÊNCIO et al. (2002), apesar de alguns avanços na área, tal como o advento dos blocos de concreto criados e patenteados por Gibbs na Inglaterra, em 1850. É creditada a Paul Haller (Suíça) a responsabilidade por esta revolução na área, quando em 1951 dimensionou e construiu na Basiléia um edifício de 13 andares (41,4 m de altura) sendo 12 andares em alvenaria não armada, com paredes internas resistentes de 15 cm de espessura e externas de 37,5 cm. Nessa mesma época, nos Estados Unidos, a produção de blocos vazados de concreto já superava a de tijolos cerâmicos, impulsionada pelo desenvolvimento das máquinas vibroprensas automáticas concebidas por Jesse Besser em 1904. A partir de 1950, vários códigos de obras e normas contendo procedimentos de cálculo surgiram na Europa e América do Norte, fazendo com que a alvenaria estrutural experimentasse um crescimento marcante em todo o mundo. No Brasil, o Estado de São Paulo foi o grande precursor deste sistema construtivo. Em 1966, foram construídos os primeiros prédios com 4 pavimentos em alvenaria armada de blocos de concreto, no Conjunto Habitacional "Central Parque da Lapa". Já em 1968 foi fundada a Reago, primeira indústria de blocos de concreto no Brasil e, em 1972, construíram-se 4 edifícios com 12 pavimentos neste mesmo conjunto, representando um marco nacional na utilização desta técnica. Em 1977, ergueu-se o "Edifício Jardim Prudência" em alvenaria estrutural não armada com 9 pavimentos utilizando blocos sílico-calcários de 24 cm de largura. Estima-se que tenham sido construídos no Brasil, entre 1964 e 1976, mais de dois milhões de unidades habitacionais em alvenaria estrutural. Porém, os resultados não eram os almejados quanto à qualidade e à durabilidade do produto, tornando-se necessárias pesquisas para dirimir as dúvidas existentes com relação a este tipo de construção (ARAÚJO, 1995). Em dezembro de 1977, o Instituto Brasileiro de Concreto (IBRACON) realizou um colóquio sobre produção de blocos, controle de qualidade, normalização, processos construtivos, métodos de dimensionamento, entre outros tópicos abordados, reunindo os principais projetistas, calculistas, fabricantes de blocos e construtoras (SÁNCHEZ, 2002). A presença de tantos profissionais expressou o grande interesse pelo conhecimento, não só dos materiais, como também de todo o sistema de alvenaria estrutural. Em 14 de dezembro de 1977, em São Paulo, a partir de contatos entre profissionais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), das indústrias produtoras de blocos de concreto e do Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB-2) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi oficializada uma Comissão de Estudos para desenvolver as normas nacionais de alvenaria estrutural (SÁNCHEZ, 2002).

As carências de pesquisas aliadas à falta de conhecimento e à inexperiência dos profissionais apresentavam-se como os principais obstáculos a serem superados na época. A alvenaria estrutural atingiu seu apogeu no Brasil na década de 80, quando diversas construtoras e produtoras de blocos investiram nesta tecnologia para torná-la mais vantajosa. O primeiro trabalho expressivo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) em parceria com a Cerâmica Selecta e conduzido pelo Engenheiro Nelson dos Santos Gomes (IPT). Logo a seguir, o Prof. Fernando Henrique Sabbatini da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), realizou estudos para a Cerâmica Tebas de São Paulo, auxiliando no desenvolvimento do processo produtivo da referida indústria. Posteriormente, o mesmo professor firmou um convênio com a Construtora Encol para o desenvolvimento de um sistema construtivo que envolvia desde a produção dos blocos de concreto até a manutenção dos edifícios. Este foi o maior trabalho de pesquisa científica de sistemas construtivos já realizado no país até então (PRUDÊNCIO et al. , 2002).

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2 - Blocos e Tipos de tijolos

É importante que haja uma interação do projetista estrutural com o arquiteto durante a fase de elaboração do projeto arquitetônico, pois a escolha da modulação define as dimensões possíveis a serem utilizadas no projeto (ACCETTI, 1998).

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Figura 1- Exemplo da família de blocos de concreto. Fonte: RAUBER, 2005.

Conforme Accetti (1998) a primeira definição a ser feita é o tipo de bloco que será utilizado. Para tanto, devem ser consideradas todas as características dos materiais e produtos existentes no mercado onde será construído o edifício, para que seja tomada uma decisão segura, econômica e com um conforto ambiental adequado à finalidade a que se destina. Existem vários tipos de blocos, sendo os principais: os blocos de concreto (ver Figura 01), os blocos cerâmicos (ver Figura 02), os blocos sílico-calcários, com as mais variadas dimensões e resistências.

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Figura2- Exemplo da família de blocos cerâmico. Fonte: PALLOTTI, 2003 apud RAUBER, 2005.

Os Blocos de concreto, tal como ilustrado na Figura 02, são obtidos por prensagem e vibração de concretos com consistência seca, dentro de formas de aço com 25

dimensões regulares, devendo ser curados em ambiente com alta umidade por pelo menos 7 dias. Normalmente são assentados na posição em que os furos estejam na vertical, contribuindo para que pequenas áreas de argamassa entrem em contato para a colagem entre os blocos. Utilizados há muitos anos para alvenaria auto portante e de vedação, deve-se evitar o uso quando se apresentarem ainda com umidade elevada, devido ao alto índice de retração e variação dimensional (ABNT - NBR 7173,1982).

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3-Tipos de amarração Estudos realizados, mediante modelagem por elementos finitos, demonstram a grande influência das amarrações entre paredes estruturais na distribuição de tensões, o que consiste num dos mecanismos essenciais do seu desempenho estrutural, tanto da capacidade portante individual dos painéis, como do conjunto da edificação. (CORRÊA; RAMALHO, 1989 apud ACCETTI, 1998).

Vilató e Franco (2000) dizem que na amarração da alvenaria nos cantos, o procedimento que melhor satisfaz a transmissão dos esforços entre painéis e a simplicidade de execução, seria o de alternar um bloco de cada painel a cada fiada, como mostra a Figura .

A amarração de paredes contribui na prevenção do colapso progressivo, pois provê a estrutura de caminhos alternativos para transferência de forças no caso de ocorrência de uma ruína localizada provocada por uma ação excepcional. Além disso, a amarração serve de contraventamento para as paredes (ACCETTI, 1998).

Figura - Exemplo de amarração em paredes tipo L, T e X.

Fonte: Vilató e Franco, 2000.

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4- Patologia em Alvenaria Estrutural Ìnicialmente pesadas, de grande espessura e rígidas, as alvenarias foram evoluindo, ganhando novos materiais, elementos vazados e de menor peso, menores custos, mais continuam atendendo aos aspectos de residência, vedação as intempéries e acústicas.

A alvenaria estrutural, apesar de ser bastante parecida com a alvenaria convencional, sofre basicamente dos mesmos tipos de anomalias, que são em sua maioria fissuras, por se tratar de um elemento estrutural, que resiste a tensões, esses problemas são agravados, surgindo a necessidade de estudos específicos para a alvenaria estrutural.

Nota-se que com algumas alterações construtivas e uma pequena melhora na qualidade de sua execução, pode ser corrigida grande parte da anomalias que correm nas alvenarias estruturais.

Os riscos de Edificações são inúmeros, os problemas patológicos que afetam as edificações, sejam eles residenciais, comerciais ou institucionais, particularmente importante é o problema das trincas, devido a três aspectos fundamentais: o aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura, o comprometimento do desempenho da obra em serviço, e o constrangimento psicológico que a fissuração da edificação exerce sobre seus usuários. Do ponto de vista físico uma edificação nada mais é do que a interligação racional entre diversos materiais e componentes.

As patogenias são problemas que se instalam nas edificações e que a tornam doentia. Na sua evolução, pode ocorrer uma deterioração das partes afetadas e até mesmo a ruptura, comprometendo a estabilidade da edificação. Em outras palavras, às vezes, uma simples mancha ou uma pequena trinca pode ser o sinal de que algo grave está acontecendo com o prédio.

Muitas das patogenias originam-se durante a elaboração do projeto. Profissionais mal preparados ou com formação em outro país não conhecem as características climáticas, de insolação e regime dos ventos do Brasil onde encontramos uma variedade climática muito diversificada. Além disso os materiais e os processos construtivos diferem muito, nosso cimento é muito diferente do europeu, nossas casas são construídas com tijolos ou blocos e nos EUA as casas e sobrados são todas de madeira e assim por diante existem muitas diferenças. Outras patogenias surgem ao longo da vida do prédio - materiais como madeira apodrecem, ficam fracos e caem. Até o concreto, dependendo das circunstâncias, apodrece.

Vamos tomar o cuidado de não chamar de "patologia" qualquer problema no prédio. Patologia de prédio é o estudo das patogenias (doenças) que se instalam no prédio e que precisam receber uma profilaxia (tratamento) para serem erradicadas. Da mesma forma com que uma pessoa com o braço quebrado não está "doente", uma viga trincada não é patogenia e muito menos uma patologia.

Não existe nenhum material infinitamente resistente; todos eles irão trincar-se ou romper-se sob ação de um determinado nível de carregamento, nível este que não deverá ser atingido no caso de não se desejar na edificação componentes trincados ou rompidos.

Fissuras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície; em geral, a fissura não representa sinal de gravidade na estrutura; em alguns casos, porém, podem ser o sinal de uma possível rachadura em alguma peça estrutural (laje, viga ou pilar); ex: A aplicação de uma argamassa rica em cimento, após a cura, muitas fissuras em direções aleatórias; as fissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais;

As fissuras podem ser causadas por: movimentações térmicas; movimentações higroscópicas; atuação de sobrecargas; deformabilidade excessiva de estruturas de concreto armado;

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recalques de fundação; retração de produtos à base de cimento; alterações químicas dos materiais de construção

As fissuras são muito comuns, mas isto não significa que são normais; portanto não devem ser aceitas passivamente; muitas vezes são bem pequenas, quase invisíveis, mas podem ser sintomas de algo muito grave que está acontecendo com a estrutura da sua edificação; em diversos casos de desabamentos de prédios, moradores já haviam desconfiados de trincas que teriam aparecido dias antes do desabamento, mas que não tinha sido dada a importância que o caso merecia; se tivessem feito a evacuação preventiva do prédio muitas mortes poderiam ser evitadas;

Trincas: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido, separado em partes; ex: A parede está trincada, isto é, está separada em duas partes; em muitas situações a trinca é tão fina que é necessário o emprego de aparelho ou instrumento para visualizá-lo; as trincas, por representarem a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança dos componentes estruturais de uma edificação, de modo que mesmo que seja quase imperceptível deve ter as causas minuciosamente pesquisadas; lembre-se: no caso do Edifício Pálace II, no Rio de Janeiro, que caiu matando diversas pessoas, um dos moradores

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havia solicitado a opinião de um engenheiro uma semana antes e este havia dito: “Isto é normal”;

As trincas, em geral, são ocorrências muito comuns nas casas e prédios; surgem em função de muitas causas diferentes e são conhecidas também como fissuras ou rachaduras; entretanto, existe uma diferença conceitual entre fissura, trinca e rachadura;

Antes de pensar em “tampar” uma trinca, é importante descobrir e eliminar a causa, isto é, aquilo que está causando a trinca, pois a trinca é apenas uma conseqüência, um sintoma de alguma coisa ruim que está acontecendo com a sua casa ou prédio;

São muitas as causas que provocam o aparecimento de trincas; as mais comuns são:

–RETRAÇÃO : A argamassa de revestimento, a tinta e outros materiais que são aplicados úmidos, diminuem de tamanho (retração) ao secar;

–ADERÊNCIA: As pinturas e os revestimentos que precisam ficar bem "grudados" na parede, por algum motivo, apresentam perda de aderência e começam a descascar;

–DILATAÇÃO : Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da variação da umidade do meio ambiente;

–MUITO CIMENTO: A argamassa de revestimento, quando tiver um alto teor de cimento, sofre uma grande retração e fica toda fissurada;

-AMARRAÇÃO: As paredes devem ficar bem "amarradas" na estrutura do prédio;

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–TREPIDAÇÃO: Elevadores, compressores e mesmo os veículos que trafegam na rua, produzem vibrações que afetam as partes do prédio;

–RECALQUE: O excesso de peso, a acomodação do prédio, a fraqueza do material ou do terreno fazem com que a peça se deforme ou afunde;

–CAPACIDADE: Por erro de cálculo ou por deficiência na hora da confecção, as peças podem ficar fracas;

–MUDANÇA DO USO: Um prédio que foi projetado para uso residencial, está sendo usado como comércio, por exemplo;

–VIZINHANÇA: Construíram um "baita" prédio de 30 andares que alterou o fluxo de água subterrânea da região;

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–ERRO DE PROJETO: Por falha na concepção da estrutura do prédio, há partes em desarmonia com o resto;

–INFILTRAÇÃO: Água e outros elementos podem se infiltrar causando danos;

MANUTENÇÃO: Falhas, imperícias, falta de conhecimento;

–CORROSÃO: –CIMENTO: Obs: A recuperação de componentes trincados só deverá ser procedida em função de um diagnóstico seguramente firmado, e somente após ter-se pleno conhecimento da implicação das trincas no comportamento da edificação como um todo.

Rachaduras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis; ex: pela rachadura da parede entra vento e água da chuva; as rachaduras, por proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas caso a caso e serem tratadas do seu fechamento;

Corrosão de armaduras: As reações de corrosão, independentemente de sua natureza, produzem óxido de ferro, cujo volume é muitas vezes maior do que o original do metal são; essa expansão provoca o fissuramento e o lascamento do concreto nas regiões próximas às armaduras;

Destacam-se como meios agressivos ao concreto: ambientes marinhos (ricos em íons cloro), solos com elevado teor de matéria orgânica em decomposição (presença de ácido carbônico), solos contaminados, atmosferas poluídas de grandes cidades (íons enxofre provenientes da queima de combustíveis de motores a explosão) e diversas atmosferas industriais (refinarias de petróleo, indústrias de papel e celulose, cerveja, etc.); também as paredes de galerias de esgotos domésticos são bastante suscetíveis de ataque, particularmente acima do nível do efluente; nesse caso, o gás sulfídrico que se desprende do esgoto combina-se com o hidrogênio do ar, transformando-se sucessivamente em ácido sulfuroso e ácido sulfúrico.

Na vistorias de corrosão das armaduras, deve ater-se mais às regiões da estrutura que estiverem submetidas a ciclos de molhagem e secagem, à estrutura voltada para a fachada, lajes descobertas, pés de pilares e locais confinados, como as garagens; muitas vezes existe a necessidade de remoção e do concreto para melhor visualização da manifestação patológica. A vistoria em edificações deve levar em consideração aspectos importantes como infiltrações de água, corrosão de armaduras, fissuras e deformações em elementos estruturais, fissuras em alvenarias, descolamentos nos revestimentos; deve ser feito o registro por meio de fotografias e croquis;

Os leigos, por terem dificuldade de compreenderem os fenômenos físicos e mecânicos relacionados com os diversos componentes construtivos preferem diferenciar as aberturas dizendo que fissura é uma abertura bem pequenina, que trinca é uma abertura mediana e rachadura uma abertura bem grande;

Estruturas Colapsadas: são estruturas que, por algum motivo, deixaram de atender às funções para as quais foram construídas apresentando, eventualmente, risco para usuários residuais, ou mesmo, nos casos emergenciais, para as ações de resgate”

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5- Conforto Ambiental e Sustentabilidade Para quem busca um ambiente que ao mesmo tempo seja agradável e eficiente (em termos de economia de energia), deve sempre procurar profissionais que tenham pleno domínio do assunto.

O conforto ambiental nada mais é do que adequar os princípios físicos envolvidos e as necessidades do ambiente. Necessidades estas que se dividem em temperatura, luz, acústica e visual. A seguir entrarei em maiores detalhes sobre cada uma destas necessidades apontando as razões, benefícios, de se avaliar bem estas enquanto se faz o projeto de reforma ou construção de um imóvel, seja ele residencial ou comercial.

6-CONFORTO TÉRMICO Basicamente podemos, para resumir pois é um assunto bem extenso, descrever as reações encontradas em ambientes quentes e frios:

Reação ao frio: quando as condições ambientais proporcionam perdas de calor do corpo além das necessárias para a manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos automáticos (sistema nervoso simpático), buscando reduzir as perdas e aumentar as combustões internas. A redução de trocas térmicas entre o indivíduo e o ambiente se faz através do aumento da resistência térmica da pele por meio de vasoconstrição, arrepio e tiritar. O aumento das combustões internas (termo gênese) se faz através do sistema glandular endócrino.

Reação ao calor: quando as perdas de calor são inferiores às necessárias para a manutenção de sua temperatura interna constante, o organismo reage por meio de seus mecanismos temo-reguladores, proporcionando condições de trocas de calor mais intensa entre o organismo e o ambiente, e reduzindo as combustões internas. O incremento ds perdas de calor para o ambiente se faz por meio da vasodilatação e da exsudação (suor). A redução das combustões internas (termólise) também se faz através do sistema glandular endócrino.

7-CONFORTO LUMÍNICO (LUZ) "[...] o processo da visão é bastante complexo e implica em uma série de fatores. Por isso mesmo é de grande importância tanto para a segurança das pessoas como para a qualidade do produto que a iluminação do posto de trabalho seja adequada as exigências da tarefa. Iluminação insuficiente implicam diretamente na perda de desempenho e no aumento do número de acidentes.

Um antigo e interessante estudo feito por Dall em 1973 – mostrava a influência da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes:

A qualidade da iluminação dos postos de trabalho não é definida apenas pelo nível de iluminação. Deve-se levar em conta também a distribuição da densidade luminosa, a limitação do ofuscamento, a direção da luz e da sombra e a cor da luz e reprodução das cores. Sempre que possível deve-se buscar também uma iluminação uniforme

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7-CONFROTO ACÚSTICO

O conforto acústico é uma condição importante a procurar para alcançar bem-estar. A ausência de conforto acústico condiciona fortemente a nossa saúde e a nossa produtividade.

Condições acústicas desfavoráveis acarretam problemas como: dificuldade de comunicação, irritabilidade e efeitos nocivos à audição e saúde.

O tratamento acústico visa atenuar o nível de energia sonora, através de isolamento atenuador, tratamento absorvente ou os dois combinados.

8-CONFORTO VISUAL Os efeitos danosos resultantes dos impactos visuais causados por determinadas ações e atividades, a ponto de: prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população; criar condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetar desfavoravelmente a biota; afetar as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente. Em forma de poluição se apresenta através das pichações, da disposição inadequada do lixo, da extensão de redes aéreas, dos monumentos mal cuidados, bem como, pelo elevado número de cartazes publicitários, placas, painéis e letreiros, os quais se multiplicam pela cidade encontrando-se espalhados por todos os cantos e paredes, com propagandas das mais diversas origens que acabam por agredir, de uma forma ou de outra às outras pessoas, gerando diversos malefícios.

Pode-se presumir então que, a busca pelo equilíbrio entre temperatura, sons e ruídos, luminosidade e estudo visual do ambiente, são primordiais em um projeto arquitetônico, pois

com estes fatores bem casados é possível desenvolver ambientes que cada vez fiquem personalizados e agradáveis a quem irá desfrutá-lo.

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8-Dados das Obra e Imagens da Visita Tecnica

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