Licitação e Contrato

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Descritivo do procedimento de licitações e de manutenção de contratos

Citation preview

Licitao e Contrato1. O que licitao?2. Licitao um procedimento administrativo formal, isonmico, de observncia obrigatria pelos rgos e entidades governamentais, que, obedecendo igualdade entre os participantes interessados, visa escolher a proposta mais vantajosa Administrao, com base em parmetros e critrios antecipadamente definidos em ato prprio (instrumento convocatrio).Ao fim do procedimento, a Administrao em regra celebrar um contrato administrativo com o particular vencedor da disputa, para a realizao de obras, servios, compras, alienaes ou locaes.

2. A Administrao Pblica est obrigada a licitar?3. A obrigatoriedade do procedimento licitatrio est fundamentada no art. 37, XXI, da Constituio Federal (CF), que fixou o procedimento como obrigatrio para a contratao de obras, servios, compras e alienaes, ressalvados os casos especificados na legislao. A Lei n 8.666/1993, no art. 2, exige licitao para obras, servios, inclusive de publicidade, compras, alienaes, concesses, permisses e locaes.Todos os rgos da Administrao Pblica direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios esto obrigados licitao.Art. 37 A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: (E.C. 19 - D.O.U. 05.06.98).......XXI ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.Mesmo que no houvesse a Lei 8666/93 (Lei Geral Sobre Licitaes) ou a Lei 10520/02 (Lei do prego), a obrigao de licitar sempre existiria porque vm do art. 37 da Constituio Federal.3. Quais so as modalidades de licitao previstas na legislao brasileira?So modalidades de licitao previstas legalmente: convite, tomada de preos, concorrncia, concurso e leilo, todas previstas na Lei n 8.666/1993. Tambm h o prego, que previsto na Lei n 10.520/2002.4. 4. Quais so os prazos a serem seguidos pela Administrao Pblica para publicao do aviso contendo os resumos dos editais das diversas modalidades de licitao?

5. Lei 8.666/93O aviso publicado conter a indicao do local em que os interessados podero ler e obter o texto integral do edital e todas as informaes sobre a licitao.O prazo mnimo at o recebimento das propostas ou da realizao do evento ser:I - quarenta e cinco dias para:a) concurso;b) concorrncia, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitao for do tipo "melhor tcnica" ou "tcnica e preo".

II - trinta dias para:a) concorrncia, nos casos no especificados na alnea "b" do inciso anterior;b) tomada de preos, quando a licitao for do tipo "melhor tcnica" ou "tcnica e preo".

III - quinze dias para tomada de preos, nos casos no especificados na alnea "b" do inciso anterior, ou leilo;

IV - cinco dias teis para convite.Lei 10.520/02Para as modalidades prego, o prazo mnimos de 8 dias teis.5. Onde localizo os editais de licitao. H sites especficos com esta finalidade?Sim, no sistema E-Negcios Pblicos da Imprensa Oficial do Governo do Estado de So Paulo www.imprensaoficial.com.bresto divulgadas todas as licitaes, as aquisies com dispensa e inexigibilidade de licitao, bem como os editais e minutas de contratos no mbito da Administrao Estadual.De maneira simples e objetiva possvel realizar pesquisas para chegar s licitaes de interesse, inclusive, com opes de consulta aos Editais das Publicaes. um servio totalmente gratuito. Para utiliz-lo, basta se cadastrar.Ainda na BEC Bolsa Eletrnica do Estado de So Paulo www.bec.sp.gov.br possvel localizar todos os editais completos (edital, contrato, termo de referncia, etc.) de todos os preges eletrnicos a realizar, em andamento e encerrados.Os sites dos rgos e entidades pblicas, responsveis pela licitao tambm disponibilizam os editais completos das suas licitaes.6. O que a Bolsa Eletrnica de Compras - BEC/SP? um sistema eletrnico para a negociao de preo de bens e servios adquiridos pela administrao pblica direta e indireta do Estado de So Paulo, que permite ampla competitividade e igualdade de condies de participao a todos os usurios.7. Quais so as modalidades licitatrias/procedimentos adotados na BEC/SP?As modalidades so:

Prego Eletrnico modalidade de licitao para aquisio de bens e servios comuns, "aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais de mercado", para entrega imediata ou parcelada, qualquer que seja o valor estimado da contratao (art. 1 da Lei Federal n 10.520/02).

Prego Eletrnico - Registro de Preos- conjunto de procedimentos para o registro formal de preos em ata visando aquisio de bens e prestao de servios para contrataes futuras que, em razo de seu objeto, ensejam licitaes frequentes.

Convite:modalidade de licitao para a aquisio de bens, em parcela nica e entrega imediata, com valor mximo de R$80.000,00 para a contratao (art. 23, II da Lei Federal n 8.666/93).Dispensa de Licitao: procedimento para aquisio de bens, em parcela nica e entrega imediata, com valor mximo de contratao de R$8.000,00 para aquisies realizadas por rgos da Administrao Direta e R$16.000,00 para a Administrao Indireta (art. 24, II e pargrafo nico da Lei Federal n 8.666/93).8. Como acompanhar as negociaes eletrnicas na BEC/SP?Qualquer cidado pode acompanhar e obter informaes sobre as negociaes realizadas no Sistema BEC/SP. Por meio da pgina principal www.bec.sp.gov.br, selecione a opo Prego Eletrnico, Convite Eletrnico ou Dispensa de Licitao, acesse a Oferta de Compra e confira a economia e a transparncia proporcionadas pelo Sistema BEC/SP nas aquisies de bens e contrataes de servios para a administrao pblica estadual.9. Como se inscrever para participar das negociaes eletrnicas da BEC/SP?Acesse a pgina principal www.bec.sp.gov.br. Na opo Cadastre sua Empresa, preencha as informaes solicitadas no Cadastro Unificado de Fornecedores do Estado de So Paulo - Caufesp. Aps a validao do cadastro, e de posse da senha de negociaes, o fornecedor poder participar das Negociaes Eletrnicas do Sistema BEC/SP. Saiba mais consultando: Manuais para o Fornecedor Caufesp.10. O que o CAUFESP - Cadastramento Unificado de Fornecedores?No mbito estadual, o Decreto n 52.205, de 27 de setembro de 2007 alterado pelos Decretos ns 55.884/10, 57840/12 e 59104, disps sobre o CAUFESP, gerido pela Secretaria da Fazenda e acessvel pelo endereo eletrnico www.bec.sp.gov.br.O CAUFESP um cadastro disponvel a todos os interessados em licitar e contratar com rgos da Administrao Direta, Autarquias, Fundaes institudas ou mantidas pelo Poder Pblico estadual, Empresas nas quais o Estado tenha participao majoritria e com as demais entidades por ele, direta ou indiretamente, controladas.O cadastramento no CAUFESP necessrio para o interessado em fornecer bens ou prestar servios para qualquer unidade da Administrao Pblica do Estado de So Paulo e cuja atividade seja a Indstria e/ou Comrcio ou a Indstria e/ou Comrcio e Prestao de Servios simultaneamente ou somente a Prestao de Servios.11. necessrio ser cadastrado no Sistema Caufesp para participar das negociaes no Sistema BEC/SP?Sim, o cadastramento necessrio para que o interessado, aps a aprovao de seu cadastro, receba a senha de acesso para participar das negociaes no Sistema BEC/SP.12. Como se cadastrar no Sistema Caufesp para participar das negociaes no Sistema BEC/SP?Acesse www.bec.sp.gov.br, no menu lateral esquerdo, opo Cadastre sua Empresa, clique em Cadastro de Novo Fornecedor, leia as Orientaes para Cadastro/Atualizao e siga os passos para cada etapa da solicitao: Cadastramento de Usurio Pr-cadastro do Fornecedor Cadastramento do Fornecedor13. O que Unidade Cadastradora?Unidade Cadastradora o rgo responsvel, escolhido pelo interessado do para validar o seu cadastro, permitindo a esse fornecedor vender bens ou ser contratado para prestar servios para qualquer Unidade Compradora do Estado.14. Quais os tipos de registros que um interessado pode requerer?So dois os tipos de registros, o Registro Cadastral - RC e o Registro Cadastral Simplificado - RCS. O interessado dever fazer a opo no ato do pr-cadastro.15. Aps o envio da solicitao de Cadastro Inicial, a empresa estar cadastrada e habilitada para as negociaes eletrnicas?Aps o envio da solicitao de Cadastro Inicial e da documentao respectiva, a empresa dever aguardar o perodo de anlise. Com o resultado positivo da anlise, os dados cadastrais da empresa sero validados no Caufesp e a empresa estar habilitada para operar no Sistema BEC/SP. A senha para negociaes ser enviada, automaticamente, para o e-mail indicado pela empresa na pgina Endereo. Se, porm, na anlise for identificada alguma irregularidade, o interessado ser notificado por e-mail ou por telefone para san-la.16. O cadastro tem custo para o fornecedor?No h custo algum.17. Existem vedaes participao na licitao de determinados interessados?Sim. Tais vedaes constam do art. 9 da Lei n 8.666/1993.No poder participar da licitao, direta ou indiretamente, ou da execuo da obra ou servio e do fornecimento de bens a eles necessrios: o autor do projeto, bsico ou executivo, pessoa fsica ou jurdica; empresa, isoladamente ou em consrcio, responsvel pela elaborao do projeto bsico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsvel tcnico ou subcontratado; e servidor ou dirigente de rgo ou entidade contratante ou responsvel pela licitao. permitida a participao do autor do projeto ou da empresa na licitao de obra ou servio, ou na execuo, como consultor ou tcnico, nas funes de fiscalizao, superviso ou gerenciamento, exclusivamente a servio da Administrao interessada.18. Qual a definio de compras segundo a legislao brasileira?De acordo com o art. 6, inciso III, da Lei 8.666/93, compra toda aquisio remunerada de bens para fornecimento de uma s vez ou parceladamente.Alguns princpios so recomendados para a execuo de uma licitao para compras.Neste sentido, sempre que possvel, as compras devero atender ao princpio da correta padronizao, ser processadas atravs de sistema de registro de preos, ser subdivididas em parcelas visando a economicidade, balizar-se pelos preos praticados no mbito dos rgos e entidades e submeter-se s condies de aquisio e pagamento semelhantes s do setor privado. Devero ser observadas nas compras a especificao completa do bem sem a indicao de marca, a definio das unidades e das quantidades a serem adquiridas, assim como tambm a definio de guarda e armazenamento que no permitam a deteriorao do material a ser adquirido.19. O que Sistema de Registro de Preos - SRP?O Registro de Preos um conjunto de procedimentos para o registro formal de preos em ata. No Sistema BEC/SP realizado por meio da modalidade prego eletrnico, visando aquisio de bens e prestao de servios para contrataes futuras que, em razo de seu objeto, ensejam licitaes frequentes.Foi institudo pelo Decreto n 47.945/2003 e alterado pelos Decretos ns 51.809/2007, 54.939/2009 e 58.494/2012.O Sistema de Registro de Preos (SRP) permite reduo de custos operacionais e otimizao dos processos de contratao de bens e servios pela Administrao. Ser sempre precedido de ampla pesquisa de mercado. Serve para compras e contratao de servios preferencialmente quando: houver necessidade de contrataes frequentes; for mais conveniente a aquisio de bens com previso de entregas parceladas ou contratao de servios necessrios Administrao para o desempenho de suas atribuies; no for possvel definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administrao; e for conveniente contratar o objeto para atender a mais de um rgo ou entidade, ou a programas de governo.20. Como aderir a Ata de Registro de Preos na BEC/SP?Durante a sesso pblica, na etapa de adeso, os licitantes que concordarem em executar o objeto da licitao pelo preo do primeiro colocado podero fazer a adeso Ata de Registro de Preos, documento em que so registrados os preos, os fornecedores de bens ou prestadores de servios, com as quantidades e condies a serem observadas nas futuras contrataes.21. Qual o prazo de validade da Ata de Registro de Preos?O prazo mximo de vigncia da Ata de Registro de Preos no poder ser superior a um ano, computados neste as eventuais prorrogaes.22. Quais as modalidades adequadas para a realizao do SRP?O SRP ser realizado na modalidade de concorrncia ou de prego, do tipo menor preo, precedido de ampla pesquisa de mercado.23. Como exercer o direito de preferncia no Sistema no Prego?Aps o encerramento da etapa de lances, automaticamente o Sistema BEC identifica a situao de direito de preferncia, permitindo que o licitante nessa condio apresente preo inferior ao da melhor oferta.O direito de preferncia conferido s Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) nas licitaes, como critrio de desempate, conforme estabelecido na Lei Complementar Federal n 123/06.Entende-se por empate aquelas situaes em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou at 5% (cinco por cento) superiores proposta mais bem classificada.24. H previso na legislao vigente de tratamento diferenciado, quanto ao momento da comprovao de regularidade fiscal, para microempresa/empresa de pequeno porte nas licitaes pblicas?A Lei Complementar (LC) n 123/2006, que trata do Estatuto Nacional da Microempresa (ME) e da Empresa de Pequeno Porte (EPP), estabeleceu um tratamento diferenciado para tais empresas, inclusive quando forem participantes de procedimentos licitatrios.De acordo com o art. 42 da citada lei, a comprovao de regularidade fiscal das ME e EPP somente ser exigida para efeito de assinatura do contrato. Mesmo que a documentao apresente alguma restrio, essas empresas, por ocasio da participao no certame, devero apresentar toda a documentao comprobatria de regularidade fiscal. importantenotar que isso no significa que elas no devam apresentar a documentao fiscal durante o procedimento competitivo. Na prtica, caso venha a vencer a licitao e haja restrio na comprovao de sua regularidade fiscal, a ME ou EPP ter 2 dias teis, a partir do momento em que tenha sido declarada vencedora, prorrogveis por igual perodo, a critrio da Administrao, para a regularizao da documentao, pagamento ou parcelamento do dbito, e emisso de eventuais certides negativas ou positivas com efeito de certido negativa, de acordo com o 1, do art. 43 da Lei Complementar n 123/2006.25. Caso a ME ou EPP no providencie a regularizao da documentao, qual o procedimento a ser tomado pela Administrao?A falta de regularizao da documentao da empresa vencedora no prazo previsto implicar a decadncia do direito contratao, sem prejuzo das sanes legalmente previstas, sendo facultado Administrao convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificao, para a assinatura do contrato, ou, ainda, revogar a licitao, de acordo com o disposto no 2, do art. 43 da LC n 123/2006.26. Quais as definies de homologao e de adjudicao?A homologao significa a aprovao dos atos praticados e o consequente reconhecimento da licitude do procedimento pela autoridade responsvel. Se o procedimento estiver em ordem, ser homologado. nesse instante que a responsabilidade pelos fatos ocorridos no decorrer do procedimento passa a ser compartilhada pelo gestor.J a adjudicao o ato pelo qual a Administrao, atravs da autoridade competente, atribui o objeto da licitao ao vencedor do certame. o ato final do procedimento. No se confunde com a celebrao do contrato. Aps praticada a adjudicao que a Administrao vai convocar o vencedor do certame para a assinatura do contrato.Ambas so compulsrias, excetuando-se os casos que demandem revogao ou anulao do procedimento licitatrio.Em todas as modalidades licitatrias, com exceo do prego, adjudicao de competncia da autoridade e deve ser realizada aps a homologao.27. Quais so os limites de prazo de validade das propostas?De acordo com o artigo 6 da Lei 10.520 de 2002, o prazo de validade das propostas ser de 60 (sessenta) dias, se outro no estiver fixado no edital. Portanto, de acordo com essa permisso legal, possvel no apenas fixar no edital um prazo maior ou menor do que o legal, uma vez que "a validade das propostas matria referida preponderantemente ao interesse privado" (Justen Filho, Maral in Comentrios Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, 8 edio, pg. 547 citado no Acrdo 1404/2004 Plenrio do TCU, Voto do Ministro Relator), mas tambm prorrog-lo, conforme expressa orientao do Tribunal de Contas da Unio ao alertar que "se, por motivo de fora maior, a adjudicao no puder ocorrer dentro do perodo de validade da proposta vencedora, e caso persista o interesse no objeto licitado, a Administrao poder solicitar prorrogao dessa validade", desde que haja expressa e documentada aceitao expressa do licitante (Tribunal de Contas da Unio. Licitaes e contratos: orientaes e jurisprudncia do TCU, 4. ed. rev., atual. e ampl. Braslia: TCU, SecretariaGeral da Presidncia: Senado Federal, Secretaria Especial de Editorao e Publicaes, 2010, p. 475).28. A licitante 1 classificada da licitao apresentou preo proposto muito abaixo da referncia, como farei a anlise da exequibilidade dos preos?A anlise de exequibilidade no dever estar fundamentada em conceitos subjetivos, mas em avaliao tcnica do detalhamento da composio dos preos unitrios que integram a proposta. Recomenda-se que o pregoeiro solicite a composio de preos para anlise observando especialmente os itens elencados a seguipiso da categoria, encargos sociais, despesas decorrentes de obrigaes estabelecidas em acordo coletivo, transporte, insumos variados, administrao central, taxas e impostos. A disperso entre os valores das propostas dever ser item relevante na anlise de contexto. A pesquisa de preos negociados em outras licitaes poder ser visualizada no cadastro de preges do stio www.pregao.sp.gov.br e o comportamento dos preos praticados pela empresa em outros contratos formalizados com demais rgos e entidades do Estado podero ser encontrado no cadastro de servios terceirizados - www.terceirizados.sp.gov.br (acesso somente para servidores pblicos).29. Como composta a Comisso de Licitao?A Lei n 8.666/1993 estabelece nmero mnimo de membros para a comisso. Contudo, no h nmero mximo. A pluralidade de membros, segundo Maral Justen Filho, visa a reduzir a arbitrariedade e os juzos subjetivos.O nmero mnimo de membros de uma comisso de licitao definido pela Lei n 8.666/1993 de trs, sendo pelo menos dois deles servidores pertencentes aos quadros permanentes do rgo realizador da licitao. Nos casos de convite, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exiguidade de pessoal disponvel, a comisso de licitao poder ser substituda por servidor formalmente designado pela autoridade competente.No caso do prego, a licitao ser conduzida pelo pregoeiro, devidamente capacitado, designado pela Administrao, com o auxlio de equipe de apoio.Sobre a condio pessoal dos membros da comisso, como regra, devero ser agentes pblicos, integrados na estrutura da Administrao Pblica.30. necessrio possuir habilitao especfica para compor comisso de licitao?O 2 do art. 51 da Lei n 8.666/1993 estabelece que a Comisso encarregada de julgar os pedidos de inscrio, alterao ou cancelamento de registro cadastral, no caso de obras, servios ou aquisio de equipamentos, dever ser integrada por profissionais legalmente habilitados. Maral Justen Filho entende que esta regra deve ser interpretada de forma ampliada.De fato, a absoluta ausncia de capacitao tcnica dos membros da comisso quando o objeto licitado envolver requisitos especficos ou especiais no desejvel ou mesmo concebvel. Ainda quando os membros da comisso no necessitem ser especialistas, necessrio que detenham conhecimentos compatveis com as regras e exigncias previstas no ato convocatrio.31. H responsabilidade solidria dos membros da comisso?Sim. Os membros das comisses de licitao respondero solidariamente por todos os atos praticados pela Comisso, salvo se posio individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunio em que tiver sido tomada a deciso.Portanto, a lei determina que a discordncia conste de ata. Segundo Maral Justen Filho, dependendo da gravidade do vcio, a mera ressalva na ata no suficiente. Caso o vcio caracterizar ilcito administrativo ou penal, o agente ter o dever de adotar outras providncias, inclusive levando-o ao conhecimento das autoridades competentes. Havendo recusa da maioria em inserir a ressalva no corpo da ata, o agente dever comunicar a ocorrncia s autoridades superiores.32. Quais so as caractersticas pessoais fundamentais para ser pregoeiro?Diferentemente da comisso de licitao a responsabilidade do pregoeiro solitria. A legislao no estabelece caractersticas pessoais como condio para o exerccio da funo de pregoeiro. Entretanto, Maral Justen Filho didtico quando escreve: " ... a atividade de pregoeiro exige algumas habilidades prprias e especficas. A conduo do certame, especialmente na fase de lances, demanda personalidade extrovertida, conhecimento jurdico e tcnico razoveis, raciocnio gil e esprito esclarecido. O pregoeiro no desempenha mera funo passiva (abertura de propostas, exame de documentos, etc.), mas lhe cabe inclusive fomentar a competio - o que significa desenvoltura e ausncia de timidez. Nem todas as pessoas fsicas dispem de tais caractersticas, que se configuram como uma questo de personalidade muito mais do que de treinamento. Constituir-se-, ento, em dever da autoridade superior verificar se o agente preenche esses requisitos para promover sua indicao como pregoeiro." (Em "Prego (Comentrios Legislao do Prego Comum e Eletrnico)"33. Quais so as principais atribuies do pregoeiro?Nos termos do artigo 6 do Decreto n 47.297/1990 e artigo 9 da Resoluo CEGP-10/2002, so atribuies do pregoeiro:a) a coordenao dos trabalhos da equipe de apoio e a conduo do procedimento licitatrio;b) o credenciamento dos interessados;c) o recebimento da declarao dos licitantes do pleno atendimento aos requisitos de habilitao, bem como dos envelopes contendo as propostas e os documentos de habilitao;d) a abertura dos envelopes-proposta, a anlise e desclassificao das propostas que no atenderem s especificaes do objeto ou as condies e prazos de execuo ou fornecimento fixadas no edital;e) a ordenao das propostas no desclassificadas e a seleo dos licitantes que participaro da fase de lances;f) a classificao das ofertas, conjugadas as propostas e os lances;g) a negociao do preo, visando sua reduo;h) a verificao e a deciso motivada a respeito da aceitabilidade do menor preo;i) a anlise dos documentos de habilitao do autor da oferta de melhor preo;j) a adjudicao do objeto ao licitante vencedor, se no tiver havido manifestao de recorrer por parte de algum licitante;l) a elaborao da ata da sesso pblica;m) a anlise dos recursos eventualmente apresentados, reconsiderando o ato impugnado ou promovendo o encaminhamento do processo instrudo com a sua manifestao deciso da autoridade competente;n) propor autoridade competente a homologao, anulao ou revogao do procedimento licitatrio.34. O que significam licitao deserta e licitao fracassada?Temos uma licitao deserta quando, aps a devida divulgao e convocao de interessados, nenhum deles se apresenta para a disputa. Consoante o inciso V do art. 24 da Lei n 8.666/93, a licitao deserta pode ensejar uma dispensa, desde que: de forma fundamentada e motivada, seja demonstrado, nos autos do procedimento, que a realizao de uma nova licitao poder causar prejuzos Administrao Pblica; e sejam mantidas as condies constantes do instrumento convocatrio.No existe limite de valor do contrato para que se decida pela contratao direta em razo de licitao deserta.A licitao fracassada acontece quando aparecem interessados, mas nenhum selecionado devido inabilitao ou desclassificao das propostas. Ao contrrio da licitao deserta, a licitao fracassada no hiptese de licitao dispensvel. Neste caso, aplica-se o disposto no 3 do art. 48 da Lei n 8.666/1993:" 3 Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administrao poder fixar aos licitantes o prazo de oito dias teis para a apresentao de nova documentao ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a reduo deste prazo para trs dias teis."Interessante observar que quando as propostas apresentadas consignarem preos manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatveis com os fixados pelos rgos oficiais competentes, haver a concesso de prazo para apresentao de nova documentao ou de outras propostas. Caso persista a situao, seradmitida a adjudicao direta dos bens ou servios, por valor no superior ao constante do registro de preos, ou dos servios.35. O que so contratos administrativos?Segundo a Lei de Licitaes (8.666/93), art. 2, pargrafo nico, contrato administrativo todo e qualquer ajuste entre rgos ou entidades da Administrao Pblica e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formao de vnculo e a estipulao de obrigaes recprocas.Apesar da denominao de contrato, nos contratos administrativos no prevalece o princpio da autonomia das vontades dos contratos em geral. Nos contratos administrativos existem as chamadas clusulas exorbitantes, que so prerrogativas que o Poder Pblico detm perante o particular que com ele contrata. Esta uma caracterstica marcante dos contratos administrativos, alm da presena da Administrao Pblica como uma das partes da relao contratual.36. Quais so as situaes em que os contratos so facultativos ou obrigatrios?O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e de tomada de preos, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitao, e facultativo nos demais em que a Administrao puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio, observadas as disposies da lei quanto s clusulas necessrias aos contratos. dispensvel o "termo de contrato" e facultada a substituio citada acima, a critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata (at 30 dias da proposta) e integral dos bens adquiridos, dos quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica.37. O que reajuste de preos?O reajuste de preos a alterao de valores pactuados em um contrato decorrente da previsvel perda de valor da moeda. Isto ocorre devido a variaes inflacionrias que podem ocorrer no perodo de vigncia de um contrato. Se houver a previso de ndices especficos no termo de contrato para reajustamento, tal alterao poder ser executada por simples apostilamento, sem a necessidade de celebrao de termos aditivos, de acordo com o disposto no art. 65, 8, da Lei n 8.666/1993.O reajustamento dos contratos administrativos firmados pela Administrao Pblica direta ou indireta da Unio, Estados, do Distrito Federal e dos Municpios somente poder ser realizado em periodicidade igual ou superior a um ano, contado a partir da data limite para apresentao da proposta ou do oramento a que essa se referir, de acordo com a Lei n 10.192/2001, que disps sobre medidas complementares ao Plano Real.38. Quando indicado o gestor de contrato?Em tese o gestor do contrato indicado no momento da assinatura do contrato. No entanto, durante o desenvolvimento de um projeto para contratao de servio recomendvel que os interessados sejam envolvidos na contratao, inclusive o futuro gestor do contrato.

"Decreto n 43.857, de 11.02.98.Artigo 10 - Os rgos e entidades da Administrao designaro formalmente um gestor para cada contrato, que ser responsvel pelo controle e fiscalizao do fornecimento de materiais e execuo dos servios, inclusive pela regularidade da documentao pertinente, visando garantir o cumprimento das disposies contratuais."38. Quais so as atribuies do gestor de contratos?O gestor o servidor pblico que foi formalmente designado pela autoridade competente para gerenciar a execuo de um contrato especfico. A responsabilidade da gesto contratual do gestor, mas no caso de contratos com a execuo descentralizada, os fiscais (preferencialmente orientados com procedimentos, check list, manuais) podem dar apoio ao gestor.O gestor do contrato tem a responsabilidade de fiscalizar o contrato, fazendo cumprir o estabelecido na legislao, na especificao tcnica do edital e nas obrigaes contratuais tambm constantes do edital, inclusive as clusulas de medio e pagamento, rigorosamente descritas no instrumento contratual.Ressaltamos que o gestor do contrato no aplica sanes de impedimento de contratar, mas prope para a autoridade competente a abertura do devido processo para aplicao da mesma.40. A prorrogao de um contrato deve ser entendida como uma nova contratao?No. A prorrogao de um contrato a mera extenso de seu prazo, mantidas as condies do ajuste inicial, no configurando "nova contratao" (Parecer PA n 157/2009).41. A prorrogao de qualquer contrato de servio contnuo deve, necessariamente, ser submetida apreciao da Consultoria Jurdica da Pasta?Sim, as minutas dos termos aditivos de prorrogao devem ser submetidas Consultoria Jurdica, nos termos do artigo 38, pargrafo nico, da Lei n 8.666/1993 (Parecer PA n 157/2009).42. A administrao pblica pode prorrogar contrato de servio contnuo com empresa apenada?No, na medida em que ausente uma condio de habilitao implcita, no pode a Administrao prorrogar contrato de servio contnuo com empresa que esteja cumprindo pena de impedimento de licitar e contratar com o Estado (Parecer PA n 157/2009).43. Um contrato prorrogado com empresa na condio de impedida de licitar e contratar, seria cabvel de nulidade?Sim, em tese cabvel a nulidade de contrato firmado com empresa impedida de licitar e contratar com o Estado, mas a questo deve ser sopesada caso a caso, atentando-se para o disposto no inciso II do artigo 10 da Lei n 10.177/98 (Parecer PA n 157/2009).44. Em sendo apenada a matriz de uma determinada empresa contratada pela Administrao, haveria extenso da penalidade para suas filiais?Sim, em termos. No se pode propriamente falar em extenso de penalidade. O que ocorre que, na medida em que matriz e filial constituem uma nica pessoa jurdica, a pena imposta empresa e no matriz ou filial, consideradas isoladamente. (Parecer PA n 157/2009).........."16. No que se refere aplicao das penalidades administrativas, no entanto, deve ser considerada a empresa, composta por todas as suas unidades. Em conseqncia, pena administrativa cominada matriz, impede a participao das filiais e vice-versa".45. Qual a abrangncia dos efeitos das sanes administrativas previstas no artigo 87, incisos III e IV, da Lei 8.666/1993, e no artigo 7 da Lei federal n 10.520/2002, e quem detm a competncia para aplic-las?Nos termos do parecer GPG-008, aprovado pelo Procurador Geral do Estado, em 15/06/2004, s fls.136 do processo PGE n 0150/2004, a orientao jurdica vigente a respeito das competncias para aplicao das sanes administrativas previstas no artigo 87, incisos III e IV, da Lei n 8.666/1993 e no artigo 7 da Lei n 10.520/2002, bem assim, a abrangncia de seus efeitos, podem ser resumidos nos seguintes tpicos:a) a aplicao da sano de inidoneidade no mbito do Estado de So Paulo compete aos Secretrios de Estado, nos moldes de previso inserida no artigo 87, inciso IV, 3, da Lei federal n 8.666/93, sem prejuzo da competncia do Governador, dirigente mximo da Administrao (parecer PA-3 n 239/2000, por cpia s fls. 43/57).b) os dirigentes de entidades da Administrao Indireta no tm competncia para aplicar a sano de declarao de inidoneidade, os quais devero, se apurada falta que a justifique, encaminhar o assunto para deciso secretarial (parecer PA-3 n 69/1995, por cpia s fls. 8/22).c) a sano de declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administrao Pblica, uma vez cominada por Secretrio de Estado, deve ser observada por todos os rgos e entidades da Administrao Pblica do Estado de So Paulo (parecer PA n 315/2003, por cpia s fls. 23/42).d) a sano de suspenso temporria de participao em licitao e impedimento de contratar com a Administrao, prevista no inciso III do artigo 87 da Lei n 8.666/1993, aplicada pela autoridade competente mediante devido processo legal, gera efeitos sobre todos os rgos e entidades da Administrao Pblica do Estado.e) a sano de impedimento de licitar e contratar com o Estado, estabelecida no artigo 7 da Lei federal n 10.520/2002, de competncia do Governador, passvel de delegao, e alcana os rgos e entidades da Administrao Pblica estadual, direta e indireta. (OBS: Competncia delegada aos Secretrios de Estado, por meio do Decreto n 48.825, de 23/07/2004).46. Qual o momento da sesso pblica em que o Pregoeiro dever consultar o stio eletrnico "sancoes.sp.gov.br"?Os efeitos das sanes registradas no stio eletrnico " sancoes.sp.gov.br " consistem na impossibilidade de licitante ou contratada participar de licitaes e de contratar com qualquer rgo ou entidade da Administrao Pblica estadual. Portanto, para que esses efeitos alcancem, efetivamente, os seus objetivos, a consulta ao stio eletrnico retro citado deve ser efetuada no momento em que os interessados se apresentam formalmente para participar do certame, ou seja, no ato de credenciamento, primeira etapa da sesso pblica. Nessa ocasio, se constatada a existncia de sanes, a pessoa apenada dever, desde logo, ser alijada do certame, registrando-se na respectiva ata da sesso, as razes de seu no credenciamento. Posteriormente, quando a sesso se estende por outros dias ou remarcada para outra data, nova consulta deve ser efetuada, bem assim, previamente contratao.47. O procedimento que visa apurao da irregularidade e, eventualmente, aplicao de sano, deve ser previamente submetido ao rgo jurdico da Administrao?Sim. Considerando que os efeitos da sano so abrangentes, impeditivos da participao em licitao e de ser contratado pela Administrao direta e indireta estadual; que a medida punitiva s estar legitimada se precedida do devido processo legal; que o rgo jurdico tecnicamente habilitado para verificar a regularidade do procedimento e a manifestao do rgo jurdico d respaldo ao ato da autoridade; que a Lei n 8.666, de 21/06/1993, aplicvel subsidiariamente s disposies da Lei n 10.520, de 17/07/2002, omissa a respeito, como tambm as Instrues para Aplicao de Sanes Administrativas a Licitantes e Contratados, aprovadas pela Resoluo CC-52, de 19/07/2005; que a Lei 10.177, de 30/12/1998 dispe especificamente sobre procedimento sancionatrio e determina a oitiva do rgo jurdico (art. 63, inc. VI) e, por fim, que eventual demora decorrente do cumprimento de disposies legais, em nada prejudica o andamento do procedimento licitatrio e de eventual contratao, parece-nos que a prvia oitiva do rgo jurdico de rigor.48. Qual critrio deve a autoridade competente utilizar para definir qual sano ser aplicada?Inexiste critrio preestabelecido que possa ser utilizado para a definio da sano cabvel em cada caso. A motivao do ato que legitima a deciso da autoridade. Essa motivao obtida mediante o procedimento apuratrio da irregularidade - " devido processo legal ". No relatrio final dessa apurao, o servidor (ou a comisso) designado para presidi-la dever considerar o comportamento do contratado, a natureza e a gravidade do ato ou da omisso, os danos causados ao servio pblico, etc. Apuradas essas circunstncias, sem prejuzo de outras que se entenda pertinente em cada caso, e sempre garantido ao acusado o exerccio do direito de defesa, o servidor incumbido da apurao sugerir a sano cabvel e a sua gradao, com base no cotejo (confronto, comparao) entre os fatos apurados e as razes de defesa, se apresentadas. Por oportuno, anota-se que, em face do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, se comprovados o fato e a autoria, a absolvio s poder ocorrer em face de fora maior, caso fortuito ou motivo legalmente justificvel, como prev o item 5.4 das " Instrues para Aplicao de Sanes Administrativas a Licitantes e Contratados ". Assim, comprovados o fato (a ilicitude) e a autoria (o responsvel por sua ocorrncia), autoridade caber, to somente, a gradao da penalidade a ser imposta em face das circunstncias apuradas.49. As "Instrues para Aplicao de Sanes Administrativas a Licitantes e Contratados", aprovadas pela Resoluo CC-52, de 19/07/2005, garantem o exerccio do direito constitucional ampla defesa e ao contraditrio?Sim. Essas " Instrues .... " contm o detalhamento do " devido processo legal" decorrente das disposies da Lei n 8.666, de 21/06/1993 (notadamente, as dos artigos 87, 88 e 109), e da Lei n 10.520, de 17/07/2002 (especialmente, a do inciso XVIII do artigo 4 c.c. os artigos 7 e 9).50. Qual a amplitude dos efeitos da penalidade de suspenso temporria para licitar ou contratar com a Administrao, prevista no inciso III do art. 87 da Lei 8.666/1993?Os efeitos da sano administrativa de suspenso temporria de participao em licitao e impedimento de contratar, aplicada pela autoridade competente e precedida do devido processo legal, abrange rgos e entidades da Administrao Pblica estadual, assim como os rgos administrativos dos Poderes Legislativo e Judicirio. Essa abrangncia decorre da interpretao teleolgica do artigo 87 da Lei n 8.666, de 1993, resumidamente, exposta pelo Superior Tribunal de Justia - STJ, no julgamento do Recurso Especial 151.567 - RJ " ... a Administrao Pblica una, sendo descentralizadas as suas funes, para melhor atender ao bem comum, e a limitao dos efeitos da 'suspenso de participao de licitao' no pode ficar restrita a um rgo do poder pblico, pois os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administrao se estendem a qualquer rgo da Administrao Pblica ".51. O que o CADIN ESTADUAL?O CADIN ESTADUAL foi institudo pela Lei Estadual n 12.799/2008 e regulamentado pelo Decreto n 53.455/2008. Trata-se de um cadastro no qual rgos e entidades da Administrao direta e indireta incluem pessoas fsicas e jurdicas que:. sejam responsveis por obrigaes pecunirias vencidas e no pagas, em relao a rgos e entidades da Administrao direta e indireta, includas as empresas controladas pelo Estado; ou. no tenham prestado contas exigveis em razo de disposio legal, clusula de convnio, acordo ou contrato, ou que as tenham tido como rejeitadas.52. O devedor ser comunicado que possui pendncias passveis de registro antes de ser includo no CADIN ESTADUAL?Antes de ser efetuada a incluso no CADIN ESTADUAL, o devedor receber um Comunicado em seu endereo, informando as pendncias passveis de registro que possui e um prazo para a regularizao da situao.53. Recebido o Comunicado, qual o prazo para a regularizao da situao?O prazo para a regularizao da pendncia ser de 90 dias, contados a partir da data de expedio do Comunicado. O devedor regularizar sua situao seguindo as instrues presentes no Comunicado. Ser efetuado registro no CADIN ESTADUAL caso a pendncia no seja regularizada no prazo.

54. O que acontece caso no seja efetuada a regularizao dentro do prazo de 90 (noventa) dias?O devedor, pessoa fsica ou jurdica, ser includo no CADIN ESTADUAL.

55. Quais as consequncias para o devedor que foi includo no CADIN ESTADUAL?Ficar impedido de realizar os seguintes atos:- celebrao de convnios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o desembolso, a qualquer ttulo, de recursos financeiros.- repasses de valores de convnios ou pagamentos referentes a contratos.- concesso de auxlios e subvenes.- concesso de incentivos fiscais e financeiros.- liberao de crditos oriundos do Projeto da Nota Fiscal Paulista.

56. Quais pendncias estaduais podem ser includas no CADIN ESTADUAL?Qualquer pendncia com a Administrao Pblica Estadual, direta ou indireta, includas as empresas controladas pelo Estado no importando a sua natureza. Podemos citar alguns exemplos: ICMS, IPVA e Multas de trnsito.57. Como posso obter mais informaes referentes ao CADIN ESTADUAL?Para obter mais informaes a respeito do CADIN ESTADUAL, acesse o sitehttp://www.fazenda.sp.gov.br/cadin_estadual ou ligue para0800-170110.