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Diagnstico Clnico das Linfonodopatias do PescooJuvencio Jos Duailibe FurtadoFaculdade de Medicina do ABC-SPHospital Helipolis-SPCelso Alessandro de AndradeHospital Helipolis-SPHospital Estadual Mario Covas-SP
Linfonodopatias do PescooViso Anatmica do PescooFurtado JJD. em Carvalho MB, Tratado de Cir. Cabea e Pescoo. Atheneu SP 2001
Distribuio anatmica dos linfonodosLinfonodopatias do Pescoo
Ndulo cervical: sinal mais freqente de doena na regio da cabea e pescoo;
Pode estar presente em qualquer faixa etria;
Importncia: diferenciao entre doena benigna ou maligna.Linfonodopatias do Pescoo
Doenas que se manifestam como tumor no pescooDoena neoplsica primria:
Glndulas salivaresGlndula tireide e paratireideLeiomioma / sarcomaNeoplasia de nervos perifricosLinfomasHemangiomasNeoplasias sseasNeoplasias cartilaginosas
Doena neoplsica secundria:
Metstases para linfonodos do pescoo
Stabenow E Diag. Difer. Tumores do Pesc.Linfonodopatias do Pescoo
Doenas que se manifestam como tumor no pescooDoena inflamatria infecciosa:
VirticaBacterianaGranulomatosaDoena inflamatria no infecciosa:
Linfadenopatia inespecficaTireoiditesSialoadenite calculosa
Stabenow E Diag. Difer. Tumores do Pesc.Linfonodopatias do Pescoo
Doenas que se manifestam como tumor no pescooDoena no neoplsica e no inflamatria congnita:
Cisto tireoglossoTireide ectpicaCisto branquialLinfangiomaTeratomaDoena no neoplsica e no inflamatria traumtica:
HematomaEdema
Stabenow E Diag. Difer. Tumores do Pesc.Linfonodopatias do Pescoo
Linfonodopatias do PescooClassificao histopatolgica Brook I, Frasier EH. Microbiology of cervical lymphadenitis in adults. Acta Otoryngol. 118, 1998
TipoAgente InfecciosoInflamao inespecfica com ou sem abscessoBactrias piognicasDoena de KawasakiInflamao granulomatosa sem necrose
Abscesso circundado por clulas epiteliides em paliada Hiperplasia folicular com grupamentos de histicitos epiteliais e com caractersticas germinativas prprias
Doena da arranhadura do gatoSarcoidose
ToxoplasmoseCom necrose caseosaInfeces por micobactrias e fungosCom necrose no-caseosaTularemiaInfeces por Yersinia sp
Parmetros de avaliao clnica:
Idade do paciente;Tempo de aparecimento;Localizao;Origem: linfonodal ou no-linfonodal.Linfonodopatias do Pescoo
IdadeTempo de aparecimentoAnos: Congnito;Meses: Neoplsico;Dias ou semanas: Inflamatrio ou Infeccioso.
Linfonodopatias do PescooCarvalho MB, Tratado de Cir. Cabea e Pescoo. Atheneu SP 2001
0 15 anos16 40 anos mais de 40 anosInflamatriosInflamatriosNeoplasias benignas/malgnasMal formaes congnitasMal formaes congnitasInflamatriosNeoplasias benignas/malignasNeoplasias benignas/malignasMal formaes congnitas
Histria clnica completa;Exame clnico geral e especfico;Exames sorolgicos;Exames endoscpicos;Exames de imagem;PAAF;Bipsia.Linfonodopatias do PescooConduta Clnica
Virticas - Mononucleose (EBV, CMV), vrus respiratrios superiores (adenovrus, influenza), HIV, rubolaBacteriana - Streptococcus, Staphylococcus, Salmonella, Brucella, Listeria, doena da arranhadura do gatoFngica - histoplasmose, paracoccidioidomicoseMicobactrias - tuberculose, hansenaseClamdias - linfogranuloma venreo, tracomaEspiroquetas - sfilis, leptospiroseParasitas - toxoplasmose
Hematolgica - LNH, LH, LLC, LLA, LMC, LMA, MW, distrbios histiocticosMetasttica - mama, trato gastrintestinal, cabea e pescoo, pulmo, prstata, testculo, melanoma, sarcomaInflamatrias artrite reumatide, lupus eritematoso sistmico, sndrome de Sjgren, dermatomiositeOutras - sarcoidoseLinfonodopatias do PescooDiagnstico diferencial
Linfonodopatias do PescooCausas de linfonodopatias cervicaisInternational Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (2007) 71, 5156
Linfonodopatias do PescooCausas de linfonodopatias cervicaisInternational Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (2007) 71, 5156
Linfonodopatias do PescooAbordagem diagnstica das linfonodopatias do pescooElaine Stabenow e Pedro Michaluart Jr.
Linfonodopatias do PescooAbordagem diagnstica das linfonodopatias do pescoo
Famlia: Herpesviridae
Sub-famlia: AlphaherpesvirinaeSimplexvirus: HHV-1 (HSV-1), HHV-2 (HSV-2)Varicellovirus: HHV-3 (VZV)
Sub-famlia: BetaherpesvirinaeCytomegalovirus: HHV-5 (CMV)Roseolovirus: HHV-6, HHV-7
Sub-famlia: GammaherpesvirinaeLymphocryptovirus: HHV-4 (EBV)Rhadinovirus: HHV-8 (KSV)Linfonodopatias do Pescoo
Mononucleose InfecciosaHenri de Toulouse-Lautrec uma doena aguda, geralmente benigna e autolimitada, causada pelo vrus de Epstein-Barr.Tem como manifestaes mais importantes: febre, faringite, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia e linfocitose com clulas mononucleares atpicas.Linfonodopatias do Pescoo
Clnicas febre, dor de garganta, linfonodomegaliaHematolgicas mais de 50% de clulas mononucleares e mais de 10% de linfcitos atpicos.Sorolgicas anticorpos heterfilos e anticorpos especficos ao VEB.Manifestaes clinicas e laboratoriaisMononucleose Infecciosa
Diagnstico
Hematolgico linfocitose 70%atipia linfocitria 10-30%neutropenia 60-90%trombocitopenia 50%Sorolgico anticorpos heterfilos anticorpos capsularesIgM VCAIgG VCAOutros aumento de AST, ALT, DHL 90% aumento de FA 60% aumento discreto de BT 45%Mononucleose Infecciosa
Sndromes Associadas ao VEB
Sndrome ps-perfuso Febre, esplenomegalia e linfcitos atpicosHepatomegalia, testes de funo heptica anormais, faringite e linfonodomegalias3 a 7 semanas aps cirurgia, com transfuso de grandes quantidades de sangue fresco
Linfoma de Burkitt e Carcinoma Nasofarngeo
Sndrome de ReyeEncefalopatia e degenerao gordurosa das vscerasMononucleose Infecciosa
CitomegaloviroseLinfonodopatias do PescooAgente Etiolgico: Citomegalovrus (herpesvrus)
Formas de transmisso: parenteralmaterno-fetal sexualtransplante de rgosManifestaes clnico - laboratoriais: febre hepatoesplenomegalia linfonodomegalia atipia linfocitria linfocitose, aumento de transaminases adinamia e tosse no produtiva
Diagnstico especfico Antigenemia em sangue total Pesquisa de avidez de IgG em soro Isolamento por Shell Vial em vrios materiais Deteco do RNA por PCR ou NASBA em vrios materiais Quantificao no plasma por PCR em tempo real Exame imunohistoqumico em material de bipsia ou resseco cirrgicaCitomegaloviroseTratamento: Quando indicado, usar Ganciclovir, Ac. Fosfonofrmico ou cidofovir
Toxoplasmose Linfonodopatias do Pescoo Doena infecciosa com agente etiolgico o Toxoplasma gondii Apresenta manifestaes clnicas da sindrome mono like Tem como apresentao clnica principal a forma linfoglandular
Toxoplasmose Epidemiologia e PrevalnciaGlobalEUA: 40 a 70%. Frana: 96%.Alemanha: 70%Portugal: 60%
Sexo feminino - idade frtilEUA: 15%Frana: 70%America Latina: 51- 72%(Tender et al, 2000)
Infeco durante gestaoEUA: 6 2/1000Frana: 2 3/1000
Brasil: 50 a 80% BH: 59,4%; RJ: 79%; SP: 68% (Cunha, 1993; Kawazoe, 1995; Valcavi, 1995)
Uberlndia: 76, 9%(Borges AS, 1996)
Brasil: 1/500 a 1/ 3000 nascidos vivos Carvalheiro, et al 2000 Coutinho et al., 2000Linfonodopatias do Pescoo
Toxoplasmose - diagnsticoFonte: Laboratrio Fleury-SPLinfonodopatias do Pescoo
Sndrome retroviral aguda Linfadenopatia generalizada persistente Doena de Castleman Angiomatose bacilar Doena da aranhadura do gato Sarcoma de Kaposi Tuberculose/micobacteriose Linfomas Sarcoidose Infeco por Pneumocystis jirovecii Infeces fngicasLinfonodos e aids - Causas freqentes:Linfonodopatias do Pescoo
Sndrome Retroviral Aguda (HIV)
descrita em 1985 por Cooper e cols relaciona-se resposta imunolgica inicial manifestao clnica inicial do HIV tempo de durao de 10-15 dias primeiras semanas aps a infeco (1-6) sndrome mononucleose like
Diagnstico:
Positividade do RNA-HIV Positividade do ELISA-HIV 3 gerao Positividade do antgeno p24FebrelinfonodopatiaExantemaHepatoesplenomegaliaAtipia linfocitriaLinfonodopatias do Pescoo
Presena de linfonodos em 2 ou mais stios extra-inguinais com durao de 3-6 meses sem outra causa.Relaciona-se rpida infeco dos linfcitos CD4 aps a infeco inicial.50-70% dos infectados desenvolvem PGLCompromete linfonodos cervicais anteriores e posteriores, submandibulares, occipitais e axilaresMveis, fibroelsticos com 0,5-2,0 cm, frios e indoloresBipsia revela hiperplasia folicularPode aparecer leucoplasia pilosaDiferencial com sarcoidose, sfilis secundria e linfoma de HodgkinLinfonodopatias do PescooLinfonodopatia Generalizada Persistente (PGL)
Hiperplasia angioproliferativa dos linfonodos e outros tecidos linfides.
Envolve linfonodos, fgado, bao e outros rgos.
Etiologia desconhecida (herpesvrus tipo 8?).Doena de Castleman:Linfonodopatias do Pescoo
Agente etiolgico: Bartonella henselae (Rochalimae) Reservatrio: gato domstico (14-50% com anticorpos presentes)41% dos gatos com bacteremia assintomtica 99% dos pacientes relatam contato com animal (78% filhotes) Perodo de incubao: 3-10 diasDoena da Arranhadura do GatoLinfonodopatias do Pescoo Leso cutnea local (60-90%), ppula eritematosa (2-6 mm) Linfonodos aumentados (axilares, epitrocleares, submandibulares, cervicais e inguinais) Linfonodos firmes e dolorosos com eventual fistulizao
febre (32-60%) mal estar (29%) cefalia (13%) anorexia (14%) linfonodopatia (100%)
Doena da Arranhadura do GatoLinfonodopatias do Pescoo
Doena da Arranhadura do gatoLinfonodopatias do Pescoo
Linfadenite tuberculosaInfeco por Mycobacterium tuberculosis;Cadeia cervical anterior;Ndulos isolados;Consistncia fibroelstica ou amolecida;Podem apresentar sinais flogsticos;Podem apresentar processo de fibrose e cicatrizao e tornarem-se endurecidos;Avaliar corretamente a positividade da intadermorreao para tuberculoseLinfonodopatias do Pescoo
Tuberculose:Linfadenite caseosaLinfonodopatias do Pescoo
Linfonodopatias do PescooR.A.T., 25 anos, masculino, pardo, natural de Santo Andr (SP), radicado em Franco da Rocha (SP) h 20 anos, casado. Repositor de mercadorias em supermercadoCaroos no pescoo h cerca de um ms.
Bipsia de linfonodo cervical: processo granulomatoso.Iniciado tratamento com Rifampicina (RMP) + Isoniazida (INH) e Pirazinamida (PZA).Caso Clnico
Aps 2 meses, sem melhora, retirou-se a PZA e associou-se Etambutol (EMB), Estreptomicina (STM) e Prednisona 20 mg/dia. Nos 5 meses seguintes, houve discreta melhora das leses e retirou-se a STM (aps 75 doses), mantendo-se a terapia com RMP + INH + EMB e Prednisona. Aps 7 meses do incio da terapia, houve piora das linfonodopatias e o aparecimento de leso violcea na face, sendo aumentada a dose de Prednisona para 40 mg/dia e solicitada nova bipsia de linfonodo cervical. Resultado da bipsia: processo inflamatrio crnico. Linfonodopatias do PescooCaso Clnico
Mantida terapia: RMP + INH + EMB e prednisona (40 mg/dia).Aps 11 meses do incio do tratamento houve fistulizao de linfonodos (um cervical e um axilar), reaparecimento da febre (38C) e perda de peso de 9 Kg nesse perodo. Realizado a puno aspirativa do linfonodo, bipsia e anlise histolgicaLinfonodopatias do PescooCaso Clnico
Ambulatrio de lifonodosHOSPITAL HELIPOLIS
Procedncia dos pacientes Ambulatrio da cirurgia de cabea e pescoo;
Ambulatrios de especialidades clnicas e cirrgicas;
Servio de Pronto Atendimento;
Referncia e contra-referncia.Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodos
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodos
Grf1
0.383
0.617
Distribuio dos pacientes por gnero, 2010
Plan1
Masc.38.30%
Fem.61.70%
Plan1
Distribuio dos Pacientes por Genero, Hospital Helipolis, 2010
Plan2
Plan3
Grf1
0.609
0.391
Presena de queixas no momento da avaliao, 2010.
Plan1
Masc.38.30%
Fem.61.70%
Plan1
Distribuio dos Pacientes por Genero, Hospital Helipolis, 2010
Plan2
Emagrec.22.40%
Dor52.30%
Febre20.50%
Drenagem4.80%
Plan2
Plan3
Sim60.90%
No39.10%
Plan3
Presena de queixas no momento da avaliao, Hospital Helipolis, 2010.
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodosSinais e Sintomas presentes no momento da avaliao
Grf1
0.224
0.523
0.205
0.048
Fistulizao5%
Plan1
Masc.38.30%
Fem.61.70%
Plan1
Distribuio dos Pacientes por Genero, Hospital Helipolis, 2010
Plan2
Emagrec.22.40%
Dor52.30%
Febre20.50%
Drenagem4.80%
Plan2
Plan3
Grf1
0.736
0.264
Intradermorreao para tuberculose
Plan1
Masc.38.30%
Fem.61.70%
Plan1
Distribuio dos Pacientes por Genero, Hospital Helipolis, 2010
Plan2
Emagrec.22.40%
Dor52.30%
Febre20.50%
Drenagem4.80%
Plan2
Plan4
Realizado73.60%No reator47.40%
No realizado26.40%Reator52.60%
Plan4
Realizao do PPD
Plan3
Sim60.90%
No39.10%
Plan3
Presena de queixas no momento da avaliao, Hospital Helipolis, 2010.
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodos
Grf1
0.474
0.526
Resultado do Intradermoreao para tuberculose
Plan1
Masc.38.30%
Fem.61.70%
Plan1
Distribuio dos Pacientes por Genero, Hospital Helipolis, 2010
Plan2
Emagrec.22.40%
Dor52.30%
Febre20.50%
Drenagem4.80%
Plan2
Plan4
Realizado73.60%No reator47.40%
No realizado26.40%Reator52.60%
Plan4
Realizao do PPD
Plan3
Resultado do PPD
Sim60.90%
No39.10%
Presena de queixas no momento da avaliao, Hospital Helipolis, 2010.
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodosDiagnstico Geral32,8%24,2%35,7%3,0%
Grf1
77Das. Infec.Das. Infec.
57Das. Inflam.Das. Inflam.
84Sem Conf.Sem Conf.
7NeoplasiasNeoplasias
Srie 1
Colunas1
Colunas2
Plan1
Srie 1Colunas1Colunas2
Das. Infec.77
Das. Inflam.57
Sem Conf.84
Neoplasias7
Para redimensionar o intervalo de dados do grfico, arraste o canto inferior direito do intervalo.
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodosDiagnstico
Grf1
8
68
Doenas Infecciosas
Plan1
Doenas Infecciosas
HIV8
No HIV68
Para redimensionar o intervalo de dados do grfico, arraste o canto inferior direito do intervalo.
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodosDiagnstico Geral das Doenas Infecciosas
Grf1
10toxotoxo
27TBTB
3monomono
7cmvcmv
3paracocoparacoco
8sfilissfilis
8hivhiv
12outrosoutros
Colunas1
Colunas2
Colunas3
Plan1
Colunas1Colunas2Colunas3
toxo10
TB27
mono3
cmv7
paracoco3
sfilis8
hiv8
outros12
Linfonodopatias do PescooDepartamento de Infectologia: Ambulatrio de linfonodosResultados:
Nmero de pacientes avaliados entre 2007-2010: 235 24,4% dos pacientes realizaram puno aspirativa por agulha fina 40% dos casos tinham comprometimento de apenas uma cadeia de linfonodos 85,5% dos pacientes no foram submetidos a bipsia Somente 20,5% dos biopsiados tiveram diagnstico histolgico
Considerando apenas os casos com diagnstico confirmado (151), a porcentagem de doenas neoplsicas foi de 4,6%.
[email protected]@hotmail.com
((Estao da Luz-So Paulo-Brasil)
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