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LÍNGUA PORTUGUESA PROF.ª DINANCI SILVA PROF. JÚNIOR MAR ENSINO FUNDAMENTAL 7° ANO

LÍNGUA PORTUGUESA - centrodemidias.am.gov.br · Tempo de Infância Quando se é criança, o mundo é apenas um grande parque de diversões. E são essas as primeiras lembranças

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LÍNGUA PORTUGUESAPROF.ª DINANCI SILVAPROF. JÚNIOR MARENSINO FUNDAMENTAL

7° ANO

Unidade II

Cultura: a pluralidade na expressão humana

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CONTEÚDOS E HABILIDADES

Aula 14.2

Conteúdos

Textos literários: conceituação e contextualizaçãoTipos de narrador

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CONTEÚDOS E HABILIDADES

Habilidade

Identificar os elementos da narrativa dentro do gênero relato de memória.

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CONTEÚDOS E HABILIDADES

O que é um narrador?

É a voz que conta a história para nós.

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AULA

Tempo de Infância (Daniel Munduruku)

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AULA

Narrador personagem

Também chamado de narrador em primeira pessoa.Narra história da qual participa como personagem.É marcado textualmente por pronomes de primeira pessoa (eu, minha, nós, nosso) e verbos flexionados para a primeira pessoa.

Exemplos:

“E são essas as primeiras lembranças que trago em mim.” 7

AULA

“Lembro que, ainda bem pequeno, gostava de sair correndo atrás de meus irmãos e primos maiores.”

“Meus irmãos e eu andávamos sem paradeiro e sem destino. Íamos a todos os cantos que nos eram permitidos pelos adultos.”

“As maiores subiam com destreza e depois me ajudavam a subir também.”

“Passávamos horas ali.” 8

AULA

Narrador observador

Também chamado de narrador em terceira pessoa.Narra história da qual não participa como personagem.É marcado textualmente por pronomes de terceira pessoa (ele, seu, eles, suas) e verbos flexionados para a terceira pessoa.

Exemplo:

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AULA

Tempo de Infância Quando se é criança, o mundo é apenas um grande parque de diversões. E são essas as primeiras lembranças que Daniel traz de si.Recorda-se que, ainda bem pequeno, gostava de sair correndo atrás de seus irmãos e primos maiores. Era uma corrida sem finalidade. Corria-se por correr ou, apenas, para repetir os gestos dos calangos que dividiam com eles o espaço da aldeia. Seus irmãos e ele andavam sem paradeiro e sem destino. [...]

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AULA

Observe o primeiro parágrafo do relato de memória (Meu primeiro sutiã).

Eu contava então meus onze anos. E, apesar de ser mais e estar fisicamente mais desenvolvida do que minhas amigas, não tinha ainda atentado para isso. Alguma espinha de vez em quando, os pelos aparecendo em algumas artes do corpo, não os tinha eu levado a sério.

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AULA

Foi, então, numa tarde bem quente, que a turminha resolveu tomar banho na lagoa. Foi empolgação geral. Cada uma queria ser a primeira a chegar. Ouviam-se gritos alvoroçados e risadas. Coloquei meu desbotado biquíni de florzinhas. E percebi como o sutiã estava pequeno... Meus seios haviam brotado... E sem o meu consentimento!Todos os olhares se voltaram para meu corpo. Não ouvi cochichos nem risinhos, mas uma tensão surpresa enchia o ar, como se todos tivessem, de forma inaudível, dito “oh!”

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AULA

Toda sem jeito, as bochechas traidoras vermelhinhas, tentei ainda disfarçar, colocando cuidadosamente os longos cabelos a escorrer pelos ombros, cobrindo dessa forma o objeto da vergonha. E foi assim, o passo apertadinho para não desajeitar o cabelo, que eu fui a última a chegar na lagoa.

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AULA

Um presente especial Eu tinha apenas 7 anos. Lembro-me muito bem que o meu maior desejo era ter uma cachorrinha, pedia ao meu pai, dia e noite, Passado algum tempo, saímos para comprarmos o meu presente. Chegamos a um Pet shop, onde havia mil cachorrinhos lindos. Veio uma cachorrinha pretinha correndo em minha direção, com um olhar de sapeca! Não era a mais bela, mas foi a única que me encantou. Então tratei de convencer meu pai de que era a pretinha que eu queria, e, depois de muitas birras, ganhei-a, e ela foi comigo. 14

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

É difícil de alguém entender isso, mas aquela cachorra, a Katie, foi a minha maior alegria. Quando eu chorava, ela, como gesto de amizade, lambia as minhas lágrimas. Brincamos muito, passei praticamente a minha infância inteira fazendo travessuras, e ela foi a minha fiel companheira.Ela se foi… deixou-me recentemente. Posso dizer, com certeza, que ela foi e sempre será a criatura mais fiel e amiga que já tive.

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

1. Identifique o narrador-personagem identificando partes do texto.

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

Narrador observadorNarrador personagem

Textos narrativos

Narrador personagemNarrador observador

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AULA

FábulaEstória da cobra surucucu e do sapo tarô-bequê

Um dia a Surucucu se pôs a pensar na vida.Todo o mundo a acusava de ser venenosa. Só ela estava na terra para picar a gente, matar ou aleijar.A Surucucu sentia-se muito infeliz.

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AULA

Por isso foi à casa do sapo Tarô-bequê que, vendo-a triste, perguntou:— Que é que você tem? Por que está com essa cara?— Ora, eu estou triste porque, pensando na minha vida, vejo que só a mim acusam de ser venenosa e causar a morte de tanta gente destas terras.Tarô-bequê, com malícia, perguntou à cobra:— E não é verdade? E tu não és mesmo venenosa? A tua picada não mata a gente?

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AULA

Crônica

Pneu furadoO carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão bonita que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo: “Pode deixar”. Eu trocarei o pneu.

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AULA

- Você tem macaco? - Perguntou o homem.- Não – Respondeu a moça.- Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe?- Não - disse a moça.- Vamos usar o meu – Disse o homem.E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.

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AULA

- Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado.- É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.- Coisa estranha.- É uma compulsão. Sei lá.

Fonte: Luís Fernando Veríssimo. Livro: Pai não entende nada. L&PM, 1991).

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AULA

O Toco de LápisLá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos.Um era novo, bonito, com ponta muito bem-feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só restava um toco, de tanto ser apontado.O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e chamou:

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

– Ô, baixinho! Você, aí embaixo! Está me ouvindo?– Não precisa gritar – respondeu o toco de lápis. – Eu não sou surdo!– Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!O toquinho de lápis suspirou:– É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador...

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

O lápis novo continuou com a gozação:– Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!– Estou vendo, estou vendo... Mas, me diga uma coisa: Você sabe o que é uma poesia?– Poesia? Que negócio é esse?– Sabe o que é uma carta de amor?– Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis?

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

– Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição, composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto, ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis. E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu?O grandão, que era um lindo lápis preto, ficou vermelho de vergonha...

Pedro Bandeira

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

1. Após a leitura da história, aponte o narrador observador e narrador personagem com trechos retirados do texto. 2. Qual ensinamento essa história mostra? Justifique.

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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA

Tempo de Infância (Daniel Munduruku)

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RESUMO DO DIA

O que é um narrador?É a voz que conta a história para nós.

Tempo de Infância (Daniel Munduruku)

Quando se é criança, o mundo é apenas um grande parque de diversões. E são essas as primeiras lembranças que trago em mim,Lembro que, ainda bem pequeno, gostava de sair correndo atrás de meus irmãos e primos maiores. Era uma corrida sem finalidade.

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RESUMO DO DIA

Corria-se por correr ou, apenas, para repetir os gestos dos calangos que dividiam com a gente o espaço da aldeia. Meus irmãos e eu andávamos sem paradeiro e sem destino. Íamos a todos os cantos que nos eram permitidos pelos adultos. O igarapé era nosso principal objetivo, mas também tínhamos as árvores, enormes mangueiras que cresciam por toda a aldeia. As maiores subiam com destreza e depois me ajudavam a subir também. Passávamos horas ali, brincando de navegar nos galhos da velha árvore, comendo mangas com farinha de mandioca.[...]

Fonte: http://biaatividades.blogspot.com.br/2013/01/genero-textual-relato-de-memorias.html 30

RESUMO DO DIA

Narrador personagem

Também chamado de narrador em primeira pessoa.Narra história da qual participa como personagem.É marcado textualmente por pronomes de primeira pessoa (eu, minha, nós, nosso) e verbos flexionados para a primeira pessoa.Exemplos:

“E são essas as primeiras lembranças que trago em mim.”

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RESUMO DO DIA

“Lembro que, ainda bem pequeno, gostava de sair correndo atrás de meus irmãos e primos maiores.”

“Meus irmãos e eu andávamos sem paradeiro e sem destino. Íamos a todos os cantos que nos eram permitidos pelos adultos.”

“As maiores subiam com destreza e depois me ajudavam a subir também.”“Passávamos horas ali.”

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RESUMO DO DIA

Narrador observador

Também chamado de narrador em terceira pessoa.Narra história da qual não participa como personagem.É marcado textualmente por pronomes de terceira pessoa (ele, seu, eles, suas) e verbos flexionados para a terceira pessoa.

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RESUMO DO DIA

ExemploTempo de Infância

Quando se é criança, o mundo é apenas um grande parque de diversões. E são essas as primeiras lembranças que Daniel traz de si. Recorda-se que, ainda bem pequeno, gostava de sair correndo atrás de seus irmãos e primos maiores. Era uma corrida sem finalidade. Corria-se por correr ou, apenas, para repetir os gestos dos calangos que dividiam com eles o espaço da aldeia. Seus irmãos e ele andavam sem paradeiro e sem destino. [...]

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RESUMO DO DIA

Como você faz para lembrar de algo que lhe aconteceu: o melhor é guardar na memória ou escrever?

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DESAFIO DO DIA