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. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Linguagem coloquial e culta brasileira

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Linguagem coloquial e culta do Brasil; variação linguística.

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Page 2: Linguagem coloquial e culta brasileira

.

Apresentação inicial

Nenhuma língua é falada de maneira

uniforme pelos seus usuários: todas as

línguas sofrem muitas variações.

Nesta aula, nós veremos as as

variedades linguísticas

sociais, regionais e de registro.

Page 3: Linguagem coloquial e culta brasileira

Pergunta-desafio

Abestado

Alumiar

Aperrear

Jabá

Bocó

Relar

Você já ouviu estas palavras?

Você sabe o que elas significam?

Elas fazem parte da nossa Língua Portuguesa.

Em que região, elas aparecem com mais frequência?

Page 4: Linguagem coloquial e culta brasileira

O que você já sabe?

Questão 1

A reação do paciente, na cena 2, se deu porque:

a) ele estava muito mal.

b) foi usada a linguagem técnica desnecessariamente.

c) o médico disse que ele tinha poucos dias de vida.

d) o diagnóstico não era o esperado.

Page 5: Linguagem coloquial e culta brasileira

Questão 2

Aquela aula de filosofia foi complicada,

não saquei nada daquilo que o professor

falou.

A palavra em destaque, nesse

contexto, significa:

a)arrancar

b)retirar

c)jogar

d)compreender

Page 6: Linguagem coloquial e culta brasileira

Questão 3

Indique a frase que utiliza a linguagem

informal e contém gíria.

a)Durante a reunião houve reclamações

contra o atraso do pagamento dos

funcionários.

b)E aí mano? Estás a fim de encontrar

com uma mina hoje? A parada vai

bombar!

c) Solicitei-lhe algumas informações.

d)Ô xente! Ele feiz ocê madrugá!

Page 7: Linguagem coloquial e culta brasileira

Confira as respostas

Questão 1 b

Questão 2 d

Questão 3 b

Page 8: Linguagem coloquial e culta brasileira

MOMENTO DE REFLEXÃO

PEJA

A língua é viva.

Uma língua nunca é falada da mesma

forma, ela sofre constantes mudanças.

Ela está sempre sujeita a variações:

históricas, regionais, sociais etc.

Page 9: Linguagem coloquial e culta brasileira

MOMENTO DE REFLEXÃO

PEJA

Cada região do nosso querido Brasil

tem um jeito, um sotaque, uma

maneira peculiar de falar.

A essa grande variedade de falares

chamamos de variedades linguísticas

Page 10: Linguagem coloquial e culta brasileira

VARIAÇÃO HISTÓRICA

"De ponta a ponta é toda praia... muito chã e

muito fremosa. (...) Nela até agora não

pudemos saber que haja ouro nem prata...

porém a terra em si é de muitos bons ares

assim frios e temperados como os de Entre-

Doiro-e-Minho. Águas são muitas e infindas.

E em tal maneira é graciosa que, querendo-a

aproveitar dar-se-á nela tudo por bem das

águas que tem (...).”

A variação histórica acontece em um determinado período de

tempo e as mudanças podem ser de grafia ou de significado.

Vejamos um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha no

século XVI com suas impressões sobre a terra “descoberta”:

Como escreveria essa carta hoje?

Page 11: Linguagem coloquial e culta brasileira

VARIAÇÕES REGIONAIS

"(...)

Que importa que uns falem mole descansado

Que os cariocas arranhem os erres na garganta

Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?

Que tem se o quinhentos réis meridional

Vira cinco tostões do Rio pro Norte?

Junto formamos este assombro de misérias e

[grandezas],

Brasil, nome de vegetal! (...)" (Mário de Andrade. "Poesias completas". 6• ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)

O poema relembra as dimensões continentais do

Brasil e a diversidade do nosso povo.

Isso também reflete nas variações que nossa língua

assume nas diferentes regiões em que é falada.

Page 12: Linguagem coloquial e culta brasileira

Variedades linguísticas regionais

As regiões brasileiras são ricas em palavras

e expressões bem interessantes. Você já

ouviu algumas das palavras abaixo?

Abufelado - Chateado, com raiva.

Fuzuê - Tumulto

Vigi! - Por pouco, quase!

Desembestar - Correr bastante.

Balaio – cesto

Amuquecado - quieto,desanimado

Farol - sinal

Zueira- bagunça

Se avexe não!: Não se preocupe!

Azoretado: confuso Currutela: gentinha

Page 13: Linguagem coloquial e culta brasileira

1) Leia a charge abaixo com atenção! Qual a diferença

que pode ser notada na fala das personagens?

a) O homem dirigindo o carro tem uma fala típica de uma pessoa

da Região Sul.

b) O homem sentado na pedra fala errado.

c) O homem sentado na pedra tem uma fala típica de pessoas da

roça, do interior.

d) O homem que está dirigindo o carro não soube se expressar,

por isso não foi bem compreendido.

Page 14: Linguagem coloquial e culta brasileira

2) No segundo balão da charge, encontramos

palavras que foram escritas de acordo com as

características regionais da roça. Como seriam

escritas de acordo com o que aprendemos na

escola?

a) Doutor, mas, se, for, nós, fazer, para.

b) Doutor, mais, si, nós, fizer, para.

c) Doutor, mas, se, nois, fazer, pra.

d) Doutor, mais, se, nós, fazer, para.

Page 15: Linguagem coloquial e culta brasileira

3) No Norte do Paraná, as pessoas chamam a

correnteza do rio de corredeira. Quando a

corredeira está forte é perigoso passar pela

pinguela. Nesse contexto, a palavra destacada

em negrito se refere a:

a) uma ponte estreita feita de concreto.

b) uma ponte muito forte larga e comprida.

c) uma ponte muito estreita, feita geralmente, com

um tronco de árvore.

d) uma ponte muito usada para passagem de

carros.

Page 16: Linguagem coloquial e culta brasileira

VARIAÇÕES SOCIAIS OU CULTURAIS: JARGÕES

Essas variações estão diretamente ligadas

aos grupos sociais e também ao grau de

instrução de uma determinada pessoa.

O jargão é uma expressão ou palavra

comum para um grupo de profissionais.

Page 17: Linguagem coloquial e culta brasileira

Vamos ver o que você aprendeu até aqui?

Questão 4

Assinale a alternativa que apresenta o modo

de falar específico de um advogado:

a) Nossa sala pode ser mais arejada.

b) Véio...que sufoco!

c) Mainha, posso brincar?

d) Diante do exposto, julgo procedentes os

pedidos formulados.

Page 18: Linguagem coloquial e culta brasileira

Língua Portuguesa

Questão 5

Marque a afirmativa correta:

a) Variação regional é aquela que sofre

mudanças ao longo do tempo.

b) Variação regional ocorre de acordo com a

cultura de uma determinada região.

c) Variação regional é a linguagem utilizada por

pessoas de maior prestígio social.

d) Variação regional é a linguagem utilizada

pelos cantores de rap.

Page 19: Linguagem coloquial e culta brasileira

.

Questão 6

Assinale o grupo de palavras usado frequentemente

pelos jovens:

a) Procedente; réplica; cautelar

b) galera; vacilou; busão

c) bão; uai; mió

d) guri; pandorga;

e) excelente; tranquilo; ótimo

Page 20: Linguagem coloquial e culta brasileira

Antigamente, as moças chamavam-se

mademoiselles e eram todas mimosas e muito

prendadas. Não faziam anos: completavam

primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo

sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes,

arrastando a asa, mas ficavam longos meses

debaixo do balaio. (Carlos Drummond de Andrade)

Questão 7

Após a leitura do trecho acima, marque as palavras

que estão em desuso.

a) antigamente, geral, moças

b) arrastando, longos, anos

c) mademoiselles, prendadas, janotas

d) dezoito, completavam, debaixo

Page 21: Linguagem coloquial e culta brasileira

.

1. C

2. A

3. C

4. D

5. B

6. B

7. C

Confira as respostas:

Page 22: Linguagem coloquial e culta brasileira

Variações sociais ou culturais: as gírias

A gíria é uma linguagem de caráter popular,

criada e usada por determinados grupos.

As gírias são próprias de uma determinada

época e, muitas vezes, deixam de existir quando

caem em desuso.

Page 23: Linguagem coloquial e culta brasileira

Linguagem (Norma) culta ou padrão

A linguagem é a característica que nos difere dos

outros animais.

A linguagem culta ou padrão é aquela ensinada

nas escolas. É usada pelas pessoas instruídas

das diferentes classes sociais e caracteriza-se

pela obediência às normas gramaticais.

Page 24: Linguagem coloquial e culta brasileira

Linguagem informal ou popular

A linguagem coloquial, informal ou popular é utilizada

no cotidiano em que não exige a atenção total da

gramática, de modo que haja mais fluidez na

comunicação oral.

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom

branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro Oswald Andrade

Este texto coloca em discussão o

padrão culto da língua normatizado

pela gramática (‘Dê-me um cigarro’)

e o modo como a língua é usada no

cotidiano pelos falantes (‘Me dá um

cigarro’) Assim, podemos afirmar

que a língua aceita variações usada

pelos falantes ou escritores

conforme a situação.

Rosangela Maria dos Santos Rigo, "Poema Pronominais -

Oswald de Andarde". Portal Zé Moleza -

http://www.zemoleza.com.br/carreiras/30138-poema-

pronominais-oswald-de-andarde.html

Page 25: Linguagem coloquial e culta brasileira

O que mais você aprendeu?

Page 26: Linguagem coloquial e culta brasileira

O que mais você aprendeu?

Questão 1

Podemos observar na fala de Chico Bento:

a) modo de falar caipira

b) uso demasiado de gírias

c) a linguagem formal

d) o uso de jargão

Page 27: Linguagem coloquial e culta brasileira

Questão 2

Assinale a alternativa onde se utiliza a

variante culta ou formal:

a) Você tá linda demais da conta!

b) Véio, vamo nessa!

c) Tô grilado!

d) Estou preocupadíssimo.

Page 28: Linguagem coloquial e culta brasileira

Questão 3

Evanildo Bechara (professor e gramático) defende que

o aluno deva ser poliglota em sua própria língua.

“Ninguém vai à praia de fraque ou de chinelo ao

Municipal”.

A afirmativa que melhor define o que Bechara quis

dizer é:

a) Devemos usar sempre a variante formal.

b) Precisamos conhecer as variantes linguísticas mas

não usar gírias.

c) Precisamos entender as variações existentes no

português para poder fazer seu uso adequado.

d) Precisamos falar várias línguas.

Page 29: Linguagem coloquial e culta brasileira

Questão 4

Em que região do Brasil é falado frequentemente:

“Ó xente”

a) sul

b) norte

c) sudeste

d) nordeste

Page 30: Linguagem coloquial e culta brasileira

Vício na Fala

Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados

Oswald de Andrade

5) As variações presentes no poema acima

evidenciam que tipo de característica da língua?

a) A variante linguística regional; b) O uso do registro formal da língua; c) O uso de marca linguística de opinião; d) A variedade do Português de Portugal.

Page 31: Linguagem coloquial e culta brasileira

Leia o trecho do texto abaixo e responda a questão abaixo: Televisão Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho. Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à televisão. O que eu gosto mais na televisão são os desenhos animados de bichos. Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente imitando gente, como nas telenovelas. Não gosto muito de programas infantis com gente fingindo de criança. Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos e amigas. Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma porque ninguém pode comer uma imagem. Já os doces que minha mãe faz e que eu como todo dia, esses sim, são gostosos. Conclusão: a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela. PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever. 1. ed. São Paulo, Ática, 2001. p. 26-27. Texto retirado de http://www.oei.es/evaluacioneducativa/prova/portugues_topicoVI.pdf

6) Quem é o locutor desse texto? a) Uma criança; b) Um adulto;” c) Um adolescente; d) Um idoso.

Page 32: Linguagem coloquial e culta brasileira

7) O trecho em que se percebe que o narrador é uma criança é: b) “Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade...” c) “Quando os adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à televisão.” d) “Também os doces que aparecem anunciados na televisão não têm gosto de coisa alguma...” Fonte: http://www.oei.es/evaluacioneducativa/prova/portugues

8) Quais das palavras abaixo usadas no texto fazem parte do vocabulário usado frequentemente por crianças e nos ajudam a concluir que o narrador é uma criança:

a) “brincar, doces e mãe;” b) “gente, mentira e adulto;” c) “ninguém, imagem e telenovelas; d) “caixa, barulho e imagens.”

Page 33: Linguagem coloquial e culta brasileira

.

Confira as respostas:

1. A

2. D

3. C

4. D

5. A

6. A

7. C

8. A

Page 34: Linguagem coloquial e culta brasileira

MARCAS QUE EVIDENCIAM O

LOCUTOR E O INTERLOCUTOR

Page 35: Linguagem coloquial e culta brasileira

Ao ler um texto, é preciso identificar quem é o locutor e

quem é o interlocutor. Isso é possível por meio das marcas

linguísticas.

Para tanto, você realizará diversas atividades que

contribuirão para este entendimento. Vamos começar?

Locutor - aquele que

emite uma mensagem. Interlocutor – aquele a

quem a mensagem é

dirigida e que, por sua

vez, produzirá também

uma mensagem.

Page 36: Linguagem coloquial e culta brasileira

Pergunta-desafio

Ao ler esse quadrinho você identifica quem é o

locutor?

Page 37: Linguagem coloquial e culta brasileira

1) Nos textos é possível encontrar a figura do

enunciador, também chamado de locutor. Este tem

a função de:

(A) narrar um fato.

(B) ouvir um fato.

(C) trocar as ideias do fato.

(D) desqualificar um fato.

Page 38: Linguagem coloquial e culta brasileira

2) O interlocutor em uma conversa tem um papel

definido, que é:

(A) citar a mensagem.

(B) receber a mensagem.

(C) escrever a mensagem.

(D) relatar a mensagem.

Page 39: Linguagem coloquial e culta brasileira

Você está aprendendo que:

LOCUTOR: é a pessoa que fala, o falante, a pessoa que

escreve, o autor;

INTERLOCUTOR: é a pessoa para quem se escreve, o

leitor, a pessoa para quem se fala, o ouvinte.

MARCAS LINGUÍSTICAS: são os termos (palavras) que

fazem parte dos enunciados e que, obviamente, fazem

parte da língua. Todas as palavras e pontuações são

marcas da língua, portanto - "linguísticas".

Page 40: Linguagem coloquial e culta brasileira

3) Marcos leu um conto para seu filho dormir à noite. Nesta frase é possível identificar que:

(A) Marcos e seu filho são os locutores da história. (B) Marcos cumpriu o papel de interlocutor. (C) O filho de Marcos cumpriu o papel de locutor. (D) Marcos cumpriu o papel de locutor.

Page 41: Linguagem coloquial e culta brasileira

4) O que são as chamadas “marcas linguísticas”?

(A) são os termos que fazem parte dos enunciados

e que, obviamente, fazem parte da língua.

(B) São os termos (as palavras) que fazem parte

dos enunciados, mas que não fazem parte da

língua.

(C) São os fragmentos de fala que não fazem parte

dos textos.

(D) São as palavras alguns enunciados precisos e

definidos no texto.

Page 42: Linguagem coloquial e culta brasileira

O que mais você aprendeu?

A forma culta, formal, padrão que é a correspondente ao registro utilizado pela “elite”, é a linguagem do poder, expressa tanto na escrita quanto na fala. A forma coloquial, informal, é a que se aproxima da manifestação oral; além disso, tem uma organização própria e pode variar de acordo com as situações de comunicação e os interlocutores nelas envolvidos.

5. Mediante estas definições, é possível afirmar que: (A) As palavras usadas na forma culta e na forma coloquial podem

ser consideradas marcas linguísticas, identificando de forma clara, quem é o locutor.

(B) As palavras usadas na forma coloquial impedem que o leitor identifique quem é o locutor de um texto narrativo.

(C)As palavras usadas apenas na forma culta são capazes de permitir que o locutor seja identificado.

(D)As palavras usadas apenas na forma coloquial são capazes de permitir que o locutor seja identificado.

Page 43: Linguagem coloquial e culta brasileira

6) Como você define “interlocutores”? (A) São as pessoas que participam do processo

de interação que se dá por meio da leitura. (B) São as pessoas que não participam do

processo de interação que se dá por meio da linguagem.

(C) São as pessoas que participam do processo de interação que se dá por meio da linguagem.

(D) São pessoas que não toma parte da conversação.

Page 44: Linguagem coloquial e culta brasileira

Observe:

Iscute o que tô dizendo

Seu dotô, seu coroné:

De fome tão padecendo

Meus fio e minha muié.

Patativa do Assaré

Page 45: Linguagem coloquial e culta brasileira

7) (ENEM – adaptado) A partir da análise da

linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu

lírico revela-se como falante de uma variedade

linguística específica. Esse falante, em seu grupo

social, é identificado como um falante:

a) escolarizado proveniente de uma metrópole.

b) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do

sul do país.

c) idoso que habita uma comunidade urbana.

d) escolarizado que habita uma comunidade do interior

do país.

e) sertanejo morador de uma área rural.

Page 46: Linguagem coloquial e culta brasileira

Confira as respostas:

1. A

2. B

3. D

4. A

5. D

6. C

7. E

Page 47: Linguagem coloquial e culta brasileira

“É nascê, vivê e morrê

Nossa herença naturá

Todos tem que obedecê

Sem tê a quem se quexá,

Foi o autô da Natureza

Com o seu pudê e grandeza

Quem traçou nosso caminho,

Cada quá na sua estrada

Tem nesta vida penada

Pôca fulô e munto ispinho.”

Patativa do Assaré

O que você observa na

linguagem utilizada na

poesia?

Page 48: Linguagem coloquial e culta brasileira

Resposta do item anterior:

No poema encontramos variedades

linguísticas características de uma

região interiorana.

Page 49: Linguagem coloquial e culta brasileira

Leia o texto e responda:

A linguagem em que o narrador revelou nas

diferentes emoções do fato foi

A - regional.

B - literária.

C - técnica.

D - social.

As proezas de João Grilo

João Grilo foi um cristão

Que nasceu antes do dia

Criou-se sem formosura

Mas tinha sabedoria

E morreu depois das horas

Pelas artes que fazia

E nasceu de sete meses

Chorou no “bucho” da mãe

Quando ela pegou um gato

Ele gritou: – Não me arranhe,

Não jogue neste animal

Que talvez você não ganhe!

http://roseartseducar.blogspot.com.br/2011/05/literatura-de-

cordel-as-proezas-de-joao.html

Page 50: Linguagem coloquial e culta brasileira

A - Resposta Certa - É regional, pois apresenta marcas da linguagem,

como a palavra “bucho”= barriga e “formosura”= beleza.

Resposta do item anterior:

Page 51: Linguagem coloquial e culta brasileira

Leia a letra da música “Saudosa Maloca” e responda:

A letra dessa música é um exemplo de linguagem

A - culta ou padrão.

B - popular ou coloquial.

C - jargão.

D - formal.

Si o senhor não "tá" lembrado

Dá licença de "contá"

Que aqui onde agora está

Esse "edifício arto"

Era uma casa véia

Um palacete assombradado

Foi aqui seu moço

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Construímo nossa maloca

Mais, um dia

Nóis nem pode se alembrá

Veio os homi c'as ferramentas

O dono mandô derrubá

(...)

Page 52: Linguagem coloquial e culta brasileira

Resposta do item anterior:

B - Resposta correta.

Page 53: Linguagem coloquial e culta brasileira

O Poeta da Roça

Sou fio das mata, canto da mão grossa,

Trabáio na roça, de inverno e de estio.

A minha chupana é tapada de barro,

Sou poeta das brenha, não faço o papé

De argun menestré, ou errante cantô

Que veve vagando, com sua viola,

Cantando, pachola, à percura de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,

Apenas eu sei o meu nome assiná.

Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,(...) http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11706

Observe a forma como o autor escreveu o texto acima. O narrador

poderia ser uma pessoa

A - marcadamente de uma região.

B - muito formal.

C - de uma determinada profissão.

D - um jovem urbano.

Page 54: Linguagem coloquial e culta brasileira

A - Resposta Certa – Há marcas da linguagem regional, falada no

interior.

Resposta do item anterior:

Page 55: Linguagem coloquial e culta brasileira

CONCLUSÃO

Vimos, então, que nossa língua é rica e permite diversas variações:

regionais, históricas, sociais etc.

Assim, devemos nos lembrar sempre de que nenhuma das variantes é a

certa ou a errada. Não há uma ou outra forma de se expressar melhor ou pior

do que outra. As pessoas, em cada lugar, em cada época, de acordo com

suas necessidades, utilizam a linguagem necessária para se comunicarem.

Devemos, então, buscar a adaptação e a adequação a essas diversas formas de

expressão, conforme a situação que nos encontramos, a fim de que possamos nos

comunicar de maneira eficiente, sem ter ou sofrer qualquer tipo de

preconceito linguístico.