LínguaPortuguesa

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Contm o Novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa1

NOVO ACORDO ORTOGRFICOAs novas regras do Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa entram em vigor a partir de 1 de janeiro de 2009. Oito pases, onde o portugus lngua oficial, vo precisar ajustar sua gramtica s novas regras, que tm como objetivo unificar as diferentes grafias. No Brasil, as principais mudanas sero a eliminao de alguns acentos e do trema, alm da adoo de novas regras para o hfen. Esta a quinta vez que a ortografia da lngua portuguesa passa por reformas. As regras ortogrficas atuais continuaro a ser aceitas at dezembro de 2012. Alfabeto com 26 letras O alfabeto incorpora as letras k, w e y, que sero usadas para escrever: 1) smbolos de unidades de medida: km (quilmetro), kg (quilograma), w (watt); 2) palavras e nomes estrangeiros e seus derivados como show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, Kafka, kafkiano. Trema O trema deixa de ser usado, a no ser em nomes prprios e derivados. Palavras como lingia, seqestro, tranqilo deixam de ter trema. No entanto, o acento continua a ser usado em palavras estrangeiras e seus derivados: Mller e Bndchen so exemplos. Acento agudo O acento agudo no ser mais usado nos ditongos abertos ei e oi de paroxtonas (que tm acento tnico na penltima slaba). Palavras como idia, assemblia e jibia perdem o acento agudo. As oxtonas terminadas em is, u, us, i, is continuam a ser acentuadas: chapu(s), papis, heri(s), trofu(s). Palavras paroxtonas com i e u tnicos perdem o acento quando vierem depois de ditongo. Por exemplo, feira, baica, bocaiva ficam feiura, baiuca, bocaiuva. No entanto, o acento permanece se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem no final ou seguidos de s. Exemplos so Piau, tuiui, tuiuis. Formas verbais que tm o acento tnico na raiz, com u tnico precedido de g ou q e seguido de e ou i tambm perdem o acento agudo. Verbos como averige (averiguar), apazige (apaziguar) e argem (arg(/u)ir) mudam e passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

Acento circunflexo O acento circunflexo no ser mais usado nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e derivados. Por exemplo: 'eles crem', 'que eles dem', 'todos lem', 'as meninas vem' passam a ser escritos desta forma: 'eles creem', 'que eles deem', 'todos leem' e 'as meninas veem'. Palavras terminadas em hiato oo tambm vo sofrer mudanas: enjo, vo e mago ficam enjoo, voo e magoo. No entanto, permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter, vir e derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc). Exemplos: ele tem dois carros/eles tm dois carros; ele vem de Sorocaba/eles vm de Sorocaba. Acento diferencial Os acentos agudo e circunflexo no sero mais usados para diferenciar as seguintes palavras: 1) pra (flexo do verbo parar) de para (preposio); 2) pla (flexo do verbo pelar) de pela (combinao da preposio com o artigo); 3) plo (substantivo) de polo (combinao antiga e popular de 'por' e 'lo'); 4) plo (flexo do verbo pelar), plo (substantivo) e pelo (combinao da preposio com o artigo; 5) pra (substantivo - fruta), pra (substantivo arcaico - pedra) e pera (preposio arcaica). 2

O acento circunflexo permanece para diferenciar pde (passado do verbo poder) de pode (presente do verbo poder). Permanece tambm o acento para diferenciar pr (verbo) de por (preposio). O uso do circunflexo para diferenciar as palavras forma (formato) e frma (de fazer bolo) facultativo. Hfen Depois de prefixo, quando a segunda palavra comear com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hfen ser mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. No usa-se o hfen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra comear com uma vogal diferente. Exemplos: extraescolar, aeroespacial, autoestrada. Sempre usa-se o hfen diante de h. Observe os exemplos: anti-higinico, super-homem. Outros casos para o uso do hfen Prefixo terminado em vogal: 1) no usa-se hfen diante de vogal diferente: autoescola, antiareo. 2) Sem hfen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicrculo. 3) No usa-se tambm diante de r e s, e dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom. 4) Usa-se hfen diante de mesma vogal: contraataque, micro-ondas. Prefixo terminado em consoante: 1) usa-se o hfen diante de mesma consoante: inter-regional, subbibliotecrio. 2) No usa-se hfen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersnico. 3) No usa-se tambm diante de vogal: interestadual, superinteressante. Com o prefixo sub, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por r: sub-regio, sub-raa etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hfen: subumano, subumanidade. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegao, pan-americano. O prefixo co une-se em geral com a segunda palavra, mesmo quando esta se inicia por o: coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen: vice-presidente, vice-rei, vice-almirante. No se deve usar o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, sempre usa-se o hfen: ex-aluno, sem-terra, alm-mar, aqum-mar, recm-casado, ps-graduao, pr-vestibular, pr-europeu. Pronncia de verbos H variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem. No verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam. Se os verbos forem pronunciados com u tnico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam, enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem, delinqua, delinquas, delinquam. Obs: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, com a e i tnicos.

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COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO

TEXTO um conjunto de idias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTERAO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). CONTEXTO um texto constitudo por diversas frases. Em cada uma delas, h uma certa informao que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condies para a estruturao do contedo a ser transmitido. A essa interligao d-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases to grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poder ter um significado diferente daquele inicial. INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referncias diretas ou indiretas a outros autores atravs de citaes. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretao de um texto a identificao de sua idia principal. A partir da, localizam-se as idias secundrias, ou fundamentaes, as argumentaes, ou explicaes, que levem ao esclarecimento das questes apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato convidado a: 1. IDENTIFICAR reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentao, de um processo, de uma poca (neste caso, procuram-se os verbos e os advrbios, os quais definem o tempo). 2. COMPARAR descobrir as relaes de semelhana ou de diferenas entre as situaes do texto. 3. COMENTAR - relacionar o contedo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR concentrar as idias centrais e/ou secundrias em um s pargrafo. 5. PARAFRASEAR reescrever o texto com outras palavras. EXEMPLO TTULO DO TEXTO PARFRASES A INTEGRAO DO MUNDO A INTEGRAO DA HUMANIDADE A UNIO DO HOMEM HOMEM + HOMEM = MUNDO A MACACADA SE UNIU (STIRA)

"O HOMEM UNIDO

CONDIES BSICAS PARA INTERPRETAR 4

Fazem-se necessrios: a) Conhecimento Histrico literrio (escolas e gneros literrios, estrutura do texto), leitura e prtica; b) Conhecimento gramatical, estilstico (qualidades do texto) e semntico; OBSERVAO na semntica (significado das palavras) incluem-se: homnimos e parnimos, denotao e conotao, sinonmia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. c) Capacidade de observao e de sntese e d) Capacidade de raciocnio. INTERPRETAR x COMPREENDER INTERPRETAR SIGNIFICA - EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSES, DEDUZIR. - TIPOS DE ENUNCIADOS Atravs do texto, INFERE-SE que... possvel DEDUZIR que... O autor permite CONCLUIR que... Qual a INTENO do autor ao afirmar que... ERROS DE INTERPRETAO muito comum, mais do que se imagina, a ocorrncia de erros de interpretao. Os mais freqentes so: a) Extrapolao (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado idias que no esto no texto, quer por conhecimento prvio do tema quer pela imaginao. b) Reduo o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um aspecto, esquecendo que um texto um conjunto de idias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradio No raro, o texto apresenta idias contrrias s do candidato, fazendo-o tirar concluses equivocadas e, conseqentemente, errando a questo. OBSERVAO - Muitos pensam que h a tica do escritor e a tica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em considerao o que o AUTOR DIZ e nada mais. COESO - o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, oraes, frases e/ou pargrafos entre si. Em outras palavras, a coeso d-se quando, atravs de um pronome relativo, uma conjuno (NEXOS), ou um pronome oblquo tono, h uma relao correta entre o que se vai dizer e o que j foi dito. 5 COMPREENDER SIGNIFICA - INTELECO, ENTENDIMENTO, ATENO AO QUE REALMENTE EST ESCRITO. - TIPOS DE ENUNCIADOS: O texto DIZ que... SUGERIDO pelo autor que... De acordo com o texto, CORRETA ou ERRADA a afirmao... O narrador AFIRMA...

OBSERVAO So muitos os erros de coeso no dia-a-dia e, entre eles, est o mau uso do pronome relativo e do pronome oblquo tono. Este depende da regncia do verbo; aquele do seu antecedente. No se pode esquecer tambm de que os pronomes relativos tm, cada um, valor semntico, por isso a necessidade de adequao ao antecedente. Os pronomes relativos so muito importantes na interpretao de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coeso. Assim sedo, deve-se levar em considerao que existe um pronome relativo adequado a cada circunstncia, a saber:

QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS CONDIES DA FRASE. QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. QUEM (PESSOA) CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO POSSUDO. COMO (MODO) ONDE (LUGAR) QUANDO (TEMPO) QUANTO (MONTANTE) EXEMPLO: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). VCIOS DE LINGUAGEM h os vcios de linguagem clssicos (BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porm , existem expresses que so mal empregadas, e, por fora desse hbito cometem-se erros graves como: - Ele correu risco de vida , quando a verdade o risco era de morte. - Senhor professor, eu lhe vi ontem . Neste caso, o pronome correto oblquo tono correto O . - No bar: ME V um caf. Alm do erro de posio do pronome, h o mau uso

TIPOLOGIA TEXTUAL

Tudo o que se escreve recebe o nome genrico de redao ou composio textual. Basicamente, existem trs tipos de redao: narrao (base em fatos), descrio (base em caracterizao) e dissertao (base em argumentao). Cada um desses tipos redacionais mantm suas peculiaridades e caractersticas. 6

Para fazer um breve resumo, pode-se considerar as proposies a seguir: Narrao Modalidade textual em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narraes desde que nos contam histrias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano. Exemplos Numa tarde de primavera, a moa caminhava a passos largos em direo ao convento. L estariam a sua espera o irmo e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de no mais ser esperada... Descrio Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, por sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. Exemplos Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudao, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moa da adorvel Dorinha.

Observao Normalmente, narrao e descrio mesclam-se nos textos; sendo difcil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos. Dissertao Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposio de idias. Tem por base a argumentao, apresentada de forma lgica e coerente a fim de defender um ponto de vista. a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espcie de raio-X do candidato no tocante a suas opinies. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relao s colocaes, pois tambm revela um pouco de seu temperamento, numa espcie de psicotcnico. Exemplos Tem havido muitos debates em torno da ineficincia do sistema educacional do Brasil. Ainda no se definiu, entretanto, uma ao nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao ensino superior. Tipologia Textual 1. texto Literrio Expressa a opinio pessoal do autor que tambm transmitida atravs de figuras, impregnado de subjetivismo. Exemplos: um romance 7

um conto uma poesia 2. texto no-literrio Preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possvel. Exemplos: uma notcia de jorna uma bula de medicamento TEXTO LITERRIO TEXTO NO-LITERRIO Conotao Figurado, subjetivo Pessoal Denotao Claro, objetivo Informativo TIPOS DE COMPOSIO 1. Descrio Descrever representar verbalmente um objeto, uma pessoal, um lugar, mediante a indicao de aspectos caractersticos, de pormenores individualizantes. Requer observao cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundvel. No se trata de enumerar uma srie de elementos, mas de captar os traos capazes de transmitir uma impresso autntica. Descrever mais que apontar, muito mais que fotografar. pintar, criar. Por isso, impe-se o uso de palavras especficas, exatas. 2. Narrao um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginrios. So seus elementos constitutivos: personagens, circunstncias, ao; o seu ncleo o incidente, o episdio, e o que a distingue da descrio a presena de personagens atuantes, que esto quase sempre em conflito. A Narrao envolve: I. Quem? Personagem; II. Qu? Fatos, enredo; III. Quando? A poca em que ocorreram os acontecimentos; IV. Onde? O lugar da ocorrncia; V. Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; VI. Por qu? A causa dos acontecimentos; 3. Dissertao Dissertar apresentar idias, analis-las, estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lgicos; estabelecer relaes de causa e efeito. Aqui no basta expor, narrar ou descrever, necessrio explanar e explicar. O raciocnio que deve imperar neste tipo de composio, e quanto maior a fundamentao argumentativa, mais brilhante ser o desempenho.

TIPOLOGIA TEXTUAL GNERO TEXTUAL E TIPOLOGIA TEXTUAL: COLOCAES SOB DOIS ENFOQUES TERICOS A diferena entre Gnero Textual e Tipologia Textual , no meu entender, importante para direcionar o trabalho do professor de lngua na leitura, compreenso e produo de textos. O que pretendemos neste pequeno ensaio apresentar algumas consideraes sobre Gnero Textual e Tipologia Textual, usando, para isso, as consideraes feitas por Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionveis para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas consideraes a respeito de minha escolha pelo gnero ou pela tipologia. 8

Convm afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreenso e a produo escrita em Lngua Materna deve ter como meta primordial o desenvolvimento no aluno de habilidades que faam com que ele tenha capacidade de usar um nmero sempre maior de recursos da lngua para produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situao especfica de interao humana. Luiz Antnio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gnero Textual [2] . Marcuschi no demonstra favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele, o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez que no possvel, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vrios textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes gneros que possuem diferenas especficas. Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlndia/MG) defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os textos de diferentes tipos, eles se instauram devido existncia de diferentes modos de interao ou interlocuo. O trabalho com o texto e com os diferentes tipos de texto fundamental para o desenvolvimento da competncia comunicativa. De acordo com as idias do autor, cada tipo de texto apropriado para um tipo de interao especfica. Deixar o aluno restrito a apenas alguns tipos de texto fazer com que ele s tenha recursos para atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espcie de levantamento de quais tipos seriam mais necessrios para os alunos, para, a partir da, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessrios. Marcuschi afirma que os livros didticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, no se trata de tipo de texto, mas de gnero de texto. O autor diz que no correto afirmar que a carta pessoal, por exemplo, um tipo de texto como fazem os livros. Ele atesta que a carta pessoal um Gnero Textual. O autor diz que em todos os gneros os tipos se realizam, ocorrendo, muitas das vezes, o mesmo gnero sendo realizado em dois ou mais tipos. Ele apresenta uma carta pessoal [3] como exemplo, e comenta que ela pode apresentar as tipologias descrio, injuno, exposio, narrao e argumentao. Ele chama essa miscelnea de tipos presentes em um gnero de heterogeneidade tipolgica. Travaglia (2002) fala em conjugao tipolgica. Para ele, dificilmente so encontrados tipos puros. Realmente raro um tipo puro. Num texto como a bula de remdio, por exemplo, que para Fvero & Koch (1987) um texto injuntivo, tem-se a presena de vrias tipologias, como a descrio, a injuno e a predio [4] . Travaglia afirma que um texto se define como de um tipo por uma questo de dominncia, em funo do tipo de interlocuo que se pretende estabelecer e que se estabelece, e no em funo do espao ocupado por um tipo na constituio desse texto. Quando acontece o fenmeno de um texto ter aspecto de um gnero mas ter sido construdo em outro, Marcuschi d o nome de intertextualidade intergneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu no texto a configurao de uma estrutura intergneros de natureza altamente hbrida, sendo que um gnero assume a funo de outro. Travaglia no fala de intertextualidade intergneros, mas fala de um intercmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossveis, na opinio do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de descries e comentrios dissertativos feitos por meio da narrao. Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configurao terica: 9

a) intertextualidade intergneros = um gnero com a funo de outro b) heterogeneidade tipolgica = um gnero com a presena de vrios tipos Travaglia mostra o seguinte: a) conjugao tipolgica = um texto apresenta vrios tipos b) intercmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro Aspecto interessante a se observar que Marcuschi afirma que os gneros no so entidades naturais, mas artefatos culturais construdos historicamente pelo ser humano. Um gnero, para ele, pode no ter uma determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gnero. Para exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o autor da carta no tenha assinado o nome no final, ela continuar sendo carta, graas as suas propriedades necessrias e suficientes [5] . Ele diz, ainda, que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de produtos em oferta. O que importa que esteja fazendo divulgao de produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usurios daquele produto. Para Marcuschi, Tipologia Textual um termo que deve ser usado para designar uma espcie de seqncia teoricamente definida pela natureza lingstica de sua composio. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narrao, argumentao, exposio, descrio e injuno (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual usado para designar uma espcie de seqncia teoricamente definida pela natureza lingstica de sua composio (aspectos lexicais, sintticos, tempos verbais, relaes lgicas) (p. 22). Gnero Textual definido pelo autor como uma noo vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam caractersticas scio-comunicativas definidas pelos contedos, propriedades funcionais, estilo e composio caracterstica. Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um modo de interao, uma maneira de interlocuo, segundo perspectivas que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar ligadas ao produtor do texto em relao ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto insero destes no tempo e/ou no espao. Pode ser possvel a perspectiva do produtor do texto dada pela imagem que o mesmo faz do receptor como algum que concorda ou no com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformao, quando o produtor v o receptor como algum que no concorda com ele. Se o produtor vir o receptor como algum que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Temse ainda, na opinio de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipao no dizer. Da mesma forma, possvel encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de comprometimento ou no. Resumindo, cada uma das perspectivas apresentadas pelo autor gerar um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva faz surgir os tipos descrio, dissertao, injuno e narrao. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu [6] e no argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipao faz surgir o tipo preditivo. A do comprometimento d origem a textos do mundo comentado (comprometimento) e do mundo narrado (no comprometimento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados, de maneira geral, no tipo narrao. J os do mundo comentado ficariam no tipo dissertao. Travaglia diz que o Gnero Textual se caracteriza por exercer uma funo social especfica. Para ele, estas funes sociais so pressentidas e vivenciadas pelos usurios. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gnero usar em momentos especficos de interao, de acordo com a funo social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar caractersticas que faro com que ele 10

funcione de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo no o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informaes sobre um concurso pblico, por exemplo. Observamos que Travaglia d ao gnero uma funo social. Parece que ele diferencia Tipologia Textual de Gnero Textual a partir dessa qualidade que o gnero possui. Mas todo texto, independente de seu gnero ou tipo, no exerce uma funo social qualquer? Marcuschi apresenta alguns exemplos de gneros, mas no ressalta sua funo social. Os exemplos que ele traz so telefonema, sermo, romance, bilhete, aula expositiva, reunio de condomnio, etc. J Travaglia, no s traz alguns exemplos de gneros como mostra o que, na sua opinio, seria a funo social bsica comum a cada um: aviso, comunicado, edital, informao, informe, citao (todos com a funo social de dar conhecimento de algo a algum). Certamente a carta e o e-mail entrariam nessa lista, levando em considerao que o aviso pode ser dado sob a forma de uma carta, e-mail ou ofcio. Ele continua exemplificando apresentando a petio, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado (com a funo social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o e-mail e o ofcio aqui. Nota promissria, termo de compromisso e voto so exemplos com a funo de prometer. Para mim o voto no teria essa funo de prometer. Mas a funo de confirmar a promessa de dar o voto a algum. Quando algum vota, no promete nada, confirma a promessa de votar que pode ter sido feita a um candidato. Ele apresenta outros exemplos, mas por questo de espao no colocarei todos. bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que no foram mostrados aqui, apresentam funo social formal, rgida. Ele no apresenta exemplos de gneros que tenham uma funo social menos rgida, como o bilhete. Uma discusso vista em Travaglia e no encontrada em Marcuschi [7] a de Espcie. Para ele, Espcie se define e se caracteriza por aspectos formais de estrutura e de superfcie lingstica e/ou aspectos de contedo. Ele exemplifica Espcie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo narrativo: a histria e a no-histria. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta as Espcies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele mostra as Espcies distintas objetiva x subjetiva, esttica x dinmica e comentadora x narradora. Mudando para gnero, ele apresenta a correspondncia com as Espcies carta, telegrama, bilhete, ofcio, etc. No gnero romance, ele mostra as Espcies romance histrico, regionalista, fantstico, de fico cientfica, policial, ertico, etc. No sei at que ponto a Espcie daria conta de todos os Gneros Textuais existentes. Ser que possvel especificar todas elas? Talvez seja difcil at mesmo porque no fcil dizer quantos e quais so os gneros textuais existentes. Se em Travaglia nota-se uma discusso terica no percebida em Marcuschi, o oposto tambm acontece. Este autor discute o conceito de Domnio Discursivo. Ele diz que os domnios discursivos so as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domnios no seriam nem textos nem discursos, mas dariam origem a discursos muito especficos. Constituiriam prticas discursivas dentro das quais seria possvel a identificao de um conjunto de gneros que s vezes lhes so prprios como prticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalstico, discurso jurdico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalstica, jurdica e religiosa, no abrange gneros em particular, mas origina vrios deles. Travaglia at fala do discurso jurdico e religioso, mas no como Marcuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que para ele tipologia de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipologias de discurso usaro critrios ligados s condies de produo dos discursos e s diversas formaes discursivas em que podem estar inseridos (Koch & Fvero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fvero, o autor fala que uma tipologia de discurso usaria critrios ligados referncia (institucional (discurso poltico, religioso, jurdico), ideolgica (discurso petista, de direita, de esquerda, cristo, etc), a domnios de saber 11

(discurso mdico, lingstico, filosfico, etc), inter-relao entre elementos da exterioridade (discurso autoritrio, polmico, ldico)). Marcuschi no faz aluso a uma tipologia do discurso. Semelhante opinio entre os dois autores citados notada quando falam que texto e discurso no devem ser encarados como iguais. Marcuschi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum Gnero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso para ele aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instncia discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera o discurso como a prpria atividade comunicativa, a prpria atividade produtora de sentidos para a interao comunicativa, regulada por uma exterioridade scio-histrica-ideolgica (p. 03). Texto o resultado dessa atividade comunicativa. O texto, para ele, visto como uma unidade lingstica concreta que tomada pelos usurios da lngua em uma situao de interao comunicativa especfica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma funo comunicativa reconhecvel e reconhecida, independentemente de sua extenso (p. 03). Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que sua preocupao com a tipologia de textos, e no de discursos. Marcuschi afirma que a definio que traz de texto e discurso muito mais operacional do que formal. Travaglia faz uma tipologizao dos termos Gnero Textual, Tipologia Textual e Espcie. Ele chama esses elementos de Tipelementos. Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipolgicos (Gnero Textual, Tipologia Textual e Espcie) so bsicos na construo das tipologias e talvez dos textos, numa espcie de analogia com os elementos qumicos que compem as substncias encontradas na natureza. Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discusses feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gneros Textuais, esto diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho com o gnero uma grande oportunidade de se lidar com a lngua em seus mais diversos usos autnticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele apresenta a idia bsica de que um maior conhecimento do funcionamento dos Gneros Textuais importante para a produo e para a compreenso de textos. Travaglia no faz abordagens especficas ligadas questo do ensino no seu tratamento Tipologia Textual. O que Travaglia mostra uma extrema preferncia pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem parece ser mais taxionmica. Ele chega a afirmar que so os tipos que entram na composio da grande maioria dos textos. Para ele, a questo dos elementos tipolgicos e suas implicaes com o ensino/aprendizagem merece maiores discusses. Marcuschi diz que no acredita na existncia de Gneros Textuais ideais para o ensino de lngua. Ele afirma que possvel a identificao de gneros com dificuldades progressivas, do nvel menos formal ao mais formal, do mais privado ao mais pblico e assim por diante. Os gneros devem passar por um processo de progresso, conforme sugerem Schneuwly & Dolz (2004). Travaglia, como afirmei, no faz consideraes sobre o trabalho com a Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia teria que, no mnimo, levar em conta a questo de com quais tipos de texto deve-se trabalhar na escola, a quais ser dada maior ateno e com quais ser feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja considerada a idia de Travaglia, deve levar em conta uma srie de fatores, porm dois so mais pertinentes: a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composio de quaisquer outros textos (no sei ao certo se isso possvel. Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo no d ao aluno o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa. Um aluno que pra de estudar na 5 srie e no volta mais 12

escola teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais trabalhado nessa srie. Ser que ele estaria preparado para produzir, quando necessrio, outros tipos textuais? Ao lidar somente com o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, no deixa de trabalhar com os outros tipos?); b) A utilizao prtica que o aluno far de cada tipo em sua vida. Acho que vale a pena dizer que sou favorvel ao trabalho com o Gnero Textual na escola, embora saiba que todo gnero realiza necessariamente uma ou mais seqncias tipolgicas e que todos os tipos inserem-se em algum gnero textual. At recentemente, o ensino de produo de textos (ou de redao) era feito como um procedimento nico e global, como se todos os tipos de texto fossem iguais e no apresentassem determinadas dificuldades e, por isso, no exigissem aprendizagens especficas. A frmula de ensino de redao, ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras que consiste fundamentalmente na trilogia narrao, descrio e dissertao tem por base uma concepo voltada essencialmente para duas finalidades: a formao de escritores literrios (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras modalidades textuais) ou a formao de cientistas (caso da terceira modalidade) (Antunes, 2004). Alm disso, essa concepo guarda em si uma viso equivocada de que narrar e descrever seriam aes mais fceis do que dissertar, ou mais adequadas faixa etria, razo pela qual esta ltima tenha sido reservada s sries terminais - tanto no ensino fundamental quanto no ensino mdio. O ensino-aprendizagem de leitura, compreenso e produo de texto pela perspectiva dos gneros reposiciona o verdadeiro papel do professor de Lngua Materna hoje, no mais visto aqui como um especialista em textos literrios ou cientficos, distantes da realidade e da prtica textual do aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais e escritas, de uso social. Assim, o espao da sala de aula transformado numa verdadeira oficina de textos de ao social, o que viabilizado e concretizado pela adoo de algumas estratgias, como enviar uma carta para um aluno de outra classe, fazer um carto e ofertar a algum, enviar uma carta de solicitao a um secretrio da prefeitura, realizar uma entrevista, etc. Essas atividades, alm de diversificar e concretizar os leitores das produes (que agora deixam de ser apenas leitores visuais), permitem tambm a participao direta de todos os alunos e eventualmente de pessoas que fazem parte de suas relaes familiares e sociais. A avaliao dessas produes abandona os critrios quase que exclusivamente literrios ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto no aquele que apresenta, ou s apresenta, caractersticas literrias, mas aquele que adequado situao comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha do gnero, se a estrutura, o contedo, o estilo e o nvel de lngua esto adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto. Acredito que abordando os gneros a escola estaria dando ao aluno a oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gneros Textuais socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interao humana, percebendo que o exerccio da linguagem ser o lugar da sua constituio como sujeito. A atividade com a lngua, assim, favoreceria o exerccio da interao humana, da participao social dentro de uma sociedade letrada.

Tipologia textual NARRAO Desenvolvimento de aes. Tempo em andamento. Narrar contar uma histria. A Narrao uma sequncia de aes que se desenrolam na linha do tempo, umas aps outras. Toda ao pressupea existncia de um persnagem ou actante que a pratica em deteminado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de um emissor 13

ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ao, espao, e tempo em desenvolvimento. Os outros dois da narrativa so: narrador e enredo ou trama. DESCRIO Retrato atravs de palavras. Tempo esttico Descrever pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por no se preocupar com a sequncia das aes, com a sucesso dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrio encara um ou vrios objetivos, um ou vrios personagens, uma ou vrias aes, em um determinado momento, em um mesmo instante e em um frao da linha cronolgica. a foto de um instante. A descrio pode ser esttica ou dinmica. A descrio esttica no envolve ao. Ex: Uma velha gorda e suja. A descrio dinmica apresenta um conjunto de aes concomitantes, isto , um conjunto de aes que acontecem todas ao mesmo tempo, como uma fotografia. DISSERTAO Desenvolvimento de idias. Temporais/Atemporais. Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idias, de juzos, de pensamentos, de raciocnio sobre um assunto ou tema. Quase sempre os textos quer literrios, quer cientficos, no se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto um complexo, uma composio, uma redao, onde se misturam aspectos descritivos, com momentos narrativos e dissertativos e, para classific-los como narrao, dissertao ou descrio, procure observar qual o componente predominante.

Tipologia Textual Tudo o que se escreve recebe o nome genrico de redao ou composio textual. Basicamente, existem trs tipos de redao: narrao (base em fatos), descrio (base em caracterizao) e dissertao (base em argumentao). Cada um desses tipos redacionais mantm suas peculiaridades e caractersticas. Para fazer um breve resumo, pode-se considerar as proposies a seguir: Narrao Modalidade textual em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narraes desde que nos contam histrias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano. Exemplos Numa tarde de primavera, a moa caminhava a passos largos em direo ao convento. L estariam a sua espera o irmo e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de no mais ser esperada... 14

Descrio Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, por sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. Exemplos Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudao, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moa da adorvel Dorinha.

Observao Normalmente, narrao e descrio mesclam-se nos textos; sendo difcil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos. Dissertao Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposio de idias. Tem por base a argumentao, apresentada de forma lgica e coerente a fim de defender um ponto de vista. a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espcie de raio-X do candidato no tocante a suas opinies. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relao s colocaes, pois tambm revela um pouco de seu temperamento, numa espcie de psicotcnico. Exemplos Tem havido muitos debates em torno da ineficincia do sistema educacional do Brasil. Ainda no se definiu, entretanto, uma ao nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao ensino superior. Fonte: pt.shvoong.com TIPOLOGIA TEXTUAL 1. NARRA o ato de se contar um fato, criar uma histria e, para cri-la, h a necessidade de descrevermos locais, personagens, detalhes, objetos etc. No h narrao que no apresente alguns aspectos descritivos. - Partes de uma boa narrao A . Apresentao do tempo ( cronolgico ou fsico ); local; personagem B . Desenvolvimento do fato ou enredo. C . Concluso ( ponto alto dos fatos ) Na narrao h sempre algum que conta o fato, conhecido como NARRADOR. ELEMENTOS DA NARRATIVA A . NARRADOR a) participante ( = 1. Pessoa ) b) simples observador do fato narrado ( = 3. Pessoa ) B . FOCO NARRATIVO 15

Maneira como o narrador se situa em relao ao que est sendo narrado: 1. Pessoa ( eu / ns ), ou se distancia dela e escreve na 3. Pessoa . ( utilizao do ndice de indeterminao do sujeito se ) C . ENREDO OU AO A seqncia dos fatos ou acontecimentos D . PERSONAGEM OU PERSONAGENS Pessoas que atuam na narrativa, alm do narrador. E . TEMPO A extenso de tempo cronolgico ou psicolgico em que tudo acontece: horas, dias, meses, anos ou at minutos. F . ESPAO GEOGRFICO O local onde os fatos ou as cenas acontecem:- o campo, a cidade, a casa, a vila, a estrada, a praia, a rua etc. OBSERVAO Na narrativa sempre h um CLMAX ( parte alta, emotiva do texto, onde o leitor dever entender e aplicar a complicao dos fatos narrados ). 2. DESCRIO Ao contarmos uma histria, muitas vezes precisamos descrever uma pessoa, um ser, um objeto, uma cena ou at um lugar, teremos, ento, uma espcie de retrato feito com palavras. Numa descrio podemos encontrar aspectos fsicos ( = externos, que so vistos pelo observador ) e aspectos psquicos ( = internos, que no so vistos pelo observador, mas podem ser sentidos ou percebidos ), principalmente quando se trata de pessoas. A descrio pode ser SUBJETIVA apresenta as caractersticas externas, mas detalha com mais profundidade as caractersticas psicolgicas da pessoa, personagem ou animal que se est descrevendo. Na descrio OBJETIVA predomina a reproduo fiel de um objeto, pessoa, cena, personagem ou animal segundo a percepo individual de quem escreve, destacando-se com exatido e preciso vocabular todos os detalhes observados. Observe alguns detalhes descritivos no texto euclidiano na parte O HOMEM, em OS SERTES- Euclides da Cunha pgs. 96 97 e 98 Ediouro Canudos, velha fazenda de gado beira do Vaza-Barris, era, em 1890, uma tapera de cerca de cinqenta capuabas de pau-a-pique. Feitas de pau-a-pique e divididas em trs compartimentos minsculos, as casas eram pardia grosseira da antiga morada romana: um vestbulo exguo, um trio servindo ao mesmo tempo de cozinha, sala de jantar e de recepo, e uma alcova lateral, furna escurssima mal revelada por uma porta estreita e baixa. Cobertas de camadas espessas de vinte centmetros, de barro, sobre ramos de io, lembravam as choupanas dos gauleses de Csar. Traam a fase transitria entre a caverna primitiva e a casa. Se as edificaes em suas modalidades evolutivas objetivam a personalidade humana, o casebre de teto de argila dos jagunos equiparado ao wigwam dos peles-vermelhas sugeria paralelo deplorvel. O mesmo desconforto e, sobretudo, a mesma pobreza repugnante, traduzindo de certo modo, mais do que a misria do homem, a decrepitude da raa. 16

Emoldurava-o uma natureza morta: paisagens tristes; colinas nuas, uniformes, prolongando-se, ondeantes, at s serranias distantes, sem uma nesga de mato; rasgadas de lascas de talcoxisto, mal revestidas, em raros pontos, de acervos de bromlias, encimadas, noutros, pelos cactos esguios e solitrios. O monte da Favela, ao sul, empolava-se mais alto, tendo no sop, fronteiro praa, alguns ps de quixabeiras, agrupados em horto selvagem. A meia encosta via-se solitria, em runas, a antiga casa da fazenda... 3. DISSERTAO um texto que se caracteriza pela defesa ou ataque a uma idia, a um ponto de vista ou a um questionamento sobre um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, o quais utiliza para reforar ou justificar o desenvolvimento de suas idias. Consideramos a DISSERTAO como a discusso ou a explanao organizada de um problema, assunto ou tema. Para obter-se uma exposio clara, objetiva, ordenada e organizada, uma dissertao pode ser dividida em trs partes: INTRODUO, DESENVOLVIMENTO OU ARGUMENTAO E CONCLUSO. Num texto dissertativo o autor opina, explica, mostra, aponta, tenta convencer o leitor sobre o tema que est expondo e at interpreta suas idias, defendendo-as com argumentaes que fazem do leitor um analista em potencial sobre o texto apresentado. O leitor torna-se um observador analista de um texto. No texto dissertativo no se criam personagens, nem dilogos; o que interessa a realidade, a discusso dos fatos ou da questo, a opinio individual sobre um assunto, tema ou problema apresentado para ser defendido ou atacado atravs da escrita, sempre argumentando com prs e contras. PARTES DA DISSERTAO I. INTRODUO O autor apresenta o assunto que vai discutir, d a idia inicial. II. DESENVOLVIMENTO OU ARGUMENTAO a parte em que o autor desenvolve um ponto de vista, sempre argumentando, citando exemplos, fornecendo dados; o posicionamento do autor frente ao tema, os porqus, os prs e os contras. III. CONCLUSO a parte em que o autor d um fecho coerente com o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, retoma-se a idia apresentada na introduo com mais nfase, indicando concluso. OBSERVAO O texto dissertativo requer uma linguagem sria, exata, sem rodeios, porque o leitor tem que ser convencido pela fora dos argumentos apresentados pelo autor, por isso deve ser impessoal. Cada pargrafo que compe um ou mais perodos de uma dissertao deve ser claro, preciso, ligado aos outros com COESO , atravs de conjunes ( = conectivos) que formao a cadeia fluente do discurso. Dissertao a discusso organizada de um problema. Ningum tem condies de discutir, nem muito menos de discutir organizadamente, sem antes ter obtido informaes, sem antes ter analisado, sem antes ter formado uma opinio sobre o assunto, por isso devemos ler muito sobre temas variados para podermos criar uma dissertao perfeita. 17

Tipologia textual Tipologia textual a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes so: descrio, narrao, dissertao, exposio, injuno, dilogo e entrevista. Descrio Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objecto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjectivo, pela sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstracta, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. No h relao de anterioridade e posterioridade. Narrao Modalidade textual em que se conta um facto, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objectos do mundo real. H uma relao de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante o passado. Estamos cercados de narraes desde as que nos contam histrias infantis como o Capuchinho Vermelho ou a Bela Adormecida, at s picantes piadas do quotidiano. Dissertao Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposio de ideias. Tem por base a argumentao, apresentada de forma lgica e coerente a fim de defender um ponto de vista. Presena de estrutura bsica: apresentao da ideia principal, argumentos, concluso. Utiliza verbos na 1 e 3 pessoas do presente do indicativo. a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espcie de raio-X do candidato no que toca s suas opinies. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relao s colocaes, pois tambm revela um pouco do seu temperamento, numa espcie de psico-tcnico. Exposio Apresenta informaes sobre assuntos, expe ideias; explica, avalia, reflecte. A sua estrutura bsica formada por: ideia principal, desenvolvimento, concluso. Faz uso de linguagem clara, objectiva e impessoal. A maioria dos verbos est no presente do indicativo. Injuno Indica como realizar uma aco; aconselha. tambm utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objectiva e simples. Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperativo. H tambm o uso do futuro do presente. Dilogo Materializa o intercmbio entre personagens. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomas.

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ORTOGRAFIA OFICIAL

Ortografia o nome dado parte da gramtica que trata da escrita correta das palavras. Embora a melhor maneira de aprender ortografia seja o exerccio e a leitura constantes, algumas regras podem ser teis. Consideraremos neste trabalho algumas questes dentre as muitas que costumam trazer dvidas. Algumas regras prticas: EMPREGA-SE Z: REGRA 1) No sufixo IZAR formador de verbo. 2) Nos sufixos -ez e -eza acrescentados a adjetivos. 3) Nas terminaes ZINHO dos diminutivos:

EXEMPLO HUMANO HUMANIZARporm: pesquisa + ar = pesquisar

FRANCO FRANQUEZA TONEL TONELZINHOPorm, acrescenta-se inho quando este j ocorre anteriormente. Veja: (parafuso parafusinho)

4) Nos verbos em -zer e -zir. 5) Nos derivados, mantm-se o z da palavra-base EMPREGA-SE S: REGRA 1) Nas formas verbais de PR e QUERER e seus derivados1: 2) Nos adjetivos com sufixo OSO OSA. 3) Nas palavras derivadas de verbos que possuem D ou ND no final. 4) Nas palavras derivadas de verbos que Possuem terminao TIR ou RT.

TRAZER - PRODUZIR BALIZA ABALIZADO

PUS QUIS BRILHO

EXEMPLO PUSEMOS QUISEMOS BRILHOSO

SUSPENDER SUSPENSO DEMITIR DEMISSO INVERTER INVERSO

IMPORTANTE: Emprego de R ou S com som forte: REGRA S ou R so usados entre vogal e consoante SS ou RR so usados somente entre duas vogais EXEMPLO subseo ensaio assegurar - associada ocorrncia - honra

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Observe-se, porm, que os verbos que possuem Z na forma infinitiva, tambm o tero nas formas conjugadas. Ex.: fazer : fiz, fizesse, fez...

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EXERCCIO I Complete as lacunas com S ou Z : O aprendizado sempre tra.... o risco do fracasso. O atra.....o a pior forma de negativa. O ano tra...... 365 dias de oportunidades. O primeiro escalo da empresa qui........ falar sobre as novas tendncias de evoluo da Gesto da Qualidade Total. 5. necessrio uniformi....ar a linguagem. 6. Produto defeituo...o tratado como produto no-conforme. 7. Fi...emos questo de enfati...ar que a qualidade deve levar em conta as caractersticas do produto que adicionam valor para o cliente, inten...ificando sua satisfao e determinando sua preferncia. 8. A empresa oferece produtos personali...ados e estimula a utili...ao dos canais de comunicao abertos ao cliente. 9. Qualidade centrada no cliente um conceito estratgico que exige rapide... e flexibilidade nas respostas aos requi...itos dos clientes e do mercado. 10. Atingir os mais altos nveis de desempenho requer mtodos e processos bem executados, voltados para o aprendi....ado. ( in Critrios de Excelncia do PNQ) 11. Aes pr-ativas enfati....am a preveno de problemas e de desperdcio. 1. 2. 3. 4. E OU I? REGRA Verbos terminados em -oar ou -uar recebem e no final das formas verbais. Verbos terminados em -uir recebem i no final das formas verbais. EXEMPLO Continuar: necessrio que a empresa continue o processo seletivo. Contribuir: Todos sabemos que voc contribui muito com a equipe. EXERCCIO II Complete as frases, empregando os verbos indicados. Vamos l? 1. O Congresso espera que o presidente ..................... em suas ltimas decises. (recuar) 2. Talvez esta medida ...................... as relaes entre os dois pases. ( atenuar) 3. necessrio retirar a barreira que ...................... a rodovia. ( obstruir) 4. A ascenso das mulheres dentro das empresas .......................... uma vitria sobre o preconceito. (constituir) 5. importante que voc ......................... junto direo da empresa. (atuar) 6. H muito no se ......................... ouro naquela regio. (extrair) 7. Hoje, o computador ........................... uma antiga gerao de mquinas. (substituir) 8. essencial que se ............................ a memria do nosso povo. (cultuar) 9. Aquele profissional, no raramente, ......................... o erro ao colega. (atribuir) 10. inevitvel que a empresa ............................ o pagamento em juzo. (efetuar) 1. Todos sabem que esse funcionrio .......................... as qualidade exigidas pelo cargo. (Possuir) 2. No queremos que ningum se ............................. com a deciso. (magoar) 12. Todos querem que o engenheiro ..................... fazendo parte do quadro de funcionrios da empresa. ( continuar) 13. O aprendizado .....................a melhoria do desempenho da organizao no cumprimento de suas responsabilidade pblicas e no exerccio da cidadania. ( incluir) 14. Sempre ........................... graficamente as palavras proparoxtonas. ( acentuar) 20

15. A empresa que ............ as melhores prticas ou os melhores desempenhos ser premiada. ( possuir) HOMNIMOS E PARNIMOS HOMNIMOS so palavras que possuem a mesma pronncia ou a mesma grafia, mas sentido diferente. Veja: sesso (reunio) seo (diviso) cesso (ato de ceder sede () sede ()

pronncia igual

grafia igual

PARNIMOS so palavras parecidas na pronncia ou na grafia mas com significados diferentes. Veja: despercebido (no notado) desapercebido (desprovido) Freqentemente, essas palavras oferecem dificuldade quele que escreve. Por isso, separamos uma lista de homnimos e parnimos. Vejamos: acerca de = sobre, a respeito de cerca de = aproximadamente h cerca de = faz acento = a maior intensidade com que se emite uma sllaba assento = lugar em que se senta cerrar = fechar serrar = cortar conserto = reparo concerto = sesso musical demais = equivale a muito de mais = substituvel por a mais descrio = ato de descrever discrio = qualidade de quem discreto emergir = vir tona imergir = mergulhar eminente = clebre iminente = prestes a acontecer estada = permanncia de pessoas estadia = permanncia de veculos inserto = includo incerto = que no certo mais = antnimo de menos ms = sinnimo de maldosas acender = ascender = pr fogo subir, elevar-se

caar = ir atrs da caa cassar = anular comprimento = extenso cumprimento = saudao deferimento = concesso, permisso diferimento = adiamento delatar = denunciar dilatar = ampliar espiar = olhar expiar = sofrer castigo emigrar = deixar um pas imigrar = entrar num pas migrar = mudar de regio espectador = o que assiste expectador = o que tem esperana infligir = aplicar pena infringir = desrespeitar mandado = ordem judicial mandato = perodo de misso, procurao pleito = eleio preito = homenagem 21

mas = equivalente a porm precedente = antecedente procedente = proveniente, oriundo previdncia = qualidade daquele que prev providncia = suprema sabedoria, medida prvia para alcanar um fim soar = emitir som suar = transpirar tacha = preguinho taxa = imposto, percentagem trfego = movimento, trnsito trfico = comrcio ilegal

preeminente proeminente ratificar = retificar = sobrescrever subscrever tampouco to pouco vultoso = vultuoso =

= nobre, distinto = saliente confirmar corrigir = enderear = assinar = tambm no = muito pouco de grande vulto, volumoso inchado

OBS.: Existem palavras que possuem diferentes significados, so chamadas de polissmicas.. Veja o caso da palavra sano, que pode significar aprovao ou punio: O projeto obteve a sano do presidente. (aprovao) A sano contra o grevista foi muito pesada. (pena)

EXERCCIO III Nas frases abaixo, os termos destacados podem estar corretos ou incorretos. Se estiverem corretos, limite-se a copi-los no espao apropriado; se estiverem incorretos, reescreva-os na forma correta. 1) O verbo pressurisar (_______________) derivado da palavra presso e analisar, (________________) de anlise? 2) Ele no quiz (____________) parecer pretencioso (_____________). 2) A comisso julgadora sempre atribue (_____________) mais pontos ao candidato que possue (____________) experincia mais recente. 3) Foi expressamente proibida a entrada de pessoas estranhas quela cesso (_______) secreta em que se discutiram as causas do acidente. 4) A aeronave no aterrissou no horrio, por que? (_______________) 5) A autoridade quis saber por que (_______________) no haviam resolvido o problema antes da aterrizagem (_______________). 6) Ocorrendo mal sbito (_____________) ou bito de pessoas, o comandante providenciar, na primeira escala, o comparecimento de mdicos ou da autoridade policial local, para que sejam tomadas as medidas cabveis. 7) Voc no viajou porque (______________) estava doente? 8) No debate, discutiu-se muito a cerca (____________) da aceno (_____________) vertiginosa de alguns candidatos. 9) A multa foi infringida (___________) pela prtica de infraes (_________) referentes ao mau (______) uso das aeronaves. 10) Pista a rea retangular definida de um aerdromo terrestre preparada para o pouso ou decolagem ao longo do seu cumprimento (______________). 11) Os deficientes fsicos tem assentos (________________) preferenciais nos avies. 12) necessrio proteger-se do sol: ele pode provocar cncer de pele. O mau (_______) ameaa tambm os jovens. 22

OUTRAS DIFICULDADES COMUNS

1) PORQUE, POR QUE , PORQU OU POR QU? REGRA PORQUE usado quando for possvel substitu-lo por pois POR QUE usado se no der para trocar por pois POR QU usado antes de pontuao PORQU usado sempre que vier precedido de determinante (o, um) EXEMPLO No compareceu reunio quadrimestral porque estava viajando a servio. ( = pois) Precisamos saber por que no foi enviada uma cpia do formulrio ao cliente. No foram enviadas as cpias ao cliente. Por qu? Descobriram o porqu da no-conformidade?

EXERCCIO V Preencha as lacunas com o PORQUE adequado: 1. As pessoas trabalham em equipe.............................. podem realizar mais em conjunto do que isoladamente. 2. .............................. voc agiu daquela forma? 3. Entendemos as razes .............................. voc agiu daquela forma. 4. A briga aconteceu .............................. o juiz da partida parecia estar alcoolizado. 5. Qualidade Total reduz custos .............................. racionaliza processos, diminui o desperdcio, elimina o retrabalho e acaba com a burocracia. 6. Voc no compareceu .............................. ? 7. Ningum sabe ainda o .............................. do terrvel acidente. 8. Nada saiu como planejamos, no sabemos ............................... 9. Eu no lhe telefonei .............................. no pude e voc no me telefonou ..............................? 10. No sabemos.............................. houve atraso na chegada da comitiva presidencial. 2 MAL OU MAU? MAU = ADJETIVO REGRA 1. seu antnimo BOM. 2. varivel: possui a forma feminina M e o plural MAUS. MAL = SUBSTANTIVO REGRA 1. seu antnimo BEM . 2. varivel. Possui o plural MALES. EXEMPLO Esse um mal pelo qual no espervamos. (Esse um bem pelo qual no espervamos.) 23 EXEMPLO Ele mau redator. (Ele bom redator. ) (Ela m redatora. ) (Eles so maus redatores.)

(Esses so males espervamos.)

pelos

quais

no

MAL = ADVRBIO REGRA 1. Seu antnimo BEM. 2. invarivel. No possui plural nem feminino. MAL = CONJUNO REGRA EXEMPLO 1. sinnimo de LOGO QUE. Mal comeou a falar, foi interrompido. 2. invarivel, no possui PLURAL nem (Logo que comeou a falar, foi interrompido.) FEMININO; Mal comearam a falar... EXEMPLO O objetivo est mal redigido. (O objetivo est bem redigido.) (Os objetivos esto mal redigidos.)

EXERCCIO VICOMPLETE COM MAU OU MAL: 1. Ele foi ................. informado sobre o resultado dos exames. 2. Uma redao .......... escrita pode ser apenas o resultado de um ............... planejamento. 3. H pessoas que tm o .............................. costume de fazer .............................. juzo de pessoas que .............................. conhecem. 4. O .................... tempo impediu a decolagem. 5. .................. chegou ao aeroporto e o passageiro sentiu-se ................... 6. Sua apresentao estava .............................. estruturada. 7. O time jogou .............................. mas venceu o campeonato. 8. Passei .............................. durante o dia por ter dormido .............................. noite. 9. .............................. podamos crer naquilo que vamos. 10. Todo o .............................. do Brasil que a poltica uma profisso, mas os polticos no so profissionais. (Pe. Jlio Maria)

3. H OU A? H = VERBO REGRA PRTICA EXEMPLO 1. Pode ser substitudo por FAZ. H (faz) seis meses, o setor de Treinamento Usado sempre para tempo passado; recebeu uma nova estagiria. 2. Pode ser substitudo por EXISTE Na organizao, h (=existem) procedimentos OU EXISTEM. para identificar o potencial e atender a acidentes e situaes de emergncia. 24

A = ARTIGO FEMININO/ PREPOSIO/PRONOME OBLQUO REGRA 1. Acompanha nomes femininos EXEMPLO A alta administrao deve analisar o sistema de gesto ambiental. (Artigo) 2. Estabelece relao entre dois termos O acidente ocorreu a dois quilmetros da base. na frase. (Preposio = relao de distncia) O avio deixar o aeroporto daqui a dez minutos. (Preposio = tempo futuro) 3. Equivale ao pronome ela. O pessoal responsvel pela implementao da poltica ambiental a orientou adequadamente.

EXERCCIO VII Agora preencha as lacunas com A ou H: 1. O interesse pela Melhoria da Qualidade (MQ) tem crescido regularmente ............ alguns anos. 2. Respeite quem vem trabalhando ............ meses para elaborar a rotina. 3. Nosso programa iniciou ............ pouco. 4. O programa iniciar daqui ............ pouco. 5. Agora ............ pouco, ocorreu um acidente na Dutra. 6. ............ poucas chances de fecharmos o negcio. 7. Daqui ............ poucos dias fecharemos o negcio. 8. O sinal soou ............ alguns minutos. 9. Estou esperando ............ dias a entrega da encomenda! 10. ............ dois homens suspeitos, ............ dez minutos , conversando no estacionamento. 11. O acidente ocorreu ............ alguns metros daqui, ............ uns vinte minutos. 12. .......... seis anos, o programa 5S foi implantado na empresa.

4. ONDE OU AONDE? SIGNIFICADO EXEMPLO 1. AONDE equivale a para onde e Aonde levaram o equipamento? ( Para onde usado com verbos de movimento. levaram o equipamento?) 2. ONDE usado com verbos que no Onde est o grupo de trabalho? indicam movimento. OBS.: Somente use o pronome relativo onde (sinnimo de no qual, em que) depois de palavras que indicam lugar. Veja: Certo: Esta a sala onde realizamos nossas reunies de departamento. ( = na qual, em que) Certo: Esse o momento em que todos se dirigem para o restaurante. Errado: Esse o momento onde todos se dirigem para o restaurante. 5. SENO OU SE NO? 25

SIGNIFICADO 1. SENO = caso contrrio 2. SENO = defeito 3. SE NO = Caso no

EXEMPLO Venha logo seno iniciaremos os trabalhos sem voc. No havia um seno no Manual? Se no chegar em cinco minutos, cancelaremos a reunio. ( Caso no chegue...

6. AO INVS DE OU EM VEZ DE? SIGNIFICADO 1. Em vez de = no lugar de EXEMPLO Em vez de terminar o trabalho, ficou conversando na internet. 2. Ao invs de = ao contrrio Ao invs de subir, como todos esperavam, o dlar caiu. de ( necessrio que haja idia de contrariedade)

7. IR AO ENCONTRO DE OU IR DE ENCONTRO A? SIGNIFICADO IR AO ENCONTRO DE = estar a favor 2. IR DE ENCONTRO A = ir contra EXEMPLO Felizmente, esses so valores que vo ao encontro da filosofia da empresa. Suas atitudes iam de encontro filosofia da empresa: foi demitido.

1.

8. DIA-A-DIA OU DIA A DIA? SIGNIFICADO DIA-A-DIA = cotidiano EXEMPLO O dia-a-dia em nosso departamento sempre foi muito calmo Dia a dia, aumentavam nossas responsabilidades.

1.

2. DIA A DIA = dia aps dia

9. AGENTE, A GENTE OU H GENTE? SIGNIFICADO 1. AGENTE = aquele que age 2. A GENTE = ns ( no coloquial) 3. H GENTE = existem pessoas H gente com vida sob os escombros. EXERCCIO VIII Escolha a forma correta: 1. A aeronave decolou .............. alguns minutos. ( h, a ou ?) 2. Cabe ao Comandante informar aos comissrios quando da ........................... de turbulncias e aps a fase, para que interrompam o servio de bordo. (eminncia ou iminncia?) 3. O avio deveria decolar s 16h45min, .................. as ................... condies do tempo no permitiram. ( mas, mais ou ms?) 26 EXEMPLO O agente secreto foi preso. Dia a dia, a responsabilidades. gente recebia nossas

4. O pacote turstico inclui translado e ............................ em hotel de classe turstica. (estadia ou estada?) 5. ............................ as recomendaes quanto aos cuidados com o uniforme. Esperamos que no aconteam casos de desateno. ( ratificamos ou retificamos?) 6. O passageiro foi acometido por um ....... sbito. (mau ou mal?) 7. Nosso colega foi acometido por um ....... sbito. (mau ou mal?) 8. O nibus partiu .............. alguns minutos. ( h, a ou ?) 9. A .............................. de um acidente deixou a todos preocupados. ( eminncia ou iminncia?) 10. ............................ as recomendaes quanto aos cuidados com o uniforme. Era necessria essa confirmao. (ratificamos ou retificamos?) 11. Deveramos partir s 16h45min, .................. as ................... condies do tempo no permitiram. ( mas, mais ou ms?) 12. A ......................... da aeronave ficou avariada. (cauda ou calda?) 13. Na cabine de comando ............. dois ..................... para os tripulantes tcnicos e dois para os tripulantes extras. ( h, a ou ?) ( acentos ou assentos?) 14. O Centro possui um aeroporto com pista de 2.600 metros de ............................ (cumprimento ou comprimento?) 15. Foram feitos investimentos .......................... na construo do aeroporto internacional. ( vultosos ou vultuosos?)

ACENTUAO GRFICA

REGRA 1 Em portugus, toda palavra possui uma slaba tnica, exceo de alguns monosslabos e de raros disslabos tonos. Quando a palavra termina em A, E, O (acrescida ou no de S), EM, ENS ou AM, a tonicidade recai naturalmente sobre a penltima slaba da palavra. Todas as demais terminaes tendem a fixar a tonicidade na ltima slaba. Dessa forma, a acentuao grfica s ser necessria quando for preciso desviar a tonicidade natural da palavra. Veja: TERMINAES A E O EM OUTRAS TERMINAES TONICIDADE NATURAL esta fabrica breve analise camelo negocio Contem Caqui Caracter Xerox DESVIO DA TONICIDADE est fbrica brev anlise camel negcio contm cqui carter xrox

EXERCCIO I 27

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

8.

Acentue quando necessrio: O comandante de aeronave que receber de rgo controlador de vo ordem para pousar, devera dirigir-se, imediatamente, para o aerodromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso. Nenhuma aeronave militar ou civil a servio de Estado estrangeiro e por este diretamente utilizada poder voar sem autorizao no espao aereo brasileiro ou aterrissar no territorio subjacente. A prtica de esportes aereos tais como balonismo, volovelismo, asas voadoras e similares, assim como os vos de treinamento, far-se-o em areas delimitadas pela autoridade aeronautica. Reconquistar o valor da vida atraves do trabalho: o desafio de buscar energia com o minimo de interferencia na natureza. As informaes do formulario foram inseridas na ficha-sumario de treinamento individual. O controle deve incluir procedimentos, equipamentos e manuteno, alem dos parametros do proprio processo. Atualmente no Brasil a definio oficial de aeronave e a constante do art. 106 do Cdigo Brasileiro de Aeronautica, lei 7.565, de 19.12.86, e que dispe o seguinte: Considera-se aeronave todo aparelho manobravel em vo, que possa sustentar-se e circular no espao aereo, mediante reaes aerodinamicas, apto a transportar pessoas ou coisas. Dr. Hlio de Castro Farias Nenhuma aeronave podera ser autorizada para o vo sem a previa expedio do correspondente certificado de aeronavegabilidade, que s sera valido durante o prazo estipulado e enquanto observadas as condies obrigatorias nele mencionadas.

REGRA 2 FORMAS VERBAIS Acentuam-se ainda: PRA (mas no acentuada a preposio para) PR ( mas no acentuada a preposio por) ( ELE) PDE - passado (mas no acentuada a forma presente pode) (ELES) VM ( porm: ELE VEM) (ELES) TM ( porm: ELE TEM) (ELE) MANTM (ELES) MANTM ( e outros derivados de ter : deter, conter, etc.) (ELE) V (ELES) VEM ( o mesmo ocorre com LER/DAR/CRER e derivados)

EXERCCIO II Acentue as formas verbais destacadas nas frases abaixo, se necessrio: 3. Esta Norma contem apenas os requisitos que podem ser objetivamente auditados para fins de certificao/registro e/ou autodeclarao. (ISO 14001). 4. A norma contem disposies que constituem prescries desta Norma. 5. Estas Normas contem algumas definies e conceitos bsicos sobre Sistema da Qualidade. 6. As Normas Internacionais de gesto ambiental tem por objetivo prover s organizaes os elementos de um sistema de gesto ambiental eficaz, passvel de integrao com outros requisitos de gesto, de forma a auxili-las a alcanar seus objetivos econmicos e ambientais. 7. Muitas organizaes tem efetuado anlises ou auditorias ambientais a fim de avaliar seu desempenho ambiental. (Idem) 8. necessrio por em ordem o arquivo. 28

9. As habilidades em relaes humanas consistem em por em pratica a capacidade de compreender as outras pessoas e integrar com elas harmonicamente. 10.O bom carter advem de seguirmos nosso supremo senso de retido, de confiarmos nos ideais sem sequer estarmos certos de que daro certo. Um dos desafios de nossa aventura na Terra consiste em nos elevarmos acima de sistemas mortos... guerras, religies, naes, destruies... nos recusarmos a fazer parte deles, e em vez disso exprimirmos o que temos de melhor dentro de nos. (Richard Bach) 11.O comprometimento com a qualidade tem de ser espontaneo e vir do intimo das pessoas. 12.Planos so necessarios, mas no bastam. As pessoas tem de estar definitivamente decididas a melhorar a qualidade para que esses planos deem certo.

EXERCCIO III Qual a forma correta? necessrio .................. em ordem estes documentos. (por ou pr) Convm .................... os nomes dos presentes na lista. (por ou pr) ................... alguns minutos ficaram no mais absoluto silncio. (por ou pr) ............. mais que nos esforssemos, era difcil completar o percurso no tempo determinado. (por ou pr) Todas as pessoas ....................... a natural necessidade de serem reconhecidas pelo que fazem e pelos resultados que conseguem atingir. (tem ou tm) 6. Todo o mundo ................... assistido, nestes ltimos anos, a profundas transformaes sociais, polticas e econmicas. (tem ou tm) 7. As medidas internas da qualidade so importantes, mas, acima de tudo, necessrio escutar o que os consumidores ................... a dizer. (tem ou tm) 8. Nem todo trabalho em equipe resulta em melhoria de qualidade, mas toda melhoria ........................... do trabalho em equipe. ( provem, provm ou provm) 9. A qualidade um alvo mvel. O que tido como bom hoje, ............. no s-lo amanh. (pode ou pde) 10.Ontem ele no ................. viajar conosco, mas agora ............. . (pode ou pde) 11.Eles no .................. mais trabalhar de nibus. (vem ou vm) 12.Eles no ........................... nenhum problema no atendimento que do ao cliente. (vem, vm ou vem) 1. 2. 3. 4. 5.

REGRA 3 O HIATO Acentuam-se as vogais I e U, quando formam slaba sozinhas (ou acompanhada de S) no interior das palavras e so tnicas. Assim:, acentua- se: dis - tri - bu pronunciado separadamente, tnico, sozinho na slaba.

Mas no se acentuam: dis - tri bui no pronunciado separadamente dis - tri - bu ir pronunciado separadamente, mas no est sozinho na slaba atende a todas as exigncias mas vem antes de slaba iniciada por ba - i nha NH. Essa uma exceo. 29

REGRA 4 Acentuam-se ainda: os monosslabos terminados em A, AS, E, ES, O OU OS, como P, P, P. os ditongos abertos I, I, U. Assim: A-PI-O acentuado mas A-POI-O no algumas palavras que precisam ser diferenciadas. So elas: PRA (verbo) de PARA (preposio) PDE (pretrito) de PODE (presente) PLO (substantivo) e PLO (verbo) de pelo (preposio) PLO (extremidade, jogo) de POLO (gaviozinho) PRA (fruta) de PRA (pedra antigamente) e PERA (preposio per+a)

EXERCCIO IV Acentue o que for necessrio: 1. nossa responsabilidade remover os documentos em reviso e substitui-los pelos atualizados. 2. Sem prejuizo de suas atividades rotineiras, o pessoal envolveu-se na elaborao das normas internas. 3. O Conselho sera constituido pelas gerencias de primeiro nivel envolvidas com a normalizao, enquanto os Grupos de Trabalho sero formados por especialistas indicados pelos representantes do Comite. 4. Tomar como padro o absolutamente melhor e tentar supera-lo e o caminho para a excelencia. 5. O pior obstaculo que uma empresa tem de superar e o sucesso. ( Malcom Forbes) 6. Isso e muito importante: faa o que voce diz e diga o que voce faz. 7. A NB 9001 faz parte de um conjunto de tres normas que tratam de sistemas da qualidade. 8. O Vale do Paraiba um importante polo industrial brasileiro. 9. Aguas, aves, mares, matas, rios, ar, densas florestas. A natureza e o maior patrimonio da humanidade. Preserva-la e, sem dvida, preservar a vida! 10.Quem perdeu dinheiro, no perdeu nada; quem perdeu a saude, perdeu alguma coisa; quem perdeu o entusiasmo, perdeu tudo!

O TREMAAinda existe trema? Sim, existe e deve ser usado sempre que a letra U for pronunciada e vier depois das letras G e Q e antes de E ou I. Assim:

G Q

EXERCCIO V

E I

Leia as palavras abaixo e coloque trema se necessrio. 30

Adquirir Quorum Questo questionar Eqiltero

liquidao extinguir liquefeito extorquir frequente

sequestro linguia sequer equino quinqunio

quatorze guerra quesito sequela equidade

aguentar liquidificador quinquenal unguento quinzenal

eloquente querosene guinada cinquenta aquoso

Observao: Se a letra U , alm de pronunciada, for tnica, receber acento agudo. Veja: averige, apazige.

EXERCCIO VI Acentue graficamente as palavras que exigirem acento: O Centro de Lanamento de Alcntara no Maranho dotado de toda infra-estrutura: instalaes para inspeo, montagem e testes de componentes de foguetes e satlites, plataformas de lanamentos, centros de controle, rastreamento, tratamento de dados, segurana de voo e meteorologia. Alta qualificao operacional Aeroporto proprio (pista de pouso com 2.600 m de comprimento por 45 m de largura) Excelente posio geografica (prximo linha do Equador - 0218s). Preos em media 25% a 30% mais baixos, carga util 13% a 31% superior a de um engenho lanado de qualquer dos demais centros espaciais hoje existentes no planeta. O sistema aeroportuario e constituido pelo conjunto de aerodromos brasileiros, com todas as pistas de pouso, pistas de taxi, patio de estacionamento de aeronaves, terminal de carga aerea, terminal de passageiros e as respectivas facilidades. O sistema de sustentao do 737 usa flaps do tipo Fowler de tres partes no bordo de fuga, slats no bordo de ataque e um tipo simples de flap ao longo do bordo de ataque, entre as nacelles dos motores e a fuselagem. Com esses artificios, o 737 pode operar em pistas de apenas 1.200 metros. Sobreaviso e o periodo de tempo no excedente a 12 (doze) horas, em que o aeronauta permanece em local de sua escolha, disposio do empregador, devendo apresentar-se no aeroporto ou outro local determinado, ate 90 (noventa) minutos apos receber comunicao para o inicio de nova tarefa. (Art. 25 , Lei 7183) A finalidade basica da fraseologia padro e minimizar o tempo de transmisso de mensagens, para que no haja atraso de outras aeronaves, garantindo assim, a segurana de voo.

1.

2.

3.

4.

5.

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRASSo dez as classes de palavras na lngua portuguesa: SUBSTANTIVO: o nome com que designamos pessoas, animais, coisas e que funciona como ncleo do sujeito ou complemento em geral. Aquela bandeira tricolor. ADJETIVO: indica as qualidades ou propriedades de todos os seres, funcionando como modificador de substantivos. As rvores so bonitas. PRONOME: a palavra que representa o ser ou ao ser se refere, considerando apenas como pessoas do discurso (1a , 2a , 3a ) ou relacionando-os com elas. Ela a razo da minha vida. VERBO: a palavra que apresenta uma ao, um fenmeno, um estado ou mudana de estado. o termo, na maioria dos casos, essencial do enunciado. O Santa Cruz o time de maior tradio em Pernambuco.

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ARTIGO : tem a funo de identificar toda uma classe de palavras: os substantivos, determinandoos, indicando-lhes o gnero. O homem tinha uma soluo para tudo. NUMERAL : o nome que indica a quantidade (cardinais), ou a seriao (ordinais) ou a proporo dos seres (multiplicativos e fracionrios) Ele foi o sexto no concurso. PREPOSIO : a palavra conectiva que, posta entre dois termos de funo diversa, indica que o segundo se subordina ao primeiro. Entregamos em domiclio. INTERJEIO : a expresso com que traduzimos os nossos estados emotivos. Caramba! CONJUNO : tem por misso reunir oraes num mesmo enunciado e determina a coordenao entre dois termos, ou entre duas oraes, ou subordinao entre duas oraes. Tentei ler, mas dormi. ADVRBIO: a palavra que se acrescenta significao de um verbo, de um adjetivo, de outro advrbio, ou de toda uma frase. O dia est muito frio. O homem no falava muito bem. CLASSES DE PALAVRAS QUE NO SE FLEXIONAM 1) 2) 3) 4) PREPOSIO INTERJEIO CONJUNO ADVRBIO

EXERCCIOS 1. Classifique morfologicamente as palavras destacadas:

A) Quem estuda os males espanta. ____________________________________________ B) Certamente ela no quis enganar. ____________________________________________ C) Disse o horrio a todas as alunas. ____________________________________________ D) Encontrou um meio de amenizar o problema. ____________________________________________ E) Durante a reunio, todos falaram. ____________________________________________ F) Ganhou um quadro a leo. ____________________________________________ G) Sou um eu procura de um tu para sermos ns. ____________________________________________ H) Havia 2003 fatos para eu estudar ____________________________________________ I) A mulher disse um muito obrigado cheio de mgoa. ____________________________________________ 2) Leia o texto a seguir para responder questo 1.

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Vinho de missa Era domingo e o navio prosseguia viagem. Os passageiros iam sendo convocados para a missa de bordo. - Vamos missa? - convidou Ovalle. O passageiro a seu lado no convs recusou-se com inesperada veemncia: - Missa, eu? Deus me livre de missa. - No entendo - tornou Ovalle, intrigado: - O senhor pede justamente a Deus que o livre da missa? - No meu tempo de menino eu ia missa. Mas deixei de ir por causa de um episdio no colgio interno, h mais de trinta anos. Colgio de padre - isso explica tudo, o senhor no acha? Ele achou que no explicava nada e pediu ao homem que contasse. - Pois olha, vou lhe contar: imagine o senhor que havia no colgio um barbeiro, para fazer a barba dos padres e o cabelo dos alunos. Vai um dia o barbeiro me seduz com a idia de furtar o vinho de missa, que era guardado numa adega. Me ensinou um jeito de entrar na adega - e um dia eu fiz uma incurso ao tonel de vinho. Mas fui infeliz: deixei a torneira pingando, descobriram a travessura e no dia seguinte o padrediretor reunia todos os alunos do colgio, intimando o culpado a se denunciar. Ia haver comunho geral e quem comungasse com to horrenda culpa mereceria danao eterna. Est visto que no me denunciei: busquei um confessor, tendo o cuidado de escolher um padre que gozava entre ns da fama de ser mais camarada: "Padre, como que eu saio desta? Eu pequei, fui eu que bebi o vinho. Mas se deixar de comungar, o padre-diretor descobre tudo, vou ser castigado." Ele ento me tranqilizou, invocando o segredo confessional, me absolveu e pude receber a comunho. Pois muito bem: no mesmo dia todo mundo sabia que tinha sido eu e eu era suspenso do colgio. O homem respirou fundo e acrescentou, irritado: - Como que o senhor quer que eu ainda tenha f nessa espcie de gente? Ovalle ouvia calado, os olhos perdidos na amplido do mar. Sem se voltar para o outro, comentou: - O senhor, certamente, achou que o confessor saiu dali e foi direitinho contar ao diretor. - Isso mesmo. Foi o que aconteceu. - O vinho era bom? - Como? - Pergunto se o senhor achou o vinho bom. O homem sorriu, intrigado: - Creio que sim. Tanto tempo, no me lembro mais... Mas devia ser: vinho de missa! Ento Ovalle se voltou para o homem, ergueu o punho com veemncia: - E o senhor, depois de beber o seu bom vinho de missa, me passa trinta anos acreditando nessa asneira? O homem o olhava, boquiaberto: - Asneira? Que asneira? - Ser possvel que ainda no percebeu? Foi o barbeiro, idiota! - O barbeiro? - balbuciou o outro: - verdade... O barbeiro! Como que na poca no me ocorreu... - Vamos para a missa - ordenou Ovalle, tomando-o pelo brao. (Fernando Sabino.A mulher do vizinho. 17 ed., Rio de Janeiro: Record, 1997) Questo 1: Considerando a classe morfolgica dos vocbulos em destaque, julgue os itens a seguir. 1. "Era domingo o navio prosseguia viagem. Os passageiros iam sendo convocados para a missa de bordo." - substantivos. (l.1-3) 2. "Mas fui infeliz: deixei a torneira pingando, descobriram a travessura e no dia seguinte o padre-diretor reunia todos os alunos do colgio, intimando o culpado a se denunciar." - adjetivos. (l.22-25) 3. "Ia haver comunho geral e quem comungasse com to horrenda culpa mereceria danao eterna." verbos. (l.25-27) 4. "Est visto que no me denunciei: busquei um confessor, tendo o cuidado de escolher um padre que gozava entre ns da fama de ser mais camarada." - pronomes relativos. (l.27-30) 5. "Ento Ovalle se voltou para o homem, ergueu o punho com veemncia." - preposies. (l. 52-53). 6. "- Isso mesmo. Foi o que aconteceu." - pronomes. (l.46) 7. "- Creio que sim. Tanto tempo, no me lembro mais... Mas devia ser: vinho de missa!" - conjunes. (l. 50-51) 8. "Vai um dia o barbeiro me seduz com a idia de furtar o vinho de missa, que era guardado numa

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adega." - locues adjetivas. (l.19-21) 3) Leia o texto a seguir para responder questo 2. A dengue considerada hoje o maior problema de sade pblica dos pases tropicais. As condies climticas lhe so favorveis. O Aedes aegypti, mosquito transmissor da doena, prolifera em ambientes com temperatura e umidade elevadas. Da por que no vero, perodo de ca lor forte e chuvas abundantes, ocorre o maior nmero de casos. O Brasil oferece terreno frtil para a proliferao do inseto. Mais de 20% da populao das grandes e mdias cidades vivem em condies precrias de saneamento bsico. Sem abastecimento regular de gua e coleta constante de lixo, formam-se os criadouros ideais do Aedes aegypti. Os moradores das reas de risco precisam manter gua em reservatrios, e o lixo moderno, descartvel por excelncia, forma depsitos artificiais que atraem o mosquito. A violncia urbana outro aliado da enfermidade. Os tcnicos no conseguem entrar nas casas para inspecion-las. Amedrontada, a populao teme estar diante de um bandido disfarado que se diz funcionrio da vigilncia sanitria. No lhe abre a porta. Outro fator que o pas recebe grande fluxo de turistas. O ser humano a fonte da transmisso do mal. ele quem contamina o mosquito. Ora, no h possibilidade de inspecionar portos, aeroportos, ferrovirias, rodovirias e estradas para detectar possveis infectados. Ainda que houvesse, a dengue, em muitos casos, assintomtica ou confunde-se com gripe ou resfriado. Erradicar a dengue no curto prazo, pois, impossvel. Mas o poder pblico pode e deve tomar medidas capazes de mant-la sob controle e, sobretudo, de salvar vidas. Campanhas educativas mudam hbitos da populao. Os brasileiros tm o costume de manter, nas dependncias domsticas, vasos de plantas com pratinhos de gua. Conscientes do perigo, podero livrar-se do risco potencial. Certas aes simples, porm indispensveis, no podem ser ne gligenciadas. o caso de atacar os possveis focos do Aedes aegypti. A vigilncia sanitria deve fiscalizar cemitrios, borracharias, depsitos de ferro velho e providenciar a limpeza de terrenos baldios. So aes preventivas eficazes e urgentes. Mas, enquanto perdurarem as situaes de precariedade em saneamento bsico, haver infectados. O Brasil deu um passo adiante para conviver com o mal. Especializou profissionais da rea de sade a fim de tratar as formas graves da infeco e reduzir-lhe a letalidade a quase zero. Vale o exemplo. Manaus registrou 58 ocorrncias de dengue hemorrgica. O nico bito deveu-se ao fato de o enfermo no ter procurado o hospital de referncia. A escassez de recursos impede que todos os hospitais tenham unidades especializadas em dengue. Mas impe-se que todas as cidades tenham pelo menos um centro de atendimento aos casos graves. Com socorro adequado e tempestivo, possvel evitar mortes. Nenhum governo pode ignorar esse avano. Questo 2: Julgue os itens. 1. Na linha 1, a palavra "dengue" constitui substantivo e , sintaticamente, ncleo do sujeito. (l.1) 2. Em "O Brasil oferece terreno frtil..." (l.8) e " ..o pas recebe grande fluxo de turistas" (l.22), os substantivos destacados apresentam paralelismo sinttico. 3. No trecho: "Os moradores das reas de risco precisam manter gua em reservatrios, e o lixo moderno, descartvel por excelncia, forma depsitos artificiais que atraem o mosquito" (l.13-16), destacaram-se apenas substantivos concretos, comuns e simples. 4. Em "O ser humano a fonte da transmisso do mal" (l.23), temos exemplo de verbo usado substantivamente. 5. O substantivo "dengue" (l.1) comum-de-dois-gneros: o dengue/ a dengue. 6. No trecho: "Especializou profissionais da rea de sade a fim de tratar as formas graves da infeco e reduzir-lhe a letalidade a quase zero" (l.46-49), destacaram-se seis ocorrncias de artigo definido. 7. Em "A violncia urbana outro aliado da enfermidade" (l.17-18) e em "Os moradores das reas de risco precisam manter gua em reservatrios" (l.13-14), destacaram-se, respectivamente, o adjetivo e a locuo adjetiva. 8. Em " O Brasil deu um passo adiante para conviver corri o mal" (l.46) e em "Manaus registrou 58 ocorrncias de dengue hemorrgica" (l.50-51), destacaram-se numerais.

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CRASE

A crase o encontro de dois fonemas idnticos (a+a) representado na escrita pelo acento grave (`). Veja: Quem obedece, obedece a algum. Se esse algum for a autoridade. Teremos: Obedea a a autoridade. Ou seja: Obedea autoridade.

Observe que o verbo obedecer exige a preposio a e o substantivo autoridade aceita o artigo a. Temos a, portanto, um encontro de dois as. Para ter certeza da ocorrncia da crase, podemos nos valer de alguns artifcios. Veja:

REGRAS PRTICAS Ocorre crase: 1. Se for possvel substituir por PARA A: Veja: Comunicaremos os resultados da auditoria empresa. Comunicaremos os resultados da auditoria para a empresa. Entretanto: Concedeu-se a todos os funcionrios adiantamento salarial. Concedeu-se para todos os funcionrios adiantamento salarial. Exercitando... Acentue quando necessrio. Faa como no exemplo abaixo, se for possvel substituir mentalmente A por PARA A porque preciso acentuar: Forneceremos ( = PARA A) empresa o resultado da avaliao. 1. Helipontos so os aerdromos destinados exclusivamente a helicpteros e heliportos so os helipontos pblicos, dotados de instalaes e facilidades para apoio de operaes de helicpteros e de embarques e de embarque e desembarque de pessoas e cargas. 2. Promover mudanas fundamental a liderana. 3. O comandante pode delegar a outro membro da tripulao as atribuies que lhe competem, menos as que se relacionem com a segurana de vo. 4. O homem d um grande passo a frente em seu desenvolvimento quando se convence de que os outros homens podem ser convocados para ajud-lo a realizar um trabalho melhor do que ele poderia fazer sozinho. 5. Precisamos enviar a carta a sucursal. 35

6. Atriburam-se responsabilidades as pessoas da equipe. 7. programa ser extensivo a todas as atividades empresariais. 8. Enfatizou-se a importncia da preveno de acidentes durante toda a palestra. 9. preciso levar o problema diretamente a seu superior imediato. 10.Leve o documento a sala de reunies.

2. Se, ao trocar a palavra posterior por uma masculina, resultar AO. Veja: Recorreremos enfermeira de planto. Recorreremos ao enfermeiro de planto. Entretanto: Chamaremos a enfermeira. Chamaremos o enfermeiro.

Exercitando... Acentue quando necessrio. Faa como no exemplo abaixo: Ex.: O sindicalista fez a proposta empresria. (AO empresrio) 1. Os pousos e decolagens devem ser executados, de acordo com procedimentos estabelecidos, visando a segurana do trfego, das instalaes aeroporturias e vizinhas, bem como a segurana e bem-estar da populao que, de alguma forma, possa ser atingida pelas operaes. 2. Paulatinamente as empresas brasileiras vo se acomodando a nova realidade de mercado e investindo em sua preparao para a competitividade. (Cleide Costa) 3. A funo remunerada a bordo de aeronaves nacionais privativa de titulares de licenas especficas e reservada a brasileiros nato ou naturalizados, podendo, mediante acordo de reciprocidade, haver intercmbio de tripulantes de outras nacionalidades. 4. Uma das melhores formas de persuadirmos as outras pessoas com os ouvidos... ouvindo-as simplesmente. ( Dean Rusch) 5. As pessoas tm fora suficiente para moldar o futuro na medida em que se soltem dos referenciais antigos e se projetem em direo a viso do que desejam construir. 6. Voc pode fazer qualquer coisa se tiver entusiasmo. O entusiasmo o fermento que faz suas esperanas atingirem a altura das estrelas. O entusiasmo a centelha em seus olhos, a ginga do seu andar, o aperto de sua mo, a onda irresistvel de sua vontade e de sua energia para levar a cabo as suas idias. Os entusiastas so lutadores. Esses possuem qualidades estveis. O entusiasmo o fundamento do progresso. Sem ele existem apenas libis. ( Henry Ford) 7. O consumidor precisa ser corretamente atendido, independentemente de seu status econmico ou social por telefonistas, balconistas, recrutadores, atendentes, profissionais ligados a sade, ao ensino, aos poderes pblicos e a rede bancria . 8. A palestra foi apresentada a uma platia atenta. 9. Qualidade no significa apenas um final feliz, mas todo um processo! So as pessoas, no as organizaes, que criam qualidade! 10.Quem define a qualidade o cliente!

3. Se, ao trocarmos aquele, aquilo ou aquela por este, isto ou esta, resultar A ESTE, A ISTO ou A ESTA. 36

Veja: Referiu-se quele procedimento. Referiu-se a este procedimento Entretanto: Voc seguiu aquele procedimento? Voc seguiu este procedimento? Exercitando... Acentue se necessrio. Faa como no exempl