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Jul l Ago l Set 2020 | 19 | 2 Testemunhas cativantes: o poder do testemunho pessoal VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20). Leituras da semana: Mc 5:15-20; 16:1-11; At 4:1-20; 1Jo 1:1-3; Gl 2:20; At 26:1-32 Sábado à tarde, 4 de julho Ano Bíblico: Sl 111-118 H á um poder incomum no testemunho pessoal. Quando nosso coração é enternecido pelo amor de Cristo e somos transformados por Sua gra- ça, temos algo significativo a dizer sobre Ele. Uma coisa é compartilhar o que Jesus fez por outra pessoa. Outra coisa bastante diferente é compar- tilhar o que Ele fez por nós. É difícil argumentar contra a experiência pessoal. As pessoas podem debater sua teologia ou sua interpretação de um texto ou até zombar da religião em geral. Mas quando alguém diz: “Eu antes não tinha nenhuma esperança, mas agora tenho; eu estava repleto de culpa, mas agora tenho paz; minha vida não tinha sentido, mas agora tenho propósito”, até os cé- ticos são impactados pelo poder do evangelho. Embora algumas pessoas passem por conversões repentinas e dramá- ticas como a do apóstolo Paulo na estrada de Damasco, a conversão ocorre com mais frequência quando uma pessoa tem um crescente reconhecimen- to da preciosidade de Jesus, uma profunda compreensão de Sua maravi- lhosa graça e um supremo senso de gratidão pela salvação que Ele oferece gratuitamente. Cristo reorienta radicalmente nossa vida. O mundo neces- sita desse testemunho e anseia por ele desesperadamente. Lição 2 16ct22

Lição o poder do testemunho O que é ser um 2 pessoal 2 ... · para ajudar um amigo. Você poderia ser preso se mentisse no tribunal. O juiz e o júri exi - gem apenas testemunhas

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| 18 | Fazendo amigos para Deus: A alegria de participar de Sua missão Jul l Ago l Set 2020 | 19 |

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Testemunhas cativantes: o poder do testemunho pessoal

VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que

vimos e ouvimos” (At 4:20).

Leituras da semana: Mc 5:15-20; 16:1-11;At 4:1-20; 1Jo 1:1-3; Gl 2:20; At 26:1-32

■ Sábado à tarde, 4 de julho Ano Bíblico: Sl 111-118

H á um poder incomum no testemunho pessoal. Quando nosso coração é enternecido pelo amor de Cristo e somos transformados por Sua gra-

ça, temos algo significativo a dizer sobre Ele. Uma coisa é compartilhar o que Jesus fez por outra pessoa. Outra coisa bastante diferente é compar-tilhar o que Ele fez por nós.

É difícil argumentar contra a experiência pessoal. As pessoas podem debater sua teologia ou sua interpretação de um texto ou até zombar da religião em geral. Mas quando alguém diz: “Eu antes não tinha nenhuma esperança, mas agora tenho; eu estava repleto de culpa, mas agora tenho paz; minha vida não tinha sentido, mas agora tenho propósito”, até os cé-ticos são impactados pelo poder do evangelho.

Embora algumas pessoas passem por conversões repentinas e dramá-ticas como a do apóstolo Paulo na estrada de Damasco, a conversão ocorre com mais frequência quando uma pessoa tem um crescente reconhecimen-to da preciosidade de Jesus, uma profunda compreensão de Sua maravi-lhosa graça e um supremo senso de gratidão pela salvação que Ele oferece gratuitamente. Cristo reorienta radicalmente nossa vida. O mundo neces-sita desse testemunho e anseia por ele desesperadamente.

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■ Domingo, 5 de julho Ano Bíblico: Sl 119

Testemunhas improváveis

1. Leia Marcos 5:15-20. Por que Jesus enviou o homem a Decápolis para tes-temunhar à sua família e amigos, em vez de cultivá-lo em sua nova fé, mantendo-o com Ele?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A palavra Decápolis vem de duas palavras: deca, que significa “dez”, e polis, que significa “cidades”. Decápolis era uma região de dez cidades

ao longo das margens do Mar da Galileia, no primeiro século. Essas cida-des eram unidas por idioma e cultura comuns. O endemoninhado era co-nhecido por muitas pessoas naquela região. Ele havia infligido medo no coração delas por meio de seu comportamento imprevisível e violento. Jesus viu naquele homem alguém que ansiava por algo melhor e, por isso, miraculosamente o livrou dos demônios que o atormentavam.

Quando as pessoas da cidade souberam que Jesus havia permitido que os demônios possuíssem um rebanho de porcos e que os animais tinham caído de um penhasco no mar, saíram para ver o que estava acontecen-do. O evangelho de Marcos registra: “Indo ter com Jesus, viram o ende-moninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram” (Mc 5:15). O homem estava são novamente – física, mental, emocional e espiritualmente. A essência do evangelho é restaurar pessoas destruídas pelo pecado à plenitude para qual Cristo as criou.

Havia pessoa melhor para alcançar aquelas dez cidades da área de De-cápolis do que um endemoninhado transformado que podia compartilhar seu testemunho com toda a região? Ellen G. White declarou: “Como teste-munhas de Cristo, devemos dizer o que sabemos, o que nós mesmos temos visto, ouvido e sentido. Se seguimos Jesus, passo a passo, teremos algo po-sitivo a contar sobre a maneira pela qual Ele nos tem conduzido. Podemos dizer como temos experimentado Suas promessas e comprovado a fide-lidade delas. Podemos dar testemunho do que temos conhecido da graça de Cristo. É esse o testemunho que nosso Senhor pede de nós, e por falta dele o mundo está a perecer” (O Desejado de Todas as Nações, p. 340). Deus muitas vezes usa improváveis testemunhas, as quais são transformadas por Sua graça, para fazer a diferença em nosso mundo.

Qual é a sua história de conversão? Como você se tornou cristão? Como alguém não convertido poderia se beneficiar da sua experiência e do seu testemunho?

■ Segunda, 6 de julho Ano Bíblico: Sl 120-134

Proclamando o Cristo ressurreto

Era domingo de manhã bem cedo, e as duas Marias foram às pressas ao túmulo de Cristo. Elas não Lhe pediriam nada. O que um Homem mor-

to poderia lhes dar? Na última vez que O tinham visto, Seu corpo esta-va ensanguentado, machucado e enfraquecido. As cenas da cruz estavam profundamente gravadas na mente daquelas mulheres. Agora elas esta-vam simplesmente cumprindo seu dever. Com tristeza, foram ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus. As deprimentes sombras do desâni-mo engoliam sua vida na escuridão do desespero. O futuro era incerto e oferecia pouca esperança.

Quando chegaram ao túmulo, ficaram surpresas ao encontrá-lo va-zio. Mateus registrou os eventos daquela manhã da ressurreição com es-tas palavras: “O anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito” (Mt 28:5, 6).

As mulheres agora estavam transbordando de alegria. As nuvens escuras de tristeza desapareceram na luz do Sol da manhã da ressurreição. A triste noite daquelas mulheres havia terminado. A alegria agraciava seu semblan-te, e suas lágrimas de lamento davam lugar a canções de regozijo.

2. Leia Marcos 16:1-11. Qual foi a reação de Maria quando descobriu que Cristo havia ressuscitado dos mortos? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Duvidou. B. ( ) Saiu e anunciou a notícia aos companheiros de Jesus.

Depois que Maria encontrou o Cristo ressurreto, ela correu para contar a história. Boas notícias devem ser compartilhadas, e ela não podia ficar cala-da. Cristo estava vivo! Seu túmulo estava vazio, e o mundo devia saber disso! Depois de encontrarmos o Cristo ressurreto ao longo da estrada da vida, também precisamos correr para contar a história!

É igualmente impressionante que, apesar de todas as vezes em que Jesus lhes havia dito o que aconteceria (de que Ele morreria e ressusci-taria), os discípulos, os que Jesus escolheu especificamente, tenham se recusado a acreditar no testemunho de Maria. “Estes, ouvindo que Ele vi-via e que fora visto por ela, não acreditaram” (Mc 16:11). Portanto, se os próprios discípulos de Jesus não acreditaram imediatamente, não deve-mos ficar surpresos se outros não aceitarem de imediato nossas palavras.

Alguém já rejeitou seu testemunho? Como você reagiu e o que aprendeu com essa ex-periência?

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■ Domingo, 5 de julho Ano Bíblico: Sl 119

Testemunhas improváveis

1. Leia Marcos 5:15-20. Por que Jesus enviou o homem a Decápolis para tes-temunhar à sua família e amigos, em vez de cultivá-lo em sua nova fé, mantendo-o com Ele?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A palavra Decápolis vem de duas palavras: deca, que significa “dez”, e polis, que significa “cidades”. Decápolis era uma região de dez cidades

ao longo das margens do Mar da Galileia, no primeiro século. Essas cida-des eram unidas por idioma e cultura comuns. O endemoninhado era co-nhecido por muitas pessoas naquela região. Ele havia infligido medo no coração delas por meio de seu comportamento imprevisível e violento. Jesus viu naquele homem alguém que ansiava por algo melhor e, por isso, miraculosamente o livrou dos demônios que o atormentavam.

Quando as pessoas da cidade souberam que Jesus havia permitido que os demônios possuíssem um rebanho de porcos e que os animais tinham caído de um penhasco no mar, saíram para ver o que estava acontecen-do. O evangelho de Marcos registra: “Indo ter com Jesus, viram o ende-moninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram” (Mc 5:15). O homem estava são novamente – física, mental, emocional e espiritualmente. A essência do evangelho é restaurar pessoas destruídas pelo pecado à plenitude para qual Cristo as criou.

Havia pessoa melhor para alcançar aquelas dez cidades da área de De-cápolis do que um endemoninhado transformado que podia compartilhar seu testemunho com toda a região? Ellen G. White declarou: “Como teste-munhas de Cristo, devemos dizer o que sabemos, o que nós mesmos temos visto, ouvido e sentido. Se seguimos Jesus, passo a passo, teremos algo po-sitivo a contar sobre a maneira pela qual Ele nos tem conduzido. Podemos dizer como temos experimentado Suas promessas e comprovado a fide-lidade delas. Podemos dar testemunho do que temos conhecido da graça de Cristo. É esse o testemunho que nosso Senhor pede de nós, e por falta dele o mundo está a perecer” (O Desejado de Todas as Nações, p. 340). Deus muitas vezes usa improváveis testemunhas, as quais são transformadas por Sua graça, para fazer a diferença em nosso mundo.

Qual é a sua história de conversão? Como você se tornou cristão? Como alguém não convertido poderia se beneficiar da sua experiência e do seu testemunho?

■ Segunda, 6 de julho Ano Bíblico: Sl 120-134

Proclamando o Cristo ressurreto

Era domingo de manhã bem cedo, e as duas Marias foram às pressas ao túmulo de Cristo. Elas não Lhe pediriam nada. O que um Homem mor-

to poderia lhes dar? Na última vez que O tinham visto, Seu corpo esta-va ensanguentado, machucado e enfraquecido. As cenas da cruz estavam profundamente gravadas na mente daquelas mulheres. Agora elas esta-vam simplesmente cumprindo seu dever. Com tristeza, foram ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus. As deprimentes sombras do desâni-mo engoliam sua vida na escuridão do desespero. O futuro era incerto e oferecia pouca esperança.

Quando chegaram ao túmulo, ficaram surpresas ao encontrá-lo va-zio. Mateus registrou os eventos daquela manhã da ressurreição com es-tas palavras: “O anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito” (Mt 28:5, 6).

As mulheres agora estavam transbordando de alegria. As nuvens escuras de tristeza desapareceram na luz do Sol da manhã da ressurreição. A triste noite daquelas mulheres havia terminado. A alegria agraciava seu semblan-te, e suas lágrimas de lamento davam lugar a canções de regozijo.

2. Leia Marcos 16:1-11. Qual foi a reação de Maria quando descobriu que Cristo havia ressuscitado dos mortos? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Duvidou. B. ( ) Saiu e anunciou a notícia aos companheiros de Jesus.

Depois que Maria encontrou o Cristo ressurreto, ela correu para contar a história. Boas notícias devem ser compartilhadas, e ela não podia ficar cala-da. Cristo estava vivo! Seu túmulo estava vazio, e o mundo devia saber disso! Depois de encontrarmos o Cristo ressurreto ao longo da estrada da vida, também precisamos correr para contar a história!

É igualmente impressionante que, apesar de todas as vezes em que Jesus lhes havia dito o que aconteceria (de que Ele morreria e ressusci-taria), os discípulos, os que Jesus escolheu especificamente, tenham se recusado a acreditar no testemunho de Maria. “Estes, ouvindo que Ele vi-via e que fora visto por ela, não acreditaram” (Mc 16:11). Portanto, se os próprios discípulos de Jesus não acreditaram imediatamente, não deve-mos ficar surpresos se outros não aceitarem de imediato nossas palavras.

Alguém já rejeitou seu testemunho? Como você reagiu e o que aprendeu com essa ex-periência?

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■ Terça, 7 de julho Ano Bíblico: Sl 135-139

Vidas transformadas fazem a diferença

“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens ile-trados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles es-

tado com Jesus” (At 4:13).A igreja do Novo Testamento teve um crescimento explosivo. Três mil

pessoas foram batizadas no dia de Pentecostes (At 2:41). Mais outros mi-lhares de pessoas foram acrescentados à igreja algumas semanas depois (At 4:4). Logo as autoridades reconheceram o que estava acontecendo. Os cristãos do Novo Testamento haviam estado com Cristo. Tiveram a vida transformada por Sua graça e por isso não podiam ficar calados.

3. O que é relatado em Atos 4:1-20? O que aconteceu quando as autorida-des tentaram silenciar Pedro e João? Qual foi a resposta deles?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Aqueles cristãos eram recém-convertidos e foram impelidos a contar sua história. Pedro, um rude pescador, foi transformado pela graça de Deus. Tiago e João, filhos do trovão, que tinham dificuldade de contro-lar seu temperamento, foram transformados pelo amor divino. Tomé, o cético, foi transformado pela misericórdia do Senhor. Cada um dos dis-cípulos e membros da igreja primitiva tinha a própria história para con-tar, e não pôde ficar calado. Observe esta poderosa declaração de Ellen G. White no livro Caminho a Cristo: “No momento em que uma pessoa aceita a Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o pre-cioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santi-ficadora não pode ficar escondida em seu coração” (p. 78).

Observe também o que os líderes religiosos disseram no verso 16. Eles reconheceram abertamente a realidade do milagre que havia sido realiza-do – o homem curado estava ali diante deles. Mesmo com tudo isso, eles se recusaram a mudar de atitude. Apesar dessa aberta oposição, Pedro e João não recuaram de seu testemunho.

Qual é a relação entre conhecer e compartilhar Cristo? Por que conhecer Jesus pessoal-mente é tão essencial para podermos testemunhar Dele?

■ Quarta, 8 de julho Ano Bíblico: Sl 140-144

Compartilhando nossa experiência

Em Atos 26, encontramos o apóstolo Paulo como prisioneiro diante do rei Agripa. Nesse texto, dirigindo-se ao rei, Paulo deu seu testemunho

pessoal, falando sobre sua vida não apenas como perseguidor dos segui-dores de Jesus, mas sobre sua vida como testemunha de Jesus, após sua conversão, e a respeito da promessa da ressurreição dos mortos (At 26:8).

Quando Paulo se converteu na estrada de Damasco, nosso Senhor fa-lou com Ele dizendo: “Por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que Me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda” (At 26:16). Compartilhar nossa fé é sempre uma ex-periência dinâmica. É contar a história do que Cristo fez por nós no pas-sado, o que Ele está fazendo em nossa vida hoje e o que Ele realizará por nós no futuro.

Testemunhar nunca se trata de nós. Sempre se trata Dele. Ele é o Deus que perdoa nossas iniquidades, cura nossas enfermidades, coroa-nos de graça e misericórdia e nos farta de bens (Sl 103:3-5). Testemunhar é sim-plesmente compartilhar a história de Sua maravilhosa graça em nós. É um testemunho de nosso encontro pessoal com o Deus de graça maravilhosa.

4. Leia 1 João 1:1-3 e compare com Gálatas 2:20. Quais semelhanças existem? Como a experiência de João é semelhante à de Paulo?

_________________________________________________________________________________________________________________________________

Embora João e Paulo tivessem diferentes experiências de vida, ambos se encontraram com Jesus. A experiência deles com Cristo não tinha aca-bado depois de ocorrer em um ponto específico do passado. Foi uma ex-periência diária e contínua de alegrar-se em Seu amor e andar à luz de Sua verdade.

A conversão é algo apenas do passado? Observe a declaração de Ellen White sobre os que pensavam que sua experiência de conversão passa-da fosse tudo o que importava: “Como se eles, uma vez que descobriram algo sobre religião, não precisassem ser convertidos diariamente; mas devemos todos os dias, cada um de nós, ser convertidos” (Manuscript Releases, v. 4, p. 46).

Independentemente de nossas experiências passadas, mesmo que tenham sido po-derosas e dramáticas, por que é importante ter um relacionamento com o Senhor dia após dia, para perceber Sua realidade, bondade e poder? Comente com a classe.

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■ Terça, 7 de julho Ano Bíblico: Sl 135-139

Vidas transformadas fazem a diferença

“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens ile-trados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles es-

tado com Jesus” (At 4:13).A igreja do Novo Testamento teve um crescimento explosivo. Três mil

pessoas foram batizadas no dia de Pentecostes (At 2:41). Mais outros mi-lhares de pessoas foram acrescentados à igreja algumas semanas depois (At 4:4). Logo as autoridades reconheceram o que estava acontecendo. Os cristãos do Novo Testamento haviam estado com Cristo. Tiveram a vida transformada por Sua graça e por isso não podiam ficar calados.

3. O que é relatado em Atos 4:1-20? O que aconteceu quando as autorida-des tentaram silenciar Pedro e João? Qual foi a resposta deles?

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Aqueles cristãos eram recém-convertidos e foram impelidos a contar sua história. Pedro, um rude pescador, foi transformado pela graça de Deus. Tiago e João, filhos do trovão, que tinham dificuldade de contro-lar seu temperamento, foram transformados pelo amor divino. Tomé, o cético, foi transformado pela misericórdia do Senhor. Cada um dos dis-cípulos e membros da igreja primitiva tinha a própria história para con-tar, e não pôde ficar calado. Observe esta poderosa declaração de Ellen G. White no livro Caminho a Cristo: “No momento em que uma pessoa aceita a Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o pre-cioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santi-ficadora não pode ficar escondida em seu coração” (p. 78).

Observe também o que os líderes religiosos disseram no verso 16. Eles reconheceram abertamente a realidade do milagre que havia sido realiza-do – o homem curado estava ali diante deles. Mesmo com tudo isso, eles se recusaram a mudar de atitude. Apesar dessa aberta oposição, Pedro e João não recuaram de seu testemunho.

Qual é a relação entre conhecer e compartilhar Cristo? Por que conhecer Jesus pessoal-mente é tão essencial para podermos testemunhar Dele?

■ Quarta, 8 de julho Ano Bíblico: Sl 140-144

Compartilhando nossa experiência

Em Atos 26, encontramos o apóstolo Paulo como prisioneiro diante do rei Agripa. Nesse texto, dirigindo-se ao rei, Paulo deu seu testemunho

pessoal, falando sobre sua vida não apenas como perseguidor dos segui-dores de Jesus, mas sobre sua vida como testemunha de Jesus, após sua conversão, e a respeito da promessa da ressurreição dos mortos (At 26:8).

Quando Paulo se converteu na estrada de Damasco, nosso Senhor fa-lou com Ele dizendo: “Por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que Me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda” (At 26:16). Compartilhar nossa fé é sempre uma ex-periência dinâmica. É contar a história do que Cristo fez por nós no pas-sado, o que Ele está fazendo em nossa vida hoje e o que Ele realizará por nós no futuro.

Testemunhar nunca se trata de nós. Sempre se trata Dele. Ele é o Deus que perdoa nossas iniquidades, cura nossas enfermidades, coroa-nos de graça e misericórdia e nos farta de bens (Sl 103:3-5). Testemunhar é sim-plesmente compartilhar a história de Sua maravilhosa graça em nós. É um testemunho de nosso encontro pessoal com o Deus de graça maravilhosa.

4. Leia 1 João 1:1-3 e compare com Gálatas 2:20. Quais semelhanças existem? Como a experiência de João é semelhante à de Paulo?

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Embora João e Paulo tivessem diferentes experiências de vida, ambos se encontraram com Jesus. A experiência deles com Cristo não tinha aca-bado depois de ocorrer em um ponto específico do passado. Foi uma ex-periência diária e contínua de alegrar-se em Seu amor e andar à luz de Sua verdade.

A conversão é algo apenas do passado? Observe a declaração de Ellen White sobre os que pensavam que sua experiência de conversão passa-da fosse tudo o que importava: “Como se eles, uma vez que descobriram algo sobre religião, não precisassem ser convertidos diariamente; mas devemos todos os dias, cada um de nós, ser convertidos” (Manuscript Releases, v. 4, p. 46).

Independentemente de nossas experiências passadas, mesmo que tenham sido po-derosas e dramáticas, por que é importante ter um relacionamento com o Senhor dia após dia, para perceber Sua realidade, bondade e poder? Comente com a classe.

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■ Quinta, 9 de julho Ano Bíblico: Sl 145-150

O poder de um testemunho pessoal

Examinemos novamente Paulo perante Agripa. O apóstolo estava dian-te do último descendente da linhagem dos reis judeus, dos Macabeus

e da casa de Herodes. Agripa professava ser judeu, mas no fundo era ro-mano (leia o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 470). O idoso apóstolo, fatigado das viagens missionárias e marcado pelo confli-to entre o bem e o mal, estava ali, com o coração repleto do amor de Deus e o rosto radiante com a bondade do Senhor. Não importava o que tinha acontecido em sua vida e as perseguições e dificuldades que havia expe-rimentado, ele declarou que Deus é bom.

Agripa era cínico, cético, endurecido e realmente indiferente a qual-quer sistema genuíno de valores. Ao contrário dele, Paulo estava cheio de fé, comprometido com a verdade e firme na defesa da justiça. O contraste entre os dois homens não poderia ser mais evidente. Em seu julgamento, Paulo pediu para falar e recebeu a permissão de Agripa.

5. Leia Atos 26:1-32. Como Paulo testemunhou a Agripa? O que podemos aprender com as palavras dele? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Com generosidade para com Agripa, eloquência e intrepidez. B. ( ) Com ira em suas palavras, por ter sido preso injustamente.

A bondade enternece o coração, mas a aspereza o endurece. Paulo foi incrivelmente bondoso com Agripa nesse texto. Ele o chamou de “versa-do em todos os costumes e questões que há entre os judeus” (At 26:3). Em seguida, iniciou um discurso sobre sua conversão.

6. Leia a história de conversão de Paulo em Atos 26:12-18 e observe cuida-dosamente seu efeito sobre Agripa em Atos 26:26-28. Por que Agripa reagiu daquela maneira? O que o impressionou no testemunho de Paulo?

_____________________________________________________________________________________________________________________

O testemunho de Paulo de como Jesus tinha transformado sua vida teve um impacto poderoso em um rei ímpio. Não há testemunho tão efi-caz quanto uma vida transformada. O testemunho de uma vida verdadei-ramente convertida tem uma influência maravilhosa sobre os outros. Até reis ímpios são movidos por vidas mudadas pela graça. Mesmo que não tenhamos uma história tão dramática quanto a de Paulo, devemos contar aos outros o que significa conhecer Jesus e ser redimido por Seu sangue.

■ Sexta, 10 de julho Ano Bíblico: Pv 1-3

Estudo adicional

T exto de Ellen G. White: Atos dos Apóstolos, p. 433-438 (“Quase Per-suadido”).

A essência da vida cristã é um relacionamento tão pleno com Jesus a ponto de desejarmos compartilhá-lo. Por mais importante que seja a dou-trina correta, ela não substitui uma vida transformada pela graça. Ellen G. White afirmou: “O Salvador sabia que nenhum argumento, embora ló-gico, abrandaria corações endurecidos nem atravessaria a crosta da mun-danidade e do egoísmo. Sabia que os discípulos precisavam receber o dom celestial; que o evangelho só seria eficaz se fosse proclamado por corações entusiasmados e lábios eloquentes, capacitados pelo vivo conhecimento Daquele que é o caminho, a verdade e a vida” (Atos dos Apóstolos, p. 31). No livro O Desejado de Todas as Nações, ela acrescentou este pensamento poderoso: “O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os cora-ções, quando a simples repetição de doutrinas nada conseguiria” (p. 826).

Há quem pense que dar seu testemunho seja tentar convencer os outros das verdades que descobriram na Palavra de Deus. Embora seja importan-te, no momento oportuno, compartilhar as verdades bíblicas, nosso tes-temunho pessoal tem muito mais a ver com a libertação da culpa, a paz, a misericórdia, o perdão, a força, a esperança e a alegria que encontramos no dom da vida eterna que Jesus oferece gratuitamente.

Perguntas para consideração1. Por que nosso testemunho é tão poderoso para influenciar os outros?

Como o testemunho de outras pessoas impactou sua experiência?2. Por que uma experiência diária com o Senhor é tão importante, não

apenas para nosso testemunho, mas também para nossa fé pessoal?3. Um testemunho poderoso pode ser uma testemunha eficaz. Ao mes-

mo tempo, por que uma vida piedosa é tão importante no testemunho?4. Compartilhe seu testemunho pessoal com a classe. Lembre-se de com-

partilhar o que Cristo fez em sua vida e o que Ele significa para você. Que diferença Jesus fez?

Respostas e atividades da semana: 1. Se o que fora endemoninhado não tivesse voltado para contar à sua fa-mília, provavelmente a cidade de Decápolis não teria ouvido sobre Jesus. 2. B. 3. Pedro e João pregavam a ressur-reição de Cristo e pessoas estavam se convertendo. Os sacerdotes, porém, ficaram irados e mandaram prendê-los. Quando tentaram silenciá-los, ordenando-lhes que não pregassem mais a ressurreição de Cristo, Pedro e João se negaram, dizendo-lhes que não poderiam ficar calados diante do que haviam testemunhado. 4. Embora as expe-riências de João e Paulo tenham sido diferentes (o primeiro foi testemunha ocular do ministério de Jesus, enquan-to o segundo O conheceu após a ressurreição), ambos tiveram um encontro pessoal com Cristo. 5. A. 6. Porque ele ficou impressionado pela convicção e informações do testemunho de Paulo.

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■ Quinta, 9 de julho Ano Bíblico: Sl 145-150

O poder de um testemunho pessoal

Examinemos novamente Paulo perante Agripa. O apóstolo estava dian-te do último descendente da linhagem dos reis judeus, dos Macabeus

e da casa de Herodes. Agripa professava ser judeu, mas no fundo era ro-mano (leia o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 470). O idoso apóstolo, fatigado das viagens missionárias e marcado pelo confli-to entre o bem e o mal, estava ali, com o coração repleto do amor de Deus e o rosto radiante com a bondade do Senhor. Não importava o que tinha acontecido em sua vida e as perseguições e dificuldades que havia expe-rimentado, ele declarou que Deus é bom.

Agripa era cínico, cético, endurecido e realmente indiferente a qual-quer sistema genuíno de valores. Ao contrário dele, Paulo estava cheio de fé, comprometido com a verdade e firme na defesa da justiça. O contraste entre os dois homens não poderia ser mais evidente. Em seu julgamento, Paulo pediu para falar e recebeu a permissão de Agripa.

5. Leia Atos 26:1-32. Como Paulo testemunhou a Agripa? O que podemos aprender com as palavras dele? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Com generosidade para com Agripa, eloquência e intrepidez. B. ( ) Com ira em suas palavras, por ter sido preso injustamente.

A bondade enternece o coração, mas a aspereza o endurece. Paulo foi incrivelmente bondoso com Agripa nesse texto. Ele o chamou de “versa-do em todos os costumes e questões que há entre os judeus” (At 26:3). Em seguida, iniciou um discurso sobre sua conversão.

6. Leia a história de conversão de Paulo em Atos 26:12-18 e observe cuida-dosamente seu efeito sobre Agripa em Atos 26:26-28. Por que Agripa reagiu daquela maneira? O que o impressionou no testemunho de Paulo?

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O testemunho de Paulo de como Jesus tinha transformado sua vida teve um impacto poderoso em um rei ímpio. Não há testemunho tão efi-caz quanto uma vida transformada. O testemunho de uma vida verdadei-ramente convertida tem uma influência maravilhosa sobre os outros. Até reis ímpios são movidos por vidas mudadas pela graça. Mesmo que não tenhamos uma história tão dramática quanto a de Paulo, devemos contar aos outros o que significa conhecer Jesus e ser redimido por Seu sangue.

■ Sexta, 10 de julho Ano Bíblico: Pv 1-3

Estudo adicional

T exto de Ellen G. White: Atos dos Apóstolos, p. 433-438 (“Quase Per-suadido”).

A essência da vida cristã é um relacionamento tão pleno com Jesus a ponto de desejarmos compartilhá-lo. Por mais importante que seja a dou-trina correta, ela não substitui uma vida transformada pela graça. Ellen G. White afirmou: “O Salvador sabia que nenhum argumento, embora ló-gico, abrandaria corações endurecidos nem atravessaria a crosta da mun-danidade e do egoísmo. Sabia que os discípulos precisavam receber o dom celestial; que o evangelho só seria eficaz se fosse proclamado por corações entusiasmados e lábios eloquentes, capacitados pelo vivo conhecimento Daquele que é o caminho, a verdade e a vida” (Atos dos Apóstolos, p. 31). No livro O Desejado de Todas as Nações, ela acrescentou este pensamento poderoso: “O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os cora-ções, quando a simples repetição de doutrinas nada conseguiria” (p. 826).

Há quem pense que dar seu testemunho seja tentar convencer os outros das verdades que descobriram na Palavra de Deus. Embora seja importan-te, no momento oportuno, compartilhar as verdades bíblicas, nosso tes-temunho pessoal tem muito mais a ver com a libertação da culpa, a paz, a misericórdia, o perdão, a força, a esperança e a alegria que encontramos no dom da vida eterna que Jesus oferece gratuitamente.

Perguntas para consideração1. Por que nosso testemunho é tão poderoso para influenciar os outros?

Como o testemunho de outras pessoas impactou sua experiência?2. Por que uma experiência diária com o Senhor é tão importante, não

apenas para nosso testemunho, mas também para nossa fé pessoal?3. Um testemunho poderoso pode ser uma testemunha eficaz. Ao mes-

mo tempo, por que uma vida piedosa é tão importante no testemunho?4. Compartilhe seu testemunho pessoal com a classe. Lembre-se de com-

partilhar o que Cristo fez em sua vida e o que Ele significa para você. Que diferença Jesus fez?

Respostas e atividades da semana: 1. Se o que fora endemoninhado não tivesse voltado para contar à sua fa-mília, provavelmente a cidade de Decápolis não teria ouvido sobre Jesus. 2. B. 3. Pedro e João pregavam a ressur-reição de Cristo e pessoas estavam se convertendo. Os sacerdotes, porém, ficaram irados e mandaram prendê-los. Quando tentaram silenciá-los, ordenando-lhes que não pregassem mais a ressurreição de Cristo, Pedro e João se negaram, dizendo-lhes que não poderiam ficar calados diante do que haviam testemunhado. 4. Embora as expe-riências de João e Paulo tenham sido diferentes (o primeiro foi testemunha ocular do ministério de Jesus, enquan-to o segundo O conheceu após a ressurreição), ambos tiveram um encontro pessoal com Cristo. 5. A. 6. Porque ele ficou impressionado pela convicção e informações do testemunho de Paulo.

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Anotações

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TEXTO-CHAVE: Mc 5:1-20

FOCO DE ESTUDO: Mc 5:1-20; 16:1-11; At 4:1-20; 26:1-32

ESBOÇO

Existe um poder incomum no testemunho pessoal. Quando alguém aceita Cristo e sua vida é transformada drasticamente, as pessoas percebem. Nem todas as conversões são repentinas e instantâneas. É emocionante ouvir histórias de viciados em drogas que acei-tam a Cristo, alcoólatras restaurados pela graça, líderes empresariais materialistas ego-cêntricos mudados pelo amor de Deus e adolescentes rebeldes convertidos. Contudo, certamente esses não são os únicos exemplos de conversão.

Às vezes, e talvez ainda mais comumente, o Espírito Santo trabalha suave e gradual-mente no coração humano. Existem aqueles que foram criados em lares cristãos piedo-sos e que têm uma história preciosa para compartilhar. Pode ser que nunca tenham se rebelado contra Cristo, mas também nunca foram totalmente comprometidos com Ele. Então, sentem o mover do Seu Espírito Santo e se comprometem totalmente com Deus. O testemunho deles é tão poderoso quanto as histórias de conversão mais dramáticas e sensacionais. Nenhum de nós nasceu cristão. Como Jeremias declarou abertamente: “En-ganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9). O apóstolo Paulo acrescentou em Romanos 3:23: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus.”

Todos pecamos. Por isso, todos precisamos da graça divina. A conversão não é apenas para alguns escolhidos, é para todos nós, e, portanto, todos temos uma história para contar. Sua história não é a minha, e a minha história não é sua, mas cada um de nós, redimido pela graça de Deus e encantado por Seu amor, tem um testemunho pessoal para compartilhar.

COMENTÁRIO

Vamos fazer o seguinte teste bíblico com a classe: Quem foi o primeiro missionário enviado por Jesus? Foi Pedro? Ou talvez Tiago, ou João? Talvez Tomé, Felipe, ou algum dos outros discípulos? A resposta pode surpreender você. Não foi nenhum desses. O pri-meiro missionário que Cristo enviou foi um homem outrora possuído por demônios, mas transformado por Sua graça. Essa testemunha improvável exerceu um forte impacto em Decápolis, uma região composta por dez cidades que, em sua maioria, ficavam ao leste do mar da Galileia. O endemoninhado tinha sido irremediavelmente possuído por demônios durante anos. Ele havia aterrorizado a região e causado medo nos moradores. No entanto,

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RESUMO DA LIÇÃO 2

Testemunhas cativantes:o poder do testemunho pessoal

TEXTO-CHAVE: Mc 5:1-20

FOCO DE ESTUDO: Mc 5:1-20; 16:1-11; At 4:1-20; 26:1-32

ESBOÇO

Existe um poder incomum no testemunho pessoal. Quando alguém aceita Cristo e sua vida é transformada drasticamente, as pessoas percebem. Nem todas as conversões são repentinas e instantâneas. É emocionante ouvir histórias de viciados em drogas que acei-tam a Cristo, alcoólatras restaurados pela graça, líderes empresariais materialistas ego-cêntricos mudados pelo amor de Deus e adolescentes rebeldes convertidos. Contudo, certamente esses não são os únicos exemplos de conversão.

Às vezes, e talvez ainda mais comumente, o Espírito Santo trabalha suave e gradual-mente no coração humano. Existem aqueles que foram criados em lares cristãos piedo-sos e que têm uma história preciosa para compartilhar. Pode ser que nunca tenham se rebelado contra Cristo, mas também nunca foram totalmente comprometidos com Ele. Então, sentem o mover do Seu Espírito Santo e se comprometem totalmente com Deus. O testemunho deles é tão poderoso quanto as histórias de conversão mais dramáticas e sensacionais. Nenhum de nós nasceu cristão. Como Jeremias declarou abertamente: “En-ganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17:9). O apóstolo Paulo acrescentou em Romanos 3:23: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus.”

Todos pecamos. Por isso, todos precisamos da graça divina. A conversão não é apenas para alguns escolhidos, é para todos nós, e, portanto, todos temos uma história para contar. Sua história não é a minha, e a minha história não é sua, mas cada um de nós, redimido pela graça de Deus e encantado por Seu amor, tem um testemunho pessoal para compartilhar.

COMENTÁRIO

Vamos fazer o seguinte teste bíblico com a classe: Quem foi o primeiro missionário enviado por Jesus? Foi Pedro? Ou talvez Tiago, ou João? Talvez Tomé, Felipe, ou algum dos outros discípulos? A resposta pode surpreender você. Não foi nenhum desses. O pri-meiro missionário que Cristo enviou foi um homem outrora possuído por demônios, mas transformado por Sua graça. Essa testemunha improvável exerceu um forte impacto em Decápolis, uma região composta por dez cidades que, em sua maioria, ficavam ao leste do mar da Galileia. O endemoninhado tinha sido irremediavelmente possuído por demônios durante anos. Ele havia aterrorizado a região e causado medo nos moradores. No entanto,

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no fundo de seu coração havia um desejo por algo melhor – um desejo que nem todos os demônios do inferno juntos podiam satisfazer. Apesar das forças demoníacas que man-tiveram esse pobre homem em cativeiro, Marcos 5 registra que, quando o endemoninhado viu Jesus, “correu e O adorou” (Mc 5: 6). As Escrituras dizem que esse homem era atormen-tado e possuído por uma “legião” de demônios. Uma legião era “a maior unidade isolada do exército romano. [...] Com força total consistia em cerca de seis mil soldados”, confor-me a Archeological Study Bible (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishers, 2005, p. 1633). No Novo Testamento, o termo “legião” representa um número enorme. Jesus nunca perdeu uma batalha contra forças demoníacas, não importava quantas houvesse ou quanto seu número fosse grande. Cristo é nosso Senhor todo-poderoso e vitorioso. Os demônios não contestam Seu grandioso poder. O ministério de Jesus é sempre completo. Uma vez liber-to, o ex-endemoninhado foi encontrado “assentado, vestido, em perfeito juízo” (Mc 5:15). Onde conseguiu as roupas? É provável que os discípulos tenham compartilhado suas roupas com ele. Encontrava-se sentado aos pés de Jesus, atento, ouvindo Suas Palavras, absorvendo ansiosamente as verdades espirituais. Ele estava íntegro física, mental, emo-cional e espiritualmente. Seu único desejo era seguir Jesus e tornar-se um de Seus discí-pulos. O evangelho de Marcos registra que o ex-endemoninhado suplicou a Jesus que lhe permitisse “estar com Ele” (Mc 5:18). A palavra “suplicar” é forte, indica um anelo inten-so. Pode ser traduzida como “rogar”, “implorar”. Significa apelar com emoção, pedir com intensidade. A resposta de Jesus é tão surpreendente quanto a conversão do possesso. Jesus sabia que esse endemoninhado convertido e transformado poderia fazer mais na-quela região do que Ele e os discípulos.

O preconceito contra Cristo era grande nessa região gentílica, mas os moradores ouvi-riam um deles, especialmente um com uma reputação como a do ex-endemoninhado. Final-mente, estariam preparados para a visita de Cristo em uma data posterior.

Portanto, Jesus disse: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19). A resposta do homem foi imediata. “Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam” (Mc 5:20). A palavra “proclamar” é kerusso e pode ser traduzida como “anunciar” ou “publicar”. No breve período que o endemoninhado esteve com Jesus, sua vida mudou tão radicalmente que ele passou a ter uma história para contar. Podemos apenas imaginar o impacto que seu testemunho teve nos milhares de habitantes das dez cidades da região de Gadara. Quando Jesus voltou, nove ou dez meses depois, a mente dessa população de maioria gentia esta-va aberta para recebê-Lo. (Ver Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 340, 341.)

Há uma verdade eterna que não deve ser negligenciada nessa história. Esse fato tam-bém não pode ser ofuscado pela conversão miraculosa, sensacional e um tanto dramática do endemoninhado, por mais importante que ela tenha sido. Cristo deseja usar todos os que vêm a Ele. O homem possesso não teve a vantagem de passar um tempo diariamente com Jesus, como os discípulos. Ele não teve a oportunidade de ouvir Seus sermões, nem de tes-temunhar Seus milagres, mas tinha o ingrediente indispensável para testemunhar: uma vida transformada. Ele tinha conhecimento pessoal do Cristo vivo e um coração cheio de amor por seu Mestre. Essa é a essência do testemunho no Novo Testamento.

Como Ellen G. White afirmou de modo tão oportuno: “Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Devemos reconhecer Sua graça como foi revelada aos santos da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelar em nós mesmos a atuação de um poder que é divino” (O Desejado de Todas as Nações, p. 347).

Os crentes do Novo Testamento testemunharam por Cristo com a singularidade de suas próprias personalidades. Cada um deles teve encontros diferentes com o Senhor que os levaram a compartilhar com entusiasmo o Mestre que amavam.

No estudo de segunda-feira, “Proclamando o Cristo ressurreto”, as duas Marias são transformadas à entrada do túmulo. Na última vez em que tinham visto Jesus, Seu corpo ensanguentado tinha sido retirado da cruz. Pense no desespero delas naquele momento! Os dias que se seguiram foram inacreditavelmente difíceis. Então, com o coração teme-roso e ansioso quanto ao futuro, elas se aproximaram da tumba, imaginando como passa-riam pelos guardas romanos e indagando quem rolaria a pedra para que pudessem entrar e embalsamar o corpo de Cristo.

Para sua surpresa, o túmulo estava aberto e vazio. Cristo estava vivo! Um ser angeli-cal lhes disse: “Ressuscitou [...] Ide, pois, depressa e dizei aos Seus discípulos” (Mt 28:6, 7). O registro declara: “E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos” (Mt 28:8). Enquanto corriam para contar a história, nosso Senhor ressuscitado as encontrou e exclamou “Salve! [...] Não te-mais! Ide avisar a Meus irmãos que se dirijam a Galileia e lá Me verão” (Mt 28:9, 10). Boas notícias devem ser compartilhadas. Um coração cheio da graça de Deus e encantado por Seu amor não consegue ficar calado.

O testemunho é um tema repetido em todo o Novo Testamento. Os Atos dos Apósto-los são ações de testemunho. Os discípulos testemunharam de um Cristo que conheciam, Alguém com Quem conviveram. É possível ser uma testemunha falsa? Suponhamos que você tenha sido chamado a um tribunal como testemunha de algum acidente ou crime. Vamos supor também que você não estivesse presente na cena e inventasse uma história para ajudar um amigo. Você poderia ser preso se mentisse no tribunal. O juiz e o júri exi-gem apenas testemunhas com experiência pessoal nos eventos. Eles querem testemu-nhas genuínas, não impostores.

Somente o cristianismo genuíno e autêntico pode capturar a atenção desta geração afli-ta. A menos que tenhamos tido uma experiência real e pessoal com Jesus, nosso testemunho cairá em ouvidos surdos. Não podemos falar de um Cristo que não conhecemos.

Os crentes do Novo Testamento compartilhavam o Cristo que conheciam. Pedro e João ecoaram a realidade do coração convertido quando proclamaram: “Nós não podemos dei-xar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20).

Antes da cruz, Pedro era um discípulo vacilante, porém seguro de si. A crucificação e res-surreição de Cristo mudou sua vida. Antes da cruz, João era um dos “filhos do trovão”. Esse não é um título que se dá a um homem manso, gentil e tímido. Mas após a crucificação e ressurreição de Cristo, a vida de João mudou. Pedro e João não puderam ficar calados, mas por terem sido transformados pela graça amavam contar sua história.

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no fundo de seu coração havia um desejo por algo melhor – um desejo que nem todos os demônios do inferno juntos podiam satisfazer. Apesar das forças demoníacas que man-tiveram esse pobre homem em cativeiro, Marcos 5 registra que, quando o endemoninhado viu Jesus, “correu e O adorou” (Mc 5: 6). As Escrituras dizem que esse homem era atormen-tado e possuído por uma “legião” de demônios. Uma legião era “a maior unidade isolada do exército romano. [...] Com força total consistia em cerca de seis mil soldados”, confor-me a Archeological Study Bible (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishers, 2005, p. 1633). No Novo Testamento, o termo “legião” representa um número enorme. Jesus nunca perdeu uma batalha contra forças demoníacas, não importava quantas houvesse ou quanto seu número fosse grande. Cristo é nosso Senhor todo-poderoso e vitorioso. Os demônios não contestam Seu grandioso poder. O ministério de Jesus é sempre completo. Uma vez liber-to, o ex-endemoninhado foi encontrado “assentado, vestido, em perfeito juízo” (Mc 5:15). Onde conseguiu as roupas? É provável que os discípulos tenham compartilhado suas roupas com ele. Encontrava-se sentado aos pés de Jesus, atento, ouvindo Suas Palavras, absorvendo ansiosamente as verdades espirituais. Ele estava íntegro física, mental, emo-cional e espiritualmente. Seu único desejo era seguir Jesus e tornar-se um de Seus discí-pulos. O evangelho de Marcos registra que o ex-endemoninhado suplicou a Jesus que lhe permitisse “estar com Ele” (Mc 5:18). A palavra “suplicar” é forte, indica um anelo inten-so. Pode ser traduzida como “rogar”, “implorar”. Significa apelar com emoção, pedir com intensidade. A resposta de Jesus é tão surpreendente quanto a conversão do possesso. Jesus sabia que esse endemoninhado convertido e transformado poderia fazer mais na-quela região do que Ele e os discípulos.

O preconceito contra Cristo era grande nessa região gentílica, mas os moradores ouvi-riam um deles, especialmente um com uma reputação como a do ex-endemoninhado. Final-mente, estariam preparados para a visita de Cristo em uma data posterior.

Portanto, Jesus disse: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5:19). A resposta do homem foi imediata. “Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam” (Mc 5:20). A palavra “proclamar” é kerusso e pode ser traduzida como “anunciar” ou “publicar”. No breve período que o endemoninhado esteve com Jesus, sua vida mudou tão radicalmente que ele passou a ter uma história para contar. Podemos apenas imaginar o impacto que seu testemunho teve nos milhares de habitantes das dez cidades da região de Gadara. Quando Jesus voltou, nove ou dez meses depois, a mente dessa população de maioria gentia esta-va aberta para recebê-Lo. (Ver Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 340, 341.)

Há uma verdade eterna que não deve ser negligenciada nessa história. Esse fato tam-bém não pode ser ofuscado pela conversão miraculosa, sensacional e um tanto dramática do endemoninhado, por mais importante que ela tenha sido. Cristo deseja usar todos os que vêm a Ele. O homem possesso não teve a vantagem de passar um tempo diariamente com Jesus, como os discípulos. Ele não teve a oportunidade de ouvir Seus sermões, nem de tes-temunhar Seus milagres, mas tinha o ingrediente indispensável para testemunhar: uma vida transformada. Ele tinha conhecimento pessoal do Cristo vivo e um coração cheio de amor por seu Mestre. Essa é a essência do testemunho no Novo Testamento.

Como Ellen G. White afirmou de modo tão oportuno: “Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Devemos reconhecer Sua graça como foi revelada aos santos da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelar em nós mesmos a atuação de um poder que é divino” (O Desejado de Todas as Nações, p. 347).

Os crentes do Novo Testamento testemunharam por Cristo com a singularidade de suas próprias personalidades. Cada um deles teve encontros diferentes com o Senhor que os levaram a compartilhar com entusiasmo o Mestre que amavam.

No estudo de segunda-feira, “Proclamando o Cristo ressurreto”, as duas Marias são transformadas à entrada do túmulo. Na última vez em que tinham visto Jesus, Seu corpo ensanguentado tinha sido retirado da cruz. Pense no desespero delas naquele momento! Os dias que se seguiram foram inacreditavelmente difíceis. Então, com o coração teme-roso e ansioso quanto ao futuro, elas se aproximaram da tumba, imaginando como passa-riam pelos guardas romanos e indagando quem rolaria a pedra para que pudessem entrar e embalsamar o corpo de Cristo.

Para sua surpresa, o túmulo estava aberto e vazio. Cristo estava vivo! Um ser angeli-cal lhes disse: “Ressuscitou [...] Ide, pois, depressa e dizei aos Seus discípulos” (Mt 28:6, 7). O registro declara: “E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos” (Mt 28:8). Enquanto corriam para contar a história, nosso Senhor ressuscitado as encontrou e exclamou “Salve! [...] Não te-mais! Ide avisar a Meus irmãos que se dirijam a Galileia e lá Me verão” (Mt 28:9, 10). Boas notícias devem ser compartilhadas. Um coração cheio da graça de Deus e encantado por Seu amor não consegue ficar calado.

O testemunho é um tema repetido em todo o Novo Testamento. Os Atos dos Apósto-los são ações de testemunho. Os discípulos testemunharam de um Cristo que conheciam, Alguém com Quem conviveram. É possível ser uma testemunha falsa? Suponhamos que você tenha sido chamado a um tribunal como testemunha de algum acidente ou crime. Vamos supor também que você não estivesse presente na cena e inventasse uma história para ajudar um amigo. Você poderia ser preso se mentisse no tribunal. O juiz e o júri exi-gem apenas testemunhas com experiência pessoal nos eventos. Eles querem testemu-nhas genuínas, não impostores.

Somente o cristianismo genuíno e autêntico pode capturar a atenção desta geração afli-ta. A menos que tenhamos tido uma experiência real e pessoal com Jesus, nosso testemunho cairá em ouvidos surdos. Não podemos falar de um Cristo que não conhecemos.

Os crentes do Novo Testamento compartilhavam o Cristo que conheciam. Pedro e João ecoaram a realidade do coração convertido quando proclamaram: “Nós não podemos dei-xar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20).

Antes da cruz, Pedro era um discípulo vacilante, porém seguro de si. A crucificação e res-surreição de Cristo mudou sua vida. Antes da cruz, João era um dos “filhos do trovão”. Esse não é um título que se dá a um homem manso, gentil e tímido. Mas após a crucificação e ressurreição de Cristo, a vida de João mudou. Pedro e João não puderam ficar calados, mas por terem sido transformados pela graça amavam contar sua história.

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Testemunhar não tem a ver conosco. Não se trata de como éramos ruins nem de como passamos a ser bons depois de termos encontrado Jesus. Testemunhar tem a ver com Jesus, pois é sobre Seu amor, Sua graça, Sua misericórdia, Seu perdão e Seu poder eterno para nos salvar. O apóstolo Paulo nunca se cansava de testemunhar sobre o que Cristo fez por Ele, mas não se concentrava exclusivamente em como ele tinha sido ruim. Em vez disso, enfatizava quanto Deus é bom. Peça à classe que leia Atos 26:1-28. Observe como o apóstolo Paulo dividiu seu testemunho em três partes: sua vida antes de conhecer Cristo, a forma como conheceu Cristo e sua vida depois de tê-Lo encontrado.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Suponha que você tenha apenas alguns minutos com um amigo que deseja conhecer a Cristo. Como você daria um testemunho de três minutos a um amigo que esteja tentando crer? Que dicas dá o testemunho de Paulo, em Atos 26? Como o testemunho dele o ajuda a dar o seu? Que papel o Antigo Testamento teve no testemunho de Paulo? Escreva uma frase para cada uma das seguintes perguntas:

A. Como era sua vida antes de conhecer Cristo?B. Em que momento da sua história você conheceu Cristo?C. Que diferença Cristo fez em sua trajetória?Se você foi criado em um lar cristão, houve um momento em que aceitou Jesus cons-

cientemente como seu Senhor e Salvador? Descreva uma ocasião em que você O sentiu trabalhando poderosamente em seu coração.

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O mundo está repleto de gente sedenta por relacionamentos amoráveis e um lugar seguro. Se a igreja redescobrir o poder magnético dos pequenos grupos, as pessoas buscarão em massa esse ambiente de amor e aceitação.

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Testemunhar não tem a ver conosco. Não se trata de como éramos ruins nem de como passamos a ser bons depois de termos encontrado Jesus. Testemunhar tem a ver com Jesus, pois é sobre Seu amor, Sua graça, Sua misericórdia, Seu perdão e Seu poder eterno para nos salvar. O apóstolo Paulo nunca se cansava de testemunhar sobre o que Cristo fez por Ele, mas não se concentrava exclusivamente em como ele tinha sido ruim. Em vez disso, enfatizava quanto Deus é bom. Peça à classe que leia Atos 26:1-28. Observe como o apóstolo Paulo dividiu seu testemunho em três partes: sua vida antes de conhecer Cristo, a forma como conheceu Cristo e sua vida depois de tê-Lo encontrado.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

Suponha que você tenha apenas alguns minutos com um amigo que deseja conhecer a Cristo. Como você daria um testemunho de três minutos a um amigo que esteja tentando crer? Que dicas dá o testemunho de Paulo, em Atos 26? Como o testemunho dele o ajuda a dar o seu? Que papel o Antigo Testamento teve no testemunho de Paulo? Escreva uma frase para cada uma das seguintes perguntas:

A. Como era sua vida antes de conhecer Cristo?B. Em que momento da sua história você conheceu Cristo?C. Que diferença Cristo fez em sua trajetória?Se você foi criado em um lar cristão, houve um momento em que aceitou Jesus cons-

cientemente como seu Senhor e Salvador? Descreva uma ocasião em que você O sentiu trabalhando poderosamente em seu coração.

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O mundo está repleto de gente sedenta por relacionamentos amoráveis e um lugar seguro. Se a igreja redescobrir o poder magnético dos pequenos grupos, as pessoas buscarão em massa esse ambiente de amor e aceitação.

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