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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 12 de julho de 2019 12 de julho – Dia de São Gualberto, protetor das florestas e dos engenheiros florestais. A escultura da foto encontra-se no Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal SP) e foi trazida pelos monges beneditinos de Valombrosa, Itália, em 1957.

LIPPING - Microsoft€¦ · Veículo: SBT Jundiaí - Noticidade Data: 11/07/2019 A água de 80 bairros em Itu teve que ser cortada por contaminação Duração: 00:02:23 Hora da Veiculação:

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 12 de julho de 2019

12 de julho – Dia de São Gualberto, protetor das florestas e dos engenheiros florestais. A escultura da

foto encontra-se no Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal SP) e foi trazida pelos monges

beneditinos de Valombrosa, Itália, em 1957.

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Aterro mínimo é a nova alternativa ambiental, diz secretário em Bauru ................................................ 4

Bauru recebe secretário de estrutura e meio ambiente Marcos Penido .................................................. 5

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

PM apreende duas toneladas de peixes e multa pescadores em R$ 244 mil em SP ................................. 6

Contaminação em captação de água deixa mais de 80 bairros com abastecimento interrompido em Itu ... 7

A água de 80 bairros em Itu teve que ser cortada por contaminação ................................................... 8

Proibido, fogo em canaviais gera 89 multas ...................................................................................... 9

Curtas - Sabesp .......................................................................................................................... 10

Morador registra dezenas de peixes mortos na Lagoa do João Aranha em Paulínia ............................... 11

Defesa Civil reitera importância da campanha contra queimadas ....................................................... 12

Paulínia aciona Cetesb sobre denúncia de contaminação na Lagoa do João Aranha .............................. 13

SB na lista de cidades que podem ser afetadas por barragem, relatório foi entregue pelo Governo do Estado ....................................................................................................................................... 14

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 15

Converso com governadores para revisar áreas de proteção ambiental, diz Bolsonaro .......................... 15

Em Piracicaba, restos de alimentos da lanchonete viram adubo para a comunidade ............................. 16

'Perturbação no Índico gerou ondas de calor e seca no Brasil ............................................................ 18

Peixes de água doce terão que comer mais detritos e vegetais para sobreviver ao aquecimento global, diz estudo de brasileiros .................................................................................................................... 20

Menino prodígio estuda as aves e se dedica a preservar as espécies .................................................. 22

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 23

Painel: Indicação de Eduardo fragiliza chanceler e amplia poder do Senado sobre clã Bolsonaro ............ 23

Análise: Reforma evita caos fiscal, mas sozinha não devolve crescimento sustentável .......................... 25

Falha em barragem faz 350 famílias serem retiradas de casa na Bahia ............................................... 27

Helder Barbalho sanciona lei acusada de facilitar grilagem ................................................................ 29

Bolsonaro diz que discute com governadores revisão de áreas de preservação .................................... 30

Jovem de 13 anos lidera projeto para limpar afluente do Araguaia ..................................................... 31

Mônica Bergamo: Votação da reforma da Previdência supera expectativas de apoiadores ..................... 33

Julio Abramczyk: Sanidade agropecuária em debate no Instituto Biológico ......................................... 35

Carlos Vogt e Mariluce Moura : A ciência ainda não faz parte da cultura brasileira ............................... 36

O que a Folha pensa: Reforma para todos ...................................................................................... 37

ESTADÃO ................................................................................................................................... 38

‘Florestas de Papel’ da PF combate exploração ilícita de 8 mil caminhões de madeira na Amazônia ........ 38

Fundo para Infraestrutura em São Paulo ........................................................................................ 39

Fazendeiro monta armadilha para javali e captura onça em Jales (SP) ............................................... 41

Executivos da Vale conseguem evitar acareação em CPI da barragem ................................................ 42

Barragem transborda na Bahia e obriga moradores a deixar suas casas ............................................. 43

Bolsonaro diz que pode revisar áreas de proteção e 'desmarcar por decreto' ....................................... 45

Perigos de uma campanha precoce ................................................................................................ 46

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 48

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Grupo de Comunicação

Barragem transborda na BA e deixa 350 famílias sem casa ............................................................... 48

Primeiro leilão de mineração do PPI mira arrecadar ao menos R$ 15 milhões ...................................... 49

Ambiente ameaça sim o acordo UE-Mercosul .................................................................................. 50

Jogar filiado às feras é oportunismo sem grandeza, diz FHC.............................................................. 52

A cooperação global está sob ameaça ............................................................................................ 53

Copel inicia a venda de seu braço de telecom ................................................................................. 57

Oferta subsequente de ações da Light levanta R$ 2,5 bi ................................................................... 59

Petrobras avança venda de ativos no exterior ................................................................................. 60

FGTS em Vale e Petrobras dá retorno expressivo ............................................................................. 62

Futuro depende de união da ciência e tecnologia com humanidades, diz Sérgio Mascarenhas, da brain4care .................................................................................................................................. 63

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Jornal da Cidade

Data: 12/07/2019

Aterro mínimo é a nova alternativa

ambiental, diz secretário em Bauru

http://cloud.boxnet.com.br/yxl8s3ef

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan News 760

AM/Bauru

Data: 11/07/2019

Bauru recebe secretário de estrutura e

meio ambiente Marcos Penido

RÁDIO JOVEM PAN NEWS 760 AM/BAURU |

LIGADO NA CIDADE - 2ª EDIÇÃO Data

Veiculação: 11/07/2019 às 15h53

Duração: 00:01:54

Transcrição

Verde Azul, qualificações, certificações, ano

,acontece, hoje, Secretaria de Infraestrutura,

certificado, enviam, técnicos, 85 tarefas,

ações, ligadas, nota, alcançada, considerada,

interlocutores, simulado

http://cloud.boxnet.com.br/y3ebhc2u

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Santos e região

Data: 11/07/2019

PM apreende duas toneladas de peixes e

multa pescadores em R$ 244 mil em SP

Flagrante de crime ambiental ocorreu em

Cananéia, no litoral paulista. Uma rede de

pesca de sete quilômetros de comprimento

também foi apreendida.

Pelo menos 2 toneladas de peixes e uma rede

de pesca de sete quilômetros foram

apreendidos durante um flagrante de crime

ambiental na costa de Cananéia, no litoral de

São Paulo, nesta quinta-feira (11). Três

pescadores foram multados em R$ 244 mil.

O flagrante foi feito por uma equipe da

Companhia Marítima da Polícia Militar

Ambiental nas proximidades do Morro São

João, em local de mar abrigado. O local da

abordagem pertence à Área de Proteção

Ambiental Cananéia Iguape Peruíbe (APACIP).

Segundo a polícia, foi constatado a falta de

carteira de pescador profissional de três dos

quatro tripulantes do barco. Foram realizados

Autos de Infração Ambiental no valor

individual de R$ 81 mil, além da apreensão da

carga e equipamentos de pesca.

No porão da embarcação havia peixes

diversos. Eles foram entregues a instituições

beneficentes da região, previamente

cadastradas na Secretaria de Meio

Ambiente de São Paulo. Além da rede, a

embarcação também foi apreendida pela

polícia.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27110256&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí

Data: 11/07/2019

Contaminação em captação de água deixa

mais de 80 bairros com abastecimento

interrompido em Itu

Companhia Ituana de Saneamento (cis)

esclarece que a água contaminada não foi

distribuída para os moradores; retorno está

previsto para meia-noite desta sexta-feira

(12).

A Companhia Ituana de Saneamento informou

nesta quinta-feira (11) que precisou

interromper o abastecimento de água em mais

de 80 bairros na região central de Itu (SP).

De acordo com o órgão, a interrupção foi após

ser constatada uma contaminação criminosa

da água no reservatório ETA Rancho Grande.

Contudo, a companhia esclarece que em

nenhum momento a água contaminada foi

distribuída à população, tendo em vista de que

o problema foi identificado antes da água

chegar aos reservatórios.

Ainda de acordo com a companhia, uma

investigação foi aberta juntamente com a

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CESTESB) para averiguar a

contaminação. Até o momento, cerca de 120

mil pessoas foram afetadas.

O retorno da água ainda pode demorar

algumas horas para atingir toda rede de

distribuição. Em nota, a empresa afirma que

prevê o retorno do abastecimento por volta da

meia-noite desta sexta-feira (12).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27100512&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: SBT Jundiaí - Noticidade

Data: 11/07/2019

A água de 80 bairros em Itu teve que ser

cortada por contaminação

Duração: 00:02:23 Hora da Veiculação:

19:33:04

A água de oitenta bairros teve que ser uma

cortada por causa de uma contaminação as

informações quais aquele França e agora Jake

boa noite para você como com esse problema

vai ser resolvido já foi resolvido quando que a

água deve voltar.

A casa dos moradores mais uma vez boa noite

Jake.

Foi no labor nas para você para todo mundo aí

que tá acompanhando o noticiário é muito

importante que a pessoa fique bem atento né

são oitenta bairros é uma parte bem grande

da cidade é o pessoal que recebe o

abastecimento.

Pela estação de tratamento do rancho grande

esse problema foi constatado no rancho

grande é a informação que a prefeitura passou

é que eles perceberam uma contaminação na

água na capa.

São da água bruta e assim imediatamente eles

cortaram o abastecimento aí desses oitenta

bairros de toda a de toda a estação pra que.

Fosse purificada todo aquele setor justamente

por isso é que a prefeitura pede que as

pessoas têm um prudência ir no consumo da

água que ainda resta nas caixas.

Porque eles acreditam que hoje à meia noite

gradativamente eles consigam restabelecer

esse fornecimento de água mas isso ainda

pode demorar eles acredito que amanhã de

manhã.

Poucos bairros já tez um com o abastecimento

normalizado e a informação tamina prefeitura

é que eles acreditam que tenha sido uma

contaminação criminosa eles ainda não tem

detalhes a respeito disso a polícia ainda não

foi acionada mas a Cetesb.

Aqui é a companhia é que cuida dessa parte

de de meio ambiente aqui no estado de São

Paulo já foi acionada.

E eles vão fazer uma investigação para saber

o que exatamente contaminou essa água mas

é importante também que as pessoas fiquem

tranquilas água que tá saindo na torneira da

casa.

Das pessoas em Itu que recebem o

abastecimento hora do rancho grande não

está contaminada eles conseguiram perceber

isso antes.

Fosse para as estações elevatórias então

pessoal pode ficar tranquilo que a torneira é

uma água pura é uma água que pode ser

usada tranquilamente mas que quando acabar

ainda tem que ter um pouquinho de paciência

até que tudo seja normalizado a gente vai

acompanhar toda essa história até porque.

Não uma contaminação criminosa preocupa né

nono preocupa e muito e o recado então os

moradores que ainda tem água ali nas suas

caixas economizar pelo menos né Jake quando

homens a sempre quando minha sempre bom

obrigada Jacqueline boa noite para você bom

trabalho.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27109480&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Web

Data: 12/07/2019

Proibido, fogo em canaviais gera 89

multas

Dezessete anos depois da publicação da Lei da

Queima de Cana-de-Açúcar para eliminação de

fogo na pré-colheita no Estado, a região de Rio

Preto ainda registra incêndios nos canaviais,

como o que destruiu, nesta quarta-feira, 10,

cerca de 500 metros quadrados de plantação,

em Neves Paulista. No ano passado, a

fiscalização puniu 89 responsáveis por fogo

em canaviais.

As autuações por incêndios clandestinos ou

criminosos em plantação de cana foram

realizadas pela Polícia Militar Ambiental e

pela Companhia Ambiental do Estado de

São Paulo (Cetesb).

A maioria delas, 85 multas, foram aplicadas

pelos policiais responsáveis por fiscalizar

crimes contra o meio ambiente. Pelos dados

fornecidos pela corporação, o município com

mais ocorrência foi José Bonifácio com 12

registros. Neste ano, em toda a região, foram

aplicadas nove multas. Número que deve

aumentar a partir deste mês, com o avanço da

estiagem.

Para diminuir os danos, o setor

sucroenergético está ampliando investimentos

em ferramentas e tecnologias para facilitar a

identificação e o combate de focos de incêndio

nas plantações de cana. Na região, a Tereos

Açúcar e Energia Brasil, com sete unidades no

Noroeste paulista, como a de Cruz Alta, em

Olímpia, testa o uso do líquido gerador de

espuma (LGE) para conter o fogo com mais

rapidez.

O produto é uma espuma sintética que age

como se fosse um detergente no combate a

incêndios. O material diminui a concentração

de oxigênio, um dos três elementos da reação

química que produz o fogo. "O teste está

sendo feito para combater as chamas no meio

da cana. Já tive resposta de que funciona

muito bem", afirmou André Tebaldi, porta-voz

da empresa.

O programa de prevenção e combate a

incêndios da empresa também conta com

investimentos em preparação de brigadas de

incêndios, aplicativos, check list de ações,

veículos traçados para maior agilidade em

casos de emergência, além do monitoramento

via satélite, por meio do Observed Remote

Information from Orbital Navigation (Orion). O

sistema funciona com 13 satélites operados

por agências espaciais, como a norte-

americana Nasa. Em caso de focos, envia

alertas automáticos à central de controle da

empresa, em Olímpia, para providências

imediatas.

Segundo a empresa, o tempo de uma hora e

30 minutos que as equipes gastavam para

detectar as chamas foi reduzido para seis

minutos. Medidas que, segundo o grupo,

reduziram as queimadas pela metade na safra

do ano passado. "Mesmo com 22% menos de

chuva, tivemos uma queda de 50% das áreas

queimadas e de 38% nas toneladas de cana

incendiadas", afirmou Tebaldi.

A campanha da empresa também visa a

conscientizar a população para que não não

jogue bitucas de cigarro nas margens de

rodovias, não queime lixo e não coloque fogo

nos canaviais. "Aprimorar os programas de

combate é importante, mas trabalhar na

prevenção é essencial", concluiu o diretor de

Sustentabilidade, Edilberto Bannwart.

Qualquer registro de foco de incêndio deve ser

comunicado ao Corpo de Bombeiros (192) ou

a Polícia Militar (190).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27120239&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Valor Econômico

Data: 12/07/2019

Curtas - Sabesp

Brent devolve ganho

Os contratos futuros de petróleo terminaram

em queda ontem, revertendo a alta registrada

no início da sessão, quando preocupações

relacionadas à tempestade tropical Barry

impulsionaram os preços. Ontem o petróleo

devolveu parte dos ganhos expressivos de

quarta-feira, quando as referências tiveram

avanços superiores a 4%. Os contratos futuros

do Brent para setembro encerraram o dia em

baixa de 0,73%, a US$ 66,52 o barril, em

Londres, enquanto os contratos do WTI para

agosto fecharam com perdas de 0,38%, a US$

60,20 o barril. Segundo analistas, investidores

começam a ver a tempestade tropical Barry no

Golfo do México como oportunidade de lucros.

"Furacões simplesmente não são mais tão

'bullish' (motivadores de compras) como

costumavam ser", diz o RBC. Dados do

governo dos EUA mostram que 53% da

produção de petróleo no Golfo do México foi

cortada. A RBC diz que "enquanto as

manchetes dos furacões podem proporcionar

aumento rápido no curto prazo, a redução da

demanda nas refinarias é ameaça maior".

Sabesp em alta

As ações da Sabesp voltaram a se valorizar

após declarações do governo paulista sobre

sua privatização. Ontem, os papéis da estatal

fecharam com alta de 4,67%, a R$ 51,81. O

motivo foi uma entrevista dada pelo

governador João Doria (PSDB) à TV

Bloomberg, na qual disse que a venda era a

"melhor opção" para a empresa. Apesar da

afirmação, o Valor apurou que ainda não há

uma decisão final sobre o modelo de

desestatização da Sabesp. Há uma preferência

da gestão pela privatização, mas isso

dependerá da aprovação do novo marco legal

do saneamento básico, ainda em tramitação

no Congresso Nacional. O projeto de lei traz

medidas que viabilizam a venda do controle de

estatais do setor de água e esgoto. A

valorização da companhia foi impulsionada

principalmente por investidores estrangeiros,

a julgar pelas corretoras que negociaram os

papéis. A declaração de Doria foi dada durante

um roadshow pelo Reino Unido, para atrair

investimentos ao Estado de São Paulo.

Amazon na música

A Amazon está captando assinantes para seu

serviço de streaming de música a uma

velocidade maior do que os rivais Spotify,

Apple e Google, fazendo com que a música

seja a mais nova indústria a ser reinventada

pelo grupo de varejo on-line. O número de

pessoas que assinaram o Amazon Music

Unlimited cresceu em torno a 70% nos últimos

12 meses, segundo fontes disseram ao

"Financial Times". Em abril, a Amazon tinha

mais de 32 milhões de assinantes de seus

serviços de música, incluindo o Unlimited e o

Prime Music. Em contraste, o Spotify, maior

serviço mundial de streaming de músicas, com

100 milhões de assinantes, cresce cerca de

25% ao ano. "A Amazon é a zebra [na

música]", disse o analista Mark Mulligan, da

Midia Research.

Parceria da Via Varejo

A Via Varejo fechou uma parceria com a

empresa americana ZestFinance, que produz

softwares de inteligência artificial. A intenção

é avançar na criação de modelos para análise

de crédito, para ser "mais assertiva na

concessão" de linhas de financiamento aos

consumidores. Segundo comunicado da

empresa, a rede deve passar a usar softwares

que apresentam análises de créditos "mais

estruturadas" sobre perfis de clientes.

Atualmente, cerca de 5 milhões de clientes

utilizam os carnês da Via Varejo. O acordo se

estende às operações do banco digital da Via

Varejo. A utilização da ZestFinance como

modelo de crédito entra em fase de testes no

segundo semestre deste ano, e em janeiro de

2020 será ampliado para toda a empresa.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27131596&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Campinas e região

Data: 12/07/2019

Morador registra dezenas de peixes

mortos na Lagoa do João Aranha em

Paulínia

Segundo a Prefeitura, a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB) já acionada e coletou amostras no

local. Resultados podem demorar cerca de 15

a 20 dias.

Morador de Paulínia flagra dezenas de peixes

mortos na Lagoa do João Aranha

Um morador de Paulínia (SP) registrou

dezenas de peixes mortos na Lagoa do João

Aranha nesta semana. Segundo o

telespectador João Carlos Torissi, que enviou

as imagens à EPTV, afiliada da TV Globo, o

problema teria começado na última segunda-

feira (8).

Segundo a Prefeitura, a Secretaria de Defesa e

Desenvolvimento do Meio Ambiente

(Seddema) atendeu algumas denúncias de

vazamento de esgoto no local, uma possível

causa da mortandade de peixes. De acordo

com a responsável pela pasta, a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi

acionada.

Peixes mortos na Lagoa do João Aranha em

Paulínia — Foto: João Carlos Torissi

Em nota, a Cetesb informou que técnicos

realizaram uma inspeção na lagoa na quarta-

feira (10) e coletaram amostras da água para

análise em São Paulo (SP), com resultados

que podem demorar cerca de 15 a 20 dias.

Enquanto o laudo não é concluído, a Prefeitura

recomenda que os moradores da região

evitem a pesca e a ingestão de peixes

retirados do local, devido ao risco de

contaminação.

https://g1.globo.com/sp/campinas-

regiao/noticia/2019/07/12/morador-registra-

dezenas-de-peixes-mortos-na-lagoa-do-joao-

aranha-em-paulinia.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Imparcial – Araraquara

Data: 12/07/2019

Defesa Civil reitera importância da

campanha contra queimadas

http://cloud.boxnet.com.br/y4orao6q

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tribuna Liberal – Sumaré

Data: 12/07/2019

Paulínia aciona Cetesb sobre denúncia de

contaminação na Lagoa do João Aranha

http://cloud.boxnet.com.br/y3zkldrj

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Santa Bárbara

Data: 12/07/2019

SB na lista de cidades que podem ser

afetadas por barragem, relatório foi

entregue pelo Governo do Estado

http://cloud.boxnet.com.br/y5gsg2uo

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo1: Repórter Diário

Veículo2: Correio Popular

Data: 11/07/2019

Converso com governadores para revisar

áreas de proteção ambiental, diz

Bolsonaro

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27095029&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da USP

Data: 10/07/2019

Em Piracicaba, restos de alimentos da

lanchonete viram adubo para a

comunidade

Compostagem é realizada em cestos aramados – Foto: Divulgação/Divisão de Comunicação Esalq

Na lanchonete do campus da USP, em

Piracicaba, são servidos diariamente sucos e

refeições diversas. Tudo isso gera resíduos,

como cascas de frutas e legumes, além do que

sobra no prato dos usuários. Desde junho do

ano passado, esses restos têm sido

encaminhados para compostagem e

transformados em adubo, em um processo

que reduz o volume de lixo no ambiente,

devolve os nutrientes para o ciclo natural e

evita o acúmulo de resíduos em aterros e

lixões.

A iniciativa é do Programa USP Recicla do

campus, que adotou o modelo de

compostagem estática em cestos aramados.

Eles têm um tudo de PVC com furo ao centro

para proporcionar a aeração e permitir o

processo de decomposição do lixo orgânico.

Há diversas outras técnicas de compostagem,

adequadas a diversas necessidades – desde

pequenas quantidades produzidas em um

apartamento até maiores, em escala

industrial.

Desde junho do ano passado, os estagiários

do USP Recicla recebem dos funcionários da

lanchonete de três a cinco baldes de resíduos

orgânicos por dia, aproximadamente. O

material é pesado e encaminhado para a

compostagem.

São manejadas simultaneamente duas

composteiras. A primeira para cítricos (como

laranjas e limões) e a segunda para os restos

de alimentos em geral. “Na composteira de

cítricos, é utilizado um complemento com cal,

por se tratar de um resíduo ácido, buscando a

neutralização. A partir do momento em que as

composteiras ficam lotadas, são instaladas

outras e estas primeiras são fechadas com um

sombrite [tipo de tela] para que ocorra a

decomposição dos resíduos”, explica a

coordenadora do USP Recicla, Ana Meira.

Para organizar o processo, a equipe conta com

a ajuda do Grupo de Estudos e Pesquisas em

Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais

(Cepara) da Esalq.

Segundo Ana, estima-se que durante um ano

de atividade já foram compostados pelo

menos 10 toneladas de resíduos orgânicos,

incluindo folhas do campus, gerando cerca de

três toneladas de compostos. “Além de evitar

que esses resíduos sejam encaminhados para

aterro e otimizar recursos, esse processo

contribui para a educação ambiental da

comunidade, responsabilidade e exemplo de

prática de gerenciamento que pode ser

desenvolvida nas residências.”

Os compostos gerados pela reciclagem dos resíduos são

distribuídos entre os funcionários da lanchonete e a comunidade do campus – Foto: Divulgação/Divisão de Comunicação Esalq

Os sacos de compostos gerados pela

compostagem foram distribuídos

primeiramente para os funcionários da

lanchonete, como forma de valorizar a

disposição e a responsabilidade ambiental da

equipe. Este adubo também vem sendo

distribuído para a comunidade do campus.

“O contrato com a lanchonete terceirizada

também prevê o cuidado com outros itens

ambientais, tais como o uso de materiais

duráveis ao invés de descartáveis para evitar

a geração de resíduos, uso consciente de

água, entre outras ações de sustentabilidade

socioambiental”, lembra Ana Meira.

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Grupo de Comunicação

No Brasil, a maioria dos resíduos é disposta

em “lixões” ou aterros controlados, causando

impactos negativos ao meio ambiente, saúde

e impedindo que esses materiais voltem ao

ciclo produtivo. Ao menos 50% dos resíduos

produzidos dentro de casa são orgânicos. Em

Piracicaba, segundo o Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, mais

de de 45% dos resíduos orgânicos são

enviados para aterros.

Mais informações: e-mail [email protected]

Adaptado de Caio Albuquerque, da Assessoria

de Comunicação da Esalq

https://jornal.usp.br/universidade/em-

piracicaba-restos-de-alimentos-da-lanchonete-

viram-adubo-para-a-comunidade/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 12/07/2019

'Perturbação no Índico gerou ondas de

calor e seca no Brasil

Pesquisa encontra a principal causa para o

impedimento da formação de nuvens e de

chuva no sudeste, no verão de 2014

Ana Paula Blower

Um fenômeno climático que ocorreu bem

longe do Brasil teve efeitos severos no país,

como a seca que ocorreu no Sudeste no verão

de 2013/2014 e gerou uma crise hídrica em

São Paulo. A constatação faz parte de um

estudo sobre como uma perturbação

atmosférica no Oceano Índico causou, além

das secas na América do Sul, ondas de calor

marinhas no Atlântico Sul. O trabalho foi

publicado na revista científica "Nature

Geoscience" e liderado pela professora da

Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC) Regina Rodrigues.

A pesquisa traçou o motivo da estabilidade da

alta de temperatura no Sudeste e Sul do Brasil

naquele verão. De acordo com o trabalho, o

início se deu com uma perturbação

atmosférica no Oceano Índico. O fenômeno

gerou uma onda planetária que atravessou o

Pacífico Sul e chegou ao Atlântico Sul.

- Identificamos que convecção (chuvas

tropicais intensas) no Índico deflagra

perturbações na atmosfera que se propagam e

mudam a circulação atmosférica sobre o

Sudeste do Brasil. A circulação se torna anti-

horário e não permite a formação de nuvens.

Com isso, não há chuva durante o verão.

Quanto mais persistente for essa circulação,

mais prolongada será o período seco. Como no

verão, tem muita insolação, sem as nuvens, o

calor aumenta, gerando ondas de calor na

terra e no mar - explica Rodrigues.

Em 2013/2014, o bloqueio foi tão persistente

que quase não choveu durante todo o verão

no Sudeste e Sul do país. As chuvas dessa

região vêm da zona de convergência do

Atlântico Sul. No verão de 2013/14, houve

uma massa de alta pressão que não deveria

estar lá e não permitiu que a zona de

convergência se formasse. Isso gerou longos

períodos de seca, como um de 15 dias e outro

de 30. As temperaturas também subiram,

aumentaram 5° Celsius acima da média.

A pesquisa sugere que não é a primeira vez

que o Oceano Índico levou a eventos extremos

no Brasil e que fenômenos semelhantes

podem ocorrer com maior frequência e

intensidade.

Para Rodrigues, um dos grandes ganhos do

estudo é a chance de entender e pre- ver

próximos fenômenos climáticos. E, assim, se

preparar para enfrentá-los : - Agora que

identificamos um processo físico, o

mecanismo, que ocorre lá no Índico e gera

essas ondas de calor, podemos monitorá-lo.

Nem sempre tem como evitar que ocorra, mas

pode se preparar na parte terrestre, como

sobre uma seca ou onda de calor - observa.

Sobre esse último fenômeno, que traz sérias

complicações de saúde e até mortes - como

ocorreu na Europa, neste ano - , a

pesquisadora explica que elas ocorrem todo

ano. A diferença é a sua intensidade e

permanência, o que vem se agravando com o

aquecimento global. Há estudos que preveem,

inclusive, um aumento na extensão do

fenômeno nos próximos verões.

Outro destaque importante do estudo,

segundo Rodrigues, é o efeito de aquecimento

no oceano, que forma ondas de calor

marinhas, gerando uma série de impactos

nesses ecossistemas. Naquele verão de 2013/

2014, por exemplo, o aumento de

temperatura no oceano foi de 3°C. Segundo

estudos em outros locais do mundo, já se

percebeu que possíveis impactos disso são

embranquecimento de coral e efeitos nocivos

na pesca. E estudos globais de ondas de calor

marinhas mostram que a tendência é de que

esses eventos sejam mais frequentes no

futuro.

IMPACTOS NA VIDA MARINHA Diante disso,

agora, a pesquisadora explica que o próximo

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Grupo de Comunicação

passo é descobrir os impactos das ondas de

calor marinhas no Atlântico Sul, na costa

brasileira. Isso acontecerá a partir da

participação de Rodrigues em um projeto de

pesquisa, o Triatlas, financiado pela

Comunidade Européia, através do Programa

Horizon 2020, com investimento de 20

milhões de euros e a participação de 35

universidades, incluindo a UFSC.

Serão quatro anos para análise de dados, com

navios oceanográficos colaborando no

processo no Atlântico, para analisar o antes e

depois do fenômeno de calor. O primeiro

encontro do grupo será em agosto, na

Universidade de Bergen, na Noruega, que

coordena o programa.

- Temos três áreas de estudo: nossa costa do

Brasil, Sudoeste do Atlântico Sul, uma na

África do Sul, na Corrente de Benguela, e no

Atlântico Tropical, que vai da África ao Brasil -

diz Rodrigues, acrescentando que pode ocorrer

outra onda de calor durante os anos da

pesquisa, que poderá ser monitorada.

O estudo publicado na "Nature" teve a

colaboração de Andréa Taschetto, Alex Sen

Gupta (ambos da Universidade de New South

Wales, na Austrália) e Gregory Foltz (do

Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do

Atlântico, dos EUA).

"Agora que identificamos um processo físico, o

mecanismo, que ocorre lá no Indico e gera

essas ondas de calor, podemos monitorá-lo.

Nem sempre tem como evitar que ocorra, mas

pode se preparar na parte terrestre, como em

relação a uma seca ou onda de calor "

Regina Rodrigues, oceanógrafa da

Universidade Federal de Santa Catarina e líder

do estudo

Fonte: Nature Geoscience

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27120954&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 12/07/2019

Peixes de água doce terão que comer

mais detritos e vegetais para sobreviver ao aquecimento global, diz estudo de brasileiros

A elevação das temperaturas do planeta por

causa do aquecimento global fará com que

algumas espécies de peixes de água doce

tenham que alterar seus hábitos alimentares e

comer mais vegetais e detritos para

sobreviver, prevê um estudo de pesquisadores

brasileiros publicado na revista "Ecography" na

segunda-feira (8).

Eles estudaram peixes de grande porte que

vivem em ambientes de água doce tropicais.

Essas espécies precisam de mais energia e

têm uma alimentação diferente dos peixes de

mesmo tamanho que vivem no mar ou em

ambientes temperados, mais frios.

São peixes que terão de se adaptar a

temperaturas mais altas.

O estudo observou a influência da

temperatura na relação entre o tamanho do

organismo dos peixes e a sua função na teia

alimentar. Após analisar 3.635 espécies de

peixes, pesquisadores preveem que, entre

outros possíveis impactos, o aquecimento

global pode influenciar a dieta das espécies

num futuro não muito distante.

O estudo foi realizado por uma equipe liderada

pelo professor José L. Attayde da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e por

Danyhelton Dantas, pesquisador do Centro

Nacional de Pesquisa e Conservação da

Biodiversidade Amazônica (Cepam).

“O tamanho do corpo de um animal, mais

especificamente de um organismo aquático,

tem um papel fundamental na determinação

de suas relações alimentares”, diz Dantas, em

nota de divulgação do estudo.

Cadeia alimentar e temperaturas

Um dos co-autores, o pesquisador Ronaldo

Angelini, da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN), explicou ao G1 que

"os ecossistemas marinhos permitem às suas

espécies se deslocarem mais e encontrarem

outras fontes de energia, o que as afetaria

menos comparativamente às espécies de água

doce". Ele conta que a diversificação alimentar

deve se tornar uma vantagem para os peixes,

assim como já é para os humanos.

Por isso, as espécies de água doce serão as

mais impactadas nesse aspecto. Aquelas que

não se adaptarem às novas condições, correm

sérios riscos. Conforme o estudo, o clima não

afeta na mesma proporção a posição dos

peixes de água salgada na cadeia alimentar.

Segundo Rafael Guariento, da Universidade

Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), os

peixes de água doce não têm muita opção:

"usam a energia dos estratos mais baixos da

cadeia alimentar, incluindo em sua dieta

alimentos ricos em carbono como folhas,

frutos e sementes, possivelmente

provenientes do ambiente terrestre”. O

carbono é a fonte de energia para o

metabolismo dos organismos vivos.

Espécies de peixe água doce serão as mais

impactadas na relação entre temperatura e

posição na cadeia alimentar — Foto: Sander

Wehkamp/Unsplash

Como os peixes maiores basicamente

"engolem" peixes menores para se alimentar,

eles têm uma posição mais alta na cadeia

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Grupo de Comunicação

alimentar. "Mas aí temos outro problema:

quanto maior o corpo, maior a necessidade de

energia”, explica Dantas.

Em águas com temperatura mais alta, como

nos ambientes tropicais, os peixes tendem a

gastar mais energia. Portanto, precisam comer

mais carbono do que aqueles peixes de

mesmo tamanho que vivem em climas

temperados, mais frios.

Por isso, eles acabam se alimentando de

plantas e detritos ricos em carbono. Uma

evidência disso é o fato de que há mais

espécies aquáticas herbívoras e onívoras nos

trópicos. Em outras palavras: a temperatura

tem um impacto na comida aquática

disponível para os peixes.

Ambientes marinhos e de água doce

Segundo Adriano Caliman, da UFRN, e um dos

principais co-autores do trabalho, ninguém

ainda tinha testado o efeito da temperatura na

relação: tamanho do corpo × posição na

cadeia alimentar dos peixes.

Os cientistas também compararam, em escala

global, essa relação em ambientes marinhos e

de água doce, pois são dois tipos de ambiente

"estruturalmente muito distintos". Para isso,

usaram dados de um sistema mundial com

informações sobre peixes, o Fishbase.

De acordo com Luciana Carneiro, também da

UFRN, esse trabalho dos brasileiros mostra

uma tendência clara: “Se o mundo ficar mais

quente, as espécies evoluirão limitadas pela

maior demanda de energia, mais

especificamente de carbono, e precisarão

comer mais vegetais e detritos."

Carneiro observa que essa dinâmica tornará

as cadeias alimentares mais curtas,

especialmente em ambientes de águas doce

tropicais. "Mas, provavelmente, nem todas as

espécies terão tempo para se ajustar às novas

condições”, completa.

Cientistas também compararam ambientes

marinhos e de água doce, pois são

"estruturalmente muito distintos" — Foto: Ian

Schneider/Unsplash

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

7/12/peixes-de-agua-doce-terao-que-comer-

mais-detritos-e-vegetais-para-sobreviver-ao-

aquecimento-global-diz-estudo-de-

brasileiros.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Campinas e região

Data: 12/07/2019

Menino prodígio estuda as aves e se dedica a preservar as espécies

Estevão Santos, de 14 anos, se dedica de

forma autônoma a conhecer mais sobre a

avifauna brasileira e se destaca no universo do

“birdwatching”.

Estevão Santos é apaixonado pelas aves e até

guia observadores — Foto: Sergio Oliveira/TG

Qual é o sonho comum de todo garoto? Para a

grande maioria deles, com certeza, é ser

jogador de futebol. Mas é claro que sempre

existem as exceções. E Estevão Santos, de 14

anos, é uma delas. O menino que tem

costumes diferentes da grande maioria dos

jovens já traça o caminho que pretende seguir

pelo resto da vida: ser ornitólogo, aquele que

estuda as aves.

Apesar da pouca idade, Estevão se mostra

experiente e um ótimo conhecedor da

avifauna brasileira. Antes mesmo de o dia

clarear, o jovem observador já está em campo

para encontrar com o passaredo. E é na

companhia deste pequeno gigante que a nossa

equipe se aventura pela Serra dos Perineus,

em Goiás.

A câmera fotográfica e os binóculos são alguns

dos equipamentos que o garoto sempre

carrega consigo, mas o que surpreende

mesmo é o conhecimento e olhar que ele tem

sobre a natureza. Diante de tanta

familiaridade e expertise, a floresta virou “sala

de aula” pro time.

Patinho foi uma das espécies observadas

durante passarinhada — Foto: Sérgio

Oliveira/TG

Em pouco tempo de caminhada, algumas

espécies dão o ar da graça, como o bacurau-

da-telha, o patinho e o chorozinho-de-chapéu-

preto.

A paixão pela natureza veio desde pequeno,

quando o menino tinha apenas 2 anos. E claro

que esse amor pelo meio ambiente, e em

especial pelas aves, só aumenta a cada dia.

Mas muito mais do que simplesmente admirar,

ele busca fazer a diferença. Estevão já tem

projetos de criar um livro sobre a avifauna de

Goiás para ajudar a divulgar a riqueza da

biodiversidade local e ainda preservar as

espécies.

https://g1.globo.com/sp/campinas-

regiao/terra-da-

gente/noticia/2019/07/12/menino-prodigio-

estuda-as-aves-e-se-dedica-a-preservar-as-

especies.ghtml

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Data: 12/07/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Indicação de Eduardo fragiliza

chanceler e amplia poder do Senado sobre

clã Bolsonaro

A República somos nós

A indicação de Eduardo Bolsonaro para a

Embaixada do Brasil em Washington repercute

politicamente em diversas camadas. Quem

conhece os meandros do Itamaraty diz que a

escolha acaba com qualquer respaldo moral que

a gestão do chanceler Ernesto Araújo pudesse ter

internamente e alastra a impressão de que o

ministro virou uma “rainha da Inglaterra”. A

missão dada ao 03 ainda amplia o poder do

presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-

AP), sobre o destino do clã do Planalto.

Ninguém vai ao pai…

Indicações de embaixadores precisam ser

aprovadas pelo Senado. Além disso, cabe a

Alcolumbre instalar o Conselho de Ética da Casa,

uma porta de entrada para queixas sobre Flávio

Bolsonaro (PSL-RJ).

…Senão por mim

Após a eleição, o filho mais velho de Jair

Bolsonaro passou a ser questionado sobre o

funcionamento de seu gabinete e a relação com o

ex-assessor Fabrício Queiroz, que recebia

dinheiro de outros funcionários da Assembleia do

Rio, o antigo habitat do 01. Ele é alvo de

investigação do Ministério Público.

É pegadinha

A indicação de Eduardo pegou o meio político de

surpresa, mas rapidamente deputados e

senadores fizeram análise quase unânime de que

o presidente superestimou sua força no

Parlamento após a aprovação do texto base da

reforma da Previdência por 379 votos.

Pari passu

Davi Alcolumbre carrega no bolso do paletó o

cronograma que prevê para a tramitação da

reforma da Previdência no Senado. Ele mostrou o

documento a pessoas próximas após a aprovação

do texto base do projeto na Câmara. Prevê que

as novas regras de aposentadoria serão votadas

em 37 dias.

Pari passu 2

Se todos os prazos regimentais fossem seguidos,

a análise da reforma levaria ao menos 48 dias –o

prazo mais enxuto, portanto, denota boa vontade

com o Planalto.

De olhos bem fechados

Poucos assuntos foram tão comentados nos

corredores da Câmara nesta quinta (11) como o

baile de máscaras que serviu de palco à

comemoração da aprovação da reforma da

Previdência na quarta (10).

Carola

Na casa de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da

Câmara, a celebração foi infinitamente mais

comedida. A comida demorou a sair. Por volta

das 22h30, alguns colegas desistiram de esperar

a ceia e saíram para jantar fora.

Teste de DNA

Durante a votação do texto base da reforma na

Câmara, na quarta (10), o nome do ministro

Paulo Guedes (Economia) foi citado apenas 13

vezes. A maior parte das menções foi crítica.

Apenas Alexandre Frota e Eduardo Bolsonaro,

ambos do PSL, o exaltaram.

Ra-Ra-Ratinho

Jair Bolsonaro foi citado 55 vezes –a maioria por

deputados de oposição. Só oito parlamentares,

incluindo o filho, foram elogiosos ou lhe deram

crédito pela reforma.

Bate e assopra

Aliados do presidente demonstraram chateação

pelo esforço do governo de liberar emendas

extraorçamentárias, facilitando a negociação do

texto, não ter sido reconhecido. O próprio

Bolsonaro, porém, se esquivou do gesto, dizendo

que pagava apenas emendas impositivas.

Que fase

O ministro Marcelo Álvaro Antonio (Turismo),

envolvido nas suspeitas de candidaturas laranjas

no PSL, literalmente caiu durante um almoço do

partido, nesta quinta (11). A cadeira na qual ele

estava sentado cedeu.

Que fase 2

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Data: 12/07/2019

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Grupo de Comunicação

Com os risos, segundo relatos, entrou na onda.

“Queriam me derrubar… Caí!”

Com o suor…

Deputados da CPI do BNDES precisaram tirar

dinheiro do próprio bolso para levar Antonio

Palocci ao colegiado. O ex-petista avisou que não

pegaria avião por medo de ser hostilizado e pediu

que a Câmara custeasse sua viagem de carro.

…do meu rosto

Como a Casa não pode pagar transporte

terrestre, por sugestão de Vanderlei Macris

(PSDB-SP), que considerava valiosa a

colaboração de Palocci, sete deputados racharam

o custo da viagem: R$ 3.220.

Visita à Folha

O vice-presidente executivo da Brasilcom

(Federação Nacional das Distribuidoras de

Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis),

Abel Leitão, visitou a Folha nesta quinta-feira

(11).

TIROTEIO

Temos o primeiro caso de nepotismo

internacional da história do Brasil. O lema agora

é: os parentes acima de tudo!

Do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do

B), sobre o presidente ter indicado o filho

Eduardo a embaixador nos EUA

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/12/i

ndicacao-de-eduardo-fragiliza-chanceler-e-

amplia-poder-do-senado-sobre-cla-bolsonaro/

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Grupo de Comunicação

Análise: Reforma evita caos fiscal, mas

sozinha não devolve crescimento

sustentável

Mansueto Almeida

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou

em primeiro turno uma das mais importantes

reformas econômicas que está há mais de duas

décadas atrasada: a reforma da Previdência.

Qualquer que seja a análise que se faça, a

aprovação dessa reforma com uma economia

perto de R$ 900 bilhões, em dez anos, e com 379

votos favoráveis ultrapassou as expectativas

mais otimistas.

Uma reforma que há menos de um ano era tida

como impopular passou, segundo o Datafolha, a

contar com a aprovação crescente da população:

47% a favor, ante 44% contra na pesquisa no

início deste mês.

A aprovação da reforma da Previdência decorreu

de um conjunto de fatores favoráveis. Primeiro,

ajudou muito o debate da insustentabilidade das

regras previdenciárias que teve início de forma

mais forte, em 2016.

Segundo, o governo Jair Bolsonaro por meio do

seu ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre

insistiu na aprovação de uma reforma da

Previdência robusta com uma economia próxima

a R$ 1 trilhão.

Terceiro, a habilidade política do secretário da

Previdência e do Trabalho, Rogério Marinho, e

apoio explícito dos principais líderes partidários e

dos presidentes da Câmara dos Deputados e do

Senado Federal foram fundamentais na

construção do consenso político que levou a

aprovação da reforma da Previdência na Câmara

nesta semana.

Apesar desse passo importante, é preciso ter em

mente que a reforma da Previdência evita o

“caos” das contas públicas, mas está longe de ser

suficiente para colocar o país em uma trajetória

de crescimento sustentável.

Por exemplo, a economia decorrente da reforma

da Previdência não significa que a despesa

pública com aposentadorias e pensões diminuirá

nos próximos anos. A reforma reduz a a

velocidade de crescimento dessas despesas, mas

elas continuarão se expandindo e respondendo

por mais de 50% da despesa não financeira do

governo central.

Para o governo fazer o ajuste fiscal e cumprir

com o teto dos gastos, será necessário controlar

novas contratações no serviço público e

aumentos salariais nos próximos anos. Mas, para

o Brasil passar a crescer de forma consistente,

serão necessárias outras reformas.

O Brasil tem um sistema tributário caótico, com

um número muito grande de impostos e

contribuições, mudanças frequentes nas regras

tributárias, diversos regimes especais etc.

Uma reforma tributária é urgente. Se avançamos

na simplificação de regras e na redução do

número de impostos, já será um enorme ganho,

pois, no curto prazo, é limitado ou inexistente o

espaço para o setor público abrir mão de receita.

A abertura comercial é outra reforma importante

que ajudará na maior competitividade de nossa

empresas. O objetivo não é ter saldos comerciais

elevados no intercâmbio com o resto do mundo,

mas sim exportar e importar mais. O anúncio do

acordo União Europeia-Mercosul foi importante,

bem como o eventual ingresso futuro do Brasil na

OCDE.

Há décadas o Brasil não investe o necessário

para melhorar a nossa infraestrutura e, com a

crise fiscal dos últimos anos, o Estado brasileiro

perdeu a sua capacidade de investimento.

Precisamos retomar os leilões de concessão e ter

marcos regulatórios que incentivem a

concorrência e a entrada do capital privado nos

projetos de infraestrutura.

É preciso também avançar na qualidade da nossa

educação, em especial na melhoria da qualidade

do ensino básico. A meta é que qualquer criança

tenha acesso a um ensino de qualidade

independentemente da família e do local do seu

nascimento. Isso pode levar anos ou décadas,

mas precisamos insistir nesse objetivo.

A lista de reformas é grande, e aprová-las exigirá

um novo esforço no debate público e na criação

do consenso político. A boa notícia é que há

espaço para o bom debate político para aprová-

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Grupo de Comunicação

las, como ficou claro com a aprovação da

reforma da Previdência.

Quais reformas econômicas serão aprovadas e o

escopo dessas reformas vai depender do debate

político e do sucesso na construção de

consensos. Mas, em uma democracia, é assim

que deve ser.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07

/reforma-evita-caos-fiscal-mas-sozinha-nao-

devolve-crescimento-sustentavel.shtml

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Grupo de Comunicação

Falha em barragem faz 350 famílias serem

retiradas de casa na Bahia

João Pedro Pitombo

Uma falha na barragem do Quati, em Pedro

Alexandre (a 435 km de Salvador), nesta quinta-

feira (11) fez com que casas fossem inundadas,

estradas bloqueadas e 350 famílias fossem

retiradas de suas casas.

O episódio aconteceu após fortes chuvas terem

atingido a cidade, que fica na divisa entre Bahia e

Sergipe. Os alagamentos atingiram

principalmente a cidade de Coronel João Sá, que

fica numa região abaixo da barragem.

Responsável pela fiscalização da barragem, que

fica em um rio estadual, o governo da Bahia

informou que um transbordamento da água,

causando enxurradas e alagamentos.

Horas antes, contudo, o próprio governo, por

meio do seu diretor de Defesa Civil, informou que

uma parte da barragem havia rompido.

“Ela começou um processo de rompimento no

sangradouro, como se tivesse aberto uma

brecha, mas ainda não rompeu completamente.

De qualquer forma, já tem muita água saindo

dela”, afirmou Paulo Sergio Menezes Luz, diretor

da Defesa Civil estadual.

O Ministério do Desenvolvimento Regional, em

nota encaminhada à imprensa, também fala em

rompimento do equipamento.

Em Coronel João Sá, cerca de 40% da área

urbana da cidade, que tem 17 mil habitantes,

está submersa. Até o momento, não há registro

de feridos e vítimas.

“Muito difícil a situação, estamos no meio de um

caos. No centro da cidade, a água está batendo

nossa barriga”, afirma Diego Santos, chefe da

Defesa Civil de Coronel João Sá.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o

prefeito de Coronel João Sá Carlos Sobral pediu

que os moradores deixassem suas casas.

“É uma situação atípica, nunca aconteceu isso

com essa barragem e nós não sabemos das

consequências. Eu peço encarecidamente a todas

as pessoas que morem nas áreas de risco que

saiam de suas casas”, afirmou.

Em Pedro Alexandre, foram atingidas apenas três

casas que ficam nas proximidades da barragem.

As famílias já foram retiradas do local. Os dois

acessos viários para a barragem foram tomados

pela água.

A barragem foi construída pelo governo da Bahia

em 2000 e era mantida pela Associação de

Moradores da Comunidade de Quati. Sua

fiscalização era de responsabilidade do Inema,

órgão ambiental do Estado.

O governador da Bahia Rui Costa (PT) manifestou

solidariedade aos moradores e informou que irá

visitar as cidades de Coronel João Sá e Pedro

Alexandre nesta sexta-feira (12).

Agentes do Corpo de Bombeiros, técnicos da

Defesa Civil e do Inema foram mandados ao

local. Também que serão enviados mantimentos

e água mineral para os desabrigados, que estão

em cinco escolas de Coronel João Sá.

Em nota, o ministério do Desenvolvimento

Regional informou que acompanha a situação e

vai designar técnicos para monitorar os trabalhos

e auxiliar equipes locais.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Defesa

Civil já está tomando providências e que o

Palácio do Planalto está à disposição dos

municípios atingidos caso precisem de ajuda

federal.

"Nossos órgãos da Defesa Civil estão informados

e tomando providência. Uma já foi atingida, outra

na iminência", disse. "O governo está à

disposição das prefeituras locais para qualquer

providência que porventura julguem necessária.

Não tive informação de pedido de ajuda ainda."

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Grupo de Comunicação

ROMPIMENTOS

No início deste ano, em janeiro, o rompimento de

uma barragem da mineradora Vale, em

Brumadinho, deixou mortos e causou destruição

no município de Minas Gerais.

Nesta semana, a Justiça Estadual de Minas

Gerais condenou a mineradora a reparar

prejuízos causados pelo rompimento.

O desastre, considerado um dos mais trágicos da

história da mineração brasileira, deixou 247

mortos e 23 desaparecidos, num total de 270

vítimas. Esta é a primeira condenação da

mineradora relacionada a esta tragédia.

A decisão foi proferida na terça-feira (9) pelo juiz

Elton Pupo Nogueira, da 6ª Vara da Fazenda

Pública e Autarquias. Na decisão, o magistrado

condenou a Vale a reparar os prejuízos

provocados pela tragédia.

Colaborou Gustavo Uribe, de Brasília

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

7/barragem-rompe-na-bahia-e-familias-sao-

retiradas-de-suas-casas.shtml

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Grupo de Comunicação

Helder Barbalho sanciona lei acusada de

facilitar grilagem

Fabiano Maisonnave

Com poucas alterações, o governo do Pará,

Helder Barbalho (MDB) sancionou nesta segunda-

feira (8) uma nova lei de terras que, segundo

especialistas, movimentos sociais e o Ministério

Público Federal, facilita a grilagem e estimula o

desmatamento.

A lei 8.878 prevê as regras de regularização

fundiária das terras públicas estaduais

paraenses. São 21,4 milhões de hectares sem

definição fundiária, uma área pouco maior do que

o estado do Paraná, segundo nota técnica da

ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio

Ambiente da Amazônia).

“A lei possibilita a privatização de florestas

públicas estaduais e deixa a porta aberta para

regularização de futuras ocupações de terras do

estado. Além disso, vai regularizar áreas

ocupadas para especulação [sem atividade

produtiva, sem morada permanente] a preços

muito abaixo do mercado”, afirma a

pesquisadora Brenda Brito, do Imazon.

“Todos esses pontos fazem com que essa lei

possa estimular a continuação do desmatamento

ilegal e do roubo do patrimônio fundiário da

sociedade. Esse quadro é ainda mais

preocupante devido à falta de transparência das

ações de regularização fundiária no Iterpa

[Instituto de Terras do Pará]”, completa.

Uma das mudanças mais polêmicas é a que torna

legítimos ocupantes de áreas rurais pessoas

físicas ou jurídicas “que pretendam exercer

atividades agrárias em terras do estado”. Antes,

era preciso ter morada permanente e já exercer

atividade agrária antes de ser regularizado.

Em nota técnica no final de junho, a Procuradoria

Federal dos Direitos do Cidadão do MPF afirmou

que "parte considerável do patrimônio fundiário

do estado passará para mãos privadas com

possibilidade de preço até nove vezes inferior ao

do mercado de terras, sem grande expectativa

de contrapartida social e ambiental”.

Entidades como o MST e a CPT (Comissão

Pastoral da Terra) também têm criticado o teor

da lei e a falta de debate —o projeto de lei foi

aprovado a toque de caixa na Assembleia.

A reportagem solicitou nesta quarta-feira (10)

uma entrevista com um dos idealizadores da lei,

o presidente do Iterpa, Bruno Kono, mas ele não

respondeu ao pedido. No final de junho, a Folha

já havia tentando entrar em contato para falar do

assunto, também sem sucesso.

Barbalho vetou incisos que possibilitavam

legitimar títulos de posse antigos, que já

estavam sem validade jurídica.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/helder-barbalho-sanciona-lei-acusada-de-

facilitar-grilagem.shtml

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro diz que discute com

governadores revisão de áreas de

preservação

Gustavo Uribe

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-

feira (11) que tem discutido com governadores

do país a revisão de unidades de preservação

ambiental.

Em café da manhã com a bancada evangélica, no

Palácio do Planalto, ele citou como exemplo a

estação ecológica de Tamoios, na região de

Angra dos Reis. Bolsonaro foi multado, em 2012,

por pesca nesta área protegida. A multa

prescreveu e nunca foi paga pelo presidente.

O plano do Palácio do Planalto é transformá-la

em um balneário turístico, como Cancún, no

México. "No Rio de Janeiro, a gente quer, com

dinheiro de fora, transformar a baia de Angra dos

Reis em uma Cancún. Mas o decreto que

demarcou a estação ecológica só pode ser

derrubado por uma lei", disse.

A ideia de Bolsonaro de reduzir tamanho ou

proteção de unidades de conservação, porém,

encontra resistência em decisão do ano passado

do STF (Supremo Tribunal Federal). O

entendimento, por unanimidade, do tribunal é

que a redução de áreas protegidas por medidas

provisórias é inconstitucional. Isso quer dizer que

qualquer alteração só pode ser feita por lei,

seguindo, dessa forma, o rito necessário no

Congresso.

O presidente relatou ter conversado sobre o

assunto com os governadores do Goiás, Ronaldo

Caiado, e do Pará, Helder Barbalho.

"Nós estamos conversando com vários outros

governadores no sentido de nos unirmos e

desmarcar muita coisa que foi feita por decreto

no passado para poder fazer com que o estado

possa prosseguir", disse.

A afirmação do presidente, contudo, não

encontra respaldo em dados. A área agropecuária

do Brasil é a terceira maior no mundo, atrás

somente de China e Estados Unidos, ocupando

cerca de 34% do território do país —valor

próximo à média mundial, de 37%—, segundo

dados do Observatório do Clima.

A reclamação sobre a quantidade de áreas

protegidas —que tem sido constante desde o

início de Bolsonaro à frente da Presidência—

também não encontra base em dados mundiais.

O Brasil tem cerca de 30% do seu território

destinado a áreas de proteção (unidades de

conservação e terras indígenas). A Alemanha,

uma das doadoras do Fundo Amazônia —que

está sob ataque o ministro do Meio Ambiente

Ricardo Salles— tem 38% de seu território

protegido.

Recentemente, o presidente francês, Emmanuel

Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel,

questionaram o presidente brasileiro sobre o

crescimento do desmatamento no Brasil. De volta

ao Brasil, em café da manhã com a bancada

ruralista, Bolsonaro disse que as autoridades

europeias não teriam autoridade para discutir

políticas ambientais para o Brasil.

Através do Fundo Amazônia, que corre o risco de

acabar, a Alemanha já doou ao Brasil cerca de R$

192 milhões para serem investidos em combate

ao desmatamento.

As afirmações de Bolsonaro de que as áreas

protegidas atrapalham a produção também não

levam em consideração os chamados serviços

ecológicos prestados pelas florestas —como

regulação de chuvas—, o que tem impacto direto

em atividades agropecuárias e em geração de

energia.

Estudo de 2018, publicado na revista Nature,

mostrou que, em algumas áreas da Amazônia, os

serviços ecológicos prestados pela floresta

poderiam ser quantificados em cerca de US$ 700

(quase R$ 2.600) por ano por hectare.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/bolsonaro-diz-que-discute-com-governadores-

revisao-de-areas-de-preservacao.shtml

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Jovem de 13 anos lidera projeto para limpar

afluente do Araguaia

Patricia Pamplona

Foi após um incêndio na chácara em que morava

com a sua mãe na área rural de Araguatins, a

618 km de Palmas, que Rhenan Cauê, 13,

descobriu a vocação e a preocupação com o

ambiente. “Fiquei bastante emocionado em ver

os animais saindo de dentro da floresta. A

tristeza dentro dos olhos deles me transformou.”

Natural de Conceição do Araguaia (PA), o jovem

se aproximou da natureza justamente ao se

mudar para o Tocantins. Seis anos após o

episódio, já habitante da área urbana, precisou

elaborar um projeto para concorrer como

representante de sua escola na etapa regional da

Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente.

Rhenan desenvolveu, então, uma proposta de

revitalização e recuperação do córrego Brejinho,

afluente do rio Araguaia. “Nas minhas pesquisas,

observei que o córrego Brejinho fez bastante

parte da vida dos moradores, corta a cidade e

deságua no Araguaia, uma das principais bacias

hidrográficas do Brasil.”

A ação incluía um mutirão de limpeza das

margens, uma audiência pública com autoridades

e moradores e o plantio de mudas. Para

concretizá-la, no entanto, era preciso conseguir

apoiadores.

“Como a cidade é pequena, deu para ir de porta

em porta, e consegui parceria com Corpo de

Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Ambiental, outras

escolas, órgãos como a Naturatins [Fundação

Natureza do Tocantins].”

Com esses parceiros, organizou uma carreata

que convidou a população para o mutirão

realizado na sequência. O próximo passo foi a

audiência pública, que discutiu o andamento do

projeto. “Com isso, conseguimos o isolamento da

área para o plantio das mudas.”

Sua capacidade de mobilização e liderança, bem

como sua iniciativa, chamaram a atenção durante

a conferência, e Rhenan foi escolhido como

delegado para representar sua escola na etapa

estadual. Foi para Palmas concorrer com mais de

180 escolas e ficou entre os 12 escolhidos para ir

a Sumaré, no interior de São Paulo, para uma

jornada de aprendizado com Edgard Gouveia.

Gouveia é fundador do programa Guerreiros Sem

Armas, que incentiva jovens a serem

mobilizadores e articuladores. O empreendedor

social da rede Ashoka também é a cabeça por

trás da Oásis, uma metodologia de brincadeiras

sociais que engaja os mais novos.

“Ele ensinou um modo de realizar tarefas

importantes dos projetos de forma alegre, ou

seja, lidar com problemas críticos da nossa

sociedade, só que de forma divertida”, conta

Rhenan sobre os aprendizados com Gouveia.

Ao voltar para o Tocantins, sua trajetória de

mobilizador ganhou ainda mais impulso. O

empreendedor social lançou um projeto chamado

Primavera X, como uma forma de dar sequência

aos ensinamentos da conferência.

Essa iniciativa funciona como uma gincana, em

que os jovens precisam realizar missões que

mostrem suas habilidades como mobilizadores.

Mais uma vez Rhenan se destacou, e Gouveia o

indicou para o programa Jovens Transformadores

da Ashoka.

A iniciativa da ONG identificou, no Brasil, dez

adolescentes de 13 a 20 anos que lideram

causas, projetos e ações que impactam

positivamente a sociedade brasileira. O líder do

programa no mundo, Yashveer Singh, disse à

Folha que essa é a melhor idade para se

trabalhar o desenvolvimento de seres humanos

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transformadores –identificados pela Ashoka como

changemakers.

“O segundo desenvolvimento biológico da nossa

mente e de nossas habilidades acontece entre 13

e 19 anos. Se alguém se tornar um

transformador nessa idade, a chance de

continuar sendo para o resto de suas vidas é

muito alta”, afirmou Singh.

Um desses jovens reconhecidos foi Rhenan. Além

de conseguir mobilizar um município para a

importância de manter limpas as margens do

córrego que corta a cidade, o projeto sob sua

liderança ganhou tal forma que deve transformar

o Brejinho em um parque ecológico “para toda a

população voltar a utilizar a beleza dele”.

Do programa, ele espera aprimorar habilidades

que já demonstrou possuir. “Quero me

aperfeiçoar e aprender a ser como um

mobilizador melhor porque a gente nunca é

perfeito.” E para construir um “mundo belo para

as próximas gerações que virão”, ele não tem

dúvidas de quem deve tomar a frente. “Quem

deve arrumar a bagunça que fizemos no meio

ambiente somos nós mesmos.”

https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc

ial/2019/07/jovem-de-13-anos-lidera-projeto-

para-limpar-afluente-do-araguaia.shtml

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Mônica Bergamo: Votação da reforma da

Previdência supera expectativas de

apoiadores

Mathilde Missioneiro/Folhapress

A votação da reforma da Previdência, na quarta

(10), surpreendeu o núcleo de parlamentares

mais próximos do ministro da Economia, Paulo

Guedes. Eles trabalhavam com a adesão de 320

a 345 parlamentares.

NO TRANCO

O apoio de boa parte dos deputados do PDT e do

PSB, que começou a ficar mais claro na própria

quarta, foi decisivo para o convencimento de

outros parlamentares de centro que ainda

vacilavam em votar a favor.

APOIO

"O Ciro Gomes ajudou muito", diz Alexandre

Frota (PSL-SP), referindo-se à ameaça do ex-

presidenciável de expulsar correligionários do

PDT caso votassem "nessa proposta elitista" da

Previdência. "Ele acabou estimulando os

rebeldes", afirma.

EM FRENTE

O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou,

em sessão sigilosa na quarta (10), a liberação da

venda das ações do Banco do Brasil e da União

no IRB (Instituto de Resseguros do Brasil).

LUPA

O órgão decidiu também que acompanhará a

formação do preço mínimo para a venda das

participações.

MAIS UMA

A decisão foi considerada uma vitória do ministro

da Economia, Paulo Guedes, que elegeu o

desinvestimento de estatais como uma de suas

principais bandeiras.

QUERO SABER

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo

Tribunal Federal), pode pedir informações à

Polícia Federal e ao Coaf (Conselho de Controle

de Atividades Financeiras) sobre a existência de

uma investigação contra o jornalista Glenn

Greenwald, do The Intercept Brasil.

VINGANÇA

Ele foi sorteado para analisar pedido da Rede

para que qualquer investigação contra Greenwald

seja suspensa. O partido argumenta que o

procedimento, se existir, configura clara

retaliação a Greenwald pela publicação das

mensagens da Lava Jato, que contrariaram o

ministro da Justiça, Sergio Moro.

MURO

O Coaf já foi questionado sobre o assunto pelo

TCU (Tribunal de Contas da União). Mas foi dúbio

nas respostas.

STOP

E a Rede planeja recorrer ao STF e também

mover ação popular na Justiça Federal caso Jair

Bolsonaro confirme a indicação do próprio filho,

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada

dos EUA.

O banqueiro Alfredo Setubal, o professor José

Miguel Wisnik, o editor Luiz Schwarcz, a

estudante Luciana Lage, a professora Dora da

Cunha, a escritora Janaína da Cunha e a

curadora da Festa Literária de Paraty (Flip),

Fernanda Diamant, no coquetel de abertura do

evento.

ASSIM, NÃO

O projeto do governo de limitar a atuação de

conselhos profissionais enfureceu a OAB (Ordem

dos Advogados do Brasil). Entre outras medidas,

a iniciativa tira a obrigatoriedade de adesão dos

profissionais e limita poderes das entidades.

PEDRA

A OAB, que tem hoje 1,2 milhão de inscritos,

acredita que o movimento visa ao

enfraquecimento da ordem e, como

consequência, a invasão de bancas estrangeiras

no país.

PEDRA 2

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz,

procurou o Ministério da Economia para avisar

que abrirá uma batalha sem tréguas contra a

ideia.

QUERO...

Aldo Valentim pediu para ser exonerado do cargo

de secretário-adjunto da Secretaria Municipal de

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Cultura de SP porque “não acredita em políticas

de eventos”. “O papel da secretaria é trabalhar e

fomentar a cultura da cidade inteira,

principalmente da periferia. E não ser uma

agência e produtora de shows”, diz.

... SAIR

“São várias discordâncias irreconciliáveis [com o

titular da pasta, Alê Youssef]. Espero que um dia

SP volte a ter um secretário de cultura e não um

produtor de eventos”, afirma Valentim.

CRÍTICAS

A pasta diz que “como ocorre habitualmente em

casos de demissões de profissionais em cargos

de confiança, Aldo Valentim deixa a função,

muito provavelmente, contrariado”. Não seria

"novidade que, em situações como esta, tal

contrariedade traduza-se em críticas aos projetos

nos quais ele próprio teve participação

importante”.

DIREÇÃO

A secretaria afirma que nos “seis meses em que

integrou a equipe, Valentim participou dos

processos de mudança de direção que a atual

SMC propôs-se a fazer pela cidade e pela cultura,

voltando seu olhar para projetos que

representam a democratização e a valorização da

cultura, espinha dorsal desta Secretaria”.

À MESA

O ministro da Secretaria de Governo da

Presidência, general Luiz Eduardo Ramos,

participa de almoço do Lide no dia 19 deste mês,

em SP.

Euclides da Cunha, uma árvore, muitos frutos

“Euclides da Cunha é uma grande árvore da

cultura, e nós somos as ramificações”, diz

Janaína da Cunha, 47, escritora e bisneta do

autor. Ela e a prima, Dora da Cunha, 62, com a

filha Luciana Lage, 32, trineta de Euclides,

estiveram no brinde de boas-vindas da Flip, na

quarta-feira (10).

“Se um dia eu produzir na vida 2% do que ele

fez, estou feliz”, afirma Luciana, que estuda

pedagogia. Ela não tem o sobrenome do escritor

por escolha da mãe. “Na escola eu tinha muito

orgulho de falar do meu trisavô, mas achavam

que estava mentindo”, conta, rindo.

“Costumamos dizer que puxamos o gênio forte

do Euclides. Dizem que não temos papas na

língua. E a gente fala mesmo. Tá no sangue”,

emenda.

A conversa esquenta quando a política vira

assunto. “Quase excluí a Janaína do meu

Facebook [em 2018]. A minha mãe eu cheguei a

bloquear, mas voltei atrás”, conta Luciana, que

votou em Fernando Haddad (PT). Para ela,

Euclides seria crítico do presidente Jair Bolsonaro

(PSL) e atacaria as medidas do governo.

“Discordo. Se fosse contra, ele não ia atacar.

Pensaria no país em primeiro lugar”, avalia

Janaína, que apoiou Bolsonaro. “Se a gente

boicotar [o atual presidente], acabamos

boicotando nós mesmos e o nosso progresso.”

“Temos que fazer o exercício de democracia

dentro da família. Eu apoio o Brasil”, completa

Janaína. “Se você apoiasse o Brasil, nem teria

votado”, ironiza Luciana.

“Na viagem a gente já tava vendo que ia ter

briga no quarto”, segue ela, rindo. “É por isso

que combinamos de evitar falar sobre política.”

CURTO-CIRCUITO

Estreia nesta sexta (12) a peça “Diana”, com

dramaturgia e atuação de Celso Frateschi. e

direção de Rudifran Pompeu. No Teatro Mínimo,

no Sesc Ipiranga.

A atriz Simone Zucato apresenta a peça “Sylvia”,

no Teatro das Artes.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e

VICTORIA AZEVEDO; colaborou GABRIEL RIGONI

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/votacao-da-reforma-da-

previdencia-supera-expectativas-de-

apoiadores.shtml

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Grupo de Comunicação

Julio Abramczyk: Sanidade agropecuária em

debate no Instituto Biológico

A 17ª edição do Congresso de Ciências Agrárias,

Biológicas e Ambientais será realizada no

Instituto Biológico de São Paulo (av. Conselheiro

Rodrigues Alves, 125, tel. 5087-1722) de 10 a 12

de setembro.

Entre os temas a serem abordados estão a

sanidade animal e vegetal, a proteção ambiental,

pragas urbanas, história da ciência, recursos

humanos e gestão de qualidade nos laboratórios

de pesquisa das instituições públicas.

Também serão tema de discussão a

nanotecnologia na agricultura, tendências da

agricultura digital, internet das coisas (“internet

of things”) e melhoramento genético animal e

vegetal.

O Instituto Biológico foi criado em 1927 para

estudar e divulgar conhecimentos na área

agropecuária. Quando o cientista brasileiro

Henrique da Rocha Lima (descobridor da causa

do tifo, na Alemanha, durante curso de pós-

graduação) retornou ao Brasil, assumiu em 1933

a direção da instituição.

Em sua gestão, o Instituto Biológico transformou-

se em importante centro de formação de

cientistas. Vários de seus estagiários se

destacaram na área das ciências, como Otto Bier

e José Reis, quando ainda estudantes de

medicina, no Rio.

Otto Bier assumiu a cátedra de microbiologia da

Escola Paulista de Medicina/Unifesp e publicou o

livro "Bacteriologia e Imunologia", adotado nas

principais escolas médicas da América do Sul.

O Instituto Biológico editou o "Tratado de

Doenças das Aves", de José Reis e Paulo

Nóbrega, de repercussão internacional.

José Reis criou na instituição a área da

divulgação científica e escreveu na Folha por

longos anos. Considerado um pioneiro nesta

área, o CNPq (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico) criou o

Prêmio José Reis de Divulgação Científica em sua

homenagem.

Também fez parte do Instituto Biológico a

famosa aviadora paulista Ada Rogato, que

participou da introdução pioneira na técnica de

pulverização aérea para o controle das

parasitoses da lavoura em nosso meio.

Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação

Científica) e J. Reis de Divulgação Científica

(CNPq).

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/julioabra

mczyk/2019/07/sanidade-agropecuaria-em-

debate-no-instituto-biologico.shtml

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Carlos Vogt e Mariluce Moura : A ciência

ainda não faz parte da cultura brasileira

Oswaldo Cruz morreu em 11 de fevereiro de

1917, há pouco mais de 102 anos. Alberto

Santos Dumont, quase 87 anos atrás, em 23 de

julho de 1932. Espanta, assim, que os dois, ao

lado do astronauta Marcos Pontes, atual ministro

da Ciência, Tecnologia, Inovação e

Comunicações, tenham sido os mais citados

quando se perguntou recentemente a jovens

brasileiros, de 15 a 24 anos, que nomes de

cientistas brasileiros lembravam.

Mais: só 5% dos 2.206 entrevistados que

compuseram a amostra dessa população juvenil

do país, em 21 estados e no Distrito Federal,

apresentaram algum nome ­ —93% deles, de

pronto, não sabiam nenhum.

Essa pergunta, na verdade, vem sendo feita há

bastante tempo em levantamentos de percepção

pública de ciência e tecnologia no Brasil. No início

deste ano, foi repetida em pesquisa do Instituto

Nacional de Ciência e Tecnologia em

Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia,

ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),

divulgada em 24 de junho passado.

De caráter pioneiro relativamente à faixa etária

para a qual se voltou, sua metodologia foi similar

à de levantamentos para o conjunto da

população acima de 16 anos feitos pelo então

Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Centro

de Gestão e Estudos Estratégicos em 2006, 2010

e 2015. E, lamentavelmente, a indagação sobre

nomes de cientistas não trouxe respostas muito

distintas das obtidas anteriormente. Mesmo das

obtidas em "surveys" da década de 1980 e do

ano 2000.

Olhado mais de perto, entretanto, o espanto

inicial ante o fato de mesmo os poucos jovens

aparentemente mais informados só serem

capazes de identificar como cientistas um

astronauta ou figuras notáveis que viveram dez,

nove décadas atrás —intervalo de tempo que

configura um remotíssimo passado no imaginário

juvenil— cede lugar à percepção de que suas

referências são endereçadas a personagens que

já entraram na cultura popular.

Figuras intensa e longamente trazidas à cena por

formas narrativas tão atraentes quanto as

charges e as histórias em quadrinhos, por

exemplo. Refletem, assim, um interesse difuso

nessa espécie de ente nebuloso chamado ciência,

que paira no ar ou no imaginário social, sem

vínculo com um chão concreto, sem que se saiba

onde e como se materializa ou quem o parteja.

Em outros termos, a narrativa da ciência

propriamente não ecoa —ou ressoa muito

pouco— na sociedade brasileira, incluindo aí sua

parcela de 15 a 24 anos, mais de 30 milhões de

pessoas. O vasto campo da comunicação da

ciência, sob o qual podemos abarcar da

comunicação científica interpares as muitas

formas de divulgação científica e ao jornalismo

científico, sem encontrar em seu trajeto um

vasto lastro cultural que permita sua real

incorporação ao acervo de saberes da sociedade,

como que se bate contra um cérebro opaco.

Nesse ponto é que forçosamente voltamos à

educação lato sensu. Do ensino formal, a exigir

de forma gritante novas formas de abordagem

capazes de quebrar o desinteresse ante tudo que

não seja rápido, imediato, curto, visual, à

educação mais informal, ligada à exposição

contínua, sistemática, a ambientes apropriados à

formação cultural, sem preconceitos de qualquer

ordem. E ainda que no atual ambiente político do

país constatação dessa ordem leve fácil ao

desânimo e a densos temores é preciso insistir.

Há trabalho duro a ser feito na comunicação da

ciência e em defesa da produção científica, no

Brasil, garantida em 95% pelos grupos de

pesquisa das universidades públicas. Mas não é

menos exigente, ao contrário, o imenso trabalho

a ser feito no campo da educação para que se

possa, afinal, estabelecer um diálogo fecundo

ciência-sociedade, em lugar de nossa já muito

longa conversa de surdos. Para que a ciência faça

parte da cultura brasileira.

Carlos Vogt

Poeta e linguista, presidente do conselho

científico e cultural do Instituto de Estudos

Avançados, da Unicamp, ex-reitor da Unicamp

(1990-1994) e ex-presidente da Fapesp (2002-

2007)

Mariluce Moura

Jornalista, professora titular da Universidade

Federal da Bahia, coordenadora do projeto

Ciência na Rua e criadora e ex-diretora da revista

Pesquisa Fapesp (1995-2014)

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/

a-ciencia-ainda-nao-faz-parte-da-cultura-

brasileira.shtml

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Page 37: LIPPING - Microsoft€¦ · Veículo: SBT Jundiaí - Noticidade Data: 11/07/2019 A água de 80 bairros em Itu teve que ser cortada por contaminação Duração: 00:02:23 Hora da Veiculação:

Data: 12/07/2019

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Grupo de Comunicação

O que a Folha pensa: Reforma para todos

Com a reforma da Previdência perto da

aprovação definitiva pela Câmara dos Deputados,

são animadoras as notícias de que no Senado já

se discutem propostas para adequar servidores

estaduais e municipais às novas regras.

Os governos regionais acabaram excluídos do

texto votado na quarta (10) em razão de uma

combinação de mesquinharias políticas.

Governadores de oposição, em especial do

Nordeste, relutaram em apoiar publicamente a

reforma, enquanto parlamentares favoráveis a

ela se recusaram a ajudar administrações de

adversários.

Há meios de reparar o dano, embora o

entendimento partidário possa se mostrar difícil.

Estuda-se a apresentação de uma proposta de

emenda constitucional específica para os demais

entes federativos, de modo a não atrasar a

tramitação do projeto original.

Fato é que em boa parte dos estados as

despesas previdenciárias já ameaçam

diretamente a prestação de serviços básicos à

população.

Segundo estudo da Instituição Fiscal

Independente, órgão consultivo ligado ao

Senado, em 2017 o déficit dos regimes estaduais

chegou a R$ 89 bilhões, valor equivalente a nada

menos de 14,7% da receita.

Em alguns casos, como os de Rio de Janeiro,

Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o rombo fica

entre 25% e 30% da arrecadação. É absurdo que

tamanha parcela dos recursos disponíveis se

destine a um estrato diminuto da sociedade —

enquanto carências em educação, saúde e

segurança afetam a todos.

Observa-se hoje um óbvio desequilíbrio entre o

número de funcionários que contribuem para a

Previdência e o de inativos. A relação é de

apenas 1,13 para 1, e em pelo menos quatro

estados os aposentados e pensionistas já

superam em quantidade os que estão na ativa.

Corporações influentes, como fiscais de renda,

procuradores e membros do Judiciário continuam

a ignorar restrições orçamentárias. Outras, como

professores e policiais, numerosas e importantes,

gozam de regras mais benevolentes.

Entre 2006 e 2015, o valor da remuneração

média dos servidores estaduais cresceu 50,8%

acima da inflação, ao passo que o benefício

médio pago aos inativos subiu 32,7%. Em muitos

casos ainda se permitem integralidade

(aposentadoria com o último salário) e paridade

(correções de benefícios equivalentes às dos

salários da ativa).

Com déficits explosivos e serviços em colapso,

não há mais espaço para subterfúgios. O mais

simples e rápido é incluir todos os entes

federativos na reforma nacional. Caso não seja

possível, os Executivos e Legislativos locais

precisam enfrentar o problema.

Em qualquer hipótese, os governadores,

especialmente os de oposição, devem se dedicar

mais a expor publicamente a situação de suas

contas e a urgência dos ajustes.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/

reforma-para-todos.shtml

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Data: 12/07/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO ‘Florestas de Papel’ da PF combate

exploração ilícita de 8 mil caminhões de

madeira na Amazônia

Pepita Ortega

Floresta Amazônica. Foto: Herton Escobar /

Estadão

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta

sexta, 12, a Operação Florestas de Papel, para

desarticular um esquema de exploração ilegal de

madeiras na região amazônica que envolveu 22

madeireiras entre 2014 e 2017. Mais de 91 mil

metros cúbicos de madeira serrada teriam sido

‘regularizados’ mediante fraude. Tal montante

equivaleria a 120 mil toras, o suficiente para

carregar cerca de 8 mil caminhões, informou a

PF.

São cumpridas nesta manhã mais de 70 medidas

judiciais – prisões preventivas, temporárias,

mandados de busca e apreensão e de suspensão

de atividade econômica – expedidas pela 4ª Vara

da Seção Judiciária de Roraima.

As ações acontecem em Roraima, Mato Grosso,

Amazonas, Maranhão e Pará e contam com a

participação de mais de 150 policiais federais.

Segundo a Polícia Federal, os crimes foram

apurados por seis inquéritos policiais, conduzidos

com apoio do Ministério Público Federal.

As investigações apontam que empresários

cometeram diversos tipos de fraudes no SISDOF,

sistema do Ibama que gerencia a expedição dos

Documentos de Origem Florestal (DOF), para dar

‘aparência de legalidade’ ao comércio e

movimentação de madeiras.

De acordo com a Polícia Federal, dentre as

espécies extraídas ilegalmente pelas madeireiras

estariam Ipês, Cedros, Maçarandubas, Aroeiras e

Jacarandás. No mercado, o valor das madeiras

poderia chegar a R$ 80 milhões, indicou a PF.

O esquema utilizava empresas de fachada para

conseguir ou utilizar Documentos de Origem

Florestal – licenças obrigatórias para o controle

do transporte e armazenamento de produtos e

subprodutos florestais de origem nativa, como

toras de madeira e madeira serrada.

Segundo a PF, os documentos ‘esquentavam’

madeiras retiradas ilegalmente simulando

extrações e operações de compra e venda de

unidades entre as empresas do esquema.

Alguns sócios das madeireiras seriam laranjas

dos reais proprietários, indicou a Polícia Federal.

A maior parte das empresas investigadas estão

localizadas no sul de Roraima.

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/florestas-de-papel-da-pf-combate-

exploracao-ilicita-de-8-mil-caminhoes-de-

madeira-na-amazonia/

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Grupo de Comunicação

Fundo para Infraestrutura em São Paulo

Sergio Victor*

Um dos gargalos estruturais da economia

brasileira ao lado da complexa carga tributária e

da burocracia, é a falta de poupança interna para

investimentos, também conhecida como taxa de

formação bruta de capital fixo. Ao longo dos

últimos vinte anos a taxa de investimento sobre

o PIB vem oscilando, ao sair de uma média de

2001-2010 de 18,2% para 20% entre 2011-2015

e entre 2016-2018 para 15,4% e no primeiro

trimestre de 2019 estabilizamos em 15,5%. Essa

oscilação demonstra na prática a magnitude da

insegurança do ambiente de negócios do país,

corriqueiramente associada a visão de uma

montanha russa uma vez que a economia

brasileira variou de um crescimento do PIB de

7,5% em 2009 para -3,3% em 2016.

Dado isso, quanto mais instável for a taxa de

investimento de uma economia, pior será o

desempenho do investimento em infraestrutura

para um país como o nosso. De acordo com um

estudo da Fiesp (Federação das Indústrias de São

Paulo) com base em dados do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística.), os

investimentos em infraestrutura caíram 20%

entre 2014 e 2017. O ano de 2018 foi pior, com

apenas 0,4% do PIB investido em infraestrutura,

o menor percentual em 10 anos.

O Estado de São Paulo também não foi melhor,

segundo dados da Secretaria da Fazenda em

2018 apresentou o menor investimento em

“obras e instalações” desde 2010, cerca de 3,9

bilhões de reais. Em que pese o fato do êxito das

concessões para as rodovias estaduais, iniciado

nos anos 90, não conseguimos concluir os atuais

projetos para novas rodovias, como o contorno

da Tamoios no litoral norte ou mesmo o

complexo do rodoanel Mario Covas que se arrasta

por quase trinta anos. Quando olhamos para os

outros modais de logística a situação também

não é diferente, com investimentos não

contínuos ou com obras em ritmo lento como a

tímida expansão do metrô na capital.

De maneira prática o governo estadual tem

pouca margem de manobra para investimentos

no orçamento, devido aos gastos obrigatórios,

com ativos e inativos e serviço da dívida e o fato

da economia estar em retomada lenta também

não contribui para o aumento da receita

tributária. Os bancos de fomento do estado

também possuem limites para englobar todos os

programas de desenvolvimento econômico

previstos para os próximos anos. Tudo isso

implica em uma combinação perigosa de má

alocação de recursos escassos tanto na cobertura

da depreciação dos aparelhos públicos de

infraestrutura, como no investimento de novos

projetos de infraestrutura.

Somente para o quadriênio de 2019-2022 o

governo estadual prevê obras de cerca de 160

bilhões de reais em diversos projetos de

transporte, mobilidade, saneamento, energia,

habitação entre outros. Com isso não há dúvida

alguma da necessidade de um emprego maior do

pragmatismo no uso dos recursos dos impostos

pagos. A questão é como fazer isso sem cair na

lentidão da burocracia das obras públicas ou dos

efeitos dos calendários eleitorais políticos, uma

vez que muitas obras ultrapassam os tradicionais

períodos de quatro anos.

Uma solução que já é usada em vários países é a

estruturação de fundos com recursos dos

royalties do petróleo para financiar grandes obras

de infraestrutura. Países como Kuwait, Catar,

Cingapura, China e Noruega. É correto lembrar

que o governo brasileiro implementou um fundo

soberano em 2008 com recursos provenientes do

petróleo, porém seus recursos foram

desmobilizados ao longo dos últimos anos para

abater a dívida pública ou custeio da máquina

administrativa. No caso dos países citados, a

aplicação dos fundos soberanos diverge de

acordo com a realidade de cada país, a Noruega,

que possui o maior fundo do mundo com ativos

de quase 1 trilhão de dólares, paga a seguridade

social com os recursos do fundo, já os países do

oriente médio e Ásia financiam seus grandes

projetos de infraestrutura com as receitas do

fundo.

Em 2019 espera-se que o montante oriundo de

royalties de petróleo no estado de São Paulo seja

de R$ 5 bilhões – valor este maior do que os 3,9

bilhões de 2018 – e seguirá em viés de alta pelos

próximos anos, dado que os campos de pré-sal

no estado ainda não atingiram a sua maturidade.

Desse modo os royalties são uma alternativa real

e mais estável do que o orçamento engessado

em si. Com isso vale o esforço para montarmos

um fundo estadual com recursos oriundos de

royalties de petróleo e que seja dedicado

inteiramente a expansão e manutenção contínua

da infraestrutura estratégica. Assim como ocorre

na Noruega, a administração do fundo fica a

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Grupo de Comunicação

cargo de um gestor privado, escolhido por

licitação pública e que será remunerado pelo

retorno dos valores aplicados. É evidente que

este montante não resolve a curto prazo o déficit

de investimento em transportes, saneamento,

energia, etc mas a constituição do fundo é só o

começo, garantindo um lastro mínimo

acumulativo anual, permitindo que as políticas de

desenvolvimento econômico do estado tenham

continuidade, resultando em crescimento e

prosperidade a sociedade em geral.

*Sergio Victor é deputado estadual pelo Novo e

presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia,

Inovação e Informação da Assembleia Legislativa

de São Paulo

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/fundo-para-infraestrutura-em-sao-paulo/

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Grupo de Comunicação

Fazendeiro monta armadilha para javali e

captura onça em Jales (SP)

- São Paulo - Estadão

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo

SOROCABA – Um fazendeiro montou uma

armadilha para capturar javalis e acabou

capturando uma onça-parda, nesta quarta-feira,

10, na zona rural de Jales, interior de São Paulo.

Ao se deparar com o felino, um espécime macho,

adulto, pesando cerca de 60 quilos, se debatendo

na pequena jaula, o ruralista viu-se obrigado a

acionar a Polícia Ambiental. O homem acabou

sendo multado por não ter autorização dos

órgãos ambientais para o uso de armadilha na

caça de javalis.

Os agentes precisaram usar uma gaiola especial

para retirar a onça em segurança da armadilha

Foto: Polícia Ambiental/Divulgação

Os agentes precisaram usar uma gaiola especial

para retirar a onça em segurança da armadilha.

Depois de ser avaliado em suas condições de

saúde, o felino foi levado de caminhonete e solto

em uma área de mata da região. A identidade do

ruralista e o valor da multa não foram

informados.

Apesar de ter se adaptado aos novos

ecossistemas paulistas, como o dos canaviais, a

onça-parda, também conhecida como suçuarana

ou puma, passou a ser considerada vulnerável na

última lista de animais ameaçados do Brasil, feita

em 2014 pelo Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além

da caça, o felino é vítima das queimadas em

lavouras de cana-de-açúcar e de atropelamentos

em rodovias

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,fazendeiro-

monta-armadilha-para-javali-e-captura-onca-em-

jales-sp,70002918944

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Grupo de Comunicação

Executivos da Vale conseguem evitar

acareação em CPI da barragem

- Brasil - Estadão

BELO HORIZONTE - Quatro executivos da Vale

conseguiram habeas corpus na Justiça de Minas

Gerais para não participar de acareação que seria

realizada nesta quinta-feira, 11, na Comissão

Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia

Legislativa que investiga o rompimento da

barragem da mineradora em Brumadinho, na

Grande Belo Horizonte, no dia 25 de janeiro.

Cinco meses e meio depois da tragédia, a Defesa

Civil do Estado confirma a morte de 248 pessoas

por causa da ruptura da estrutura. Outras 22

seguem desaparecidas. As buscas por corpos

continuam na área atingida pela lama que vazou

da estrutura.

Barragem de rejeitos de ferro pertencente à Vale

se rompeu em Brumadinho, na região

metropolitana de Belo Horizonte, no dia 25 de

janeiro de 2019 Foto: Wilton Júnior/ Estadão

A acareação seria feita entre os executivos

Cristina Malheiros, Renzo Albieri Guimarães

Carvalho, César Augusto Grandchamp e Artur

Bastos Ribeiro, envolvidos com o monitoramento

e segurança da barragem que se rompeu, e o

funcionário da mineradora há 18 anos Fernando

Henrique Barbosa Coelho, que à época da

tragédia era operador mecânico.

Em depoimento anterior à CPI, Barbosa Coelho

afirmou que seu pai, Olavo Coelho, morador da

região com profundo conhecimento sobre a

barragem, teria sido chamado seis meses antes

do rompimento pela empresa para dar opinião

sobre a situação da represa. A resposta do pai a

representantes da Vale, segundo o operador

mecânico, teria sido de que a barragem tinha

vazamentos, com danos irreversíveis, e que

poderia se romper. Olavo Coelho está entre as

vítimas da tragédia.

Todos os executivos da mineradora beneficiados

pelo habeas corpus afirmaram, também à CPI,

que a estrutura não apresentava sinais de que

poderia ruir.

A defesa dos executivos da Vale Cristina

Malheiros, Renzo Albieri Guimarães Carvalho e

Artur Bastos Ribeiro, no pedido de habeas

corpus, alegam, conforme consta no relatório da

decisão, que, "como testemunha ou investigado,

os pacientes fazem jus a duas garantias

constitucionais, a saber: o direito de

permanecerem em silêncio e o direito de não se

auto incriminarem. Diante disso, requerem o

deferimento da liminar, com a expedição de salvo

conduto, para que seja garantido aos pacientes o

direito de não comparecerem à sessão". Do

grupo, três executivos têm um mesmo advogado,

Marcelo Leonardo. Já Grandchamp tem Leonardo

Salles como defensor, segundo a assessoria da

relatoria da CPI.

Com os habeas corpus, a sessão da CPI foi

aberta e o funcionário da mineradora Barbosa

Coelha apenas reafirmou o depoimento prestado

anteriormente.

A Vale confirmou, em nota, conforme já

declarado por executivos da empresa em

depoimentos à CPI, que "disponibiliza assessoria

jurídica a seus empregados afastados por se

tratar de uma investigação de fatos ocorridos no

exercício de suas atividades profissionais".

No entanto, o posicionamento de ir ou não às

sessões da comissão, segundo a Vale, não parte

da empresa. "Tais decisões, bem como qualquer

outra decisão de natureza jurídica, cabem

exclusivamente aos empregados e suas

respectivas defesas técnicas, que sempre

atuaram e continuarão atuando com total

distanciamento, independência e autonomia

decisória."

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,exec

utivos-da-vale-conseguem-evitar-acareacao-em-

cpi-da-barragem,70002918436

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Grupo de Comunicação

Barragem transborda na Bahia e obriga

moradores a deixar suas casas

- Brasil - Estadão

Barragem se rompe na Bahia e obriga moradores

a deixar suas casas

Fortes chuvas que caíram na região contribuíram

para o rompimento da barragem do Quati em

Pedro Alexandre, na Bahia. Água e lama

atingiram o município de Coronel João Sá Foto:

Junior Nascimento /Prefeitura Coronel João Sá

SÃO PAULO e SALVADOR – Após fortes chuvas,

uma barragem de água transbordou no distrito

de Quati, em Pedro Alexandre (BA), na manhã

desta quinta-feira, 11. A correnteza alagou pelo

menos 157 imóveis na região, obrigou cerca de

500 pessoas a saírem de casa e também

interditou uma rodovia federal. Não há registro

de mortos ou feridos.

A barragem fica a 440 km de Salvador, perto da

divisa da Bahia com Sergipe. Nesta quinta mais

cedo, a Defesa Civil local havia informado o

rompimento da barragem, mas a

Superintendência de Defesa Civil da Bahia

(Sudec) disse que o excesso de precipitação

provocou, na realidade, um “galgamento”,

quando a água transborda da parede do açude.

“Não há rompimento”, afirmou o superintendente

adjunto Vitor Gantois, da Superintendência de

Defesa Civil da Bahia (Sudec). “Há rachaduras

nas laterais, que ainda não conseguimos

vistoriar.”

Segundo a coordenadora da Defesa Civil de

Pedro Alexandre, Carla Leão, a chuva atingiu

cerca de 100 milímetros em 24 horas na região.

“Desde as 7h20 nós já estávamos avisando a

população da região. Fomos avisando via internet

e ligando para que os moradores deixassem as

residências.”

Segundo os relatos, a água não chegou de uma

vez, o que permitiu que os moradores deixassem

as casas a tempo. Em alguns casos, foi possível

até recolher alguns objetos de valor, como

computadores, mas nem todos tiveram essa

chance. “Muita gente perdeu os móveis”, contou

a lavradora Sirleide da Silva.

Conforme a Defesa Civil, sete casas nos

povoados de Quati e Boa Sorte ficaram

inundadas pela quantidade de água e lama. A

área mais atingida, porém, foi uma parte da

cidade vizinha, Coronel João Sá, onde pelo

menos 150 imóveis foram atingidos.

A cidade decretou situação de emergência e

deslocou cerca de 500 moradores para cinco

escolas municipais. Segundo a Prefeitura de

Coronel João Sá, uma idosa que mora em uma

das ruas alagadas quase se afogou, mas os

bombeiros conseguiram resgatá-la a tempo.

“A prioridade, no momento, é fornecer

assistência às pessoas: colchão, cobertores,

mantimentos, água e roupas”, disse Carlinhos

Sobral (MDB), prefeito da cidade de 17,5 mil

habitantes. Pela manhã, nas redes sociais, Sobral

avisou à população sobre o risco de inundação e

a necessidade de sair das casas.

A água ainda bloqueou a rodovia BR-235, na

altura do km 25, trecho que liga Jeremoabo (BA)

e Carira (SE). Segundo a Polícia Rodoviária

Federal na Bahia, a estrada estava intransitável

nos dois sentidos até a tarde desta quinta. Ainda

segundo a Sudec, a grande quantidade de água e

lama nos acessos atrapalhava nesta quinta o

envio de ajuda e mantimentos.

Responsabilidade

Segundo o governo da Bahia, a barragem foi

construída pela Companhia de Densenvolvimento

e Ação Ragional, vinculada ao Estado, e entregue

em novembro de 2000 à Associação de

Moradores da Comunidade de Quati. É uma

estrutura pequena, com menos de 200 hectares,

e não chega a ser classificada dentro da Lei

Nacional de Barragens.

O governo estadual disse, ainda, que a

responsabilidade sobre a barragem é do

município, uma vez que foi entregue à

comunidade. O Estado não conseguiu contato

com a prefeitura de Pedro Alexandre nesta

quinta.

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Grupo de Comunicação

A Agência Nacional de Águas (ANA) afirmou que

a barragem não consta do Sistema Nacional de

Informações sobre Segurança de Barragens

(Snisb) e que, portanto, não tem informação

sobre risco ou dano potencial da sua estrutura.

Por se tratar de uma barragem em rio estadual,

segundo o órgão, a fiscalização desse açude não

compete à ANA, e sim à autoridade competente

na Bahia.

'Aqui nunca havia alagado antes'

Pelas redes sociais, moradores foram avisados do

transbordamento da barragem. “Estava

almoçando quando vi um vídeo do prefeito

pedindo para a cidade ser evacuada”, conta o

professor Seltom Abreu, de 34 anos, dono de

uma escola em Coronel João Sá. "Como a

barragem fica distante, a água não chegou de

uma vez. Foi alagando.”

Dessa forma, deu tempo para que ele e vizinhos

retirassem móveis e computadores. “A primeira

coisa que peguei foram documentos, o que não

daria para recuperar”, afirmou. “Está chovendo

há uma semana. No lugar onde fica a escola,

nunca havia alagado antes", disse ele, no início

da noite, por telefone, enquanto estava no

ginásio para onde foram os desabrigados.

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,barra

gem-se-rompe-na-bahia-e-obriga-moradores-a-

deixarem-suas-casas-segundo-a-defesa-

civil,70002918327

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro diz que pode revisar áreas de

proteção e 'desmarcar por decreto'

- Sustentabilidade - Estadão

Teo Cury, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (PSL)

disse nesta quinta-feira, 11, a parlamentares

evangélicos, durante café da manhã realizado no

Palácio do Planalto, que tem conversado com

governadores para revisar áreas de proteção

ambiental, como a Estação Ecológica de Angra

dos Reis, no litoral fluminense, e "desmarcar

muita coisa por decreto". Ele afirmou aos

parlamentares que há um "aparelhamento" de

legislação.

Café da manhã de Bolsonaro com parlamentares

evangélicos no Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse a

parlamentares evangélicos, durante café da

manhã realizado no Palácio do Planalto, que tem

conversado com governadores para revisar áreas

de proteção ambiental Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente voltou a dizer que pretende

transformar a baía de Angra dos Reis em uma

"Cancún brasileira" com "dinheiro de fora".

"Mas o decreto que demarcou a Estação

Ecológica só pode ser derrubado por uma lei.

Conversei com o (Ronaldo) Caiado (governador

de Goiás) neste sentido, com o governador do

Pará (Helder Barbalho) também. Estamos

conversando com vários outros governadores no

sentido de nós nos unirmos e desmarcar muita

coisa por decreto no passado para poder fazer

com que o Estado possa prosseguir", disse.

Angra dos Reis, a 'Cancún brasileira'

Em maio, o presidente já havia afirmado que

pretendia transformar o local onde foi multado

em 2012 por pesca ilegal, em Angra, em uma

"Cancún brasileira". "Hoje em dia o que sobrou

para mim foi a caça submarina. Pretendo

implementá-la ali na região de Angra. Lá é uma

Estação Ecológica demarcada por decreto

presidencial. Estamos estudando nesse sentido,

né, revogar isso aí e abrir aquela área para fazer

um turismo, realmente, que o Brasil merece",

disse na ocasião. "A iniciativa privada vai investir

ali naquela região, e quem sabe nós tenhamos

uma Cancún aqui na baía de Angra brevemente."

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,bolsonaro-diz-que-pode-revisar-areas-de-

protecao-e-desmarcar-por-decreto,70002918178

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Grupo de Comunicação

Perigos de uma campanha precoce

- Opinião - Estadão

A reforma da Previdência e o acordo comercial

com a União Europeia são dois temas que podem

animar a economia. Mas não se pode

superestimá-los. Um trabalho de reconstrução

demanda um trabalho diuturno.

O clima de campanha política não é o melhor

para desenvolver essas tarefas. Bolsonaro falou

duas vezes em concorrer de novo em 2022.

Espera entregar um País melhor em 2026, mas

parece ignorar que passará pelo grande

julgamento no final do primeiro mandato.

O vazamento entrou na campanha. Moro decidiu

por uma saída política, contando com a

ambiguidade: os diálogos podem ou não ser

verdadeiros. Bolsonaro abraçou a Lava Jato com

o mesmo entusiasmo com que levantou a taça da

Copa América.

Duas estratégias podem ser desenhadas. A de

Bolsonaro, manter o apoio, independentemente

do que digam a Justiça e a opinião pública no fim

do processo. Sabe que uma independe da outra e

que a fidelidade popular à Lava Jato se tem

mantido a ponto de ainda ser a melhor escolha

eleitoral. Já a estratégia da esquerda, que

recusou uma autocrítica, conta com o desgaste

da Lava Jato para consagrar a sua tese de que a

operação foi uma grande manobra para derrotá-

la.

Mas o Brasil não se resume a esses dois grandes

blocos. No caso específico da Lava Jato, nem

todos os que a apoiam compartilham as teses

ultrapassadas de Bolsonaro. Assim como nem

todos os que questionam Moro necessariamente

acreditam na inocência da esquerda.

Ainda haverá uma decisão da Justiça baseada

nesses vazamentos. Andará alguns passos. Um

deles é verificar a autenticidade do material. O

outro, creio, é examinar todas as frases dentro

do seu contexto. Isso se for vencida a etapa

inicial: reconhecer ou não as provas obtidas

ilegalmente.

A Lava Jato é, de longe, a mais importante

operação contra o desvio de dinheiro público no

Brasil. Pelo número e pela importância dos

condenados, pelo dinheiro devolvido, pela

repercussão continental na política.

Outro dia viajei com um motorista peruano.

Contei que cobri a eleição de Ollanta Humala

contra Keiko Fujimori. “Pois é, ambos presos”,

comentou.

A operação dispôs-se a realizar seu trabalho sob

a legalidade e submeteu seus principais passos

ao Supremo. Passou por esse teste. Mas agora se

vê diante de um novo desafio. Seus documentos

públicos e oficiais não são escrutinados, mas,

sim, as conversas pessoais colhidas num

aplicativo.

Era uma operação para desmontar uma

organização criminosa, conforme definiu o

próprio ministro Celso de Mello. Depois de

algumas vitórias e alguns embates, não me

surpreende que houvesse um vínculo entre juiz e

promotores conscientes de que estavam lutando

contra algo muito forte.

Diante de uma organização criminosa só seria

eficaz um enfoque sistemático. Não se pode

ignorar que era composta de indivíduos com seus

direitos. Nesse caso, haveria um desvio

autoritário. Mas ignorar que existia uma

quadrilha e que eram mais do que indivíduos

vulneráveis diante do Estado, no meu entender,

é uma visão romântica .

Os sucessivos fracassos das operações anteriores

à Lava Jato esbarraram em procedimentos legais.

Trata-se de operações realizadas no universo

político, em que o filtro é mais rigoroso. Colocam

o problema básico: como combater uma

organização criminosa dentro desse universo, no

qual a grande barreira são o rigor e as filigranas

jurídicas?

Fora do crime político não há grande inquietação.

Os processos contra o PCC, o Comando Vermelho

ou a Família do Norte são desconhecidos nos

detalhes, no seu curso legal, quanto mais nas

trocas de mensagens pessoais dos seus agentes.

Pouco sabemos dos juízes forçados a viver com

escolta armada.

Como as coisas aconteceram num mundo mais

sofisticado, o debate é sobre o Estado de Direito

em sua visão mais rigorosa. Num primeiro e

cauteloso artigo sobre o material vazado afirmei

que, na minha opinião de leigo, o juiz poderia

indicar provas, sobretudo quando estivesse

diante de uma organização criminosa e sua

omissão a favorecesse.

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Data: 12/07/2019

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Grupo de Comunicação

O material da Veja traz uma frase em que Moro

lembra ao procurador a necessidade de inclusão

de um cheque nas provas. No artigo, escrevi

também: o juiz precisa ter serenidade para

avaliar a prova, mesmo tendo pedido a sua

inclusão. Pode rejeitá-la no contexto da

sentença.

No caso mencionado pela Veja, Moro, um

especialista em crimes financeiros, teria pedido a

prova e depois absolvido o réu. O que era apenas

uma hipótese no artigo, escrito muito antes de o

caso vir à tona, parecia confirmar-se ali. No

entanto, Moro desmentiu o diálogo vazado e

afirmou que seria esquizofrênico incluir provas e

absolver a pessoa em seguida.

Em síntese, para não repetir o adjetivo de Moro,

meu argumento parece estapafúrdio. Ou, então,

apenas fora de lugar numa batalha marcada pelo

cálculo político que aciona as paixões nas redes.

Não acredito que no final desse episódio as

conquistas da Lava Jato sejam anuladas. No

entanto, está em jogo também um modelo de

combate ao crime organizado.

O núcleo combatido pela Lava Jato teve a

assistência de talentosos advogados, que

produziram um cipoal de interpelações e

recursos. Nunca se viram tantas táticas na

Justiça comum. Nenhum outro processo atual foi

tão discutido em instâncias superiores.

A Lava Jato sobreviveu e tem sobrevivido no STF

e na gratidão pública, apesar dos vazamentos

envoltos em suspense e de uma dose de

sensacionalismo. Sua vulnerabilidade atual é

aparecer como aliada de Bolsonaro. É um

instrumento do Estado e deveria ter seus

métodos próprios de defesa.

Todos sabemos o que é uma campanha política

no Brasil. Uma campanha precoce, então, leva

para as profundezas o nível do debate.

*Fernando Gabeira é jornalista

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,perigos-de-uma-campanha-

precoce,70002918852

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VALOR ECONÔMICO Barragem transborda na BA e deixa 350

famílias sem casa

Por Folhapress, de Salvador

A barragem do Quati, em Pedro Alexandre (a 435

quilômetros de Salvador), transbordou por volta

das 11h de ontem após fortes chuvas que

atingiram a cidade, que fica na divisa entre Bahia

e Sergipe.

A água inundou casas, bloqueou estradas e fez

com que 350 famílias fossem retiradas de suas

casas em Coronel João Sá, cidade vizinha que

fica numa região abaixo da barragem. Cerca de

40% da área urbana da cidade, que tem 17 mil

habitantes, ficou submersa. Até a conclusão

desta edição, não havia registro de feridos e

vítimas.

As famílias que estão nas áreas consideradas de

risco estavam sendo retiradas de suas casas, em

alguns casos com ajuda da Polícia Militar. Cinco

escolas da cidade foram disponibilizadas para

receber os desabrigados.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o

prefeito de Coronel João Sá, Carlos Sobral, pediu

que os moradores deixassem suas casas. "É uma

situação atípica, nunca aconteceu isso com essa

barragem e nós não sabemos das consequências.

Eu peço encarecidamente a todas as pessoas que

morem nas áreas de risco que saiam de suas

casas", afirmou.

De acordo com o governo baiano, a barragem do

Quati não chegou a se romper e que transbordou

devido ao temporal na região. A promessa é que

o governador Rui Costa (PT) visite hoje de

manhã as cidades de Coronel João Sá e Pedro

Alexandre. O governador de Sergipe, Belivaldo

Chagas (PSD), foi informado sobre o possível

impacto em cidades do Estado que fazem

fronteira com a Bahia.

A barragem foi construída pela Companhia de

Desenvolvimento e Ação Regional (Car) e

entregue em novembro de 2000 à Associação de

Moradores da Comunidade de Quati, segundo o

governo.

No início deste ano, em janeiro, o rompimento de

uma barragem da mineradora Vale, em

Brumadinho, deixou mortos e causou destruição

no município de Minas Gerais.

https://www.valor.com.br/brasil/6341933/barrag

em-transborda-na-ba-e-deixa-350-familias-sem-

casa

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Primeiro leilão de mineração do PPI mira

arrecadar ao menos R$ 15 milhões

Por Rafael Bitencourt e Carla Araújo | De Brasília

O governo lançou ontem o primeiro leilão de

cessão de direito minerário aprovado pelo

Programa de Parceria de Investimentos (PPI). O

projeto de extração de cobre, chumbo e zinco no

município de Palmeirópolis, no Tocantins, será

leiloado no dia 21 de outubro.

A oferta do direito de extrair os minérios no

Tocantins é o primeiro de um estoque de 30

empreendimentos, com cerca de 300 títulos, da

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

(CPRM). Há mais de 30 anos esses projetos

aguardavam uma definição do governo.

Ao todo, quatro projetos minerários foram

aprovados pelo PPI - os demais ainda precisam

passar por consulta pública ou do aval do

Tribunal de Contas da União (TCU). Em

Palmeirópolis, os estudos definiram a outorga

mínima de R$ 15 milhões, com pagamento

parcelado. O edital deve ser publicado hoje.

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, informou que a extração em

Palmeirópolis terá investimento de R$ 255

milhões em dez anos. "A CPRM dá hoje [ontem]

um importante passo para a concretização do

modelo de oferta por meio de leilão", disse o

ministro em evento promovido pela Agência

Nacional de Mineração (ANM).

O projeto no Tocantins foi divulgado em road-

show realizado no mês passado, quando o

governo pôde constatar que há interesse por

parte dos investidores. Foram realizadas reuniões

com 19 empresas nacionais e estrangeiras

(mineradoras, investidores e escritórios de

advocacia especializados), além de entidades do

setor. O empreendimento foi divulgado em mais

de 20 países-sede de empresas com

"reconhecida expertise" no ramo de mineração.

O secretário de Geologia e Mineração, Alexandre

Vidigal de Oliveira, avalia que o leilão despertará

o interesse de investidores de todos os portes,

nacionais e estrangeiros. "Essa exploração tem

um bom atrativo no cenário mundial. Com todo

apelo das fontes energéticas, voltadas ao

armazenamento de energia, não tem como

pensar nesse tipo de solução sem os produtos

minerais imprescindíveis, como o cobre e o

zinco", afirmou.

A secretária especial do PPI, Martha Seillier, que

acabou de assumir o cargo, admitiu que o

modelo de oferta de áreas de mineração ainda

está sendo amadurecido. Segundo ela, a

elaboração dos editais passa por uma "curva de

aprendizagem" acompanhada pelo TCU.

Seillier lembrou que ainda tem mais 26 projetos

da CPRM a serem incluídos no PPI, além de

quatro que foram qualificados. Albuquerque disse

que os quatro projetos indicam investimento R$

1,2 bilhão. Os próximos editais são para os

projetos Fosfato de Miriri (PE e PB), carvão de

Candiota (RS) e cobre de Bom Jardim de Goiás

(GO).

https://www.valor.com.br/brasil/6341937/primei

ro-leilao-de-mineracao-do-ppi-mira-arrecadar-

ao-menos-r-15-milhoes

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Grupo de Comunicação

Ambiente ameaça sim o acordo UE-Mercosul

Por Humberto Saccomandi

O governo Bolsonaro prometeu abrir o Brasil ao

comércio e flexibilizar as regras ambientais do

país. Esses compromissos podem se mostrar

incompatíveis, ao menos no caso do acordo UE-

Mercosul. O crescente lobby ambientalista

europeu ameaça inviabilizar o principal acordo

comercial já negociado pelo Brasil. É provável

que, nalgum momento, o governo tenha de

escolher qual é sua prioridade. Deveria ser

comércio aberto com proteção ambiental.

O acordo, pelo que se sabe, formaliza a adoção

de dispositivos ambientais num tratado

comercial, algo que é debatido há décadas e que

era já esperado. Esses dispositivos podem

facilmente se chocar com a política ambiental

praticada até agora no governo Bolsonaro.

A conclusão das negociações, após 20 anos, foi

anunciada há duas semanas. O texto final do

acordo, porém, ainda não está disponível. Está

passando por avaliação jurídica dos dois lados, o

que deve levar alguns meses, já que é normal

que surjam divergências de interpretação.

Europa vê o Brasil cada vez mais como um vilão

ambiental

Em seguida começa o processo de assinatura e

ratificação, o que deverá ser o maior desafio. Na

UE, o primeiro passo é a aprovação pelo

Conselho Europeu (que reúne os líderes dos 28

países do bloco). Como é preciso consenso,

qualquer país pode barrar o acordo. Se aprovado,

o texto vai para o Parlamento Europeu. Se de

novo aprovado, o Conselho pode colocar o acordo

em vigor, total ou parcialmente. Mas, para ele

ser finalmente aceito, o texto precisa ainda ser

ratificado pelos Parlamentos dos 28 países e por

alguns Parlamentos regionais.

É um processo complexo, politicamente difícil e

pouco transparente. Ou seja, é muito sujeito à

ação de lobbies. E, além do lobby agrícola

europeu, que nunca viu com bons olhos a

negociação com o Mercosul, soma-se agora o

cada vez mais poderoso lobby ambientalista.

Partidos verdes estão em alta na Europa. Eles

participam do governo de alguns países, como

Suécia, Dinamarca e Finlândia. Segundo

pesquisas, os Verdes são hoje o segundo maior

partido alemão em intenção de voto. O bloco

verde tem a quarta maior bancada no recém-

eleito Parlamento Europeu. Além disso, outros

partidos não querem ser vistos como

antiambientais.

"A UE pode não ratificar. No Brasil se dá a

entender que a ratificação são favas contadas.

Não é assim. Corremos o risco de preparar os

agentes econômicos, a sociedade, o Congresso

para o acordo, e ele não acontecer", diz o

embaixador José Alfredo Graça Lima, que foi o

principal negociador comercial do Brasil entre

1998 e 2002. "O acordo é um avanço

significativo [para o Brasil], mas pode ficar

parado até que a UE o ponha em vigor."

Para satisfazer esse poderoso lobby

ambientalista, o acordo UE-Mercosul, pelo que se

sabe, inclui dois dispositivos. Um é a

obrigatoriedade de os países permanecerem no

Acordo do Clima de Paris. Bolsonaro havia

prometido deixar esse acordo, mas já não fala

mais nisso. Permanecer, porém, significa cumprir

os compromissos assumidos pelo Brasil. E, neste

momento, o governo não sinaliza nessa direção.

Pelo contrário, há um desmanche dos órgãos que

deveriam implementar e fiscalizar esses

compromissos.

O segundo dispositivo é o princípio da precaução,

que permite limitar o comércio de produtos

prejudiciais. Com isso, a UE pode, por exemplo,

barrar bens (carne, soja) produzidos em áreas

desmatadas no Brasil, pois o desmatamento

provoca danos globais (pelo princípio, não é

preciso provar o dano, mas apenas ter evidências

científicas que sugiram essa possibilidade).

Desde a conclusão das negociações, houve uma

forte reação contrária ao acordo na Europa.

Grupos ambientalistas dizem que ele não tem

dentes, isto é, que não traz mecanismos para

punir um país em caso de violação ambiental.

Essa versão tem circulado também no Brasil.

Mas não é bem assim. "Se o acordo tiver um

mecanismo de solução de controvérsias, qualquer

percepção de que ele está sendo violado pode ser

levada ao mecanismo. A parte derrotada será

obrigada a aceitar a decisão", disse Graça Lima,

que é vice-presidente do Conselho Curador do

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Grupo de Comunicação

Centro Brasileiro de Relações Internacionais

(Cebri).

Autoridades na UE dizem que exportar padrões

ambientais aos países sul-americanos é uma das

metas do acordo. E é argumento forte em favor

da sua aprovação.

O Brasil reagiu agressivamente a essa

preocupação ambiental dos europeus. Bolsonaro

disse que não iria ao G-20 ser advertido e

chegou a cancelar uma reunião (depois realizada)

com o francês Emmanuel Macron. O ministro do

Gabinete de Segurança Institucional, Augusto

Heleno, disse aos europeus para irem "procurar a

sua turma".

Esse tipo de reação amplia as suspeitas na

Europa sobre as intenções do Brasil, cada vez

mais visto como um vilão ambiental. O dado de

desmatamento não ajudou. Divulgado logo após

o anúncio do acordo, ele indicou aumento de

88% em junho.

Mas a proteção ambiental joga contra o

desenvolvimento do Brasil? Possivelmente não.

No caso do comércio, diz Graça Lima, "situação

hoje é muito diferente da do início dos anos 90,

quando havia a necessidade absoluta de acesso a

mercado, com o temor de que exigências

ambientais afetassem isso".

Pelo contrário, essas exigências podem hoje

favorecer o Brasil na concorrência com

emergentes, como China e Índia, que têm matriz

energética mais suja, desafios ambientais mais

graves, e necessidade maior de ampliar a

geração de energia elétrica. Os custos desses

países para cumprir seus compromissos

ambientais serão maiores. Vão implicar em

custos maiores de produção, com vantagem para

o Brasil.

"O Brasil não é só uma potência agrícola, é uma

potência agro-ambiental. A ministra Tereza

Cristina tem consciência disso, talvez mais do

que o Ministério do Meio Ambiente", diz Graça

Lima. "Com cláusulas ambientais, o Brasil ganha

duas vezes. Ganha para si e ganha para o

comércio."

Para a UE, diz um experiente diplomata europeu,

a questão ambiental-climática é interesse

comum, como um clube. E, se um membro do

clube não cumprir com suas obrigações, não

pode usufruir dos benefícios comuns. "Se não

pagar a mensalidade, não pode frequentar a

piscina."

No acordo UE-Mercosul, essa mensalidade inclui

obrigações ambientais. O benefício sob ameaça é

o comércio. "Estamos para ver ainda como as

questões ambientais podem ter efeito negativo

no acordo", diz Graça Lima. "Mas esses

compromissos [do governo Bolsonaro, de

liberalizar o comércio e flexibilizar as regras

ambientais] podem sim ser incompatíveis."

Humberto Saccomandi é editor de Internacional.

Escreve mensalmente às sextas-feiras

E-mail: [email protected]

https://www.valor.com.br/politica/6341929/ambi

ente-ameaca-sim-o-acordo-ue-mercosul

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Jogar filiado às feras é oportunismo sem

grandeza, diz FHC

Por Cristiane Agostine | De São Paulo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

criticou ontem a pressão do PSDB de São Paulo

pela expulsão do deputado Aécio Neves (MG) do

partido e disse que "jogar filiados às feras" antes

da decisão da Justiça é um "oportunismo sem

grandeza". Ontem, o prefeito de São Paulo,

Bruno Covas, ameaçou deixar a legenda se Aécio

não se desfiliar. O governador do Estado, João

Doria, também já defendeu publicamente o

afastamento de Aécio.

"O PSDB tem um estatuto e uma comissão de

ética. Há que respeitá-los. Jogar filiados às feras,

principalmente quem dele foi presidente, sem

esperar decisão da Justiça, é oportunismo sem

grandeza. Não redime erros cometidos nem

devolve confiança", afirmou Fernando Henrique,

em mensagem publicada no Twitter, sem citar

diretamente Aécio.

Deputado federal e ex-senador, Aécio foi

presidente nacional do PSDB e disputou a

Presidência da República pelo partido em 2014. O

tucano é réu sob acusação de corrupção e

obstrução da Justiça e alvo de nove inquéritos no

Supremo Tribunal Federal.

Na semana passada, a Justiça Federal de São

Paulo ratificou o recebimento de denúncia feita

pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo

Janot ao Supremo contra Aécio, tornando o

tucano réu por corrupção passiva e tentativa de

obstrução judicial de investigações da Lava-Jato.

Dois dias depois, na quinta-feira, o diretório

paulistano do PSDB encaminhou um pedido de

expulsão de Aécio ao comando nacional do

partido.

Ontem, Bruno Covas afirmou que é

"incompatível" ficar no mesmo partido que Aécio.

"Ou eu ou Aécio Neves", disse. "É um ou outro".

O diretório de Belo Horizonte, ligado a Aécio,

reagiu e ameaçou pedir a expulsão de Covas,

investigado em um processo de suposta

improbidade administrativa em editais do

Carnaval paulistano.

O pedido de expulsão de Aécio deve ser

analisado pelo conselho de ética do partido, mas

não há previsão de quando isso será feito. Em

maio, o PSDB aprovou um código de ética que

pune apenas condenados, poupando, dessa

forma, réus criminais como Aécio e o ex-

governador Marconi Perillo.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo,

afirmou, no Twitter, que as representações

"contra quaisquer filiados do PSDB" seguirão a

tramitação prevista no Código de Ética da sigla.

"Sempre obedecendo todas as garantas

processuais, respeitando o devido contraditório, e

ao princípio da ampla defesa", afirmou Araújo, na

rede social.

A assessoria de imprensa de Aécio afirmou que o

deputado não tem se pronunciado sobre a

pressão de correligionários para deixar o partido.

https://www.valor.com.br/politica/6341907/jogar

-filiado-feras-e-oportunismo-sem-grandeza-diz-

fhc

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A cooperação global está sob ameaça

Por Martin Wolf | Financial Times, de Londres

"Acabamos de reconhecer que a forma mais

inteligente e eficiente de proteger nossos

interesses nacionais é por meio da cooperação

internacional - isto é, por meio do esforço

conjunto para a consecução de objetivos

comuns" - discurso de encerramento da

Conferência de Bretton Woods, feito pelo

secretário do Tesouro dos EUA, Henry

Morgenthau Jr., em 22 de julho de 1944.

"Precisamos proteger nossas fronteiras da

devastação exercida por outros países que

fabricam nossos produtos, roubam nossas

empresas e destroem nossos empregos. A

proteção vai levar a maior prosperidade e força"

- discurso de posse presidencial de Donald

Trump, em 20 de janeiro de 2017.

A conferência em Bretton Woods, New

Hampshire, que serviu de base para boa parte da

ordem econômica mundial de hoje, ocorreu há 75

anos, entre 1º e 22 de julho de 1944. A Segunda

Guerra Mundial ainda não havia sido vencida.

Mesmo assim, as potências ocidentais - os EUA

mais do que todos - já pensavam em como

organização o mundo de forma diferente para ter

um futuro melhor.

Desde então, o mundo mudou imensamente.

Hoje, o espírito que deu vida àquela conferência

está sob ataque. Mas ele continua tão relevante

quanto foi em 1944. Este aniversário é mais do

que apenas um momento casual: é uma ocasião

para reflexão, sobre o que deu certo, o que deu

errado e o que deve acontecer para que o

espírito de Bretton Woods modele o mundo nas

próximas décadas ou para que naufrague, como

foi o caso da Liga das Nações no período

entreguerras.

Uma esplêndida coleção de 50 ensaios -

organizada pelo Comitê de Bretton Woods, com

sede em Washington - explora os formidáveis

desafios à frente. Como disse a ex-executiva-

chefe do banco Westpac: "Em 2019, Bretton

Woods chega a seu 75º aniversário [...]

Realmente, [há] muito a celebrar. Mas o

nacionalismo estridente cada vez maior, somado

ao protecionismo candente, tornaram o desafio

muito mais difícil."

Paul Volcker, ex-presidente do Federal Reserve

(Fed, banco central dos EUA), resumiu o espírito

de Bretton Woods: "A crença no interesse comum

da cooperação internacional, a importância de

certas regras básicas de bom comportamento no

que se refere às taxas de câmbio, e a

necessidade de desenvolvimento de um grande

número de nações 'emergentes'". Com o Acordo

Geral sobre Tarifas e Comércio (Gatt, na sigla em

inglês), que entrou em vigor como acordo

provisório em 1948, essa ideia de "certas regras

básicas de bom comportamento" também passou

a cobrir o comércio internacional.

Em termos de política econômica, Bretton Woods

significa um compromisso de cooperação, de

obrigações contratuais entre as nações e de

instituições internacionais competentes - o Fundo

Monetário Internacional (FMI), o grupo do Banco

Mundial e a Organização Mundial do Comércio

(OMC).

Hoje, há muito mais em termos de cooperação

econômica institucionalizada do que apenas

essas três instituições. Os bancos de

desenvolvimento regionais, criados com base no

modelo do Banco Mundial, e mais recentemente,

o Banco Asiático de Investimento em

Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês) e o Novo

Banco de Desenvolvimento, dos Brics, financiado

pela China, também desempenham um papel

importante.

Dois grupos informais de países também têm

sido influentes: o G-7, que inclui as sete grandes

economias de mais alta renda; e desde 2008, o

G-20, que inclui ainda as principais economias

emergentes e a União Europeia.

Se formos julgar o período que se seguiu a

Bretton Woods por meio do desempenho

econômico, temos que concluir que foi um

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triunfo. Em seu capítulo, Nicholas Stern, da

London School of Business, e Amar Bhattacharya,

da Brookings Institution, destacam que "no geral,

a renda per capita mundial quadruplicou desde

1950, enquanto a população aproximadamente

triplicou". Entre 1950 e 2017, o volume do

comércio mundial aumentou 39 vezes.

A proporção da população mundial que vive com

menos de US$ 2 por dia (pelo paridade do poder

de compra em 2011) caiu de cerca de 75%, em

1950, para 10% em 2015. A desigualdade

mundial também caiu de forma significativa nas

últimas décadas, em grande medida graças à

rápida ascensão das grandes economias

emergentes da Ásia, especialmente a China e a

Índia. Além disso, a economia mundial também

ficou muito mais estável em comparação à

primeira metade do século 20.

Esses avanços não ocorreram porque tudo fluiu

em um mar de rosas. O regime de taxas de

câmbio fixas, mas ajustáveis, desmoronou em

1971, quando o governo Richard Nixon rompeu a

ligação do dólar com o ouro. A inflação, então, foi

às alturas nos anos 70, até ser controlada, a

custos substanciais, nos anos 80. A liberalização

financeira trouxe ondas de choques bancários e

de dívidas, que culminaram com a crise global e

da zona do euro de 2007-2013.

Houve surtos de protecionismo, inclusive no

início dos anos 80 nos EUA, em resposta à força

do dólar e ao sucesso do Japão. Um sistema de

comércio fundado no princípio da não

discriminação também se transformou em um

baseado em vários acordos econômicos

preferenciais (ou seja, discriminatório).

No geral, o ideal de Bretton Woods de

cooperação estruturada funcionou

extraordinariamente bem. Mas surgiram novos

desafios. Talvez o mais importante seja o

enfraquecimento do domínio ocidental,

principalmente dos EUA, diante da ascensão ao

status de superpotência da China. Em certos

aspectos, a China já é a maior economia do

mundo.

Também tem sido significativa a ascensão do

nacionalismo e do protecionismo e a consequente

ameaça de fragmentação, não apenas

globalmente, mas também dentro do Ocidente. A

ideia de Trump dos "EUA em primeiro lugar" e a

sua crença passional no protecionismo são um

repúdio fundamental ao espírito e à estrutura

institucional que deram vida à ordem criada pelos

EUA depois da Segunda Guerra Mundial.

A emergência desse espírito bem diferente, por

sua vez, é uma consequência das mudanças

econômicas que têm corroído a confiança tanto

numa economia mundial aberta quanto nas

pessoas e instituições que a administram. Nos

países de alta renda, houve fatores causais

importantes, como a desindustrialização, o

aumento da desigualdade, a desaceleração do

crescimento da produtividade e o choque de

crises financeiras inesperadas. Hoje, ao contrário

de 40 anos atrás, são os cidadãos dos países de

alta renda, não do mundo emergente, os que

mais desconfiam da integração econômica global.

A "desglobalização" começou. Catherine Mann,

ex-economista-chefe da Organização para

Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE), destaca a queda da importância do fluxo

de comércio no crescimento e o

desmantelamento das cadeias de valor

internacionais desde a crise financeira. Isso,

argumenta ela, também pode ser um dos

motivos para a desaceleração do crescimento da

produtividade. Os fluxos financeiros entre

fronteiras também chegaram a seu ponto

máximo em 2007.

Outra mudança são as pressões cada vez

maiores com relação ao ambiente, especialmente

às mudanças climáticas. O mundo, argumenta-se

agora, passou do período do Holoceno para o do

Antropoceno: um planeta em grande medida

modelado, tanto para mal quanto para o bem,

pela atividade humana.

A isso devemos somar ainda as mudanças

tecnológicas. Mais recentemente, elas estão

minando a vantagem comparativa dos países em

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desenvolvimento nos setores de uso intensivo de

mão de obra. Elas vêm ameaçando desestabilizar

em grande escala os padrões do emprego. Vêm

criando novos fluxos internacionais, mais

notavelmente de dados. Vêm transformando os

sistemas de pagamento e, provavelmente, terão

impactos ainda maiores nos sistemas monetários.

Como, então, seria possível sustentar uma ordem

econômica mundial cooperativa? Essa pergunta

pode ser respondida de forma mais específica,

em termos de propósito e de arquitetura

institucional, ou de uma forma mais ampla, em

termos gerais, de relações internacionais.

O foco dos ensaios está na arquitetura

institucional. Isso inclui a gestão dos sistemas

monetário e financeiro, o futuro das políticas de

desenvolvimento e as perspectivas da OMC e do

comércio mundial, todas questões que fizeram

parte dos debates em Bretton Woods ou que

estiveram relacionadas à conferência. Isso inclui

novas áreas de cooperação, como a corrupção,

as mudanças climáticas, os Estados em condições

frágeis, a migração e a tecnologia.

Uma questão costumeira é a dependência que o

sistema monetário global tem do dólar. Isso não

foi resolvido no acordo de Bretton Woods,

quando John Maynard Keynes propôs uma moeda

global. Nesta coleção, Jean-Claude Trichet, ex-

presidente do Banco Central Europeu, afirma que

uma moeda supranacional continua sendo

impossível. Mas um papel maior para os direitos

especiais de saque (SDR, na sigla em inglês, um

ativo de reserva criado dentro do FMI), não.

Gerenciar o sistema monetário mundial à medida

que o yuan se torna mais importante será um

desafio adicional.

Outra questão bastante conhecida é a

estabilidade financeira. Quanto a isso, Mark

Carney, presidente do Banco da Inglaterra

(banco central britânico) e ex-presidente do

Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na

sigla em inglês), é bastante otimista: "O

programa radical das reformas do G-20 deixou o

sistema financeiro mundial mais seguro, mais

simples e mais justo". Se isso tornou o sistema

seguro o suficiente, só saberemos com o tempo.

Uma questão desanimadora e familiar é o futuro

do sistema comercial. A liberalização global está

em suspenso. Os EUA não só seguiram uma

direção decisivamente protecionista, como

também violaram a carta e o espírito da OMC. E

também vem tentando neutralizar o sistema de

solução de litígios da OMC, tornando-o sem

quórum.

Sobre o desenvolvimento, Sri Mulyani Indrawati,

ministro das Finanças da Indonésia e ex-diretor

operacional do Banco Mundial, enfatiza a

necessidade de grandes investimentos para que

se possa cumprir com as atuais e ambiciosas

"metas de desenvolvimento sustentável". Os

financiamentos diretos por bancos de

desenvolvimento multilaterais, incluindo os novos

liderados por chineses, serão totalmente

inadequados. Os financiamentos terão de vir, em

grande parte, do setor privado.

David Miliband, diretor da Comissão Internacional

de Resgate e ex-ministro das Relações Exteriores

do Reino Unido, observa que "mais de 40% das

pessoas extremamente pobres vivem hoje em

Estados frágeis afetados por conflitos". Isso

também é a origem de grande parte da pressão

migratória global. Assim, se quisermos eliminar a

pobreza extrema e as levas de refugiados, tais

conflitos precisam ser resolvidos. Assim como,

continua ele, a pressão sobre os países

relativamente pobres que hoje recebem 84% dos

refugiados do mundo.

As mudanças climáticas estão piorando esses

problemas. Mesmo assim, países de alta renda e

egoístas, especialmente os EUA, aparentemente

decidiram não enfrentar esse desafio. Sanções

contra esse tipo de comportamento teriam de ser

consideradas.

Outro desafio importante é a corrupção, discutida

por Frank Vogl, cofundador da Transparência

Internacional, e William Rhodes, ex-vice-

presidente do Citigroup. Eles escrevem que "as

autoridades do FMI admitem reservadamente

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que precisam se esforçar mais para levantar

explicitamente as questões que envolvem

finanças ilícitas com os governos dos grandes

países desenvolvidos ocidentais, cujos mercados

de capitais proporcionam portos seguros para

tanto dinheiro ilícito". Sim, isso inclui, acima de

tudo, os mercados de capitais americano e

britânico.

Essas questões perfeitamente adequadas sobre

como as instituições serão reformadas e os novos

desafios enfrentados - incluindo a necessidade de

se refletir as mudanças no poder global na

governança institucional - são, até certo ponto,

secundários. A questão maior é se será possível

sustentar o nível necessário de cooperação.

Os desafios econômicos de hoje se deparam com

um nacionalismo ressurgente. Mesmo assim,

países não são ilhas. Na verdade, a cooperação

global é mais importante hoje do que há 75 anos.

Mas também se tornou mais difícil.

A escola "realista" nos dirá que a cooperação é

uma quimera: as relações internacionais sempre

envolvem a política brutal do poder. Mas um

sistema é "realista" se leva a resultados

desastrosos para todos? Só se o conflito for o

único sistema imaginável. Agora que o mundo

não tem uma superpotência dominante, o velho

sistema hierárquico liderado pelos EUA não é

mais viável. Mas continua sendo essencial ter

algum tipo de sistema cooperativo.

Keyu Jin da London School of Economics, um dos

dois únicos colaboradores chineses, fornece uma

nova maneira de pensar esse desafio. Ela afirma

que as redes econômicas poderão suplantar as

relações entre as nações e tornar as noções

tradicionais de hegemonia redundantes. A China,

sugere ela, poderá acabar não como outra

potência hegemônica, mas sim como uma "líder

da rede global".

O grande ponto da professora Jin é importante:

como criamos ordem suficiente e cooperação

para sustentar nosso mundo complexo,

interdependente e ambientalmente estressado,

sem um poder hegemônico que a maioria dos

países queiram seguir? Isso somente poderá ser

feito por meio de redes de redes, estabelecidas

dentro de compromissos globais.

Bretton Woods moldou a era pós-Segunda

Guerra Mundial não tanto por causa dos acordos

específicos firmados, mas sim por causa do

compromisso com a cooperação institucionalizada

que ele personificava. Esse compromisso

permaneceu vital durantes as voltas e

reviravoltas dos 75 anos subsequentes e

continua tão importante como nunca.

As instituições precisam de fato se desenvolver.

Novos desafios precisam ser superados. Mesmo

assim, se o mundo não conseguir sustentar e

desenvolver o compromisso com a cooperação, o

progresso mundial poderá não ser sustentado e

os desafios que enfrentamos poderão não ser

superados.

Morgenthau estava certo. Trump está errado. É

simples - e também difícil - assim. (Tradução de

Sabino Ahumada e Mario Zamarian)

https://www.valor.com.br/internacional/6341901

/cooperacao-global-esta-sob-ameaca

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Copel inicia a venda de seu braço de

telecom

Por Camila Maia | De São Paulo

A estatal paranaense Copel deu um importante

passo na execução do seu plano de

desinvestimentos ontem, quando seu conselho de

administração aprovou a contratação dos

assessores financeiro e jurídico que vão atuar na

venda da Copel Telecom, primeiro dos ativos da

estatal de energia que será privatizado. A

assessoria financeira ficará com o Rothschild,

enquanto o escritório Cescon Barrieu será

responsável pelos aspectos jurídicos do negócio.

A expectativa da companhia é que a venda seja

concluída no primeiro trimestre de 2020, para

que os recursos levantados possam ser

reinvestidos em empreendimentos de geração e

transmissão de energia, disse, em entrevista ao

Valor, o presidente da Copel, Daniel Slaviero.

Segundo o executivo, a ideia com essa operação

é atrair investidores financeiros e de

infraestrutura. A contratação do Rothschild como

assessor financeiro da operação reforça essa

intenção de atrair investidores além dos

tradicionais operações de telecom. "Queremos

ter um formato de venda mais fácil de ser

entendido por investidores estrangeiros, vamos

buscar investidores de infraestrutura e também

de private equity", afirmou.

A Copel já vinha trabalhando na segregação dos

ativos do seu braço de telecomunicações dos de

distribuição de energia. Agora, com a contratação

oficial dos assessores, tudo passará por novo

escrutínio, inclusive a avaliação do valor a ser

arrecadado com a operação. Esse processo deve

levar de 60 a 90 dias, sendo concluído no

máximo até o fim de setembro. Depois disso, a

Copel espera levar de 30 a 45 dias para os ritos

de governança necessários para a operação, que

incluem a obtenção de aprovação pelo conselho

de administração e pela assembleia de acionistas

da companhia.

Definido e aprovado o modelo de venda, será

aberto data room (sala virtual de informações) e

a estatal vai trabalhar para concluir a venda no

primeiro trimestre do ano que vem. Ainda não se

sabe se a venda do ativo será por meio de leilão,

como fez a Cemig com seus ativos de telecom

ano passado, ou por meio de concorrência

semelhante ao executado pela Petrobras nos

seus processos de desinvestimentos.

A Copel fez seus próprios cálculos sobre o que

poderá arrecadar com a venda da empresa de

telecom, mas os valores serão revistos pelos

assessores. "Vamos agora fazer um processo de

revalidação", disse Slaviero. O Valor apurou que

a companhia avaliou o ativo em cerca de R$ 1,3

bilhão, mas o executivo não confirmou o valor,

que ainda está "em aberto". Segundo ele, a

Copel Telecom tem capacidade excedente na

rede que não tem utilização. "Operadores

privados vão otimizar muito a capacidade

instalada. Esse tipo de estudo que vamos fazer

para saber qual valor o ativo pode atingir", disse.

Os recursos que entrarem no caixa devem ir,

prioritariamente, para investimentos em geração,

transmissão e serviços de energia. "Nossa

prioridade é fortalecer o desenvolvimento da

companhia", disse. "Se não acharmos projetos

que tenham atratividade e uma taxa interna de

retorno que consideremos razoável, vamos

revisitar essa decisão", completou.

Não há uma destinação carimbada nem

preferência se será geração ou transmissão, por

exemplo. Segundo Slaviero, projetos "brownfield"

(já operacionais e gerando caixa) são preferíveis,

por envolverem menos riscos. "Isso mostrará

certo conservadorismo e cautela da empresa de

não entrar em projetos com muito risco, até

levando em conta o histórico da Copel. Queremos

ser mais cautelosos do que a empresa foi no

passado", afirmou.

Concluída a venda da empresa de

telecomunicações, a participação da Copel na

Compagas, distribuidora de gás do Paraná, será o

próximo ativo a ser desinvestido pela estatal.

Segundo Slaviero, as mudanças no marco legal

do setor de gás do país devem favorecer a

operação. Antes disso, contudo, é necessário

resolver um imbróglio que se arrasta referente à

concessão da companhia. A Compagas celebrou

no passado um contrato de concessão com o

Estado do Paraná com prazo final em julho de

2024. Em dezembro de 2017, contudo, o Paraná

promulgou uma lei que colocou a data de

vencimento em janeiro de 2019. A companhia

opera a concessão desde então em cima de uma

liminar.

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A Copel tem 51% de participação na Compagas.

Gaspetro e Mitsui têm 24,5% cada uma.

"A Compagas é o próximo item da lista, mas

antes disso temos a complexidade da discussão

sobre a concessão", disse Slaviero. "Mas estamos

acompanhando as mudanças estruturais no

mercado de gás", disse. A companhia segue

aguardando as medidas efetivas que serão

propostas pelo Ministério de Minas e Energia e

pelo Ministério da Economia sobre o assunto.

"Vemos isso muito positivamente, vai ser um

fator de atratividade enorme para o ativo", disse.

A outra prioridade da companhia é ter uma

solução para a hidrelétrica Foz do Areia, cuja

concessão vence em 2023. A Copel avalia propor

a venda do controle da usina em troca da

extensão da concessão, a exemplo do que foi

feito com a Cesp ano passado.

https://www.valor.com.br/empresas/6341875/co

pel-inicia-venda-de-seu-braco-de-telecom

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Oferta subsequente de ações da Light

levanta R$ 2,5 bi

Por Flávia Furlan e Camila Maia | De São Paulo

Empenhada num plano de recuperação

financeira, a elétrica Light captou R$ 2,5 bilhões

em uma oferta subsequente de ações finalizada

na noite de ontem, segundo apurou o Valor. Os

investidores pagaram R$ 18,75 por ação, o que

representou um desconto frente ao preço de tela,

uma vez que os papéis fecharam ontem cotados

a R$ 20,05, com queda de 0,59%.

Nesse preço, a empresa conseguiu captar R$

1,875 bilhão numa oferta primária de 100

milhões de papéis. Além disso, a estatal mineira

Cemig, até então controladora da companhia

carioca, levantou R$ 624,37 milhões com a

operação, sendo R$ 208,12 milhões com 11,1

milhões de ações no lote principal e R$ 416,25

milhões com 22,2 milhões de ações no lote

adicional.

A Cemig é a maior acionista da Light com a fatia

de 49%, mas deve ficar com menos de 22,6%

após a oferta, considerando o lote principal e o

adicional. A BNDESPar ficará com 6,3% após a

diluição e o restante (71,12%) ficará nas mãos

do mercado.

A gestão atual da Light, sob comando da

presidente Ana Marta Veloso, está executando

um plano de recuperação para reduzir o

endividamento e melhorar a rentabilidade do

negócio. No primeiro trimestre deste ano, a

empresa apresentou resultados melhores do que

no mesmo período de 2018, com crescimento de

77% no lucro e de 11,8% na receita, mas seu

endividamento ainda está muito próximo dos

limites dos contratos de dívidas. Os recursos

primários, que entrarão no caixa da companhia,

serão utilizados nesse plano de recuperação, que

também tem como objetivo o combate às perdas

de energia por furto ("gatos").

A Cemig, por sua vez, utilizará os recursos da

venda das ações para reduzir seu endividamento.

No futuro, a companhia pretende zerar a

participação na Light. O sindicato de bancos que

assessorou a oferta é composto por Itaú BBA, BB

Investimentos, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi,

Santander e XP.

https://www.valor.com.br/empresas/6341855/of

erta-subsequente-de-acoes-da-light-levanta-r-

25-bi

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Petrobras avança venda de ativos no

exterior

Por André Ramalho | Do Rio

A Petrobras avançou com a venda de sua

participação de 34% na Compañia MEGA, na

Argentina, ao anunciar ontem o início da fase não

vinculante do processo. O negócio representa

mais um passo da estatal na estratégia de

redução de sua presença no mercado

internacional. A venda de ativos no exterior é um

dos principais vetores do programa de

desinvestimentos da petroleira nos últimos anos.

Além da venda da MEGA, a Petrobras também

negocia com o governo uruguaio a devolução de

suas concessões de distribuição de gás natural no

país vizinho.

Depois de investir bilhões de dólares na sua

internacionalização ao longo dos anos 2000, a

Petrobras já se desfez de boa parte de sua

carteira global. Desde 2015, em resposta a sua

crise financeira, a estatal levantou US$ 5,1

bilhões com alienações no exterior e saiu de

países como Chile, Paraguai, Nigéria e Japão.

A Petrobras, contudo, ainda mantém uma base

de ativos nas Américas, incluindo redes de

distribuição de combustíveis no Uruguai e

Colômbia e alguns ativos de exploração e

produção na Bolívia, Estados Unidos, Argentina e

Colômbia, além e contratos de serviços no

México. Ao todo, a Petrobras produz 78 mil barris

diários de óleo equivalente (BOE/dia) de petróleo

e gás - cerca de 30% de tudo o que a companhia

produzia em 2004, quando a empresa atingiu seu

pico de produção internacional.

Na Argentina, a empresa caminha para se

desfazer da MEGA, ativo de separação de gás

natural, mas ainda possui uma participação de

33,6% no ativo de produção de gás não

convencional do Rio Neuquén. Nos últimos anos,

a empresa se desfez de ativos de exploração e

produção na Bacia Austral e vendeu a Petrobras

Argentina (PESA).

A produção internacional da estatal vem,

sobretudo, da Bolívia - os campos de San Alberto

e San Antonio fornecem gás ao mercado

brasileiro - e do Golfo do México, nos EUA. No

ano passado, a Petrobras fechou uma joint

venture com a Murphy Oil e passou a deter 20%

de participação na associação que atua nos

campos de Cascade, Chinook, Saint Malo e

Lucius. Ainda na Bolívia, a petroleira detém uma

fatia de 11% na GTB, proprietária da parte

boliviana do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).

Em tempos de intensificação do programa de

desinvetimentos da companhia, o futuro dos

ativos remanescentes da carteira internacional da

empresa ainda é incerto. Procurada, a Petrobras

preferiu não se manifestar sobre o assunto. Na

semana passada, o presidente da Petrobras,

Roberto Castello Branco, disse que, no futuro, a

empresa poderá voltar a pensar num plano de

globalização de suas atividades, mas que no

momento a petroleira está dedicada a fortalecer

sua presença no mercado brasileiro. "Até

podemos fazer no futuro [novos investimentos na

África], depois de reforçarmos nossa posição no

Brasil. Aí podemos pensar num plano de

globalização", afirmou.

Nesse sentido, o executivo disse que a

companhia está conversando com o governo

uruguaio para devolver "o mais rápido possível"

as concessões de distribuição de gás natural no

país vizinho (a Distribuidora de Gás Montevidéu e

a Conecta). No Uruguai, a Petrobras opera

também uma rede de cerca de 90 postos de

combustíveis. Na Colômbia, a rede soma

aproximadamente 120 postos e uma fábrica de

lubrificantes.

Foi o que sobrou depois de a companhia se

desfazer de todos os seus ativos de distribuição

na Argentina, Chile e Paraguai. Os

desinvestimentos feitos pela empresa nos últimos

anos desmancham boa parte de um processo de

internacionalização que começou ainda na

década de 1970, na Colômbia, mas que se

intensificou a partir dos anos 1990. Foi no

governo FHC que a internacionalização entrou no

radar de forma mais relevante. Nos anos 1990,

houve até uma tentativa de mudar o nome da

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companhia para Petrobrax, sob a alegação de

que o nome soava melhor aos estrangeiros e que

o nome Petrobras possuía uma associação

excessiva com o Brasil.

Foi na década passada, sobretudo no governo

Luiz Inácio Lula da Silva, porém, que a presença

global da brasileira se expandiu. Nos anos 2000,

a Petrobras entrou, por exemplo, em países

como Paraguai, Uruguai, Chile, Nigéria, Tanzânia,

Guiné Equatorial e Japão. Alguns desses

investimentos foram cercados de polêmicas. Na

Bolívia, as refinarias da companhia foram

nacionalizadas durante o governo Evo Morales. Já

a compra de Pasadena foi parar nos holofotes da

Lava-Jato.

https://www.valor.com.br/empresas/6341871/pe

trobras-avanca-venda-de-ativos-no-exterior

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FGTS em Vale e Petrobras dá retorno

expressivo

Por Weruska Goeking | De São Paulo

Os brasileiros que há quase 20 anos toparam

transferir seu dinheiro do tranquilo FGTS e

investir nas imprevisíveis ações de Petrobras e

Vale se deram bem.

Os fundos de ações da Petrobras acumulam, em

média, valorização de 822% desde seu início, em

agosto de 2000. O desempenho é cinco vezes

maior que o do FGTS no período (131%) e

também supera a alta do Ibovespa, de 507%.

Na época, o governo ofereceu um desconto de

20% em cima do preço das ações da estatal, mas

o apetite pelas ações da estatal não foi tão

grande. O governo ofereceu R$ 3,4 bilhões em

ações, mas só conseguiu vender R$ 1,6 bilhão

para 310 mil trabalhadores.

Se a primeira empreitada do não foi exatamente

um sucesso de público, a valorização

demonstrada pelos fundos da Petrobras

empolgou na oferta da Vale, em março de 2002.

O governo ofereceu R$ 1,05 bilhão em ações da

mineradora, mas a demanda chegou a R$ 3,4

bilhões.

Sem ações suficientes para a demanda, houve

rateio entre os interessados e 718 mil

trabalhadores embolsaram ações da Vale com

um desconto de 5%. O equivalente a 1% do

capital da Vale foi para a mão dos trabalhadores,

que investiram, em média, R$ 1.442 cada um.

Os fundos dedicados a ações da Vale acumulam

rendimento médio de 1.564% desde março de

2002, 13 vezes acima da rentabilidade oferecida

pelo FGTS no período, de 114% e mais que o

dobro do resultado do Ibovespa.

valorinveste.com

Confira a reportagem completa no site

www.valorinveste.com

https://www.valor.com.br/financas/6341669/fgts

-em-vale-e-petrobras-da-retorno-expressivo

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Futuro depende de união da ciência e

tecnologia com humanidades, diz Sérgio

Mascarenhas, da brain4care

Por Adriana Abujamra | Para o Valor, de Ribeirão

Preto

O mais velho dos filhos de Sérgio Mascarenhas

sofreu com a esquizofrenia a vida inteira. Entrou

na universidade para estudar bioquímica, mas

teve dificuldades para concluir o curso. "Ele

falava sozinho, andava para lá e para cá", diz

Mascarenhas, que estudou física e química e fez

carreira na academia como cientista. "Eu

pensava: o que vai ser dele depois que eu

morrer? De onde vai tirar o seu sustento?"

Para aplacar a angústia que sentia com a

situação, Mascarenhas criou o Serviço de

Assessoria e Proteção Radiológica (Sapra),

dedicado a proteger profissionais da saúde e

indivíduos expostos a radiação. O primogênito

acabou morrendo antes do pai. Hoje a empresa é

administrada por seus outros filhos, Paulo e

Helena, e se tornou a maior do ramo no país.

Mas tudo acaba em lição para o cientista, hoje

com 91 anos. "Veja que coisa mais linda", diz

Mascarenhas. "A vida é uma série de encontros e

desencontros, e até doenças malditas se tornam

benditas." E foi assim, lidando com os trancos da

vida, que o cientista se tornou Ph.D. em

transformar cargas negativas em positivas.

Outro gatilho foi o diagnóstico de hidrocefalia que

Mascarenhas recebeu aos 77 anos e o fez andar

com duas coisas na cabeça: uma válvula - para

evitar acúmulo de água e inchaço que podia

comprometer suas funções cerebrais - e uma

ideia fixa - descobrir um método menos arcaico

para tratar a doença. "Eu estava inconformado

por terem furado a minha cabeça em pleno

século XXI. Coloca a mão aqui, está vendo? Tem

um buraco, um calombo", diz.

O cientista, então, sentou na cozinha de sua casa

com um crânio emprestado da universidade e

inflou em seu interior uma bexiga. Colocou um

pequeno sensor na superfície, do tipo usado por

engenheiros para detectar deformações de viga,

e, com um aparelho de medir pressão arterial,

descobriu que o crânio é expansível e que essa

deformação pode ser detectada por fora.

Esse achado quebrou um paradigma. Durante

dois séculos as escolas médicas do mundo todo

ensinaram a doutrina de Monro-Kellie, segundo a

qual o crânio dos adultos é rígido e não sofre

expansão. Por isso, acreditava-se ser impossível

medir sua pressão do lado de fora. Mas a

experiência de Mascarenhas mostrou o contrário.

"Minha vontade era correr e contar para todo

mundo." Viajou para a Alemanha e apresentou

suas descobertas em um congresso de

neurociência "Eu queria chocar. Comecei dizendo

que o princípio de Monro-Kellie está errado. A

plateia fez 'óóóóó!", relembra ele, rindo.

Em 2014, após pesquisas e testes realizados com

equipe de médicos e pesquisadores de diferentes

universidades e apoio de programas da Fundação

Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

(Fapesp), surgiu a brain4care, empresa que

comercializa um dispositivo que mede a pressão

intracraniana (PIC) de forma não invasiva. Em

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2017, um grupo de investidores, encabeçado

pelo empresário Horácio Lafer Piva, presidente do

conselho da Klabin, fez um aporte na empresa de

US$ 5 milhões. O funcionamento da engenhoca

parece simples. Um sensor é posicionado

externamente, na cabeça do paciente, e gera

dados que podem ser visualizados em tempo

real, na tela de qualquer computador ou

dispositivo móvel conectado à internet. O método

já tem patente nos EUA e na Europa. Foi adotado

pelo Sírio-Libanês, está em fase de

implementação nos hospitais da Rede D'Or, no

Rio de Janeiro, e a expectativa é entrar em mais

dez hospitais nos próximos meses.

Mas há limites até para o rei da alquimia. O

cientista preserva a ebulição intelectual, mas

perdeu um pouco da audição. "É uma das

chatices da idade. Não escutar o próximo é

angustiante", diz, para logo soltar um gracejo.

"Esse camarada, Deus, não é bom profissional. É

péssimo desenhista de gente."

Professor aposentado da Universidade de São

Paulo e professor visitante de Harvard, Princeton

e outros centros de excelência, Mascarenhas

passou temporadas fora do país, mas sempre

voltou. "Pensei: se eu morrer no Brasil, quem

sabe deixo um legado e pago a dívida com a

educação gratuita que recebi. E tinha também

um sentimento de culpa. Você já foi a uma

favela? Precisa ter pele grossa para passar por

isso."

O cientista viveu boa parte da vida no interior de

São Paulo, primeiro em São Carlos, onde foi um

dos responsáveis pela criação do curso de

engenharia de materiais da universidade federal

local (UFSCar), em 1970, pioneiro na América

Latina e agora em Ribeirão Preto, no mesmo

condomínio onde fica o restaurante da Sociedade

Hípica, local deste "À Mesa com o Valor".

Mascarenhas chega acompanhado de Telma, sua

mulher; Paulo, filho do primeiro casamento e

diretor do Serviço de Assessoria e Proteção

Radiológica (Sapra); Plínio Targa, CEO e sócio da

brain4care; e a assessora Lídia de Santana.

De olhos miúdos e pernas longas, o cientista

salta de um assunto a outro com desenvoltura.

"Você sabia que eu era um malandro? Fui

reprovado três vezes, fugia do colégio interno

para os 'dancings' - eu dançava muito bem.

Amigos daquela época dizem 'Aquele camarada

virou professor? Não é possível'."

Abastados, os avós paternos administravam um

hotel em Minas Gerais e garantiam uma vida

cômoda para toda a família. Mas sua mãe, um

dia, já saturada com as constantes brigas com a

sogra, decidiu que a família iria para o Rio.

Instalaram-se em uma pensão frequentada por

Ary Barroso (1903-1964), responsável por

despertar o gosto musical no garoto. Como o pai

de Mascarenhas era cego, coube à mãe garantir

o sustento da casa.

"Tive uma vida dupla, de oscilações. Nas férias a

gente ia para a casa de meus avós, eu era rico.

Voltava para o Rio, era pobre, de uma família

fraturada." Quando Mascarenhas tinha 12 anos,

seus pais se separaram. "Aquilo quebrou minha

estabilidade." Caiu na farra até ser resgatado por

uma turma estudiosa, que discutia física,

matemática, filosofia, artes e literatura. Animado,

levanta o queixo, limpa a garganta e recita uma

poesia que compôs na época:

"Tenho um medo enorme do futuro, dos ignotus

dias que virão/(...) pela turba aprisionado em

ferro e muro, afogado no mar da multidão/ mas

tendo a separar-me dos humanos (...) a coroa

que eu próprio me forjei/ ao da morte enfrentar a

hora fria, o consolo me reste na agonia, a

majestade dos sonhos que sonhei".

Seu desejo inicial era ser advogado, ou talvez

poeta, mas mudou de ideia ao se deparar com a

ciência. Para ilustrar o que diz, cita o caso do

físico Paul Dirac (1902-1984). Ao descobrir que o

vácuo não é vazio, mas cheio de energia

negativa e de partículas, a comunidade científica

disse que Dirac provavelmente estava doido. O

britânico não se abalou. Respondeu que a

equação era tão linda, que era impossível estar

errada.

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"A beleza da matemática, com suas equações

simétricas, da física, da pintura, da música, é

muito importante, dá um sentido de alegria.

Observe a orquestra: o pulmão fornece oxigênio

ao coração, que fornece sangue oxigenado ao

cérebro. É feito um trio do Villa-Lobos, precisa

funcionar muito bem e em harmonia. É um

negócio tremendo."

Mascarenhas, que se interessa por temas que

vão da física à psicanálise, da química às artes

plásticas, criou um curso de música clássica para

os estudantes de engenharia da UFSCar.

Convidou uma cravista, que, além de dar aulas,

servia de concertista nos eventos da

universidade. No início, "esse pessoal grosseiro

da ciência" questionava a iniciativa, mas para

Mascarenhas a relação entre as áreas é

inconteste. Quanto maior a interação entre elas,

diz, mais rápido a informação será processada.

"Conhecimento é a matéria com a qual

interagimos com a realidade. Mas cognição é o

empoderamento do conhecimento e seu

processamento pelos 80 bilhões de neurônios do

nosso cérebro", diz. "O mais importante é como

articular esse conhecimento. O camarada pode

ter grande conhecimento, que não é o mesmo

que dizer que tem a sabedoria - dada pela

cognição. O que realmente importa é o

conectoma, ligações entre os neurônios. A beleza

da ciência está na sua transdisciplinaridade, e ela

é essencial para a inovação."

O futuro da humanidade, segundo ele, depende

da união virtuosa da ciência e da tecnologia com

as humanidades, o que o químico e romancista

britânico C.J.Snow (1905-1980) denominou de

Terceira Cultura. Por isso, Mascarenhas considera

um erro o "desprezo" do governo pelas ciências

humanas e lamenta não ter votado nas últimas

eleições. "O governo é um desastre. Ignora que a

filosofia e as humanidades são relevantes, ignora

a importância da ciência, ignora que a grande

força das ciências está nas universidades

públicas. A ignorância é mortal."

Ao ser lembrado pela família de que a tilápia com

arroz e molho vinagrete está esfriando no prato,

Mascarenhas levanta os braços e espalma as

mãos nas mãos da repórter. "Bate aqui, mulher!"

O bacana, diz, não é comer, "mas o conectoma".

Telma vai até ele para se certificar de que o

molho vinagrete está sobre o arroz. Ele aproveita

a deixa para enaltecê-la. Diz que sua

companheira, que é assistente social, foi muito

corajosa ao adotar duas crianças quando ainda

vivia sozinha. Elogia também sua primeira

mulher, Yvonne, física-química como ele e

vencedora de prêmios na área.

"Sou feminista, quero levantar essa bandeira.

Mulher sempre foi posta para baixo. Pouco a

pouco, elas estão assumindo seu potencial, não

apenas como geradoras de vida, mas como

geradoras de conhecimento. A ciência não pode

prescindir disso."

Mascarenhas criou recentemente o Prêmio Marie

Curie para incentivar jovens mulheres cientistas.

O nome do prêmio é homenagem à cientista

polonesa que descobriu os elementos químicos

rádio e polônio. Proibida de estudar em seu país,

Marie (1867-1934) fugiu para a França, ganhou

duas vezes o Nobel e foi a primeira mulher a dar

aulas na Sorbonne. Outro programa criado por

ele, mais antigo, é o Retorno de Cérebros.

Mascarenhas se empenhou em resgatar para as

universidades cientistas brasileiros que viviam

fora. Para convencê-los, conseguia verbas para

pesquisa e passagem para toda a família. "Temos

que ter força política pela ciência, pela

criatividade, assim como temos pelo futebol, pelo

Carnaval. Por que não podemos ter o Pelé da

ciência? É uma angústia que tenho."

Mascarenhas ajeita um pouco de comida no

garfo, mas o abandona antes de levá-lo à boca.

Diz que as questões da ciência no Brasil são

antigas e remetem aos 500 anos de colonização,

que nos tornou o país das commodities, sem

agregar inovação e tecnologia aos seus produtos.

"Nossa história nos torna um país de exploração

da mais-valia, exportador de matéria-prima, um

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país racista", diz. "A grande reformulação só será

dada pelo caminho da ciência, só assim para

libertar o Brasil dessa herança maldita. Não

adianta fazer uma ciência colonizada, não existe

ciência caipira. Ou você faz ciência de nível

global, ou vai ter que inventar a roda."

Pratos estão quase vazios, mas Mascarenhas mal

tocou no seu. Quando a reportagem sugere que

coma, ele brinca: " É uma maneira de fazer eu

parar de falar? Você ligou minha chave, agora o

motor está funcionando. O carro precisa de

gasolina, mas precisa mais ainda é poder viajar".

Ele, então, pega os talheres e passa a palavra

para Plínio Targa, seu ex-aluno e hoje sócio e

CEO da brain4care. "O Plínio viu o cenário mais

amplo de empreendedorismo, entendeu a

tecnologia e o mercado. Sem ele eu estaria na

torre de marfim da universidade. Tem que sair

dessa ilha para devolver para a sociedade."

Sempre referindo-se a Mascarenhas como

"professor", Targa conta que em 2005 o cientista

descobriu o novo método de medir pressão

intracraniana (PIC) e publicou os primeiros

artigos; em 2014 abriu a empresa e, dois anos

depois, ele e o empresário Carlos Bremer se

juntaram ao projeto.

No ano seguinte, a startup foi uma das 7 entre

500 empresas do mundo a serem escolhidas para

aceleração na Singularity University, centro de

tecnologias exponenciais do Vale do Silício, na

Califórnia. A comunidade de cientistas que

analisou o processo no Singularity acredita que a

descoberta de Mascarenhas tem potencial para

ganhar escala e causar impacto em 1 bilhão de

pessoas nos próximos dez anos, definindo o

sexto sinal vital da saúde. Hoje, os cinco sinais

vitais avaliados pelos médicos são temperatura,

pressão arterial, frequência cardíaca, frequência

respiratória e dor.

Com o avanço das pesquisas, descobriram que a

PIC está relacionada não apenas a distúrbios

neurológicos, como trauma craniano, hidrocefalia

e tumor cerebral, mas também a doenças

cardiológicas, eclâmpsia (quadro de hipertensão

em mulheres grávidas) e patologias relacionadas

ao fígado.

Com o "motor" turbinado, Mascarenhas larga os

talheres, assume a direção da conversa e nos

leva à Hiroshima, no Japão. Na década de 70,

quando lecionava no Instituto de Física de São

Carlos (IFSC-USP), o cientista descobriu que

irradiando ossos humanos com raios X, eles se

tornavam levemente magnéticos - propriedade

conhecida como paramagnetismo. O trabalho

rendeu um convite para lecionar na Harvard, nos

EUA. Antes, porém, ele foi ao Japão para tentar

obter amostras de ossos de vítimas das bombas

atômicas e, assim, testar seu método. Em

Hiroshima, ele foi ao Atomic Bomb Research

Center, centro de pesquisas criado pelos

americanos. "Veja que coisa dantesca. Além dos

americanos jogarem a bomba em Hiroshima e

Nagasaki, eles usaram as próprias vítimas para

fazer pesquisa."

Mascarenhas diz que foi tratado com desdém

pelo centro. Só mudaram o tom ao saberem que

o brasileiro havia sido convidado pela Harvard

para expor seu trabalho. De posse dos ossos das

vítimas, mediu a dosagem de radiação lá mesmo.

As amostras foram trazidas por Mascarenhas ao

Brasil, onde ele as guarda até hoje.

Desde então, os equipamentos evoluíram e o

cientista fez uma nova medição, mais atualizada

e confiável que a preliminar. Técnicas como essa,

diz, podem ser úteis. "Imagine que um terrorista

detone uma bomba comum em um grande centro

e grude no explosivo um pouco de material

radioativo. Faria um enorme estrago. O método

pode ajudar a identificar quem foi exposto à

poeira radioativa e necessita tratamento."

Os pratos são retirados. O professor anima-se

com os doces. Pede para trazerem duas caixas

de pequenos quadrados de sorvete cobertos com

chocolate, do tipo que se come com a mão. Já

com o doce entre os dedos, ele conta que no ano

passado o jornal "The Washington Post", ao

saber do experimento, veio ao Brasil entrevistá-

lo. "O 'Washington Post'!", repete, animado. "Na

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medida em que seus experimentos vão dando

certo e são reconhecidos internacionalmente, é

natural adquirir autoconfiança, mas dá também

vaidade, que pode ou não atrapalhar. Veja

Beethoven, Mozart: tinham talento, mas um ego

bastante agressivo também."

E como Mascarenhas lida com a vaidade? "Lido

mal. Sei que sou vaidoso. Corto um pedúnculo

aqui, nascem mais dois", diz. Para controlar as

penas da cauda de pavão, cerca-se de alunos

mais inteligentes que ele. "Ter alunos com maior

capacidade cognitiva na vizinhança dá um prazer

enorme e dá também aquele contentamento de

descobrir que foi você que descobriu."

No ano passado o professor publicou o liro

"Novos Olhares de Janus" (ed. Funpec). Na

mitologia romana, Janus é um deus bifronte, que

mantém uma face para o presente e outra para o

futuro. Enquanto escreve dedicatórias nos

exemplares - sem precisar colocar os óculos -,

avisa que ainda quer discorrer sobre seus novos

projetos, entre eles desenvolver um aplicativo

para ajudar no tratamento de Alzheimer,

investigar a cura do câncer ou ainda entender o

mecanismo da dor em termos numéricos. Sugere

também que a reportagem dê um pulo na

universidade para conhecer e fotografar a

coleção de ossos que trouxe de Hiroshima.

Mas, a esta altura, a dona do restaurante já está

aflita para fechar o salão. Mascarenhas pega o

último doce na caixa. "Meu tempo de validade

está acabando. Tenho pressa, mas o tempo das

pessoas é outro", diz. "Tenho 91 anos, não dá

para deixar nada para depois."

https://www.valor.com.br/cultura/6340683/futur

o-depende-de-uniao-da-ciencia-e-tecnologia-

com-humanidades-diz-sergio-mascarenhas-da-

brain4care

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