LITERATURA LITERATURA

A arte da palavra A arte da palavra

DENOTAÇÃO DENOTAÇÃO

• PALAVRA COM SIGNIFICAÇÃO PALAVRA COM SIGNIFICAÇÃO RESTRITA ;RESTRITA ;

• PALAVRA COM SENTIDO DO PALAVRA COM SENTIDO DO DICIONÁRIO;DICIONÁRIO;

• PALAVRA UTILIZADA DE MODO PALAVRA UTILIZADA DE MODO OBJETIVO;OBJETIVO;

• LINGUAGEM EXATA E PRECISA . LINGUAGEM EXATA E PRECISA .

CONOTAÇÃO CONOTAÇÃO

• PALAVRA COM SIGNIFICAÇÃO PALAVRA COM SIGNIFICAÇÃO AMPLA ;AMPLA ;

• PALAVRA CUJO SENTIDO PALAVRA CUJO SENTIDO EXTRAPOLA O SENTIDO COMUM;EXTRAPOLA O SENTIDO COMUM;

• PALAVRA UTILIZADA DE MODO PALAVRA UTILIZADA DE MODO ARTÍSTICO;ARTÍSTICO;

• LINGUAGEM RICA E EXPRESSIVA.LINGUAGEM RICA E EXPRESSIVA.

O sonho de toda sobremesa é casar de O sonho de toda sobremesa é casar de branco branco

Diariamente, duas horas antes da chegada Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura , a gerência de uma do caminhão da prefeitura , a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches . Isso papelão, isopor, restos de sanduíches . Isso acaba propiciando um lamentável banquete de acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos . Dezenas deles vão ali revirar o mendigos . Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.espalhados pelo calçadão.

Veja , São PauloVeja , São Paulo

Descuidar do lixo é sujeira Descuidar do lixo é sujeira

O bicho O bicho

Vi ontem um bicho Vi ontem um bicho                                         Na imundície do pátio,Na imundície do pátio,                                        Catando comida entre os detritos. Catando comida entre os detritos.                                           Quando achava alguma coisa,Quando achava alguma coisa,                                        Não examinava nem cheirava:Não examinava nem cheirava:                                        Engolia com voracidade.Engolia com voracidade.                                                                    O bicho não era um cão.O bicho não era um cão.                                        Não era um gato.Não era um gato.                                        Não era um rato.Não era um rato.                                          O bicho, meu Deus, era um homem. O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira Manuel Bandeira                

Fonte: Fonte: http://www.webartigos.com/articles/9839/1/O-Poema-O-Bicho/pagina1.html#ixzz1Hkuhttp://www.webartigos.com/articles/9839/1/O-Poema-O-Bicho/pagina1.html#ixzz1HkuT2OthT2Oth

LINGUAGEM LITERÁRIA LINGUAGEM LITERÁRIA

• Linguagem pessoal;Linguagem pessoal;

• Linguagem conotativa;Linguagem conotativa;

• Linguagem contaminada Linguagem contaminada de sentimentos;de sentimentos;

LINGUAGEM REFERENCIAL LINGUAGEM REFERENCIAL

• Linguagem impessoal, Linguagem impessoal, científica;científica;

• Linguagem denotativa;Linguagem denotativa;

• Linguagem racional, Linguagem racional, informativa.informativa.

Lutar com palavras Lutar com palavras É a luta mais vã.É a luta mais vã.Enquanto lutamos Enquanto lutamos Mal rompe a manhãMal rompe a manhã(...) (...) Palavra, palavraPalavra, palavra(digo exasperado),(digo exasperado),Se me desafias, Se me desafias, Aceito o combate Aceito o combate

Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade

Eu sei que a vida vale a pena Eu sei que a vida vale a pena Mesmo que o pão seja caroMesmo que o pão seja caroE a liberdade, pequena.E a liberdade, pequena.

Ferreira GullarFerreira Gullar

Moreninha Moreninha

Moreninha, MoreninhaMoreninha, MoreninhaTu és do campo a rainha Tu és do campo a rainha Tu és senhora de mim Tu és senhora de mim Tu mata todos d’amores Tu mata todos d’amores Faceira, vendendo as flores Faceira, vendendo as flores Que colhes no teu jardim Que colhes no teu jardim

Casimiro de Abreu Casimiro de Abreu

Cota Zero Cota Zero

StopStopA vida parouA vida parouOu foi o automóvel ? Ou foi o automóvel ?

DrummondDrummond

Congresso internacional do medoCongresso internacional do medo Provisoriamente não cantaremos o amor,Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,não cantaremos o ódio, porque este não existe,não cantaremos o ódio, porque este não existe,existe apenas o medo, nosso pai e nosso existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,companheiro,

Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade

AutopsicografiaAutopsicografia

O poeta é um fingidor.O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteFinge tão completamenteQue chega a fingir que é dorQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.A dor que deveras sente.E os que lêem o que escreve,E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas de rodaE assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Gira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaEsse comboio de cordaQue se chama coração.Que se chama coração.

Fernando PessoaFernando Pessoa

GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS

Ardo em desejo na tarde que arde!Ardo em desejo na tarde que arde!Oh! Como é belo dentro de mim Oh! Como é belo dentro de mim Teu corpo de ouro no fim da tarde Teu corpo de ouro no fim da tarde Teu corpo que arde dentro de mim Teu corpo que arde dentro de mim

Manuel Bandeira Manuel Bandeira

Gênero Lírico Gênero Lírico

Existe um eu - lírico;Existe um eu - lírico;Predominam :Predominam : Impressões ;Impressões ; Emoções;Emoções; Ideias. Ideias.

Corpo de Heitor sendo levado de volta a Tróia – Alto relevo romano em mármore, detalhe de um sarcófago.

O Afogamento de Moema(6º Canto do Caramuru)

[...] XLIII Perde o lume dos olhos, pasma e trema, Pálida a cor, o aspecto moribundo, Com

mão já sem vigor, soltando o leme, Entre as salsas escumas desce ao fundo. Mas na

onda do mar, que irado freme, Tornando a aparecer desde o profundo: "Ah! Diogo

cruel!" disse com mágoa, E, sem mais vista ser, sorveu-se n’água.

Gênero épico Gênero épico

Há presença de um narrador;Há presença de um narrador; Normalmente a presença de um ouvinte;Normalmente a presença de um ouvinte; São contados feitos heróicos do passado São contados feitos heróicos do passado (guerras, viagens, místico, religioso, )(guerras, viagens, místico, religioso, )

Joana Joana Cê lembra de mim Jasão?Cê lembra de mim Jasão?Ainda lembra?...Ainda lembra?...Jasão Jasão O que é que eu falei? O que é que eu falei? Joana Joana Lembra, não?Lembra, não?Cê gosta da filha do Creonte, Jasão? Cê gosta da filha do Creonte, Jasão? Jasão Jasão Não quero falar nisso agora ....Não quero falar nisso agora ....Joana Joana Gosta não. Gosta não. Tá só perturbado né? Responde pra mim...Tá só perturbado né? Responde pra mim...Jasão Jasão Tava falando, deixa eu continuar sim ? Tava falando, deixa eu continuar sim ?

Joana Joana Responde duma vez homem, toma coragem. Você gosta Responde duma vez homem, toma coragem. Você gosta

mesmo da moça ?...mesmo da moça ?...Jasão (gritando)Jasão (gritando)Mulher, para,Mulher, para,Deixa falar (tempo)Deixa falar (tempo)Você sabe...Você sabe...Eu não tenho cara pra chutar vocês ...Eu não tenho cara pra chutar vocês ...É sacanagem que eu não vou fazer .É sacanagem que eu não vou fazer .Mas também veja o meu lado .Mas também veja o meu lado .Cedo ou tarde agente ia ter que separarCedo ou tarde agente ia ter que separarQuando eu te conheci, tava pra completar vinte anos, não Quando eu te conheci, tava pra completar vinte anos, não

foi? Eu nem tinha completado.foi? Eu nem tinha completado.Você tinha trinta e quatro, mas era bem conservada.Você tinha trinta e quatro, mas era bem conservada.A carroceria, bom molejo, e bateria carregada de desejo A carroceria, bom molejo, e bateria carregada de desejo Então não queria saber de idade , e nem quero saber, Então não queria saber de idade , e nem quero saber, Porque pra mim quem gosta, gosta ...Porque pra mim quem gosta, gosta ...

E o amor não vê documento nem certidãoE o amor não vê documento nem certidãoSó que dez anos se passaram, desde então Só que dez anos se passaram, desde então E a diferença, que mal nem se via,E a diferença, que mal nem se via,A bosta do tempo fez aumentar .A bosta do tempo fez aumentar .Vou completar trinta e você tem quarenta e quatro Vou completar trinta e você tem quarenta e quatro Agora, é claro que daqui pra frente , Agora, é claro que daqui pra frente , Cada hora do dia só vai servir para nos separarCada hora do dia só vai servir para nos separarE quando eu estiver apenas com quarenta e cinco anos E quando eu estiver apenas com quarenta e cinco anos Na força do homem, seguro de mim, vendendo saúde, moço e maduro ...Na força do homem, seguro de mim, vendendo saúde, moço e maduro ...Você vai ter seus cinquenta e nove, sessenta, Você vai ter seus cinquenta e nove, sessenta, Exausta do reumatismo, da menopausa, da vidaExausta do reumatismo, da menopausa, da vidaE vai controlar ciúme, rancor, E vai controlar ciúme, rancor, Vai aguentar dor de corno, o mau humor?Vai aguentar dor de corno, o mau humor?Ou quer que eu também fique velho , só por causa da tua velhice ?Ou quer que eu também fique velho , só por causa da tua velhice ?Acho melhor procurar uma pessoa da mesma faixa de idade ........Acho melhor procurar uma pessoa da mesma faixa de idade ........Quero dizer.........Quero dizer.........Joana Joana Jasão, pega a tua mocidade e enfia............ Jasão, pega a tua mocidade e enfia............

Chico Buarque Chico Buarque

Gênero Dramático Gênero Dramático

Texto escrito para ser encenado no teatro;Texto escrito para ser encenado no teatro; Obedece a uma sequência rigorosa de Obedece a uma sequência rigorosa de

cenas ;cenas ; Baseia-se numa constituição de causa e Baseia-se numa constituição de causa e

consequência . consequência .

ROMANCEROMANCE• transpõe para a ficção a

experiência humana;• seqüência de eventos

que envolvem um grupo de pessoas em um cenário específico;

• narração extensa em prosa;

• apresenta a evolução e o desfecho de todos os acontecimentos, com o panorama social ou histórico

NOVELA NOVELA • narração mais breve,

intermediária entre o romance e o conto;

• exposição de uma situação conflituosa;

• causas e efeitos são apresentados resumidamente;

CRÔNICA CRÔNICA • é um gênero literário de

assunto livre;• voltado para os pequenos

fatos do cotidiano;• reflete sobre arte,

política, acidentes,crimes e processo;

• Tem direcionamento crítico

CONTO CONTO • se caracteriza-se por sua

agilidade e poder de concentração.

• é uma breve narrativa ficcional;

• trata basicamente de um único tema;

FIGURAS DE LINGUAGEM FIGURAS DE LINGUAGEM

Metáfora Metáfora "Veja bem, nosso caso É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)

Pelo vale dos teus olhos De claras águas antigas Meus sonhos passando vão

Cecília Meireles

Metonímia Metonímia Ler Guimarães Rosa é desafiador .Ler Guimarães Rosa é desafiador .O cupido acertou mais uma vez. O cupido acertou mais uma vez. Você já tomou dez copos, agora chega.Você já tomou dez copos, agora chega.Quero tomar um porto na temperatura Quero tomar um porto na temperatura

certa.certa.Acabarão com o verde do país.Acabarão com o verde do país.Você tem uma gilete.Você tem uma gilete.

Antítese Antítese

Não me amarra dinheiro não Não me amarra dinheiro não Mas formosura Mas formosura Dinheiro não Dinheiro não A pele escura A pele escura Dinheiro não Dinheiro não A carne dura A carne dura Dinheiro nãoDinheiro não

Caetano VelosoCaetano Veloso

Pleonasmo Pleonasmo

A mata verde do Brasil terá fim um dia? A mata verde do Brasil terá fim um dia? Justamente para mim, você vem me Justamente para mim, você vem me

perguntar isso?perguntar isso?Juro que vi com meus próprios olhos!Juro que vi com meus próprios olhos!

Prosopopéia ou Personificação Prosopopéia ou Personificação Vozes d’África Vozes d’África Minhas irmãs são belas, são ditosas Minhas irmãs são belas, são ditosas Dorme a Ásia da sombras volutuosas Dorme a Ásia da sombras volutuosas Dos haréns do Sultão Dos haréns do Sultão (...) (...) Mas eu, Senhor!...... Eu triste, abandonada ,Mas eu, Senhor!...... Eu triste, abandonada ,Em meio dos desertos esgarrada Em meio dos desertos esgarrada Perdida marcho em vão Perdida marcho em vão Castro AlvesCastro Alves

Onomatopéia "Ó" o cachinhoToin toinEu nasci com cabelo enroladinhoUm monte de cachinho na cachola, toin tointoin toin toin toinA água do chuveiro cai na cabeleiraCachoeira vem me molharChuá chuáGostoso pra chu chuChuá chuáOh yeahBanho de cabelo cacheadoSempre tem um cafunéToin toin toin toin toin.

Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!Fernando Pessoa

Ironia Ironia

Nunca conheci quem tivesse levado porradaTodos os meus conhecidos tem sido

campeões em tudo (...)Arre , estou farto de semideuses !Onde é que há gente no mundo ?

Fernando Pessoa

Eufemismo Eufemismo

Quando a indesejada das gentes chegar Quando a indesejada das gentes chegar Não sei se dura ou carinhosa Não sei se dura ou carinhosa Talvez sorria , ou diga Talvez sorria , ou diga - Alô iniludível ! - Alô iniludível !

Sinestesia Sinestesia

"Mais claro e fino do que as finas pratas O som da tua voz deliciava ... Na dolência veladadas sonatas Como um perfume a tudo perfumava. Era um som feito luz, Em lânguida espiral que iluminava Brancas sonoridades de cascatas ... Tanta harmonia melancolizava."

Cruz e Souza

POESIA POESIA

“ “ suprema forma da beleza “suprema forma da beleza “Stéphane MallarméStéphane Mallarmé  “ “ criação rítmica da beleza”criação rítmica da beleza”Álvares de Azevedo Álvares de Azevedo

““Entre coisas e palavras –principalmente Entre coisas e palavras –principalmente entre palavras- circulamos”entre palavras- circulamos”

Drummond Drummond

SONETO DE SEPARAÇÃOSONETO DE SEPARAÇÃO Vinícius de Morais Vinícius de Morais De repente do riso fez-se o prantoDe repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a brumaSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.E das mãos espalmadas fez-se o espanto.De repente da calma fez-se o ventoDe repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez o drama.E do momento imóvel fez o drama.De repente, não mais que de repenteDe repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contenteE de sozinho o que se fez contenteFez-se do amigo próximo o distanteFez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente.De repente, não mais que de repente.

Vês! Ninguém assistiu ao formidávelVês! Ninguém assistiu ao formidávelEnterro da tua última quimera.Enterro da tua última quimera.Somente a Ingratidão - esta pantera - Somente a Ingratidão - esta pantera - Foi tua companheira inseparável!Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!Acostuma-te à lama que te espera!O Homem que, nesta terra miserável,O Homem que, nesta terra miserável,Mora entre feras, sente inevitávelMora entre feras, sente inevitávelNecessidade de também ser feraNecessidade de também ser fera

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,Se alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos Augusto dos Anjos

Era um homem bem vestidoEra um homem bem vestidoFoi beber no botequimFoi beber no botequimBebeu muito, bebeu tantoBebeu muito, bebeu tantoQueQue       saiu       saiu              de              de                     lá                     lá                              assi                              assimm..

O moço entra apressadoO moço entra apressadoPara ver a namoradaPara ver a namoradaE é da seguinte formaE é da seguinte forma                           escada.                           escada.                       a                       a              sobe              sobe        ele        eleQueQueMas lá em cima está o paiMas lá em cima está o paiDa pequena que ele adoraDa pequena que ele adoraE por isso pela escadaE por isso pela escada              ele             ele                    vai                    vai                              embora.                              embora.

Millôr FernandesMillôr Fernandes