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liTATURa a vapor LIVROS ACESSÍVEIS PARA CEGOS: narração e audiodescrição de imagens. QR CODES com conteúdo complementar audiovisual: VÍDEOS E PODCASTS. ATIVIDADES TRANSDISCIPLINARES de acordo com a BNCC. Leitores autônomos PROJETO HÍBRIDO: SUPORTE DIGITAL. Atende as leis n. 10.639/03 e n. 11.645/08: conteúdos que abordam CULTURAS AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS. Ensino fundamental II

liTERATURa a vapor

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liTERATURa a vapor

LIVROS ACESSÍVEIS PARA CEGOS: narração

e audiodescrição de imagens.

QR CODES com conteúdo complementar audiovisual:

VÍDEOS E PODCASTS.

ATIVIDADES TRANSDISCIPLINARES de acordo com a BNCC.

Leitores autônomos

PROJETO

HÍBRIDO:

SUPORTE

DIGITAL. Atende as leis n. 10.639/03 e n. 11.645/08:

conteúdos que abordam CULTURAS

AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS.

Ensino fundamental II

Page 2: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Objetivos do projeto

O papel do mediador de leitura

Este projeto foi desenvolvido para valorizar a leitura literária e auxiliar pais e professores na tarefa de inserir o livro de literatura no dia a dia de seus filhos e alunos por meio de ativida-des de mediação.Os kits “Literatura a vapor” promovem:

“Ler é como chegar a uma horta e saber o que é cada planta e para que ela serve. Quem não sabe nada de ‘ler horta’, entra dentro dela e só vê um punhado de plantas de mato. Um monte de plantas dife-rentes, mas parecendo que é tudo igual. Quem não aprender a ‘ler’ a horta, a conhecer os seus segredos, não sabe o que é cada uma, como é que se prepara cada uma, com o que é que se come.”

(Paulo Freire)

O papel do mediador é dar sentido ao objeto livro por meio da leitura e de sua in-teração com a criança. A princípio, a mediação pode ser feita por qualquer pessoa: educadores, familiares, professores e bibliotecários. Porém, como afirma Paulo Freire, é necessário “conhecer a horta”. O mediador precisa ser, antes de tudo, um bom lei-tor, ter um pensamento crítico e sensível para que a transmissão do prazer de ler e a continuidade do hábito da leitura sejam efetivos e duradouros.

O QUE É LIVRO-IMAGEM?É um livro que conta uma história somente atráves de fotos ou ilustrações sem usar as palavras. Ler o código alfabético é apenas uma possibilidade de leitura, existem muitas outras. O livro-imagem possui camadas de leitura que podem ser compreendidas por bebês e por leitores autônomos, pois cada um terá um referencial diferente. Por isso nosso livro-imagem está presente nos três níveis de leitura.

1. O hábito da leitura

2. Conhecimento de mundo

3. Autonomia

4. Vínculos afetivos

5. Reflexão

6. Inclusão

Page 3: liTERATURa a vapor

Tipos de leitor e leituras

Por que investir na formação de leitores?

É muito difícil avaliar o desempenho de leitura de cada um levando em consideração apenas a idade e o grupo escolar. Isso ocorre porque o ato de ler envolve diversas camadas: letramento, vivências e costumes. Por isso, optamos por dividir leitores e leituras em 3 principais tipos:

Relatos de professores evidenciam que ocorre uma transformação muito positiva após a adoção de rotinas de leitura em casa e na escola.Alguns benefícios são imediatos, como o aumento do vocabulário e o desenvolvimento da escrita e da interpretação textual; porém, outras mudanças estão relacionadas ao hábito da leitura e afetam diretamente a vida familiar e social da criança, tais como:• Redução do comportamento agressivo e irritabilidade• Noção de coletividade• Educação sentimental e empatia• Fortalecimento dos vínculos afetivos e familiares

Primeiras leiturasSão os livros destinados à Educação Infantil, momento em que ocorre, em casa ou na escola, o primeiro contato das crianças com os livros. Costumam ser livros de formatos maiores com ilustrações bem coloridas, narrativas curtas e poemas.

Leitores iniciantesOs leitores deste tipo costumam estar entre as séries do Ensino Fundamental I, subdivi-dindo-se em anos iniciais e anos finais. É observado um aumento na complexidade das narrativas e ilustrações. São leitores que já possuem uma certa familiaridade com a lei-tura por estarem no ciclo de alfabetização e manipularem livros com mais frequência.

Leitores autônomosOs leitores autônomos, como o próprio nome diz, possuem autonomia de leitura. Já leem sozinhos e escolhem seus próprios livros. Apresentam um “fôlego” maior para ler textos mais longos e possuem maior capacidade de abstração.

É preciso tomar bastante cuidado com esses “RÓTULOS”, pois você pode encontrar leitores autônomos de 8 anos e leitores ini-ciantes de 12 anos! A classificação etária dos livros serve ape-nas para orientar, mas cabe aos leitores e mediadores fazerem

suas próprias escolhas!

Literatura a Vapor

Page 4: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Narração e audiodescrição: acessibilidade garantida!Todos os livros da Editora Miolo Mole são acessíveis para pessoas cegas. Isso significa que, além da versão em papel, os livros possuem uma versão audiovisual acessível.Os recursos de audiodescrição e narração são essen-ciais para pessoas cegas e ampliam as possibilidades de leitura para todos leitores, inclusive aqueles com baixa visão.Na AUDIODESCRIÇÃO as imagens do livro são trans-formadas em palavras e narradas em áudios.Na NARRAÇÃO a história é contada com ritmo e me-lodia.Além de atender pessoas cegas, a versão acessível dos livros proporciona que familiares com baixa visão ou não alfabetizados compartilhem da leitura em família.

Acesse o QR code e experimente!

Siga-nos nas redes sociais:

facebook.com/editoramiolomole/

@editoramiolomole

3 em 1:Livro impresso Audiodescrição

Audiolivro

A literatura nos permite viajar por mundos possíveis e impos-síveis a bordo da imaginação!

Ler é como sair de casa, a gente sempre

volta diferente.

PROJETO HÍBRIDO COM SUPORTE À OBRAProjetos híbridos são compostos de livros físicos e suporte à obra, com conteúdos digitais que servem de apoio para alunos e educadores. No suporte à obra do “Literatura a vapor” você vai encontrar:

• Materiais didáticos complementares

• Planejamento de atividades

• Atividades extras

• Sugestões de leitura

• Vídeos

• Podcasts

Tudo em um ambiente 100% digital com ferramentas interativas, alinhadas às metodologias inovadoras de ensino híbrido.As aulas com conteúdo multimídia motivam alunos a estudar mais e aprender por meio de fontes diferentes.

Page 5: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Kit para o Ensino Fundamental II

Livro de atividades de mediação de leitura

128 páginas21 x 28Colorido

Livro da família

48 páginas 21 x 28Colorido

Girafa? (32 pgs, 13 x 28, colorido)Livro-imagem sobre as aventuras de uma girafa na cidade. A narrativa é conduzida por meio de fragmentos de imagens que aguçam a imaginação e provocam diferen-tes interpretações.Ilustrações: Felipe Tognoli

Garoto avatar (56 pgs, 20 x 20, colorido)O livro conta a história de um jovem que adora jogar videogame. A narrativa aborda os aspectos ruins de passar muito tempo em frente a uma tela de computador, sem se alimentar direito, sem conversar com sua família e sem ver seus amigos. No fim, ele faz uma grande descoberta que pode mudar o seu jeito de viver a vida.Texto: Caeto e Luana VignonIlustrações: Caeto

O alienista (48 pgs, 14 x 21, colorido)O Alienista é uma célebre obra literária humorística do escritor brasileiro Machado de Assis. Muitos o consideram um conto, mas a maioria dos críticos e especialistas con-sideram-no uma novela por causa da sua estrutura narrativa. O livro conta a história do Dr. Bacamarte, um alienista (a designação de psiquiatra na época) que cria a Casa Verde, um local para realizar estudos inéditos sobre a mente humana, mas acaba se perdendo na sua própria loucura.Texto: Machado de AssisIlustrações: Daniel Rosa

Namarama (32 pgs, 28 x 21, colorido)Namarama é uma menina africana órfã que mora com seu pai em uma aldeia na Guiné. Esperta e muito corajosa, a menina faz um acordo com o animal mais temido da savana e sai vitoriosa.Texto: Fanta Konatê e Luís KinugawaIlustrações: Inaiá Vilas Boas

Conteúdo musical

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Literatura a Vapor

O que tem no suporte digital?Seções exclusivas do educador:Apoio pedagógico: livro do educador e textos complementares referentes à prática de media-ção de leitura na escola.

Planejamento de atividades: planos de aula para a aplicação de atividades de leitura, media-ção com práticas inclusivas e projeto integrador.

Bibliografiasugerida

A criança e o livro (Ática, 1987): essa coletânea organizada por Laura C. Sandroni e Luiz Raul Machado é consequência de um en-contro de vários profissionais ligados à pesquisa no campo da lei-tura, nele são relatadas diversas experiências, projetos e trabalhos realizados em sala de aula.

Além dos muros da escola (Artmed, 2006): organizado por Jo-sette Jolibert, é um registro de uma ação que perdurou por 5 anos, realizada por um grupo de professores de três escolas municipais chilenas. Sob uma perspectiva construtivista o livro apresenta pro-postas de atividades concretas, com fundamentos teóricos bem desenvolvidos.

Ensinar a ler, ensinar a compreender (Artmed, 2002): as pesqui-sadoras Tereza Colomer e Anna Camps propõem estratégias para estimular a leitura e formar leitores críticos a partir de transforma-ções fundamentais nas formas de trabalhar o texto em sala de aula.

Caro(a) educador(a),

Lhes damos as boas-vindas ao apoio digital da coleção Jornada Literária, tomando empresta-das as palavras do escritor e filósofo romano Sêneca:

A leitura

“A leitura nutre a inteligência”

Além de ser uma excelente fonte de diversão e entretenimento, a leitura promove o aprendizado, a troca de conhecimentos e, ao longo do tempo, torna mais sofisticados os sistemas de pensamento de toda a sociedade.

Por isso, acreditamos que estimular as crianças a se tornarem leitores (leitores de verdade, com o olhar preparado para a crítica, a análise e a plena compreensão do que é lido) é fundamental.

Este material foi preparado para nortear, motivar, partilhar experiências e explorar as diversas manei-ras de se relacionar com o livro e o seu conteúdo.

Nosso objetivo é promover a expansão de ideias e proporcionar novas formas de vivenciar a leitura. Aqui você encontrará bastante material complementar e, ao navegar pelos conteúdos, descobrirá maneiras de inserir a prática da leitura no cotidiano dos alunos e integrá-los aos espaços destinados aos livros, como bibliotecas e espaços de leitura.

Também encontrará dicas sobre como organizar um espaço de leitura na sala de aula, preparar um jornal mural, rodas de leitura, gincanas e saraus literários.

Enfim, este apoio é um complemento ao material impresso e serve como perfeita peça de encaixe nessa admirável meta de formar leitores e valorizar a leitura literária.

Esperamos que você goste, aproveite ao máximo nosso conteúdo e possa utilizá-lo como um verda-deiro parceiro em seu dia a dia em sala de aula.

Aspectos técnicos dos livros

Como explorar os aspectos técnicos do livro?O leitor deve ser independente, deve ele mesmo escolher a leitura que deseja fazer, para isso precisa entender suas opções textuais e questões técnicas. Os exercícios propostos no módulo Viajando no livro, visam possibilitar essa familiaridade.As atividades consistem em identificar os aspectos técnicos e físicos do livro, como capa, contraca-pa, ficha catalográfica, ISBN etc. E aproximar os alunos dos profissionais que fazem parte da cadeia produtiva do livro, para que eles mesmos se reconheçam como parte integrante do processo.

Todas as vezes que um livro for trabalhado em sala de aula, o professor deve explorar junto com a turma as seguintes questões:

• Quem escreveu o livro? Pelo nome é possível saber se é brasileiro ou estrangeiro?Existem dados adicionais sobre o autor na contracapa ou orelha?

• Qual o título do livro? O que se pode

• imaginar sobre a história a partir do título?

• Como são as ilustrações da capa? O que elas querem dizer?

• Qual o gênero textual? Poesia, romance, história em quadrinhos? Como é possívelidentificar isso?

• Qual é a editora?

• Qual foi o ano de publicação?

ATENÇÃO: Nenhuma atividade deve seguir os moldes de uma avaliação, evite usar questionários ou algo do tipo, encare como um livre exercício de caráter exploratório.

Para inserir a prática da leitura no cotidiano dos alunos é necessário integrá-los aos espaços destinados aos livros. Em um primeiro momento eles precisam entender como funciona uma biblioteca por dentro, ver seus organismos internos, suas engrenagens. O educador que os guiar nessa excursão pode aproveitar o encantamento próprio do desconhecido.

Ultrapassar o balcão austero de uma biblioteca pode ser tão ou mais estimulante quanto olhar por cima do muro do vizinho em busca de uma bola perdida.

Entrevistar pessoas e explorar lugares é a melhor forma de fazer essa integração. O aluno irá se sentir mais seguro na próxima vez que entrar em uma biblioteca e é importante que ele perce-ba que é o conhecimento que lhe causa essa sensação.

Durante o desenvolvimento das atividades de leitura, visitas monitoradas e entrevistas, os pro-fessores de todas as disciplinas devem estar alinhados, trabalhando assuntos correlatos sem-pre que possível, para fazer valer o conhecimento adquirido pelos alunos fora da sala de aula e durante as rodas de leitura. É fundamental que se faça isso sem cobranças por meio de traba-lhos ou avaliações, a liberdade de escolha e de expressão devem ser prioridade.

Realize um debate sempre ao final de cada atividade, o papel do educador deve ser apenas o de mediador, esse momento deve ser encarado como um balanço feito pelos próprios alunos sobre a experiência vivenciada. Anotações podem ser feitas para mapear os interesses e barrei-

biblioteca e espaços de leitura

Todo o conteúdo do apoio digital foi preparado para orientar, mo-tivar, compartilhar experiências e explorar as diversas maneiras de se relacionar com o livro e a leitura literária.

É importante ressaltar que tanto o suporte teórico, quanto as práticas sugeridas não preten-dem esgotar as possibilidades sobre o assunto, ao contrário, visam promover a expansão de ideias e proporcionar novas formas de vivenciar a leitura.

A formação de leitores não é um processo unilateral. Aqui, educador e aluno caminham de mãos dadas, descobrindo juntos qual o melhor caminho a seguir. Caberá ao educador, en-quanto mediador, orientar e facilitar essa travessia, lançando mão do seu conhecimento de mundo para despertar os conhecimentos de cada um por meio da aplicação de algumas me-todologias.

De acordo com a professora e pesquisadora Josette Jolibert1, para que a experiência da leitura seja plena, o aluno deve ser capaz de ler o contexto além das palavras. Isso indica que a leitura não deve ser abordada como um ato mecânico e isolado, e sim como uma ação plural que abre portas para um universo de possiblidades.

É preciso aguçar a mente do aluno por meio de estratégias que possibilitem a ele mesmo construir ativamente a compreensão do texto, lembrando que conferir sentido a um conjunto de palavras deve ser um processo dinâmico e criativo.

O educador precisa, acima de tudo, problematizar a questão da leitura literária dentro da esco-la, a fim de encurtar a distância entre a leitura escolar e a realidade das experiências pessoais.

1 Além dos muros da escola (Artmed, 2006), organizado por Josette Jolibert, traz o relato das experiências vividas por um grupo de professo-res de três escolas municipais chilenas.

Planejamento de atividades:

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Literatura a VaporSeções comuns aos alunos, educadores e família:Atividades extras: propostas de atividades e dinâmicas diferentes, incluindo uma atividade de encerramento.

Audioteca: narração e versão audioacessível das histórias, entrevistas com autores, ilustrado-res e editores.

Para começo de conversaAs bibliotecas também devem funcionar como um espaço de en-

contro onde é possível ler, escrever, refl etir e pensar livremente, sem

a obrigação de responder a perguntas ou fazer provas.

É um espaço de incríveis descobertas e à medida que aprendemos

a circular livremente pelos seus corredores, a vontade de encontrar

novos livros só aumenta, pois sabemos exatamente onde achar o que estamos

procurando.

Espaços de leitura

uando vocês ouvem falar em

biblioteca, o que lhes vem à

cabeça? Aposto que logo de

cara vocês imaginam uma porção de livros

empoeirados, uma placa pedindo silêncio e

uma bibliotecária mal-humorada, acertei?

Acontece que não precisa ser assim.

Já faz um tempo que algumas pessoas estão trocando ideias e mudando aos

poucos o jeito como as bibliotecas públicas funcionam. Em primeiro lugar, elas

devem colocar a leitura e a escrita à disposição de todos, não importando se

são homens ou mulheres, ricos ou pobres, feios ou bonitos; os livros estão lá

para quem quiser, e de graça!

Para começo de conversa

Roda de leitura

A notícia que acabamos de ler é muito preocupante, pois uma

sociedade que não lê é uma sociedade desinformada, com cida-

dãos passivos incapazes de pensar sozinhos e reivindicar seus

direitos. Novamente, entramos naquela conversa sobre ler o

mundo com os próprios olhos, vocês se lembram?

Por isso, diversas iniciativas a favor da leitura estão surgindo no

mundo todo, numa tentativa de reintroduzir a palavra escrita em nos-

so cotidiano. Sabe como isso é possível? Lendo em voz alta para outras

pessoas e trocando ideias numa roda de leitura.

Isso mesmo! Quando lemos em voz alta, nós criamos uma relação mais ín-

tima com a palavra, o que torna o contexto mais fácil de ser compreendido.

Além disso, quando trocamos ideias com outras pessoas, aumentamos nosso

leque de opções e aprendemos uma porção de palavras e coisas novas.

ocês sabiam que nem todas as pessoas alfabetizadas se tornam lei-

tores competentes?

Sabiam que algumas pessoas que moram em países de primeiro mun-

do também sofrem difi culdades com a leitura e a escrita? Então, se vocês acham

que ainda não conseguem entender muito bem tudo aquilo que lêem ou têm

difi culdade para escrever, prestem atenção nisso: em 2008, um estudo desen-

volvido pelo Conselho Canadense de Aprendizagem revelou que um grande

número de pessoas apresenta difi culdade para ler jornais, pequenas histórias e

até cardápios de restaurante.

VViajando no livro

Palavras e imagens: o autor e o ilustradorAutor é aquele que escreve e/ou ilustra o livro. Existem livros feitos apenas de

palavras, livros feitos de palavras e imagens e livros feitos só de imagens.

A maioria das obras adultas é composta apenas de palavras. Nesse

caso, o autor é o escritor, mas nada impede a utilização de ilustrações

para tornar a leitura mais atrativa e enriquecer o aspecto estético do livro.

Nas obras literárias infantis e juvenis é comum que o escritor e o ilustra-

dor sejam a mesma pessoa, isso quer dizer que o escritor conta a história

com palavras e também ilustra com imagens aquilo que acabou de contar.

Essas tarefas, porém, podem ser divididas entre duas pessoas, em que uma

apenas escreve (autor) e a outra apenas ilustra (ilustrador).

No capítulo anterior, descobrimos que o gênero narrativo está presente também

nas artes plásticas. O mesmo ocorre com os livros de imagens, nos quais uma história

é contata através de desenhos, figuras ou colagens. Nesse caso, o ilustrador é o autor.

Tanto o escritor quanto o ilustrador podem assinar a autoria de um livro.

m livro não é só um monte de papel com letrinhas pequenas impressas. Para

ele chegar assim bonitinho em nossas mãos, muita coisa aconteceu. Além

do escritor, várias pessoas trabalharam duro até chegar ao produto fi nal

que vemos nas estantes das bibliotecas e livrarias. Profi ssionais como o ilustrador, o au-

tor, o editor, o revisor e muitos outros fazem parte da cadeia produtiva do livro.

Vocês já se perguntaram quem inventa, escreve e ilustra determinada história? E

como um livro é publicado e colocado à venda nas lojas? Este livro mesmo, que vocês

estão lendo agora, como é que ele veio parar em suas mãos?

UPara começo de conversa

Videoteca: versão audiovisual acessível dos livros, entrevistas e animações.

Page 8: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Estante digital: versão em pdf dos livros referentes a cada kit.

Seções exclusivas da família:Atividades em família: sugestões de dinâmicas familiares que estimulam o hábito da leitura com-partilhada e indicações de livros com resenhas de acordo com a faixa etária.

Como organizar os livros em casa

S erá que alguém já ouviu a seguinte frase: “Fulano lia muito, mas

enjoou. Agora ele é um ex-leitor”? Aposto que não. O amor pe-

los livros é um caminho sem volta... Ou melhor, é um caminho

com muitas voltas, mas que nunca chega ao fim.

Por isso mesmo, quando o hábito de leitura se desenvolve em uma família,

os livros tomam conta da casa. Mas como organizar tudo isso? Como encontrar

aquela obra específi ca no momento que precisamos dela?

Bem, os métodos são bem parecidos com as técnicas adotadas em grandes

bibliotecas:

LivrosAdote um critério de agrupamento, pode ser por gênero (romance, policial,

conto, poesia, teatro, história em quadrinhos), por autor (normalmente, classifi -

camos a partir do último nome) ou por ordem alfabética (nome ou título).

RevistasEmpilhe as revistas por título, em ordem de lançamento, para que a mais re-

cente esteja sempre por cima.

Literatura infantilÉ recomendável que os livros das crianças fi quem separados dos livros dos adultos,

assim elas podem consultar os títulos com mais liberdade, se forem crianças peque-

nas, utilize caixotes de madeira ou estantes baixas para garantir a acessibilidade.

A função da leitura

Mas, afi nal, o que é leitura e para que ela serve?Um escritor francês chamado Marcel Proust1 disse o seguinte:

“A leitura é uma amizade”

Essa afi rmação reforça a ideia de que o ato de ler engloba diversos conceitos,

indo muito além da mera decifração de signos alfabéticos. Quando lemos um li-

vro, estabelecemos uma relação íntima com o texto, permitimos que novas ideias

entrem em nossas mentes e, muitas vezes, nos deixamos tocar profundamente

pelas palavras de um autor ou pelos desenhos de um ilustrador.

Porém, não aplicamos o verbo “ler” apenas quando queremos dizer que al-

guém está decifrando um código impresso. Frequentemente usamos a expressão

“ler o mundo”, que signifi ca produzir sentido para a realidade em que vivemos

a partir de nossas experiências pessoais. Nesse sentido, qualquer pessoa é capaz

de ler, mesmo as que não foram alfabetizadas.

Desse entendimento de mundo depende a ação efetiva do indivíduo nas prá-

ticas sociais, como política, cultura e no próprio convívio familiar. Quanto mais

amplo for o conhecimento de uma pessoa, maior será sua capacidade de ler o

mundo com seus próprios olhos.

Hoje em dia, sabemos que o acesso à leitura tem papel fundamental na cons-

trução do pensamento crítico, fator indispensável para que a criança desenvolva

plenamente suas potencialidades e possa atuar de forma positiva na sociedade.

A professora e pesquisadora Maria Helena Martins, em seu livro O que é

1. Marcel Proust (1871-1922), citado em epígrafe de Os Livros nossos Amigos, de Eduardo Frieiro. RÓNAI, P. Dicioná-rio Universal de Citações. São Paulo, Círculo do Livro, 1985. p. 543

Page 9: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Leitores autônomos

Ens. Fund. II

Conheça também

Leitores autônomosEducação de jovens e adultos

Primeiras leituras

Leitores iniciantes

anos finais

anos iniciais

Ens. Fund. I

Page 10: liTERATURa a vapor

Literatura a Vapor

Minibiografia dos autores / colaboradores

Luana Vignon: editora, escritora e compositora. Formada em Ciências Sociais pela Universida-de Estadual de Londrina (UEL). Possui sólida experiência em formação de leitores e mediação de leitura. É responsável pela editora Miolo Mole e idealizadora do Projeto Literatura a Vapor. Além de editar, participou como autora de alguns livros de literatura e de mediação.

Marina Franco: escritora, jornalista, produtora cultural e atriz. Trabalha com comunicação e produção de grandes projetos nas áreas de teatro, literatura, música e artes visuais. Escreveu os livros infantis “As Descobertas de Paulinho na Metrópole” e “Alberto que era Santos Dumont” (ambos lançados pela Editora DCL).

Tatiane Ramos: psicóloga, escritora, artesã e empreendedora, nas horas vagas é contadora de histórias e palhaça. É estudante de Libras, acredita que a educação inclusiva e lúdica é o melhor caminho para abrir horizontes.