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CAPA CONHEÇA A CASA DA ARQUITETA ANDREA TARGA TENDÊNCIAS MISTURA DE ELEMENTOS PARA UMA DECORAÇÃO ESPONTÂNEA PROPOSTA CASA EM "T" PARA O PARQUE DAS CASCATAS VIVA O DESIGN R$ 1O,OO Ano 1 Edição O2

Living design 2

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Arquitetura e Design Architecture & Design

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Capa Conheça a Casa da arquiteta andrea targa TendênCias mistura de elementos para uma deCoração espontânea proposTa Casa em "t" para o parque das CasCatas ViVa o design

R$ 1O,OOAno 1 Edição O2

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Cadastre seu imóvel para venda ou locaçãoFone: (14) 99798-7076 | 3815-2889

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sábado, 22 de fevereiro de 2014 15:39:30

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diretor Sandro Coltri

[email protected]

proJeto grÁFiCo e diagramação Carol Cavaleiro

www.fliCkr.Com/CarolCaValeiro

ColaBoradores Ayrton Amaral Jr., Michael Mosch, Flávio Cavaleiro, Bia

Sartor, Andréa Ballarim Targa Cavalari, Júnior Quinteiro e Vera Victoria Shiroky Schubert

mÍdia eletrÔniCa www.liVingdesign.Com.br

Capa Foto: Flávio Cavaleiro

puBliCidade (14) 3815-2889 | 99798-7076

[email protected]

expediente

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tendênCias 8

eu, arquiteto 12

Cultura 16

Capa 2o

BotâniCa 24

steel Frame 27

viva o design 32

homenagem 35

pelo mundo 36

gastronomia 4o

vergolha alheia 44

vitrine 45

living design 46

.32

.27

Capa.20

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Por Vera Victoria shiroky schubert, arquiteta urbanista

A estação das flores vai saindo devagarzinho de cena, deixan-do espaço para o verão que vem chegando, trazendo calor, alegria, acompanhado de lembranças e releituras.Assim como na moda, as tendências para esta estação do ano entram em vigor.Nada mais agradável do que a nossa casa estar de acordo com a estação que chega. A decoração deve surpreender, causar sen-sações agradáveis aos olhos e ao corpo.

ambienTação sTar gardenA revitalização parte do ser humano e passa ao seu habitat, seu porto seguro, seu refugio no dia a dia, seja no seu lar ou no seu local de trabalho

Temas floraisAs flores continuam presentes em tecidos, fragrâncias, vasos, luminárias, e lustres. Saem dos jardins e vão para onde forem bem vindas.

elemenTos naTurais Sempre em alta, trazem a natureza, a sustentabilidade para dentro de nossos lares, cada vez com mais freqüência. O linho, o algodão, a renda, saem dos armários das vovós e vão para pisos, luminárias, cortinas, mantas, lado a lado com peças de ferro batido e móveis de madeira de demolição

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Os sentidos aguçados ao tato. Da textura do linho, o frio do mármore e do vidro, a textura e os tons neutros da madeira, das raízes.

O verde nas paredes, tetos- jardins, móveis ecológicamente corretos. A sustentabilidade passa a ser um modo de vida, não mais um modismo ou uma tendência.

projeTo ViCToria sChuberT Tijolos ecológicos, cuba de madei-ra rustica com apoio de madeira de demolição. O contraste volta para surpreender. Cores quentes junto às frias. Texturas mais rústicas ao lado de texturas ex-tremamente suaves. A bela e a fera, literalmente vivendo um romance de conto de fadas

ConTemporaneidadeObjetos que remetem aos feitos à mão, à ourivesaria, ao glamour. O brilhante junto ao fosco, os rococós ao lado de linhas retas, o retrô e o atual. Os muranos contando a sua história sempre bem sucedida

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paleTa de CoresAs cores PANTONE para a primavera verão 2O13- 2O14 se resumem em cores cítricas (Nectarine e Lemon Zest e Tender Shoots), suaves (Dusk Blue, Emerald, Grayed Jade, Linen, African Violet), quentes (Nectarine e Poppy Red) e escuras (Monaco Blue)

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projeTo ViCToria sChuberT Tijolos ecológicos, mesa e cadeiras de Móveis Amore e quadro do arquiteto Gustavo Britto

As crises mundiais fazem com que o ser humano dê mais atenção aos sentimentos rela-cionados à família tendo um sentimento renovado de que o lar é seu o santuário.Nada de gastar demais. Gastos sempre com o que é necessário para viver bem e com conforto. Respeito ao meio ambiente e ao bolso são fundamentais. É muito interessante perceber como estes conceitos e tendên-cias estão sendo aproveitados e apresentados por Arquitetos em seus mais recentes trabalhos.Conviver dia a dia com o que faz bem aos olhos e à alma é a ordem da vez.

Victoria Schubert Arquitetura [email protected](14) 3882-1863 / 98803-4124 / 99691-1045

repaginadaA expectativa de vida do homem está aumentando e com isso a relação de avós e netos se torna mais estreita influindo até nas peças da nossa casa. A cadeira antiga da vovó recebe uma repaginação com cores alegres e atuais

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por bia sartor

Esta residência térrea de 425m² foi projetada para a família de um empresário do ramo musical que frequentemente organiza festas e grandes jantares em sua casa. Os convidados têm livre trânsito pela casa, sendo encora-jados a circular pelos ambientes graças à composição das áreas íntima, social e de lazer, que oferecem completa integração devido aos grandes panos de vidro e a disposição em “T” da planta. Todos os ambientes oferecem uma ampla vista da paisagem do conjunto do loteamento Parque das Cascatas, situado em Botu-catu, cidade do interior do esta-do de São Paulo, que conta com mata nativa da região.

Com a fachada voltada para a rua, a área intima oferece pri-vacidade em razão da concen-tração da vegetação mantida e respeitada pelo projeto. Além disso, painéis de chapa metálica com desenho vazado e pintura automotiva, funcionam como brises, protegendo a fachada

Residência Unifamiliar no Parque das Cascatas

Casa em "T"Os ambientes oferecem completa integração devido aos grandes panos de vidro e a disposição em “T” da planta

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oeste - que recebe a insolação da tarde - sem prejudicar a vis-ta da paisagem e a luminosidade natural, criando um interessante jogo de sombras no corredor de circulação dos dormitórios.

Na fachada oposta (leste), as portas de vidro de correr dos dormitórios, também recebem a proteção dos painéis metálicos que, quando totalmente aber- tos, permitem que os espaços ofereçam vista para o jardim, comtemplado a partir do deque de madeira que envolve toda a construção.Os vidros oferecem conforto térmico e acústico, pois são for-

mados por dois vidros com uma persiana interna (entre as duas lâminas) do tipo blackout.

Ao contrário da área intima, a área social se abre completa-mente com sua parede de portas corrediças de vidro, convidando o visitante com sua transparên-cia que conecta o acesso prin-cipal às salas de estar e jantar, ao deck e ao pergolado da piscina na área de lazer. A lareira sus-pensa é o elemento de eixo des-sa conexão. O pátio de acesso, com seu piso de pedra natural, pode ser aproveitado como es-paço de contemplação ao por do sol e área de extensão para as

grandes festas, além de oferecer área suficiente para as manobras dos carros no acesso a garagem coberta.

A cozinha e a sala de jantar se fundem para criar um ambiente de recepção e de encontro da família, já que um dos filhos é formado em gastronomia e ado-ra assumir o papel de chef nas festas e jantares oferecidos pelos pais.A fachada é uma composição horizontal baixa que se integ-ra, sem contrastar, com a pais-agem de vegetação natural. A cobertura de laje de concreto impermeabilizado coberto com

eleVação nordesTe

eleVação sudesTeOs vidros oferecem conforto térmico e acústico, pois são formados por duas lâminas com persiana do tipo blackout entre elas

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argila expandida e grama aju-da a manter a temperatura in-terior da casa no verão e a or-ganização de linhas simples e retas da fachada. A laje avança, formando um grande beiral, na face oeste por toda a área social – onde não há painéis junto às grandes portas de vidro - para proteger as zonas de estar e de refeição da insolação.

Os materiais de acabamento e revestimento misturam o rústi-co e o refinado: tijolos assenta-dos em junta seca emolduram as grandes portas de vidro, painéis metálicos corrediços equilibram o peso do concreto aparente, que

se unem a madeira de demolição, mármore travertino, cimento queimado, pastilhas de vidro e porcelanato fosco em grande formato.

Na área de lazer um pergolado funciona como extensão da área da churrasqueia e como terraço para refeições ao ar livre. O lon-go deck de ipê, que enquadra a piscina de pastilhas de vidro, permite acesso independente aos dormitórios a partir da área externa da casa. Funciona como elemento de circulação e ligação entre as áreas intima, social e de lazer, além de proporcionar uma área para contemplação da pai-

sagem natural em composição com o jardim que formam um elegante pano de fundo para a piscina de borda infinita.

Bia SartorArquiteta e Urbanista

Rua Reverendo Francisco Lotufo, 652 – Botucatu/SP(14) 99731.9577

facebook: Bia [email protected]

TÉrreoNa área de lazer, um pergolado funciona como extensão da área da churrasqueira e como terraço para refeições ao ar livre

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bia sartor, arquiteta e Urbanista formada pela FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) Mackenzie São Paulo e mestranda em Agronomia - UNESP/FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas) de Botucatu

O que idealizava para o mer-cado de trabalho quando es-tudava e qual a principal dife- rença com a realidade atual?

Sempre tive uma visão mais so-cial da arquitetura. Achava que, através da arquitetura, seria pos-sível proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas. Achava que poderia melhorar uma cidade através do planeja-mento urbano. A diferença é que encontramos grande dificuldade para aplicar os conceitos estuda-dos. Nossa sociedade é marcada pelo individualismo, e as pessoas são mais preocupadas com os próprios interesses do que em buscar e aplicar soluções que gerem benefícios coletivos.

Muitas pessoas confundem ou não conseguem distinguir cla- ramente as funções de arqui- tetos e engenheiros. Fale a respeito.

Arquitetos e engenheiros pos-suem diferentes formações aca- dêmicas e atribuições profis-sionais distintas. Talvez a con-fusão se deva ao fato de que, até

pouco tempo, arquitetos e en-genheiros faziam parte de um mesmo Conselho: o CREA. No final de 2010, os arquite-tos passaram a ter um conselho nacional próprio, o CAU (Con-selho de Arquitetura e Urba- nismo). Atividades como proje-to arquitetônico, urbanístico e paisagístico, e aquelas do âmbi-to do patrimônio histórico, são algumas das atribuições profis-sionais exclusivas de arquitetos.

Vemos muitas obras pela ci-dade. Quase todas têm placas de engenheiros, mas poucas têm de arquitetos. A que você atribui isso?

O município exige apenas a in-dicação do profissional técnico responsável pela obra, o qual, na maioria das vezes, é um en-genheiro. Nesse caso o arquite-to pode ser apenas o autor do projeto arquitetônico, e não ser o responsável técnico da obra e, por isso, somente a placa do en-genheiro é colocada na obra.

Considerando que muitas fa-

mílias fazem o investimento de suas vidas em uma casa, como o arquiteto pode con-tribuir para que esse investi-mento seja corretamente di-mensionado?

Uma série de conceitos são ne- cessários e aplicados no desen- volvimento de um projeto. O projeto arquitetônico residen-cial deve ser personalizado de forma a atender as necessidades de cada família. Deve ser ade- quado ao estilo de vida dos moradores e ao orçamento dis-ponível.

Como o arquiteto pode con-tribuir para a qualidade de vida de uma família, de uma comunidade, de uma cidade?

Cabe ao arquiteto propor solu- ções que atendam as necessi-dades de uma família, de uma comunidade ou de uma cidade, assegurando a qualidade e a segurança da obra. Deve pro-porcionar qualidade de vida e ambiência ao usuário, sem se descuidar dos aspectos ambien-tais e históricos.

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por michael mösch, arquiteto

O conteúdo do presente tex-to fundamenta-se em torno da humanização da Arquitetura. Por meio dela pretende-se re-vitalizar a arte no contexto do ambiente construído. Uma pos-sível metodologia do processo projetivo já foi apresentado na revista anterior Living Design, Ano 1 Edição 01. Trata-se de um trajeto complexo que também envolve a interação e a recipro-cidade com outras áreas da cons- trução civil. Pois a finalidade da arquitetura é principalmente o ser humano, propiciando a ele ambiente de vida e trabalho. Nesse sentido queremos resgatar a arquitetura como arte, tal qual linguagem que expressa con-teúdo de sensações, sentimentos e vivências. A obra da igreja da Comunidade de Cristãos em Botucatu exemplifica processo e resultado da metodologia de projeto na arquitetura orgânica.

Como se caracteriza o proces-so de projeto na arquitetura orgânica? Esse processo se con-figura em parte na atividade do âmbito do pensar. Dentro dele a intuição está à frente das de-

Arquitetura orgânica em Botucatu

faChada lesTe

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mais atividades mentais que en-volvem o criar na arquitetura. Intuir é a possibilidade de poder contemplar. O prefixo in, de origem latina, significa "dentro de". Intuir é, etimologicamente, ver o dentro, ver além das aparências. Intuição implica ter uma visão subjetiva desenvolvi-da, ou seja, não acreditar só na

materialidade dos fenômenos.

A intuição antecede a decisão, a qual revela o sentido de concei-tuar e gerar ideias na arquitetu-ra. Inicialmente, as decisões no processo projetivo se caracteri-zam na incerteza, que ao longo do trajeto adquirem razão de existência e objetividade. De

faChada norTe

acordo com Kowaltowski et al. (2006), analisando a forma de trabalho do projetista, perce-be-se que algumas ideias seguem caminhos de desenvolvimento não lógicos, desassociando-se da razão científica e permitin-do múltiplas abordagens. Não é possível se ter acesso ao todo do processo criador, não se tem o

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a intuição anteCede a deCisão, a

qual revela o sentido de ConCeituar e gerar ideias na arquitetura. iniCialmente, as deCisões no proCesso proJetivo se CaraCterizam na inCerteza, que ao longo do traJeto adquirem razão de existênCia e oBJetividade

ato criador nas mãos.

As decisões e ações frutos da in-tuição estão no âmbito da incer-teza e da dúvida. Partindo desse ponto de vista, Ostrower (1987) caracteriza a intuição de forma contundente como processo de conscientização e transfor-mação no exercício da natureza do homem. As diversas opções e decisões que surgem no tra-balho e que determinam a con-figuração em vias de ser cria- da, não reduzem às operações dirigidas pelo conhecimento consciente. Intuitivos, esses pro-cessos se tornam conscientes na medida em que são expostos, isto é, na medida em que re-cebem formas de expressão. O homem, procurando sobreviver, age e ao transformar a nature-za se transforma também. E o homem não somente percebe as transformações como, sobretu-do nelas se percebe.

Na contemplação da arte e da arquitetura, o ser humano se essencializa e por meio dela o homem realiza-se na vida, no trabalho. O sentido da arte está na estruturação da consciência e da compreensão, sendo arte o ampliar do viver tornando-o mais intenso. Dessa forma as obras de arte arquitetônica en-riquecem e permitem reestru-turar a experiência humana em níveis de consciência mais eleva-dos, tornado-se compreensão mais abrangente de novas com-plexidades e intensificando-se assim o sentido de vida. Logo a essência da arquitetura, segundo Lievegoed (1980), está em sua

capacidade de formar e trans-formar o ser humano na vida e no trabalho. Da arquitetura pode emanar fonte de vida e força. As formas arquitetônicas em edifícios utilitários podem não somente atender à demanda de utilização, mas atuar direta-mente na organização vital.

O aprimoramento da arquite-tura no âmbito do ‘conforto afetivo’ do ser sensível, caracte- riza-se principalmente pela qualidade do ambiente cons- truído em relação à percepção

sensorial dos usuários. O con-forto afetivo, pouco considerado na maioria de obras arquitetôni-cas no Brasil, está diretamente vinculado ao indivíduo e à sub-jetividade de suas experiências. Elas por sua vez decorrem da contemplação artística vincu-lada à habilidade perceptual. A percepção sensorial impulsiona o desenvolvimento de atitudes criativas do ser humano. Em relação à importância da quali- dade sensível da arquitetura, sua substância artística é forma de linguagem ao relacionar indiví-

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duo e universo.

Na arquitetura não é preciso teorizar a respeito da vivência, traduzir em palavras, a emoção. Ela tem mesmo é que incentivar o viver na experiência e incor-porá-la ao ser sensível humano. Daí espontaneamente lhe virá a capacidade de transmitir uma síntese aos sentimentos – naqui-lo que a experiência contém de mais pessoal e universal – e de transpor esta substância para uma síntese de linguagem, ade-quando as formas ao conteúdo.

Arq. Michael Mösch, extraído e adaptado da tese de douto-rado do próprio autor

alTar VolTado ao lesTe

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Arquiteta: andréa TargaDireção técnica: luiz eugênio Targa

Formação: unespAno do projeto/término da obra: 2oo2/2o12

Construção: Targa engenharia e arquitetura

equilíbrioO paisagismo está perfeitamente integrado aos volumes, dando graça e beleza à fachada

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Os primeiros raios de sol atra- vessam o vidro. Passarinhos se agitam ao despertar para um novo dia. As flores, que se abrem no jardim, balançam com o ven-to da manhã. De dentro de casa contemplo beleza singela desse espetáculo.

O ponto de partida do projeto:O desenho da casa surgiu nor-teado por duas premissas: criar um espaço amplo e integrado que promovesse a convivência familiar e a vontade de trazer o jardim para o dia a dia, como parte integrante do cotidiano e

não apenas como um espaço de contemplação.Para isso a casa se abre numa ampla área social, por onde o olhar desliza pelo piso de aspec-to arenoso e chega ao jardim do fundo. Uma arquitetura leve, de linhas retas e bastante transpar-ente faz a transposição entre a área interna e externa e resulta num visual limpo. Tijolos aparentes revestem parte da fachada e trazem um pouco da rusticidade e calor da terra para o frio concreto da grande viga em balanço, que marca a fachada principal e dá susten-

tação à laje que protege a en-trada. Painéis de vidro circundam um robusto pórtico de concreto que emoldura a porta princi-pal e o fazem parecer solto. A seu lado, uma palmeira imperial cresce em direção ao céu, segu-ra de que seu caminho está livre uma vez que a laje sobre ela se abre, reverenciando-a e dando passagem à planta com ares de nobreza.Ao cair da noite, os amplos painéis de vidro, que durante o dia funcionam como “vitrines da natureza”, deixam vazar a ilu-

ConTrasTeA porta de entrada surpreende por formar um monolito incrustado em uma parede de vidro

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minação aconchegante do inte- rior e intensificam sua fluidez.Por toda a casa materiais rústi-cos se contrapõem a materiais de aspecto mais frio, quase numa brincadeira, onde um valoriza o outro.Pé direito alto e a correta orien-tação em relação ao sol resultam numa casa confortável termica-mente.Função e forma se unem em ambientes práticos.

Terreno ou conceito, o que veio primeiro?O terreno surgiu antes. Ruas

calmas, silenciosas, de onde se pode ouvir o chacoalhar das fo- lhas das árvores e o canto dos pássaros. Poucos carros, muita tranquilidade. O ambiente per-feito para se criar filhos com qualidade de vida. A partir daí, a ideia e a necessidade de trazer um pouco desse sossego para o in-terior.

Por que esse estilo?O estilo moderno, de formas puras, permite uma harmonia perfeita entre elementos de cons- trução e decorativos. Sua elegân- cia é atemporal.

o desenho da Casa surgiu norteado

por duas premissas: Criar um espaço amplo e integrado que promovesse a ConvivênCia Familiar e a vontade de trazer o Jardim para o dia a dia

aConCheganTeA sala de estar tem pé-direito duplo e se integraao jardim através dos amplos painéis de vidro

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Resultado: Um projeto bem elaborado é aquele que gera um lar, não, simplesmente, um local para morar. Um lar no qual o mora-dor consegue desenvolver suas tarefas do dia a dia com facili-dade e conforto e para o qual sente prazer em voltar ao final de um dia de trabalho. Um lar onde passar uma tarde de do-mingo chuvosa ou uma linda manhã de sábado.

Essa casa é meu lar!qualidade de Vida A casa é voltada para um amplo átrio, que a ilumina e ventila. O projeto lu-minotécnico valorizou os elementos

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Todo jardim começa com uma história de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído, é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jar-dim por dentro, não planta jar-

dins por fora e nem passeia por eles.

Quem afirma isso, com mui-ta propriedade é o psicanalis-ta, educador,  escritor e teólo-go  Rubem  Alves,  uma pessoa

de grande sensibilidade e muito ligado às coisas da natureza e, isto me levou a algumas conside- rações sobre minha vida.

Tive uma vida acadêmica  pre-sa aos conceitos universitários,

O jardim dos sonhos

por ayrton amaral jr., botânico taxonomista, paisagista, Professor aposentado da Universidade Estadual Paulista

naTureza CaóTiCaA espontaneidade da naturezaproduz formas maravilhosas

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compromissada com a atividade didática e a ciência. Isso me fez acreditar em verdades científi-cas; deixei meu nome imortali- zado nos anais da botânica pelas minhas descobertas de espécies novas para a ciência, mas foi na minha vida “profana”, ou seja, naquela onde pude exercer uma atividade criativa, trabalhando com plantas  que conhecia em sua mais profunda intimidade, e pessoas que pude completar a minha missão nesta vida.

Sempre me interessei por paisa- gismo, minha formação nessa área foi a de um perspicaz ob-servador da natureza e por um dom que Deus me deu, apren-di através de meus estudos e da profunda observação das plan-tas em seu habitat,  a trabalhar com isso tudo. Não investi nisso, priorizei minha carreira uni-versitária, mas vivi experiên-cias fantásticas me relacionando com pessoas que queriam ter um jardim em casa.

Meus jardins nunca foram de agradar num primeiro mo-mento. Eles eram tecnicamente projetados para um clímax que aconteceria no futuro. Era o jardim para toda a vida, pois eu considerava em meus  trabalhos a projeção do crescimento das plantas, sua integração com o meio e obviamente a estética, sempre associada a algumas es-pécies pouco conhecidas pela grande maioria das pessoas. In-ovei sempre e fugi dos modis-mos. Fui copiado e por outro lado nem sempre entendido.

As pessoas queriam um jardim com buxinhos podados e pedras imaculadamente brancas. Jamais aceitei isso. O “criador” não tem tesouras de poda e essas pedras são artificiais, são fabricadas, não trazem em sua essência a espon-taneidade caótica que a natureza nos apresenta de forma tão mara- vilhosa.

Resumindo, fui um paisagista botânico, com milhares de horas de convivência com todos os ti-pos de vegetação brasileira, que subiu montanhas, percorreu rios e planícies, conheceu uma par-te do mundo, sempre com uma visão técnica apurada e que soube transportar isso para os meus projetos. Mas isso pouco importa. São coisas passadas que todo velho adora contar e que desperta pouco interesse nas pessoas.

O mais importante disso tudo foram os contatos que tive em minha vida. Alguns que nem quero lembrar, mas alguns que marcaram minha vida até hoje. São momentos raros na vida da gente e que não podemos es-quecer.

Um deles, e que marcou de certa forma um maravilhoso momento em minha  atividade profissional foi o que carinhosa-mente chamei de “O jardim dos Sonhos”.

Fui procurado por uma pessoa desconhecida, que queria fazer um jardim em sua casa,Até aí, nada de diferente, pois estávamos ali, estabelecidos para isso. Meu cliente inicia a sua narrativa sobre sua casa e seus desejos. Aos poucos fui me in-teirando da situação e mais,

sem podas O bom projeto paisagístico exige conhecimento das plantas, pois deve prever seu desenvolvimento natural

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passei a me interessar ainda por mais informações, pois o relato era o de uma pessoa apaixonada e obstinada por um sonho, o de fazer o seu jardim dos sonhos no lugar sonhado e construí-do tijolo por tijolo. Percebi isso logo e passei a sonhar junto.

Foi um trabalho a quatro mãos, com caminhos, quiosque, gru-pos de plantas, paredões de ti-jolos antigos, arcos (fiz até uma aquarela de um deles), enfim, uma riqueza enorme de deta- lhes arquitetônicos locais que convidavam as plantas para esse banquete de beleza e congraça-mento da natureza com a aridez do material de construção.

Estava tudo muito lindo e se encaminhando para o final feliz até que, um dia, esse cliente me procura e diz que, não faremos o jardim. Surgiram problemas pessoais e ele estava se separan-do da mulher e iria abandonar a casa.

Evidentemente aceitei a expli-cação, mas esse jardim dos so- nhos ficou marcado em minha vida. Foi uma lição que aprendi que sonhar por um jardim, seja ele real ou imaginário, deve es-tar no coração de todos nós.

Nem sempre aquilo que perse-guimos é alcançado, mas a lição que tudo isso nos mostra é que

devemos sonhar e não importa o que vem depois.

O Jardim foi plantado por den-tro, mas não foi plantado por fora. Mesmo assim, passeamos muito nele.

Faça sua história de amor. Já é um bom começo.

ComplemenTarO paisagismo é inerente à arquitetura

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O Light Steel Frame é o sistema construtivo totalmente baseado em insumos industrializados, como perfis de aço, mantas im-permeáveis, placas de revesti-mento e isolantes termoacústicos.

No início do século XIX, o rápido crescimento da popu-

lação dos Estados Unidos exigiu a construção de casas em larga escala. Surgiu daí a oportuni-dade para estabelecimento de métodos e padrões construti-vos – o conceito “wood fram-ing”, que se tornou a tipologia residencial mais comum por lá. Aproximadamente um sé-

Casa de VidroEm Connecticut, EUA, projetada em 1949 por Philip Johnson

da redação. Fotos: divulgação

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culo mais tarde, em 1933, foi apresentado na Feira Mundi-al de Chicago o protótipo de uma residência em Light Steel Framing, onde os perfis de ma-deira foram substituídos por perfis de aço e placas estruturais. Hoje, o steel frame é o sistema predominante em países como Estados Unidos, Suécia, Japão e China.

O aço garante a precisão das medidas, proporcionando uma obra aprumada e nivelada, o que facilita a inserção dos demais componentes da construção. Quando usado em terrenos com desníveis, evita gastos com grandes movimentos de terra e aterros, portanto, com pouca intervenção na natureza. Em grandes centros urbanos, com altos índices de congestiona-mento e dificuldade de mobi-

lidade, permite menor movi-mentação de carga. Por ser uma estrutura muito leve, há uma drástica redução no custo das fundações.

É um sistema versátil, que pos-sibilita ao arquiteto liberdade de expressão e criação. O telhado, por exemplo, pode remeter a um estilo ou a uma tendência de época – da cobertura pla-na até telhados mais elabora-dos. Em coberturas inclinadas, a solução se assemelha muito à construção convencional, com o uso de tesouras. As telhas po-dem ser cerâmicas, metálicas, de cimento, de concreto e de ma-terial asfáltico (shingle).

Vantagens destacadas

Garantia: os elementos con-strutivos são produzidos indus-

trialmente, e tem garantia média de 20 anos; Certificação: há procedimen- tos certificados para cada deta- lhe. Muitos itens, como a venti-lação do telhado e a impermea- bilidade, são falhos ou ignorados nas construções artesanais;

Durabilidade da estrutura: proporcionada pela especifica- ção dos insumos e do método construtivo;

Economia: Menor desperdí- cio de materiais, com índices abaixo de 1%. Como parâmetro, o sistema convencional tem perdas de até 30%;

Retorno do investimento mais rápido: em função da maior velocidade na execução da obra, o sistema traz um ganho

esTruTuraConstrução estruturada em perfis de aço

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adicional pela ocupação anteci-pada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido;

Fidelidade orçamentária: por ser um sistema inteligente, o or- çamento previsto é exatamente igual ao realizado;

Organização do canteiro de obras: não existe no canteiro grandes depósitos de areia, brita,

cimento, madeiras e ferragens;

Preservação do meio ambi-ente: redução do consumo de energia e água na construção em comparação aos sistemas tra- dicionais. Posteriormente, traz também redução no consumo com equipamentos de condi-cionamento do ar, uma vez que a construção tem melhor quali-dade térmica.

CanTilÉVerCasas que parecem flutuar, com can- tiléveres, são as que melhor exem-plificam o conceito steel frame

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da redação. Fotos: divulgação

Charlotte Perriand tinha 24 anos quando foi pedir emprego para Le Corbusier, e foi esno-bada por ele. Afinal, era uma mulher, e jovem, tentando se meter em negócio de homens. Poucos meses depois, quando visitava a exposição Salon d'Au-tomne, em Paris, Le Corbusier

Charlotte Perriand: arquiteta e designer de mobiliário

ficou impressionado com um bar criado por Charlotte, a par-tir de materiais como vidro, aço e alumínio, e a contratou como estagiária.

Charlotte convenceu a Thonet, fabricante dos móveis que Le Corbusier comprava para seus

um proJeto pioneiro, no qual Construção,

interiores e moBiliÁrio são vistos em solução de Continuidade, não mais Como elementos desvinCulados

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projetos, produzir suas inven- ções, baseadas em tubos de aço. Tudo seguia a receita básica do arquiteto: fazer objetos que ser-vissem de extensão para o corpo humano. “Cada traço precisava de uma justificativa”, escreveu a designer. "Tudo responde a um gesto ou postura, mas não pode-ria custar caro. “Dentro des- tas premissas, Charlotte fez três cadeiras que viraram referências de sua produção, materializando os conceitos de Le Corbusier em linhas e curvas metálicas, que acabaram por se tornar sua as-sinatura.”A B301 era móvel para conver-sar, composta por uma estrutu-

ra de aço com um tecido solto, suspenso pelas hastes. Quadrada, a LC2 Grand Confort seria para relaxar. A célebre chaise longue B306 era para dormir. Perriand trabalhou com Le Corbusier por mais de uma década, e per-maneceu uma figura influente no movimento moderno até sua morte, em 1999, quando foi aclamada como uma das pou-cas mulheres que conseguiram sucesso num ambiente predom-inantemente masculino.

Traço atemporalLa Maison au Bord de l’Eau, um dos projetos mais conhecidos de Perriand, concebido há mais

Casa de fÉriasQuase 8O anos depois de ser pro-jetada, casa de férias da francesa Charlotte Perriand sai do papel. "La maison au bord de l’eau" ("A casa à beira d’água", em tradução livre) foi construída em South Beach, Miami.Com os quartos ao lado do banho e cozinha, área de jantar e living na ala oposta, a casa em U possui uma área intermediária coberta de tecido que drena a luminosidade

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de 80 anos foi, finalmente, exe- cutado, por iniciativa da grife Louis Vuitton. Foi construída na Itália e montada em Miami, como um tributo à autora. “Ela era apaixonada por esse projeto que, apesar de particularmente importante, jamais havia sido realizado. (…) Trata-se de um projeto pioneiro, no qual cons- trução, interiores e mobiliário são vistos em solução de con-

tinuidade, não mais como ele-mentos desvinculados. Acredito ser essa sua contribuição mais fundamental”, comentou a filha de Charlotte, Pernette Perriand Barsac, durante a inauguração da casa, que se tornou uma das atrações mais comentadas do roteiro de exposições satélites à Exposição Design Miami, reali- zada em dezembro de 2013.

para dormirA célebre chaise longue B3O6, projetada para dormir

para relaxarA Quadrada LC2 Grand Confort (abaixo à esq.) seria para “relax-ar”, enquanto que a B3O1, segundo a classificação do patrão, era um móvel para “conversar”, com uma estrutura de aço com um tecido sol-to, suspenso pelas hastes

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da redação

José Roberto Pires de Almeida nasceu em Rancharia no dia 4 de agosto de 1948. Seus fami- liares o descreveram como um artista calmo e pacato, que se des- tacava pela habilidade manual, bom gosto e perfeccionismo. Sempre foi um apreciador das artes: a música, a fotografia e o cinema, que sempre foi sua paixão.Queria cursar a Faculdade de Belas Artes, mas desistiu por pressão do pai. Formou-se Ar-quiteto Urbanista pela Faculda- de de Arquitetura e Urbanismo de São José dos Campos, mas nunca deixou de pintar e de fazer artesanato com porcelana. A arte era a sua vida.Foi um grande arquiteto, com muitos trabalhos dentro e fora de Botucatu. Gostava muito de decoração e paisagismo e, apesar de não ter nenhuma formação técnica nesta área, seus jardins eram como as suas obras: reflexo de sua personalidade fina e de muito bom gosto.Nos últimos anos estava um pouco afastado da arquitetura e se dedicando à fotografia, fazen-do fotos belíssimas.Beto foi um artista completo e

suas obras ficaram para demons- trar isso, mas o que deixou de melhor está nas lembranças dos que convivemos com eles. Beto nos deixou inesperada-mente na manhã do dia 19 de agosto de 2013. Perdemos um arquiteto artista.

Beto Pires – Paixão pelas artes

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da redação. Fotos: divulgação

Uma Alemanha tropical. Assim é conhecida a cidade de Blu-menau, em Santa Catarina. A cidade se destaca por aliar como nenhuma outra as tradições germânicas ao mundo contem-porâneo. Seja no inverno ou no verão, a arquitetura típica da cidade ajuda a criar um clima europeu único e propicia uma imersão ainda maior aos inú- meros festivais locais. Apesar da acentuada urbanização, as famílias blumenauenses ainda preservam com rigor os costumes ger-mânicos. A arquitetura alemã encanta turistas de todas as par-tes do Brasil. A colonização de Blumenau por imigrantes alemães iniciada no século XIX traz consigo características de viver e habitar diferenciadas das  estabelecidas até aquele momento nesta região. A forma como esses imigrantes edificaram suas construções, re-mete a uma técnica  medieval, denominada enxaimel, também conhecido como “Fachwerk”

Blumenau: A rica arquitetura alemã no Brasil

prefeiTura de blumenauArquitetura estilo enxaimel como cartão postal

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alemão. Este estilo de constru- ção perdura até hoje nas paisa- gens do município.

Estilo enxaimel: Presente nos principais pontos da cidadeBlumenau possui inúmeros atra- tivos, como suas populares festas, sendo a Oktoberfest a mais co- nhecida de todas. Locais como o Parque Municipal das Nas- centes, Parque Spitzkopf, Nova

Rússia, Parque natural São Fran- cisco ou mesmo suas cervejarias. São passeios imperdíveis, mas quem vai a Blumenau quer fo-tografar mesmo sua arquitetura. Nesse sentido, uma caminhada por aproximadamente 2,5 km pelo centro até a rua XV de Novembro é sensacional.

Blumenau a péCaminhar pelo centro de Blu-menau é uma atividade que não exige muito esforço e garante uma visita à maioria dos pontos turísticos. Este trajeto é conhe-cido como “Roteiro Turístico do Centro Histórico” e ini-cia-se na Ponte Aldo Pereira, mais conhecida como Ponte de Ferro, por ter sido por muitos anos passagem para o trem que ligava Blumenau à Itajaí. A ponte encontra-se no início

da Rua Martin Luther, sobre o Rio Itajaí Açu, cujo leito é acompanhado pela av. Castelo Branco, mais conhecida como Beira Rio.

O segundo ponto a se visitar é a Praça da Paz, erguida em 2006 e com um monumento em home- nagem à ONU. A Prefeitura de Blumenau com seu característi-co estilo enxaimel encontra-se à frente, junto da Praça Victor Konder, da Macuca (a primei-ra locomotiva de Blumenau), da Figueira, do Monumento dos 150 anos da cidade e do Reló-gio das Flores, um dos únicos cinco no país.

Rua XV de Novembro: Visita obrigatóriaCaminhando por suas calça-das de pedras róseas e cinzas

ColonizaçãoCaracterísticas da colonização alemã do século XIX que perdura até hoje

sC

RS

PR

florianópolis

Blumenau

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logo alcança-se o Teatro Carlos Gomes, fundado em 1939, e um dos únicos quatro teatros do Brasil com palco giratório. Em seguida surge o Castelinho da Moellman, que abriga a Havan, um dos pontos mais famosos de Blumenau. Do outro lado da rua, a feirinha de artesanato e o antigo Colé-gio Franciscano Santo Antônio ocupam uma quadra que vai até a Catedral São Paulo Apóstolo, conhecida como Catedral Ma-triz de Blumenau, de arquitetu-

porTalArquitetura alemã se destaca desde o portal de entrada de Blumenau

ra moderna e com sua torre de 45 metros com sinos eletrônic-os. Este trecho da rua apresenta uma grande concentração de casas em estilo enxaimel, típi-cas da colonização da cidade, o que inclui a bela casa da Família Husadel, de arquitetura suíça.Em resumo, visitar Blumenau nos remete a um estilo, uma forma de viver através de sua cultura ou mesmo se alinhando com a arquitetura germânica. Blumenau é um pedaço intoca-do da Alemanha no sul do país.

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okToberfesTNo mês de outubro, alegria alemã em receber turistas

faChwerkO estilo fachwerk também está presente no comércio local

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Receitas sofisticadas para agradar aos paladares mais exigentes. E o melhor, com preparo rápido e fácil. Por júnior quinteiro. Fotos: divulgação

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Escalope de filé mignon ao molho de uísque//tempo de preparo 25min//rendimento 4 porções

ingredienTes 4 escalopes de filé mignon1/4 de cebola picada1/2 xícara (chá) de creme de leiteAzeite de oliva para grelharSal e pimenta-do-reino a gosto

modo de preparoTempere os filés com sal e pimenta. Aqueça em fogo alto uma frigideira grande antiade- rente. Regue com um fio de azeite. Coloque 2 escalopes por vez e deixe dourar por 1 min., sem mexer. Vire-os e deixe fri-tar por mais 1 min. ou até que fiquem dourados. Retire a frigideira do fogo, acrescente o uísque com cuida-do e raspe o fundo com uma colher de pau para aproveitar o sabor deixado pela carne.

Volte a frigideira ao fogo, acres-cente as cebolas, o creme de leite e deixe ferver por 1 min.. Retire do fogo e sirva a seguir com a carne

surpreenda Com esTiloUm prato sofisticado, mas, ao mesmo tempo, de fácil preparo

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ingredienTes 1/2 litro de leite150g (1/2 xícara) de açúcar4 gemas 1 pitada de sal1 favo de baunilha ou 1 colher de chá de essência 3 colheres de sopa de água 

Sorvete de creme de vanilla

Vanilla básiCoA partir dessa receita, você pode preparar outros sabores, adicionando frutas, raspas de chocolate, etc.

modo de preparoLeve ao fogo o leite, a  baunilha (abra a fava ao meio) e o sal.Quando iniciar a fervura, retire do fogo, tampe e deixe descan-sar por 20 min. Em outra vasi- lha, coloque as gemas, o açúcar e a água. Bata à mão (± 4 min.) até obter um creme liso e volumoso.

Junte ao leite com baunilha já frio e, com uma colher de pau, misture bem e leve ao fogo brando em banho-maria. Ao iniciar a fervura, retire do fogo. Deixe esfriar num recipiente que possa ser tampado. Depois de frio, coloque no freezer (não se esqueça de tampar bem!)

diCa. pARA um soRvete bem cRemoso, substituA A metAde do leite poR cReme de leite e junte mAis 2 gemAs

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Curaçao Blue Drink:um ar caribenho em sua festaOs drinks preparados com  Curaçao Blue nos dão a sen-sação de estar no Caribe. Sua cor azul nos remete a coloração dos mares da América Central, dando aquela vontade refres-cante de mergulhar no copo. Feito de laranjas da Ilha de Curaçao, Caribe, este licor tem sabor seco e estimulante (Triple Sec) e é artificialmente colorido de azul.Curaçao Blue pode ser compra-do em lojas especializadas, in-ternet ou até mesmo “in loco” se você estiver rumo ao Caribe.

ingredienTes 2 doses de suco de abacaxi1 dose de rum branco1 dose de Curaçao blue1 dose de leite de cocoGelo picado1 pedaço de abacaxiDuas folhinhas do abacaxi1 cereja

modo de preparoColoque o suco de abacaxi, o rum, o leite de coco e o Curaçao juntamente com o gelo picado numa coqueteleira e bata bem. Despeje em copo long drink e guarneça com o pedaço de ab-acaxi, as folhas e a cereja. Sirva com um canudinho

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Não sou designer gráfico, mas desconfio que o design gráfi-co é um dom divino que toca qualquer ser capaz de mani- pular o Corel Draw. O milagre (-sqn) pode ser visto claramente nas mídias. Basta folhear alguma revista e se divertir com a dia-gramação constrangedora capri- chada e as imagens ridículas cheias de efeitos.

×

O problema (se é que isso é um problema) está nas empresas que querem anunciar, mas não tem um projeto de marketing (pra quê? - eu posso resolver isso) e, portanto, não tem material de qualidade para ser veiculado. E aí entra o santo Corel que, como o superamendoim, trans-forma o Pateta em Super Pateta e Tra-la-la-lá! sai uma arte. “O Juvanderson faz do jeito que eu quero” teria dito um em-presário.

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Mas, segundo o tio Ben, com grandes poderes vem grandes responsabilidades. Muitas vezes, o que vemos por trás da ima-gem que deveria representar a empresa é o made by myself. Um exemplo marcante são os anúncios odontológicos que, em vez de usar a imagem de um belo sorriso colgate, usam a de uma boca cheia de pinos – alguns usam fotos de cirurgias. Morro de vergonha alheia.

por flávio Cavaleiro, Bacharel em desenho industrial - projeto de produto,pela Faculdade de arquitetura, artes e Comunicação da unesp

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da redação. Fotos: divulgação

CÔmoda bombe em CarValho ameriCanoNas cores branca, preta e turquesa, r$ 3.379, na star garden - Rod. Castelo Branco, km 191. Mais informações pelo email [email protected] ou pelo telefone 3886.1391

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deCoraçãoAna Paula DecoraçõesD&A DecoraçõesSaga Tapetes e DecoraçãoVilla Filipa

móVeis e deCoraçãoCamponesaStar Garden

maTerial básiCoCasa do ConstrutorGruppi ConcretoMadeirãoVieira Shop

maTeriais de aCabamenToAlpha MarmorariaB&B AcabamentosCalhas ToniniCasa Cor TintasDi Casa AcabamentosEco PortinariPortales

móVeis e armáriosDell AnnoDivina MadeiraDuda Móveis PlanejadosInstant ShopRB Móveis

o oBJetivo é divulgar e valorizar o traBalho dos proFissionais de arquitetura, engenharia e design

Estas são as empresas que compõe o Núcleo Living Design. São algumas das melhores empresas de construção, mobiliário e decoração da região de Botucatu.

ComplemenTaresLiving LustresPiscinãoCuesta JardinsArtyz

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